consulta pÚblica para formulaÇÃo de...

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

1 Avenida Osvaldo Aranha, n° 1105 – Cidade Alta – Bento Gonçalves/RS – 95.700-324– Fone: (54) 3055.7439.

Site: www.bentogoncalves.rs.gov.br – e-mail: licitaçã[email protected]

CONSULTA PÚBLICA

PARA FORMULAÇÃO DE EDITAL PARA CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP),

NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA,

PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA

AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES-RS.

Guilherme Rech Pasin, Prefeito Municipal de Bento Gonçalves-RS, usando das atribuições que lhe são

conferidas por Lei, torna pública a realização de Consulta Pública para elaboração de Edital de Licitação na

modalidade Concorrência Pública com a finalidade de CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP),

NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO,

OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE

TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES.

A consulta pública tem a finalidade de coletar sugestões da sociedade para a construção do Edital de

licitação, e fica disponível entre XX/2018 e XX/2018. Sugestões e questionamentos poderão ser enviados via

Protocolo Geral da Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, em sua sede administrativa, situada na Rua 10 de

Novembro, nº 190, ou ainda através do e-mail [email protected],

[email protected].

mailto:[email protected]

[email protected]





SUMÁRIO

1. AVISO DE LICITAÇÃO 2. PREÂMBULO 3. JUSTIFICATIVA CAPITULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS 4. DAS DEFINIÇÕES 5. DOS DOCUMENTOS INTEGRANTES DO EDITAL 6. DO OBJETO DA LICITAÇÃO 7. DO TIPO DE LICITAÇÃO E JULGAMENTO 8. DO PRAZO E DO VALOR DO CONTRATO 9. DAS CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO 10. DOS CONSÓRCIOS 11. DOS ESCLARECIMENTOS À LICITAÇÃO E DAS IMPUGNAÇÕES AO EDITAL 12. DAS DILIGÊNCIAS, ESCLARECIMENTOS COMPLEMENTARES E SANEAMENTO DE FALHAS 13. DA REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO CAPITULO II – DA HABILITAÇÃO DOS PROPONENTES E DAS PROPOSTAS E HABILITAÇÃO 14. CREDENCIAMENTO 15. DO PROCEDIMENTO DA FORMA DE APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS E DOS DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO 16. DA GARANTIA DE PROPOSTA PRESTADA PELO PARCEIRO PRIVADO (ENVELOPE I) 17. DOS DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO (ENVELOPE II) 18. DA PROPOSTA TÉCNICA (ENVELOPE III)

19. DA PROPOSTA COMERCIAL (ENVELOPE IV)

20. PLANO DE NEGÓCIOS E VISITA AO LOCAL

21. MECANISMO DE AFERIÇÃO E PAGAMENTO DA CONTRAPRESTAÇÃO PÚBLICA 22. CONTRAPRESTAÇÃO PÚBLICA 23. GARANTIA DE PAGAMENTO DA CONTRAPRESTAÇÃO PÚBLICA CAPITULO III – DO JULGAMENTO DAS PROPOSTAS 24. DOS PROCEDIMENTOS DE JULGAMENTO 25. DA ABERTURA DO ENVELOPE 3 E DO JULGAMENTO DA PROPOSTA TÉCNICA 26. DA ABERTURA DO ENVELOPE 4 E DO JULGAMENTO DA PROPOSTA ECONÔMICA 27. DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS 28. DA ADJUDICAÇÃO E DA HOMOLOGAÇÃO 29. DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 30. DA FRAUDE E CORRUPÇÃO





CAPITULO IV – DOS PROCEDIMENTOS DA CONTRATAÇÃO ADMINISTRATIVA 31. HOMOLOGAÇÃO, ADJUDICAÇÃO E ASSINATURA DO CONTRATO 32. DA SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO – SPE 33. DO CONTRATO 34. DA CONCESSIONÁRIA 35. DA GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO 36. DA FISCALIZAÇÃO DA CONCESSÃO 37. DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES 38. COMPARTILHAMENTO DE GANHOS ECONÔMICOS 39. SEGUROS 40. SANÇÕES E PENALIDADES 41. INTERVENÇÃO E EXTINÇÃO DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA 42. PENALIDADES POR INEXECUÇÃO 43. REVERSÃO DOS BENS 44. DISPOSIÇÕES FINAIS 45. RESSARCIMENTO DOS CUSTOS DOS ESTUDOS DE VIABILIDADE E PROJETO BÁSICO





1. AVISO DE LICITAÇÃO

CONCORRÊNCIA Nº XX/2018

O Município de Bento Gonçalves torna público que a Comissão Municipal de Licitações reunir-se-á no

dia XX de XXXXXXXX de 2018, às XXhXXm, no Auditório da Secretaria Municipal de Finanças, sito na Av.

Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS, PARA A

CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA,

PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA

AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES.

Cópia do Edital encontra-se publicado no Diário Oficial Eletrônico do Município de Bento Gonçalves - D.O.E., em jornais de grande circulação e nos sites www.bentogoncalves.rs.gov.br, http://ppps.bentogoncalves.rs.gov.br, e informações pelos telefones acima, no horário das 09h às 16h.

Ressalva-se que todas as publicações posteriores, relativas ao presente certame, serão feitas no D.O.E. e nos sites www.bentogoncalves.rs.gov.br, http://ppps.bentogoncalves.rs.gov.br

A Licitação foi precedida de Audiência Pública, nos termos do artigo 39, da Lei Federal n.º 8.666/93, tendo sido realizada no dia XX/XX/2018 e devidamente divulgada no D.O.E. de XX/XX/2018, bem como no sítio eletrônico, www.bentogoncalves.rs.gov.br, http://ppps.bentogonçalves.rs.gov.br.

Em atenção aos termos do artigo 10, inciso VI, da Lei Federal n.º 11.079, de 30 de dezembro de 2004, a Licitação foi precedida de Consulta Pública iniciada no dia XX/XX/2018 e encerrada no dia XX/XX/2018, com chamada publicada na página XX do D.O.E. de XX/XX/2018, bem como no sítio eletrônico www.bentogoncalves.rs.gov.br, http://ppps.bentogonçalves.rs.gov.br.

O certame e a outorga da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA foram devidamente aprovados pelo Comitê Gestor das Parcerias Publico Privadas do Município de Bento Gonçalves, em conformidade com as legislações aplicáveis.

Após a obtenção do EDITAL, os interessados em participar da Licitação deverão solicitar à COMISSÃO

ESPECIAL DE LICITAÇÃO, informações, impugnações, alterações, respostas e demais comunicações sobre esta licitação:

____________________________________ Nestor Stefani

http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/

http://ppps.bentogoncalves.rs.gov.br/




http://ppps.bentogonçalves.rs.gov.br/







Coordenador de Compras, Licitações e Patrimônio

2. PREÂMBULO

EDITAL DE LICITAÇÃO

CONCORRÊNCIA Nº XXXX/2018 PROCESSO ADMINISTRATIVO: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX EDITAL DE CONCORRÊNCIA N°: XXXX/2018 MODALIDADE: CONCORRÊNCIA TIPO: MELHOR TÉCNICA E MENOR VALOR DA CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA MENSAL A SER PAGA PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OBJETO: CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES PRAZO DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA: 35 ANOS

O Município de Bento Gonçalves, por meio da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico - SMDE, torna público que fará realizar a Licitação acima identificada, sob a modalidade de concorrência, para a seleção de proposta mais vantajosa e contratação de Concessão Administrativa para a contratação de Parceria Público-Privado (PPP), na modalidade de concessão administrativa, para a modernização, gestão, manutenção, otimização e geração de energia ambientalmente sustentável através do processo de tratamento dos resíduos sólidos urbanos no município de Bento Gonçalves, com fundamento no art. 10 da Lei Federal nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, o art. 31 da Lei Federal nº 9.074, de 7 de julho de 1995, o art. 14 da Lei Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho 1993, Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto 2010, Lei Federal 11.445, 05 de janeiro 2007, Lei Municipal nº 6.286, de 25 de setembro de 2017, Decreto Municipal nº 9.659, de 23 de novembro de 2017 e alterações, e demais disposições legais e regulamentares aplicáveis à espécie e nos termos e condições estabelecidas neste Edital de concorrência pública.

As referências às normas aplicáveis no Brasil e às aplicáveis especialmente a este Edital deverão também ser compreendidas como referências à legislação que as modifiquem ou substituam.

Será adotado, para fins de julgamento, o critério de melhor técnica e preço.





Os documentos de Credenciamento e Garantia de Proposta, Habilitação, Proposta técnica e Proposta Comercial deverão ser entregues entre as 09h e 16h, do dia XX/XX/2018, no Auditório da Secretaria Municipal de Finanças, sito na Av. Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS.

A sessão de abertura dos envelopes ocorrerá no dia XX/XX/2018 às XXh, no Auditório da Secretaria

Municipal de Finanças, sito na Av. Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS, observadas as condições do Edital.

A Licitação foi precedida de Audiência Pública, nos termos do artigo 39, da Lei Federal n.º 8.666/93, tendo sido realizada no dia XX/XX/2018 e devidamente divulgada no D.O.E. de XX/XX/2018, bem como no sítio eletrônico, www.bentogoncalves.rs.gov.br, http://ppps.bentogonçalves.rs.gov.br.

Em atenção aos termos do artigo 10, inciso VI, da Lei Federal n.º 11.079, de 30 de dezembro de 2004, a

Licitação foi precedida de Consulta Pública iniciada no dia XX/XX/2018 e encerrada no dia XX/XX/2018, com chamada publicada na página XX do D.O.E. de XX/XX/2018, bem como no sítio eletrônico www.bentogoncalves.rs.gov.br, http://ppps.bentogonçalves.rs.gov.br.

O aviso sobre este Edital foi publicado no Diário Oficial da Cidade de Bento Gonçalves e em outros

jornais de grande circulação na data de XX/XX/2018, bem como no www.bentogoncalves.rs.gov.br, http://ppps.bentogonçalves.rs.gov.br

Eventuais alterações posteriores sobre este instrumento convocatório serão divulgadas no Diário Oficial da Cidade de Bento Gonçalves e no sítio eletrônico, www.bentogoncalves.rs.gov.br, http://ppps.bentogonçalves.rs.gov.br.













EDITAL DE CONCORRÊNCIA Nº XXX/2018, DO TIPO TÉCNICA E PREÇO, PARA A CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO,

GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES

O Município de Bento Gonçalves, representado neste ato pela SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO, comunica aos interessados que está procedendo EDITAL DE CONCORRÊNCIA PÚBLICA a partir de XX de XXXX de 2018, no Setor de Licitações deste Município, sito na Avenida Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, neste Município, PARA A CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES, incluindo a realização de investimentos, aquisição de bens móveis, ativos permanentes, operação logística, apoio na força de reciclagem e assessoria, com fundamento no art. 10 da Lei Federal nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, o art. 31 da Lei Federal nº 9.074, de 7 de julho de 1995, o art. 14 da Lei Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho 1993, Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto 2010, Lei Federal 11.445, 05 de janeiro 2007, Lei Municipal nº 6.286, de 25 de setembro de 2017, Decreto Municipal nº 9.659, de 23 de novembro de 2017 e alterações, e demais disposições legais e regulamentares aplicáveis à espécie e nos termos e condições estabelecidas neste Edital de concorrência pública.

3 - JUSTIFICATIVA

Os Resíduos Sólidos Urbanos, mais conhecidos como lixo urbano, representam um dos grandes

desafios do Poder Público Local, principalmente pelo esgotamento da capacidade dos aterros existentes ou contratados para este fim.

Soluções definitivas e não paliativas para o tratamento e destinação final dos resíduos urbanos exigem a utilização de modernas tecnologias que atendam às exigências das leis de proteção ambiental e promovam a separação de materiais na origem, para possibilitar a coleta seletiva e a reciclagem de materiais.

Conceituar e implantar um Sistema Integrado de Tratamento e Destinação Final de Resíduos Urbanos é uma imperiosa necessidade que desafia as administrações Públicas de todo o Brasil; são necessários vultosos investimentos, implantações de complexas plantas industriais, utilização de tecnologias que viabilizem um projeto que, antes de tudo, deve atender uma necessidade ecológica e social.

Uma das soluções a esse problema de destinação, é a conversão de resíduos sólidos urbanos em energia que é considerada a solução em todo mundo desenvolvido como sendo uma opção ambientalmente sustentável, pois trata-se de uma fonte de energia “limpa, confiável e renovável” gerando energia com menor impacto ambiental do que a maioria das outras fontes energéticas.





Esse processo de aproveitamento energético não elimina a reciclagem de materiais, que é a primeira e mais importante etapa, mas introduz uma solução adequada para o restante dos resíduos que por alguma razão não foram separados previamente.

A nova Lei Federal 12.305, de agosto de 2010 – institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, as responsabilidades dos geradores e do Poder Público e os instrumentos econômicos aplicáveis.

Estão sujeitas à observância desta Lei, as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.

Entre outras diretrizes, cabe aos Estados promover a integração da organização, do planejamento, e da execução das funções públicas de interesse comum relacionadas à gestão dos resíduos sólidos nas regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões.

A legislação prevê, também, que Estados e Municípios deverão elaborar um Plano de Resíduos Sólidos para terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados, destinados aos empreendimentos e serviços relacionados à gestão de resíduos sólidos.

Por fim, a Lei estabelece que Consórcios públicos constituídos tenham prioridade na obtenção dos incentivos instituídos pelo Governo Federal nesta área.

Restou, entretanto, uma solução eficaz para a destinação do resíduo domiciliar não reciclado, que não utilizasse Aterros Sanitários, nem a simples combustão direta do lixo (sempre emissora de gases tóxicos) e sim um processo industrializado de processamento deste resíduo, transformando-o em energia limpa.

Para viabilizar um projeto dessa magnitude o mecanismo escolhido pelo CONTRATANTE foi o instituto da parceria Público-Privada, pelo mecanismo da Concessão Administrativa, regulamentada em lei específica. Este mecanismo possibilita ao Poder Público através da contraprestação pelo serviço prestado a ela, a delegação da industrialização do resíduo que será transformado em energia, assegurando eficiência técnica e a melhoria dos padrões de qualidade.

Assim, diante desses fatos, entende o CONTRATANTE que é plenamente justificável a adoção do Contrato Administrativo de Parceria Público-Privada – PPP, na modalidade Administrativa para a solução da destinação final dos resíduos urbanos (não reciclados), permanecendo na função de usuária direta e fiscalizadora da prestação e serviço.

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS

4. DAS DEFINIÇÕES





4.1.1 - Para fins deste EDITAL, de seus ANEXOS ou de qualquer outro documento que deva ser fornecido, os termos listados a seguir, quando empregados, no singular ou no plural, em letras maiúsculas, terão os significados neste item, salvo se do contexto resultar sentido claramente diverso. ADJUDICAÇÃO: ato pelo qual a autoridade competente do PODER CONCEDENTE conferirá ao LICITANTE vencedor o OBJETO a ser contratado; ADJUDICATÁRIO: LICITANTE ao qual seja adjudicado o OBJETO da LICITAÇÃO; AGENTE DE GARANTIA: instituição financeira a ser contratada pela CONCESSIONÁRIA/ para a prestação de serviços de custódia, gerência e administração dos ativos relacionados à GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELO PODER CONCEDENTE; ANEXOS: os documentos que integram o presente EDITAL, inclusive o próprio CONTRATO; ATERRO SANITÁRIO: Também conhecido como “Aterro Classe II”, destina-se à disposição de resíduo classe II – não perigoso, classe II A – não inerte, e também para a disposição de RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS. Em termos estruturais, apresentam sistema de impermeabilização com argila e Geomembrana de Polietileno de Alta Densidade – PEAD, sistema de drenagem e tratamento de efluentes líquidos e gasosos e completo programa de monitoramento ambiental; BANCO: instituição bancária na qual o PODER CONCEDENTE abrirá e manterá CONTA VINCULADA; BENS REVERSÍVEIS: são aqueles imprescindíveis à execução da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA adquiridos pela CONCESSIONÁRIA ao longo de todo o prazo deste CONTRATO, os quais reverterão em favor do PODER CONCEDENTE após a extinção da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA; BENS VINCULADOS À CONCESSÃO: são os bens, integrantes ou não do patrimônio da CONCESSIONÁRIA, necessários à implantação adequada e contínua do OBJETO contratado; BIOGÁS: subproduto da decomposição anaeróbia da matéria orgânica formado por uma mistura gasosa composta por gás metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), nitrogênio (N2), oxigênio (O2), hidrogênio (H2) e gás sulfídrico (H2S); CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (CTRSU): Toda e qualquer infraestrutura a ser construída e utilizada pela CONCESSIONÁRIA, destinada ao correto TRATAMENTO e DISPOSIÇÃO FINAL dos RSU, rejeitos e materiais classificados como Classe II a ela enviados, conforme PROJETO BÁSICO aprovado pelo PODER CONCEDENTE e legislação pertinente; COEFICIENTE AMBIENTAL (CA): termo que evidencia a disposição da CONCESSIONÁRIA a aterrar menor quantidade de RSU provendo soluções ambientalmente adequadas para a destinação final dos RSU; COLETA SELETIVA: Coleta diferenciada de RSU previamente segregados nas fontes geradoras;





COMISSÃO DE LICITAÇÃO: comissão criada para receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos à LICITAÇÃO; CONCESSÃO ADMINISTRATIVA: concessão na modalidade administrativa para a realização do OBJETO, outorgada à CONCESSIONÁRIA pelo PRAZO previsto no CONTRATO, conforme previsto no art. 2º, §2º, da Lei Federal nº 11.079/2004; CONCESSIONÁRIA: SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO, constituída de acordo e sob as leis brasileiras, com o fim exclusivo de execução do OBJETO do CONTRATO; CONSÓRCIO: grupo de pessoas jurídicas que se unem objetivando agregar capacitação técnica, econômica e financeira para a participação na LICITAÇÃO; CONTA VINCULADA: é a conta bancária a ser aberta pelo PODER CONCEDENTE junto ao BANCO, para os fins da garantia prevista no CONTRATO; CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA: valor devido pelo PODER CONCEDENTE à CONCESSIONÁRIA, em função da prestação dos serviços descritos neste EDITAL e seus ANEXOS, a ser quitada mensalmente; CONTRATO: é o instrumento jurídico firmado entre as PARTES com o objetivo de regular os termos da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA objeto deste EDITAL; CONTRATO COM AGENTE DE GARANTIA: contrato a ser firmado pela CONCESSIONÁRIA com instituição financeira para a prestação de serviços de custódia, gerência e administração dos ativos relacionados à GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELO PODER CONCEDENTE; CONTRATO DE PENHOR: contrato a ser celebrado entre o PODER CONCEDENTE e a CONCESSIONÁRIA com o objetivo de empenhar bens de propriedade do PODER CONCEDENTE que serão dados em garantia de pagamento da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA; CONTROLADORES: pessoa ou grupos de pessoas vinculadas por acordo de voto ou sob controle comum que possuí poder, direto ou indiretamente, isolado ou conjuntamente, de: (i) exercer, de modo permanente, direitos que lhe assegurem a maioria dos votos nas deliberações sociais e eleger a maioria dos administradores ou gestores de outra pessoa, fundo de investimento ou entidades de previdência complementar, conforme o caso; e/ou (ii) efetivamente dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento de órgãos de outra pessoa, fundo de investimento ou entidade de previdência complementar; CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO: documento integrante do PLANO DE IMPLANTAÇÃO, que define os prazos para execução das OBRAS e demais obrigações da CONCESSIONÁRIA, o qual deverá ser apresentado ao PODER CONCEDENTE para aprovação; DATA DE PUBLICAÇÃO DO CONTRATO NO DOM: data que determina o início da contagem do PRAZO do CONTRATO, sendo que a sua publicação deve ocorrer, imediatamente após a sua assinatura, no Diário Oficial do Município de Bento Gonçalves;





DISPOSIÇÃO FINAL: disposição ambientalmente adequada dos RSU, de acordo com critérios técnicos aprovados no processo de licenciamento ambiental pelo órgão competente; DOCUMENTOS DE CREDENCIAMENTO: conjunto de documentos apresentados pelo LICITANTE de acordo com os termos e condições do presente EDITAL destinados a promover o credenciamento de representante com poderes para representar o LICITANTE perante a COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO; DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO: conjunto de documentos apresentados pelo LICITANTE de acordo com os termos e condições do presente EDITAL, que comprovam sua capacidade para participação nesta LICITAÇÃO; DOM: Diário Oficial do Município de Bento Gonçalves; EDITAL: é o presente instrumento, que contém o conjunto de instruções, regras e condições necessárias à orientação do procedimento administrativo de seleção da CONCESSIONÁRIA apta a receber a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA; EDUCAÇÃO AMBIENTAL: processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir – individual e coletivamente – e resolver problemas ambientais presentes e futuros; ENVELOPE 1: Envelope contendo os DOCUMENTOS DE CREDENCIAMENTO E GARANTIA DE PROPOSTA; ENVELOPE 2: Envelope contendo a PROPOSTA TÉCNICA; ENVELOPE 3: Envelope contendo a PROPOSTA COMERCIAL; ENVELOPE 4: Envelope contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO; EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI): todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde, de acordo com o que se encontra estabelecido na legislação vigente; ESTAÇÕES DE TRANSBORDO (ET): instalações onde se faz a transferência de resíduos sólidos urbanos (RSU) de um VEÍCULO COLETOR para um VEÍCULO TRANSPORTADOR, com maior capacidade de carga e/ou volumétrica. Esta instalação deverá estar equipada com sistema de cobertura, impermeabilização, drenagem e tratamento de efluentes líquidos; FINANCIADOR: toda e qualquer INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, banco de fomento ou agência multilateral de crédito, que conceda FINANCIAMENTO à CONCESSIONÁRIA para a execução do OBJETO do presente EDITAL, ou qualquer agente fiduciário ou representante agindo em nome dos mesmos; FINANCIAMENTO: cada um dos FINANCIAMENTOS, concedidos à CONCESSIONÁRIA, na forma de dívida para FINANCIAMENTO das suas obrigações no âmbito do CONTRATO;





FLUXO DE CAIXA MARGINAL ANUAL: valor financeiro decorrente do evento que gerou a necessidade de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA; GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA: garantia prestada pela CONCESSIONÁRIA em favor do PODER CONCEDENTE, nos termos do contrato, atinente ao integral e pontual cumprimento de todas as obrigações da CONCESSIONÁRIA previstas no CONTRATO; GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELO PODER CONCEDENTE: mecanismo destinado a assegurar a continuidade do fluxo de pagamentos das parcelas remuneratórias devidas à CONCESSIONÁRIA, no âmbito da vigência da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, especificado no CONTRATO; GARANTIA DE PROPOSTA: garantia fornecida por cada LICITANTE para participar da LICITAÇÃO, de modo a assegurar a manutenção da proposta apresentada, em todos os seus termos, respeitado o disposto neste EDITAL; HOMOLOGAÇÃO: ato pelo qual a autoridade competente, após verificar a regularidade dos atos praticados, ratifica o resultado da LICITAÇÃO; INSTITUIÇÃO FINANCEIRA: INSTITUIÇÃO FINANCEIRA devidamente autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou órgão estrangeiro análogo, que tenha patrimônio líquido de, no mínimo, R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais), conforme comprovado por meio da apresentação das últimas demonstrações financeiras disponíveis, devidamente publicadas; LICENCIAMENTO AMBIENTAL: um dos instrumentos de gestão ambiental estabelecido pela Lei Federal, Lei Estaduais e Lei Municipais, observadas suas alterações posteriores, que avalia impactos ambientais dos empreendimentos; LICITAÇÃO: procedimento público conduzido pelo PODER CONCEDENTE para selecionar, dentre as propostas apresentadas, a que melhor atenda ao interesse da Administração Pública, com base nos critérios previstos neste EDITAL; LICITANTE: pessoa jurídica que concorre à LICITAÇÃO, isoladamente ou reunida em CONSÓRCIO; LIXIVIADO: efluente líquido de cor escura e mal cheiroso resultante, principalmente, da decomposição biológica da matéria-orgânica com elevado potencial poluidor, conhecido também por “chorume”; MINUTA DE CONTRATO: minuta do instrumento jurídico que regerá a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, e que se encontra no ANEXO II – MINUTA DO CONTRATO DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, do presente EDITAL; MONTANTE DE RSU EFETIVAMENTE DESTINADO: refere-se à quantidade mensal (em toneladas) de RSU para qual foi dado o devido TRATAMENTO e DISPOSIÇÃO FINAL pela CONCESSIONÁRIA, segundo as normas ambientais vigentes;





MONTANTE DE RSU EFETIVAMENTE ENTREGUE: refere-se à quantidade mensal (em toneladas) de RSU efetivamente entregue à CONCESSIONÁRIA; NOTA COMERCIAL (NC): nota alcançada pelos LICITANTES, tendo em vista os critérios e requisitos constantes na PROPOSTA COMERCIAL; NOTA FINAL: nota aferida com base na análise do VERIFICADOR INDEPENDENTE, caso este seja contratado, consideradas as medições realizadas pela CONCESSIONÁRIA e as discordâncias apontadas pelo PODER CONCEDENTE; NOTA FINAL DA LICITAÇÃO (NFL): somatório das NOTAS COMERCIAL e TÉCNICA, conforme cálculo definido neste EDITAL e ANEXOS, que definirá a classificação dos LICITANTES no julgamento das PROPOSTAS; NOTA TÉCNICA (NT): nota alcançada pelos LICITANTES, tendo em vista os critérios e requisitos constantes na PROPOSTA TÉCNICA; OBJETO: exploração, mediante CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, para CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. OBRA: a construção propriamente dita da(s) CENTRAL (AIS) DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (CTRSU), da(s) ESTAÇÃO (ÕES) DE TRANSBORDO e demais estruturas necessárias à execução do OBJETO; PARCELA REMUNERATÓRIA MENSAL: valor devido mensalmente pelo PODER CONCEDENTE, a partir do início da prestação dos SERVIÇOS DE TRANSBORDO, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE RSU; PARTES: o PODER CONCEDENTE e a CONCESSIONÁRIA; PLANO DE IMPLANTAÇÃO: documento apresentado pela CONCESSIONÁRIA com a descrição das atividades e etapas necessárias à implantação das OBRAS, autorizações e licenças necessárias para a operação do OBJETO dentro dos prazos máximos definidos no CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO; PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA: estudo referencial de viabilidade econômico-financeira do empreendimento descrito no ANEXO IV – PLANO DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA; PODER CONCEDENTE: o Município de Bento Gonçalves; PRAZO: o PRAZO de vigência dos CONTRATOS é de 35 (trinta e cinco anos) anos; PROJEÇÃO DO MONTANTE ANUAL DE RSU ENTREGUE: refere-se ao valor projetado anualmente (em toneladas) de RSU total a ser entregue à CONCESSIONÁRIA;





PROJETO BÁSICO: conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e de adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, que possibilite a avaliação do custo da obra, a definição dos métodos e os prazos de execução, de acordo com as normas pertinentes da ABNT; PROJETO EXECUTIVO: conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços, elaborado com base no PROJETO BÁSICO e nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, compreendendo memorial técnico, memorial descritivos, especificações técnicas e desenhos, que possibilite o perfeito entendimento e execução completa da obra, de acordo com as Normas Técnicas da ABNT; PROPOSTA COMERCIAL: proposta apresentada pelo LICITANTE de acordo com os termos e condições deste EDITAL, que conterá a proposta de CONTRAPRESTAÇÃO a ser paga pelo PODER CONCEDENTE por tonelada de RSU para a execução do OBJETO; PROPOSTA TÉCNICA: proposta apresentada pelo LICITANTE de acordo com os termos e condições deste EDITAL, que conterá a melhor técnica avaliada a partir da apresentação do COEFICIENTE AMBIENTAL; QUADRO DE INDICADORES DE DESEMPENHO (QID): conjunto de índices destinados a aferir o desempenho da CONCESSIONÁRIA, permitindo monitorar a qualidade do serviço prestado, mensuração do valor da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA a ser paga, a cada mês, à CONCESSIONÁRIA, bem como a aplicação, quando cabível, das sanções pertinentes, em função da prestação inadequada dos SERVIÇOS; RECEITAS ACESSÓRIAS: são quaisquer receitas percebidas pela CONCESSIONÁRIA que não componham a CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA; RECEITAS ACESSÓRIAS COMPARTILHADAS: são exaustivamente todas as RECEITAS ACESSÓRIAS recebidas pela CONCESSIONÁRIA provenientes de qualquer compartilhamento da CTRSU conforme aprovado no PROJETO BÁSICO pelo PODER CONCEDENTE, excetuando as receitas provenientes da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA e da comercialização de produtos e subprodutos do TRATAMENTO de RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS; RECEITA BRUTA TOTAL: é o resultado da soma da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA e das RECEITAS ACESSÓRIAS; RECICLAGEM: processo de revalorização dos RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS mediante transformações físico-químicas ou biológicas, permitindo que as substâncias sejam reaproveitadas como matéria prima, insumos ou novos produtos destinados a processos produtivos; REEQUILÍBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO DO CONTRATO: operação realizada pelo PODER CONCEDENTE, de ofício, ou após solicitação formal da CONCESSIONÁRIA, com vistas à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro CONTRATO, por fato imprevisível e superveniente à apresentação da PROPOSTA COMERCIAL;





REMUNERAÇÃO: remuneração pecuniária à qual a CONCESSIONÁRIA faz jus em razão da prestação dos serviços; RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU): termo utilizado para denominar o conjunto de todos os tipos de resíduos gerados nas cidades e coletados pelo serviço municipal, a citar: a) resíduos gerados em atividades domésticas, compostos de restos de alimentos, embalagens e produtos em geral que são descartáveis pelos munícipes; b) resíduos originários de atividades comerciais (lanchonetes, lojas, etc.), industriais e de serviços (escritórios e empresas de prestação de serviço) cuja responsabilidade pelo manejo não seja atribuída ao gerador, acondicionados em recipientes de capacidade não superior a 100 (cem) litros por dia; c) resíduos gerados nas atividades de varrição de logradouros públicos e desobstrução de galerias e bueiros; d) resíduos provenientes de feiras-livres, mercados municipais, parques municipais, cemitérios e edifícios públicos em geral; e) resíduos provenientes de limpeza e poda de jardins de domicílios e áreas verdes existentes no município; RESIDUOS SÓLIDOS URBANOS PROCESSADOS: são os resíduos utilizados efetivamente para tratamento

térmico e conversão em energia elétrica. São considerados para este cálculo a totalidade dos RSU acima

descritos, extraindo-se os RECICLÁVEIS e VIDROS e METAIS oriundos da triagem do RSU.

RISCO DE DEMANDA: risco incorrido em virtude da variação de RSU entregue à CONCESSIONÁRIA acima ou abaixo do previsto, em função de variáveis demográficas e econômicas relevantes; RSU AJUSTADO: refere-se às novas estimativas de PROJEÇÃO DO MONTANTE ANUAL DE RSU ENTREGUE à CONCESSIONÁRIA, calculadas pelo PODER CONCEDENTE a cada 4 (quatro) anos, a partir da DATA DE PUBLICAÇÃO DO CONTRATO NO DOE; RSU ATERRADO: quantidade (em toneladas) de RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) dispostos em ATERRO SANITÁRIO incluindo os rejeitos remanescentes do processo de TRATAMENTO adotado independente da tecnologia utilizada; SERVIÇOS DE TRANSBORDO, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL: são os serviços concedidos pelo PODER CONCEDENTE à CONCESSIONÁRIA; SISTEMA DE ACONDICIONAMENTO: recipientes secundários (contenedores) padronizados conforme características quali-quantitativas dos RSU proveniente dos MUNICÍPIOS CONVENENTES, para fins de armazenamento temporário dos RSU na(s) ESTAÇÃO (ÕES) DE TRANSBORDO; SISTEMA DE MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO (SMD): conjunto de índices considerados como parâmetros para aferimento do cumprimento, pela CONCESSIONÁRIA, de suas obrigações previstas no CONTRATO, constantes do ANEXO V – INSTRUMENTOS DE INCENTIVO À PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E REMUNERAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA; SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO (SPE): sociedade de propósito específico que será constituída pelo LICITANTE vencedor para a consecução do OBJETO da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA;





SUBCONTRATADAS: empresas indicadas pela CONCESSIONÁRIA para o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares à execução do OBJETO; TRANSBORDO: o translado do RSU de um VEÍCULO COLETOR a outro veículo com capacidade de carga maior, realizado de forma direta ou indireta; TRATAMENTO: processo que envolve alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas dos RSU e que visa recuperar, separar ou neutralizar determinadas substâncias presentes nos RSU, reduzir massa e volume, ou produzir energia; TRATAMENTO TÉRMICO: todo e qualquer processo de TRATAMENTO de RSU cuja operação seja realizada acima da temperatura mínima de 800 °(oitocentos) graus Celsius; USINA: Unidade de segregação/triagem de RSU e tratamento térmico com conversão em energia elétrica, a

ser implantada em imóvel público desimpedido, com área mínima de 35.000m2 (trinta e cinco mil metros

quadrados), a ser disponibilizado à tempo e modo pelo PODER CONCEDENTE, conforme indicado no ANEXO -

TERMO DE REFERÊNCIA

VALOR DO CONTRATO: valor em R$ (reais) calculado com base na soma nominal do valor da PARCELA REMUNERATÓRIA MENSAL da REMUNERAÇÃO da CONCESSIONÁRIA, ao longo do prazo de vigência da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA; VALOR ESTIMADO DO CONTRATO: valor em R$ (reais) calculado com base na soma nominal do valor da PARCELA REMUNERATÓRIA MENSAL da REMUNERAÇÃO da CONCESSIONÁRIA, ao longo do PRAZO de vigência da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA; VALOR MONETÁRIO CORRENTE: valor monetário expresso na data de referência sem incorporar o efeito das projeções do comportamento inflacionário; VALOR PAGO POR TONELADA DESTINADA (VPTD): valor pago pelo PODER CONCEDENTE para cada tonelada de RSU destinado, apresentado pelo LICITANTE em sua PROPOSTA COMERCIAL, por LOTE DE LICITAÇÃO, conforme determinado no presente EDITAL; VALOR PAGO POR TONELADA DESTINADA TETO (VPTD teto): valor máximo pago pelo PODER CONCEDENTE para cada tonelada de RSU destinado a limitar os valores a serem apresentados pelos LICITANTES nas PROPOSTAS COMERCIAIS, por LOTE DE LICITAÇÃO, conforme determinado no presente EDITAL; VEÍCULO COLETOR: veículo indicado para as atividades de coleta dos RSU pelos MUNICÍPIOS CONVENENTES, com carrocerias sem compactação e/ou com carrocerias compactadoras, até a(s) ESTAÇÃO(ÕES) DE TRANSBORDO ou até a(s) CENTRAL(AIS) DE TRATAMENTO DE RSU (CTRSU); VEÍCULO TRANSPORTADOR: veículo com maior capacidade de carga e/ou volumétrica indicado para as atividades de transporte dos RSU pela CONCESSIONÁRIA da(s) ESTAÇÃO(ÕES) DE TRANSBORDO até a(s) CENTRAL(AIS) DE TRATAMENTO DE RSU (CTRSU);





VERIFICADOR INDEPENDENTE: entidade a ser selecionada e contratada pelo PODER CONCEDENTE, responsável por garantir o cumprimento dos pressupostos do CONTRATO e pelo monitoramento do processo de aferição do desempenho da CONCESSIONÁRIA. VETORES: animais de pequeno ou grande porte veiculadores de doenças; VIDROS E METAIS: são resíduos com baixíssimo poder calorífico, não utilizados no RSU PROCESSADO para

tratamento térmico e conversão em energia elétrica.

5. DOS DOCUMENTOS INTEGRANTES DO EDITAL 5.1 Integram o presente EDITAL, como partes indissociáveis, os seguintes ANEXOS:

5.1.1 - ANEXO I – MODELOS DE DECLARAÇÕES PREVISTOS NO EDITAL 5.1.2 - ANEXO II – MINUTA DO CONTRATO DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA 5.1.3 - ANEXO III – MECANISMO DE REEQUILÍBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO 5.1.4 - ANEXO IV – PLANO DE INFRAESTRUTURA E OPERAÇÃO 5.1.5 - ANEXO V – MODELAGEM ECONÔMICA FINANCEIRA 5.1.6 - ANEXO VI – QUADRO INDICADORES DE DESEMPENHO 5.1.6 - ANEXO VII – DIRETRIZES PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

5.2 - O PODER CONCEDENTE não se responsabiliza pela autenticidade do teor do corpo e ANEXOS de editais obtidos ou conhecidos de forma e local diverso do disposto no preâmbulo deste EDITAL. 5.3 - As informações, estudos, pesquisas, investigações, levantamentos, projetos, planilhas e demais documentos ou dados relacionados à CONCESSÃO e disponibilizados pelo PODER CONCEDENTE têm caráter meramente indicativo e não vinculante, cabendo aos interessados o exame de todas as instruções, condições, exigências, leis, decretos, normas, especificações e regulamentações aplicáveis à CONCESSÃO, responsabilizando-se, ainda, pelos custos e despesas referentes às providências necessárias à elaboração de suas PROPOSTAS COMERCIAIS e à participação na LICITAÇÃO. 5.4 - A obtenção do instrumento convocatório não é requisito para a participação na LICITAÇÃO, que implica, porém, a integral e incondicional aceitação de todos os termos, disposições e condições do EDITAL, bem como das demais normas a ela aplicáveis. 5.5 - Em caso de divergência entre os ANEXOS e o EDITAL, prevalecerá o disposto no EDITAL.

6. DO OBJETO 6.1 - O OBJETO da presente LICITAÇÃO é a concessão administrativa, conforme definição do art. 2°, §2º, da Lei Federal nº 11.079/04, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS





SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. Precedida da execução e construção de Usina para processo de pirólise lenta para tratamento térmico dos resíduos sólidos urbanos (RSU), de acordo com as características e especificações técnicas referentes aos serviços concedidos no qual estão indicadas neste EDITAL e seus ANEXOS. 6.2 - As OBRAS E INSTALAÇÕES necessárias à execução dos serviços concedidos deverão obedecer ao disposto nas normas, padrões e procedimentos constantes da legislação aplicável, especialmente às normas de caráter ambiental, também ao disposto no presente EDITAL e em seus ANEXOS, bem como a documentação apresentada pelo ADJUDICATÁRIO. 6.3 - Para os fins desta LICITAÇÃO, entende-se por RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS:

a) Resíduos gerados em atividades domésticas, compostos de restos de alimentos, embalagens e produtos em geral que são descartáveis pelos munícipes.

b) Resíduos originários de atividades comerciais (lanchonetes, lojas, etc.), industriais e de serviços (escritórios e empresas de prestação de serviço) cuja responsabilidade pelo manejo não seja atribuída ao gerador.

c) Resíduos gerados nas atividades de varrição de logradouros públicos e desobstrução de galerias e bueiros.

d) Resíduos provenientes de feiras-livres, mercados municipais, parques municipais, cemitérios e edifícios públicos em geral.

e) Resíduos provenientes de limpeza e poda de jardins de domicílios e áreas verdes existentes no município.

6.4 - Constitui pressuposto da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA a adequada qualidade dos SERVIÇOS, considerando-se como tal o serviço que satisfaça às condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade e cortesia. 6.5 - A prestação dos SERVIÇOS e CONSTRUÇÃO, pela CONCESSIONÁRIA, na MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES, compreenderá:

a) a execução, gestão e fiscalização dos SERVIÇOS DELEGADOS; b) o apoio na execução dos SERVIÇOS NÃO DELEGADOS; c) a gestão e fiscalização dos SERVIÇOS COMPLEMENTARES. d) a modernização e otimização do tratamento dos resíduos sólidos urbanos.

6.6 - A prestação do SERVIÇO deverá obedecer ao disposto na legislação, nas normas complementares, nos padrões e nos procedimentos dispostos no presente EDITAL e seus anexos, bem como na PROPOSTA TÉCNICA e na PROPOSTA ECONÔMICA do ADJUCATÁRIO da LICITAÇÃO.





6.7 - Caberá a cada LICITANTE realizar, por sua própria conta e risco, as investigações, os estudos e desenvolver os projetos de arquitetura e engenharia necessários complementares para:

a) a execução das OBRAS DE CONSTRUÇÃO DA USINA e das atividades para atender as CONDIÇÕES OPERACIONAIS DA USINA, conforme indicado nos ANEXOS, deste EDITAL, que forem julgadas adequadas ou necessárias pelo LICITANTE e das intervenções necessárias para atendimento dos requisitos de segurança estabelecidos neste EDITAL; b) a execução das obras de construção do PROJETO IMOBILIÁRIO; c) atender aos indicadores constantes do QUADRO DE INDICADORES DE DESEMPENHO, deste EDITAL e permitir a apresentação da PROPOSTA TÉCNICA e da PROPOSTA ECONÔMICA.

7. DO TIPO E MODALIDADE DE LICITAÇÃO

7.1 - Esta LICITAÇÃO adotará como critério de julgamento a MELHOR TÉCNICA E MENOR VALOR da CONTRAPRESTAÇÃO MENSAL MÁXIMA a ser paga pelo PODER CONCEDENTE à CONCESSIONÁRIA, conforme determinado neste EDITAL, em consonância com o disposto no art. 12, inciso II, alíneas “b”, da Lei Federal n.º 11.079/2004.

7.2 - Em conformidade com a Lei 9.648/98, que alterou a redação da Lei 8.987/95, art.15º e inciso V, e com a Lei nº 11.079/04, art.12, inciso II e alínea b, o julgamento da licitação considerará o critério de TÉCNICA E PREÇO. Neste certame, a avaliação da Proposta Técnica se dará através da apresentação do procedimento industrial da licitante, desclassificando-se as licitantes que não comprovarem os requisitos mínimos. 7.3 - A Comissão de Julgamento procederá ao exame das Propostas Comerciais das Licitantes classificadas e emitirá parecer fundamentado, indicando a de maior vantagem para a Concedente, considerando a combinação de Nota Técnica e Nota Comercial.

8. DO PRAZO E DO VALOR ESTIMADO DO CONTRATO 8.1 - O prazo da Concessão Administrativa para a “CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES” será de 35 (trinta e cinco anos). 8.2 - O prazo de exploração da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA se iniciará com o início das OPERAÇÕES e se encerrará ao final do prazo de vigência. 8.3 - A CONCESSIONÁRIA deverá, no prazo de 01 (um) ano a contar da data de celebração do CONTRATO: (i) formalizar, em caráter definitivo, com FINANCIADOR, contrato(s) de empréstimo(s) e/ou a colocação de obrigações de longo prazo; e, (ii) conclusão das OBRAS DE CONSTRUÇÃO DA USINA.





8.4 - O LICITANTE vencedor terá o prazo de 30 dias, contados a partir da DATA DE PUBLICAÇÃO DO CONTRATO NO DOM, para iniciar a execução da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

8.5 - O LICITANTE deverá executar o OBJETO do CONTRATO, durante todo o PRAZO da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA obedecidos os PRAZOS e condições técnicas estabelecidas neste EDITAL e em seus ANEXOS.

8.6 - Na hipótese de atraso na execução do OBJETO decorrente de paralisação do CONTRATO, em virtude de impedimento, sustação ou qualquer outro evento de responsabilidade comprovada do PODER CONCEDENTE, ocorrerá à prorrogação automática dos PRAZOS contidos no CONTRATO pelo mesmo período de duração da paralisação, recompondo-se, assim, os PRAZOS originalmente contratados, sem prejuízo da possibilidade de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, na forma prevista no CONTRATO.

8.7 - Os atrasos na execução do OBJETO não decorrentes de paralisação do CONTRATO em virtude de responsabilidade comprovada do PODER CONCEDENTE acarretarão a manutenção dos PRAZOS originais previstos no CONTRATO, sem prejuízo da possibilidade de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, na forma prevista no CONTRATO.

8.8 - O Valor Estimado do CONTRATO é de R$ 57.000.000,00 (cinquenta e sete milhões de reais), que corresponde ao somatório dos valores das CONTRAPRESTAÇÕES ANUAIS MÁXIMAS, previstas ao longo da CONCESSÃO, a preços constantes. 8.9 - Os recursos orçamentários destinados ao pagamento das despesas decorrentes desta licitação correrão por conta do crédito orçamentário específicos, seus correspondentes nos anos subsequentes e suas eventuais suplementações. 8.10 - Total da estimativa a ser pago anualmente pela concedente são de R$ 12.000.000,00 (doze milhões de Reais), podendo ser fracionada esta estimativa em parcelas mensais. 8.11 - Investimentos Previstos da Concessionária, no valor total estimado dos investimentos previstos referentes ao Projeto de Referência é de R$ 45.000.000,00 (quarenta e cinco milhões de reais). 8.12 - Este investimento consiste, no mínimo, nos seguintes itens:

a) Projeto executivo, do sistema de processamento proposto; b) Execução de obras de infraestrutura; c) Implementação dos sistemas de auto geração de energia a partir da industrialização dos resíduos

urbanos não reciclados, de acordo com as condições de execução definidas na proposta técnica e no presente edital;

d) Implantação de sistemas de monitoramento e controle de produção; e) Aquisição de instalações, imóveis, máquinas e equipamentos necessários.

9. DAS CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO





9.1 - Poderão participar da Licitação empresas brasileiras ou estrangeiras, isoladas ou reunidas em Consórcio, que satisfaçam plenamente todas as exigências e condições deste Edital e da legislação pertinente, em especial as que apresentem os documentos necessários para sua Habilitação.

9.1.1 - Comprovem as regularidades jurídica e fiscal, a capacitação técnica e a qualificação econômico-financeira, mediante a apresentação dos documentos mencionados neste Edital. 9.1.2 - Tenham prestado Garantia de Participação e apresentem comprovante conforme disposto neste Edital. 9.1.3 - As empresas estrangeiras que não funcionem no Brasil deverão ter, na data de apresentação da Documentação de Habilitação, representante legal no Brasil, com poderes expressos para receber quitação e responder administrativa e judicialmente.

9.1.3.1 - As empresas estrangeiras que não funcionem no Brasil deverão atender, tanto quanto possível, as exigências de habilitação jurídica, fiscal, técnica e econômico-financeira, relacionadas neste Edital, mediante apresentação de documentos equivalentes; 9.1.3.2 - Em caso de inexistência de documento equivalente em seu país de origem, a empresa estrangeira deverá declarar expressamente essa circunstância, sob as penas da lei; 9.1.3.3 - A empresa estrangeira deverá apresentar, ainda, declaração expressa de renúncia a qualquer reclamação por via diplomática; 9.1.3.4 - Às sociedades estrangeiras aplicam-se todos os termos e condições contidos neste EDITAL, com as regras nele previstas para tais sociedades

9.2 - Não poderão, contudo, participar aquelas que se enquadrem, dentre outras estabelecidas por lei, em uma ou mais das situações seguintes:

9.2.1 - Esteja cumprindo sanção de suspensão temporária de participação em licitação ou de impedimento de contratar com a Administração, imposta pelo CONTRATANTE, suas Fundações ou Autarquias, nos termos do art. 87, inciso III, da Lei Federal nº 8.666/93; 9.2.2 - Tenham sido declaradas inidôneas para licitar com a Administração Pública (Direta ou Indireta, dos níveis Federal, Estadual ou Distrital) e quaisquer de seus órgãos descentralizados, nos termos do art. 87, inciso IV, da Lei Federal nº 8.666/93; 9.2.3 - Encontrem-se sob processo de recuperação judicial ou extrajudicial, concordatárias ou falidas, ou, ainda, que estejam em processo de liquidação ou dissolução; 9.2.4 - Que entre seus dirigentes, gerentes, sócios, responsáveis técnicos ou empregados haja alguém que seja diretor ou servidor dentro do quadro funcional de servidores públicos do Município de Bento Gonçalves;





9.2.5 - Enquadradas nas disposições do art. 9º, da Lei Federal nº 8.666/93; 9.2.6 - Que não tenham participado da visita técnica ou que não tenham prestado garantia de participação. 9.2.7 - Que esteja interditado por crimes ambientais, nos termos do art. 10 da Lei Federal nº 9.605/98; 9.2.8 - Que estejam sob intervenção do Banco Central do Brasil; 9.2.9 - Que estejam sob intervenção da Secretaria da Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social; ou 9.2.10 - Que sejam, direta ou indiretamente, controladas, geridas ou sob vinculação hierárquica a

qualquer ente da Administração Pública federal, estadual ou municipal;

9.3 - As condições acima, de 9.2.1 a 9.2.10, aplicar-se-ão a eventual empresa contratada pela Concessionária, nos termos do § 1º do artigo 25 da Lei Federal nº 8.987/95. 9.4 - Uma mesma pessoa jurídica não poderá apresentar mais do que uma proposta, isoladamente ou em mais de um Consórcio. 9.5 - Não serão aceitas propostas diferentes, apresentadas isoladamente ou em Consórcio, por pessoas jurídicas que tenham o mesmo controle societário ou sócio(s) comum(ns), independente de sua participação societária. 9.6 - Para efeitos do presente EDITAL, equiparam-se a sociedades e, portanto, terão sua participação admitida na presente LICITAÇÃO, individualmente ou como membros de CONSÓRCIO:

9.6.1 - As fundações ou fundos cujo objeto, segundo regulamento próprio e a correspondente legislação aplicável, permitam-lhes desempenhar as atividades previstas neste EDITAL; e 9.6.2 - Os Fundos de Investimento em Participações (FIPs).

9.7 - Nos exatos termos do EDITAL, a realização das atividades que compõem o OBJETO será realizada por, no mínimo, uma SPE, sendo permitida a subcontratação de empresas, conforme previsto no artigo 25 da Lei Federal n.º 8.987/95, para a prestação de parcela do OBJETO, nos termos deste EDITAL e do CONTRATO. 9.8 - A simples participação da Licitante através da apresentação dos envelopes gera a presunção de que:

9.8.1 - Recebeu e tem pleno conhecimento de todos os elementos técnicos, das condições gerais e particulares da licitação, e possui informações suficientes para apresentação de sua proposta, bem





como integral cumprimento do contrato, não podendo invocar qualquer desconhecimento como condição impeditiva. 9.8.2 - Sua proposta engloba todos os insumos, tais como: materiais, mão de obra, serviços, taxas, impostos, encargos trabalhistas e sociais, energia elétrica, abastecimento de água, insumos, consumo de outros materiais e serviços e despesas administrativas. 9.8.3 - Assume integralmente a responsabilidade sobre os materiais e equipamentos adquiridos e utilizados para execução dos serviços, tanto no que se refere ao seu pagamento, quanto a sua qualidade e produtividade.

10. DOS CONSÓRCIOS

10.1 - Será admitida a participação de empresas reunidas em Consórcio, observadas as seguintes regras:

10.1.1 - Deverá ser apresentado, junto com os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO o termo de compromisso público ou particular de constituição do Consórcio, subscrito pelos Consorciados, com definição do percentual de participação de cada integrante, onde conste, com clareza e precisão, os compromissos assumidos pelas consorciadas, entre si e em relação ao objeto da licitação, em especial: 10.1.2 - Indicação da empresa líder, responsável pelo Consórcio, que ficará incumbida de todos os entendimentos com o CONTRATANTE, em nome de todas as empresas Consorciadas, quer para os fins desta licitação, quer na execução do contrato dela decorrente. 10.1.3 - Cláusula pela qual a empresa responsável pelo Consórcio se responsabilize por todas as Consorciadas, sob os aspectos técnicos e administrativos, quer para os fins da licitação, quer na execução do Contrato, se vier a ser firmado, tudo sem prejuízo da responsabilidade de cada uma delas. 10.1.4 - Cláusula de responsabilidade solidária das integrantes pelos atos praticados sob Consórcio, tanto na fase de licitação, quanto na execução do Contrato, bem como por multas e indenizações em decorrência de ato ilícito no descumprimento do Contrato. 10.1.5 - Comprovação de que ao menos uma das empresas integrantes do Consórcio tenha, em seus documentos societários, previsão expressa de exercer atividade relacionada ao objeto do presente Edital; 10.1.6 - Indicação da empresa líder do Consórcio, que deverá ser obrigatoriamente empresa nacional, sendo-lhe atribuídos amplos poderes para representar os consorciados no procedimento licitatório e no contrato, receber, dar quitação, responder administrativa e judicialmente, inclusive receber notificação, intimação e citação; 10.1.7 - Os documentos exigidos neste Edital deverão ser apresentados por cada Consorciado, sendo que, para efeito de comprovação técnica as exigências poderão ser atendidas pelo somatório do





quantitativo de cada Consorciado, e para efeito de qualificação econômico financeira, os valores serão calculados pela média ponderada de cada Consorciado na proporção de sua respectiva participação; 10.1.8 - Para a execução do contrato, será constituída uma Sociedade de Propósito Específico – SPE, inicialmente com a mesma composição do Consórcio, além do participante indicado pelo Governo Municipal; 10.1.9 - O Consórcio deverá atender, na íntegra, as disposições do artigo 33 da Lei nº 8.666/93.

10.2 - Vedação à participação de uma mesma sociedade (incluindo suas coligadas, controladas, controladoras ou outra sociedade sob controle comum) ou de um mesmo fundo de investimento (incluindo seus gestores) em mais de um CONSÓRCIO, bem como de qualquer outro arranjo empresarial que resulte na apresentação de mais de uma proposta por parte de uma mesma sociedade ou fundo de investimento. 10.3 - As sociedades integrantes do CONSÓRCIO serão solidariamente responsáveis, perante o Poder Público, pelos atos praticados no âmbito do CONSÓRCIO ou do compromisso de sua constituição. 10.4 - Não será admitida a inclusão, a substituição, a retirada ou a exclusão de consorciados até a data de assinatura do CONTRATO.

10.5 - A desclassificação ou a inabilitação de qualquer consorciado acarretará a desclassificação ou a inabilitação automática do CONSÓRCIO da presente LICITAÇÃO.

10.6 - As exigências de qualificação técnica deverão ser atendidas pelo CONSÓRCIO, por intermédio de qualquer dos consorciados isoladamente ou pela soma das qualificações técnicas apresentadas pelos consorciados.

10.7 - Não há limite de número mínimo ou máximo de CONSORCIADOS para cada CONSÓRCIO.

11. DOS ESCLARECIMENTOS, DA IMPUGNAÇÃO E DAS ALTERAÇÕES SOBRE O EDITAL

11.1 - Os LICITANTES que necessitarem de informações e esclarecimentos complementares relativamente ao presente EDITAL deverão fazê-los por escrito, preferencialmente pelo e-mail

[email protected], [email protected], ou, alternativamente, por meio do protocolo do documento Avenida Osvaldo Aranha, n° 1105 – Cidade Alta – Bento Gonçalves/RS – 95.700-324– Fone: (54) 3055.7439, no horário das 09h00 às 16h00. Os pedidos devem ser protocolados, no máximo, até 10 (dez) dias úteis antes da data final fixada neste EDITAL para o recebimento dos envelopes, aos cuidados da COMISSÃO DE LICITAÇÃO.

11.1.1 - Nos pedidos encaminhados, os interessados deverão se identificar (CNPJ, Razão Social e nome do representante que pediu esclarecimentos) e disponibilizar as informações para contato (endereço completo, telefone, fax e e-mail).

mailto:[email protected]

[email protected]





11.1.2 - A COMISSÃO DE LICITAÇÃO não responderá questões que tenham sido formuladas de forma diferente da estabelecida no EDITAL. 11.1.3 - Os esclarecimentos das consultas formuladas, bem como os pedidos de informações e esclarecimentos complementares, serão respondidos pela COMISSÃO DE LICITAÇÃO em até 5 (cinco) dias úteis antes à data final fixada neste EDITAL para o recebimento dos envelopes. 11.1.4 - Os esclarecimentos das consultas serão divulgados nos sítios www.bentogoncalves.rs.gov.br, http://ppps.bentogoncalves.rs.gov.br, e estarão à disposição dos interessados nas instalações da Prefeitura de Bento Gonçalves para consulta, sem identificação da fonte do questionamento. Os LICITANTES poderão, também, retirar cópia da ata de esclarecimentos sobre o EDITAL.

11.2 - Não sendo formulados pedidos de informações e esclarecimentos sobre a LICITAÇÃO, pressupõe-se que os elementos fornecidos no EDITAL são suficientemente claros e precisos para todos os atos a se cumprirem no âmbito da LICITAÇÃO, não restando direito aos LICITANTES para qualquer reclamação ulterior, dado que a participação na LICITAÇÃO implica a integral e incondicional aceitação de todos os termos e condições deste EDITAL. 11.3 - O presente EDITAL poderá ser impugnado, na forma estabelecida neste item, quanto a possíveis falhas ou irregularidades, por qualquer cidadão em até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a sessão pública de abertura dos envelopes, devendo a COMISSÃO DE LICITAÇÃO julgar e responder a impugnação em até 3 (três) dias úteis. 11.4 - A impugnação do EDITAL por LICITANTE deverá ser feita em até 2 (dois) dias úteis antecedentes à sessão pública de abertura dos envelopes.

11.4.1 - Decairá do direito de impugnar os termos do presente EDITAL perante o PODER CONCEDENTE o LICITANTE que não o fizer consoante os itens editalícios pertinentes.

11.5 - As impugnações ao EDITAL deverão ser exclusivamente escritas, no suporte físico em papel, devidamente rubricadas e assinadas pelo responsável e, no caso de pessoa jurídica, pelo seu representante legal ou procurador, dirigidas ao Presidente da COMISSÃO DE LICITAÇÃO e ou entregues na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, localizada à Rua 10 de Novembro, nº 190, Sala 3, Bento Gonçalves – RS, no horário de 08h:00 às 11h:45 e às 13:30 às 17h:45. 11.6. O presente EDITAL poderá ser modificado até a DATA DE ENTREGA DAS PROPOSTAS, observando-se as seguintes condicionantes:

a) divulgação da modificação pela mesma forma em que se deu a divulgação do EDITAL; e b) reabertura do prazo inicialmente estabelecido se a modificação afetar a formulação das PROPOSTAS COMERCIAIS.

12. DAS DILIGÊNCIAS, ESCLARECIMENTOS COMPLEMENTARES E SANEAMENTO DE FALHAS







12.1 - A COMISSÃO DE LICITAÇÃO pode, a seu critério, em qualquer fase da LICITAÇÃO, promover diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução da LICITAÇÃO, nos termos do artigo 43, §3º, da Lei Federal n.º 8.666/1993. 12.2 - O LICITANTE é responsável pela veracidade das informações prestadas e dos documentos apresentados, sob pena de sujeição às sanções previstas nas legislações civil, administrativa e penal. 12.3 - As complementações de insuficiências ou as correções de caráter formal necessárias ao saneamento de falhas caracterizadas como falhas formais no curso do procedimento poderão ser realizadas pela COMISSÃO DE LICITAÇÃO, conforme estabelecido no art. 12, IV, da Lei Federal nº 11.079/04.

12.3.1 - Para efeito dos subitens acima, fica estipulado o prazo de até 03 (três) dias corridos, a ser definido pela COMISSÃO DE LICITAÇÃO conforme as circunstâncias do caso concreto e a celeridade da LICITAÇÃO, para a apresentação de informações ou a complementação, pelo LICITANTE, de insuficiências ou de correções de caráter formal. 12.3.2 - Considera-se falha ou defeito formal aquele que:

a) Não desnature o objeto do documento apresentado; b) Permita aferir, com a devida segurança, a informação constante do documento; e c) Não implique a apresentação de documento que deveria constar originalmente da documentação apresentada pelo LICITANTE, nem se refira a fato existente apenas após a DATA DE ENTREGA DAS PROPOSTAS.

12.4 - Os esclarecimentos e as informações prestadas por quaisquer das PARTES terão sempre a forma escrita e estarão a qualquer tempo disponíveis no dossiê da LICITAÇÃO.

13. DA REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO 13.1 - O PODER CONCEDENTE poderá revogar a presente Licitação por motivo de interesse público, conveniência e oportunidade, decorrente, ou não, de fato superveniente, devidamente pertinente e suficiente para justificar tal conduta, ou anulá-la por ilegalidade, total ou parcialmente, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.

CAPITULO II – DA HABILITAÇÃO DOS PROPONENTES E DAS PROPOSTAS E HABILITAÇÃO

14. CREDENCIAMENTO 14.1 - Reputa-se credenciada a pessoa física regularmente designada para representar a LICITANTE no processo licitatório. 14.2 - O credenciamento de sócios-administradores far-se-á através da apresentação do ato constitutivo, estatuto ou contrato social, e no caso das sociedades por ações, acompanhado do documento de eleição e posse dos administradores.





14.3 - O credenciamento de mandatários far-se-á mediante a apresentação de procuração por instrumento público ou particular, com firma reconhecida, com poder específico de representação para esta LICITAÇÃO, ou com poderes amplos que claramente contemplem a presente LICITAÇÃO, devendo ser exibida, no caso de procuração por instrumento particular, a prova da legitimidade de quem outorgou os poderes.

14.3.1 - No caso de CONSÓRCIO, a procuração deverá ser outorgada por todas as empresas integrantes do CONSÓRCIO ou pela pessoa jurídica líder, desde que comprovada tal condição.

14.4 - O representante do LICITANTE deverá se apresentar para o credenciamento perante a COMISSÃO DE LICITAÇÃO, exibindo a carteira de identidade ou outro documento equivalente, além de comprovação de sua representação.

14.5 - No caso de LICITANTE estrangeira, ou membro estrangeiro de consórcio LICITANTE, deverá(ão) ser apresentada(os) procuração e/ou documentos equivalentes aos referidos neste item, conforme o caso, observando-se que todos os documentos redigidos em idioma que não o português deverão ser acompanhados de tradução oficial realizada por tradutor juramentado no Brasil,e os documentos firmados fora do território brasileiro deverão ser notarizados por notário público da jurisdição aplicável, nos termos da respectiva lei, bem como consularizados no Consulado Brasileiro competente.

14.6 - Não há limitação ao número de representantes credenciados indicados pelos LICITANTES.

14.7 - Cabe aos representantes legais firmar as declarações e documentos referidos neste EDITAL.

14.8 - A ausência do credenciamento não constituirá motivo para a inabilitação ou desclassificação do LICITANTE, o qual não poderá, porém, consignar em ata suas observações, rubricar documentos nas sessões, nem praticar os demais atos pertinentes da LICITAÇÃO.

14.9 - A qualquer momento durante o processo licitatório, o LICITANTE poderá substituir seu(s) representante(s) credenciado(s).

14.10 - Nenhuma pessoa, ainda que munida de procuração, poderá representar mais de um LICITANTE nesta LICITAÇÃO.

15. DO PROCEDIMENTO, FORMA DE APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS E DOS DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO

15.1 - Caberá a cada LICITANTE realizar, por sua própria conta e risco, investigações, levantamentos e estudos, bem como desenvolver projetos para permitir a apresentação das propostas. 15.2 - Esta LICITAÇÃO será processada e julgada pela COMISSÃO DE LICITAÇÃO, designada por ato do PODER CONCEDENTE, obedecidas as regras gerais estabelecidas nos itens seguintes. 15.3 - A fase de habilitação consistirá na análise dos DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO dos LICITANTES 15.4 - Na fase de julgamento serão analisadas as PROPOSTAS TÉCNICAS e COMERCIAIS conforme as diretrizes





constantes nesse edital, dos LICITANTES habilitados. 15.5 - A sessão pública de abertura dos envelopes poderá ser assistida por qualquer pessoa, mas somente serão permitidas a participação e a manifestação dos representantes credenciados dos LICITANTES, vedada a interferência de assistentes ou de quaisquer outras pessoas que não estejam devidamente credenciadas. 15.6 - Os documentos apresentados serão rubricados pelos membros da COMISSÃO DE LICITAÇÃO e pelos representantes credenciados dos LICITANTES presentes na respectiva sessão. 15.7 - A intimação e a divulgação dos atos desta LICITAÇÃO serão feitas por publicação no DOM, e em jornal de grande circulação, podendo também a COMISSÃO DE LICITAÇÃO fazê-lo por outros meios de comunicação previstos neste EDITAL. 15.8 - Os LICITANTES devem examinar todas as disposições deste EDITAL e seus ANEXOS, implicando a apresentação de documentação e respectivas propostas na aceitação incondicional dos termos deste instrumento convocatório. 15.9 - Após a fase de habilitação, não caberá ao LICITANTE desistir de sua proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela COMISSÃO DE LICITAÇÃO. 15.10 - Não serão aceitos, para efeito de atendimento aos DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO exigidos, comprovante(s) de solicitação(ões) de certidão(ões). 15.11 - Os DOCUMENTOS DE CREDENCIAMENTO e GARANTIA DE PROPOSTA, os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e as PROPOSTAS TÉCNICA e COMERCIAL exigidos nesta LICITAÇÃO deverão ser apresentados à COMISSÃO DE LICITAÇÃO para protocolo, até o dia XXX, no horário e endereço indicados no preâmbulo deste EDITAL, em 4 (quatro) envelopes fechados, separados, indevassáveis, distintos e identificados da seguinte forma em sua parte externa e frontal:

15.11.1 - ENVELOPE 1 – DOCUMENTOS DE CREDENCIAMENTO e GARANTIA DE PROPOSTA

ENVELOPE 1 – DOCUMENTOS DE CREDENCIAMENTO E GARANTIA DE PROPOSTA

CONCORRÊNCIA Nº XXX/2018 CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. RAZÃO SOCIAL DO LICITANTE OU DENOMINAÇÃO DO CONSÓRCIO NOME, ENDEREÇO, TELEFONE E ENDEREÇO DE E-MAIL DO(S) REPRESENTANTE(S) CREDENCIADO(S)

15.11.2 - ENVELOPE 2 – DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO:

ENVELOPE 2 – DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO






15.11.3 - ENVELOPE 3 – PROPOSTA TÉCNICA

ENVELOPE 3 – PROPOSTA TÉCNICA


15.11.4 - ENVELOPE 4 – PROPOSTA COMERCIAL

ENVELOPE 4 – PROPOSTA COMERCIAL


15.12 - Os envelopes contendo os DOCUMENTOS DE CREDENCIAMENTO E GARANTIA DE PROPOSTA, os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e as PROPOSTAS TÉCNICA e COMERCIAL deverão ser apresentados em 1 (uma) via, encadernadas separadamente, com todas as folhas visadas, numeradas sequencialmente, inclusive as folhas de separação, catálogos, desenhos ou similares, se houver, independentemente da existência de mais de um caderno, da primeira à última folha, de forma que a numeração da última folha do último caderno reflita a quantidade de folhas de cada volume, não sendo permitidas emendas, rasuras ou ressalvas.

15.13 - Todos os envelopes devem ser entregues fechados conforme estabelecido no item 15.11, os quais serão abertos na sessão pública a ser realizada na data apontada no preâmbulo deste EDITAL e no aviso publicado na imprensa.

15.13.1 - Não serão aceitos documentos enviados por via postal, Internet, fax ou por outro meio diverso.





15.13.2 - Não serão aceitos envelopes entregues fora dos dias e horários estabelecidos.

15.14 - Havendo divergência entre os valores numéricos e aqueles apresentados por extenso nos documentos das PROPOSTAS apresentadas pela LICITANTE, prevalecerão os últimos.

15.15 - Não serão aceitas, posteriormente à entrega das PROPOSTAS e dos DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO, modificações e complementações sob alegação de insuficiência de dados ou informações, salvo aquelas necessárias ao saneamento de falhas, desde que realizadas no prazo previsto do presente EDITAL.

15.15.1 - Todos os documentos que constituem o EDITAL, as PROPOSTAS, o CONTRATO, os atestados, bem como todas as demais documentações a serem elaboradas e todas as correspondências e comunicações a serem trocadas, deverão ser redigidos em Língua Portuguesa, idioma oficial desta LICITAÇÃO.

15.16 - Todas as folhas de cada uma das vias dos DOCUMENTOS DE CREDENCIAMENTO e GARANTIA DE PROPOSTA, da DOCUMENTAÇÃO DE HABILITAÇÃO, das PROPOSTAS TÉCNICA e COMERCIAL, deverão conter o carimbo do LICITANTE e a rubrica do seu representante credenciado.

15.16.1 - No caso de divergência entre o documento no idioma original e a sua tradução, prevalecerá o texto traduzido. 15.16.2 - Somente serão consideradas as PROPOSTAS que abranjam a totalidade do OBJETO da LICITAÇÃO, nos exatos termos deste EDITAL.

16. DA GARANTIA DE PROPOSTA PRESTADA PELO PARCEIRO PRIVADO (ENVELOPE I)

16.1 - O LICITANTE deverá apresentar GARANTIA DE PROPOSTA, conjuntamente com os demais DOCUMENTOS DE CREDENCIAMENTO, constantes no ENVELOPE 1.

16.2 - Nos termos do artigo 31, III, da Lei Federal nº 8.666/93, os LICITANTES deverão oferecer GARANTIA DE PROPOSTA no valor de 1% (um por cento) do VALOR ESTIMADO DO CONTRATO.

16.3 - A GARANTIA DE PROPOSTA poderá ser prestada em uma das seguintes modalidades:

16.3.1 - Caução em dinheiro;

16.3.2 - Caução de títulos da dívida pública brasileira, não gravados com cláusula de inalienabilidade e impenhorabilidade ou adquiridos compulsoriamente; 16.3.3 - Fiança bancária emitida por INSTITUIÇÃO FINANCEIRA autorizada a funcionar no país, em favor do PODER CONCEDENTE; ou

16.3.4 - Seguro-garantia emitido por companhia seguradora brasileira, em favor do PODER CONCEDENTE.





16.4 - No caso de oferecimento em garantia de títulos da dívida pública ou caução em dinheiro, o LICITANTE deverá constituir caução bancária e depositar o documento original dirigido ao PODER CONCEDENTE diretamente em qualquer agência da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil.

16.4.1 - O documento de constituição da caução deverá ser datado e assinado pela instituição financeira na qual estejam depositados os títulos a serem oferecidos em garantia, dele devendo constar que: 16.4.2 - Os referidos títulos, claramente identificados, ficarão caucionados em favor do PODER CONCEDENTE, como garantia de manutenção da proposta do LICITANTE relativa a este EDITAL; 16.4.3 - O PODER CONCEDENTE poderá executar a caução nas condições previstas neste EDITAL.

16.5 - Os títulos da dívida pública deverão ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil, acompanhados de comprovante de sua validade atual quanto à liquidez e valor.

16.6 - A caução em dinheiro ficará retida até a homologação do procedimento licitatório, observado o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, relativo ao prazo de validade das propostas, e as GARANTIAS DE PROPOSTA nas outras modalidades somente serão aceitas com prazo de validade de 180 (cento e oitenta) dias a partir de sua apresentação. Qualquer proposta não garantida em conformidade com o disposto no item 16.1 acarretará a desclassificação do LICITANTE.

16.7 - A GARANTIA DE PROPOSTA deverá ser apresentada em sua forma original, não se admitindo cópias.

16.8 - No caso de CONSÓRCIO, deverá ser apresentada uma única GARANTIA DE PROPOSTA, emitida em nome da líder do CONSÓRCIO.

16.9 - O original da GARANTIA DE PROPOSTA deverá compor o ENVELOPE 1 – DOCUMENTOS DE CREDENCIAMENTO E GARANTIA DE PROPOSTA, que deverá ser apresentado em única via, em 1 (um) envelope fechado, indevassável, identificado.

16.9.1 - As GARANTIAS DE PROPOSTA dos LICITANTES serão devolvidas em até 30 (trinta) dias após:

16.9.2- A publicação do CONTRATO; ou 16.9.3 - A revogação ou anulação da LICITAÇÃO;

16.9.4 - Havendo prorrogação do período de validade das propostas, os LICITANTES estão obrigados a imediatamente apresentar à COMISSÃO DE LICITAÇÃO, o respectivo instrumento de prorrogação proporcional da GARANTIA DE PROPOSTA, ou a sua substituição por uma das outras modalidades previstas neste EDITAL, sob pena de desclassificação por motivo superveniente.

16.10 - A GARANTIA DE PROPOSTA também responderá pelas multas, penalidades e indenizações devidas pelo PROPONENTE ao PODER CONCEDENTE durante a LICITAÇÃO, inclusive no caso de recusa de celebração do





CONTRATO pela ADJUDICATÁRIA, não sendo excluída, em qualquer caso, a sua responsabilidade e obrigação de ressarcir eventuais perdas e danos que não sejam suportadas pela GARANTIA DE PROPOSTA.

17. DOS DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO (ENVELOPE II) 17.1 - Será inabilitado o LICITANTE que na data da entrega da DOCUMENTAÇÃO DE HABILITAÇÃO:

a) não satisfizer as condições estabelecidas no presente EDITAL; b) tiver sido declarado inidôneo por ato do Poder Público; c) estiver impedido de licitar, contratar ou transacionar com a Administração Pública ou com qualquer de seus órgãos descentralizados; d) estiver sob processo de recuperação judicial ou extrajudicial ou que tiver tido sua falência decretada.

17.1.1 - O LICITANTE deverá apresentar os seguintes documentos:

17.1.1.1 - Carta de apresentação, conforme MODELO 3 constante no ANEXO I – MODELOS DE DECLARAÇÕES PREVISTOS NO EDITAL devidamente assinada;

17.1.2 - As empresas estrangeiras autorizadas pelo Poder Executivo a funcionar no Brasil, nos termos do artigo 1.134 do Código Civil Brasileiro, somente poderão participar da LICITAÇÃO se reunidas em CONSÓRCIO cuja líder seja brasileira e deverão apresentar os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO em conformidade com a legislação de seu país de origem, respeitando o previsto no EDITAL, e ainda:

17.1.2.1 - Declaração expressa de que se submetem à legislação brasileira e de que renunciam a qualquer reclamação por via diplomática conforme MODELO 7 do ANEXO I – MODELOS DE DECLARAÇÕES PREVISTOS NO EDITAL;

17.1.2.2 - procuração, em Língua Portuguesa ou traduzida para a Língua Portuguesa por tradutor juramentado, para representante legal no Brasil, outorgando-lhe poderes expressos para receber citações e responder administrativa e judicialmente, nos termos do artigo 32, § 4º da Lei Federal n.º 8.666/1993, conforme MODELO 8 do ANEXO I – MODELOS DE DECLARAÇÕES PREVISTOS NO EDITAL; e

17.1.2.3 - Declaração de atendimento às exigências dos itens de habilitação mediante documentos equivalentes, os quais deverão cumprir as formalidades deste EDITAL, conforme as hipóteses abaixo:

17.1.2.3.1 - Em caso de existência de documentos equivalentes nos respectivos países de origem para atendimento das exigências previstas na habilitação, ou de documentos para as respectivas filiais brasileiras, os LICITANTES estrangeiros deverão apresentar declaração assinalando tal circunstância, conforme MODELO 9 do ANEXO I – MODELOS DE DECLARAÇÕES PREVISTOS NO EDITAL.





17.1.2.3.2 - Por outro lado, em caso de inexistência de documentos equivalentes nos respectivos países de origem aptos ao atendimento das exigências previstas para habilitação, ou de documentos para as respectivas filiais brasileiras, os LICITANTES estrangeiros deverão apresentar declaração assinalando tal circunstância, conforme MODELO 10 do ANEXO I – MODELOS DE DECLARAÇÕES PREVISTOS NO EDITAL.

17.1.2.3.3 - No caso de divergência de interpretação entre o documento no idioma original e a sua tradução, prevalecerá o texto traduzido.

17.1.3 - No caso de empresas reunidas em CONSÓRCIO, deverá ser apresentado compromisso de constituição de CONSÓRCIO, firmado de acordo com as leis brasileiras, subscrito pelos consorciados, contendo:

17.1.3.1 - Denominação do CONSÓRCIO;

17.1.3.2 - Composição do CONSÓRCIO, indicando o percentual de participação de cada empresa consorciada no capital da futura SPE;

17.1.3.3 - Objetivo do CONSÓRCIO, que deverá ser compatível com esta LICITAÇÃO e com o OBJETO do CONTRATO;

17.1.3.4 - Indicação da líder do CONSÓRCIO como responsável pela execução do OBJETO junto ao PODER CONCEDENTE;

17.1.3.5 - Procuração outorgando à líder do CONSÓRCIO poderes expressos, irretratáveis e irrevogáveis para concordar com condições, transigir, compromissar-se, assinar quaisquer papéis, documentos e instrumentos de contratação relacionados a esta LICITAÇÃO e à execução do OBJETO do CONTRATO;

17.1.3.6 - Declaração expressa de todos os participantes do CONSÓRCIO, vigente a partir da data de apresentação das PROPOSTAS, de aceitação de responsabilidade solidária, nos termos do artigo 33 da Lei Federal n.º 8.666/1993, com suas alterações, no tocante ao OBJETO desta LICITAÇÃO, cobrindo integralmente todas as obrigações assumidas na PROPOSTA, sendo que tal responsabilidade solidária somente cessará:

17.1.3.6.1 - No caso de o CONSÓRCIO ter sido o LICITANTE vencedor, após a DATA DE PUBLICAÇÃO DO CONTRATO NO DOM;

17.1.3.6.2 - No caso de o CONSÓRCIO não ter sido o LICITANTE vencedor, em até 30 (trinta) dias contados da DATA DE PUBLICAÇÃO DO CONTRATO NO DOM.

17.2 - DOCUMENTAÇÕES RELATIVAS À HABILITAÇÃO JURÍDICA.





17.2.1 - Os documentos a seguir listados devem ser apresentados pelo LICITANTE individual ou por cada empresa integrante de um CONSÓRCIO, inclusive a líder do CONSÓRCIO:

17.2.1.1 - ato constitutivo, estatuto e, incluindo, se houver as alterações realizadas desde a última consolidação, devidamente registradas na Junta Comercial competente, nos seguintes termos: 17.2.1.1.1 - No caso de sociedades por ações e sociedades limitadas, quando aplicável, acompanhados dos documentos devidamente registrados de eleição dos seus administradores e das respectivas publicações na imprensa.

17.2.1.2 - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, nos termos do artigo 1.134 do Código Civil Brasileiro, e ato de registro ou autorização para funcionamento, expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir. 17.2.1.3 - declaração, conforme MODELO 4 constante no ANEXO I – MODELOS DE DECLARAÇÕES PREVISTOS NO EDITAL, quanto aos seguintes tópicos, caso o LICITANTE, quando da realização da LICITAÇÃO, não tenha constituído a SPE: 17.2.1.3.1 - qualquer que seja o LICITANTE, participante isolado ou reunido em CONSÓRCIO, compromisso de constituição, caso seja ADJUDICATÁRIO, de SPE para a assinatura do CONTRATO, segundo as leis brasileiras, com sede e administração no País, no Município de Bento Gonçalves, Estado do Rio Grande do Sul;

17.2.1.3.2 - de que, até o final do primeiro ano de vigência do CONTRATO, organizará a SPE no formato de sociedade anônima;

17.2.1.3.3 - em se tratando de CONSÓRCIO, compromisso de todas as empresas consorciadas de constituir a SPE, observadas as condições apresentadas nas PROPOSTAS, bem como a participação de cada uma das empresas no CONSÓRCIO;

17.2.1.3.4 - declaração de que o objeto social da SPE a ser constituída restringir-se-á, exclusivamente, à participação na LICITAÇÃO e à execução do OBJETO do CONTRATO, o que deverá estar contemplado em seus atos constitutivos;

17.2.1.3.5 - compromisso de integralização de capital social mínimo da SPE nos termos da CLÁUSULA 8ª do CONTRATO;

17.2.1.3.6 - compromissos de adoção, pela SPE, de padrões de governança corporativa e de contabilidade, e de elaboração de demonstrações financeiras padronizadas, nos termos do artigo 9º, § 3º a Lei Federal n.º 11.079/2004, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, baseadas na Legislação Societária Brasileira (Lei Federal n.º 6.404/1976 e alterações posteriores) e nas Normas Contábeis emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC); e





17.2.1.3.7 - declaração de ciência de que, durante todo o prazo de vigência do CONTRATO, as transferências do controle acionário da SPE e da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA dependerão de prévia anuência do PODER CONCEDENTE, sob pena de caducidade, nos termos do artigo 27 da Lei Federal n.º 8.987/1995 e do CONTRATO.

17.3 - DOCUMENTAÇÕES RELATIVAS À QUALIFICAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA.

17.3.1 - Os LICITANTES e cada uma das empresas integrantes de CONSÓRCIO, conforme aplicável deverão apresentar os seguintes documentos para comprovação de qualificação econômico-financeira:

17.3.1.1 - para qualquer tipo de sociedade empresária: certidão negativa de pedido de falência e recuperação judicial, expedida pelo Distribuidor Judicial da Comarca (Varas Cíveis) da cidade onde a empresa for sediada, com data de, no máximo, 90 (noventa) dias anteriores à data da sessão pública de abertura dos envelopes;

17.3.1.2 - para sociedades simples: certidão expedida pelo Distribuidor Judicial das Varas Cíveis em geral (Execução Patrimonial) da Comarca onde a empresa está sediada, datada de, no máximo, 90 (noventa) dias anteriores à data da primeira sessão pública de abertura dos envelopes. Em havendo qualquer ação judicial distribuída, deverá ser juntada a certidão atualizada que aponte a situação do processo atualizado para 90 (noventa) dias antes da data de entrega da PROPOSTA COMERCIAL e dos DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO;

17.3.1.3 - balanço patrimonial e respectivas demonstrações contábeis referentes ao último exercício social, já exigível e apresentado na forma da lei, vedada sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, devidamente auditados, e acompanhados pelo relatório de auditoria externa e notas explicativas, se houver, podendo ser atualizados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta.

17.3.1.3.1 - Entende-se por apresentados na forma da lei, o balanço patrimonial e demonstrações contábeis, devidamente datados e assinados pelo responsável da empresa, e por profissional de contabilidade habilitado e devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade, assim apresentados:

a) Sociedades regidas pela Lei nº. 6.404, de 1976 (Sociedade Anônima):

I. Publicados em Diário Oficial; ou II. Publicados em jornal de grande circulação; ou III. Por fotocópia registrada ou autenticada na Junta Comercial da sede ou domicílio do LICITANTE.

b) Sociedades limitadas (Ltda.):





I. Por fotocópia autenticada do livro Diário, inclusive com os Termos de Abertura e de Encerramento, devidamente autenticado na Junta Comercial da sede ou domicílio do LICITANTE ou em outro órgão equivalente, ou II. Por fotocópia autenticada do Balanço e das Demonstrações Contábeis devidamente registrados ou autenticados na Junta Comercial da sede ou domicílio do LICITANTE; III. Por documento emitido via internet do Balanço e das Demonstrações Contábeis, desde que assinados digitalmente, utilizando-se de certificado de segurança mínimo tipo A3, emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de garantir a autoria, a autenticidade, a integridade e a validade jurídica do documento digital, no caso da sociedade limitada ser tributada pelo lucro real, conforme legislação vigente.

17.3.1.3.2 - As empresas constituídas após o encerramento do último exercício social, em substituição ao Balanço Patrimonial e às Demonstrações Contábeis, deverão apresentar o Balanço de Abertura.

17.3.1.3.3 - Na hipótese de alteração do Capital após a realização do Balanço Patrimonial, o LICITANTE deverá apresentar documentação de alteração do capital devidamente registrado na Junta Comercial.

17.3.1.4 - para empresas estrangeiras: balanço patrimonial e demonstrações contábeis referentes ao último exercício social, com todos os valores convertidos para R$ (reais) e elaborados de acordo com as normas contábeis aplicáveis no Brasil, em conformidade com o disposto na Lei Federal n.º 6.404/1976 e na Lei Federal n.º 11.638/2007, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, acompanhado de certificado de Auditores Independentes. 17.3.1.5 - comprovação, por meio das demonstrações financeiras mencionadas nos itens 17.3.1.3 e 17.3.1.4 acima, pelo LICITANTE ou por todas as empresas integrantes do CONSÓRCIO, de boa situação financeira, avaliada pelos índices de Liquidez Geral (ILG), e Liquidez Corrente (ILC), iguais ou superiores a 0 (zero), bem como pelo Índice de Endividamento (IE) igual ou inferior a 1 (um) – resultantes da aplicação das seguintes fórmulas:

ILG=(AC+RLP)-(PC+ELP)

Em que:

ILG: Índice de Liquidez Geral; AC: Ativo Circulante, excluídos os títulos descontados e provisão para devedores duvidosos;

RLP: Realizável a Longo Prazo; PC: Passivo Circulante;

ILC=AC-PC

ELP: Exigível a Longo Prazo.





Em que: ILC: Índice de Liquidez Corrente;

AC: Ativo Circulante; e PC: Passivo Circulante.

IE=(PC+ELP)/AT

Em que:

IE: Índice de Endividamento PC:Passivo Circulante;

ELP:Exigível a Longo Prazo; e AT: Ativo Total.

17.3.1.6 - Para os fundos de investimentos, em substituição aos índices constantes no item 17.3.1.5, deverão comprovar Índice de Alavancagem (IA) igual ou inferior a 14,0, apurado a partir das demonstrações financeiras do último exercício, de acordo com a seguinte fórmula:

IA=CT/PL

Em que:

IA: Índice de Alavancagem; CT: Passivo real, menos o patrimônio líquido e os diversos;

PL: Capital social integralizado, mais as reservas capitalizáveis e lucros, menos os prejuízos. 17.3.1.7. Para as entidades de previdência complementar, em substituição aos índices constantes item

17.3.1.5, deverão comprovar Índice de Cobertura de Benefícios (ICB) igual ou superior a 0,7, apurado a partir das demonstrações financeiras do último exercício, de acordo com a seguinte fórmula:

ICB = (AT – CC – EO – EC – F – BC – PMI) / BaC

Em que:

ICB: Índice de Cobertura de Benefícios; AT: Ativo Total;

CC: Contribuições Contratadas; EO: Exigível Operacional;

EC: Exigível Contingencial; F: Fundos;

BC: Benefícios Concedidos; PMI: Provisões Matemáticas a Integralizar;

BaC: Benefícios a Conceder.

17.3.1.8 - Na hipótese do LICITANTE não atender aos índices financeiros indicados no item 17.3.1.5, 17.3.1.6 ou 17.3.1.7, conforme o caso, deverá comprovar, por meio das demonstrações financeiras mencionadas nos itens 17.3.1.3 e 17.3.1.4, patrimônio líquido de valor, no mínimo, para LICITANTE individual e para LICITANTES reunidos em CONSÓRCIO de valor anterior acrescido em 30% (trinta por





cento), nos exatos termos do artigo 33, III da Lei Federal n.º 8.666/1993, por meio da soma dos patrimônios líquidos das empresas que o compõem, na proporção de suas respectivas participações, por LOTE DE LICITAÇÃO até a data de entrega dos envelopes, conforme demonstrado abaixo:

Comprovação de patrimônio líquido mínimo para LICITANTE individual

Valor de R$ XXXXXXXXXX (XXXXX)

Comprovação de patrimônio líquido mínimo para LICITANTES reunidos em CONSÓRCIO

Valor de R$ XXXXXXXXXX (XXXXX)

17.3.2 - Os valores expressos em moeda estrangeira serão convertidos em R$ (reais) pela taxa de paridade de moeda e cotações divulgadas na transação da moeda do país de origem, divulgada pelo Banco Central do Brasil, tendo como referência a data-base do respectivo documento. 17.3.3 - Comprovação, por meio das demonstrações financeiras de patrimônio líquido no valor de, no

mínimo, R$20.000.000,00 (vinte milhões de reais) para LICITANTE individual. Para LICITANTES reunidos

em CONSÓRCIO, deverá ser comprovado valor anterior acrescido em 30% (trinta por cento), nos exatos

termos do artigo 33, III da Lei Federal n.º 8.666/93, por meio da soma dos patrimônios líquidos das

empresas que o compõem, na proporção de suas respectivas participações.

17.3.3.1 - Para comprovação será admitido o somatório de atestados entre as LICITANTES reunidas

em CONSÓRCIO.

17.3.3.2 - Os valores expressos em moeda estrangeira serão convertidos em R$ (reais) pela taxa de

paridade de moeda e cotações divulgadas na transação da moeda do país de origem, divulgada pelo

Banco Central do Brasil, tendo como referência a data-base do respectivo documento.

17.4 - DOCUMENTAÇÃO RELATIVA À REGULARIDADE FISCAL E TRABALHISTA:

17.4.1 - Os LICITANTES e cada uma das empresas integrantes de CONSÓRCIO deverão apresentar os seguintes documentos para comprovação de regularidade fiscal:

17.4.1.1 - comprovação de inscrição no:

17.4.1.1.1 - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda – CNPJ/MF, nos moldes da Instrução Normativa nº 1.005/2010 da Receita Federal do Brasil – RFB;

17.4.1.1.2 - Fazenda Estadual, ou, se for o caso, documento comprobatório de isenção; e

17.4.1.1.3 - Fazenda Municipal.

17.4.1.2 - Comprovação de situação regular perante o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, por meio da Certidão Negativa de Débito – CND;





17.4.1.3 - Comprovação de situação regular perante a Fazenda Nacional, por meio da certidão conjunta emitida pela Receita Federal do Brasil (RFB) e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), relativamente aos tributos administrados pela RFB e à dívida ativa da União administrada pela PGFN;

17.4.1.4 - Comprovação de situação regular perante o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, por meio do Certificado de Regularidade de Situação – CRS, que esteja dentro do prazo de validade nele atestado;

17.4.1.5 - Prova de regularidade fiscal perante as Fazendas Estadual e Municipal (esta referente ao ISSQN) todas do domicílio ou sede do LICITANTE, datada de, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias anteriores à data inicial de recebimento dos envelopes;

17.4.1.6 - Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas perante a Justiça do Trabalho nos termos do Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, conforme disposto na Lei nº 12.440, de 07 de julho de 2011.

17.4.2 - Serão aceitas como comprovação de regularidade fiscal certidões negativas ou certidões positivas com efeito de negativas que noticiem, em seu corpo, que os débitos estão judicialmente garantidos ou com sua exigibilidade suspensa.

17.4.3 - Na hipótese de não haver a expedição, na localidade da sede do LICITANTE, de certidões conjuntas ou consolidadas, deverão ser apresentadas certidões segregadas, na forma da legislação aplicável, que comprovem a inexistência de débitos tributários, bem como a inexistência de inscrição de obrigações na dívida ativa da autoridade tributária local.

17.4.4 - No caso de LICITANTE estrangeiro, a comprovação de regularidade fiscal será aferida por meio da apresentação de documentos equivalentes aos relacionados no item 17.4.1 acima, sempre de acordo com a lei do país de origem do LICITANTE e observada às formalidades deste EDITAL.

17.5 - DOCUMENTAÇÃO RELATIVA À QUALIFICAÇÃO TÉCNICA:

17.5.1 - O LICITANTE, ou, no mínimo, 1 (uma) das empresas integrantes do CONSÓRCIO, deverá apresentar, para comprovação de qualificação técnica, atestado(s) emitido(s) por pessoa(s) jurídica(s) de direito público ou privado, que comprove(m), no mínimo, ter atuado diretamente na operação de empreendimento que tenha tido por objeto o tratamento e/ou a disposição final ambientalmente adequada, em operação de concessão de serviços púbicos de saneamento ou em características compatíveis, ou em qualquer atividade de geração de energia através do uso de resíduos urbanos, pelo período contínuo mínimo de 3 (três) anos.

17.5.1.1 - Para atendimento da quantidade exigida neste item 17.5.1 será admitido o somatório de atestados.





17.5.1.2 - somente serão aceitos atestados em que o LICITANTE individual ou membro de CONSÓRCIO figure como responsável direto pela execução do empreendimento. Neste caso, a atuação no empreendimento deve ter sido individual, ou como consorciado, com participação mínima de 30% (trinta por cento) no CONSÓRCIO.

17.5.2 - No caso de alterações societárias e nos casos de fusão, incorporação ou desmembramento de empresas, somente serão considerados os atestados que, inequívoca e documentalmente, a empresa comprove a transferência definitiva de acervo técnico.

17.5.3 - O(s) atestado(s) deverá(ão) conter, obrigatoriamente, as seguintes informações:

17.5.3.1 - Objeto;

17.5.3.2 - Características das atividades e serviços desenvolvidos realizados de forma satisfatória;

17.5.3.3 - Valor total do empreendimento;

17.5.3.4 - Valor proveniente de capital próprio;

17.5.3.5 - Datas de início e de término da realização das atividades e serviços;

17.5.3.6 - Descrição das atividades exercidas no CONSÓRCIO, quando o atestado tiver sido emitido em nome de CONSÓRCIO;

17.5.3.7 - Local da realização das atividades e serviços;

17.5.3.8 - CNPJ e razão social do emitente; e

17.5.3.9 - Nome e identificação do signatário.

17.5.4 - O LICITANTE deverá apresentar de forma clara e inequívoca os dados relevantes dos atestados apresentados, devendo ainda, para eventual complementação de informações exigidas no item 17, anexar outros documentos comprobatórios pertinentes.

17.5.5 - A conformidade dos atestados poderá ser confirmada por meio de diligência, sendo que a sua desconformidade implicará na inabilitação da LICITANTE, sem prejuízo de outras sanções cabíveis em virtude de falsidade das informações prestadas.

17.5.6 - Serão admitidos, para fins do disposto neste item 17, os atestados emitidos em nome de sociedades controladas, de sociedade controladora ou de sociedades sujeitas ao mesmo controle acionário.





17.5.7 - As comprovações exigidas no item 17.5.1 poderão ser feitas por meio de declarações do LICITANTE, quando se tratar de empreendimentos próprios, as quais deverão observar o disposto neste item 17 e vir acompanhadas dos documentos necessários à comprovação de sua veracidade.

17.5.8 - Quando os valores apresentados nos atestados forem em moeda estrangeira, os montantes relativos ao porte dos empreendimentos realizados serão convertidos em R$ (reais) pela taxa de câmbio em vigor na data de ocorrência da experiência relatada.

17.6 - DOCUMENTAÇÃO DE CARÁTER ESPECÍFICO:

17.6.1 - Se o LICITANTE for INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, deverá apresentar, além dos documentos já referidos para habilitação jurídica, qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal e qualificação técnica, comprovação da autorização de funcionamento como INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, emitida pelo Banco Central do Brasil. 17.6.2 - Se o LICITANTE for entidade aberta ou fechada de previdência complementar, deverá apresentar, além dos documentos já referidos para habilitação jurídica, qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal e qualificação técnica, comprovante de autorização expressa e específica quanto à constituição e funcionamento da entidade de previdência complementar, concedida pelo órgão fiscalizador competente, e declaração de que os planos e benefícios por ela administrados não se encontram sob liquidação ou intervenção da Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social.

17.6.3 - Se o LICITANTE for fundo de investimento, deverá apresentar, além dos documentos já referidos para habilitação jurídica, qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal e qualificação técnica, os seguintes documentos:

17.6.3.1 - ato constitutivo com última alteração arquivada perante o órgão competente;

17.6.3.2 - prova de contratação de gestor, se houver, bem como de eleição do administrador em exercício;

17.6.3.3 - comprovante de registro do fundo de investimento na Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

17.6.3.4 - regulamento do fundo de investimento, e suas posteriores alterações, se houver;

17.6.3.5 - comprovante de registro do regulamento do fundo de investimento perante o Registro de Títulos e Documentos competente;

17.6.3.6 - comprovação de que o fundo de investimento se encontra devidamente autorizado a participar da LICITAÇÃO e de que o seu administrador pode representá-lo em todos os atos e para





todos os efeitos da LICITAÇÃO, assumindo, em nome do fundo de investimento, todas as obrigações e direitos que dela decorrerem; e 17.6.3.7 - comprovante de qualificação do administrador e, se houver, do gestor do fundo de investimento, perante a CVM;

17.7 - DECLARAÇÕES

17.7.1 - Os LICITANTES e cada uma das empresas integrantes de CONSÓRCIO deverão apresentar as seguintes declarações, conforme MODELO 6 constantes do ANEXO I – MODELOS DE DECLARAÇÕES PREVISTOS NO EDITAL:

17.7.1.1 - Declaração de que se encontram em situação regular perante o Ministério do Trabalho, no tocante à observância das vedações estabelecidas no artigo 7º, inciso XXXIII da Constituição Federal, atinentes à proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de 18 (dezoito) anos, e de qualquer trabalho a menores de 16 (dezesseis) anos, salvo na condição de aprendizes, a partir dos 14 (catorze) anos;

17.7.1.2 - Declaração assegurando que, até a presente data, não existem fatos supervenientes e impeditivos ara sua contratação e que não pesa contra si declaração de inidoneidade expedida por órgão da Administração Pública de qualquer esfera de Governo, estando ciente da obrigatoriedade de declarar ocorrências posteriores.

17.8 - CERTIFICADO DE REGISTRO CADASTRAL

17.8.1 - O LICITANTE que possuir o Certificado de Registro Cadastral – Cadastramento (CRC), emitido pelo Município de Bento Gonçalves poderá apresentá-lo para utilizar-se de documento nele constante como substituto de documento exigido para este certame, desde que o documento do CRC esteja com a validade em vigor. Caso o documento constante no CRC esteja com a validade expirada, tal documento não poderá ser utilizado como substituto, devendo ser apresentado o documento exigido para este certame com a validade em vigor.

17.8.1.1 - Serão analisados no CRC somente os documentos exigidos para este certame, sendo desconsiderados todos os outros documentos do CRC, mesmo que estejam com a validade expirada.

17.8.2 - Os documentos exigidos para habilitação poderão ser apresentados em original ou por qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente ou em cópia simples acompanhada do respectivo original para ser autenticada pela COMISSÃO DE LICITAÇÃO ou por membro de sua equipe de apoio, no momento da análise dos DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO, ou ainda em publicação feita em veículo de imprensa apropriado.

17.8.2.1 - Para fins de habilitação, a verificação pelo órgão promotor do certame nos sítios oficiais de órgãos e entidades emissores de certidões constitui meio legal de prova.





17.8.2.2 - A Administração não se responsabilizará pela eventual indisponibilidade dos meios eletrônicos, no momento da verificação. Ocorrendo essa indisponibilidade e não sendo apresentados os documentos alcançados pela verificação, o LICITANTE será inabilitado.

17.8.3 - O não atendimento de qualquer das condições aqui previstas provocará a inabilitação do LICITANTE vencedor.

17.9 - Poderá a Administração oficiar a Licitante ou diligenciar a quem quer que seja, na forma do art. 43 da Lei Federal nº 8.666/93, a fim de verificar a veracidade das informações contidas nos atestados, podendo requerer documentos ou informações, tais como cópia de contratos, recolhimento de tributos, dentre outros cabíveis. 17.10 - CAPACIDADE TÉCNICO-PROFISSIONAL

17.10.1 - Indicação de técnico nível superior, inscrito na sua respectiva entidade profissional competente, (Lei Federal nº 8.666/93, art. 30, I) considerado essencial para o cumprimento do objeto da licitação, mediante a comprovação do licitante possuir em seu quadro permanente ou contratado, na data prevista para a entrega da proposta, profissional que possua atestado que comprove a responsabilidade anterior por contratos de operação ou manutenção de sistemas de geração de energia e profissional de engenharia ambiental ou equivalente. 17.10.2 - A comprovação de vínculo profissional pode se dar mediante contrato social, ficha de empregado, registro em carteira profissional ou contrato de trabalho, sendo possível a contratação de profissional autônomo que preencha os requisitos e se responsabilize pela execução dos serviços; 17.10.3 - O profissional acima indicado deve participar na execução do futuro contrato de concessão, só podendo ser substituído com prévia autorização do Concedente (Lei Federal nº 8.666/93, art. 30, §10).

17.11 - Declaração de Conhecimento dos Termos do Edital.

17.11.1 - Apresentação de Declaração de Conhecimento dos Termos do Edital e Demais Obrigações, declarando que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação (Lei Federal nº 8.666/93, art. 30, III).

18. DA PROPOSTA TÉCNICA – ENVELOPE III

18.1 - A PROPOSTA TÉCNICA deve ser apresentada conforme item 19 deste EDITAL, e seu conteúdo deverão ser precedidos de carta dirigida à COMISSÃO DE LICITAÇÃO, conforme MODELO 1 constante do ANEXO I – MODELOS DE DECLARAÇÕES PREVISTOS NO EDITAL.

18.1.1 - O LICITANTE deverá apresentar PROPOSTA TÉCNICA indicando:

18.1.1.1 - CONHECIMENTO DO PROBLEMA, METODOLOGIA DO TRABALHO E PROPOSTA DE





SOLUÇÕES: O LICITANTE deverá apresentar trabalho dissertativo, que será avaliado conforme os

critérios constantes do item 19, visando demonstrar o conhecimento do serviço, versando sobre os

seguintes temas:

a) Índice: no qual conterá os itens e paginação dos tópicos de cada elemento correspondente à

matéria incluída, visando permitir a operacionalização da avaliação pela COMISSÃO DE

LICITAÇÃO;

b) Conhecimento do Problema: Discorrer sobre a execução dos serviços demonstrando o

conhecimento da situação local, particularmente o processo de coleta, transporte e disposição

final do RSU, conhecimento das legislações, normas e especificações técnicas aplicáveis e

necessárias para a elaboração completa dos projetos, eventuais dificuldades esperadas para a

execução dos trabalhos, incluindo os aspectos relacionados à sustentabilidade e gestão

ambiental;

c) Metodologia do Trabalho e Proposta de Soluções: Apresentar descrição da metodologia de

trabalho proposta, contendo, no mínimo: cronograma de execução com o detalhamento das

etapas a serem desenvolvidas, suas interdependências e definição das atividades críticas,

indicando sua organização, a forma como proceder com diferentes naturezas dos SERVIÇOS, as

peculiaridades próprias do OBJETO, do controle e o relacionamento com o PODER CONCEDENTE.

Deverão ser indicadas, ainda: i) as soluções de forma detalhada por especialidade, contendo os

principais marcos essenciais à evolução do desenvolvimento do OBJETO, atentando às questões

de sustentabilidade e gestão ambiental; ii) os produtos a serem fornecidos para atendimento ao

escopo do OBJETO; e iii) outros documentos necessários ao desenvolvimento dos SERVIÇOS e em

atendimento à legislação.

d) Aspectos das tecnologias a serem empregadas que sejam necessários para implantação do

projeto.

e) Aspectos pertinentes dos recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos que sejam

necessários para implantação do projeto.

18.1.3 - A nota máxima atribuída para cada item acima (alíneas ‘b’, ‘c’, ‘d’ e ‘e’) será de 10 pontos para

cada um, conforme critérios de julgamento.

18.1.4 - Este trabalho deverá ser apresentado impresso em papel formato A4, fonte padrão Arial

mínimo 12, espaço simples, no total máximo de 100 (cem) páginas para os dois Temas. Peças gráficas

que excederem este tamanho (ilustrações, desenhos, croquis etc.) poderão ser inseridas e deverão ser

dobradas em formato A4, sendo que cada face A4 utilizada contará uma página; os textos (exceto

legendas ou carimbos de identificação), quando inseridos nestas peças, deverão ser também na fonte

padrão Arial tamanho mínimo 12, sob pena de ser-lhe atribuída a nota zero.

18.1.5 - A capacidade técnica da LICITANTE será avaliada também em função do seu histórico de

serviços realizados na área OBJETO desta LICITAÇÃO, comprovados através de atestados/certidões, e

será pontuada nos quesitos, conforme critérios definidos da seguinte forma:





19. DA PROPOSTA COMERCIAL ENVELOPE IV

19.1 - A PROPOSTA COMERCIAL deve ser apresentada conforme estabelece o edital, e seu conteúdo deverá ser expresso em carta dirigida à COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO de apresentação da PROPOSTA COMERCIAL, conforme MODELO 2 constantes no ANEXO I – MODELOS DE DECLARAÇÕES PREVISTOS NO EDITAL.

19.1.1 - Cada LICITANTE deverá apresentar apenas uma PROPOSTA COMERCIAL, devendo ser observado as regulamentações deste EDITAL.

19.2 - O valor apresentado pelo LICITANTE na PROPOSTA COMERCIAL deve considerar como data-base o dia 31 de julho de 2018.

19.3 - Para fins de comparação objetiva entre as PROPOSTAS, o LICITANTE deverá indicar em sua PROPOSTA

COMERCIAL exclusivamente o valor pago pelo PODER CONCEDENTE a título de CONTRAPRESTAÇÃO

PECUNIÁRIA.

19.4 - A REMUNERAÇÃO da CONCESSIONÁRIA será variável conforme os resultados obtidos na execução dos

serviços, estando sujeita a critérios de incentivo em função de seu desempenho.

19.5 - O valor da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA a ser paga pelos serviços prestados deverá considerar:

19.5.1 - Os custos dos investimentos de pré-implantação, implantação, operação e encerramento e pós-

operação, quando for o caso, incluindo aqueles relativos à disposição do RSU, recicláveis e o tratamento

térmico com conversão em energia elétrica, bem como os custos permanentes e os operacionais, além

das despesas não operacionais e das obrigações previstas no CONTRATO e seus ANEXOS;

19.5.2 - Que todos os BENS VINCULADOS À CONCESSÃO serão revertidos ao PODER CONCEDENTE por

QUESITO MÁXIMO DE PONTOS

Experiência em concessões de serviços públicos de saneamento básico por no

mínimo 3 anos. 50

Experiência da equipe técnica da LICITANTE (Qualquer área) 30

Experiência em operação de empreendimento que tenha tido por objeto o

tratamento e/ou a disposição final ambientalmente adequada por no mínimo 3

anos..

50

Experiência em operação de concessão de serviços púbicos de saneamento ou

em características compatíveis por no mínimo 3 anos.. 50

Experiência em atividade de geração de energia através do uso de resíduos

urbanos por no mínimo 3 anos.. 50





ocasião da extinção da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA e término do CONTRATO, em condições de

operação normal e continuada, com atendimento a todas as condições previstas no CONTRATO e em

seus ANEXOS;

19.5.3 - que, na época do advento do termo contratual, os investimentos da SOCIEDADE DE PROPÓSITO

ESPECÍFICO que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade dos

SERVIÇOS já deverão ter sido amortizados;

19.5.4 - que somente os investimentos vinculados a bens construídos ou adquiridos pela SPE ainda não

amortizados ou depreciados serão objeto de indenização no caso de extinção do CONTRATO, conforme

termos e condições previstos em tal instrumento; e

19.5.5 - todas as despesas mensais custeadas pelo PODER CONCEDENTE envolvendo: o transporte e

disposição final de RSU, transporte e disposição final de recicláveis, custeio com estação de transbordo,

bem como toda a energia elétrica consumida no Município, incluindo próprios municipais e serviços

municipais e Iluminação Pública.

19.6 - O benefício advindo das RECEITAS ACESSÓRIAS, bem como das provenientes de projetos associados que

a CONCESSIONÁRIA pretenda implementar conforme sua PROPOSTA TÉCNICA E COMERCIAL e com ciência do

PODER CONCEDENTE, será compartilhado com o PODER CONCEDENTE, na forma do CONTRATO.

19.7 - O LICITANTE deverá apresentar juntamente com sua PROPOSTA COMERCIAL plano de negócio,

contendo, no mínimo:

19.7.1 - Descrição das parcelas que comporão a CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA, com a previsão das

receitas oriundas dos serviços realizados;

19.7.2 - As receitas deverão tomar como base o volume de RSU produzido no Município de Bento

Gonçalves/RS e contemplar o transporte, disposição, tratamento térmico e conversão em energia

elétrica para garantir o consumo dos próprios municipais, serviços municipais e Iluminação Pública.

19.8 - Os valores devidos à CONCESSIONÁRIA a título de CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA pelos serviços

prestados no âmbito do CONTRATO serão garantidos por meio da GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO

PELO PODER CONCEDENTE, nos termos do CONTRATO.

20. PLANO DE NEGÓCIOS E VISITA AO LOCAL DA CONCESSÃO 20.1 - Cada LICITANTE deverá apresentar, como parte integrante da PROPOSTA ECONÔMICA, o PLANO DE NEGÓCIOS DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA que a LICITANTE implementará na execução do CONTRATO. 20.2 - O PLANO DE NEGÓCIOS DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA incluirá, mas sem se limitar, as informações abaixo, de acordo com o especificado no ANEXO VI – CADERNO DE ENGARGOS, e as cartas e/ou declarações aqui relacionadas:





a) a projeção das receitas provenientes do recebimento da CONTRAPRESTAÇÃO BÁSICA DA CONCEDENTE PARA A OPERAÇÃO DA CONCESSÃO, em base anual, durante o prazo da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA e o RESSARCIMENTO DOS INVESTIMENTOS NA OBRA; b) as projeções das demais receitas operacionais e não operacionais; c) os desembolsos referentes aos SERVIÇOS, destacando as parcelas de depreciação/amortização e de tributos incidentes sobre as receitas; d) os desembolsos com investimentos/imobilizados, estabelecidos a preços e quantidades globais fixos, referentes à execução das OBRAS DE CONSTRUÇÃO DA USINA, a OPERAÇÃO, a MANUTENÇÃO e a CONSERVAÇÃO DA USINA; e) a composição do capital social da LICITANTE, a sua distribuição, as parcelas e os prazos de integralização, o prazo e a garantia de sua subscrição e integralização, no Modelo 10, constante do COMPROMISSO DE INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL, conforme o ANEXO I - MODELO DE CARTAS E DECLARAÇÕES, deste EDITAL; f) a descrição de recursos próprios a serem aportados na CONCESSÃO pelo LICITANTE, além do capital social, indicando a sua modalidade, características, prazos e garantia de seu aporte; g) o(s) financiamento(s) a ser(em) contratado(s) pelo LICITANTE, indicando as principais características da(s) operação(ões), tais como taxas de juros, moeda, prazos de carência e amortização, vencimentos, comissões e garantias; h) carta de instituição seguradora ou corretora de seguros que assessora o LICITANTE na montagem do plano de seguros, declarando que apoiará o empreendimento objeto da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, utilizando o Modelo 01, de carta constante do ANEXO I – MODELOS DE CARTAS E DECLARAÇÕES, deste EDITAL; e i) carta de empresa de auditoria independente ou instituição financeira, ambas de primeira linha, declarando que analisou as PROJEÇÕES FINANCEIRAS apresentadas pelo LICITANTE, atestando a sua adequabilidade, sob o aspecto econômico-financeiro, conforme Modelo 04, constante do ANEXO I - MODELOS DE CARTAS E DECLARAÇÕES, deste EDITAL.

20.3 - O LICITANTE deverá comprovar a experiência da instituição seguradora ou corretora de seguros, de que trata o subitem (i), em colocação de programa de seguros similares e em gerenciamento de risco de seguro, devendo esta instituição seguradora estar entre as dez maiores do ranking definido pela SUSEP, na sua especialidade. 20.4 - A apresentação do plano de negócios deverá ser no formato de relatório e expresso por meio de um

sistema de planilhas (em Língua Portuguesa e em moeda nacional) com cálculos elaborados por fórmulas e

vínculos que devem estar aparentes e disponíveis. Os arquivos deverão estar disponíveis para leitura sem uso

de qualquer meio de proteção por senha ou chave de acesso e macros, e poderão estar compactados, desde





que seja entregue também o “Software” utilitário empregado na compactação. Todas as fórmulas utilizadas

devem ser evidentes.

20.6 - VISITAS AO LOCAL DA OBRA

20.6.1 - Os LICITANTES deverão vistoriar o local onde será implantada a USINA DE GERAÇÃO DE ENERGIA e suas cercanias, para a verificação das condições locais, com a finalidade de obter avaliação própria da quantidade e natureza dos trabalhos, materiais e equipamentos necessários à realização do objeto da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, forma e condições de suprimento, meios de acesso ao local e para a obtenção de quaisquer outros dados que julgarem necessários à preparação da PROPOSTA TÉCNICA e da PROPOSTA ECONÔMICA. 20.6.2 - Poderão ser feitas tantas visitas ao local onde será implantada a USINA DE GERAÇÃO DE ENERGIA, e suas cercanias, quanto cada LICITANTE considerar necessário; contudo, a primeira vistoria será conjunta e, para tanto, os representantes credenciados dos LICITANTES deverão se apresentar na Secretaria do Meio Ambiente, na Rua 10 de Novembro, 190, Bairro Cidade Alta, Bento Gonçalves, RS, às 14:00 horas do dia XX/XX/2018 e no dia XX/XX/2018, em uma segunda oportunidade.

20.7 - Ao final da primeira vistoria, a CONCEDENTE fornecerá aos representantes credenciados dos LICITANTES o Atestado de Vistoria, que fará parte do envelope contendo a DOCUMENTAÇÃO DE HABILITAÇÃO. 20.8 - A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO - CPL/PPP considerará que a DOCUMENTAÇÃO apresentada foi elaborada com perfeito conhecimento do local onde será implantado USINA DE GERAÇÃO DE ENERGIA, incluindo a o PROJETO IMOBILIÁRIO, e suas cercanias, não podendo a LICITANTE, em hipótese alguma, pleitear modificações nos preços, prazos, ou condições do CONTRATO, ou alegar qualquer prejuízo ou reivindicar qualquer benefício, sob a invocação de insuficiência de dados ou informações sobre este.

21. MECANISMO DE AFERIÇÃO E PAGAMENTO DA CONTRAPRESTAÇÃO PÚBLICA 21.1 - O mecanismo de aferição e pagamento da CONTRAPRESTAÇÃO PÚBLICA se encontra definido no CONTRATO.

22. CONTRAPRESTAÇÃO PÚBLICA 22.1 - A CONTRAPRESTAÇÃO PÚBLICA é o valor pago da CONTRAPRESTAÇÃO BÁSICA DA CONCEDENTE PARA A OPERAÇÃO DA USINA DE GERAÇÃO DE ENERGIA. 22.2 - A CONTRAPRESTAÇÃO BÁSICA DA CONCEDENTE PARA A OPERAÇÃO DA USINA DE GERAÇÃO DE ENERGIA será apresentada em valores mensais e anuais em conformidade com o previsto no ANEXO V –MODELAGEM ECONOMICA FINANCEIRA, deste EDITAL, 30 (trinta) dias, após o início da OPERAÇÃO DA USINA, nos limites estabelecidos neste EDITAL.





22.3 - O LICITANTE TECNICAMENTE CLASSIFICADO deverá informar em sua PROPOSTA ECONÔMICA o fluxo da CONTRAPRESTAÇÃO PÚBLICA que se comporá do fluxo da CONTRAPRESTAÇÃO BÁSICA DA CONCEDENTE PARA A OPERAÇÃO DA USINA, ao longo do prazo da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 22.4 - O valor da CONTRAPRESTAÇÃO BÁSICA DA CONCEDENTE PARA A OPERAÇÃO DA USINA será reajustado automaticamente, em periodicidade anual, a partir da data de assinatura do CONTRATO. 22.5 - Para efeito de julgamento das PROPOSTAS ECONÔMICAS, os LICITANTES TECNICAMENTE CLASSIFICADOS deverão apresentar o VALOR PRESENTE LÍQUIDO DO FLUXO DA USINA considerando as taxas de desconto referenciais indicadas no ANEXO V –MODELAGEM ECONOMICA FINANCEIRA, deste EDITAL. 22.5.1 - A CONTRAPRESTAÇÃO BÁSICA DA CONCEDENTE PARA A OPERAÇÃO DA USINA será a apresentada pelo LICITANTE. 22.6 - Quando da assinatura do CONTRATO, os valores serão atualizados e só serão reajustados novamente depois de decorridos 12 meses da assinatura do CONTRATO. Caso a operação se inicie após o período de 12 meses da assinatura do CONTRATO, o primeiro reajuste só será efetivado na data do início da OPERAÇÃO e depois, a cada 12 meses deste reajuste inicial.

23. GARANTIA DE PAGAMENTO DA CONTRAPRESTAÇÃO PÚBLICA 23.1 - A garantia do cumprimento das obrigações pecuniárias assumidas pela CONCEDENTE neste CONTRATO será prestada por meio da utilização de: a) CONTA-GARANTIA para ao pagamento da CONTRAPRESTAÇÃO DA CONCEDENTE PARA OPERAÇÃO DA USINA, conforme regulada nos termos do CONTRATO. 23.1.1 - A garantia convencionada por meio deste item compreenderá toda a obrigação pecuniária que se torne devida pelo Município de Bento Gonçalves nos termos do CONTRATO. 23.1.2 - A garantia vigorará durante o prazo da OPERAÇÃO DA USINA, que será utilizada como garantia do cumprimento das obrigações pecuniárias assumidas no Contrato de Financiamento relativo às OBRAS DE CONSTRUÇÃO DA USINA. 23.2 - Caso a CONCESSIONÁRIA tenha cedido ao FINANCIADOR parte ou totalidade de seus direitos creditórios relativos à CONTRAPRESTAÇÃO DA CONCEDENTE PARA OPERAÇÃO DA USINA, o FINANCIADOR poderá valer-se da garantia diretamente, conforme regulado nos termos do contrato. 23.3 - Os recursos a serem dados em garantia pela CONCEDENTE, através de depósito na Conta-Garantia, corresponderão ao depósito em dinheiro no valor equivalente a 6 (seis) meses de CONTRAPRESTAÇÃO BÁSICA DA CONCEDENTE PARA OPERAÇÃO DA USINA, a ser depositado até dezembro do ano anterior ao ano de início da OPERAÇÃO DA USINA, acrescido de mecanismo de depósito automático das receitas advindas da Taxa de coleta e remoção de lixo (TCL), para garantir que, automaticamente, no caso de a CONCEDENTE inadimplir no





pagamento da CONTRAPRESTAÇÃO DA CONCEDENTE PARA OPERAÇÃO DA USINA, o valor depositado na CONTA-GARANTIA esteja sempre em acordo com o valor mínimo de garantia. 23.3.1 - A parcela objeto da garantia tratada neste item 23.3, a ser depositada e recomposta mensalmente na Conta-Garantia, deverá corresponder à somatória devida ao longo dos seis meses subsequentes, para todo o prazo da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, a serem pagas pela CONCEDENTE à CONCESSIONÁRIA, conforme previsto na PROPOSTA ECONÔMICA da CONCESSIONÁRIA. 23.3.2 - Para os fins do item 23.3 e seguintes, a CONCEDENTE abrirá, e manterá aberta durante o prazo da OPERAÇÃO DA USINA, conta bancária junto a instituição financeira de renome e comprovada reputação no mercado nacional (“Agente Fiduciário”), a qual será aberta especialmente para esta finalidade (“Conta-Garantia”), e na qual serão depositados , mensalmente, receitas advindas de taxa de coleta e remoção do lixo (TCL) necessárias para atingir as quantias mencionadas no subitem 23.3.1 acima. 23.3.3 - A CONCEDENTE deverá, de forma irrevogável e irretratável, durante o prazo da OPERAÇÃO DA USINA nos termos de contrato de Conta-Garantia, no qual garante todas as medidas necessárias visando ao depósito, na Conta-Garantia, dos recursos mencionados no item 23.3.2 acima. 23.4 - A instituição financeira mencionada no item 23.3.2 acima será autorizada pela CONCEDENTE, de forma irrevogável e irretratável, nos termos de contrato de Conta-Garantia, e estará obrigada, perante a CONCESSIONÁRIA, ou ao FINANCIADOR, caso a CONCESSIONÁRIA tenha se utilizado da faculdade prevista no item 23.2 acima, a movimentar os recursos depositados na Conta-Garantia exclusivamente nas hipóteses previstas no contrato de Conta-Garantia. 23.4.1 - Em caso de substituição da instituição financeira mencionada no item 23.3.2 acima, o substituto se obrigará a manter as condições de Agente Fiduciário. 23.5 - A CONCEDENTE assegurará, durante a vigência da OPERAÇÃO DA USINA, a existência de recursos na Conta-Garantia que obedeçam aos valores definidos no item 23.3.1. 23.6 - Na hipótese de utilização da totalidade da garantia ou de parte dela, fica a CONCEDENTE obrigada, independentemente de notificação, a fazer com que sejam depositados na Conta-Garantia, no menor prazo possível, os recursos mencionados no item 23.3.2, de modo que a Conta-Garantia sempre contenha, durante o prazo da OPERAÇÃO DA USINA, os valores definidos no item 23.3.1 a ser paga pela CONCEDENTE à CONCESSIONÁRIA, conforme previsto na PROPOSTA ECONÔMICA da CONCESSIONÁRIA.

CAPITULO III – JULGAMENTO DAS PROPOSTAS

24. DO PROCEDIMENTO DE JULGAMENTO 24.1 - No dia, local e hora designados no preâmbulo deste EDITAL e no aviso de convocação da LICITAÇÃO, em

sessão pública de abertura dos envelopes, será feita a abertura dos ENVELOPE 1 e os representantes dos

LICITANTES presentes serão devidamente credenciados, na forma deste EDITAL.





24.1.1 - As complementações de insuficiências ou correções de caráter formal necessárias ao

saneamento de falhas caracterizadas como falhas formais no curso do procedimento poderão ser

realizadas conforme estabelecido no artigo 12, inciso IV, da Lei Federal nº 11.079/04.

24.1.2 - Fica estipulado o prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da determinação da COMISSÃO

ESPECIAL DE LICITAÇÃO, para a complementação, pelo LICITANTE, de insuficiências ou de correções de

caráter formal.

24.1.3 - Em qualquer caso, a COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO poderá pedir informações

complementares e efetuar diligências para aferir ou confirmar a autenticidade das informações contidas

nos projetos, atestados, declarações, contratos ou subcontratos. Apurada qualquer desconformidade

nas informações, que venha a comprometer a aferição da PROPOSTA, o LICITANTE será desclassificado.

24.1.4 - Na sequência, serão analisadas as GARANTIA DE PROPOSTA de cada um dos LICITANTES, para

verificação da condição de participação estabelecida, seguida da abertura do ENVELOPE 2 -

DOCUMENTAÇÃO DE HABILITAÇÃO dos LICITANTES aptos a participarem da LICITAÇÃO, seguida da

rubrica de seu inteiro teor pelos membros da COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO e pelos representantes

credenciados dos LICITANTES.

24.1.5 - O LICITANTE que descumprir as regras estabelecidas neste edital será inabilitado

24.1.6 - Os ENVELOPES 02 e 03 de todos os LICITANTES serão devidamente rubricados e guardados em

ambiente indevassável para posterior abertura.

24.1.7 - Após a abertura e rubrica dos documentos constantes do ENVELOPE 2, a COMISSÃO ESPECIAL

DE LICITAÇÃO franqueará a palavra aos LICITANTES para observações, reclamações ou impugnações que

entenderem cabíveis, as quais serão consignadas em ata.

24.1.8 - A COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO analisará os documentos e decidirá sobre as observações

ou impugnações, de imediato, na mesma sessão, ou designará outra data para divulgação do resultado,

quando a questão requerer exame mais acurado.

24.1.9 - Somente serão habilitados os LICITANTES que satisfizerem, integralmente e sem ressalvas, o

disposto acerca dos DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO

24.1.10 - Serão inabilitadas as LICITANTES cujos DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO incluam qualquer parte

da ou referência à PROPOSTA TÉCNICA ou a PROPOSTA COMERCIAL.

24.1.11 - Da reunião de julgamento e de habilitação será lavrada ata circunstanciada, na qual serão

registrados todos os atos do procedimento e as ocorrências relevantes e que, ao final, será assinada

pela COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO e pelos LICITANTES.

24.1.12 - O resultado do julgamento das GARANTIAS DE PROPOSTA e dos DOCUMENTOS DE

HABILITAÇÃO dos LICITANTES será publicado no DOM, iniciando-se o prazo para apresentação de

recursos, nos termos do artigo 109 da Lei Federal 8 666/93.





25. Abertura dos Envelopes 3 e do Julgamento da Proposta Técnica

25.1 - DA ABERTURA E JULGAMENTO DO ENVELOPE 3 - PROPOSTA TÉCNICA

25.1.1 - Julgados os recursos eventualmente interpostos ou passado in albis o prazo para sua

interposição, a COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO devolverá às LICITANTES inabilitadas os envelopes de

PROPOSTA TÉCNICA e PROPOSTA COMERCIAL e convocará nova sessão pública para a abertura do

ENVELOPE 3 - PROPOSTA TÉCNICA dos LICITANTES habilitadas.

25.1.2 - Concluída a análise dos DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e encerrado o prazo para apresentação

de recursos, não cabe inabilitação a qualquer LICITANTE, salvo em razão de fatos supervenientes ou só

conhecidos após o julgamento

25.1.3 - Iniciada a sessão, serão abertos os envelopes da PROPOSTA TÉCNICA das LICITANTES

habilitadas, cujo conteúdo será rubricado pela COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO e pelos

representantes das LICITANTES.

25.1.4 - Após a abertura e rubrica dos documentos constantes do ENVELOPE 3, a COMISSÃO ESPECIAL

DE LICITAÇÃO franqueará a palavra aos LICITANTES para observações, reclamações ou impugnações que

entenderem cabíveis, as quais serão consignadas em ata.

25.1.5 - Em seguida, a COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO examinará as PROPOSTAS TÉCNICAS e

divulgará a nota técnica (NT) a elas atribuídas, calculadas da seguinte forma, na mesma sessão, ou em

outra convocada para tal fim:

25.1.6 - Nota do conhecimento do problema, metodologia do trabalho e proposta de soluções (NCPMS):

25.1.6.1 - Será atribuída nota à demonstração do conhecimento do problema (NCP), pontuação

máxima de 10 (dez) pontos e à metodologia do trabalho e proposta de soluções (NMS) pontuação

máxima de 10 (dez) pontos, com base no trabalho dissertativo apresentado, de acordo com os

critérios e quadro a seguir:

a) INSUFICIENTE (0,0 a 2,5 PONTOS): Nesse conceito serão enquadrados os itens de avaliação

para os quais a proponente apresentou as informações e proposições requeridas incompletas,

demonstrando conhecimento insuficiente do assunto.

b) REGULAR (2,6 a 5,0 PONTOS): Nesse conceito serão enquadrados os itens de avaliação para os

quais a proponente apresentou as informações e proposições requeridas mínimas que

caracterizam conhecimento regular dos assuntos, demonstrando que não satisfazem

adequadamente as expectativas do PODER CONCEDENTE quanto à qualidade dos serviços que se

propõe a prestar.

c) BOM (5,1 a 7,5 PONTOS): Nesse conceito serão enquadrados os itens de avaliação para os quais

a proponente apresentou as informações e proposições requeridas satisfatórias, mostrando

conhecimento satisfatório do assunto, mostrando evidência de que oferece condições de atuar

com bom desempenho dos serviços que se propõe a prestar.





d) EXCELENTE (7,6 a 10 PONTOS): Nesse conceito serão enquadrados os itens de avaliação, para

os quais a proponente apresentou as informações e proposições requeridas completas e

aprofundadas, mostrando evidência de conhecimento completo e aprofundado do assunto,

oferecendo, assim, condições de atuar com desempenho sólido e com segurança, podendo

colaborar significativamente para melhoria da qualidade das atividades esperadas pelo PODER

CONCEDENTE.

2

5.1.6.2 - A nota máxima dos LICITANTES no julgamento da NCPMS será de 20 (vinte) pontos,

calculada da seguinte forma:

NCPMS = NCP + NMS

Onde:

NCPMS é a nota do conhecimento do problema, metodologia do trabalho e proposta de soluções;

NCP é a nota do conhecimento do problema; e

NMS é a nota da metodologia do trabalho e proposta de soluções

25.1.6.3 - A nota da capacidade técnica (NCT) da LICITANTE será apurada da seguinte forma:

QUESITO TEMPO DE

EXPERIÊNCIA (t

anos)

PONTUAÇÃO

POR ATESTADO

PONTUAÇÃO

MÁXIMA

Experiência da

LICITANTE em

operação de

5 > t ≥ 8

8 > t ≥ 10

5

10 50

Critério Requisitos Nota Parcial Nota Final máxima

INSUFICIENTE Informações incompletas

Conhecimento insuficiente Proposições incompletas

0,0 a 0,5 0,0 a 1,0 0,0 a 1,0

2,5

REGULAR Informações mínimas Conhecimento regular Proposições mínimas

0,5 a 1,0 1,0 a 2,0 1,0 a 2,0

5,0

BOM Informações satisfatórias

Conhecimento satisfatório Proposições satisfatórias

1,0 a 1,5 2,0 a 3,0 2,0 a 3,0

7,5

EXCELENTE Informações completas aprofundadas Conhecimento completo aprofundado Proposições completas aprofundadas

1,5 a 2,0 3,0 a 4,0 3,0 a 4,0

10,0





concessões do

item 117.5.1.

(NEC)

10 > t ≥ 15

> 15

15

20

Experiência da

equipe técnica da

LICITANTE (NET)

5 > t ≥ 8

8 > t ≥ 10

10 > t ≥ 15

> 15

5

10

15

20

30

25.1.6.4 - A nota máxima dos LICITANTES no julgamento da NCT será de 80 (oitenta) pontos,

calculada da seguinte forma:

NCT = NEC + NET

Onde:

NCT é a nota da capacidade técnica da LICITANTE;

NEC é a nota atribuída em razão da experiencia da LICITANTE em concessões; e

NET é a nota da experiência da equipe técnica da LICITANTE

25.2 - A nota da PROPOSTAS TÉCNICAS (NT) será calculada da seguinte forma:

NT = NCPMS + NCT

Onde:

NT é a nota técnica final de cada LICITANTE

NCPMS é a nota do conhecimento do problema, metodologia do trabalho e proposta de soluções

NCT é a nota da capacidade técnica da LICITANTE;

25.2.1 - Concluído o julgamento das PROPOSTAS TÉCNICAS, a COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO

convocara nova sessão pública, na qual divulgará o resultado de seu julgamento e procederá à abertura

do ENVELOPE 4 - PROPOSTA COMERCIAL das LICITANTES habilitadas.

25.2.2 - Iniciada a sessão, serão abertos os envelopes de PROPOSTA COMERCIAL das LICITANTES

habilitadas, cujo conteúdo será rubricado pela COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO e pelos

representantes das LICITANTES.

25.2.3 - Em seguida, a COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO examinará as PROPOSTAS COMERCIAIS e

divulgará a nota comercial (NC) a elas atribuída, na mesma sessão, ou em outra convocada para tal fim,

calculada da seguinte forma.

26. Abertura dos Envelopes 4 e do Julgamento da Proposta Econômica





26.1 - A PROPOSTA COMERCIAL receberá Nota Comercial (NC) de 0 (zero) a 100 (cem) pontos, tendo peso de

40% (quarenta por cento) na avaliação global da LICITANTE, conforme a seguinte fórmula:

NC = 100 x {[(OR+M)/2] / VPC)}

Onde:

OR= Valor orçado pelo Poder Concedente, incluindo todas as despesas atuais que envolvem

transporte e disposição de RSU, recicláveis, e toda a energia elétrica consumida no Município,

incluindo próprios municipais, serviços municipais e Iluminação Pública, disponibilizado no [X].

M= Média dos valores oferecidos pelos licitantes;

VPC = Valor Oferecido na Proposta Comercial.

Se >1, a NC=100

Se <1= Valor calculado

26.1.1 - Não será computada, para fins da determinação da Média dos valores oferecidos pelos

licitantes, a PROPOSTA do LICITANTE cuja PROPOSTA TÉCNICAS e/ou PROPOSTA COMERCIAL tenha sido

desclassificada.

26.1.2 - Serão desclassificadas as PROPOSTAS COMERCIAIS dos LICITANTES:

26.1.2.1 - Que não apresentarem os documentos exigidos para o ENVELOPE 4, na forma e condições

estabelecidas neste EDITAL e em seus ANEXOS;

26.1.2.2 - Cujos documentos não estiverem assinados por pessoa habilitada;

26.1.2.3 - Que não estiverem totalmente expressas em R$ (reais), na forma;

26.1.2.4 - Que não estiverem redigidas em Língua Portuguesa;

26.1.2.5 - Cujos valores propostos para a CONTRAPRESTAÇÃO MENSAL sejam superiores a R$ [X]

(xxxxx reais e xxxxxx centavos), em conformidade com o disposto no art. 40, X, da Lei Federal nº

8.666/93;

26.1.2.6 - Que não considerarem todos os tributos incidentes sobre o OBJETO da LICITAÇÃO, na

forma da legislação vigente;

26.1.2.7 - Que considerarem qualquer benefício fiscal que possa vir a ser conferido à

CONCESSIONÁRIA, no âmbito da União, do Estado e do Município, durante o prazo da CONCESSÃO

ADMINISTRATIVA, sem que efetivamente exista no momento da LICITAÇÃO; e

26.1.2.8 - Que contiverem vícios ou omitir qualquer elemento solicitado;

26.1.2.9 - Que forem manifestamente inexequíveis, nos termos dos artigos 43, IV, 44 §3° e 48, Li da

Lei Federal 8666/93, o que será aferido com base nos elementos financeiros constantes do plano de





negócios

26.2 - As PROPOSTAS COMERCIAIS serão julgadas com base no critério de menor valor o qual levará à

identificação do menor valor da CONTRAPRESTAÇÃO MENSAL.

26.2.1 - As PROPOSTAS COMERCIAIS desclassificadas, não serão consideradas para efeitos de

julgamento da PROPOSTA COMERCIAL, não integrando a variável.

26.2.2 - A COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO classificará as LICITANTES pela ordem decrescente da

soma das pontuações alcançadas nas PROPOSTAS TÉCNICAS e PROPOSTAS COMERCIAIS, de acordo com

os pesos expressamente estabelecidos, conforme a seguinte equação:

N = NT x 0,6 + NC x 0,4

N - Nota final para classificação

NT - Nota Técnica, nos termos do

NC - Nota Comercial, nos termos

26.2.3 - A COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO divulgará a Nota Final (N) e a classificação dos LICITANTES

através de publicação no sitio eletrônico do BENTO GONÇALVES e no DOM, iniciando-se o prazo para

interposição de recursos pelos LICITANTES interessados.

26.2.4 - Será declarado vencedor da LICITAÇÃO o LICITANTE habilitado classificado em primeiro lugar.

26.2.5 - Havendo empate entre duas ou mais Notas finais (N), a classificação se fará, obrigatoriamente,

por sorteio, em ato público realizado pela COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO, para o qual todos os

LICITANTES serão convocados

26.2.6 - Se todos os LICITANTES forem inabilitados ou todas as PROPOSTAS forem desclassificadas, o

PODER CONCEDENTE, a seu critério, poderá fixar prazo de 08 (oito) dias úteis para a apresentação de

novos DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO ou PROPOSTAS, conforme disposto no artigo 48, § 3º da Lei

Federal 8.666/93.

27. DOS RECURSOS ADMINISTRATIVO 27.1 - Após a declaração do vencedor, será facultado aos LICITANTES, nos termos do art. 109 da Lei Federal nº 8.666/93, e do art. 13, inc. I, da Lei Federal nº 11.079/04, a interposição de recurso administrativo contra todas as decisões constantes da ata, será para a autoridade superior do município de Bento Gonçalves, por intermédio do Presidente da COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da intimação do ato ou da lavratura da ata pela COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO.

27.2 - A COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados do recebimento do recurso, ou fazê-lo subir à autoridade superior, devidamente informados, para deferimento ou indeferimento, dentro do prazo citado.

27.3 - A interposição de recurso será comunicada aos demais LICITANTES, que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da intimação do ato.





27.4 - Os recursos deverão observar os seguintes requisitos:

27.4.1 - ser devidamente fundamentados; 27.4.2 - ser assinados por representante legal ou procurador com poderes suficientes;

27.4.3 - ser protocolados junto à COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO; e

27.4.4 - não será admitida a apresentação de documentos ou informações que já deveriam ter sido apresentados nos ENVELOPES 1, 2, 3 e/ou 4 e cuja omissão não tenha sido suprida na forma estabelecida neste EDITAL.

27.5 - Os recursos interpostos fora do prazo ou em local diferente do indicado não serão conhecidos. 27.6 - Os recursos contra os atos decisórios constantes da ata referida no item 18.1.18 terão efeito suspensivo obrigatório.

27.7 - O acolhimento dos recursos interpostos importará a invalidação apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento.

27.8 - Os recursos deverão ser decididos no prazo de 5 (cinco) dias úteis.

27.9 - Decididos os recursos ou transcorrido o prazo para manifestação de intenção de interposição dos mesmos, sem que tenha havido manifestação do LICITANTES, serão devolvidos aos LICITANTES desclassificados os envelopes “DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO” inviolados, podendo, todavia, retê-los até o encerramento da LICITAÇÃO.

27.10 - Os recursos interpostos com objetivos protelatórios ou outros que não sejam pertinentes ao direito dos LICITANTES e ao interesse público serão considerados como atos de perturbação ao processo licitatório, sendo, neste caso, objeto de representação por parte da SEGEM ao Ministério Público, instrumentalizando-o para oferecimento de denúncia ao Poder Judiciário, por infração ao artigo 93 da Lei Federal nº 8.666/93.

28. DA ADJUDICAÇÃO E DA HOMOLOGAÇÃO 28.1 - O OBJETO será adjudicado ao LICITANTE cuja PROPOSTA classificar-se em primeiro lugar, na conformidade deste Capítulo, pelas autoridades responsáveis pela HOMOLOGAÇÃO do processo. 28.2 - Na eventualidade de o OBJETO não vir a ser contratado por desinteresse do LICITANTE vencedor ou pelo não comparecimento para assinatura do CONTRATO, o PODER CONCEDENTE poderá adjudicar o OBJETO ao LICITANTE detentor da PROPOSTA classificada a seguir, desde que a decisão seja devidamente justificada.

28.2.1 - Se houver mais de uma recusa, poder-se-á adotar procedimento idêntico para os demais LICITANTES classificados.





28.3 - Proclamado o resultado final da LICITAÇÃO, o OBJETO será adjudicado ao LICITANTE vencedor nas condições por ele ofertadas. 28.4 - Será condição para a adjudicação e homologação da LICITAÇÃO, após o atendimento a todos os requisitos legais, a formalização dos instrumentos competentes junto aos MUNICÍPIOS CONVENENTES.

29. DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 29.1 - A recusa do ADJUDICATÁRIO em assinar o CONTRATO dentro do prazo estabelecido pelo PODER CONCEDENTE permitirá a aplicação das seguintes sanções:

29.1.1 - Advertência, que será aplicada sempre por escrito; 29.1.2 - Multa, 29.1.3 - Suspensão temporária do direito de licitar; 29.1.4 - Indenização ao PODER CONCEDENTE da diferença de custo para contratação de outro licitante; 29.1.5 - Declaração de inidoneidade para licitar e contratar com a Administração Pública.

29.2 - As sanções previstas no item anterior poderão ser aplicadas cumulativamente, de acordo com a gravidade da infração, assegurada ampla defesa ao ADJUCATÁRIO, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato e, de 10 (dez) dias, para a hipótese de aplicação da declaração de inidoneidade. 29.3 - A sanção de suspensão de participar em LICITAÇÃO e contratar com a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA também poderá ser aplicada àqueles que retardarem indevidamente o andamento da LICITAÇÃO, àqueles que fizerem declaração falsa ou cometerem fraude fiscal e àqueles que não mantiverem a proposta.

30. FRAUDE E CORRUPÇÃO 30.1 - O PODER CONCEDENTE exige dos concorrentes, fornecedores e contratados que observem o mais alto padrão de ética durante a LICITAÇÃO e execução de tais contratos. Em consequência desta política, o Município de Bento Gonçalves define, com os propósitos dessa disposição, os seguintes termos:

30.1.1 - “prática corrupta” significa a oferta, a doação, o recebimento ou a solicitação de qualquer coisa de valor para influenciar a ação de um funcionário público no processo de LICITAÇÃO ou execução do CONTRATO; 30.1.2 - “prática fraudulenta” significa a deturpação dos fatos a fim de influenciar um processo de LICITAÇÃO ou a execução de um CONTRATO, e incluir prática conspiratória entre os concorrentes (antes ou após a apresentação da proposta) destinados a estabelecer os preços das propostas a níveis artificiais não competitivos e privar a contratante dos benefícios da competição livre e aberta;





30.1.3 - “prática conspiratória” significa um esquema ou arranjos entre dois ou mais concorrentes destinado a estabelecer os preços das propostas a níveis artificiais não competitivos; 30.1.4 - “prática coercitiva” significa prejudicar ou ameaçar prejudicar, diretamente ou indiretamente, pessoas ou suas propriedades a fim de influenciar a participação delas no processo de LICITAÇÃO ou afetar a execução de um CONTRATO; e 30.1.5 - “prática obstrutiva” significa:

30.1.5.1 - destruir, falsificar, alterar ou esconder intencionalmente provas materiais para investigação ou oferecer informações falsas aos investigadores com o objetivo de impedir uma investigação do órgão competente do Município de Bento Gonçalves, sobre alegações de corrupção, fraude, coerção ou conspiração; significa ainda ameaçar, assediar ou intimidar qualquer parte envolvida com vistas a impedir a liberação de informações ou conhecimentos que sejam relevantes para a investigação; ou 30.1.5.2 - agir intencionalmente com o objetivo de impedir o exercício do direito do órgão competente do Município de Bento Gonçalves de investigar e auditar.

30.2 - O PODER CONCEDENTE, com base no estabelecido nesta cláusula, rejeitará uma proposta para ADJUDICAÇÃO se o LICITANTE, diretamente ou por um agente, envolveu-se em práticas corruptas, fraudulentas, conspiratórias ou coercitivas durante a LICITAÇÃO; 30.3 - O PODER CONCEDENTE, com base no estabelecido nesta cláusula e na Lei nº 8.666/93, sancionará o LICITANTE se, diretamente ou por um agente, envolveu-se em práticas corruptas, fraudulentas, conspiratórias ou coercitivas durante a LICITAÇÃO ou na execução do CONTRATO.

CAPITULO IV – DOS PROCEDIMENTOS DA CONTRATAÇÃO ADMINISTRATIVA

31. HOMOLOGAÇÃO, ADJUDICAÇÃO E ASSINATURA DO CONTRATO 31.1 - O ADJUDICATÁRIO será convocado a assinar o CONTRATO no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data da mencionada convocação, sob pena de decair do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei Federal nº 8.666/93.

31.1.1 - Para a assinatura do CONTRATO, o ADJUDICATÁRIO deverá constituir uma SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO (SPE), na conformidade da lei brasileira, cuja finalidade exclusiva será de explorar o OBJETO da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, sendo os estatutos e a composição acionária aqueles apresentados na LICITAÇÃO. 31.1.2 - Caso o ADJUDICATÁRIO seja um LICITANTE individual, este deverá criar subsidiária integral para atender ao disposto no item imediatamente precedente, sendo que deverá, em igual força, firmar o CONTRATO, de modo a assumir responsabilidade solidária em relação à subsidiária integral.





31.1.3 - A SPE deverá ser, necessariamente, constituída sob a forma de sociedade anônima.

31.1.4 – O Município de Bento Gonçalves, mediante justificativa fundamentada, poderá prorrogar por até mais 30 (trinta) dias o prazo previsto para a assinatura do CONTRATO.

31.1.5 - O ADJUDICATÁRIO deverá comprovar ao PODER CONCEDENTE que prestou a GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA, conforme especificado no edital.

31.2 - Caso o ADJUDICATÁRIO se recuse a assinar o CONTRATO ou, convidado a fazê-lo, não atenda no prazo fixado, garantida prévia e fundamentada defesa, será considerado inadimplente e estará sujeito às seguintes cominações, independentemente de outras sanções previstas na Lei Federal n.º 8.666/1993 e suas alterações:

31.2.1 - Multa correspondente a 5% (cinco por cento) do VALOR ESTIMADO DO CONTRATO; e 31.2.2 - Perda integral da garantia de manutenção de proposta, quando houver.

31.3 - Nos casos de atraso ou descumprimento de suas obrigações previstas no CONTRATO, o ADJUDICATÁRIO ficará sujeito à imposição das penalidades previstas naquele instrumento.

32. DA CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO – SPE 32.1 - Após a adjudicação da Licitação, a Licitante Vencedora deverá constituir a Sociedade de Propósito Específico - SPE, que celebrará o contrato com o Concedente e será a responsável pela execução do objeto da Concessão Administrativa.

32.1.1 - O prazo máximo para a constituição inicial da Sociedade de Propósito Específico - SPE e da assinatura do contrato será de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da publicação do resultado da homologação, sob pena de desistência da proposta e chamamento dos demais classificados na ordem cronológica do resultado.

32.2 - Para atendimento da exigência constante da homologação e do Contrato deste Edital, a adjudicatária deverá constituir Sociedade de Propósito Específico - SPE, com sede e administração no Município de Bento Gonçalves, cujo objeto social deverá restringir-se, exclusivamente, à execução do objeto do Contrato. 32.3 - A Sociedade de Propósito Específico - SPE, constituída pela Licitante Vencedora, assumirá a forma de sociedade anônima ou de sociedade por cotas de responsabilidade limitada e deverá ter como único objeto a execução dos serviços, bem como a realização das atividades correlatas e a exploração de fontes de receitas autorizadas no Contrato, de modo a viabilizar o cumprimento do Contrato. 32.4 - No caso da Licitante Vencedora ser Consórcio, o controle efetivo da Sociedade de Propósito Específico - SPE será considerado aquele exercido por empresas que detiverem de forma isolada ou conjunta mais de 50% (cinquenta por cento) da participação no Consórcio na data de apresentação das Propostas.





32.4.1 - Entende-se por controle efetivo da SPE a titularidade da maioria do capital votante, expresso em ações ordinárias nominativas com direito a voto, ou o exercício, de fato e de direito, do poder decisório para gerir suas atividades, disciplinado em acordo de acionistas da SPE ou documento com igual finalidade, nos termos do disposto no artigo 116 da Lei Federal no 6.404/76.

32.5 - A Sociedade de Propósito Específico - SPE deve encaminhar ao Concedente, imediatamente após a constituição da sociedade, o seu estatuto social, eventuais acordos de acionistas ou documento com igual finalidade, bem como o quadro de acionistas, por tipo e quantidade de ações, informando a titularidade das ações ordinárias nominativas, para efeito de verificação do cumprimento das exigências estabelecidas neste Edital. 32.6 - A transferência de controle efetivo da Sociedade de Propósito Específico - SPE deverá ser previamente aprovada pelo Concedente, mediante o cumprimento pelo pretendente das exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção dos serviços, declarando que cumprirá todas as cláusulas do Contrato de Concessão.

32.6.1 - A transferência do controle efetivo poderá ser feita aos financiadores da Sociedade de Propósito Específico - SPE, após anuência do Concedente, nos termos e condições previstos no Contrato de Concessão.

32.7 - A sociedade deverá ter duração suficiente para o cumprimento de todas as obrigações decorrentes do Contrato e seus estatutos e composição acionária deverão ser submetidos à aprovação do Concedente antes da assinatura do Contrato. 32.8 - A integralização do capital social da Sociedade de Propósito Específico – SPE poderá ser efetuada em bens ou em dinheiro. 32.9 - O capital inicial subscrito da Sociedade de Propósito Específico – SPE deverá corresponder, na data da celebração do Contrato, a, no mínimo, 10% (dez por cento) do total dos investimentos previstos, na Proposta Comercial apresentada pela adjudicatária. 32.10 - O capital integralizado será, naquela data, de no mínimo 10% (dez por cento) do capital inicial subscrito. 32.11 - Para os efeitos previstos nos itens anteriores, o exercício social da Sociedade de Propósito Específico – SPE e o exercício financeiro do Contrato de Concessão deverão coincidir com o ano civil.

33. DO CONTRATO 33.1 - O CONTRATO obedecerá aos termos da minuta constante do ANEXO II – MINUTA DO CONTRATO DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA deste EDITAL.

34. DA CONCESSIONÁRIA





34.1 - A CONCESSIONÁRIA será uma SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO (SPE), a ser constituída pelo ADJUDICATÁRIO, na forma de sociedade anônima, na conformidade da lei brasileira, cuja finalidade exclusiva será de explorar o OBJETO da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, sendo os estatutos e a composição acionária aqueles apresentados na LICITAÇÃO.

34.1.1 - Caso o ADJUDICATÁRIO seja um LICITANTE individual, este deverá criar subsidiária integral para atender ao disposto no item imediatamente precedente, sendo que deverá, em igual força, firmar o CONTRATO, de modo a assumir responsabilidade solidária em relação à subsidiária integral.

35. DA GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO

35.1 - Para o fiel cumprimento das obrigações assumidas, no prazo de até 2 (dois) dias úteis antes da data de assinatura do CONTRATO, o ADJUDICATÁRIO prestará e manterá GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA no valor equivalente a 10% (dez por cento) do valor do CONTRATO.

35.1.1 - A garantia estabelecida será liberada com base no disposto nas clausulas DA GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA do CONTRATO.

35.2 - A GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA servirá para cobrir:

35.2.1 - O ressarcimento de custos e despesas incorridas pelo PODER CONCEDENTE, face ao inadimplemento da CONCESSIONÁRIA, para levar a efeito obrigações e responsabilidades desta; e

35.2.2 - O pagamento de multas que forem aplicadas à CONCESSIONÁRIA em razão de inadimplemento no cumprimento de suas obrigações contratuais, conforme os termos do CONTRATO.

35.3 - Se o valor das multas impostas à CONCESSIONÁRIA for superior ao valor da GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA prestada, além da perda desta, a CONCESSIONÁRIA responderá pela diferença e pela reposição do valor integral da GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da respectiva notificação, sob pena de cobrança.

35.4 - A GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA referida neste item poderá assumir qualquer das seguintes modalidades:

35.4.1 - Caução em dinheiro;

35.4.2 - Títulos da dívida pública brasileira, não gravados com cláusula de inalienabilidade e impenhorabilidade;

35.4.3 - Fiança bancária emitida por INSTITUIÇÃO FINANCEIRA autorizada a funcionar no país, em favor do PODER CONCEDENTE; ou

35.4.4 - Seguro-garantia emitido por companhia seguradora brasileira, em favor do PODER CONCEDENTE.





35.5 - A GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA ofertada não poderá conter quaisquer ressalvas ou condições que possam dificultar ou impedir sua execução, ou que possam suscitar dúvidas quanto à sua exequibilidade.

35.6 - As despesas referentes à prestação da GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA correrão exclusivamente em nome e às expensas da CONCESSIONÁRIA.

35.7 - Caso seja utilizada a modalidade de seguro-garantia, a apólice deverá ter vigência de 1 (um) ano, com cláusula de renovação até a extinção das obrigações da CONCESSIONÁRIA, cláusula está vinculada à reavaliação do risco.

35.7.1 - A garantia por seguro deverá estar acompanhada de Carta de Aceitação da Operação pelo IRB – Brasil Resseguros S/A., ou estar acompanhada de sua expressa autorização à seguradora para contratar o resseguro diretamente no exterior, bem como de resseguro junto às resseguradoras internacionais.

35.7.2 - A apólice deverá conter disposição expressa de obrigatoriedade de a seguradora informar ao PODER CONCEDENTE e à CONCESSIONÁRIA, em até 30 (trinta) dias antes do prazo final da validade, se a apólice será ou não renovada.

35.7.3 - No caso de a seguradora não renovar a apólice de seguro-garantia, a CONCESSIONÁRIA deverá apresentar garantia de valor e condições equivalentes, para aprovação do PODER CONCEDENTE, antes do vencimento da apólice, independentemente de notificação, sob pena de caracterizar-se inadimplência da CONCESSIONÁRIA.

35.8 - A GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA será reajustada periodicamente, na mesma data e pela mesma fórmula aplicável ao valor da parcela variável que compõe a REMUNERAÇÃO.

35.9 - Sempre que se verificar o reajuste da GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA, a CONCESSIONÁRIA deverá complementá-la, no prazo de 5 (cinco) dias a contar da vigência do reajuste.

35.10 - A não prestação ou complementação, no prazo fixado, da GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA, dará ao PODER CONCEDENTE o direito de aplicar multa de 0,005% (cinco milésimos por cento) sobre o VALOR ESTIMADO DO CONTRATO, por dia de atraso.

36. DA FISCALIZAÇÃO DA CONCESSÃO 36.1 - A fiscalização da CONCESSÃO, abrangendo todas as atividades da CONCESSIONÁRIA, durante todo o seu prazo de vigência, será executada pelo PODER CONCEDENTE, com o apoio técnico do VERIFICADOR INDEPENDENTE, nos termos do CONTRATO. 36.2 - A CONCESSIONÁRIA facultará ao PODER CONCEDENTE, ou a qualquer outra pessoa por ele credenciada, o livre acesso aos livros e documentos relativos à CONCESSIONÁRIA, bem como aos registros das atividades abrangidas pela CONCESSÃO, incluindo estatísticas, registros administrativos e contratos com terceiros, e





prestará sobre esses, no prazo que lhe for estabelecido, os esclarecimentos que lhe forem formalmente solicitados, conforme os termos do CONTRATO.

37. DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES 37.1 - Durante o prazo da CONCESSÃO, e sem prejuízo das demais obrigações de prestar as informações estabelecidas no CONTRATO ou na legislação, a CONCESSIONÁRIA obriga-se a:

a) dar conhecimento imediato ao PODER CONCEDENTE de todo e qualquer evento que possa vir a prejudicar ou impedir o pontual e tempestivo cumprimento das obrigações previstas no CONTRATO e que possa constituir causa de intervenção, caducidade ou rescisão da CONCESSÃO; b) dar conhecimento imediato ao PODER CONCEDENTE de toda e qualquer situação que corresponda a fatos que alterem de modo relevante o normal desenvolvimento da prestação do serviço, apresentando, por escrito e no prazo mínimo necessário, relatório detalhado sobre esses fatos, incluindo, se for o caso, contribuição de entidades especializadas, externas à CONCESSIONÁRIA, com as medidas tomadas ou em curso para superar ou sanar os fatos referidos; c) apresentar, anualmente, ao PODER CONCEDENTE, relatório com informações detalhadas sobre:

i) o inventário e ii) demais informações exigidas no CONTRATO.

d) apresentar ao PODER CONCEDENTE, até 45 dias do mês de encerramento do exercício, um relatório auditado de sua situação contábil, incluindo, entre outros itens, o balanço e a demonstração de resultados correspondentes; e e) apresentar ao PODER CONCEDENTE, no prazo estabelecido por este, outras informações adicionais ou complementares que este, razoavelmente e sem que implique ônus adicional significativo para a CONCESSIONÁRIA, venha a formalmente solicitar.

38. COMPARTILHAMENTO DE GANHOS ECONÔMICOS 38.1 - Os ganhos econômicos efetivos resultantes para a CONCESSIONÁRIA, decorrentes da redução do risco de crédito dos financiamentos utilizados para a execução dos investimentos requeridos para a prestação do SERVIÇO ADEQUADO, serão compartilhados entre as PARTES na proporção de 50% (cinquenta por cento) para a CONCESSIONÁRIA e de 50% (cinquenta por cento) para a CONCEDENTE.

38.1.1 - Entende-se por risco de crédito dos financiamentos, o spread de risco ou “del credere” cobrado pelo FINANCIADOR, de acordo com a classificação de risco dada ao tomador do financiamento, e que é somado ao custo básico para compor a taxa de juros do financiamento.





38.2 - A parcela dos ganhos ou resultados econômicos destinada à CONCEDENTE poderá ser utilizada na correspondente redução da CONTRAPRESTAÇÃO BÁSICA DA CONCEDENTE a ser paga à CONCESSIONÁRIA 38.3 - Os ganhos econômicos efetivos resultantes para a CONCESSIONÁRIA, decorrentes de ganhos de produtividade ou redução de custos operacionais em razão da utilização de novas técnicas ou tecnologias não disponíveis na época da LICITAÇÃO, novos materiais ou tecnologias, referentes a investimentos realizados depois de decorridos 3 (três) anos de comprovada eficiência operacional.

39. SEGUROS 39.1 - A CONCESSIONÁRIA, além dos seguros exigíveis pela legislação aplicável, deverá assegurar a existência e manutenção em vigor, durante todo o prazo de duração da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, das apólices de seguro necessárias para garantir uma efetiva cobertura dos riscos inerentes à execução das atividades pertinentes à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, em condições aceitáveis pela CONCEDENTE, e praticadas pelo Mercado Segurador Brasileiro. 39.2 - Nenhuma obra ou serviço poderá ter início ou prosseguir sem que a CONCESSIONÁRIA apresente à CONCEDENTE comprovação de que as apólices dos seguros exigidos neste EDITAL se encontram em vigor, nas condições estabelecidas, podendo ser apresentadas apólices provisórias, desde que as garantias estejam sempre cobertas conforme exigido neste EDITAL. 39.3 - A CONCEDENTE deverá ser indicada como cossegurada nas apólices de seguros referidas neste EDITAL. 39.4 - Em caso de descumprimento pela CONCESSIONÁRIA da obrigação de contratar ou manter as apólices de seguro de que trata este EDITAL, a CONCEDENTE poderá proceder à contratação e ao pagamento direto dos prêmios das referidas apólices, correndo os respectivos custos por conta exclusiva da CONCESSIONÁRIA. 39.5 - O não-reembolso, em caráter imediato, pela CONCESSIONÁRIA, das despesas realizadas pela CONCEDENTE na forma prevista no item acima, autoriza a intervenção na CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, pelo período necessário para assegurar o ressarcimento. 39.6 - A CONCESSIONÁRIA fará e manterá em vigor os seguintes seguros:

a) Seguro de Danos Materiais:

1 - Seguro de Riscos de Engenharia para as obras civis e/ou instalação e montagem de maquinas necessárias, que não tenham caráter de manutenção e conserva.

O seguro acima referido deverá incluir, no mínimo, as seguintes coberturas adicionais:

(i) erro de projeto/risco do fabricante, com valor segurado equivalente ao valor das OBRAS DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DA USINA; (ii) despesas extraordinárias, com valor mínimo segurado de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);





(iii) honorários de peritos, com valor mínimo segurado de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais); (iv) manutenção ampla, para o período de 12 (doze) meses após o recebimento das OBRAS DE CONSTRUÇÃO DA USINA pela CONCEDENTE, com valor segurado equivalente ao valor da construção da usina, e; (v) responsabilidade civil geral e cruzada, com valor mínimo segurado de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), com sublimite de 20% (vinte por cento) deste valor para cobertura de danos morais.

2 - Seguro de Riscos Operacionais de Concessões de SERVIÇOS DA USINA, cuja contratação se dará na data de início da OPERAÇÃO DA USINA. (i) Danos Materiais cobrindo a perda, destruição ou dano em todos os bens que integram a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, incluindo coberturas adicionais de honorários de peritos, riscos de engenharia – pequenas obras e equipamentos de baixa voltagem; (ii) Perda de Receita e Lucros Cessantes cobrindo as consequências financeiras do atraso no início da cobrança da CONTRAPRESTAÇÃO DA CONCEDENTE PARA OPERAÇÃO DA USINA e da interrupção da exploração da CONCESSÃO, sempre que esse atraso ou interrupção seja resultante de perda, destruição ou dano coberto pelo seguro de dano material previsto acima, com período indenitário de 12 (doze) meses.

b) Responsabilidade Civil Geral, durante o período de OPERAÇÃO DA USINA Seguro de Responsabilidade Civil Geral Operações, com valor de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), na base de ocorrência, cobrindo a CONCESSIONÁRIA e a CONCEDENTE, bem como seus administradores, empregados, funcionários, prepostos ou delegados, pelos montantes com que possam ser responsabilizados a título de danos materiais, pessoais e morais, custas processuais e quaisquer outros encargos relacionados a danos pessoais, morais ou materiais, decorrentes das atividades abrangidas pela CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

A apólice deverá incluir as coberturas de: 1. Responsabilidade Civil Empregador; 2. Responsabilidade Civil Veículos Contingentes; 3. Responsabilidade Civil Cruzada; e 4. Responsabilidade Civil Obras Civis.





39.7 - Os montantes cobertos pelo seguro de Riscos de Engenharia deverão ser idênticos aos custos de reposição com bens novos, com limite mínimo equivalente ao valor do investimento necessário a realização pela CONCESSIONÁRIA das OBRAS DE CONSTRUÇÃO DA USINA. 39.8 - Os montantes cobertos pelos seguros de Riscos Operacionais deverão ser idênticos aos custos de reposição com bens novos com limite mínimo de R$ 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de reais). 39.9 - O valor do limite de Cobertura para Perda de Receita deverá ser, em cada ano, no mínimo, equivalente ao lucro bruto (Lucro Líquido + Despesas Fixas) auferido pela CONCESSIONÁRIA nos últimos 12 (doze) meses. 39.10 - Os valores fixados neste item serão reajustados nas mesmas datas aplicáveis à CONTRAPRESTAÇÃO BÁSICA DA CONCEDENTE PARA A OPERAÇÃO DA USINA. 39.11 - A CONCESSIONÁRIA deverá fornecer, em prazo não superior a 30 (trinta) dias do início de cada ano da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, certificado emitido pela(s) seguradora(s) confirmando que todas as coberturas contratadas estão em plena vigência e que os respectivos prêmios vencidos encontram-se pagos. 39.12 - A CONCESSIONÁRIA deverá fornecer à CONCEDENTE, em prazo não superior a 10 (dez) dias do fim da vigência de cada apólice, certificado emitido pela seguradora confirmando que as apólices de seguros contratados serão renovadas e que os respectivos prêmios serão cobrados de acordo com a negociação na ocasião da renovação. 39.13 - A(s) seguradora(s) deverá(ão) informar, por escrito, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, à CONCESSIONÁRIA e à CONCEDENTE, quaisquer fatos que possam implicar no cancelamento total ou parcial da presente apólice, bem como redução de cobertura e/ou aumento de franquias e/ou redução dos valores segurados, à exceção dos casos de redução das importâncias seguradas quando da ocorrência de sinistros ou se houver dolo, fraude ou tentativa de fraude, por parte do segurado.

39.13.1 - Na hipótese de falta de pagamento de qualquer uma das parcelas do prêmio de seguro, a Seguradora se obriga a comunicar formalmente tal fato à CONCEDENTE, no prazo de 10 (dez) dias e de manter a cobertura pelo período de 30 (trinta) dias a contar da data do vencimento da parcela faltante, para que a CONCEDENTE tome as medidas contratuais e legais cabíveis. 39.13.2 - A CONCESSIONÁRIA se obriga a fazer incluir na respectiva apólice de seguro a obrigação da Seguradora.

39.14 - As instituições financeiras que realizem empréstimos ou coloquem no mercado obrigações de emissão da CONCESSIONÁRIA poderão ser incluídas nas apólices de seguro, na condição de cosseguradas ou de beneficiárias. 39.15 - A CONCESSIONÁRIA, com aprovação prévia da CONCEDENTE, poderá alterar coberturas ou outras condições das apólices de seguro, visando adequá-las às novas situações que ocorram durante o período do contrato.





39.16 - Todos os seguros deverão ser efetuados em seguradoras autorizadas a operar no Brasil.

40. SANÇÕES E PENALIDADES 40.1 - Os atrasos da CONCESSIONÁRIA no cumprimento de prazos importarão na aplicação de multa, salvo nos casos justificados com base em exceções previstas no CONTRATO.

40.1.1 - A aplicação das multas não impede que seja decretada a intervenção ou declarada à caducidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA ou, ainda, que sejam aplicadas outras sanções previstas no CONTRATO ou na legislação pertinente. 40.1.2 - A aplicação das multas não interfere na imposição das sanções no que trata da qualidade dos SERVIÇOS. 40.1.3 - As multas serão aplicadas por meio de processo administrativo, iniciado a partir da intimação, emitida pela FISCALIZAÇÃO DA CONCEDENTE à CONCESSIONÁRIA, garantida a sua defesa prévia no prazo de 5 (cinco) dias úteis. 40.1.4 - Da decisão do CGPPP, por sua Unidade PPP, que aplicar penalidade caberá recurso voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da intimação, para o presidente do CGPPP, independentemente de garantia de instância. 40.1.5 - A decisão do presidente do CGPPP exaure a instância. 40.1.6 - Apurando-se, no mesmo processo, a prática de duas ou mais infrações, pela CONCESSIONÁRIA, aplicam-se, cumulativamente, as penas a elas cominadas, se as infrações não forem idênticas. 40.1.7 - Quando se tratar de infração continuada em relação a qual tenham sido lavrados diversos autos ou representações, serão eles reunidos em um só processo, para imposição da pena. 40.1.7.1 - Considerar-se-ão continuadas as infrações quando se tratar de repetição de falta ainda não apurada, ou que seja objeto de processo de cuja instauração a CONCESSIONÁRIA não tenha conhecimento, por meio de intimação. 40.1.8 - Na falta de pagamento de qualquer multa no prazo de 15 (quinze) dias a partir da ciência, pela CONCESSIONÁRIA, da decisão final que impuser a penalidade, poderá a CONCEDENTE deduzir o correspondente valor da CONTRAPRESTAÇÃO DA CONCEDENTE PARA OPERAÇÃO DA USINA devida à CONCESSIONÁRIA ou executar qualquer das garantias previstas. 40.1.9 - As importâncias pecuniárias resultantes da aplicação das multas previstas no CONTRATO reverterão para a CONCEDENTE.





40.1.10 - A aplicação das penalidades previstas no CONTRATO, e o seu cumprimento, não prejudicam, em caso algum, a aplicação das penas cominadas para o mesmo fato pela legislação aplicável, nem de outras sanções contratuais.

40.2 - Dos atos do CGPE decorrentes da execução do CONTRATO, não sujeitos aos procedimentos administrativos nele previstos, cabe recurso.

40.2.1 - O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, neste mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado; neste caso, a decisão deverá ser proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso pela autoridade superior.

40.2.2 - A intimação dos atos e decisões a que se referem os itens acima será feita mediante comunicação escrita à CONCESSIONÁRIA, e ciência desta.

40.3 - O valor das multas referidas no item 33.1 será reajustado consoante os critérios de reajuste da CONTRAPRESTAÇÃO BÁSICA DA CONCEDENTE PARA A OPERAÇÃO DA USINA. 40.4 - Não serão imputáveis à CONCESSIONÁRIA os atrasos:

a) nos cronogramas de execução física das OBRAS DE CONSTRUÇÃO DA USINA, quando houver descumprimento do programa de trabalho previsto decorrente de atrasos na declaração de utilidade pública pela CONCEDENTE; b) na imissão provisória de posse determinada por decisão do Poder Judiciário; c) causados por questionamentos ambientais em relação ao processo de licenciamento ambiental ou às OBRAS DE CONSTRUÇÃO DA USINA, salvo se decorrentes de ação ou omissão de comprovada responsabilidade da CONCESSIONÁRIA; e d) decorrentes de caso fortuito, força maior, fato do príncipe ou decisão do Poder Judiciário que obste o andamento da execução do CONTRATO, por fato não imputável a CONCESSIONÁRIA.

41. INTERVENÇÃO E EXTINÇÃO DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA

41.1 - Nos termos da lei, a CONCEDENTE poderá intervir na CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, com o fim de assegurar a adequação na prestação dos SERVIÇOS, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes. 41.2 - A CONCESSÃO ADMINISTRATIVA extinguir-se-á por:

a) advento do termo contratual; b) encampação; c) caducidade;





d) rescisão; e) anulação; ou f) falência ou extinção da CONCESSIONÁRIA.

42. PENALIDADES POR INEXECUÇÃO

42.1 - Pela inexecução parcial ou total das obrigações estabelecidas no CONTRATO, a CONCEDENTE poderá, garantida a prévia defesa da CONCESSIONÁRIA:

(a) aplicar à CONCESSIONÁRIA as seguintes penalidades:

1. advertência; 2. Multa de até 2% (dois por cento) do montante da CONTRAPRESTAÇÃO DA CONCEDENTE PARA OPERAÇÃO DA USINA, calculada com base na média dos últimos 6 (seis) meses, multiplicado pelo número de meses que a CONCESSIONÁRIA estiver inadimplente, para o caso de inexecução parcial, ou a multa prevista no para os casos ali especificados; 3. Multa de até 2% (dois por cento) do montante da CONTRAPRESTAÇÃO DA CONCEDENTE PARA OPERAÇÃO DA USINA, calculada com base na média dos últimos 6 (seis) meses, multiplicado pelo número de meses remanescentes da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, para o caso de inexecução total; e

(b) declarar a caducidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

42.1.1 - A caducidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA poderá ser declarada sem prejuízo da aplicação das sanções previstas no item 42.1 (a). 42.1.2 - As multas previstas no item 42.1 (a).2 e (a).3, respeitados os limites estabelecidos, serão aplicadas pelo CGPPP segundo a gravidade da infração cometida.

42.2 - O processo da aplicação de penalidades tem início com a lavratura do respectivo auto pela FISCALIZAÇÃO DA CONCEDENTE.

42.2.1 - Lavrado o auto, a CONCESSIONÁRIA será intimada no prazo de 15 (quinze) dias úteis e terá um prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data da intimação, para apresentação de sua defesa. 42.2.2 - A CONCESSIONÁRIA terá prazo de 15 (quinze) dias para o pagamento da multa aplicada pelo CGPPP, a partir de qualquer decisão administrativa final condenatória. 42.2.3 - A multa deverá ser paga na Unidade Financeira da Secretaria de Finanças – SEFIN. 42.2.4 - Recebida a defesa, os autos serão encaminhados ao CGPPP, devidamente instruídos, para decisão.





42.2.5 - Da decisão da Unidade PPP, do CGPPP, que confirmar a penalidade, caberá recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da intimação, a ser endereçado ao Presidente do CGPPP, para decisão do CGPPP.

42.2.5.1 - Não caberá recurso da decisão proferida pelo CGPPP que negar provimento ao recurso anteriormente interposto. 42.2.5.2 - No caso de fiança bancária ou seguro-garantia, a CONCEDENTE manterá o emitente informado sobre as penalidades eventualmente aplicadas à CONCESSIONÁRIA, desde que tenha sido notificada acerca da identidade do segurador ou banco emissor da garantia e seu interesse em receber tal informação. 42.2.5.3 - A CONCEDENTE manterá o FINANCIADOR informado sobre as penalidades eventualmente aplicadas à CONCESSIONÁRIA, desde que tenha sido notificada acerca da identidade do FINANCIADOR e seu interesse em receber tal informação.

42.3 - A aplicação das penalidades previstas no CONTRATO e o seu cumprimento não prejudicam, de qualquer modo, a aplicação de outras sanções previstas na legislação. 42.4 - A intimação dos atos e decisões a que se referem os itens acima será feita mediante comunicação escrita à CONCESSIONÁRIA, e ciência da mesma. 42.5 - As importâncias pecuniárias resultantes da aplicação das multas reverterão à CONCEDENTE. 42.6 - Na falta de pagamento de qualquer multa no prazo de 15 (quinze) dias a partir da ciência, pela CONCESSIONÁRIA, da decisão final que impuser a penalidade, poderá a CONCEDENTE deduzir o correspondente valor da CONTRAPRESTAÇÃO DA CONCEDENTE PARA OPERAÇÃO DA USINA DE GERAÇÃO DE ENERGIA devida à CONCESSIONÁRIA, ou executar qualquer uma das garantias estipuladas no edital.

43. REVERSÃO DOS BENS 43.1 - Extinta a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, retornam ao PODER CONCEDENTE os bens reversíveis, direitos e privilégios vinculados à exploração da USINA DE GERAÇÃO DE ENERGIA, implantados pela CONCESSIONÁRIA, no âmbito da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 43.2 - A reversão ao final do prazo da CONCESSÃO será gratuita e automática, com os bens em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção, e livres de quaisquer ônus ou encargos, salvo pelos investimentos excepcionais realizados com a devida autorização da CONCEDENTE, de modo a manter a adequação dos SERVIÇOS, e que não tenham ainda sido completamente amortizados, investimentos esses que serão indenizados pelo seu valor contábil, ainda não amortizado ou depreciado.





43.3 - Caso a reversão dos bens não ocorra nas condições de operacionalidade, utilização e manutenção, e livres de quaisquer ônus ou encargos, a CONCESSIONÁRIA indenizará a CONCEDENTE, podendo a CONCEDENTE, para tanto, lançar mão das garantias previstas. 43.4 - A CONCESSIONÁRIA terá direito à indenização correspondente ao saldo não amortizado dos bens cuja aquisição, devidamente autorizada pela CONCEDENTE, tenha sido feita para garantir a continuidade e a atualidade do SERVIÇO abrangido pela CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 43.5 - Um ano antes da extinção da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA será formada uma Comissão composta pelo CGPPP, pelo VERIFICADOR INDEPENDENTE e pela CONCESSIONÁRIA, tendo por finalidade proceder à inspeção da USINA DE GERAÇÃO DE ENERGIA.

43.5.1 - O VERIFICADOR INDEPENDENTE elaborará o Relatório de Vistoria e definirá com a aprovação das PARTES, os parâmetros que nortearão a devolução da USINA DE GERAÇÃO DE ENERGIA. 43.5.2 - O Relatório de Vistoria retratará a situação da USINA DE GERAÇÃO DE ENERGIA e poderá propor a sua aceitação ou a necessidade de correções, antes de sua devolução à CONCEDENTE. 43.5.3 - As eventuais correções serão efetivadas em prazos pré-estipulados pelo CGPE e acarretará nova vistoria, após a conclusão dos serviços.

43.6 - Extinta a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, a Comissão referida no item 43.5 - procederá a uma vistoria dos bens a serem revertidos, para verificar seu estado de conservação e manutenção, lavrando-se, no prazo de 30 (trinta) dias, o TERMO PROVISÓRIO DE RECEBIMENTO DA USINA.

43.6.1 - Findo o prazo mencionado neste item sem que a CONCEDENTE tenha, de forma justificada, lavrado o TERMO PROVISÓRIO DE RECEBIMENTO DA USINA, o referido TERMO PROVISÓRIO DE RECEBIMENTO DA USINA será considerado devidamente lavrado, para todos os fins e efeitos.

43.7 - O TERMO DEFINITIVO DE RECEBIMENTO DA USINA deverá ser assinado, pela CONCEDENTE, 90 (noventa) dias após a lavratura do TERMO PROVISÓRIO DE RECEBIMENTO DA USINA, desde que atendidas as condições para tanto estabelecidas no ANEXO II, do CONTRATO.

43.7.1 - Findo o prazo, sem que a CONCEDENTE tenha apresentado justo motivo, o referido TERMO DEFINITIVO DE RECEBIMENTO DA USINA será considerado devidamente lavrado, para todos os fins e efeitos.

43.8 - Após a extinção da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, não poderá ser feito qualquer pagamento aos acionistas da CONCESSIONÁRIA pela CONCESSIONÁRIA, nem tampouco se procederá à dissolução ou a partilha do patrimônio da CONCESSIONÁRIA, antes que a CONCEDENTE, por meio do TERMO DEFINITIVO DE RECEBIMENTO DA USINA, ateste que os bens revertidos estão na situação prevista no CONTRATO, ou sem que esteja cabalmente assegurado o pagamento das importâncias devidas à CONCEDENTE, a título de indenização ou a qualquer outro título.





44. DISPOSIÇÕES DIVERSAS 44.1 - Os contratos que vierem a ser firmados pela CONCESSIONÁRIA com terceiros, relativamente ao desenvolvimento das atividades pertinentes à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, serão de direito privado, não tendo os seus contratos qualquer relação com a CONCEDENTE. 44.2 - Ainda que a CONCEDENTE tenha tido conhecimento dos termos de qualquer contrato assinado pela CONCESSIONÁRIA com terceiros, por força do estabelecido neste EDITAL ou no CONTRATO, a CONCESSIONÁRIA não poderá alegar ato ou fato decorrente desses contratos para pleitear ou reivindicar da CONCEDENTE qualquer alteração no cumprimento de suas obrigações, ressarcimento de prejuízos ou perda de benefícios. 44.3 - Os LICITANTES interessados devem ter pleno conhecimento dos elementos constantes deste EDITAL, bem como de todas as condições gerais e peculiares do OBJETO a ser contratado, não podendo invocar nenhum desconhecimento como elemento impeditivo da formulação de sua proposta ou do perfeito cumprimento do CONTRATO.

44.4 - O PODER CONCEDENTE poderá revogar ou anular esta LICITAÇÃO nos termos do art. 49 da Lei Federal nº 8.666/93.

44.5 - O LICITANTE arcará com todos os custos relacionados com a preparação e apresentação de sua documentação e propostas, não se responsabilizando o PODER CONCEDENTE, em nenhuma hipótese, por tais custos, quaisquer que sejam os procedimentos seguidos na LICITAÇÃO ou os resultados desta.

44.6 - Nenhuma indenização será devida aos LICITANTES pela elaboração e apresentação da documentação de que trata o presente EDITAL.

44.7 - Qualquer modificação no EDITAL exigirá divulgação pela mesma forma de que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a retificação não alterar a formulação das propostas.

44.8 - A apresentação da proposta implica aceitação plena e total das condições deste EDITAL, ficando automaticamente prejudicada a proposta que contrarie expressamente suas normas.

45. RESSARCIMENTO DOS CUSTOS DOS ESTUDOS DE VIABILIDADE E PROJETO BÁSICO 45.1 - O CGPPP, no uso de suas atribuições, aprovou os ESTUDOS DE VIABILIDADE E PROJETO BÁSICO, apresentado neste EDITAL como base para a preparação das PROPOSTAS pelos LICITANTES, conforme autorização CGPPP: XXXX/2018, conforme amplamente divulgado pelo CGPPP através de informativos e da CONSULTA PÚBLICA realizada entre XX de XXXXXXX de 2018 e de XX de XXXXXXXX de 2018. 45.2 - À CONCESSIONÁRIA caberá o pagamento ao AGENTE EMPREENDEDOR, em até 60 (sessenta) dias após a assinatura do CONTRATO, no valor de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), como ressarcimento dos custos incorridos na elaboração dos ESTUDOS DE VIABILIDADE E PROJETO BÁSICO.





45.2.1 - O pagamento acima referido no item 45.2 deverá ser feito após a apresentação de Notas de Débito emitidas pelo AGENTE EMPREENDEDOR, acima referido, contra a CONCESSIONÁRIA. 45.2.2 - O valor acima definido no item 45.2 deverá ser reajustado da data base dos estudos, até a data do efetivo pagamento pela CONCESSIONÁRIA, nas mesmas condições vigentes para o reajuste da CONTRAPRESTAÇÃO BÁSICA DA CONCEDENTE PARA A OPERAÇÃO DA USINA.





ANEXO I – MODELOS DE DECLARAÇÕES PREVISTOS NO EDITAL

SUMÁRIO

MODELO 1 - Carta de Apresentação da Proposta Técnica .............................................................................. MODELO 2 - Carta de Apresentação da Proposta Comercial....................................................................... MODELO 3 - Carta de Apresentação da Documentação de Habilitação...................................................... MODELO 4 - Declaração do licitante que não tenha constituído a SPE quando da realização da Licitação....................................................................................................................................... ................. MODELO 5 - Declaração de Conhecimento dos Termos do Edital................................................................... MODELO 6 - Declaração de Inexistência de Empregados Menores e de Fatos Supervenientes e Impeditivos para a Contratação................................................................................................ ...................................... MODELO 7 - Declaração Formal de Expressa Submissão à Legislação Brasileira e de Renúncia de Reclamação por Via Diplomática....................................................................................... .................................................. MODELO 8 - Modelo de Procuração para Licitante Estrangeiro.................................................................. MODELO 9 - Modelo de Declaração de Equivalência de Documento.............................................................. MODELO 10 - Modelo de Declaração de Não Equivalência de Documento......................................................





MODELO 1 - Carta de Apresentação da Proposta Técnica

À Comissão Especial de Licitação Auditório da Secretaria Municipal de Finanças, sito na Av. Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS CONCORRÊNCIA Nº XX/2018 OBJETO: A CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. Prezados Senhores, O (LICITANTE), (qualificação), por meio de seu representante legal, vem, pela presente, submeter à apreciação de V. Sas. sua PROPOSTA TÉCNICA para execução do OBJETO da LICITAÇÃO, elaborada conforme o EDITAL. A proposta ora apresentada será mantida válida pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da entrega dos envelopes. Local:........................................................... Data:............................................................ Representante Legal:..................................... (assinatura com firma reconhecida) RG:............................................................... CPF:..............................................................





MODELO 2 – Carta de Apresentação da Proposta Comercial

À Comissão Especial de Licitação Auditório da Secretaria Municipal de Finanças, sito na Av. Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS CONCORRÊNCIA Nº XX/2018 OBJETO: A CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. Prezados Senhores, O (LICITANTE), (qualificação), por meio de seu representante legal, vem, pela presente, submeter à apreciação de V. Sas. sua PROPOSTA COMERCIAL, para execução do OBJETO da LICITAÇÃO, elaborada conforme o EDITAL. Propomos como valor pago pelo PODER CONCEDENTE, o valor de R$............................ (por extenso). O valor apresentado acima considera como data-base o de junho de 2018, declaramos, expressamente, que: I - Concordamos, integralmente e sem qualquer restrição, com as condições da contratação e temos pleno conhecimento do local e das condições e exigências de execução dos trabalhos.

II - Concordamos, integralmente e sem qualquer restrição, com as condições estabelecidas no CONTRATO e seus ANEXOS.

III - Manteremos válida a PROPOSTA COMERCIAL pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data de entrega dos envelopes.

IV - Temos pleno conhecimento do local e das condições de execução dos trabalhos e utilizaremos as equipes técnica e administrativa e os equipamentos que forem necessários para a perfeita execução dos serviços e obras objeto da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, nos prazos programados.

V - Comprometemo-nos, desde já, a substituir ou aumentar a quantidade dos equipamentos e do pessoal, sempre que assim seja necessário para manter níveis adequados dos indicadores de qualidade da disponibilidade e de desempenho ou quando seja exigido pelo PODER CONCEDENTE.

VI - Na execução dos serviços observaremos, rigorosamente, as especificações das normas legais e regulamentares brasileiras, bem como as recomendações e instruções do PODER CONCEDENTE, assumindo,





desde já, a integral responsabilidade pela realização dos trabalhos em conformidade com as especificações e os padrões do PODER CONCEDENTE. VII - Comprometemo-nos a efetuar todos os investimentos necessários à execução do OBJETO, ao suprimento e montagem dos bens, equipamentos e instalações de sua obrigação, como estabelecido no CONTRATO. Declaramos, ainda, sob as penas da lei, em especial o art. 299 do Código Penal Brasileiro, que: VIII - A proposta foi elaborada de maneira independente [pelo LICITANTE/CONSÓRCIO], e que o conteúdo da presente proposta não foi, no todo ou em parte, direta ou indiretamente, informado, discutido com ou recebido de qualquer outro participante potencial ou de fato da presente licitação, por qualquer meio ou por qualquer pessoa.

IX - A intenção de apresentar a presente proposta não foi informada, discutida com ou recebida de qualquer outro participante potencial ou de fato da presente LICITAÇÃO, por qualquer meio ou por qualquer pessoa.

X - Que não tentou, por qualquer meio ou por qualquer pessoa, influir na decisão de qualquer outro participante potencial ou de fato da presente LICITAÇÃO quanto a participar ou não da referida LICITAÇÃO.

XI - Que o conteúdo da presente proposta não será, no todo ou em parte, direta ou indiretamente, comunicado a ou discutido com qualquer outro participante potencial ou de fato da presente licitação antes da adjudicação do OBJETO da LICITAÇÃO.

XII - Que o conteúdo da presente proposta não foi, no todo ou em parte, direta ou indiretamente, informado a, discutido com ou recebido de qualquer integrante de órgão licitante antes da abertura oficial das propostas.

XIII - Que está plenamente ciente do teor e da extensão desta declaração e que detém plenos poderes e informações para firmá-la. Local:........................................................... Data:............................................................ Representante Legal:..................................... (assinatura com firma reconhecida) RG:............................................................... CPF:..............................................................





MODELO 3 - Carta de Apresentação da Documentação de Habilitação

À Comissão Especial de Licitação Auditório da Secretaria Municipal de Finanças, sito na Av. Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS CONCORRÊNCIA Nº XX/2018 OBJETO: A CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. Prezados Senhores, O (LICITANTE), (qualificação), por meio de seu representante legal, encaminha a DOCUMENTAÇÃO DE HABILITAÇÃO contendo: (enumerar a documentação). Fica a COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO autorizada a conduzir diligências para verificar as declarações, documentos e informações apresentadas, e a buscar quaisquer esclarecimentos que se façam necessários para elucidar informações contidas nos documentos apresentados, bem como autoriza quaisquer empresas, entidades e/ou instituições mencionadas em qualquer documento, a fornecer toda e qualquer informação e/ou declaração solicitada pelo PODER CONCEDENTE. O LICITANTE: I - Compromete-se a informar de imediato, ao PODER CONCEDENTE, por meio da COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO, a ocorrência de qualquer fato que possa comprometer ou impedir a sua habilitação até a homologação da LICITAÇÃO.

II - Declara não infringir o disposto nos documentos e condições de habilitação do EDITAL, sendo que, portanto, reconhece cumprir plenamente os requisitos de habilitação exigidos, sob as penalidades cabíveis, bem como que reconhece que o PODER CONCEDENTE poderá rejeitar fundamentadamente quaisquer documentos e informações submetidos pelo LICITANTE.

III - Declara que, em sendo habilitado, está sujeito à confirmação de toda e qualquer informação submetida à apreciação do PODER CONCEDENTE, por meio da COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO.

IV - Declara conhecer que o PODER CONCEDENTE poderá anular ou revogar a LICITAÇÃO, sem que caiba ao(s) LICITANTE(S) indenização(ões) de qualquer espécie e a qualquer título.





V - Declara que as informações e declarações contidas em todos os documentos que integram este ENVELOPE nº 2 são completas, verdadeiras e corretas em cada detalhe. VI - A COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO será imediatamente informada a respeito de qualquer ocorrência ou fato que possa comprometer ou impedir a habilitação até a homologação da LICITAÇÃO. Local:........................................................... Data:............................................................ Representante Legal:..................................... (assinatura com firma reconhecida) RG:............................................................... CPF:..............................................................





MODELO 4 - Declaração do licitante que não tenha constituído a SPE quando da realização da licitação

À Comissão Especial de Licitação Auditório da Secretaria Municipal de Finanças, sito na Av. Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS CONCORRÊNCIA Nº XX/2018 OBJETO: A CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. Prezados Senhores, O (LICITANTE), (qualificação), por meio de seu representante legal, declara, para fins de direito e sob as penas da lei, em atendimento ao previsto no item no EDITAL que: I - Compromete-se a constituir, caso seja ADJUDICATÁRIO, SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO (SPE) para a assinatura do CONTRATO, segundo as leis brasileiras, com sede e administração no país, no Município de Bento Gonçalves, Estado do Rio Grande do Sul.

II - Até o final do primeiro ano de vigência do CONTRATO, organizará a SPE no formato de sociedade anônima, e que a abertura de seu capital será feita na forma prevista no CONTRATO.

III - O objeto social da SPE a ser constituída restringir-se-á, exclusivamente, à participação na LICITAÇÃO e à execução do objeto do CONTRATO, o que deverá estar contemplado em seus atos constitutivos.

IV - Compromete-se a, a partir da data de assinatura do CONTRATO, integralizar o capital social mínimo da SPE no valor e condições previstos na minuta de contrato, nos termos do CONTRATO.

V - Compromete-se a adotar, na SPE, os padrões de governança corporativa e de contabilidade, e de elaboração de demonstrações financeiras padronizadas, nos termos do artigo 9º, § 3º a Lei Federal n.º 11.079/2004, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, baseadas na Legislação Societária Brasileira (Lei Federal n.º 6.404/1976 e alterações posteriores) e nas Normas Contábeis emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC.





VI - Tem ciência de que, durante todo o prazo de vigência do CONTRATO, as transferências do controle acionário da SPE e da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA dependerão de prévia anuência do PODER CONCEDENTE, sob pena de caducidade, nos termos do artigo 27 da Lei Federal n.º 8.987/1995 e do CONTRATO. Em se tratando de CONSÓRCIO, todas as empresas consorciadas devem comprometer-se a constituir a SPE, observadas as condições apresentadas nas PROPOSTAS, bem como a participação de cada uma das empresas no CONSÓRCIO. Local:........................................................... Data:............................................................ Representante Legal:..................................... (assinatura com firma reconhecida) RG:............................................................... CPF:..............................................................





MODELO 5 - Declaração de Conhecimento dos Termos do Edital À Comissão Especial de Licitação Auditório da Secretaria Municipal de Finanças, sito na Av. Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS CONCORRÊNCIA Nº XX/2018 OBJETO: A CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. Prezados Senhores, O (LICITANTE), (qualificação), por meio de seu representante legal, declara que tomou conhecimento da integridade do EDITAL inclusive as manifestações de esclarecimento da COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO que lhe foram anexadas, e que tem pleno conhecimento do seu conteúdo e determinações. Local:........................................................... Data:............................................................ Representante Legal:..................................... (assinatura com firma reconhecida) RG:............................................................... CPF:..............................................................





MODELO 6 - Declaração de Inexistência de Empregados Menores e de Fatos Supervenientes e Impeditivos

para a Contratação

À Comissão Especial de Licitação Auditório da Secretaria Municipal de Finanças, sito na Av. Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS CONCORRÊNCIA Nº XX/2018 OBJETO: A CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. Prezados Senhores, O (LICITANTE), (qualificação), por meio de seu representante legal, declara que:

I - Encontra-se em situação regular perante o Ministério do Trabalho, no tocante à observância das vedações estabelecidas no artigo 7º, inciso XXXIII da Constituição Federal, atinentes à proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de 18 (dezoito) anos, e de qualquer trabalho a menores de 16 (dezesseis) anos, salvo na condição de aprendizes, a partir dos 14 (catorze) anos.

II - Até a presente data, não existem fatos supervenientes e impeditivos para sua contratação e que:

a) Não foi(ram) declarado(s) inidôneo(s) por ato do Poder Público Federal, Estadual ou Municipal.

b) Não se encontra(m) sob processo de falência ou concordada.

c) Não está(ão) impedido(s) de transacionar com a administração pública municipal ou qualquer das suas entidades de administração direta.





d) Não foi(ram) apenado(s) com rescisão do CONTRATO quer por deficiência dos serviços prestados, quer por outro motivo igualmente grave, no transcorrer dos últimos 5 (cinco) anos.

Por ser verdade, firmamos a presente declaração, nos termos e sob as penas da Lei. Local:........................................................... Data:............................................................ Representante Legal:..................................... (assinatura com firma reconhecida) RG:............................................................... CPF:..............................................................





MODELO 7 - Declaração Formal de Expressa Submissão à Legislação Brasileira e de Renúncia de Reclamação

por Via Diplomática À Comissão Especial de Licitação Auditório da Secretaria Municipal de Finanças, sito na Av. Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS CONCORRÊNCIA Nº XX/2018 OBJETO: A CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. Prezados Senhores, Em atendimento às exigências de habilitação jurídica do EDITAL, o (LICITANTE), (qualificação), por seu(s) representante(s) legal(is) abaixo assinado(s), declara, para os devidos fins, sua formal e expressa submissão à legislação brasileira e renúncia integral de reclamar, por quaisquer motivos de fato ou de direito, por via diplomática. Local:........................................................... Data:............................................................ Representante Legal:..................................... (assinatura com firma reconhecida) RG:............................................................... CPF:..............................................................





MODELO 8 - Modelo de Procuração para Licitante Estrangeiro

À Comissão Especial de Licitação Auditório da Secretaria Municipal de Finanças, sito na Av. Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS CONCORRÊNCIA Nº XX/2018 OBJETO: A CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. Prezados Senhores, Pelo presente instrumento de mandato, o (LICITANTE), (qualificação), doravante denominada "Outorgante", nomeia e constitui seus bastantes procuradores, os Srs. (nome), (qualificação), para, em conjunto ou isoladamente, independentemente da ordem de nomeação, praticar os seguintes atos na República Federativa do Brasil, em Juízo e fora dele:

I - Representar a Outorgante perante quaisquer entidades, órgãos ou departamentos governamentais, sociedades abertas ou fechadas e quaisquer agências governamentais, para estabelecer e manter entendimentos com referidas entidades públicas, agências, órgãos ou departamentos, para receber citação e notificação de qualquer natureza, para requerer e/ou promover consultas, para requerer certificados e outros documentos e para praticar os atos necessários durante a realização do certame licitatório descrito no EDITAL DE CONCORRÊNCIA Nº XX/2018, inclusive para interpor recursos e renunciar ao direito de interpor recursos.

II - Assumir compromissos e/ou obrigações em nome da Outorgante e de qualquer forma contratar, fazer acordos, dar e receber quitação em nome da Outorgante.

III - Representar a Outorgante na defesa de seus interesses em Juízo, em qualquer instância e perante qualquer Juízo ou Tribunal, inclusive mediante a contratação de advogados, com poderes especiais para confessar, transigir, desistir, fazer acordos, dar e receber quitação.





IV - Receber citação para ações judiciais.

V - A seu critério, substabelecer, no todo ou em parte, com reserva de poderes, qualquer dos poderes aqui conferidos, nas condições que julgar ou que julgarem apropriadas. Esta procuração tem prazo de validade até a assinatura do CONTRATO. Local:........................................................... Data:............................................................ Representante Legal:..................................... (assinatura com firma reconhecida) RG:............................................................... CPF:..............................................................





MODELO 9 - Modelo de Declaração de Equivalência de Documento

À Comissão Especial de Licitação Auditório da Secretaria Municipal de Finanças, sito na Av. Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS CONCORRÊNCIA Nº XX/2018 OBJETO: A CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. Prezados Senhores, Em atendimento à habilitação jurídica do LICITANTE estrangeiro previsto no EDITAL em referência, o (LICITANTE), (qualificação), por seus(s) representantes(s) abaixo assinado(s), declara, sob as penas da legislação aplicável, que os documentos abaixo indicados do país de origem da empresa (nome e qualificação) são equivalentes aos documentos exigidos no EDITAL.

Descrição do documento do país de origem

Documento exigido no Edital Item do Edital em que o documento é exigido

Local:........................................................... Data:............................................................ Representante Legal:..................................... (assinatura com firma reconhecida) RG:............................................................... CPF:..............................................................





MODELO 10 - Modelo de Declaração de Não Equivalência de Documento

À Comissão Especial de Licitação Auditório da Secretaria Municipal de Finanças, sito na Av. Osvaldo Aranha, 1105, Bairro Cidade Alta, Fone (54) 3055-7438 e/ou 3055-7439, Bento Gonçalves-RS CONCORRÊNCIA Nº XX/2018 OBJETO: A CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. Prezados Senhores, Em atendimento à habilitação jurídica do LICITANTE estrangeiro previsto no EDITAL em referência, o (LICITANTE), (qualificação), por seus(s) representantes(s) abaixo assinado(s), declara, sob as penas da legislação aplicável, que os documentos abaixo indicados exigidos no Edital não possuem documentos equivalentes no país de origem da empresa (nome e qualificação).

Documento exigido no Edital que não possui documento equivalente no país de origem

Item do Edital em que o documento é exigido

Local:........................................................... Data:............................................................ Representante Legal:..................................... (assinatura com firma reconhecida) RG:............................................................... CPF:.....................................................................





ANEXO II – MINUTA DE CONTRATO DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA

CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA (PPP), NA MODALIDADE DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA,

PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES.





CONTRATO DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA

SUMÁRIO

PRÊAMBULO............................................................................................................................................. 95 CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS....................................................................................................95 CLÁUSULA 1ª – DAS DEFINIÇÕES...............................................................................................................96 CLÁUSULA 2ª – DOS DOCUMENTOS INTEGRANTES DO CONTRATO................................................................ 96 CLÁUSULA 3ª – DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E DO REGIME JURÍDICO DO CONTRATO............................................................................................................................................... 96 CLÁUSULA 4ª – DA INTERPRETAÇÃO........................................................................................................ 97 CAPÍTULO II – DO OBJETO, PRAZO E TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. ................................................................................................................................................................ 97 CLÁUSULA 5ª – DO OBJETO ............................................................................................................... 97 CLÁUSULA 6ª – DO PRAZO ................................................................................................................ 97 CLÁUSULA 7ª – DA TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA ....................................................................................................................................................... 98 CAPÍTULO III – DA CONCESSIONÁRIA ................................................................................................. 98 CLÁUSULA 8ª – DA FINALIDADE E DO CAPITAL SOCIAL ........................................................................ 98 CLÁUSULA 9ª – DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES ............................................................................. 99 CLÁUSULA 10ª – DA TRANSFERÊNCIA DO CONTROLE DA CONCESSIONÁRIA, DAS SUAS ALTERAÇÕES ESTATUTÁRIAS E DO DEVER DE INFORMAÇÃO ..................................................................................... 99 CAPÍTULO IV – DAS OBRIGAÇÕES DAS PARTES ................................................................................... 101 CLÁUSULA 11ª – DAS OBRIGAÇÕES PREVISTAS NO ANEXO “CADERNO DE ENCARGOS” ..................................................................................................................................................... 101





CAPÍTULO V – DOS DIREITOS DAS PARTES......................................................................................... 101 CLÁUSULA 12ª – DOS DIREITOS DA CONCESSIONÁRIA........................................................................ 101 CLÁUSULA 13ª – DOS DIREITOS DO PODER CONCEDENTE................................................................... 102 CAPÍTULO VI – DOS FINANCIAMENTOS............................................................................................... 102 CLÁUSULA 14ª – DOS FINANCIAMENTOS PELA CONCESSIONÁRIA......................................................... 102 CAPÍTULO VII – DO VALOR DO CONTRATO E DA REMUNERAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA ....................................................................................................................................................... 102 CLÁUSULA 15ª – DO VALOR DO CONTRATO....................................................................................... 103 CLÁUSULA 16ª – DAS RECEITAS ACESSÓRIAS...................................................................................... 103 CAPÍTULO VIII – DA RELAÇÃO COM TERCEIROS....................................................................................... 103 CLÁUSULA 17ª – DOS CONTRATOS COM TERCEIROS............................................................................. 103 CAPÍTULO IX – DA FISCALIZAÇÃO E GERENCIAMENTO DA EXECUÇÃO DO CONTRATO .......................................................................................................................................................... 104 CLÁUSULA 18ª – DA FISCALIZAÇÃO ................................................................................................... 104 CLÁUSULA 19ª – DO GERENCIAMENTO DA EXECUÇÃO DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA ........................................................................................................................................................ 106 CLÁUSULA 20ª – DO VERIFICADOR INDEPENDENTE .......................................................................... 106 CAPÍTULO X – DOS RISCOS, GANHOS E REEQUILÍBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO ........................................................................................................................................................ 107 CLÁUSULA 21ª – DA ALOCAÇÃO DE RISCOS .........................................................................................107 CLÁUSULA 22ª – DO REEQUILIBRIO ECONOMICO FINANCEIRO E DOS PROCEDIMENTOS PARA RECOMPOSIÇÃO DO EQUILIBRIO ECONOMICO FINANCEIRO................................................................111 CAPÍTULO XI – DAS GARANTIAS E SEGUROS ........................................................................................ 111 CLÁUSULA 23ª – DA GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA ....................................................................................................................................................... 112





CLÁUSULA 24ª – DA GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELO PODER CONCEDENTE .......................................................................................................................................................... 113 CLÁUSULA 25ª – DO FOMENTO À COLETA SELETIVA............................................................................ 115 CLÁUSULA 26ª – DA GARANTIA DE SATISFAÇÃO DO CRÉDITO DO FINANCIADOR PERANTE A CONCESSIONÁRIA ....................................................................................................................................................... 116 CLÁUSULA 27ª – DO PLANO DE SEGUROS........................................................................................... 116 CAPÍTULO XII – DO REGIME DE BENS DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA...............................................118 CLÁUSULA 28ª – DOS BENS VINCULADOS À CONCESSÃO ADMINISTRATIVA E DOS BENS REVERSÍVEIS ....................................................................................................................................................... 118 CLÁUSULA 29ª – DA REVERSÃO DOS BENS DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA ............................................................................................................................................................ 120 CAPÍTULO XIII – DAS SANÇÕES E PENALIDADES APLICÁVEIS ÀS PARTES...........................................................................................................................................121 CLÁUSULA 30ª – DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS............................................................................. 121 CLÁUSULA 31ª – DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DA APLICAÇÃO DE PENALIDADES ...................................................................................................................................................... 123 CAPÍTULO XIV – DA SOLUÇÃO DE CONFLITOS..................................................................................... 124 CLÁUSULA 32ª – DO MECANISMO DE SOLUÇÃO AMIGÁVEL DE CONFLITOS ......................................................................................................................................................... 124 CLÁUSULA 33ª – DA MEDIAÇÃO......................................................................................................... 125 CLÁUSULA 34ª – DA ARBITRAGEM....................................................................................................... 126 CAPÍTULO XV – DA INTERVENÇÃO..................................................................................................... 128 CLÁUSULA 35ª – DA INTERVENÇÃO................................................................................................... 128 CAPÍTULO XVI – DA EXTINÇÃO DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA...................................................... 130 CLÁUSULA 36ª – DOS CASOS DE EXTINÇÃO......................................................................................... 130





CLÁUSULA 37ª – DO TÉRMINO DO PRAZO CONTRATUAL.................................................................... 131 CLÁUSULA 38ª – DA ENCAMPAÇÃO.................................................................................................. 131 CLÁUSULA 39ª – DA CADUCIDADE..................................................................................................... 132 CLÁUSULA 40ª – DA RESCISÃO CONTRATUAL....................................................................................... 134 . CLÁUSULA 41ª – DA ANULAÇÃO DO CONTRATO................................................................................. 134 CLÁUSULA 42ª – DA FALÊNCIA OU DA EXTINÇÃO DA CONCESSIONÁRIA .......................................................................................................................................................135 CAPÍTULO XVII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS........................................................................................ 135 CLÁUSULA 43ª – DO ACORDO COMPLETO.......................................................................................... 135 CLÁUSULA 44ª – DA COMUNICAÇÃO ENTRE AS PARTES...................................................................... 136 CLÁUSULA 45ª – DA CONTAGEM DE PRAZOS...................................................................................... 136 CLÁUSULA 46ª – DO EXERCÍCIO DE DIREITOS..................................................................................... 136 CLÁUSULA 47ª – DA INVALIDADE PARCIAL E INDEPENDÊNCIA ENTRE AS CLÁUSULAS ........................................................................................................................................................ 136 CLÁUSULA 48ª – DO FORO................................................................................................................. 137





CONTRATO DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA

PRÊAMBULO Pelo presente instrumento particular: a) O MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES, por meio da SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - SMDE, com sede na rua 10 de novembro, nº 190, Bairro Cidade Alta, Bento Gonçalves/RS, neste ato denominado PODER CONCEDENTE; b) a empresa xxxxxxxxx, com sede xxxxxxxxxx, inscrita no CNPJ/MF sob o nºxxxxxxxxxxxx, representada por seu presidente , nacionalidade, estado civil, residente e domiciliado em xxxxxxxxxxxxx, portador da Carteira de Identidade nºxxxxxxx, inscrito no CPF/MF sob o nºxxxxxxxxxx, neste ato, denominada CONCESSIONÁRIA, e CONSIDERANDO: - Que a CONCESSIONÁRIA é uma sociedade de propósito específico (SPE) constituída pelo(s) ADJUDICATÁRIO(S) da LICITAÇÃO, em conformidade com o ato da COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO, homologado no dia de xxxx, conforme publicação no DOM – Diário Oficial do Município de Bento Gonçalves, tendo sido atendidas todas as exigências para a formalização deste instrumento; - As promessas mútuas firmadas neste CONTRATO de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, doravante denominado CONTRATO, e outras considerações relevantes e pertinentes neste ato reconhecidas, as PARTES acordam e:

RESOLVEM celebrar o presente CONTRATO de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA para a exploração dos SERVIÇOS PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES, em conformidade com o disposto no EDITAL DE CONCORRÊNCIA Nº XX/2018, na Lei Federal nº 11.079/2004 (Lei Federal de Parcerias Público-Privadas), na Lei Municipal nº XXXX/2018 (Lei Municipal de Parcerias Público-Privadas), subsidiariamente, na Lei Federal nº 8.666/1993 (Lei Geral de Licitações e Contratos Administrativos) e demais normas que regem a matéria, regendo-se pelas cláusulas e condições fixadas neste instrumento, a seguir transcritas.

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CLÁUSULA 1ª– DAS DEFINIÇÕES 1.1. Os termos destacados em caixa alta neste instrumento terão o significado constante no item 1 (um), capítulo I, do EDITAL de CONCORRÊNCIA Nº XXX/2018. CLÁUSULA 2ª – DOS DOCUMENTOS INTEGRANTES DO CONTRATO 2.1. Integram o presente CONTRATO, como partes indissociáveis, os seguintes ANEXOS:





2.1.1. ANEXO I – EDITAL E SEUS ANEXOS; 2.1.2. ANEXO II – PROPOSTA TÉCNICA; 2.1.3. ANEXO III – PROPOSTA COMERCIAL; 2.1.4. ANEXO IV – APÓLICES DE SEGURO E GARANTIAS DE EXECUÇÃO DO CONTRATO. CLÁUSULA 3ª – DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E DO REGIME JURÍDICO DO CONTRATO 3.1. O CONTRATO está sujeito às leis vigentes no Brasil, com expressa renúncia à aplicação de qualquer outra. 3.2. A CONCESSÃO ADMINISTRATIVA será regida pelas seguintes legislações e documentos, considerando suas modificações posteriores: 3.2.1. Constituição Federal de 1988; 3.2.2. Lei Federal nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004; 3.2.3. Lei Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; 3.2.4. Lei Federal nº 9.074, de 7 de julho de 1995; 3.2.5. Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993; 3.2.6. Lei Federal nº 9.307, de 23 de setembro de 1996; 3.2.7. Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010; 3.2.8. Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007; 3.2.9. Resoluções do CONAMA e Deliberações Normativas; 3.2.10. Legislações municipais pertinentes; 3.2.11. Normas técnicas e instruções normativas pertinentes; 3.2.18. EDITAL de Concorrência Pública nº XXX/2018 e seus ANEXOS. 3.3. São aplicáveis a este CONTRATO os preceitos de direito público e, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado. CLÁUSULA 4ª – DA INTERPRETAÇÃO





4.1. Na interpretação, integração ou aplicação de qualquer disposição do CONTRATO, deverão ser consideradas as cláusulas contratuais e as disposições dos ANEXOS que nele se consideram integrados, conforme indicado na CLÁUSULA 2ª – DOS DOCUMENTOS INTEGRANTES DO CONTRATO. 4.2. Nos casos de divergência entre as disposições do CONTRATO e as disposições dos ANEXOS que o integram, prevalecerão as disposições do CONTRATO. 4.3. Quaisquer custos relativos à interpretação do presente CONTRATO e a orientações ou determinações oriundas da SEGEM à CONCESSIONÁRIA correrão às expensas desta última.

CAPÍTULO II – DO OBJETO, PRAZO E TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. CLÁUSULA 5ª – DO OBJETO 5.1. O OBJETO do presente CONTRATO é a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, em conformidade com os requisitos contidos neste CONTRATO e nos seus ANEXOS, para exploração dos SERVIÇOS PARA A MODERNIZAÇÃO, GESTÃO, MANUTENÇÃO, OTIMIZAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES. 5.2. As características e especificações técnicas referentes à execução do OBJETO estão indicadas no EDITAL e seus ANEXOS. 5.2.1. Sem prejuízo do disposto no EDITAL e seus ANEXOS, bem como na PROPOSTA COMERCIAL, a execução do OBJETO deverá obedecer ao disposto nas normas, padrões e demais procedimentos constantes da legislação aplicável. CLÁUSULA 6ª – DO PRAZO 6.1. O PRAZO de vigência do CONTRATO é de 35 (trinta e cinco) anos a partir da DATA DE PUBLICAÇÃO DO CONTRATO NO DOM. 6.1.1. O PRAZO de que trata o item 6.1 não poderá ser prorrogado, de forma a assegurar a efetiva e adequada operação dos serviços que compõem o OBJETO deste CONTRATO pela CONCESSIONÁRIA, respeitados os limites estabelecidos na legislação aplicável, bem como as hipóteses contempladas neste CONTRATO. 6.3. A CONCESSIONÁRIA terá o prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da DATA DE PUBLICAÇÃO DO CONTRATO NO DOM, para iniciar a execução da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, conforme disposto no EDITAL em seu ANEXO IV – INFRAESTRUTURA E OPERAÇÃO, documento integrante a este CONTRATO. CLÁUSULA 7ª – DA TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA 7.1. Durante todo o prazo de vigência deste CONTRATO, a transferência da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA só poderá ocorrer mediante prévia anuência do PODER CONCEDENTE, e desde que não coloque em risco a execução deste CONTRATO.





7.2. A transferência total ou parcial da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, mesmo se feita de forma indireta, pelos CONTROLADORES, sem prévia autorização do PODER CONCEDENTE, implicará a imediata caducidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 7.3. A transferência da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA somente será autorizada quando as atividades e os serviços estiverem sendo prestados há pelo menos 5 (cinco) anos, e mediante a comprovação do cumprimento regular das obrigações assumidas neste CONTRATO. 7.4. Para fins de obtenção da anuência para transferência da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, o interessado deverá: 7.4.1. Atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção do OBJETO da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA;

7.4.2. Prestar e manter as garantias pertinentes, conforme o caso; e

7.4.3. Comprometer-se a cumprir todas as cláusulas deste CONTRATO.

CAPÍTULO III – DA CONCESSIONÁRIA CLÁUSULA 8ª – DA FINALIDADE E DO CAPITAL SOCIAL 8.1. Até o final do primeiro ano de vigência do CONTRATO, a CONCESSIONÁRIA deverá, necessariamente, estar estruturada sob a forma de sociedade anônima, sob pena de aplicação das sanções previstas no CONTRATO. 8.2. A CONCESSIONÁRIA deverá indicar em seu estatuto ou contrato social, como finalidade exclusiva, a exploração do OBJETO da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, sendo seus estatutos e sua composição societária aqueles apresentados na LICITAÇÃO e constantes de seus instrumentos societários, que deverão ser entregues, atualizados, ao PODER CONCEDENTE. 8.3. O capital social subscrito e integralizado da CONCESSIONÁRIA deverá ser igual ou superior aos valores previstos a seguir na data da assinatura do CONTRATO, e devendo ser integralizado 10% (dez por cento) do capital no primeiro ano de vigência, e assim sucessivamente a cada ano, até o décimo ano do CONTRATO:

8.3.1. O capital social da CONCESSIONÁRIA deverá ser integralizado nos termos estabelecidos no compromisso

de integralização do capital social, firmado pelos acionistas ou sócios, e que constitui o compromisso de

integralização do capital da CONCESSIONÁRIA, a ser entregue ao PODER CONCEDENTE;

8.3.2. No caso de integralização em bens, o processo avaliativo deverá observar, rigorosamente, as normas da Lei Federal nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;

8.3.3. A CONCESSIONÁRIA obriga-se a manter o PODER CONCEDENTE informado sobre o cumprimento do compromisso de integralização do capital da CONCESSIONÁRIA, referido neste item, sendo facultado ao PODER CONCEDENTE realizar as diligências e auditorias necessárias à verificação da regularidade da situação;





8.3.4. A CONCESSIONÁRIA não poderá, durante todo o prazo da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, reduzir o seu capital, a nenhum título, sem prévia e expressa autorização do PODER CONCEDENTE. 8.4. A CONCESSIONÁRIA deverá obedecer aos padrões e às boas práticas de governança corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas, nos termos do art. 9º, § 3º, da Lei Federal nº 11.079/2004. 8.5. A CONCESSIONÁRIA poderá emitir obrigações, debêntures ou títulos financeiros similares que representam obrigações de sua responsabilidade, em favor de terceiros, observadas as disposições contidas nas CLÁUSULAS 7ª – DA TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA e CLÁUSULA 10ª – DA TRANSFERÊNCIA DO CONTROLE DA CONCESSIONÁRIA, DAS SUAS ALTERAÇÕES ESTATUTÁRIAS E DO DEVER DE INFORMAÇÃO, deste CONTRATO.

8.6. Os recursos à disposição da CONCESSIONÁRIA deverão ser aplicados exclusivamente no desenvolvimento de atividades relacionadas à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA de que trata este CONTRATO, ressalvadas unicamente as aplicações financeiras, cuja respectiva receita é considerada acessória. CLÁUSULA 9ª – DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES 9.1. Durante todo o prazo da CONCESSÃO, e sem prejuízo das demais obrigações de prestar as informações estabelecidas neste CONTRATO ou na legislação aplicável, a CONCESSIONÁRIA obriga-se a: 9.1.1. Dar conhecimento imediato ao PODER CONCEDENTE de todo e qualquer evento que possa vir a prejudicar ou impedir o pontual e tempestivo cumprimento das obrigações previstas no CONTRATO e que possa constituir causa de intervenção, caducidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA ou, ainda, rescisão do CONTRATO;

9.1.2. Dar conhecimento imediato ao PODER CONCEDENTE de toda e qualquer situação que corresponda a fatos que alterem, de modo relevante, o normal desenvolvimento da execução do OBJETO, apresentando, por escrito e no prazo necessário, relatório detalhado sobre esses fatos, incluindo, se for o caso, a contribuição de entidades especializadas, externas à CONCESSIONÁRIA, com as medidas tomadas ou em curso para superar ou sanar os fatos referidos. CLÁUSULA 10ª – DA TRANSFERÊNCIA DO CONTROLE DA CONCESSIONÁRIA, DAS SUAS ALTERAÇÕES ESTATUTÁRIAS E DO DEVER DE INFORMAÇÃO 10.1. Durante todo o prazo de vigência do CONTRATO, o controle societário da CONCESSIONÁRIA somente poderá ser transferido mediante prévia e expressa autorização do PODER CONCEDENTE, sob pena de caducidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 10.2. A CONCESSIONÁRIA compromete-se a não efetuar, em seus livros sociais, sem a prévia anuência do PODER CONCEDENTE, qualquer registro que importe em cessão, transferência ou oneração das ações que compõem o controle societário.





10.3. A transferência do controle societário da CONCESSIONÁRIA somente será autorizada pelo PODER CONCEDENTE quando: 10.3.1. A medida não prejudicar, tampouco colocar em risco a execução do CONTRATO.

10.3.2. A CONCESSÃO ADMINISTRATIVA estiver em execução há pelo menos 5 (cinco) anos, mediante comprovação do cumprimento regular das obrigações assumidas neste CONTRATO. 10.4. A prévia autorização do PODER CONCEDENTE é indispensável, mesmo no caso de transferência indireta do controle, por meio dos CONTROLADORES, ou mesmo em hipótese de acordo de votos. 10.4.1. Para fins deste item, levar-se-ão em conta as transferências que eventualmente ocorrerem a partir da DATA DE PUBLICAÇÃO DO CONTRATO NO DOM, de forma cumulativa. 10.5. A transferência do controle da CONCESSIONÁRIA para os seus FINANCIADORES, com o objetivo de promover a sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, deverá ser prévia e expressamente autorizada pelo PODER CONCEDENTE.

10.6. Observado o disposto no item 10.5, para a obtenção da anuência para transferência do controle societário, o pretendente deverá: 10.6.1. Atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção do OBJETO da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

10.6.2. Prestar e manter as garantias pertinentes, conforme o caso.

10.6.3. Comprometer-se a cumprir todas as cláusulas deste CONTRATO. 10.7. Observado o disposto nos itens 10.8, 10.9 e 10.10, para fins de obtenção da autorização para transferência do controle societário para os FINANCIADORES, estes deverão: 10.7.1. Apresentar plano relativo à promoção da reestruturação financeira da CONCESSIONÁRIA e da continuidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

10.7.2. Prestar e manter as garantias pertinentes, conforme o caso.

10.7.3. Assegurar o cumprimento de todas as cláusulas previstas neste CONTRATO. 10.8. O pedido para a autorização da transferência do controle deverá ser apresentado ao PODER CONCEDENTE, por escrito, pela CONCESSIONÁRIA ou pelo(s) FINANCIADORE(S), conforme o caso, contendo a justificativa para tanto, bem como elementos que possam subsidiar a análise do pedido.

10.9. O PODER CONCEDENTE examinará o pedido no prazo de até 30 (trinta) dias, prorrogáveis por igual período, caso necessário, podendo, a seu critério, solicitar esclarecimentos e documentos adicionais à





CONCESSIONÁRIA e ao(s) FINANCIADORE(S), convocar os acionistas controladores da CONCESSIONÁRIA e promover quaisquer diligências que considerar adequadas.

10.10. A autorização para a transferência do controle da CONCESSIONÁRIA, caso seja concedida pelo PODER CONCEDENTE, será formalizada, por escrito, indicando as condições e requisitos para sua realização.

10.11. A CONCESSIONÁRIA deverá submeter à prévia autorização do PODER CONCEDENTE qualquer modificação no respectivo estatuto social, durante todo o período da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, especialmente no que se refere à cisão, fusão, transformação e incorporação.

10.12. Os documentos que formalizarem alteração estatutária da CONCESSIONÁRIA deverão ser encaminhados ao PODER CONCEDENTE para arquivamento, passando a fazer parte integrante deste CONTRATO.

10.13. A CONCESSIONÁRIA tem o dever de informar ao PODER CONCEDENTE sobre a realização de operações societárias envolvendo sociedades que nela detenham participações, quando tais operações puderem afetar ou prejudicar significativamente o cumprimento das obrigações e deveres dessas sociedades perante a CONCESSIONÁRIA, como no caso da existência de capital a integralizar.

10.14. Quer na hipótese de transferência do controle societário da CONCESSIONÁRIA, quer na de alteração estatutária desta, ou nas operações societárias envolvendo sociedades que nela detenham participações, deverão ser mantidas as condições que ensejaram a celebração do CONTRATO.

CAPÍTULO IV – DAS OBRIGAÇÕES DAS PARTES CLÁUSULA 11ª – DAS OBRIGAÇÕES PREVISTAS NO ANEXO “INFRAESTRUTURA E OPERAÇÃO” 11.1. As PARTES contratantes deverão cumprir todas as obrigações constantes no EDITAL em seu ANEXO IV – INFRAESTRUTURA E OPERAÇÃO, documento integrante a este CONTRATO.

CAPÍTULO V – DOS DIREITOS DAS PARTES CLÁUSULA 12ª – DOS DIREITOS DA CONCESSIONÁRIA 12.1. A CONCESSIONÁRIA, sem prejuízo e adicionalmente a outros direitos previstos na legislação aplicável, terá direito a: 12.1.1. Prestar e explorar os serviços contratados, com ampla liberdade empresarial e de gestão de suas atividades, desde que tal liberdade não contrarie o disposto neste CONTRATO e os princípios e regras aplicáveis à Administração Pública. 12.1.2. Receber a REMUNERAÇÃO devida na forma deste CONTRATO.

12.1.3. Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, na forma deste CONTRATO.





12.1.4. Oferecer direitos emergentes da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA em garantia nos FINANCIAMENTOS obtidos para a consecução do OBJETO do CONTRATO, conforme previstos no CAPÍTULO VIRAM – DOS FINANCIAMENTOS, além de outras garantias que venham a ser exigidas pelos FINANCIADORES, ressalvado, no entanto, que a execução de tais garantias não poderá causar interrupção do OBJETO do CONTRATO.

12.1.5. Subcontratar terceiros para o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares à execução do OBJETO do CONTRATO, bem como para implementar projetos associados, desde que informado ao PODER CONCEDENTE, conforme disposto neste CONTRATO. CLÁUSULA 13ª – DOS DIREITOS DO PODER CONCEDENTE 13.1. O PODER CONCEDENTE, sem prejuízo e adicionalmente a outros direitos previstos na legislação aplicável, terá direito a: 13.1.1. Receber o compartilhamento de RECEITAS ACESSÓRIAS COMPARTILHADAS, de forma a abater o valor correspondente, em R$ (reais), da REMUNERAÇÃO, na forma deste CONTRATO. 13.1.2. Intervir na prestação dos serviços que compõem o OBJETO da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, retomá-los e extinguí-los, nos casos e nas condições previstas neste CONTRATO e na legislação aplicável.

13.1.3. Delegar, total ou parcialmente, por meio de decreto, as competências de regulação, supervisão e fiscalização do CONTRATO a Entidade da Administração Pública Indireta, nos termos da legislação em vigor.

CAPÍTULO VI – DOS FINANCIAMENTOS CLÁUSULA 14ª – DOS FINANCIAMENTOS PELA CONCESSIONÁRIA 14.1. A CONCESSIONÁRIA, caso necessitar, será responsável pela obtenção, aplicação e gestão dos financiamentos necessários ao normal desenvolvimento da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, de modo que se cumpram, cabal e tempestivamente, todas as obrigações assumidas neste CONTRATO. 14.2. A CONCESSIONÁRIA não poderá alegar qualquer disposição, cláusula ou condição do(s) contrato(s) de financiamento porventura contratado(s), ou qualquer atraso no desembolso dos recursos, para se eximir, total ou parcialmente, das obrigações assumidas neste CONTRATO, cujos termos deverão ser de pleno conhecimento dos FINANCIADORES respectivos.

CAPÍTULO VII – DO VALOR DO CONTRATO E DA REMUNERAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA CLÁUSULA 15ª – DO VALOR DO CONTRATO E DA REMUNERAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA 15.1. O VALOR DO CONTRATO, correspondente ao somatório das receitas provenientes da operação da

concessão é de: R$ [X] (xxxxxxxx reais)

15.2. O PODER CONCEDENTE deverá pagar à CONCESSIONÁRIA a REMUNERAÇÃO devida pela execução do

OBJETO, nos termos do CONTRATO e do EDITAL.





15.3. A remuneração pelos serviços relativos ao objeto do CONTRATO dar-se-á pelo pagamento de

CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA, observados o QID, facultada a CONCESSIONÁRIA a exploração de atividades

empresariais que resultem em receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, e

ainda no estabelecido na CLÁUSULA 16ª – DAS RECEITAS ACESSÓRIAS deste CONTRATO.

15.3.1. Caso a CONCESSIONÁRIA não concorde com o valor, caberá a ela recorrer à solução amigável,

conforme atribuições previstas no CAPÍTULO XIV – DA SOLUÇÃO DE CONFLITOS deste CONTRATO.

15.4. Na hipótese de inadimplemento da obrigação de pagamento da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA a

cargo do PODER CONCEDENTE:

15.5. O débito será corrigido monetariamente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA,

acrescido de multa de 2% (dois por cento) e juros, segundo a taxa em vigor para a mora do pagamento de

impostos devidos à Fazenda Estadual;

15.5.1. O atraso superior a 90 (noventa) dias conferirá a CONCESSIONÁRIA a faculdade de suspensão dos

investimentos em curso bem como a suspensão da atividade que não seja estritamente necessária à

continuidade de serviços públicos essenciais ou à utilização pública de infraestrutura existente, sem prejuízo

do direito à rescisão por meio de decisão arbitral, bem como o acionamento da GARANTIA.

CLÁUSULA 16ª – DAS RECEITAS ACESSÓRIAS 16.1. A CONCESSIONÁRIA poderá explorar fontes de RECEITAS ACESSÓRIAS, ou de projetos associados nas áreas integrantes da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, utilizáveis para a obtenção de qualquer espécie de receita, desde que tal exploração não comprometa os padrões de qualidade previstos nas normas e procedimentos integrantes do CONTRATO e também que estejam de acordo com a legislação ambiental vigente. 16.2. O compartilhamento de ganhos da CONCESSIONÁRIA com o PODER CONCEDENTE será feito na forma prevista na CLÁUSULA 22ª – DO COMPARTILHAMENTO DOS GANHOS ECONÔMICOS ENTRE CONCESSIONÁRIA E PODER CONCEDENTE deste CONTRATO.

16.3. O prazo de todos os contratos de exploração comercial referentes às RECEITAS ACESSÓRIAS celebrados pela CONCESSIONÁRIA não poderá ultrapassar o prazo da CONCESSÃO.

CAPÍTULO VIII – DA RELAÇÃO COM TERCEIROS CLÁUSULA 17ª – DOS CONTRATOS COM TERCEIROS 17.1. Sem prejuízo de suas responsabilidades e dos riscos previstos neste CONTRATO, a CONCESSIONÁRIA poderá contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes ou acessórias à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 17.2. A CONCESSIONÁRIA deverá, obrigatoriamente, informar ao PODER CONCEDENTE a contratação de terceiros para a prestação de serviços para o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou





complementares à execução deste CONTRATO, tais como: elaboração dos projetos, obras, fornecimento de bens e serviços e montagem de equipamentos. 17.3. A CONCESSIONÁRIA deverá assegurar-se que os terceiros contratados tenham experiência pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com as obrigações assumidas.

17.4. A CONCESSIONÁRIA deverá dar publicidade aos contratos com terceiros em que haja potencial conflito de interesses, para que o PODER CONCEDENTE e outros interessados possam fiscalizar a sua execução.

17.5. Serão submetidos ao exame e à aprovação do PODER CONCEDENTE os contratos, convênios, acordos ou ajustes celebrados entre a CONCESSIONÁRIA e acionistas pertencentes direta ou indiretamente ao seu grupo controlador, empresas controladas ou coligadas, bem como os celebrados com: 17.5.1. Pessoas físicas ou jurídicas que, juntamente com a CONCESSIONÁRIA, façam parte, direta ou indiretamente, de uma mesma empresa controlada; e 17.5.2. Pessoas físicas ou jurídicas que tenham diretores ou administradores comuns à CONCESSIONÁRIA. 17.6. O fato de o contrato ter sido de conhecimento do PODER CONCEDENTE não poderá ser alegado pela CONCESSIONÁRIA para eximir-se do cumprimento, total ou parcial, de suas obrigações decorrentes deste CONTRATO, ou justificar qualquer atraso ou modificação nos custos e investimentos sob sua responsabilidade. 17.7. Os contratos celebrados entre a CONCESSIONÁRIA e terceiros SUBCONTRATADOS reger-se-ão pelas normas de direito privado, não estabelecendo nenhuma relação de qualquer natureza entre os terceiros SUBCONTRATADOS e o PODER CONCEDENTE.

17.8. A CONCESSIONÁRIA é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução deste CONTRATO.

17.9. A CONCESSIONÁRIA responde, também, nos termos da relação comitente-comissário, regida pelo Código Civil, pelos prejuízos causados a terceiros pelas entidades SUBCONTRATADAS para a execução de atividades vinculadas à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

CAPÍTULO IX – DA FISCALIZAÇÃO E GERENCIAMENTO DA EXECUÇÃO DO CONTRATO CLÁUSULA 18ª – DA FISCALIZAÇÃO 18.1. A fiscalização da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, que abrange todas as obras, serviços e atividades da CONCESSIONÁRIA, durante todo o prazo do CONTRATO, será executada pelo PODER CONCEDENTE. 18.2. A CONCESSIONÁRIA facultará ao PODER CONCEDENTE, ou a qualquer outra entidade por este indicada, o livre acesso, em qualquer época, às áreas, instalações e locais referentes à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, aos livros e documentos relativos à CONCESSIONÁRIA, bem como a livros, registros e documentos relacionados às obras, atividades e serviços abrangidos pela CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, incluindo estatísticas e registros





administrativos e contábeis, e prestará sobre esses, no prazo que lhe for estabelecido, os esclarecimentos que lhe forem formalmente solicitados. 18.3. O PODER CONCEDENTE poderá demandar à CONCESSIONÁRIA, a qualquer tempo e sob qualquer circunstância, informações de natureza técnica, operacional, econômica, financeira e contábil, bem como medições e prestações de contas.

18.4. O PODER CONCEDENTE, diretamente ou por meio de seus representantes credenciados, poderá realizar, na presença de representantes da CONCESSIONÁRIA, ou solicitar que esta execute às suas expensas, consoante programa a ser estabelecido de comum acordo pelas PARTES, testes ou ensaios que permitam avaliar adequadamente as condições de funcionamento e as características dos equipamentos, sistemas e instalações utilizados na CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 18.5. As determinações que o PODER CONCEDENTE vier a fazer, no âmbito de seus poderes de fiscalização, deverão ser imediatamente acatadas pela CONCESSIONÁRIA, sem prejuízo de poder esta apresentar o recurso cabível, nos termos deste CONTRATO. 18.6. No exercício da fiscalização, o PODER CONCEDENTE poderá: 18.6.1. Acompanhar a execução das obras e a prestação das atividades e serviços, bem como a conservação dos BENS REVERSÍVEIS; 18.6.2. Proceder a vistorias para a verificação da adequação das instalações e equipamentos, determinando as necessárias correções, reparos, remoções, reconstruções ou substituições, às expensas da CONCESSIONÁRIA;

18.6.3. Intervir na execução das obras, atividades e serviços, quando necessário, de modo a assegurar a respectiva regularidade e o fiel cumprimento deste CONTRATO e das normas legais pertinentes, observado o disposto na CLÁUSULA 35ª – DA INTERVENÇÃO;

18.6.4. Determinar que sejam refeitas obras, atividades e serviços, sem ônus para o PODER CONCEDENTE, se as já executadas não estiverem satisfatórias, em termos quantitativos ou qualitativos;

18.6.5. Aplicar as sanções e penalidades previstas neste CONTRATO. 18.7. Se a CONCESSIONÁRIA não acatar as determinações realizadas pelo PODER CONCEDENTE, este poderá tomar, diretamente ou por meio de terceiros, as providências necessárias para corrigir a situação, correndo os respectivos custos por conta da CONCESSIONÁRIA, sem prejuízo da aplicação das sanções e penalidades pertinentes. CLÁUSULA 19ª – DO GERENCIAMENTO DA EXECUÇÃO DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA 19.1. Observados os termos deste CONTRATO e de seus ANEXOS, o planejamento e a execução material das obras, dos serviços e das atividades pertinentes à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA são atribuições da





CONCESSIONÁRIA, sem prejuízo da permanente orientação do PODER CONCEDENTE, para maior eficiência e melhoria da qualidade dos serviços e atividades, nos termos apresentados neste CONTRATO e seus ANEXOS. 19.2. Na exploração da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, a CONCESSIONÁRIA terá liberdade na direção de seus negócios, investimentos, pessoal, material e tecnologia, observadas as prescrições deste CONTRATO, da legislação específica, das normas regulamentares, das instruções e determinações do PODER CONCEDENTE. 19.3. Além das melhorias pontuais na execução das obras, serviços e atividades, a CONCESSIONÁRIA poderá apresentar ao PODER CONCEDENTE proposta de aprimoramento dos mecanismos de monitoramento e supervisão do OBJETO da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

19.4. O PODER CONCEDENTE poderá recorrer a serviços técnicos externos para acompanhamento do OBJETO deste CONTRATO, inclusive com vistas à melhoria de sua qualidade. CLÁUSULA 20ª – DO VERIFICADOR INDEPENDENTE 20.1. O PODER CONCEDENTE poderá recorrer a serviço técnico externo de um VERIFICADOR INDEPENDENTE para auxiliá-lo na aplicação do EDITAL e seus ANEXOS, bem como para auxiliá-lo na eventual liquidação de valores decorrentes de pedido de REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO e do pagamento de indenizações. 20.2. Caberá ao PODER CONCEDENTE contratar o VERIFICADOR INDEPENDENTE e arcar com os custos oriundos da contratação. 20.3. O VERIFICADOR INDEPENDENTE, que será empresa independente e de renome no mercado por sua idoneidade, imparcialidade, ética e competência técnica, poderá ser contratado no curso da vigência deste CONTRATO.

20.4. O VERIFICADOR INDEPENDENTE será responsável pelas seguintes atividades, relativamente à aplicação do EDITAL em seu ANEXOS: 20.4.1. Acompanhar a execução do CONTRATO e verificar o cumprimento das obrigações contratuais sob responsabilidade da CONCESSIONÁRIA, informando ao PODER CONCEDENTE sobre o desempenho da CONCESSIONÁRIA, com base em relatório circunstanciado. 20.4.2. Verificar, mensalmente, os índices que compõem o EDITAL e seus ANEXOS, tomando-se por base os relatórios elaborados pela CONCESSIONÁRIA e pelo PODER CONCEDENTE.

20.4.3. Emitir relatório mensal sobre o cumprimento das obrigações contratuais sob responsabilidade da CONCESSIONÁRIA. 20.4.4. Manter arquivo digitalizado dos relatórios emitidos.





20.4.5. Propor melhorias no sistema de mediação, buscando geração de eficiência ou economia financeira para as partes envolvidas no CONTRATO, incluindo desenvolvimento de desenho de processos, diagnóstico da execução do CONTRATO e proposição de soluções de tecnologia da informação para melhor gestão contratual.

20.4.6. Desenvolver sistema de tecnologia de informação para coleta, arquivo e disponibilização de dados e informações referentes aos índices, conforme EDITAL.

20.4.7. Assessorar o PODER CONCEDENTE nos procedimentos de reequilíbrio econômico-financeiro, nos termos do EDITAL. 20.5. O VERIFICADOR INDEPENDENTE, no exercício de suas atividades, poderá realizar as diligências necessárias ao cumprimento de suas funções.

CAPÍTULO X – DOS RISCOS, GANHOS E REEQUILÍBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO CLÁUSULA 21ª – DA ALOCAÇÃO DE RISCOS 21.1. Os riscos decorrentes da execução dos SERVIÇOS serão compartilhados pelo Municipio de Bento Gonçalves e pela CONCESSIONÁRIA, consoante as disposições da presente cláusula. 21.2. Riscos da CONCESSIONÁRIA: 21.2.1. A Concessionária é responsável pelos seguintes riscos, sendo que a ocorrência dos fatos previstos não ensejará a recomposição do equilíbrio econômico – financeiro do Contrato:

a) Vícios ou defeitos aparentes das instalações existentes; b) Más condições de solo aparentes, de conhecimento da CONCESSIONÁRIA na fase licitatória; c) Mudanças dos projetos apresentados pela CONCESSIONÁRIA que não tenham sido solicitadas pelo PODER CONCEDENTE; d) Estimativa incorreta do custo dos investimentos a serem realizados pela CONCESSIONÁRIA; e) Estimativa incorreta do cronograma de execução dos investimentos; f) Prejuízos a terceiros causados diretamente por culpa exclusiva e comprovada da CONCESSIONÁRIA, em decorrência de obras ou da prestação dos SERVIÇOS por ela executados; g) Aumento ordinário de preço dos insumos principais para a execução das obras; h) Prejuízos decorrentes de erros na realização das obras que ensejem a necessidade de refazer parte ou totalidade de um ou mais obras;





i) Investimentos, custos ou despesas adicionais necessárias ao atendimento do Índice de Desempenho em função da performance da CONCESSIONÁRIA; j) Investimentos, custos ou despesas adicionais decorrentes da elevação ordinária dos custos operacionais e de manutenção dos equipamentos; k) Custos de ações judiciais de terceiros contra o PODER CONCEDENTE decorrente de atos praticados por culpa exclusiva e comprovada da CONCESSIONÁRIA ou suas subcontratadas, decorrentes da execução dos SERVIÇOS; l) Greves realizadas por empregados contratados pela CONCESSIONÁRIA ou suas subcontratadas; m) Mudanças tecnológicas implantadas pela CONCESSIONÁRIA e que não tenham sido previstas no CONTRATO e seus ANEXOS ou que não tenham sido solicitadas pelo PODER CONCEDENTE; n) Responsabilidade civil e criminal por danos ambientais causados por culpa exclusiva e comprovada da CONCESSIONÁRIA; o) Aumento ordinário do custo de capital; p) Variações ordinárias das taxas de câmbio; q) Possibilidade de a inflação de um determinado período ser superior ou inferior ao índice utilizado para reajuste da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA ou de outros valores previstos no CONTRATO para o mesmo período; r) Custo com atendimento das condicionantes ambientais das licenças ambientais de responsabilidade da CONCESSIONÁRIA e cuja exigência era prevista. s) Custos com o atendimento das condicionantes de instalações a serem desativadas e devolvidas ao PODER CONCEDENTE enquanto não ocorrer a devolução. t) Falhas na execução das obras de responsabilidade da Concessionária, que sejam causadas comprovadamente por sua culpa exclusiva;

21.2.2. A CONCESSIONÁRIA declara:

a) Ter pleno conhecimento da natureza e extensão dos riscos por ela assumidos no CONTRATO; b) Ter levado tais riscos em consideração na formulação de sua PROPOSTA COMERCIAL e assinatura do CONTRATO.

21.3. Riscos do PODER CONCEDENTE





21.3.1. Os riscos a seguir listados serão suportados exclusivamente pelo PODER CONCEDENTE, sendo que a ocorrência dos fatos previstos nesta cláusula ensejará o reequilíbrio econômico-financeiro do CONTRATO, bem como isentará a Concessionária de quaisquer das multas, penalidades ou reduções previstas contratualmente, inclusive aquelas decorrentes do Quadro de Indicadores de Desempenho – QID, do EDITAL, quando o descumprimento que fundamenta a penalidade ocorrer devido aos eventos previstos abaixo:

a) Passivos cíveis, trabalhistas e fiscais decorrentes de atos ou fatos ocorridos antes da assinatura do CONTRATO; b) Mudança na legislação ou regulação que aumente custos de execução das obras e investimentos ou impacte o valor da Taxa de Coleta e Remoção de Lixo; c) Mudança nas especificações dos SERVIÇOS mediante solicitação do PODER CONCEDENTE ou decorrentes de nova legislação ou regulamentação pública, inclusive, mas não se limitando, àquelas atinentes a licenciamento ambiental, autorizações para fins de intervenções urbanas, normas de posturas, etc; d) Atrasos decorrentes da não obtenção de autorizações, licenças e permissões exigidas, bem como de eventuais decisões judiciais que suspendam a execução das obras; e) Revisões promovidas nos parâmetros e medidores referentes aos índices que compõe o QID, acarretando, comprovadamente, encargos adicionais para a CONCESSIONÁRIA.

21.4. Caberá a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro para quaisquer das partes, nas hipóteses abaixo descritas: 21.4.1. Nenhuma das partes será considerada inadimplente se o cumprimento de obrigações tiver sido impedido por qualquer caso de força maior ou caso fortuito não seguráveis, nos termos deste CONTRATO e seus ANEXOS, devendo comunicar no prazo máximo de [X] (XXXXXX) à outra parte a ocorrência de qualquer evento dessa natureza. 21.4.2. Criação, extinção, isenção ou alteração de tributos, encargos legais e/ou preços públicos, que tenha repercussão direta nas receitas ou despesas da CONCESSIONÁRIA, para mais ou para menos, relacionados ao objeto deste CONTRATO, à exceção do imposto de renda. 21.4.3. Modificação unilateral do CONTRATO, imposta pelo PODER CONCEDENTE, desde que, como resultado direto da modificação, verifique-se para a CONCESSIONÁRIA alteração substancial dos custos ou da receita, para mais ou para menos; 21.4.4. Ocorrência de eventos excepcionais, causadores de significativas modificações nos mercados financeiro e cambial, inclusive hiperinflação, que impliquem alterações substanciais nos pressupostos adotados na elaboração da PROPOSTA COMERCIAL. 21.4.5. Propositura de ação ou medida judicial, arbitral ou administrativa, que impossibilite ou dificulte a execução do objeto deste CONTRATO





21.4.6. Salvo se o PODER CONCEDENTE fornecer outras instruções por escrito, a CONCESSIONÁRIA continuará cumprindo suas obrigações decorrentes do CONTRATO, na medida do razoavelmente possível, e procurará, por todos os meios disponíveis, cumprir aquelas obrigações não impedidas pelo evento de força maior ou caso fortuito, cabendo ao PODER CONCEDENTE, da mesma forma, cumprir as suas obrigações não impedidas pele evento de força maior ou caso fortuito. 21.4.7. As partes poderão acordar sobre a possibilidade de recomposição do equilíbrio econômico – financeiro do CONTRATO ou extinção da CONCESSÃO. 21.4.8. Verificando-se a extinção da CONCESSÃO, aplicar-se-ão, no que couberem, as regras e os procedimentos válidos para a extinção do Contrato por advento do término do prazo contratual.

CLÁUSULA 22ª – DO REEQUILÍBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO E DOS PROCEDIMENTOS PARA

RECOMPOSIÇÃO DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO – FINANCEIRO

22.1. A equação econômico-financeira original do CONTRATO baseia-se nos estudos de viabilidade econômico-financeira apresentados no plano de negócios proposto pela CONCESSIONÁRIA na PROPOSTA COMERCIAL, considerando-se o prazo de 30 (trinta) anos de CONTRATO. 22.2. Sempre que atendidas as condições do CONTRATO e mantida a alocação de riscos nele estabelecida, considera-se mantido seu equilíbrio econômico – financeiro. 22.3. A recomposição do equilíbrio econômico–financeiro por iniciativa da CONCESSIONÁRIA ocorrerá somente nas hipóteses previstas na CLÁUSULA 0. 22.4. O pedido de recomposição do equilíbrio econômico – financeiro poderá ser iniciado por requerimento da CONCESSIONÁRIA ou por determinação do PODER CONCEDENTE. 22.5. Nas hipóteses em que o pedido de recomposição do equilíbrio econômico – financeiro seja iniciado pela CONCESSIONÁRIA, deverão ser obedecidos os seguintes procedimentos: 22.5.1. Ser acompanhado de relatório técnico ou laudo pericial que demonstre o impacto financeiro, verificado ou projetado, em decorrência do evento no caixa da CONCESSIONÁRIA, conforme as disposições deste CONTRATO. 22.5.2. Ser acompanhado dos documentos necessários à demonstração do cabimento do pleito. 22.5.3. Todos os custos com diligências e estudos necessários à plena instrução do pedido correrão por conta da CONCESSIONÁRIA. 22.6. O procedimento de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro iniciado pelo PODER CONCEDENTE deverá ser objeto de comunicação à CONCESSIONÁRIA, acompanhada de cópia dos laudos e estudos pertinentes.





22.7. Todos os custos com diligências e estudos necessários à plena instrução do pedido formulado correrão por conta do PODER CONCEDENTE. 22.8. O procedimento de recomposição do equilíbrio econômico – financeiro da CONCESSÃO deverá ser concluído em prazo não superior a 30 (trinta) dias, ressalvada a hipótese, devidamente justificada, em que seja necessária a prorrogação do prazo. 22.9. Caberá ao PODER CONCEDENTE a prerrogativa de escolher a forma pela qual será implementada a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro buscando sempre assegurar a continuidade da prestação do serviço concedido e a preservação da capacidade de pagamento do FINANCIAMENTO para realização dos investimentos da CONCESSIONÁRIA. 22.10. O PODER CONCEDENTE poderá utilizar-se, a seu critério, das medidas abaixo elencadas, individual ou conjuntamente, para a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro da CONCESSÃO: 22.10.1. Alteração do prazo da CONCESSÃO; 22.10.2. Modificação das obrigações contratuais da CONCESSIONÁRIA; ou 22.10.3. Outra forma definida de comum acordo entre o PODER CONCEDENTE e a CONCESSIONÁRIA. 22.11. O Contrato será considerado reequilibrado quando os impactos dos eventos que deram origem ao pedido de reequilíbrio econômico – financeiro forem compensados por meio da instituição de medidas sobrepostas ao fluxo de caixa elaborado para demonstração dos citados eventos, de tal forma que o valor presente líquido desse fluxo tenha valor igual a 0 (zero). 22.12. Na hipótese de novos investimentos ou serviços solicitados pelo PODER CONCEDENTE, a CONCESSIONÁRIA deverá apresentar, previamente ao processo de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro e a pedido do PODER CONCEDENTE, o Projeto Básico dos serviços, considerando que: 22.12.1. O Projeto Básico deverá conter todos os elementos necessários à precificação do investimento e às estimativas do impacto dos investimentos e serviços sobre as receitas da CONCESSIONÁRIA, segundo as melhores práticas e critérios de mercado, tudo de acordo com as normas técnicas e diretivas eventualmente estabelecidas pelo PODER CONCEDENTE, devendo ainda detalhar a forma de amortização dos investimentos durante o prazo da CONCESSÃO. 22.12.2. O PODER CONCEDENTE estabelecerá o valor limite do custo das obras e serviços a serem considerados para efeito de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, tomando como base, para tanto, os valores previstos em tabelas oficiais e, se for o caso, os valores praticados no mercado.

CAPÍTULO XI – DAS GARANTIAS E SEGUROS CLÁUSULA 23ª – DA GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA





23.1. Para o fiel cumprimento das obrigações ora assumidas, no prazo de 30 (trinta) dias corridos, contados a partir da DATA DE PUBLICAÇÃO DO CONTRATO NO DOM, a CONCESSIONÁRIA prestará e manterá garantia de execução do contrato no valor de equivalente a 10% (dez por cento) do VALOR DO CONTRATO. 23.2. A garantia de execução do contrato servirá para cobrir o ressarcimento de custos e despesas incorridas pelo PODER CONCEDENTE, face ao inadimplemento da CONCESSIONÁRIA, para levar a efeito obrigações e responsabilidades desta. 23.3. A garantia de execução do contrato servirá inclusive para cobrir o pagamento de multas que forem aplicadas à CONCESSIONÁRIA em razão de inadimplemento no cumprimento de suas obrigações contratuais, conforme previsto neste CONTRATO.

23.3.1. Se o valor das multas impostas à CONCESSIONÁRIA for superior ao valor da garantia de execução do contrato prestada, além da perda desta, a CONCESSIONÁRIA responderá pela diferença do valor integral da garantia de execução do contrato no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da respectiva notificação, sob pena de cobrança.

23.3.2. Sempre que utilizada a garantia de execução do contrato, a CONCESSIONÁRIA deverá recompor o valor integral da garantia de execução do contrato no prazo de 10 (dez) dias úteis a contar da sua utilização ou da respectiva notificação pelo PODER CONCEDENTE. 23.4. Nos termos do artigo 56 da Lei Federal nº 8.666/1993, a garantia de execução do contrato referida neste item poderá assumir qualquer das seguintes modalidades: 23.4.1. Caução em moeda corrente do país. 23.4.2. Caução em títulos da dívida pública, desde que não gravados com cláusulas de inalienabilidade e impenhorabilidade, ou adquiridos compulsoriamente.

23.4.3. Seguro-garantia.

23.4.4. Fiança bancária. 23.5. A garantia de execução do contrato ofertada não poderá conter quaisquer ressalvas ou condições que possam dificultar ou impedir sua execução, ou que possam suscitar dúvidas quanto à sua exequibilidade. 23.6. As despesas referentes à prestação da garantia de execução do contrato serão exclusivamente de responsabilidade da CONCESSIONÁRIA.

23.7. Caso seja utilizada a modalidade de seguro-garantia, a apólice deverá ter vigência de 1 (um) ano, com cláusula de renovação até a extinção das obrigações da CONCESSIONÁRIA, vinculada à reavaliação do risco.





23.7.1. A garantia por seguro deverá estar acompanhada de carta de aceitação da operação pelo IRB – Brasil Resseguros S/A, ou estar acompanhada de sua expressa autorização à seguradora para contratar o resseguro diretamente no exterior, bem como de resseguro junto às resseguradoras internacionais. 23.7.2. A apólice deverá conter disposição expressa de obrigatoriedade de a seguradora informar ao PODER CONCEDENTE e à CONCESSIONÁRIA, em até 30 (trinta) dias antes do prazo final da validade, se a apólice será ou não renovada.

23.7.3. No caso de a seguradora não renovar a apólice de seguro-garantia, a CONCESSIONÁRIA deverá apresentar garantia de valor e condições equivalentes, para aprovação do PODER CONCEDENTE, antes do vencimento da apólice, independentemente de notificação, sob pena de caracterizar-se inadimplência da CONCESSIONÁRIA e serem aplicadas as penalidades cabíveis. 23.8. A garantia de execução do contrato será reajustada periodicamente, na mesma data e pela mesma fórmula aplicável ao valor da parcela variável que compõe a fórmula da REMUNERAÇÃO. 23.8.1. Sempre que se verificar o reajuste da garantia de execução do contrato, a CONCESSIONÁRIA deverá complementá-la, no prazo de 5 (cinco) dias a contar da vigência do reajuste, de modo a manter inalterada a proporção fixada nesta cláusula. 23.9. A não prestação, no prazo fixado, da garantia de execução do contrato, dará ao PODER CONCEDENTE o direito de aplicar multa de 0,2% (dois décimos por cento) sobre o valor previsto no item 23.1, por dia de atraso. 23.10. A redução da GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO especificada nesta cláusula ocorrerá como se segue: 23.10.1. 1% (dez por cento) do VALOR DO CONTRATO, ao final do 2º (segundo) ano de vigência do CONTRATO 23.10.2. 0,5% (cinco décimos por cento) do VALOR DO CONTRATO a cada ano de vigência do CONTRATO, uma vez promovida a redução prevista no item anterior. 23.10.3. O saldo remanescente será liberado ao final do PRAZO da CONCESSÃO, no termo de recebimento definitivo do OBJETO, atendidos todos os termos deste CONTRATO atinentes à garantia de execução do contrato prestada, conforme o caso. 23.11. A redução da GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO do ano 2 da CONCESSÃO para o ano 3 da CONCESSÃO, fica condicionada ao cumprimento do cronograma de execução de investimentos previsto no plano de negócios da CONCESSIONÁRIA. CLÁUSULA 24ª – DA GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELO PODER CONCEDENTE 24.1. O PODER CONCEDENTE, de forma irrevogável e irretratável, até o cumprimento de todas as obrigações pecuniárias previstas no Contrato:





24.1.1. Vincula, em favor da CONCESSIONÁRIA, a receita futura objeto da arrecadação da Taxa de Coleta e Remoção de Lixo; 24.1.2. Constitui e mantém a Conta Vinculada para arrecadação dos recursos da Taxa de Coleta e Remoção de Lixo e manutenção de valor mínimo correspondente ao montante de 2 (duas) CONTRAPRESTAÇÕES PECUNIÁRIAS mensais; 24.1.3. Constitui e mantém a Conta Reserva para manutenção do Valor Mínimo de Garantia; 24.1.4. Constitui e mantém Conta de Livre Movimentação para pagamento da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA mensal e demais custos do CONTRATO. 24.2. A garantia pelos pagamentos da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA, será implementada a partir da data de assinatura do CONTRATO, devendo ser mantida até o final da liquidação de todas as obrigações pecuniárias assumidas pela PODER CONCEDENTE. 24.3. O Agente de Garantia deverá proceder à abertura de Conta Vinculada e da Conta Reserva, a serem mantidas durante o primeiro ano do CONTRATO, para utilização na constituição da garantia em favor da execução do CONTRATO DE CONCESSÃO, devendo a PODER CONCEDENTE, quando da celebração do Contrato de Penhor e Nomeação do Agente de Garantia, depositar o valor equivalente a 06 (seis) parcelas mensais da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA. 24.4. O PODER CONCEDENTE se obriga a manter, a partir do segundo ano do contrato (a contar da data de publicação no DOM), e até o encerramento do prazo de vigência do mesmo, o montante mensal correspondente a 03 (três) parcelas mensais da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA, devendo ser complementado ou reduzido o valor constante na Conta Reserva e na Conta de Livre Movimentação para atendimento ao Valor Mínimo da Conta Reserva. 24.5. Compete à CONCESSIONÁRIA informar ao Agente de Garantia o Valor Mínimo da Conta Reserva, para fins de complementação ou diminuição do valor depositado sob sua própria responsabilidade civil e criminal dos representantes legais por informação incorreta. 24.6. Em sendo necessário complementar os recursos para atingir o Valor Mínimo da Conta Reserva, o Agente Fiduciário procederá a retenção dos recursos depositados na Conta Vinculada até que se atinja o Valor Mínimo da Conta Reserva. Caso os valores depositados sejam superiores ao Valor Mínimo da Conta Reserva, o Agente de Garantia deverá realizar a transferência dos recursos para a conta corrente da PODER CONCEDENTE. O procedimento descrito neste item será realizado mensalmente após a apresentação das informações pela Concessionária. 24.7. O Agente de Garantia deverá abrir e manter aberta, durante toda a vigência deste Contrato, a Conta Reserva, para a utilização na constituição da Garantia em favor da execução do Contrato, para a qual deverão ser transferidas as receitas arrecadadas na Conta Vinculada.





24.8. Compete à Concessionária informar ao Agente de Garantia o Valor Mínimo da Conta Reserva, para fins de complementação ou diminuição do valor depositado, sob sua própria responsabilidade civil e criminal dos representantes legais por informação incorreta. 24.9. Em sendo necessário complementar os recursos, o Agente de Garantia procederá à vinculação do tanto quanto necessário na Conta Vinculada até que se atinja o Valor Mínimo da Conta Reserva. 24.10. Caso os recursos da Taxa de Tratamento de Resíduos sejam superiores ao Valor Mínimo da Conta Vinculada, o Agente de Garantia deverá realizar a liberação do excedente. O procedimento descrito neste item será realizado mensalmente após a apresentação das informações pela Concessionária. 24.11. Não havendo o recebimento pelo Agente de Garantia de notificação de inadimplemento e estando o saldo da Conta Reserva de acordo com o Valor Mínimo da Conta Reserva, os valores depositados na Conta Vinculada deverão ser automaticamente transferidos para Conta de Livre Movimentação da PODER CONCEDENTE, no mesmo dia de seu crédito na Conta Vinculada. 24.12. Caso a PODER CONCEDENTE não efetue, total ou parcialmente, o pagamento da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA no vencimento, a CONCESSIONÁRIA deverá, a partir do segundo dia útil imediatamente subsequente, encaminhar ao Agente de Garantia uma notificação escrita, informando o evento do inadimplemento, com a indicação do valor devido naquele mês, anexando a correspondente Nota Fiscal de cobrança vencida e indicando a conta para a transferência dos recursos. 24.13. Após a execução da garantia, nos termos da cláusula supra, o Agente de Garantia deverá proceder a retenção de todos os valores depositados na Conta Vinculada, transferindo-os para a Conta Reserva até que esta novamente atinja o Valor Mínimo da Conta Reserva. 24.14. A Conta Reserva e a Conta Vinculada não poderão ser encerradas até o final da liquidação das obrigações pecuniárias assumidas pela PODER CONCEDENTE por força do presente CONTRATO. 24.15. Os recursos depositados na Conta Reserva e na Conta Vinculada são destinados exclusivamente a garantir as obrigações pecuniárias da PODER CONCEDENTE, ficando indisponíveis e vinculados ao presente CONTRATO, em caráter irrevogável e irretratável, desde a sua assinatura até o final da liquidação de tais obrigações, nos termos do Contrato de Penhor e Nomeação do Agente de Garantia, não podendo, portanto, ser movimentados ou utilizados para nenhuma outra finalidade, tampouco dados em garantia de quaisquer outros projetos ou contratos da PODER CONCEDENTE, independentemente de sua natureza. CLÁUSULA 25ª – DO FOMENTO À COLETA SELETIVA 25.1. A CONCESSIONÁRIA se obriga a apresentar programa de EDUCAÇÃO AMBIENTAL participativo, que priorize a não geração de resíduos e estimule a COLETA SELETIVA, baseado nos princípios de não gerar, repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar os RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS, a ser executado junto à Prefeitura de Bento Gonçalves concomitantemente à operação da CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS. O referido programa deverá ser protocolizado junto ao órgão ambiental competente no momento do requerimento da licença de operação ambiental.





CLÁUSULA 26ª – DA GARANTIA DE SATISFAÇÃO DO CRÉDITO DO FINANCIADOR PERANTE A CONCESSIONÁRIA 26.1. Na hipótese de a CONCESSIONÁRIA vir a celebrar contrato de financiamento com terceiro para a execução do OBJETO do CONTRATO, poderá oferecer-lhe em garantia, nos termos do artigo 28 da Lei Federal nº 8.987/95, os direitos emergentes da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, na forma deste CONTRATO. 26.2. O oferecimento em garantia, nos financiamentos vinculados ao escopo do CONTRATO, dos direitos emergentes da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, somente poderá ocorrer até o limite que não comprometa a operacionalização e a continuidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

26.3. As ações de emissão da CONCESSIONÁRIA poderão ser dadas em garantia de financiamentos, ou como contragarantia de operações, vinculadas ao cumprimento de obrigações decorrentes do CONTRATO, e sem necessidade de prévia autorização pelo PODER CONCEDENTE.

26.4. As ações correspondentes ao controle da CONCESSIONÁRIA não poderão ser dadas em garantia de financiamentos, ou como contragarantia de operações, vinculadas ao cumprimento de obrigações decorrentes do CONTRATO, sem prévia e expressa autorização pelo PODER CONCEDENTE.

26.5. Sem prejuízo da garantia estipulada neste item, é permitido o pagamento direto em nome do FINANCIADOR da CONCESSIONÁRIA, em relação às obrigações pecuniárias do PODER CONCEDENTE, nos termos deste CONTRATO.

26.6. Reconhece-se a legitimidade dos FINANCIADORES da CONCESSIONÁRIA para receber indenizações por extinção antecipada do CONTRATO. CLÁUSULA 27ª – DO PLANO DE SEGUROS 27.1. Durante todo o prazo de vigência do CONTRATO, a CONCESSIONÁRIA deverá manter, com companhia seguradora autorizada a funcionar e operar no Brasil e de porte compatível com o objeto segurado, apólices de seguros necessárias para garantir a efetiva e abrangente cobertura de riscos inerentes ao desenvolvimento de todas as obras, serviços e atividades contempladas no presente CONTRATO, ademais dos seguros exigíveis pela legislação aplicável. 27.2. O PODER CONCEDENTE deverá ser indicado como cossegurado nas apólices de seguros, de acordo com suas características e finalidade, bem como com a titularidade dos bens envolvidos, cabendo-lhe autorizar previamente o cancelamento, suspensão, modificação ou substituição de quaisquer apólices contratadas pela CONCESSIONÁRIA.

27.3. As apólices de seguro deverão prever a indenização direta ao PODER CONCEDENTE nos casos em que caiba a ele a responsabilização pelo sinistro.

27.4. Os FINANCIADORES poderão ser incluídos nas apólices de seguros, na condição de co-segurados.





27.4.1. As apólices deverão conter cláusula expressa de renúncia ao eventual exercício de sub-rogação nos direitos que a(s) seguradora(s) tenha(m) ou venha(m) a ter frente ao PODER CONCEDENTE. 27.5. As apólices emitidas não poderão conter obrigações, restrições ou disposições que contrariem as disposições do presente CONTRATO ou a regulação setorial, e deverão conter declaração expressa da companhia seguradora, da qual conste que conhece integralmente este CONTRATO, inclusive no que se refere aos limites dos direitos da CONCESSIONÁRIA.

27.6. Mediante prévia aprovação do PODER CONCEDENTE, poderá a CONCESSIONÁRIA alterar as condições dos seguros contratados, desde que as alterações pretendidas se prestem para adequá-los ao escopo deste CONTRATO.

27.7. Nenhuma obra ou serviço e atividade poderá ter início ou prosseguir sem que a CONCESSIONÁRIA apresente ao PODER CONCEDENTE comprovação de que as apólices dos seguros exigidos neste CONTRATO estão em vigor, e consoante as condições determinadas. 27.7.1. Em até 15 (quinze) dias antes do início de qualquer obra ou serviço, a CONCESSIONÁRIA deverá encaminhar ao PODER CONCEDENTE cópia autenticada das apólices de seguro juntamente com os respectivos planos de trabalho. 27.8. A CONCESSIONÁRIA contratará e manterá em vigor os seguintes seguros, que deverão cobrir pelo menos os riscos de obra, operacionais, ambientais, incêndios, explosões de qualquer natureza, equipamentos eletrônicos, roubo e furto: 27.8.1. Seguro do tipo “todos os riscos” para danos materiais cobrindo a perda, destruição ou dano em todos ou em qualquer bem integrante da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, devendo tal seguro contemplar todas as coberturas compreendidas de acordo com os padrões internacionais. 27.8.2. Seguro de responsabilidade civil, que compreenda todos e quaisquer acidentes de prepostos ou empregados da CONCESSIONÁRIA e de terceiros, cobrindo qualquer prejuízo que venha a ser causado ou esteja relacionado com a execução da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, inclusive, mas não se limitando, a danos involuntários pessoais, mortes e danos materiais causados a terceiros e seus veículos.

27.8.3. Conforme o caso, observado o disposto na CLÁUSULA 23ª – DA GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA, relativamente à garantia de execução do contrato pela CONCESSIONÁRIA, seguro-garantia do cumprimento das obrigações relativas à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 27.9. Os montantes cobertos pelos seguros de danos materiais e pelos seguros de responsabilidade civil, incluído os danos morais abrangidos, deverão atender os limites máximos de indenização calculados com base no maior dano provável.

27.10. A CONCESSIONÁRIA assume toda a responsabilidade pela abrangência ou omissões decorrentes da realização dos seguros de que trata este CONTRATO.





27.11. A CONCESSIONÁRIA é responsável pelo pagamento integral da franquia, em caso de utilização de qualquer seguro previsto no CONTRATO.

27.12. Face ao descumprimento, pela CONCESSIONÁRIA, da obrigação de contratar e manter em plena vigência as apólices de seguro, o PODER CONCEDENTE, independentemente da sua faculdade de decretar a intervenção ou a caducidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, poderá proceder à contratação e ao pagamento direto dos prêmios respectivos, correndo a totalidade dos custos às expensas da CONCESSIONÁRIA. 27.12.1. Verificada a hipótese do item acima, a CONCESSIONÁRIA deverá, em 5 (cinco) dias, reembolsar o PODER CONCEDENTE. 27.13. Caso o reembolso não ocorra no prazo e condições assinalados, poderá o PODER CONCEDENTE descontar a quantia devida da REMUNERAÇÃO devida à CONCESSIONÁRIA ou da garantia de execução do contrato, conforme escolha sua.

27.14. A CONCESSIONÁRIA deverá fazer constar das apólices de seguro a obrigação da companhia seguradora informar, por escrito, com antecedência mínima de 10 (dez) dias, à própria CONCESSIONÁRIA e ao PODER CONCEDENTE, quaisquer fatos que possam implicar o cancelamento total ou parcial das apólices contratadas pela CONCESSIONÁRIA, redução de coberturas, aumento de franquias ou redução dos valores segurados.

27.15. Igualmente, na contratação do seguro pela CONCESSIONÁRIA, deverá constar a obrigação da companhia seguradora de comunicar ao PODER CONCEDENTE, no prazo de 10 (dez) dias, todo e qualquer evento de falta de pagamento de parcelas do prêmio de seguro contratado.

27.16. Deverá constar das apólices de seguro a obrigação da companhia seguradora em manter a cobertura pelo período de 120 (cento e vinte) dias a contar da data do vencimento da parcela do prêmio devida e não paga pela CONCESSIONÁRIA, para efeito do disposto no item 27.12.

27.17. Anualmente, até o final do mês de janeiro, a CONCESSIONÁRIA deverá apresentar certificado emitido pela(s) companhia(s) seguradora(s) confirmando que todos os prêmios vencidos no ano precedente encontram-se quitados e que as apólices contratadas pela CONCESSIONÁRIA estão em plena vigência ou foram renovadas, devendo neste caso ser encaminhados ao PODER CONCEDENTE os termos das novas apólices.

27.18. Caso o seguro contratado vença no correr do ano, a CONCESSIONÁRIA deverá apresentar ainda, com antecedência de 30 (trinta) dias da data do vencimento do seguro, certificado da companhia seguradora comprovando a renovação do seguro e os termos das novas apólices.

CAPÍTULO XII – DO REGIME DE BENS DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA CLÁUSULA 28ª – DOS BENS VINCULADOS À CONCESSÃO ADMINISTRATIVA E DOS BENS REVERSÍVEIS





28.1. Os BENS VINCULADOS À CONCESSÃO ADMINISTRATIVA são os bens integrantes ou não do patrimônio da CONCESSIONÁRIA, necessários à implantação adequada e contínua do OBJETO contratado. 28.2. A utilização direta de equipamentos, infraestrutura ou qualquer outro bem, que não sejam da propriedade da CONCESSIONÁRIA na execução das obras e prestação dos serviços e atividades OBJETO da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, dependerá de anuência prévia, específica e expressa do PODER CONCEDENTE, que poderá dispensar tal exigência nos casos e hipóteses que entender pertinente.

28.3. O PODER CONCEDENTE poderá autorizar a utilização de bens de terceiros, desde que não se coloque em risco a continuidade das obras, serviços e atividades, bem com que não reste prejudicada a reversão dos BENS VINCULADOS À CONCESSÃO.

28.4. Adicionalmente, poderá o PODER CONCEDENTE exigir que o respectivo contrato contenha disposição pela qual o terceiro se obrigue, em caso de extinção da concessão, a mantê-lo e a sub-rogar o PODER CONCEDENTE nos direitos dele decorrentes.

28.5. Os BENS REVERSÍVEIS são aqueles imprescindíveis à execução da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA adquiridos pela CONCESSIONÁRIA ao longo de todo o prazo deste CONTRATO, os quais reverterão em favor do PODER CONCEDENTE após a extinção da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, nos termos estabelecidos neste CONTRATO, no CAPÍTULO XV – DA EXTINÇÃO DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 28.5.1. Integram os BENS REVERSÍVEIS todos os terrenos, estruturas, construções, equipamentos, máquinas, aparelhos, acessórios e, de modo geral, todos os demais bens vinculados à execução das obras e prestação dos serviços e atividades referentes à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

28.5.2. Também integram os BENS REVERSÍVEIS as áreas, instalações e plantas pertencentes à CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS e às ESTAÇÕES DE TRANBORDO, sendo de responsabilidade do PODER CONCEDENTE a sua operação ao término do prazo contratual, incluindo serviços de pós-operação.

28.5.3. A CONCESSIONÁRIA obriga-se a entregar os BENS REVERSÍVEIS em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção, sem prejuízo do desgaste normal resultante do seu uso. 28.5.4. Os BENS REVERSÍVEIS serão transferidos ao PODER CONCEDENTE livres de quaisquer ônus ou encargos. 28.6. Todos os custos decorrentes da execução da obra e prestação de tais serviços e atividades constituirão ônus exclusivo da CONCESSIONÁRIA. 28.7. A CONCESSIONÁRIA obriga-se a manter, em bom estado de funcionamento, conservação e segurança, às suas expensas, os BENS VINCULADOS À CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, incluindo-se os BENS REVERSÍVEIS, durante a vigência do CONTRATO, efetuando para tanto as reparações, renovações e adaptações necessárias ao bom desempenho da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, nos termos previstos neste CONTRATO. 28.8. Poderá o PODER CONCEDENTE reter pagamentos à CONCESSIONÁRIA, no valor necessário para reparar as irregularidades eventualmente detectadas quando da realização de vistoria dos BENS REVERSÍVEIS.





28.9. A CONCESSIONÁRIA somente poderá alienar os bens que integram a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA se proceder à sua imediata substituição por outros em condições de operacionalidade e funcionamento idênticas ou superiores aos substituídos, constatadas pelo PODER CONCEDENTE.

28.10. Qualquer alienação ou aquisição de bens que a CONCESSIONÁRIA pretenda realizar, nos últimos 5 (cinco) anos do prazo final da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, deverá ser prévia e expressamente autorizada pelo PODER CONCEDENTE, observada a disposição prevista no item 37.1 deste CONTRATO. CLÁUSULA 29ª – DA REVERSÃO DOS BENS DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA 29.1. Extinta a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, retornam ao PODER CONCEDENTE os BENS REVERSÍVEIS, direitos e privilégios vinculados à exploração da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, transferidos à CONCESSIONÁRIA, ou por esta adquiridos ou implantados, no âmbito da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 29.1.1. No prazo de 180 (cento e oitenta) dias antes do termo final do CONTRATO, as PARTES deverão estabelecer os procedimentos para avaliar os bens objeto da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, com o fim de identificar aqueles necessários à continuidade da execução de seu OBJETO, bem como propiciar condições para a realização do pagamento de eventuais indenizações.

29.1.2. O PODER CONCEDENTE poderá recusar a reversão de bens que considere prescindíveis ou inaproveitáveis, garantido o direito da CONCESSIONÁRIA ao contraditório, inclusive através da elaboração e apresentação, às suas expensas, de laudos ou estudos demonstradores da necessidade de reversão. 29.1.2.1. Inclui-se no conceito de bens inaproveitáveis, não se limitando, a CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (CTRSU) cuja capacidade tenha sido esgotada ou cuja tecnologia seja inservível considerando as regras ambientais vigentes. 29.1.3. Os bens excluídos da reversão não serão computados para a amortização dos investimentos realizados pela CONCESSIONÁRIA, o que não exime a CONCESSIONÁRIA da obrigação de mantê-los em perfeito funcionamento e bom estado de conservação.

29.1.4. Caso a CONCESSIONÁRIA não concorde com a decisão do PODER CONCEDENTE quanto ao disposto no item 29.1.2, admitir-se-á o recurso ao expediente de solução de conflitos estabelecido neste CONTRATO. 29.2. A reversão será gratuita e automática, com os bens em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção e livres de quaisquer ônus ou encargos, sem prejuízo do desgaste normal resultante de seu uso.

29.3. A CONCESSIONÁRIA terá direito à indenização correspondente ao saldo não amortizado dos bens cuja aquisição, devidamente autorizada pelo PODER CONCEDENTE, tenha ocorrido nos últimos 5 (cinco) anos do prazo da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, desde que realizada para garantir a continuidade e a atualidade desta.





29.3.1. Alternativa ou supletivamente à indenização, o PODER CONCEDENTE poderá admitir a transferência de bens que tenham sido dados em garantia do seu próprio financiamento, sub-rogando-se na(s) parcela(s) financiada(s) vincenda(s). 29.4. No prazo de 3 (três) anos antes da extinção da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, será formada uma Comissão de Reversão, composta pelo PODER CONCEDENTE e pela CONCESSIONÁRIA, tendo por finalidade proceder à inspeção da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 29.4.1. Como resultado da inspeção de que trata o item 29.4, será elaborado o Relatório de Vistoria, definindo-se, com a aprovação das PARTES, os parâmetros que nortearão a devolução da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

29.4.2. O Relatório de Vistoria retratará a situação da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA e poderá propor a sua aceitação ou a necessidade de correções, antes de sua devolução ao PODER CONCEDENTE.

29.4.3. As eventuais correções serão efetivadas em prazos pré-estipulados pelo PODER CONCEDENTE e acarretarão nova vistoria, após a conclusão dos serviços. 29.4.4. O Relatório de Vistorias poderá tratar dos BENS REVERSÍVEIS da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

29.4.5. Extinta a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, o PODER CONCEDENTE procederá à vistoria dos bens a serem revertidos, da qual participará a CONCESSIONÁRIA, para verificar seu estado de conservação e manutenção, lavrando-se, no prazo de até 60 (sessenta) dias, o Termo Definitivo de Devolução dos Bens Reversíveis. 29.5. Caso a reversão dos bens não ocorra nas condições estabelecidas, a CONCESSIONÁRIA indenizará o PODER CONCEDENTE, nos termos da legislação aplicável, podendo o PODER CONCEDENTE executar o seguro-garantia específico, estipulado nos termos deste CONTRATO. 29.6. Após a extinção da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, não poderá ser feito qualquer pagamento aos acionistas ou aos FINANCIADORES da CONCESSIONÁRIA, tampouco poderão dar-se a dissolução ou a partilha do patrimônio da CONCESSIONÁRIA, antes que o PODER CONCEDENTE, por meio de termo definitivo de devolução dos BENS REVERSÍVEIS, ateste que os bens revertidos estão em condições adequadas, ou sem que esteja cabalmente assegurado o pagamento das importâncias devidas ao PODER CONCEDENTE, a título de indenização ou a qualquer outro título.

CAPÍTULO XIII – DAS SANÇÕES E PENALIDADES APLICÁVEIS ÀS PARTES CLÁUSULA 30ª – DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 30.1. No caso de inadimplemento parcial ou total das obrigações deste CONTRATO pela CONCESSIONÁRIA, o PODER CONCEDENTE, sem prejuízo das sanções de natureza civil, penal e ambiental poderá aplicar isoladamente ou concomitantemente as seguintes penalidades:





30.1.1. Advertência formal, por escrito, a versar sobre o descumprimento de obrigações assumidas que não justifiquem a aplicação de outra sanção prevista neste CONTRATO, que será formulada junto à determinação da adoção das necessárias medidas de correção. 30.1.2. Multa. 30.1.3. Suspensão temporária do direito de participação em licitações e impedimento de contratar com a Administração Pública. A suspensão se dará através da emissão de declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, enquanto perdurarem os motivos determinantes desta punição e até que seja promovida sua reabilitação perante a Administração Pública Estadual, que será concedida sempre que a CONCESSIONÁRIA ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes. 30.1.4. Descredenciamento do sistema de registro cadastral. 30.2. A penalidade de multa será aplicada nos casos em que houver descumprimento das obrigações deste CONTRATO. 30.4. As multas estão sujeitas ao seguinte regime: 30.4.1. Aplicada a multa, o PODER CONCEDENTE emitirá documento de cobrança correspondente contra a CONCESSIONÁRIA, que deverá pagar o valor em até 5 (cinco) dias úteis contados da data do recebimento da notificação.

30.4.2. Após a decisão de eventual recurso interposto pela CONCESSIONÁRIA, o PODER CONCEDENTE poderá executar o valor devido e descontar o valor correspondente do primeiro pagamento a que tiver direito a CONCESSIONÁRIA, respondendo igualmente por ele a garantia de execução do contrato.

30.4.3. A falta de pagamento da multa no prazo estipulado importará na incidência automática de juros de mora correspondentes à variação pro rata da taxa SELIC, a contar da data do respectivo vencimento até a data do efetivo pagamento.

30.4.4. O valor das multas será reajustado periodicamente, nas mesmas datas e pelo mesmo índice de reajuste aplicável à parcela variável que compõe a REMUNERAÇÃO da CONCESSIONÁRIA. As importâncias pecuniárias resultantes da aplicação das multas reverterão em favor do PODER CONCEDENTE.

30.4.5. A aplicação das multas contratuais não se confunde com a metodologia de avaliação de desempenho da CONCESSIONÁRIA e a respectiva nota que lhe for atribuída em decorrência do disposto no EDITAL.

30.4.6. As multas previstas serão aplicadas sem prejuízo da caracterização das hipóteses de intervenção ou declaração de caducidade, ambas previstas neste CONTRATO, ou, ainda, da aplicação de outras sanções previstas neste CONTRATO ou na legislação pertinente.

30.4.7. Verificada a má-fé, os administradores e CONTROLADORES da CONCESSIONÁRIA serão igualmente punidos com a sanção de multa.





30.5. As penalidades de suspensão temporária do direito de participação em licitações e impedimento de contratar com a Administração Pública, bem como a declaração de inidoneidade, serão aplicadas à CONCESSIONÁRIA por descumprimento grave das obrigações constantes deste CONTRATO ou pela prática de atos ilícitos, na forma da lei, cabendo a decisão da penalidade mais adequada ao PODER CONCEDENTE. 30.5.1. A aplicação da sanção de declaração de inidoneidade é de competência exclusiva do da autoridade máxima do PODER CONCEDENTE. 30.5.2. A declaração de inidoneidade vigorará enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição, ou até que seja promovida a reabilitação da CONCESSIONÁRIA perante o PODER CONCEDENTE, que ocorrerá sempre que a apenada ressarcir a Administração Pública pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção de suspensão do direito de licitar e contratar com a Administração Pública. 30.6. Na aplicação das sanções previstas no item 30.2 e 30.3, o PODER CONCEDENTE observará as seguintes circunstâncias, com vistas à sua proporcionalidade: 30.6.1. A natureza e a gravidade da infração. 30.6.2. Os danos resultantes aos serviços e atividades, à segurança pública, ao meio ambiente, aos agentes públicos e aos usuários. 30.6.3. A vantagem auferida pela CONCESSIONÁRIA em virtude da infração.

30.6.4. As circunstâncias gerais agravantes e atenuantes, dentre as quais está a reincidência e a boa ou a má-fé da CONCESSIONÁRIA na promoção do dano.

30.6.5. A situação econômico-financeira da CONCESSIONÁRIA, em especial a sua capacidade de geração de receitas e o seu patrimônio.

30.6.6. Os antecedentes da CONCESSIONÁRIA, inclusive eventuais reincidências.

30.6.7. A proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da sanção, inclusive quanto ao número de usuários atingidos.

30.6.8. A prática de qualquer infração não poderá ensejar enriquecimento ilícito da CONCESSIONÁRIA, devendo o PODER CONCEDENTE promover a devolução, pela CONCESSIONÁRIA, ou a neutralização de toda e qualquer vantagem obtida com a perpetração da infração. CLÁUSULA 31ª – DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DA APLICAÇÃO DE PENALIDADES 31.1. O processo de aplicação das sanções de multa, suspensão temporária do direito de licitar e declaração de inidoneidade tem início com a lavratura do auto de infração pela fiscalização do PODER CONCEDENTE, que deve estar devidamente fundamentado para notificar expressamente a CONCESSIONÁRIA da sanção aplicada.





31.1.1. Lavrado o auto, a CONCESSIONÁRIA será imediatamente intimada, dando-se lhe um prazo de 5 (cinco) dias úteis para defesa prévia, salvo na hipótese de declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, quando o prazo será de 10 (dez) dias, consoante o disposto no artigo 87, §§2.º e 3.º, da Lei Federal nº 8.666/1993. 31.1.2. A CONCESSIONÁRIA pode, nesta fase de instrução, requerer diligência e perícia, juntar documento e parecer e aduzir alegação referente à matéria objeto do processo. 31.2. Encerrada a instrução processual, o PODER CONCEDENTE decidirá sobre a aplicação da sanção, estando facultado à CONCESSIONÁRIA a interposição de recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da intimação do ato. 31.2.1. Na hipótese da sanção de declaração de inidoneidade, caberá pedido de reconsideração ao Secretário de Desenvolvimento Econômico, no prazo de 10 (dez) dias úteis, consoante o previsto no artigo 109, III, da Lei Federal nº 8.666/1993. 31.3. Independentemente dos direitos e princípios previstos no item 31.1.1, poderão ser tomadas medidas cautelares urgentes, que não se confundem com o procedimento de intervenção, nas seguintes situações: 31.3.1. Risco de descontinuidade da prestação da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

31.3.2. Dano grave aos direitos dos usuários, à segurança pública ou ao meio ambiente.

31.3.3. Outras situações em que se verifique risco iminente, desde que motivadamente. 31.4. A garantia dos direitos e princípios previstos no item 31.1.1 não poderá comprometer a celeridade e eficiência do processo administrativo.

31.5. Apurando-se, no mesmo processo, a prática de 2 (duas) ou mais infrações pela CONCESSIONÁRIA, aplicam-se cumulativamente, as penas cominadas, se as infrações não forem idênticas.

31.6. Quando se tratar de sanções aplicadas em decorrência do mesmo tipo de descumprimento contratual, em relação às quais tenham sido lavrados diversos autos, serão eles reunidos em um só processo, para a imposição de pena.

CAPÍTULO XIV – DA SOLUÇÃO DE CONFLITOS CLÁUSULA 32ª – DO MECANISMO DE SOLUÇÃO AMIGÁVEL DE CONFLITOS 32.1. Os conflitos e as controvérsias decorrentes do presente CONTRATO, ou com ele relacionados, poderão ser amigavelmente dirimidos pelas PARTES.





32.2. Em caso de conflito ou controvérsia resultante dos direitos e obrigações contemplados neste CONTRATO ou de sua execução, inclusive aqueles relacionados à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, o objeto do conflito ou controvérsia será comunicado, por escrito, ao PODER CONCEDENTE ou à CONCESSIONÁRIA, conforme o caso, para que as PARTES possam, utilizando-se do princípio da boa-fé e envidando os melhores esforços para tal, solucionar o conflito ou controvérsia existente. 32.2.1. A notificação de que trata este item deverá ser enviada pela PARTE interessada juntamente com todas as suas alegações acerca do conflito ou controvérsia, devendo também ser acompanhada de uma sugestão para a solução do conflito ou controvérsia. 32.3. Após o recebimento da notificação, a PARTE notificada terá um prazo de 10 (dez) dias úteis, contados do recebimento da notificação, para responder se concorda com a solução proposta. Caso não concorde com a solução proposta, a PARTE notificada, no mesmo prazo acima estipulado, deverá apresentar à PARTE interessada os motivos pelos quais discorda da solução apresentada, devendo, nessa hipótese, apresentar uma solução alternativa para o caso. 32.3.1. Caso a PARTE notificada concorde com a solução apresentada, as PARTES darão por encerrado o conflito ou controvérsia e tomarão as medidas necessárias para implementar a medida acordada. 32.3.2. No caso de discordância da PARTE notificada, deverá ser marcada uma reunião entre as PARTES, a fim de debater e solucionar o conflito ou a controvérsia em causa. 32.4. Em qualquer das hipóteses, o conflito ou a controvérsia existente entre as PARTES deverá ser solucionado no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogáveis de comum acordo entre as PARTES.

32.5. Ultrapassado o prazo fixado sem que seja dirimida a questão conflituosa ou controversa, poderá ser instaurado procedimento de mediação ou dar-se-á início ao processo de arbitragem, na forma deste CONTRATO. CLÁUSULA 33ª – DA MEDIAÇÃO 33.1. Para a solução de eventuais divergências de natureza técnica, acerca da interpretação ou execução do CONTRATO, inclusive aquelas relacionadas à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, poderá ser instaurado procedimento de mediação para solução amigável, a ser conduzido por um Comitê de Mediação especialmente constituído. 33.1.1. O procedimento de mediação será instaurado, a pedido de quaisquer das PARTES, mediante comunicação escrita endereçada à outra PARTE, delimitando o objeto da controvérsia e indicando, desde logo, o seu representante no Comitê de Mediação. 33.2. No prazo máximo de 15 (quinze) dias a contar do recebimento do pedido de instauração do procedimento de mediação, a outra parte deverá indicar o seu representante no Comitê de Mediação. Por sua vez, os representantes das partes no Comitê de Mediação, escolherão, de comum acordo, um terceiro membro.





33.3. Os membros do Comitê de Mediação não poderão estar enquadrados em situações de impedimento e suspeição de juiz previstas no Código de Processo Civil, e deverão proceder com imparcialidade, independência, competência e discrição, aplicando-se-lhes, no que couber, o disposto no Capítulo III, da Lei Federal nº 9.307, de 23.9.96, que trata da arbitragem.

33.4. O Comitê de Mediação, com base na fundamentação, documentos e estudos apresentados pelas partes, apresentará a proposta de solução amigável, que deverá observar os princípios próprios da Administração Pública.

33.5. A proposta do Comitê de Mediação não será vinculante para as partes, que poderão optar por submeter a controvérsia ao juízo arbitral ou ao Poder Judiciário, conforme o caso.

33.6. Caso aceita pelas PARTES a solução amigável proposta pelo Comitê de Mediação, será incorporada ao CONTRATO mediante assinatura de termo aditivo.

33.7. Se a parte se recusar, por qualquer forma, a participar do procedimento ou não indicar seu representante no prazo máximo de 15 (quinze) dias, considerar-se-á prejudicada a medição. 33.7.1. A mediação também será considerada prejudicada se a solução amigável não for apresentada pelo Comitê de Mediação, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias a contar do pedido de instauração do procedimento. 33.8. Prejudicado o procedimento de mediação, qualquer das partes poderá submeter a controvérsia ao juízo arbitral ou ao Judiciário, conforme o caso. CLÁUSULA 34ª – DA ARBITRAGEM 34.1. Eventuais divergências entre as partes, relativamente às matérias abaixo relacionadas, que não tenham sido solucionadas amigavelmente pelo procedimento de mediação, serão obrigatoriamente dirimidas por meio de arbitragem, na forma da Lei Federal nº 9.307/96: 34.1.1. Reconhecimento do direito e determinação do montante respectivo da recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, em favor de qualquer das partes, em todas as situações previstas no CONTRATO.

34.1.2. Reconhecimento de hipóteses de inadimplemento contratual por quaisquer das PARTES.

34.1.3. Acionamento dos mecanismos de garantia previstos no CONTRATO. 34.1.4. Valor da indenização no caso de extinção do CONTRATO.

34.1.5. Inconformismo de quaisquer das PARTES com a decisão do Comitê de Mediação ou dos COMITÊS DE GOVERNANÇA.





34.2. A submissão de qualquer questão à arbitragem não exonera as PARTES do pontual e tempestivo cumprimento das disposições do CONTRATO, e das determinações do PODER CONCEDENTE que no seu âmbito sejam comunicadas e recebidas pela CONCESSIONÁRIA previamente à data de submissão da questão à arbitragem, até que uma decisão final seja obtida relativamente à matéria em causa. 34.2.1. De igual modo, não se permite qualquer interrupção do desenvolvimento da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, que deverá continuar nos mesmos termos em vigor à data de submissão da questão, até que uma decisão final seja obtida relativamente à matéria em causa. 34.3. As PARTES poderão, de comum acordo, submeter ainda à arbitragem outras controvérsias relacionadas com a interpretação ou execução do CONTRATO, delimitando claramente o seu objeto no compromisso arbitral.

34.4. A arbitragem será instaurada e administrada pela [X – câmara de arbitragem], conforme as regras de seu regulamento, devendo ser realizada na Cidade de Bento Gonçalves/RS, em língua portuguesa e aplicar o direito brasileiro. 34.5. As PARTES concordam que a CONCESSIONÁRIA arcará com os custos do procedimento de contratação da câmara de arbitragem e de todo o procedimento até que seja proferida a sentença arbitral, independentemente da PARTE que solicitar o início da arbitragem. 34.5.1. Após a sentença arbitral, se ela foi inteiramente desfavorável ao PODER CONCEDENTE, ele deverá reembolsar a CONCESSIONÁRIA pelas despesas incorridas, podendo fazê-lo por meio de acréscimo do valor devido a título de REMUNERAÇÃO. 34.5.2. Na hipótese de sucumbência parcial de ambas as PARTES, as despesas decorrentes do procedimento arbitral serão rateadas conforme indicado na sentença arbitral.

34.5.3. Cada um das PARTES arcará com seus próprios custos referentes a honorários advocatícios.

34.5.4. A sentença arbitral poderá incluir dispositivo sobre a alocação e razoabilidade dos custos incorridos. 34.6. Sem prejuízo da ação de execução específica prevista no art. 7º da Lei Federal nº 9.307/96, a PARTE que recusar a assinatura do compromisso arbitral, após devidamente intimada, incorrerá na multa no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por dia de atraso, até que cumpra efetivamente a obrigação. A multa ficará sujeita a reajuste periódico, na mesma data e pelo mesmo índice aplicável à parcela variável que compõe a REMUNERAÇÃO da CONCESSIONÁRIA.

34.7. O Tribunal Arbitral será composto por 3 (três) membros titulares e 3 (três) suplentes, cabendo a cada parte indicar um titular e um suplente. O terceiro árbitro e seu suplente serão escolhidos de comum acordo pelos dois titulares indicados pelas partes, devendo ter experiência mínima de 10 (dez) anos e registro profissional no Brasil na especialidade objeto de controvérsia. A presidência do Tribunal Arbitral caberá ao terceiro árbitro.





34.8. Caso seja necessária a obtenção de medidas coercitivas ou de urgência antes da constituição do Tribunal Arbitral, ou mesmo durante o procedimento amigável de solução de divergências, as partes poderão requerê-las diretamente ao Poder Judiciário. Caso tais medidas se façam necessárias após a constituição do Tribunal Arbitral, deverão ser solicitadas nos termos do art. 22, §4º da Lei Federal nº 9.307/96.

34.9. Será competente o foro da Comarca de Bento Gonçalves, Estado do Rio Grande do Sul, para dirimir qualquer controvérsia não sujeita à arbitragem nos termos do CONTRATO, assim como para apreciar as medidas judiciais previstas no item anterior ou a ação de execução específica prevista no art. 7º da Lei Federal nº 9.307/96.

34.10. As decisões do painel de arbitragem serão definitivas para o impasse e vincularão as PARTES.

CAPÍTULO XV – DA INTERVENÇÃO CLÁUSULA 35ª – DA INTERVENÇÃO 35.1. O PODER CONCEDENTE poderá determinar a intervenção nas seguintes situações, e quando não se justificar a caducidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, a seu critério e no interesse público, sem prejuízo das penalidades cabíveis e das responsabilidades incidentes: 35.1.1. Paralisação injustificada das atividades, assim entendida a interrupção da execução das obras, da prestação dos serviços e atividades fora das hipóteses previstas neste CONTRATO e sem a apresentação de razões tidas pelo PODER CONCEDENTE como aptas a justificá-la.

35.1.2. Desequilíbrio econômico-financeiro decorrente de má administração que coloque em risco a continuidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 35.1.3. Inadequações, insuficiências ou deficiências graves e reiteradas dos serviços e atividades prestados e das obras executadas, caracterizadas pelo não atendimento dos parâmetros de desempenho previstos neste CONTRATO, não resolvidas em prazo fixado pelo PODER CONCEDENTE para regularização da situação.

35.1.4. Utilização da infraestrutura referente à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA para fins ilícitos.

35.1.5. Prática reincidente de infrações definidas como graves, nos termos deste CONTRATO.

35.1.6. Outras hipóteses em que haja risco à continuidade e qualidade da execução do OBJETO da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, ou que possam acarretar prejuízo à segurança pública ou ao meio ambiente.

35.1.7. Omissão em prestar contas ao PODER CONCEDENTE ou oferecimento de óbice à atividade fiscalizatória, que pressuponham a prática de qualquer das ocorrências previstas acima. 35.2. O PODER CONCEDENTE também poderá decretar a intervenção na CONCESSIONÁRIA por razões de interesse público, de alta relevância e de amplo conhecimento, devidamente justificadas, cabendo ao PODER





CONCEDENTE prestar os serviços e atividades, e conduzir a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, enquanto mantida esta situação. 35.3. Eventuais custos adicionais decorrentes da intervenção por interesse pública ensejarão a revisão do equilíbrio econômico-financeiro do CONTRATO nos termos do EDITAL e deste CONTRATO.

35.4. O instrumento de decretação de intervenção indicará: 35.4.1. Os motivos da intervenção e sua necessidade.

35.4.2. O prazo, que será de no máximo 60 (sessenta) dias, prorrogáveis, excepcionalmente, por 30 (trinta) dias, sempre compatível e proporcional aos motivos que ensejaram a intervenção.

35.4.3. Os objetivos e limites da intervenção.

35.4.4. O nome e qualificação do interventor. 35.5. Decretada a intervenção, o PODER CONCEDENTE terá prazo de 30 (trinta) dias para instaurar processo administrativo com vistas a comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurados o contraditório e a ampla defesa. 35.6. O procedimento a que se refere o item 35.5 será conduzido pelo PODER CONCEDENTE e deverá ser concluído no prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogáveis, excepcionalmente, por 30 (trinta) dias.

35.7. Caso assim não seja, considerar-se-á inválida a intervenção, devolvendo-se à CONCESSIONÁRIA a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, sem prejuízo de seu direito à indenização.

35.8. A decretação da intervenção levará o imediato afastamento dos administradores da CONCESSIONÁRIA e não afetará o curso regular dos negócios da CONCESSIONÁRIA, tampouco seu normal funcionamento.

35.9. A função de interventor poderá recair sobre agente dos quadros do PODER CONCEDENTE, pessoa especificamente nomeada, colegiado ou empresa, assumindo a CONCESSIONÁRIA os custos da remuneração. 35.9.1. O interventor prestará contas e responderá pessoalmente pelos atos que praticar. 35.9.2. Dos atos do interventor caberá recurso ao PODER CONCEDENTE.

35.9.3. Para os atos de alienação e disposição do patrimônio da CONCESSIONÁRIA, o interventor necessitará de prévia autorização do PODER CONCEDENTE. 35.10. Não será decretada a intervenção quando, a juízo do PODER CONCEDENTE, ela for considerada inócua, injustamente benéfica à CONCESSIONÁRIA ou desnecessária.





35.11. Será declarada a nulidade da intervenção se ficar comprovado que o PODER CONCEDENTE não observou os pressupostos legais e regulamentares, ou os princípios da Administração Pública, devendo a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA ser imediatamente devolvida à CONCESSIONÁRIA, sem prejuízo de seu direito de indenização.

35.12. Cessada a intervenção, se não for extinta a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, os serviços e atividades voltarão a ser de responsabilidade da CONCESSIONÁRIA.

35.13. As receitas realizadas durante o período da intervenção, resultantes da REMUNERAÇÃO devida à CONCESSIONÁRIA, serão utilizadas para cobertura dos encargos resultantes do desenvolvimento dos serviços e atividades correspondentes à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, necessários para custear o pagamento dos encargos com seguros e garantias, dos encargos decorrentes de financiamento e o ressarcimento dos custos de administração. 35.14. O eventual saldo remanescente da REMUNERAÇÃO, finda a intervenção, será entregue à CONCESSIONÁRIA, a não ser que seja extinta a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, situação em que se aplicarão as disposições específicas.

35.15. Se, eventualmente, as receitas não forem suficientes para cobrir as despesas pertinentes ao desenvolvimento da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, o PODER CONCEDENTE poderá recorrer à garantia estipulada na CLÁUSULA 23ª – DA GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA para cobri-las integralmente.

CAPÍTULO XVI – DA EXTINÇÃO DA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA CLÁUSULA 36ª – DOS CASOS DE EXTINÇÃO 36.1. A CONCESSÃO ADMINISTRATIVA considerar-se-á extinta, observadas as normas legais específicas, quando ocorrer: 36.1.1. Término do prazo contratual.

36.1.2. Encampação.

36.1.3. Caducidade.

36.1.4. Rescisão.

36.1.5. Anulação.

36.1.6. Falência ou extinção da CONCESSIONÁRIA. 36.2. Extinta a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, retornam ao PODER CONCEDENTE todos os BENS REVERSÍVEIS, direitos e privilégios vinculados à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, incluindo aqueles transferidos à





CONCESSIONÁRIA pelo PODER CONCEDENTE, ou por ela adquiridos, no âmbito da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 36.2.1. Os bens serão revertidos livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou encargos, devendo estar em condições adequadas de conservação e funcionamento, para permitir a continuidade dos serviços que eram objeto de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, pelo prazo mínimo adicional de 5 (cinco) anos. 36.3. Extinta a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, haverá a imediata assunção dos serviços pelo PODER CONCEDENTE, procedendo-se aos levantamentos, avaliações e liquidações necessárias, bem como a ocupação das instalações e a utilização, pelo PODER CONCEDENTE, de todos os BENS REVERSÍVEIS.

36.4. Extinto o CONTRATO antes do seu termo, o PODER CONCEDENTE, sem prejuízo de outras medidas cabíveis, poderá: 36.4.1. Ocupar, temporariamente, bens móveis e imóveis e valer-se de pessoal empregado na prestação dos serviços considerado imprescindível à sua continuidade.

36.4.2. Manter os contratos firmados pela CONCESSIONÁRIA com terceiros pelo prazo e nas condições inicialmente ajustadas, respondendo os terceiros pelos prejuízos decorrentes do não cumprimento das obrigações assumidas. 36.5. Em qualquer hipótese de extinção do CONTRATO, o PODER CONCEDENTE assumirá direta ou indireta e imediatamente, a operação da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, para garantir sua continuidade e regularidade. CLÁUSULA 37ª – DO TÉRMINO DO PRAZO CONTRATUAL 37.1. A CONCESSÃO ADMINISTRATIVA extingue-se quando se verificar o término do prazo de sua duração, extinguindo-se, por consequência, as relações contratuais entre as PARTES, com exceção daquelas expressamente previstas neste CONTRATO, não sendo devida nenhuma indenização à CONCESSIONÁRIA, salvo a hipótese prevista no item 29.3 deste CONTRATO. 37.1.1. Na hipótese de ser devida a indenização prevista no item 29.3 deste CONTRATO, deverão ser descontados os valores de eventuais multas aplicadas à CONCESSIONÁRIA, que ainda não tenham sido quitadas. 37.2. Quando do advento do termo contratual, a CONCESSIONÁRIA será responsável pelo encerramento de quaisquer contratos inerentes à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA e celebrados com terceiros, segundo regras para cálculo e pagamento dos valores residuais, nos termos da legislação vigente, assumindo todos os ônus daí resultantes.

37.3. Até 12 (doze) meses antes da data do término da vigência contratual, a CONCESSIONÁRIA apresentará ao PODER CONCEDENTE programa de desmobilização operacional, a fim de definir as regras e procedimentos para a assunção da operação pelo PODER CONCEDENTE, ou por terceiro autorizado da pós-operação.





CLÁUSULA 38ª – DA ENCAMPAÇÃO 38.1. O PODER CONCEDENTE poderá, durante a vigência do CONTRATO, promover a retomada da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento, à CONCESSIONÁRIA, de indenização das parcelas dos investimentos vinculados a BENS REVERSÍVEIS, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido. 38.2. O valor indenizatório decorrente da encampação poderá ser obtido mediante a execução da garantia de que trata a CLÁUSULA 24ª – DA GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELO PODER CONCEDENTE, deste CONTRATO, na hipótese de inadimplência do PODER CONCEDENTE. 38.3. A indenização devida à CONCESSIONÁRIA no caso de encampação poderá ser paga pelo PODER CONCEDENTE diretamente aos FINANCIADORES da CONCESSIONÁRIA, implicando o pagamento feito em quitação automática da obrigação quitada do PODER CONCEDENTE perante a CONCESSIONÁRIA.

38.4. As multas, indenizações e quaisquer outros valores devidos pela CONCESSIONÁRIA ao PODER CONCEDENTE serão descontados da indenização prevista para o caso de encampação, até o limite do saldo vincendo dos financiamentos contraídos pela CONCESSIONÁRIA para cumprir as obrigações de investimento previstas no CONTRATO. 38.4.1. O limite do desconto mencionado no item 38.4 não desobriga a CONCESSIONÁRIA de efetuar os pagamentos das multas pertinentes e demais valores devidos ao PODER CONCEDENTE, devendo este último efetuar a cobrança utilizando os meios previstos neste CONTRATO e na legislação vigente. CLÁUSULA 39ª – DA CADUCIDADE 39.1. O PODER CONCEDENTE poderá promover a decretação da caducidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, com o objetivo de garantir a continuidade de operação dos serviços, nos seguintes casos, além daqueles enumerados pela Lei nº 8.984/95: 39.1.1. Os serviços estiverem sendo prestados de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidos nos ANEXOS ao CONTRATO.

39.1.2. A CONCESSIONÁRIA descumprir reiteradamente cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.

39.1.3. Ocorrer desvio da CONCESSIONÁRIA de seu objeto social.

39.1.4. Houver alteração do controle acionário da CONCESSIONÁRIA, sem a prévia e expressa aprovação do PODER CONCEDENTE, consoante o disposto neste CONTRATO.

39.1.5. A CONCESSIONÁRIA paralisar os serviços ou concorrer para tanto, perder ou comprometer as condições econômicas, financeiras, técnicas ou operacionais necessárias à prestação adequada dos serviços.





39.1.6. A CONCESSIONÁRIA não mantiver a integralidade da garantia prevista na CLÁUSULA 23ª – DA GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA, deste CONTRATO. 39.1.7. A CONCESSIONÁRIA descumprir a obrigação de contratar e manter em plena vigência as apólices de seguro, nos termos contratuais.

39.1.8. A CONCESSIONÁRIA não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos.

39.1.9. A CONCESSIONÁRIA não atender a intimação do PODER CONCEDENTE no sentido de regularizar a prestação dos serviços.

39.1.10. A CONCESSIONÁRIA for condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais. 39.2. A decretação da caducidade da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA deverá ser precedida da verificação da inadimplência da CONCESSIONÁRIA em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa e ao contraditório. 39.3. Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes de comunicados à CONCESSIONÁRIA, detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos no item 39.1 acima, dando-se-lhe um prazo razoável, não inferior a 30 (trinta) dias, para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento nos termos contratuais.

39.4. Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a caducidade será declarada por decreto, independentemente de indenização prévia, calculada no decurso do processo.

39.5. A decretação da caducidade não acarretará, para o PODER CONCEDENTE, qualquer espécie de responsabilidade em relação a ônus, encargos, obrigações ou compromissos com terceiros assumidos pela CONCESSIONÁRIA, notadamente em relação a obrigações de natureza trabalhista, tributária e previdenciária.

39.6. Decretada a caducidade, a indenização referida nesta cláusula e devida pelo PODER CONCEDENTE ficará limitada às parcelas dos investimentos vinculados a BENS REVERSÍVEIS, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido, descontados os valores previstos no item 39.7, pelos quais poderá responder a garantia prevista na CLÁUSULA 23ª – DA GARANTIA DE EXECUÇÃO DO CONTRATO PELA CONCESSIONÁRIA deste CONTRATO.

39.7. Do montante previsto no item 39.6 serão descontados: 39.7.1. os prejuízos causados pela CONCESSIONÁRIA ao PODER CONCEDENTE e à sociedade; 39.7.2. as multas contratuais aplicadas à CONCESSIONÁRIA que não tenham sido pagas até a data do pagamento do montante previsto na subcláusula 39.6; e





39.7.3.quaisquer valores recebidos pela CONCESSIONÁRIA a título de cobertura de seguros relacionados aos eventos ou circunstâncias que ensejaram a declaração de caducidade. 39.8. A indenização devida à CONCESSIONÁRIA no caso de caducidade poderá ser paga pelo PODER CONCEDENTE diretamente aos FINANCIADORES da CONCESSIONÁRIA, implicando tal pagamento feito em quitação automática da obrigação quitada do PODER CONCEDENTE perante a CONCESSIONÁRIA.

39.9. O PODER CONCEDENTE poderá, no prazo máximo de 12 (doze) meses a contar da extinção do CONTRATO, promover nova licitação do serviço concedido, atribuindo a vencedora o ônus do pagamento direto da indenização aos FINANCIADORES da antiga CONCESSIONÁRIA. CLÁUSULA 40ª – DA RESCISÃO CONTRATUAL 40.1. Este CONTRATO poderá ser rescindido por iniciativa da CONCESSIONÁRIA, no caso de descumprimento pelo PODER CONCEDENTE de suas obrigações, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim. 40.1.1. Os serviços não poderão ser interrompidos ou paralisados até o trânsito em julgado da sentença que decretar a rescisão do CONTRATO. 40.2. A indenização devida à CONCESSIONÁRIA, no caso de rescisão judicial do CONTRATO por culpa do PODER CONCEDENTE, será equivalente à encampação e calculada na forma da CLÁUSULA 38ª – DA ENCAMPAÇÃO, podendo ser paga diretamente aos FINANCIADORES da CONCESSIONÁRIA e implicando tal pagamento feito em quitação automática da obrigação quitada do PODER CONCEDENTE perante a CONCESSIONÁRIA.

40.3. Este CONTRATO também poderá ser rescindido por consenso entre as PARTES, que compartilharão os gastos e as despesas decorrentes da referida rescisão contratual.

40.4. Quando do pedido de rescisão por parte da CONCESSIONÁRIA, cumpre ao PODER CONCEDENTE: 40.4.1. Exigir uma motivação razoável para o pedido de rescisão.

40.4.2. Assumir a execução da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, ou promover novo certame licitatório e adjudicar um vencedor antes de rescindir a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA anterior. 40.5. As multas, indenizações e quaisquer outros valores devidos pela CONCESSIONÁRIA ao PODER CONCEDENTE serão descontados da indenização prevista para o caso de rescisão, até o limite do saldo vincendo dos financiamentos contraídos pela CONCESSIONÁRIA para cumprir as obrigações de investimento previstas no CONTRATO. 40.5.1. O limite do desconto mencionado no item 40.5 não desobriga a CONCESSIONÁRIA de efetuar os pagamentos das multas pertinentes e demais valores devidos ao PODER CONCEDENTE, devendo este último efetuar a cobrança utilizando os meios previstos neste CONTRATO e na legislação vigente. CLÁUSULA 41ª – DA ANULAÇÃO DO CONTRATO





41.1. O CONTRATO poderá ser anulado por decisão judicial, na hipótese de ocorrência de ilegalidade que caracterize vício insanável. 41.2. A indenização devida à CONCESSIONÁRIA, no caso de anulação do CONTRATO, será calculada na forma da CLÁUSULA 38ª – DA ENCAMPAÇÃO, podendo ser paga diretamente aos FINANCIADORES da CONCESSIONÁRIA e implicando tal pagamento feito em quitação automática da obrigação quitada do PODER CONCEDENTE perante a CONCESSIONÁRIA. A indenização não será devida se a CONCESSIONÁRIA tiver concorrido para a ilegalidade e nos casos em que a ilegalidade for-lhe imputada de forma exclusiva.

41.3. As multas, indenizações e quaisquer outros valores devidos pela CONCESSIONÁRIA ao PODER CONCEDENTE serão descontados da indenização prevista no item acima, até o limite do saldo vincendo dos financiamentos contraídos pela CONCESSIONÁRIA para cumprir as obrigações de investimento previstas no CONTRATO. 41.3.1. O limite do desconto mencionado no item 41.3 não desobriga a CONCESSIONÁRIA de efetuar os pagamentos das multas pertinentes e demais valores devidos ao PODER CONCEDENTE, devendo este último efetuar a cobrança utilizando os meios previstos neste CONTRATO e na legislação vigente. 41.4. O PODER CONCEDENTE poderá, no prazo máximo de 12 (doze) meses a contar da extinção do CONTRATO, promover nova licitação do serviço concedido, atribuindo à vencedora o ônus do pagamento direto da indenização aos FINANCIADORES da antiga CONCESSIONÁRIA. CLÁUSULA 42ª – DA FALÊNCIA OU DA EXTINÇÃO DA CONCESSIONÁRIA 42.1. Na hipótese de extinção do CONTRATO por falência ou extinção da CONCESSIONÁRIA, a indenização ficará limitada ao valor das parcelas dos investimentos vinculados a BENS REVERSÍVEIS, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido. 42.2. As multas, indenizações e quaisquer outros valores devidos pela CONCESSIONÁRIA ao PODER CONCEDENTE serão descontados da indenização prevista no item acima, até o limite do saldo vincendo dos financiamentos contraídos pela CONCESSIONÁRIA para cumprir as obrigações de investimento previstas no CONTRATO. 42.2.1. O limite do desconto mencionado no item 42.2 não desobriga a CONCESSIONÁRIA de efetuar os pagamentos das multas pertinentes e demais valores devidos ao PODER CONCEDENTE, devendo este último efetuar a cobrança utilizando os meios previstos neste CONTRATO e na legislação vigente. 42.3. O PODER CONCEDENTE poderá, no prazo máximo de 12 (doze) meses a contar da extinção do CONTRATO, promover nova licitação do serviço concedido, atribuindo à vencedora o ônus do pagamento direto da indenização aos FINANCIADORES da antiga CONCESSIONÁRIA.





42.4. Não poderá ser procedida a partilha do respectivo patrimônio social da CONCESSIONÁRIA falida sem que o PODER CONCEDENTE ateste, mediante auto de vistoria, o estado em que se encontram os BENS REVERSÍVEIS, e se efetue o pagamento das quantias devidas ao PODER CONCEDENTE, a título de indenização ou a qualquer outro título.

CAPÍTULO XVII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS CLÁUSULA 43ª – DO ACORDO COMPLETO 43.1. A CONCESSIONÁRIA declara que o CONTRATO e os seus ANEXOS constituem a totalidade dos acordos que regulam a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA ou a CONCESSIONÁRIA, incluindo o seu financiamento. CLÁUSULA 44ª – DA COMUNICAÇÃO ENTRE AS PARTES 44.1. As comunicações entre as PARTES serão efetuadas por escrito e remetidas: 44.1.1. Em mãos, desde que comprovadas por protocolo.

44.1.2. Por fax, desde que comprovada a recepção.

44.1.3. Por correio registrado, com aviso de recebimento.

44.1.4. Por correio eletrônico, desde que comprovada a recepção. CLÁUSULA 45ª – DA CONTAGEM DE PRAZOS 45.1. Os prazos estabelecidos em dias, neste CONTRATO, contar-se-ão em dias corridos, salvo se estiver expressamente feita referência a dias úteis. 45.2. Em todas as hipóteses, deve-se excluir o primeiro dia e se contar o último.

45.3. Só se iniciam e vencem os prazos em dias de expediente do PODER CONCEDENTE, prorrogando-se para o próximo dia útil nos casos em que a data de início ou vencimento cair em dia que não há expediente. CLÁUSULA 46ª – DO EXERCÍCIO DE DIREITOS 46.1. Se qualquer das PARTES permitir, mesmo por omissão, o descumprimento, no todo ou em parte, de quaisquer das cláusulas ou condições deste CONTRATO e de seus ANEXOS, tal fato não poderá liberar, desonerar ou, de qualquer modo afetar ou prejudicar essas mesmas cláusulas ou condições, as quais permanecerão inalteradas, como se nenhuma tolerância houvesse ocorrido. 46.1.1. Em qualquer hipótese, não estará configurada novação ou mesmo renúncia a direitos, tampouco defeso o exercício posterior destes.





CLÁUSULA 47ª – DA INVALIDADE PARCIAL E INDEPENDÊNCIA ENTRE AS CLÁUSULAS 47.1. Cada disposição, cláusula, item e alínea deste CONTRATO constitui um compromisso independente e distinto. 47.2. Sempre que possível, cada disposição deste CONTRATO deverá ser interpretada de modo a se tornar válida e eficaz à luz da lei aplicável.

47.3. Caso alguma das disposições deste CONTRATO seja considerada ilícita, inválida, nula ou inexequível por decisão judicial, deverá ser julgada separadamente do restante do CONTRATO e substituída por disposição lícita e similar, que reflita as intenções originais das PARTES, observando-se os limites da lei. Todas as demais disposições continuarão em pleno vigor e efeito, não sendo prejudicadas ou invalidadas. CLÁUSULA 48ª – DO FORO 48.1. Fica eleito o foro da Comarca de Bento Gonçalves, Estado do Rio Grande do Sul, para dirimir qualquer controvérsia entre as PARTES decorrentes do CONTRATO, que não esteja sujeita ao procedimento arbitral e para a execução da sentença arbitral e atendimento de questões urgentes. E por assim estarem de pleno acordo com as disposições e condições do presente CONTRATO, as PARTES o assinam em 2 (duas) vias de igual teor e forma na presença das testemunhas, que também o assinam, para que se produzam seus legais e jurídicos efeitos. Bento Gonçalves, de de 2018. PARTES MUNICIPIO DE BENTO GONÇALVES RAZÃO SOCIAL DA CONCESSIONÁRIA (Nome(s) do(s) representante(s) da SPE) (qualificação dos diretores, acionistas ou administradores) TESTEMUNHAS: Nome: Nome: CPF/MF: CPF/MF: RG: RG:





ANEXO III – MECANISMO DE REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO

SUMÁRIO

PARTE I – DA ALOCAÇÃO DOS RISCOS............................................................................................ 1. DISPOSIÇÕES GERAIS........................................................................................................... ....... 2. SEÇÃO 1: DOS RISCOS DO PODER CONCEDENTE........................................................................ 3. SEÇÃO 2: DOS RISCOS DA CONCESSIONÁRIA.............................................................................. 4. SEÇÃO 3: DO RISCO DE DEMANDA.............................................................................................. PARTE II – DO CASO FORTUITO E DA FORÇA MAIOR...................................................................... 5. DISPOSIÇÕES GERAIS .................................................................................................................. PARTE III – DA RECOMPOSIÇÃO DO EQUILÍBRIO FINANCEIRO DO CONTRATO............................... 6. DISPOSIÇÕES GERAIS................................................................................................................... 7. DO REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO..................................................... 8. DO CÁLCULO DO FLUXO DE CAIXA MARGINAL ANUAL................................................................. 9. PROJETOS PARA NOVOS INVESTIMENTOS ...................................................................................





PARTE I – DA ALOCAÇÃO DOS RISCOS 1. DISPOSIÇÕES GERAIS 1.1. Os riscos decorrentes da execução da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA serão alocados ao PODER CONCEDENTE e à CONCESSIONÁRIA consoante as disposições contidas neste ANEXO. Somente caberá REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO nos casos em que a ocorrência dos fatos indicados abaixo resultar em variação do fluxo de caixa projetado do empreendimento, observada necessariamente a distribuição de riscos aqui prevista. 2. SEÇÃO 1: DOS RISCOS DO PODER CONCEDENTE 2.1. Constituem riscos suportados exclusivamente pelo PODER CONCEDENTE, que poderão ensejar REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO: 2.1.1. Mudanças nas especificações dos SERVIÇOS DE TRANSBORDO, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS por solicitação do PODER CONCEDENTE, decorrentes de nova legislação ou regulamentações públicas brasileiras, com exceção daquelas evidenciadas no ANEXO VI – CADERNO DE ENCARGOS. 2.1.2. Incorporação de novas tecnologias ao SERVIÇO DE TRANSBORDO, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS, solicitadas pelo PODER CONCEDENTE. 2.1.3. Qualquer modificação unilateral do CONTRATO de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, imposta pelo PODER CONCEDENTE. 2.1.4. Ações ou omissões ilícitas do PODER CONCEDENTE ou de quem lhe represente. 2.1.5. Redução de custos da CONCESSIONÁRIA, decorrente de incentivos ou facilidades de qualquer gênero oferecidos pelo PODER CONCEDENTE, demais entes da Federação ou entidades integrantes de sua administração indireta, tais como, linhas de crédito especiais, benefícios oriundos da celebração de convênios, de incentivos fiscais, de facilidades tecnológicas oferecidas, de transferência de conhecimento, de disponibilização ou subsídio de serviços necessários ao funcionamento do objeto dessa licitação sem ônus para a CONCESSIONÁRIA, dentre outros. 2.1.6. Mudança na legislação tributária que altere custos da obra, custos operacionais ou custos de manutenção de equipamentos, exceto imposto incidente sobre a renda ou RECEITA BRUTA TOTAL. 2.1.7. Ocorrência de eventos de força maior ou caso fortuito, exceto quando seu seguro possa ser contratado junto a instituições seguradoras, no mercado brasileiro, na data da ocorrência ou quando houver apólices vigentes que cubram o evento, conforme disposto na PARTE II – DO CASO FORTUITO E DA FORÇA MAIOR deste ANEXO.





2.1.8. Atrasos decorrentes da não obtenção de autorizações, licenças e permissões de órgãos da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal exigidas para construção ou operação da Usina e quaisquer outras instalações para o funcionamento, exceto se decorrente de fato imputável à CONCESSIONÁRIA. 2.1.9. Alterações legais em leis federais/estaduais/municipais que tenham implicação direta com o OBJETO do CONTRATO, com exceção das referentes às questões tributárias conforme expresso no item 2.1.6. 2.1.10. Descumprimento, pelo PODER CONCEDENTE, de suas obrigações contratuais ou regulamentares, incluindo, mas não se limitando, ao descumprimento de prazos aplicáveis ao PODER CONCEDENTE previstos neste CONTRATO e/ou na legislação vigente. 2.1.11. Alterações na metodologia de cálculo dos índices de desempenho, que eventualmente seja aprovada pelo PODER CONCEDENTE. 3. SEÇÃO 2: DOS RISCOS DA CONCESSIONÁRIA 3.1. Salvo os riscos expressamente alocados ao PODER CONCEDENTE conforme expresso na SEÇÃO 1, a CONCESSIONÁRIA é exclusiva e integralmente responsável por todos os demais riscos relacionados à presente CONCESSÃO ADMINISTRATIVA não sendo, portanto, fatores que gerem o REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO: 3.1.1. RISCO DE DEMANDA, decorrente da oscilação do volume de resíduos entregue à CONCESSIONÁRIA, desde que a variação de demanda se situe 30% acima ou 30% abaixo do patamar da PROJEÇÃO DO MONTANTE ANUAL DE RSU ENTREGUE. 3.1.2. Aumento de preço nos insumos para a execução das OBRAS, salvo aqueles que decorram diretamente de mudanças tributárias, nos termos do item 2.1.6.

3.1.3. Investimentos, custos ou despesas adicionais decorrentes da elevação dos custos operacionais e de compra ou manutenção dos equipamentos. 3.1.4. Estimativa incorreta do custo dos investimentos a serem realizados pela CONCESSIONÁRIA. 3.1.5. Investimentos, custos ou despesas adicionais necessários para o atendimento das especificações técnicas determinadas pelo PODER CONCEDENTE ou de quaisquer das obrigações contratuais, para manutenção do nível de serviço estabelecido e da qualidade na prestação dos serviços previstos no CONTRATO. 3.1.6. Estimativa incorreta do cronograma de execução dos investimentos. 3.1.7. Prejuízos decorrentes de falha na segurança no local de realização das OBRAS.





3.1.8. Atrasos decorrentes ao processo de desapropriação da área destinada à implementação, imputáveis à CONCESSIONÁRIA. 3.1.9. Atrasos no cumprimento do cronograma de construção em virtude de condições temporais adversas. 3.1.10. Aumento do custo de capital, inclusive os resultantes de aumento das taxas de juros. 3.1.11. Aumento de custo dos financiamentos captados pela CONCESSIONÁRIA. 3.1.12. Variação das taxas de câmbio. 3.1.13. Prejuízos a terceiros, causados direta ou indiretamente pela CONCESSIONÁRIA ou por qualquer outra pessoa física ou jurídica a ela vinculada, em decorrência de OBRAS ou da prestação dos SERVIÇOS DE TRANSBORDO, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL de RSU. 3.1.14. Prejuízos decorrentes de erros na realização das OBRAS que ensejem a necessidade de refazer parte ou a totalidade das OBRAS. 3.1.15. Atrasos decorrentes da não obtenção de autorizações, licenças e permissões da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal exigidas para construção ou operação das novas instalações, exceto se decorrente de fato imputável ao PODER CONCEDENTE. 3.1.16. Atraso na entrega de instalações, equipamentos e documentos necessários no final do período da construção. 3.1.17. Imperfeições nos projetos de engenharia quanto às normas urbanísticas e ambientais. 3.1.18. Risco pela variação dos custos - a CONCESSIONÁRIA assume o risco pela variação dos custos de seus insumos, mão de obra e financiamento em qualquer condição, principalmente em situações de: I. Ocorrência de dissídio, acordo ou convenção coletiva de trabalho ou outros motivos que aumentem os custos de pessoal. II. Ineficiências ou perdas econômicas decorrentes de falhas, de negligência, de inépcia ou de omissão na exploração adequada dos SERVIÇOS. III. Ocorrência de greve do seu pessoal ou a interrupção ou falha de fornecimento de materiais e serviços realizados por funcionários contratados pela CONCESSIONÁRIA ou pelas SUBCONTRATADAS e prestadoras de serviços à CONCESSIONÁRIA. IV. Ocorrência de acidentes de trabalho. 3.1.19. Risco de roubo ou furto de bens durante o período de pré-implantação, implantação, operação, encerramento e pós-operação.





3.1.20. A incidência de responsabilidade civil, administrativa, trabalhista, ambiental, tributária e criminal por fatos que possam ocorrer durante a execução das OBRAS, incluídos os custos gerados por condenações ou pelo acompanhamento de ações judiciais. 3.1.21. Falência, falha no desempenho e atraso nas entregas das SUBCONTRATADAS e fornecedores. 3.1.22. Implementação de atualizações no modus operandi da tecnologia empregada na CTRSU ou na(s) ESTAÇÃO(ÕES) DE TRANSBORDO. 3.1.23. Imprevistos geológicos e arqueológicos. 3.1.24. Descoberta de qualquer tipo de redes não identificadas. 3.1.25. Danos causados aos bens públicos afetos ao serviço. 3.1.26. Os gastos para manutenção e consertos do ativo, não cobertos pelas apólices de seguros ou garantias do fabricante.

3.1.27. Mudanças dos projetos apresentados pela CONCESSIONÁRIA que não tenham sido solicitadas pelo PODER CONCEDENTE. 3.1.28. Riscos de não cumprimento das condicionantes do LICENCIAMENTO AMBIENTAL. 3.1.29. Qualquer ônus financeiro decorrente do risco de contaminação do solo, do ar e dos recursos hídricos. 3.1.30. Ocorrência de eventos de força maior ou caso fortuito quando a sua cobertura seja aceita por instituições seguradoras, no mercado brasileiro, conforme disposto na PARTE II – deste ANEXO. 3.1.31. Constatação superveniente de erros ou omissões em sua PROPOSTA COMERCIAL, notadamente nos casos em que os estudos próprios de PROJEÇÃO DO MONTANTE ANUAL DE RSU ENTREGUE não corresponderem ao MONTANTE DE RSU EFETIVAMENTE ENTREGUE. 3.1.32. Destruição, roubo, furto ou perda de BENS REVERSÍVEIS e de suas receitas. 3.1.33. Custos gerados por condenações ou pelo acompanhamento de ações judiciais movidas por ou contra terceiros. 3.1.34. Riscos decorrentes de eventual incapacidade do mercado em fornecer-lhe os bens e insumos necessários à prestação dos SERVIÇOS. 3.1.35. Valorização ou depreciação dos BENS REVERSÍVEIS. 3.1.36. Variação na efetivação das RECEITAS ACESSÓRIAS ou projetos associados.





3.1.37. Ineficiências ou perdas econômicas decorrentes de falhas na organização dos SERVIÇOS realizados pela CONCESSIONÁRIA. 3.2. Na hipótese de as RECEITAS ACESSÓRIAS superarem 30% (trinta por cento) da RECEITA BRUTA TOTAL da SPE em 2 (dois) anos consecutivos, deverá ser gerado REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO em favor do PODER CONCEDENTE. A CONCESSIONÁRIA declara: 3.3. Ter pleno conhecimento da natureza e extensão dos riscos por ela assumidos no CONTRATO de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 3.4. Ter levado tais riscos em consideração na formulação de sua PROPOSTA COMERCIAL e assinatura do CONTRATO. 3.5. Que não terá direito adquirido à estrutura ou ao conteúdo regulamentar vigente no momento da assinatura do CONTRATO. 3.6. Supervenientemente à assinatura do CONTRATO de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, a CONCESSIONÁRIA somente poderá invocar alterações decorrentes de normas editadas pelo PODER CONCEDENTE para demandar o REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO se comprovar que a alteração gerou impacto no referido equilíbrio econômico-financeiro. 4. SEÇÃO 3: DO RISCO DE DEMANDA 4.1. Com relação às oscilações no MONTANTE DE RSU EFETIVAMENTE ENTREGUE, os seguintes procedimentos deverão ser adotados: 4.1.1. Na hipótese do MONTANTE DE RSU EFETIVAMENTE ENTREGUE apresentar-se inferior a 70% (setenta por cento) da PROJEÇÃO DO MONTANTE ANUAL DE RSU ENTREGUE, entrará em vigor o pagamento da PARCELA ANUAL COMPLEMENTAR, pelo PODER CONCEDENTE. 4.1.2. Na hipótese do MONTANTE DE RSU EFETIVAMENTE ENTREGUE apresentar-se superior à 130% (cento e trinta por cento) da PROJEÇÃO DO MONTANTE ANUAL DE RSU ENTREGUE, entrará em vigor o REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO. 4.2. Não serão aceitos pedidos de REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO com fundamento em variações do MONTANTE DE RSU EFETIVAMENTE ENTREGUE. 4.3. Sempre que houver REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO em razão do disposto no item 4.1.2, será empreendido o recálculo da PROJEÇÃO DO MONTANTE ANUAL DE RSU ENTREGUE, para a LICITAÇÃO, para todo o período da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA.





4.4. Não serão assegurados à CONCESSIONÁRIA os quantitativos de demanda apresentados em sua PROPOSTA COMERCIAL. PARTE II – DO CASO FORTUITO E DA FORÇA MAIOR 5. DISPOSIÇÕES GERAIS 5.1. Consideram-se caso fortuito e força maior, com as consequências estabelecidas no CONTRATO de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA e neste ANEXO, os eventos imprevisíveis e inevitáveis, alheios às PARTES, e que tenham um impacto direto sobre o desenvolvimento das OBRAS, serviços e atividades da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 5.1.1. Caso fortuito é toda situação decorrente de fato alheio à vontade das PARTES, porém proveniente de atos humanos. Constituem nomeadamente caso fortuito: atos de guerra, hostilidades, atos de vandalismo, invasão ou terrorismo e inexecução do CONTRATO de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA por alteração na estrutura político-administrativa do PODER CONCEDENTE que, diretamente, afetem as OBRAS, serviços e atividades compreendidos neste CONTRATO de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 5.1.2. Força maior consiste no fato resultante de situações independentes da vontade humana. Constituem nomeadamente força maior: epidemias globais, radiações atômicas, graves inundações, ciclones, tremores de terra e outros cataclismos naturais, que, diretamente, afetem as OBRAS, serviços e atividades compreendidos neste CONTRATO de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA. 5.1.3. A PARTE que tiver o cumprimento de suas obrigações afetado por caso fortuito ou força maior deverá comunicar por escrito à outra PARTE a ocorrência de qualquer evento dessa natureza, no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas contadas da data da ocorrência do evento, nos termos deste item. 5.1.4. Na ocorrência de caso fortuito ou força maior, cujas consequências não sejam cobertas por seguro em condições comerciais viáveis, as PARTES acordarão se será realizado o REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO ou a extinção da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, observado o disposto no CAPÍTULO XIV – DA SOLUÇÃO DE CONFLITOS, presente no CONTRATO. 5.1.5. Verificando-se a extinção da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, nos termos do disposto neste item, aplicar-se-ão, no que couberem, as regras e os procedimentos válidos para a extinção da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA por advento do termo contratual.

5.1.6. As PARTES se comprometem a empregar todas as medidas e ações necessárias a fim de minimizar os efeitos decorrentes dos eventos de força maior ou caso fortuito. PARTE III – DA RECOMPOSIÇÃO DO EQUILÍBRIO FINANCEIRO DO CONTRATO 6. DISPOSIÇÕES GERAIS





6.1. Sempre que atendidas as condições deste ANEXO e respeitada a alocação de riscos nele estabelecida, considera-se mantido seu equilíbrio econômico-financeiro. 6.2. O equilíbrio econômico-financeiro será preservado por meio de mecanismos de REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO aqui expressos. 7. DO REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO 7.1. Os procedimentos de REEQUILÍBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO DO CONTRATO objetivam compensar as perdas ou ganhos das PARTES, devidamente comprovados, em virtude da ocorrência dos eventos elencados no item 2 da PARTE I. 7.2. Supervenientemente à assinatura do CONTRATO de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, a CONCESSIONÁRIA somente poderá invocar alterações decorrentes de normas editadas pelo PODER CONCEDENTE para demandar o REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO se comprovar que a alteração gerou impacto no equilíbrio econômico-financeiro, desde que impliquem variação relevante no fluxo de caixa projetado do empreendimento. 7.3. O REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO poderá ser requerido pela PARTE que se sentir prejudicada. 7.4. A omissão da PARTE em solicitar o REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO importará em renúncia desse direito após o prazo de 1 (um) ano contado a partir do evento que der causa ao desequilíbrio. 7.5. Cabe ao PODER CONCEDENTE a prerrogativa de escolher, dentre as medidas abaixo elencadas, individual ou conjuntamente, a forma pela qual será implementado o REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO. 7.5.1. Revisão geral dos valores ou da fórmula de cálculo da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA ou do VPTD (VALOR PAGO POR TONELADA DESTINADA); 7.5.2. Alteração do prazo da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, respeitados os limites legais; 7.5.3. Alteração das obrigações contratuais da CONCESSIONÁRIA; 7.5.4. Pagamentos diretos à CONCESSIONÁRIA, ou 7.5.5. Outra forma definida de comum acordo entre o PODER CONCEDENTE e a CONCESSIONÁRIA. 7.6. No REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO deverão ser observadas, entre outras, as seguintes condições: 7.6.1. Os ganhos econômicos decorrentes de novas fontes geradoras de receitas que não tenham sido previstas quando do cálculo do VPTD (VALOR PAGO POR TONELADA DESTINADA);





7.6.2. Os ganhos econômicos que não decorram diretamente da eficiência empresarial, em casos como o de diminuição de tributos ou encargos legais e de novas regras sobre os serviços; 7.7. O procedimento de REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO de CONCESSÃO ADMINISTRATIVA deverá ser concluído em prazo não superior a 180 (cento e oitenta dias), ressalvada as hipóteses, devidamente justificadas, em que seja necessária a prorrogação do prazo. 7.8. O REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO ocorrerá de ofício ou mediante solicitação da CONCESSIONÁRIA. 7.9. Para fins de recomposição do REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO deverá ser calculado o FLUXO DE CAIXA MARGINAL ANUAL, conforme expresso no item 8 deste ANEXO, a fim de calcular a compensação financeira que anule os impactos financeiros positivos ou negativos do evento que ensejou o desequilíbrio. 7.10. O pedido de REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO formulado pela CONCESSIONÁRIA deverá ser instruído com: I. Relatório técnico ou laudo pericial, que demonstre o impacto financeiro, verificado ou projetado, em decorrência do evento na conta caixa da CONCESSIONÁRIA conforme item 8 - FLUXO DE CAIXA MARGINAL ANUAL; e; II. Todos os documentos necessários à demonstração do cabimento do pleito. 7.11. O PODER CONCEDENTE poderá requisitar outros documentos, assim como laudos econômicos específicos, elaborados por entidades independentes contratadas pela CONCESSIONÁRIA. 7.12. Todos os custos com diligências e estudos necessários à plena instrução do pedido correrão por conta da CONCESSIONÁRIA, ainda que decorrentes de determinações do PODER CONCEDENTE, e não parte constituinte do REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO. 7.13. O procedimento de recomposição do equilíbrio financeiro iniciado pelo PODER CONCEDENTE deverá ser objeto de comunicação à CONCESSIONÁRIA. 7.14. A ausência de manifestação da CONCESSIONÁRIA no prazo consignado na comunicação, que não poderá ser inferior a 30 (trinta) dias, será considerada como concordância em relação ao mérito da proposta de recomposição do equilíbrio financeiro do PODER CONCEDENTE. 7.15. Recebido o requerimento ou a defesa da CONCESSIONÁRIA, o PODER CONCEDENTE decidirá, motivadamente, sobre o REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO, decisão esta que terá auto executoriedade, isto é, obrigará as PARTES independentemente de decisão arbitral ou judicial. 8. DO CÁLCULO DO FLUXO DE CAIXA MARGINAL ANUAL:





8.1. O processo de recomposição, para as hipóteses de inclusão no escopo do CONTRATO de novos investimentos, será realizado de forma que seja nulo o valor presente líquido do FLUXO DE CAIXA MARGINAL ANUAL projetado em razão do evento que ensejou a recomposição, considerando: 8.1.1. Os fluxos dos dispêndios marginais anuais resultantes do evento que deu origem à recomposição; 8.1.2. Os fluxos das receitas marginais anuais resultantes da recomposição do equilíbrio econômico-financeiro. 8.1.3. Os fluxos dos dispêndios e das receitas marginais referidos nos itens 8.1.1 e 8.1.2 acima serão descontados segundo a seguinte lógica:

Sendo que: I. VPL: Valor Presente Líquido do fluxo de caixa elaborado para demonstrar os efeitos dos eventos que deram causa ao pedido de REEQUILÍBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO DO CONTRATO. II. t: período de referência para a instituição dos efeitos dos eventos. III. C: Valor Monetário Corrente dos eventos em cada período t. IV. r: taxa de desconto igual à taxa estimada do custo da dívida do BNDES, ou seja, Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP), vigente quando da recomposição do reequilíbrio, ou outra taxa que venha a substituí-la mais 4% (quatro por cento), desinflacionada, ou seja dividida por 1 + IPCA acumulado dos últimos 12 (doze) meses.

8.2. Para fins de determinação dos fluxos dos dispêndios marginais, serão utilizados critérios de mercado para estimar o valor dos investimentos, custos e despesas resultantes do evento que deu causa ao REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO. 8.3. O valor do evento deverá ser proposto pela CONCESSIONÁRIA que, para tal, deverá cotar três propostas de orçamento. 8.4. Para fins de determinação dos fluxos das receitas marginais em que seja necessário adotar uma projeção de demanda, será utilizado o seguinte procedimento em duas etapas: I. No momento da recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do CONTRATO, o “cálculo inicial” para o dimensionamento da recomposição considerará a demanda real constatado nos anos anteriores e adotará as melhores práticas para elaboração da projeção de demanda até o encerramento do prazo da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA; II. Periodicamente, o referido “cálculo inicial” será revisado para o fim de substituir a demanda projetada pelos volumes reais constatados.





9. PROJETOS PARA NOVOS INVESTIMENTOS 9.1. Na hipótese de novos investimentos ou serviços solicitados pelo PODER CONCEDENTE e não previstos no CONTRATO, aquele poderá requerer à CONCESSIONÁRIA, previamente ao processo de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, a elaboração do projeto básico das obras e projeto de implantação dos novos serviços, considerando que: 9.1.1. Os referidos projetos deverão conter todos os elementos necessários à precificação do investimento e às estimativas do impacto da obra sobre as receitas da CONCESSIONÁRIA, segundo as melhores práticas e critérios de mercado; e 9.1.2. O PODER CONCEDENTE estabelecerá o valor limite do custo dos projetos e estudos a serem considerados para efeito de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro.

9.1.3. A lógica adotada para empreender o REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO, no caso de novos investimentos ou serviços, será a de consideração dos fluxos de caixas marginais decorrentes deste evento, conforme disposto no item 8 deste ANEXO.





ANEXO IV – DA INFRAESTRUTURA E OPERAÇÃO SUMÁRIO

1. DESCRITIVO DO PROJETO

1.1 Introdução

1.2 Descrição e Características da Tecnologia a ser Utilizada

1.3 Projeção da Demanda dos Serviços

1.4 Identificação e Análise de Riscos do Projeto

2. SERVIÇOS E INSTALAÇÕES FÍSICAS

2.1 Infraestrutura Necessária a Operação

2.1.1 Tratamento Térmico dos Resíduos e Conversão em Energia Elétrica

2.1.2 Reciclagem de Materiais Oriundos de Coleta Seletiva

2.2 Especificações, Diretrizes Construtivas e Aspectos Operacionais

2.2.1 Usina de Tratamento Térmico e de Conversão em Energia Elétrica

2.2.2 Central de Reciclagem de Resíduos.

2.3 Pré-dimensionamento das Instalações, Mobiliário e Equipamentos


2.3.2 Central de Reciclagem de Resíduos

2.4 Área para Implantação da Usina de Tratamento Térmico/ Conversão em Energia Elétrica e Central de Reciclagem de Resíduos

2.5 Layout das Instalações

2.6 Avaliação do Impacto Ambiental e Urbanístico





2.6.1 Impacto Ambiental

2.6.2 Impacto Urbanístico

3. OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DA USINA DE TRATAMENTO TÉRMICO E DE CONVERSÃO EM ENERGIA ELÉTRICA, E DA CENTRAL DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS

3.1 Introdução

3.2 Plano Operacional

3.2.1 Mobilização e Treinamento

3.2.2 Operação

3.2.3 Manutenção

3.3 Identificação e Ações sobre os Riscos Operacionais

3.3.1 Teste de Queima

3.3.2 Plano de Contingência

3.3.3 Plano de Emergência

4. INDICADORES DE DESEMPENHO

4.1 Definição dos Indicadores a Considerar

4.2 Procedimentos, Formas e Periodicidade de Medição dos Indicadores

5. REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS

5.1 Receitas Operacionais Previstas

5.2 Receitas Acessórias Previstas

6. MATRIZ DE RESPONSABILIDADES





1. Descritivo do Projeto 1.1 Introdução

Diante do exposto no Caderno I – Proposta Preliminar, quando foram abordados: os aspectos gerais do município de Bento Gonçalves; apresentadas as características dos resíduos sólidos urbanos (RSU) locais, tanto nos aspectos qualitativos quanto nos quantitativos, e, ainda, a rotina de coleta, transporte e destinação final dada a estes; identificados os programas de coleta seletiva existentes e as quantidades envolvidas nos mesmos; abordadas as informações concernentes aos processos de tratamento térmico empregados para o caso dos RSU, indicando as vantagens e desvantagens de cada um; informada a opção identificada pela Empresa como a mais adequada para o caso em questão; estabelecimento do modelo de negócio desejável para a implantação do projeto, de modo a apresentar atrativo para a condução e remuneração do trabalho; e abordagem quanto aos aspectos legais que devem ser considerados, apresenta-se a seguir tópicos onde serão descritos e tratados assuntos referente aos aspectos do processo eleito, à projeção da demanda dos serviços, procurando-se identificar e analisar, também, os riscos a que os serviços estão sujeitos. Cabe salientar que o processo de pirólise também é empregado no tratamento de lodos oriundos de estação de tratamento de esgotos (ETE). 1.2 Descrição e Características da Tecnologia a ser Utilizada

Conforme citada no Caderno I – Proposta Preliminar, quando foram considerados os fatores envolvidos, a opção tecnológica que poderá ser utilizada para a prestação dos serviços é a pirólise lenta a tambor rotativo. A técnica a seguir descrita, apresenta características semelhantes às demais tecnologias de pirólise (ausência de oxigênio, tempo de residência de até 1 hora em tambor rotativo com aquecimento externo). As principais diferenças são:

- as unidades de pirólise operam preferencialmente com resíduo mais seco (10-15% umidade). A tecnologia opera com conteúdo mínimo de 30% de água, pois além das reações de pirólise, utiliza as reações de gás d’água, empregando o vapor de água para a conversão do carvão gerado no processo em carbono e hidrogênio;

- outras unidades promovem a combustão do gás de síntese diretamente em caldeira, enquanto a referida tecnologia realiza a limpeza do gás anteriormente ao envio aos grupos geradores, resultando em maiores eficiências e menores emissões;

- sob tais condições, aproximadamente 90% dos hidrocarbonetos (orgânicos e fósseis) inseridos no reator são convertidos em gases não condensáveis, sendo os 10% restantes transformados em carvão vegetal (biochar), não ocorrendo formação de líquidos (alcatrão);

A tecnologia utiliza essencialmente dois processos termoquímicos. A primeira reação envolvida é a pirólise que realiza a quebra de cadeias longas de hidrocarbonetos (que se apresentam como sólidos) transformando-os em hidrocarbonetos com cadeias menores (que são líquidos ou gases). A segunda reação, que ocorre concomitantemente a primeira, é o processo de gás d’água que utiliza vapor d’água como reagente, transformando alcatrão e carvão em hidrogênio e monóxido de carbono.





Para aquecimento do reator de pirólise, o que possibilitará a alimentação das reações de pirólise e de gás d’água, inicialmente o tambor será aquecido por gás liquefeito de petróleo (GLP) ou gás natural (caso haja disponibilidade deste insumo). Após a estabilização do processo, cerca de 30% do gás de síntese gerado será utilizado para realização deste aquecimento, obtendo assim um processo autossustentável em que os 70% restantes podem ser enviados a grupos geradores para a produção de energia elétrica, e/ ou então diretamente a sistemas térmicos para geração de calor (vapor, água quente, ar quente) ou frio (chiller). Para o caso de gases provenientes de resíduos mais pobres a parcela necessária para aquecer o tambor pode atingir ao valor de 40% do gás de síntese gerado, enquanto que para resíduos mais ricos tal quantitativo gira no entorno de 20%. A figura a seguir ilustra parcialmente o processo, apresentando as etapas que compreendem desde a alimentação do reator de pirólise pelos resíduos, passando pelas etapas de pré-aquecimento/ vaporização e as reações de pirólise, até a formação do gás de síntese e o recolhimento de inertes.

O processo de pirólise tem a faculdade de geração de ácidos, em especial ácido clorídrico, fluorídrico e sulfídrico, e a melhor maneira de prevenção quanto à formação destes ácidos é a criação, já dentro do tambor





do reator, de meio básico que a previna. Para tanto, deverá ser misturado, juntamente com os resíduos, cal hidratada, cuja quantidade depende da concentração de enxofre ou halogênios presentes na composição da biomassa (PVC, etc). Ao sair do reator, a corrente gasosa pode arrastar consigo uma série de impurezas como particulados, óxidos de enxofre, ácido clorídrico e fluorídrico, e amônia. Conforme já citado, as tecnologias de pirólise tradicionais realizam a queima do gás de síntese ainda com as impurezas, diretamente em uma caldeira, para a geração de energia térmica e/ou elétrica através de turbina a vapor. A tecnologia eleita para a transformação dos resíduos sólidos em gás de síntese, executa a purificação através de processo de lavagem, transformando-o em gás de síntese limpo, livre de contaminantes, e que pode ser enviado diretamente para a geração de energia elétrica e térmica em grupos geradores a gás (cogeração) ou então a processos térmicos para gerar calor (vapor, água quente, ar quente) ou frio (chiller). Outros tipos de inorgânicos como metais não são vaporizados devido à baixa temperatura no reator. Também não são encontrados dioxinas, furanos e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, já que para a formação destes há a necessidade da presença de oxigênio, o que não ocorre neste processo. O gás de síntese limpo, formado pelo processo, é constituído, principalmente, por elementos químicos elementares. A composição, que pode apresentar pequenas variações devido ao tipo de material ou às condições de formação no reator, no entanto de modo geral, não se afasta substancialmente de 40% de hidrogênio, 20% de hidrocarbonetos leves (metano, etano e propano), 18% de monóxido de carbono, e 15% de gases inertes como dióxido de carbono, nitrogênio e oxigênio, conforme a composição típica informada a seguir.

Elemento Fórmula %Volume

Hidrogênio H2 42.45%

Monóxido de carbono CO 22.65%

Dióxido de carbono CO2 8.45%

Nitrogênio N2 6.83%

Oxigênio O2 1.36%

Metano CH4 10.45%

Etano C2H6 2.40%

Propano C3H8 5.40%

Butano C4H10 0.01%

Assim, a obtenção de gás combustível limpo apresenta uma série de vantagens, a saber:

- do ponto de vista ambiental, o controle de pureza do gás garante que a combustão irá produzir emissões limpas, ou seja, a combustão de hidrogênio, hidrocarbonetos e monóxido de carbono irá produzir somente dióxido de carbono e vapor d’água;

- também é garantido que nem a matéria inerte, nem os gases passam por nenhum processo oxidante (não há combustão/ queima), e portanto não há produção de dioxinas, furanos, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, cinzas volantes, e vapores de metais pesados;





- a utilização do gás de síntese em grupos geradores a gás possibilita eficiência superior à aquela do ciclo a vapor (caldeira e turbina a vapor), deste modo, enquanto os melhores incineradores atingem a eficiência de 20%, o sistema escolhido atinge eficiências elétricas globais superiores a 23%;

- ao transformar combustível de má qualidade (resíduo sólido urbano) em gás de síntese limpo, o processo mantém cerca de 85% da energia contida no combustível original;

- o gás de síntese limpo pode ser utilizado como substituto de outros combustíveis em caldeiras industriais para suprir as necessidades energéticas e reduzir os custos.

O emprego da tecnologia escolhida ainda apresenta outra vantagens, como aquelas descritas a seguir:

- capacidade de tratamento de resíduos com baixo poder calorífico, inclusive solo contaminado com hidrocarbonetos, que é quase exclusivamente matéria inerte sem potencial energético (solo). Naturalmente o rendimento da usina é inferior nestes casos;

- solução para remediar lixões, ao processar os resíduos que se encontram ali depositados;

- não é concorrente com a reciclagem pois, pelo contrário, a usina opera de modo a maximizar os recursos provenientes do lixo, sejam eles energéticos ou materiais. Sendo assim, pode tratar tanto o lixo indiferenciado quanto a fração orgânica da coleta seletiva ou de unidades de separação mecânica;

- permite a operação em conjunto com unidade semi-manual de segregação de recicláveis, possibilitando a integração dos catadores, gerando, assim, trabalho e renda, o que está previsto na nova lei nacional de resíduos sólidos;

- a limpeza do gás de síntese permite: ganho de eficiência elétrica pela utilização de grupos geradores; sistemas compactos e modulares de implantação; emissões sensivelmente inferiores às outras tecnologias; utilização do calor residual para processos térmicos; e possibilidade de substituição de outros combustíveis em caldeiras;

- o processo é autossustentável, sendo 30% do gás de síntese limpo é enviado para o sistema de aquecimento do reator e os restantes 70% utilizados para produção de energia elétrica;

- a modularidade do processo permite a ampliação e a adequação às necessidades locais, possibilitando a instalação de módulos em paralelo;

- os gases de escape dos grupos geradores que seriam liberados na atmosfera a uma temperatura de 460°C podem ser reaproveitados para produzir energia térmica (vapor);

- a tecnologia é robusta e não possui nenhum equipamento extremamente complexo com tecnologia de ponta, que venha a onerar o processo. O mesmo não se pode dizer de outras tecnologias como a de plasma;

- as temperaturas são limitadas a 450°C, não sendo exigido materiais resistentes a altas temperaturas, o que elevaria os custos de implantação das unidades componentes do processo;

- quando o gás de síntese é queimado no grupo gerador ou no sistema de aquecimento do reator não há mais cloro, e portanto, não há a formação de dioxinas e furanos;

- existem tecnologias que estão utilizando o gás de síntese limpo para a síntese de combustível (tecnologia Fischer-Tropsch) e outros produtos químicos, abrindo o emprego em gama de possibilidades futuras. A





unidade de demonstração apresentada nas figuras a seguir, ilustra de maneira resumida as diversas fases do processo descritas anteriormente.

Na figura abaixo pode-se ver o gás cromatógrafo em linha, que tem como finalidade promover a análise contínua da composição do gás de síntese, atestando a pureza. Com o emprego deste equipamento pode-se garantir a transformação dos resíduos em gás combustível de alta qualidade.





Conforme já descrito, a unidade necessita do período de cerca de 1 hora para, após a entrada em funcionamento, estabilizar a produção do gás de síntese, sendo durante este período a qualidade da composição verificada por teste de chama, como ilustrado na figura abaixo. Após a verificação e certificação da qualidade do gás de síntese, este é enviado para reservatório (gasômetro) e posteriormente para o grupo gerador, cuja energia elétrica produzida alimenta os holofotes.

Na figura abaixo apresenta-se diagrama, com as diferentes possibilidades de operação, para processo de tratamento térmico de 47 toneladas diárias de resíduos sólidos.





1.3 Projeção da Demanda dos Serviços

Os dados concernentes a coleta dos resíduos sólidos urbanos (RSU) e coleta seletiva apresentados no Caderno I – Proposta Preliminar, e novamente apresentados a seguir, indicam que foram coletados no município de Bento Gonçalves durante o ano de 2.017: - 2.583,65 toneladas mensais de RSU, correspondendo a média diária de 99,37 toneladas se forem considerados 26 dias mensais de coleta; - 626,85 toneladas mensais de materiais recicláveis, o que corresponde à média por dia de 24,11 toneladas, considerando os mesmos 26 dias mensais de coleta; - relativamente aos materiais recicláveis, os estudos de caracterização indicam que do total da coleta seletiva, após triagem feita pelas associações recicladoras, aproximadamente 75% compõem a massa de rejeitos que é descartada junto com o resíduo não reaproveitável; - assim, considerando este fator, a média diária de material reciclado atinge a 6,07 toneladas e a de resíduo não reaproveitável passa ao total de 117,41 toneladas. Ainda assim, o percentual de material reciclado atinge a 4,92%, superior à média nacional.

Histórico dos quantitativos de coleta de resíduos orgânicos – 2.002 a 2.017

Ano / mê

s

janeiro

fevereiro

março

abril maio junho julho agost

o setembro

outubro

novembro

dezembro Total

anual

2002

-

-

-

-

-

-

1.525,75

1.557,09

1.432,07

1.576,18

1.494,10

1.622,35

9.207,54

2003

1.535,83

1.397,62

1.514,72

1.404,67

1.509,15

1.472,78

1.591,02

1.383,54

1.390,26

1.511,54

1.456,57

1.604,55

17.772,25

2004

1.648,76

1.415,80

1.475,77

1.409,43

1.452,88

1.555,75

1.562,39

1.526,41

1.511,54

1.518,91

1.557,29

1.638,44

18.273,37

2005

1.538,45

1.337,15

1.528,71

1.486,15

1.547,69

1.562,92

1.572,03

1.653,56

1.552,19

1.606,84

1.624,11

1.783,07

18.792,87

2006

1.704,90

1.488,70

1.758,73

1.511,96

1.643,92

1.701,23

1.741,96

1.740,45

1.604,44

1.703,01

1.678,84

1.876,87

20.155,01

2007

1.925,79

1.692,79

1.900,34

1.670,92

1.753,34

1.730,88

2.303,60

1.800,64

1.679,33

1.916,94

1.810,47

1.862,93

22.047,97

2008

1.928,73

1.738,38

1.826,55

1.769,80

1.888,78

1.775,02

2.040,29

1.909,46

1.868,90

2.039,26

1.825,76

2.085,58

22.696,51





2009

1.565,

82

2.426,92

2.354,

78

2.602,

56

2.663,

03

2.315,

19

2.027,

99

1.193,09

1.970,48

-

1.550,75

1.536,52

22.207,13

2010

2.117,44

2.054,19

1.041,02

2.062,48

1.820,65

2.095,38

2.255,00

2.147,56

2.340,39

2.023,32

2.078,72

2.220,97

24.257,12

2011 0

2.508,85

2.395,40

2.107,78

2.209,52

2.434,76

2.402,34

2.626,92

2.254,16

2.283,38

2.248,76

2.379,66

25.851,53

2012

2.545,06

2.231,90

2.634,48

2.272,94

2.416,30

2.323,94

2.255,56

2.282,74

2.165,58

2.352,72

2.251,58

2.436,79

28.169,59

2013

2.606,42

2.259,36

2.393,04

2.527,38

2.677,80

2.418,06

3.741,78

2.487,98

2.367,00

2.604,44

2.632,24

2.695,36

31.410,86

2014

2.542,72

2.490,04

2.821,64

2.581,75

2.253,54

2.535,23

2.834,00

3.421,74

2.883,20

2.731,44

2.575,49

3.031,65

32.702,44

2015

2.939,26

2.504,70

2.687,94

2596,76

2700,23

2.784,38

2.855,98

2.698,76

2.592,36

2.764,93

2.637,92

3.040,18

32.803,40

2016

2.712,48

2.700,98

2.958,04

2.866,73

2589,78

2.322,04

2.517,21

2.819,80

2.539,28

2.535,48

2.676,89

2.689,46

31.928,17

2017

2.602,22

2.508,39

2.726,54

2.430,78

2770,91

2.671,18

2.690,00

2.707,88

2.439,07

2.372,39

2.640.10

2.444,37

31.003,83

Unidade: tonelada

Histórico dos quantitativos de coleta de resíduos recicláveis – 2.009 a 2.017

Quantidade de material potencialmente reciclável (kg)

Mês 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

jan 100.973 171.597 177.912 295.656 243.256 413.73

8 589560 839.503 596.595

fev 74.836 169.925 192.636 255.674 261.008 381.13

8 629.04

4 767.759 571.567

mar 103.470 156.604 212.403 296.019 261.083 376.83

2 571.72

7 794.191 561.753

abr 121.380 124.386 239.000 277.956 279.518 404.32

8 531.53

1 766.810 584.288

mai 124.589 102.226 248.389 255.005 240.567 390.19

1 449.71

4 589.520 554.600

jun 114.610 126.116 173.200 246.147 275.777 571963 460.32

3 566.142 568.175

jul 118.696 161.447 241.508 260.316 311.748 619087 488.90

7 514.993 592.410

ago 111.039 111.293 242.633 242.987 277.788 603455 485.75

5 552.177 694.016

set 109.771 139.816 207.079 251.487 288.830 668519 479.45 576.847 673.260





9

out 134.832 141.105 251.506 295.169 300.543 725009 498.21

5 614.128 649.685

nov 149.242 123.547 223.015 260.724 330804 686737 568.44

3 646.683 739.025

dez 163.428 163.980

222.051 308.738 686737 756.80

5 595.887 736.796

Total 1.426.86

6 1.692.04

2 2.409.28

1 3.159.19

1 3.379.66

0 652773

4 650948

3 7.824.64

0 7.522.17

0 média mensal 118.906 141.004 219.026 263.266 281.638 543978 542457 652.053 626.847 media diária 4573 5423 8424 10126 10832 20922 20864 21735 24.109

Ao se considerar os dados das tabelas e as considerações anteriores, estabelecendo-se que o rejeito da coleta seletiva atinja linearmente aos materiais reaproveitados, em associação com os gráficos apresentados a seguir, pode-se deduzir que:

- a coleta seletiva para reciclagem dos materiais está possibilitando a recuperação diária de: 2,40 toneladas de papel e assemelhados; 2,34 toneladas de plásticos; 1,02 toneladas de vidro; 0,24 tonelada de ferro; e 0,07 toneladas de outros metais. Estes valores ao se considerar a composição média dos resíduos sólidos urbanos (RSU) nacional, a totalidade diária dos RSU recolhidos (123,48 toneladas) e os dados de recuperação obtidos dentro da sistemática estabelecida indicam, respectivamente, índices de recuperação aproximados de: 15%

39%

39%

4%

17%

1%

Resíduo reciclado por tipo

papel (1) plástico (2)

ferro (3) vidro (4)

outros metais (5)





para papel e assemelhados; 14% para plásticos; 21% para vidros e metais. Estes valores são superiores a aqueles normalmente usados em estudos similares, o que estabelece a necessidade de melhor refino dos elementos fornecidos, além de realização de análise gravimétrica do RSU local, para confirmação dos dados apresentados; Conforme citado no Caderno I – Proposta Preliminar, a capacidade de conversão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) em energia elétrica a ser disponibilizada para a municipalidade, considerando os dados citados referentes ao ano de 2.017, corresponderá a 12.346 MW, representando a geração de 0,5 MWh por tonelada processada de RSU, quando a reutilização do material reciclável já é considerada e os quantitativos extraídos da massa total coletada. O crescimento anual de geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) foi considerado como de 1,0%. Este montante será a quantidade empregada para a elaboração dos estudos e o dimensionamento final do processo a ser implantado. No caso das campanhas educativas municipais para incremento da coleta seletiva melhorarem o percentual de materiais recicláveis, obviamente a quantidade de massa a ser processada sofrerá decréscimo, reduzindo, assim, a capacidade de geração de energia elétrica. Salienta-se que tal fato não afetará o dimensionamento elaborado para os equipamentos da usina, que passará a operar com maior folga. Ressalva-se que o resíduo a ser processado é o RSU – Resíduo Sólido Urbano, de classe II definido pela Associação Brasileira de Norma Técnicas – ABNT na norma NBR 10.004 de 2.004: resíduos nos estados sólido e semissólido resultantes de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Se incluem nesta definição os lodos provenientes de sistema de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam, para isso, soluções técnicas e economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. O material a ser recebido na usina será coletado e transportado por empresa contratada pelo município, e no caso do resíduo extraordinário proveniente de estabelecimentos comerciais e industriais deverá respeitar o indicado na norma acima mencionada, e dentro das condições estabelecidas pela Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves para a concessão dos serviços.

1.4 Identificação e Análise de Riscos do Projeto

Relativamente aos riscos que envolvem o projeto, considerando-se aqui o insumo a ser empregado, a tecnologia a ser aplicada e o modelo de negócio a ser adotado, foram identificados os seguintes aspectos: - se a análise gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos (RSU) indicar variação substancial em relação à composição média nacional empregada para a realização dos estudos, de modo a afetar o poder calorífico inferior (PCI) considerado, e consequentemente a qualidade do gás de síntese produzido, haverá impacto na capacidade prevista de conversão em energia elétrica; - se o processo de licenciamento ambiental do empreendimento não ocorrer dentro de prazos factíveis, fazendo com que se postergue a data prevista para o início da operação, haverão prejuízos não só para a Prefeitura, como também para o investidor; - se o programa de coleta seletiva sofrer redução nos quantitativos obtidos, e/ ou se os valores considerados para a remuneração da destinação do material reciclável sofrerem variação significativa, haverá impacto sensível nas receitas previstas; - se a comercialização dos resíduos recicláveis triados for afetada por desinteresse das empresas do setor ou pela redução do nível de suas atividades, haverá impacto sensível nas receitas previstas;





- se ocorrerem greves nos serviços de coleta de resíduos sólidos urbanos (RSU) não reaproveitados e/ ou recicláveis por período que prejudique ou onere a realização dos serviços de conversão em energia elétrica e de triagem dos recicláveis, exigindo a utilização da mão de obra em períodos extraordinários de trabalho, haverá impacto nas despesas previstas; - se acontecerem paralisações constantes e/ ou por períodos maiores no sistema de distribuição da concessionária de energia elétrica, afetando segmentos que exijam a paralisação dos serviços de conversão dos RSU, haverá comprometimento na quantidade de entrega da energia elétrica ao Município, bem como necessidade de adoção de medidas extemporâneas para a execução de alternativas quanto à destinação final dos RSU, além da elevação dos custos operacionais devido a inatividade parcial da estrutura da usina; - se ocorrerem interrupções nas vias de acesso à futura usina por maior período de tempo, de modo que gere impedimento ao tráfego dos veículos empregados nas atividades, impactando a chegada dos insumos para tratamento térmico, conversão em energia elétrica e/ ou triagem dos resíduos coletados, haverá comprometimento na quantidade de entrega da energia elétrica ao Município, bem como necessidade de adoção de medidas extemporâneas para a execução de alternativas quanto à destinação final dos RSU, além da elevação dos custos operacionais devido à inatividade parcial da estrutura da usina; - se acontecer atraso por parte da Administração Pública no ressarcimento dos serviços prestados, conforme a formatação prevista no modelo de negócios haverá impacto no fluxo de caixa apresentado nos estudos; - se o negócio sofrer oneração por novos impostos, tributos e taxas não existentes à época da formatação do modelo de negócios apresentado e tais fatos não forem considerados, posteriormente, haverá necessidade de repactuação de valores a fim de evitar o desequilíbrio econômico-financeiro no empreendimento; - se houver a elevação significativa de valores dos materiais e insumos utilizados para implantação do negócio ou empregados na futura prestação dos serviços, principalmente aqueles de maior relevância que causam impacto no resultado econômico previsto, haverá necessidade de repactuação dos valores apresentados; - se ocorrerem divergências entre as informações fornecidas pela Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves e as efetivamente identificadas como possíveis de realização, haverá necessidade de reavaliação do projeto e adequação dos estudos apresentados.





2. SERVIÇOS E INSTALAÇÕES FÍSICAS

2. Serviços e Instalações Físicas

Tendo como base as considerações feitas até então quanto ao resíduo a tratar e o processo a ser empregado, será instalada planta industrial, no terreno cedido pela Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, com capacidade inicial de processamento de até 150 toneladas/ dia.

O produto direto do processo de tratamento térmico é o gás de síntese, que após limpeza e resfriamento à temperatura ambiente, será usado em grupos geradores para a conversão em energia elétrica. Outro produto direto é a produção de cerca de 10% de biochar, resíduo inerte que poderá ser utilizado como melhorador de solo para incremento da produção agrícola, e cujo emprego vem sendo pesquisado pela Embrapa, inclusive com participação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRS.

O funcionamento da planta de tratamento térmico dos RSU será contínuo, totalmente automático e estará dimensionado para operação em 24 horas por dia, durante os 7 dias na semana. Já os sistemas de triagem e trituração dos resíduos não reaproveitáveis, bem como aquele destinado a seleção e acondicionamento dos materiais recicláveis, deverão operar em turno de até 12 horas, de segunda-feira a sábado, atendendo à necessidade de recebimento dos resíduos dentro das rotinas de coleta estabelecidas pela Prefeitura, conforme informado no Caderno I – Proposta Preliminar. A seguir, são apresentadas figuras ilustrativas com indicação dos principais setores que comporão a usina para tratamento térmico dos resíduos.





O gás de síntese produzido passará por sistema de despoeiramento, lavagem e resfriamento para a temperatura ambiente (<45oC), de modo que seja empregado em grupos geradores para a produção de energia elétrica, sendo o sistema autossuficiente em termos energéticos.

Para obtenção de gás de síntese com qualidade homogênea, será instalado gasômetro de membrana dupla de PVC com capacidade suficiente ao atendimento da geração de energia por pelo menos 30 minutos de funcionamento e uso dos reatores de pirólise. Será instalado queimador (tocha), que funcionará como elemento propiciador de segurança ao processo.

A planta contará com moderno sistema de automação englobando a totalidade dos componentes, incluindo além do sistema de pirólise, a segregação semiautomática e a geração de energia elétrica. A usina contará com modernos sistemas e equipamentos para auferir maior eficiência elétrica à planta, que estará preparada para a ocorrência do mínimo de paradas, maximizando o processamento dos resíduos.

2.1 Infraestrutura Necessária a Operação

Para o caso do empreendimento em questão, a infraestrutura necessária à operação deverá considerar dois tipos distintos de atuação, a saber:

- uma etapa é caracterizada pela usina de pirólise, onde os resíduos não reaproveitáveis serão submetidos a tratamento térmico com o objetivo específico de conversão em energia elétrica;

- a outra etapa é representada pela seleção dos resíduos recicláveis provenientes das coletas seletiva e convencional, e que após seleção e classificação serão destinados à reciclagem.

2.1.1 Tratamento Térmico dos Resíduos e Conversão em Energia Elétrica

A usina de tratamento térmico dos resíduos (UTR) caracteriza-se como planta industrial, onde ocorrem processos mecânicos, químicos e elétricos, que integrados e sequenciados apresentam alto percentual de aproveitamento energético.





A operação da usina é dividida em 6 etapas distintas: 1 - Recepção e armazenamento dos resíduos; 2 - Triagem e pré-tratamento dos resíduos; 3 - Produção do gás de síntese; 4 - Tratamento do gás de síntese; 5 - Equalização do gás de síntese e queima controlada; e 6 - Geração de energia elétrica.

Etapa 1 – Recepção e Armazenamento dos Resíduos Brutos

Etapa 2 – Triagem, Pré-Tratamento e Armazenamento dos Resíduos Triturados

Etapa 3 – Produção do Gás de Síntese

Etapa 4 – Tratamento do Gás de Síntese

Etapa 5 – Equalização do Gás de Síntese e Queima Controlada Etapa 6 – Geração de Energia Elétrica e Conexão à Rede de Distribuição

A seguir faz-se a descrição sucinta das atividades, identificando-se a infraestrutura necessária a realização das atividades componentes de cada etapa listada anteriormente. 2.1.1.1 - Etapa 1 – Recepção e Armazenamento dos Resíduos Brutos

Para a execução desta etapa de trabalho, a infraestrutura necessária se faz representar por elementos para: controle de acesso de veículos e pessoas ao interior da usina; pesagem dos caminhões que acessam a área, arruamento interno para trânsito de veículos, área de manobra para descarga dos caminhões e local para armazenamento dos resíduos recebidos.

Acesso dos veículos

Pesagem inicial dos veículos

Descarga dos resíduos

Armazenamento dos resíduos

Pesagem final dos veículos

Saída dos veículos


Movimentação dos resíduos

Triagem e extração de metais

Trituração dos resíduos

Armazenamento dos resíduos triturados

Movimentação dos resíduos triturados

Alimentação do reator de pirólise Pirólise Coleta do gás de síntese

Extração de finos Lavagem e resfriamento

Retirada de condensados

Aspiração Envio para equalização

Geração de energia elétrica Transformação para média







Coleta dos resíduos inertes

(biochar)

Armazenamento do material triado

e metais

Destinação final dos materiais

Destinação final do biochar





Para controle do acesso ao terreno da usina, o empreendimento contará com guarita e cancela para parada e identificação dos veículos e pessoas que se destinem à área. A vigilância neste ponto, assim como na área da usina/ central, será em regime de 24 horas.

Para pesagem dos caminhões transportadores de resíduos oriundos da coleta seletiva e convencional, a usina/ central disporá de balança rodoviária com dimensões e capacidade adequada às exigências operacionais, e será equipada com equipamento tipo “no-break”, que permita o funcionamento por período de 8 horas ininterruptas caso ocorra a falta de energia elétrica, podendo ser eletrônica, e com possibilidade de fornecimento de informações que possibilitem a aferição do peso bruto, peso líquido e tara. Deverá contar, também, com módulo indicador digital e saída para computador interligado com módulo controlador com teclado alfanumérico programável, para indicação de hora, data, número consecutivo, placa e demais informações essenciais, além de sistema de proteção contra raios. O sistema deverá prever a instalação de célula fotoelétrica para identificação dos veículos. No caso de aproveitamento de dispositivo já implantado, será verificada a adequabilidade às necessidades e identificadas as alterações que se façam necessárias, avaliando-se, inclusive, a viabilidade de execução. A operação de pesagem será realizada na chegada e saída dos caminhões.

O arruamento interno para o trânsito de veículos será implantado em pavimento betuminoso dimensionado para as exigências do tráfego, com geometria adequada à circulação dos caminhões, contando, ainda, com dispositivos de drenagem e sistema de iluminação.

A área de manobra dos caminhões para a operação de descarga dos resíduos será em pavimento rígido de concreto que é mais adequado às necessidades operacionais, como esforços de tração mais intensos do material rodante e vazamentos de óleo de componentes do motor ou outros, e terá área com dimensões necessárias à realização da movimentação de modo confortável. No encontro da área de manobras com o local de armazenamento serão implantados dispositivos que eliminem a possibilidade de escoamento das águas pluviais em direção ao mesmo, e, ainda, área coberta com dimensões adequadas a proteção do ponto de descarga quanto da ocorrência de chuvas durante a operação de descarga.

O local de armazenamento dos resíduos brutos recebidos, será constituído por ambiente coberto e fechado, eliminando o impacto visual da área de deposição, além de reduzir os odores emanados em direção às áreas próximas, e evitar a incidência de chuvas sobre os resíduos. A deposição dos resíduos no local será realizada diretamente pelo caminhão coletor que se posicionará de ré na baia de descarga, dotada de dispositivo físico para parada do veículo, e acionará o sistema hidráulico da caçamba para despejo dos materiais coletados.

2.1.1.2 - Etapa 2 – Triagem, Pré-Tratamento e Armazenamento dos Resíduos Triturados

Na execução desta fase dos trabalhos a infraestrutura necessária será representada por: elementos para movimentação dos resíduos brutos armazenados, enviando-os ao sistema de triagem; realização de etapas de triagem para seleção dos resíduos que serão reciclados e/ ou submetidos à trituração; execução de etapas de extração magnética dos materiais metálicos; armazenamento dos resíduos triturados; armazenamento do



Triagem e extração de metais

Trituração dos resíduos

Armazenamento dos resíduos triturados

Armazenamento do material triado

e metais

Destinação final dos materiais





material triado e metais com posterior encaminhamento à destinação final. Esta etapa contará com a participação da Cooperativa de Catadores, representada pela união das associações existentes, nas atividades de triagem, seleção e classificação dos materiais recicláveis, através da celebração de contrato entre esta e a Concessionária de Serviços.

Estes trabalhos serão executados em ambientes fechados e cobertos, com tipologia típica de instalações industriais e cujas dimensões deverão atender às necessidades operacionais e de manutenção dos equipamentos que ali serão colocados. Para a movimentação dos resíduos brutos armazenados será empregado equipamento tipo carregadeira que alimentará esteira rolante, iniciando, assim, a triagem dos resíduos. A primeira etapa de triagem, denominada de triagem primária, consistirá na retirada de volumosos, vidros e metais de maior porte que serão armazenados para destinação de reciclagem ou rejeitos. Volumosos de maior porte que apresentem poder calorífico poderão ter as dimensões reduzidas e retornarem ao processo para sofrerem o tratamento térmico. A seguir os resíduos serão transportados ao equipamento conhecido como rasga sacos, quando serão abertas as embalagens em que se encontram acondicionados. Posteriormente serão encaminhados ao separador balístico e sequencialmente ao 1º. extrator magnético que realizará a 1ª. fase de retirada de metais e pilhas, procedendo-se, então, a armazenagem provisória para envio à destinação final. Em sequência será executada a triagem secundária dos resíduos para retirada de vidros, metais e outros materiais, que, separados por tipo, serão armazenados para posterior envio ao destino final. Os resíduos selecionados serão encaminhados ao 2º. extrator ou tambor magnético, sendo, em seguida, direcionados ao triturador e posteriormente lançados no local destinado ao armazenamento dos resíduos triturados. Cabe a ressalva de que o posicionamento deste equipamento poderá ser alterado para imediatamente anterior a alimentação do reator de pirólise. Todo o transporte de resíduos entre as diversas etapas, desde a alimentação até o lançamento no espaço destinado a armazenagem do material triturado utilizará correias transportadoras. As dimensões e velocidade de operação das esteiras serão adequadas aos quantitativos de resíduos que serão trabalhados durante o turno de trabalho, e ao número de trabalhadores alocados para a realização do processo de triagem.

A trituração final dos resíduos tem por objetivo a obtenção de material com granulometria inferior a 50mm. Esta dimensão garante maior eficiência de aproveitamento energético e elimina a possibilidade de travamento da rosca de alimentação do reator de pirólise.

O volume do local para armazenamento dos resíduos brutos e triturados, que será coberto e fechado, apresentará capacidade para estoque de 3 a 4 dias de atividade da usina de tratamento térmico, devendo a proporção se situar em 40% e 60% respectivamente.

O turno de trabalho para esta etapa do serviço deverá ser de até 12 horas diárias no período de segunda-feira a sábado, cobrindo assim o horário em que ocorre a coleta e transporte de resíduos. Exceção a esta condição se faz em relação aos trabalhadores envolvidos com a movimentação dos resíduos, visto que o funcionamento do reator de pirólise é em turno de 24 horas durante 7 dias da semana.

2.1.1.3 - Etapa 3 – Produção do Gás de Síntese

Movimentação dos resíduos triturados

Alimentação do reator de pirólise Pirólise Coleta do gás de síntese

Coleta dos resíduos inertes

(biochar)

Destinação final do biochar





Na execução desta etapa dos serviços a infraestrutura necessária será representada por: elementos para movimentação dos resíduos triturados armazenados e alimentação do reator de pirólise; realização do processo de pirólise lenta a tambor rotativo com produção do gás de síntese e a geração de resíduos inertes (biochar), enviando-os, respectivamente, ao sistema de coleta do gás e deposição do biochar em local para armazenagem provisória e posterior destinação final.

Estes trabalhos serão, também, executados em ambientes fechados e cobertos, com tipologia típica de instalações industriais e cujas dimensões deverão atender às necessidades operacionais e de manutenção dos equipamentos que ali serão colocados. Para a movimentação dos resíduos triturados armazenados e alimentação do reator de pirólise será empregada carregadeira, em função do tipo de estrutura de armazenamento escolhida (pátio).

Este setor é considerado como o coração da usina de tratamento térmico. No tambor rotativo, que gira à baixa rotação (2 rotações por minuto), aqui instalado ocorrem, na ausência de oxigênio, as reações de pirólise e água, ocasionando a decomposição termoquímica dos resíduos ali inseridos e gerando o gás de síntese, sob condições controladas de pressão e temperatura. O reator possui camisa para isolamento térmico, que mantém a temperatura externa em valores inferiores a 650o C, garantindo internamente a manutenção do calor. O isolamento térmico é feito em material cerâmico resistente a altas temperaturas. Nas extremidades do tambor de pirólise são instaladas gaxetas de alta vedação, que não permitem a entrada de ar no sistema. O gás de síntese é retirado pela câmara de calma, situada na parte superior, e o biochar cai por gravidade em local equipado com rosca para facilitar a retirada do mesmo. O sistema básico completo, onde, também, são representadas as etapas seguintes de: tratamento e equalização do gás de síntese; e geração de energia elétrica e conexão à rede elétrica, poderá ser visualizado na figura apresentada a seguir.





O dimensionamento do reator de pirólise será compatível com as necessidades de tratamento térmico dos resíduos recebidos pela usina, podendo as necessidades decorrentes do crescimento anual serem cobertas por instalação de unidade adicional com a capacidade necessária ao pleno atendimento durante o prazo de concessão, quando as quantidades a serem processadas assim o exigirem. A área necessária a implementação será planejada quando da elaboração do projeto, considerando-se o espaço destinado a ampliação. O turno de trabalho previsto para esta etapa do serviço será de 24 horas diárias, durante 7 dias por semana, e abrangerá conforme já citado, a utilização dos equipamentos necessários à alimentação do reator de pirólise. 2.1.1.4 - Etapa 4 – Tratamento do Gás de Síntese

Na execução desta etapa dos serviços a infraestrutura necessária será representada por equipamentos e tubulações necessários ao tratamento do gás de síntese, transformando-o em gás limpo, e compreenderá a extração de finos, lavagem, resfriamento e retirada de condensados, limpando-o para o posterior envio aos sistema de equalização do potencial energético Estes trabalhos serão, também, executados em ambientes fechados e cobertos, com tipologia típica de instalações industriais e cujas dimensões deverão atender às necessidades operacionais e de manutenção dos equipamentos que ali serão colocados.

Extração de finos Lavagem e resfriamento

Retirada de condensados

Aspiração Envio para equalização





O gás de síntese oriundo do reator de pirólise se encontra à temperatura de 450o C, contendo particulados. Passa, então, por sistema de ciclones onde sofre o processo de despoeiramento para a retirada destes particulados. A seguir, passa por procedimento de lavagem e resfriamento, de modo a permitir o emprego em grupos geradores, para produção de energia elétrica, e no sistema de aquecimento do tambor, para onde retorna aproximadamente 30% do gás de síntese gerado no processo de pirólise. Além dos ciclones, nestes procedimentos são utilizados venturi, tanque de água, bombas de recirculação de água, condensador, torre de resfriamento, decantador, entre outros.

Os sopradores centrífugos, que estarão instalados na linha de gás, retiram o gás de síntese do reator, direcionando-o, após limpeza e resfriamento, ao gasômetro para equalização do potencial energético e posterior emprego na geração de energia elétrica. Para este equipamento sempre será considerada a instalação de uma unidade de reserva.

O dimensionamento do sistema de tratamento do gás de síntese será compatível com as necessidades de tratamento dos quantitativos de gás produzido pelo(s) reator(es) de pirólise instalado(s). A área necessária a implementação de unidade adicional, se o crescimento anual previsto de produção assim o exigir, deverá ser planejada quando da elaboração do projeto, reservando-se o espaço destinado a ampliação.

O turno de trabalho previsto para esta etapa do serviço será de 24 horas diárias, durante 7 dias por semana, acompanhando a operação e funcionamento do reator de pirólise.

2.1.1.5 - Etapa 5 – Equalização do Gás de Síntese e Queima Controlada

Na execução desta etapa dos serviços a infraestrutura necessária será representada por equipamentos e tubulações necessários à equalização do gás de síntese produzido no reator de pirólise, e que sofreu o processo de limpeza citado na etapa anterior. Este gás será enviado ao gasômetro para equalização do potencial energético. A partir do gasômetro, o gás será encaminhado: ao sistema de geração de energia; realimentará o sistema de aquecimento do tambor rotativo, onde ocorrem as reações de pirólise e de água; e apresentará derivação para o sistema de segurança representado por queimador (tocha), que poderá ser acionado no caso de necessidades emergenciais ou operacionais. No projeto por motivos de segurança a tocha será considerada na condição de enclausurada. À exceção do sistema de aquecimento do reator de pirólise, que está localizado em ambiente fechado e coberto, os demais dispositivos (gasômetro e tocha) estão localizados em espaços próprios, e com estruturas independentes.

O emprego do gasômetro objetiva a obtenção de gás de síntese com qualidade homogênea, e consistirá de equipamento com membrana dupla de PVC, e possuindo capacidade suficiente ao atendimento da geração de energia por prazo mínimo de 30 minutos de funcionamento e uso dos reatores de pirólise.





O sistema de segurança do processo será, conforme já citado, constituído por tocha enclausurada, que funcionará como queimador, possibilitando a queima controlada do gás de síntese se a ocorrência de deficiências operacionais, exigir.

O turno de trabalho previsto para esta etapa do serviço será de 24 horas diárias, durante 7 dias por semana, e acompanhará a operação e funcionamento do reator de pirólise.

2.1.1.6 - Etapa 6 – Geração de Energia Elétrica e Conexão à Rede de Distribuição

Na execução desta etapa dos serviços a infraestrutura necessária será representada por: elementos para geração de energia elétrica a partir do gás de síntese produzido; e estruturas para transformação, medição e conexão ao sistema de distribuição da concessionária local. Estes trabalhos serão parcialmente executados em ambientes fechados e cobertos, caso dos espaços destinados à instalação dos grupos geradores e da cabine de medição, com tipologia típica de instalações industriais, e cujas dimensões deverão atender às necessidades operacionais e de manutenção dos equipamentos que ali serão posicionados.

A geração de energia elétrica será realizada a partir da queima do gás de síntese limpo, produzido pelas etapas do processo anteriormente descritas, em motores apropriados para a queima deste gás, em ciclo aberto, e que acionarão alternador(es) síncrono(s). O sistema será composto, também, por conjunto de painéis elétricos e transformador(es) elevador(es) de 380 Volts para 13,8 kV@60Hz, de modo a possibilitar a conexão e transmissão da energia elétrica produzida ao sistema de distribuição da concessionária, que no caso em questão é a Rio Grande Energia SA (RGE).

Será previsto, ainda, sistema de geração de emergência composto por grupo gerador diesel, que sofrerá acionamento no caso de falta de energia geral na planta. Este sistema será interligado ao tambor rotativo do reator de pirólise e aos ventiladores do gás de síntese.

O turno de trabalho previsto para esta etapa do serviço será de 24 horas diárias, durante 7 dias por semana, e acompanhará a operação e funcionamento do reator de pirólise.

2.1.2 Reciclagem de Materiais Oriundos da Coleta Seletiva

A atividade referente ao reaproveitamento dos recicláveis é dividida basicamente em quatro etapas, a saber: 1 - Recepção e Armazenamento dos Materiais da Coleta Seletiva; 2 – Seleção e triagem do material reciclável; 3 – Destinação final dos materiais recicláveis; e 4 – Destinação final dos rejeitos sem potencial energético.

Etapa 1 – Recepção e Armazenamento dos Materiais da Coleta Seletiva

Etapa 2 – Seleção e Triagem do Material Reciclável

Geração de energia elétrica Transformação para média

tensão (MT) Conexão com a rede de

distribuição











Etapa 3 – Destinação Final dos Materiais Recicláveis

Etapa 4 – Destinação Final dos Rejeitos sem Potencial Energético

À similaridade do item 3.1.1 – Tratamento Térmico dos Resíduos, a seguir é realizada a descrição sucinta das atividades, identificando-se a infraestrutura necessária a realização das atividades componentes das etapas listadas anteriormente. Cabe aqui a ressalva de que o espaço destinado a triagem, seleção e classificação dos materiais oriundos da coleta seletiva para reciclagem é o mesmo empregado para a triagem dos resíduos da coleta convencional, inclusive quanto aos locais de armazenamento da parcela reaproveitável.

2.1.2.1 Etapa 1 – Recepção e Armazenamento dos Materiais da Coleta Seletiva

Para a execução desta etapa do serviço, a infraestrutura necessária, à similaridade da etapa de Recepção e Armazenamento dos Resíduos Brutos referentes ao Tratamento Térmico dos Resíduos, é composta por elementos para: controle de acesso de veículos e pessoas ao interior da usina; pesagem dos caminhões que acessam a área; arruamento interno para trânsito de veículos; área de manobra para descarga dos caminhões; e local para armazenamento dos resíduos recebidos. As finalidades de construção da infraestrutura são, basicamente, as mesmas descritas no item 3.1.1.1 – Recepção e Armazenamento de Resíduos Brutos, e são comuns às duas atividades, exceções feitas aos locais destinados às operações de descarga dos caminhões, e que são designadas como área de manobra e local de armazenamento que serão específicas para o trabalho referente à reciclagem de materiais provenientes da coleta seletiva.

As características da área de manobra dos caminhões para a operação de descarga dos materiais oriundos da coleta seletiva e do local de armazenamento destes são aquelas já apresentadas no item 3.1.1.1. Para o caso o armazenamento de materiais provenientes da coleta seletiva, a infraestrutura tipo também será constituída por instalação de pátio tipo galpão fechado e coberto. Cabe a ressalva de que a condição de descarga dos materiais recicláveis é diferente daquela empregada para os resíduos da coleta convencional, devido ao tipo de veículo normalmente utilizado para o transporte e a disposição dos mesmos, podendo a operação de descarregamento e armazenagem ser auxiliada, se necessário, por equipamento tipo carregadeira ou empilhadeira. Estudos específicos serão realizados para avaliação sobre o aproveitamento de construção existente na atual estação de transbordo para utilização quanto a esta finalidade.



Triagem dos materiais reaproveitáveis

Acondicionamento dos materiais

recicláveis

Pesagem e armazenagem dos

materiais recicláveis

Movimentação dos materiais recicláveis Carregamento dos caminhões Transporte dos materiais recicláveis até as

unidades de reaproveitamento

Movimentação dos rejeitos sem potencial

energético Carregamento dos caminhões Transporte dos rejeitos até o local de disposição

final que atenda às exigências ambientais







Separação e seleção dos

rejeitos

Reaproveitamento dos rejeitos com

potencial energético





O turno de trabalho para esta etapa do serviço deverá ser de até 12 horas diárias no período de segunda-feira a sábado, cobrindo assim o horário em que ocorre a coleta e transporte de materiais recicláveis.

2.1.2.2 Etapa 2 – Seleção e Triagem do Material Reciclável

A infraestrutura necessária para a realização destes trabalhos será constituída por: elementos para movimentação dos materiais recicláveis armazenados, enviando-os ao sistema de triagem; realização da atividade de triagem para seleção e separação dos resíduos reaproveitáveis; acondicionamento dos materiais úteis, segundo a tipologia; pesagem e armazenagem dos materiais para reciclagem; e, separação e seleção dos rejeitos, identificando aqueles com potencial energético para aplicação no processo de pirólise.

Conforme já citado, o procedimento para execução desta tarefa é similar a aquele descrito para a triagem de resíduos oriundos da coleta convencional, utilizando para tal o mesmo espaço e metodologia apresentada. Para a movimentação dos materiais oriundos da coleta seletiva, será usado equipamento tipo carregadeira, que alimentará esteira rolante, iniciando, assim, a atividade de triagem, quando os resíduos serão separados, e selecionados aqueles que serão efetivamente reaproveitados. Os materiais rejeitados serão classificados em relação ao potencial energético, identificando-se aqueles que poderão ser destinados ao processo de pirólise, separando-os daqueles que serão descartados.

O transporte dos materiais entre as diversas atividades, desde a alimentação até o lançamento nos locais destinados à separação empregará correias transportadoras, sendo que a movimentação para armazenamento ao final do processo usará empilhadeira. As dimensões e velocidade de operação das esteiras serão adequadas às quantitativos de materiais e ao número de trabalhadores alocados na realização da triagem.

Os materiais que apresentem condição para reciclagem serão acondicionados por tipologia e pesados, sendo posteriormente encaminhados a área de armazenagem temporária, onde ficarão aguardando a etapa de destinação final. Para a realização de parcela das tarefas desta etapa de trabalho será também, e à similaridade da descrição feita no item 3.1.1.2 - Etapa 2 – Triagem, Pré-Tratamento e Armazenamento dos Resíduos Triturados, utilizada contrato de serviços a ser celebrado com a Cooperativa de Catadores.

Devido às quantidades envolvidas e ao melhor aproveitamento que este material deverá ter em relação a aquele da coleta convencional, esta atividade deverá ser executada em dia único ou em 1,5 dia da semana em turno de trabalho de até 12 horas. 2.1.2.3 Etapa 3 – Destinação Final dos Materiais Recicláveis

A infraestrutura necessária para a realização destes trabalhos, será constituída por: elementos para movimentação e carregamento dos materiais recicláveis, já acondicionados e pesados, nos caminhões



Triagem dos materiais reaproveitáveis

Acondicionamento dos materiais

recicláveis

Pesagem e armazenagem dos

materiais recicláveis

Movimentação dos materiais recicláveis

Carregamento e pesagem dos caminhões

Transporte dos materiais recicláveis até as unidades de reaproveitamento

Separação e seleção dos

rejeitos

Reaproveitamento dos rejeitos com

potencial energético





empregados no transporte; pesagem dos caminhões, tanto na entrada quanto na saída da área; e transporte dos materiais ao destino final. Envolverá tanto os materiais triados, separados e classificados oriundos da coleta seletiva ou convencional.

As atividades referentes à movimentação e carregamento dos materiais recicláveis será realizada em ambiente coberto, com tipologia típica de instalações industriais e dimensões que atendam às necessidades operacionais dos equipamentos que serão utilizados, e aos quantitativos que serão movimentados. Para a movimentação dos materiais e carregamento dos caminhões, deverá ser usado equipamento tipo carregadeira ou empilhadeira. Já, para a pesagem dos caminhões, tanto no acesso quanto na saída da área, será utilizada a mesma estrutura já descrita no item 3.1.2.1 – Recepção e Armazenamento dos Materiais da Coleta Seletiva.

O turno de trabalho para esta etapa do serviço será de até 12 horas diárias no período de segunda-feira a sábado.

O serviço de transporte dos materiais recicláveis será executado em área externa à usina de tratamento térmico e área de reciclagem dos resíduos, e estará sob a responsabilidade daquelas empresas que os utilizarão nos seus processos industriais.

Etapa 4 – Destinação Final dos Rejeitos sem Potencial Energético

A infraestrutura necessária para a realização destes trabalhos será constituída por: elementos para movimentação e carregamento dos materiais descartáveis; pesagem dos caminhões, tanto na entrada quanto na saída da área; e transporte dos materiais ao destino final.

As atividades referentes à movimentação e carregamento dos rejeitos serão realizadas em ambiente coberto tipo pátio, com tipologia típica de instalações industriais e dimensões que atendam às necessidades operacionais dos equipamentos que serão utilizados, e as quantidades que serão movimentadas. Para a movimentação dos materiais e carregamento dos caminhões, deverá ser usado equipamento tipo carregadeira. Já, para a pesagem dos caminhões, tanto para acesso quanto para saída da área, será empregada a mesma estrutura já descrita no item 3.1.2.1 – Recepção e Armazenamento dos Materiais da Coleta Seletiva.

Cabe aqui a ressalva de que tal atividade abrangerá, também, o transporte para destinação final dos resíduos inertes produzidos pela reação de pirólise.

O turno de trabalho previsto para esta etapa do serviço será de até 12 horas diárias no período de segunda-feira a sábado. O serviço de transporte dos rejeitos e resíduos inertes será executado em área externa à usina de tratamento térmico e de reciclagem dos resíduos, estando sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves.

2.2 Especificações, Diretrizes Construtivas e Aspectos Operacionais

Movimentação dos rejeitos sem potencial

energético

Carregamento e pesagem dos caminhões

Transporte dos rejeitos até o local de disposição final que atenda às exigências ambientais





Apresenta-se a seguir, as especificações, diretrizes construtivas e aspectos operacionais que deverão ser considerados para as usinas de tratamento térmico e conversão em energia elétrica, e de reciclagem de resíduos.

2.2.1 Usina de Tratamento Térmico e Conversão em Energia Elétrica

A infraestrutura necessária a implantação da usina de tratamento térmico e conversão em energia empregará a configuração de instalações industriais, utilizando elementos estruturais pré-moldados de concreto ou metálicos. Cabe lembrar que todas as operações concernentes ao tratamento térmico e conversão em energia elétrica serão realizadas em ambientes fechados e cobertos, conforme já citado.

A cobertura e o fechamento lateral externo da usina, que utilizará barrado em alvenaria de blocos de concreto aparentes na faixa inferior, serão executados em telha metálica. Em ambientes onde a ocorrência de ruídos ou de calor sejam mais elevados, a telha a ser empregada será aquela capaz de oferecer proteção termo acústica, caso, por exemplo, do ambiente onde serão posicionados os grupos geradores de energia elétrica. Divisões internas dos diferentes ambientes poderão usar tanto alvenaria em blocos de concreto armado, revestidos ou não, e/ ou telhas metálicas, dependendo da finalidade a que se destinam e a motivação que gera a necessidade da separação.

Na cobertura será implantado sistema para coleta das águas pluviais, que serão conduzidas a reservatório específico, dimensionado de acordo com as necessidades do empreendimento, tendo em vista o reaproveitamento após filtragem em atividades industriais, de limpeza de pisos e arruamentos, de irrigação das áreas verdes, de reserva para o sistema de combate a incêndio, ou seja, para aquelas situações em que não há a necessidade de emprego de água potável. A água resultante da limpeza de pisos em áreas onde ocorra o acúmulo temporário de resíduos sólidos urbanos (RSU) será direcionada ao reservatório de coleta do chorume para posterior reintrodução no processo de pirólise. Assim, a necessidade de fornecimento e uso de água potável se aterá às atividades humanas, reduzindo o consumo deste insumo pela usina e tornando-a mais sustentável. Caso o local destinado a implantação da usina não seja atendido por sistema público de abastecimento de água, será avaliada a necessidade de perfuração de poço artesiano.

Relativamente ao sistema de esgoto sanitário, na possibilidade do terreno não ser servido por rede pública de coleta, os dejetos serão encaminhados a sistema composto por fossa séptica, filtro digestor anaeróbio e sumidouro, que possibilita o tratamento a nível secundário do esgoto gerado. Quando da limpeza da fossa, os dejetos dela extraídos poderão ser direcionados à usina, visto que o sistema de pirólise pode ser empregado para tratamento de lodos provenientes de estação de tratamento de esgoto (ETE).

O piso interno das edificações industriais será em concreto armado, cujo dimensionamento estrutural dependerá da finalidade de uso de cada ambiente, e também das máquinas empregadas nas atividades de manutenção, fatores que, também, influenciam no pé-direito e nas distâncias que devem ser adotadas entre as posições dos diversos equipamentos, que neles estarão alocados.

Caso a opção para o armazenamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU), brutos e pós trituração, seja a utilização de fosso, este será construído em concreto armado impermeabilizado, que contará com canaleta de coleta de chorume no fundo, interligada a poço de bombeamento que enviará o líquido recolhido a reservatório. Este reservatório, também executado em concreto armado e impermeabilizado, será dotado de bombas que possibilitarão a posterior introdução do chorume no processo de pirólise, eliminando a





necessidade de construção de sistema para o tratamento do mesmo. O fosso deverá ser dimensionado para permitir a estocagem de 3 a 4 dias de resíduos. Neste caso a movimentação dos RSU brutos e triturados será executada por ponte rolante equipada com garra e dimensionada para atendimento a demanda exigida, e, cuja sala para realização e controle da operação, possuirá dispositivo transparente que possibilitará ao operador a visualização do local de armazenagem e dos pontos que deverão ser alimentados para a execução das etapas de triagem dos resíduos e do processo de pirólise.

Caso a opção seja por uso de pátio, este, também, será executado em concreto armado e impermeabilizado e contará com sistema para coleta e posterior alimentação do sistema de pirólise pelo chorume recolhido. Neste caso, a movimentação e alimentação dos pontos da triagem e do processo de pirólise serão executados por equipamento tipo carregadeira.

A área para manobra dos caminhões coletores, necessária para o posicionamento do veículo quando das descargas dos RSU, será em piso de concreto armado, dimensionada em conformidade com o tráfego que o utilizará, que receberá dispositivo de impermeabilização no contato com o solo. A faixa destinada a descarga dos caminhões, conforme já comentado, será coberta em área que evite a ação da chuva nas operações de disposição dos RSU. Dispositivo tipo batente será construído no ponto de contato entre o pátio da área de manobra e o local de armazenamento, orientando o condutor e limitando o acesso dos caminhões, sendo neste mesmo local posicionadas canaletas para evitar que as águas pluviais se misturem aos RSU depositados. Este ponto possuirá, ainda, dispositivos laminares pesados em borracha posicionados verticalmente, cuja abertura e fechamento são realizados pelo contato do caminhão coletor quando da operação de descarga, funcionando como elemento simples que permite a completa vedação do local de armazenamento, assim que o veículo se afasta do local desfazendo o contato.

O gasômetro será instalado em área externa ao galpão da usina e consistirá, conforme citado, em estrutura de membrana dupla em polivinilclorado (PVC) que será assentada sobre piso regularizado em concreto, sendo dimensionada para ter capacidade suficiente de geração por ao menos 30 minutos.

O sistema de segurança é composto por queimador (tocha enclausura) que entrará em ação quando alguma ação emergencial ou operacional se faz necessária, e que ficará localizado à distância no entorno de 40 metros do gasômetro e da instalação da usina.

Os pátios destinados à deposição provisória e temporária, tanto dos materiais triados que possam ser objeto de reciclagem, quanto dos resíduos inertes provenientes do tratamento térmico, poderão ser cobertos ou utilizar elemento tipo lona para a proteção dos materiais relativamente às águas pluviais. Terão o piso em concreto armado impermeabilizado e com orientação e valor das declividades de modo a impedir o arraste dos materiais ao sistema viário, e consequentemente à drenagem construída. Os materiais que podem ser reciclados, serão frequentemente encaminhados à usina de reciclagem.

As edificações administrativas também guardarão caracteres industriais, sendo construídas com o emprego de blocos de concreto, revestidos ou não, cobertura em telhas metálicas, e contará com todo o sistema de instalações prediais que se façam necessários a operação da usina. Estes espaços administrativos compreenderão: guarita para controle de acesso; operação da balança; vestiários; refeitórios; instalações sanitárias; sala técnica; sala para treinamento; sala de reuniões; sala de gerência; enfermaria; departamento pessoal; entre outros. Serão equipadas, à similaridade das instalações industriais, com linhas telefônicas, câmeras de vigilância, sistema e rede de computadores para registro e controle operacional; sistema de proteção e combate a incêndios; outros.





O arruamento interno da área da usina será em pavimento betuminoso ou articulado em concreto, delimitado por meios fios, e que contará com sistema de drenagem para coleta e condução das águas pluviais a pontos de lançamento adequados. Estas vias, e pontos específicos da usina, contarão, também, com sistema de iluminação para facilitar a execução das atividades noturnas de trabalho, inclusive de vigilância patrimonial.

A estrutura para o controle de acesso contará com guarita dotada de instalações hidráulico-sanitárias, linha telefônica e sistema computacional que facilite o controle do acesso de veículos, colaboradores e terceiros que se destinarem à área da usina. Possuirá, ainda, sistema de cancela e portões para veículos e pedestres.

A estrutura de pesagem será composta por balança rodoviária com capacidade que atenda às dimensões dos veículos transportadores e a determinação do peso dos materiais transportados que chegarão ou deixarão a área da usina. No caso em que o local da pesagem seja distinto do ponto de controle do acesso, o sistema computacional e a rede de computadores deverão prever procedimentos para interligação dos fatos, de modo a permitir agilidade na realização e liberação dos caminhões.

A área de estacionamento para automóveis de funcionários e visitas será distinta daquela destinada aos veículos, normalmente pesados, envolvidos diretamente com a operação da usina. Estes dispositivos também serão diferenciados quanto ao tipo de revestimento a empregar (betuminoso/ articulado em concreto/ concreto armado), o dimensionamento, e a localização. Estes fatores deverão atender às necessidades operacionais, de modo a causar a menor interferência possível ao desenvolvimento dos trabalhos e à rotina da usina.

Toda a área será delimitada por cerca de tela e mourões de concreto, complementada por cerca viva com elementos vegetais que causem inibição quanto as ações de entrada no terreno por pessoas não autorizadas.

A usina contará com moderno sistema de automação englobando os componentes da planta, incluindo além do sistema de pirólise, a segregação manual e a geração de energia elétrica, de modo que o funcionamento ocorra de forma automática e contínua 24 horas diárias, durante todos os dias do ano.

O monitoramento contínuo, controle, comando, proteção e automação dos subsistemas envolvidos são realizados por um CLP (Controlador Lógico Programável) central dedicado, de última geração, interligado aos diversos sensores de pressão, de temperatura, de nível, de posição, e de diversas outras variáveis físicas. Esse CLP dedicado recebe, monitora e processa informações analógicas e digitais que servirão de referência aos componentes de controle, tais como atuadores pneumáticos, controladores de velocidade, chaves de partida e outros mais.

A usina será operada através de painel central, exceto por poucos equipamentos secundários que terão operação manual. O sistema de automação permitirá a partida ou parada dos equipamentos e dos grupos geradores e a operação ou não dos diversos sistemas auxiliares. O painel de comando central fornecerá informações sobre medidores convencionais de tensão, potência, corrente, fator de potência e frequência. O painel igualmente prevê o monitoramento dos processos, amostras dos esquemas de processos, lista de alarmes e de eventos, gráficos de tendências e outros relatórios contendo dados de processos.

Serão apresentadas indicações remotas dos principais parâmetros de operação, como temperaturas, pressões, rotações, tensão, corrente, frequência, permitindo a atuação remota. Serão emitidos alarmes sonoros e luminosos concernentes aos principais parâmetros de operação, estando previsto sistema de registro de alarmes e impressão de relatórios da operação. Possuirá, também, sistema automático de sincronismo dos geradores com ajuste das cargas individuais, além de sistema automático para sincronismo com a rede. O





sistema de automação previsto assegurará que a operação da usina seja efetuada de modo seguro, confiável, eficiente e com facilidade. Os principais componentes do sistema de automação serão, ao menos, os seguintes:

- estação de trabalho para operador com interface homem/ máquina na operação do reator de pirólise;

- estação de trabalho para operador com interface homem/ máquina na operação dos grupos geradores e sistema elétrico;

- estação de trabalho para operador com interface homem/ máquina para operação do sistema automático de segregação de resíduos;

- impressora a laser para impressão de dados de processos; alarmes, anormalidades, outros;

- sistema de energia ininterrompível (UPS);

- monitoramento local da usina a partir da sala de controle.


A infraestrutura necessária à operação da central de reciclagem, espaços específicos para a atuação da mesma, também empregará a configuração de instalações industriais, utilizando elementos estruturais pré-moldados de concreto ou metálicos. Aquelas operações concernentes ao armazenamento final, triagem, seleção e pesagem dos materiais serão realizadas em ambientes fechados e cobertos, também usados pela usina de tratamento térmico, assim como para as atividades de armazenamento inicial. Já a operação de carga poderá ser executada em espaço somente coberto.

A estrutura para pesagem dos materiais triados, selecionados para reciclagem ou rejeitados será composta por balança com capacidade para determinação dos quantitativos acondicionados em bags ou enfardados.

As especificações e diretrizes construtivas referentes à cobertura, fechamento lateral, divisões internas, sistema de coleta de águas pluviais, pisos internos, pátios de armazenamento, e áreas para manobra de caminhões são aquelas já descritas no item 3.2.1 para a usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica, sendo que a grande maioria das estruturas é de uso comum.

Quanto a descarga dos caminhões na usina de reciclagem de resíduos, devido às diferentes características dos veículos e dos materiais transportados, não serão empregados os dispositivos laminares para vedação do ambiente, visto que a área de descarga e o pátio de armazenamento inicial serão dispositivos contíguos sem separação física. Ao final das operações diárias de descarga, o ambiente será vedado por portão que será operado manualmente.

Relativamente à coleta e destinação das águas provenientes da limpeza do piso, devido à ausência de resíduos orgânicos ou óleos nesta área, ressalva-se que esta não teria necessidade de ser direcionada ao sistema da coleta do chorume, podendo ser direcionada ao sistema de águas pluviais para o descarte. Entretanto, será também previsto o reaproveitamento desta água para manutenção da sustentabilidade do empreendimento, inserindo-a no processo de pirólise.

Quanto às edificações administrativas e outras benfeitorias de uso comum ou similar para as duas unidades, caso do: controle de acesso e pesagem; água potável/ poço artesiano; sistema de esgoto sanitário;





arruamento interno; estacionamento de funcionários e visitantes; delimitação física da área; as especificações, diretrizes construtivas e aspectos operacionais são aquelas descritas no item 3.2.1 anterior.

A área de estacionamento de caminhões e demais veículos destinados à operação da central de reciclagem de resíduos, quando no aguardo das operações de carga e descarga, terá localização diferenciada daqueles para atendimento das atividades da usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica. Esta sistemática objetiva a geração da menor interferência possível ao desenvolvimento dos trabalhos e às rotinas operacionais individualizadas de cada usina.

Cabe aqui a ressalva de que as áreas operacionais terão o acesso permitido somente a aqueles colaboradores envolvidos nas atividades ali desempenhadas. Esta restrição também ocorrerá com os caminhões e demais veículos, que serão orientados por meio de sinalização específica para o destino desejado. Esta orientação será complementada por dispositivos como cancelas e portões, cuja operação poderá ser automática ou manual.

O sistema computacional implantado contará também com software que atenda às necessidades operacionais da central de reciclagem, centralizando as informações referentes à execução dos processos, que, obviamente, apresentam menor nível de exigências e fatores que devem ser monitorados e controlados. Entre os elementos que deverão ter a interface verificada pode-se citar a relação de variação entre os quantitativos de pesagem obtidos pelo sistema de controle geral de acesso e aqueles obtidos após a triagem e seleção dos materiais.

O sistema de monitoração e controle das unidades industriais manterá o registro automático dos dados operacionais, além daqueles relativos às avarias e emergências ocorridas, incluindo data e hora dos eventos.

2.3 Pré-dimensionamento das Instalações e Equipamentos

Apresenta-se a seguir o pré-dimensionamento das instalações que serão edificadas e dos equipamentos que serão utilizados para o tratamento térmico e conversão em energia elétrica, seguido pelas mesmas necessidades quanto a reciclagem de resíduos.


Os elementos que orientarão o dimensionamento desta usina, considerando-se o ano de início de operação como 2.020, são representados por:

- Resíduos sólidos urbanos (RSU) recebidos oriundos da coleta convencional: 103 toneladas no início do processo e atingindo o valor de 139 toneladas ao final de 30 anos de concessão e 146 toneladas em 35 anos, caso ocorra prorrogação de 5 anos;

- Taxa de crescimento anual dos RSU: 1,0%;

- Prazo da concessão: 30 anos prorrogáveis por mais 5 anos;

- Consumo anual (2.017) de energia elétrica pela Prefeitura: 10.400 MWh;

- Energia disponibilizada para o Município partindo de 12.732,00 MWh/ ano e indo até o final da concessão de 30 anos para o quantitativo de 17.051,00 MWh;





- Capacidade de armazenamento de resíduos brutos: 200 toneladas, o que equivale à conversão de 1,5 dia ao final de 35 anos de concessão;

- Capacidade de armazenamento de resíduos triturados: 330 toneladas, equivalente ao estoque de 2,5 dias ao final de 35 anos de concessão;

- Número de baias para descarga de caminhões: 2 pontos;

- Pátio de armazenamento de resíduos brutos e triturados: 1.092 m2;

- Capacidade de triagem de RSU, considerado o valor ao final da concessão no prazo de 35 anos, turno de trabalho diário de até 12 horas e eficiência de até 90%: 15 toneladas horárias;

- Capacidade de trituração de RSU (mesma filosofia e critério) do item anterior: 15 toneladas horárias;

- Área para realização dos trabalhos de triagem e trituração: no entorno de 1.035 m2;

- Capacidade de processamento do conjunto composto pelo reator de pirólise e sistema de limpeza e aspiração do gás atenderá a necessidade de final da concessão. Será usado reator com capacidade diária de 150 toneladas, mas que processa na realidade a até 160 toneladas;

- Área para implantação dos conjuntos dos reatores de pirólise, incluindo o sistema de limpeza, sopradores e torre de resfriamento: 890 m2;

- Capacidade de armazenagem do gasômetro: 2.000 m3 de gás de síntese;

- Tocha de segurança enclausurada: aproximadamente 25 m2;

- Para a geração de energia elétrica serão utilizados grupos geradores de menor porte com o objetivo de minimizar a interferência das operações de manutenção em relação à etapa de produção do gás. No início do processo se usarão 7 unidades, posteriormente ampliadas ao longo da concessão, atingindo ao final dos 30 anos o quantitativo de 10 conjuntos;

- Tensão nominal de acesso ao sistema de distribuição: 13,8 kV;

- Rendimento da usina referido ao poder calorífico inferior (PCI): > 23%;

- Área para alocação dos geradores de energia elétrica: prevista para atendimento ao número de unidades no final do processo em 350 m2;

- Geração de biochar ao final do prazo de concessão de 30 anos: 13 toneladas diárias;

- Pátio de deposição temporária dos resíduos triados: 120 m2;

- Pátio de deposição temporária do biochar: 180 m2;

- Pátio de manobra para descarga de caminhões: 200 m2;

- Guarita para pesagem e controle de acesso: 30 m2;

- Balança para pesagem de caminhões: 100 m2;

- Subestação de energia elétrica: 50 m2;

- Estrutura administrativa, almoxarifado e oficina: 400 m2;

- Estacionamento para veículos leves: 240 m2;





- Arruamento interno: 1.200 m2;

- Área verde interna: conforme legislação municipal e exigências do arranjo. No interior das áreas verdes serão construídos os reservatórios para armazenamento dos sistemas de coleta de águas pluviais, de chorume e demais dispositivos auxiliares aos processos.


São apresentados a seguir os elementos que orientarão o dimensionamento desta central, a saber:

- Materiais da coleta seletiva de resíduos no início da operação: 24 toneladas diárias;

- Taxa de crescimento anual dos RSU: 1,0%;

- Prazo da concessão: 30 anos prorrogáveis por mais 5 anos;

- Quantitativo da coleta seletiva ao final de 30 anos: 33 toneladas diárias;

- Quantitativo de coleta seletiva ao final de 35 anos: 34 toneladas diárias;

- Capacidade de armazenamento dos materiais da coleta seletiva: 204 toneladas, que equivale ao recebimento semanal ao final de 35 anos de concessão;

- Número de locais para descarga de caminhões: 1 ponto;

- Área coberta da estrutura de armazenamento e descarga: 150 m2;

- Capacidade de triagem, seleção e separação do resíduo da coleta seletiva, considerado o valor ao final da concessão no prazo de 35 anos, turno de trabalho diário de até 12 horas e período de 1,5 dia com eficiência de até 90%: 12,6 toneladas horárias;

- Área para realização dos trabalhos de triagem, seleção, separação: já considerada na usina de tratamento térmico/ conversão em energia elétrica;

- Área para acondicionamento, pesagem e armazenamento temporário dos materiais selecionados: já considerada na usina de tratamento térmico/ conversão em energia elétrica;

- Área para movimentação e carregamento dos materiais selecionados: 100 m2;

- Pátio de deposição temporária dos rejeitos: 100 m2;

- Pátio de manobra para descarga de caminhões: 50 m2;

- Estacionamento para veículos pesados: 150 m2;

- Área verde interna: conforme legislação municipal e exigências do arranjo. No interior das áreas verdes serão construídos os reservatórios para armazenamento dos sistemas de coleta de águas pluviais e demais dispositivos auxiliares ao processo já citados quando da descrição da usina de tratamento térmico/ conversão em energia elétrica.

Parcela das áreas aqui indicadas poderão ter as necessidades atendidas pelas benfeitorias já existentes na estação de transbordo, área sugerida para implantação da usina/ central.





As estruturas e dimensões para a guarita para pesagem e controle de acesso, balança para pesagem de caminhões, administração e estacionamento de veículos leves são aquelas mesmas descritas para a usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica, por serem de uso comum, assim como parcela do arruamento interno, que somente deverá ser complementado para atendimento à usina de reciclagem de resíduos.

2.4 Área para Implantação da Usina de Tratamento Térmico/ Conversão em Energia Elétrica e Central de Reciclagem de Resíduos

Para implantação da usina de tratamento térmico/ conversão de energia e da central de reciclagem de resíduos prevê-se espaço com até 25.000 (vinte e cinco mil) m2.

Em visita realizada à estação de transbordo, atualmente operada pela Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, onde são realizadas as operações de descarga dos resíduos coletados não reaproveitáveis pelos caminhões coletores e posterior carga em caminhões vagão para envio à destinação final no aterro sanitário da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR) localizada no município de Minas do Leão, conforme citado no Caderno I – Proposta Preliminar, foi identificada a possibilidade de utilização deste local para implantação de ambas as usinas citadas. O acesso ao imóvel é realizado pela Rua Davile Sandrim, na altura dos Bairros Pomarosa e Jardim Glória.

O terreno é de propriedade do município de Bento Gonçalves e possui área de 45.359,92 m2, aqui denominado como área 1, segundo documentação do Registro de Imóveis da Comarca de Bento Gonçalves. Fazendo divisa com este imóvel, o município detém, ainda, a propriedade de área com 37.415,00 m2, chamada de área 2. O somatório destes dois imóveis perfaz, assim, o total de 82.774,92 m2, sendo mais do que suficiente para implantação do empreendimento, conforme a estimativa anteriormente apresentada. Cabe a ressalva de que em primeiro momento não haverá a necessidade de ocupação da área limítrofe ao atual terreno ocupado pela estação de transbordo existente. Apresenta-se a seguir vista aérea com identificação aproximada dos limites das propriedades citadas, e identificação de alguns dos elementos citados.





Vista aérea – Fonte: Google Maps

A utilização do terreno é bastante interessante para o processo, pois o seu emprego não alterará em nada os procedimentos, rotas e custos hoje praticados pela empresa contratada pela Prefeitura para a coleta e transporte dos resíduos não reaproveitáveis, que, futuramente, continuarão a ser direcionados para o mesmo local.

Ao longo da Rua Davile Sandrim encontra-se instalada rede de média tensão, o que facilitará a interligação da energia elétrica gerada à rede de distribuição da Rio Grande Energia SA, concessionária local prestadora deste serviço público, além de rede de gás natural que propiciará o emprego deste insumo no início da operação do reator de pirólise e nas retomadas após as paralisações para a realização das atividades de manutenção.

A área já se encontra parcialmente terraplenada, contando inclusive com estrutura coberta para as operações de descarga e carga, inclusive de balança para pesagem dos caminhões. A utilização do terreno abre, inclusive, a possibilidade de incorporação da estrutura existente ao projeto da futura usina de tratamento térmico/ conversão em energia elétrica e central de reciclagem. Entretanto, deverá ser avaliado, junto à Prefeitura de Bento Gonçalves, o impacto gerado e a alternativa que poderá ser adotada para o processo de coleta e destinação dos resíduos durante o período de construção da usina. Deverá se analisar a adoção de cronograma de implantação que reduza ao mínimo possível o período de duração da interferência, e identificado, ainda, o ônus temporário de que tal procedimento ocasionará ao Município. Ressalva-se que se for possível o aproveitamento das benfeitorias já realizadas, tal fato representará redução nos custos de

Estação

de

transbordo

Rua

Davile

Sandrim Área

1

Área 2





investimento, e poderá tornar o negócio mais atrativo ao empreendedor. São apresentadas a seguir fotos do local citado.

2.5 Layout das Instalações

Apresenta-se a seguir o layout das instalações das usinas de tratamento térmico e conversão em energia, e de reciclagem de resíduos, com legenda onde são identificados os principais espaços que as compõem.





LAYOUT DA USINA DE TRATAMENTO TÉRMICO PARA CONVERSÃO DO RSU EM ENERGIA ELÉTRICA E CENTRAL DE RECICLAGEM

Gasômetro

Galpão de

Pirólise

Galpão de

Geradores Ga

lp

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PERSPECTIVA DA USINA DE TRATAMENTO TÉRMICO PARA CONVERSÃO DO RSU EM ENERGIA ELÉTRICA E CENTRAL DE RECICLAGEM

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PERSPECTIVA DA USINA DE TRATAMENTO TÉRMICO PARA CONVERSÃO DO RSU EM ENERGIA ELÉTRICA E CENTRAL DE RECICLAGEM

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2.6 Avaliação dos Impactos Ambiental e Urbanístico

Apresenta-se a seguir a avaliação referente aos impactos ambiental e urbanístico que podem ser gerados pela operação e implantação das usinas de tratamento térmico/ conversão em energia elétrica e de reciclagem dos resíduos.

2.6.1 Impacto ambiental

2.6.1.1 Emissão Atmosférica

A resolução no 03/ 90 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), define como poluente atmosférico toda e qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos em legislação, e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.

Os grupos de poluentes utilizados como indicadores da qualidade do ar universalmente adotados, e que foram escolhidos em razão da frequência de ocorrência e dos efeitos adversos, são: material particulado (MP); óxidos de enxofre (SOx); óxidos de nitrogênio (NOx); dioxinas e furanos.

A emissão gasosa da queima do gás de síntese no aquecedor do reator, deverá apresentar valores significativamente abaixo dos limites permissíveis pela legislação, em especial ao artigo 38 da resolução Conama 316/ 2002, e adicionalmente a resolução 079/ 2009 da Secretaria de Meio Ambiente (SMA) do estado de São Paulo que versa sobre diretrizes e condições para a operação e o licenciamento da atividade de tratamento térmico de resíduos sólidos nas chamadas usinas de recuperação de energia. A comparação entre os limites permitidos nas citadas resoluções e os índices obtidos nas análises do processo de pirólise está representada na tabela a seguir.





2.6.1.2 Efluentes Líquidos e Percolados

A regulamentação ambiental determina que o descarte dos efluentes líquidos industriais seja realizado de modo a evitar que os resíduos tóxicos e perigosos poluam e contaminem o meio ambiente, provocando desastres ambientais.

O projeto que será implantado não prevê o descarte de efluentes líquidos, sendo o chorume gerado incorporado ao processo, conforme já descrito. Os percolados também não serão descartados, pois após a realização da decantação serão direcionados ao reator e inseridos no processo de pirólise.

Na ocorrência de situações em que o descarte se faça necessário, o tratamento dos efluentes líquidos e percolados a empregar, será ajustado de modo a promover a redução dos índices poluentes e possibilitar o atendimento à legislação vigente. Para lançamento direto no corpo receptor serão adotados os parâmetros da Resolução 430/ 2011 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

2.6.1.3 Sólidos Residuais

O resíduo sólido resultante do processo são cinzas carbônicas inertes, que poderão ser utilizadas na agricultura como melhorador de solo. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) vem realizando pesquisas para emprego de resíduos similares provenientes de usinas de tratamento térmico de biomassas para aplicação agrícola, contando em alguns trabalhos com a participação da Universidade Federal do Estado do Rio Grande do Sul (UFRS). Existe a possibilidade de algumas outras aplicações, incluindo entre elas o emprego como combustível em fornos de cimento ou, se for briquetado, em siderúrgicas.

2.6.1.4 Benefícios Ambientais Adicionais

Além do evidente impacto ambiental ao se evitar o aterramento diário inicial de 95 toneladas de resíduos sólidos urbanos, com todos os inconvenientes, é importante ressaltar que serão instalados, ao menos, no entorno de 2,0 MW de potência elétrica, a partir de fonte energética “não fóssil “e “não hídrica “. Embora a energia elétrica proveniente dos cursos d'água seja ambientalmente limpa, há limites claros à sua expansão, face às constantes secas, e ao esgotamento das oportunidades de relevo favorável, lembrando que a prioridade no emprego dos recursos hídricos é para o abastecimento humano.

O processo de pirólise, quando do uso de resíduos sólidos urbanos (RSU) não demanda a necessidade de utilização de maiores volumes de água. A umidade média do RSU gira no entorno de 38%, sendo que a execução da tecnologia escolhida demanda o valor de 30%. Caso se faça necessária a utilização de água, temporariamente e em algumas fases do processo, a infraestrutura a ser implantada prevê o uso de reservatórios que permitirão a armazenagem de águas de chuva, conforme já descrito. As biomassas requerem muita água para seu uso em ciclos Rankine (vapor).

Vale ressalvar, que o tratamento térmico de resíduos sólidos foi considerada, pelo Comitê Executivo da Convenção Quadro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, como uma tecnologia mitigadora dos efeitos do aquecimento global e, também, um mecanismo de desenvolvimento limpo.





2.6.2 Impacto Urbanístico

A área sugerida para implantação das futuras usinas de tratamento térmico/ conversão em energia e reciclagem de resíduos, atual local da estação de transbordo, situa-se em cota inferior à Rua Davile Sandrim. Assim, as instalações a construir não serão visíveis por quem circula pela citada via, situação hoje vivida em relação à edificação existente, eliminando qualquer desconforto visual que possa ser aventado pela construção da instalação industrial. Esta situação, associada ao fato de que o trabalho será realizado em ambientes fechados e cobertos, o que minimizará os odores emanados, indica que a infraestrutura proposta é a mais adequada, tendo, ainda, em vista que a citada via é um dos acessos utilizados para o Vale dos Vinhedos, ponto turístico local bastante visitado.

Relativamente ao tráfego, o incremento em relação à condição atual será representado pelo acréscimo diário de 3 a 4 viagens, decorrente da entrega dos materiais provenientes da coleta seletiva, tendo em vista que os caminhões coletores já utilizam este local para a descarga dos resíduos não reaproveitáveis. Vale lembrar que o emprego dos caminhões vagões que hoje transportam os resíduos sólidos urbanos (RSU) para a destinação final não se fará necessário, representando a redução de número de viagens equivalente a elevação ocorrida devido a entrega dos recicláveis. Assim, pode-se dizer, que a utilização futura da área para a operação das usinas não afeta o volume atual do tráfego, não se fazendo necessária nenhuma intervenção no sistema viário existente.

Durante a etapa de construção o tráfego de veículos pesados sofrerá acréscimo devido a necessidade de entrega dos materiais que serão utilizados, porém esta situação, temporária e sazonal, não ocasionará maiores transtornos.





3 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DA USINA DE TRATAMENTO TÉRMICO E DE

CONVERSÃO EM ENERGIA ELÉTRICA, E DA CENTRAL DE RECICLAGEM DE

RESÍDUOS

3. Operação e Manutenção da Usina de Tratamento Térmico e de Conversão em Energia Elétrica, e da

Central de Reciclagem de Resíduos

Apresenta-se a seguir alguns procedimentos que serão empregados na operação e manutenção da usina, considerando que a aplicação estará vinculada às necessidades específicas de cada uma das unidades, a saber: usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica, e central de reciclagem de resíduos. Pela própria complexidade do sistema os procedimentos e ações abordam, sobremaneira, a usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica, visto que na central de reciclagem as atividades estarão voltadas, basicamente, para a manutenção dos sistemas de: transporte por esteiras rolantes; acondicionamento e pesagem dos resíduos; e operações de carga e descarga dos materiais. 3.1 Introdução

Para atendimento à sazonalidade quanto a geração dos RSU e as exigências de paralisação, para a realização das atividades de manutenção será adotado sobre o valor médio projetado o acréscimo adicional de 20% quanto à capacidade de trituração e execução do processo de pirólise, e de 10% para a geração de energia elétrica, devendo estas premissas serem monitoradas e elevadas caso seja exigida pela demanda dos serviços. Assim, a planta deverá em princípio operar 24 horas durante todo o ano, exceção feita a paralisação mensal prevista de 1 dia para a manutenção preventiva dos equipamentos componentes do conjunto do processo de pirólise.

Conforme já relatado anteriormente, o local de armazenamento dos RSU coletados terá a capacidade de estocagem variável de 3 a 4 dias. Caso a rotina de coleta e transporte dos RSU sofra interrupção por período superior a este estoque, será necessária a paralisação dos trabalhos com desligamento dos conjuntos dos reatores de pirólise e parada das demais atividades relativas ao processo, afetando, inclusive, a mão de obra alocada aos serviços. Nesta situação, deverá ser previsto em contrato os procedimentos a adotar, e as indenizações que deverão ser estabelecidas entre as partes para ressarcimento de danos cometidos por falhas não vinculadas à operação da usina.

Na eventualidade da ocorrência de falhas operacionais e/ ou deficiências das atividades de manutenção por parte da Concessionária responsável pela operação da usina, a mesma deverá, após esgotadas as condições de armazenagem dos RSU, se responsabilizar por ações e ônus para destinação dos RSU em local licenciado para destinação. Na eventualidade de acúmulo do lixo a processar a usina operará com capacidade acima da média considerada, utilizando para isso, a reserva de acréscimo até o retorno à situação de rotina. Caso necessário, o excedente de gás de síntese produzido, que não possa ser empregado para a geração de energia elétrica, será queimado na tocha (“flare”).

Após formalização da contratação prevê-se o prazo de 18 (dezoito) meses, para a instalação e início de operação da usina. Tal previsão está vinculada à obtenção das licenças ambientais, que deverão ser





concedidas por órgão estadual, aprovação do projeto elaborado pela Prefeitura, liberação do terreno pelo Município, entre outros.

O sistema promoverá a conversão dos RSU em gás de síntese limpo, com poder calorífico relativamente alto a baixas pressões, e que é capaz de funcionar perfeitamente como combustível em motores de combustão interna de ciclo Otto.

Com relação à geração de energia elétrica, estão previstos sistemas modulares com capacidade excessiva em relação à necessidade, de modo que a paralisação de qualquer módulo deixará sempre disponível a potência instalada originalmente, sendo a quantidade e a capacidade individual dos módulos especificadas dentro deste critério de disponibilização. O paralelismo, a sincronização, o controle e a proteção do sistema integrado de geração de energia elétrica, estarão automatizados para o caso de eventual falha de qualquer módulo, promovendo a entrada em funcionamento imediato do equipamento que se encontrar em situação de stand by. Tal premissa permitirá, ainda, que, quando das operações de manutenção preventiva, a capacidade de geração seja mantida. Relativamente à central de reciclagem dos resíduos, as considerações quanto as atividades estarão mais voltadas para a capacidade e organização dos locais destinados à estocagem dos resíduos recebidos e dos materiais já selecionados, cuidando para que a sistemática de estoque utilizada obedeça à cronologia programada para a carga e retirada de cada tipo e/ ou destinação específica. Assim, a operação não exigirá a movimentação adicional de materiais, que poderão sobrecarregar as máquinas envolvidas no processo, prejudicando a execução de outras atividades em que as mesmas estão com a utilização prevista. 3.2 Plano Operacional

A operação e a manutenção da infraestrutura e equipamentos alocados serão, sempre que tecnicamente possível, realizadas com o emprego de empresas e mão de obra local durante todo o prazo de concessão dos serviços. Além disso, a elaboração do programa de manutenção dos equipamentos alocados no empreendimento pela equipe técnica da concessionária contará com a orientação e o apoio dos fabricantes responsáveis pelo fornecimento dos mesmos.

Os equipamentos a empregar nas unidades serão novos e adquiridos de fabricantes com tradição no fornecimento de máquinas e materiais para empreendimentos desta natureza, garantindo, assim, a qualidade dos mecanismos, que deverão buscar durante o prazo de concessão a realização do menor número de intervenções, tanto nas manutenções corretivas quanto preventivas, de modo a otimizar a utilização dos recursos alocados.

A operação e manutenção das unidades industriais consistirá essencialmente de: mobilização e treinamento da equipe; a operação da usina de tratamento térmico/ conversão em energia elétrica e da central de reciclagem de resíduos; e a manutenção preditiva e preventiva dos equipamentos e infraestrutura alocados.

3.2.1 Mobilização e Treinamento

A mobilização compreenderá a aquisição e preparação dos recursos humanos e materiais necessários à operação das unidades industriais. Assim, tal etapa abrangerá: aquisição de ferramental, computadores, veículos, equipamentos de proteção individual (EPI’s); contratação e treinamento da mão de obra envolvida na operação e manutenção; implantação de softwares administrativo, operacional e de manutenção; elaboração





de procedimentos específicos como o manual de gerenciamento de risco, manual de controle médico e saúde ocupacional, manual de controle ambiental e de manuseio de materiais perigosos; planejamento de estoque de peças sobressalentes; programação da manutenção mensal e anual; acompanhamentos dos testes de comissionamento, start up e de aceitação das unidades industriais; entre outros. Vale ressalvar que parcela da mão de obra que estará envolvida na operação da usina/ central, será alocada na fase final de implantação das obras, de modo a que possa acompanhar a fase de recebimento das instalações e equipamentos, familiarizando-se com a infraestrutura e auxiliando na identificação de não conformidades que poderão afetar a execução dos trabalhos futuros.

O treinamento da mão de obra será ministrado de forma a propiciar a operação segura e eficiente das unidades industriais, e abrangerá além dos aspectos operacionais, as ações a serem adotadas para combate a incêndios, primeiros socorros, entre outros. Relativamente ao funcionamento das usina/ central serão abordados assuntos concernentes às instruções para partida/ parada; monitoramentos e alarmes; situações emergenciais; entre outros. Cabe ressalvar que todas as ações e procedimentos a adotar na condução dos trabalhos serão parte integrante dos manuais que serão elaborados, e cujo conhecimento e aplicação serão cobrados a todos os níveis de colaboradores envolvidos.

Apesar de aqui citada, a atividade de treinamento será abordada e adotada ao longo da operação da usina/ central quando serão identificadas novas necessidades e/ ou intensificadas orientações sobre as atividades que se mostrem mais necessárias, além da incorporação de novos colaboradores aos serviços.

3.2.2 Operação

A operação eficiente das unidades industriais é de fundamental importância para o sucesso deste empreendimento, sendo a equipe alocada dimensionada, em qualificação e quantificação, de modo a atender às necessidades.

O turno de trabalho das equipes envolvidas nas atividades de recepção, triagem e trituração dos resíduos coletados na usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica, assim como na operação da central de reciclagem de materiais provenientes da coleta seletiva, não será integral, devendo ser adotado o turno de até 12 horas diárias de serviço.

Já para as tarefas concernentes à geração de energia elétrica, e que envolvem as atividades desde a produção e limpeza do gás de síntese até a entrega na linha de distribuição da concessionária de energia elétrica, o turno de trabalho será em 24 horas, durante 7 dias por semana, excetuando-se a paralisação diária mensal para manutenção dos equipamentos de pirólise. Aqui, o dimensionamento da equipe e os turnos de trabalho serão estabelecidos de modo a permitirem, inclusive, a sobreposição de horário para transmissão das condições operacionais de momento.

A equipe de manutenção eletromecânica será dimensionada de modo a possibilitar a plena operação das usina/ central durante todo o período em que se encontrarem em atividade, devendo os turnos de trabalho e o dimensionamento considerarem as especificidades e exigências de cada unidade industrial. Prevê-se, assim, que a equipe de manutenção atuará durante 24 horas, mas com número de colaboradores diferenciados para cada turno e em conformidade com as atividades que estão programadas.

A equipe de Segurança do Trabalho acompanhará a execução de todas as atividades da usina/ central para prevenção de acidentes de qualquer natureza, sendo o dimensionamento e os turnos de trabalho





estabelecidos para realização em período integral (24 horas). Relativamente à saúde, cabe ressalvar, que o processo não gerará poluentes adjacentes, nem ruídos, odores, calor ou vibrações fora dos padrões aceitáveis. Esta equipe será, ainda, responsável pela montagem da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), Brigada Interna de Combate a Incêndios e treinamento dos colaboradores quanto às ações que devam ser tomadas na aplicação dos primeiros socorros.

A equipe administrativa deverá atuar em turnos de trabalho que atendam às atribuições de cada setor. Assim, a equipe de vigilância e controle de acesso atuará em período de 24 horas durante todos os dias da semana, e a equipe de pesagem em turno de até 12 horas no período de 2ª. feira a sábado; e a equipe de escritório e de gerenciamento da usina/ central em horário comercial, ficando em prontidão elementos que possam ser, eventualmente, requisitados para equacionamento de problemas operacionais.

Esta fase dos trabalhos compreenderá:

- a operação das unidades industriais em conformidade com as exigências legais e/ ou práticas prudentes, abrangendo os equipamentos e sistemas principais ou auxiliares da usina/ central (dispositivo de carga, descarga e movimentação de materiais, mecanismo para trituração de resíduos, reator de pirólise, grupos geradores, sala de controle, subestação, outros); - aferição, também de acordo com as exigências legais e ou práticas prudentes, dos parâmetros de ajuste dos sistemas de proteção, controle e regulação, medição e supervisão da instalação, para avaliação do desempenho desejado pela regulamentação aplicável, bem como zelar pelo cumprimento de tais valores e recomendações; - manutenção do elevado grau de disponibilidade e desempenho da usina/ central, considerando-se as práticas prudentes; - estabelecimento, tomando-se como base os manuais dos fabricantes, as práticas prudentes e os resultados dos testes da usina, das faixas operativas dos equipamentos, de modo a garantir a integridade, confiabilidade e disponibilidade das instalações, bem como o cumprimento destas faixas de operação estabelecidas, preenchendo-se os relatórios pertinentes; - obediência aos planos de manutenção preventiva/ preditiva estabelecidos, adequando-os, caso necessário, à situações intempestivas ou a realidade operacional detectada; - outros procedimentos que contribuam para a eficiência operacional.

3.2.3 Manutenção

A manutenção inicia-se anteriormente ao início da operação das unidades industriais e compreenderá a elaboração de plano de manutenção prudente, que abrangerá as inspeções, manutenções preditivas e preventivas, de acordo com as instruções dos fabricantes e tecnologia própria e, também, em conformidade com as regulamentações aplicáveis. Terá continuidade imediatamente após o início da operação, e consistirá no cumprimento da programação prevista, com a execução da manutenção preventiva relacionada, nas orientações e periodicidade constante do planejamento dos fabricantes, e, além disso, pela realização rotineira das manutenções corretivas de pequena monta tanto da infraestrutura quanto do maquinário, inclusive conservação e pintura. A manutenção programada do sistema de pirólise será realizada pela paralisação da usina durante um dia por mês. Assim, as demais atividades de manutenção que possam exigir a parada desta unidade, deverão, também, ser programadas para o mesmo período, otimizando, desta forma, o emprego dos recursos





aplicados. Como as paralisações para manutenção serão mínimas e distribuídas durante o ano, estas serão realizadas preferencialmente aos domingos, quando não há a recepção de resíduos sólidos urbanos, eliminando a necessidade de destinação alternativa.

Quanto ao sistema de geração, que conforme já citado será modular, com o emprego de maior número de grupos geradores de menor capacidade individual e unidade de reserva, a manutenção será rotineiramente programada para uma unidade por vez. Portanto, o emprego desta estratégia impedirá que a atividade de manutenção afete o quantitativo gerado de energia elétrica. Como consequência, não haverá interrupção de fornecimento de energia e um fator mínimo de disponibilidade de 90% será garantido. No caso de manutenções de maior relevância que possam afetar a maior número de unidades de geração, as mesmas, sempre que possível, serão programadas para o mesmo período mensal destinado a manutenção do sistema de pirólise.

As atividades de manutenção envolverão basicamente aspectos preditivos e preventivos. Na manutenção preditiva, o monitoramento operacional possibilitará o acompanhamento do funcionamento dos equipamentos por meio de índices, como vibração/ temperatura/ eficiência, permitirá ao pessoal de operação a previsão quanto a ocorrência de falhas, e a programação das datas adequadas para paralisação e reparo dos equipamentos. A manutenção preventiva possibilitará a execução de reparos e/ ou substituição de elementos cuja vida útil é conhecida, como os filtros, lubrificantes, mancais, entre outros. Esta atividade é rotineira, e deverá ser programada para realização naqueles períodos em que as máquinas não estão operacionais. Esta condição se faz possível para aqueles processos em que não se prevê trabalho em 24 horas diárias ou durante todos os dias da semana. Deste modo, as tarefas de manutenção preventiva não causarão impacto na eficiência de operação das unidades industriais.

3.3 Identificação e Ações Sobre os Riscos Operacionais

Apresenta-se a seguir a análise dos riscos operacionais do sistema eleito para as unidades industriais a serem implantadas. Nos comentários a seguir são identificados os riscos possíveis, e descritas as ações que serão tomadas na minimização dos mesmos.

3.3.1 Teste de Queima

Na tecnologia de pirólise os resíduos sólidos urbanos (RSU) não sofrem processo de oxidação, portanto, não se aplica o teste de queima. A única combustão na usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica ocorrerá nos queimadores industriais de aquecimento externo dos reatores de pirólise e nos grupos geradores a gás. Assim, não haverá incineração do RSU, e, sim, queima do gás de síntese produzido que estará limpo após passagem por filtros e posterior neutralização por solução básica no sistema de lavagem úmida.

Tanto os queimadores industriais quanto os grupos geradores a gás possuem características de emissão que são dependentes da tecnologia utilizada. O queimador industrial previsto para emprego nesta usina de tratamento térmico é o da empresa Rayburners. Este dispositivo apresenta valores abaixo dos limites exigidos pela norma CONAMA 316, e podem ser assumidos como valores representativos de emissão a ser encontrado na chaminé da usina de pirólise, conforme laudo do IPT – USP em relação ao percentual de O2, CO, CO2 e NO. Pelo exposto, não se aplica à usina em questão o plano de teste de queima.





3.3.2 Plano de Contingência

A utilização de usina de tratamento térmico com a tecnologia da pirólise apresenta como fator de risco mais relevante a possibilidade quanto a ocorrência de vazamento do gás de síntese, devido à toxicidade do monóxido de carbono, que é um dos seus constituintes. A presença de grandes quantidades de gás de síntese podem ser identificadas no reator de pirólise, no sistema de lavagem de gases, no gasômetro e nas tubulações que interligam o processo.

Anteriormente ao soprador de gás, todo o sistema é mantido à pressão negativa, de aproximadamente 5mm de coluna d’água, pelo próprio soprador, garantindo, assim, que o gás de síntese não seja liberado no ambiente. Após o soprador todo o sistema estará com pressão pouco superior ao ambiente e sob baixa temperatura, e, portanto, não oferece risco de incêndio.

A pressão no interior do reator de pirólise sofre monitoramento contínuo por meio de sensores, e caso seja detectada a elevação por problemas advindos do soprador, a alimentação de resíduos e o sistema de aquecimento do reator serão imediatamente desligados. Como as reações de pirólise são endotérmicas, ou seja necessitam de calor para que aconteçam, o processo cessa automática e completamente após poucos minutos do desligamento do queimador do sistema de aquecimento do reator. As condições de intertravamento do reator de pirólise são distintas das condições dos incineradores, no entanto o sistema de controle será realizado de forma a garantir a parada do mesmo nas seguintes condições: sobre pressão no interior do reator de pirólise; detecção de valores de monóxido de carbono (CO) entre cem e quinhentas partes por milhão por mais de dez minutos corridos; e a ocorrência de falha no sistema para fornecimento do ar de instrumentação e controle.

Na eventualidade de se observar sobre pressão no interior do reator, serão ativados alarmes luminosos e os operadores e mantenedores deverão manter a distância de segurança superior a 10 metros deste equipamento por pelo menos 30 minutos devido ao risco de vazamento do monóxido de carbono. Além do controle da pressão no interior do reator, existem sensores de monóxido de carbono e hidrogênio nas principais áreas da usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica, de modo a acusar a ocorrência de qualquer liberação do gás de síntese no ambiente. Caso seja observada a concentração destes gases no ambiente, a usina sofrerá desligamento automático, sendo ativados alarmes luminosos para indicação aos colaboradores da falha detectada. Os operadores e mantenedores deverão se retirar do interior da usina para área arejada, evitando, desta forma, a exposição ao gás de síntese. Se for necessário, poderão ser adotados procedimentos adicionais para descontaminação dos ambientes, sendo que, a princípio, tal necessidade se mostra bastante remota.

O gasômetro, dispositivo utilizado para equalização do poder calorífico do gás de síntese produzido, apresenta grande quantidade deste insumo em estoque. Contudo, a estrutura é constituída por membrana dupla, e conta com sensor de hidrogênio entre as mesmas, garantindo imediatamente a identificação de qualquer vazamento, e possibilitando a liberação de todo o conteúdo armazenado para a tocha, e permitindo a ação da equipe de manutenção para a correção do defeito. Vale ressalvar que a instalação é em ambiente aberto, e que, portanto, este equipamento não apresenta risco à saúde dos operadores em caso de eventual vazamento da membrana interna. Cabe, ainda, lembrar que qualquer vazamento ocorrido através da membrana interna, ainda estará contido pela membrana externa, evitando a liberação para o meio ambiente.

As unidades industriais (usina/ central) disporão, também, de sistema de comunicação diversificado que permitirá a manutenção de constante contato entre os vários setores envolvidos nas diferentes etapas





operacionais, possibilitando, ainda, a realização de chamadas externas para acionamento dos serviços de saúde, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e outros, no caso de ocorrência de qualquer eventualidade que possa representar risco ambiental e à saúde dos colaboradores.

Os diversos ambientes serão dotados de alarmes sonoros e luminosos para emissão de alerta quanto a qualquer risco constatado nas instalações, principalmente naqueles locais onde os níveis de risco sejam mais relevantes, como é o caso das salas de operação e de grupos geradores, e galpão do reator de pirólise.

Será instalado sistema de prevenção e combate a incêndio que contarão desde a presença de extintores de incêndio portáteis e móveis de CO2, para focos de incêndio isolados (junto aos grupos geradores, gasômetro, sistema de lavagem do gás, edificações administrativas, outros) até sistema de hidrantes e jato de água pressurizada nos locais de recepção e armazenamento de resíduos tanto na usina de tratamento térmico e conversão em energia quanto na central de reciclagem de materiais. Cabe ressalvar que o projeto de prevenção e combate a incêndios deverá ser aprovado pelo órgão competente.

Na eventualidade da ocorrência de acidentes com feridos, o serviço de saúde público será contatado, e solicitada a remoção do ferido para recebimento de atendimento e tratamento adequados.

Os equipamentos de segurança a serem instalados, compreenderão os seguintes itens:

pressostato no interior do tambor do reator de pirólise para alarme de alta pressão do gás;

pressostato no queimador do reator para alarme de alta pressão do gás de alimentação;

termostato para alarme de alta temperatura na parede externa do reator;

termostato para alarme de alta temperatura no interior do reator;

sensor tipo radar na tremonha de alimentação do reator para alarme por nível baixo de resíduo;

sensor de ph para detecção e alarme de acidez (baixo nível de ph) da água de lavagem do gás de síntese:

sensor de H2 para detecção de nível alto e alarme na sala dos grupos geradores;

sensor de CO para detecção de nível alto e alarme na parte inferior da região entre o ciclone e o venturi;

sensor de H2 para detecção e alarme de nível alto na região entre as duas membranas do gasômetro;

detector de falha do funcionamento do soprador de gás após o sistema de lavagem do gás de síntese.

Cabe lembrar que somente está prevista a destinação de resíduos sólidos urbanos (RSU) classe II provenientes da coleta domiciliar à usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica, não havendo portanto a presença de resíduos inflamáveis e/ ou reativos, e contaminantes dos serviços de saúde. O equipamento denominado rasga-sacos, utilizado para abertura dos sacos que contém os RSU apresenta baixa velocidade de rotação dos eixos cortantes, evitando, desta forma, a ocorrência de faíscas ou aquecimento excessivo.

3.3.3 Plano de Emergência

Os procedimentos a se empregar quando da ocorrência de situações emergenciais são descritos a seguir.

3.3.3.1 Incêndio nos Locais de Estocagem de Resíduos





Esta situação se aplica tanto para as áreas de armazenamento na usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica, quanto para a central de reciclagem de resíduos.

Apesar das diferenças do poder calorífico e de umidade das diversas modalidades de resíduos (coleta domiciliar bruta e resíduos triturados na usina, resíduos recebidos e materiais selecionados na central), o procedimento de segurança adotado é similar, pois empregará sistemas de combate a incêndio com utilização de jato de água que permitirá a extinção do evento por meio de inundação. O controle de incêndio através de jatos de água, em que os canhões situam-se em área externa a das edificações industriais, evita a necessidade de proximidade dos operadores dos focos de calor, visto que a queima de resíduos sólidos pode produzir gases tóxicos. Assim, durante a ação para controle do foco de incêndio, os brigadistas deverão apenas garantir que o sistema de jato d’água encontra-se ativo, deixando o local e solicitando apoio à unidade do Corpo de Bombeiros mais próxima.

3.3.3.2 Operações de Descarga, Movimentação e Carga de Resíduos e Materiais

Estas operações apresentam características distintas quanto à usina de tratamento térmico e conversão em energia, e à central de reciclagem de resíduos.

Na usina, o descarregamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU), coletados e transportados por caminhões desenvolvidos especificamente para a finalidade, será realizado em fosso ou pátio, opção que considera aspectos técnicos e econômicos para implantação e operação. Este modelo de descarga acontecerá sem necessidade de qualquer contato de colaboradores com o RSU. A movimentação deste RSU e posterior carregamento para alimentação do sistema de triagem e do reator de pirólise empregará carregadeira. A carregadeira possuirá cabine de comando fechada equipada com dispositivo para filtragem do ar, impedindo o contato do operador com o resíduo a movimentar e carregar, reduzindo o risco quanto a problemas de saúde. A movimentação dos resíduos desde o início das operações de triagem até a trituração será realizada por esteiras rolantes. No caso da triagem, em suas diversas etapas, ocorrerá o contato do colaborador com os resíduos para a seleção dos mesmos. Para minimização dos riscos decorrentes da atividade, os colaboradores contarão com equipamentos de proteção individual (EPI’s) e terão a rotina de trabalho intercalada por períodos de relaxamento para redução dos níveis de desgaste provocados pela realização de tarefas repetitivas, reduzindo, assim, o risco de acidentes.

Na central de reciclagem, as operações de carga e movimentação empregarão carregadeira com as mesmas características já descritas no parágrafo anterior. Já a operação de descarga será executada em área de armazenagem tipo pátio. As diferentes características dos materiais que serão aqui trabalhados, e que por serem provenientes de coleta seletiva, praticamente não apresentam matéria orgânica, oferecem menor risco aos colaboradores que os manusearão. Independentemente deste fato, os colaboradores contarão com os mesmos cuidados quanto à rotina dos serviços e EPI’s fornecidos aos profissionais lotados na usina. A movimentação dos materiais durante o processo de classificação e seleção será executado por meio do uso de esteiras rolantes.

3.3.3.3 Interrupção de Fornecimento de Energia Elétrica.

A alimentação das unidades industriais será fornecida pela usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica. A necessidade de suprimento por parte da distribuidora de energia elétrica somente deverá





ocorrer quando as atividades de manutenção definirem a necessidade de paralisação da geração ou na ocorrência de situações emergenciais que demandem o desligamento da unidade, caso de incêndios e vazamento de gás. Será, ainda, prevista a implantação de unidade de geração auxiliar (gerador a diesel) com capacidade para atendimento de setores vitais, e que entrará em funcionamento caso as alternativas anteriores estejam com a operação comprometida. No caso de incêndios, por exemplo, a alimentação dos canhões de jato d’água deverá ser atendida pelas três alternativas citadas. Diante do exposto, pode-se concluir que a possibilidade da ocorrência da falta de energia elétrica que prejudique o funcionamento dos equipamentos essenciais, tanto operacionais quanto de segurança, é praticamente inexistente.

3.3.3.4 Liberação de Gases para o Ambiente.

Conforme já citado, na eventualidade de detecção por sensor de sobre pressão no interior do reator de pirólise, uma válvula acionada pneumaticamente e remotamente será imediatamente aberta para a chaminé de emergência, liberando o gás de síntese do reator de pirólise diretamente na atmosfera. Esta situação poderá ocorrer somente no caso de falhas do soprador que mantém o reator de pirólise em depressão. Neste caso, haverá, conforme já descrito, um intertravamento automático com o sistema de aquecimento do reator de pirólise e o parafuso de alimentação de resíduos que serão desligados, bem como o reator de pirólise.





4 INDICADORES DE DESEMPENHO

4. Indicadores de Desempenho Apresenta-se a seguir a relação dos trabalhos para os quais deverão ser empregados indicadores que possibilitem a avaliação dos serviços prestados, acompanhado pelos procedimentos, formas e periodicidade para a medição dos mesmos. 4.1 Definição dos Indicadores a Considerar A avaliação do desempenho dos trabalhos deverá considerar a eficiência dos procedimentos operacionais nas diversas etapas que são realizadas para a consecução dos serviços e o atendimento das premissas empregadas às exigências ambientais. Será, ainda, analisada a suficiência da infraestrutura implantada e do maquinário alocado quanto às quantidades recebidas, e que serão tratadas. Para a usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica, os indicadores abordarão os itens componentes das atividades, a seguir citados e sem a eles se limitar: - Recepção, quando serão avaliadas as condições de controle de acesso e pesagem dos veículos transportadores, a segurança das operações de descarga, e o armazenamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU) quanto ao confinamento dentro dos espaços a eles destinados; - Movimentação, triagem, trituração e armazenagem dos materiais triturados e rejeitados, onde se aferirão a efetividade dos processos/ equipamentos empregados, a produtividade do efetivo da mão de obra alocada, o correto dimensionamento dos espaços de estocagem, os quantitativos de materiais de baixo poder calorífico e a existência de resíduos não compatíveis com a classe II; - Alimentação e operação do reator de pirólise, quando serão avaliadas, além do quantitativo de produção e da qualidade do gás de síntese gerado, as implicações dos resultados na capacidade de geração de energia elétrica e as quantidades de resíduos inertes resultantes do processo, obtendo elementos para correção de rumo, se for o caso; - Destinação adequada dos materiais residuais, inertes decorrentes do processo de pirólise ou advindos da operação de triagem; - Funcionamento e a capacidade dos grupos geradores comparativamente à quantidade de energia elétrica gerada em relação à qualidade do gás de síntese utilizado; - A certificação da estanqueidade da estrutura em membrana dupla do gasômetro; - A atuação dos sensores instalados para detecção e informação de falhas nos pontos mais relevantes do processo; - A efetividade dos dispositivos instalados para a conexão na rede de energia elétrica existente; - as paralisações do sistema devido à necessidade de execução de manutenções não programadas, falhas operacionais; - as paradas do sistema devido a fatores externos, como falha no fornecimento irregular do RSU, acidentes com a rede elétrica, entre outros. Quanto a central de reciclagem de resíduos, onde serão trabalhados os materiais provenientes da coleta seletiva, os indicadores considerarão: - Recepção, onde também serão avaliadas as condições de controle de acesso e pesagem dos veículos transportadores, a segurança das operações de descarga, e o armazenamento dos materiais quanto ao confinamento dentro dos espaços a eles destinados; - Triagem, seleção e classificação dos materiais quando se analisarão a produtividade do efetivo da mão de obra alocada, a adequabilidade do processo empregado, os quantitativos de rejeitos com e sem poder calorífico;





- Acondicionamento, pesagem e armazenamento temporário dos materiais selecionados para reciclagem; - Destinação adequada dos materiais decorrentes da triagem ou da seleção para reciclagem. 4.2 Procedimentos, formas e periodicidade de medição dos indicadores Entre os procedimentos que serão adotados, e sobre os quais se apoiará a execução da tarefa de medição dos indicadores de desempenho, pode-se citar: - emprego de formulários e fichas, em meio eletrônico preferencialmente, para atendimento às finalidades específicas e de preenchimento que facilite as atividades de inserção e extração de dados; - execução de vistorias periódicas para a avaliação da capacidade dimensional quanto à suficiência de espaço para manuseio e beneficiamento dos quantitativos, e o estado de conservação da infraestrutura implantada; - realização de vistorias, também periódicas, para análise das condições de funcionamento dos equipamentos alocados, observando se a execução da manutenção está sendo realizada de forma adequada; - inspeção da documentação, física e eletrônica, decorrente dos diversos processos, identificando a suficiência das informações, a confiabilidade dos registros apresentados e a sistemática de atualização do banco de dados; - estabelecimento de pesos (níveis de relevância) aos indicadores, de modo a priorizar as ações que tornarão os sistemas operacionais mais eficientes; - definição da rotina de amostragens e da frequência de execução das vistorias, coleta de dados, e outros. A identificação dos fatores que prejudicam a operacionalidade, e até mesmo a rentabilidade prevista, será objeto de reuniões com o objetivo de determinação das ações para correção das causas e a tomada de providências para equacionamento. Esta ação acontecerá independentemente dos motivos decorrerem de práticas que não foram desenvolvidas dentro da área da usina, identificando o responsável pela execução, estabelecendo o prazo e a obrigatoriedade do agente causador na implementação da medida.





5 REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS

5. Remuneração dos Serviços Prestados O modelo de remuneração previsto para ressarcimento dos serviços prestados, e apresentado a seguir, considera as fontes de receitas decorrentes das operações realizadas pelas unidades industriais, e que foram anteriormente descritas. Adicionalmente às receitas operacionais previstas, é apresentada receita acessória, que compõe a remuneração dos trabalhos, e cujo valor foi considerado nos estudos de viabilidade que compõem o Caderno III – Modelagem Econômico-Financeira. 5.1 Receitas Operacionais Previstas

As receitas operacionais consideradas para a modelagem econômico-financeira são: - Disposição dos resíduos sólidos urbanos (RSU) recebidos – R$ valor/ tonelada; - Tratamento térmico dos resíduos sólidos urbanos (RSU) não recicláveis com conversão em energia elétrica para entrega ao Município – R$ valor/ tonelada. 5.2 Receitas Acessórias Previstas A receita acessória prevista para a modelagem econômico-financeira é: - Comercialização dos materiais recicláveis. Quanto às indenizações extemporâneas, que poderão se fazer necessárias no caso de ocorrência de problemas de natureza externa à usina de tratamento térmico/ conversão em energia elétrica e/ ou à central de reciclagem que poderão afetar a operação e os resultados econômicos do empreendimento, o contrato de concessão deverá identificar os fatores impactantes e estabelecer as situações e condições em que as mesmas serão devidas e a forma de remuneração que será adotada.





6 MATRIZ DE RESPONSABILIDADES

6. Matriz de Responsabilidades Apresenta-se a seguir a matriz de responsabilidades dos principais atores que estarão envolvidos na concepção, implantação e operação das unidades industriais destinadas à conversão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) em energia elétrica e reciclagem de resíduos, a saber: Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves (PMBG), Concessionária de Energia Elétrica (CEE) e a futura Concessionária de Serviços de Tratamento Térmico e Reciclagem dos Resíduos (CSTR).





Prefeitura Municipal

de Bento Gonçalves

(PMBG)

Concessionária de

Energia Elétrica

(CEE)

Concessionária de

Serviços de

Tratamento Térmico

e Reciclagem de

Resíduos (CSTR)

1Indicação de terreno público para implantação das unidades industriais durante o período

que durar a concessãox

2Permissão de incorporação das instalações existentes às unidades industriais sem ônus à

Concessionária dos serviçosx

3Conhecimento da legislação do Município de Bento Gonçalves que rege o uso e a ocupação

do solox

4

Credenciamento, por meio de processo específico, junto ao Governo Federal para

classificação do empreendimento como autoprodutor com comercialização do excedente, e

permissão para utilização das tipologias de geração distribuída e mercado livre.

x

5

Revisão de lei municipal para redução da alíquota quanto ao Imposto Sobre Serviços de

Qualquer Natureza (ISSQN) dos atuais 3% (três por cento) para 2% (dois por cento) das

atividades referentes ao tratamento térmico dos resíduos solidos urbanos (RSU) e de geração

de energia elétrica a partir deste insumo, bem como das tarefas referentes a reciclagem de

resíduos, de modo a melhorar as condições de viabilidade do negócio.

x

6 Elaboração dos projetos de engenharia referentes à implantação das unidades industriais x

7 Estabelecimento das diretrizes e normas aplicáveis ao projeto de conexão x

8 Estabelecimento do ponto de conexão da unidade geradora ao sistema elétrico existente x

9 Definição das melhorias a realizar no sistema existente para recebimento da carga gerada x

10 Elaboração do projeto de conexão do sistema gerador à rede elétrica existente x

11 Aprovação do projeto de conexão do sistema de geração à rede existente junto à CEE x x x

12Aprovação do projeto arquitetônico das unidades industriais no âmbito da Prefeitura

Municipal de Bento Gonçalvesx x

13 Aprovação do projeto de prevenção e combate a incêndio junto ao Órgão competente x x

14

Gestão junto à FEPAM para a obtenção das licenças ambientais nas diversas etapas (Licença

Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação) em prazos que não comprometam a

operação do empreendimento

x

15 Licenciamento ambiental do empreendimento junto ao Órgão competente x x

16 Estabelecimento do modelo de comunicação entre a CEE e a CSTR x x

17 Celebração de contrato de acesso e de acordo operativo entre a CEE e a CSTR x x

18 Aprovação e liberação para execução dos trabalhos de conexão à rede elétrica existente x x

19 Construção das instalações industriais x

20 Montagem eletromecânica de equipamentos e outros x

21 Obtenção de habite-se junto a Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves x x

22Aprovação junto à Concessionária de Energia Elétrica do sistema implantado e obtenção de

autorização para conexão da unidade industrial de geração à rede existentex x x

23Realização da coleta e transporte dos resíduos sólidos urbanos (RSU) até o local de descarga

situado na usina de tratamento térmico e geração de energia elétricax

24Realização da coleta seletiva e transporte dos materiais até o local de descarga definido na

central de reciclagem de resíduosx

25Manutenção da rotina de coleta e transporte dos RSU e da coleta seletiva sem interrupções

que afetem os produtos a serem entregues pelo beneficiamentox

26 Manutenção do programa de coleta seletiva municipal x

27 Operação da usina de tratamento térmico e conversão em energia elétrica x

28 Operação da central de reciclagem de resíduos x

29Manutenção da infraestrutura e dos equipamentos/ materiais da usina de tratamento

térmico e conversão em energia elétricax

30Manutenção da infraestrutura e dos equipamentos/ materiais da central de reciclagem de

resíduosx

31Destinação final dos resíduos inertes decorrentes da operação da usina de tratamento

térmico e geração de energia elétricax

32 Destinação final dos rejeitos resultantes da operação da central de reciclagem de resíduos x

33 Negociações e destinação final dos materiais selecionados para reciclagem x

34 Manutenção do sistema viário de acesso às unidades industriais x

35Manutenção de informações junto à CSTR quanto às programações de paralisações do tráfego

de energia elétrica na rede afetada pela conexão da unidade geradora ao sistemax

36

Conhecimento e atendimento às programações da CEE quanto às paralisações das atividades

de geração, para manutenção/ ampliação/ melhoria do sistema elétrico existente afetado

pela usina

x x

37

Fiscalização periódica da operação da usina de tratamento térmico e conversão em energia

elétrica quanto à conformidade dos procedimentos utilizados e dos dispositivos empregados

pela CSTR relativamente à conexão com a rede existente

x x

38 Levantamento de dados sobre os serviços prestados x

39Encaminhamento à Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves da medição dos serviços

executados com periodicidade mensalx

40Fiscalização e acompanhamento da operação nas unidades industriais para certificação dos

quantitativos dos serviços executadosx

41Remuneração mensal dos serviços prestados pela CSTR conforme as quantidades levantadas

e valores estabelecidos no contrato de concessão para cada atividade executadax

42

Indenização das ações extemporâneas necessárias para aqueles casos em que as

interrupções nos serviços de coleta dos resíduos sólidos urbanos (RSU) afetarem a rotina dos

serviços

x

43

Indenização das ações extemporâneas necessárias para aqueles casos em que as

interrupções na entrega dos resíduos sólidos urbanos (RSU) coletados afetarem a rotina dos

serviços

x

44Indenização das ações extemporâneas necessárias para aqueles casos em que as

interrupções nos serviços de distribuição de energia afetarem a rotina dos serviçosx

45Recebimento dos serviços prestados e das indenizações extemporâneas junto à Prefeitura

Municipal de Bento Gonçalvesx

RESPONSÁVEIS

MATRIZ DE RESPONSABILIDADES

DESCRIÇÃOITEM



210

ANEXO V – MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA SUMÁRIO

1. CUSTOS DO EMPREENDIMENTO

1.1 Estimativa de Investimentos para Pré-implantação

1.2 Estimativa de Investimentos para Implantação

1.3 Estimativa de Investimentos para Operação e Manutenção

1.4 Estimativa de Custos Financeiros

2. PREVISÃO DE RECEITAS E CARGA TRIBUTÁRIA INCIDENTE

2.1 Receitas Operacionais

2.2 Receita Acessória

2.3 Carga Tributária Incidente

2.3.1 Receitas Operacionais

2.3.2 Receita Acessória

3. PRAZO DE DURAÇÃO DA CONCESSÃO

4. PLANILHA DE MODELAGEM ECONÔMICO-FIANCEIRA



211

1. CUSTOS DO EMPREENDIMENTO

1. Custos do Empreendimento O escopo do projeto considera a implantação de infraestrutura que possibilite a instalação dos equipamentos e a execução das atividades necessárias à operação da usina de tratamento térmico/ conversão em energia elétrica e da central de reciclagem, compreendendo ambientes para: - controle de acesso de veículos e pessoas; - pesagem de caminhões; - circulação, carga e descarga de unidades transportadoras; - armazenamento e movimentação de resíduos sólidos urbanos (RSU) para alimentação do setor de triagem; - armazenagem e movimentação de materiais oriundos da coleta seletiva para alimentação do setor de triagem; - triagem, seleção e classificação de materiais recicláveis e rejeitos; - acondicionamento, pesagem e armazenagem de materiais recicláveis para envio ao destino final para reutilização; - armazenagem provisória dos rejeitos não utilizáveis (sem potencial energético) para posterior descarte; - trituração dos resíduos destinados ao processo de pirólise; - armazenamento/ movimentação dos resíduos triturados e alimentação do processo de pirólise; - armazenagem provisória dos resíduos inertes decorrentes do processo de pirólise para posterior descarte; - execução do processo de pirólise e produção do gás de síntese; - realização de limpeza e lavagem do gás de síntese produzido; - equalização do potencial energético e queima controlada do gás de síntese; - geração de energia elétrica; - medição das quantidades e entrega da energia elétrica gerada para a rede de distribuição; Conforme layout e pré-dimensionamento apresentados no Caderno II – Estudos de Infraestrutura e Operação.

1.1 Estimativa de Investimentos para Pré-implantação

A fase de pré-implantação será representada pelas atividades referentes a realização de estudos e projetos de engenharia que deverão ser desenvolvidos para a implantação do empreendimento e compreenderá, basicamente: - Fase de Estudos: atividades preliminares de pesquisa e obtenção de dados; estudos topográficos e cadastrais; estudos geológicos e geotécnicos; estudos hidrológicos e hidráulicos; estudos de restrições físicas e legais; estudos ambientais; estabelecimento dos programas de necessidades; e anteprojeto urbanístico e arquitetônico; - Elaboração de Projetos: projeto arquitetônico; projeto de terraplenagem; projeto geométrico; projeto de pavimentação; projeto de drenagem; projeto de sinalização; projeto de fundações; projeto estrutural metálico e de concreto; projeto urbanístico, irrigação e paisagístico; projeto de abastecimento de água, se for o caso; projeto de coleta e tratamento de esgoto sanitário, se for o caso; projeto de abastecimento de gás; projeto de iluminação da área externa; projeto de supervisão, controle e segurança predial/ patrimonial; projeto de aterramento e proteção contra descargas atmosféricas; projeto de instalações prediais (hidráulico-sanitária, elétrica, cabeamento estruturado para dados e voz, climatização,



212

comunicação e dados, prevenção e combate a incêndio e pânico, outros); projetos específicos referentes às atividades industriais; projeto de conexão à rede de energia elétrica; e elaboração de relatórios e projetos ambientais; - Envio dos projetos das especialidades necessárias aos órgãos competentes e acompanhamento do trâmite para aprovação e obtenção de autorização/ licenças para implantação. Estes custos iniciais estão previstos em R$ 1.100.000,00 (hum milhão e cem mil reais), e serão realizados com o emprego de capital próprio. Cabe a ressalva que neste valor não está considerado o dispêndio ocorrido para a realização dos estudos, levantamentos e proposta para a estruturação do modelo de concessão apresentado nesta PMI que perfaz o montante de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

1.2 Estimativa de Investimentos para Implantação

A implantação do empreendimento prevê investimentos para a execução de obras civis que compreenderão a execução dos trabalhos de: - terraplenagem da área – R$ 150.000,00; - drenagem da área, inclusive dos pátios e do sistema viário – R$ 231.763,28; - urbanização da área, inclusive dos pátios e do sistema viário – R$ 270,174,00; - construção do sistema viário interno – R$ 267.910,45; - implantação de pátios de manobra e descarga de resíduos – R$ 68.857,43; - edificação de pátios fechados e cobertos para recepção e armazenamento de resíduos recebidos e triturados – R$ 1.483.897,10; - construção de posto de pesagem – R$ 444.916,20; - implantação de galpões fechados e cobertos para instalação dos equipamentos da estrutura de triagem e do sistema de pirólise – R$ 2.129.587,02; - edificação das unidade administrativa, almoxarifado e oficina – R$ 500.000,00; - construção do galpão de grupos geradores – R$ 673.723,19; - implantação da reservação de água pluvial para reuso industrial – R$ 87.743,13; - construção da base do gasômetro, do estacionamento para veículos leves e da estrutura de controle do acesso – R$ 168.812,91; - edificação dos pátios de resíduos – R$ 198.213,90; - implantação de sistema de combate e prevenção a incêndios e pânico – R$ 300.000,00; - construção de sistema para coleta e retorno do chorume/ e das atividades de triagem de resíduos ao processo de pirólise – R$ 142.194,20; - edificação do sistema de armazenamento de GLP – R$ 218.750,00; - eventuais – R$ 733.654,28; perfazendo o total de R$ 8.070.197,08 (oito milhões, setenta mil, cento e noventa e sete reais e oito centavos) e utilizará aporte de capital próprio. Relativamente ao maquinário, o empreendimento prevê a utilização de equipamentos para: - sistema de triagem, seleção, classificação e tratamento dos resíduos composto por correias transportadoras, separadores magnéticos (eletro imãs), rasga sacos, separador balístico, triturador, separador ótico, estruturas de suporte, escadas, passarelas e outros – R$ 11.295.980,00; - conjunto do reator de pirólise e dos sistema de lavagem e limpeza do gás de síntese composto por reator de pirólise, soprador de gás, queimador, alimentador de cal, ciclone, venturi, torre de lavagem, chiller, decantador, soprador de ar, trocador de calor, trem de gás – R$ 17.187.500,00;



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- sistema de gasômetro e tocha enclausurada – R$ 1.387.053,75; - conjunto de grupos geradores – R$ 9.212.500,00; - sistema de coleta dos resíduos inertes oriundos do processo de pirólise – R$ 825.000,00; - sistema de medição, controle e conexão de energia elétrica – R$ 3.350.000,00; - sistema de monitoramento e supervisão – R$ 625.000,00; - diversos – R$ 881.250,00; atingindo o montante de R$ 44.764.283,75 (quarenta e quatro milhões, setecentos e sessenta e quatro mil, duzentos e oitenta e três reais e setenta e cinco centavos). Deste valor, a quantia de R$ 42.000.533,75 (quarenta e dois milhões, quinhentos e trinta e três reais e setenta e cinco centavos) serão objeto de financiamento. O restante, representado pelo montante de R$ 2.763.750,00 (dois milhões, setecentos e sessenta e três mil e setecentos e cinquenta reais) são decorrentes de investimentos a serem realizados nos anos 2, 16 e 28 da concessão, para adequação da capacidade de geração de energia elétrica, e utilizará recursos oriundos da operação do empreendimento. A atividade de gerenciamento da obra demandará um gasto previsto de R$ 2.100.000,00 (dois milhões e cem mil reais), empregando capital próprio. 1.3 Estimativa de Investimentos para Operação e Manutenção

A estrutura para operação da usina de tratamento térmico de resíduos sólidos urbanos/ geração de energia elétrica e central de reciclagem prevê a utilização de mão de obra operacional direta composta por: - 1 (um) gerente de usina; - 1 (um) supervisor de operação por turno de trabalho; - 1 (um) técnico eletromecânico para manutenção por turno de trabalho; - 2 (dois) ajudantes de manutenção por turno de trabalho; - 1 (um) operador de usina por turno de trabalho; - 2 (dois) ajudantes de operação de usina por turno de trabalho; - 1 (um) operador de pátio por turno de trabalho; - 1 (um) operador de equipamento; - 1 (um) motorista de caminhão; - 1 (um) gestor ambiental; - 1 (um) técnico de segurança do trabalho por turno de trabalho; - 2 (dois) auxiliares de serviços gerais; - 1 (um) vigia; - 1 (um) controlador de acesso e operador de balança por turno de trabalho; - 1 (um) técnico administrativo; - 1 (um) auxiliar administrativo. Além desta mão de obra de obra diretamente envolvida nos trabalhos está prevista o emprego de estrutura indireta representada por assessoria contábil, apoio jurídico, serviços de informática, serviços de comunicação e fornecimento de insumos para operação das instalações administrativas e de apoio situadas na área das instalações industriais. Os custos fixos operacionais, no início de operação, serão representados por: - Custos administrativos indiretos que totalizarão o valor anual previsto de R$ 228.000,00 (duzentos e vinte e oito mil reais);



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- Mão de obra operacional, conforme dimensionamento apresentado anteriormente, e cujo custo anual está estimado em R$ 3.653.727,00 (três milhões, seiscentos e cinquenta e três mil, e setecentos e vinte e sete reais). Neste custo estão inclusos os encargos sociais, benefícios e provisionamentos previstos por lei; - Manutenção, envolvendo toda a operação (manutenção de veículos e equipamentos de apoio, processo de pirólise, geração de energia elétrica e triagem, seleção, classificação e trituração dos resíduos) cuja despesa anual é prevista em R$ 1.245.178,00 (Hum milhão, duzentos e quarenta e cinco mil e cento e setenta e oito reais); - Garantias e Seguros sobre a operação com valor anual estimado em R$ 361.027,00 (trezentos e sessenta e um mil e vinte e sete reais); - Fornecimento de utilidades, também variável de acordo com o quantitativo de resíduos tratados no reator de pirólise, indo de R$ 149.646,00 (cento e quarenta e nove mil, seiscentos e quarenta e seis reais); - e monitoramento ambiental do processo ao custo anual estimado de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). Complementarmente aos custos citados está prevista a remuneração das atividades da cooperativa de recicladores como percentual sobre a receita proveniente da comercialização de recicláveis recuperados, e cuja estimativa estabelece o valor anual de R$ 537.448,00 (quinhentos e trinta e sete mil, quatrocentos e quarenta e oito reais), bem como a participação do município de Bento Gonçalves cuja estimativa estabelece o valor anual de R$ 268.724,00 (duzentos e sessenta e oito mil, setecentos e vinte e quatro reais). 1.4 Estimativa de Custos Financeiros

Relativamente aos custos financeiros, considerou-se: - Capital Próprio - juros reais de 8% (oito por cento) ao ano e com período de amortização de 30 (trinta) anos, igual ao prazo de concessão; - Financiamento - juros reais de 8% (oito por cento) ao ano, carência de 2 (dois) anos após o início da operação e prazo de pagamento de 10 (dez) anos. Não foi considerado o efeito da inflação no fluxo dos recursos aplicados.



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2. PREVISÃO DE RECEITAS E CARGA TRIBUTÁRIA INCIDENTE

2. Previsão de Receitas e Carga Tributária Incidente As receitas previstas são divididas em receitas operacionais e acessória, sendo ao final do tópico apresentada a carga tributária incidente sobre as mesmas.

2.1 Receitas Operacionais

Conforme descrito nos cadernos I e II, as receitas operacionais consideradas para a modelagem econômico-financeira são: a disposição dos resíduos sólidos urbanos (RSU) recebidos – R$ valor/ tonelada; e o tratamento térmico dos resíduos sólidos urbanos (RSU) não recicláveis e conversão em energia elétrica para entrega ao Município – R$ valor/ tonelada. Ambas as receitas são variáveis ao longo do período da concessão, pois consideram a evolução ocorrida na geração dos resíduos sólidos urbanos por parte dos munícipes. Para fins de remuneração dos serviços prestados consideraram-se os seguintes valores referentes ao ano de 2017: - Disposição dos resíduos sólidos urbanos (RSU) recebidos – R$ 157,91/ tonelada (cento e cinquenta e sete reais e noventa e um centavos por tonelada); - Tratamento térmico dos resíduos sólidos urbanos (RSU) não recicláveis com conversão em energia elétrica para entrega ao Município – R$ 185,75 / tonelada (cento e oitenta e cinco reais e setenta e cinco centavos por tonelada).

2.2 Receita Acessória

A receita acessória prevista na modelagem econômico-financeira é representada pela comercialização da parcela aproveitável dos recicláveis, sendo que para fins de remuneração da atividade considerou-se o valor médio de R$ 500,00/ tonelada (quinhentos reais por tonelada), referente ao ano de 2017.

2.3 Carga Tributária Incidente

A carga tributária incidente foi dividida em receitas operacionais e acessória, considerando-se, ainda, aquelas tributações realizadas sobre as receitas obtidas e lucro auferidos. O regime escolhido para a determinação do lucro obtido foi o de lucro presumido para ambas as receitas, tanto as operacionais quanto a acessória. As receitas operacionais foram consideradas como serviços e a receita acessória como atividade do comércio.

2.3.1 Receitas Operacionais

3.3.1.1 Impostos Sobre Receitas Os impostos considerados sobre as receitas são: - 0,65% (zero vírgula sessenta e cinco por cento) relativa ao Programa de Integração Social (PIS);



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- 3,0% (três por cento) concernente a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS); - e 2,0% (dois por cento) referente ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Cabe aqui a ressalva de que, atualmente, o ISSQN para as atividades similares no Código Tributário Municipal (Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer) é de 3,0% (três por cento). Os estudos realizados, e agora apresentados, empregaram a alíquota de 2,0% (dois por cento), com o objetivo de oferecer maior atratividade ao negócio. Assim, a possibilidade de realização de estudo quanto à redução da alíquota por parte da Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves é uma solicitação feita por esta Empresa como parte desta proposta apresentada. Lembra-se que mesmo com a adoção de alíquota mais baixa, a inserção dos novos serviços que serão taxados, conforme a proposição apresentada, não representará perda de receita para o Município, e sim elevação da arrecadação atual. 2.3.1.2 Impostos Sobre os Lucros Os impostos considerados sobre os lucros no regime de lucro presumido na atividade de serviços, cuja alíquota é estabelecida em 32% (trinta e dois por cento) da receita obtida, são: - 15% (quinze por cento) referente ao Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ); - 10% (dez por cento) concernente ao IRPJ para aqueles casos em que o lucro presumido seja superior ao valor de R$ 240.000,00; - 9% (nove por cento) relativo a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). 2.3.2 Receita Acessória

2.3.2.1 Impostos Sobre Receitas Os impostos considerados sobre as receitas acessórias são: - 0,65% (zero vírgula sessenta e cinco por cento) relativa ao Programa de Integração Social (PIS); - 3,0% (três por cento) concernente a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS); 2.3.2.2 Impostos Sobre os Lucros Os impostos considerados sobre os lucros no regime de lucro presumido na atividade de comércio, cuja alíquota é estabelecida diferenciadamente para obtenção dos valores do IRPJ e CSLL respectivamente em 8% (oito por cento) e 12% (doze por cento) da receita obtida, são: - 15% (quinze por cento) referente ao Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ); - 10% (dez por cento) concernente ao IRPJ para aqueles casos em que o lucro presumido seja superior ao valor de R$ 240.000,00; - 9% (nove por cento) relativo a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).



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3. PRAZO DE DURAÇÃO DA CONCESSÃO

3. Prazo de Duração da Concessão O prazo de concessão utilizado para a elaboração dos estudos referente ao projeto em questão é de 35 (trinta e cinco) anos, conforme estabelecido em lei.



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4. PLANILHA DE MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA

4. Planilha de Modelagem Econômico-Financeira Apresenta-se a seguir a planilha de modelagem econômico-financeira do empreendimento em questão, onde foram consideradas as premissas anteriores representadas pelos custos de pré-implantação, implantação, operação e manutenção, e as receitas oriundas da prestação dos serviços e atividades comerciais exercidas.



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1.0 DADOS ECONÔMICO - FINANCEIROS

1.1 VALORES DOS COMPONENTES DAS RECEITAS

1.1.1 Deposição Final de RSU……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..R$ / ton. 157,91

1.1.2 Tratamento Térmico e Conversão em Energia Elétrica (Ton) ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..R$ / ton. 185,75

1.1.3 Venda de Recicláveis...........................................................................................................................................R$ / ton. 500,00

2.1 INVESTIMENTOS PROGRAMDOS E APORTE DE CAPITAL

2.1.1 INICIAL

Capital Próprio ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..

Financiamento Bancário ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..

2.1.2

Instalação de novos equipamentos (principal previsto para o ano 2021, 2035 e 2047 )

2.2 FINANCIAMENTOS (BNDES/CAIXA: Infra-estrutura, Bioenergia ou Energias Renováveis)

2.2.1 Juros Reais ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..8,00%

2.2.2 Inflação no Fluxo ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..0,00%

2.2.3 Prazo ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..anos 10,00

2.2.4 Carência apos inicio das operações ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..anos 2,00

2.3 IMPOSTO SOBRE LUCRO PRESUMIDO - SERVIÇOS

2.3.132,00%

2.3.2 Alíquota IRPJ ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………15,00%

2.3.3 Alíquota IRPJ (lucro acima R$ 240 mil) ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………10,00%

2.3.4 Alíquota CSLL ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………9,00%

2.4 IMPOSTO SOBRE LUCRO PRESUMIDO - INDUSTRIA / COMÉRCIO

2.4.1 8,00%

2.4.2 Alíquota IRPJ ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………15,00%

2.4.3 Alíquota IRPJ (lucro acima R$ 240 mil) ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………10,00%

2.4.4 12,00%

2.4.5 Alíquota CSLL ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………9,00%

2.5 IMPOSTO SOBRE RECEITA - SERVIÇOS

2.5.1 PIS .............................................................................................................................................................................................................0,65%

2.5.2 COFINS .............................................................................................................................................................................................................3,00%

2.5.3 ISS .............................................................................................................................................................................................................2,00%

2.6 IMPOSTO SOBRE RECEITA - INDUSTRIA / COMÉRCIO

2.6.1 PIS .............................................................................................................................................................................................................0,65%

2.6.2 COFINS .............................................................................................................................................................................................................3,00%

3.0 INVESTIMENTOS PRE-OPERACIONAIS

3.1 PROJETOS, OBRAS CIVIS, EQUIPAMENTOS & MONTAGEM INDUSTRIAL

3.1.1 Aquisição de terreno (30.000 m2) ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..unidade -

3.1.2 Investimentos Próprios unidade R$ 11.270.197,08

R$ 11.270.197,08

SUB-TOTAL INVESTIMENTOS PRE-OPERACIONAIS R$ 11.270.197,08

Pagamento de Juros Pre-Operacional e Garantia da Proposta R$ 1.338.004,00

SUB-TOTAL INVESTIMENTOS PRE-OPERACIONAIS C/ JUROS DE FINANCIAMENTO R$ 12.608.201,08

4.0 ANÁLISE DE INVESTIMENTO

4.1 PROJETO

4.1.1 TIR (FLUXO 30 ANOS) ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................10,32%

4.1.2 VPL (10%) ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................R$ 14.452.779,15

4.1.3 APORTE DE CAPITAL .................................................................................................................................................................................R$ 12.608.201,08

4.2 VALOR DE MERCADO PRIVATE EQUITY - FLUXO DE CAIXA DESCONTADO

4.2.1 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..........................................................................................................................................................R$ 12.608.201,08

4.2.2 VPL (10%) ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................R$ 14.452.779,15

4.2.3 MERCADO ABERTO ............................................................................................................................................................R$ 27.060.980,23

4.2.4 MERCADO PRIVATE EQUITY ............................................................................................................................................R$ 18.942.686,04

5.4 RETORNO DO INVESTIMENTO (PAY BACK) (em anos) ........................................................................................................14

Lucro Presumido para IRPJ - Venda de Recicláveis.........................................................................................................................

Lucro Presumido para CSLL - Venda de Recicláveis.......................................................................................................................

R$ 11.270.197,08

R$ 42.000.533,75

R$ 53.270.730,83

INVESTIMENTO COMPLEMENTAR PARA ADEQUAÇÃO DA CAPACIDADE OPERACIONAL À

ELEVAÇÃO DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS

R$ 2.763.750,00

Lucro Presumido - Deposição Final do RSU e Tratamento Térmico e Conversão em Energia

Elétrica.............................................................................................................................................



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ANO ==> 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042 2043 2044 2045 2046 2047 2048 2049

PREMISSAS

Deposição Final do RSU (R$ por Ton) 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91 157,91

Tratamento Térmico e Conversão em Energia Elétrica (Ton)185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75 185,75

Venda de Recicláveis (Ton) 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00

DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS (VALORES EM MILHARES DE REAIS)

Receitas

Deposição Final do RSU 6.288 6.351 6.415 6.479 6.543 6.609 6.675 6.742 6.809 6.877 6.946 7.015 7.086 7.156 7.228 7.300 7.373 7.447 7.522 7.597 7.673 7.749 7.827 7.905 7.984 8.064 8.145 8.226 8.308 8.392

Tratamento Térmico e Conversão em Energia Elétrica (Ton) 5.559 5.615 5.671 5.728 5.785 5.843 5.901 5.960 6.020 6.080 6.141 6.202 6.264 6.327 6.390 6.454 6.519 6.584 6.650 6.716 6.783 6.851 6.920 6.989 7.059 7.129 7.201 7.273 7.345 7.419

Venda de Recicláveis 2.687 2.714 2.741 2.769 2.796 2.824 2.853 2.881 2.910 2.939 2.968 2.998 3.028 3.058 3.089 3.120 3.151 3.183 3.214 3.246 3.279 3.312 3.345 3.378 3.412 3.446 3.481 3.515 3.551 3.586

Impostos s/ Receita (Estimat.) (767) (775) (783) (791) (799) (807) (815) (823) (831) (839) (848) (856) (865) (873) (882) (891) (900) (909) (918) (927) (936) (946) (955) (965) (974) (984) (994) (1.004) (1.014) (1.024)

Receita Líquida 13.767 13.905 14.044 14.184 14.326 14.469 14.614 14.760 14.908 15.057 15.208 15.360 15.513 15.668 15.825 15.983 16.143 16.305 16.468 16.632 16.799 16.967 17.136 17.308 17.481 17.655 17.832 18.010 18.190 18.372

Custos Fixos

Administração (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228) (228)

Mão de obra operacional (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654) (3.654)

Manutenção (1.245) (1.252) (1.259) (1.263) (1.270) (1.277) (1.284) (1.290) (1.294) (1.301) (1.308) (1.315) (1.322) (1.329) (1.336) (1.343) (1.350) (1.357) (1.364) (1.371) (1.378) (1.385) (1.392) (1.399) (1.409) (1.416) (1.423) (1.430) (1.437) (1.448)

Utilidades (150) (151) (153) (154) (156) (157) (159) (160) (162) (164) (165) (167) (169) (170) (172) (174) (175) (177) (179) (181) (183) (184) (186) (188) (190) (192) (194) (196) (198) (200)

Monitoramento ambiental (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60) (60)

Garantias e Seguros (361) (357) (311) (308) (306) (264) (262) (261) (260) (259) (257) (256) (255) (253) (252) (251) (249) (248) (246) (245) (243) (242) (240) (239) (237) (236) (234) (233) (231) (230)

Participação da Municipalidade na Receita Acessória (269) (271) (274) (277) (280) (282) (285) (288) (291) (294) (297) (300) (303) (306) (309) (312) (315) (318) (321) (325) (328) (331) (334) (338) (341) (345) (348) (352) (355) (359)

Participação Cooperativa Recicladores na Receita Acessória (537) (543) (548) (554) (559) (565) (571) (576) (582) (588) (594) (600) (606) (612) (618) (624) (630) (637) (643) (649) (656) (662) (669) (676) (682) (689) (696) (703) (710) (717)

Total - - (6.504) (6.517) (6.486) (6.497) (6.512) (6.487) (6.502) (6.518) (6.531) (6.547) (6.563) (6.579) (6.595) (6.612) (6.628) (6.645) (6.662) (6.678) (6.695) (6.712) (6.729) (6.747) (6.764) (6.781) (6.802) (6.820) (6.838) (6.855) (6.873) (6.895)

Lucro Operacional - - 7.263 7.388 7.558 7.687 7.815 7.983 8.112 8.242 8.377 8.510 8.645 8.781 8.918 9.057 9.197 9.338 9.482 9.626 9.772 9.920 10.069 10.220 10.372 10.526 10.679 10.836 10.995 11.155 11.317 11.478

Amort Desp Pre-Operacionais (5 anos) (268) (268) (268) (268) (268) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Depreciação (30 anos) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376)

Depreciação & Amortização (643) (643) (643) (643) (643) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376) (376)

Custo Financeiro (436) (902) (4.262) (3.835) (3.409) (2.983) (2.557) (2.131) (1.705) (1.278) (852) (426) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Despesas Pre-Operacionais (cap) 436 902 -

Lucro Antes IR - - 2.359 2.909 3.505 4.061 4.614 5.476 6.032 6.588 7.149 7.708 8.269 8.405 8.542 8.681 8.821 8.963 9.106 9.251 9.397 9.544 9.694 9.844 9.997 10.151 10.303 10.460 10.619 10.779 10.941 11.102

IR/CS - Lucro Presumido - Deposição Final do RSU e Tratamento

Térmico e Conversão em Energia Elétrica(1.265) (1.278) (1.291) (1.304) (1.317) (1.331) (1.344) (1.358) (1.372) (1.386) (1.400) (1.414) (1.428) (1.443) (1.458) (1.472) (1.487) (1.503) (1.518) (1.533) (1.549) (1.565) (1.580) (1.596) (1.613) (1.629) (1.646) (1.662) (1.679) (1.696)

IR/CS - Lucro Presumido - Venda de Recicláveis (59) (60) (60) (61) (62) (63) (64) (65) (66) (67) (67) (68) (69) (70) (71) (72) (73) (74) (75) (76) (77) (78) (79) (80) (81) (82) (83) (84) (85) (86)

Lucro Líquido - - 1.035 1.572 2.154 2.695 3.235 4.083 4.623 5.165 5.712 6.256 6.802 6.922 7.044 7.168 7.292 7.418 7.545 7.674 7.804 7.935 8.068 8.202 8.337 8.474 8.609 8.749 8.890 9.033 9.177 9.319

FLUXO DE CAIXA DE PROJETO (VALORES EM MILHARES DE REAIS)

Lucro Líquido - - 1.035 1.572 2.154 2.695 3.235 4.083 4.623 5.165 5.712 6.256 6.802 6.922 7.044 7.168 7.292 7.418 7.545 7.674 7.804 7.935 8.068 8.202 8.337 8.474 8.609 8.749 8.890 9.033 9.177 9.319

Depreciação - - 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376 376

Despesas Pre-Operacionais (436) (902) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Amortização Empréstimos - - (5.327) (5.327) (5.327) (5.327) (5.327) (5.327) (5.327) (5.327) (5.327) (5.327) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Investimentos Pre-Operacionais (5.361) (5.909) - - - - - - - - - - - - - - -

Investimentos Pós-Operacionais - (921) - - - - - - - - - - - - - (921) - - - - - - - - - - - (921) - -

Aporte de Capital 5.797 6.811 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Saldo de Caixa - - (3.917) (4.301) (2.798) (2.256) (1.717) (869) (328) 214 760 1.305 7.177 7.298 7.420 7.543 7.668 6.873 7.921 8.050 8.180 8.311 8.443 8.577 8.713 8.850 8.985 9.125 9.266 8.487 9.553 9.695

FLUXO DE CAIXA DE PROJETO (5.797) (6.811) (3.917) (4.301) (2.798) (2.256) (1.717) (869) (328) 214 760 1.305 7.177 7.298 7.420 7.543 7.668 6.873 7.921 8.050 8.180 8.311 8.443 8.577 8.713 8.850 8.985 9.125 9.266 8.487 9.553 9.695

FLUXO DE CAIXA DE PROJETO - ACUMULADO (5.797) (12.608) (16.525) (20.826) (23.623) (25.879) (27.596) (28.465) (28.793) (28.579) (27.819) (26.514) (19.336) (12.038) (4.618) 2.925 10.593 17.466 25.387 33.436 41.616 49.927 58.370 66.948 75.660 84.510 93.495 102.620 111.885 120.372 129.925 139.620

AMORTIZAÇÃO DE DIVIDA (VALORES EM MILHARES DE REAIS)

Principal 5.361 53.271 53.271 47.944 42.617 37.290 31.962 26.635 21.308 15.981 10.654 5.327 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

(Juros Real = 8%) 429 902 4.262 3.835 3.409 2.983 2.557 2.131 1.705 1.278 852 426 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Amortização Principal - - 5.327 5.327 5.327 5.327 5.327 5.327 5.327 5.327 5.327 5.327 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Prestação Financiamento 429 902 9.589 9.163 8.736 8.310 7.884 7.458 7.032 6.606 6.179 5.753 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Saldo Final 5.361 53.271 47.944 42.617 37.290 31.962 26.635 21.308 15.981 10.654 5.327 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -



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ANEXO VII DO EDITAL – MINUTA SUGERIDA DE QUADRO DE INDICADORES DE DESEMPENHO 1. ASPECTOS GERAIS 1.1. Neste ANEXO, explicitam-se os instrumentos desenvolvidos para incentivo à preservação ambiental, em especial o incentivo à destinação final dos RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) de maneira ambientalmente correta. Tal iniciativa acaba por impulsionar a CONCESSIONÁRIA a adotar práticas associadas à geração de subprodutos provenientes do tratamento de RSU, tais como crédito de carbono, combustível, itens recicláveis, entre outros. 1.2. A CONCESSIONÁRIA será remunerada pelo OBJETO descrito no EDITAL e nas obrigações previstas no CONTRATO, tendo como base as regras e mecanismo de pagamento estabelecidos neste ANEXO. 1.3. O pagamento da CONCESSIONÁRIA sofrerá impacto dos indicadores apresentados neste ANEXO. 1.4. Os indicadores que influenciam o pagamento serão calculados pela CONCESSIONÁRIA, devendo ser apresentados ao PODER CONCEDENTE para sua verificação. 2. SISTEMA DE MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO 2.1. O SISTEMA DE MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO (SMD) tem a finalidade de incentivar a CONCESSIONÁRIA a realizar a destinação final ambientalmente adequada de RSU, em conformidade com o CONTRATO. Para tanto, o SMD visa medir o grau de atendimento da CONCESSIONÁRIA em relação aos patamares de serviço considerados adequados pelo PODER CONCEDENTE. 2.2. Tal sistema fará com que a receita auferida pela CONCESSIONÁRIA corresponda a um determinado nível de qualidade dos serviços prestados. 2.3. Para tanto se desenvolveu o QUADRO DE INDICADORES DE DESEMPENHO (QID), que deverá ser calculado diariamente, mensalmente, anualmente, além de cumulativamente ao longo de toda a execução do OBJETO do CONTRATO. Apesar da sua aferição ocorrer em qualquer periodicidade solicitada pelo PODER CONCEDENTE, a incidência do QID será apenas mensal. 2.4. O resultado do QID, bem como a pormenorização dos cálculos que o formaram, deverão ser enviados pela CONCESSIONÁRIA ao PODER CONCEDENTE sempre que for solicitado pelo PODER CONCEDENTE e, ao menos, mensalmente. 2.5. CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA MENSAL remunera a CONCESSIONÁRIA conforme o montante de RSU efetivamente destinado, em cada mês. 2.6. O valor pago por tonelada disposta (VPTD ) utilizado no cálculo das parcelas da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA será reajustado anualmente, sempre considerando como data-base o dia [X], conforme a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, apurado e divulgado pelo IBGE. Destaca-se que, para fins de correção da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA, será aplicado o IPCA referente ao mês subsequente ao da data-base. 2.7. O desempenho da CONCESSIONÁRIA será apurado considerando o tratamento térmico e conversão em energia elétrica (TratTerm),

SERVIÇO EFICIÊNCIA ÍNDICE DE DESEMPENHO (ID)





Tratamento térmico com conversão em energia elétrica por tonelada de RSU PROCESSADO (TRATTERM)

< 0,40 Mwh 0,40 a 0,45 Mwh 0,45 a 0,50 Mwh 0,51 a 0,55 Mwh 0,56 a 0,60 Mwh 0,60 a 0,65 Mwh > 0,65 Mwh

0,90 0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20

2.8. A CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA MENSAL (CPM) será calculada conforme apresentado a seguir:

CPM = VPTD + (TRATTERM x ID)

Sendo: CPM: CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA MENSAL; TRATTERM: valor pago pelo tratamento térmico com conversão em energia elétrica do RSU PROCESSADO (em R$ por tonelada) expresso no plano de negócios da LICITANTE vencedora da LICITAÇÃO; VPTD: valor pago por tonelada de RSU disposto (em R$ por tonelada), expresso no plano de negócios da LICITANTE vencedora da LICITAÇÃO; ID: Indicador de Desempenho ; 2.9. A primeira CPM será devida a partir do primeiro mês da prestação dos SERVIÇOS. 3. PROCEDIMENTO PARA PAGAMENTO 3.1. A CONCESSIONÁRIA reconhece que as parcelas que compõem a CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA previstas neste ANEXO, em conjunto com as regras de recomposição de equilíbrio financeiro do CONTRATO, são suficientes para a adequada remuneração da prestação do SERVIÇO, para a amortização dos seus investimentos, para o retorno econômico almejado e para a cobertura de todos os custos diretos e indiretos que se relacionem ao fiel cumprimento do CONTRATO. 3.2. Nenhum pagamento efetuado poderá ser invocado pela CONCESSIONÁRIA para isentá-la, em qualquer tempo, das responsabilidades contratuais, direta ou indiretamente, relacionadas à execução do CONTRATO. 3.3. A CPM poderá ser empenhada diretamente ao financiador, na forma prevista no art. 5°, § 2°, inciso II, da Lei Federal nº 11.079/04. 3.4. Para o recebimento da CPM, a CONCESSIONÁRIA deverá emitir fatura, relativamente à prestação dos serviços no mês anterior, e enviá-la ao PODER CONCEDENTE na forma deste ANEXO. 3.5. Em decorrência da aplicação do item 2, e/ou da variação do montante de RSU efetivamente entregue, as parcelas que compõem a CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA poderão ser inferiores aos valores projetados na documentação constante da PROPOSTA COMERCIAL.





ANEXO VIII – DIRETRIZES PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL I – INTRODUÇÃO

Os trabalhos e análises destinados à preparação dos documentos antecedentes e indispensáveis à abertura do processo licitatório para a exploração, mediante CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, dos serviços de transporte, disposição, tratamento térmico e conversão em energia elétrica dos resíduos sólidos urbanos do Município de Bento Gonçalves/RS, indicam a necessidade de expedição de diretrizes para o LICENCIAMENTO AMBIENTAL dos empreendimentos necessários, conforme previsto no inciso VII do art. 10 da Lei Federal nº 11.079/04.

Nesse sentido, o presente documento visa orientar a CONCESSIONÁRIA no momento do processo de regularização ambiental de seu empreendimento, desde as etapas iniciais de seu planejamento e instalação até a sua efetiva operação, esclarecendo e sintetizando os principais passos a serem adotados durante o processo.

A licença ambiental é o documento, com prazo de validade definido, em que o órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental a serem seguidas pela CONCESSIONÁRIA, demonstrando a constante preocupação do Município de Bento Gonçalves em assegurar que os projetos e empreendimentos por ele patrocinados encontrem-se em consonância com a legislação de proteção ambiental vigente.

Eventuais determinações ambientais oriundas do Município de Bento Gonçalves onde serão instalados os equipamentos não mencionados neste anexo não simbolizam a assunção pelo PODER CONCEDENTE de qualquer responsabilidade pela sua consecução, cabendo a sua realização e observância à CONCESSIONÁRIA. II – CONTEXTUALIZAÇÃO E RECOMENDAÇÕES

LICENCIAMENTO AMBIENTAL é o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente, para licenciar a instalação, ampliação, modificação e operação de atividades e empreendimentos que utilizam recursos naturais, ou que sejam potencialmente poluidores ou que possam causar degradação ambiental. O LICENCIAMENTO AMBIENTAL é um dos instrumentos de gestão ambiental estabelecido pela lei Federal n.º 6938, de 31/08/81, também conhecida como Lei da Política Nacional do Meio Ambiente. Em 1997, a Resolução nº 237 do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente definiu as competências da União, Estados e Municípios e determinou que o licenciamento deverá ser sempre feito em um único nível de competência.

No LICENCIAMENTO AMBIENTAL são avaliados impactos causados pelo empreendimento, tais como: seu potencial ou sua capacidade de gerar líquidos poluentes (despejos e efluentes), resíduos sólidos, emissões atmosféricas, ruídos e o potencial de risco, como por exemplo, explosões e incêndios. Cabe ressaltar, que algumas atividades causam danos ao meio ambiente principalmente na sua instalação. É o caso da construção de estradas e hidrelétricas, por exemplo. É importante lembrar que as licenças ambientais estabelecem as condições para que a atividade ou o empreendimento cause o menor impacto possível ao meio ambiente. Por isso, qualquer alteração deve ser submetida a novo licenciamento, com a solicitação de Licença Prévia.1

As etapas do LICENCIAMENTO AMBIENTAL são: - Licença Prévia (LP) - Licença que deve ser solicitada na fase de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Aprova a viabilidade ambiental do empreendimento, não autorizando o início das obras.

1 http://www.fepam.rs.gov.br/licenciamento/area4/15_pop.asp?id=24&pergunta=O%20que%20%E9%20licenciamento%20Ambiental?





- Licença Instalação (LI) - Licença que aprova os projetos. É a licença que autoriza o início da obra/empreendimento. É concedida depois de atendidas as condições da Licença Prévia. - Licença de Operação (LO) - Licença que autoriza o início do funcionamento do empreendimento/obra. É concedida depois de atendidas as condições da Licença de Instalação. A solicitação de qualquer uma das licenças deve estar de acordo com a fase em que se encontra a

atividade/ empreendimento: concepção, obra, operação ou ampliação, mesmo que não tenha obtido anteriormente a Licença prevista em Lei. Atividades que estiverem em fase de ampliação e não possuírem Licença de Operação deverão solicitar, ao mesmo tempo, a LO da parte existente e a LP para a nova situação. No caso de já possuírem a LO deverão solicitar LP para a situação pretendida. Dentre outro, poderão ser solicitados os seguintes documentos:

- Autorização: Documento precário que autoriza por um prazo não superior a 1 (um) ano uma determinada atividade bem definida. - Declaração: Documento, não autorizatório, que relata a situação de um empreendimento/atividade. - Certificado: Documento legal em que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler/RS – FEPAM certifica algo de que tem provas. Destaca-se, de toda forma, que antes do início dos procedimentos visando à obtenção das Licenças

Ambientais junto aos órgãos ambientais competentes, a CONCESSIONÁRIA deverá submeter os projetos elaborados à aprovação pelo PODER CONCEDENTE. Para solicitar a regularização ambiental o responsável pelo empreendimento deverá preencher o formulário e seguir as orientações disponíveis nos sítios eletrônicos https://secweb.procergs.com.br/sra/logon.xhtml e http://www.fepam.rs.gov.br/

https://secweb.procergs.com.br/sra/logon.xhtml

http://www.fepam.rs.gov.br/

consulta pÚblica para formulaÇÃo de...

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