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GISELLE DIAS RAMOS FERNANDES CONSUMO E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS NOS SUPERMERCADOS DE CURITIBA Curitiba 2006

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GISELLE DIAS RAMOS FERNANDES

CONSUMO E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS NOS

SUPERMERCADOS DE CURITIBA

Curitiba

2006

GISELLE DIAS RAMOS FERNANDES

CONSUMO E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS NOS

SUPERMERCADOS DE CURITIBA

Monografia parcial de graduação apresentada ao Curso de Ciências Sociais, setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná Orientador: Prof° Dr. Alfio Brandenburg

Curitiba

2006

TERMO DE APROVAÇÃO

GISELLE DIAS RAMOS FERNANDES

CONSUMO E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS NOS

SUPERMERCADOS DE CURITIBA

Monografia aprovada como requisito parcial de graduação do curso de Ciências

Sociais, Setor de Ciências Humanas , Letras e Artes da Universidade Federal do

Paraná, pela seguinte banca examinadora:

Orientador: Prof˚. Dr. Alfio Brandenburg

Departamento de Ciências Sociais, UFPR

Curitiba, 11 de dezembro de 2006

Ao meu filho pela ajuda e compreensão, incentivando

assim o desenvolvimento desse trabalho.

AGRADECIMENTOS

A Deus pela minha existência e pela sua presença em minha vida. Ao

Professor Doutor Alfio Brandenburg, que não só me orientou como também motivou

e me apoiou durante todo o trabalho. Aos meus familiares e amigos pelo apoio e

carinho oferecidos. A todos que de alguma forma, apoiaram, incentivaram e

contribuíram no desenvolvimento deste trabalho.

RESUMO

Este trabalho faz uma análise sociológica do consumo e distribuição de

produtos orgânicos nos supermercados na cidade de Curitiba. Mostra o perfil sócio-

econômico dos consumidores desses produtos, assim como, os valores que lhes

orientam e influenciam em suas decisões.

É também de relevância nesse trabalho, o comportamento das redes de

supermercados em relação à exposição e informação ao consumidor.

Para realizar esse trabalho foi feita uma pesquisa de campo, onde, foram

coletados dados com 600 consumidores em 41 supermercados de Curitiba.

Com a análise dos resultados e estudos realizados concluiu-se que o perfil

do consumidor que adquire os orgânicos é geralmente do sexo feminino, moram em

cidades grandes, de classe média, na maioria com ensino superior, caracterizando

um melhor nível intelectual e econômico.

No que se refere à divulgação do produto, o setor ainda precisa trabalhar

muito para que o crescimento ainda seja maior e o público mais esclarecido.

Mesmo sendo hoje um produto mais caro que o convencional, tem sido cada

vez mais procurado. Acredita-se que, com uma melhor divulgação e esclarecimento,

aumentaria a procura, conseqüentemente a produção e a diversificação dos

produtos.

Palavras chave: Produtos Orgânicos, Consumo saudável, meio ambiente.

SUMÁRIO

LISTA DEQUADROS......................................................................................... VII

LISTA DE TABELAS.......................................................................................... VIII

RESUMO............................................................................................................ IV

INTRODUÇÃO................................................................................................... 01

1 METODOLOGIA.............................................................................................. 03

2 SOCIEDADE, CONSUMO MEIO AMBIENTE................................................. 08

2.1 CONSUMO SUSTENTÁVEL........................................................................ 09

2.2 OS ALIMENTOS ECOLÓGICOS E SUA PRODUÇÃO................................ 11

3 REDES DE SUPERMERCADOS E OS NOVOS ATORES DE CONSUMO.. 14

3.1 O CONSUMIDOR DE ALIMENTOS ECOLÓGICOS: NOVOS ATORES DE

CONSUMO.........................................................................................................

16

3.2 ESCOLHA DOS ALIMENTOS E VALORES QUE OS ORIENTAM.............. 19

3.2.1 Motivo da Escolha e Preferência............................................................... 20

4 DISTRIBUIÇÃO NAS GRANDES REDES VAREJISTAS DE ALIMENTOS.. 23

5 CONCLUSÃO.................................................................................................. 27

REFERÊNCIAS.................................................................................................. 29

ANEXOS............................................................................................................. 31

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 –SUPERMERCADO REGIONAL BOA VISTA............................... 04

QUADRO 2 –SUPERMERCADO REGIONAL BOQUEIRÃO............................ 05

QUADRO 3 –SUPERMERCADO REGIONAL CAJURU................................... 05

QUADRO 4 –SUPERMERCADO REGIONAL PINHEIRINHO.......................... 05

QUADRO 5 –SUPERMERCADO REGIONAL SANTA FELICIDADE................ 05

QUADRO 6 –SUPERMERCADO REGIONAL MATRIZ..................................... 06

QUADRO 7 –SUPERMERCADO REGIONAL PORTÃO................................... 06

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 –NÚMERO DE ENTREVISTAS REALIZADAS POR REGIONAL ... 07

TABELA 2 –NÚMERO DE ENTREVISTAS POR SUPERMERCADO............... 09

TABELA 3 –SEXO DO ENTREVISTADO.......................................................... 17

TABELA 4 –IDADE DO ENTREVISTADO......................................................... 18

TABELA 5 –ESCOLARIDADE DO ENTREVISTADO........................................ 18

TABELA 6 –RENDA MENSAL DO ENTREVISTADO........................................ 19

TABELA 7 –TIPO DE CONSUMO .................................................................... 19

TABELA 8 –ESCOLHA DOS ALIMENTOS QUE CONSOME........................... 20

TABELA 9 –PREÇOS DOS PRODUTOS.......................................................... 21

TABELA 10 –MOTIVO DA ESCOLHA POR PRODUTOS ORGÂNICOS.......... 21

TABELA 11 –FREQÜÊNCIA DE COMPRA DO PRODUTO ORGÂNICO.......... 22

TABELA 12 –INFORMAÇÕES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA DOS

ALIMENTOS.......................................................................................................

23

GISELLE DIAS RAMOS FERNANDES

CONSUMO E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS NOS

SUPERMERCADOS DE CURITIBA

Curitiba

2006

GISELLE DIAS RAMOS FERNANDES

CONSUMO E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS NOS

SUPERMERCADOS DE CURITIBA

Monografia parcial de graduação apresentada ao Curso de Ciências Sociais, setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná Orientador: Prof° Dr. Alfio Brandenburg

Curitiba

2006

TERMO DE APROVAÇÃO

GISELLE DIAS RAMOS FERNANDES

CONSUMO E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS NOS

SUPERMERCADOS DE CURITIBA

Monografia aprovada como requisito parcial de graduação do curso de Ciências

Sociais, Setor de Ciências Humanas , Letras e Artes da Universidade Federal do

Paraná, pela seguinte banca examinadora:

Orientador: Prof˚. Dr. Alfio Brandenburg

Departamento de Ciências Sociais, UFPR

Curitiba, 11 de dezembro de 2006

1

INTRODUÇÃO

Ao entrarmos num supermercado, nos deparamos com uma imensa

variedade de produtos à disposição do consumidor. O mesmo se observa com

relação aos produtos hortifrutigranjeiros, pois, temos nas prateleiras, desde os

produtos oferecidos da agricultura convencional, com suas atraentes embalagens e

dispostas de forma a convencer que essa é a melhor opção, até prateleiras de

menor representatividade, tais como as de produtos produzidos sem agrotóxicos e

que são expostos de uma forma alternativa de alimentação.

O porque do consumo desses produtos ecológicos e não o dos produtos da

agricultura convencional, é o que nos chama atenção. Como se dá essa escolha na

hora da compra? Porque as pessoas buscam esse tipo de alimentação? São

questões de relevância nesse trabalho de pesquisa.

Estudando a sociedade de consumo, conclui-se valores que prevalecem na

escolha de um ou de outro produto. Pois muitos produtos inundam o mercado e

atraem os indivíduos através da mágica sedução exercida pela publicidade. Alguns

produtos exercem um poder de atração maior no consumidor, pois às vezes eles

são, o espírito do momento, estão na moda, por isso tem uma força que leva as

pessoas a consumir esse e não aquele produto.

A sociedade de consumo tem como meta fundamental produzir mercadorias

vendê-las, produzir outras, vendê-las e assim num eterno círculo vicioso envolve

todos os homens numa rede de relações sociais, em que o produzir e o adquirir

mercadorias se torna o eixo condutor de todas as relações humanas. É uma

sociedade onde a produção de bens é realizada para atender a demanda do

mercado.

A sociedade de consumo, produz mercadorias e aparentemente é em torno

delas, a partir delas e para elas que os homens se relacionam.

Por trás de cada produto oferecido no supermercado, encontramos a marca

indelével dos indivíduos diferenciados através das classes sociais. Desse modo, por

trás da classificação dos produtos, segundo níveis de qualidade, a apresentação e

sofisticação classifica os homens, segundo suas origens sociais e econômicas.

Quanto maior a diversificação de produtos houver no mercado, maior

quantidade de trabalho haverá para o homem. O que por um lado atende a demanda

do mercado, de outro promove o aumento do seu poder de compra.

2

Ao procurar levar em conta os parâmetros que caracterizam esse sistema

produtivo, este trabalho coloca-se entre os que tentam, a partir de uma sucinta

análise básica sobre a agricultura orgânica, caracterizar o perfil sócio-econômico dos

consumidores de produtos orgânicos na cidade Curitiba, objetivando saber quem é o

ator de consumo de orgânicos, o porque de sua preferência por esses produtos, os

valores que lhes orientam e influenciam em suas decisões, assim como, atuam as

redes de supermercados de Curitiba, na exposição e informação aos clientes.

3

1 METODOLOGIA

Este trabalho se resume no estudo realizado com a rede de supermercados

na região metropolitana de Curitiba, visando analisar a atitude dos consumidores em

relação aos produtos alimentícios definidos como orgânicos conforme descrito em

(silva,2006). (Veja anexo 1)

Abrangeu 600 consumidores que compreende uma amostra distribuída

conforme os quadros a seguir.

QUADRO 1 – SUPERMERCADOS DA REGIONAL BOA VISTA

Supermercados N˚ de Questionários Bairro

Big 16 Boa Vista

Condor 16 Tingüi

Mercadorama 16 Bacacheri

Mercadorama 16 São Lourenço

Pão de açúcar 16 Boa Vista

Sam’s Club 16 Atuba

FONTE: APRAS – IPPUC – Setor de Pesquisa, atualizado até o ano de 2003

QUADRO 2 – SUPERMERCADOS DA REGIONAL BOQUEIRÃO

Supermercados N˚ de Questionários Bairro

Big 30 Xaxim

Condor 30 Boqueirão

Jacomar 30 Boqueirão

Super Pão 30 Hauer

FONTE: APRAS – IPPUC – Setor de Pesquisa, atualizado até o ano de 2003

QUADRO 3 – SUPERMERCADOS DA REGIONAL CAJURU

Supermercados N˚ de Questionários Bairro

Mercadorama 37 Jardim das Américas

Wal-Mart 37 Jardim das Américas

FONTE: APRAS – IPPUC – Setor de Pesquisa, atualizado até o ano de 2003

4

QUADRO 4 – SUPERMERCADOS DA REGIONAL PINHEIRINHO

Supermercados N˚ de Questionários Bairro

Big 32 Capão Raso

Condor 32 Pinheirinho

FONTE: APRAS – IPPUC – Setor de Pesquisa, atualizado até o ano de 2003

QUADRO 5 – SUPERMERCADOS DA REGIONAL SANTA FELICIDADE

Supermercados N˚ de Questionários Bairro

Big 14 Santa Felicidade

Carrefour 14 Mossunguê

Condor 14 São Braz

Sam’s Club 14 Mossunguê

FONTE: APRAS – IPPUC – Setor de Pesquisa, atualizado até o ano de 2003

QUADRO 6 – SUPERMERCADOS DA REGIONAL MATRIZ

Supermercados N˚ de Questionários Bairro

Big 7 Jardim Botânico

Carrefour 7 Prado Velho

Condor 7 Bom Retiro

Extra 7 Água Verde

Extra 7 Cristo Rei

Festval 7 Mercês

Mercadorama 7 Centro

Mercadorama 7 Centro (Praça

Tiradentes)

Mercadorama 7 Centro Cívico

Mercadorama 7 Bigorrilho

Mercadorama 7 Bom Retiro

Mercadorama 7 Juvevê

Mercadorama 7 Rebouças

Pão de açúcar 7 Água Verde

Pão de açúcar 7 Batel

Pão de açúcar 7 Cristo Rei

Pão de açúcar 7 Jardim Social

Wal – Mart 7 Cabral

FONTE: APRAS – IPPUC – Setor de Pesquisa, atualizado até o ano de 2003

5

QUADRO 7 – SUPERMERCADOS DA REGIONAL PORTÃO

Supermercados N˚ de Questionários Bairro

Angeloni 13 Vila Izabel

Big 13 Portão

HiperMuffato 13 Portão

Mercadorama 13 Novo Mundo

Wal-Mart 13 Santa Quitéria

FONTE: APRAS – IPPUC – Setor de Pesquisa, atualizado até o ano de 2003

Os dados para a formulação do questionário, foram obtidos através da

observação em supermercados e estratégias de vendas dos alimentos orgânicos.

As entrevistas foram realizadas durante os meses de abril a junho de 2006,

com 600 consumidores abordados nos supermercados, através do questionário em

anexo.

As questões foram estruturadas de maneira a garantir melhor entendimento

e facilidade na aplicação, com questões abertas e objetivas, caracterizando sexo,

idade, escolaridade, renda do consumidor. Além de dados referentes às escolhas

dos alimentos, conhecimento dos produtos orgânicos, fatores e fontes que

influenciam a escolha dos alimentos.

Os questionários foram tabulados e analisados com o apoio do programa

SPSS 13.0, um software apropriado para a elaboração de análises estatísticas de

matrizes de dados.

A tabela 1 mostra o número de entrevistas realizadas por regional, podemos

notar que a Regional Matriz teve um maior número de entrevistas 21%, por se tratar

de uma Regional com maior número populacional, seguida pela Regional do

Boqueirão que teve 20% de entrevistas realizadas. A Regional do Boa Vista teve

15,8% de entrevistas, Cajuru 12,3%, Portão 10,8% e por último o Pinheirinho com

10,7% de entrevistas realizadas.

6

TABELA 1 – NÚMERO DE ENTREVISTAS REALIZADAS POR REGIONAL

Nº %

Boa Vista 95 15,8

Boqueirão 120 20,0

Cajuru 74 12,3

Matriz 126 21,0

Pinheirinho 64 10,7

Portão 65 10,8

Santa Felicidade 56 9,3

Total 600 100,0

Fonte: Pesquisa de campo 2006

Na tabela 2 temos o número de entrevistas realizadas por supermercado. O

Mercadorama teve o maior número de entrevistas 22,3%, isso se deve pela

quantidade de supermercados na cidade, como podemos ver nos quadros

anteriores, constam 10 filiais do Mercadorama em diversas regionais. O Big vem em

segundo lugar com 18,5% entrevistas, o Condor 16,3%, Wal – mart com 9,5%, Pão

de Açúcar com 7,2%, Superpão e o Jacomar com 5%, Sam’s club 4,8%, Carrefour

3,5%, Extra com 2,3%, o Angeloni e o Hipermuffato com 2,2% e por último o Festval

com 1,2%.

TABELA 2 – NÚMERO DE ENTREVISTAS POR SUPERMERCADO

Nº %

Angeloni 13 2,2

Big 111 18,5

Carrefour 21 3,5

Condor 98 16,3

Extra 14 2,3

Festval 7 1,2

Hipermuffato 13 2,2

Jacomar 30 5,0

Mercadorama 134 22,3

Pão de açúcar 43 7,2

Sam'sclub 29 4,8

Superpão 30 5,0

Wal-mart 57 9,5

Total 600 100,0

Fonte: Pesquisa de campo 2006

7

No segundo capítulo, é mostrado o comportamento da sociedade de

consumo que é caracterizada pela constante produção de mercadorias visando

atender a demanda e a necessidade da população. O crescente aumento do

mercado de alimentos, com produtos cada vez mais atraentes. E como a

humanidade movida pela força do consumo, não tem consciência do resultado que

os recursos ambientais sofrem ao serem transformados em produtos causando

irreversivelmente a destruição do meio ambiente.

No terceiro capítulo é apresentada a importância da distribuição e do

comércio dos produtos orgânicos pelos supermercados e como o aumento da

demanda, os produtores vêm diversificando a variedade para suprir as necessidades

do mercado e a exposição dos produtos vem de frente atacar através de estratégias

de marketing chamar a atenção dos clientes. Além da atuação dos novos atores

sociais, em face desse novo potencial de consumo.

No quarto capítulo procurou evidenciar a distribuição dos produtos orgânicos

em grandes redes varejistas, assim como em feiras por pequenos produtores

incentivados por órgãos do governo, ong’s e iniciativa privada. Também se fez uma

referência a providências da Prefeitura de Curitiba estimulando o consumo e

produção dos alimentos orgânicos.

8

2 SOCIEDADE, CONSUMO E MEIO AMBIENTE

A formação da sociedade de consumo iniciou com a Revolução Industrial, na

Inglaterra no final do século XVII e veio consolidar o capitalismo como modo de

organização das relações de trabalho e das condições de vida (Pietrecolla, 1986).

A sociedade de consumo é caracterizada pela constante produção de

mercadorias visando atender a demanda e a necessidade da população. Quanto

maior for esse consumo e produção, melhor será para o meio capitalista. Ou seja, o

Capitalismo é baseado na propriedade privada dos meios de produção, no lucro e

nas decisões quanto ao investimento de capital feita pela iniciativa privada com a

exploração da mão-de-obra, que normalmente é afetada pela oferta e procura.

Esse processo que fundamenta o capitalismo, envolve todos os homens

numa rede de relações sociais, em que o produzir e o adquirir mercadorias se torna

o eixo condutor de todas as relações humanas. É uma sociedade onde a produção

de bens é realizada para atender a demanda do mercado.

Com isso, cada vez mais, o consumo vem modificando os valores dos

consumidores. O que ontem trazia a felicidade motivada pelo tempo livre e

convivência entre as pessoas onde eram desenvolvidas diversas atividades, hoje o

excesso de trabalho causa estresse e depressão, devido ao tempo a ele

especificado. Conseqüentemente torna-se um círculo vicioso: consumo, excesso de

trabalho, estresse, depressão, esse último diagnosticado pelos novos hábitos da

população. Com isso, o lazer, o tempo e a própria felicidade se tornam compulsórios

e mediados por trocas monetárias que alimentam este ciclo.

Segundo Portilho (2005)

“exclui-se da Sociedade Consumo a felicidade enquanto fruição total e interior, que

não precisa de signos e provas de sua existência para manifestar-se. Assim, o mito

da felicidade tornou-se mensurável (através do bem-estar, dos objetos, do conforto e

dos signos) enquanto a felicidade se distancia da "festa coletiva fundando-se nos

princípios individualistas garantidos pela Declaração Direitos do Homem e do

Cidadão, que reconhece, para cada indivíduo, o direito à "felicidade".(pág, 22)

9

A partir das modernas sociedades industrialistas, começaram os saques aos

recursos da natureza, devastando os ecossistemas e comprometendo o futuro da

Terra como um todo. Alguns autores, vem se dedicando a estudar e analisar os

riscos, significados e consequências para as sociedades ocidentais modernas, que

a sociedade de consumo pode acarretar.

A humanidade movida pela força do consumo, não tem consciência do

resultado em que os recursos ambientais sofrem a transformação em produtos

causando irreversivelmente a destruição do meio ambiente. A degradação da

matéria e a dissipação da energia para a produção de insumos, podem vir a esgotar

recursos e matéria prima disponíveis, o que antes se acreditava ser inesgotável.

Segundo Portilho (2005), “o consumo total da economia humana tem

excedido a capacidade de reprodução natural e assimilação de rejeitos da ecosfera,

enquanto fazemos uso das riquezas produzidas de uma forma desigual e injusta”.

(pág 23)

Muitos países possuem leis rigorosas no que diz respeito à conservação do

meio ambiente, com isso acabam transferindo setores que contribuem com a

degradação do meio ambiente aos países subdesenvolvidos, como cita Pietrecolla

(1986):

“problemas relativos ao meio ambiente nos países afluentes onde a pressão social

é mais forte, impõe barreiras à implantação e expansão de muitos setores

industriais, estimulam a transferência destes setores para os países periféricos

onde tais problemas são desconsiderados, ainda que conhecidos” (pág 28).

Nos últimos anos, a preocupação com o meio ambiente e saúde vem

aumentando, exigindo uma estratégia para atender as necessidades básicas dos

novos consumidores assim como a redução do desperdício, do lixo, e melhoria na

alimentação através de produtos mais saudáveis.

2.1 CONSUMO SUSTENTÁVEL

Nas sociedades modernas contemporâneas, o mercado não foi criado para

apenas atender as necessidades das pessoas, mas principalmente, para atender os

desejos dos consumidores e a lucratividade dos capitalistas.

10

A grande demanda dos recursos naturais usados ineficientemente gera o

esgotamento desses recursos. O aumento da poluição e o desequilíbrio climático,

contribuindo com os impactos ambientais, até então compreendidos como restos

inevitáveis do desenvolvimento e do crescimento capitalista, começam a tomar para

si uma nova estrutura e dimensão.

O aumento dos problemas de ordem ambiental como o aceleramento da

urbanização, distribuição demográfica, o consumo exorbitante de recursos não-

renováveis, contaminação do solo e dos meios naturais, além da redução da

camada de ozônio vem acarretando sobre o equilíbrio de ordem climática, um

grande impacto mundial e de certa forma, atraindo assim a população para uma

realidade presente até hoje pouco considerada.

Segundo Giddens (1996), “ninguém duvida de que em poucas décadas as

ações humanas terão tido um impacto muito maior sobre o mundo natural do que em

qualquer época anterior, e o ambientalismo, tendo sido uma preocupação adicional,

passará a ser algo que todos os observadores levarão a sério”. (pág 231)

Surgiu nesse contexto o consumidor como ator social, que preserva o meio

ambiente e considera o respeito a todos os seres vivos, reforçando um novo modelo

de consumo. O consumo sustentável vem mudando assim os hábitos da população

em busca de uma vida mais saudável com grande significância no lado ecológico

dos padrões de consumo.

Desenvolvimento sustentável é definido como o um equilíbrio entre

desenvolvimento tecnológico e ambiental, na busca da igualdade e justiça social. O

consumo sustentável surgiu a partir desse termo de desenvolvimento sustentável, e

visa mudanças de padrões de consumo e o fortalecimento do papel do comércio e

da indústria pelo manejo dos resíduos sólidos e saneamento no equilíbrio com o

meio ambiente.

Segundo Portilho (2005):

“com o deslocamento da definição ambiental, da produção para o consumo – seja

através da estratégia de consumo verde ou consumo sustentável –, os

consumidores, individualmente ou organizados em associações, passaram a ser

vistos como atores desse processo, considerados ora culpados, ora responsáveis,

11

ora principais agentes de ação e transformação e portanto, chave para a busca de

soluções” (pág 164).

Baseada nesse consumo sustentável, muitas propostas vem sendo

desenvolvidas no que se refere ao impacto global, causados pela ação predatória

entre o consumo e o meio ambiente, o que aumenta assim mais a responsabilidade

dos atores de consumo. Uma dessas propostas é o consumo verde, este visa o

consumo de produtos de qualidade superior, que estejam de acordo com as leis de

proteção ao meio ambiente desde a sua produção até a sua chegada ao consumidor

final. Neste contexto o movimento de uma agricultura ecológica vem colidir com o

modelo de produção industrial.

Segundo Brandenburg (2002) entende-se por,

“agricultura ecológica aquela que abrange um conjunto de modelos alternativos ao

padrão agro industrial de produção. Ela atinge desde os modelos associados à

origem do movimento alternativo até os modelos ressignificativos em função dos

movimentos ecológicos recentes e regulamentados pelas políticas agrícolas” (pág

12).

Os produtos orgânicos entram nessa nova demanda de mercado para suprir

a necessidade dos consumidores preocupados com a saúde em conformidade com

as novas tecnologias deste segmento, ou seja, com o desenvolvimento sustentável.

Isso envolve certificação, padrão sanitário, execução e elaboração normas

ambientais para garantir o procedimento dos processos, além da legislação que

estabelece normas a serem cumpridas na rotulagem dos produtos.

Segundo Brandenburg (2002):

“o conjunto de agricultores alternativos ou ecológicos, no entanto, é de difícil

conhecimento pelo fato de não possuírem estatísticas daqueles modelos, cujos

sistemas de produção ainda não foram regulamentados. Desta forma os dados que

se apresentam referem-se à moderna agricultura biológica, ecológica, orgânica,

12

etc., ou seja, da agricultura ecológica já institucionalizada e relacionada aos

contextos específicos de seus respectivos países” (pág 13).

Desta forma a agricultura local e familiar vem ganhando espaço econômico,

quebrando barreiras através da globalização e das importações e exportações. Os

pólos produtivos locais vem se concentrando de modo que a distribuição dos

produtos atenda a demanda de maneira ágil e prática sem causar danos ao meio

ambiente.

2.2 OS ALIMENTOS ECOLÓGICOS E SUA PRODUÇÃO

Agricultura orgânica é um método de produção voltada à conservação do

meio ambiente e sua biodiversidade, através da exclusão de fertilizantes,

agrotóxicos, ou seja, meios químicos de interferência nos ciclos biológicos do solo.

Neste caso troca os produtos químicos por métodos naturais, como, rotação de

culturas, adubação através de estercos animais, compostagem, além do controle

biológico de pragas e doenças.

A reação contra a prática da adubação química na agricultura surgiu na

Europa ainda no início do século XX, quando alguns “movimentos rebeldes”

valorizavam o uso de matéria orgânica e outras práticas agrícolas favoráveis aos

processos biológicos. Esses movimentos, porém, ficaram por muitos anos à margem

da produção agrícola mundial e suas práticas sequer foram validadas pela

comunidade científica (Ehlers, 1996).

O movimento alternativo começou a se manifestar no Brasil durante a

década de 1970, quando se disseminava no país um processo de “modernização da

agricultura”. No discurso governamental pretendia-se aumentar a produção e a

produtividade da agricultura no país através da substituição das práticas agrícolas

tradicionais por um conjunto de práticas tecnológicas, que incluíam a utilização de

sementes geneticamente melhoradas, fertilizantes químicos, agrotóxicos com maior

poder biocida, irrigação e motomecanização.(Archanjo; Brito; Sauerbeck, 2001).

Quando os consumidores compram alimentos de origem orgânica, estão

adquirindo em um produto o alimento próprio além de um alimento ambiental que

colabora com a proteção e a regeneração do meio ambiente. Isto em um longo

prazo vem equilibrar o meio ambiente de uma maneira harmoniosa. No Brasil os

13

principais alimentos orgânicos produzidos são a soja (31%), as hortaliças (27%),

café (25%), frutas (26%), cana (23%) e palmito (18%).

Apesar do interesse pela alimentação orgânica estar ainda restrito a uma

pequena parcela da população, lentamente, a crítica ao uso dos agrotóxicos vem

ganhando espaço entre produtores agrícolas e consumidores (Bontempo, 1999).

A definição legal do que é produto orgânico é encontrada na lei 10.831 de 23

de dezembro de 2003:

“Art. 1º: Considera-se sistema orgânico de produção agropecuária todo aquele em

que se adotam técnicas específicas, mediante a otimização do uso dos recursos

naturais e socioeconômicos disponíveis e o respeito à integridade cultural das

comunidades rurais, tendo por objetivo a sustentabilidade econômica e ecológica, a

maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia

não-renovável, empregando, sempre que possível, métodos culturais, biológicos e

mecânicos, em contraposição ao uso de materiais sintéticos, a eliminação do uso

de organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes, em qualquer

fase do processo de produção, processamento, armazenamento, distribuição e

comercialização, e a proteção do meio ambiente”.

A produção agrícola procura minimizar o impacto ambiental, eliminando o

uso dos agrotóxicos e de adubos através do manejo de culturas, produzindo

produtos de alta qualidade.

Essa proposta apóia-se num pensamento que se pauta por princípios

inerentes ao chamado paradigma da sustentabilidade, ou seja, por critérios definidos

em termos do ambientalmente correto, do socialmente justo e do economicamente

viável.

A agricultura orgânica no Brasil é geralmente praticada por pequenos

agricultores, agricultura local e familiar, neo-rurais, além de pequenos empresários

associados em cooperativas que viabilizam a venda dos produtos e sua distribuição

(Brandenburg, 2002).

Alguns pequenos agricultores, não participantes de cooperativas

comercializam seus produtos em feiras. Em Curitiba com o auxílio do Embrapa e de

setores da prefeitura, são realizadas feiras livres para ajudar esses pequenos

14

agricultores venderem seus produtos sem intermediários, ou seja, direto ao

consumidor final.

15

3 REDES DE SUPERMERCADOS E OS NOVOS ATORES DE CONSUMO

Os supermercados têm apresentado um papel importante na distribuição e

no comércio dos produtos orgânicos. Com o aumento da demanda, os produtores

vêm diversificando a variedade para suprir as necessidades do mercado e a

exposição dos produtos vem de frente atacar através de estratégias de marketing

chamar a atenção dos clientes.

Segundo Guivant (2003):

“as tradicionais lojas de produtos naturais e as feiras passaram a ter um

papel secundário, coexistindo com novas estratégias de comercialização,

também de menor importância, como cestas domiciliares e mercados

especializados. A presença destacada nos supermercados no segmento de

orgânicos insere-se dentro do processo de transformação que aqueles tem

ocasionado na esfera do consumo alimentar, ao fornecer novas opções, com

iniciavas cada vez mais importantes no que diz respeito às inovações e a

qualidade dos alimentos” (pág, 63).

O Grupo Pão de Açúcar foi o primeiro supermercado a comercializar os

produtos orgânicos na década de 90, e ano após ano seu faturamento no setor vem

triplicando.

Segundo o Grupo Pão de Açúcar - Depto de Imprensa e RP - 11

3886 0465/ 3886 3666:

“A alta nas vendas é atribuída ao apelo cada vez maior dos consumidores pela

busca de melhor qualidade de vida, de onde se extrai a preocupação com a

alimentação saudável e, numa escala maior, os cuidados com o meio ambiente na

produção dos alimentos. Em relação ao perfil de público consumidor de orgânico, a

empresa identificou que a maioria é composta por mulheres, casadas e com filhos,

na faixa de idade entre 30 e 50 anos”. Na rede de supermercados Pão de Açúcar, a

primeira do país a criar um espaço exclusivo para venda de orgânicos nas suas

lojas, essa tendência é observada há bastante tempo. “O Pão de Açúcar se

caracteriza por ser o supermercado que está identificado com as novas tendências

de consumo e com produtos que levem a uma melhor qualidade de vida. Temas

como saudabilidade e consciência ecológica estão cada vez mais presentes na vida

16

dos nossos consumidores”, afirma Carlos Leite, gerente de marketing da rede.

“Além de facilitar a exposição dos produtos, investimos fortemente na informação e

na formação do nosso consumidor com serviço de nutricionistas e promovendo

ações específicas no ponto de venda, como degustações”.

www.paodeacucar.com.br

Grande parte dos supermercados visitados tinha os produtos organizados

em gôndolas e balcões refrigerados, mas não possuía nenhuma placa de orientação

para a diferença do produto, ficando apenas as etiquetas e as embalagens

especificando o produto como orgânico.

Em anexo I segue foto que mostra uma boa disposição do produto, acima da

gôndola em local estratégico está a sinalização dos produtos diferenciados pela

produção orgânica.

Segundo o supermercado o Carrefour em entrevista à revista exame:

“A procura por esse tipo de produto cresce cerca de 20% ao ano e este

segundo maior varejista do mundo, instalou, há quatro anos, gôndolas

específicas para os produtos orgânicos em suas lojas. Desde o início, os

itens comercializados eram certificados pelo IBD ou pela Associação de

Agricultura Orgânica (AAO). Em maio de 2002, a rede passou a usar o selo”

Garantia de Origem Carrefour “, a exemplo do que já fazia em outros países,

mas sem incluir aqui produtos orgânicos. O Carrefour também criou equipes

de compras regionais e foi à primeira companhia a lançar no país o

programa ‘Garantia de Origem’ – no qual produtores pequenos e médios de

FLV e carne recebem apoio e orientação dos agrônomos e veterinários da

empresa. Além de distribuir os produtos com o selo orgânico, o Carrefour

entrou na produção orgânica, única experiência internacional da rede. Há

cinco anos, (mantém uma área de 1000 hectares no vale do rio São

Francisco divisa da Bahia com Pernambuco) para a produção de uva de

mesa. Metade da área já recebeu o certificado orgânico. Cerca de 70% da

produção de uva orgânica é exportada para Europa. Além da uva, a rede

lançou, há dois meses, a carne orgânica de produção própria,

prioritariamente para exportação”. (EXAME, 15/1/2003).

17

3.1 O CONSUMIDOR DE ALIMENTOS ECOLÓGICOS: NOVOS ATORES DE

CONSUMO.

Neste trabalho, procurou-se delinear o perfil do consumidor de produtos

orgânicos na cidade de Curitiba, conhecer seu grupo social em que ele se insere,

além da distribuição dos produtos em supermercados, levando em consideração sua

localização e disponibilidade.

As respostas ao questionário aplicado forneceram os dados para o

conhecimento do segmento de consumo estudado e a orientação de como melhorar

o comércio dos produtos.

Revelar o estilo de vida do consumidor orgânico, destacando como ele se

distingue do estilo de vida dos integrantes da sociedade consumista liderada pela

indústria cultural. Quais os valores o consumidor orgânico estabelece para si, quais

são seus referenciais de consumo? Mostrar que esse consumidor não nega a

indústria cultural, mas coloca-se criticamente em relação a ela, constitui o objetivo

deste capítulo.

A distribuição dos 600 entrevistados pesquisados, segundo o sexo é de 39%

de homens e 61% de mulheres e elas são as que se preocupam mais com a base

alimentar em uma residência, conforme a tabela 3. O preço do produto ainda é

determinante na escolha do consumidor mais até do que a preocupação pelos

produtos que trazem benefícios que ele à saúde.

O consumidor mostra se consciente e dotado de informações sobre as

diferenças entre os produtos orgânicos e os convencionais e fazem suas compras

com certo cuidado. Observam os rótulos dos produtos além dos selos de

certificações, provenientes da produção, origem e benefícios.

Estes consumidores fogem de alimentos com resíduos tóxicos, ou seja, com

intervenção de adubos e agrotóxicos. É grande a preocupação dos consumidores

destes produtos sobre a conservação do meio ambiente, em processos de

separação de lixo e várias campanhas que possam ser úteis na boa utilização dos

meios naturais.

Geralmente compram os produtos por recomendações vindas de

consumidores e de informações adquiridas principalmente pela televisão. Outros

18

ainda mudam seu estilo de alimentação por indicações de médicos após o

aparecimento de algum problema de saúde, ou seja, tratamento de alguma doença.

TABELA 3 – SEXO DO ENTREVISTADO

Nº %

Masculino 234 39,0

Feminino 366 61,0

Total 600 100,0

Fonte: Pesquisa de campo 2006

Na tabela 3 temos a distribuição dos 600 entrevistados pesquisados, que

segundo o sexo é de 39% de homens e 61% de mulheres.

TABELA 4 – IDADE DO ENTREVISTADO

Nº %

Até 20 40 6,8

+ 20 a 30 155 26,4

+ 30 a 40 140 23,8

+ 40 a 50 120 20,4

+ 50 133 22,6

Total 588 100,0

Fonte: Pesquisa de campo 2006

A Faixa etária predominante dos respondentes é entre 20 a 30 anos,

totalizando 26,4% das respostas. Em seguida aparece a faixa etária de 30 a 40 anos

com 23,8%, 22,6% têm mais de 50 anos, 20,4% de 40 a 50 anos e apenas 6,8% tem

menos de 20 anos, como nos mostra a tabela 4. Isto demonstra que os jovens estão

se preocupando mais com uma alimentação saudável, buscando conscientemente a

melhoria da saúde nos produtos orgânicos.

19

TABELA 5 –ESCOLARIDADE DO ENTREVISTADO

Fonte: Pesquisa de campo 2006

A tabela 5 mostra que, o número maior de entrevistados possuem o segundo

grau completo 40%, quase o dobro dos entrevistados com terceiro grau, 28,3%, com

o primeiro grau completo ou seja com ensino fundamental 17,2% dos entrevistados,

10,8% possuem pós graduação, mestrado ou doutorado, 2,3% cursos práticos ou

profissionalizantes, 0,3 não sabem e 0,3 são analfabetos. O alto grau de instrução, é

um fator que possibilita um melhor conhecimento sobre meio ambiente e saúde.

TABELA 6 – RENDA MENSAL DO ENTREVISTADO

Nº %

Até 1 salário mínimo 14 2,3

De 1 a 2 salários mínimos 60 10,0

De 2 a 3 salários mínimos 99 16,5

De 3 a 4 salários mínimos 125 20,9

Acima de 4 salários mínimos 270 45,1

Não sabe 22 3,7

Não respondeu 9 1,5

Total 599 100,0

Fonte: Pesquisa de campo 2006

Segundo a tabela 6, grande parte dos entrevistados 45,1% dos entrevistados

recebe acima de quatro salários mínimos, lembramos que o fator preço é altamente

Nº %

Primeiro grau (ensino fundamental) 103 17,2

Segundo grau (ensino médio) 245 40,8

Terceiro grau (ensino superior) 170 28,3

Pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado) 65 10,8

Cursos práticos ou profissionalizantes 14 2,3

Não sabe 1 0,2

Analfabeto 2 0,3

Total 600 100,0

20

relevante no consumo de produtos orgânicos, mesmo porque os produtos orgânicos

são mais caros que os produtos convencionais.

Os 20,9% dos entrevistados recebem de 3 a 4 salários mínimos, 16,5% 2 a 3

salários mínimos, 10,0% de 1 a 2 salários mínimos, 3,7% não sabem, 2,3% somente

1 salário mínimo, e 1,5% nÃo respondeu.

TABELA 7 – TIPO DE CONSUMIDOR

Nº %

Diet 138 23,0

Light 204 34,0

Ecológico / orgânico 210 35,0

Outros 32 3,1

Não sabe 10 1,7

Não respondeu 6 1,0

Total 600 100,0

Fonte: Pesquisa de campo 2006

Na tabela 7, entre 600 entrevistados 35,0% tem hábito de consumo dos

produtos orgânicos, 34,0% consomem produtos light e 23,0% diet, isso mostra que é

grande a preocupação com a saúde e pela conservação do meio ambiente.Outros

3,1%, não sabe1,7% e não respondeu 1,0% dos entrevistados.

3.2 ESCOLHA DOS ALIMENTOS E VALORES QUE OS ORIENTAM

As vantagens dos produtos orgânicos são muitas, eles não contêm

agrotóxicos, são produtos saudáveis, mais naturais e bem mais nutritivos, além de

possuir um sabor diferenciado, ou seja, a ausência de produtos químicos, faz com

que o sabor seja real, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida e

conservação do meio-ambiente.

O preço do produto ainda é determinante na escolha do consumidor, a

tabela 8 mostra que 76,2 % dos entrevistados fazem essa opção, seguido de 54,2%

dos consumidores que escolhem os produtos pelos benefícios que ele traz à saúde,

36,0% escolhem pela marca, 28,3% pela apresentação do produto, 12,3% fazem

sua escolha por outros motivos e apenas 12,2% pelos aspectos ambientais.

21

TABELA 8 – ESCOLHA DOS ALIMENTOS QUE CONSOME

Nº %

Pelo preço 457 76,2

Pela marca 216 36,0

Pelos benefícios à saúde 325 54,2

Pelos aspectos ambientais 73 12,2

Pela apresentação do produto 170 28,3

Outros motivos 74 12,3

Total 600 100,0

Fonte: Pesquisa de campo 2006

Na tabela 9 é possível constatar que 67,6% dos entrevistados consideram

os produtos orgânicos caros, apenas 29,0% acreditam que os preços são

satisfatórios pela qualidade e benefício proporcionado, 1,9% não sabe e 1,4% não

respondeu a pergunta.

TABELA 9 – PREÇOS DOS PRODUTOS

Nº %

Caros 142 67,6

Satisfatórios 61 29,0

Não sabe 4 1,9

Não respondeu 3 1,4

Total 210 100,0

Fonte: Pesquisa de campo 2006

3.2.1 Motivo da Escolha e Preferência

A maioria dos entrevistados, 84,3% como podemos observar na tabela 10,

escolhem os produtos orgânicos por eles serem mais saudáveis, ou seja, não

possuírem produtos tóxicos causadores de doenças. E apenas 35,2% acreditam na

conservação do meio ambiente como motivo para o consumo dos orgânicos. 13,8%

escolhem os produtos orgânicos por outros motivos e 3,8 não sabem o porque da

escolha.

22

TABELA 10 – MOTIVO DA ESCOLHA POR PRODUTOS ORGÂNICOS

Nº %

Por motivos de saúde 177 84,3

Para ajudar a conservar o meio ambiente 74 35,2

Outros 29 13,8

Não sabe 8 3,8

Não respondeu

Total 210 100,0

Fonte: Pesquisa de campo 2006

Na tabela 11 vemos que 43,3 % dos entrevistados compram

esporadicamente produtos orgânicos, mas, 53,3% consomem os semanalmente,

1,9% não sabem a freqüência e 1,4% não responderam.

TABELA 11 – FREQÜÊNCIA DE COMPRA DO PRODUTO ORGÂNICO

Nº %

Esporadicamente 91 43,3

Semanalmente 112 53,3

Não sabe 4 1,9

Não respondeu 3 1,4

Total 210 100,0

Fonte: Pesquisa de campo 2006

Na pergunta de onde os entrevistados adquirem informações sobre os

produtos orgânicos, foram relacionadas múltiplas respostas de cada entrevistado,

isso é demonstrado pela maior porcentagem na tabela 12. A televisão aparece como

o maior influenciador nas informações adquiridas pelo consumidor 78,3%, como

meio de comunicação, é nela que são conhecidos as conseqüências e benefícios de

uma boa alimentação. 44,0% declararam que os contatos pessoais, isto é,

propaganda boca a boca é o grande influenciador. Através de revistas

semanais,37,8%, por jornais impressos foram 31,7%, pela Internet 23,8%, rádio

22,2%. Apenas 4,7% dos entrevistados receberam informações de produtos

23

orgânicos nas instituições de ensino,3,2% por outros lugares, 3,0% pela igreja, por

cursos ou palestras 2,2% e 0,7 por associações de bairros.

TABELA 12 – INFORMAÇÕES QUE INFLUENCIAM NAS ESCOLHAS DOS

ALIMENTOS

Nº %

TV 470 78,3

Rádio 133 22,2

Jornais impressos 190 31,7

Revistas semanais 227 37,8

Internet 143 23,8

Contatos pessoais 264 44,0

Instituição de ensino 28 4,7

Igreja 18 3,0

Associação de bairro 4 0,7

Cursos 13 2,2

Palestras 13 2,2

Outros 19 3,2

Não sabe 11 1,8

Não respondeu 9 1,5

Total 600 100,0

Fonte: Pesquisa de campo 2006

24

4 DISTRIBUIÇÃO NAS GRANDES REDES VAREJISTAS DE ALIMENTOS

Na década de 90, com o aumento da demanda e conseqüentemente da

produção de alimentos orgânicos, a distribuição se tornou um processo importante

neste segmento. Por trás de cada produto oferecido no supermercado encontramos

a marca indelével dos indivíduos diferenciados através das classes sociais. Desse

modo, por trás da classificação dos produtos segundo níveis de qualidade,

apresentação e sofisticação classifica-se os homens segundo suas origens sociais e

econômicas.

Quanto maior diversificação de produtos houver no mercado, maior

quantidade de trabalho haverá para o homem; o que por um lado atende a demanda

do mercado e de outro promove o aumento do seu poder pecuniário e de consumo.

Segundo Yussefi, Willer e Guivant (2003), o mercado de produtos orgânicos

aumentou 58% entre 1999 e 2000, mas mesmo com um crescimento entre 10 a 30%

nos países ricos, essa participação no mercado ainda é pequena,isto é, isso

demonstra que esse segmento de mercado, ainda é pequeno e que tem muito a

expandir. Os supermercados têm apresentado um papel importante na distribuição e

no comércio dos produtos orgânicos.

Segundo Yusselfi, Willer e Guivant (2003), a Europa é o maior consumidor

de produtos orgânicos, seguido pelos EUA. Já a América do Sul participa deste

mercado principalmente exportando seus produtos, ou seja, é mais atrativo o

mercado externo do que o interno. É ainda baixo o consumo de produtos orgânicos,

porém, também é considerado um mercado em expansão.

A comercialização de orgânicos na América Latina é feita além dos

supermercados, pequenas feiras com produtos vindos direto dos pequenos

produtores, lojas especializadas no setor e sacolões.

Com esse aumento da demanda, os produtores vêm diversificando a

variedade para suprir as necessidades do mercado e a exposição dos produtos vem

de frente atacar através de estratégias de marketing chamar a atenção dos clientes.

Segundo Hamerschmidt (2006), no Paraná a produção de produtos

orgânicos tem se propagado muito rapidamente, devido aos subsídios e projetos do

governo do Estado, pela Secretária de Estado da Agricultura e Abastecimento,

EMATER – PR (Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural),

IAPAR, IAP, EMBRAPA, IBAMA, ITAIPU BINACIONAL, Universidades, Prefeituras

25

Municipais, Associações de produtores orgânicos, Associações de consumidores,

SPVS, SEBRAE, SENAR, ONGs e empresas de processamento e comercialização,

aos produtores desde o início da técnica no estado em 1982.

Hoje o Paraná está entre os primeiros produtores de orgânicos do Brasil, O

crescimento na produção foi na ordem de 1600% desde 1996, ou seja em 1996 / 97

a produção do estado foi de 4.365 toneladas chegando a 75.900 toneladas em e

2.004/05, os produtores também cresceram. de 450 para 4.138.

A Região Metropolitana de Curitiba aparece como o maior centro de

produção de orgânicos do Paraná, teve um crescimento de 200%. Passando de

3.852 toneladas em 2002/2003 para 11.605 toneladas em 2003/2004 e atualmente

possui cerca de 762 produtores de orgânicos.

Segundo o engenheiro agrônomo e coordenador estadual da agricultura

orgânica da Emater, Iniberto Hamerschmidt: "Se levarmos em conta o cultivo de

hortaliças, os municípios vizinhos de Curitiba batem todo o restante do estado,

sendo responsáveis por mais de 50% da produção do Paraná".

Com o crescimento da agroecologia no estado do Paraná o governo vem

criando políticas para o setor que organizem o comércio e produção, incentivando o

produtor a comercializar o produto direto ao consumidor final, evitando a alta nos

preços delimitando a faixa da população que adquire os produtos.

Segundo dados da prefeitura de Curitiba:

“a agregação de valor ao produto orgânico é da ordem de 30 a 50%, enquanto que

quando adquirido de outros canais de comercialização o consumidor paga um

preço bem mais alto pelo mesmo produto. O volume total de produção orgânica

representa valor bruto da ordem de R$ 80.000.000,00 (oitenta milhões de reais). Os

custos de produção são cerca de 10 a 15% menores que os produtos

convencionais, em função do não uso de adubos químicos sintéticos e agrotóxicos”.

Embora a produção orgânica apresente toda essa força e crescimento,

alguns pontos devem ser analisados, os custos de produção são menores do que

os produtos convencionais mas outros como o alto custo de certificação, a falta de

crédito específico para a fase de conversão, falta de planejamento de produção,

ainda alteram na composição final do preço.

26

Segundo Wamerschimidt, a procura de alimentos orgânicos em Curitiba

cresce 50% ao ano, ele arrisca afirmar que Curitiba é naturalmente o maior mercado

consumidor de alimentos orgânicos, mesmo não existindo dados oficiais.

A Associação dos Consumidores de Produtos Orgânicos do Paraná (Acopa)

realizou um estudo com 40 itens orgânicos nos supermercados de Curitiba, e

constataram que a demanda é maior que a oferta em 35%.

Em entrevista a Guiabioagri Rogério Konzen, gerente proprietário da “Terra

Preservada”, empresa que distribui alimentos de origem orgânica e incentiva

produtores, ele conta começou seu negócios distribuindo os produtos em uma feira

em Curitiba, passando para uma loja montada em uma garagem de um amigo.

O crescimento da empresa e produção se deu para atingir a demanda que

segundo Rogério:

“é principalmente o mercado externo, Europa, Estados Unidos, eles já se tem um

mercado de produtos orgânicos organizado; isto permite movimentar grandes

quantidades de produtos orgânicos de uma forma mais rápida e te poupa de ter de

investir um grande capital para formar estoque e depois distribuir lentamente no

mercado interno. Fazemos a venda em algum porto do Brasil, e a partir daí quem

se encarrega são os nossos distribuidores e importadores lá fora. Usamos esta

estratégia, de capitalizar primeiro com as exportações, para daí aos poucos criar

condições de desenvolver o mercado interno. Paralelamente trabalhamos para

aumentar a consciência que ainda não existe no mercado interno a um nível mais

abrangente, para que possamos então investir e ser mais ousados na distribuição

aqui no Brasil”.

Hoje a empresa “Terra Preservada”, possui duas filiais: em Capanema, e no

município de Planalto, conta com uma equipe técnica formada por cinco

profissionais, três agrônomos e dois técnicos agrícolas, que atendem

aproximadamente 500 agricultores. Seu papel é o escoamento da produção do

produtor servindo como regulador. A empresa atende as principais lojas de produtos

orgânicos do sul e sudeste do Brasil com 10 ou 15 itens que trabalham atualmente.

A Prefeitura de Curitiba mediante dados analisados assinou um projeto em

julho de 2006, com a finalidade de implantar na cidade o primeiro Mercado

27

Permanente de Produtos Orgânicos no país com o apoio do Ministério do

Desenvolvimento Agrário (MDA). O Mercado de Orgânicos ficará localizado ao lado

do Mercado Municipal, terá dois pisos e estacionamento, com 3.700 metros

quadrados de área construída. Terá 21 lojas, praça de alimentação orgânica,

cozinha experimental e uma sala de eventos, além de ficar interligado ao mercado

municipal.

Segundo notícia da prefeitura a imprensa em 13/09/2006, 19:46:

“O Mercado Permanente de Produtos Orgânicos de Curitiba será, além de espaço

físico para oferta de produtos no varejo, também um centro de promoção,

desenvolvimento e integração do agronegócio. Apesar do apelo varejista na

comercialização de hortifrutigranjeiros, o Mercado de Orgânicos vai contemplar a

verticalização de toda cadeia até mesmo de produtos importados, como

cosméticos, vestuário e acessórios. www. curitiba.pr.gov.br”.

28

5 CONCLUSÃO

O mercado de alimentos vem sempre num crescente aumento, com

produtos cada vez mais atraentes. Nos países mas ricos, o poder de consumo

elevado faz com que as indústrias, produtores e supermercados se voltem para o

mercado de orgânicos que mostra um crescimento de 50% à mais por ano, se

mostrando muito atrativo comercialmente.

Apesar do consumo de alimentos orgânicos ser recente, cresce a cada dia e

começa a ganhar a fidelidade perante ao consumidor. Embora muitos consumidores

ainda adquirem os produtos de agricultura com agrotóxicos, ou seja alimentos

convencionais, devido ainda a pouca variedade dos alimentos orgânicos.

Análise dos resultados e estudos realizados nos fornece a conclusão que o

perfil do consumidor que adquire os orgânicos é geralmente do sexo feminino,

moram em cidades grandes, de classe média, na maioria com ensino superior,

caracterizando um melhor nível intelectual e econômico.

No que se refere a divulgação do produto, o setor ainda precisa trabalhar

muito, para que o crescimento do setor ainda seja maior e mais esclarecido. Mesmo

sendo hoje um produto mais caro que o convencional , tem sido cada vez mais

procurado, acredita-se que com melhor divulgação e esclarecimento, aumentaria a

procura, conseqüentemente a produção incentivando assim o produtor aumentar a

variedade dos produtos.

A maioria dos entrevistados ficou sabendo dos benefícios do orgânicos pela

televisão, mas também uma grande parcela dos consumidores conheceu os

produtos através de amigos, ou seja propaganda boca a boca.

Segundo a pesquisa realizada, os motivos pelo que o consumidor escolhe

os alimentos são principalmente, a qualidade e o benefício que produto trás em

relação a saúde. Poucos ainda pensam nos produtos orgânicos como um meio de

preservação ao meio ambiente. Eles ainda, embora sabendo dos benefícios dos

orgânicos, não conhecem o que realmente o que significa a produção orgânica.

O governo do Estado do Paraná vem divulgando bem a agricultura orgânica,

nas feiras e exposições, assim como a ACOPA – Associação dos Consumidores de

Produtos Orgânicos do Paraná, vem desenvolvendo projetos, caminhadas e

encontros, aliando diversão e educação, no que se refere ao consumo dos orgânicos

29

Identificou-se através deste estudo que a agricultura orgânica mostra-se

como uma nova fase de vida e conscientização do consumidor além de uma grande

estratégia de comércio e produção, o que conseqüentemente influencia muito em

um melhor desenvolvimento sustentável.

Assim a produção orgânica vem assumir uma posição favorável em relação

a produção de alimentos convencionais.

30

REFERÊNCIAS

ARCHANJO, LÉA RESENDE; BRITO, KARLA FRANCINE W. DE; SAUERBECK, SALLY. Alimentos Orgânicos em Curitiba: consumo e significado - Artigo publicado no Vol. VIII / 2001 da Revista Cadernos de Debate, uma publicação do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da UNICAMP, páginas 1-6. BONTEMPO, MÁRCIO. Alimentação Orgânica: medicina natural � São Paulo: Nova Cultural, 1999. BOFF, LEONARDO. Ecologia: grito da terra, grito dos pobres � Rio de Janeiro : sextante, 2004. BRANDENBURG, ALFIO. Movimento agroecológico: trajetória, contradições e perspectiva. Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, n. 6, pp 11-28, jul. / dez. 2002 DAROLT, MOACIR. As dimensões da sustentabilidade. Um estudo da agricultura orgânica na região metropolitana de Curitiba-PR. Universidade Federal do Paraná: 2000. 310 p. (Tese de doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento) DAROLT, MOACIR. Agricultura Orgânica: Inventando o futuro. Paraná: IAPAR, 2002. 250p. EHLERS, EDUARDO M. Agricultura Sustentável: origens e perspectivas de um novo paradigma. � São Paulo: Livros da Terra, 1996. GIDDENS, ANTHONY. Para além da esquerda e da direita. São Paulo: UNESP, 1996 ______. As conseqüências da modernidade. São Paulo: UNESP, 1991

GUIVANT, JULIA S. Os Supermercados e o Consumo de Frutas, Legumes e Verduras Orgânicos Certificados. Relatório final de pesquisa, CNPq projeto 520874/01-3. 2003, 106p. ______. Os Supermercados na oferta de Alimentos Orgânicos: apelando ao estilo de egotrip, Revista Ambiente & Sociedade, v 6. jul. / dez. 2003, pp.63-81 ______. Riscos Alimentares: novos desafios para a sociologia ambiental e a teoria social. Revista Ambiente & Sociedade, v 5. jul. / dez. 2002, pp.89-99

31

HAMERSCHMIDT, ENG. INIBERTO, Panorama da Agricultura Orgânica no Paraná http://www.planetaorganico.com.br/trab_iniberto06.htm, Curitiba, 02 de março de 2.006 EMATER PIETROCOLLA, LUCI GATI. O que todo cidadão precisa saber sobre sociedade de consumo � São Paulo: Global, 1986. PORTILHO, FÁTIMA. Sustentabilidade Ambiental, Consumo e Cidadania � São Paulo : Cortez, 2005.

Páginas da Web

www.guiabioagri.com.br www.planetaorganico.com.br www2.uol.com.br www.grupopaodeacucar.com.br www.aao.org.br www.faep.com.br www.recantonativo.com.br

32

ANEXOS

33

ANEXO I

34

Os dados para a realização da pesquisa foram obtidos através das

características e distribuição da população de Curitiba, capital do Estado do Paraná,

foi estipulado por meio da fórmula do universo amostral que nos forneceu o número

de pesquisas que foram aplicadas em nosso estudo, através do nível de confiança

de 95% (valor correspondente na tabela = 1,96), com margem de erro aceitável de

4% e variância de 0,5.

Segundo a fórmula :

em que:

n = tamanho da amostra

z = nível de confiabilidade, adotado (quando i.c =95%, z = 1.96)

o = variância

d = margem de erro aceita pelo pesquisador

Ficando na fórmula:

Os questionários foram divididos pelos supermercados através de uma

regra de três simples: a população de uma regional foi multiplicada pelo número total

de questionários (600), cujo total foi dividido pelo número da população de Curitiba

(1.578.645), com o resultado encontrado, dividimos pelo número de supermercados

localizados naquela regional.

n = [z.o/d]2

n = [1,96.0,5/0,04]2 = [24,5]2 = 600,25 aproximadamente 600 pessoas entrevistadas

35

Ilustrando melhor a situação, a população da regional do Boa Vista é de

225.695 habitantes, possui 6 supermercados, isto nos deu o número de 95

questionários aplicados.

Em seguida foi dividido o número de questionários da regional (95) pelo

número de supermercados (6).

Como nem todos os estabelecimentos vendem os produtos orgânicos, as

regionais do Bairro Novo e CIC foram incorporadas àquelas mais próximas

respectivamente na regional do Boqueirão e regional do Pinheirinho.

Segue abaixo a demonstração da divisão das regionais, bairros,

supermercados e número dos questionários aplicados.

Ilustrando melhor a situação, a população da regional do Boa Vista é de

225.695 habitantes, possui 6 supermercados, isto nos deu o número de 95

questionários aplicados.

95/6 = 16

1.578.645 (população de Curitiba) ...........................600 (total de questionários) 225.695 (habitantes da regional)............................ X (n˚de questionários)

X = 225.695 x 600 = 95 1.578.645

1.578.645 (população de Curitiba) ...........................600 (total de questionários) 225.695 (habitantes da regional)............................ X (n˚de questionários)

X = 225.695 x 600 = 95 1.578.645

36

Em seguida foi dividido o número de questionários da regional (95) pelo

número de supermercados (6).

Como nem todos os estabelecimentos vendem os produtos orgânicos, as

regionais do Bairro Novo e CIC foram incorporadas àquelas mais próximas

respectivamente na regional do Boqueirão e regional do Pinheirinho.

Segue abaixo a demonstração da divisão das regionais, bairros,

supermercados e número dos questionários aplicados.

95/6 = 16

37

ANEXO II

38

Fonte: http://www.ensistec.com.br/clientes.htm

39

ANEXO III

40

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Projeto de Pesquisa: Consumidores-cidadãos e suas decisões alimentares na

sociedade de risco

Questionário de Pesquisa

IDENTIFICAÇÃO

Número______

Data__________

Entrevistador______________________

Cidade______________________

Bairro__________________

Supermercado ________

(GARANTA O ANONIMATO DO ENTREVISTADO LOGO NO INÍCIO DO

QUESTIONÁRIO)

CARACTERIZAÇÃO DO CONSUMIDOR

C01. Sexo do entrevistado. (NÃO PERGUNTAR, MARCAR POR OBSERVAÇÃO)

1. Masculino

2. Feminino

C02. O (a) senhor (a) poderia me dizer, por gentileza, a sua data de nascimento?

___________________________________________________________________

C03. O (A) senhor (a) estudou até:

1. primeiro grau (ensino fundamental)

2. segundo grau (ensino médio)

3. terceiro grau (ensino superior)

4. pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado)

5. cursos práticos ou profissionalizantes

8. Não sabe

9. Não respondeu

41

C04. Qual destas alternativas melhor representa sua renda mensal familiar?

1. até 1 salário mínimo

2. de 1 a 2 salários mínimos

3. de 2 a 3 salários mínimos

4. de 3 a 4 salários mínimos

5. acima de 4 salários mínimos

8. Não sabe

9. Não respondeu

DADOS SOBRE AS ESCOLHAS DOS ALIMENTOS E LOCAL DE COMPRAS

A01. O que leva o (a) senhor (a) a escolher os alimentos que consome? Você pode

escolher mais de uma alternativa que citarei a seguir.

A010. Pelo preço

A011. Pela marca

A012. Pelos benefícios à saúde

A013. Pelos aspectos ambientais

A014. Pela apresentação do produto

A015. Outros motivos. Poderia dizer quais? _______________________________

A02. O (a) senhor (a) saberia dizer qual a diferença entre o alimento com agro-

químicos, do ecológico (orgânico) e do transgênico?

1. Sim. Poderia me dizer qual seria?

Com agro-químicos________________________________________

Orgânico________________________________________________

Transgênico______________________________________________

2. Não

8. Não sabe

9. Não respondeu

A03. O (a) senhor (a) tem o hábito de comprar quais alimentos: Os ecológicos

(orgânicos) ou os outros.

1. Ecológicos (orgânico) principalmente

42

2. Ecológicos e outros

3. Outros. PULAR PARA A PERGUNTA 08

8. Não sabe.

9. Não respondeu.

A04. Por que o (a) senhor (a) compra alimentos ecológicos. (Pode marcar mais de

uma alternativa).

Por motivos de saúde

Para ajudar a conservar o meio ambiente

Outros.

Quais?_______________________________________________

Não sabe

Não respondeu

A05. Com que freqüência o (a) senhor (a) compra alimentos ecológicos

1. Esporadicamente

2. Semanalmente

8. Não sabe

9. Não respondeu

A06. O (A) senhor (a) acha dos preços dos alimentos ecológicos

1. caros

2. satisfatórios.

8. Não sabe.

9. Não respondeu.

A07. O (A) senhor (a) acredita que os alimentos produzidos com técnicas modernas

(fertilizantes, defensivos agrícolas, biotecnologia, etc.) são seguros ou podem

causar riscos à saúde.

1.São seguros

2. Podem causar riscos. Poderia dizer quais seriam esses

riscos?_____________

8. Não sabe

43

9. Não respondeu

A08. Quais alimentos que citarei a seguir o (a) senhor (a) acha que possam

prejudicar ou causar riscos à saúde. (Pode marcar mais de uma alternativa).

A090. Transgênicos (PERGUNTAR PRÓXIMA QUESTÃO)

A091. Orgânicos (PERGUNTAR PRÓXIMA QUESTÃO)

A092. Com agro-químicos (PERGUNTAR PRÓXIMA QUESTÃO)

A093. Nenhum deles

A094. Não sabe

A095. Não respondeu

A09. Poderia me dizer por quê? __________________________________________

DADOS SOBRE AS TENTATIVAS DE AMENIZAR OS RISCOS ALIMENTARES

DR01. O (a) senhor (a) toma alguma medida para tentar amenizar os resíduos

químicos dos alimentos?

1. Sim. Quais? ______________________________________________

2. Não

8. Não sabe

9. Não respondeu

DR02. O (a) senhor (a) tem o hábito de ler os rótulos nas embalagens dos produtos

alimentícios?

1. Sim

2. Não

8. Não sabe

9. Não respondeu

DR03. Quando lê o rótulo dos alimentos, quais destas opções que citarei a seguir o

(a) senhor (a) observa. (Pode marcar mais de uma alternativa):

DR030. Prazo de validade

44

DR031. Composição química

DR032. Ingredientes

DR033. Se é ecológico

DR034. Se é transgênico

DR038. Não sabe

DR039. Não respondeu

DADOS SOBRE A CERTIFICAÇÃO / ROTULAGEM DOS PRODUTOS

ALIMENTÍCIOS E AS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO

DC01. O (a) senhor (a) é a favor da rotulagem dos transgênicos?

1. Sim

2. Não

8. Não sabe

9. Não respondeu

DC02. O (a) senhor (a) compraria um alimento com o rótulo de transgênico?

1. Sim

2. Não

8. Não sabe

9. Não respondeu

DC03. Em sua opinião, os supermercados fornecem informações adequadas aos

consumidores em relação aos alimentos orgânicos, transgênicos ou com agro-

químicos?

1. Sim

2. Não

8. Não sabe

9. Não respondeu

45

DADOS SOBRE AS FONTES E FATORES QUE INFLUENCIAM AS ESCOLHAS

DOS ALIMENTOS

DF01. As informações que o (a) senhor (a) adquiriu sobre os alimentos

(transgênicos, orgânicos, com agro-químicos) foram através. (Pode marcar mais de

uma alternativa).

1. dos Meios de Comunicação de Massa (TV, rádio, jornais impressos,

revistas, etc.)

2.dos vizinhos, conhecidos, parentes, amigos.

3. igreja, associação de bairro, cursos, palestras, etc.

3. outros. Qual?__________________________________

8. Não sabe

9. Não respondeu

DF02. Qual a fonte de informação que citarei a seguir mais pesa na escolha dos

alimentos que o (a) senhor (a) consome? .

DF030. TV

DF031. Rádio

DF032. Jornais impressos

DF034. Revistas semanais (Veja, Carta Capital, Isto É, outras.)

DF035. Internet

DF036. Vizinhos, conhecidos, amigos, parentes, amigos.

DF037. Igreja, associação de bairro, cursos, palestras, etc.

DF038. Não sabe

DF039. Não respondeu

46

ANEXO IV

47

Prefeitura Municipal de Curitiba

Secretaria Municipal da Comunicação Social

Produção orgânica cresce 200% na Região Metropolitana de Curitiba

Publicado em: 07/08/2005 08:00

A Região Metropolitana de Curitiba vem se destacando como o grande pólo de produção

agrícola orgânica do Paraná, uma realidade que ganha força com a implantação, prevista

para o próximo ano em Curitiba, do primeiro mercado de orgânicos do país.

A produção de orgânicos do estado cresceu 25% na safra passada em relação à anterior

(2002/2003) crescimento que na Região Metropolitana chegou a surpreendentes 200%.

Dados da Emater - PR apontam que a produção de orgânicos na região passou de 3.852

toneladas na safra 2002/2003 para 11.605 toneladas na safra passada.

O interesse pela agricultura orgânica é percebido também pelo aumento do número de

produtores que conseguiram certificação. Há dois anos eram 375 horticultores número

que chegou no ano passado, a 551. Somadas as demais culturas a Região Metropolitana

de Curitiba tem 762 produtores que colhem alimentos com o selo "livres de aditivos

químicos".

No Paraná, a Emater registrou, na última safra, a colheita de 66.256 toneladas de produtos

orgânicos cerca de 14 mil toneladas a mais do que na safra anterior. A Região

Metropolitana de Curitiba responde por 20% do total da produção.

"Se levarmos em conta o cultivo de hortaliças, os municípios vizinhos de Curitiba batem

todo o restante do estado, sendo responsáveis por mais de 50% da produção do Paraná",

afirma o engenheiro agrônomo e coordenador estadual da agricultura orgânica da Emater,

Iniberto Wamerschmidt.

Com a demanda por orgânicos em alta, começam a surgir iniciativas para agregar valor ao

produto e a industrialização do alimento orgânico desposta em várias regiões do estado.

Nesse aspecto ganham destaques os derivados de cana-de-açúcar e a erva mate.

No Paraná existem, por exemplo, 20 produtores de cachaça orgânica e alguns deles já

estão colocando seus produtos no mercado externo. O mesmo acontece com a erva-mate

e, em menor escala, com café. A região metropolitana entra no roteiro com geléias,

temperos e conservas vegetais.

Mercado - A expansão da agroecologia paranaense - principalmente na região

metropolitana - exige políticas públicas que amparem e ajudem a organizar o setor.

"Nesse aspecto, Curitiba, como capital de um dos estados mais importantes dentro do

mapa agroindustrial brasileiro tem a responsabilidade de dar sua contribuição", afirma o

secretário municipal do Abastecimento, Antonio Poloni.

Uma das iniciativas da atual administração municipal é de unir forças com os governos

federal e estadual e organizações sociais para implantar em Curitiba o primeiro Mercado

Permanente de Produtos Orgânicos do país. O termo de cooperação técnica que dá inicio

ao projeto foi assinado em julho pelo prefeito Beto Richa e pelo secretário nacional de

Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Valter Bianchini em

48

julho.

A Prefeitura espera começar a implantação da unidade já no início do ano que vem. O

Mercado Permanente de Produtos Orgânicos de Curitiba será, além de espaço físico para

oferta de produtos no varejo, também um centro de promoção, desenvolvimento e

integração do agronegócio. Apesar do apelo varejista na comercialização de

hortifrutigranjeiros, o Mercado de Orgânicos vai contemplar a verticalização de toda

cadeia até mesmo de produtos importados, como cosméticos, vestuário e acessórios.

Consumo - Curitiba é naturalmente o maior mercado consumidor de alimentos orgânicos.

Embora não existam dados oficiais, o coordenador estadual da agricultura orgânica da

Emater, Iniberto Wamerschmidt, arrisca afirmar que em Curitiba, assim como nas

maiores cidades do Paraná, a procura por alimentos livres de aditivos químicos cresce

50% ao ano.

A maior procura de produtos orgânicos foi constatada ainda no início dessa década. Um

estudo feito pela Associação dos Consumidores de Produtos Orgânicos do Paraná

(Acopa) nas redes de supermercado de Curitiba com 40 itens, mostra que a demanda por

orgânicos era, há quatro anos, 35% superior à oferta.

O próprio surgimento da Acopa já é um reflexo da nova ordem estabelecida para o

consumo agrindustrial de alimentos, baseado em produtos saudáveis e que agregam

valores sócio-ambientais. A associação foi fundada em Curitiba, em 2000, por um grupo

de 15 amigos. Hoje a Acopa conta com mais de 400 associados. Segundo o presidente a

Acopa, Moacir Roberto Darolt, o principal objetivo da entidade é aproximar e estreitar a

relação entre produtor e consumidor.

Notícia impressa em: 25/10/2006 11:31

(C) Prefeitura Municipal de Curitiba - www.curitiba.pr.gov.br

49

ANEXO V

50

MAPA 1- BAIRROS DE CURITIBA

.: Os Bairros de Curitiba :.

50 Abranches 09 Água Verde 14 Ahú 64 Alto Boqueirão 04 Alto da Glória 05 Alto da Rua XV 55 Atuba 68 Augusta 35 Bacacheri 36 Bairro Alto 52 Barreirinha 10 Batel 11 Bigorrilho 34 Boa Vista 13 Bom Retiro 56 Boqueirão 61 Butiatuvinha 16 Cabral 51 Cachoeira 21 Cajuru 30 Campina do Siqueira 44 Campo Comprido 71 Campo de Santana 20 Capão da Imbuia 58 Capão Raso 47 Cascatinha 70 Caximba 01 Centro 03 Centro Cívico 75 Cidade Industrial de Curitiba 06 Cristo Rei 39 Fanny 42 Fazendinha 72 Ganchinho 23 Guabirotuba 26 Guaíra 38 Hauer 17 Hugo Lange 07 Jardim Botânico

22 Jardim das Américas 18 Jardim Social 15 Juvevê 62 Lamenha Pequena 40 Lindóia 12 Mercês 45 Mossunguê 41 Novo Mundo 59 Orleans 25 Parolin 32 Pilarzinho 66 Pinheirinho 27 Portão 24 Prado Velho 08 Rebouças 69 Riviera 53 Santa Cândida 63 Santa Felicidade 43 Santa Quitéria 46 Santo Inácio 60 São Braz 02 São Francisco 48 São João 33 São Lourenço 67 São Miguel 29 Seminário 65 Sítio Cercado 49 Taboão 19 Tarumã 74 Tatuquara 54 Tingüi 37 Uberaba 73 Umbará 28 Vila Izabel 31 Vista Alegre 57 Xaxim

51

ANEXO VI

52

Curitiba e Sistema Faep/Senar promovem Cenário Orgânico

O Paraná é um dos mais expressivos pólos de produção orgânica entre os estados brasileiros. São mais de 4 mil agricultores envolvidos diretamente na atividade, com uma área total cultivada de 11 mil hectares e produção de 75 mil toneladas de produtos alimentícios por ano. Em nível nacional o mercado de orgânicos registrou nos últimos dois anos um crescimento da produção de 50% ao ano, grande parte, cerca de 70% da produção, é destinada ao mercado externo.

Prefeitura Municipal de Curitiba, como apoio da FAEP e SENAR-PR, entre outros parceiros, promoverá o "Cenário Orgânico", evento cujo objetivo é mostrar a diversidade de produtos orgânicos existentes à disposição do consumidor.

Em um espaço de 400m2 anexo ao Mercado Municipal de Curitiba será montada uma "vitrine pedagógica" que vai expor toda a cadeia produtiva dos orgânicos, desde os insumos aos produtos acabados. Quem passar pelo local poderá assistir a peça de teatro sobre o tema da exposição, conhecer uma maquete de 80m2 representando as peculiaridades de uma propriedade orgânica, informações sobre educação alimentar e ambiental, entre outros.

Horta em casa- No espaço "horta urbana", uma curiosidade. Além da exposição de uma mini horta, os visitantes terão dicas sobre como montar sua própria horta. O engenheiro agrônomo da prefeitura, Mario Kunio Takashina explica que a importância de se resgatar o hábito de cultivar um a horta envolve desde hábitos mais saudáveis de consumo até aspectos terapêuticos de trabalhar a terra. E mesmo quem mora em apartamentos pode adaptar sua horta urbana ao espaço. Takashina diz que durante o evento técnicos também vão ensinar como cultivar alguns temperos e hortaliças em vasos.

O "Cenário Orgânico" estará aberto ao público entre os dias 27 de junho a 02 de julho, de terça-feira a sábado das 8h às 18h e domingo das 9h às 14h. As visitas agendadas de estudantes da rede pública e privada serão acompanhadas por técnicos. Participam do evento, além de Prefeitura Municipal, FAEP e SENAR-PR, Ministério da Agricultura ,Pecuária e Abastecimento, Ministério do Desenvolvimento Agrário, EMATER, TECPAR, FIEP, SEBRAE-PR e Centro Paranaense de Referência em Agroecologia – CPRA. Boletim Informativo nº 917, semana de 26 de junho a 02 de julho de 2006 FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

Fonte http://www.faep.com.br/boletim/bi917/bi917pag08.htm

53

ANEXO VII

54

PROGRAMAÇÃO ACOPA

CAMINHADA ECOLÓGICA

A ACOPA está fazendo uma parceria orgânica com o Sítio Recanto Nativo. Agora o associado da ACOPA poderá fazer uma Caminhada Ecológica todo primeiro domingo do mês. Veja o roteiro: *Chegada ao Recanto Nativo às 8:30 h *Café da manhã colonial com produtos orgãnicos * Início da caminhada às 9:30 h * Almoço com produtos orgânicos feito em fogão a lenha e servido no Restaurante do Recanto nativo *Café da Tarde às 16:00 hs Preço: R$ 25,00/pessoa para simpatizantes não associados R$ 20,00 para Associados com anuidade 2004 em dia (Café da manhã, almoço e café da tarde) **Criança até 8 anos paga metade do valor Inscrições: pelos telefones: (41) 645-1119 / (41) 9962-0461 pelo e-mail: [email protected] ou [email protected] Datas: 06 de junho / 04 de julho/ 01 de agosto/ 05 de setembro/ 03 de outubro/ 07 de novembro e 05 de dezembro Mais informações e fotos: www.recantonativo.com.br

Fonte: http://www.consumidororganico.hpg.ig.com.br/