construÇÃo e minas -...

20
CONSTRUÇÃO E MINAS REVISTA ATLAS COPCO PORTUGAL – Nº 1 / 2012 Página 6 BARRAGENS as nossas energias Página 15 UM ROC INTELIGENTE ROC D9C na Explo Página 10 MINAS ALJUSTREL caso de sucesso Drillcon com a nova Christensen CS10 CORRIDA AOS METAIS Página 3

Upload: phamnhu

Post on 06-Oct-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

CONSTRUÇÃO E MINAS

REVISTA ATLAS COPCO PORTUGAL – Nº 1 / 2012

Página 6

BARRAGENS as nossas energias

Página 15

UM ROC INTELIGENTE ROC D9C na Explo

Página 10

MINAS ALJUSTREL caso de sucesso

Drillcon com a nova Christensen CS10

CORRIDAAOS METAIS

Página 3

Caro Leitor,

O entendimento atual para a viragem da nossa economia, passa pela dinamização das vendas ao exterior, sejam em bens ou em serviços. Esta dinâmica está também muito presente no sector da Construção e Minas e disso damos aqui alguns exem-plos que julgamos interessantes.

Para além da expansão dos projetos exis-tentes, temos hoje uma grande procura de novas oportunidades mineiras em Portugal, seja do ferro em Moncorvo, do ouro de Montemor, do lítio no norte de Portugal, etc. O nosso sector mineiro é hoje essencialmente exportador e uma importância maior se poderá esperar caso alguns destes investimentos sejam bem sucedidos.

Outro aspeto muito importante nesta de-manda pelos mercados externos, passa pela crescente internacionalização das nossas empresas de construção. São cada vez mais as empresas e cada vez mais e maiores os projetos em que as nossas empresas e os nossos trabalhadores estão envolvidos, numa cada vez maior diversi-dade de mercados. Existem casos de obra muito interessantes de que vos iremos também falar em próximas edições.

Seguindo a nossa busca de equipamentos, processos ou serviços que se adequem ao momento que todos vivemos e que pos-sam contribuir para dinamizar a criação de valor, seja pela inovação, eficiência ou outra, decidimos partilhar convosco, nes-ta edição, os compromissos em que toda a nossa equipa, com especial ênfase na equipa de apoio pós venda, está empenha-da. A busca de uma cada vez maior efi-ciência dos nossos serviços, uma cada vez maior previsibilidade em tempo e em custos, é uma das contribuições que estamos continuamente empenha-dos em garantir aos nossos clientes.

EDITORIAL CONTEÚDOS

FICHA TÉCNICA: Diretor: Bruno Coelho • Conselho Editorial: Bruno Coelho, Hugo Dias, Luis Nicolau, Paulo Dinis, Torres Marques, Nuno Quinteira, Rodolfo Neves • Coordenação e Marketing: Jorge Fidalgo e Ricardo Pires • Fotografia: Arquivo Atlas Copco • Editor: Schlief Lda • Redação e Administração: Avenida do Forte, 3- 2795-504 CARNAXIDE • Design e paginação: Schlief Lda • Pré-impressão: Schlief, Lda • Impressão: Schlief, Lda • Tiragem: 1.300 exemplares • Propriedade: SOC. ATLAS COPCO DE PORTUGAL, LDA. • Sede: Avenida do Forte, 3 - 2795-504 CARNAXIDE • Tel. 214 168 534 • Fax. 214 170 941 • Endereço eletrónico: [email protected]

A Construção e Minas relata as atividades da Divisão de Construção Civil e Minas da Sociedade Atlas Copco de Portugal, Lda. Esta revista é distribuída gratuitamente e periodicamente. Todos os direitos reservados. Autorizada a reprodução do conteúdo citando a sua procedência.

Bruno CoelhoDiretor Geral - Divisão de Construção & Minas

03

06

09

10

14

03

06

09

10

12

13

14

15

16

17

CORRIDA AOS METAIS Drillcon com a nova Christensen CS10

BARRAGENS: AS NOSSAS ENERGIASEpos em Salamonde

PÁ MINEIRA ST1030 no reforço de potência de Venda Nova III

SECILBRITAS Maior fiabilidade e produtivida-de: o investimento compensa

DIAMECAjuda no reforço de potência da barragem de Salamonde

TRIÁGUASTempo é dinheiro!

MINAS DE ALJUSTRELSucesso na indústria mineira portuguesa

UM ROC INTELIGENTEROC D9C na Explo

OS NOSSOS COMPROMISSOS

T-WIZLongevidades mágicas

18 Breves notíciasda Atlas Copco

O mercado mineiro é um sector muito específico onde são necessários investimentos avultados que, atualmente, escasseiam em Portugal. Assim, não é de estranhar que a maioria do investimento no nosso país e neste sector seja essencialmente estrangeiro. A elevada procura internacional por metais provocou um aumento considerável no seu valor e, transportou o sector mineiro Português para uma época francamente positiva face à atual conjuntura económica do país. São inúmeros os novos projetos de prospeção e pesquisa que, atualmente, estão em curso no território português.

CORRIDA AOS METAISDrillcon com a nova Christensen CS10

Construção e Minas - No 1 / 20124

“Estamos muito satisfeitos com a máquina, a qual tem

demonstrado ser um equipamento com grande capacidade de perfuração, fácil mobilidade e fácil manutenção. Além disso os comandos da máquina são muito intuitivos e, assim sendo, a adaptação dos operadores à mesma foi muito rápida. A adaptação ao sistema de guincho demorou um pouco mais, pois nenhum dos equipamentos com que trabalhávamos possuía este sistema, o qual, depois de alguma habituação, acabou por ser uma mais-valia, pois permite fazer manobras retirando 6 metros de tubaria de cada vez.”

A Drillcon Ibéria SA, empresa subsi-diária do grupo Drillcon sediado em

Nora, Suécia, dedica-se essencialmente a trabalhos de Sondagens Mineiras e Raise Boring. Recentemente esta empresa reforçou a sua frota de equipamentos, com a aquisição de uma nova máquina de sondagens de super-fície da gama Christensen da Atlas Copco, mais precisamente a Christensen CS10.A Christensen CS10 é um equipamento extremamente robusto e eficiente que, num atrelado compacto, reúne todos os compo-nentes necessários para executar os furos de sondagem. A sua coluna dividida em três tramos com 9 kN de capacidade de elevação e compri-mento, permitindo manobrar amostradores de 6 m, a sua unidade de rotação vazada com elevado binário e rotação que permite

manobrar varas PQ (117 mm), o seu reten-tor de varas com cilindro de gás para maior segurança, a sua bomba de água/lamas Tri-do 140, guincho principal com 53,5 kN de capacidade e guincho wireline, permitem a execução de perfurações até 800 m de pro-fundidade com o diâmetro N.Recentemente foi iniciado um novo trabalho de sondagens no Distrito da Guarda, Nor-deste de Portugal, com perfurações entre 300 m e 700 m de profundidade, onde os diâmetros usados são HO e NO2, a rocha é siliciosa, competente e de dureza média a muito dura. Até ao momento, já foram exe-cutadas perfurações até aos 700 m de pro-fundidade, tendo os primeiros 500 m sido executados com diâmetro HO (98 mm) e os restantes com diâmetro NO2 (75,9 mm). Segundo o Eng. Adriano Fernando Barros, responsável pela Drillcon Ibéria SA, este

equipamento atingiu as suas expetativas e, realçamos o seu comentário:

Construção e Minas - No 1 / 2012 5

Para efetuar estas sondagens, a Drillcon recorre a coroas de perfuração Excore de matriz mé-dia a branda séries 6-8 e 8-9. Segundo o Eng. Adriano Fernando Barros, estas coroas são as mais apropriadas para rochas de elevada dureza e competentes. Os rendimentos médios neste projeto à data são entre 15 a 20 m por turno de 10 horas. Num turno foi atingido o valor de 40 m de perfuração.O valor acrescentado da Drillcon, com a aquisição deste equipamento, obtém-se pela capaci-dade de trabalho com diâmetro PQ em terrenos muito fraturados nos primeiros metros ou para furos longos, e pela versatilidade da máquina. Relativamente à performance do equipamento, o Eng. Adriano Fernando Barros afirma que:

A Drillcon Ibéria tem presentemente 14 má-quinas de sondagens a trabalhar em vários projetos de prospeção geológica e/ou geo-técnica, de norte a sul de Portugal.

A expansão internacional do departamento de sondagens e geotecnia é algo que poderá acontecer a breve trecho e a Drillcon conta com o apoio de vários parceiros, entre eles a Atlas Copco.

[email protected]

“o rendimento da máquina é muito bom, não sendo esta

explorada ao limite (evitamos trabalhar com rotações acima das 1000 r.p.m.) a fim de serem evitados desvios significativos da sondagem. A facilidade de mobilidade da CS10 é também uma mais-valia, a qual, apesar de toda a potência e capacidades que tem demonstrado, apresenta dimensões relativamente pequenas.”

Construção e Minas - No 1 / 20126

D esde 2007 que a EDP tem vindo a desenvolver um programa ambicio-

so e sustentado de diminuição da nossa dependência energética, através da cons-trução de novas barragens e ainda pelo re-forço de potência de algumas já existentes. Este programa teve início com o reforço de potência do Picote, em 2007, já concluído, seguido de Bemposta, também já efectuado, o Alqueva, que está em fase de conclusão, e entra ao serviço em 2012, Venda Nova e Sa-lamonde, ambos em construção.

Em praticamente todos estes projetos, a Atlas Copco esteve e está ainda presente, em parceria com os principais empreiteiros portugueses, fornecendo os equipamentos e consumíveis necessários à realização dos tra-balhos de construção, seja por venda ou em regime de aluguer.

Exemplo em curso da participação da Atlas Copco é o reforço de potência de Salamonde.

REFORÇO DE POTÊNCIA DE SALAMONDEA barragem de Salamonde foi inaugurada em 1953 com uma potência instalada de 42 MW e está implantada na margem esquerda do rio Cávado, localizando-se nas fregue-sias de Salamonde e Loredo no concelho de Vieira do Minho, distrito de Braga e na

freguesia de Cabril conselho de Montalegre, distrito de Vila Real.

As obras para o reforço de potência foram adjudicadas em 2010 à empresa Construsa-lamonde ACE, consórcio formado pelas em-presas Teixeira Duarte, SA/ Epos, SA/ SETH, SA, consistindo nos trabalhos de construção para a instalação de um grupo gerador rever-sível de potência nominal de 207 MW, refor-çando a potência existente em cinco vezes. O investimento será, a valores de 2008, entre os 195 e os 205 M€, e a incorporação nacional neste projeto será de 70%.

As obras de escavação tiveram início em Abril de 2011 e estão previstas terminar em Agosto de 2014. Os trabalhos consistem es-sencialmente num circuito hidráulico, numa central de produção subterrânea, edifício de apoio e numa sub-estação. A central será equipada com um grupo reversível que fará a bombagem a partir da Albufeira da Caniçada a jusante, potenciando a mais valia hidroe-létrica da cascata do Rio Cávado. Todos os trabalhos de construção deverão terminar em Abril de 2015 e a entrada ao serviço da bar-ragem está prevista para Agosto desse ano.

O volume total das escavações a realizar será de 686.000 m3, seja de superfície, central e túneis. Sob o ponto de vista geológico, a

formação ocorrente corresponde ao granito do Gerês, que apresenta fáceis grosseiras na periferia e porfiróides de grão médio a gros-seiro para o interior do maciço. Ocorrem também fáceis de cor vermelha, epissienitos, constituídas por feldspatos rosados, clorites e epídotos, verificando-se uma quase ausência de quartzo, excepto em pequenos veios finos recortados.

O regime de trabalho é de laboração contí-nua, 360 dias/ano, sendo de 550 o total de trabalhadores envolvidos nesta obra.

Importante para o desenvolvimento dos tra-balhos de escavação e com o prazo de regu-larização de caudal da albufeira, foi a cons-trução em 2011 no tempo recorde de 4 meses de 2 ensacadeiras: a DCC (com 11.955 m3 volume de escavação e 15.015 m3 de betão) e a da tomada água (com 9221 m3 de volume escavação e 10.133 m3 de betão).

Os equipamentos seleccionados pelo con-sórcio para a realização dos trabalhos de escavação subterrânea desta obra foram equipamentos de perfuração Atlas Copco, designadamente, duas unidades Boomer WE3C, na furação principal, e um Boomer L2C, em apoio. Em 2012 juntaram-se nos trabalhos de escavação um Simba M6C, um ROC D3-01R e um ROC T15.

BARRAGENS:AS NOSSAS ENERGIASEpos em Salamonde

Construção e Minas - No 1 / 2012 7

A dureza da rocha, as estruturas já existen-tes, sejam os edifícios, o corpo da barra-gem e central adjacentes, assim como os exigentes limites de vibrações, introduzi-ram algumas restrições nos trabalhos de escavação e nos diagramas de perfuração utilizados. Todos os diagramas e planos de fogo são elaborados em função das cara-terísticas geotécnicas do maciço a atraves-sar e da distância às estruturas existentes. Seja a quantificação da carga a utilizar, a de-finição entre os furos de recorte das galerias, cargas controladas acompanhadas de tem-porização criteriosa dos tempos de disparo (smooth-blasting), contribuem para que a ve-locidade de vibração pela utilização dos ex-plosivos não ultrapasse os limites definidos nas normas e regulamentos em vigor.

Para além dos trabalhos preparatórios ne-cessários (acessos, consolidação de taludes, emboquilhamentos) o primeiro túnel a ser escavado foi o túnel de acesso à central no comprimento total de 1.586 m e uma sec-ção plena de 61 m2. Foi iniciado em final de Maio de 2011 e concluído em Dezembro de 2011, com rendimentos médios mensais 220 m de galeria com uma única frente de ataque. Foram também já iniciados diversos túneis de acesso e ataque, seja à central, à chaminé, à adução, à câmara da comporta e à restitui-ção, que será finalizado com o túnel principal

da restituição, que terá 2044 m e uma secção plena de 105,67 m2.

Desde o arranque dos WE3C em operação, de forma à rentabilização máxima dos avan-ços na escavação e à minimização da sub--escavação e consequente redução de custos, a Construsalamonde tem utilizado e tirado partido de todas as potencialidades e tecno-logia do sistema ABC Total que equipa estes jumbos. O sistema de controle da perfuração realiza o posicionamento dos braços de per-furação de forma completamente automáti-ca, segundo uma pega de fogo previamente definida e introduzida pelo cliente no com-putador de bordo, de acordo com a secção a escavar, formação a atravessar e eventuais condicionalismos na pega, como a redução das vibrações. O ABC Total assegura o em-boquilhamento automático e a realização de todos os furos do diagrama de perfuração de forma automática, com o posicionamento paralelo dos furos e a consequente otimiza-ção do desmonte, com a obtenção de avanços quase plenos e mínima sub-escavação. Este nível de automatização total inclui toda a sequência de furação previamente definida no diagrama e introduzida no sistema, assim como todos os registos de todas as operações realizadas no ciclo. O tempo requerido para a execução do ciclo de perfuração situa-se en-tre as 2 horas e as 2 horas e 30 minutos.

A escavação da futura central é um trabalho de grande complexidade, dadas as grandes dimensões da caverna de 60x60x30 m obri-garem a cuidados redobrados, seja na escava-ção, como no sustimento, sendo a escavação realizada a partir de uma galeria de ataque na abóboda e o desmonte num sistema de câma-ras e pilares. Neste projeto estão previstos vá-rios poços, sejam o poço de tomada de água, de adução e o poço de barramentos, e ainda a chaminé de equilíbrio e a de ventilação e bombagem. Os poços têm secções compreendidas entre os 7,59 m2 e os 346 m2 e alturas que se situam entre

BARRAGENS:AS NOSSAS ENERGIASEpos em Salamonde

Sendo a tecnologia ABC Total e o martelo COP 2238 “amigos do aço de perfuração, dado que adaptam instantaneamente a energia de im-pacto às condições do terreno a perfurar,” a sua conjugação com a utilização do aço de per-furação Atlas Copco “SR35 Magnum” neste projeto asseguraram resultados e vidas úteis excecionais. Nos primeiros 800 metros de túnel escavado, foram obtidas vidas úteis médias de 3.600 m para as varas T38-SR35 de 5,5 m, de 3.810 m para os encabadouros e uniões T38 e de 570 m para os bites SR35 de 48 mm.

Os Boomers WE3C fornecidos pela Atlas Copco são equipamentos de

última geração com três braços de perfuração equipados com colunas de perfuração de 5,5

metros equipados com os novos martelos COP2238 de 22 KW. Tendo

em linha de conta as exigências deste projeto, seja em termos de

fiabilidade como de produtividade, ambos os equipamentos foram

apetrechados com a maioria dos opcionais disponíveis,

designadamente:

•Plataforma de serviço SP3, equipada com protecção FOPS

•Braços tipo BUT 45L, mais rápidos, mais robustos e com uma maior área de cobertura

•Braço central de perfuração equipado com sistema BSH para furação longa

•Braço central equipado com sistema MWD (sondagem frente)

•Sistema de controle RCS, CAN-BUS de 3ª geração

•Sistema de controle da perfuração, roboti-zação total, ABC TOTAL

•Bomba hidráulica Swellex modelo H1

BOOMER WE3C

Construção e Minas - No 1 / 20128

Lilia e Nunounidos na vida, na operação dos equipamentos e no sucesso da obra

Aparentemente os nomes são comuns, nada dizem à generalidade das pessoas, exceto aos colegas e responsáveis que trabalham na obra do reforço de potência de Salamonde. São um casal proveniente do Alentejo, onde residem e que no dia--a-dia dá o seu melhor para o sucesso deste projeto. Ambos são operadores al-tamente qualificados de equipamentos de perfuração, sejam os jumbos WE3C, seja o Simba M6C. Ambos selaram uma vida em comum, já operando e trabalhando em túneis e minas. Ela quebrando uma tradi-ção de muitos anos, dado que o trabalho mineiro sempre foi um exclusivo de ho-mens, ingressou na Epos para o projeto de reativação das minas de Aljustrel, corria o ano de 2007, juntamente com outras mu-lheres, para operar com o Simba M6C na furação de bancada. Saiu da Epos com o fim do projeto de reativação de Aljustrel em 2008, ingressando na EPDM onde permaneceu 1 ano, fazendo trabalho si-milar. Com o início do projeto de Sala-monde voltou a ser integrada nos quadros da Epos, operando os equipamentos de perfuração na obra. Neste momento, é a única mulher em atividade que opera este tipo de equipamentos. As suas expe- [email protected]

Eng. João Rala, responsável pelos traba-lhos de escavação do reforço de potência de Salamonde em discurso direto sobre as perfomances dos jumbos WE3C

“Os equipamentos de perfu-ração da Atlas Copco têm-se

revelado fiáveis e muito produtivos. As performances e a facilidade de opera-ção têm garantido os rendimentos do projeto. Os martelos de alta frequência utilizados nos jumbos têm permitido al-tos rendimentos de furação e um redu-zido consumo de aço de perfuração”

os 26 m (a menor) e os 179,5 m (a maior). O processo de construção é por Raise-boring, seguido do alargamento em sistema de per-furação em bancada até ao diâmetro e altura final.

A escavação do pescoço de cavalo da tomada de água será também realizada com Raise-bo-ring, seguido do respetivo alargamento para a secção final. O equipamento utilizado no alargamento é o ROC T15 da Atlas Copco.

Sendo a qualidade e desempenho dos equipa-mentos fatores muito importantes, fundamen-tal mesmo é a superação e o esforço diário que os trabalhadores empenhados dos múlti-

plos sectores envolvidos, contribuem para o sucesso destas obras.

O técnico especialista da Atlas Copco em obra assegura, não só a manutenção curativa dos equipamentos, como a preventiva, ante-cipando a ocorrência de avarias e paragens imprevistas dos equipamentos. A área de manutenção e armazém do consórcio tem sido também um exemplo de cooperação e empenho no sucesso dos equipamentos em obra, proporcionando diariamente ao técnico especialista da Atlas Copco todo o suporte e apoio solicitados, o que tem permitido asse-gurar uma disponibilidade dos equipamentos de perfuração praticamente a 100%.

tativas são a obtenção do certificado de formador de equipamentos de perfuração subterrânea e vir a fazer parte do futuro centro de formação da Epos na Somincor. O Nuno, após 5 anos a trabalhar na ex-tração na mina de Aljustrel, ingressou em 2009 na Epos como operador de jum-bos de perfuração, cargo que mantém.

As suas expetativas em termos profissio-nais são o aprofundamento dos conheci-mentos das tecnologias de perfuração e a consequente especialização, fazendo cada vez mais rápido, melhor e ao menor custo.

Lilia e Nuno com o técnico da Atlas Copco Ricardo Fernandes

Construção e Minas - No 1 / 2012 9

S alamonde é uma barragem em arco abóbada com 75 m de altura, que per-

tence à bacia hidrográfica do Cávado, tendo entrado em funcionamento em 1953.

Com o novo plano hidrográfico foi definido reforçar a potência instalada desta barra-gem, tendo a obra sido adjudicada ao con-sórcio CONSTRUSALAMONDE constituí-do pelas empresas Teixeira Duarte – EPOS – SETH.

A obra atualmente em curso tem colocado diversos desafios ao consórcio e, um deles foi a colocação de extensómetros na futura abóbada da central subterrânea. A execução deste trabalho consistia na realização de 6 furos em 2 alinhamentos de 3 furos, com 86 mm de diâmetro e 30 m de comprimento, dos quais 2 verticais ascendentes e os res-tantes a 45º igualmente ascendentes. Nestes eram executados ensaios de absorção de água tipo Lugeon em troços de 5 m e com três patamares de pressão, exceto nos pri-meiros 5 m de cada furo.

O reduzido prazo de execução e a minimi-zação de impedimentos na empreitada de escavação subterrânea eram os desafios co-locados. Para tal, foram instaladas proposi-tadamente, plataformas provisórias que per-mitiram a preparação para continuação dos trabalhos de escavação subterrânea, assim como do sustimento definitivo da abóbada. A execução dos trabalhos foi feita com re-curso a sistema de perfuração convencional 86T2 com varas de alumínio de 50 mm e, os equipamentos escolhidos foram as Diamec nos seus modelos 251 e 252.

Estes equipamentos, sobejamente conheci-dos pela sua versatilidade, robustez e ele-vado rendimento provaram, uma vez mais, estar à altura de mais este desafio, tendo atingido 7 m por turno de rendimento mé-dio incluindo os ensaios de Lugeon necessá-rios e, permitindo que o trabalho tenha sido terminado em tempo recorde com impactos mínimos na obra geral.

DIAMECAjuda no reforço de potência da barragem de Salamonde

[email protected]

Construção e Minas - No 1 / 201210

BREVE HISTORIAL

As minas de Aljustrel situam-se na Faixa Piritosa Ibérica, entre o Sul do Baixo Alen-tejo (Portugal) e Andaluzia (Espanha), uma das zonas mais ricas em minérios metáli-cos a nível mundial. A exploração das Minas de Aljustrel nomea-damente os jazigos de São João e Algares re-monta à antiguidade. Com carácter de regularidade, a exploração dita moderna é retomada no final do séc. XIX, inicialmente para a produção de cobre e depois como matéria-prima de enxofre. É no final da década de 40 que a importância das Minas de Aljustrel avulta com uma importan-te posição na exportação e progressiva melho-ria de posição no abastecimento do mercado nacional produtor de ácido sulfúrico.

No final dos anos 80, o mercado para a pirite colapsou, o que obrigou a Empresa a pro-curar novos caminhos de modo a manter-se viável. A empresa iniciou estudos de valori-zação dos seus minérios, no sentido de pro-mover as produções dos metais básicos não ferrosos neles contidos, acrescendo mais va-lor às suas produções.

Por motivos técnico-económicos, em 1993 a laboração foi suspensa.

Em 2006, a Eurozinc decide retomar as ati-vidades mineiras, desta vez focando-se na exploração de zinco.

A abrupta crise financeira global que come-çou em 2008, com consequências diretas e dramáticas nos preços internacionais do zinco, forçou a Lundin Mining a suspender novamente a atividade operacional da mina em Novembro de 2008.

O PRESENTE

Em Fevereiro de 2009 é o Grupo Português I’M Mining SGPS, liderado pelos irmãos Martins, que investe na Mina, adquirindo a Empresa – Pirites Alentejanas, S.A.. Dadas as boas perspetivas do preço do cobre, que se confirmaram com um aumento do pre-ço nos mercados internacionais e o facto de ser muito menos volátil do que o do zinco, a ALMINA – Minas do Alentejo, S.A., atu-al denominação social da Empresa, fez uma inflexão na estratégia deixando para segundo plano o zinco e focando-se no cobre. Tem-se revelado uma aposta claramente vencedora,contribuindo decisivamente para que a mina esteja atualmente a trabalhar com ritmo de produtividade crescente perspetivando um futuro sustentável.

Os trabalhos de desenvolvimento na Mina de Feitais reiniciaram-se em Junho de 2009, quatro meses após a I’M Mining ter concreti-

zado a aquisição da Empresa concessionária do complexo mineiro. Os trabalhos consubstanciaram-se na melho-ria das infraestruturas da mina, assim como o desenvolvimento de galerias, necessário para aceder às frentes do filão de cobre, de modo a permitir fazer os desmontes para a extração do minério.

A extração de minério, a partir da Mina de Feitais, iniciou-se ainda no primeiro semestre de 2010, tendo-se começado o seu tratamen-to na Lavaria no início do segundo semestre.

Em Janeiro de 2011, o Grupo APCL- Finan-ceira, SGPS passa a fazer parte do capital so-cial da I’M Mining, SGPS; acionista única da ALMINA e EPDM.

Atualmente, trabalham nas Minas de Aljus-trel cerca de 500 pessoas, 270 trabalhado-res da ALMINA e os restantes de diversos Empreiteiros e Prestadores de Serviços que colaboram com a empresa, com particular destaque para a EPDM com mais de 160 tra-balhadores, empresa igualmente participada do grupo I’M Mining SGPS.

MINAS DE ALJUSTREL Sucesso na indústria mineira portuguesa

Construção e Minas - No 1 / 2012 11

A EPDM – Empresa de Perfuração e Desen-volvimento Mineiro, S.A., empresa do grupo I’M Mining, criada em 2009 é responsável pelos trabalhos de escavação subterrânea na Mina, identificou a Atlas Copco como um parceiro estratégico no que diz respeito a equipamento mineiro e soluções de assistên-cia técnica. Para os trabalhos de escavação na mina, a EPDM opera atualmente uma frota de equi-pamentos Atlas Copco composta por três jumbos de furação de avanço Boomer 282S, dois jumbos de furação de bancada Simba 157, uma pá carregadora Scooptram ST14 e

um camião de mina com capacidade de carga de 42 toneladas Minetruck MT42.

Para garantir custos operacionais baixos e elevados índices de disponibilidade dos equipamentos, a EPDM contratou os servi-ços de assistência técnica da Atlas Copco, garantindo uma equipa de cinco técnicos em permanência na mina. Assegurou ainda a as-sistência total a todos os martelos hidráuli-cos perfuradores dos seus equipamentos, por muitos considerados o “coração” dos mes-mos, por um valor fixo por hora de trabalho, garantindo a ausência de custos inesperados, e rendimentos elevados.

Também nos consumíveis de perfuração a EPDM tem apostado na Atlas Copco, mais concretamente na tecnologia Magnum. Des-de o início das operações em Aljustrel que os jumbos de perfuração têm utilizado aço cónico Magnum SR35 para realizarem os fu-ros de avanço com diâmetro de 48 mm. Já na

furação de bancada, os Simba 157 utilizam material standard T38 com tubos guia e bites Retrac para limitar desvios na furação.

O FUTURO

Para além da consolidação dos níveis de produção na Mina de Feitais, está previsto arrancar com a extração de minério de co-bre da Mina do Moínho, durante o primeiro semestre de 2012. Para garantir este obje-tivo, a EPDM decidiu aumentar a sua frota de equipamentos e mais uma vez confiou na Atlas Copco para os equipamentos de carga e transporte adjudicando mais uma pá carrega-dora Scooptram ST14 e um camião de mina Minetruck MT42. Para além disso, reforçou ainda a sua frota de jumbos de avanço com a compra de um quarto jumbo Boomer 282S. A ALMINA – Minas do Alentejo, S.A. es-pera processar um milhão de toneladas de minério já este ano.

EPDM e os equipamentos em laboração

MINETRUCK MT42

SCOOPTRAM ST14BOOMER 282S SIMBA 157

[email protected]

Construção e Minas - No 1 / 201212

Pá mineira ST1030 NO REFORÇO DE POTÊNCIA DE VENDA NOVA III

O reforço de potência de Venda Nova III iniciou a sua construção em Abril deste

ano, estando previsto o seu término em Se-tembro de 2014 e a entrada em operação para o 1º semestre de 2015. Neste período, o in-vestimento total estimado para o projeto é de 349 milhões de euros, passando a ser a maior central hidroelétrica em Portugal em termos de potência instalada.

Esta unidade será constituída por uma cen-tral subterrânea em caverna, um circuito hi-dráulico em túnel e diversos poços, cavernas e túneis auxiliares e de acesso, perfazendo 9 km de galerias, sendo necessário escavar uns impressionantes 1.000.000 m3 de rocha e co-locar 200.000 m3 de betão. A construção des-te empreendimento foi adjudicada a um agru-pamento de 4 empresas, liderado pela MSF, e constituído pela Somague, Mota-Engil e Spie Batignolles, ficando a conceção e projeto de execução a cargo do Dono de Obra EDP.

Atualmente estas pás estão a trabalhar no túnel de saída de energia (ventilação) e no túnel de ataque à chaminé de equilíbrio in-ferior com uma secção de 26 m2 de granito

alterado, com a remoção do escombro, de uma pega com 4,10 m de avanço, efetua-da em cerca de 2 horas e meia. Segundo o director de obra deste túnel, “estas pás são boas máquinas com bastante robustez”.

Um dos grandes desafios inerentes a este projeto em fase de execução, para além das quantidades de trabalho associadas, é a ma-nutenção em operação, durante a construção, dos grupos adjacentes de Venda Nova II e a consequente permanência em carga do circui-to hidráulico.

Estas condições exigirão um controlo muito exigente das vibrações resultantes do desmon-te a fogo, durante os trabalhos de escavação subterrânea, e a permanente monitorização de quantidade e tipo de infiltrações de água.

A Atlas Copco Portugal está presente neste projeto através do fornecimento ao ACE de 2 Pás Scooptram ST1030. A pá carregadora Scooptram é um equi-pamento com uma capacidade de carga de 10 toneladas, capaz de se movimentar em galerias até um mínimo de 3,3 m de largura. Projetada para uma produtivida-de máxima, esta máquina inclui um po-deroso sistema de propulsão, um balde de desenho agressivo e braço com barra em estilo Z para assegurar um verdadeiro carregamento de uma vez só (“one-pass” loading). Nesta obra, o balde de carga da pá ST1030 tem uma capacidade de 5 m3, permitindo assim uma rápida e eficaz re-moção do escombro.

[email protected]

Construção e Minas - No 1 / 2012 13

A Secilbritas, empresa de agregados do grupo Secil, tem como atividade

principal a exploração, extração e venda de agregados.

Desde meados da década passada e na se-quência da reestruturação operada no grupo, o departamento de desmonte da Secilbritas é responsável pelas operações de perfuração e desmonte em todos os centros de produção do grupo. Esta reestruturação representou um enorme desafio para o departamento, que se viu confrontado com a tomada de várias decisões cruciais para o sucesso da sua ati-vidade, nomeadamente o investimento em novos equipamentos de forma a aumentar os índices de disponibilidade dos respetivos recursos. Assim, no passado ano de 2010, após deteta-da a necessidade de proceder à aquisição de um novo carro de perfuração para operar nas pedreiras da zona Norte (Penafiel e Joane), e após consultado o mercado, a Secilbritas op-tou uma vez mais por dar preferência à Atlas Copco, pelo que se colocou na pedreira de Penafiel um carro de perfuração Atlas Copco modelo ROC D9-11. Este equipamento com uma capacidade de produção de aproxima-damente 1.500.000 toneladas/ano, equipado com um motor CAT modelo C7 Tier III/63 com 168 Kw de potência, preparado para operar com aço T45 ou T51 e com um mar-telo COP 2560 de 25 Kw, confere-lhe um de-sempenho em termos de velocidade de per-furação, único na sua classe. Paralelamente ao acordo de fornecimento do carro de per-furação foi efetuado um acordo de assistên-cia técnica total. Esse acordo, para além de assegurar ao cliente não só a realização das visitas de manutenção planeada e a substi-tuição do martelo nas revisões programadas, fomenta o diálogo permanente entre os ele-mentos de ambas as empresas, contribuindo assim de uma forma decisiva para a manu-tenção de um elevado índice de disponibili-dade do equipamento.

O Eng. Pedro Pereira é o responsável pelo departamento de desmonte da Secilbritas, tendo como missão a coordenação das ope-rações de perfuração e desmonte em todos

os centros de produção. Passados cerca de 6 meses após o investimento efetuado, per-guntámos ao Eng. Pedro Pereira qual a sua experiência com o ROC D9-11:

[email protected]

O equipamento apresenta elevados níveis de fiabilidade. A sua utilização com aço T51 e diâmetros de perfuração de 89 mm permitiu-nos reduzir substancialmente os desvios, melhorando a qualidade e rigor da perfuração e, com isso, a qualidade dos desmontes quer ao nível da fragmentação, mas principalmente ao nível da segurança (projeções).

Deste modo foi-nos possível reduzir os custos gerais da pedreira, dado que o au-mento da fragmentação e deslocamento de bancada permitiu melhorar a eficiência das operações de carga e transporte e principalmente da produtividade da cen-tral de britagem.

De referir que o operador se adaptou bem ao equipamento.

O maior custo no consumo de combustível do novo equipamento, foi compensado pelo maior rigor da perfuração e aumento da malha da perfuração, o que, em termos de combustível, se traduz num custo simi-lar por tonelada desmontada.

SECILBRITASMaior fiabilidade e produtividade: o investimento compensa

Construção e Minas - No 1 / 201214

A Triáguas – José Machado & Costas, Lda, tem utilizado no decurso do último ano o martelo COP 64 Gold, apresentando resul-tados positivos.

O que parece não deixar dúvidas é a evidente diferença de rendimento dos martelos COP Atlas Copco face ao restante mercado, o que permite afirmar que, “só trabalhando com material de qualidade e de máxima rentabi-lidade se pode fornecer aos nossos clientes o melhor serviço a um preço adequado”.A qualidade do serviço é de facto um aspe-to que a Triáguas não deixa ao acaso. Utiliza como ferramenta de perfuração o bite Atlas Copco de 7” botão esférico, sendo das pou-cas empresas no Norte do país a realizar fu-ros de água com 7’’ de diâmetro, garantindo deste modo maior fiabilidade e longevidade à captação de água.

O mercado de perfuração de poços para captações de água está amplamente consolidado em Portugal. A maioria dos empresários considera, aliás, estar saturado. A crise nacional chegou a todos os sectores, com maior incidência no mercado da construção civil e seus dependentes.

É neste contexto de dificuldade que emergem as empresas de valor e visão superior. Considerar um investimento mais arrojado como aposta na produtividade e sustentabilidade é o lema das empresas que contrariam a tendência do mercado.Tempo é dinheiro. E quando tempo representa consumo de combustível, então tempo é bastante dinheiro.

É portanto crucial furar com a máxima eficiência de combustível. Graças ao design inteligente do martelo COP 64 Gold, os nossos clientes irão encontrar um preço ligeiramente superior ao mercado nacional num produto que utiliza o ar comprimido de modo inteligente e eficiente, reduzindo os custos totais de perfuração, incrementando a rapidez e produtividade do serviço prestado.A experiência adquirida através dos nossos clientes que

já utilizam o martelo COP 64 Gold nos seus trabalhos de perfuração permite à Atlas Copco afirmar com segurança que, em média por furo, o nosso martelo pode economizar cerca de 50 litros de combustível (compressor de 21 bar num furo de condições ideais).

COP 64 Gold

Segundo o Dr. José Mota (Director técni-co da Triáguas), “verifica-se que o cilindro deste martelo tem uma durabilidade su-perior, mantendo ou superando o rendi-mento do anteiror martelo COP 64 Std”.

TRIÁGUASTempo é dinheiro!

Ao fundo: Compressor Atlas Copco XRHS 385Da esquerda para a direita: Sr. Manuel Costa e Sr. Albino Carvalho (operadores)

[email protected]

Construção e Minas - No 1 / 2012 15

A Explo - Empresa de Demolições, Lda., adquiriu no final de 2010 o pri-

meiro ROC totalmente computadorizado a operar em Portugal, o ROC D9C.

Após um ano em serviço numa das mais im-portantes obras rodoviárias em execução em Portugal, A.E. Transmontana, fomos visitar o Lote 3 desta concessão, e perceber os bene-fícios retirados deste novo equipamento por parte da Explo Lda., empresa responsável pelo desmonte de rocha nos Lotes 2, 3 e 10 da referida concessão.

O Lote 3, a cargo da empresa Rosas Constru-tores S.A. tem cerca de 14 Km de extensão, dos quais 50% correspondem ao alargamen-to da via existente (IP4) e os restantes 50% constituindo um novo traçado, compreenden-do escavação em plena via na sua totalidade.O volume de rocha a escavar é de aproxima-damente 1.700.000 m3 de maciço rochoso granítico.

Dado o elevado volume de trabalho a exe-cutar, e por forma a cumprir o prazo contra-tualmente definido, foi essencial, por parte da Explo Lda. colocar todo o know-how no terreno para avançar com este projeto de ele-vada responsabilidade. A estrutura técnica da empresa chegou rapidamente à conclusão de que necessitariam de adquirir um equipa-mento com elevado rendimento para garantir a produtividade exigida pelo empreiteiro res-ponsável pela execução deste Lote.

Uma vez que a Explo Lda. conta na sua frota de equipamentos de perfuração (composta por 10 unidades Atlas Copco) com 2 unida-des ROC D7-11, 1 unidade ROC D7-01 e 1 unidade ROC 748, a escolha da Atlas Copco era uma decisão óbvia. Desta vez, a opção recaiu numa unidade pioneira em Portugal, o ROC D9C-11.

O SmartRig ROC D9C-11 é um carro de perfuração inteligente que permite navega-ção GPS para definir o ponto a perfurar com um rápido set-up e perfuração de alta preci-são. O ROC Manager permite o planeamen-to atempado do diagrama de fogo, utilizado posteriormente pelo operador na máquina. Este poderá obter e transmitir informação acerca de diagramas de perfuração, registo de dados e análise de desvios MWD (Measu-re While Drilling).

Ao utilizar o Rock Drill Control System, o operador tem ao seu dispor uma ferramenta que ajuda a definir os parâmetros ideais de perfuração. O sistema funciona através do ajuste de potência de perfuração para se ade-quar às condições geológicas, com os três parâmetros de controlo vitais, sendo a pres-são de rotação, a pressão exercida na coluna de varas e a taxa de penetração. Este sistema permite aumentar em cerca de 20% a vida útil do aço de perfuração.

Todos estes fatores, que permitem aumentar a produtividade em resultado do aumento da disponibilidade do equipamento, aliado a um martelo perfurador mais potente com 25 Kw, permitiram à Explo Lda. cumprir os prazos

propostos para a execução dos trabalhos, com resultados globais bastante satisfatórios.

Com um ritmo de execução dos trabalhos elevado na fase de maior produção da obra foi possível aferir a diferença de produtivi-dade face a equipamentos semelhantes de menor potência e não computadorizados. O diâmetro de perfuração utilizado foi em geral 76 mm (89 mm em algumas zonas do traça-do) com aço T45. As características técnicas desta obra não permitiram a utilização de di-âmetros superiores.À passagem das 2500 horas de operação, o Eng.º Luís Sousa (Diretor de Obra) pode afir-mar que

“ o ROC D9C-11 deu sem dúvi-da uma ajuda significativa a

nível produtivo. É notória uma maior ra-pidez de perfuração, sendo tanto mais evidente quanto maior for a bancada a perfurar.” Um dos aspetos que mais impressionou o Eng.º Luis Sousa foi “a capacidade de man-ter o mesmo nível de rendimento utilizan-do um diâmetro de perfuração superior. A maior longevidade do aço permitiu-nos reduzir o consumo esperado para esta obra”. E, uma vez que falamos em consu-mos, “o consumo de gasóleo deste ROC D9C-11 é equivalente a uma máquina de menor potência, como o ROC D7 equipa-do com um martelo de 18 Kw.”

UM ROC INTELIGENTEROC D9C na Explo

A Auto-Estradas XXI S.A., liderada pelos grupos Soares da Costa e Globalvia, é a entidade adjudicatária da subconcessão da Auto-Estrada Transmontana.

A futura Auto-Estrada Transmontana terá um total de 186 km de extensão, dos quais, 130 km de nova construção, e beneficiará os Concelhos de Amarante, Vila Real, Sabrosa, Murça, Alijó, Mirande-la, Macedo de Cavaleiros e Bragança.

O lanço em construção ligará Vila Real a Bragança, em perfil de Auto-Estrada, unindo-se à via que liga Amarante a Vila Real, à Variante de Bragança e à Ponte Internacional de Quintanilha. Estas três vias têm uma extensão total de 56 km e fazem parte do atual IP4.

[email protected]

Construção e Minas - No 1 / 201216

OS NOSSOS COMPROMISSOS

Quando, no Parts & Services da Atlas Copco, começámos a desenvolver o conceito dos nossos “Compromissos”, tomámos como ponto de partida as su-gestões e críticas dos nossos clientes. Numa organização global, presente em mais de 170 países, com quase 3.000 colaboradores apenas na assistência técnica, trabalhando à superfície ou em ambiente subterrâneo, necessita-mos de adotar processos que garan-tam ao nosso cliente uma assistência eficaz, com rapidez e qualidade.

Sabemos que, frequentemente, vamos além do que nos foi pedido. Mas tam-bém temos consciência que, por ve-zes, não somos bem sucedidos.

Temos uma verdade bem presente na nossa organização – nenhuma equipa consegue ser melhor do que a impres-são que deixou no último contato que

teve com o cliente. A compreensão deste facto, levou-nos a assumir um conjunto de compromissos com os nossos clientes, ou seja, consigo!

Porque a segurança dos nossos clien-tes, bem como, dos nossos técnicos, está sempre em primeiro lugar, assu-mimos o compromisso de a colocar sempre em primeiro lugar nas nossas atividades.

Para que sinta que pode, sempre, contar connosco, assumimos criar to-das as condições para que seja fácil contatar-nos em caso de necessidade, bem como, responder às suas solicita-ções de forma pronta.

Sempre apostámos numa relação du-radoura e de verdadeira parceria com os nossos clientes e para que tal seja possível, comprometemo-nos a ser

dignos da confiança que deposita em nós, demonstrando sempre uma atitu-de e uma imagem positivas.

E porque a confiança se constrói com atos, mais do que com palavras, comprometemo-nos a não deixar um cliente sem que o trabalho esteja con-cluído, fornecendo sempre produtos e serviços de elevada qualidade.

Por último, todos sabemos que tem-po é dinheiro e, como tal, assumimos o compromisso de cumprir os prazos combinados.

Compreendemos o seu negócio e te-remos sempre presente o objectivo de lhe acrescentar valor. A nossa atitude face a estes compromissos constitui a diferença entre as palavras e a ação.

[email protected]

Construção e Minas - No 1 / 2012 17

D esde o final do ano passado que a Atlas Copco começou a fornecer os

seus clientes com a nova gama de produtos T-WiZ, que substitui com grande vantagem o aço habitualmente utilizado para furação de bancada do tipo T38, T45 e T51.

O novo e patenteado sistema de fabrico das roscas do tipo T aumenta dramaticamente, como que por magia, a robustez das varas e encabadouros, originando aumentos nas lon-gevidades do material que podem chegar aos 30%! Isto significa menos tempo dispendido a substituir varas ou encabadouros aumen-tando a produtividade por turno, para além de um custo por metro furado mais baixo.

Quanto mais exigente for a rocha a furar, mais evidentes se tornam os benefícios das T-WiZ. Em maciços rochosos com elevada fraturação, por exemplo, a longevidade obti-da com colunas de perfuração T-WiZ pode superar os 30% em relação ao material stan-dard.

Inúmeros testes bem sucedidos têm sido realizados com esta nova gama de aço de perfuração em vários locais no mundo. Des-tacamos os testes realizados na pedreira de Tagene (Suécia) onde um ROC D7C, com martelo COP1838, utilizava aço T45 para a realização de furos com 10 a 25 m de compri-mento obtendo uma longevidade média nas varas de cerca 4.500 m. Quando passou para

o aço T45-WiZ as varas ultrapassaram os 7.500 m de tempo de vida, havendo algumas unidades a superar os 10.000 m!

Também na pedreira de Vikan (Suécia) os resultados foram surpreendentes. Aqui os fu-ros de 10 a 28 m são realizados por um ROC D9C , com o martelo COP 2150UX, e aço T51. Habitualmente a furação nesta pedreira tem desvios acima da média. Neste caso fo-ram os encabadouros T-WiZ a destacarem--se com aumentos de longevidade que chega-ram a ultrapassar os 100%!

Resultados desta ordem de grandeza são muito difíceis de obter, mas por certo que em muitos trabalhos de desmonte em Portugal já se estão a sentir diferenças significativas na furação com este novo aço de perfuração da Atlas Copco. Contamos dar-vos conta destes resultados na próxima edição da revista.

[email protected]

T-WIZ Longevidades mágicas

A atual gama T-WiZ está disponível em 3 dimensões: T38-WiZ, T45-WiZ e T51--WiZ.Apesar de ser compatível com a gama standard (T38, T45, T51) os benefícios das T-WiZ são praticamente eliminados em caso de mistura.

Construção e Minas - No 1 / 201218

É na área protegida do Parque Natu-ral das Serras de Aire e Candeeiros que se situam grande parte das pedrei-ras de rocha calcária dos distritos de Leiria e Santarém. Entre outras me-didas, ao crescimento inicial desor-denado deram lugar o licenciamento, a eletrificação e estudos de recupera-ção paisagística das pedreiras. Neste momento, a Atlas Copco em parceria com o seu revendor DRCP em Porto Mós, iniciou a introdução dos reno-vados martelos BBC34 , permitindo assim uma redução de ruído significa-tiva sem percas de produção.

O silêncio é de pedraPorto Mós com os renovados martelos BBC34

De mãos dadas com a fiabilidade

Melhores condições de trabalho e produtividade na EFACECcom o bate-estacas LPD-T

Com um número elevado de obras em carteira, sen-do que uma das mais relevantes é a execução dos trabalhos de expansão do novo parque de contento-res do Porto de Leixões, a empresa de construções Europa Arlindo, com sede em Ferreiros - Braga, adquiriu recentemente à nossa concessionária SE-PREM 6 cilindros Dynapac CC1200. Esta obra, que faz parte do Plano Estratégico de Transportes, é de importância vital para o desenvol-vimento do trabalho portuário, pelo que a rapidez na execução dos trabalhos era fundamental para o sucesso deste investimento, que permitirá aumentar em cerca de 20% a produtividade no cais. Para garantir que os trabalhos de execução corres-sem na perfeição, a firma Europa Arlindo optou pe-los equipamentos da Dynapac, tendo em considera-ção a elevada fiabilidade dos mesmos, o seu elevado nível de compactação, o baixo consumo energético, aliados, ao excelente relacionamento com o nosso concessionário.

A Efacec Energia é a maior exportadora nacional de transformadores de potência. É de crucial importân-cia, quando da sua embalagem, que as respetivas fases sejam totalmente imobilizadas de forma a que não so-fram qualquer tipo de dano durante o transporte, pelo que são colocadas diversas cunhas de travamento. Essa operação é efetuada manualmente recorrendo-se ao uso de um pilão, o que provoca um considerável cansaço no operador, obrigando dessa forma à formação de várias equipas que se revezam com alguma frequência. Estava

identificada uma oportunidade de melhoria. Importava pois, a busca e a adoção de uma solução eficaz . Para tal fomos contatados para, em parceria com a EFACEC, tentarmos encontrar a melhor solução. Optou-se por se testar o nosso bate estacas LPD-T, acionado pela nossa unidade hidráulica LP 18 TWIN E. Após a conclusão da fase de testes e efetuados os respetivos ajustamentos, foi validada a solução que resulta numa redução significati-va do cansaço produzido no operador, bem como numa clara redução do tempo de operação.

Construção e Minas - No 1 / 2012 19

Atlas Copco adquire GIA

As comunicações têm um papel cada vez mais importante no desenvolvi-mento e bem-estar das pessoas. Des-ta forma é essencial a existência de infra-estruturas que dêem resposta às necessidades de comunicação dos cidadãos, tais como sites de teleco-municações. A qualidade dos grupos geradores Atlas Copco, aliada ao pro-fissionalismo e competência da Voda-cabo, tem permitido uma preferência por parte de alguns clientes finais.

A Vodacabo é uma empresa do grupo Telcabo , criada em Timor a 2 de Mar-ço de 2010, em conjunto com acio-nistas locais e de Macau, para operar diretamente no mercado asiático com especial incidência no mercado das telecomunicações.

DAR ENERGIA A TIMOR--LESTE Gerador QAX12

De forma a alargar o seu portfolio de equipamentos subterrâneos e servir mais e melhor os seus clientes, o grupo Atlas Copco concluiu recentemente a aqui-sição da empresa GIA Industri AB.

Em Portugal, a Atlas Copco já trabalhava com a GIA em estreita colaboração e são bem conhecidas no nosso mercado as soluções de ventilação de ele-vada qualidade desta empresa. Mas a GIA dispõe de muito mais que apenas ventiladores e mangas de

ventilação. Desde os equipamentos de carga contí-nua do tipo Häggloader, locomotivas, shuttlecars, saneadores (scalers), equipamentos de instalação de cabos, equipamentos de carregamento de explosi-vos, veículos de serviço e o famoso camião mineiro elétrico Kiruna, muitos são os novos equipamentos e soluções que os nossos clientes com trabalhos de escavação subterrânea passarão a dispor com maior facilidade, podendo contar com o apoio comercial e assistência técnica da Atlas Copco.

Energia Portátil Atlas Copco:levamos a nossa energia a qualquer local para levar o seu negócio mais longe.

Com vista a melhorar e aumentar o portfolio de produtos a oferecer aos nossos clientes, num espírito de verdadeira parceria em segmentos de mercado cada vez mais competitivos, procedemos à reorganização das áreas de negócio da Atlas Copco.Assim nasceu a área de Construção, constituída pelas Divisões: Ferramentas de Construção, Equipamentos de Construção de Estradas, Energia Portátil e Serviço.

Em Portugal, na base desta reestruturação, integrámos a divisão APE (Energia Portátil da Atlas Copco) junto das outras divisões relacionadas com o segmento de construção, maximizando assim o potencial de todos produtos criando simultaneamente sinergias entre as várias divisões envolventes, aumentando a nossa performance junto dos nossos clientes e consequentemente a eficiência do negócio destes.

Ar, Electricidade, Água, Luz e Equipamento usado são os cinco pilares da divisão Energia Portátil, que nos permite satisfazer as mais variadas necessidades e acompanhar os nossos clientes onde quer que os projetos os levem.

www.atlascopco.com