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CONSTRUBUSINESS 2012 10º CONGRESSO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO Em sua 10ª edição, o Construbusiness elaborou o programa Compete Brasil, com soluções para resolver dificuldades ainda não solucionadas no setor da Construção até 2022 (ano do bicentenário da República). Elaborado pela Fiesp, o documento oferece propostas em Planejamento e Gestão; Aspectos Institucionais e Segurança Jurídica; Funding e investimentos; Mão de Obra; Impactos Tributários e Custos Produtivos, além de Sustentabilidade. O objetivo central é elevar o Brasil à condição de 5ª economia do planeta, uma vez que o setor de Construção responde por 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e por 42% da Formação Bruta de Capital Fixo. Para cada R$ 1 investido no setor da construção, R$ 1,88 são adicionados à produção total do país; a cada R$ 1 milhão produzido na construção, 70 novos empregos são criados no Brasil. A construção remunera seus trabalhadores, em média, 11,7% acima de outros setores da economia. 1 EXPRESS ANO 1/12 Nº43 DEZ/12 ConstruBusiness 2012 – Público de mais de 600 pessoas

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CONSTRUBUSINESS 2012 10º CONGRESSO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO

Em sua 10ª edição, o Construbusiness elaborou o programa Compete Brasil, com soluções para resolver dificuldades ainda não solucionadas no setor da Construção até 2022 (ano do bicentenário da República).

Elaborado pela Fiesp, o documento oferece propostas em Planejamento e Gestão; Aspectos Institucionais e Segurança Jurídica; Funding e investimentos; Mão de Obra; Impactos Tributários e Custos Produtivos, além de Sustentabilidade. O objetivo central é elevar o Brasil à condição de 5ª economia do planeta, uma vez que o setor de Construção responde por 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e por 42% da Formação Bruta de Capital Fixo. Para cada R$ 1 investido no setor da construção, R$ 1,88 são adicionados à produção total do país; a cada R$ 1 milhão produzido na construção, 70 novos empregos são criados no Brasil. A construção remunera seus trabalhadores, em média, 11,7% acima de outros setores da economia.

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EXPRESS ANO 1/12 – Nº43 DEZ/12

ConstruBusiness - Rumo a 2022

ConstruBusiness 2012 – Público de mais de 600 pessoas

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No primeiro painel, o evento contou com a presença do Vice-Presidente da República, Michel Temer, o Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, do Secretário da Habitação, Silvio Torres, representando o Governador Geraldo Alckmin, do Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, do Vice-presidente da Fiesp e Presidente do Consic, José Carlos de Oliveira Lima e do Diretor Titular do Deconcic, Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio. No segundo painel tivemos as participações de Inês Magalhães, Secretária Nacional da Habitação do Ministério das Cidades; Esther Dweck, chefe da Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, representando a Ministra Miriam Belchior; e Elder Vieira, Gerente de Projetos do Ministério do Esporte, representando o Ministro Aldo Rebelo. Também estiveram presentes no evento o Deputado Federal Vicente Cândido da Silva (SP); o Deputado Estadual Itamar Borges (SP); o Secretário Municipal de Habitação, Ricardo Pereira Leite, entre outras autoridades, parlamentares e um público formado por presidentes de sindicatos do setor e empresários. O evento foi encerrado com a apresentação da Sra. Claudia Viegas, Diretora da consultoria LCA, que apresentou mais detalhes do programa Compete Brasil e ao final houve uma sessão de perguntas e respostas.

CARLOS EDUARDO PEDROSA AURICCHIO

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Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio, Diretor Titular do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Fiesp, em seu discurso destacou que o programa sugere medidas para eliminar os gargalos da infraestrutura, “os vilões reconhecidos que impedem o crescimento e a competitividade sustentável.” “O Deconcic reuniu a cadeia produtiva da indústria da construção e traz para esse evento propostas eficazes. Estamos aqui, podemos contribuir e contem conosco”, concluiu Auricchio.

Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio - Diretor Titular Deconcic

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JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA LIMA

SILVIO TORRES

AGUINALDO RIBEIRO

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José Carlos de Oliveira Lima, Vice-Presidente da Fiesp e Presidente do Conselho Superior da Indústria da Construção (Consic) da Fiesp, durante seu pronunciamento de abertura, relatou as autoridades presentes, quais importantes ações agregam o estudo do ConstruBusiness. “Com a adoção das ações propostas, vamos construir um Brasil competitivo”, afirmou Oliveira Lima. Segundo Oliveira Lima, o efeito multiplicador da cadeia é muito intenso e o setor é um forte indutor de empregos. “Cada um milhão de reais [investidos], geramos mais 70 trabalhadores. Empregamos 12 milhões de pessoas na cadeia produtiva da construção”, afirmou. José Carlos de Oliveira Lima

Vice-Presidente da FIESP e Presidente do Consic

O secretário de Estado da Habitação de São Paulo, Silvio Torres, enumerou investimentos do governo do Estado em infraestrutura que demandam produtos e serviços da cadeia de construção.

Silvio Torres divulgou que cerca de R$ 22 bilhões devem ser injetados no setor de construção civil pelo governo de São Paulo no ano de 2013 e, dos R$20 bilhões anuais de investimentos, em média, para os próximos três anos, 80% serão voltados para obras em infraestrutura.

Sobre habitação, Torres também confirmou aporte de ao menos R$ 8 bilhões de reais para a construção de mais de 80 mil moradias populares “nesses próximos anos”. Silvio Torres

Secretário de Habitação do Estado de São Paulo.

O programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, completou a entrega de um milhão de moradias este ano, afirmou o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, durante a abertura do ConstruBusiness 2012 – 10º Congresso Brasileiro da Construção.

Segundo Ribeiro, o governo deve superar a meta de três milhões de moradias até 2014. O ministro também informou que essa meta foi acrescida de mais 400 mil unidades. “Haveremos de chegar em 2014 com 3,4 milhões de unidades contratadas no programa.”

“O setor da construção civil gera emprego de forma imediata. Isso faz com que a nossa economia possa ser ativada, impulsionada de forma igualmente rápida”, comentou. Aguinaldo Ribeiro - Ministro das Cidades

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PAULO SKAF

O presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, cumprimentou a presença de todas as autoridades e disse que o evento tem a importância de discutir tudo aquilo que vai destravar o setor. “Não pode faltar funding para financiar a cadeia de construção. Nós estamos nos antecipando aos fatos para que não haja problema, mas só o alerta não basta. “Temos que buscar as soluções.” MICHEL TEMER Temer disse que acompanha o Construbusiness desde que era presidente da Câmara dos Deputados. “Sempre avaliei como é importante para o país uma entidade como a Fiesp, com suas coligadas, se dedicar intensamente a esses trabalhos.”

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Paulo Skaf -Presidente da Fiesp

Durante o ConstruBusiness 2012 – 10º Congresso Brasileiro da Construção, o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, agradeceu e elogiou a presença do Vice-Presidente da República, Michel Temer, representando a presidente Dilma Rousseff. “É a manifestação clara da importância que o governo federal dá a cadeia da construção civil”, disse. Skaf pediu a Michel Temer que transmitisse à presidente Dilma que o setor produtivo precisa do contínuo apoio que vem sendo dado à cadeia da construção civil, que representa 10% do PIB. “Se a cadeia da construção não cresce, o PIB não cresce. Na construção, na habitação e na infraestrutura, se não tem crescimento, a influência é tão grande que afeta o crescimento do país, bem como a geração de emprego”, salientou Skaf.

Em seu discurso, Michel Temer disse que o aumento de renda de uma camada da população, nos últimos anos, criou um círculo virtuoso que incentiva a construção. “Essas pessoas passaram a consumir. Quando se consome, se exige produção. Especialmente no caso da construção. Nós estamos num caminho muito adequado”, disse o vice-presidente da República.

Afirmou também que se um observador estrangeiro avaliasse o Brasil, diria que ele não é mais um “país do futuro”. O Brasil é um “país do presente”.

Temer relembrou que, ao longo do tempo, foram sendo estabelecidas regras e emendas constitucionais pautadas por esses critérios, que nos permitem fazer o que fazemos hoje. Um exemplo disso é o direito à moradia, garantido em lei, que deu sentido impositivo às políticas públicas e culminando em importantes programas de habitação popular. Michel Temer Vice-Presidente da República

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Para o vice-presidente da República, esse fórum de debates e propostas revela mais uma conexão entre a atividade pública e a atividade privada. “Todos nós sabemos que o poder público não tem a capacidade executória e construtiva de fazer tudo por si. Ele deve precisamente contar com a iniciativa privada.”

LIVRO CONSTRUBUSINESS O vice-presidente da República, Michel Temer e o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro e o Secretário Estadual de Habitação, Sylvio Torres, receberam das mãos do Presidente da Fiesp Paulo Skaf e do Vice-Presidente da Fiesp José Carlos de Oliveira Lima, o caderno técnico com as propostas do ConstruBusiness 2012 – 10º Congresso Brasileiro da Construção.

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José Carlos de O. Lima (Vice-Presidente Fiesp), Aguinaldo Ribeiro (Ministro das Cidades). Michel Temer (Vice-presidente da República), Paulo Skaf (Presidente da Fiesp e Ciesp), Silvio Torres (Secretário de Estado da Habitação de SPaulo) e Carlos Eduardo P. Auricchio (Diretor Titular do Deconcic).

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2º PAINEL INÊS MAGALHÃES “É o município que tem a obrigação e a competência constitucional de legislar sobre o uso do solo. Construir o Minha Casa, Minha Vida sem o apoio da Prefeitura é impossível”, afirmou. Inês Magalhães destacou o investimento da indústria da construção em capacitação da mão de obra e melhoria da capacidade. “A oferta de habitação do Minha Casa, Minha Vida, em termos da contribuição daquilo que é gerado de moradia todo ano, corresponde a quase 30% da oferta de moradia regular no país”, disse. ESTER DWECK Esther Dweck destacou que o crescimento da indústria da construção vem se consolidando pelo consumo e pelo mercado interno, cujo papel é ampliar a demanda e a capacidade de investimentos em diversos setores da indústria nacional.

“O PAC é uma nova maneira de pensar como os programas de infraestrutura precisam ser feitos”, sublinhou, destacando a importância do planejamento de outros fatores que condicionam a melhoria dos projetos de construção no país, como visão de futuro, articulação intersetorial, pactuação federativa e parcerias do setor privado.

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Inês Magalhães - Secretária nacional da Habitação do Ministério das Cidades.

Esther Dweck - Chefe da Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Durante o ConstruBusiness 2012 – 10º Congresso Brasileiro da Construção, a secretária nacional da Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, enfatizou que os números apresentados na abertura do evento expressam fortemente o esforço que o governo federal vem fazendo em relação à questão da habitação no Brasil. Inês Magalhães explicou que, uma vez atingida a meta de contratação do programa, este passa a focar no tema da sustentabilidade na indústria da construção: “Olhamos para esse assunto como a qualidade de vida urbana”.

Além disso, a secretária destacou a importância do poder público municipal , que em sua visão, tem um papel fundamental.

Em palestra ministrada durante o ConstruBusiness 2012, a chefe da Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Esther Dweck, apontou as vantagens da captação de investimentos para a indústria da construção no Brasil. “A capacidade de mobilizar recursos é essencial para garantir as obras de infraestrutura”, afirmou ao ressaltar que os investimentos cresceram ao longo dos tempos, devido à capacidade da cadeia produtiva da construção em reter o capital que recebe.

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ELDER VIEIRA Itaquera, zona leste de São Paulo. Vieira elencou outros projetos do Ministério do Esporte, como as praças de esporte e cultura e os centros de treinamento de alto rendimento. CLAUDIA VIEGAS empresas do setor de construção civil que investem na formação e capacitação dos seus funcionários. Mecanismo este adotado por países como Estados Unidos, França e Canadá.

Investimentos

O estudo do 10º ConstruBusiness apresenta o programa Compete Brasil, que traz alternativas para captação de recursos e linhas de financiamento para o setor da construção civil. Entre as propostas, a diretora da LCA destaca o uso dos recursos oriundos da liquidação de créditos públicos convertidos em investimentos de infraestrutura.

“A complexidade das regras faz com que o ambiente de negócios não fique tão favorável para novos investimentos”, finalizou. No entendimento da especialista, os novos recursos podem ser utilizados na área de habitação, que hoje registra um déficit de 5,8 milhões de moradias.

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Elder Vieira gerente de projetos do Ministério do Esporte.

O gerente de projetos do Ministério do Esporte, Elder Vieira, lembrou a importância de o governo federal criar um ambiente propício para acelerar o desenvolvimento econômico e diminuir as desigualdades sociais. E destacou nesse sentido o papel do Ministério dos Esportes, que investe em infraestrutura esportiva de alto rendimento e de esporte e lazer social.

Como exemplo prático, citou a construção da Arena Corinthians, o Itaquerão. “Este é um investimento que impulsiona os demais investimentos na região”, afirmou Vieira, ao citar o desenvolvimento da região do bairro de

O estudo Competitividade Sustentável na Cadeia da Construção demonstrado pela diretora da consultoria LCA, Claudia Viegas, oferece soluções em Planejamento e Gestão; Aspectos Institucionais e Segurança Jurídica; Funding; Mão de Obra; Impactos Tributários e Custos Produtivos; além de Sustentabilidade. Claudia Viegas, afirmou que é preciso ampliar os investimentos na área de educação: “Temos uma janela de oportunidade favorável ao ganho da produtividade, mas para que isso aconteça precisamos investir na área da educação”, avaliou.

Uma das alternativas apontadas pelo estudo da Fiesp é a adoção de uma política de incentivo fiscais para

Claudia Viegas, Diretora da LCA