construção civil - introdução a engenharia

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1 INTRODUÇÃO Construção civil é o termo que engloba a confecção de obras como edifícios, pontes, barragens, fundações de máquinas, estradas, aeroportos e outras infraestruturas, onde participam arquitetos e engenheiros civis em colaboração com técnicos de outras disciplinas. É um dos setores do mercado produtivo que se faz presente em todos os locais. É, portanto, de grande abrangência e diversificações em suas atividades, por isso tem apresentando um grande crescimento. Consistem no conjunto de técnicas que permite a elaboração de obras como casas, edifícios, pontes, barragens, fundações de máquinas, estradas, aeroportos e outras infraestruturas. Esta atividade é de grande importância, pois, é geradora de emprego para a sociedade, absorve grande número de mão de obra em diversos setores, e, além disso, faz com que o país alcance níveis superiores com a participação no PIB e redução no déficit habitacional com a construção de novas moradias. 1. HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL Falar da história da Engenharia é falar da história da humanidade. Desde o tempo das cavernas o ser humano “engenha”. Porém, a Engenharia, tal como a conhecemos hoje, começou somente a se delinear por volta do século XV. A Engenharia Civil percorreu um longo período desde que o ser humano abandonou as cavernas e começou a pensar em moradias mais confortáveis e seguras para as suas famílias. Templos, palácios e canais foram características da Antiguidade, que começaram a fazer parte da paisagem por volta de dois mil anos depois do aparecimento das primeiras moradias familiares. Ao longo da sua história, Engenharia Civil foi acumulando quase só sucessos. Até mesmo seus casuais erros tornaram-se notáveis, como é o caso da Torre de Pisa, construída na Itália em solo não adequado, incapaz de sustentá-la. Atualmente, ela apresenta uma inclinação de cinco metros em

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Page 1: Construção Civil - Introdução a Engenharia

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INTRODUÇÃO

Construção civil é o termo que engloba a confecção de obras como edifícios, pontes, barragens, fundações de máquinas, estradas, aeroportos e outras infraestruturas, onde participam arquitetos e engenheiros civis em colaboração com técnicos de outras disciplinas. É um dos setores do mercado produtivo que se faz presente em todos os locais. É, portanto, de grande abrangência e diversificações em suas atividades, por isso tem apresentando um grande crescimento.Consistem no conjunto de técnicas que permite a elaboração de obras como casas, edifícios, pontes, barragens, fundações de máquinas, estradas, aeroportos e outras infraestruturas. Esta atividade é de grande importância, pois, é geradora de emprego para a sociedade, absorve grande número de mão de obra em diversos setores, e, além disso, faz com que o país alcance níveis superiores com a participação no PIB e redução no déficit habitacional com a construção de novas moradias. 1. HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO CIVILFalar da história da Engenharia é falar da história da humanidade. Desde o tempo das cavernas o ser humano “engenha”. Porém, a Engenharia, tal como a conhecemos hoje, começou somente a se delinear por volta do século XV.A Engenharia Civil percorreu um longo período desde que o ser humano abandonou as cavernas e começou a pensar em moradias mais confortáveis e seguras para as suas famílias. Templos, palácios e canais foram características da Antiguidade, que começaram a fazer parte da paisagem por volta de dois mil anos depois do aparecimento das primeiras moradias familiares.Ao longo da sua história, Engenharia Civil foi acumulando quase só sucessos. Até mesmo seus casuais erros tornaram-se notáveis, como é o caso da Torre de Pisa, construída na Itália em solo não adequado, incapaz de sustentá-la. Atualmente, ela apresenta uma inclinação de cinco metros em relação ao solo, e, graças aos inúmeros recursos tecnológicos modernos, ela ainda continua de pé, pois decerto já teria tombado.No Brasil, a Engenharia Civil deu seus primeiros passos, de maneira metódica, ainda no período colonial, com a construção de fortificações e igrejas. Em 1549, durante o Governo Geral, foram construídos os muros ao redor da cidade de Salvador, capital da época, pelo engenheiro civil Luiz Dias, que ainda foi responsável pela construção do edifício da Alfândega e o sobrado de pedra-e-cal da Casa da Câmara e Cadeia. Porém a criação de escolas voltadas para a Engenharia Civil só se deu, em 1810, com o estabelecimento da Família Real ao Brasil. O príncipe regente D. João VI, inaugurou em 4 de dezembro de 1810 a Academia Real Militar. Inicialmente, seu principal objetivo era a formação de oficiais da artilharia, além de engenheiros e cartógrafos. Em 1842, a Academia foi transformada em Escola Central de Engenharia, e 32 anos depois,

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convertida em curso exclusivo de engenharia Civil. Atualmente, essa instituição é a Escola Nacional de Engenharia. Organizada em instituições, a Engenharia Civil ganhou estudos mais sistematizados e as cidades passaram a crescer intensamente como nunca foi visto antes. Assim, vieram à construção dos altos edifícios, as pontes quilométricas, o sistema de saneamento básico, as estradas pavimentadas, metrôs, aeroportos. Para construir obras tão grandiosas, a Engenharia precisou desenvolver técnicas sofisticadas e adquirir conhecimentos profundos. E cada dia mais, o mercado apresenta técnicas cada vez mais eficazes, que permitem a construção muita rápida de obras cada vez mais complexas. Hoje, é possível construir uma laje por semana, algo que levava um maior tempo a alguns anos atrás.Este crescimento só se deu em tamanhas proporções devido aos avanços na Construção Civil.Na década de 40, a construção civil teve seu auge no governo do então presidente do Brasil, Getúlio Vargas Dorneles, e este setor foi considerado uns dos mais avançados da época. O Brasil era detentor importante da tecnologia do concreto armado. A partir da década de 50 definiu-se a forma de trabalho por hierarquia. Na década de 70 durante o regime militar predominou grande financiamento no setor visando diminuir o déficit de moradia. E as construtoras passaram somente a construir os prédios.Já na década de 80 começa a diminuir os financiamentos e as construtoras voltam a comercializar suas unidades. Na década 90 observam a melhor qualidade no produto final e as construtoras começam a qualificar a mão de obra e com isso o produto final fica com uma qualidade melhor. Em 2000 é mais intensa a preocupação e preservar para com o meio ambiente e temos maiores informações sobre os impactos causados pelo entulho da construção civil e com isso várias empresas começam a se preocupar com políticas públicas para reduzir este impacto o que é observado pela reciclagem destes entulhos.2. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOTodos os materiais de construção têm suas finalidades e aplicações, uns são usados constantemente e outros em alguns casos. 4.1 AglomerantesSão matérias ligantes, em geral pulverulentos, que servem para solidarizar os grãos dos agregados inertes. Exemplo: Cimento, argila, cal, gesso, etc.

Uso dos aglomerantes:Pastas – aglomerante + águaNata – aglomerante + água (mistura fluida)Argamassa - aglomerante + água + agregado miúdo (areia)Concreto – aglomerante + agregado miúdo (areia) + agregado graúdo (brita) + águaAgregados – materiais inertes granulosos (britas e areia)

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Classificação dos aglomerantesAéreos – são aqueles que não resistem à ação da água e geralmente endurecem em presença do CO2 do arEx.: Cal e GessoHidráulicos – são aqueles que resistem à ação da água e endurecem mesmo submersosEx.: Cimento Portland Principais Materiais

São os que apresentam sua própria resistência• Pedras (rochas naturais) As pedras são dos mais antigos materiais de construção e há-as de vários tipos. De entre as pedras naturais (em geral extraídas das pedreiras), destacam-se o granito, o basalto e o calcário. As duas primeiras são mais duras e, por isso, difíceis de trabalhar, distinguindo-se pela sua cor característica.O calcário é a pedra de construção por excelência, pois sendo menos dura que as anteriores (e de dureza variável) é mais fácil de trabalhar.No entanto, resiste pior aos ácidos e aos agentes atmosféricos. O mármore é uma variante de calcário.Em edifícios antigos empregavam-se pedras em blocos, na execução de paredes resistentes, por vezes associadas a perfis metálicos. As pedras naturais são usadas como elementos estruturais (nas construções mais antigas), bem como em revestimentos e decoração.• Betão (rochas artificiais) O betão é também um material composto, como já referido, no fabrico do qual é muito utilizada pedra calcária. Em si, é uma argamassa resultante da mistura do cimento (elemento aglutinante, que faz «presa») com areia, brita e água, nas proporções adequadas ao fim em vista. Há vários tipos de betão, de acordo com as quantidades de cimento e o processo de fabrico adoptados, sendo cada tipo definido pelo respectivo traço.Combinado com o aço de construção obtém-se o betão armado, largamente utilizado na construção das estruturas resistentes dos edifícios. Suporta bem os agentes atmosféricos e as variações de temperatura, assim como possui um bom comportamento perante o fogo.• Aço Largamente usado na construção civil, o aço pode estar presente como parte das obras ou como material principal. O sistema construtivo em aço permite liberdade no projeto de arquitetura, maior área útil, flexibilidade, compatibilidade com outros materiais, menor prazo de execução, racionalização de materiais e mão-de-obra, alívio de carga nas fundações, garantia de qualidade, maior organização nos canteiros de obras e precisão construtiva. • Madeira As madeiras, assim como as pedras naturais, constituem um material de

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construção utilizado há muito tempo. Todavia, são um excelente material de construção, pois resistem bem à maioria dos esforços a que são solicitadas. As madeiras absorvem água no tempo úmido e deformam-se. Porém, conservam-se quase indefinidamente ao ar seco ou mergulhadas na água.4.3 Materiais de LigaçãoSão responsáveis em alguns casos por unir os grãos dos agregados, são os aditivos e os aglomerantes.• Cimento PortlandÉ o mais comum dos ligantes hidráulicos atuais (ligantes hidráulicos são os que endurecem na presença de água). São obtidos por cozedura a altas temperaturas de uma mistura adequada de materiais calcários e argilosos, que no processo de cozedura dão origem a elementos nodulares designados por “clínker”. O clínker tem um comportamento estável, sendo posteriormente submetido a um processo de moagem resultando um produto pulverulento de grande finura e com notáveis propriedades de hidraulicidade. Misturado com água em proporções adequadas (cerca de 35% a 45% do peso de cimento) dá origem a uma pasta que endurece. Se misturado com água e areia dá origem a argamassas, produto de consistência plástica adequada para o assentamento de alvenarias e para rebocos de proteção, aderindo bem aos materiais pétreos e cerâmicos, com posterior endurecimento. Se além da água e areia se adicionarem elementos pétreos obtém-se como resultado uma massa inicialmente plástica, o betão, com endurecimento progressivo e constituindo uma rocha artificial.• Cal Aérea (ou Apagada) Foram os gregos quem primeiro utilizou a cal, proveniente da calcinação dos calcários. Estes aquecidos a temperatura elevadas, cerca de 800 graus, em fornos de cal decompõem-se formando óxido de cálcio (O Ca), que é designado por cal viva. Quando misturado com a água gera (O H)2 Ca que se chama cal aérea (ou cal

apagada). Não é propriamente um ligante hidráulico, pois não tem a propriedade de endurecer em meio aquoso, mas somente ao ar, por recarbonatação, reconstituindo a pedra de que é proveniente. Inicialmente os gregos misturavam-na com areia e mais tarde com a chamada “pedra de Santorin” que é uma pozolana (material de natureza argilosa calcinada pelo vulcão de Santorin que fornecia ao composto os silicatos e aluminatos tricálcicos) obtendo um produto com características de ligante hidráulico, que se pode designar já de um cimento.• Cal HidráulicaObtém-se por calcinação a cerca de 1000 graus de uma mistura de pedra calcária com cerca de 8 a 20% de argila. A cerca de 800 graus dá-se, como para a cal viva, a calcinação do calcário libertando anidrido carbônico. A cerca de 1000 graus a argila decompõem-se em silicatos e aluminatos que se combina com o óxido de cálcio.

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No fim da cozedura obtém-se uma mistura de silicatos e aluminatos de cálcio e uma percentagem elevada de óxido de cálcio. É então necessário extinguir a cal viva, usando-se a quantidade de água estritamente necessária para esta operação porque os silicatos e aluminatos também reagem com a água. Devendo esta operação ser feita em fábrica. A cal hidráulica é utilizada no fabrico de argamassas para assentamento de alvenarias, as designadas argamassas bastardas, tendo por vezes vantagens sobre as argamassas de cimento (menor retração). Usa-se também misturada com cimento Portland para o fabrico de argamassas para assentamento de alvenarias.• Gesso É praticamente indispensável para o interior de casas, escritórios ou qualquer edifício onde se reúnam pessoas, tais como escolas, hospitais, aeroportos, shopping centers, etc.Um dos materiais de construção mais consumidos no mundo, o gesso em pó é empregado massivamente na construção: misturando com água proporciona um revestimento eficaz e estético para paredes internas e teto.Sua utilização substitui com vantagens de rapidez, custo e acabamento os revestimentos convencionais. De uma só vez o GESSO pode substituir o chapisco, o emboço e o reboco de um revestimento interno, o que significa economia de mão-de-obra e de material.• PozolanasAs Pozolanas, como já referido, são produtos naturais resultantes da cozedura de formações argilosas pelo calor dos vulcões. São usadas em misturas com a cal apagada e com a cal hidráulica para melhoria das características de hidraulicidade. Misturam-se ainda com os cimentos Portland normais para obtenção de betões com melhores características resistentes ao ataque dos sulfatos (obras marítimas).4.4 RevestimentoOs que têm como finalidade o acabamento de superfícies, tais como:• Vernizes; • Tintas;• Tecidos; • Chapas e placas de rochas ornamentais; • Apainelados de Madeira.

3. EQUIPAMENTOS A área da construção civil contou com a evolução do maquinário para crescer. Sem a vasta utilização desse recurso, com certeza o crescimento seria minúsculo, uma vez que as possibilidades de construção se dão quase que totalmente em função dos equipamentos.Influenciam na qualidade, mas o seu desempenho dependerá da utilização (bem ou mal utilizado).

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Classificação

Sua classificação pode ser feita segundo dois grandes enfoques:o Função: a que são destinados na obra

Produção Suporte Provisório Segurança Controle Transporte

o Mobilidade: como podem ser movidos na obra

Móveis Fixos Semifixos (ou semimóveis)

Alguns exemplos: o Produção de movimento de terra

Retroescavadeira:Escavadeira é a designação genérica aos vários tipos de máquinas de escavar, de revolver ou remover terra ou de retirar aterro. É também conhecida como escavador, escavadora ou pá mecânica.

o Produção de fundações

Martelo Hidráulico ou Bate-estaca: Equipamento com capacidade de cravação de estacas de concreto ou metálicas de diversas seções. Possui uma torre guia que pode chegar aos 22 metros, o que possibilita a cravação de estacas de até 17 metros sem a necessidade de emendas. Estacas-hélice contínua:Estacas de concreto montadas “in loco”, executadas através da introdução de um trado helicoidal contínuo no solo, sendo que este trado possui um tubo interno pelo qual se realizará a concretagem simultaneamente a retirada do solo, evitando assim o desconfinamento do mesmo. o Produção de concreto

Betoneira Equipamento utilizado para mistura de materiais, na qual se adicionam cargas de pedra, areia e cimento mais água, na proporção e textura devida, de acordo com o tipo de obra. A critério do engenheiro civil podem ser acrescidos outros materiais, como diversos tipos de cimentos e pedras, ou aditivos. Vibrador de Concreto Equipamento utilizado no adensamento do concreto, evitando-se bolhas de ar que prejudicam na resistência, impermeabilização e durabilidade do mesmo. Em obras de construção civil, após o preparo do concreto, recomenda-se o adensamento com a utilização de vibradores de concreto. Já na fabricação de pré-moldados, como mourões, placas e peças de concreto em geral, pode-se também utilizar as mesas vibratórias e os vibradores de parede ou coluna.

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Bomba de Concreto Equipamento destinado a impulsionar o concreto usado na construção civil, como complemento às atividades de uma betoneira, principalmente em construções de grande porte, como edifícios e prédios em geral. O concreto deve ser bombeável, ou seja, na forma semipastosa, caso contrário entope a bomba causando danos irreversíveis ao equipamento e seus componentes.o Produção de estrutura de concreto

Régua niveladora Helicóptero

o Produção de argamassa

Argamassadeira o Suporte de matérias

Escoramentos Caixas e carrinhos de sustentação

o Suporte de pessoas

Andaime (trabalhos internos) Andaime fachadeiro ou balancim (trabalhos externos)

o Segurança

EPI (Equipamento de Proteção Individual):Capacete, luvas de couro, botas de couro ou de borracha, protetores auriculares, óculos de proteção, protetor facial, máscara de soldador, avental de borracha, uniforme de trabalho, etc. EPC (Equipamento de Proteção Coletiva):Exemplos: Bandejas, telas de proteção, redes de proteção, guarda-corpos , extintores de incêndio, sinalização, delimitação e/ou cobertura de acessos, etc.

o Controle

São usados para verificação geométrica ou de outros parâmetros controladosExemplos: Trenas, metro articulado, mangueira de nível, aparelhos de nível, prumo, fio de náilon, instrumentos topográficos, etc.o Transporte

Exemplos: Elevadores de obra, guindastes, guindastes de torre (gruas), carrinhos, caminhão betoneira, etc.Um caminhão betoneira ou caminhão para transporte de concreto transporta e mistura o material da fábrica/planta para o local construção. Este é um tipo indispensável de máquina de construção/equipamento de construção

o Quanto a Mobilidade

Móveis: Aqueles que devem ser “guardados” ao final do dia de trabalho.Exemplos: Ferramentas, equipamentos de transporte horizontal (carrinhos e caminhões), vibradores de concreto, equipamentos de escavação, etc.

Fixos: Aqueles que devem ser localizados nas posições mais otimizadas possíveis.

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Exemplos: Elevadores de obra, gruas, centrais de produção (de concreto, argamassa, armaduras, etc)

Semifixos (ou semimóveis): Sua característica é de se deslocarem com a evolução das frentes de serviçoExemplos: Betoneiras, misturadores de argamassa, andaimes, balancins, bancadas de serra, etc. Outras máquinas

• Máquinas motrizes: São aquelas que produzem energia mecânica para execução dos trabalhosExemplos:

Tratores - possuem energia necessária para tracionar ou empurrar quase todas as máquinas operatrizes. São montadas ou sobre esteiras de garras ou sobre rodas pneumáticas.

Rolo Compressor - equipamento de pavimentação e terraplanagem utilizado na rolagem de solos, e composto de um ou vários cilindros metálicos de grande diâmetro formando rodas, montados sobre um chassi.

Máquinas operatrizes: São aquelas que tracionadas ou acionadas pelas máquinas motrizes realizam os serviçosExemplos:

Dozers – Utilizadas para escavar e empurrar o material. Pás-carregadoras - É usada para escavar e transportar materiais do chão, tais

como terra, areia ou pedra, e movê-los de um lugar ao outro sem arrastar o material no chão.

Motoniveladora – É utilizada para criar superfícies planas em aeroportos ou construções de estradas pavimentadas.

Rolo Compactador - é utilizado para comprimir a superfície e rolar com maciez, igualando os locais de construção como estradas, pistas de aeroportos, edifícios, etc.

4. ETAPAS DE UMA OBRA4.1 Exame do Local e do TerrenoSem sabermos as características do terreno, é quase impossível executar-se um bom projeto.As características ideais de um terreno para um projeto econômico são:

a) Não existir grandes movimentações de terra para a construção;b) Ter dimensões tais que permita projeto e construção de boa residência;c) Ser seco;d) Ser plano ou pouco inclinado para a rua;e) Ser resistente para suportar bem a construção;f) Ter facilidade de acesso;g) Terrenos localizados nas áreas mais altas dos loteamentos;h) Escolher terrenos em áreas não sujeitas à erosão;i) Evitar terrenos que foram aterrados sobre materiais sujeitos a

decomposição

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j) Orgânica.Mas como nem sempre estas características são encontradas nos lotes urbanos, devemos levá-las em consideração quando da visita ao lote, levantando os seguintes pontos:

a) Deve-se identificar no local o verdadeiro lote adquirido segundo a escritura,

b) Colhendo-se todas as informações necessárias;c) Verificar junto a Prefeitura da Municipalidade, se o loteamento onde se

situa o terreno, foi devidamente aprovado e está liberado para construção;

d) Números das casa vizinhas ou mais próximas do lote;e) Situação do lote dentro da quadra, medindo-se a distância da esquina

ou,f) Construção mais próxima.g) Com bússola de mão, confirmar a posição da linha N-S.h) Verificar se existem benfeitorias. (água, esgoto, energia)i) Sendo o terreno com inclinação acentuada, em declive, verificar se

existe viela sanitária.j) Vizinha do lote, em uma das divisas laterais ou fundo;k) Verificar se passa perto do lote, linha de alta tensão, posição de postes,

bueiros, etc...l) Verificar se existe faixa non edificandi. ( de não construção)m) Verificar a largura da rua e passeio.n) Obs.: Todos esses dados poderão ser acrescidos no questionário

anterior.Geralmente, estes dados colhidos na visita ao terreno não são os suficientes, e na maioria das vezes, devemos pedir previamente que se execute uma limpeza do terreno e um levantamento planialtimétrico.

4.2 Limpeza do TerrenoTemos algumas modalidades para limpeza do terreno, que devemos levar em consideração e sabermos defini-las:

a) Carpir - Quando a vegetação é rasteira e com pequenos arbustos, usando para.

b) Tal, unicamente a enxada.c) Roçar - Quando além da vegetação rasteira, houver árvores de pequeno

porte, que poderão ser cortadas com foice.d) Destocar - Quando houver árvores de grande porte, necessitando

desgalhar, cortar ou serrar o tronco e remover parte da raiz. Este serviço pode ser feito com máquina ou manualmente.

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e) Os serviços serão executados de modo a não deixar raízes ou tocos de árvore que possam dificultar os trabalhos. Todo material vegetal, bem como o entulho terão que ser removidos do canteiro de obras.

6.3 Levantamento Topográfico de Lotes UrbanosO levantamento topográfico é geralmente apresentado através de desenhos de planta com curvas de nível e de perfis.Deve retratar a conformação da superfície do terreno, bem como as dimensões dos lotes, com a precisão necessária e suficiente proporcionando dados confiáveis que, interpretados e manipulados corretamente, podem contribuir no desenvolvimento do projeto arquitetônico e de implantação.6.4 Medidas do Terreno (Levantamento Planimétrico)Executada a limpeza do terreno e considerando que os projetos serão elaborados para um determinado terreno, é necessário que se tenha as medidas corretas do lote, pois nem sempre as medidas indicadas na escritura conferem com as medidas reais.6.5 Nivelamento (Levantamento Altimétrico)É de grande importância para elaborarmos um projeto racional, que sejam aproveitadas as diferenças de nível do lote.Podemos identificar a topografia do lote através das curvas de níveis.Efetuado o levantamento planimétrico e altimétrico, temos condições de elaborar os projetos e iniciar sua execução.6.6. ProjetosQuando se fala no projeto da casa ou do prédio, na verdade está-se falando num conjunto de projetos que incluem o Projeto Arquitetônico, o Projeto Estrutural, o Projeto Elétrico, o Projeto Hidrossanitário, o Projeto de Telefonia, de Ar condicionado, e outros que devam complementar esse conjunto em função do que se deseja construir.Nos casos comuns de residências e pequenas construções residenciais e comerciais os cinco primeiros projetos, acima relacionados, atendem perfeitamente.O primeiro projeto, que vai servir de base para a feitura dos demais, é o Projeto Arquitetônico. Normalmente elaborado por um arquiteto, o Projeto de Arquitetura é a materialização de uma ideia, aliada a aspectos técnicos tais como funcionalidade, conforto, estética, salubridade e segurança, além de outros aspectos legais. É a interface entre a ideia e a realidade do que se deseja construir.Nele estão representados os cômodos com suas divisões, dimensões e áreas, as peças sanitárias dos banheiros e áreas de serviço, a disposição do mobiliário, tudo isso em planta (horizontal) e em cortes (vertical). Inclui-se também nesse projeto a locação do terreno, o detalhamento do telhado e as fachadas.

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O Projeto Arquitetônico deve ser aprovado no órgão competente da Prefeitura Municipal, podendo o custo dessa aprovação estar ou não incluído nos serviços do arquiteto, devendo ser combinado antes.6.7. Projetos ComplementaresAprovado o Projeto de Arquitetura passa-se à feitura dos demais projetos complementares, que devem ser elaborados por engenheiros civis e eletricistas. Estes deverão, ainda, atender rigorosamente ao Projeto Arquitetônico em todos os seus detalhes e especificações.O Projeto Estrutural, também chamado de Cálculo Estrutural é o dimensionamento das estruturas, geralmente de concreto armado, que vão sustentar a edificação, transmitindo as suas cargas ao terreno. Elaborado por um engenheiro civil, esse projeto é de fundamental importância, pois é o responsável pela segurança do prédio contra rachaduras (trincas) e desabamentos. Uma estrutura com lajes, vigas, pilares e fundações superdimensionados representa custos altos e não significa obrigatoriamente segurança. É preciso que haja um perfeito equilíbrio entre o concreto e o aço dentro dos elementos estruturais para que as peças sejam consideradas seguras e, consequentemente, toda a obra. Uma estrutural mal dimensionada pode, até, não cair, mas trazer problemas como trincas que são, na maioria das vezes, de solução muito difícil e cara.Para elaboração do Projeto Estrutural será necessário, além do Projeto Arquitetônico, o Laudo de Sondagem. Esse documento, detalhadamente confeccionado por empresas especialistas em sondagens, apresenta o perfil do solo abaixo do nível zero, ou seja, com todos os tipos de camadas de solos e suas respectivas resistências à compressão. Este laudo é necessário para o dimensionamento adequado das fundações. Sem ele o engenheiro projetista de estruturas deverá prever, por medida de segurança, resistências do solo inferiores, aumentando consequentemente as bases das fundações. Em construções de mais de dois pavimentos o Laudo de Sondagem é indispensável.O Projeto de Instalações Elétricas deve ser elaborado por um engenheiro eletricista e vem a ser o dimensionamento das cargas elétricas, fios, eletrodutos, disjuntores e vários outros elementos com seus respectivos detalhamentos. É um projeto muito importante, pois uma instalação mal dimensionada e mal executada, apesar do emprego de material de 1ª qualidade, pode acabar gerando grandes despesas futuras e até acidentes de grandes proporções como incêndios.Projeto de Instalações Hidrossanitárias pode ser feito por um engenheiro civil ou por um arquiteto e é o responsável pelo bom dimensionamento das tubulações de águas e esgotos sanitários e pluviais. Promove economia, conforto e higiene. Casos comuns de pouca pressão de água em chuveiros e mau cheiro em ralos são oriundos da falta de um bom Projeto Hidrossanitário.6.8. Sondagens

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Sondagem de simples reconhecimento à percussão STPProcedimento geotécnico de campo para conhecimento de amostra do subsolo. Associando a sondagem com o ensaio de penetração dinâmica (SPT), é possível medir a resistência do solo. Os objetivos da sondagem são:

Conhecer o tipo de solo a cada metro, através da retirada de amostra; Conhecer o nível de resistência oferecida pelo solo; Localizar as posições dos níveis de água no solo.

O procedimento e a execução do ensaio SPT (Standard Penetration Test) é padronizado internacionalmente desde 1988, sendo normalizado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) através da norma NBR 6484.As posições dos pontos a serem sondados na área investigada são determinadas em planta. Em edificações, é comum dispor as sondagens em posições próximas aos seus limites e nos pontos de maior concentração de carga. Sondagem de simples reconhecimento com torque (SPT-T)O método Décourt-Quaresma foi introduzido no ensaio de penetração (SPT) a partir de 1991. Estabeleceram-se regras básicas para a sua interpretação, com a seguinte rotina de serviços:

Medição do torque ao término de cada ensaio de penetração; Definição da relação entre o valor do torque medido em kgf x m pelo

valor N do SPT (T/N), após ter sido cravado o amostrador padrão, conforme NBR 6484;

Enquadramento dos solos em novas classificações através do estabelecimento de correlações estatísticas entre os valores levantados.

6.9. FundaçõesAs fundações devem alcançar a camada de solo de resistência média. Se essa camada surgir até 1,5m de profundidade, é possível utilizar fundação direta, cujos principais tipos são:

o Sapata isolada:Recomendada para casas com qualquer número de pavimentos, suporta o peso concentrado de pilares. O elo entre ela e as paredes é a viga baldrame;

o Sapata corrida:Acompanha as paredes da casa, e é indicada para solos resistentes e construções com paredes portantes, que dispensam pilares e vigas. A carga é distribuída uniformemente ao longo das paredes;

o Laje radier: A rigor, este tipo, com cerca de 1,5m de espessura, só é utilizado em grandes obras. Porém, é comum chamar de radier uma laje mais fina, com ± 12 cm, colocada imediatamente abaixo da superfície de solos firmes, ou uma fundação usada em solos pouco resistentes, como argilas orgânicas ou areias fofas. Retira-se o solo e faz-se uma caixa ôca de 2m de espessura de concreto armado, onde se apoia a casa.

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Porém, quando a camada do solo firme aparece a mais de 2m, recorre-se à fundação profunda, ou seja, estacas ou tubulões. As primeiras podem ser pré-moldadas ou feitas como as fundações diretas, de concreto armado, que pode ser preparado no canteiro ou em betoneiras:

o Pré-moldada de concreto: Solução para terrenos com lençol freático e para argila orgânica, muito mole. As estacas vêm prontas e são cravadas por um bate-estacas;

o Metálica: Mais comuns na construção de prédios, cumprem também a função de contenção do terreno (arrimo);

o Strauss: Recomendada para casos em que a fundação deve ser profunda (até 20 metros) e os terrenos, secos. Um tripé com um tubo metálico perfura o solo até a profundidade definida pelo projeto, e o furo é preenchido com concreto;

o Estaca broca: Um trado escava um furo, a ser preenchido com concreto, na terra até encontrar solo firme. O trado manual só alcança 4m, mas o mecanizado atinge grandes profundidades. Não é indicada quando há lençol de água;

o Tubulão:Normalmente utilizado em construções de grande porte.

Normalmente não se usam fundações diferentes em uma mesma obra, mas, dependendo das condições do terreno, pode-se recorrer a este tipo de solução mista.6.10. AlvenariaAs alvenarias estão entre os elementos mais versáteis da construção, servindo não só para vedação, mas também como elemento estrutural, de apoio, fundação ou simplesmente decorativo. Justamente por isto há diversos tipos de material que podem ser usados, cada um deles com suas características e finalidades próprias. Veja os mais comuns. Um elemento tão versátil como a alvenaria precisa atender a cada situação, sempre com atenção aos itens básicos que são a resistência mecânica, peso, absorção de umidade, características de isolamento e condução térmica, tipo de superfície e sua compatibilidade com o acabamento previsto, seja este pintura, revestimento com argamassa ou placas de algum material. Vamos ver, então, alguns tipos de tijolos e seus usos mais comuns: • Pedra – Muito utilizada na antiguidade, mas ainda hoje se usa em muros de arrimo, fundações e muros aparentes, neste caso com finalidade também estética. Além de ser usada na alvenaria propriamente dita, pode ser usada apenas como revestimento. • Bloco de concreto – Podem ser utilizados como vedação, mas também existem os feitos especialmente para Alvenaria Estrutural. Há uma grande

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variedade de tipos, dimensões, formatos e materiais. Além dos tipos comuns, feitos com cimento e pedrisco, existem os do tipo Estrutural, com maior resistência e feitos especialmente para suportar carga. • Tijolo de vidro – Devido ao preço, são usados em locais específicos, para iluminar e também para conseguir determinados efeitos estéticos, especialmente quando se usa iluminação projetada para tirar proveito da luminosidade e características de reflexão do material. • Tijolo furado – Também chamados de “Tijolo baiano”, têm na parte externa uma série de rachaduras para facilitar a aderência da argamassa de revestimento e seu interior tem pequenos canais prismáticos ou, como se diz popularmente, “furos”. Em geral se encontra os de 6 furos e de 8 furos, mas há uma grande variedade de tijolos furados. Suas vantagens são a rapidez na execução, baixo peso e preço acessível. Não é à toa que a paisagem típica dos bairros de periferia são as casas inacabadas, mas com suas paredes de tijolo furado à mostra...6.11. ForrosExistem vários tipos de forros. Dependendo do tipo de obra, fica a cargo do projetista a sua escolha, levando em consideração à acústica, o acabamento, a estética e entre outros.Os forros mais comuns são: madeira, gesso, aglomerados de celulose, laje maciça, laje pré-fabricada, laje protendidas, etc... 6.12. Acabamentos

o TubulaçõesO cliente precisa levar em conta, (o quanto ele quer gastar hoje e quanto ele quer gastar amanha). O cliente deve procura usar os materiais para a execução das tubulações, tanto de água fria, água quente, elétrica e esgotos, materiais de qualidade, de empresas renomadas que dão garantias de seus matérias de construção, Todas as tubulações de água quente deverão ser isoladas. Poderá também ser instalado um sistema de recirculação, o que mantém sempre água quente na tubulação, evitando-se perda desnecessária de água. A execução devera sempre seguir as especificações dos fabricantes e das normas técnicas aplicáveis.

o Revestimentos de paredes e lajes internasNos revestimentos internos poderão ser utilizados como revestimento final gesso liso, que é aplicado sobre o emboço (ou massa grossa) de cimento e areia, por razões de custos, mas também podem ser outros tipos a critério do cliente. Nos banheiros após o emboço, devera ser executada a impermeabilização das paredes dos boxes de chuveiros, para garantir que não hajam problemas relacionados com umidade nas paredes. Os materiais poderão ser fornecidos pelo cliente ou pela a contratada. A contratada devera fornecer ao cliente uma relação com as quantidades para cada ambiente. A critério do cliente poderá ser executado forro em gesso, lambri, colmeia ou

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outro tipos para esconder tubulações ou vigas de concreto nas áreas de cozinha e banheiro, ou simplesmente por razões de decoração.

o Revestimentos externosPode ser emboço desempenado (para aplicação de textura acrílica), emboço ou reboco (massa fina), ou outro tipo a critério do cliente. Nesta etapa também poderá ser impermeabilizada a faixa de revestimento mais próxima ao solo para evitar problemas de umidade nas paredes.

o PisoEsta etapa tem que ser executada em 3 fases, a primeira é o contra piso, executado nos ambientes térreos, após o acerto e compactação do terreno é lançada uma camada de concreto, que também pode ser armado (no caso de áreas que tiveram grande espessura de aterro), nesta fase será obrigado ter o cuidado de definir precisamente o nível acabado de cada ambiente, o que irá garantir a economia dos materiais da fase seguinte que é a regularização, esta fase é executada nos ambientes que irão receber piso cerâmico ou piso de madeira, o contra piso ou laje recebe uma camada de argamassa de cimento e areia nivelada, ou com as inclinações para os ralos, no caso de pisos de madeira de ambientes térreos, e pisos de banheiros de dos pavimentos superiores será executado também a impermeabilização desta regularização.Após a regularização segue-se a colocação dos pisos.

o Pinturas internas e externasEsta é uma etapa especial da obra, por isso um profissional especializado é indispensável para a execução de todos os tipos de pinturas a gosto do cliente, procurando sempre empregar material de primeira linha e de empresas de renome no mercado da construção civil.