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ESAD CR E MALHOA Visita às Caldas da Raínha permite novos rumos aos alunos de cursos artísticos do Colégio. P 13 Colégio vence competição nacional e obtém passaporte para a final nos Estados Unidos. P2 OLIMPíADAS DE CRIA TIVIDADE 11 DE MAIO Num ambiente festivo, repleto de atividades, comunidade es- colar assinalou o dia do Colégio e saudou o seu fundador. P 16 FQUEST, BIO12, GVIDA E FIS12 Prémios conquistados pelos nossos alunos nas competições Nacionais de Ciência, na Universidade de Aveiro. SANTIAGO Alunos e professores do Colégio rumaram a Santiago, cumprindo um caminho de constante descoberta, numa lenta e inesquecível viagem. P 9 COM ALEGRIA, ENTUSIASMO E DETERMINAçãO Final do ano letivo prepara sucesso do próximo Boas férias! JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS . TRIMESTRAL . ANO XVII . ABRIL | MAIO | JUNHO 2013 . €0,75

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ESADcr E MAlhoA

Visita às Caldas da Raínha permite novos rumos aos alunos de cursos artísticos do Colégio. P 13

Colégio vence competição nacional e obtém passaporte para a final nos Estados Unidos. P2

oliMpíADAS DE criAtiviDADE

11 DE MAioNum ambiente festivo, repleto de atividades, comunidade es-colar assinalou o dia do Colégio e saudou o seu fundador. P 16

FquESt, Bio12, GviDA E FiS12 Prémios conquistados pelos nossos alunos nas competições Nacionais de Ciência, na Universidade de Aveiro.

SANtiAGoAlunos e professores do Colégio rumaram a Santiago, cumprindo um caminho de constante descoberta, numa lenta e inesquecível viagem. P 9

Com alegria, entusiasmo e determinação

Final do ano letivo preparasucesso do próximo

Boas fé

rias!

Jornal do ColÉgio liCeal de santa maria de lamas . trimestral . ano XVii . aBril | maio | JunHo 2013 . €0,75

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A prestação dos alunos do Colégio foi fan-tástica, pois nove alunos estiveram no pódio dos grandes vencedores. A equi-pa ‘OCIntergerações’, orientada pelo

professor Paulo Costa, obteve o 1ºlugar nas Olimpíadas de Criatividade na moda-

lidade de Comunidade OCS. O grupo, cons-tituído pelos alunos Gonçalo Soares, Beatriz Barroso, Marta Silva e Maria Miguel Rodrigues, desenvolveu um trabalho de solidariedade e voluntariado com os idosos da Associação de Bem Estar de Santa Maria de Lamas. Na mesma modalidade, a equipa liderada pelo professor Ricardo Coutada, constituída pelas alunas Alexandra Amorim, Eliana Ri-beiro, Márcia Silva e Patrícia Pinto obteve um honroso 3º lugar, que premiou um projeto de segurança rodoviária na zona envolvente ao Colégio de Lamas. Por outro lado, a aluna Maria Inês Azeve-do, tendo como mentor o professor Luís Filipe Ferreira, alcançou o 1ºlugar na modalidade de Escrita OCS. Os outros finalistas foram o aluno Nuno Pinto, na modalidade de Artes, cuja men-

tora foi a professora Margarida Coelho, e a aluna Catarina Silva, na modalidade de Escrita, que foi orientada pelo professor Ricardo Massano. O grupo de onze alunos e cinco mento-res vivem os três dias de competição com autêntico espírito olímpico e a criatividade, o entusiasmo, e o sentido de equipa colegial foi uma constante. Representaram com mui-ta dignidade a escola e a região das terras de Santa Maria e elevaram bem alto o nome do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas. A equipa vencedora de Comunidade e a aluna vencedora de Escrita ganharam o direito de representar Portugal na Final Internacional na Universidade de Indianápolis, nos Estados Unidos, de 6 a 9 de junho. A revista Visão Júnior, a Rádio Águia Azul, bem como os jornais Terras da Feira e Correio da Feira, destacaram, nas suas edições, esta brilhante participação dos alunos do Colé-gio. Refira-se que a Universidade do Porto acolheu, pela primeira vez, as Olimpíadas de CriAtividade. Esta iniciativa é promovida, em Portugal, pelo Torrance Center, uma associa-

ção científico-pedagógica que, em parceria com a UPorto e em plena integração com a competição internacional Future Problem Solving Program, fomenta o evento mundial de Resolução Criativa de Problemas aplicado ao contexto educativo. Este projeto tem como objetivo funda-mental “incentivar o pensamento criativo, crítico e analítico dos jovens e adolescentes do 4º ao 12º ano de escolaridade”, sensibili-zando, assim, a sociedade portuguesa para a importância de se cultivar a criatividade, que é aplicável em contextos cívicos, tecnológi-cos, linguísticos, empresariais, políticos e ar-tísticos, por exemplo. Professor Paulo Costa, coordenador

Estas competições dirigem-se não só ao ensino secundário, mas também a alunos do ensino básico, sendo que dia 24 se cumpri-ram as provas do ensino secundário. O Colé-gio participou nestas atividades e alcançou excelentes resultados, quer a nível de escola, quer a nível individual. Relativamente aos alunos do secundário, várias equipas, que incluíam alunos do 10º, 11º e 12º, realizaram provas de Matemática (mat12), Biologia/Geologia (bio12 e GVIDA) e Física/Química (FQuest e fis12). Este tipo de projetos é uma mais-valia para alunos, professores e para o próprio Co-légio. Para além da oportunidade de apren-derem mais sobre as disciplinas lecionadas, os alunos ficam a conhecer a universidade de Aveiro e podem contactar com estudantes de muitas outras escolas. As provas decorreram apenas da par-

te da manhã, pelo que o resto do dia pôde ser aproveitado para descobrir um pouco melhor a encantadora cidade de Aveiro. A par das CNC, outras atividades, disponíveis, preenchiam o recinto da universidade (ma-temática, informática, economia, eletrónica, biologia, gestão…).

Neste dia, teve também lugar o concurso “O Palco É Teu”, onde vários jovens mostraram

as suas aptidões no campo da dança, canto, beat box e música, provando que existe imen-so talento no nosso país. Por fim, todos os presentes puderam ain-da participar num divertido Harlem Shake, organizado pelos coordenadores do projeto. Em conclusão, foi um dia bem aprovei-tado e foi com grande satisfação que repre-sentamos o Colégio e vimos o nosso esforço recompensado. Para o ano fica a promessa de tentar fazer ainda melhor. Rute Encarnação e Patrícia Ri-beiro, 11º A5

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COMPETIÇÕES NACIONAIS DA CIÊNCIA

Alunos do Colégio brilham na universidade de Aveiro no passado dia 24 de abril de 2013 realizou-se, na universidade de aveiro, o concurso CnC (Competições nacionais de Ciência), no âmbito do projeto Pmate (Projeto matemática ensino).

Prémios de equipa Prémios escola

1º lugar no «Fquest»Patricia Ribeiro e Rute Encarnação

1º Lugar no «Fquest»3º Lugar no «Fis12»

2º lugar no «Bio12»Catarina Marques e André Costa

2º lugar no «gvida»Patrícia Ribeiro e Rute Encarnação

OLIMPíADAS DE CRIaTIVIDADE - ExCELENTES RESULTADOS DO COLÉGIO DE LAMAS

Alunos vencem competição nacional e apuram-se para a final nos Estados Unidosonze alunos do Colégio liceal de santa maria de lamas foram apurados para a Final nacional das olimpíadas de Criatividade que, de sexta-feira até domingo (12, 13 e 14 de abril), teve lugar na Faculdade de engenharia da universidade do Porto (FeuP).

pré

mio

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ABRIL | MAIO | JUNHO 2013 | ENTRElinhas | 51 | 3

As propostas apresentadas pelos alunos a concurso estão pa-tentes no edifício da secretaria. O júri, reunido a 28 de maio, deliberou premiar os seguintes diários gráficos: 1.º prémio para Tiago Coelho do 12.º B; 2.º pré-

mio para Fábio Araújo do 11.º B; 3.º prémio para a aluna Filipa Santos do 11.ºB. Foram ainda atribuídas men-ções honrosas aos alunos Denise Oliveira do 12.º B; Marcelo Sousa do 11.º B; Cláudia Pereira do 12.º B; Nicole Silva do 12.º B e Patrícia Freire do 11.º B. Professores Artes Visuais

O projeto principiou com a finalidade de obter cópias ri-gorosas de obras de diversos artistas, o que contribuiu para o desenvolvimento prático, para a capacidade de observação e para o progresso da cultura artís-tica individual. A aguarela é uma técnica que requer treino, paciência e um forte envolvimento do artista com o pincel, com aquela água suja, com o espaço e até mes-mo com o velho pano multico-lor rasgado e húmido. Mas uma vez dominada, torna-se numa

técnica companheira de longas viagens ou de meros momentos. Somos, assim, envolvidos pelas paredes brancas que ganham vida e que nos arrastam para um reboliço de cores manchadas no

bruto papel, conduzindo-nos desde a cidade até ao mar. Desa-parece o conceito de exposição. Desaparece o conceito de artista. Prevalece somente o Homem… Maria Leonor Silva 11º B

Percurso Colégio

Habilitações Literárias Percurso Profissional

José ricardo da Conceição Faria

diretor do Centro de emprego e Formação Profissional de entre douro e Vouga

10º ao 12º ano

•Licenciatura em Econo-mia pela Faculdade de Economia da Universi-dade do Porto

•Foi Técnico Superior da Divisão Financeira da Dele-gação Regional do Norte.•Foi Director do Centro de Aveiro do Instituto Portu-guês da Juventude.•Foi Técnico Superior, responsável pelas áreas Administrativa e Financeira, do Centro de Formação Profissional de Rio Meão.•Foi Coordenador do Núcleo de Gestão do Centro de Formação de Rio Meão.•Atualmente, é Diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional de Entre Douro e Vouga.

O Dia do Colégio Alunos de uma turma do 11.º ano, empenhados na realização de um trabalho inspirado pela disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, perguntaram-me, a modos de entrevista, “em que valores se alicerça o Projeto Educativo do Colégio”, “que valores oferece o Cristianismo ao homem de hoje” e “que contravalores mais nos devem preocupar”? 1 – O fundamento sólido e imutável de todo o nosso Ensino e Educação tem de ser, apenas, o Ser Humano, única criatura que Deus Criador formou para Si, à Sua Imagem e Semelhança, conforme a Sagrada Escritura, Antigo e Novo Testamento. O ser humano é formado por corpo e alma, sendo esta espiritual e, por isso, imortal, intimamente fundidos num composto, que cons-titui a essência ou natureza humana. O sentido da vida humana depende do fim supremo do homem, o qual, antes de mais e por evidência, não pode ser outro senão o de ser homem, o que equivale a dizer que deve realizar a sua própria essência. Encontra-se o ser humano no topo dos seres da Natureza e distingue-o a alma, ou seja, a sua parte espiritual, o seu espírito. A plena realização do ser humano terá de es-tar, por essa razão, condicionada ao desenvolvimento de todas as suas aptidões e potencialidades em ordem ao seu máximo de vida espiritual. Este máximo só poderá ser atingido se o homem se abrir aos valores e sobretudo, por via da sua condição específica, aos valores espirituais. Será

pelo culto prestado a este tipo de valores que o homem atinge aquilo que designamos por “personalidade” e que, em última análise, não é outra coisa senão a realização de valores. A missão essencial da escola, baseada no Ensino e na Educação, é justamente a realização plena dos seus alunos, a formação integral da sua personalidade, mediante o seu harmonioso e global desenvol-vimento, na integridade de todas as dimensões do ser humano (cor-poral e espiritual, moral e religiosa) e, por isso, na abertura à trans-cendência e aos outros, com a vivência do lema do Colégio – Semper Ascendens. 2 – Ao homem de hoje, assim como ao homem do passado e do futuro, o Cristianismo oferece tudo o que precisa para saber quem é, a sua origem e o seu destino. Só a dimensão transcendente ou sobrenatural do ser humano nos revela a nossa verdadeira identidade: qual a nossa natureza, origem e destino ou o sentido último e definitivo da nossa existência. Deus Criador, a Fonte e a Causa absolutas de tudo quanto existe e de tudo o que o ser humano realiza. Deus Redentor e Salvador que, por um ato ou facto incontornável, Se fez Homem em Jesus Cristo, o Filho ou Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Foi pela Sua paixão e morte que o ser humano alcançou a possibilidade da remissão e perdão dos seus pecados e da sua salvação na vida eterna. Para isso, tem de conhecer a Mensagem, a Boa Nova ou Evangelho que Jesus Cristo nos confiou. Tem que aderir à Comunidade por Ele instituída, a Igreja, tornando-se Seu discípulo, amigo e filho de Deus como Ele. Esta Comunidade é um Corpo, o Corpo Místico de Cristo do qual é a Cabeça, sendo membros, pelo Batismo, os Seus discípulos. A Ressur-reição de Jesus, como Cabeça deste Corpo, é penhor e causa da res-surreição dos Seus discípulos, que são membros. Jesus Cristo, nossa Páscoa, venceu a morte e abriu-nos as portas do Céu. O Cristianismo é uma vida, vivida segundo o modelo do Divino Mestre. 3 – Dos principais contravalores, desvalores ou antivalores, que são o relativismo, o hedonismo, o materialismo, o agnosticismo e o ateísmo, destaco apenas os dois primeiros. O relativismo é uma doutrina filosófica que admite que todo o conhecimento é relativo, isto é, as ideias e os factos dependem das condições do tempo e do meio, variando, portanto, com essas condi-ções. Isto é alimentado pela ideia, hoje largamente espalhada, de que não há uma verdade absoluta para guiar as nossas vidas. Na prática, dando indiscriminadamente valor a tudo, o relativismo fez da “expe-riência” a coisa mais importante. Na realidade, as experiências, des-ligadas de qualquer consideração sobre o que é bom ou verdadeiro, podem conduzir, não a uma liberdade genuína, mas a uma confusão moral ou intelectual, a uma atenuação dos princípios, à perda da au-toestima e mesmo ao desespero. A vida não é uma mera sucessão de factos e experiências, mas, sim, a busca da verdade, do bem e da beleza. Para isto fazemos as nos-sas opções, exercemos a nossa liberdade e nisso mesmo encontramos felicidade e alegria. Quanto ao hedonismo, sistema filosófico que faz do prazer o bem supremo, a fonte de toda a felicidade, é evidente a sua filiação numa cultura muito permissiva e relativista, não só a nível de práticas se-xuais como a todos os níveis - social, moral e ético, filosófico. Se não há critérios bem definidos sobre as várias opções e atitudes a tomar

é muito fácil deixar-se levar pelo ambiente e experimentar tudo o que socialmente se considera que se pode experimentar. O que implica, já se sabe, que tudo é válido e no campo sexual tudo é permitido… É absolutamente indispensável uma correta e oportuna educação sexualizada ou persona-lizada, porque tem de ser adaptada às idades, sensibilidades e circunstâncias de cada um. Esta educação só pode ser para a virtude, a pureza de costumes, a castidade, porque não há meio ter-mo, ou “meias tintas”, ou alternativa, entre a virtude da castidade e o vício da luxúria, ou licen-ciosidade, ou impudicícia, ou corrupção de costumes. Uma verdadeira educação sexualizada ou personalizada só pode ter como objetivo a qualidade moral das ações e a sanidade dos costumes. No conceito cristão do Amor, complacência do bem, tanto sensitivo como espiritual, está incluído Deus Criador, Redentor e Salvador. O seu objeto é o próprio Deus como fim principal e, por amor d’Ele, o homem e o próximo. Daí o duplo preceito cristão do amor: “Amarás ao Senhor teu Deus, com todo o Teu coração, e ao próximo como a ti mesmo”(Mt, XXII, 37, 40). Jesus insiste nesse preceito: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros”. Como nos amou? Dando a Sua vida, selando com o Seu sangue a Nova Aliança com os homens. Apenas o Amor, sinal do Amor de Deus, é necessário. Um amor que se traduz no serviço até dar a vida, recusando qualquer forma de egoísmo, promovendo a dignidade, respeitando a liberdade. Como é que nos amamos?

Ricardo Faria estudou no nosso Colégio do 10º ao 12º ano. É li-cenciado em Economia e, pro-fissionalmente, exerce o cargo

de diretor do Centro de Empre-go e Formação Profissional de Entre Douro e Vouga. Professor Gautier de Oliveira

António Vieira

A missão essencial da

escola, baseada no

Ensino e na Educação, é

justamente a realização

plena dos seus alunos,

a formação integral

da sua personalidade,

mediante o seu

harmonioso e global

desenvolvimento, na

integridade de todas

as dimensões do ser

humano [...]

UNIVERSIDADE DE AVEIRO

Lamas Geeks, vence concurso Amplifica-tea equipa Lamas Geeks, constituída pelos alunos afonso gonçalves, alfredo rochinha e Hélder magalhães, da turma do 12.º ano curso profissio-nal de eletrónica, automação e Computadores, orientados pelo professor Vítor Folgado e acom-panhados pelo professor Cândido lopes, vencem o concurso Amplifica-te, promovido pela associa-ção de eletrónica, telecomunicações e telemática da universidade de aveiro, realizado no passado dia 6 de março. O concurso, de âmbito nacional, contou com a participação, entre outras, de escolas de Aveiro, Viseu, Águeda e Madeira. O objetivo do concurso passava pela constru-ção de um protótipo de um amplificador de áudio,

pela elaboração um relatório técnico e uma apre-sentação eletrónica que servisse de base à defe-sa oral do projeto. O júri era constituído por três professores da Universidade de Aveiro da área de eletrónica; os critérios de avaliação incidiam sobre a apresentação do circuito por parte dos participan-tes, as melhorias e otimizações implementadas ao circuito e o cumprimento dos requisitos mínimos. Para além do concurso, os alunos participan-tes e os restantes alunos da turma tiveram a opor-tunidade de conhecer as instalações da Universi-dade de Aveiro através de uma visita guiada, assim como ficaram a conhecer a oferta formativa para a área da Eletrónica. Professor Vítor Folgado

“DIÁRIOS GRÁFICOS”

o concurso de diários gráficos, promovido pelo grupo de artes visuais, pretendeu premiar e incentivar a criatividade, bem como o trabalho regular que promove e solidifica a aquisi-ção de competências essen-ciais na área do desenho.

AGUARELAS

Exposição 11º B - Artes Visuais

a turma de artes Visuais do 11.º ano apresentou, no espaço do bar e secretaria, uma das mais abrangentes exposições de aguarela, resultante do trabalho desenvolvido pelos alunos ao longo do se-gundo período.

CONCURSO DE

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Professores Fernando Vicente e Alexandra Salomé

Caros leitores e cientistas, Nesta edição apresentamos um conjunto de experiências, simples, realizadas por alunos do 10º ano, na disciplina de Física e Química. Preten-demos mostrar que alguns conteúdos “chatos”, relativos a estas ciências, se podem aprender de forma divertida! Apresentamos também algu-mas curiosidades, mais ou menos caricatas, sobre o reino das aves. Saudações científicas!

-------------------------------------------------FísiCa e QuímiCa diVertida!!! A forma como os jovens veem a Física e a Química é cada vez mais deturpada e des-contextualizada da realidade. Encaram-na como uma disciplina muito teórica, feita só de fórmulas e nomes de substâncias e gran-dezas estranhas, que não se concretizam no seu quotidiano. De facto, e infelizmente para muitos alunos do ensino secundário, a Física e Química é assim mesmo. Torna-se, assim, evidente a necessidade de fazer algo mais para salientar a importância da ciência na sociedade e da Física e Química, em particular, no quotidiano do aluno. Importa procurar formas cativantes de comunicar Físi-ca e Química. A realização de atividades expe-rimentais entusiasma os alunos, prende-lhes a atenção e desperta-lhes o interesse, levando--os a envolverem-se nos procedimentos e de-sejarem torná-los como seus. Foi neste contexto que surgiu a ideia de realizar algumas das atividades desenvolvidas nas aulas de Física e Química do secundário: evidenciar e explicar conteúdos do currículo formal de forma criativa e divertida! As ativi-dades foram desenvolvidas em aulas laborato-riais da disciplina de Física e Química A do 10º ano e também em períodos extracurriculares. Aqui ficam dois pequenos exemplos:

Como colocar um ovo dentro de uma gar-rafa sem o partir?

material: Uma garrafa de vidro (como aquelas que contêm polpa de tomate), um ovo cozido, algodão e fósforos. No interior da garrafa coloca-se um pe-daço de algodão embebido em álcool etílico; acende-se o fósforo e coloca-se no interior da garrafa; imediatamente a seguir coloca-se o ovo no topo da garrafa. O que acontece? O ovo é sugado para o interior da garrafa sem se partir! explicação: com a queima do algodão no interior da garrafa, queima-se o ar que lá existe, havendo uma diminuição drástica da pressão. A pressão exterior torna-se, instantaneamente, maior e obriga o ovo a entrar na garrafa! Para remover o ovo sem o partir (e sem partir a gar-rafa!) basta aumentar a pressão no interior da garrafa com um sopro forte!

a nota mágica

Como pegar fogo a uma nota sem a queimar?material: uma nota (quanto maior o valor, melhor!) e uma solução mágica (mistura 50% de água e ál-cool etílico com um pouco de cloreto de sódio, vulgarmente conhecido por sal de cozinha). Mergulha-se a nota na solução e, com auxílio de uma pinça, pega-se na nota e acende-se um fósforo pegando fogo à nota: a chama amarela é evidente e perdura alguns segundos sem a nota queimar!Explicação: quando se pega fogo à nota, o que queima é a solução e, em particular, o álcool etílico. A chama amarela é devida ao cloreto de sódio que, quando queimado, emite radiação desta cor. Turma do 10º A1 e Professor Fernando Vicente

-------------------------------------------------Férias com Ciência Tal como em anos anteriores, sugerimos al-gumas possibilidades para Férias com Ciência! São várias as Universidades que proporcionam aos alunos programas de ocupação das férias, com atividades científicas de índole diversifi-cada. Estes programas de férias são destinados particularmente a alunos do secundário, mas também existem alguns específicos para alu-nos do ensino básico. Deixamos neste espaço algumas sugestões. Para mais informações con-versa com o teu professor de Física e Química, Biologia e Geologia, Ciências Físico-químicas ou Ciências Naturais. Escola de Verão de Física – Faculdade de Ciên-cias da Universidade do Porto http://e-fisica.fc.up.pt/Escola de Química – Faculdade de Ciências da Universidade do Portohttp://universidadejunior.up.pt/Academia de Verão - Universidade de Aveiro http://academiadeverao.ua.pt/-------------------------------------------------Curiosidades do reino animal… as aves

Por que razão os abutres não têm penas na zona da cabeça?Os abutres são aves necrófagas, o que significa dizer que se alimentam de animais mortos. Para o efeito, enfiam a cabeça dentro dos cadáveres para rasgar a carne apodrecida. Se tivessem pe-nas na cabeça, estas ficariam sujas e pegajosas! Seria impossível limpá-las. Logo, careca é uma questão de higiene!Quantas penas tem uma ave?Quanto maior for a ave, mais penas tem! Desde 900 até 25 000, respetivamente, num colibri (os beija-flor) e num cisne. As penas têm formas, tamanhos e texturas diferentes. As penas aque-cem e protegem a ave da chuva, são isoladoras e impermeáveis.as aves voam, mas há uma que quando voa não produz ruído, sabes qual é?Os mochos são aves carnívoras e noturnas. Estas aves predadoras têm umas penas espe-ciais nas asas, uma espécie de franjas que não fazem barulho quando se agitam no ar. Assim, as suas presas, como coelhos e ratos, não ou-

vem aproximar-se o perigo e nem tempo têm de escapar.todas as aves cantam?Cerca de metade das aves canta, as outras não. Os gansos grasnam, as gaivotas piam e o cuca-burra australiano parece gargalhar. Quase sem-pre são os machos que cantam com o objetivo de atrair uma fêmea para acasalar ou para avisar outros machos que se afastem do caminho.Qual é a ave mais pequena?Nas florestas húmidas tropicais, em países como o Brasil, há muitas aves de tamanho tão pequeno como as borboletas, como por exem-plo o colibri-de-cuba, da família do beija-flor. É tão pequeno que conseguiria empoleirar-se na ponta da borracha de um lápis!Qual a ave mais gigantesca?A avestruz, que tem 2,5 metros de altura! É alta, mas não voa! Consegue correr e pode chegar aos 72 km/h!Qual é a ave mais rápida?O falcão-peregrino recebe a medalha de veloci-dade! Atinge velocidades de 120 km/h quando voa em direção ao seu alimento! Deve ser da fome :)Por que são as aves animais especiais?As aves são animais com características como voar, pôr ovos, ter bico… Sim, mas o morcego também voa, os répteis como a tartaruga tam-bém põem ovos, o ornitorrinco também tem bico… Porém, as aves são os únicos seres do reino animal com PENAS! Ana Raquel, 5º A e professora Alexandra Salomé

-------------------------------PAssAminUtos...Procura na sopa de letras o nome de 10 aves, umas mais conhecidas do que outras! Aproveita o tempo de férias e aumenta os teus conhecimen-tos sobre estes belíssimos animais! Usa a in-ternet e procura mais informações sobre cada um deles!...

T U C A N O A B E T A R F U

I M O L A M A S Y T W P O K

F A L C O P E R E G R I N O

C R I R E G R E S A S N O L

A I B A R A I L H I O G B H

O S R A L V R O J V G U E E

D C I S N E E H K O O I O G

A A S O M S W C Ç T S M A Q

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PPUP’13 - PRÉMIO DE PROGRAMAÇãO DA UNIVERSIDADE PORTUCALENSECurso de Gestão e Programação de sistemas informáticos mostra potencialidades e arrecada quarto lugarPelo segundo ano consecutivo, os alunos do Curso Profissional de gestão e Programação de sistemas informáti-cos, do Colégio de lamas, participaram na 10ª edição do Prémio de Programação da universidade Portucalense (PPuP’13), um concurso de programação destinado aos estudantes do ensino secundário em Portugal.

O Colégio participou com qua-tro equipas do 10ºano (EQ1-Miguel Silva/Daniel Miguéis; EQ2-Pedro Cor-reia/Fábio Castro; EQ3-Marino Pom-beiro/Sérgio Ferreira; EQ4-Roberto Pinto/Ricardo Belinha) e uma do 11ºano (EQ5-André Dias/Diogo Fer-reira), orientadas e acompanhadas pelos seus professores de informáti-ca Pedro Lima e Luís Oliveira. O objetivo do PPUP’13 é incenti-var, nos jovens, o interesse pela área da programação e, em especial, fo-mentar a capacidade de resolução de problemas computacionais. Este ano, o concurso apresentou um formato diferente do ano ante-rior. O concurso presencial, realizado no dia 15 de maio, foi precedido de um conjunto de três eliminatórias. Em cada eliminatória, que contou com todas as equipas inscritas (51),

onde foi lançado um problema de programação, com uma deter-minada duração (tempo que foi reduzindo à medida que as elimi-natórias prosseguiam). No final das três eliminatórias, as equipas foram ordenadas pelo número de proble-mas resolvidos corretamente e pelo tempo de resolução, ficando apenas as 30 primeiras equipas apuradas para participar no concurso presen-cial. Nesta fase, os nossos alunos de informática ficaram em 2ª, 3ª, 4ª e 12º lugares (ver quadro). No dia 15 de maio, durante a tar-

de, os 60 alunos (30 equipas) estive-ram nas instalações da Universidade Portucalense a participar na final do concurso. Durante mais de duas ho-ras programaram para tentar resolver os seis problemas de programação propostos pela universidade. No final, após o lanche-convívio, decorreu a cerimónia de entrega de prémios. Os nossos alunos conseguiram alcançar um 4º lugar. De salientar que foram alunos do 10ºano que participa-ram, pela primeira vez, ao passo que as equipas classificadas nos três primei-ros lugares já tinham marcado a sua

presença nos anos anteriores, além de se tratar de alunos do 12º ano. Os professores de informática e o Colégio orgulham-se da prestação dos seus alunos, que se destaca por-que apenas há 6 meses contactam com a área da programação. Tanto os professores como os alunos envolvidos no concurso acre-ditam que no próximo ano poderão

obter melhores classificações. O en-tusiasmo manifestado pelos nossos alunos, no decorrer de todo o proces-so, foi exemplar, pois demonstraram empenho, disciplina, rigor e uma boa capacidade de raciocínio lógico para conseguirem chegar com sucesso a uma final de um concurso de progra-mação desta envergadura. Professor Pedro Lima

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ABRIL | MAIO | JUNHO 2013 | ENTRElinhas | 51 | 5

O instrumento utilizado para a realização das medições foi um sonómetro digital, apa-relho que tem como função a medição do nível de pressão sonora. Assim, realizaram-se cinco medições, uma por cada espaço do Colégio, em várias horas do dia. Nas medições, o grupo teve por base o maior rigor possível, muito embora carecesse do rigor científico que se aplica noutras circunstâncias. De seguida, calculou--se a média aritmética dos valores obtidos. Os

resultados estão apresentados na tabela. Concluímos, então, que os locais mais silenciosos são o espaço da biblioteca e o bloco II, em tempo de aulas. Já a cantina e o bloco II, na hora de entrada, atingiram os va-lores mais elevados em relação à intensidade

do som. Reparámos também que as aulas de Educação Física são mais barulhentas no inte-rior do pavilhão do que no exterior. O ruído elevado provoca problemas no nosso dia a dia, como a redução do de-sempenho escolar, problemas auditivos, redução das capacidades de compreen-são e até perturbações no sono e stress. Por isso, cabe a todos o esforço no sentido de diminuir e regular o ruído que produzimos no nosso Colégio, a fim de criarmos condições para uma menor poluição sonora. Lúcia Soares, Luís Oliveira, Maria Batista, Maria Silva, Marta Costa e Miguel Costa, 8º I

director: Joana Vieiraeditor: Luis Filipe Aguiardesign e Paginação: Daniel Pedrosanota: os artigos assinados são da responsabilidade dos autores.

Jornal do ColÉgio liCeal de santa maria de lamas trimestral . ano XVii aBril | maio | JunHo 2013

[email protected]

Rua do Colégio - Apartado 107 4536-904 Sta Maria de Lamas

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textos de: Rute Encarnação e Patrícia Ribeiro - 11.º A5, Maria Leonor Silva - 11.º B, Ana Raquel - 5.º A, equipa hipnos, Lúcia Soares, Luís Oliveira, Maria Batista, Maria Silva, Marta Costa e Miguel Costa - 8.º I, Sofia Raquel Cruz - 11.º A4, Catarina Oliveira e Beatriz Sousa, - 8.º B, Lígia Nunes - 5.º E, Marta - 5.º E, Corneliu - 7.º E, Cláudia, Rafael - 7.º G, Bárbara, José Henrique, Marco - 7.º F, André - 7ºG, Irina - 7.ºE, Simão - 7º G, Fabiana, Matilde - 7.º E, Fátima, Diogo Ferreira - 7.º G, Cátia Jesus, Catarina Fabiana, Gonçalo, Mariana - 7.º E, Pilar - 7.º E, Beatriz Teixeira - 7.º F, Vitor e Lucas - 7.º G, Hugo Lucas - 6.º D, Inês Miranda - 7.º F, Renato - 7.º E, Mário - 7.º G, Renato - 7.º E, Vera - 7.º G, Beatriz Barros, João Salvador - 7.º F, Ana Vendas, Daniel, Simão, 7.º E, Alexandre - 7º F, Daniela - 7.º E, Lucas - 7.º G, Hugo Araújo e Manuel - 7.º F, 5.º H, 12.º A3, Mariana Silva - 10.º A5, Andreia Guimarães, Eva Silva e Bárbara Ferreira - 10.º A4, Patrícia Gomes - 11.º A4, Renato Amorim 12.º A5D, 9.º J, Júlio Brito - 12.º A5D, Pedro Ferreira - 12.º A5D, João Soares - 12.º A5D, José Miguel - 12.º A5D,.

Professores: Paulo Costa, António Vieira, Gautier de Oliveira, Vitor Folgado, Artes Visuais, Fernando Vicente, Alexandra Salo-mé, Pedro Lima, José Carlos Guimarães, Carlos Nunes, grupo de inglês - 2º ciclo, Lita Correia, Grupo de História, João Pires, Daniela Rodrigues, Maria Inês Azevedo, Rui Neves, Margarida Coelho, José Eduardo Pascoal, Museu de Lamas, Complexo Desportivo, Fernando Correia, Manuel Jasmim, Nuno Soares, 5.º Grupo - Artes Visuais, João Sousa, Filipe Ferreira, A Equipa da Biblioteca e Jacinto Santos. Fotografias de: Luis Filipe Aguiar, Margarida Coelho, Daniel Pedrosa, José Pascoal, Paulo Costa.

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EDUCAÇãO FINANCEIRA E PARA O CONSUMO

Uma conferência para alunos do oitavo ano no dia 17 de maio teve lugar, no auditório antónio Joaquim Vieira, a conferência educação Financeira e para o Consumo.

A iniciativa, organizada pelo grupo disci-plinar de Economia, contou com o importan-te contributo dos alunos do Curso de Ciên-cias Socioeconómicas. O tema da conferência está integrado nos conteúdos da disciplina de Educação para a Cidadania, introduzida no corrente ano letivo no currículo do 8.º ano. Estiveram presentes, no auditório, as turmas do 8.º ano, bem como alguns docentes. Sen-do de interesse atual, a conferência esteve aberta a toda a comunidade escolar, desde encarregados de educação a professores. Os primeiros oradores representaram o Plano Nacional de Formação Financeira (PNFF) que integra diversas entidades, nome-adamente o Banco de Portugal, o Instituto de Seguros de Portugal e a Comissão do Merca-do de Valores Mobiliários.

A representar esta instituição estiveram o Dr. Rui Fidalgo, quadro diretivo do Insti-tuto de Seguros de Portugal (autoridade de supervisão de seguros e fundos de pensões) e representante da autoridade de supervisão na Comissão de Coordenação do Plano Na-cional de Formação Financeira, bem como a Dra. Lucélia Fernandes, técnica-jurista no Departamento de Relações com os Consumi-dores do Instituto de Seguros de Portugal e integrante da equipa técnica de apoio à exe-cução do PNFF. Durante esta primeira apresentação, foi explicado o âmbito e objetivos do PNFF e foi apresentado o trabalho desenvolvido por esta entidade. Foi também apresentado o sítio Todos contam, <http://www.todoscon-tam.pt>, que possui um conjunto de informa-

ções e ferramentas online que podem ser uti-lizadas nas diversas etapas da vida.

A DECOJovem é um projeto promovido pela DECO (Associa-ção Portuguesa para a Defesa do Consu-midor), dirigido aos alunos e professores dos Ensinos Básico e Secundário, fun-

cionando como estrutura de apoio, fonte de informação e formação, centro de recursos e um sítio para divulgar os projetos na área da Educação do Consumidor. Em representação desta entidade esteve

o seu fundador e coordenador pedagógico, Dr. Paulo Lima. Este orador conseguiu captar a atenção dos presentes, apresentando al-guns vídeos cujo conteúdo alertava para os perigos da publicidade enganosa e para a necessidade de optarmos por um consumo sustentável. Através de um simples jogo, conseguiu passar uma mensagem simples: a decisão de sermos o que designou de “consumidor ideal” depende única e exclusivamente de nós pró-prios. No final da apresentação, apresentou o conceito da teia do consumidor consciente, relevando as diversas implicações do consu-mo: na saúde, no ambiente, na segurança, a nível social, na economia e do ponto de vista legal. Professor José Carlos Guimarães

CURSOS PROFISSIONAIS DE ANIMAÇãO SOCIOCULTURAL E DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

Alunos dedicados e empenhados mostram as suas valênciasentre abril e maio, tiveram lugar as apresentações dos cursos profissionais aos alunos do 9º ano do Colégio, da eB 2,3 de lourosa, da eB 2,3 de Paços de Brandão e da eB 2,3 de argoncilhe.

As apresentações do curso profissional de Turismo Ambiental e Rural contaram com a participação das diferentes turmas na sala de convívio do Colégio.

termas das Caldas de são Jorge No dia 17 de abril, a turma do 10.º ano do Curso Profissional de Turismo Ambiental e Rural realizou uma visita de estudo às Termas das Caldas de São Jorge com o objetivo de conhecer melhor a oferta turística do nosso Concelho – ali, os alunos ficaram a conhecer as instalações e serviços desta unidade ter-mal, nomeadamente os diferentes tratamen-

tos disponibilizados. Dia 11 de maio No passado dia 11 de maio comemorou--se o dia do Colégio e o aniversário do funda-dor, Dr. António Vieira. No âmbito das atividades programadas, a turma do 11º de Animação Sociocultural foi responsável pela recolha dos alimentos anga-riados, decorrentes da iniciativa da caminhada solidária, e teve ainda responsabilidades no acompanhamento e organização do referido evento. Foi um dia de muito trabalho para o 11ºAS, mas valeu a pena todo o esforço, pois os obje-

tivos foram cumpridos: tornar esse dia num dia mais animado e solidário. O dia mundial da criança foi assinalado,

também, com diversas iniciativas, desde jo-gos, canções, decorações várias e muita di-versão. Professor Carlos Nunes

DIA DO SILÊNCIO

Uma iniciativa a reter: medir o ruído para consciencializar da importância do silêncio

no passado dia 7 de maio comemorou-se o dia do silêncio. alguns alunos do 8º i, no âmbito da disciplina de educação para Cidadania, e com a ajuda do professor José Belinha, decidiram medir a intensidade do som de alguns locais do Colégio.

 local intensidade

do som em decibéis

Bloco 2 no horário de aulas 60.68

Biblioteca 62.88

Bloco 4 no horário de aulas 66.62

Aula de Educ. Física no Exterior 68.10

Aula de Educ. Física no Pavilhão 71.56

Sala de Convívio 78.24

Bar de cima 81.16

Cantina 81.52

Bloco 2 na hora de entrada 83.98

 

 

A equipa é composta pela Bárbara Cancelinha e Marco Costa (10ºB); Fábio

Araújo e Leonor Castro (11ºB); Ana Mar-tins, Cátia Pinto, Fábio Costa, João Costa, Márcia Silva e Rafaela Rocha (11ºDesp.A), coordenados pela professora Mariana Oliveira. Assim, depois de várias etapas, so-mos uma das 5 equipas apuradas para disputar a final nacional do desafio “BP Segurança ao Segundo”.

A final será disputada em Coimbra, no dia 6 de junho, integrada no evento “Capital Jovem da Segurança Rodoviária”. As equipas finalistas terão o desafio de, num dia, criar de raiz um spot vídeo de 30 segundos sobre o tema da pre-venção e segurança rodoviária. Lá estaremos e daremos o nosso melhor! Equipa hipnos

BP SEGURANÇA AO SEGUNDO

Chegamos à final!a propósito do concurso “BP segurança ao segundo”, promovido pela BP, um grupo de dez alunos do ensino secundário decidiu formar uma equipa para re-presentar o nosso Colégio.

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| 51 | ENTRElinhas | ABRIL | MAIO | JUNHO 20136

Foi uma aula de Matemática bem diferente para os alunos do 5.º ao 8.º ano. Não faltaram situações cómicas, caricatas e até a interação dos atores com o públic André, 7º G e Irina, 7º E o ajudou a compor ainda mais esta peça. Meio a brincar, meio a sério, falou-se de sólidos geométricos, operações aritméticas, teorema de Pitágoras, estatística, história da matemática (com destaque para famosos matemáticos portugueses) …e nem faltou uma chamada de atenção para o cuidado a ter na interpretação dos enunciados. Foi, sem dúvida, uma tarde bem diferente e ficou a vontade de repetir.

… e os alunos adoraram!...“...gostei bastante porque abordou, de uma for-ma educativa, inovadora e animada, uma das

minhas disciplinas preferidas...” Lígia Nunes, 5º E“...interessante, mas cómico pois através de pequenas brincadeiras nos mostrou que a Matemática está presente no nosso dia a dia...” Marta, 5º E“...foi uma boa ideia misturar a Matemática com a magia...” Corneliu, 7º E“...interessante, cativante, motivadora, animada, realista, fantástica, espetacular...” Cláudia, Rafa-el, 7º G e Bárbara, José Henrique, Marco, 7º F“...toda a dinâmica da peça realçou o lado interessante e divertido da Matemática... as personagens eram hilariantes, cativaram o público...” André, 7º G e Irina, 7º E“...os atores interagiram com o público e in-centivaram-nos a aprender mais Matemáti-ca...” Simão, 7º G“...sinceramente, pensei que ia ser uma seca, mas afinal enganei-me... incentivou os alunos a gostarem mais da Matemática e pensarem que esta disciplina afinal não é uma chatice...” Fabia-na, Matilde, 7º E e Fátima, Diogo Ferreira, 7º G“...foi engraçado eles terem passado por aqui-lo tudo só para resolverem 3 exercícios de TPC que o professor tinha marcado para o fim

de semana... normalmente quando os alunos se deparam com o mesmo problema, não procuram um mágico que os ensine, copiam por um colega... Cátia Jesus, Catarina Fabiana, Gonçalo e Mariana 7ªE “...foi cumprido o objetivo de que os alunos conhecessem a História da Matemática e perce-bessem como é importante na nossa vida, pois saí do auditório a saber mais e diverti-me muito a aprender...” Pilar, 7º E e Beatriz Teixeira, 7º F “...gostava de voltar a ver esta peça...” Vitor e Lucas, 7º G “Não são muitas as companhias de teatro que se lembram de peças para a Escola. Con-seguiram facilmente cativar o público e inte-ragir com ele.” Hugo Lucas,, 6º D

momentos mais apreciados: “...os dois netos a conversar com o avô, pois mostra que a Matemática pode ser estudada por toda a família e que devemos ouvir as explicações dos mais velhos...” Inês Miranda, 7º F“...a música (é 6ªfeira) também ajudou a que a peça tivesse mais vida...” Renato, 7º E“...o truque que o mágico fez para descobrir o filme preferido do Paulo, apresentando vários cálculos cujo resultado dava sempre 9, que era o número do filme do Noody...” Mário, 7º G “...gostei da personagem do Luís por ser o mais descontraído e o que tinha mais piada... mudava de voz, o que lhe dava mais vida... e di-zia «Já sei!» mas não sabia nada...” Renato, 7º E e Vera, 7º G e Beatriz Barros, João Salvador, 7º F “...adorei o mágico, o efeito que fazia na bola de cristal, a forma esquisita de falar e o facto de ser sábio...” Ana Vendas, Daniel, Simão, 7º E e Alexandre, 7º F “...e no final, quando o Mário se despediu como na sua terra, dizendo: beijinhos à pri-ma!” Daniela, 7º E, Lucas, 7º G, Hugo Araújo e Manuel, 7º F

Como sempre, o grupo de Inglês do 2º ci-clo recorreu à criatividade dos mais pequenos e o resultado do seu empenho transformou--se num espetáculo de cor onde se destacava o vermelho, azul e branco, representativos da cultura britânica. Os alunos do 2º ciclo estão de parabéns pelos trabalhos com que embelezaram o

nosso English Corner e enriqueceram mais este dia festivo. O seu esforço e o das suas famílias resultou num momento representa-tivo da cultura britânica, o Five o’clock tea (Chá das Cinco). Da exposição constavam criativos Tea bags, Tea boxes. Sem esquecer a chaleira, a chávena e os scones que acompanham o chá. Grupo de inglês, 2º ciclo

PEÇA DE TEATRO – OS MAiAS

Uma representação que superou expetativas

no passado dia 14 de março, pelas 15h, os alunos do 11º ano assistiram a uma representação teatral da obra Os Maias, de eça de Queirós, protagonizada pela companhia de teatro “Propositário azul”, no auditório do Colégio. esta adaptação teatral tem uma grande pertinência curricular e serve como complemento ao estudo de Os Maias, romance do grande prosador português do séc. XiX.

Esta peça de teatro a que tivemos o pri-vilégio de assistir aborda a história da família Maia ao longo de três gerações, dando espe-cial relevo ao amor incestuoso de Carlos da Maia e de Maria Eduarda (intriga principal). Foi uma tarde extremamente bem pas-sada na companhia de excelentes atores, marcada pela diversão contagiante e pela es-

trutura versátil em que Carlos da Maia, com o inseparável amigo Ega, vai desvendando aos poucos o enredo do romance. É, fundamentalmente, ao nível da intriga principal que surgem os episódios caracteri-zadores do espaço social, ou seja, a crónica de costumes, o que permite, a partir do retra-to do Portugal que fomos, formar um olhar e

uma reflexão sobre o que somos hoje. O humor que acompanhou a representação teatral cativou todo o auditório, constituindo uma mais-valia para o estudo de uma obra que é dos maiores marcos da Literatura Portuguesa. No final, os aplausos retribuíram e agra-deceram o presente que foi esta maravilhosa peça. Sofia Raquel Cruz , 11º A4

TEA BOxES AND TEA BAgSalunos do segundo ciclo embelezam o English cornerno passado dia 11 de maio, uma vez mais, se festejou o dia do Colégio, uma data associada ao aniversário do seu fundador.

matematiCoMANIA

a Companhia Profissional de teatro EDUCA trouxe até ao nosso colégio, no passado dia 15 de maio, o original espetáculo intitulado “matematicomania”.

 

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Como vem sendo tradição no nosso colégio, não podiam faltar os já famosos biscoitos do pi. Ninguém fica indiferente a esta iguaria que depressa aguça a curiosidade, mesmo desconhecendo tão famoso número. 5º H

o dia do πno passado dia 14 de março celebrou-se mais um Dia do Pi.

   

JOGO DO 24 realizou-se, mais uma vez, o torneio do jogo do 24, no dia do colégio. Com a sala cheia de jogadores do 5º e 6º ano, empenhados em ganhar o maior número de pontos, o grande grupo acabaria por ficar reduzido a cinco elementos. Estes finalistas obtiveram pontuações muito próximas, tendo ficado em 1º lugar o aluno Igor Silva do 6ºE. Parabéns a todos os participantes!

 

Os 5 finalistas, da esquerda para a direita: Eduardo

Melo, 6º.C; Igor Silva, 6.ºE; Ricardo Pinto, 6.ºI; David

Nunes, 6.ºA; Eduardo Rocha, 6.ºD

no dia 22 de abril, alguns dos alunos do 3º ciclo do Colégio de lamas, após muito esforço e dedica-ção, partiram para aveiro, de autocarro, para realizarem um grande desafio: as provas do Equamat.

mais um ano de boa experiência no Pmat

Estas provas realizaram-se na Universida-de de Aveiro, onde a ansiedade aumentava a cada minuto que passava. E quando, final-mente, entrámos no local onde se realizaram as provas esperadas, o ambiente era tenso, pois a maioria dos alunos tinha como objeti-vo ser um dos melhores. Depois de terminadas as provas, esperá-

mos, ansiosamente, os resultados, com algu-mas expectativas de uma boa classificação. Achamos que foi uma boa experiência e esperamos voltar no próximo ano! Para quem nunca teve uma experiência destas, fica aqui um incentivo para que lá estejam no próximo ano letivo. Vão ver que não se arrependem!Catarina Oliveira e Beatriz Sousa, 8ºB

 

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matemática no Facebook

o grupo de matemática do Colégio liceal de santa maria de lamas criou uma página no Facebook, intitulada matViva.

A página, gerida pela professora Lita Cor-

reia, pretende divulgar fotos das atividades que têm vindo a ser dinamizadas no âmbito da disciplina (clube de Matemática, jogo do 24,

árvore de Natal com sólidos platónicos e frisos, Olimpíadas da Matemática, Números Di-vertidos, competições da ciên-cia na Universidade de Aveiro,

workshop do astrolábio no Visiunarium de Santa Maria da Feira, exposição internacional Experien-cing Mathematics na Universidade de Aveiro,

exposições e visitas de estudo. A partir desta página no Facebook, será também divulgado o sítio MatViva, que se encontra em cons-trução e contém recursos para o ensino e aprendizagem da Ma-temática. Professora Lita Correia

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ABRIL | MAIO | JUNHO 2013 | ENTRElinhas | 51 | 7

PARTE II - SÉCULO xIx / SÉCULO xx - AS DUAS úLTIMAS CRISES EM PORTUGAL

Fontes Pereira de Melo visto pela imprensa ilustração Luso-Brasileira (06.11.1858)

o euro – depois da euforia, a desilusão

O Historiador José Mattoso defende que é a História que nos habitua a descobrir a rela-tividade das coisas, das ideias, das crenças e das doutrinas, e a detetar por que razão, sob aparên-cias diferentes, se voltam a repetir situações aná-logas, se reproduz a busca de soluções parecidas ou se verificam evoluções paralelas. Sem querer assumir que a História se repete, até porque os contextos são diferentes, podemos, po-rém, estabelecer paralelismos entre a última crise, registada no fim do século xIx, e aquela que se vive nos dias de hoje. Neste artigo, te-mos, ainda, como propósito analisar as razões que justificam a atual situação de crise na Eu-ropa e em Portugal. Ambas as crises se desenvolveram em tempo de paz e estão articuladas com polí-ticas cujo objectivo deveria ter sido o desen-volvimento do país. Na segunda metade do século xIx, o de-senvolvimento de infraestruras: transportes e meios de comunicação, assim como a dina-mização da actividade produtiva foram feitos à custa de capitais estrangeiros, colocando--nos numa situação de dependência. Nos dias de hoje, o investimento públi-co no betão, quer se trate de auto-estradas, túneis, estádios de futebol, ou outras obras de grande envergadura serviram para endivi-dar o Estado, cujo pagamento obriga, agora, a mais impostos e retira recursos ao Estado Social. Nas decisões sobre investimento, era preciso ter sido assertivo e realizá-lo com algum rigor, fiscalizar para que não se in-corresse em sucessivas derrapagens e que o mesmo fosse imprescindível para promover o desenvolvimento económico. A falta de rigor e critério na aplicação dos fundos estruturais de coesão por parte do Estado e dos agentes económicos resultaram numa oportunidade perdida para reduzir as assimetrias regionais e desenvolver o país. Nunca se devia ter es-quecido a dinamização da economia, pois é ela que cria a riqueza e sustenta a despesa. Em 1990, a indústria Portuguesa representa-va 38% do PIB. Em 2010, já só contribuía com

17% para a riqueza do país. Com cerca de 120 anos de distância, existe em comum um sistema representativo está-vel, com dois grandes partidos a alternarem pacificamente no poder. Ambos os governos abriram a economia ao exterior e renunciaram ao controlo da moeda. No caso atual, o euro; no passado, o sistema de câmbios do padrão--ouro, que fazia com que, na prática, a moeda que circulava em Portugal fosse a libra inglesa. Era uma moeda internacional que não era con-trolada pelo Governo e que, portanto, facilitou muito a circulação de capitais, dando acesso ao Governo e aos particulares a um crédito mais barato. Isto levou a um grande endivida-mento, quer numa ou noutra situação. Existem também grandes diferenças entre as duas situações. Portugal é agora uma democracia de tipo ocidental, integrada na União Europeia. Depois da transferência de Macau, em 1999, e pela primeira vez em 500 anos, Portugal não tem possessões fora da Europa. A moeda é o euro, administrada pelo Banco Central Europeu. A população tornou-se mais urbana, mais sau-dável, mais instruída, mais velha e mais diver-sificada devido ao incremento de movimentos migratórios. Cerca de 62,8% dos portugueses trabalham no setor terciário, enquanto que o setor primário emprega 9,9% e o sector se-cundário 27,3%. Três quartos dos agregados domésticos dispõem de televisão por cabo e mais de metade tem acesso à internet. No entanto, se tudo mudou, nem tudo se alterou de modo a poder ser interpretado como progresso, pois caminhamos desas-tradamente para esta crise. Neste momento, temos uma população que depende do Es-tado e o Estado com um tamanho que pou-co tem em comum com o de há 120 anos. Nessa altura, a despesa pública não pesaria mais do que 10% do PIB. Hoje, o Estado Social tornou-se um modo de vida: estima-se que 50% dos portugueses retirem rendimentos do Estado por via do emprego, subsídio, ou pensão. Atualmente, Portugal acumula uma das maiores dívidas pública e privada da sua História. A dívida pública portuguesa atingiu em Fevereiro deste ano o valor de 209 mil milhões de euros, o que equivale a cerca de 126% do PIB. 209 mil milhões de euros corres-ponde a cerca de 20.900 euros por cidadão. Em 2011, o governo português pediu ajuda externa, submetendo-se a um ajustamento dirigido do estrangeiro que obriga o Estado Português a uma forte política de austerida-de, de corte na despesa pública e privada. A crise financeira depressa tomou uma grave dimensão económica e social. Para sair da crise, a opção tomada, em 1890–92, não foi apenas o caminho da auste-ridade: foi a de sair daquele enquadramento internacional em que Portugal se encontrava. Abandonou o padrão-ouro e foi como se, com as devidas distâncias, tivéssemos saído do euro. Em 1892, os bancos internacionais que estiveram disponíveis para ajudar Portugal quiseram contrapartidas, nomeadamente a austeridade para o equilíbrio das contas e garantias de que determinados rendimentos seriam cativados para pagar os juros desses empréstimos. José Dias Ferreira, na altura presidente do

conselho de ministros, achou que isso poria em causa a soberania nacional e preferiu a bancarrota, ou seja, uma suspensão parcial, mas unilateral do pagamento da dívida. Foi sobretudo uma decisão política. A austeri-dade continuou e até aumentou depois, mas preferiu-se enfrentar a crise com os recursos do país e dispensando a ajuda externa, o que se traduziu no nosso isolamento. Houve uma suspensão dos pagamentos em junho de 1892. Negociações com comis-sões de credores, a partir de 1893 e, em 1902, conseguiram um acordo para uma reestru-turação da dívida. Do lado português havia o receio de que os credores internacionais exigissem como penhor os rendimentos das alfândegas coloniais e que isso pudesse ser entendido como sacrificar a soberania sobre os territórios africanos. E, portanto, os governos sucessivamente optaram por uma estratégia de contenção de despesas e de austeridade, que de certa maneira começou em 1890 e durou até, praticamente, ao 25 de Abril. Obviamente, continuou a haver opera-ções financeiras portuguesas no exterior, mas houve uma opção de manter o país muito cauteloso em recorrer aos mercados, na me-dida em que a prioridade foi a de conservar a soberania. Um empréstimo contraído pelo Estado português em 1902 para tapar o bura-co da dívida pública levou a que esta só aca-basse de ser liquidada em 2001.

As Razões da Atual Crise – Breve análise

A atual crise portuguesa começou a denunciar-se quando, nos E.U.A, ocorreu a falência do banco de investimento Lehman Brothers, no dia 15 de setembro de 2008. Este facto teve um impacto tremendo sobre o es-tado de confiança dos mercados financeiros, rompendo a convenção dominante de que a autoridade monetária norte-americana iria socorrer todas as instituições financeiras afe-tadas pelo estouro da bolha especulativa no mercado imobiliário. O que principiou como uma crise nas bolsas e nas instituições finan-ceiras não tardou a alastrar, primeiro à econo-mia real e, depois, às finanças públicas, quando se tornou claro que o tempo durante o qual se conseguia financiar orçamentos estatais a juros baixos tinha chegado ao fim. Na Euro-pa, o efeito deste “tsunami” financeiro fez-se sentir na crise das dívidas soberanas, forçando diversos países da zona euro a pedir resgate, primeiro a Grécia, depois a Irlanda e finalmente Portugal. Outros países poderão estar no limiar de pedidos de auxílio financeiro.

A introdução da moeda única, em 2002, iria colocar sérios problemas de competitivi-dade a muitas empresas portuguesas. O euro garantia duas coisas: o fim da inflação e juros baixos. Em contrapartida, exigia o controlo dos défices públicos, nunca além do equivalente a 3% do PIB. Os sucessivos governos, de 1992 para cá, dedicaram-se, praticamente, a violar os limites do défice, até chegarmos a esta situ-ação. O efeito do euro foi perverso ao facilitar o recurso ao crédito, tornou Portugal um dos países europeus com mais casas, mais auto-móveis e telemóveis por habitante. Milhares de portugueses endividaram-se muito para lá da sua capacidade razoável de pagamen-to. Compraram casa, carro, férias… O dinheiro circulava, mas não aumentava a riqueza produ-zida. Também as empresas se viraram para o crédito bancário, fácil e barato. Além da banca, os únicos verdadeiros potentados eram as em-presas públicas ou as privadas que as substitu-íam, em regime de monopólio, e o grande re-talho. Portugal cobria-se de grandes superfícies comerciais, como se cobria de autoestradas, o pequeno comércio morria aos poucos e o in-terior utilizava as autoestradas para ver passar os produtos estrangeiros que sentenciavam de morte a nossa agricultura e indústria. Incapazes de competir com as importações, cedemos à construção civil e ao comércio. Uma classe política dependente do Estado nunca teve co-ragem para admitir que, com um crescimento medíocre ou nulo, como o registado a partir do fim da década de 1990, não podia satisfazer, sem custos gravosos, todas as expetativas que assentavam no Estado Social. A dívida públi-ca em 10 anos duplicou em relação à riqueza produzida pelo país, atingindo as percentagens mais elevadas desde o século xIx. Para compli-car ainda mais a situação, o endividamento do Estado e elevado défice orçamental dos últimos anos impossibilitaram a utilização da política fis-cal para estimular a economia. Além disso, nas duas últimas décadas te-mos vivido importantes transformações estru-turais, ao nível da localização de novos eixos económicos mundiais: o renascimento da ín-dia e da China tem originado enormes proble-mas de competitividade a muitas das nossas empresas. Verificou-se que o nosso modelo económico tradicional estava desajustado e que, mais cedo ou mais tarde, os nossos princi-pais setores exportadores não estariam à altu-ra dos seus concorrentes asiáticos. Com a economia de mercado global, as-sistiu-se à deslocalização das indústrias para países com mão de obra barata, acarretando problemas de desemprego e de desindustria-lização no nosso país e na Europa. A globaliza-ção acarreta as duas faces da moeda. Por um lado, transforma o Mundo numa aldeia global; por outro, evidencia diferenças civilizacionais que não podem, na nossa perspetiva, ser igno-radas: o desrespeito pelos Direitos Humanos. Rui Ramos, especialista em História Con-temporânea, lembra-nos que a dinâmica da História prova que as transformações são per-manentes, revolvendo o que parecia adquirido e estabilizado. Nunca a prosperidade é o ponto final da História; mas a crise também não o é. A História “está a acontecer” e, não po-dendo ainda saber como esta crise vai ser su-perada, algo aponta no sentido de um novo paradigma para a sociedade do século xxI. Grupo de História tr

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FEIRA DO TURISMO E GESTãO

Alunos do 10º ano dinamizam iniciativaintegrada nas comemorações do dia do Colégio do passado dia 11 de maio, realizou-se a 1.ª edição da Feira do turismo e gestão.

Esta iniciativa surge no seguimento da anteriormente designada Feira da Economia e Gestão, tendo sido adaptada aos interesses dos alunos do Curso Profissional de Turismo Ambiental e Rural. Desta forma, a turma do 10.º ano organizou cinco barraquinhas com diver-sas atividades, privilegiando os jogos tradicio-

nais, o artesanato e a gastronomia regional. Para além da animação proporcionada, esta Feira teve como objetivo a angariação de fundos para a visita de estudo da turma à Expotur, a Feira de Turismo Rural e da Nature-za, que decorreu em Santarém. Professor José Carlos Guimarães in

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No que diz respeito às atividades de âm-bito cultural, o contacto com os Ateliers de Expressão Plástica proporcionará aos jovens novas experiências relacionadas com o De-senho e a Pintura, para além da música, do Teatro e Cinema. Haverá ainda lugar, no que toca à Informática e às novas Tecnologias Educativas, para a divulgação e consequen-te utilização dos recursos multimédia de que o Colégio dispõe. Está prevista, também, a utilização dos laboratórios de Matemática, Português, o Clube de Inglês, de Biologia e de História para atividades lúdicas no âmbito destas disciplinas. Do elenco das atividades desportivas, tendo sempre como objetivo o divertimento, o bem-estar e a aprendizagem motora, cons-tam as seguintes modalidades: Atividades Aquáticas (Natação, Pólo Aquático, Mergulho, etc.), Basquetebol, Voleibol, Dança, Ginástica, Squash e Badminton. Este ano será incluída a modalidade de Pilates para crianças e jovens, desenvolvida pelo departamento de Fisioterapia do Com-plexo Desportivo. Professor João Pires

iMAgiNAriuS

Ritmare e Danças Urbanas emprestam cor, movimento e som ao espetáculo de teatro de ruanos passados dias 24 e 25, os nossos grupos ritmare e danças urbanas, orientados pelos pro-fessores Pedro almeida e sofia Costa, respetivamente, participaram no espetáculo Imaginarius, que decorreu de sexta a domingo, em santa maria da Feira.

Depois de uma semana dedicada a ri-gorosos ensaios, foi com enorme satisfação que os nossos alunos puderam contribuir, de forma extraordinária, para a moldura humana que consolidou o espetáculo que o imagina-rius representa. A parada final (sexta-feira e sábado), foi o culminar de horas de treino e ansiedade,

num esforço recompensado pela beleza sin-crónica dos movimentos e sons. No fim, as imagens de força das danças e o fantástico som dos instrumentos musicais reciclados não deixaram indiferente quem pôde assistir a um espetáculo de rua pleno de vigor e energia. Pelo Entrelinhas

FÉRIAS DE VERãO DE 01 A 26 DE JULHO

momentos de partilha e são convívio

o Colégio vai realizar, nas suas instalações, o habitual programa de atividades desportivas e Culturais para ocupação dos tempos livres, do dia 01 ao dia 26 de julho (de segunda a sexta feira), no horário compreendido entre as 09:00h e as 17:30h.

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AQUAFEstAs

O Complexo Desportivo acaba de inaugurar um programa de organização de festas de aniversário, no qual se incluem atividades aquáticas, aulas de dança e squash, orientadas pelos nossos professores e com a dinamização de alunas do 12º ano de cursos profissio-nais permitindo, desta forma, colocar as nossas instala-ções ao serviço da comunidade na organização deste tipo de eventos.

CURso intEnsiVo DE nAtAÇÃo

Estão abertas as inscrições para a realização de um curso intensivo de natação durante o mês de julho, no Complexo Desportivo. O objetivo principal da implementação deste curso prende-se com a necessidade cada vez maior de pro-porcionar a todos os interessados o acesso a aulas de natação intensivas. Aprender a nadar num curto espaço de tempo ou simplesmente aperfeiçoar as técnicas de nado são dois dos objetivos contemplados.

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PEREGRINAÇãO A SANTIAGO DE COMPOSTELA

Grupo de alunos e professores do Colégio numa aventura ímparDIA 1 – SANTA MARIA DE LAMAS – PORTOMARíN

– A EsCoLHA

A disciplina de EMRC organizou, entre os dias 24 e 28 de abril, uma peregrinação a San-tiago de Compostela. Sob a orientação da professora Daniela Rodrigues, partiu para a Galiza um grupo de peregrinos, constituído por professores, alu-nos, familiares e amigos do nosso Colégio. Aceite o desafio, de mochila às costas e confiantes nas setas amarelas, aventuraram--se na rota do Caminho Francês, que milhares de peregrinos, todos os anos, durante todo o ano, trilham rumo à Catedral de Santiago de Compostela, local onde estão depositados os restos mortais do apóstolo. Os Caminhos de Santiago são os trajetos tradicionalmente percorridos pelos peregri-nos que rumam a Santiago de Compostela há mais de mil anos. Estes Caminhos de Santia-go resultam do processo de cristianização de ancestrais peregrinações até Finisterra (“finis terrae”), depois de descobrirem, em meados do século Ix, a sepultura do apóstolo S. Tiago. O Caminho de Santiago foi declarado “Primeiro Itinerário Cultural Europeu” (1987) e Património da Humanidade em Espanha (1993) e França (1998). O Caminho guarda ainda a iniludível ver-dade do mistério do Homem que se coloca diante do mistério de Deus: é essa a condi-ção do peregrino. E Santiago de Compostela guarda ainda a alegria das metas provisórias, o sentido do reencontro num lugar de onde se parte, como se dizia dos peregrinos me-dievais, com um canto nos lábios e uma es-trela na fronte. Não existe apenas uma maneira de per-correr o Caminho de Santiago. Podemos percorrê-lo sozinhos ou acompanhados por um pequeno grupo de amigos; ou integrar grupos organizados, com orientação espiri-tual. Podemos partir de casa ou escolher um ponto de partida com tradição jacobeia. O mesmo acontece em relação às motivações: pode-nos motivar a experiência espiritual, a dimensão cultural e humana inerente ao Ca-minho, o desejo de aventura ou o contacto com a natureza. Há peregrinos que percor-rem o Caminho após uma perda ou uma cura (o que acrescenta intensidade existencial à peregrinação) e há peregrinos que cedem à insistência de um amigo ou experimentam o Caminho por curiosidade. Independentemente do caminho que percorremos, do modo como o fazemos ou daquilo que nos move, cada Caminho é uma experiência única, mesmo que o tenhamos percorrido muitas vezes. E, em certa medida, é uma experiência indescritível, porque as pala-vras são escassas para dizer tudo o que ele nos proporciona… Mesmo assim, deixamos um pequeno registo do que foram aqueles dias… Terminamos com um palavra de agrade-cimento ao grupo da Universidade Católica

Portuguesa – UDIP, nas pessoas do Dr. José Rui Teixeira e da Drª Carmo Themudo - pela simplicidade e disponibilidade com que tão fraternalmente nos acolheram e ensinaram. Professora Daniela Rodrigues

DIA 2 – PORTOMARíN – PALAS DE REI

– o PREsEntE

Após uma chegada cansativa a Portomarín, local de partida da nossa viagem, restabelece-mo-nos e inaugurámos o nosso caminho com umas belas tapas partilhadas. A noite foi algo turbulenta, pois o ambiente geral era de expec-tativa, nervosismo e ainda uma certa hesitação quanto à passagem do conforto de casa para um ambiente totalmente desconhecido. De manhã partimos bem cedo, percor-rendo os primeiros 25 km rumo a Palas de Rei. Os pés notaram cansaço, mas as primeiras bolhas foram rapidamente esquecidas pelo permanente contacto com a magnificência da Natureza, algo tão puro quanto raro no nosso quotidiano. Concluímos esta primeira etapa ao fim de umas boas horas de caminho e, de tarde, pu-demos descansar, esticar as pernas e puxar uns dedinhos de conversa com os restantes pere-grinos. Ao final da tarde, o grupo do Colégio e da Universidade Católica reuniu-se no jardim para um momento de oração e introspeção. O dia terminou com um grande jantar de grupo, onde reinou a boa disposição, quer portuguesa, quer irlandesa, e o sentimento de que os próximos dias seriam inesquecí-veis. E foram… Maria Inês Azevedo

DIA 3 – PALAS DE REI - ARZúA

– A DEsCoBERtA

Um novo dia, um novo objetivo.Destino: Arzúa, a 29,5 Km de Palas de Rei. A maior etapa do nosso percurso. Apesar das bolhas resultantes da primeira etapa, parti-mos com a mesma vontade do primeiro dia, se não com mais vontade ainda. Após 14 km, parámos na cidade de Me-lide para almoçar e verificámos que alguns peregrinos do grupo nunca mais chegavam àquele local. Viemos a descobrir que estes se tinham enganado no caminho, mesmo per-to do local onde nos encontrávamos e que, afinal, já estavam muito à nossa frente, para nosso espanto… Fizemo-nos novamente ao caminho e, após mais 14,5 km, chegámos finalmente ao

albergue Santiago Apostol, em Arzúa, onde desfrutámos de um merecido descanso, tra-tamos as bolhas, confraternizámos à volta da lareira e nos preparámos para mais um dia de Caminho. Flávio Couto

DIA 4 –ARZúA - PEDROUZO– A PRoXimiDADE Depois de deixar o albergue em Arzúa, apenas dezoito quilómetros nos separavam do nosso próximo destino, Pedrouzo. O grupo acordou às sete da manhã. Tomámos o pequeno-almoço e, cheios de emoção e imenso sono à mistura, tivemos uma proteção extra: nesse dia choveu imen-so ao longo do camiño. Por isso lá nos apetre-chámos com impermeáveis à altura. Começámos a percorrer cada quilómetro do nosso percurso cheios de emoção e de alegria, e foi nesse dia que vivenciei um dos melhores momentos da viagem. Juntei-me a esta aventura sem qualquer motivo, sem qualquer razão religiosa ou de promessa. Apenas me aventurei a percorrer e a viajar, nada mais. Contudo, nesse dia, em Calles, que ficava a 7 km de Pedrouzo, conhe-ci um padre português que estava a fazer o caminho e juntei-me a ele. Após uns breves minutos em silêncio, começámos a conversar sobre imensas temá-ticas, desde assuntos filosóficos, a assuntos históricos. E, claro, as conversas metafísicas também foram abordadas. Isto tudo ocorreu durante três breves ho-ras que, sem qualquer margem de dúvida, devem ter sido dos melhores momentos que eu já partilhei com alguém. Foram realmente momentos que jamais esquecerei e espero um dia poder reencontrar esse padre. Cada peregrino traça o seu caminho. E o caminho é um percurso em que cada um, cada ser humano, transforma inúmeros qui-lómetros em metáforas, exemplos e, acima de tudo, em inspiração para viver e enfrentar cada momento deste longo caminho que é a nossa vida. Rui Neves

DIA 5 - PEDROUZO- SANTIAGO– o REConHECimEnto

A última etapa do Caminho … Acompanhar o nascer do dia, desenhado pela natureza circundante, tornou esta última etapa do Caminho num novo amanhecer das nossas vidas, que nunca esqueceremos. As dúvidas, as incertezas se seríamos capa-zes de ultrapassar a dor física provocada pelo esforço, foram ultrapassadas por uma nova força que foi nascendo no nosso interior. O entusiasmo da chegada a Santiago cria momentos que dificilmente se poderão tra-duzir. A experiência é pessoalíssima. No final, o abraço, o sorriso e até a lágrima se juntam em comunhão. Ele ensinou-nos que o essencial é saber ver: ver que a verdadeira vida está a todo o instante ao alcance do olhar e que para lá das

palavras, dos rituais e das crenças, para lá do pensamento e das teorias sobre o mundo e o Homem, existe o entusiasmo. Este sopro vindo de dentro, que não sabemos de onde vem, nem para onde vai, é Deus. Este entu-siasmo, este Deus interior é capaz em cada um de nós de transformar uma angústia num sorriso, este Deus faz-nos viver e amar. Obrigada, Caminho, pelo despertar do ser profundo que está dentro de nós, que nos impele à mudança. Dizer qual deverá ser essa mudança, cabe a cada um descobrir, cabe a cada um ler no “livro” do seu interior. Percorrer o Caminho de Santiago é um encontro com a espiritualidade e a natureza, numa viagem ao nosso interior e num claro apelo à reflexão. Obrigado a todos. Professora Margarida Coelho

AgrADECiMENTOS:

O grupo de peregrinos sente-se agraciado por ter sido tão bem integrado no grupo da universi-dade Católica Portuguesa – uDiP, na simplicida-de e disponibilidade do Doutor José rui Teixeira e na doçura alegre da Drª Carmo Themudo que tão fraternalmente nos acolheram e ensina-ram... E, também, a todos os outros simpáticos companheiros que nos deram massagens, cura-ram as bolhas, cantaram e alegraram o trilho que tantos outros já palmilharam sempre em busca de sentido!

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Organizada pelos professores José Eduardo Pascoal e Maria Clara Silva, a visita centrou-se nos temas do Liberalismo, das Cidades e dos Transportes. A saída de campo começou no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde os alunos puderam observar a dinâ-mica e a imponência desta infraes-trutura urbana. A partir do Aeroporto seguiram, de metro, até à estação da Trindade, percebendo a importância da intermodalidade, no contexto dos transportes. Ao longo do trajeto, foi ainda possível observar o predomínio da função residencial nas áreas subur-banas da cidade do Porto. Na Baixa, teve inicio um percur-so pedestre pelos arruamentos e praças mais conhecidas, com uma primeira paragem na Praça da Re-pública, um espaço que assumiu um papel preponderante na revolta de

31 de janeiro de 1891, aquando da concentração das tropas republica-nas. Depois, seguiu-se pela Rua dos Bragas (onde agora está sediada a Faculdade de Direito do Porto) até à Rua de Cedofeita, uma das mais antigas artérias comerciais da cida-de. Percorremos esta rua, em gran-de parte pedonal, cruzando a Rua Miguel Bombarda, conhecida pela concentração de galerias de arte. A partir da Praça dos Leões, passámos o Piolho, o mais conhecido café da tertúlia e boémia universitária por-tuense e a Torre dos Clérigos, até chegarmos à Praça da Liberdade. Estávamos, finalmente, no “cen-tro de negócios e de serviços” (CBD) da cidade, com a Câmara Municipal no topo da Avenida dos Aliados e, ao fundo, o Hotel Intercontinental. A ladear a avenida, constatámos a pre-sença de outras importantes funções

terciárias, nomeadamente dos Cor-reios centrais e do Banco de Portugal. Depois do almoço, percorremos a Rua de Santa Catarina, a artéria comercial mais conhecida da Baixa da cidade, descemos a Rua de 31 de janeiro e, passando pela Estação de S. Bento (antigo Convento de S. Bento de Avé Maria), subimos até ao Terreiro da Sé. Na Fundação Guerra Junqueiro, tivemos a oportunidade de assistir a um documentário sobre a história da cidade do Porto.

Partimos, depois, em direção à Ribeira, descendo as ruas íngremes e sinuosas da freguesia da Sé onde, a culminar a visita, nos aguardava um mini-cruzeiro fluvial entre as seis

pontes que cruzam o rio Douro. Foi, podemos dizer, uma visita surpreendente pelo que ainda não conhecíamos do Porto, uma cida-de aqui tão perto de nós. Professor José Eduardo Pascoal

Os alunos tiveram oportunidade de par-ticipar na realização de técnicas na área da manipulação genética, que possibilitaram dar resposta a questões como a estrutura da parede celular das bactérias; sobre como introduzir um plasmídeo numa bactéria, ou mesmo sobre a possibilidade de manipular o DNA de bactérias de modo a torná-las mais resistentes a um antibiótico específico.

Na atividade realizada, os alunos aplica-ram técnicas de coloração de bactérias para observação microscópica e, recorrendo à téc-nica do DNA recombinante, promoveram a alteração de bactérias através da introdução de plasmídeos geneticamente manipulados. Compararam as características das bactérias modificadas com bactérias não manipuladas e puderam observar a emissão de fluorescên-

cia por exposição à luz ultravioleta. A realização desta atividade permitiu o contacto com material de laboratório mais

específico e a aplicação de técnicas na área da biotecnologia. Proporcionou uma aula di-ferente, que abriu novos horizontes no cam-po da genética e ampliou o conhecimento científico. Foi uma visita com uma interessante e re-veladora vertente experimental. Para concluir, deixamos uma palavra de agradecimento aos professores que promoveram e coordenaram a atividade. 12º A3

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IPATIMUP

manipulação genética de bactériasnos dias 7, 8, 14 e 15 de maio, as turmas de Biologia do 12º ano deslocaram-se ao laboratório aberto do instituto de Patologia e imunologia molecular da universidade do Porto (iPatimuP) a fim de participarem numa atividade prática intitulada “Bactérias Fluorescentes”. a realização desta atividade insere-se no contexto das técnicas de manipulação genética, abordadas no programa da disciplina, em particular a técnica do dna recombinante. o professor de cada turma acompanhou os alunos nesta interessante e estimulante atividade.

PORTO, UMA CIDADE (AINDA) POR DESCOBRIR

Alunos do 11º ano visitam espaços histórico-geográficosno dia 7 de maio, teve lugar uma visita de estudo à cidade do Porto, envol-vendo alunos de História e de geografia do 11º ano de escolaridade.

DUNAS DE S. JACINTO, UM LOCAL SEMPRE APETECíVEL

Alunos do 7º ano descobrem riqueza natural aqui ao péteve lugar no final de abril, início de maio de 2013, uma iniciativa do grupo de geografia, envolvendo alunos do 7º ano de escolaridade, que culminou numa da visita de es-tudo à reserva natural das dunas de s. Jacinto (rndsJ).

O objetivo principal foi dar a conhecer aos alunos uma das áreas protegidas mais bem preservadas do litoral português, através de um percurso pedestre de descoberta da Natureza. As visitas efetuaram-se durante a manhã, a partir do Centro Inter-pretativo e de Acolhimento, onde os técnicos da Reserva nos aguar-davam para uma explicação inicial sobre a história e as caraterísticas daquela área protegida. A RNDSJ situa-se no extremo de uma península de areia que se estende desde Ovar até à povoação de S. Jacinto, limitada a poente pelo Oceano Atlântico e a Nascente por um dos braços da Ria de Aveiro. Do ponto de vista da divisão administra-tiva do território, esta área protegida, com uma superfície de aproximada-mente 700 hectares, ocupa parte do território da freguesia de S. Jacinto, no concelho de Aveiro. Com exce-ção de uma pequena área que cons-

titui domínio privado, a maior parte da superfície da reserva é do Estado. Trata-se de uma zona costeira com praia, dunas móveis e fixas, mata de pinheiro-bravo e charcos de água doce, local de passagem ou de invernada de aves aquáticas migratórias. O nome da RNDSJ pro-vém do importante e bem conser-vado cordão dunar litoral, suporte de uma vegetação caraterística. No domínio da vegetação, a RNDSJ pode dividir-se em duas grandes manchas. A primeira cor-responde à área da duna primária e é banhada pelo Atlântico, onde se podem observar as espécies espon-tâneas caraterísticas desse meio, no-meadamente o estorno, o narciso--das-areias e as acácias. Na segunda mancha, inclui-se a duna secundária, que se estende até à Ria, e que é do-minada por uma mata de pinheiro bravo. Na área situada entre as du-nas primária e secundária surgem espécies vegetais tais como a cama-rinha, o samouco, o medronheiro, o amieiro e o salgueiro. Para além das plantas, a RNDSJ alberga uma fauna rica, desde ma-míferos como a raposa, passando por répteis como a lagartixa e a cobra-de-água, e anfíbios como o sapo-de-unha-negra. Mas os ani-

mais que chamam mais a atenção, e que, aliás, são mais facilmente ob-serváveis, são as aves, existentes em mais uma centena, nomeadamente chapins, patos-reais, piadeiras, gaivo-tas, guinchos e pilritos, entre outros. Entre as intervenções mais recen-tes para a preservação da fauna conta--se a criação da pateira observatório, localizada na área central da Reserva, de modo a criar condições para o re-fúgio dos patos da Ria de Aveiro ou para a eventual fixação de garças, que tinham anteriormente o seu ponto de nidificação mais a Norte. Depois de uma explicação teó-rica, passámos à prática, percorren-do os trilhos da Reserva ao longo de cerca de 1. 30 h, numa extensão de 6 km, desde a ria até ao mar,

onde os mais resistentes mostraram o que valiam, vencendo o cansaço (e os mosquitos…). No final da manhã, regressámos ao Colégio, enriquecidos com mais uma experiência geográfica que nos deu a conhecer um dos siste-mas dunares mais bem conserva-dos do litoral português. Professor José Eduardo Pascoal

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É sempre com grande agrado que parti-cipamos em visitas de estudo porque, além do objetivo primeiro, o pedagógico, há sem-pre uma forte componente lúdica, que passa pela interação entre alunos e professores. Deste modo, foi com grande entusiasmo que iniciamos a viagem, por volta da uma e um quarto da tarde, rumo à cidade onde vi-sitaríamos a FEUP para participar na “Semana: Profissão Engenheiro”.

Chegados ao local previsto, fomos con-duzidos a uma sala onde tivemos uma pe-quena introdução acerca dos diferentes temas que viriam a ser abordados nos dife-rentes percursos escolhidos pelos alunos. En-tre estes destacavam-se cinco grandes áreas temáticas: “Salvo o Planeta”, “Desenho o novo Homem”, “Crio a Sociedade do Futuro”, “Tor-no as empresas mais competitivas” e “Cons-truo um Mundo novo”. Em todas as atividades

propostas e em todos os percursos idealiza-dos foi-nos dada a conhecer a importância da engenharia no nosso dia a dia, assim como o significado da profissão “Engenheiro”. A aventura pelo conhecimento terminou com o regresso ao Colégio, mais uma vez através de uma viagem tranquila, mas anima-da. Valeu a pena. Patrícia Gomes, 11º A4

Após uma longa viagem, com início às 6h15, chegámos à capital, mais propriamente a Belém, por volta das 10h20. Dirigimo-nos, então, para o Centro Cultural de Belém, a fim de visitarmos a Exposição Berardo, onde fo-mos muito bem recebidos pelos guias que aguardavam a nossa chegada. Estes dispu-seram-se, assim, a explicar-nos tudo muito pormenorizadamente sobre as obras de arte ali expostas. Esta era essencialmente uma ex-posição de Arte Contemporânea. Já no exterior, fotografámos os magníficos jardins que nos rodeavam, a que o dia parcial-mente nublado não retirou a beleza. Entretan-

to, chegou a hora do almoço e, em pequenos grupos de amigos, fizemos um piquenique onde foi possível conviver e desfrutar do local onde nos encontrávamos. Como sobremesa optámos pelos famosos pastéis de Belém, da Antiga Pastelaria de Belém (fundada em 1837). De facto, os pastéis são divinais! Por volta das 14h, visitámos o Mosteiro dos Jerónimos, um monumento grandioso, em tamanho e em história. Ali, para além dos túmulos régios, encontram-se os túmulos de Luís de Camões, de Vasco da Gama, de Fernan-do Pessoa e de Alexandre Herculano. Tivemos oportunidade de conhecer o mosteiro e o seu belo claustro, onde se veem esculpidas as ce-nas da Paixão de Cristo.

Seguidamente, dirigimo-nos ao Palácio Nacional da Ajuda, a fim de visitar a exposi-ção de Joana Vasconcelos, uma grande artis-ta portuguesa. Todos nós já tínhamos alguma noção do que seria, devido a reportagens te-levisivas ou a fotografias. No entanto, ao vivo, as criações desta artista têm outra beleza e a própria decoração e a riqueza do Palácio aca-bam por realçá-las ainda mais. Finalizámos a nossa visita de estudo no Parque das Nações. Pudemos jantar no Cen-tro Comercial Vasco da Gama, desfrutando de uma excelente vista para o Rio Tejo e para o teleférico. E foram estes os nossos momentos de despedida desta linda cidade. Saímos de Lisboa por volta das 19h:00 e chegámos ao Colégio pelas 22h30. A viagem decorreu num ambiente muito agradável e animado. Adorámos esta experiência, pois pas-sámos um dia excelente na companhia dos nossos amigos e professores. Por isso, reco-

mendamos a todos os alunos que organizem uma viagem como a nossa. Vão adorar! Mar-ta Silva, 10ºA5

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VISITA DE ESTUDO A LISBOA

na capital, ao encontro da cultura, alunos do Colégio dilatam horizontesno dia 16 de maio, as turmas 10ºa1, 10ºa3, 10ºa5 e 10ºB realizaram uma visita de estudo a lisboa, acompanhados pelos professores Conceição Couto, Cristina milheiro, lucília reis, Joa-quim gautier, Paulo Costa e a dra. rita.

“PROFISSãO ENGENHEIRO” LEVA ALUNOS À FACULDADE DE ENGENHARIA

Uma visita de estudo com os olhos postos no futuro

no passado dia 13 de março, algumas turmas de 11ºano e 12ºano realizaram uma visita de estudo à Faculdade de engenharia de universidade do Porto, no âmbito da disciplina de Física e Química.

A visita, na Fundação Serralves, foi reparti-da por três momentos. No primeiro, assistimos a uma pequena apresentação em PowerPoint sobre as energias renováveis. Neste momento também houve espaço para o debate e troca de ideias e de conceitos. De seguida, cada um dos alunos fez um pequeno forno solar onde foi colocada uma salsicha, que se pôs ao sol a cozinhar. Por fim, a turma foi dividida em dois

grupos e cada grupo construiu um forno so-lar de diferentes conceções e com diferentes materiais, cujo principal objetivo era estimular a destreza e a criatividade dos alunos. Em suma, os alunos adoraram a visita e apreciaram a oportunidade de visitar os jardins da Fundação Serralves. Gostaram também de aprender como utilizar a energia solar, uma energia renovável, no seu dia a dia para, por

exemplo, cozinhar alimentos. Deve-se também destacar a excelente re-lação entre os alunos e os professores duran-te esta manhã que, apesar de curta, foi muito bem aproveitada. Andreia Guimarães, Eva Silva e Bárbara Ferreira, 10º A4

VIVER COM ENERGIA - SERRALVES ACOLHE TURMAS DO 10º ANO

Energias renováveis despertam curiosidadedurante o mês de maio, as várias turmas do 10º ano do curso de Ciências e tecnologias, rea-lizaram uma visita de estudo à Fundação serralves, no Porto, para participar num workshop intitulado “Viver com energia”, inserido no tema “energias renováveis”, no âmbito da disciplina de Físico-Química a, na companhia dos professores titulares das turmas.

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CENTRO DE EDUCAÇãO AMBIENTAL DAS RIBEIRAS DE GAIA

Alunos reforçam consciência ecológicano âmbito da disciplina de geografia, a turma do 9º J, no passado dia 15 de maio, na companhia da professora margarida Castro, visitou o Centro de educação ambiental das ribeiras de gaia, situado em miramar. este centro tem como fun-ção sensibilizar para a necessidade de agir, de ser e de estar no ambiente.

A visita começou com a visualiza-ção de um filme alusivo à importância dos cursos de água, seguindo-se uma visita à sala dos aquários, com a expli-cação das características das espécies presentes, nas ribeiras de Gaia, desde a

nascente à foz. De seguida teve lugar outra visualização, à lupa, de macroin-vertebrados, como bioindicadores de qualidade de água e, por fim, efetua-mos um passeio pedonal ao longo da ribeira do Espirito Santo, com a explica-

ção da fauna e flora local. Antes do regresso, demos um pe-queno passeio pela praia de Miramar que, graças ao tratamento das águas das

ribeiras de Gaia, possui bandeira azul. Foi uma manhã enriquecedora, onde não faltou boa disposição e con-vívio entre todos. A turma 9º J

 UMA ExPOSIÇãO A VISITAR

A dimensão catártica do desesperoaluna do Colégio até há pouco tempo, a maria João marques inaugurou, no passado sábado, dia 18 de maio, na almadas galeria, rua do almada, no Porto, uma exposição de pintura intitu-lada A dimensão catártica do desespero. Já enquanto estudante de artes visuais, a Maria João habituou-nos a um trabalho mar-cado pelo talento e pela irreverência. Agora, poderemos fruir a sua obra, mais amadure-

cida, que revela uma grande força plástica e temática que não nos deixará indiferentes. Professora Margarida Coelho

sinais e Pontuação Para umas FÉrias Com sentido…

adição (+): Melhor que dar coisas é dar-nos aos outros, pois não perdemos nada e adiciona-mos felicidade, realização e sen-tido à vida e às férias.asPas (“): É importante apro-veitar o tempo livre para melhor valorizarmos e pensarmos nos nossos amigos e naquilo que lhes é próprio e característico.Barra (/): É fundamental abre-viar muita coisa que normal-mente complicamos durante o ano e procurar arranjar alternati-vas, soluções e complementos. diVisão (/): O nosso tempo tem mais valor ao partilhar o que somos, temos e sabemos com quem mais precisa através da solidariedade e do voluntariado.dois Pontos (:): É muito im-portante viajar e abrir-nos à novidade, à aventura e ao des-conhecido para acolher novos mundos, culturas e gentes. HíFen (-): Seria bom arranjar tempo e disponibilidade para ser na família elo de união e recon-ciliação em vez de ser fator de divisão, discussão e confusão. igual (=): Não é igual ser des-ta maneira ou daquela ou fazer isto ou aquilo, pois devemos trilhar o nosso caminho com verdadeira liberdade e respon-sabilidade.multiPliCação (x): Nas férias deveríamos multiplicar-nos em esforços para conhecermos mais museus, castelos, palácios, aldeias, vilas e cidades.PARÊNTESIS (()): Importa apro-veitar o tempo livre para fazer parêntesis na vida, descansar, ir à praia e pensar num futuro com projetos, sonhos e conquistas.Ponto (.): Que as férias sejam o ponto final para o egoísmo e a preguiça e uma oportunidade de recomeçar um ano novo de vida nova e em plenitude.Ponto de eXClamação (!): Que saibamos apreciar e admi-rar-nos com as coisas simples da natureza: o mar, os rios, as mon-tanhas, as planícies, os bosques, o céu...Ponto de interrogação (?): Importa aproveitar as férias para ler alguns livros para conhecer e questionar a vida e o mundo na procura de respostas. Ponto e Vírgula (;): Parar e discernir é importante pois a melhor viagem turística é ir para fora cá dentro, na descoberta de nós mesmos. retiCÊnCias (…): As férias e o sentido da nossa vida estão in-completos se não nos abrirmos pela fé e oração ao mistério, ao transcendente, a Deus.suBtração (-): Também é in-teressante perder algum tempo sem fazer nada, subtraindo tem-po ao nosso tempo para relaxar, descansar e dormir mais e melhor.traVessão (—): Temos muito a aprender nas férias se parar-mos, fizermos silêncio, dialo-garmos e dermos a palavra aos mais idosos e aos doentes.Vírgula (,): Que nos esforcemos por fazer ativas pausas diárias para o exercício físico, pois o des-porto é essencial para uma vida saudável! Professor Paulo Costa

A REQUALIFICAÇãO DA “SALA DA CORTIÇA”Exposição “Cortiça: Estórias da História”

A “Sala da Cortiça”, as-sim apelidada por locais e forasteiros, representou desde sempre um lu-gar comum no imaginário de todos aqueles que, direta ou indiretamente, cresceram entre as ce-randas de aroma a baunilha e a terra molhada por Terras de Santa Maria. Não raras vezes constatamos que, fora de portas, esta obra orquestral-mente arquitetada pelo beneméri-to da freguesia, Henrique Amorim, consegue deixar marcas indeléveis. Ainda que os últimos tempos te-nham entristecido o semblante deste espaço, deixando-o desvalido e infeliz a acumular o pó que seu Fun-dador não pôde mais limpar, tem-se denotado um esforço considerável por parte da tutela do Museu em renovar aquele que representa o símbolo maior de uma parte dos percursos de vida, individuais e co-letivos da região.

A “Sala da Cortiça”- cujo impacto provocado pela luz solar, que atra-

vessa um pé-direito surpreen-dentemente pensado, arrebata imediatamente os sentidos - re-úne um conjunto de elementos

artísticos e populares, des-vendando as impensáveis

potencialidades da matéria--prima e refletindo, ao mesmo

tempo, a importância desta para a co-munidade que lhe serve de morada. A requalificação deste espaço sur-ge, pois, de uma necessidade. A cor-tiça e a rolha são identidade. Acredi-tamos que este núcleo museológico representa a cristalização de narrativas de vida das gentes deste território. Urge, por isso, potenciar a me-lhoria deste espaço para que sirva, simultaneamente, como alavanca para o desenvolvimento da popula-ção e para a renovação da projeção turística que se pretende dar à re-gião do Entre Douro e Vouga (EDV) e da Grande Área Metropolitana do Porto (GAMP), atraindo segmentos que lhe eram comummente asso-ciados, nomeadamente de turismo cultural e de lazer, bem como outros

alternativos, tais como o enoturismo, ecoturismo e turismo industrial. Dando continuidade ao Projeto de Reorganização Museológico e Museográfico, em curso no Museu desde 2004, é chegado o momento de avançar com o mais ambicioso de-safio: a requalificação da designada “Sala da Cortiça”, doravante designa-da por núcleo museológico da cortiça, que iniciamos com a exposição tem-porária Cortiça - estórias da História patente na Sala dos Escultores. Com esta mostra pretendemos exibir e potenciar este núcleo museoló-gico, o trabalho de recuperação do es-pólio e da área que o integra, bem como transmitir o estudo identitário da verten-te industrial e artística deste espaço.

Uma viagem pelo Barroco no mu-seu... na companhia das turmas do 8.º ano do Colégio de Lamas

 

No mês de Maio, o Museu recebeu as turmas do 8.º ano de escolaridade do Colégio. No âmbito da disciplina de História, os alunos realizaram uma

viagem pelo barroco no Museu, vi-sita temática inserida no programa permanente do Serviço Educativo 2012/2013. Através desta viagem, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a arte e cultura deste pe-ríodo, analisar diferentes espécimes em talha dourada e escultura religio-sa e assim apreender as principais características estilísticas e artísticas deste período.

museu recebe estagiários dos Cur-sos de Animação sociocultural e multimédia do Colégio de Lamas Como vem sendo hábito, ao longo do ano letivo, o Museu recebe estagiá-rios de diversas instituições de ensino. No ano letivo que agora termi-na, o Museu acolheu 5 estagiárias do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas. Do Curso Profissional de Ani-mação Sociocultural, as estagiárias Andreia Linhares, Nádia Marinho, Cátia Nogueira e Daniela Preda, de-senvolveram trabalho no âmbito do Serviço Educativo; Rute Braga, do Curso Profissional de Multimédia, trabalhou na realização de um vídeo promocional do Museu.

 

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Cafuné é o título da mais recente obra do autor português Mário Zambujal. De volta à escrita, o autor mostra a sua perspicaz comicidade, pela escrita atra-tiva e inconfundível que, misturada com erudição, “prende” qualquer um às 243 páginas do romance. A imaginação patente na diegese e nos constantes apartes e subentendidos criam passagens muito ricas (“Uma particularidade do ser humano é não se limitar aos ciclos do cio. Todo o tempo é bom tempo”). Desta vez, Zambujal traz-nos um romance histórico coincidente com o período crítico das invasões france-sas. A leitura remete-nos para um país pobre e um rei amedrontado pelo poderio gaulês que, como sabemos, encontra refúgio na Terra de Vera Cruz. Acompanhamos a evolução do jovem Rodrigo Favinhas que, por via da sua fraqueza pelos encan-tos femininos, se vê inserido num mundo diferente daquele em que cresceu. A história de vida desta personagem é repleta de imprevistos e aventuras, que tendem a acabar da melhor forma, mas que podem levar o leitor a refletir sobre a sua vida pessoal. Aquilo que se retém da leitura é que a força da intuição não deve ser desprezada e “quem muito pensa nada faz”. Apesar da ponderação tornar a nossa vida mais estável e previsível, a intuição foi aquilo que distinguiu, entre os demais, aqueles que para sempre edificaram túmulo nos livros de histó-ria e na memória dos mais conhecedores. Por tudo isto, Cafuné revelou-se uma excelente leitura e uma opção desafia-dora. As risadas que desperta originam horas de compenetração neste divertido enredo que é ao mesmo tempo uma reflexão sobre a sociedade contemporâ-nea. Deixo um último excerto presente na contracapa:«Inventar a cama foi a primeira urgência dos homens, pela vontade de se deita-rem, sozinhos ou acompanhados. Em pé, tudo se torna mais dificultoso, incluin-do o dormir». Renato Amorim, 12º A5D

CAFUnéde Mário Zambujal Clube do Autor, 243 páginas

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Foram endereçados convites a todos os alu-nos e aos seus familiares para que participassem nesta iniciativa e contribuíssem com um bem de primeira necessidade, a reverter para as institui-ções de solidariedade da nossa localidade. Com condições climatéricas instáveis (a chuva ameaçava mas não aparecia), foram che-gando, em bom número, os participantes. Após algumas ameaças de chuva, a prova arrancou pelas 10:30 horas. O momento de partida foi de alguma azáfa-ma e os primeiros problemas mecânicos apare-ceram. Apesar disto, com menor ou maior difi-culdade, todos conseguiram partir e pedalar por

um percurso entre Stª Mª Lamas e S. João de Ver. O percurso, apesar de se ter revelado bas-tante acidentado e com um grau de dificuldade considerável, foi sendo cumprido por todos, com a ajuda dos mais experientes e com a interven-ção do imprescindível carro vassoura. A prova desenrolou-se a bom ritmo e, à che-gada, todos os rostos espelhavam satisfação. Apesar da incerteza meteorológica, é de salientar a presença de cerca de 240 ciclotu-ristas, que contribuíram voluntariamente para causas sociais e, em simultâneo, criaram uma moldura humana nunca vista nas estradas da vila de Santa Maria de Lamas.

Não poderíamos terminar sem agradecer o apoio do gabinete de desporto da Câmara Mu-nicipal de Santa Maria da Feira, da Associação de Pais e dos nossos motards de serviço, profes-sores Fernando Correia e Manuel Jasmim.

Bem hajam e até para o ano! Profes-sor Nuno Soares in

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À descoberta dos encantos de Parisno passado mês de março, entre os dias 21 e 26, um grupo de 22 alunos, de diversas turmas do 9º ano, no âmbito da disciplina de Francês, teve a oportunidade de visitar alguns dos locais mais emblemáticos de Paris.

No dia da partida, as primeiras emoções fizeram sentir-se quando o avião descolou, uma vez que vários alunos experimentavam, pela primeira vez, as sensações de uma via-gem naquele meio de transporte. Uma vez na capital francesa, um longo programa, que foi integralmente cumprido, aguardava os alunos, que tiveram de acordar, diariamente, às 8:00 horas. Depois de uma primeira refeição, toma-da ainda no hotel, por volta das 9:00 horas, os visitantes iniciavam, a cada dia, uma longa jornada, que nunca terminava antes das 22:00 horas, mas que em alguns dias se estendeu até perto da meia-noite. Foi o caso dos dois primeiros dias, em que o programa da noite contemplava, respetiva-mente, a subida ao topo da Tour Eiffel, de onde se pôde ter uma perspetiva da imensidão da cidade e, também, da beleza proporcionada pela iluminação dos seus principais pontos de interesse; e um passeio de Bâteau-Mouche, no rio Sena, num percurso que passou por algumas das pontes mais emblemáticas de Paris, e que permitiu observar, a partir do rio, os Musées du Louvre e d’Orsay, e a Cathédrale de Notre-Dame, por exemplo. Como não podia deixar de ser, a visita a Paris permitiu aos alunos conhecer a zona de Pigalle. Daí, a pé, subiram a Montmartre, onde puderam observar, em atividade, os pintores, bem como a grandiosidade da Basilique du Sacré-Coeur.

Outros pontos de interesse visitados pela comitiva do Colégio foram o Arc de Triomphe, l’Arche de la Défense, os Champs Élysées, o Jar-din des Tuilleries, que envolve o Musée du Lou-vre, onde os alunos apontaram, sem cessar, as suas máquinas fotográficas ao quadro mais famoso do mundo, a célebre gioconda. Tam-bém houve tempo para uma ida a Versailles, onde o Palais e os seus célebres jardins deli-ciaram os alunos, além de uma ida ao Parc de La Villette. A cereja no topo do bolo, porém, na pers-petiva de alguns, estava reservada para o pe-núltimo dia, que foi integralmente passado na

Eurodisneyland, onde as diversas montanhas russas fizeram as delícias dos mais corajosos e aventureiros, ou onde os mais sensíveis pu-deram emocionar-se com as paradas em que as principais personagens do universo Disney percorriam as ruas do empreendimento. Uma palavra especial fica para a D. Júlia, a simpática emigrante portuguesa proprietária do restaurante onde, diariamente, a comitiva

jantava, e também para os professores Artur e Angelina Santos, pela importante ajuda na coordenação de 22 alunos que dignificaram o nome do Colégio. Professores Fernando Correia e Manuel Jasmim

1ª PROVA DE CICLOTURISMO DO COLÉGIO DE LAMAS

a pedalar por terras de santa mariano âmbito das atividades ligadas ao desenvolvimento do valor responsabilidade social, o gru-po de educação Física, com a colaboração da associação de Pais, decidiu organizar, no dia 16 de março, uma prova de cicloturismo com fins solidários.

O objetivo desta visita de estudo à ESAD (Escola de Artes e Design), teve como pano de fundo dar a conhecer o universo do ensi-no universitário, sensibilizando os alunos para a aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho que facilitem a transição do en-sino secundário para o universitário, assim como esclarecer algumas dúvidas na escolha do curso a que se pretendem candidatar. A visita foi orientada pela Dr.ª Anabe-la Monteiro, responsável pelo gabinete de comunicação e organização de eventos, na companhia de uma ex-aluna nossa, a Joana Bernardo, atualmente finalista do curso de Artes Plásticas. Os nossos alunos ficaram bas-tante entusiasmados com a oferta das dife-rentes licenciaturas na área do Design, Artes

Plásticas, Som e Imagem e de Teatro. Para além das licenciaturas, a escola tam-bém tem uma oferta bastante interessante nos Cursos de Especialização Tecnológica (CET), que vão mais ao encontro das possibilidades de prosseguimento de estudos dos nossos alunos, atualmente a frequentar o ensino profissional. Assim se criou, em alguns deles, a vontade de modificarem a sua postura perante as tarefas escolares, no sentido de poderem realizar um sonho que vai para além do 12º ano. A visita ao Museu de José Malhoa teve por intenção divulgar e sensibilizar os alunos para a frequência de espaços de arte, completan-do desta forma os saberes desenvolvidos na sala de aula, através da análise e observação de obras de arte.

O Museu José Malhoa mostra o maior nú-cleo de obras do seu patrono e uma impor-tante coleção de pintura e de escultura dos séculos xIx e xx, revelando-se, a quem o visi-ta, como o museu do naturalismo português. Completam as coleções uma Secção de Cerâmica das Caldas (articulada em torno da importância de que se revestiu a atuação de Rafael Bordalo Pinheiro para a faiança local), o núcleo de Escultura ao Ar Livre e uma Biblioteca de Arte com um acervo de mais de 5.000 peças.

O dia correu muito bem e foi bastante enriquecedor, apesar da chuva e do frio que também se fizeram sentir. Professores do 5º Grupo - artes visuais

VISITA DE ESTUDO ÀS CALDAS DA RAINHA

EsAD e museu malhoa entusiasmam alunos de artesÀ semelhança de anos anteriores, no passado dia 29 de maio, alunos do secundário de artes Visuais, Profissional de design gráfico e Profissional de multimédia visitaram as Caldas da rai-nha, na companhia de sete professores do 5º grupo.

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oLEITURAS

FILMESVoando Sobre um Ninho de Cucosou uma reflexão em torno da loucura

Muito pode ser dito acerca de Voando Sobre um Ninho de Cucos e outros filmes de qualidade ímpar, mas afirmar que este talvez seja um dos trabalhos mais geniais alguma vez contemplados no grande ecrã será, pro-vavelmente, um bom começo. Vencedor de cinco óscares da Academia, o filme, realizado por Milos Forman, numa adaptação do romance de 1962 do americano Ken Kesey, conta a história de R. P. McMurphy (interpretado por Jack Nicholson), um inteligente criminoso que alega insanidade mental de modo a evitar a prisão e que é, conse-quentemente, transferido para o hospital estatal juntamente com os verdadeiros “loucos”. Irreverente, rebelde, conflituoso e sempre provocador, McMurphy rapidamente consegue destabilizar os pacientes que lá se encontram, perturbando o pacato ambiente local e alteran-do a restrita rotina imposta pela vilã da história, a enfermeira Ratched (Louise Fletcher).

Os constantes conflitos e lutas de poder entre McMurphy e a enfermeira Ratched, por razões tão banais e simples como ver um jogo de basebol na televisão, indiciam um confronto que irá afetar não só os seus futuros, mas tam-bém o de todos os doentes internados num hospital em que quem não é doido passa a sê-lo e, inevitavelmente, acaba sem autonomia e digno de descrédito. Tudo isto culmina num final simplesmente implacável, mas delicioso e memorável, que deixa o espetador imerso nas emoções que foram sendo despertadas ao longo do filme.

Voando Sobre um Ninho de Cucos é, de-veras, uma obra espetacular, pois convida a uma reflexão profunda sobre temas sensíveis e controversos como a individualidade, o livre arbítrio, a saúde mental e o conformismo, para além de constituir uma crítica ao funciona-mento dos hospitais psiquiátricos até meados da década de 70, em que os pacientes destas instituições eram frequentemente vítimas de injustiças pela sociedade, mal entendidos e submetidos a tratamentos cruéis que visavam “curá-los”. Trata-se, portanto, dum clássico im-perdível que ninguém deveria perder ou es-quecer. Júlio Brito, 12 A5D

A fonte das mulheresou o papel da mulher numa sociedade

Há filmes que retra-tam de uma forma tão exímia e magistral a rea-lidade que envolve o ser humano que deveriam ser coroados. O filme La Source Des Femmes (A Fonte das Mulheres), de Radu Mihaileanu, é um desses exemplos, não só por versar várias temáticas de índole sociocultural, mas também pela maneira como as desnuda. O filme retrata a dolorosa rotina das mulhe-res numa aldeia islâmica, situada entre as monta-nhas, algures entre o Norte de África e o Médio Oriente - entre outras tarefas, são elas quem têm de ir buscar água ao cimo de uma montanha, por um caminho longo e difícil. Entretanto, uma jovem mulher (Leila) inconfor-mada com as injustiças resultantes do machismo que vigora na aldeia, inicia um movimento de revolta através de uma greve, a greve do amor. Desta forma, Leila incita as outras mulheres a recusarem a cumplicidade sexual com os seus maridos de maneira a lutar não só contra a sub-

missão da mulher face às tradições e costumes muçulmanos, mas também contra a ociosidade do homem. Deste modo, com um toque de mestria, o filme lança um olhar crítico sobre vários aspetos. Em primeira instância, o extremismo muçul-mano e a ascensão do fundamentalismo religio-so representado pelas interpretações do Alcorão de acordo com a conveniência dos homens. Em segunda instância, o trabalho escravo da mulher e a privação do acesso da mulher à educação. Em terceira instância, os casamentos por conve-niência, onde as mulheres são obrigadas a casar com um homem pelo qual não nutrem nenhum sentimento. Por fim, a violência doméstica sobre as mulheres. Assim sendo, o filme instiga o espetador a refletir sobre aquelas questões. Poderá o relati-vismo moral (os valores morais ou éticos são re-lativos a cada cultura) justificar as inúmeras atro-cidades que muitas mulheres sofrem ainda hoje em dia? Ou haverá um limite entre tolerância de culturas e a ética e a moral? Em suma, A fonte da Mulheres pauta-se, sem dúvida, pela bravura, inteligência e excecionali-dade do caráter feminino para se insurgir contra a sua subordinação no mundo. João Soares 12º A5D

The Truman Show ou um olhar sobre os órgãos de comunicação

Peter Weir é um nome relativamente estra-nho para a maioria dos aficionados do mundo cinemático: Contudo, em The Truman Show reside a sua obra-prima, materializada numa per-sonagem algo peculiar: Truman Burbank. Jim Carrey interpreta-o feno-menalmente, naquele que é o papel mais im-portante na sua magnífica carreira. A capacida-de de Carrey aliar a sua persona cómico-maníaca a detalhes que requerem mais seriedade à que está acostumado é perfeita para o filme. Truman vive num mundo que é controlado pelo mundo dos meios de comunicação. As suas acções são incessantemente manipuladas por alguém que o quer ver refletir, até ao dia

em que começa a ver certos acontecimentos que não se equiparam às suas noções pré-con-cebidas de como a vida deveria realmente ser. O filme levanta algumas questões interes-santes: até que ponto as nossas experiências, como seres humanos, são reais? Por outro lado, também abrange algumas temáticas re-ligiosas, como a suposta existência de um ser omnipotente. No entanto, o principal propul-sor desta obra-prima está assente nas implica-ções que os media trazem ao nosso mundo. A vida de Truman inspira audiências por todo o mundo, isto é, as suas vidas são praticamente controladas pela dele. Assim, o poder e a he-gemonia dos reality shows estão perfeitamen-te representados, sendo que o paralelismo en-tre a vida real e os elementos falsos se baseia numa linha que pode facilmente ser apagada. The Truman Show é uma hilariante sátira, mas as ideias subjacentes fizeram deste filme mais do que outra comédia. É imperativo que o casual espetador o veja, caso contrário seria uma perda sem precedentes. Pedro Ferreira, 12º A5D

Amigos improváveisuma visão diferente sobre a aparente diferença

Amigos improváveis relata a história de Philippe, um rico aris-tocrata francês de meia idade que, após um aci-dente de parapente, fi-cou tetraplégico, neces-sitando assim de auxílio vinte e quatro horas por dia. Por isso, decide contratar alguém que o apoie nas suas rotinas diárias. É então que conhece Driss, um jovem senegalês de um bairro problemático, recém saído da prisão. Contra todas as expectati-vas, Driss é escolhido apesar de, segundo as aparências, ser alguém completamente ina-dequado ao cargo. Mas quase de imediato se estabelece uma forte ligação entre ambos. A partir deste momento, todo o filme avança na relação e no cruzamento de dois mundos completamente opostos - enquan-to Driss se envolve num mundo de riqueza, cultura, boas maneiras e educação, Philipe deixa-se levar pela irreverência, impulsividade e loucura do jovem Driss, fazendo com que se esqueça da incapacidade que o limita. Assim, com o passar dos dias, aqueles dois homens, com vidas tão distintas, vão encon-trar coisas em comum que ninguém julgaria

possíveis, nascendo entre eles uma amizade que, apesar de improvável, se tornará mais profunda a cada dia. Este filme mostra assim dois estereótipos da nossa sociedade, dois seres pertencentes a classes muito diferentes que desenvolveram uma relação capaz de ultrapassar qualquer barreira, em que cada uma das partes deu a conhecer o melhor dos seus mundos à outra. Vemos assim que, por vezes, o que se con-sidera desajustado, o que aparentemente não apresenta benefícios para uma melhor qua-lidade de vida (e que, ao contrário disso, cria problemas e dificuldades aos olhos dos outros), poderá ir muito além das expectativas com um voto de confiança. Foi o caso de Driss que, incentivado pela bondade e generosidade de Philippe, viu a sua vida mudar, até pela partilha de experiências únicas e revitalizantes. Podemos concluir, na verdade, que classes sociais, condições financeiras, origens e cultu-ras são meros pormenores numa amizade, tal como na amizade de Philippe e Driss. Este filme, baseado em factos reais, mos-tra que nem sempre nos conhecemos tão bem como julgamos. E realça que os ideais por nós definidos podem não ser os mais ajustados, pelo que precisamos de alguém que nos mostre como realmente somos e que nos leve a fazer coisas que não esperaríamos fazer, dando assim um novo sentido à nossa vida. José Miguel, 12º A5D

Dentro do Segredo é a primeira incursão do escritor num género diferente do romance, o dos livros de viagens, que se aproximam mais do jornalismo que da literatura. A Coreia do Norte é a ditadura mais repressi-va do mundo, um país totalmente isolado, a so-ciedade mais fechada do mundo. Mas, em 2012, José Luís Peixoto participou na viagem mais lon-ga que o governo norte coreano autorizou nos últimos anos, tendo passado por todos os pontos simbólicos do país e do regime, mas também por algumas cidades e lugares que não recebiam visi-tantes estrangeiros há mais de sessenta anos. A viagem teve dezenas de pormenores saborosos, alguns dos quais relatados pelo escritor. Por exemplo, teve de entregar o tele-móvel à entrada, e só lhe foi devolvido à saída. A única forma de se comunicar com o exterior à sua disposição era o telefone fixo do hotel de Pyongyang, em chamadas que custavam 6 euros ao minuto, co-meçando a contar o tempo a partir do momento em que começava a chamar. “Se não estivesse ninguém, tinha de pagar os seis euros à mesma”, disse. Um livro que nos permite conhecer melhor alguns dos segredos de um país que fascina, precisamente por ser ainda tão des-conhecido. Professor João Sousa

Com todos os ingredientes de um western à boa moda antiga, Os irmãos Sisters transpor-ta-nos até 1850, apresentando ao leitor ele-mentos históricos caracte-rísticos dos filmes do velho oeste: pistoleiros, saloons, caçadores de ouro, índios, bandidos e duelos. Os irmãos são Eli e Charlie, assassinos profis-sionais. No entanto, a sua vida muda completamen-te quando ambos são contratados para elimi-narem alguém que descobriu uma fórmula para encontrar pepitas de ouro nos rios da Califórnia. De facto, estamos em plena época da corrida ao metal precioso. Patrick DeWitt, através de uma linguagem simples e direta, conta-nos uma história di-vertida, mas também nos apresenta uma re-flexão sobre a precariedade da vida, sobre a condição humana. Professor João Sousa

Com um título que deixa em aberto uma certa linha de suspeição, este romance de Edney Silvestre é capaz de agarrar desde as primeiras linhas até ao último parágrafo. A leitura, verdadeiramente cativante, transporta--nos até ao início da segunda metade do século pas-sado, no espaço de uma pequena cidade do interior do Brasil. Na senda do romance policial, a ação começa quando dois rapazes encontram, junto a um lago onde habitualmente se banhavam, o corpo de uma mulher brutalmente assassinada. Os dois amigos, nos seus sonhos de infância, planeando ser astronautas ou engenheiros ou até cientistas, acabam por, de forma ingénua, iniciar a investigação do crime que quase presenciaram. O auxílio que o velho senhor Uribatan lhes presta serve, também, para consolidar o crescimento destes jovens que caminham a passos rápidos para o final da sua meninice e mergulham no universo complexo e pertur-bante de uma adolescência que ainda não compreendem. Os diálogos, plenos de significação e até humor, conferem a esta obra uma fina leveza que proporcionará, seguramente, momentos de agradável e “viciante” leitura. Professor Luís Filipe Ferreira

sE EU FECHAR os oLHos AGoRAde Edney SilvestrePlaneta 262 páginas

os iRmÃos sistERs de Patrick DewittEditora Alfaguara Portugal, 380 páginas

DEntRo Do sEGREDo de José Luís PeixotoEditora Quetzal, 304 páginas

“Não se tem uma biblioteca para arrumar os livros, mas para guardar aqueles que é preciso ler”. Umberto Eco

“Num filme, o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação.” Chaplin , Charles

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Na primeira fase do concurso, realizada nas várias escolas, foram apuradas, no Colé-gio, três alunas do ensino secundário e três do ensino básico. Do ensino secundário, apenas a Catarina Pimenta compareceu em Espinho, visto que os outras apuradas participaram noutros eventos que tiveram lugar no mesmo dia.

Das três alunas do ensino básico – a Isabel Ferreira, a Inês Miranda e a Bárbara Barbosa - as duas primeiras fizeram parte dos cinco finalistas dum grupo de centena e meia de participantes, oriundos das várias escolas do distrito de Aveiro. O concelho de Santa Maria da Feira des-tacou-se claramente ao colocar três alunas

na final, entre as quais as nossas duas alunas do ensino básico e uma aluna do ensino se-cundário da Escola Secundária da Feira. A Inês e a Isabel estão de parabéns, tal como os outros participantes que, apesar de não terem vencido na final, demonstra-ram o seu empenho e capacidade competi-tiva. Biblioteca do Colégio

Historial do ColégioCom a Telescola começouO projeto que tanto estimamos,O Colégio Liceal não parouDe melhorar, ao longo dos anos

O seu diretor - Dr. VieiraTinha em mente a afirmaçãoDa educação para todosNum concelho com pouca instrução

Nos anos sessenta, foi criadoO Externato LicealAs aulas na Casa do Povo ali ao ladoNão corriam nada mal

No edifício do museuAs salas de aula cresciamLado a lado com a cortiçaOs estudantes aprendiam

Quando à noite havia aulasOutros alunos vinham à escolaEram cerca de novecentosOs estudantes de sacola

Nos anos oitenta alterou-seA dita designaçãoDe Externato para ColégioLiceal, de tradição

E o Colégio aumentouEm alunos, professores, edifícios e equipamentosSeus ideais afirmou“Semper Ascendens” em todos os momentos

É ainda nos anos noventaCom a Dra. Joana a liderarQue novos desafios enfrentaNuma escola sempre a caminhar

No ano dois mil, a qualidadeEstá na base da criaçãoDe um projeto arrojadoDe alma, e de coração

Internet, Laboratórios, Centro de cópias, PapelariaSão criados com razãoOs professores e alunosAgradecem a intenção

Um complexo desportivo com piscinaCompletam esta instituiçãoAuditórios e CantinaPara manter a mente e corpo são

Cursos gerais e profissionaisSaberes tradicionais e inovaçãoPois o saber nunca é demaisÉ lema desta instituição

Hoje em dia o Colégio Novos desafios enfrentaContinuar a captar alunosMantendo a qualidade e a excelência

No dia 5 de MaioCumpre-se uma vez mais a tradiçãoParabéns Dr. VieiraPelo aniversário e serviço à Educação

José Eduardo Pascoal

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

Uma brilhante participaçãoComo vem sendo hábito, a biblioteca do Colégio divulgou o projeto e motivou os alunos para participarem no Concurso nacional de leitura, cuja fase distrital decorreu no passado dia 24 de abril, na biblioteca municipal de espinho.

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ou as várias faces de Fernando Pessoa

ao longo do mês de abril, o seiva trupe le-vou a cena a peça intitulada Pessoas. Não tendo o Seiva Trupe mostrado dis-ponibilidade para se deslocar ao Colégio, a equipa da biblioteca divulgou o evento e

acompanhou, já no Teatro do Campo Alegre, os alunos que se mostraram interessados em revisitar a obra de Fernando Pessoa, através do diálogo entre ortónimo e heterónimos. No final da peça, foi evidente a satis-

fação com que os discentes se referiram à representação dramática, que consideraram ter sido um importante contributo para a compreensão do mundo pessoano. A Equi-pa da Biblioteca

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oDESPORTO ESCOLAR

Um balanço (muito) positivono final do ano letivo fechamos um ciclo vitorioso de quatro anos. milhares de alunos pas-saram pela experiência do confronto desportivo saudável com outras instituições escolares.

Na memória dos atletas ficarão regista-dos, para sempre, momentos únicos e peri-pécias inesquecíveis. O nosso clube, uma vez mais, não teve ri-val à altura durante estes anos, em quase to-das as modalidades, nas fases da coordena-ção local do desporto escolar de Entre Douro e Vouga. Conseguimos metas de sucesso que se estenderam até às fases regionais e nacionais - percorremos o norte, o centro e o sul do país na procura de troféus, mas tam-bém de convívio, conhecimento e cultura. Fomos um clube de extrema simpatia na vitória e na derrota, respeitamos sempre os nossos adversários, fomos e seremos tam-bém uma referência positiva porque honra-mos sempre os nossos compromissos. Estivemos, este ano, com o mesmo rigor de tantos outros. Conhecemos novos cole-gas, fizemos amigos, discutimos culturas e, mais importante que tudo, vencemos e so-mos reconhecidos como uma escola de re-ferência no desporto escolar. Mas também

soubemos reconhecer o valor da vitória dos nossos adversários , aplaudindo-os. No dia 14 de junho fechamos as ativida-des do clube do Desporto Escolar e fecha-mos também um ciclo quadrianual de su-cessos, mas sempre na expectativa de que um novo se iniciará com novas ideias, novos compromissos e, certamente, novos êxitos. Para todos os que se atravessaram no nosso percurso - alunos, pais, encarrega-dos de educação, empregados, professores, (sem esquecer os nossos adversários), deixa-mos um sentido agradecimento. A simpática disponibilidade de alguns co-legas contribuiu para a dinâmica logística de alguns dos eventos. No caso da modalidade de badminton, conseguimos realizar um tor-neio paralelo ao oficial, envolvendo alunos que, de outra forma, não competiriam este ano letivo. Nas danças, a colaboração de um deles foi fundamental na rapidez e eficiência de apresentação das classificações finais. O

Clube do Desporto Escolar lança o desafio para que, no futuro, colegas de outros grupos disciplinares se juntem a nós, iluminados pelo espírito de cooperação interdisciplinar. À senhora diretora pedagógica, Dra. Jo-ana Vieira, presidente do Clube do Desporto Escolar do Colégio de Lamas, dedicamos to-dos os nossos êxitos e agradecemos a forma como brilhantemente foi gerindo os recursos disponíveis, para dar continuidade ao projeto. Contamos com todos na cerimónia de encerramento que se realizará no dia 21 de junho, pelas 21 horas, no pavilhão gimno-desportivo do Colégio. O sarau final será abrilhantado pelos grupos de atividades rít-micas e expressivas do Colégio - dança mo-derna e urbana - e ainda pelas habitualmen-te convidadas escolas do Cerco do Porto e Secundária Almeida Garrett, de Vila Nova de Gaia, que se fazem representar com os respetivos núcleos de ginástica acrobática. Professor Jacinto Santos, coordenador do clube do desporto escolar

algumas ClassiFiCações Finais

mega sprinter Guilherme Prata apurado para fase regional

corta-mato 3 terceiros lugar para equipa de femininos na fase local

tag-rugby participou na fase nacional

basquetebol finalista vencido no apuramento para o regional

voleibol 2º lugar na fase CLDE

badminton 1º lugar por equipas e individual na fase CLDE

danças modernas 7º lugar no regional

danças urbanas 5º lugar no regional

ténis 2º lugar na fase CLDE

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11 DE MAIO, DIA DO COLÉGIO

Atividades diversificadas assinalam a data e mostram a dinâmica de uma escola viva e ativa