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ConstruSer reúne mais de 51 mil participantes

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3revista notícias da construção / abril 2014

Sergio Watanabeé presidente doSindusCon-SP, vice-presidente da CbiCe diretor da Fiesp

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna: [email protected]

Remover gargalos

Construção quantifica prejuízos daburocracia para o setor imobiliário

e d i t o R i a l

O estudo “O Custo da Burocracia no Imóvel”, realizado por CBIC e Abrainc, e apresentado em março, em Brasília, mediu pela primeira vez o custo dos entraves à indústria imobiliária do país.

A conclusão mais relevante: gargalos como excesso de burocracia, morosidade nos licenciamentos, problemas nos cartórios, dificuldades com mão de obra e insegurança jurídica aumentam o preço da casa própria em 12%, elevam em 40% o tempo de cons-trução e geram uma ineficiência de R$ 19 bilhões/ano na cadeia imobiliária.

O SindusCon-SP e suas empresas as-sociadas contribuíram com uma série de dados para a Booz & Company, contratada para desenvolver o estudo. Dele resultou um elenco de proposições para destravar os gargalos. Para reduzir os custos burocráticos, as propostas são:

• engajar prefeituras de grandes cidades na implantação de melhores práticas para o licenciamento de projetos imobiliários, iniciando com pilotos em 2-3 cidades;

• divulgar as melhores práticas nos processos de análise e aprovação de projetos imobiliários;

• desenhar um modelo para digitalizar e centralizar registros de propriedade;

• alinhar os projetos imobiliários aos novos processos otimizados.

Já as propostas para elevar a segurança jurídica são:

• revisar e tornar mais objetiva a legisla-ção municipal de regulamentação de investi-mentos, garantir que os mesmos se alinhem

exclusivamente aos impactos causados pelos empreendimentos;

• harmonizar entre municípios os có-digo de obras, para aprovação de projetos;

• revisar a legislação ambiental nas diferentes esferas de governo para eliminar ambiguidades;

• buscar alinhamento com todos os stakeholders com potencial influência no processo decisório –prefeituras, Ministério Público, juízes, Ipham, Cetesb etc.–, até a conclusão das mudanças legislativas.

Como desdobramento do estudo, haverá um extenso trabalho para a construção. Para amplificar experiências bem sucedidas, o SindusCon-SP deverá colocar à disposição das prefeituras interessadas o projeto Plan-tas On Line, que colabora para modernizar e agilizar os processos de aprovação de empreendimentos na cidade de São Paulo.

Em outra das frentes para elevar a efi ciência da construção, o SindusCon- SP, outras 39 entidades de classe e 9 representantes de órgãos públicos toma-ram posse em março no

Conselho Paulista de Competitividade, ór-gão colegiado criado pelo governo estadual para unir-se à iniciativa privada na busca de políticas públicas que incentivem a compe-titividade na economia e a atração de novos investimentos.

Com a participação deste sindicato, as câmaras temáticas do Conselho elaboraram 27 propostas de políticas públicas. No foco, temas como desburocratização, agilização de licenciamentos, ampliação da oferta de cursos profissionalizantes, redução de custos da infraestrutura e comunicações, melhorias no sistema tributário, fomento aos parques tecnológicos e estímulos à inovação – todos muito relevantes para a construção.

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4 revista notícias da construção / abril 2014

SeConCi-SP 50 anoS ............................... 44• Sergio Porto assume presidência da entidade

regionaiS ............................................... 49• Campinas apoia projeto de HIS• Interior busca integração de serviços• Empresários de Santos debatem o pré-sal• ConstruSer incentiva cantora a se profissionalizar• Santo André forma 25 mestres de obras• Setor discute legislação em Bauru• Regional promove happy hour da construção

HabitaÇÃo PoPULar ............................... 16• No SindusCon-SP, prefeituras pedem MCMV flexível•’Importância dos municípios é gigantesca na faixa 1’

QUaLiDaDe .............................................. 20• Especialistas esclarecem exigências para reforma• Normas devem coibir erros primários• Desempenho: haverá novidades no MCMV

eSPeCiaL ................................................. 24• Aumento da produtividade requer múltiplas ações• Gestão de subcontratadas como estratégia de negócio• Desempenho também influencia a produtividade• Cadeia produtiva integrada traz benefícios às obras• Tecnologia aliada à gestão• Lean production combate desperdício em canteiro• Produtividade baliza novos sistemas para o MCMV• Sinapi: revisão visa retratar realidade dos canteiros

SinDUSCon-SP eM aÇÃo .......................... 39• MCMV: atraso de pagamento preocupa• Retomado diálogo com bombeiros

C a p aCONSTRUSER CONGREGA TRABALHADOR EM CLIMA DE COPA ............................6• Santo André recebe 6,7 mil pessoas• Mais de 9,7 mil foram a Votorantim• Rio Preto teve público cativo• Público foi recorde em Ribeirão Preto• Em Campinas, muita diversão• Piscina é ponto alto na Baixada• Famílias inteiras foram a Prudente• Evento reuniu 5 mil em São José• Bauru reúne mais de 3 mil pessoas

C o l u n i s t a s

LiCitaÇÕeS eM riSCoEstender a possibilidade do RDC para todas as contratações de obras públicas, como aprovou Comissão Mista do Congresso em março, vai prejudicar o próprio governo, pois traz uma série de riscos. Licitar obras onde o proponente deve executar o projeto para oferecer o preço em tempo exíguo abrirá brechas a conluios. A contratação apenas pelo menor preço, desconsiderando em alguns casos a técnica, colocará em risco a qualidade de projetos e obras. A elevação do valor do seguro vai restringir o mercado, pois a análise da seguradora será sobre a capacidade financeira da empresa e não sobre o risco de a empresa executar o empreendimento. Espera-se que o plenário da Câmara e do Senado possam barrar essas ameaças.Luiz Antonio MessiasVice-presidente de Obras Públicas do SindusCon-SP

retiFiCaÇÕeSNa reportagem “Impactos do Desempenho” (edição 131, pág. 8), o cargo correto de Luiz Guilherme Matos Zigmantas é engenheiro de Desenvolvimento Urbano e Rural da Caixa em São Paulo. Na reportagem “Consitra discute soluções de equipamentos para argamassa” (pág.16), o nome correto do Sinaprocim é Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento.

eSCreva Para eSta SeÇÃoe-MAiL: [email protected]: R. Dona Veridiana 55, 2º andar, 01238-010, São Paulo-SP

v o z d o l e i t o Rs u m á R i o

“O papel desta revista foi feito commadeira de florestas certificadas FSC

e de outras fontes controladas.”

PresidenteSergio Tiaki Watanabe

Vice-PresidentesCristiano GoldsteinEduardo May ZaidanFrancisco Antunes de Vasconcellos NetoHaruo IshikawaJoão Claudio RobustiJoão Lemos Teixeira da SilvaLuiz Antonio MessiasLuiz Claudio Minniti AmorosoMaristela Alves Lima HondaMaurício Linn BianchiOdair Garcia SenraPaulo Rogério Luongo SanchezYves Lucien de Melo Verçosa

diretoresPaulo Brasil Batistella (Jurídico)Salvador de Sá Benevides (Rel. Internacionais)

diretores dAs regionAisEduardo Nogueira (Ribeirão Preto)Elias Stefan Junior (Sorocaba)Emilio Carlos Pinhatari (São José do Rio Preto)Luís Gustavo Ribeiro (Presidente Prudente)Márcio Benvenutti (Campinas)Renato Tadeu Parreira Pinto (Bauru)Ricardo Beschizza (Santos)Rogério Penido (São José dos Campos)Sergio Ferreira dos Santos (Santo André)

rePresentAntes junto à FiesPTitulares: Eduardo Ribeiro Capobianco,Sergio Porto; Suplentes: João Claudio Robusti,José Romeu Ferraz Neto

AssessoriA de iMPrensARafael Marko - (11) 3334-5662Nathalia Barboza - (11) 3334-5647Fabiana Holtz - (11) 3334-5701

conseLho editoriALDelfino Teixeira de Freitas, Eduardo May Zaidan, José Romeu Ferraz Neto, Maurício Linn Bianchi, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Odair Senra, Salvador Benevides, Sergio Porto

suPerintendenteJosé Luiz Machado

editor resPonsáVeLRafael Marko

redAÇÃoNathalia Barboza e Fabiana Holtz (São Paulo) com colaboração das Regionais: Ester Mendonça (São José do Rio Preto); Giselda Braz (Santos); Geraldo Gomes e Maycon Morano (Presidente Prudente); Enio Machado, Elizânio Silva e Tatiana Vitorelli (São José dos Campos); Marcio Javaroni (Ribeirão Preto); Sabrina Magalhães (Bauru); Ana Diniz e Simone Marquetto (Sorocaba); Sueli Osório (Santo André); Vilma Gasques (Campinas).Secretaria: Antonia Matos

Arte e diAgrAMAÇÃoMarcelo da Costa Freitas/Chefe de Arte

PuBLicidAdeVanessa Dupont - (11) 3334-5627Pedro Dias Lima - (11) 9212-0312Vando Barbosa - (11) 99614-2513Jéssica Schittini - (11) 96646-6525André Maia - (21) 99468-4171Nayara Aquino - (11) 3334-5659Thiago Lippmã - (11) 3334-5637

endereÇoR. Dona Veridiana, 55, CEP 01238-010, São Paulo-SP

central de relacionamento sinduscon-sP(11) 3334-5600

ctP/ impressão: Pancrom Indústria Gráfica

tiragem desta edição: 16 mil exemplares

opiniões dos colaboradores não refletem necessariamente posições do sinduscon-sPnoticias@sindusconsp.com.brwww.sindusconsp.com.brfacebook.com/sindusconsptwitter.com/sindusconspyoutube.com/sindusconspmkt

Disponível na App Store e no Google Play

Conjuntura | Robson Gonçalves .............................5

gestão da obra | MaRia anGélica covelo silva ..........24

empreendedorismo | HaMilton Pozo ...................40

gestão empresarial | MaRia anGelica l. PedReti ......43

Saúde | eliete da silva lucio ................................44

Segurança do trabalho | José caRlos de a. saMPaio ...48

Jurídico | olivaR vitale ......................................56

Soluções inovadoras | luciano zanella ..................60

Construção da Carreira | FeliPe scotti calbucci ....62

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5revista notícias da construção / abril 2014

robSon gonÇaLveS é professor dos Mbas da Fgv e consultor da Fgv Projetos

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna:[email protected]

A indústria brasileira atravessa uma de suas mais longas crises. Desde a rápida recu-peração de 2009, o setor patina. Segundo o IBGE, o PIB da indústria de transformação fechou 2013 pouco abaixo da média de 2008. Considerando o pico da série, registrado antes do início da crise mundial, o PIB industrial do último trimestre do ano passado era cerca de 4% menor. Não há como negar: nossa indústria vive um clima de estagnação.

Ainda assim, sempre existem os otimis-tas de plantão. Em janeiro, a produção física da indústria de transformação avançou 3,1% frente ao mês anterior, já com ajuste sazonal. Nada menos de 17 dos 27 ramos industriais pesquisados tiveram crescimento. E, consi-derando as chamadas categorias de uso, o maior destaque ficou por conta da produção de bens de capital, cuja expansão superou os 10% em janeiro.

São números brilhantes, mas incapazes de caracterizar a saída da estagnação. Compa-rada a janeiro de 2013, a produção industrial apresenta queda de cerca de 2,5% e apenas 8 dos 27 ramos industriais não tiveram desem-penho negativo. Na média, o crescimento industrial dos 12 meses encerrados em janeiro foi de 1%. Nos anos de 2012 e 2013, o ritmo de expansão foi de -2,8% e 1,6%, respectiva-mente. A conclusão é que o ritmo industrial acelerou no início do ano, sem dúvida. Mas o rumo industrial permanece o mesmo.

Mas, então, o que está errado? Afinal, o governo tem beneficiado a indústria com uma série de medidas de estímulo nos

últimos anos, incluindo crédito farto para a aquisição de bens de capital e elevação de algumas alíquotas de importação. Mais ainda, a alta cambial tem contribuído para reduzir a pressão das importações. Entre janeiro de 2012 e janeiro de 2014, a taxa de câmbio nominal acumulou alta de mais de 33%, enquanto os preços industriais medidos pelo IPA subiram somente a metade disso, resultando em melhora da produção nacional de 15%, na relação competitividade-preço. E, ainda assim, a indústria não reage! Por que?

Parece que o setor está diante da figura mitológica da esfinge que lhe diz: “Decifra- me ou te devoro!” E a resposta para o enigma não é simples. De um lado, nossa fraqueza competitiva não está nem no interior das empresas nem no campo cambial apenas. Parte considerável de nossa indústria é com-

petitiva do ponto de vista empresarial. Ao mesmo tempo, 15% de ganho em termos de câmbio descontada a inflação também não é algo pequeno.

Nosso calcanhar de Aquiles está no chamado âmbito sistêmico da competitividade. Temos caminhões, mas não estradas. Temos máqui-nas e equipamentos, mas não sabemos se teremos energia. O discurso das autoridades econômicas é bem diferente da realidade existente ao nosso redor.

Ganhos de produtividade sustentados e que revertam a atual estagnação industrial exigem um ambiente de negócios favorável, seja no campo concreto da infraestrutura, seja no campo bem mais intangível das regras do jogo econômico. Sem isso, por mais que o ritmo varie aqui e ali, o rumo da indústria permanecerá sendo o da estagnação.

enigma industrial

o discurso do governo difere darealidade existente ao nosso redor

C o n j u n t u R a

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6 revista notícias da construção / abril 2014

Com o tema “ConstruSer Desperta a Inclusão do Esporte na Família”, a sétima edição do Encontro Estadual da Constru-ção Civil em Família reuniu mais de 51 mil pessoas em 10 municípios do Estado, no final de março, entre voluntários e participantes.

N o S e s i d e Osasco, que reuniu mais de 9 mil parti-cipantes da capital, atletas falaram sobre a importância do es-porte e conduziram oficinas, numa in-teração com pais e filhos. Murilo Endres, ponteiro do Sesi-SP e da seleção brasileira de vôlei, e Aline Silva, da equipe brasileira de luta olímpica que conquistou a medalha de ouro no Grand Prix de Paris (França), em fevereiro, ficaram encantados com a dimensão do evento.

Realizado pela vice-presidência de Responsabilidade Social do SindusCon-SP, em conjunto com Fiesp, Sesi-SP, Senai-SP, em parceria com o Seconci-SP, o Cons-truSer visa elevar a qualidade de vida dos trabalhadores da construção civil e de seus familiares.

“Como atleta sei que meu papel não

é simplesmente jogar vôlei. Servimos de exemplo para toda uma geração e essa aproximação com o público é fundamental para estimular o surgimento de novos atle-tas”, afirmou Murilo. Para Aline, o dia a fez relembrar a luta que travou em casa para se firmar como atleta profissional. “Quando

comecei no esporte minha família não entendia a dimensão da minha decisão. Espero que hoje as famílias saiam daqui mais conscientes dis-so e incentivem seus

filhos a trilhar esse caminho”, declarou a atleta durante a abertura do maior evento de responsabilidade social da construção civil paulista.

Na aval iação de Ser-gio Watanabe, presidente do SindusCon- SP, é impressionante o crescimento dessa iniciativa desde o seu lançamento em 2008. “Na primeira edição reuni-mos perto de 10 mil pessoas em todo o estado e hoje já falamos em 51 mil. E tudo isso só é pos-sível graças aos nossos parceiros e apoiadores.”

C a p a

Com a presença de atletas do vôlei e daluta olímpica, evento

lotou o Cat de osasco

Construser aposta no esporte

Fabiana Holtz

Foto: Lucas Dantas

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7revista notícias da construção / abril 2014

Na abertura do evento, Maristela Hon-da, vice-presidente de Responsabilidade So-cial do sindicato, agradeceu a oportunidade de conhecer os atletas do Sesi, que considera um verdadeiro exemplo de vida. “Temos aqui grandes exemplos de educação, saúde e qualidade de vida. Aproveitem o dia para se exercitar, fazer exames, cortar os cabelos e se divertir. O dia é inteirinho de vocês.” Haruo

Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital Tra-balho do SindusCon-SP e presidente em exercício do Seconci-SP, agradeceu ao apoio de todas as enti-dades envolvidas no pro-jeto. “O que temos aqui é o resultado da união de esforços. Agradeço em especial os voluntários: sem vocês nada disso seria possível”.

Sensibilidade femininaEm suas boas vindas aos trabalhadores,

Antônio de Sousa Ramalho, deputado esta-dual e presidente do Sintracon-SP, parabe-nizou Maristela pela festa, que só melhora com o passar dos anos, segundo ele.

“Somente uma mulher para ter essa sensibilidade. Grandes realizadoras, em geral elas não erram”, acrescentou. Já o superintendente do Sesi-SP, Walter Vicioni, representante do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, chamou a atenção para a importância da união familiar. “Em um país que carece de bons exemplos, temos no ConstruSer um exemplo a ser seguido”. Para o superinten-dente, a escola não deveria ser vista como a única forma de educação. “Também se educa dentro da família. Sabemos que as crianças aprendem através de exemplos.”

Entre os presentes também estavam Davi Vieira, diretor do CAT Osasco; Abílio Weber, diretor do Senai Tatuapé; Fernando

“aproveitamos para fazer exames e o garoto não parou de brincar desde que chegou”, disse almirante Valente, que veio do itaim Paulista com a mulher Joseane e o filho para conhecer o evento

Entre as atividades à disposição das crianças, o muro de escalada fez sucesso

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8 revista notícias da construção / abril 2014

Capa

Camila Santos Silva (ao centro) veio de Jandira com toda a família e pretende voltar em 2015

o público aproveitou parte do sábado de sol para curtir a piscina do Sesi em osasco

Costa, superintendente do Seconci-SP; Milton Perez, presidente da ABPA; Marcos Antônio Ribeiro, presidente do Sintesp; José Felício Castelano, assessor especial da superintendencia do Sesi; e José Roberto Silva dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Osasco e Região.

Em Osasco, o dia começou com uma apresentação dos jovens de Jundiaí do Pro-jeto Guri e da banda da Polícia Militar. No esperado Show de Talentos, a grande vitorio-sa foi Raquel Souza, que conquistou a plateia com sua simpatia e bom humor. “Nem tinha planos de vir, acabei decidindo de última hora. Meu marido até ameaçou me deixar a pé se eu o fizesse passar vergonha. Estou sem palavras”, comemorou. Em segundo lugar ficou Weverton Guimarães Gomes, do Capão Redondo, que atraiu aplausos com seus passos de Hip Hop. O terceiro lugar ficou com Gabriel Santos, vencedor da edição anterior e que já dá os primeiros passos para a profissionalização.

Durante todo o sábado, o público pode aproveitar oficinas de leitura, educação alimentar, orientações às mães e gestantes, exames médicos e odontológicos, espor-tes, oficinas de artesanato para geração de renda complementar, oficinas de educação ambiental e outras práticas relacionadas à saúde, educação, cultura e lazer.

No sorteio de brindes, ao final do evento, Bruno Ramos, de Mogi das Cruzes, Pâmela Miranda da Silva, de Barueri, e Alo-ísio Alves de Lima, de São Miguel Paulista, levaram o prêmio principal: uma betoneira. Ramos, que está desempregado e veio a convite da mãe, disse ter ficado feliz com o

presente ines-perado. “Vou ver se com-pensa vender, esse presente chegou numa boa hora.” O so r tudo Lima, que participou de todas as edi-ções do ConstruSer, conta que ganhou uma televisão no ano passado.

Copa no Brasil é a bola da vezEm ano de Copa do Mundo, as equipes

inscritas no torneio de futebol de campo foram batizadas com os nomes das seleções que estarão no Mundial da Fifa. Entre as oficinas de artesanato, uma ensinou a fazer colares verde-amarelos reaproveitando teci-dos. Em cada CAT do Sesi também foram instalados painéis com informações culturais sobre países que estarão na Copa –em São Paulo, o destaque foi para as cidades-sede do Mundial. Além disso, uma oficina ensinou a confeccionar cata-ventos verde e amarelos, de feltro, e chaveiros em forma de estrela com as cores do Brasil.

Na área de qualificação, o Senai coman-dou a “Oficina de Nós”, atividade conectada com a NR 35 (Norma Regulamentadora 35), que estabelece as regras para o trabalho seguro em altura, por meio da demonstração de esportes radicais, como rapel e arborismo, que ajudarão os participantes, brincando, a aprender uma variedade de nós. Na área de saúde, o Seconci-SP ofereceu exames mé-dicos (glicemia, colesterol, pressão arterial,

acuidade visual e hepatite C) e dermatológicos (para o uso da piscina), além de informações sobre a dengue e animais peçonhentos e orientações sobre a saúde da mulher e do homem.

A família de Rodrigo Fabiano de Souza e Vânia

Foto:

Luca

s Dan

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9revista notícias da construção / abril 2014

Santo André teve 6,8 mil pessoasEm Santo André, o ConstruSer ocupou

o CAT Theobaldo de Nigris, para receber os trabalhadores do ABCD e seus familiares. O evento teve a participação de 6.780 pessoas.

Para Paulo Piagentini, secretário de Desenvolvimento e Habitação de Santo André, o evento é muito importante para a integração entre os trabalhadores e seus fa-miliares. “Sem dúvida é um sucesso. A cada ano o número de participantes é maior. É um exemplo de cidadania”, afirmou.

Por meio de sua assessoria, o prefeito de Santo André, Carlos Grana, disse que considera de suma importância qualquer iniciativa cuja finalidade seja valorizar a interação entre os trabalhadores e seus familiares, trazendo-os para atividades de lazer e conscientizando-os sobre questões referentes à saúde e à segurança.

Já o deputado federal Vanderlei Siraque afirmou ser “uma forma de integração, um momento de lazer e de receber informações importantes sobre saúde”.

Adiel Prado, diretor do Sesi, disse que, no caso do ConstruSer, o foco do Sesi é específico para o trabalhador da construção civil. “Cumprimos com o nosso papel de quem pensa na educação como um todo.”

“É maravilhoso conseguirmos essa mobilização para um dia tão agradável, sobretudo para as crianças”, disse Sergio Ferreira dos Santos, diretor da Regional do SindusCon-SP. (Sueli Osório)

Espaço de refeições do ConstruSer permitiu às famílias sentar para almoçar juntas

Weber, Perez, Vicioni, Watanabe, Costa, Martistela, Castelano e ishikawa recebem os atletas do Sesi-SP

Maria da Conceição Souza veio de Pirituba para conhecer o evento. “Além da piscina, aproveitamos para cortar o cabelo e agora a pequena (Yas-min, filha do casal) vai passar pelo atendimento odontológico. Adorei a organização, está tudo perfeito”, disse Vânia, que veio a convite do cunhado. Silvana da Silva Brito, que mora no Ca-pão Redondo, aproveitou o dia para fazer os exames de pressão, glicemia e acuidade visual. “Enquanto fiquei aqui na área de estética, aproveitando para dar um trato na pele, meu marido foi pra piscina”, comentou.

O eletricista Isaias Barbosa da Silva, de Ermelino Matarazzo, descobriu no ConstruSer que precisará usar óculos. “Já suspeitava, mas acabei descobrindo, no

exame. Foi bom porque aqui todos (ele, a esposa e a filha) puderam fazer o exame sem custos”, elogiou. A cadeirante Camila Santos Silva veio de Jandira com um grupo de 15 pessoas, entre amigos e familiares, e se impressionou com a quantidade de ativi-dades. “O dia está maravilhoso e só não deu para aproveitar a piscina, mas pretendemos voltar em 2015”, afimou a garota.

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10 revista notícias da construção / abril 2014

Capa

Oficina de artesanato aconteceu dentro do ginásio do Sesi

Público da Regional Sorocaba foi recorde no interior

mais 9,7 mil foram a votorantim

Artistas circenses em pernas de pau receberam mais de 9.700 trabalhadores da construção e seus familiares no Sesi de Votorantim, para o ConstruSer da região de Sorocaba, a que mais atraiu público, segundo dados preliminares.

A música ficou por conta da orquestra do Projeto Guri e dos calouros que partici-param do Show de Talentos durante a tarde. Outras atividades ganharam destaque: ades-tramento de cães da Polícia Militar, doação de animais abandonados, aula de cultivo de orquídeas, piscina e, neste ano, o teste rápido para detecção de HIV.

Uma participante contou que pela pri-meira vez a família dela teve contato com uma piscina. Outro atrativo que as famílias puderam aproveitar foi o passeio monitorado

pelo Parque dos Dinossauros, que fica no CAT do Sesi.

Após o sorteio de prêmios comandado pela vice-presidente de Responsabilidade Social do SindusCon-SP, Maristela Honda, o dia terminou com um bailão.

Também prestigiaram outras autorida-des, como o prefeito de Votorantim, Erinaldo Alves; a vereadora Fabíola Alves; e o diretor do Sesi, Júlio Cesar Martins. O diretor da Regional Sorocaba, Elias Stefan Jr., disse na abertura do evento que o encontro é um dos maiores do Estado e destacou o foco do sindicato em segurança do trabalho.

(Lívia Camargo)

Rio Preto teve público cativoUm dia de sol ameno, céu azul e lazer

em um sábado tranquilo, ao lado da família. O evento em São José do Rio Preto foi um sucesso: atraiu mais de 2.600 pessoas.

Quem conhece o ConstruSer se apaixo-na. Flaviana Rege da Silva foi com a família e amigos. “Vamos voltar sempre”, disse. Já o grupo de Miqueas Santana Braga era ainda

maior. “A gente vem sempre e, neste ano, estamos em 12 pessoas. Aqui a gente passa um dia gostoso.”

Na abertura oficial, a coordenadora da Regional, Mércia Godoy, ressaltou os objetivos do evento: proporcionar um dia de lazer, educação e saúde para o trabalhador.

Já para Nelson Ioca, presidente do sin-dicato dos trabalhadores, eventos como este oportunizam a convi-vência familiar.

“Somos a casa do trabalhador. É muito bom que ele venha curtir com os filhos, esposa e amigos”, completou a diretora do Sesi, Ma-ria de Fátima Mimessi.

(Ester Mendonça)

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11revista notícias da construção / abril 2014

em Campinas, muito mais diversãoEm um dia perfeito para a diversão,

com sol e calor na região de Campinas, não faltou animação para a festa que reuniu trabalhadores e familiares do ConstruSer, no Sesi Santos Dumont.

A festa foi garantida com a participa-ção de 1.966 trabalhadores e voluntários, número bem maior do que na edição 2013, quando 1.639 pessoas foram ao local. “Esse ano foi muito bom. O tempo ajudou e foi um dia de festa para todos”, disse o diretor da Regional Campinas, do SindusCon-SP, Márcio Benvenutti.

Com as temperaturas em alta, o Com-plexo Aquático do Sesi foi a atração prin-cipal. Houve ainda atividades de educação, cultura, saúde, meio ambiente e o sorteio dos prêmios. Quem levou um presente saiu ainda mais satisfeito. Cláudia Pereira da Silva ganhou um rádio. “Participo todo ano, mas não havia ganhado nenhum brinde; hoje fiquei super feliz”, comemorou.

Mais feliz ainda ficou Carleone Silva Costa. Ele ganhou uma bicicleta e sua con-vidada Adailma Pereira, um micro ondas. “É muita sorte esse ano. Trago minha família em todos os eventos porque gostamos muito. Dessa vez fomos duplamente premiados.”

Outra novidade nesse ano foi a utili-zação de um drone, que captou imagens aéreas da alegria dos participantes da ação em Campinas. (Vilma Gasques)

Palhaços e malabaristas receberam o público que foi ao Sesi de Campinas

Piscina lotada para aguentar o calor de Ribeirão Preto

Recordeem Ribeirão

Em Ribeirão Preto, onde há nove anos nasceu o ConstruSer, 3.980 participantes es-tabeleceram o novo recorde de público local.

Ao dar boas-vindas, o diretor adjunto da Regional, Fernando Junqueira, ressaltou a alegria em promover mais uma edição do evento. “É muito importante proporcionar essa alegria aos valorosos trabalhadores e suas famílias. Sabemos que é um dia aguar-dado com ansiedade, por isso não medimos esforços para superar as expectativas.”

Além das orientações sobre saúde e bem-estar, os participantes passaram por uma relaxante massagem e assistiram a um workshop de técnicas de pintura decorativa,

oferecido pelo Instituto da Construção.No Show de Talentos, o sertanejo ditou

o ritmo. Carlos Eduardo Belíssimo soltou a voz na canção “Tentei te esquecer”, de Matogrosso e Mathias, e levou o primeiro lugar e um aparelho de DVD.

Outro destaque foi o desfile de roupas, bolsas e calçados produzidos e customizados pelas próprias participantes da oficina. Além de criar as peças, mulheres de todas as idades desfilaram suas criações no encerramento do evento, que teve ainda o sorteio de brindes.

(Marcio Javaroni)

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12 revista notícias da construção / abril 2014

Capa

piscina é ponto alto na BaixadaDia ensolarado e quente marcou o

ConstruSer na Baixada Santista, que reuniu 2.400 pessoas. A piscina do CAT de Cubatão transformou-se no ponto alto da festividade da família da construção civil promovida pela Regional Santos.

A animação foi grande. Crianças e jo-vens encontraram na oficina de canoagem no parque aquático e na piscina chance de brincar e se exercitar.

Embora o calor tenha transformado as atividades aquáticas em alvo central de interesse dos participantes, o ConstruSer na Baixada não se resumiu a isso. As mulheres foram “conquistadas” pelas aulas de zumba e hidroginástica e procuraram o setor de be-leza, que ofereceu design de sobrancelhas, limpeza de pele e maquiagem, além de corte de cabelo e outros serviços. Os homens preferiram aproveitar o campo de futebol.

O dia foi de muita festa, alegria, des-

contração e shows do coral Zanzalá e do conjunto Somente Elas.

“O trabalhador é nosso patrimônio mais importante”, afirmou o diretor da Regional, Ricardo Beschizza, satisfeito com o sucesso do evento. (Giselda Braz)

Uma massagem relaxante também foi oferecida aos participantes da baixada Santista

“Hoje é a nossa vez”, decretou o servente anderson Gonçalves

Famílias inteiras foram a prudenteCom a presença de milhares de pessoas,

alguns trabalhadores da construção civil levaram todas as gerações da família ao 7º ConstruSer, no Sesi-SP da Vila Furquim.

Foi o caso de Célia Regina Lopes da Silva, trabalhadora do Parque de Obras, que esteve acompanhada de 20 pessoas. “O evento é muito especial, já venho há 3 anos. A gente é muito bem recebido. Meus netos brincam, minhas filhas se divertem”, destacou.

No corte de cabelo, o servente Anderson Barbosa Gonçalves comemorou a disponibi-lidade dos serviços. “O evento é muito bom para o trabalhador da construção civil, que é meio esquecido. Hoje é a nossa vez. É um momento especial”, defendeu o trabalhador.

Estiveram presentes cerca de 3,8 mil participantes, que receberam 55 mil atendi-mentos, em 53 serviços ofertados.

O diretor da Regio-nal, Luís Gustavo Ribeiro, lembrou o empenho da vice-presidência de Res-ponsabilidade Social na realização do Constru-Ser. “Isto é fundamental para que ele se perpetue”, apontou. “Os trabalhadores reunidos: isto é o que nos move”, ressaltou.

O diretor do Sesi em Presidente Prudente, Laér-cio Doglas, destacou a pes-quisa para avaliar o nível de satisfação do trabalhador e a crescente participação dos trabalhadores. “Isto é gratificante”, reforçou.

(Geraldo Gomes)

Foto: Maycon Morano

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13revista notícias da construção / abril 2014

Participantes do ConstruSer puderam praticar natação na piscina do Sesi local

antes do meio-dia, ary Condota já havia pintado 200 azulejos

evento reuniu 5 mil em são joséO 7º ConstruSer reuniu mais de 5 mil

pessoas em São José dos Campos. O evento aconteceu no Sesi Ozires Silva com traba-lhadores e familiares de diversas cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, Mogi das Cruzes e Alto Tietê.

O diretor da Regional, Rogério Penido, destacou a importância do evento. “O dia a dia do funcionário é sempre uma luta, e o ConstruSer é uma oportunidade de nos reunirmos, nos divertirmos e participarmos de uma atividade diferente”, disse.

Já o Secretário de Relações do Trabalho da cidade, Miranda Ueb, destacou a parceria com o SindusCon-SP. “Estar nesse evento é uma grande honra”, concluiu.

As atividades estéticas estiveram entre as mais procuradas. O corte de cabelo e o Espaço Zen foram muito disputados.

Marcaram presença ainda, entre outros, Emanuel Fernandes (deputado federal);

Francisco de Oliveira Roxo (presidente em exercício da Aconvap); Carlos Serra (diretor do Senai); Antônio Carlos Wolff Nadolny (secretário de Serviços Municipais); e Miranda Ueb (secretário de Relações do Trabalho). (Elizânio Silva)

Bauru reúne 3 mil pessoasEm Bauru, o 7º ConstruSer superou as

expectativas, com cerca de 3 mil participan-tes. Um dos destaques foi o workshop de Pintura Decorativa. Quem visitou o estande levou para casa lindos azulejos pintados na hora por Ary Condota, aluno dos cursos de Pintura e Pedreiro Revestidor da Escola da Construção Civil do Senai.

Fez sucesso a Oficina de Origami, par-ceria com o Clube Cultural Nipo-Brasileiro de Bauru, que ensinou a fazer móbiles, cis-nes, pinguins, vasos e outros objetos. De-monstrações de equipamentos de proteção e segurança no trabalho, primeiros socorros, prevenção e combate a incêndio do Corpo de Bombeiros também atraíram o público.

Para as crianças, além de vários brin-quedos infláveis, jogos gigantes, piscinas, jogos eletrônicos e de salão, também havia a cidade-mirim, onde os pequenos usaram

bicicletas para aprender regras de trânsito.“O mais gratificante é ver pais e filhos

brincando juntos, a família reunida, sorrindo e se divertindo. Nossa missão foi cumprida”, comentou o diretor da Regional Bauru, Re-nato Parreira. (Sabrina Magalhães)

Page 14: ConstruSer

OBRIGADO A TODOS OSPARCEIROS, APOIADORES

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Page 15: ConstruSer

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Page 16: ConstruSer

16 revista notícias da construção / abril 2014

H a B i t a Ç Ã o

prefeituras pedem flexibilização no mCmv

Fabiana Holtz

O atraso nos repasses de verba do governo federal envolvendo o programa Minha Casa, Minha Vida, bem como a falta de informações e problemas de ordem operacional que têm emperrado a evolução do programa foram os temas que predomi-naram no “Evento de Divulgação Minha Casa, Minha Vida”. Realizado pela CBIC, junto com Ministério das Cidades, Banco do Brasil, Caixa, Abrainc, Apeop, Secovi-SP e SindusCon-SP, na sede deste sindicato, em março, o evento reuniu 130 pessoas, entre as quais 27 representantes de prefeituras do Estado de São Paulo, dos agentes financeiros e de construtoras.

Entre as dúvidas levantadas pelo públi-co, o conflito entre os padrões municipais e federais na hora da aprovação foi conside-rado uma grande dificuldade por parte dos presentes. Durante o debate, também foi sugerido pela plateia que o SindusCon-SP crie um banco de dados de construtoras, organizado por município e faixa de renda de atuação de seus empreendimentos, fazendo a ponte entre os gestores municipais e as em-presas interessadas em construir dentro do programa. A proposta, que foi considerada pelos debatedores uma boa ideia, poderia ser decisiva para inserir as cidades menores no âmbito do MCMV.

Ao apresentar os dados mais recentes do programa, Paulo Galli, superinten-

dente Regional Paulista da Caixa, afirmou que “estamos bem melhor do que imaginávamos”. Segundo ele, mesmo diante dos bons resul-tados ainda falta agi-lidade. Nesse sentido, uma das ações decisivas adotadas pelo banco foi a criação de uma vice-presidência exclusiva para Habitação. “Uma estrutura totalmente de-dicada para Habitação denota a importância da Construção Civil para os nossos resultados financeiros”.

Quanto à hipótese de uma bolha imo-biliária, o superintendente foi enfático ao afirmar que essa não é uma visão comparti-lhada pela Caixa. “Ainda temos uma baixa relação de crédito imobiliário/PIB, estamos em um momento de estabilização nos preços dos imóveis, a maior demanda se refere ao primeiro imóvel (para morar), o mercado de securitização de crédito ainda é incipiente e as regras de governança são sólidas”.

Questionamentos sobre pré-requisitos necessários para apresentar projetos do MCMV que possam receber recursos do FAR também surgiram. Os representan-tes do BB e da Caixa se prontificaram a esclarecê-los e indicaram que no site das duas instituições existem áreas com as principais orientações. “Em eventos como esse é que crescemos. Só assim será possível inserir as cidades menores no programa; a ideia do banco de dados é ótima”, disse José Carlos Martins, vice- presidente da CBIC.

apesar dos bons resultados do MCMV, ainda falta agilidade, disse Galli, da Caixaestamos bem melhor

do que imaginávamos, diz paulo Galli

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Page 18: ConstruSer

18 revista notícias da construção / abril 2014

HaBitaÇÃo

Em nome do Ministério das Cida-des, Marta Garske, diretora substituta do Departamento de Produção Habitacional, apresentou no seminário de divulgação do MCMV um histórico do programa, cuja meta até o final de 2014 é atingir 3,75 mi-lhões de moradias contratadas. Segundo ela, as prefeituras têm um papel gigantesco no andamento das entregas na Faixa 1 do programa. “Depende de vocês a liberação de áreas para desapropriação, fornecimen-to de infraestrutura. Sem vocês fica mais difícil”, afirmou.

“Os próximos desafios são melhorar a qualidade arquitetônica e urbanística dos empreendimentos e promover a adoção de tecnologias e soluções inovadoras para a qualificação da Habitação de Interesse Social (HIS)”, afirmou. Outros pontos essenciais considerados por Marta para o futuro do MCMV são a busca por soluções construtivas e de projeto que minimizem os custos de manutenção do condomínio e a realização de empreendimentos na área urbana consolidada, garantindo o acesso a equipamentos e serviços.

Em sua palestra, Rudimar Locatelli e Lúcio Bertoni, diretores de Crédito Imo-biliário do Banco do Brasil, apresentaram a evolução da carteira do banco e seu posicionamento no mercado. Com maior atuação na faixa 1, a instituição diz que tem se esforçado para reduzir o tempo de contratação. “As prefeituras devem ficar atentas para ganhar celeridade na apresen-tação e aprovação dos projetos”, cobrou Locatelli. Com relação aos próximos anos, as perspectivas do BB são otimistas. Pelas

projeções do banco, o crédito imobiliário, que hoje representa 8,2% do PIB nacional, deve superar 10% em 2016.

Em São Paulo, o banco tem registrado no momento 104 projetos contratados (o equivalente a 24.474 unidades) e 85 pro-jetos em contratação (17.312 unidades) pelo MCMV. Somente na Faixa 1, o BB tem 11.459 unidades em análise e 12.566 contratadas.

MCMV 3Na abertura, Sergio Watanabe, presi-

dente do SindusCon-SP, destacou o propó-sito do evento de “elevar a capilaridade” do MCMV no Estado de São Paulo, “aumen-tando o número de contratações, especial-mente na faixa 1 do programa, bem como discutindo sua continuidade nas localidades que já atingiram a meta atual”.

O secretário municipal adjunto de Ha-bitação de São Paulo, Marco Antonio Biasi, afirmou trazer mensagem do prefeito Fer-nando Haddad, no sentido de que as 55 mil moradias populares que sua administração pretende construir já têm áreas destinadas, estando os contratos em andamento, com o apoio do governo federal.

O evento contou ainda com as pre-senças dos vice-presidentes Luiz Antonio Zamperlini, da Apeop, e Flávio Prando, do Secovi-SP; do diretor executivo da Abrainc, Renato Ventura; do superintendente nacional da Caixa, Clóvis Bueno; do consultor da presidência da Caixa, Luiz Suguhara; dos prefeitos Rodrigo Proença (Capivari), Pe-dro Dali (Piedade) e Julio Barros (Rio das Pedras). (Colaborou Rafael Marko)

biasi, zamperlini, Martins, Watanabe, Prando, Ventura e Galli, na abertura do evento

‘importância dos municípios é gigantesca na faixa 1’

Page 19: ConstruSer

Para abrir novos caminhos, nosso país tem a força do aço Gerdau. A força da transformação.

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Page 20: ConstruSer

20 revista notícias da construção / abril 2014

q u a l i d a d e

especialistas esclarecem exigências para reforma

Quando se trata da gestão de reforma ou manutenção de edificações, a conscien-tização de todos (síndicos, administradores de condomínio e moradores) sobre suas responsabilidades e a importância do seguir as recomendações da ABNT são funda-mentais. A análise é do engenheiro Ricardo Pina, membro do Comasp (Comitê de Meio Ambiente) do SindusCon-SP e coordenador da Comissão de Estudo de Reformas em Edificações.

Durante apresentação no seminário “Garantias das Edificações”, o especialista detalhou as ações necessárias para atender as normas.

Segundo ele, a NBR 16.280 (que vigora desde 18 de abril e trata de reformas em edificações) está perfeitamente alinhada com a norma de Desempenho e com os novos manuais do Proprietário e de Áreas Comuns. “É preciso deixar claro ao proprietário que ele não está isento de responsabilidades”, afirmou. Em sua palestra, Pina também es-pecificou as ações necessárias antes, durante e depois da reforma de uma edificação.

De acordo com o engenheiro, a norma que trata das reformas, publicada em mar-ço, tem a finalidade de balizar a criação de planos de gestão de reformas, tanto para áreas comuns quanto privadas, envolvendo o controle de processos, projetos, execução e segurança. A expectativa é que o texto possi-

bilite, ainda, a administrado-res e síndicos, coibir abusos por parte de condôminos. “Quando você recebe uma notificação de um gestor é preciso tomar as provi-dências cabíveis para que a garantia seja preservada. E nessa hora a documentação arquivada vale muito”, disse, ao enfatizar a importância do registro das ações.

Entre as principais causas da perda da garantia está o mau uso, como a sobrecarga de elevadores, observou Pina.

Publicada em 25 de agosto de 2012, a ABNT NBR 5.674 estabelece os princípios para a gestão do sistema de manutenção de edificações. Entre seus requisitos estão a preservação das características originais da edificação e a prevenção da perda de desempenho decorrente da degradação dos seus sistemas, elementos ou componentes.

Na avaliação de Sérgio Meira, diretor de administradoras da vice-presidência de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP, as mudanças são de ordem técnica e cultural, é preciso se preparar para absorvê-las da melhor maneira possível

Meira falou sobre o papel da adminis-tradora junto aos condomínios, mediante as novas exigências. “Vejo aqui uma mudança de patamar. Antes não tínhamos como en-frentar os condôminos que abusam da sua autoridade”, concluiu.

Na sua avaliação, os condôminos es-quecem que têm de respeitar os limites da coletividade e prestar contas, respeitando sempre as regras do jogo, que ele próprio assinou quando comprou o apartamento.

norma veio balizar a criação de planos de

gestão de reformas, diz Ricardo pina

os usuários não estão isentos de responsabilidades, lembra Pina

Fotos: Calão Jorge

12 a 15 de maio de 2014 em Doha

Inscreva-se!maIs Informações:(11) 3508-6299 • 5585-3874Argemiro Villaça

roteIro de vIagem

a Project Qatar 2014 – exposição Internacional de tecnologia e materiais de construção – é destinada a oportunidades inigualáveis no principal mercado da construção do oriente médio.

5 de maio (segunda-feira) - SÃO PAULOApresentação no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos às 22h30 para o check-in na Emirates.

6 de maio (terça-feira) – SÃO PAULO / DUBAIEmbarque para Dubai à 01h25. Chegada em Dubai e conexão para Singapura.

7 de maio (quarta-feira) - DUBAI / SINGAPURAEmbarque para SINGAPURA às 03h25. Chegada em SINGAPURA às 15h15 e logo após trâmites de imigração, traslado ao hotel e acomodação. Noite livre.

8 de maio (quinta-feira) - SINGAPURAPasseio privativo de meio dia na cidade conhecendo o Bairro Chinês, o Templo Mariamman, as coloridas ruas de Little Índia, o Teatro Esplanade e o Distrito Financeiro. À tarde, sugerimos passeio pelo Merlion Park e o Gardens by the Bay e o Marina Bay.

9 de maio (sexta-feira) - SINGAPURAPela manhã, tour privativo de meio dia com arquiteto local (roteiro a definir). Tour termina no Singapore Flyer. Tempo livre para almoço e passeio na roda gigante (a maior do mundo com 165m). Após almoço, sugerimos passeio para o Monte Faber e passeio de teleférico até a Ilha Sentosa ou aproveite para fazer compras. À noite, aproveite para fazer um passeio de barco (Bum Boat Cruise) pela baia e aprecie a linda vista da cidade.

10 de maio (sábado) - SINGAPURA / DUBAI / DOHAPela manhã, traslado para o aeroporto de SINGAPURA e embarque para Doha com conexão em Dubai. Chegada às 14h15 e após trâmites de imigração, traslado ao hotel e acomodação. Restante do dia livre.

11 de maio (domingo) - DOHAManhã livre. À tarde, um safári pelo deserto com jantar típico beduíno.

12 de maio (segunda-feira) - DOHAManhã livre. Tarde dedicada à Project Qatar.

13 de maio (terça-feira) - DOHAPela manhã, partida para um tour técnico de meio dia. Tarde dedicada à Project Qatar.

14 de maio (quarta-feira) - DOHALogo após o café, saída para um tour técnico o dia todo. Terminaremos o tour no Centro de Convenções – Project Qatar.

15 de maio (quinta-feira) - DOHA / DUBAIManhã livre, e por volta das 12h30, traslado ao aeroporto e embarque para Dubai. Chegada em Dubai às 17h40, traslado ao hotel e acomodação.

16 de maio (sexta-feira) - DUBAILogo após o café, saída para um tour pela cidade. Conheceremos os principais pontos turísticos e atravessaremos a Enseada de Dubai em uma embarcação típica (Abra), visitaremos a ilha de Palm Jumeira e área do Marina Bay. Terminaremos o tour no Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo, com subida ao deck de observação. Retorno livre ao hotel e noite livre.

17 de maio (sábado) - DUBAI / SÃO PAULOÀs 6h, saída para aeroporto. Embarque para o Brasil e chegada em São Paulo às 16h30.

custo (valores por pessoa em US$ para saída de São Paulo)

Apto Individual: US$ 7.380,00 • Apto Duplo: US$ 5.790,00

O que o roteiro inclui- Passagem aérea Para todo o itinerário em classe econômica

Pela emirates airWaYs;- HosPedagem nos Hotéis citados ou similares com café da

manHã, internet e imPostos;- traslados Privados - aeroPorto / Hotel / aeroPorto em

singaPura, doHa e dubai;- citY tour Privado de meio dia em singaPura com guia

em esPanHol;- tour técnico de meio dia em singaPura com arquiteto

ou engenHeiro local;- Passeio no singaPore flYer (roda gigante);- registro na feira – ProJect qatar (eventos

concomitantes: qatar stone-tecH, HeavY max,

ligHtingtecH qatar 2014 e HvactecH qatar);- traslados em gruPo de ida e volta Para a feira – ProJect

qatar (12, 13 e 14/maio);- tour técnico com arquiteto ou engenHeiro local em doHa de

meio dia 13/maio e de dia todo 14/maio (inglês ou esPanHol);- safári no deserto do qatar com Jantar tíPico; - tour de meio dia Privado em dubai com guia em Português/

esPanHol;- ingresso Para subida ao deck de observação do burJ kHalifa;- vistos Para o qatar e os emirados árabes;- seguro em viagem;- acomPanHamento de rePresentante da oPeradora Para

gruPo mínimo de 15 ParticiPantes.

O que o roteiro não inclui- taxas de embarque, aeroPortuárias e excesso de bagagem;- documentação (PassaPorte);- extras de caráter Pessoal, tais como: telefonemas,

lavanderia, refeições, bebidas etc.- Passeios e serviços mencionados como sugestão ou

oPcionais;- gorJetas Para guias, motorista e carregadores dos Hotéis.

realização e organização: apoio institucional:

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Page 21: ConstruSer

12 a 15 de maio de 2014 em Doha

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roteIro de vIagem

a Project Qatar 2014 – exposição Internacional de tecnologia e materiais de construção – é destinada a oportunidades inigualáveis no principal mercado da construção do oriente médio.

5 de maio (segunda-feira) - SÃO PAULOApresentação no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos às 22h30 para o check-in na Emirates.

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Apto Individual: US$ 7.380,00 • Apto Duplo: US$ 5.790,00

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qatar (12, 13 e 14/maio);- tour técnico com arquiteto ou engenHeiro local em doHa de

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Page 22: ConstruSer

22 revista notícias da construção / abril 2014

qualidade

Em sua exposição no seminário “Ga-ratias de Edificações”, Karina Haddad, coordenadora de assistência técnica do De-partamento de Qualidade da Lúcio Engenha-ria, um fator fundamental nessa discussão é que as normas (Desempenho, Reformas e Manutenção de Edificações) hoje estão in-terligadas. “O tempo todo uma cita a outra”. Karina chamou ainda a atenção do público para os erros primários cometidos por pro-prietários que não sabem da exigência de projeto, autorização e acompanhamento de um especialista para qualquer tipo de reforma.

Segundo a engenheira, quem define a vida útil de projeto também deve estabelecer as ações de manutenção. “Um revestimento de fachada em argamassa pintado, por exem-plo, pode ser projetado para uma vida útil de 25 anos, desde que a pintura seja refeita a cada cinco anos, no máximo”, afirmou. Essa manutenção, ressaltam os especialistas, é de responsabilidade do proprietário/usuário. “Esses critérios precisam ser respeitados.”

Carlos Del Mar, membro do conselho jurídico do Secovi-SP e consultor da CBIC, lembrou que os imóveis existentes antes da vigência da norma também devem se adequar, criando programas de manutenção atendendo ao apresentado no conteúdo da mesma. “O assunto é muito sério, temos muitos problemas ainda para resolver. Essa mudança é necessária e urgente, mas não vejo uma maneira de ela acontecer de forma rápida”, afirmou.

Segundo o advogado, o direito de garantia é assegurado pelo artigo 618 do Código Civil. No texto, a lei determina o direito de reparação dos vícios ou defeitos independentemente da prova da culpa do construtor, “e não o direito de receber uma construção com as características de solidez e segurança, que são propriedades esperadas de qualquer edificação”.

Sobre a terceirização da gestão, o consultor disse que não considera prudente deixar uma comissão do próprio condomínio responsável pelo programa anual de manu-tenção. “É preciso contratar gente capacita-da. Pague e cobre”, concluiu.

Todos os palestrantes reforçaram a im-portância de se manter um histórico de ações de manutenção – o que infelizmente ainda não faz parte da rotina de muitos síndicos.

Aculturamento Distribuído em quatro painéis, o semi-

nário promovido em março pelo Secovi-SP, com apoio do SindusCon-SP, reuniu cerca de 160 pessoas no auditório da entidade.

“Não é custo, vejo como ganho em qualidade e economia em manutenção”, afirmou Flavio Prando, presidente em exercí-cio do Secovi-SP, na abertura do evento. De acordo com ele, o setor ainda não parou para fazer as contas de quanto poderá economizar com a adoção desses padrões.

Representando o SindusCon-SP, Ale-xandre de Oliveira, membro do CTQ do sindicato e presidente da CompraCon-SP, instou os especialistas a continuar avançando no tema. “Essa união de esforços em busca de soluções tem ajudado bastante. Ganha-mos em qualidade.” (Fabiana Holtz)

Debate coordenado por Marcos Velletri (com o microfone), diretor de insumos do Secovi-SP, contou com as presenças de Del Mar, Pina, Meira, Karina, Ronaldo Sá oliveira e Carlos borges

Quem define a vida útil do projeto também deve estabelecer as ações de manutenção, afirmou Karina

normas devem coibir erros primários

Page 23: ConstruSer

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Page 24: ConstruSer

24 revista notícias da construção / abril 2014

Maria angeLiCa CoveLo SiLva é engenheira civil, mestre e doutora em engenharia, diretora da ngi Consultoria e Desenvolvimento

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna:[email protected]

moldando o futuro

G e s t à o d a o B R a

Sem dúvida, a evolução tecnológica e de gestão do setor da construção foi muito grande nos últimos 30 anos, embora ainda não uniforme num país das dimensões e di-versidade socioeconômica do Brasil.

No entanto, ainda é preciso derrubar grandes barreiras para que a construção seja adequadamente chamada de indústria.

Algumas das grandes linhas de mudança que vão moldar a construção civil do futuro são:

1. Formação de profissionais de en-genharia e arquitetura: nos últimos anos, a transição de geração de profissionais de projeto e construção não vem ocorrendo sem perdas. As instituições de ensino e os orga-nismos que regulam o ensino de graduação precisam ser mobilizados pelo setor para que a metodologia de ensino e, sobretudo, a atualização dos professores que formam estes profissionais propiciem que a transição ocorra para melhor. Os problemas vividos em obras por falta de conhecimento tecnológico e de gestão vêm se agravando nos últimos anos.

2. Mudança de modelo de relaciona-mento entre contratantes e fornecedores de serviços: a terceirização ocorrida no fim dos anos 80 não foi conduzida para gerar fornecedores com a capacitação técnica e gerencial necessária. É insustentável ao longo dos próximos anos manter o modelo atual que inviabiliza a industrialização e a melhoria de desempenho. Alguns outros setores da economia encontraram modelos mais modernos e focados em elevação da qualidade de seus produtos e da produtivi-

dade para este relacionamento. É preciso olhar um pouco para fora e promover uma revolução nesta questão.

3. Mudança da estrutura de projeto do mercado: o conhecimento tecnológico exigido dos projetos não é compatível com a atual fragmentação de serviços e a coorde-nação se coloca apenas como a “cobrança” de cumprimento de prazos. Aliás, o que mais se ouve atualmente no mercado é cada agente da cadeia de projeto querendo saber “de quem deve cobrar”. É preciso conduzir este processo à verdadeira interação entre os subsistemas construtivos e avaliar as so-luções que estão sendo adotadas pela ótica do desempenho da edificação como um todo ao longo da vida útil.

4. Industrialização da produção: não haverá a decisão de sair do artesanato enquanto: não se souber avaliar custos de forma mais global e ligados à produtividade; enxergar-se que, em breve, algumas ativida-des hoje artesanais não terão mais quem as faça, e constatar que o desempenho é muito

mais difícil de atender sem verdadeiramente se utilizarem sistemas construtivos industria-lizados. A industria-lização pede muitas

mudanças de hábitos e métodos em projeto, orçamento, planejamento, segurança, gestão da qualidade, logística.

Os desafios que se colocam são relacio-nados à visão e mentalidade. Se não mudar-mos a visão do que deve ser nossa produção no futuro, moldando-se o processo a partir de um canteiro de obras visualizado como uma fábrica, com tudo o que deve ser um processo de produção moderno e compatível com o desenvolvimento pelo qual vamos passando como sociedade, nada se transformará.

industrializar a construção requermudanças de visão e mentalidade

Page 25: ConstruSer

25revista notícias da construção / abril 2014

qualidade

desempenho: haverá novidades no mCmv

Em maio, o Ministério das Cidades deverá baixar instruções provisórias, em vez de especi-ficações mínimas, para que os projetos do Programa Minha Casa (MCMV), Minha Vida atendam às exigências da Norma de Desempenho.

O anúncio foi feito pela coordenadora geral do PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualida-de e Produtividade do Habitat), Maria Salette de Carvalho Weber, no Dia do Construtor, dentro do Fórum Internacional de Arquite-tura e Construção, promovido pela Anfacer com o apoio do SindusCon-SP em março, na Expo Revestir, em São Paulo.

As instruções provisórias serão valida-das por especialistas e implementadas de imediato. “Já exigíamos piso cerâmico, ago-ra ele precisará atender à Norma de Desem-penho”, comentou Salette. No médio prazo, acrescentou, serão realizados ensaios para avaliar subsistemas. E o portal do Ministério das Cidades terá um catálogo eletrônico com as categorizações dos insumos.

Com isso, Salette espera reduzir riscos e custos de seguro. Também se criarão as condições para o seguro de garantia de qualidade, que deverá acompanhar o desem-penho em uso requerido pela norma (mais informações à pág. 34).

Novos desafiosImplementada a Norma de Desempe-

nho, a construção precisa agora enfrentar diversos desafios. Entre estes, figuram: integrar as novas exigências nos projetos; finalizar as caracterizações dos insumos e acompanhar sua correta aplicação; dissemi-nar o conhecimento sobre o BIM (Modela-

gem da Informação da Constru-ção); transmitir aos usuários as orientações sobre manutenção; ensinar aos adquirentes os con-ceitos de desempenho, vida útil e garantia; e transmitir a noção de que um custo maior será amorti-zado por uma manutenção mais econômica.

Esta foi a mensagem trans-mitida por Fabio Villas Bôas,

coordenador da Comissão de Trabalho de Pós-Obra e Assistência Técnica do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) do SindusCon-SP, no Dia do Construtor.

A quase totalidade do setor não leu o texto da Norma de Desempenho, alertou, em sua apresentação, Luiz Henrique Manetti, gerente técnico de Engenharia da Porto Bello. Ele listou os requisitos de uma boa especificação de revestimentos cerâmicos: ensaios sobre atrito e sobre expansão por umidade; resistência ao impacto ou carga, ao tráfego e a ataque químico; e facilidade de limpeza.

Segundo ele, os fornecedores de in-sumos precisam disponibilizar os dados técnicos de seus produtos nos catálogos, uma vez que não há razão comercial para deixá-los sob sigilo.

Portas abertasNa abertura do Dia do Construtor, o

superintendente do SindusCon-SP, José Luiz Machado, afirmou que o sindicato “está à disposição, de portas abertas para todos os elos da cadeia produtiva da construção, porque juntos poderemos, como se diz, fazer o bolo crescer para dividir. Acreditamos que estamos no caminho certo, unindo o setor para fortalecê-lo.” (Rafael Marko)

Villas Bôas: novos desafios

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Fatores externos, incluindo altas alíquotas de impostos, representam obstáculos à industrialização dos canteiros de obras

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Aumento da produtividade requer múltiplas ações

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Apesar de todo o avanço tecnológico da construção civil brasileira nos últimos anos, inclusive com a adoção de equipa-mentos para as mais diversas finalidades, as construtoras ainda sentem necessidade de aumentar sua produtividade no curto prazo. Essa é a visão de Jorge Batlouni, co-ordenador do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo). Para ele, questões conjunturais têm atrapalhado o aumento da produtivi-dade e precisam ser enfrentadas. “O preço dos equipamentos de transporte vertical e horizontal é bastante elevado no Brasil”, ilustra. Ele também cita como entrave a tributação em 18% de ICMS sobre peças pré-fabricadas de concreto.

Por isso, segundo Batlouni, combater os gargalos de produção dentro e fora dos canteiros é imperativo para manter a com-petitividade das empresas frente aos custos cada vez mais elevados da mão de obra. “É importante salientar que há um grande potencial de aumento da produtividade a ser explorado”, assegura.

Precisão no diagnósticoComo primeira sugestão, Batlouni re-

comenda aos construtores a implantação de programas de gestão nos canteiros, visando a medir a produtividade real dos funcioná-rios por meio de procedimentos simples e expeditos. “É preciso muito cuidado ao falar de produtividade. Para saber se ela é satisfatória ou não, a primeira tarefa é medi- la, o que pouquíssimas empresas fazem”, diz. Em comparação a países desenvolvi-dos, Batlouni afirma que a produtividade da

construção brasileira é baixa. No entanto, ele acredita que “isso não se refere ao es-forço do trabalhador, mas a um conjunto de fatores internos e externos ao canteiro”.

Assim, embora na concepção do coordenador do CTQ o aumento da pro-dutividade passe pela industrialização e pela capacitação da mão de obra, ele considera fundamental investir em gestão para que as atividades se desenvolvam em fluxos constantes de produção, diminuindo incertezas e emergências.

Dessa forma, os ganhos de produtivi-dade e, consequentemente, de competitivi-dade dependem da elaboração de projetos com esse foco; da industrialização de pro-cessos e métodos construtivos –com amplo estudo acerca da viabilidade financeira; da melhoria da gestão; da eficiência na logís-tica de suprimentos desde o abastecimento até o transporte em canteiro; e de um uso ainda mais intensivo de equipamentos dentro do canteiro de obras.

Atualmente, uma comissão do CTQ, coordenada pelo vice-presidente Francisco Vasconcellos, vem desenvolvendo trabalhos sobre essas questões.

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Rendimento da mão de obra tende a ser melhor conforme aumentam os investimentos em qualificação e mecanização

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Fotos: Divulgação ABCP

Gestão de subcontratadas como estratégia de negócio

Largamente baseados em serviços, os trabalhos realizados dentro dos canteiros dependem, em grande medida, do desem-penho da mão de obra envolvida. Conse-quentemente, nesses casos, a qualificação profissional é um dos pontos críticos à produtividade, mas não o único, conforme alerta Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP. “A má qualificação é um dos problemas da produtividade, mas esta se relaciona a vários fatores, como projeto, materiais e equipa-mentos e gestão dos indicadores utilizados”, explica Ishikawa.

Assim, ganham importância aspectos como o processo adotado, incluindo o pla-nejamento e o modelo de gerenciamento, especialmente em subcontratações. “Temos de atentar a prazos, custos, qualidade e segurança”, alerta Ishikawa em relação aos prestadores de serviços contratados.

Apesar de a subcontratação ser vista por ele como sinônimo de especialização e pro-dutividade, atenção especial deve ser dada à administração interna das empresas de serviços. Caso contrário, explica, “os ônus recaem sobre a contratante, seja nas questões trabalhistas ou na gestão administrativa”.

Exemplo prático de influência da gestão de subcontratadas na produtivi-dade vem do segmento de concretagem, conforme relata Jairo Abud, presidente da Abesc (Associação Brasileira das Empre-sas de Serviços de Concretagem). Dentre as inovações introduzidas pelas empresas que a Abesc representa, ele destaca como benéfica à produtividade a intensa operação logística envolvida na entrega do concreto. “Vale lembrar que o trânsito nas grandes cidades está cada vez mais difícil, o que exige sofisticados programas de gestão de

frotas para cumprir com os compromissos firmados”, pontua.

TecnologiaO investimento

sistemático em equi-pamentos é um dos caminhos possíveis para minimizar riscos relacionados à mão de obra no que diz respei-to à produtividade em serviços. Essa é uma tendência em alguns setores, como, por exemplo, o de concre-tagem, que tem forte influência sobre a pro-dutividade e os custos de uma obra. “Com a menor disponibilidade de mão de obra e o seu consequente enca-recimento, duas inovações têm se destacado nas empresas de concretagem: as paredes de concreto e os concretos autoadensáveis”, afirma Abud, ao citar tecnologias que de-mandam equipes menores e são menos suscetíveis a erros humanos.

Entretanto, o investimento em tecnolo-gia é imprescindível, acrescenta o presidente da Abesc. “O setor moderniza-se a passos largos e os grandes fabricantes de equi-pamentos estão instalados no Brasil para atender à demanda”, afirma.

Opinião semelhante tem Ishikawa, para quem é imperativo investir em tecnologias existentes e na disseminação de novas. Para Abud, a mão de obra envolvida “deve ser cada vez melhor qualificada para responder aos avanços tecnológicos. Em geral, os treinamentos ocorrem dentro das empresas.”

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28 espeCial revista notícias da construção / abril 2014

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A especificação baseada em desempenho diminui custos de operação e reduz a incidência de manutenções não programadas

Quando os materiais não têm qualidade, há desperdício em todas as etapas, inclusive após a entrega da obra, resultando em perdas de produtividade

ensaios

Fotos: Divulgação Falcão Bauer

Desempenho também influencia a produtividade

A produtividade não deve ser medida apenas com relação à velocidade de exe-cução. O ideal é promover uma análise abrangente, que considere o desperdício de materiais ao longo de todas as etapas e da vida útil do empreendimento. E, em todos esses casos, os ensaios de caracterização e de desempenho dos materiais, produtos e sistemas são fundamentais. Este é o ponto de vista do engenheiro Roberto José Falcão Bauer, conselheiro do SindusCon-SP e diretor do Instituto Falcão Bauer.

Um bloco vazado de vedação, em con-creto, sem qualidade e não paletizado, por exemplo, gera perdas de material em todas as etapas, desde o processo de fabricação até o uso. “Para o fabricante entregar mil blo-cos, seguramente ele produziu muito mais. Isso não é sustentável e também prejudica o desempenho”, afirma Bauer.

Segundo ele, é imprescindível aos construtores, para entender a produtividade, avaliar custos de operação e manutenção. “Os ensaios ajudam a avaliar o desempenho ao longo do tempo, permitindo programar manutenções, inclusive no caso de obras públicas, permitindo a previsão com tempo hábil para licitação”, diz, ao defender a es-pecificação, em projeto, da vida útil desejada para alguns componentes.

Os ensaios aju-dam na regulação entre o nível de de-sempenho desejado e as características de cada um dos materiais utilizados. Isso é útil para o fabricante sa-ber, por exemplo, em que nível estão seus produtos e, assim, enquadrá-los nos pa-drões de qualidade previstos na Nor-ma de Desempenho (mínimo, interme-diário ou superior). “O ensaio registra o atendimento ou não às normas técnicas es-pecíficas ao material em avaliação”, pontua.

Exemplo práticoBauer conta que determinado tipo de

cortina foi usado na primeira fase de um empreendimento em São Paulo. Antes da conclusão da segunda etapa, o Instituto avaliou a qualidade das cortinas. Foi desenvolvido um simulador de uso, para

estimar a quantidade de vezes que o sistema foi acionado. Como resultado, o laudo apon-tou defeito em uma engrenagem do mecanismo, que deixava de funcionar após determinado número de ciclos. “O fabri-cante desenvolveu uma nova engrenagem que quadruplicou a vida útil do produto”, relata o engenheiro.

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Cadeia produtiva integrada traz benefícios às obras

Não só executar a maior quantidade de tarefas no menor tempo, mas adminis-trar recursos para chegar ao resultado al-mejado. Esse entendimento possibilita aos fabricantes de insumos básicos influenciar positivamente na produtividade geral de uma obra.

Para Valter Frigieri, gerente nacional de mercado da ABCP (Associação Bra-sileira de Cimento Portland), entender a cadeia construtiva permite melhorar índices de produtividade. “Visamos au-mentar a competitividade dos sistemas. Ou seja, tornar mais atrativo não só o uso do cimento em si, mas de sistemas à base de cimento”, explica, ao afirmar que o conjunto de soluções envolvidas em um sistema permite tirar o máximo de proveito em termos de produtividade.

Em resumo, envolver e integrar a cadeia produtiva. “Em geral, falta orde-namento ao mercado para compreender os sistemas e a influência de cada item sobre a produtividade”, analisa. Por isso, ele defende que a verdadeira inovação leva em conta o contexto da construção civil brasi-leira. “Se não considerar o ambiente, não adianta ser revolucionária. Para fazer um sistema acontecer em condições reais, é preciso desenvolver as interfaces”, afirma.

Solução contextualizadaEntendimento semelhante tem Lucien

Belmonte, superintendente da Abividro (Associação Técnica Brasileira das Indús-trias Automáticas de Vidro), para quem o material em si não tem condições de, sozinho, influenciar na produtividade, mas sim a solução por ele representada. “Não se trata de uma tecnologia isolada, mas de um conceito”, diz. Para exemplificar,

cita a possibilidade de adotar um sistema leve de fechamento de fachadas e, assim, reduzir prazos e consumo de materiais e mão de obra.

Outro ponto de concor-dância entre ABCP e Abividro diz respeito à necessidade de desenvolver todos os elos do setor para melhor entendimen-to sobre a produtividade. “O maior desafio é o treinamento da cadeia como um todo para prestar o melhor serviço não apenas na instalação, mas desde a especificação. Há um trabalho grande a ser feito”, diz Belmonte.

Justamente por isso, conta Frigieri, a ABCP busca atuar na organização do mercado, capacitando desde os fornece-dores de materiais, até os projetistas e os operários. “O estímulo à integração da cadeia é a razão do crescimento do sistema. Não é a entidade ou a indústria que devem deter o conhecimento, mas o mercado, de forma compartilhada”, diz. A finalidade é proporcionar à construtora in-formações suficientes para que seja capaz de comparar soluções e, assim, melhorar a produtividade.

Frigieri: inovação verdadeira precisa considerar o ambiente

Para ganhos reais de produtividade, projetos devem considerar o contexto geral da construção

insumos BásiCos

Fotos: Divulgação ABCP

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31espeCial revista notícias da construção / abril 2014

Gisele: indústria busca aplicação fácil do insumo, que supere o rendimento esperado

Desenvolvimento tecnológico de materiais de acabamento não dispensa investimento em gestão dentro do canteiro

Tecnologia aliada à gestãoaCaBamento

Embora a indústria de materiais de acabamento busque um constante de-senvolvimento, os principais fatores de influência capazes de proporcionar melho-res índices de produtividade a uma obra estão mais intimamente ligados a questões técnicas. Ou seja, cujo domínio está nas mãos de quem executa e, logo, diretamente relacionado à capacidade de gestão do con-tratante. “O setor preocupa-se em oferecer produtos fáceis de aplicar e que, ao serem aplicados, proporcionem –ou superem– o rendimento e os resultados esperados”, afirma Gisele Bonfim, gerente técnica e de assuntos ambientais da Abrafati (Associa-ção Brasileira dos Fabricantes de Tintas).

Como exemplos do desenvolvimento tecnológico no segmento de tintas, ela cita a facilidade de aplicação –permitindo o uso de equipamentos; poder de cobertura e bom alastramento–, proporcionando menos pinceladas, demãos e retoques, além do menor tempo de secagem entre demãos. “Os fabricantes têm investido no desenvolvimento de tintas com secagem cada vez mais rápida. Isso permite, muitas vezes, que um imóvel médio seja pintado completamente em um dia, com duas de-mãos”, conta.

Em paralelo, Gisele ressalta que, para obter integralmente os benefícios dos investimentos realizados pela indústria, alguns itens relacionados à gestão da produção são determinantes:

1) Utilização de técnicas e instru-mentos adequados: evita gasto de tempo e de materiais com eventuais retrabalhos;

2) Especificação conforme necessi-dade: para obter o desempenho esperado, é preciso considerar o local de aplicação e as exigências às quais o material estará exposto durante sua vida útil. No caso de tintas, por exemplo, a superfície e a expo-sição a intempéries são determinantes;

3) Atendimento às nor-mas técnicas brasileiras: ma-teriais com desempenho abaixo do exigido em norma provocam maior consumo devido aos retra-balhos. “De maneira geral, tintas que não estão em conformidade com as normas técnicas apresen-tam baixo rendimento e menor durabilidade”, alerta Gisele;

4) Armazenamento: a es-tocagem correta garante a in-tegridade do produto no momento do uso. Além disso, no caso de sobra, alguns pro-dutos –como tintas– podem ser usados em outras obras desde que respeitado o prazo de validade indicado pelo fabricante.

5) Dimensionamento: o cálculo correto das quantidades a serem utiliza-das evita que as equipes fiquem paradas por falta de material. Em outro sentido, a compra de mais material do que o necessário afeta a rentabilidade geral do empreendimento;

6) Clima: fatores climáticos podem afe-tar a produtividade em canteiro. Como não po-dem ser controlados, é importante verificar sempre a previsão do tempo e prever outros serviços que possam ser realizados no dia, em caso de chuva;

7) Condições do substrato: a superfície a ser pintada ou o local que receberá os materiais de acabamento precisam estar previamente prepa-rados para os serviços a serem executados.

Fotos: Divulgação Abrafati

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32 espeCial revista notícias da construção / abril 2014

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pesquisa

Lean production combate desperdício em canteiro

Grua agiliza a movimentação de materiais, tarefa que consome tempo

A falta de um sistema de custos ade-quado, que analise os impactos das inova-ções, restringe o entendimento sobre o que é produtividade. Além disso, na opinião de Carlos Formoso, professor e pesquisador do Norie-UFRGS (Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), é preciso promover uma mudança conceitual pro-funda. “Os grandes ganhos de produtivida-de existem quando se eliminam atividades que não agregam valor. O foco deve ser este, e não só o aumento da eficiência das atividades que agregam valor”, afirma. Segundo ele, esse é um dos fundamentos da filosofia da lean production, oriunda da indústria automotiva e que, de acordo com Formoso, vem sendo empregada com sucesso no setor de construção.

Tal abordagem baseia-se no conceito que estabelece relação direta entre valor do produto e custo dos insumos. Nesse contexto, é importante entender, identi-ficar quais são e reduzir a incidência de atividades que não agregam valor, mas que têm custo elevado. São exemplos serviços de movimentação, transporte, retrabalho, espera, dentre outros.

Também é importante, avaliar o im-pacto global na produtividade de melho-rias introduzidas na produção. Afinal, se a análise considerar apenas uma das ativida-des, o resultado final pode ser distorcido, explica Formoso. Como exemplo, ele cita o caso do drywall. Se for analisado apenas quanto ao custo final, pode se mostrar inviável economicamente. “Entretanto, se considerarmos fatores como prazos, peso da estrutura, confiabilidade, eliminação de resíduos, o resultado pode ser bastante diferente”, ilustra.

Grupo de pesquisaFormoso, que também é pesquisador

da Antac (Associação Nacional de Tecno-logia do Ambiente Construído), conta que um dos focos da entidade é a melhoria da produtividade. Em seus eventos bienais, diz, são debatidos temas que têm impacto na produtividade, como BIM, formas de contratação, planejamento e controle da produção, dentre outros.

Merecem destaque, na opinião do professor, casos de construtoras que vêm obtendo grandes ganhos de produtividade por meio de aplicação de conceitos e fer-ramentas da lean production.

Segundo informa, há estudos indi-cando que, apesar de existirem problemas relacionados à mão de obra, as principais causas da baixa produtividade estão muito mais ligadas a deficiências na gestão das construtoras. “Muitas perdas podem ser eliminadas com melhorias gerenciais de baixo investimento”, afirma.

Divulgação ABCP

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pBqp-H

Sistemas Construtivos inovadores que contribuem para o ganho de produtividade nos empreendimentos habitacionais do MCMV, com seus respectivos números de Documentos de avaliação técnica

Imagens: Divulgação Ministério das Cidades

Produtividade baliza novos sistemas para o MCMV

Com 3,75 milhões de habitações a se-rem contratadas entre março de 2009 e o fi-nal de 2014 por meio do programa MCMV (Minha Casa, Minha Vida), o Ministério das Cidades vê a produtividade como elemento estratégico. E é por meio do SiNAT (Siste-ma Nacional de Avaliação Técnica) que o governo federal busca fomentar e induzir a modernização e a industrialização dos processos construtivos.

Para tanto, conta Maria Salette de Carva-lho Weber, coordenadora geral do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) da Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério das Cidades, o SiNAT promove avaliações técnicas de produ-tos inovadores, tendo em vista a viabilização do uso de sistemas construtivos que tenham como proposta o aumento da produtividade.

Buscando seu aperfeiçoamento, o planejamento do Ministério prevê rever o regimento do SiNAT em 2014. Por isso, em janeiro último foi realizado um Workshop do Comitê Técnico, que envolveu membros re-presentantes das ITAs (Instituições Técnicas Avaliadoras) e das entidades participantes com a finalidade de coletar sugestões de me-lhorias. “Iremos ampliar as discussões, en-

volvendo a Comissão Nacional. Outra demanda será o empenho para a promoção das revisões das Diretrizes publicadas, de modo a adequá-las à Norma de Desempenho (ABNT NBR 15.575)”, relata. Informações sobre o SiNAT, incluindo a lista de sistemas homologados até o momento, podem ser obtidas no site do PBQP-H.

Atuação do SiNATA empresa que tiver interesse em ho-

mologar um sistema construtivo –e assim tornar-se apta a participar de programas habitacionais como o MCMV– deve, inicial-mente, procurar uma ITA (Instituição Técni-ca Avaliadora) autorizada pelo PBQP-H. O processo de homologação tem como base a Diretriz SiNAT, que pode ser consultada no site do Ministério das Cidades, em http://pbqp-h.cidades.gov.br/projetos_sinat.php .

Tal documento inclui requisitos e cri-térios de desempenho, além de apresentar os métodos de avaliação. São, atualmente, dez diretrizes, revisadas periodicamente. As avaliações são realizadas por meio de

ensaios de desempenho, levando em conta aspectos de segurança, habita-bilidade e sustentabilidade. Também é considerado o processo de produção do produto, com avaliações na unida-de fabril e in loco.

O resumo dessas avaliações gera o chamado DATec (Documento de Avaliação Técnica), a ser submetido à chancela do Comitê Técnico e da Comissão Nacional do SiNAT. Até o momento, são 21 DATecs publicados no portal do PBQP-H.

Salette: Diretrizes serão adaptadas à norma de Desempenho

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36 espeCial revista notícias da construção / abril 2014

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ações que visem melhorar a produtividade devem ser concebidas sob ponto de vista abrangente e não restrito à operação em canteiro

oRÇamentos

sinapi: revisão visa retratar a realidade dos canteiros

Sem conhecer o tempo médio de execução e de consumo de mão de obra e materiais, não há como avaliar se a produti-vidade de um serviço está adequada ou não. Além disso, para contratação de serviços e definição de prazos, é preciso estabelecer métricas. Um dos parâmetros para isso é o Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), sob responsabilidade da CEF (Caixa Econômica Federal) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Publicados mensalmente, os índices estão sendo revisados em trabalho coorde-nado pelo professor Ubiraci Espinelli. Para ele, o grande trunfo da revisão em curso é alimentar o Sinapi com indicadores obtidos em campo e a partir de critérios metodoló-gicos. Ou seja, sem distorções e tornando transparente a influência de cada um dos itens na produtividade. Isso porque, conta Espinelli, a revisão já constatou que alguns índices anteriormente usados não conside-ravam, por exemplo, perdas de materiais.

Outra novidade é a análise segmenta-da do papel de cada operário na execução das tarefas. Vai ser possível, diz, verificar quanto tempo cada operário –de acordo com seu cargo– leva para executar as ta-

refas. “As composições vão se tornar mais confiáveis do ponto de vista analítico”, assegura o pesquisador.

Benefícios ao mercadoEmbora a finalidade principal seja

orientar órgãos de financiamento gover-namentais sobre valores praticados em licitações, o setor todo tende a ganhar com a revisão dos índices. Para Espinelli, uma boa referência desafia os agentes do mer-cado a melhorarem seus próprios índices. “Proporciona fundamentos para escolhas tecnológicas, críticas a projetos, estudos de viabilidade de equipamentos”, exemplifica. “O construtor precisa acreditar que uma composição orçamentária é um avaliador de eficiência. Os números que estão ali são referência para tomar decisões”, continua.

Conforme indicam estudos do profes-sor, a responsabilidade sobre a produtivi-dade é dividida igualmente entre projeto do produto, projeto do processo e gestão da execução. Isso significa que, dadas as condições atuais –projetos, ferramentas, gestão, qualificação etc.–, a mão de obra não pode ser responsabilizada, sozinha, por baixos índices. “Há operários ruins assim como engenheiros ruins no Brasil,

nos Estados Unidos ou na Espanha. O operário não pode ser culpado pela má produtividade”, diz. Logo, afirma, é imprescindível que os agentes da cadeia trabalhem colaborativa-mente. “O mercado está num momento de bom faturamento, mas os núme-ros não nos permitem con-viver com ineficiência”.

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5 e 6 de maio, em são paulo

Gestão estratégica de pessoas: uma Nova Visão de Gestão de pessoas nas organizações na era do e-social13 de maio

iss Município de são paulo: uma abordagem ampla na legislação de empresas que se instalarem na Zona leste15 de maio

ppCpo - planejamento programação e Controle e produção das obras16 e 17 de maio

treinamento prático para auditores internos – Foco em processos20 de maio

Gestão de Custos na Construção Civil – Custos orçados x Custos realizados21 de maio

o iNss e os Benefícios previdenciários28 de maio

desoneração da Folha de pagamento no segmento da Construção Civil30 de maio

técnicas de Negociação em Compras9 de maio, em Campinas

desoneração da Folhade pagamento na Construção Civil13 de maio, em Campinas

Controladoria, administração dos Custos e Gestão econômica15 de maio, em Campinas

licenciamento ambiental para empreencimentos da Construção Civil20 de maio, em Campinas

Contabilidade para Não Contadores e profissionais da Construção Civil 7 de maio, emMogi das Cruzes

eFd - Contribuições -para empresas da Construção Civil optantes pelo lucro presumido6 de maio, em rib. preto

padronização de projeto + Cálculo de tráfego14 de maio, em rib. preto

Noções da Área Fiscal para engenheiros e administrativos de obras23 de maio, em rib. preto

Gestão de resíduos eos processos para Certificação Voluntária15 de maio, em santos

e-social x legislação trabalhista e previdenciária – aspectos preparatórios7 de maio, em s.J do r. preto

licitações de obras e serviços de engenharia14 de maio, em s.J do r. preto

Fap – Fator acidentário de prevenção – investimento na saúde do trabalhador x redução de Carga tributária21 de maio, em s.J do r. preto

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Page 39: ConstruSer

39revista notícias da construção / abril 2014

s i n d u s C o n - s p e m a Ç Ã o

Retomado diálogo com bombeirosO Corpo de Bombeiros e o

SindusCon- SP, por meio do seu Comitê de Tecnologia e Qualida-de, retomarão a agenda visando aperfeiçoar as normas relativas à segurança contra incêndios das edificações, bem como agilizar as aprovações de projetos.

Isto é o que ficou acertado em reunião da Diretoria do sin-dicato em março, conduzida pelo presidente Sergio Watanabe, e que contou com a presença do tenente-coronel Adilson Antonio da Silva, chefe do Departamento de Segurança contra Incêndio, e do major Frank Itinoce, chefe da Análise Centralizada daquela corporação.

Silva e Itinoce apresentaram o Via Fá-cil – Bombeiros, sistema informatizado de gestão dos pedidos de aprovação de projetos, que visa padronizar procedimentos no Esta-do e agilizar processos.

O vice-presidente Mau-rício Bianchi propôs a reati-vação da agenda; desburo-cratização, mediante a res-ponsabilização de projetistas e fornecedores; exigências que não onerem empreendi-mentos de interesse social; e regras específicas em edifí-cios que passem por retrofit.

Sobre este aspecto, o vice-presidente de Meio Ambiente, Francis-co Vasconcellos, destacou a necessidade de um olhar diferenciado para o retrofit, pois o atendimento às regras atuais de combate a incêndio exigiria demolir aqueles edifícios.

Sergio Porto, representante do sindicato junto à Fiesp, questionou os elevados custos das exigências para exaustão da fumaça, e a falta de padronização das normas. Paulo Batistella, diretor Jurídico, propôs a redução dos prazos de aprovação. (RM)

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mCmv: atrasos preocupamEm carta enviada no final de março à

presidenta Dilma Rousseff, o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, solicitou a regularização dos pagamentos em atraso das obras do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). “Em função das estreitas margens e do pequeno porte da grande maioria das construtoras que operam no MCMV, tais atrasos estão colocando em risco a solidez financeira de nossas empre-sas”, alertou o presidente do SindusCon-SP.

“Mesmo que o pagamento se regulari-ze, preocupa-nos que posteriormente este fato se repita, vindo a desmotivar as empre-sas de prosseguir as obras e de ingressar em novas contratações”, escreveu Watanabe.

O presidente do SindusCon-SP tam-bém solicitou que o governo explicite o projeto em preparação para a fase 3 do pro-

grama. “Sem uma clareza sobre a continui-dade, investidores e construtoras não têm como começar o planejamento e mobilizar recursos para os próximos empreendimen-tos, o que significará a descontinuidade das obras a partir do início do próximo mandato presidencial”, alertou.

Watanabe reiterou a proposta do sindi-cato pela transformação do MCMV, de uma política de governo, em uma política de Estado. “Reafirmamos a aspiração que não é só da construção, mas dos movimentos sociais de luta pela moradia, das centrais dos trabalhadores e de governos estaduais e municipais, pela implementação de uma política de estado para a habitação de inte-resse social em nosso país, com garantia de recursos perenes do Orçamento.”

(Rafael Marko)

Silva: digitalização de projetos será implementada em 2015

Page 40: ConstruSer

40 revista notícias da construção / abril 2014

o foco do gestor

Recentemente, em visita ao empreen-dimento imobiliário de um amigo, ele me admitiu: “Neste projeto, o valor planejado e o real têm uma enorme distância. Como é difícil reduzir desperdícios dentro da construção.”

Desenvolver um projeto em cada etapa dentro do orçamento e do prazo, com o mí-nimo de desperdício, é o grande desafio dos gestores de qualquer negócio ou organização.

A engenharia de custos nos proporciona diversos métodos para se determinar o custo de produção em obras, porém devemos ter como objetivo principal o modelo de custo baixo de produção para o projeto a ser rea-lizado, sempre dentro das especificações de qualidade. Essa estimativa orçamentária já se faz necessária na elaboração do projeto, fase em que são levantados todos os níveis de decisões a serem tomadas em relação ao projeto.

O orçamento é elaborado muitas vezes sem detalhamento específico de cada nível de decisão, e ao longo da obra uma grande parte do tempo é tomada para justificar o motivo de seu não cumprimento. Os passos e cada nível de decisão não são geralmente acompanhados em detalhes, ou seja, a parte mais fácil, o controle, normalmente é relegada a segundo plano.

Além dos prazos curtíssimos para idea-lizar o projeto e executar a obra, nosso mer-cado também sofre com o problema de mão de obra especializada, que afeta diretamente o custo do empreendimento. Neste cenário, as inovações tecnológicas para os sistemas construtivos são de fundamental importância

para acelerar as construções e otimizar as equipes dentro do canteiro de obra, a fim de se obter melhor custo-benefício.

Além das inovações tecnológicas para os sistemas construtivos, é necessário inves-tir no fator humano, para que se aproveite o máximo da capacidade intelectual dos participantes da obra. Pessoas capacitadas são motivadas e realizam mais e melhor, reduzindo desperdícios, pois sabem o que estão fazendo.

O gestor de um empreendimento é o principal elemento para controlar e garantir a execução exata do que foi planejado, evitando desvios, erros e atrasos e assim mantendo o orçamento dentro do plano projetado. Por-tanto, é de suma importância sua constante interação com a obra, sua diligência em cada detalhe e nível de decisão e fazer as coisas acontecerem dentro do plano.

Outro fator im-portante no processo é a efetividade na redu-ção de perdas (evitar excesso de estoques, realizar gestão adequa-

da dos resíduos e de sua utilização e, princi-palmente, reduzi-los no canteiro). Portanto, é importante o gerenciamento adequado e consistente da obra como um todo, da oti-mização da matéria prima, do material e dos equipamentos.

Solução tecnológica, decisão técnica acertada e um projeto bem detalhado contri-buem para obter melhor relação custo-bene-fício, aliado a gestores que o acompanhem, o controlem e o ajustem em cada detalhe e nível de decisão – esta é a condição ideal para eliminar desperdícios, reduzir custos, atingir os objetivos e ter pleno sucesso na obra.

O sucesso depende somente de nós. Faça acontecer!

projeto, técnica e pessoal motivadosão vitais para cumprir o orçamento

e m p R e e n d e d o R i s m o

ProF. HaMiLton PoZo é professor Ph.D., engenheiro, administrador, mestre e doutor com pós- doutorado emadministração,consultor, palestrante e autor, e pesquisador da Faccamp

envie seus comen-tários, críticas, per-guntas e sugestões de temas para esta coluna: [email protected]

Page 41: ConstruSer

A existência de equipamentos de pro-teção em uma obra é o primeiro e mais básico passo para garantir um ambiente de trabalho saudável e seguro. No entan-to, medidas adicionais de prevenção po-dem garantir que os investimentos feitos em segurança estejam de acordo com as atuais normas vigentes que regulamen-tam a atividade. É pensando nisso que o Grupo Worker oferece os serviços de auditoria e gestão da segurança do tra-balho. Complementares, os dois proces-sos ajudam a elaborar um planejamento completo da segurança da obra. Além de minimizarem consideravelmente o ris-co de acidentes e doenças do trabalho, também evitam que a contratante sofra penalidades que vão de notificações, multas e termos de ajustamento de con-duta a interdição ou embargo de todo o canteiro de obra.

Proatividade é essencial quando o as-sunto é segurança, e é nesse aspecto que a auditoria se destaca. Analisando todos os aspectos da obra, da estrutura física à documentação e o treinamento dos traba-lhadores, o técnico ou engenheiro de se-gurança do trabalho que realiza o serviço faz um levantamento das não conformi-dades que podem tanto colocar em risco a integridade dos trabalhadores quanto deixar o empreendimento vulnerável às penalidades previstas em lei. Na primeira etapa da auditoria, são avaliadas as con-dições físicas do canteiro de obra. Entre elas, a correta utilização de equipamen-tos de proteção individual e a adequada execução de proteções coletivas, como guarda-corpos, fechamento de aberturas

e plataformas de proteção. Já a segunda etapa diz respeito à área de vivência dos funcionários, como os locais de descanso, alimentação e limpeza. Por último, é veri-ficada a regularidade das documentações dos funcionários, como carteira de traba-lho, treinamentos de integração e de segu-rança e exames de admissão. Finalizado o processo, é emitido um relatório, que con-tém uma pontuação para cada item, que pode ir de 1 (intolerável) a 5 (conformida-de total). De acordo com a pontuação, são indicados pontos de melhoria, que poste-riormente são conferidos em nova visita, agendada de acordo com a necessidade do contratante.

Identificar os pontos da obra que po-dem – e devem – ser melhorados é es-sencial para minimizar riscos e prevenir incidentes mais graves. Mas é igualmente importante garantir que as adequações necessárias sejam feitas de acordo com o que rege a lei. Do contrário, as melhorias podem resultar em desperdício de recur-

sos. O serviço de gestão da segurança do trabalho auxilia na implementação das adequações necessárias para problemas mais sérios. Durante as visitas ao cantei-ro de obras, o profissional de segurança realiza, juntamente com a equipe de en-genharia da obra, a correta elaboração do planejamento das adequações neces-sárias para corrigir eventuais irregularida-des ou não conformidades, garantindo, assim, o bom andamento da obra. Ao fi-nal de cada visita, é emitida uma ata de segurança descritiva, contendo as princi-pais orientações ao contratante.

Os processos de auditoria e gestão de segurança do trabalho dão ao contratan-te a segurança de que os investimentos em medidas de segurança do trabalho estão sendo bem aplicados. E, conse-quentemente, resguardam a saúde e a segurança do ativo mais importante de qualquer empresa: os colaboradores.

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Page 43: ConstruSer

43revista notícias da construção / abril 2014

Maria angeLiCa LenCione PeDreti é professora de Contabilidade e Finanças da Fgv e mestra em administração de empresas; trabalha em Planejamento estratégico

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna: [email protected]

Comunicação, a chave

explicar a aferição de resultadospode clarear estratégias complexas

G e s t à o e m p R e s a R i a l

Nas últimas edições, discutimos nesta coluna mensal o problema detectado por vá-rias pesquisas recentes: o mercado financeiro subestima empresas com estratégias valiosas, cujos resultados sejam difíceis de prever.

Esta subestimação deve-se tanto à complexidade das estratégias dessas empre-sas, como à falta de informações acerca do mercado delas, e da previsibilidade de suas receitas e do comportamento de seus custos.

Diante disto, muitas vezes se sugere simplificar o complexo, mesmo que isto signifique expor a genialidade e o segredo da estratégia, sua singularidade e talvez minar sua capacidade de criação de valor.

Foi assim que um dos sócios fundado-res do fundo de hedge Trian, Nelson Peltz, defendeu que a PepsiCo deveria separar as operações de salgadinhos e bebidas em duas empresas. Isto porque as sinergias entre os negócios não estavam claras e levavam muitas vezes à má alocação de capital (com o que a direção da empresa não concordou, publicamente).

Desta forma, na avaliação de Peltz, a separação claramente facilitaria a compreen-são dos analistas sobre a geração dos fluxos de caixa e a criação de valor pelo mercado (o que não foi refutado pela diretoria da PepsiCo).

Podemos, no entanto, entender o dilema de forma diferente e enfrentá-lo, em vez de evitá-lo.

Os gestores que acreditam em suas es-tratégias inovadoras não precisam desman-telá-las ou simplificá-las, mas podem tornar

a informação sobre a aferição dos resultados mais acessível. Desta maneira, será possí-vel ao mercado entender de onde virão os fluxos de caixa e o crescimento nos quais a empresa aposta. Com mais certeza acerca de tais questões, não haverá motivo para que se subestimem as ideias da companhia.

Neste sentido, aqueles executivos podem explicar a estratégia sem necessa-riamente divulgar o segredo do sucesso; comunicar-se com qualidade e frequência com o mercado, e disponibilizar pesquisas e seus resultados para os analistas. Com isso, possibilitarão a construção de expectativas com fundamento em resultados observáveis, comprovados. São os gestores que acreditam que a comunicação eficiente resolverá o problema.

Se ainda houver resistência, a opção será encontrar investidores simpatizantes e que acreditam na empresa e em suas estra-tégias inovadoras. Isto pode até significar o fechamento do capital.

Segundo Todd Zenger, há evidências de que as empresas com estratégias originais estejam se movendo nesta direção.

O mesmo autor destaca que as com-

panhias de private equity regularmente apoiam empreendimentos novos e altamente incertos, mais difíceis de entender e caros de avaliar. Este tipo de investidor permite que o gestor realize sua estratégia corporativa e revele seu potencial de criação de valor, beneficiando todos, inclusive os acionistas.

Como saber se esta visão estratégica está mesmo correta, a ponto de comunicá-la e de se comprometer com seus resultados?

Nas próximas edições, discutiremos mais sobre a arte de tomar decisões.

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Page 44: ConstruSer

44 revista notícias da construção / abril 2014

s e C o n C i - s p 5 0 a n o s

autoridades, lideranças e mais de 500 pessoasprestigiaram a posse

s e C o n C i - s p 5 0 a n o s

ishikawa, Porto, araújo, Maristela, Ramalho, Watanabe e José Romeu Ferraz neto, do SindusCon-SP, na solenidade de posse em São Paulo

Em discurso, Fillipi Jr. elogiou a parceria da Prefeitura de São Paulo com o Seconci-SP

sergio porto assume no seconci-spMotivar cada vez mais construtoras

a utilizarem os serviços de excelência do Seconci-SP (Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo) e expandi- los. Estas foram as metas anunciadas por Sergio Porto, ao tomar posse na presidência daquela entidade para o mandato 2014-2017, em solenidade prestigiada por mais de 500 pessoas, em março, no Leopolldo Itaim, em São Paulo. Presidente do SindusCon-SP de 1996 a 2000, Porto é conselheiro vitalício do sindicato e seu representante junto à Fiesp. Também foi vice- presidente da CBIC e coordenador adjunto da CIC/Fiesp.

“O Seconci-SP será cada vez mais conhecido como exemplo de uma Organização Social de Saú-de que deu certo. Vamos mostrar ao Brasil como é possível melhorar o serviço público de saúde com a expertise indispensável da iniciativa privada”, destacou, em discurso.

“Quando ingressei nesta entidade em 1991, jamais poderia imaginar que, em 2013, iríamos realizar mais de 3,3 milhões de exames, mais de 2,1 milhões de consultas, e mais de 45 mil cirurgias, com a colaboração de mais de 9,2 mil funcionários, sendo mais de 2,1 mil médicos e 101 dentistas, em 61 unidades de atendimento, além do nosso Instituto de Ensino e Pesquisa Armênio Crestana”, afirmou Porto.

O Seconci-SP tem “a responsabilidade

de gerir um orçamento anual de cerca de R$ 800 milhões, melhorando a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores da cons-trução, de seus familiares, e da população atendida por meio dos serviços públicos que gerenciamos: no âmbito estadual, 4 hospitais, 1 plataforma logística, 1 central de diagnóstico por imagem e 2 Ambulatórios Médicos de Especialidades. E em parceria com a Prefeitura de São Paulo, 4 Unidades de Assistência Médica Ambulatorial e o Território Penha/Ermelino Matarazzo.”

“Nossa ativi-dade construtiva é indispensável para o desenvolvimento do país. Nossa ação de Responsabilida-de Social melhorou

muito a saúde no Estado de São Paulo. Nosso desafio é associarmos cada vez mais os benefícios de ambas. Por isso, assumo a presidência do Seconci-SP imbuído do ideal de que o importante não é só viver e sim conviver e, sobretudo, participar”, declarou.

Agradecimentos e presençasPorto agradeceu aos fundadores do Se-

conci-SP e seus seguidores, homenageando- os na pessoa de Antonio Carlos Salgueiro de Araújo, cuja gestão elogiou. Também destacou o trabalho do Conselho Delibera-tivo, dos funcionários e das construtoras que apoiam a entidade.

Em seu discurso, Araújo fez um ba-

Page 45: ConstruSer

45revista notícias da construção / abril 2014

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bauer e Ventura, na solenidade de posse

Para adriano, Seconci-SP elevou a importância da construção no SUS no Estado de São Paulo

lanço de sua gestão, na qual o Seconci-SP conquistou uma certificação nacional e duas internacionais de qualidade em gestão de saúde. E lançou um apelo pelo endurecimen-to do Código Penal e por maior celeridade da Justiça, para combater a violência e a impunidade.

Compuseram a mesa da solenidade, entre outras autoridades, o secretário adjunto estadual de Habitação, Marcos Rodrigues Penido, representando o governador Geral-do Alckmin; o coordenador de Gestão de Contratos de Saúde do governo do Estado de São Paulo, Eduardo Ribeiro Adriano; o secretário municipal de Saúde, José de Fi-lippi Jr., representando o prefeito Fernando Haddad; e os prefeitos Carlinhos Almeida (São José dos Campos) e Hamilton Ribeiro Mota (Jacareí).

Também integraram a mesa, entre ou-tras lideranças além de Porto e Araújo, os presidentes Sergio Watanabe (SindusCon- SP), Basilio Jafet (Fiabci Brasil), Luis

Costa (Apemec), José Silvio Valdissera (Sindinstalação), Arlindo Moura (Conselho Consultivo da Apeop), José Crestana (Con-selho Consultivo do Secovi-SP) e Antonio Ramalho (Sintracon); o vice-presidente da CBIC, José Carlos Martins; e o diretor exe-cutivo da Abrainc, Renato Ventura.

Novo ConselhoNa ocasião, tomaram posse os membros

do Conselho Deliberativo presidido por Porto: o vice-presidente Haruo Ishikawa (também vice-presidente de Relações Capi-tal-Trabalho do SindusCon-SP), o vice-pre-sidente Financeiro, José Silvio Valdissera, e os conselheiros Sergio Watanabe, Maristela Honda (vice-presidente de Responsabilidade Social do SindusCon-SP), Roberto Falcão Bauer (conselheiro consultivo do sindicato), Antonio Carlos Salgueiro de Araujo, Cesar Scatena (Apeop), Darci Pinto Gonçalves (Sintracon), Renato Ventura e Yves Mifano (Secovi-SP). (Rafael Marko)

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46 revista notícias da construção / abril 2014

prevenção às dsts

p R e v e n Ç Ã o e s a Ú d e

As Doenças Sexualmente Transmis-síveis (DSTs), conhecidas como doenças venéreas, são causadas por vírus, bactérias ou fungos adquiridos através do contato sexual. A transmissão também pode ocorrer de maneira indireta, pelo compartilhamento de utensílios não higienizados, como roupas íntimas, ou pela manipulação indevida de objetos contaminados, como agulhas e lâ-minas. Geralmente, manifestam-se na forma de bolhas, verrugas, feridas ou corrimento genital, e em alguns casos podem não apre-sentar sintomas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, anualmente registram-se 340 milhões de casos novos de DSTs curáveis no mundo, na faixa etária de 15 a 49 anos, quase 80% em países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se que surjam de 10 a 12 milhões de casos novos por ano, projetando as DSTs entre as cinco principais causas de procura do serviço de saúde.

Entre as mais conhecidas, estão: a go-norreia, corrimento genital ocasionado por inflamação no canal da urina, causada pela bactéria Neisseriagonorrheae; o condiloma, causado pelo vírus HPV, resultando em ver-rugas na região genital; a sífilis, transmitida pela bactéria Treponema pallidum, que tem evolução crônica: começa com ferida na região genital e pode provocar lesões espa-lhadas pelo corpo; a clamídia, bactéria que atinge os órgãos genitais internos e o canal urinário, provocando inflamação que pode gerar infertilidade; e o herpes, vírus que

produz pequenas bolhas nos órgãos genitais externos, que ardem, coçam e podem oca-sionar feridas, quando rompidas.

A Aids, a mais temida das Doenças Sexualmente Transmissíveis, é causada pelo vírus HIV. Ele ataca e mata as células de defesa do organismo, gerando queda da imunidade e o aparecimento de outras doen-ças relacionadas a essa baixa na imunidade.

Em ambos os sexos, as DSTs tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças, inclusive a Aids, e também podem ter rela-ção com a mortalidade materna e infantil. Algumas são de fácil tratamento e de rápida resolução. Mas outras têm tratamento difícil e podem permanecer ativas mesmo após os sintomas desaparecerem. Por esta razão, o acompanhamento médico é fundamental. Nesses casos, a automedicação, além de não curar, pode trazer efeitos indesejados.

A principal forma de se evitar as DSTs continua sendo o uso do preservativo durante

as relações sexuais. Caso ocorra uma re-lação desprotegida e haja a suspeita de alguma DST, deve-se procurar ajuda médica imediatamente para

a realização dos exames de detecção e, se confirmada, iniciar o tratamento.

No Seconci-SP, esse tema está entre os mais requisitados para a promoção de pa-lestras nos canteiros de obras. Disseminar a informação, tanto das medidas de prevenção, como da importância de se consultar um mé-dico ao menor sinal de alteração, são fatores que contribuem e muito para a redução do número de casos de DSTs no Brasil. Esta-mos falando de doenças em que o contágio é evitável, mas que, se não forem tratadas adequadamente, podem ser fatais.

eLiete Da SiLva LUCio é clínica geral formada pela Faculdade de Medicina de itajubá (Mg) e coordenadora Médica ambulatorialdo Seconci-SP

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna:[email protected]

tema está entre os mais requisitados para palestras nos canteiros de obras

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48 revista notícias da construção / abril 2014

JoSé CarLoS De arrUDa SaMPaio é consultor de empresas e diretor da JDLQualidade, Segurança no trabalho e Meioambiente

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: [email protected]

motivação no canteiro

o gestor da obra precisa vencer aresistência às medidas de segurança

s e G u R a n Ç a d o t R a B a l H o

Para melhorar as condições de trabalho, um dos aspectos cruciais é a intervenção do gestor da obra, pois a ele cabe a responsa-bilidade de liderar o processo de mitigação dos riscos das tarefas a serem executadas. Entretanto, como é o trabalho de um ges-tor de obra com relação a esse assunto tão importante para a condução dos negócios da empresa? Em muitos casos, ainda hoje, incipiente. Há que se pensar em vários mo-tivos para isso:

Liderança: o gestor, apesar de alguns anos trabalhando com obras, consegue comandar as pessoas, atraindo seguidores e influenciando de forma positiva mentali-dades e comportamentos? Ele aglutina, une para que juntos possam alcançar os objetivos do grupo? Ele sabe motivar as pessoas para colocarem toda a sua potencialidade no trabalho?

Maturidade: o gestor de obra deve entender que precisa aprender sempre e que as empresas exigem cada vez mais líderes que saibam trabalhar com poucos recursos e em curto espaço de tempo. A principal diferença deste tipo de liderança em relação às demais são as habilidades em diagnosticar o liderado, considerando o seu desempenho nas tarefas que ele executa.

Conhecimento: o gestor de obras precisa ter o conhecimento mínimo sobre segurança do trabalho. Deve não só saber legislação e normas, mas ter a expertise para transformar as exigências em prática, para que a obra seja mantida em condições seguras para aqueles que nela trabalham.

Perfil Comportamental: o gestor da obra geralmente tem o perfil “guerreiro”. Isso o faz ultrapassar barreiras com muita facilidade, para alcançar seus objetivos. Entretanto, na busca desse resultado, que-bra regras importantes, passando por cima de projetos, normas, leis e recomendações internas, o que, na maioria das vezes, pode gerar acidentes.

Relações Interpessoais: o gestor de obra desenvolve suas relações interpesso-ais promovendo o processo de interação na obra? Em situações de trabalho, usa de sentimentos positivos de simpatia, respeito e confiança, provocando o aumento de interação e de cooperação favoráveis ao trabalho em equipe, que resultará em maior produtividade? Ou na maioria das vezes usa sentimentos negativos como antipatia, desconfiança e rejeição?

Compaixão: O gestor de obras está preparado para en-tender as dificuldades do outro? Há algum fator predeterminante

a permitir que o trabalho seja realizado à custa da dor e do sofrimento de alguém? O acidente de trabalho traz uma série de prejuízos e dor para a pessoa que o sofre. Podem ser lesões permanentes que o impos-sibilitarão de trabalhar na plenitude de sua potencialidade, muitas vezes modificando sua vida para sempre. Isso nos faz lembrar da palavra “compaixão”, que traduz um sentimento desperto pela infelicidade e pela dor. É sofrer com o outro. Ser afetado pelo sofrimento do outro. Ter compaixão é mostrar generosidade pelo próximo.

Por estes motivos, diminuir as resistên-cias à segurança do trabalho é fundamental para a boa gestão da obra.

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50 revista notícias da construção / abril 2014

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Campinas apoia projeto de HisEm Campinas, re-

presentantes de entidades locais aprovaram a libera-ção de áreas que deverão receber Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social (EHIS).

Do debate saíram propostas para o fim da divisão social da terra na cidade. “Temos uma posi-ção positiva a esse respei-to. A ideia é boa porque há construções abandonadas há muito tempo e que podem ser transformadas em habitação popular”, destacou o diretor da Re-gional Campinas do SindusCon-SP, Már-cio Benvenutti.

Um dos principais ganhos, avaliou Benvenutti, é usar os equipamentos so-ciais, que já existem nos bairros regulari-zados onde estão os prédios abandonados.

Atualmente, os EHIS são permitidos somente nas regiões Oeste, Noroeste, em parte do Centro Histórico e em bairros no entorno. A proposta é incluir a região Sul, o entorno do Aeroporto Internacional de Viracopos e até regiões mais nobres.

Dessa maneira, a expectativa é de que a terra se torne mais acessível às cooperativas de habitação popular e às construtoras que investem pelo Minha Casa Minha Vida, para atender a popu-lação com renda de zero a três salários mínimos. A Prefeitura também pretende usar recursos do programa Casa Paulista, do governo do Estado de São Paulo, para reformar esses prédios.

Em Campinas, estima-se que o déficit habitacional seja de 40 mil moradias.

(Vilma Gasques)

audiência pública na Câmara Municipal de Campinas discutiu a destinação de construções abandonadas para projetos de HiS

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amoroso (de camisa listrada) e lemos, durante encontro com coordenadoras do interior

Interior busca integração de serviçosOs vice-presidentes do

Interior do SindusCon-SP, Luiz Cláudio Amoroso e João Lemos reuniram os coordenadores das Regionais do Estado para dis-cutir propostas de integração e agilização dos serviços. A primeira reunião aconteceu no dia 12 de março em Campinas e a ideia é fazer um encontro mensal para organizar os traba-lhos e centralizar as demandas.

No primeiro encontro, os vice-presidentes apresentaram a nova gerente de Regionais, Vânia Bonafin, que assumiu a responsabilidade por receber todas as infor-mações e reclamações dos coordenadores regionais e encaminhá-las para os responsá-veis. “Dessa forma teremos uma otimização dos processos para dar respostas rápidas”, diz Amoroso. Segundo ele, o objetivo das reuniões também é inserir os coordenadores em todas as discussões. “Assim, também temos um comprometimento dos respon-sáveis pelas Regionais, que passam a fazer parte dos processos”, destacou.

Materiais de escritórioNa ocasião também foi apresentado o

novo procedimento padrão desenvolvido para todas as regionais, para solicitação de materiais de escritório e em eventos.

Lemos destacou outro aspecto de avanço e que envolve os coordenadores das Regionais: o projeto do diretor da Regional de Presidente Prudente, Gustavo Ribeiro, destinado a atrair novos associados ao SindusCon-SP.

O projeto piloto será iniciado pela Re-gional Santos. “São os coordenadores que recebem as informações dos associados e precisávamos delas para batermos no lugar certo e resolver todas as questões”, afirma João Lemos. (VG)

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ReGionais

Regional santos debate o pré-salUma audiência privada, convocada

pela Câmara Setorial de Petróleo e Gás da Associação Comercial de Santos, reuniu em março representantes da sociedade civil para entender e se preparar para as potencialidades do pré-sal.

Na ocasião, o gerente-geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos, Osvaldo Kawakami, confirmou a vinda da base off shore para a Baixada Santista, informação divulgada no final de julho pela presidente da Petrobras, Graça Foster.

Ricardo Beschizza, diretor da Regional Santos do SindusCon-SP, constatou que, embora não haja ainda confirmação de data de abertura da concorrência ao mercado para a instalação do berço, já se sabe que o contrato terá cinco anos de duração. “A base é uma reivindicação antiga dos em-

presários porque gera muitos negócios no entorno, surgem novas oportunidades de trabalho e negócios, a cidade cresce e todos ganham”, disse.

Durante a audiência, o gerente-geral da Petrobras também alertou sobre a necessida-de de infraestrutura no Valongo, onde estão sendo construídas três torres da empresa.

Na apresentação do Plano de Desen-volvimento Estratégico da Região Metropo-litana da Baixada Santista, o diretor da Geo-brasilis, José Roberto dos Santos, ressaltou que os eixos indutores do desenvolvimento da região são: a expansão portuária, pólo industrial de Cubatão e Petróleo e Gás. Já o gerente geral do Sebrae/Santos, Paulo Sérgio Britto Franzosi, destacou as opor-tunidades de empreendedorismo. Segundo ele, a intenção é priorizar a Baixada.

(Giselda Braz)

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ConstruSer impulsiona carreira musicalTimidez não é uma definição que se

aplica a Lorena Cristine, nem poderia. Can-tora profissional aos 16 anos de idade, ela está com a agenda cheia.

“Comecei a tocar aos oito anos. Aprendi vendo televisão e participando de concurso entre escolas. Com 12 anos passei a fazer festas particulares. Tive uma dupla. Ficamos um ano e meio juntos e um dia ele disse que não queria mais. Para mim, tudo acabou. Eu não queria mais cantar, parei de cantar. Prá mim, a música não existia mais”, lembra Lorena.

Seu avô, José Osmar da Silva, a quem carinhosamente chama de pai, é trabalhador da construção civil em Presidente Prudente e, em 2012, contou-lhe sobre o Show de Talentos, concurso para os participantes do ConstruSer. “No ano que vem, eu não te dei-xo ficar sem participar, disse meu avô.” Em

2013, ele a incentivou se inscrever. Resultado: sagrou-se vencedora, o que lhe deu autoconfiança para investir na carreira.

“Quando toquei e vi a multi-dão, todo mundo começou a gritar e acabei ganhando. Aí eu pensei: então, eu sozinha ainda agrado”, destacou. “Antes eu ligava prá pedir show, hoje me ligam. Tem dias que são dois ou três shows”, comemora Lorena.

A cantora esteve de volta no Show de Talentos da edição deste ano, mas, em uma nova condição: como uma “conselheira motivacional” aos parti-cipantes.

Lorena finalizou em março a gravação de seu primeiro CD, com 11 composições próprias. (Maycon Morano)

lorena, durante sua apresentação no Show de talentos do ano passado

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54 revista notícias da construção / abril 2014

ReGionais

santo andré forma 25 mestresEm fevereiro, uma turma de 25 for-

mandos recebeu o certificado de conclusão do curso Mestre de Obras realizado pela Regional Santo André do SindusCon-SP, em parceria com o Senai A. Jacob Lafer.

Para o diretor da Regional Santo An-dré, Sergio Ferreira dos Santos, a parceria é essencial para a capacitação destas pessoas. “Junta-se a necessidade de a construção formar profissionais mais qualificados com a oferta que o próprio setor tem desta mão de obra, com toda a estrutura física e pessoal fornecida pelo Senai”, avaliou.

“No mercado competitivo, há a necessi-dade de aliarmos os conhecimentos práticos e teóricos”, comentou Jorge José Nunes, diretor do Senai Santo André.

O formando Jackson Severiano Silva, 34 anos, atuava como pedreiro e, mesmo antes de terminar o curso, recebeu proposta para trabalhar como encarregado de obras.

Welson de Almeida Santos, 28 anos, no setor há cinco anos, trabalhava como en-

carregado 2 e, com o curso, conquistou uma vaga de encarregado geral. Já Robson Silva, 29 anos, pedreiro há dez anos, foi promovido a encarregado de obras e, em maio, passará a exercer a função de mestre de obras.

Jailson Cezario Damasceno, 47 anos, já trabalhou como pedreiro-líder e contra-mestre de obras. “O curso valeu à pena, pois acrescentou bastante conhecimento à minha experiência”, observou. (Sueli Osório)

Formandos recebem seu certificado durante cerimônia no Senai

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55revista notícias da construção / abril 2014

Ferrari apresentou detalhes da nova lei de zoneamento

setor discute legislação em BauruA Regional Bauru do SindusCon-SP

reuniu em março empresários e autoridades para discutir pontos polêmicos da legislação vigente para a construção.

Participaram cerca de 40 pessoas, que discutiram o novo sistema unificado do Cor-po de Bombeiros para análise e aprovação de projetos. O Tenente Coronel Rogério Gago citou as principais mudanças e vantagens da nova legislação, além de tirar dúvidas sobre procedimentos e vistorias.

Em seguida, o titular da Secretaria Municipal de Planejamento, Paulo Ferrari, resumiu detalhes da nova Lei de Zoneamen-to, que deve ser votada em breve.

Ele foi questionado sobre as contra-partidas que a Prefeitura exige para aprovar novos empreendimentos. “Sabemos que elas existem para compensar o impacto da obra no trânsito, meio ambiente e vizinhança, mas o setor não pode pagar esta conta sozinho. Precisamos buscar a melhor solução”, pro-pôs o diretor da Regional, Renato Parreira.

Após anos de negociação, o Departa-mento de Água e Esgoto (DAE) publicou novas diretrizes para a cobrança de tarifas e contrapartidas para ligação de água em novos empreendimentos. A nova Resolução reduziu os valores cobrados, desonerando os serviços para o usuário final.

Outra vitória foi a revisão da Lei dos Hidrantes. Após consenso em audiência pú-blica, a Câmara Municipal de Bauru alterou a lei, que exigia a doação de um hidrante para obras com mais de 1 mil m². A metragem mínima passou a ser de 3 mil m².

CelebraçãoTambém em março, cerca de 40 pessoas

participaram do 2º Happy Hour da Constru-ção promovida pela Regional. Para Renato Parreira, “a ideia é ter um espaço para bater papo, trocar experiências e até fazer alguns negócios, mas, sobretudo, estreitar amiza-des”. (Sabrina Magalhães)AltA tecnologiA em

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56 revista notícias da construção / abril 2014

Desde julho de 2013, o mercado da construção civil residencial no Brasil está sujeito à Norma de Desempenho da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técni-cas). Os agentes envolvidos, principalmente arquitetos, incorporadores e construtores, devem atender ao conteúdo dela, desde o momento do protocolo do projeto na municipalidade até a entrega do imóvel ao adquirente usuário.

De todas as novidades da norma, ne-nhuma parece ser tão impactante no aspecto jurídico quanto a definição de vida útil de projeto e as consequências dela decorrentes.

Nos dizeres da Norma de Desempenho, todo e qualquer projeto de empreendimento residencial a partir de julho de 2013 deve definir se a obra específica terá desempenho mínimo, intermediário ou superior quanto à vida útil definida em projeto, sendo o míni-mo obrigatório.

Juridicamente tratando essa novidade, é fundamental analisar o impacto da definição de vida útil mínima, determinada por aquele regramento.

Nesse sentido, decorrido o prazo legal de garantia, cuja definição está contida no Código Civil, no Código do Consumidor e até mesmo nessa norma, remanesce a responsabilidade civil do fornecedor por eventual vício oculto que venha a surgir nos itens construtivos do imóvel.

A legislação em vigor não é clara quanto a isso. Em verdade, tem-se na lei a definição objetiva quanto à garantia, mas nada quanto à responsabilidade civil espe-

cificamente na construção.O Poder Judiciário definiu que, em geral

mas não necessariamente, a responsabilida-de civil do construtor ou incorporador por eventual vício constatado é de até 20 anos a contar da conclusão da obra, obviamente dependendo da comprovação pelo proprie-tário do dano e do nexo de causalidade. Tal prazo não se sustenta se consideradas todas as peculiaridades e centenas de itens que envolvem uma obra civil.

Por tudo isso, o desempenho mínimo quanto à vida útil dos principais itens de uma obra, definido na Norma de Desempenho, tem tudo para melhor tratar a questão, pas-sando a ser referência às perícias judiciais a serem realizadas.

Em matéria de prova, inclusive, im-portância de igual tamanho é o dever de manutenção do imóvel pelo usuário. A vida útil depende diretamente da correta manu-

tenção do imóvel pelo usuário, cabendo ao vendedor o dever de orientar formalmente o adquirente quanto à referida manutenção.

Ou seja, para imóveis cujo projeto foi apresentado a partir de julho de 2013, surgido um problema construtivo em prazo posterior ao de garantia, não atendida a vida útil mínima prevista na Norma Técnica, o usuário deverá comprovar que procedeu à manutenção do imóvel tal qual definido e orientado pelo incorporador vendedor, para que a responsabilidade pela reparação possa ser determinada em desfavor do fornecedor.

Espera-se, para o construtor, o incor-porador e o adquirente, que a insegurança jurídica no que se refere ao dever de reparar os vícios construtivos que surgirem ao longo dos anos seja extirpada.

Responsabilidade civil

Construtora precisa informar usuáriosobre correta manutenção do imóvel

j u R Í d i C o

oLivar vitaLe é advogado, professor, conselheiro jurídico do Sinduscon-SP e sócio do escritório tubino veloso, vitale, bicalho e Dias advogados

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: [email protected]

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59revista notícias da construção / abril 2014

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60 revista notícias da construção / abril 2014

economia de águas o l u Ç Õ e s i n o v a d o R a s

Janeiro de 2014 foi um dos meses mais quentes no Brasil. Para a cidade de São Paulo, foi o mês de maior calor desde 1943. Aliado a isso, no sudeste, o volume precipitado ficou bem abaixo do esperado. Segundo o Inmet, em um típico janeiro, o esperado seriam 247 mm de chuva, mas em 2014 o volume regis-trado ficou abaixo dos 150 mm.

A ausência das chuvas e o aumento do consumo devido às elevadas temperaturas culminou em uma situação preocupante quanto ao volume de água armazenado nos principais reservatórios da Região Metro-politana de São Paulo e no interior paulista.

Esses reservatórios e os demais do su-deste têm dupla importância: servem como manancial para o abastecimento de algumas das regiões mais populosas do Brasil, e fornecem a fonte motriz da geração de uma parcela significante da energia elétrica con-sumida no país.

A redução do volume de água armazena-da e a manutenção das previsões de elevadas temperaturas e reduzido volume de precipi-tações traz à tona a urgência de adoção de padrões de economia de água pela redução do consumo imediato e pelo investimento na conservação da água e em seu uso racional em médio e longo prazos.

O padrão de consumo de água conta com duas principais vertentes, uma comportamen-tal, ligada aos hábitos de um determinado povo e região, e uma tecnológica, relativa ao desempenho de sistemas, componentes e processos.

A vertente comportamental pode ser

alterada por meio de campanhas educativas de esclarecimento da população a respeito da necessidade da economia de água, em um caso de urgência. Apesar do objetivo imediato usualmente ser alcançado, a educação para o correto uso dos recursos hídricos não deve ser pontual, mas um processo contínuo que permita alterar de forma permanente a ideia ainda comum de que a água é um recurso infinito que pode ser utilizado despreocupa-damente.

É importante que o usuário saiba de onde vem a água que consome, como é feito seu tratamento e transporte, para onde e em que condições a água servida é encaminhada após o uso e quanto do líquido é gasto em cada um das principais utilizações em seu ambiente.

O volume de água consumido per ca-pita também deve ser informado de modo contínuo e relacionado com uma meta média desejável para o consumo, de forma que o

usuário consiga cor-relacionar o seu com-portamento em relação aos principais usos da água, identificando pontos de possível ra-

cionalização.Na vertente tecnológica, cabe aos pro-

jetistas, construtores e fabricantes elaborar sistemas, componentes e processos que per-mitam a utilização mais eficiente das águas, a redução de seu consumo e desperdício –a conservação desse recurso–, sem que se prejudiquem as atividades que necessitem desse recurso.

Essa vertente deve ser explorada de for-ma adequada em todas as etapas do empreen-dimento: concepção, projeto, execução e uso, e não utilizada apenas como marketing verde.

Sistemas bem projetados, que permitam a setorização e monitoramento do consumo,

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LUCiano ZaneLLa é engenheiro civil pela Unesp, mestre e doutor em engenharia na área de Saneamento e am-biente pela Unicamp, pesquisador e profes-sor do programa de Mestrado emHabitação do iPt

sistemas bem projetados permitemuso racional na vida útil da edificação

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61revista notícias da construção / abril 2014

por exemplo, possibilitam a detecção de vazamentos a partir da análise do histórico do consumo antes que qualquer patologia proveniente da umidade causada pela água possa ser detectada. Essa detecção de forma antecipada permite que ações de manuten-ção sejam realizadas em um tempo menor, reduzindo os possíveis problemas decorren-tes de um vazamento e reduzindo o volume desperdiçado.

A identificação, busca e reparo de vaza-mentos é uma prática que deve ser incentivada e facilitada em edificações. Muitas vezes reparos simples e com baixo custo, como a manutenção de torneiras e válvulas, podem levar a uma economia considerável no volume de água desperdiçado em vazamentos.

A operação do sistema predial de dis-tribuição de água com pressões adequadas também reduz a ocorrência de rupturas e vazamentos, e no caso de ocorrerem tais vaza-mentos, quanto maiores as pressões, maiores serão os volumes de água desperdiçados.

Economia realizada durante o projeto ou construção dos edifícios pode acarretar a ocorrência de vazamentos mais corriquei-ros. O projeto hidráulico deve ser realizado corretamente, de forma que permita o cum-primento da vida útil de projeto prevista. Sua concepção deveria ser repensada para permitir a facilidade de acesso e manobra, garantindo a possibilidade de manutenção facilitada.

Os materiais utilizados nos sistemas hi-dráulicos prediais devem ser bem especifica-dos e ter qualidade adequada à sua utilização. A execução das instalações deve ser realizada com cuidado, o surgimento de patologias nes-se sistema durante o período de instalação é bastante comum: entupimento de tubulações

ainda no período de obra, construção em desacordo com projeto, interferências entre diversos sistemas e execução equivocada são exemplos dessas patologias que podem culminar em vazamentos.

Equipamentos simples, como arejado-res colocados em torneiras ou restritores, diminuem a vazão de água reduzindo o volume consumido para o mesmo tempo de utilização desses componentes. É importan-te, nestes casos, verificar o atendimento de requisitos de conforto de utilização da água pelo usuário.

Bacias sanitárias com acionamento duplo de descarga permitem melhorar o consumo de água em relação à necessidade de limpeza dos dejetos, acionando descargas de 2 ou 6 litros.

Quando a busca é por maior economia em descargas, podem ser utilizados os mictó-rios, que utilizam um volume de água ainda menor que o das descargas dos vasos sanitá-rios ou ainda os mictórios a seco.

É extensa a lista de alternativas tecnoló-gicas que possibilitam a economia de águas em uma edificação de forma simplificada. Nos casos em que é possível e necessário aplicar soluções mais elaboradas, podem ser utilizados sistemas de substituição de fontes, como o aproveitamento de água de chuva ou o reúso de água. Para ambos os casos, é necessário um projeto adequado à realidade local e a previsão de recursos para operação e manutenção desses sistemas.

Opções existem. Cabe aos profissionais que lidam com o tema da utilização de água usá-las de forma adequada e facilitada, para que sejam adotadas de forma natural e cons-ciente pela população.

Represa do Jaguari – Sistema Cantareira em 2010 (esq.) e em fevereiro de 2014

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62 revista notícias da construção / abril 2014

O interesse das empresas pelo desen-volvimento de profissionais tem crescido. Recentemente, um renomado executivo da construção me disse que, devido à nova ne-cessidade de seus engenheiros interagirem com investidores estrangeiros, ele patrocina-rá cursos de inglês, em vez de substituí-los por outros que dominam o idioma.

Aplaudo. O líder de nossa geração pre-cisa ter foco no desenvolvimento de seu time para crescer. Talvez o ponto mais relevante de uma avaliação para promover ou não um executivo seja saber se existe um sucessor pronto para seu cargo atual.

A empresa que represento (Page Group) segue a mesma linha. Em treinamento liderado por Rhandy Di Stefano, autor do livro “O Líder Coach”, ele mostrou como o “turbilhão” das atividades diárias facil-mente nos faz esquecer de ações simples na gestão de pessoas e no desenvolvimento de equipes. Compartilho alguns dos conceitos que aprendi e que me motivaram a melhorar minha atuação como gestor.

Como saber se nossa equipe é de alto desempenho? Uma equipe dessas deve ser capaz de alcançar melhores resultados devi-do a três características:

• capacidade de foco na solução: ao se deparar com um problema, a equipe logo busca a solução, em vez de se lamentar sobre o ocorrido;

• adaptabilidade: entendendo as mu-danças necessárias para vencer um cenário diferente e mais desafiador, a equipe se esforça para mudar suas ações rapidamente;

• resiliência: segundo Rhandy, “Quanto tempo você leva para ficar de pé?” Poderí-amos focar o texto todo neste assunto, mas me limito a dizer que já há estudos em de-senvolvimento para avaliar o QR (Quociente de Resiliência).

Analisando estas premissas, a maioria dos gestores chegará à conclusão que ao menos uma pequena parte de seu time não se enquadra, mas a boa notícia é que podemos mudar este cenário sem necessariamente tro-car pessoas. Há diversas técnicas aplicadas que levariam mais do que esta página para detalhar, porém algumas pequenas mudan-ças podem ter impacto enorme na sua gestão:

• faça a equipe pensar, não traga as soluções. Ao mostrar sua solução, você não permite que a equipe se desenvolva tornando-se autônoma, e você perderá muito tempo fazendo atividades técnicas. Como gestor, seu papel está na estratégia;

• desenvolva sua “escuta ativa”. Quando alguém da equipe falar com você, escute atentamente. Nossa tendência é entrar

no automático e não se preocupar com a mensagem recebida;

• reuniões de ca-ses de sucesso acele-ram o aprendizado

e estimulam o trabalho em equipe. Não precisa ser uma ação digna de prêmio, mas o conceito principal é ser uma solução efetiva a um problema;

• detalhe exatamente o que espera de cada um em sua rotina diária, bem como o resultado a ser alcançado no exercício.

Na teoria, estas atividades parecem fáceis de serem aplicadas e a prática é bem diferente. Contudo, liderança e gestão de pessoas é como músculo: para ser desenvol-vida, deve ser trabalhada diariamente.

eleve o desempenhoC o n s t R u Ç Ã o d a C a R R e i R a

pequenas atenções para com a equipe podem trazer impacto enorme à gestão

FeLiPe SCotti CaLbUCCi égraduado em Comunicação Social e gerente de Property & Construction da Michael Page, com foco em recrutamento de gerentes e diretores para construtorase incorporadoras

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