construÇÃo e avaliaÇÃo de modelos … · propriedades familiares, na bacia hidrográfica do rio...

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CONSTRUÇÃO E AVALIAÇÃO DE MODELOS EXPERIMENTAIS DE SAF EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE: ESTUDO DE CASO EM JOANÓPOLIS, SP. GRIMALDI, M. C., GUYOT, M. S. D., GANDARA, F. B., IAMAMOTO, A. T. V., CARON D., ZÚÑIGA, P. D. L. NACE PTECA – Núcleo de Apoio à Cultura e Extensã[email protected] 1. RESUMO O trabalho objetivou a criação de modelos de SAF que pudessem contribuir para a recuperação da forma e função de ecossistemas ciliares em Joanópolis, SP. As áreas foram implantadas em três propriedades familiares, na Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira dos Pretos e contam com área respectivamente de 3676m 2 , 615,4m 2 e 23830m 2 . As dimensões foram estabelecidas com os proprietários, agricultores familiares, de forma a não comprometer significativamente a produção. Dentre as espécies utilizadas, foram incluídas espécies frutíferas, castanhas, medicinais, além de outras que garantiram a diversidade do sistema. A diminuição da metragem e a escolha de espécies que servem ao uso são as principais características que diferenciam essa restauração de uma convencional. Essas alterações foram propostas em um contexto de propriedades que adotam manejo Agroecológico em área total. A construção da restauração participativa dessas propriedades contribuiu para o sucesso da implantação das áreas e. O uso de SAFs na restauração de APPs pode ser uma importante ferramenta no processo de apropriação por parte dos proprietários. Palavras-chaves: Áreas de Preservação Permanente, Sistemas Agroflorestais, Restauração Ecológica. 2. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA As normas para recuperação de áreas de preservação permanente (APP) hoje estabelecidas, não convivem com a realidade dos pequenos produtores rurais quando consideramos a conservação dos recursos e a viabilização da propriedade (produtividade, fixação do homem no campo). A privação do uso dessas áreas diminui os recursos das pequenas propriedades dificultando a obtenção de renda por parte desses agricultores. Este trabalho parte desta problemática, buscando o encontro dos interesses do pequeno produtor e órgãos estaduais. A proposta se estabelece baseada na implantação de APPs em dimensões nas quais os produtores acreditam não comprometer a produção e no uso de Sistemas Agroflorestais nessas áreas. Sistemas Agroflorestais (SAF) são sistemas de produção que mesclam culturas agrícolas e florestais e aproveitam melhor o uso do solo. Segundo Peneireiro (1999) os SAFs apresentam-se como um sistema de produção que além de produzir matérias-primas de interesse para o homem, conserva os recursos naturais. Acredita-se ser possível o uso de SAFs nas APPs das pequenas propriedades de forma unir a conservação dos recursos às questões produtivas da propriedade, contribuir para o aumento da biodiversidade e incrementar a renda deste pequeno produtor, se tornando mais apropriado do que a restauração convencional, que nestas áreas não permite a utilização diretas dos produtos de espécies nativas ou exóticas. O trabalho foi realizado no município de Joanópolis, SP, na bacia do Rio Cachoeira dos Pretos. Joanópolis localiza-se na Serra da Mantiqueira e faz fronteira com os municípios de Extrema, Camanducaia, em Minas Gerais, e com os municípios de Piracaia, São José dos Campos, Vargem e Bragança Paulista em São Paulo. Estende-se a uma área de 377km², de coordenadas geográficas 22°55’45”S e 46°16’24”W. A altitude varia entre 900 e 1000 metros. O relevo é predominantemente acidentado e a precipitação média é de 1.500 mm anuais. Está no domínio da Mata Atlântica e a cobertura vegetal da região é chamada de Floresta Ombrófila Densa. (Plano Diretor de Desenvolvimento Turístico de Joanópolis, 2003). A realidade dessa bacia é marcada pela degradação ambiental, sendo necessária à conservação dos recursos naturais, principalmente quando consideramos as declividades das áreas e a abundância da rede hidrográfica. Isso nos leva a buscar novas tecnologias, que possibilitem o uso sustentável das áreas pelos produtores e que diminuam os efeitos dessa degradação. Adequar ambientalmente às propriedades deve ser prioridade, porém muitas vezes o que a legislação florestal exige pode tornar as propriedades inviáveis econômica e socialmente. Se destinarmos à restauração as áreas previstas no Código Florestal as propriedades perdem seu potencial produtivo restando ao agricultor poucas alternativas.

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CONSTRUÇÃO E AVALIAÇÃO DE MODELOS EXPERIMENTAIS DE SAF EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE: ESTUDO DE CASO EM

JOANÓPOLIS, SP.

GRIMALDI, M. C., GUYOT, M. S. D., GANDARA, F. B., IAMAMOTO, A. T. V., CARON D., ZÚÑIGA, P. D. L.

NACE PTECA – Núcleo de Apoio à Cultura e Extensã[email protected] 1. RESUMO O trabalho objetivou a criação de modelos de SAF que pudessem contribuir para a recuperação da forma e função de ecossistemas ciliares em Joanópolis, SP. As áreas foram implantadas em três propriedades familiares, na Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira dos Pretos e contam com área respectivamente de 3676m2, 615,4m2 e 23830m2. As dimensões foram estabelecidas com os proprietários, agricultores familiares, de forma a não comprometer significativamente a produção. Dentre as espécies utilizadas, foram incluídas espécies frutíferas, castanhas, medicinais, além de outras que garantiram a diversidade do sistema. A diminuição da metragem e a escolha de espécies que servem ao uso são as principais características que diferenciam essa restauração de uma convencional. Essas alterações foram propostas em um contexto de propriedades que adotam manejo Agroecológico em área total. A construção da restauração participativa dessas propriedades contribuiu para o sucesso da implantação das áreas e. O uso de SAFs na restauração de APPs pode ser uma importante ferramenta no processo de apropriação por parte dos proprietários. Palavras-chaves: Áreas de Preservação Permanente, Sistemas Agroflorestais, Restauração Ecológica. 2. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA As normas para recuperação de áreas de preservação permanente (APP) hoje estabelecidas, não convivem com a realidade dos pequenos produtores rurais quando consideramos a conservação dos recursos e a viabilização da propriedade (produtividade, fixação do homem no campo). A privação do uso dessas áreas diminui os recursos das pequenas propriedades dificultando a obtenção de renda por parte desses agricultores. Este trabalho parte desta problemática, buscando o encontro dos interesses do pequeno produtor e órgãos estaduais. A proposta se estabelece baseada na implantação de APPs em dimensões nas quais os produtores acreditam não comprometer a produção e no uso de Sistemas Agroflorestais nessas áreas. Sistemas Agroflorestais (SAF) são sistemas de produção que mesclam culturas agrícolas e florestais e aproveitam melhor o uso do solo. Segundo Peneireiro (1999) os SAFs apresentam-se como um sistema de produção que além de produzir matérias-primas de interesse para o homem, conserva os recursos naturais. Acredita-se ser possível o uso de SAFs nas APPs das pequenas propriedades de forma unir a conservação dos recursos às questões produtivas da propriedade, contribuir para o aumento da biodiversidade e incrementar a renda deste pequeno produtor, se tornando mais apropriado do que a restauração convencional, que nestas áreas não permite a utilização diretas dos produtos de espécies nativas ou exóticas. O trabalho foi realizado no município de Joanópolis, SP, na bacia do Rio Cachoeira dos Pretos. Joanópolis localiza-se na Serra da Mantiqueira e faz fronteira com os municípios de Extrema, Camanducaia, em Minas Gerais, e com os municípios de Piracaia, São José dos Campos, Vargem e Bragança Paulista em São Paulo. Estende-se a uma área de 377km², de coordenadas geográficas 22°55’45”S e 46°16’24”W. A altitude varia entre 900 e 1000 metros. O relevo é predominantemente acidentado e a precipitação média é de 1.500 mm anuais. Está no domínio da Mata Atlântica e a cobertura vegetal da região é chamada de Floresta Ombrófila Densa. (Plano Diretor de Desenvolvimento Turístico de Joanópolis, 2003). A realidade dessa bacia é marcada pela degradação ambiental, sendo necessária à conservação dos recursos naturais, principalmente quando consideramos as declividades das áreas e a abundância da rede hidrográfica. Isso nos leva a buscar novas tecnologias, que possibilitem o uso sustentável das áreas pelos produtores e que diminuam os efeitos dessa degradação. Adequar ambientalmente às propriedades deve ser prioridade, porém muitas vezes o que a legislação florestal exige pode tornar as propriedades inviáveis econômica e socialmente. Se destinarmos à restauração as áreas previstas no Código Florestal as propriedades perdem seu potencial produtivo restando ao agricultor poucas alternativas.

O trabalho se propõe a buscar participativamente alternativas para o manejo dessas áreas a fim de restaurá-las sustentavelmente, com implantação de Sistemas Agroflorestais, manejo holístico da propriedade e alteração da largura da área ciliar. Isso geraria uma diversificação na renda dos agricultores, além de inseri-lo no processo de recuperação das áreas degradadas. 3. METODOLOGIA As implantações das APPs se deram em três propriedades: A primeira é a dos agricultores Otávio Marques e Fátima Marques. Têm uma casa de campo que alugam para turistas que atualmente é sua principal fonte de renda. A propriedade tem 4 ha. com duas áreas experimentais: uma com café diversificado e a outra de SAF na APP (Figura 1). Além disso, tem uma horta orgânica e algumas cabeças de gado. A segunda propriedade pertence aos agricultores Paulo Marques e Rosa Marques. A propriedade tem 5,9 ha. tendo quatro áreas de experimentação: uma com eucaliptos, o TUME, teste de uso múltiplo de eucalipto; um plantio de palmitos Juçara; um SAF em APP e pasto manejado em Sistema de Pastoreio Racional Voisin, (Figura 2). A terceira propriedade pertence aos agricultores Sebastião e Nair Moraes. A propriedade tem 15,6 ha. e está disposta ao longo de um riacho, abrigando uma das nascentes do mesmo (Figura 3). Possuem gado de leite, participando da experimentação com Sistema de Pastoreio Racional Voisin e de SAF nas APPs. Também possuem criação comercial de pombos. Para essa experimentação foram realizadas duas oficinas, para definir a largura da faixa ciliar e as espécies a serem utilizadas, além de outras oficinas que focaram questões ambientais também nas unidades produtivas e o manejo da propriedade como um todo. Definiram-se larguras que variavam de 5m a 40m e estabeleceu-se uma lista de espécies que seriam usadas. (Figuras 1, 2 e 3 e Tabela 1). Foram escolhidos grupos de espécies que poderiam ser utilizados nas áreas de preservação e que pudessem servir ao uso, como: os palmitos, as ornamentais, as castanhas, as frutíferas. Também espécies arbóreas nativas, forrageiras e adubos verdes. A diminuição da metragem e a escolha de espécies que poderiam servir ao uso dos proprietários são as principais características que diferenciam essa restauração de uma convencional. Este projeto foi autorizado pelo DEPRN (Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais), órgão ambiental paulista responsável pela fiscalização das APPs em caráter experimental, já que infringe alguns pontos do Código Florestal Brasileiro. Adotaram-se diferentes técnicas para a restauração: o plantio em área total, em sua maioria; plantio de espécies tolerantes ao encharcamento, onde havia má drenagem; isolamento da área para desenvolvimento da regeneração natural, nas proximidades de fragmentos florestais; e roçada seletiva (mantendo as arbóreas), onde já havia desenvolvimento de regeneração natural. O modelo de arranjo de plantio tem na linha mais próxima do rio, as espécies pioneiras, de crescimento rápido, para evitar, o mais rápido possível, a perda do solo dessas margens. Na segunda linha é ocupada pelas espécies secundárias e clímax, repetindo as pioneiras na terceira, e assim sucessivamente até a cerca. Na linha antes da cerca implantaram-se as frutíferas nativas ou exóticas, pois essa posição facilita o acesso de pessoas para colheita dos frutos e possibilita maior exposição ao sol. Nesta linha foram alternadas espécies de grande e pequeno porte. 4. RESULTADOS Considerando três situações possíveis as essas propriedades: i. Caso as propriedades não adotassem práticas de conservação nas APPs; ii. Caso se adequasse as propriedades segundo o Código Florestal; iii. A realização da experimentação com a largura e introdução de espécies de potencial produtivo. A primeira situação se caracterizaria pela degradação das áreas, tornando-as cada vez mais susceptíveis às erosões e à compactação do solo, inviabilizando o uso para produção agrícola. Mesmo onde há proximidade a fragmentos florestais, o uso intensivo das áreas com pastagem impediria o desenvolvimento da regeneração natural. Na segunda situação, se essas propriedades adotassem práticas que cumprissem com o Código Florestal, significaria a privação de uso de grande parte da propriedade. É provável que esses agricultores vendessem suas propriedades, pois as APPs, respectivamente, seriam de 19.730,54 m2 e 9.851,18 m2, representando mais de 30% na primeira e aproximadamente 25% do total da segunda. Na terceira propriedade a APP totalizaria 49.305, 53m2, mais de 30% do total da propriedade. (Tabela 1). Na experimentação foram utilizadas 63 espécies arbóreas nas três áreas e definiu-se uma faixa de área ciliar que contribuirá para conservação. Algumas das espécies plantadas poderão contribuir para o incremento na alimentação, pois são espécies frutíferas. O aumento das espécies arbóreas da propriedade servirá como atrativos para a fauna, diversificando a paisagem e contribuindo para as interações bióticas e a biodiversidade local.

Na propriedade do agricultor Otávio foi implantado 37% da APP exigida pela lei, ou seja, de toda a APP que deveria ser cercada, que eram 9851,18 m2, foram cercadas 3676m2. A agricultora Fátima percebeu que a implantação da APP gerou benefícios para os turistas que se hospedam na casa de campo, pois os mesmos percebem a preocupação com a adequação ambiental. O Paulo deveria cercar 19730,54 m2 de APP, 16266,57 m2 na região da grota e 3463,97 m2 na margem do rio. Ele cercou 6158,38 m2 na grota, representando 37,8%, e na margem ele cercou 615,47 m2, representando 17,8%, ou seja, ao todo ele implantou 34,33% da APP exigida na legislação. Na propriedade do Sebastião segundo a legislação ele deveria cercar 49305,53 m2, e ele cercou 23830,85 m2, representando 48,3% do que deveria ser feito (Tabela 2). 5. CONCLUSÕES A adoção de práticas de manejo agroecólogico no restante da propriedade, por exemplo, curvas de nível, diversificação de produtos, diminuição de insumos, são também formas de contribuir para a conservação dos recursos naturais, que vão além do cumprimento do Código Florestal. A possibilidade de diminuir a largura e utilizar espécies de potencial produtivo só foi possível, pois os agricultores adotam essas práticas, e, portanto contribuem para a conservação dos recursos de diversas formas. A construção da restauração participativa nas áreas de preservação permanente nas três propriedades contribuiu para a apropriação das áreas pelos agricultores, tornando-os integrantes desta construção. Os agricultores são responsáveis pelo manejo dessas áreas e estão escolhendo e propondo as técnicas de manejo, especialmente no controle de plantas invasoras. Porém não é possível ainda afirmar que elas estejam cumprindo com suas funções sociais e de preservação, pois estão em estágio inicial de sucessão. Quanto ao uso de SAF em APPs, não se pode concluir que são técnicas realmente adequadas a esse tipo de propriedade nesta fase da implantação, mas o fato delas estarem implantadas demonstra possível viabilidade. É possível que o uso de SAFs na restauração de APPs também seja uma ferramenta que ajude no processo de apropriação, pois possibilita o uso de espécies que gerarão produtos que podem incrementar a alimentação e a renda dos agricultores. 6. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Código Florestal, Lei da Mata Atlântica, 2006. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11428.htm> Acesso em: 18 jun. 2008. PENEIREIRO, F. M. Sistemas agroflorestais dirigidos pela sucessão natural: um estudo de caso. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) Universidade de São Paulo, ESALQ, Piracicaba, 1999. PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO DE JOANÓPOLIS. Escola de Comunicações e Artes. Departamento de Relações Públicas Propaganda e Turismo. USP. 2003. 7. FIGURAS E TABELAS Tabela 1. Nome científico das espécies usadas na restauração das áreas ciliares.

Poutertai caimito L. Malpighia emarginata L. Luehea divaricata Mart. Holocalyx balansae Alchornea triplinervia (Spreng.) M. Arg. Platypodium elegans Vog. Anona sp. Psidium sp. Annona cacans Schinus terebinthifolia Musa sp. Cordia mixaL. Plinia glomerata (Berg.) Amsh. Sinon Myroxylon peruiferum L.f. Campomanesia phaea L. Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Cabralea canjerana (Vell.) Mart.

Croton floribundus Spreng. Averrhoa carambolaL. Sciadodendron excelsum Griseb. Trichilia claussenii C. DC. Phytolacca dióica L. Cedrela fissilis Vell. Eugenia involucrata DC. Cecropia pachystachya Trec. Acacia polyphylla DC. Reedia gardneriana PLanch. Et Triana Ficus guaranitica Schodat Campomanesia xanthocarpa Berg Psidium guajava Psidium guajava Psidium guajava var. paluma Psidium guajava Rollinia silvatica (St. Hil.) Mart. Eugenia brasiliensis Lam.

Astronium graveolens Jacq. Inga uruguensis Hooker at Arnott Tabebuia sp. Tabebuia chrysotricha (Mart. exDC.) Standl. Tabebuia sp. Syzygium malaccense Hymenaea coubaril L. Genipa americana L. Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze Cariniana legalis (Mart.) Kuntze Euterpe edulis Mart. Litchi chinensis Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. ex steud. Cydonia oblonga Mill. Erythrina mulungu Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.

Macadamia integrifolia L. Chorisia speciosa St. Hil. Triplaris brasiliana Cham. Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms Cytharexyllum myrianthum Cham. Prunus persica L. Eugenia uniflora L. Rapanea guianensis Aubl. Punica granatum Lineu Rhamnidium elaeocarpus L. Croton urucurana Baill. Tamarindus indica L. Eugenia pyriformis Camb.

Tabela 2. Tamanho das propriedades e das áreas ciliares exigidas pela lei e implantadas.

APP ciliar

Proprietário Propriedade (m²) Exigida pela lei

(m²)

Exigida pela lei em relação à propriedade (%)

Implantada (m²)

Implantada em relação à exigida pela lei (%)

Otávio 40.000,00 9.851,18 24,63 3.676,00 37,32 Paulo 59.000,00 19.730,54 33,44 6773,85 34,33 Sebastião 156.000,00 49.305,53 31,61 23.830,85 48,33

Figura 1. Croqui da propriedade dos agricultores Otávio e Fátima Marques.

Figura 2. Croqui da propriedade dos agricultores Paulo e Rosa Marques.

Figura 3. Croqui da propriedade dos agricultores Sebastião e Nair Moraes.