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Construa agora uma novavisão para a igreja pós-criseLive - Josué Campanhã e Thiago Faria
UMA HISTÓRIA REAL
Gostaria de começar com uma história. Há alguns anos estava dando consultoria para
uma igreja, e como percebi que aqueles líderes estavam tão apegados a um jeito rígido
de ser igreja, fiz uma pergunta bem incomoda. Perguntei: “Se o templo e o prédio de
vocês pegassem fogo e tudo fosse destruído, como vocês seriam igreja a partir da
próxima semana?”
Primeiro eles riram, depois acharam que eu tinha pegado pesado, mas em seguida
deram algumas respostas superficiais. Deixei a pergunta para reflexão e fui embora. Uns
cinco dias depois, alguns desses líderes me telefonaram, com a pior notícia que eu
poderia receber: o templo e o prédio haviam pegado fogo e tudo havia sido destruído.
No entanto, sem querer me amaldiçoar todos eles disseram: “Agora sua pergunta
começou a fazer sentido, e percebemos que somos um grupo que realiza muitos
eventos e cultos, mas quando nosso chão foi tirado, vimos que falta muito para sermos
‘igreja’.” Esta é uma história real, e essa igreja, da noite para o dia, teve que se reinventar.
Com a pandemia do Corona vírus, da noite para o dia o formato de igreja que todos
praticavam deixou de existir. Vivíamos em função das atividades, como cultos, grupos
ou células, reuniões, eventos e ensaios. Quando tudo foi proibido por decreto, dois tipos
de pastores ou líderes se revelaram: um pequeno grupo resistiu e queria manter as
atividades a todo custo; a maior parte correu para a internet e apenas transferiu tudo
que fazia presencialmente para o on-line.
Não se pode negar que neste mar de informações on-line para milhões de pessoas
confinadas em suas casas, muito mais gente passou a ouvir o evangelho. No entanto, o
ponto que queremos chamar a atenção, é que, tanto os pastores que resistiram à
mudança, como os que correram para a internet, tem o mesmo DNA. Eles estão
tentando manter o que sempre fizeram.
Não estou tirando o mérito, dos que estão preocupados com as pessoas, e querem
oferecer aconchego, interação e comunhão, mesmo que seja virtual. As pessoas
precisam disto. O brasileiro é relacional. No entanto, gostaria de levantar algumas
questões para reflexão dos pastores e líderes, e quem sabe até dos padres, pois estas
perguntas se aplicam a qualquer tipo de igreja.
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Conexão entre as 3 Lives
Na primeira Live desta série falamos sobre o fato de que as crises causam disrupturas –
ou quebra de continuidade, rompimento. Falamos também sobre como podemos usar
essas disrupturas para reinventar a forma de ser igreja neste tempo. A missão é a mesma,
mas a forma de ser igreja não será a mesma depois da crise.
Na segunda Live com Craig Groeschel, ele chamou a atenção dos líderes sobre pensar
no longo prazo, mas tomar decisões no curto prazo. Além disto destacou os 4 níveis de
eficácia para definir onde focar sua atenção no meio de uma crise. Chamou a atenção
que os pastores e líderes precisam focar no nível 1, que é aquilo que é absolutamente
essencial para a missão. Se não fizerem isto o barco afunda.
Nesta terceira e última Live desta série, queremos partir exatamente deste ponto, sobre
o que é absolutamente essencial para a missão, e ajudar pastores e líderes a tomarem
decisões em três áreas praticas para a igreja. Queremos te ajudar a implementar
decisões sobre como construir uma nova visão para a igreja pós-crise.
Uma nova visão para a igreja pós-crise
Temos que deixar de lado o que planejamos. O mundo que prevíamos é passado.
Provavelmente a igreja que você previa continuar mantendo é passado também.
Não sabemos como será o mundo depois da crise, mas uma coisa sabemos, será
diferente.
Os membros da sua igreja visitaram centenas de outras igrejas on-line, ouviram dezenas
de sermões melhores que o seu, conheceram diferentes estilos de igreja e variadas
propostas de ministério. Depois da crise, pode ser que uma boa parte deles entenda que
a “grama do vizinho é mais verde”. Eles não mudarão de igreja por duas razões: se eles
tiverem relacionamentos profundos com outras pessoas da igreja ou se eles estão
apaixonados pela visão que a igreja está desenvolvendo ou irá iniciar.
Então surgem duas perguntas iniciais para conversar com sua equipe:
1. Nossa igreja tem uma visão que cativa as pessoas?
2. Todos nós somos apaixonados por essa visão?
Como temos pesquisas que indicam que um bom número de igrejas não tem essa visão,
queremos te ajudar a construí-la. Caso a sua igreja tenha essa visão clara, a hora é de
reavalia-la e fazer os ajustes necessários para o futuro.
“A melhor maneira de prever o futuro é cria-lo.” Peter Drucker – Parafraseando - A
melhor maneira de prever o futuro da igreja depois da pandemia é cria-lo. Não estamos
falando de uma visão humana, mas da visão de Deus para este tempo.
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Na primeira Live falamos sobre “Pandemia do foco” – Isto significa que nossas atividades
roubam a energia do nosso foco. As igrejas já viviam uma pandemia muito antes do
Coronavírus. Essa pandemia contagiou milhões de pessoas, e “matou a fé” de milhares
de membros de igreja e de líderes. O coronavírus ataca as vias respiratórias e tira a
capacidade da pessoa respirar. O “ativismo vírus” ataca as vias respiratórias da igreja e
tira a capacidade de ela cumprir a missão. Os pastores e líderes morrem asfixiados
tentando realizar muitas atividades, mas não produzem nenhum discípulo.
O sucesso do ativismo oculta o fracasso do discipulado. Não basta saber o número de
cultos ou congressos que sua igreja tem. A pergunta é quantos discípulos ela forma.
Talvez o maior objetivo de Deus com a crise é revelar uma nova realidade da igreja para
ela mesma.
Gallup fala que a igreja tende a se adaptar tardiamente às mudanças que acontecem.
A crise revela nossos maiores problemas. No Brasil e em muitos países, revelou a falta de
saneamento, dificuldades financeiras que empurrávamos com a barriga, um sistema
falido de saúde e milhões de pessoas sem emprego.
Na igreja revela nossa dependência do culto como centro de tudo, um sistema arcaico
de arrecadação de fundos, revela nossa dependência do ativismo para manter a igreja
funcionando, a falta do discipulado, a falta de um processo de capacitação de líderes e
falta de investimento na nova geração.
Gostaríamos de trabalhar com vocês três perguntas que todo pastor ou líder precisa
responder para sonhar com a igreja depois da crise:
1. De que forma estamos discipulando as pessoas para que elas cumpram a
missão?
Como disse Salomão, “não existe nada novo debaixo do sol”. A igreja já passou por
diversas disrupturas ao longo da história, mas tudo começou com a igreja primitiva.
Depois de um crescimento explosivo em Jerusalém, parece que tanto os apóstolos
como a multidão não entendiam que Deus queria levar a igreja para o próximo nível,
espalhando o evangelho para todo o mundo.
Então veio a perseguição, que da noite para o dia fez com que os cristãos tivessem que
mudar de cidade, mudar de casa, trocar de emprego, arrumar uma nova forma de
sustento e começar uma nova etapa de vida. As atividades religiosas deles
simplesmente cessaram. Não tinha mais culto, louvor ou reuniões. Eles poderiam ter se
tornado “revoltados” pois a fé deles havia gerado tudo isto.
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Entretanto, eles foram bem discipulados, e em lugar de desejarem apenas atividades
religiosas, eles começaram a compartilhar o evangelho e fazer novos discípulos de
Jesus. Isto mudou o mundo nos anos seguintes. Deus não ficou esperando a igreja criar
o “ministério de missões”, ou mesmo criar um grande evento com cantores e pregadores
famosos para levar seu Reino ao mundo. Ele criou uma disruptura para extrair o melhor
de cada cristão onde quer que ele fosse.
A disruptura atual da igreja por causa do Corona vírus pode gerar dois tipos de igreja
após a crise: as que vão continuar olhando para o umbigo e dependentes dos seus
eventos, e as que vão se reinventar e focar na missão de Deus.
Pensando na missão de Deus é que entra a primeira pergunta crucial: “De que forma
estamos discipulando as pessoas para que elas cumpram a missão?” Ary Velloso que
foi um discipulador/pastor dizia que: “Deus só pediu para fazermos uma coisa,
discípulos de Jesus, o resto foi nós que inventamos”.
Deixe-me fazer uma outra pergunta incomoda: Se a internet global entrasse em colapso
nos próximos dias, e ninguém pudesse fazer culto on-line, como a sua igreja continuaria
existindo? A forma como você discipulou as pessoas em sua igreja, fez com que eles
aprendessem a ser discípulos e a fazer novos discípulos? O evangelho
transformaria o mundo atual porque a sua igreja contribuiu para isto? Ou todos os
membros da sua igreja ficariam lamentando por não terem mais atividades online para
participar?
O discipulado é um processo poderoso, capaz de influenciar o futuro de uma igreja.
“De que forma estamos discipulando as pessoas para que elas cumpram a
missão?” Diante desta pergunta, você pode chegar a duas conclusões. Primeiro, que
você é um pastor ou líder ativista, e não trabalhou com foco no discipulado em sua
igreja. Segundo, que após a quarentena você mudará a sua agenda e a da sua igreja. A
primeira conclusão é meio dolorida, mas é para isto que serve uma quarentena. A
segunda conclusão é esperançosa e fará aproveitar o restante da quarentena para orar e
planejar sua visão de futuro.
Converse com sua equipe: Você quer ter uma grande igreja ou formar um grande
grupo de discípulos?
Agora, vamos conectar discipulado com epidemia. No livro O ponto da virada, Malcolm
Gladwell diz que “Deflagrar epidemias exige a concentração de recursos em poucas
áreas essenciais.” Estamos falando agora de uma epidemia do bem, que pode gerar
transformação e não destruição.
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O discipulado pode se espalhar como uma epidemia da missão por meio da sua igreja. O
discipulado é um comportamento contagiante. Uma epidemia causa contágio. As
epidemias envolvem a ação de pessoas que transmitem agentes infecciosos. Só que
neste caso a infecção é transformadora. Como na igreja primitiva.
Você já parou para pensar que sua igreja pode espalhar uma epidemia transformadora
em sua cidade? E num momento em que as pessoas estão totalmente abertas para isto?
Já pensou que nosso horizonte sobre discipulado se expandiu muito? Podemos agora
ter discipulado em grupos, mini-grupos, duplas, trios, tanto presencialmente como on-
line? Que as pessoas podem começar uma epidemia discipular não apenas na sua
cidade, mas com todos os amigos de outras cidades no Brasil e no mundo? Dá para
imaginar o impacto disto?
Bem, para isto você e sua equipe precisam tomar a primeira decisão. O que vamos parar
de fazer e em que vamos parar de investir, para colocar o nosso foco em discipular nossa
igreja e nossa cidade? Quem são as primeiras pessoas que vamos convidar para iniciar
essa epidemia transformadora? Qual o plano que vamos construir agora para ser
implementado imediatamente e termos uma nova igreja pós-crise? De que forma
tornaremos isto apaixonante para a igreja?
A igreja primitiva pós-crise foi uma igreja discipuladora. Cessaram os cultos e as
reuniões nas casas em Jerusalém, mas uma epidemia transformadora tomou conta do
mundo na época. E a sua igreja o que fará pós-crise? O seu maior sonho é que tudo volte
ao normal? Ou Deus pode contar com você e sua igreja para transformar o mundo?
2. De que forma estamos capacitando os líderes para que eles transformem o
mundo?
Ÿ Depois de fazer discípulos, Jesus os transformou em líderes. E quando esses líderes
imaginavam que Jesus iria começar a igreja estruturada e que eles o ajudariam a
lidera-la, Ele simplesmente disse: “Estou indo embora, não vou participar da
inauguração. Vocês lideram. Estão preparados.”
Ÿ “Para uma organização crescer, você precisa ter uma grande liderança. E é necessário
desenvolver uma grande liderança por meio de um sistema de substituição e
duplicação de aprendizes.” – Andy Stanley
Ÿ Você é responsável por arranjar um substituto para você e avançar para o próximo
nível. Isto é a prática de Efésios 4.
Ÿ Ter um pastor de nível excelente é o sonho de toda igreja. No entanto, ter dezenas de
pastores e líderes de nível excelente durante décadas, e todos treinados
internamente, este é um dos principais fundamentos de uma igreja visionária.
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Ÿ A questão não é se sua igreja é um fenômeno agora. A questão é se ela será um
referencial durante os próximos 50 anos.
Ÿ O primeiro passo para isto é criar um processo contínuo de desenvolvimento de
líderes. Não são apenas cursos, palestras ou atividades soltas.
Ÿ Não é a qualidade da liderança em um determinado momento da história o principal
fator de diferença entre uma igreja visionária e uma igreja de manutenção. É a
continuidade que preserva o núcleo. Quantas igrejas referenciais você conhecia há
20 anos. Onde elas estão hoje? Elas viveram momentos fenomenais, mas não
conseguiram dar continuidade a isto porque não desenvolveram líderes.
Ÿ Como a sua igreja vai continuar cumprindo a missão mesmo depois que o
mandato dos atuais líderes encerrar? Quem esta geração já está preparando
para dar continuidade ao seu legado?
Ÿ A maior parte das igrejas hoje tem atividade demais e liderança de menos. Quando os
líderes estão preocupados apenas em realizar a próxima atividade, eles não estão
alinhados com uma visão apaixonante.
Ÿ Quando você falha em dar uma clara e forte direção para os líderes, você está dando
para eles permissão para ir em qualquer direção que eles achem correto.
Ÿ Precisamos dos líderes para criar conexão entre as pessoas e depois conexão delas
com a visão da igreja, e não para serem promotores de atividades.
Ÿ Identifique os líderes em sua organização. Qual o seu plano para substituir esses
líderes por outros que estão sendo treinados, para que eles possam assumir posições
ainda mais estratégicas para o crescimento da igreja? Se não há plano, a igreja não
pode crescer.
Ÿ Quanto do seu tempo você gasta apenas para manter as atividades da semana
funcionando versus quanto tempo investe estrategicamente formando novos
líderes?
Ÿ “E melhor colocar dez homens para trabalhar do que tentar fazer o trabalho de dez
homens”. D L Moody
Ÿ Em Atos 6 a igreja “crescia e se multiplicava”, pois os apóstolos decidiram manter o
foco. Ficar no nível 1 de prioridade que o Craig Groeschel nos falou na semana
passada. As viúvas eram importantes? Sim, mas talvez estivessem no nível 2 ou 3 de
prioridade e era necessário capacitar mais líderes para que essa necessidade fosse
atendida.
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Ÿ Atos 6 não fala apenas de um ministério da igreja, mas fala de uma necessidade social
que a igreja precisava atender. Não foram levantados líderes para uma demanda
interna, mas para uma ação externa.
Ÿ Vamos falar do papel da igreja em capacitar líderes neste momento de crise.
Ÿ Milhares de pessoas vão perder seus empregos e ter que começar seu próprio
negócio. Milhares de pequenos empreendedores estão completamente
perdidos e precisam de capacitação para fazer seu negócio sobreviver. Como a
igreja vai capacitar milhares de líderes para fazerem diferença na sociedade?
Ÿ Como a igreja vai capacitar os profissionais de saúde para enfrentarem os
próximos meses e fazerem diferença como cristãos ou simplesmente como
profissionais?
Ÿ Como a igreja vai capacitar os educadores para influenciarem milhões de
estudantes em escolas e universidades, que voltarão às aulas sem esperança
sobre o seu futuro?
Ÿ Como a igreja vai capacitar as famílias para enfrentarem as crises de casamento?
E como vai capacitar os pais em sua descoberta que não discipulavam seus
filhos?
Ÿ Como a igreja vai capacitar todas as pessoas que atuam no governo para
enfrentarem as pressões que terão pela frente nos próximos anos, e ajuda-las a
pensar sobre como criar políticas públicas, incentivar projetos sociais e serem
criativos como agentes de transformação da sociedade?
Ÿ Como a igreja vai capacitar as forças de segurança e os profissionais da justiça
para suportarem as pressões sociais advindas da crise e os diversos novos casos
que surgirão nos tribunais que nunca foram discutidos antes?
Ÿ “Nós somos as mãos e os pés de Jesus vivendo e trabalhando no mercado.” afirma
Patrick Lai.
Ÿ Não se preocupe apenas em capacitar líderes para a estrutura da sua igreja, pois o
lugar onde a batalha está sendo travada são nos hospitais, escolas, governo,
negócios, tribunais, etc...
Ÿ Não pense apenas em ter uma grande igreja depois da crise, mas pense em ajudar a
construir uma grande cidade. Se você tiver uma grande cidade é porque já tem uma
grande igreja.
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Ÿ Você já parou para pensar que sua igreja pode espalhar uma segunda epidemia
transformadora em sua cidade? E num momento em que os líderes mais precisam de
ajuda? Já pensou que nosso horizonte sobre capacitação de líderes se expandiu
muito? Podemos agora capacitar os líderes das áreas estratégicas da igreja, investir
numa nova geração de líderes, chamar os empresários, educadores, militares,
agentes do governo, profissionais da saúde e capacitá-los com os princípios de
liderança de Jesus. Podemos oferecer capacitação em pequenos grupos, grandes
grupos, nas empresas, escolas e quarteis. Dá para imaginar o impacto disto?
Ÿ Bem, para isto você e sua equipe precisam tomar a segunda decisão. O que vamos
parar de fazer e em que vamos parar de investir, para colocar a nossa energia em
capacitar os líderes da nossa igreja e da nossa cidade? Quem são as primeiras pessoas
que vamos convidar para iniciar essa epidemia transformadora? Qual o plano que
vamos construir agora para ser implementado pós-quarentena?
Ÿ A igreja primitiva pós-crise foi uma igreja formadora de líderes e influenciadora dos
vários segmentos da sociedade. Zaqueu influenciou os agentes do governo, Lucas os
profissionais de saúde, Pedro os pescadores, Paulo os empresários, governantes e
mestres da lei. E a sua igreja o que fará? O seu maior sonho é que tudo volte ao
normal? Ou Deus pode contar com você e sua igreja para capacitar os líderes que
transformarão o mundo?
3. Como estamos alcançando o coração da nova geração e discipulando-os para
garantir o futuro da igreja?
Ÿ Eu sei que você vai falar que sua igreja tem um “Ministério Infantil” e um “Ministério
com adolescentes e jovens”. Não é disto que estamos falando.
Ÿ A igreja não consegue cuidar das crianças ou adolescentes, a não ser fazer algumas
atividades para eles algumas horas por semana. Então ela precisa cuidar de quem
cuida deles, que são os pais. A igreja não pode ter apenas “ministério infantil”, como a
maioria chama, e achar que o problema está resolvido. Se a igreja não cuidar dos pais,
e não discipulá-los, eles jamais saberão discipular seus filhos.
Ÿ Joey Reiman diz que “Os frutos estão nas raízes”. Os frutos de uma igreja estão nas
raízes das crianças que estamos formando hoje. Como estão as raízes da sua igreja?
Ÿ Se as coisas que sua igreja faz para as crianças atingem somente as crianças, você
deve esperar que os pais sejam apenas expectadores.
Ÿ Tem muitas igrejas se escondendo atrás do que é conveniente e confortável
enquanto uma geração inteira está se perdendo.
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Ÿ No desenvolvimento humano o período mais crítico vai dos 4 aos 14 anos, afirma Luis
Bush.
Ÿ As perspectivas são lapidadas (negativas ou positivas), forma-se uma visão da
própria significância (ou falta dela).
Ÿ A maioria das pessoas que tomarão a decisão de seguir a Cristo, farão isso entre as
idades de 4 a 14 anos, completa Bush.
Ÿ Na Bíblia Deus confia verdades especiais às crianças e usa-as como Seus
mensageiros. Samuel, Davi, Josias, Ester, Timóteo.
Ÿ Nosso cérebro atinge 90% de seu desenvolvimento antes dos três anos.
Ÿ 85% de nossa personalidade adulta é formada antes dos seis anos de idade.
Ÿ Com 13 anos a identidade espiritual é definida.
Ÿ Os adultos praticam as crenças que abraçaram quando ainda eram jovens.
Ÿ Muitas crianças e adolescentes de hoje tem tudo para poder viver, mas não pelo que
viver.
Ÿ Muito do que se faz com as crianças nas igrejas é para entretê-las, ao invés de equipá-
las e desafiá-las.
Ÿ “Quando Deus tem algo realmente importante para fazer, e Ele não pode confiar em
adultos, Ele usa crianças. Parece que Deus faz uma pausa, esfrega as mãos, sorri
gostosamente e diz: Eu preciso de alguém muito poderoso para esta tarefa. Já sei!
Vou usar uma criança.” Wess Stafford
Ÿ Qual o mundo que deixaremos para as próximas gerações?
Ÿ 10 milhões de crianças sofrem prostituição forçada.
Ÿ 35.000 crianças menores de 5 anos morrem a cada dia por desnutrição.
Ÿ Existem 100 milhões de crianças de rua no mundo.
Ÿ O que sua igreja faz tem o potencial de alcançar o coração da nova geração e
torna-los discípulos de Jesus? Ou você tem apenas um grupo de professores
correndo atrás de atividades para entreter as crianças e adolescentes?
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Ÿ Você já parou para pensar que sua igreja pode espalhar uma terceira epidemia
transformadora em sua cidade? E num momento em que os pais mais precisam de
ajuda? Já pensou que nosso horizonte sobre investir na nova geração se expandiu
muito? Podemos agora capacitar os líderes apaixonados em investir na nova geração
com os pais despertados pela quarenta. Podemos juntar a influência da família com o
suporte de formação espiritual da igreja para discipular a nova geração. Dá para
imaginar o impacto disto?
Ÿ Bem, para isto você e sua equipe precisam tomar a terceira decisão. O que vamos
parar de fazer e em que vamos parar de investir, para colocar a nossa energia em
ganhar o coração da nova geração e torna-los discípulos de Jesus? Quem são as
primeiras pessoas que vamos convidar para iniciar essa epidemia transformadora?
Qual o plano que vamos construir agora para ser implementado pós-quarentena?
Ÿ A igreja primitiva pós-crise foi uma igreja que não tinha “ministério infantil” e os pais
que se mudaram para outras cidades tiveram que discipular seus filhos, porque a
igreja já os havia equipado para isto. E a sua igreja o que fará? O seu maior sonho é
que tudo volte ao normal? Ou Deus pode contar com você e sua igreja para alcançar a
nova geração que transformará o mundo?
Os próximos passos
Ÿ Como tornar tudo isto realidade?
Ÿ Primeiro tome a decisão de que a igreja pós-crise não será a mesma.
Ÿ Segundo crie um ecossistema. Estas três coisas não são ações soltas, mas totalmente
conectadas.
Ÿ Como desenvolver um ecossistema para tornar a igreja uma executora da missão e
não uma realizadora de eventos?
Ÿ Não interessa agora saber se a sua igreja é em células, grupos, em ministérios ou com
um modelo próprio. Todas essas coisas são um tipo de estratégia, mas estratégia sem
missão se torna apenas mais um programa da igreja.
Ÿ Um Ecossistema é um conjunto de organismos que interagem entre si para tornar o
sistema estável. Na igreja um ecossistema é um conjunto de ações continuadas que
interagem entre si para realizar a missão de Jesus.
Ÿ Nenhum aperfeiçoamento de uma igreja obsoleta produzirá as mudanças de que
precisamos imediatamente. Thomas Rudmik fala isto sobre educação e estamos
adaptando aqui para a igreja. O verdadeiro desafio é a transformação do sistema.
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Ÿ A transformação de uma igreja começa com pessoas transformadas em todas as
áreas da vida e só o discipulado pode fazer isto. Nenhum programa ou modelo de
ministério pode fazer isto. Eles geram apenas envolvimento sem transformação.
Ÿ Antes de começar qualquer coisa tenha certeza do lugar onde você precisa chegar.
Ÿ Pense em passos não em programas. Quando você pensa em programas você
começa com a pergunta: “Qual a necessidade?” A segunda pergunta é: “Como vamos
ao encontro dessa necessidade?” O resultado é um programa orientado para um
ministério, que é destinado a atender uma necessidade.
Ÿ Quando você pensa em passos a primeira pergunta é: “Onde queremos que as
pessoas estejam?” A segunda pergunta, ainda mais estratégica é: “Como vamos leva-
los até lá?” Isto faz mais sentido à luz do que a igreja foi chamada para fazer.
Ÿ Se você realmente quer ter um impacto duradouro, sua igreja precisa eliminar aquilo
que faz bem, para se concentrar naquilo que potencialmente faz melhor. Andy
Stanley
Ÿ Se você alimentar a "carência" da sua igreja, você possivelmente criará uma igreja
focada em si mesma, que pode potencialmente se auto implodir
Ÿ Se você alimentar a "carência" da sua igreja, você possivelmente criará uma igreja
focada em si mesma, que pode potencialmente se auto implodir.
Ÿ A sua igreja faz muitas coisas e quer fazer muito mais. Você tem uma lista do
“Não vamos fazer” para a igreja conseguir se concentrar no foco?
Ÿ Você não vai acertar em tudo agora. Mas você vai acertar mais do que errar. O
dramaturgo irlandês George Bernard Shaw disse: “Passar uma vida cometendo erros
é mais útil do que passa-la sem fazer nada”. Parafraseando – “Experimentar coisas
novas na igreja, aproveitando o momento de crise é mais útil do que passar os
próximos anos mantendo as mesmas coisas”
Ÿ Faça um plano que contenha pelo menos estas 3 áreas. Você pode perguntar: E as
outras áreas? Se sua igreja estiver focada no discipulado isto já contempla –
evangelização, missões, finanças, família, relacionamentos, estudo da Palavra,
estrutura de grupos ou células e propósito de vida. Se investir em liderança isto
contempla – ministérios, culto, ensino, adoração, transformação social, influencia na
sociedade e gestão da igreja. Se investir em nova geração garante o presente e o
futuro da igreja, o discipulado, a formação das futuras famílias, o ensino e a
solidificação das famílias atuais.
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Ÿ A igreja primitiva pós-crise entendeu a forma como Deus estava agindo, e se juntou a
Deus par com você e sua igreja para transformar o mundo?
Sugestões finais
Ÿ Não vamos fazer uma Live por semana para encher sua agenda, mas queremos te
ajudar e construir o futuro.
Ÿ Teremos apenas mais duas Lives, nas duas próximas semanas, agora totalmente
voltadas para “alcançar e discipular a nova geração”. Nossa equipe da Envisionar Kids
dará o nosso melhor para ajudar você, os pais e as equipes que trabalham com
crianças. Dias 16/04 e 23/04.
Ÿ A Envisionar tem ferramentas para ajudar sua igreja a iniciar um processo de
discipulado. Não é um currículo nem um programa de discipulado, mas capacitação
para ajudar as pessoas a entenderem o que é ser discípulo de Jesus e como fazer
discípulos de Jesus. Conheça no site www.envisionar.com ou escreva para
Ÿ Também temos recursos para ajudar sua igreja a criar um processo de capacitação de
líderes. [email protected]
Livros sugeridos:
Ÿ Discipulado que transforma
Ÿ Como capacitar líderes na igreja
Ÿ Revolucione o ministério com crianças
Ÿ O desafio de alcançar a geração 4/14
Ÿ Todos estão com um super desconto na loja virtual da Envisionar e todos tem guias
para te ajudar a multiplicar o conteúdo para mais pessoas da sua equipe.
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