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CONSTITUIÇÃO DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL PREÂMBULO: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, nós, legítimos representantes da Igreja Cristã Presbiteriana do Brasil, reunidos em Supremo Concílio, no ano de 1950, com poderes para reforma da Constituição, investidos de toda autoridade para cumprir as resoluções da legislatura de 1946, depositando toda nossa confiança na bênção do Deus Altíssimo e tendo em vista a promoção da paz, disciplina, unidade e edificação do povo de Cristo, elaboramos, decretamos e promulgamos para glória de Deus a seguinte Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil. CAPÍTULO I: NATUREZA, GOVERNO E FINS DA IGREJA: Art. 1º. A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma federação de igrejas locais, que adota como única regra de fé e prática as Escrituras Sagradas do Velho e Novo Testamentos e como sistema expositivo de doutrina e prática a sua Confissão de Fé e os Catecismos Maior e Breve; rege-se pela presente Constituição; é pessoa jurídica, de acordo com as leis do Brasil, sempre representada civilmente pela sua Comissão Executiva e exerce o seu governo por meio de concílios e indivíduos, regularmente instalados.Art. 2º. A Igreja Presbiteriana do Brasil tem por fim prestar culto a Deus, em espírito e verdade, pregar o Evangelho, batizar os conversos, seus filhos e menores sob sua guarda e "ensinar os fiéis a guardar a doutrina e prática das Escrituras do Antigo e Novo Testamentos, na sua pureza e integridade, bem como promover a aplicação dos princípios de fraternidade cristã e o crescimento de seus membros na graça e no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo".Art. 3º. O poder da igreja é espiritual e administrativo, residindo na corporação, isto é, nos que governam e nos que são governados.§ 1º. A autoridade dos que são governados é exercida pelo povo reunido em assembleia, para:a) eleger pastores e oficiais da igreja ou pedir a sua exoneração;b) pronunciar-se a respeito dos mesmos, bem como sobre questões orçamentárias e administrativas, quando o Conselho o solicitar;c) deliberar sobre a aquisição ou alienação de imóveis e propriedades, tudo de acordo com a presente Constituição e as regras estabelecidas pelos concílios competentes.§ 2º. A autoridade dos que governam é de ordem e de jurisdição. É de ordem, quando exercida por oficiais, individualmente, na administração de sacramentos e na impetração da bênção pelos ministros e na integração de concílios por ministros e presbíteros. É de jurisdição, quando exercida coletivamente por oficiais, em concílios, para legislar, julgar, admitir, excluir ou transferir membros e administrar as comunidades.CAPÍTULO II: ORGANIZAÇÃO DAS COMUNIDADES LOCAIS: Art. 4º. A igreja local é uma comunidade constituída de crentes professos juntamente com seus filhos e outros menores sob sua guarda, associados para os fins mencionados no art. 2º e com governo próprio, que reside no Conselho.§ 1º. Ficarão a cargo dos presbitérios, juntas missionárias ou dos conselhos, conforme o caso, comunidades que ainda não podem ter governo próprio.§ 2º. Essas comunidades serão chamadas pontos de pregação ou congregações, conforme o seu desenvolvimento, a juízo do respectivo concílio ou junta missionária.§ 3º. Compete aos presbitérios ou juntas missionárias providenciar para que as comunidades que tenham alcançado suficiente desenvolvimento, se organizem em igrejas.Art. 5º. Uma comunidade de cristãos poderá

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  • CONSTITUIO DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL

    PREMBULO:

    Em nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo, ns, legtimos representantes da Igreja Crist Presbiteriana do Brasil, reunidos em Supremo Conclio, no ano de 1950, com poderes para reforma da Constituio, investidos de toda autoridade para cumprir as resolues da legislatura de 1946, depositando toda nossa confiana na bno do Deus Altssimo e tendo em vista a promoo da paz, disciplina, unidade e edificao do povo de Cristo, elaboramos, decretamos e promulgamos para glria de Deus a seguinte Constituio da Igreja Presbiteriana do Brasil.

    CAPTULO I:

    NATUREZA, GOVERNO E FINS DA IGREJA:Art. 1. A Igreja Presbiteriana do Brasil uma federao de igrejas locais, que adota como nica regra de f e prtica as Escrituras Sagradas do Velho e Novo Testamentos e como sistema expositivo de doutrina e prtica a sua Confisso de F e os Catecismos Maior e Breve; rege-se pela presente Constituio; pessoa jurdica, de acordo com as leis do Brasil, sempre representada civilmente pela sua Comisso Executiva e exerce o seu governo por meio de conclios e indivduos, regularmente instalados.Art. 2. A Igreja Presbiteriana do Brasil tem por fim prestar culto a Deus, em esprito e verdade, pregar o Evangelho, batizar os conversos, seus filhos e menores sob sua guarda e "ensinar os fiis a guardar a doutrina e prtica das Escrituras do Antigo e Novo Testamentos, na sua pureza e integridade, bem como promover a aplicao dos princpios de fraternidade crist e o crescimento de seus membros na graa e no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo".Art. 3. O poder da igreja espiritual e administrativo, residindo na corporao, isto , nos que governam e nos que so governados. 1. A autoridade dos que so governados exercida pelo povo reunido em assembleia, para:a) eleger pastores e oficiais da igreja ou pedir a sua exonerao;b) pronunciar-se a respeito dos mesmos, bem como sobre questes oramentrias e administrativas, quando o Conselho o solicitar;c) deliberar sobre a aquisio ou alienao de imveis e propriedades, tudo de acordo com a presente Constituio e as regras estabelecidas pelos conclios competentes. 2. A autoridade dos que governam de ordem e de jurisdio. de ordem, quando exercida por oficiais, individualmente, na administrao de sacramentos e na impetrao da bno pelos ministros e na integrao de conclios por ministros e presbteros. de jurisdio, quando exercida coletivamente por oficiais, em conclios, para legislar, julgar, admitir, excluir ou transferir membros e administrar as comunidades.CAPTULO II:

    ORGANIZAO DAS COMUNIDADES LOCAIS:Art. 4. A igreja local uma comunidade constituda de crentes professos juntamente com seus filhos e outros menores sob sua guarda, associados para os fins mencionados no art. 2 e com governo prprio, que reside no Conselho. 1. Ficaro a cargo dos presbitrios, juntas missionrias ou dos conselhos, conforme o caso, comunidades que ainda no podem ter governo prprio. 2. Essas comunidades sero chamadas pontos de pregao ou congregaes, conforme o seu desenvolvimento, a juzo do respectivo conclio ou junta missionria. 3. Compete aos presbitrios ou juntas missionrias providenciar para que as comunidades que tenham alcanado suficiente desenvolvimento, se organizem em igrejas.Art. 5. Uma comunidade de cristos poder

  • ser organizada em igreja, somente quando oferecer garantias de estabilidade, no s quanto ao nmero de crentes professos, mas tambm quanto aos recursos pecunirios indispensveis manuteno regular de seus encargos, inclusive as causas gerais e disponha de pessoas aptas para os cargos eletivos.Art. 6. As igrejas devem adquirir personalidade jurdica.Pargrafo nico. Antes de uma congregao constituir-se em pessoa jurdica deve organizar-se em igreja.Art. 7. No caso de dissolver-se uma igreja, ou separar-se da Igreja Presbiteriana do Brasil, os seus bens passam a pertencer ao conclio imediatamente superior e, assim sucessivamente, at o Supremo Conclio, representado por sua Comisso Executiva, que resolver sobre o destino dos bens em apreo.Pargrafo nico. Tratando-se de cisma ou ciso em qualquer comunidade presbiteriana, os seus bens passaro a pertencer parte fiel Igreja Presbiteriana do Brasil e, sendo total o cisma, revertero referida igreja, desde que esta permanea fiel s Escrituras do Velho e Novo Testamentos e Confisso de F.Art. 8. O governo e a administrao de uma igreja local competem ao Conselho, que se compe de pastor ou pastores e dos presbteros. 1. O Conselho, quando julgar conveniente, poder consultar os diconos sobre questes administrativas, ou inclu-los, pelo tempo que julgar necessrio, na administrao civil. 2. A administrao civil no poder reunir-se e deliberar sem a presena de mais da metade de seus membros.Art. 9. A assembleia geral da igreja constar de todos os membros em plena comunho e se reunir ordinariamente, ao menos uma vez por ano, e, extraordinariamente, convocada pelo Conselho, sempre que for necessrio, regendo-se pelos respectivos estatutos. 1. Compete assembleia:a) eleger pastores e oficiais da igreja;b) pedir a exonerao deles ou opinar a respeito, quando solicitada pelo Conselho;c) aprovar os seus estatutos e deliberar quanto sua constituio em pessoa jurdica;d) ouvir, para informao, os relatrios do movimento da igreja no ano anterior, e tomar conhecimento do oramento para o ano em curso;e) pronunciar-se sobre questes oramentrias e administrativas, quando isso lhe for solicitado pelo Conselho;f) adquirir, permutar, alienar, gravar de nus real, dar em pagamento imvel de sua propriedade e aceitar doaes ou legados onerosos ou no, mediante parecer prvio do Conselho e, se este julgar conveniente tambm do respectivo Presbitrio;g) conferir a dignidade de Pastor Emrito, Presbtero Emrito e Dicono Emrito. 2. Para tratar dos assuntos a que se referem as alneas "c", "d" e "f" do pargrafo anterior a assembleia dever constituir-se de membros civilmente capazes.Art. 10. A presidncia da assembleia da igreja cabe ao pastor e na sua ausncia, ou impedimento, ao Pastor Auxiliar, se houver.Pargrafo nico. Na ausncia ou impedimento dos pastores caber ao Vice-Presidente do Conselho assumir a presidncia da assembleia.CAPTULO III:

    MEMBROS DA IGREJA:Seo 1 - Classificao, Direitos e Deveres dos Membros da Igreja:Art. 11. So membros da Igreja Presbiteriana do Brasil as pessoas batizadas e inscritas no seu rol, bem como as que se lhe tenham unido por adeso ou transferncia de outra igreja evanglica e tenham recebido o batismo bblico.Art. 12. Os membros da igreja so comungantes e no comungantes: comungantes so os que tenham feito a sua pblica profisso de f; no comungantes so os menores de dezoito anos de idade, que, batizados na infncia, no tenham feito a sua pblica profisso de f.Art. 13. Somente os membros comungantes gozam de todos os privilgios e direitos da igreja. 1. S podero ser votados os maiores de dezoito anos e os civilmente capazes. 2. Para algum exercer cargo eletivo na igreja indispensvel o decurso de seis meses aps a sua recepo; para o presbiterato ou diaconato, o prazo de um ano, salvo casos excepcionais, a juzo do Conselho, quando se tratar de oficiais vindos de outra Igreja Presbiteriana. 3. Somente membros de igreja evanglica, em plena comunho,

  • podero tomar parte na Santa Ceia do Senhor e apresentar ao batismo seus filhos, bem como os menores sob sua guarda.Art. 14. So deveres dos membros da igreja, conforme o ensino e o Esprito de nosso Senhor Jesus Cristo:a) viver de acordo com a doutrina e prtica da Escritura Sagrada;b) honrar e propagar o Evangelho pela vida e pela palavra;c) sustentar a igreja e as suas instituies, moral e financeiramente;d) obedecer s autoridades da igreja, enquanto estas permanecerem fiis s Sagradas Escrituras;e) participar dos trabalhos e reunies da sua igreja, inclusive assembleias.Art. 15. Perdero os privilgios e direitos de membros os que forem excludos por disciplina e, bem assim, os que, embora moralmente inculpveis, manifestarem o desejo de no permanecer na igreja. Seo 2 - Admisso de Membros:Art. 16. A admisso aos privilgios e direitos de membro comungante da igreja dar-se- por:a) profisso de f dos que tiverem sido batizados na infncia; b) profisso de f e batismo;c) carta de transferncia de igreja evanglica;d) jurisdio a pedido sobre os que vierem de outra comunidade evanglica; e) jurisdio ex officio sobre membros de comunidade presbiteriana, aps um ano de residncia nos limites da igreja;f) restaurao dos que tiverem sido afastados ou excludos dos privilgios e direitos da igreja;g) designao do Presbitrio nos casos do 1 do art. 48.Art. 17. Os membros no comungantes so admitidos por:a) batismo na infncia, de menores apresentados pelos pais ou responsveis;b) transferncia dos pais ou responsveis;c) jurisdio assumida sobre os pais ou responsveis.

    Seo 3 - Transferncia de Membros:Art. 18. A transferncia de membros comungantes da igreja ou congregao dar-se- por:a) carta de transferncia com destino determinado;b) jurisdio ex officio.Art. 19. Conceder-se- carta de transferncia para qualquer igreja evanglica a membros comungantes e no comungantes.Pargrafo nico. A transferncia de membros no comungantes far-se- a pedido dos pais ou responsveis e, na falta destes, a juzo do Conselho.Art. 20. No se assumir jurisdio sobre membros de outra comunidade evanglica sem que o pedido seja feito por escrito, acompanhado de razes.Pargrafo nico. Em hiptese alguma se assumir jurisdio ex officio sobre membro de qualquer outra comunidade evanglica.Art. 21. A carta de transferncia apenas certificar que o portador estava em plena comunho na data em que foi expedida; e s ser vlida por seis meses, devendo ser enviada diretamente autoridade eclesistica competente.Art. 22. Enquanto no se tornar efetiva a transferncia, continuar o crente sob a jurisdio da autoridade que expediu a carta. 1. Se a autoridade eclesistica tiver motivo para recusar-se a admitir qualquer pessoa, dever devolver a carta da transferncia a quem a expediu, acompanhada das razes por que assim procede. 2. O crente que no for normalmente transferido para a igreja da localidade em que reside h mais de um ano, deve ser, via de regra, arrolado nesta por jurisdio ex officio; todavia, a jurisdio ser assumida em qualquer tempo, desde que o referido crente deva ser disciplinado. 3. Efetuada a transferncia, ser o fato comunicado igreja ou congregao de origem.

    Seo 4 - Demisso de Membros:Art. 23. A demisso de membros comungantes dar-se- por:a) excluso por disciplina;b) excluso a pedido;c) excluso por ausncia;d) carta de transferncia;e) jurisdio assumida por outra igreja;f) falecimento. 1. Aos que estiverem sob processo no se conceder carta de transferncia nem deles se aceitar pedido de excluso. 2. Os membros de igreja, de paradeiro ignorado durante um ano, sero inscritos em rol separado; se dois anos aps esse prazo no forem encontrados, sero excludos. 3. Quando um membro de igreja for ordenado ministro, ser o seu nome transferido, para efeito de jurisdio eclesistica, para o rol do respectivo Presbitrio.Art. 24. A demisso de

  • membros no comungantes dar-se- por:a) carta de transferncia dos pais ou responsveis, a juzo do Conselho;b) carta de transferncia nos termos do pargrafo nico, in fine, do art. 19.c) haverem atingido a idade de dezoito anos;d) profisso de f;e) solicitao dos pais ou responsveis que tiverem aderido outra comunidade religiosa, a juzo do Conselho;f) falecimento.CAPTULO IV:OFICIAIS - Seo 1 - Classificao:Art. 25. A igreja exerce as suas funes na esfera da doutrina, governo e beneficncia, mediante oficiais que se classificam em:a) ministros do Evangelho ou presbteros docentes;b) presbteros regentes;c) diconos. 1. Estes ofcios so perptuos, mas o seu exerccio temporrio. 2. Para o oficialato s podero ser votados homens maiores de dezoito anos e civilmente capazes.Art. 26. Os ministros e os presbteros so oficiais de conclios da Igreja Presbiteriana do Brasil; os diconos, da igreja a que pertencem.Art. 27. O ministro membro ex officio do Presbitrio, e do Conselho, quando pastor da igreja; do Snodo e do Supremo Conclio, quando eleito representante; o presbtero membro ex officio do Conselho e dos conclios superiores, quando eleito para tal fim. 1. Ministros e presbteros, embora no sendo membros de um conclio, podero ser includos nas comisses de que trata o art. 99, itens 2 e 3, desde que jurisdicionados por aquele conclio. 2. Para atender s leis civis, o ministro ser considerado membro da igreja de que for pastor, continuando, porm, sob a jurisdio do Presbitrio.Art. 28. A admisso a qualquer ofcio depende:a) da vocao do Esprito Santo, reconhecida pela aprovao do povo de Deus;b) da ordenao e investidura solenes, conforme a liturgia.Art. 29. Nenhum oficial pode exercer simultaneamente dois ofcios, nem pode ser constrangido a aceitar cargo ou ofcio contra a sua vontade.

    Seo 2 - Ministros do Evangelho:Art. 30. O Ministro do Evangelho o oficial consagrado pela igreja, representada no Presbitrio, para dedicar-se especialmente pregao da Palavra de Deus, administrar os sacramentos, edificar os crentes e participar, com os presbteros regentes, do governo e disciplina da comunidade.Pargrafo nico. Os ttulos que a Sagrada Escritura d ao ministro, de Bispo, Pastor, Ministro, Presbtero ou Ancio, Anjo da Igreja, Embaixador, Evangelista, Pregador, Doutor e Despenseiro dos Mistrios de Deus, indicam funes diversas e no graus diferentes de dignidade no ofcio.Art. 31. So funes privativas do ministro:a) administrar os sacramentos;b) invocar a bno apostlica sobre o povo de Deus;c) celebrar o casamento religioso com efeito civil;d) orientar e supervisionar a liturgia na igreja de que pastor.Art. 32. O ministro, cujo cargo e exerccio so os primeiros na igreja, deve conhecer a Bblia e sua teologia; ter cultura geral; ser apto para ensinar e so na f; irrepreensvel na vida; eficiente e zeloso no cumprimento dos seus deveres; ter vida piedosa e gozar de bom conceito, dentro e fora da igreja.Art. 33. O ministro poder ser designado Pastor Efetivo, Pastor Auxiliar, Pastor Evangelista e Missionrio. 1. Pastor Efetivo o ministro eleito e instalado numa ou mais igrejas, por tempo determinado e tambm o ministro designado pelo Presbitrio, por prazo definido, para uma ou mais igrejas, quando estas, sem designao de pessoa, o pedirem ao conclio. 2. Pastor Auxiliar o ministro que trabalha sob a direo do pastor, sem jurisdio sobre a igreja, com voto, porm no Conselho, onde tem assento ex officio, podendo, eventualmente, assumir o pastorado da igreja, quando convidado pelo pastor ou, na sua ausncia, pelo Conselho. 3. Pastor Evangelista o designado pelo Presbitrio para assumir a direo de uma ou mais igrejas ou de trabalho incipiente. 4. Missionrio o ministro chamado para evangelizar no estrangeiro ou em lugares longnquos na Ptria.Art. 34. A designao de pastores obedecer ao que abaixo se preceitua:a) o Pastor Efetivo ser eleito por uma ou mais igrejas, pelo prazo mximo de cinco anos, podendo ser reeleito, competindo ao Presbitrio julgar das eleies e dar posse ao eleito;b) o Pastor Efetivo, designado pelo Presbitrio nas condies do artigo anterior, 1 in fine, tomar posse perante o

  • Presbitrio e assumir o exerccio na primeira reunio do Conselho;c) o Pastor Auxiliar ser designado pelo Conselho por um ano, mediante prvia indicao do pastor e aprovao do Presbitrio, sendo empossado pelo pastor, perante o Conselho;d) o Pastor Evangelista ser designado pelo Presbitrio diante do qual tomar posse e assumir o exerccio perante o Conselho, quando se tratar de igreja;e) o Missionrio, cedido pelo Presbitrio organizao que superintende a obra missionria, receber atribuio para organizar igrejas ou congregaes na forma desta Constituio, dando de tudo relatrio ao conclio.Art. 35. O sustento do Pastor Efetivo e do Pastor Auxiliar cabe s igrejas que fixaro os vencimentos, com aprovao do Presbitrio; os pastores evangelistas sero mantidos pelos presbitrios; os missionrios, pelas organizaes responsveis. Art. 36. So atribuies do ministro que pastoreia igreja:a) orar com o rebanho e por este;b) apascent-lo na doutrina crist;c) exercer as suas funes com zelo;d) orientar e superintender as atividades da igreja, a fim de tornar eficiente a vida espiritual do povo de Deus;e) prestar assistncia pastoral;f) instruir os nefitos, dedicar ateno infncia e mocidade, bem como aos necessitados, aflitos, enfermos e desviados;g) exercer, juntamente com os outros presbteros, o poder coletivo de governo.Pargrafo nico. Dos atos pastorais realizados, o ministro apresentar, periodicamente, relatrios ao Conselho, para registro.Art. 37. Os ministros podero ser designados para exercer funes na imprensa, na beneficncia, no ensino ou em qualquer outra obra de interesse eclesistico. Em qualquer destes cargos tero a superintendncia espiritual dos que lhes forem confiados.Art. 38. A atividade do ministro deve ser superintendida pelo Presbitrio, ao qual, anualmente, prestar relatrio dos seus atos.Art. 39. Para ausentar-se do seu campo de trabalho por prazo superior a dez dias, o pastor necessitar de licena do Conselho; por prazo inferior basta comunicar ao Vice-Presidente. O Pastor Evangelista pedir licena Comisso Executiva do Presbitrio.Art. 40. assegurado, anualmente, aos ministros em atividade o gozo de um ms de frias, seguida ou parceladamente, com os vencimentos.Art. 41. Conceder-se- licena ao ministro, com vencimentos integrais, at um ano, para tratamento de sade; alm desse prazo, com possveis redues de vencimentos, a juzo do Presbitrio, quando Pastor Evangelista; e do Conselho, quando Pastor Efetivo.Art. 42. Ao ministro poder ser concedida licena, sem vencimentos, por um ano, para tratar de interesses particulares; essa licena poder ser renovada por mais um ano, findo o qual, se o ministro no voltar atividade ser despojado sem censura. Art. 43. Fica a juzo dos presbitrios conceder ou no licena aos seus ministros para se ocuparem em trabalhos de assistncia social ou de natureza religiosa, fora dos limites da Igreja Presbiteriana, devendo prestar relatrio anual informativo aos presbitrios.Art. 44. Ao ministro que tenha servido, por longo tempo e satisfatoriamente, a uma igreja, poder esta, pelo voto da assembleia e aprovao do Presbitrio, oferecer-lhe, com ou sem vencimentos, o ttulo de Pastor Emrito.Pargrafo nico. O Pastor Emrito no tem parte na administrao da igreja, embora continue a ter voto nos conclios superiores ao Conselho. Art. 45. A passagem de um ministro para outro Presbitrio ou para outra comunidade evanglica, far-se- por meio de carta de transferncia com destino determinado. Enquanto no for aceito continua o ministro sob jurisdio do conclio que expediu a carta. 1. A carta de transferncia vlida por um ano a contar da expedio. 2. Nenhum Presbitrio poder dar carta de transferncia a ministro em licena para tratar de interesses particulares, sem que primeiro o ministro regularize sua situao.Art. 46. A admisso de um ministro que venha de outro Presbitrio depender da convenincia do conclio que o admitir, podendo, ainda, este ltimo, procurar conhecer suas opinies teolgicas.Art. 47. A admisso de um ministro de outra comunidade evanglica ao Ministrio da Igreja Presbiteriana do Brasil far-se- por meio de carta de transferncia; recebida esta, o Presbitrio examinar o ministro quanto aos motivos que o levaram a tal passo, quanto vocao ministerial, opinies teolgicas, governo e disciplina da igreja, e far-lhe-, no momento oportuno, as perguntas dirigidas

  • aos ordenandos.Art. 48. Os ministros sero despojados do ofcio por:a) deposio;b) exonerao a pedido;c) exonerao administrativa nos termos do art. 42, in fine. 1. Despojado o ministro por exonerao, designar o Presbitrio a igreja a que deva pertencer. 2. O despojamento por exonerao a pedido s se dar pelo voto de dois teros dos membros do Presbitrio.Art. 49. O ministro poder ser jubilado por motivo de sade, idade, tempo de trabalho ou invalidez. 1. Ao atingir trinta e cinco anos de atividades efetivas, inclusive a licenciatura, o ministro ter direito jubilao. 2. Ao completar setenta anos de idade a jubilao ser compulsria. 3. A lei ordinria regulamentar a jubilao por motivo de sade ou invalidez. 4. A jubilao limita o exerccio pastoral; no importando, porm, na perda de privilgios de ministro, a saber: pregar o Evangelho, ministrar os sacramentos, presidir Conselho quando convidado, ser eleito Secretrio Executivo ou Tesoureiro de conclio, podendo, em havendo vigor, excepcionalmente, a convite de um Conselho ou a juzo de seu conclio, ser designado Pastor Efetivo no eleito, Pastor Auxiliar, Pastor Evangelista e Missionrio. 5. O ministro jubilado, embora membro do conclio, no tem direito a voto; t-lo- se eleito Secretrio Executivo ou Tesoureiro. 6. Cabe ao Presbitrio propor a jubilao e ao Supremo Conclio efetiv-la de acordo com a lei de jubilao que estiver em vigor.

    Seo 3 - Presbteros e Diconos:Art. 50. O Presbtero Regente o representante imediato do povo, por este eleito e ordenado pelo Conselho, para, juntamente com o pastor, exercer o governo e a disciplina e zelar pelos interesses da igreja a que pertencer, bem como pelos de toda a comunidade, quando para isso eleito ou designado.Art. 51. Compete ao presbtero:a) levar ao conhecimento do Conselho as faltas que no puder corrigir por meio de admoestaes particulares;b) auxiliar o pastor no trabalho de visitas;c) instruir os nefitos, consolar os aflitos e cuidar da infncia e da juventude;d) orar com os crentes e por eles;e) informar o pastor dos casos de doenas e aflies;f) distribuir os elementos da Santa Ceia;g) tomar parte na ordenao de ministros e oficiais;h) representar o Conselho no Presbitrio, este no Snodo e no Supremo Conclio.Art. 52. O presbtero tem nos conclios da igreja autoridade igual dos ministros.Art. 53. O dicono o oficial eleito pela igreja e ordenado pelo Conselho, para, sob a superviso deste, dedicar-se especialmente:a) arrecadao de ofertas para fins piedosos;b) ao cuidado dos pobres, doentes e invlidos;c) manuteno da ordem e reverncia nos lugares reservados ao servio divino;d) exercer a fiscalizao para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependncias.Art. 54. O exerccio do presbiterato e do diaconato limitar-se- ao perodo de cinco anos, que poder ser renovado. 1. Trs meses antes de terminar o mandato, o Conselho far proceder a nova eleio. 2. Findo o mandato do presbtero e no sendo reeleito, ou tendo sido exonerado a pedido, ou, ainda, por haver mudado de residncia que no lhe permita exercer o cargo, ficar em disponibilidade, podendo, entretanto, quando convidado: a) distribuir os elementos da Santa Ceia;b) tomar parte na ordenao de novos oficiais.Art. 55. O presbtero e o dicono devem ser assduos e pontuais no cumprimento de seus deveres, irrepreensveis na moral, sos na f, prudentes no agir, discretos no falar e exemplos de santidade na vida.Art. 56. As funes de presbtero ou de dicono cessam quando:a) terminar o mandato, no sendo reeleito;b) mudar-se para lugar que o impossibilite de exercer o cargo;c) for deposto;d) ausentar-se sem justo motivo, durante seis meses, das reunies do Conselho, se for presbtero e da Junta Diaconal, se for dicono;e) for exonerado administrativamente ou a pedido, ouvida a igreja. Art. 57. Aos presbteros e aos diconos que tenham servido satisfatoriamente a uma igreja por mais de vinte e cinco anos, poder esta, pelo voto da assembleia, oferecer o ttulo de Presbtero ou Dicono Emrito, respectivamente, sem prejuzo do exerccio do seu cargo, se para ele forem reeleitos.Pargrafo nico. Os presbteros emritos, no caso

  • de no serem reeleitos, podero assistir s reunies do Conselho, sem direito a voto.Art. 58. A Junta Diaconal dirigir-se- por um regimento aprovado pelo Conselho.

    CAPTULO V:

    CONCLIOS:Seo 1 - Conclios em Geral:Art. 59. Os conclios da Igreja Presbiteriana do Brasil so assembleias constitudas de ministros e presbteros regentes.Art. 60. Estes conclios so: Conselho da igreja, Presbitrio, Snodo e Supremo Conclio.Art. 61. Os conclios guardam entre si gradao de governo e disciplina; e, embora cada um exera jurisdio original e exclusiva sobre todas as matrias da sua competncia os inferiores esto sujeitos autoridade, inspeo e disciplina dos superiores.Art. 62. Os conclios da Igreja Presbiteriana do Brasil em ordem ascendente so:a) o Conselho, que exerce jurisdio sobre a igreja local;b) o Presbitrio, que exerce jurisdio sobre os ministros e conselhos de determinada regio;c) o Snodo, que exerce jurisdio sobre trs ou mais presbitrios;d) o Supremo Conclio, que exerce jurisdio sobre todos os conclios.Art. 63. Nenhum documento subir a qualquer conclio, seno por intermdio do inferior competente, salvo quando este recusar-se a encaminh-lo.Art. 64. De qualquer ato de um conclio, caber recurso para o imediatamente superior, dentro do prazo de noventa dias a contar da cincia do ato impugnado.Pargrafo nico. Este recurso no tem efeito suspensivo.Art. 65. Se qualquer membro de um conclio discordar de resoluo deste, sem contudo, desejar recorrer poder expressar sua opinio contrria pelo:a) dissentimento;b) protesto. 1. Dissentimento o direito que tem qualquer membro de um conclio de manifestar opinio diferente ou contrria da maioria. 2. Protesto a declarao formal e enftica por um ou mais membros de um conclio, contra o julgamento ou deliberao da maioria, considerada errada ou injusta. Todo protesto deve ser acompanhado das razes que o justifiquem, sob pena de no ser registrado em ata. 3. O dissentimento e o protesto devero ser feitos por escrito em termos respeitosos e com tempo bastante para serem lanados em ata. Poder o conclio registrar em seguida ao dissentimento ou ao protesto, as razes que fundamentaram a resoluo em apreo.Art. 66. Os membros dos conclios so: a) efetivos - os ministros e presbteros que constituem o conclio, bem como o Presidente da legislatura anterior;b) ex officio - os ministros e presbteros em comisses ou encargos determinados por seu conclio e os presidentes dos conclios superiores, os quais gozaro de todos os direitos, menos o de votar;c) correspondentes - ministros da Igreja Presbiteriana do Brasil, que, embora no efetivos, estejam presentes, podendo fazer uso da palavra;d) visitantes - ministros de quaisquer comunidades evanglicas, que sero convidados a tomar assento, sem direito a deliberar.Pargrafo nico. O disposto na alnea b deste artigo no se aplica aos conselhos.Art. 67. A Mesa do Presbitrio, do Snodo ou do Supremo Conclio compor-se- de: Presidente, Vice-Presidente, Secretrio Executivo, Secretrios Temporrios e Tesoureiro. 1. O Presidente, os Secretrios Temporrios e o Tesoureiro sero eleitos para uma legislatura; aqueles, imediatamente depois da abertura dos trabalhos; e este aps aprovadas as contas da tesouraria. 2. O Secretrio Executivo do Presbitrio ser eleito por trs anos; o do Snodo e o do Supremo Conclio para duas legislaturas. 3. O Vice-Presidente ser o Presidente da reunio ordinria anterior e, na sua ausncia, substitui-lo- o Secretrio Executivo. 4. Quando o Presidente eleito pelo conclio for presbtero, as funes privativas de ministro sero exercidas pelo ministro que o Presidente escolher. 5. Para os cargos de Secretrio Executivo e Tesoureiro podero ser eleitos ministros ou presbteros que no sejam membros do conclio, mas que o sejam de igrejas pelo mesmo jurisdicionadas, sem direito a voto.Art. 68. S podero tomar assento no plenrio dos conclios os que apresentarem Mesa as devidas credenciais juntamente com o livro de atas, relatrio e estatstica das

  • respectivas igrejas, no caso de Presbitrio; as credenciais, os livros de atas e o relatrio do conclio que representarem, quando se tratar de Snodo ou do Supremo Conclio.Art. 69. A autoridade dos conclios espiritual, declarativa e judiciria, sendo-lhes vedado infligir castigos ou penas temporais e formular resolues, que, contrrias Palavra de Deus, obriguem a conscincia dos crentes.Art. 70. Compete aos conclios:a) dar testemunho contra erros de doutrina e prtica;b) exigir obedincia aos preceitos de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme a Palavra de Deus;c) promover e dirigir a obra de educao religiosa e evanglica da comunidade sob sua jurisdio, escolhendo e nomeando pessoas idneas para ministr-las;d) velar pelo fiel cumprimento da presente Constituio;e) cumprir e fazer cumprir com zelo e eficincia as suas determinaes, bem como as ordens e resolues dos conclios superiores;f) excetuados os snodos, nomear representantes aos conclios superiores e suplentes que correspondam ao nmero e ofcio, custeando-lhes as despesas de viagem;g) propor aos conclios superiores quaisquer assuntos que julguem oportunos;h) determinar planos e medidas que contribuam para o progresso, paz e pureza da comunidade sob sua jurisdio;i) receber e encaminhar ao conclio imediatamente superior os recursos, documentos ou memoriais que lhes forem apresentados com esse fim, uma vez redigidos em termos convenientes;j) fazer subir ao conclio imediatamente superior representaes, consultas, referncias, memoriais, e documentos que julgarem oportunos;l) enviar ao conclio imediatamente superior por seus representantes, o livro de atas, o relatrio de suas atividades e a estatstica do trabalho sob sua jurisdio;m) examinar as atas e relatrios do conclio imediatamente inferior;n) tomar conhecimento das observaes feitas pelos conclios superiores s suas atas, inserindo o registro desse fato na ata de sua primeira reunio;o) julgar as representaes, consultas, referncias, recursos, documentos e memoriais de seus membros ou os que subirem dos conclios inferiores;p) tomar medidas de carter financeiro para a manuteno do trabalho que lhes tenha sido confiado.Art. 71. Quando um conclio tiver de decidir questes de doutrina e prtica, disciplinares ou administrativas, a respeito das quais no haja lei ou interpretao firmada, resolver como julgar de direito, devendo, contudo, submeter o caso ao conclio superior.Pargrafo nico. So considerados assuntos dessa natureza:a) casos novos;b) matria em que o conclio esteja dividido;c) matria que exija soluo preliminar ou seja de interesse geral.Art. 72. As sesses dos conclios sero abertas e encerradas com orao e, excetuadas as do Conselho, sero pblicas, salvo em casos especiais.Art. 73. O Presbitrio se reunir ordinariamente, pelo menos uma vez por ano; o Snodo, bienalmente, nos anos mpares; e o Supremo Conclio quatrienalmente, em anos pares.Art. 74. Os conclios reunir-se-o extraordinariamente, quando:a) o determine o prprio conclio;b) a sua Mesa julgar necessrio;c) o determinarem conclios superiores;d) requerido por trs ministros e dois presbteros no caso de presbitrios; por cinco ministros e trs presbteros representando ao menos dois teros dos presbitrios, em se tratando de snodos; e por dez ministros e cinco presbteros representando pelo menos dois teros dos snodos para o Supremo Conclio. 1. Nas reunies extraordinrias, devero os trabalhos dos conclios ser dirigidos pela Mesa da reunio ordinria anterior e s se tratar da matria indicada nos termos da convocao. 2. Na reunio extraordinria podero servir os mesmos representantes da reunio ordinria anterior, salvo se os respectivos conclios os tiverem substitudo.

    Seo 2 - Conselho da Igreja:Art. 75. O Conselho da igreja o conclio que exerce jurisdio sobre uma igreja e composto do pastor, ou pastores, e dos presbteros.Art. 76. O quorum do Conselho ser constitudo do pastor e um tero dos presbteros, no podendo o nmero destes ser inferior a dois. 1. O Conselho poder, em caso de urgncia, funcionar com um pastor e um presbtero, quando no tiver mais de trs, ad referendum da prxima reunio regular.

  • 2. O pastor exercer as funes plenas de Conselho, em caso de falecimento, de mudana de domiclio, renncia coletiva ou recusa de comparecimento dos presbteros; em qualquer desses casos levar o fato, imediatamente, ao conhecimento da Comisso Executiva do Presbitrio. 3. Quando no for possvel, por motivo justo, reunir-se o Conselho para exame de candidatos profisso de f, o pastor o far, dando conhecimento de seu ato ao referido conclio, na sua primeira reunio.Art. 77. O Conselho s poder deliberar sobre assunto administrativo com a maioria dos seus membros.Art. 78. O pastor o Presidente do Conselho que, em casos de urgncia, poder funcionar sem ser presidido por um ministro, quando no se tratar de admisso, transferncia ou disciplina de membros; sempre, porm, ad referendum do Conselho, na sua primeira reunio. 1. O pastor poder convidar outro ministro para presidir o Conselho; caso no possa faz-lo por ausncia ou impedimento, o Vice-Presidente dever convidar outro ministro para presidi-lo, de preferncia ministro do mesmo Presbitrio e, na falta deste, qualquer outro da Igreja Presbiteriana do Brasil. 2. Quando no for possvel encontrar ministro que presida o Conselho, cabe ao Vice-Presidente convoc-lo e assumir a presidncia sempre ad referendum da primeira reunio. 3. Havendo mais de um pastor, a presidncia ser alternada, salvo outro entendimento; se todos estiverem presentes, o que no presidir ter direito a voto.Art. 79. Recusando-se o pastor a convocar o Conselho a pedido da maioria dos presbteros, ou de um quando a igreja no tiver mais de dois, o presbtero, ou presbteros levaro o fato ao conhecimento da Comisso Executiva do Presbitrio.Art. 80. O pastor sempre o representante legal da igreja, para efeitos civis e, na sua falta, o seu substituto.Art. 81. O Conselho reunir-se-:a) pelo menos de trs em trs meses;b) quando convocado pelo pastor;c) quando convocado pelo Vice-Presidente no caso do 2, do art. 78;d) a pedido da maioria dos presbteros, ou de um presbtero quando a igreja no tiver mais de dois;e) por ordem do Presbitrio.Pargrafo nico. Nas igrejas mais longnquas, o perodo referido na alnea "a", poder ser maior a critrio do Pastor Evangelista.Art. 82. Ser ilegal qualquer reunio do Conselho, sem convocao pblica ou individual de todos os presbteros, com tempo bastante para o comparecimento.Art. 83. So funes privativas do Conselho:a) exercer o governo espiritual e administrativo da igreja sob sua jurisdio, velando atentamente pela f e comportamento dos crentes, de modo que no negligenciem os seus privilgios e deveres;b) admitir, disciplinar, transferir e demitir membros;c) impor penas e relev-las;d) encaminhar a escolha e eleio de presbteros e diconos, orden-los e instal-los, depois de verificar a regularidade do processo das eleies e a idoneidade dos escolhidos;e) encaminhar a escolha e eleio de pastores;f) receber o ministro designado pelo Presbitrio para o cargo de pastor;g) estabelecer e orientar a Junta Diaconal;h) supervisionar, orientar e superintender a obra de educao religiosa, o trabalho das sociedades auxiliadoras femininas, das unies de mocidade e outras organizaes da igreja, bem como a obra educativa em geral e quaisquer atividades espirituais;i) exigir que os oficiais e funcionrios sob sua direo cumpram fielmente suas obrigaes;j) organizar e manter em boa ordem os arquivos, registros e estatstica da igreja;l) organizar e manter em dia o rol de membros comungantes e de no comungantes;m) apresentar anualmente igreja relatrio das suas atividades, acompanhado das respectivas estatsticas;n) resolver caso de dvida sobre doutrina e prtica, para orientao da conscincia crist;o) suspender a execuo de medidas votadas pelas sociedades domsticas da igreja que possam prejudicar os interesses espirituais;p) examinar os relatrios, os livros de atas e os das tesourarias das organizaes domsticas, registrando neles as suas observaes;q) aprovar ou no os estatutos das sociedades domsticas da igreja e dar posse s suas diretorias;r) estabelecer pontos de pregao e congregaes;s) velar pela regularidade dos servios religiosos;t) eleger representante ao Presbitrio;u) velar por que os pais no se descuidem de apresentar seus filhos ao batismo;v) observar e pr em execuo as ordens legais dos conclios superiores;x) designar, se convier, mulheres

  • piedosas para cuidarem dos enfermos, dos presos, das vivas e rfos, dos pobres em geral, para alvio dos que sofrem.Art. 84. O Conselho eleger anualmente um Vice-Presidente, um ou mais Secretrios e um Tesoureiro sendo este de preferncia oficial da igreja.Pargrafo nico. O pastor acumular o cargo de Secretrio somente quando no houver presbtero habilitado para o desempenho do referido cargo.

    Seo 3 - Presbitrio:Art. 85. O Presbitrio o conclio constitudo de todos os ministros e presbteros representantes de igrejas de uma regio determinada pelo Snodo.Pargrafo nico. Cada igreja ser representada por um presbtero, eleito pelo respectivo Conselho.Art. 86. Trs ministros e dois presbteros constituiro o quorum para o funcionamento legal do Presbitrio.Art. 87. Nenhum Presbitrio se formar com menos de quatro ministros em atividade e igual nmero de igrejas.Art. 88. So funes privativas do Presbitrio:a) admitir, transferir, disciplinar, licenciar e ordenar candidatos ao Ministrio e designar onde devem trabalhar;b) conceder licena aos ministros e estabelecer ou dissolver as relaes destes com as igrejas ou congregaes;c) admitir, transferir e disciplinar ministros e propor a sua jubilao;d) designar ministros para igrejas vagas e funes especiais;e) velar por que os ministros se dediquem diligentemente ao cumprimento da sua sagrada misso;f) organizar, dissolver, unir e dividir igrejas e congregaes e fazer que observem a Constituio da Igreja;g) receber e julgar relatrios das igrejas, dos ministros e das comisses a ele subordinadas;h) julgar da legalidade e convenincia das eleies de pastores, promovendo a respectiva instalao;i) examinar as atas dos conselhos, inserindo nas mesmas as observaes que julgar necessrias;j) providenciar para que as igrejas remetam pontualmente o dzimo de sua renda para o Supremo Conclio; l) estabelecer e manter trabalhos de evangelizao, dentro dos seus prprios limites, em regies no ocupadas por outros presbitrios ou misses presbiterianas;m) velar por que as ordens dos conclios superiores sejam cumpridas;n) visitar as igrejas com o fim de investigar e corrigir quaisquer males que nelas se tenham suscitado;o) propor ao Snodo e ao Supremo Conclio todas as medidas de vantagem para a igreja em geral;p) eleger representantes aos conclios superiores. Art. 89. A representao do Presbitrio no Snodo ser constituda de trs ministros e trs presbteros at dois mil membros; e mais um ministro e um presbtero para cada grupo de dois mil membros.Art. 90. A representao do Presbitrio ao Supremo Conclio ser constituda de dois ministros e dois presbteros, at dois mil membros e mais um ministro e um presbtero para cada grupo de dois mil membros.

    Seo 4 - Snodo:Art. 91. O Snodo a assembleia de ministros e presbteros que representam os presbitrios de uma regio determinada pelo Supremo Conclio.Art. 92. O Snodo constituir-se- de, pelo menos, trs presbitrios.Art. 93. Cinco ministros e dois presbteros constituem nmero legal para funcionamento do Snodo, desde que estejam representados dois teros dos presbitrios.Art. 94. Compete ao Snodo:a) organizar, disciplinar, fundir, dividir e dissolver presbitrios;b) resolver dvidas e questes que subam dos presbitrios;c) superintender a obra de evangelizao, de educao religiosa, o trabalho feminino e o da mocidade, bem como as instituies religiosas, educativas e sociais, no mbito sinodal, de acordo com os padres estabelecidos pelo Supremo Conclio.d) designar ministros e comisses para a execuo de seus planos;e) executar e fazer cumprir suas prprias resolues e as do Supremo Conclio;f) defender os direitos, bens e privilgios da igreja;g) apreciar os relatrios e examinar as atas dos presbitrios de sua jurisdio, lanando nos livros respectivos as observaes necessrias;h) responder as consultas que lhe forem apresentadas;i) propor ao Supremo Conclio as medidas que julgue de vantagem geral para a igreja.

  • Seo 5 - Supremo Conclio:Art. 95. O Supremo Conclio a assembleia de deputados eleitos pelos presbitrios e o rgo de unidade de toda a Igreja Presbiteriana do Brasil, jurisdicionando igrejas e conclios, que mantm o mesmo governo, disciplina e padro de vida.Art. 96. Doze ministros e seis presbteros, representando pelo menos, dois teros dos snodos, constituiro nmero legal para o funcionamento do Supremo Conclio.Art. 97. Compete ao Supremo Conclio:a) formular sistemas ou padres de doutrina e prtica, quanto f; estabelecer regras de governo, de disciplina e de liturgia, de conformidade com o ensino das Sagradas Escrituras;b) organizar, disciplinar, fundir e dissolver snodos;c) resolver em ltima instncia, dvidas e questes que subam legalmente dos conclios inferiores;d) corresponder-se, em nome da Igreja Presbiteriana do Brasil, com outras entidades eclesisticas;e) jubilar ministros;f) receber os dzimos das igrejas para manuteno das causas gerais;g) definir as relaes entre a igreja e o Estado;h) processar a admisso de outras organizaes eclesisticas que desejarem unir-se ou filiar-se Igreja Presbiteriana do Brasil;i) gerir, por intermdio de sua Comisso Executiva, toda a vida da igreja, como organizao civil;j) criar e superintender seminrios, bem como estabelecer padres de ensino pr-teolgico e teolgico;l) superintender, por meio de secretarias especializadas, o trabalho feminino, da mocidade e de educao religiosa e as atividades da infncia;m) colaborar, no que julgar oportuno, com entidades eclesisticas, dentro ou fora do pas, para o desenvolvimento do reino de Deus, desde que no seja ferida a ortodoxia presbiteriana;n) executar e fazer cumprir a presente Constituio e as deliberaes do prprio Conclio;o) receber, transferir, alienar ou gravar com nus os bens da Igreja;p) examinar as atas dos snodos, inserindo nelas as observaes que julgar necessrias;q) examinar e homologar as atas da Comisso Executiva, inserindo nelas as observaes julgadas necessrias;r) defender os direitos, bens e propriedades da Igreja;Pargrafo nico. S o prprio Conclio poder executar o preceituado nas alneas "a", "g", "h", "j" e "m".CAPTULO VI:

    COMISSES E OUTRAS ORGANIZAES:Seo 1 - Comisses Eclesisticas:Art. 98. Podem os conclios nomear comisses, constitudas de ministros e presbteros, para trabalhar, com poderes especficos, durante as sesses ou nos interregnos, devendo apresentar relatrio do seu trabalho.Art. 99. Haver trs categorias de comisses: temporrias, permanentes e especiais.1 -Temporrias - as que tm funo durante as sesses do conclio.2 - Permanentes - as que funcionam durante os interregnos dos conclios, para dirimir assuntos que lhes sejam entregues pelos mesmos e cujo mandato se extinguir com a reunio ordinria seguinte do aludido conclio, ao qual devero apresentar relatrio.3 - Especiais - as que recebem poderes especficos para tratar, em definitivo, de certos assuntos, e cujo mandato se extinguir ao apresentar o relatrio final. 1. As da terceira categoria sero constitudas pelo menos de trs ministros e dois presbteros. 2. As duas primeiras funcionaro com a maioria dos seus membros. 3. Classificam-se entre as comisses permanentes as vrias "juntas", subordinadas ao Supremo Conclio.Art. 100. Ao nomear comisses, os conclios devero ter em conta a experincia e capacidade dos seus componentes, bem como a facilidade de se reunirem.Pargrafo nico. As vagas que se verificarem nas comisses, durante o interregno, sero preenchidas pela Comisso Executiva do conclio competente.Art. 101. Podero os conclios e comisses executivas incluir nas suas comisses, ministros e presbteros que no estiverem na reunio, mas que sejam da sua jurisdio.

    Seo 2 - Comisses Executivas:

  • Art. 102. Os conclios da igreja, superiores ao Conselho, atuam nos interregnos de suas reunies, por intermdio das respectivas comisses executivas. 1. As comisses executivas dos presbitrios e dos snodos se constituem dos membros da Mesa. 2. A Comisso Executiva do Supremo Conclio formada pelos seguintes membros de sua Mesa: Presidente, Vice-Presidente, Secretrio Executivo e Tesoureiro e pelos presidentes dos snodos.Art. 103. O Secretrio Executivo do Supremo Conclio tem por funo cumprir e fazer cumprir as deliberaes do referido rgo ou de sua Comisso Executiva, movimentar as atividades da igreja sob a orientao da aludida comisso e cuidar do arquivo e da correspondncia da igreja.Art. 104. So atribuies das comisses executivas:a) zelar pela pronta e fiel execuo das ordens emanadas dos conclios respectivos, ou baixadas nos interregnos, em carter urgente, pelos conclios superiores;b) resolver assuntos de urgncia de atribuio dos respectivos conclios, quando surgirem nos interregnos, sempre ad referendum dos mesmos.Pargrafo nico. Nenhuma Comisso Executiva tem a faculdade de legislar ou de revogar resoluo tomada pelo respectivo conclio. Poder, entretanto, quando ocorrerem motivos srios, pelo voto unnime dos seus membros, alterar resoluo do mesmo. Poder tambm, em casos especiais, suspender a execuo de medidas votadas, at a imediata reunio do conclio.

    Seo 3 - Autarquias:Art. 105. Podem os conclios organizar, sempre que julgarem oportuno, autarquias para cuidar dos interesses gerais da igreja. 1. As autarquias so entidades autnomas no que se refere ao seu governo e administrao interna, subordinadas porm, ao conclio competente. 2. As autarquias se regem por estatutos aprovados pelos respectivos conclios, aos quais devero dar relatrio das atividades realizadas.

    Seo 4 - Secretarias Gerais:Art. 106. O Supremo Conclio poder nomear secretrios gerais; o Snodo e o Presbitrio, secretrios de causas para superintenderem trabalhos especiais. 1. Os secretrios nomeados devero dar relatrios de suas atividades aos respectivos conclios, e seus mandatos se estendem apenas por uma legislatura, podendo ser reeleitos. 2. Cabe ao conclio votar verba para organizao e expediente de cada secretaria, devendo ouvir os secretrios quanto s necessidades do respectivo departamento.Seo 5 - Entidades Paraeclesisticas:Art. 107. So entidades paraeclesisticas aquelas de cuja direo os conclios participam, mas sobre as quais no tm jurisdio.

    CAPTULO VII -

    ORDENS DA IGREJA:Seo 1 - Doutrina da Vocao:Art. 108. Vocao para ofcio na igreja a chamada de Deus, pelo Esprito Santo, mediante o testemunho interno de uma boa conscincia e a aprovao do povo de Deus, por intermdio de um conclio.Art. 109. Ningum poder exercer ofcio na igreja sem que seja regularmente eleito, ordenado e instalado no cargo por um conclio competente. 1. Ordenar admitir uma pessoa vocacionada ao desempenho do ofcio na igreja de Deus, por imposio das mos, segundo o exemplo apostlico e orao pelo conclio competente. 2. Instalar investir a pessoa no cargo para que foi eleita e ordenada. 3. Sendo vrios os ofcios eclesisticos, ningum poder ser ordenado e instalado seno para o desempenho de um cargo definido.

  • Seo 2 - Eleio de Oficiais:Art. 110. Cabe assembleia da igreja local, quando o respectivo Conselho julgar oportuno, eleger Pastor Efetivo, presbteros e diconos.Art. 111. O Conselho convocar a assembleia da igreja e determinar o nmero de oficiais que devero ser eleitos, podendo sugerir nomes dos que lhe paream aptos para os cargos e baixar instrues para o bom andamento do pleito, com ordem e decncia.Pargrafo nico. O pastor, com antecedncia de ao menos trinta dias, instruir a igreja a respeito das qualidades que deve possuir o escolhido para desempenhar o ofcio. Art. 112. S podero votar e ser votados nas assembleias da igreja local os membros em plena comunho, cujos nomes estiverem no rol organizado pelo Conselho, observado o que estabelece o art. 13 e seus pargrafos.

    Seo 3 - Ordenao e Instalao de Presbteros e Diconos:Art. 113. Eleito algum que aceite o cargo e, no havendo objeo do Conselho, designar este o lugar, dia e hora da ordenao e instalao, que sero realizadas perante a igreja.Art. 114. S poder ser ordenado e instalado quem, depois de instrudo, aceitar a doutrina, o governo e a disciplina da Igreja Presbiteriana do Brasil, devendo a igreja prometer tributar-lhe honra e obedincia no Senhor, segundo a Palavra de Deus e esta Constituio.

    Seo 4 - Candidatura e Licenciatura para o Sagrado Ministrio: Art. 115. Quem se sentir chamado para o Ministrio da Palavra de Deus, dever apresentar ao Presbitrio os seguintes atestados:a) de ser membro da igreja em plena comunho;b) do Conselho, declarando que, no trabalho da igreja, j demonstrou vocao para o Ministrio Sagrado;c) de sanidade fsica e mental, fornecido por profissional indicado pelo conclio.Art. 116. Aceitos os documentos de que trata o artigo anterior, o conclio examinar o aspirante quanto aos motivos que o levaram a desejar o Ministrio; e, sendo satisfatrias as respostas, passar a ser considerado candidato.Art. 117. Quando o Presbitrio julgar conveniente, poder cassar a candidatura referida no artigo anterior, registrando as razes do seu ato.Art. 118. Ningum poder apresentar-se para licenciatura sem que tenha completado o estudo das matrias dos cursos regulares de qualquer dos seminrios da Igreja Presbiteriana do Brasil. 1. Em casos excepcionais, poder ser aceito para licenciatura candidato que tenha feito curso em outro seminrio idneo ou que tenha feito um curso teolgico de conformidade com o programa que lhe tenha sido traado pelo Presbitrio. 2. O Presbitrio acompanhar o preparo dos candidatos por meio de tutor eclesistico.Art. 119. O candidato, concludos seus estudos, apresentar-se- ao Presbitrio que o examinar quanto sua experincia religiosa e motivos que o levaram a desejar o Sagrado Ministrio, bem como nas matrias do curso teolgico.Pargrafo nico. Poder o Presbitrio dispensar o candidato do exame das matrias do curso teolgico; no o dispensar nunca do relativo experincia religiosa, opinies teolgicas e conhecimento dos Smbolos de F, exigindo a aceitao integral dos ltimos.Art. 120. Deve ainda o candidato licenciatura apresentar ao Presbitrio:a) uma exegese de um passo das Escrituras Sagradas, no texto original em que dever revelar capacidade para a crtica, mtodo de exposio, lgica nas concluses e clareza no salientar a fora e expresso da passagem bblica;b) uma tese de doutrina evanglica da Confisso de F;c) um sermo proferido em pblico perante o conclio, no qual o candidato dever revelar s doutrina, boa forma literria, retrica, didtica e sobretudo, espiritualidade e piedade.Pargrafo nico. No caso do 1 do art. 118, poder ser dispensada a exegese no texto original.Art. 121. O exame referente experincia religiosa e quanto aos motivos que levaram o candidato a escolher o Ministrio, bem como a crtica do sermo de prova, sero feitos perante o conclio somente.Art. 122. Podem ser da livre escolha do candidato os assuntos das provas para a licenciatura.Art. 123. Julgadas suficientes essas provas, proceder o Presbitrio licenciatura de

  • conformidade com a liturgia da Igreja Presbiteriana do Brasil.Pargrafo nico. Poder o Presbitrio delegar a uma comisso especial o exame, a aprovao ou no, e licenciatura do candidato.Art. 124. O Presbitrio, aps a licenciatura, determinar o lugar e o prazo em que o licenciado far experincia de seus dons, designando-lhe tambm um tutor eclesistico sob cuja direo trabalhar. 1. O licenciado no poder ausentar-se do seu campo sem licena do seu tutor. 2. O relatrio das atividades do licenciado poder ser apresentado ao Presbitrio pelo seu tutor ou pelo prprio candidato ordenao, mediante proposta do tutor e assentimento do conclio. 3. O perodo de experincia do licenciado no deve ser menos de um ano, nem mais de trs, salvo casos especiais, a juzo do Presbitrio.Art. 125. Quando o candidato ou licenciado mudar-se, com permisso do Presbitrio, para limites de outro conclio, ser-lhe- concedida carta de transferncia.Art. 126. A licenciatura pode ser cassada em qualquer tempo, devendo o Presbitrio registrar em ata os motivos que determinaram essa medida.

    Seo 5 - Ordenao de Licenciados:Art. 127. Quando o Presbitrio julgar que o licenciado, durante o perodo de experincia, deu provas suficientes de haver sido chamado para o ofcio sagrado e de que o seu trabalho foi bem aceito, tomar as providncias para sua ordenao.Art. 128. As provas para ordenao consistem de:a) exame da experincia religiosa do ordenando, mormente depois de licenciado; das doutrinas e prticas mais correntes no momento; histria eclesistica, movimento missionrio, sacramentos e problemas da igreja;b) sermo em pblico perante o Presbitrio.Art. 129. O exame referente experincia religiosa e a crtica do sermo de prova sero feitos perante o conclio somente.Art. 130. Julgadas suficientes as provas, passar o Presbitrio a orden-lo, de conformidade com a liturgia da Igreja Presbiteriana do Brasil.Art. 131. Se o Presbitrio julgar que o licenciado no est habilitado para a ordenao, adi-la- por tempo que no exceda de um ano, podendo esse prazo ser renovado.Pargrafo nico. Se depois de trs anos, o candidato no puder habilitar-se para ordenao, ser-lhe- cassada a licenciatura e consequentemente a sua candidatura.Art. 132. Haver na Secretaria Executiva do Presbitrio um livro em que o recm-ordenado, logo aps recebido como membro do conclio, subscrever o compromisso de bem e fielmente servir no Ministrio Sagrado.Pargrafo nico. Essa exigncia aplica-se tambm aos ministros que vm de outra igreja evanglica.

    Seo 6 - Relao Pastoral:Art. 133. Na designao de pastores, obedecer-se- ao critrio da convenincia da obra evanglica, tanto local como regional, atendendo-se tambm preferncia particular do ministro quando esta no colidir com os interesses da igreja.Art. 134. A igreja que desejar convidar para seu pastor, ministro em igual cargo em outra igreja, ou quem esteja para ser ordenado, deve dirigir-se ao seu prprio Presbitrio.Art. 135. Quando se tratar de pastor ou de ordenando do mesmo Presbitrio, cabe a este resolver se dever ou no entregar-lhe o convite.Pargrafo nico. Se a igreja de que pastor o convidado apresentar ao Presbitrio objeo sada do pastor, e se o ministro entregar a soluo do caso ao conclio, dever este conserv-lo na igreja por ele pastoreada, caso no haja motivo de ordem superior para proceder de outra forma.Art.136. Quando se tratar de convite a pastor ou recm-ordenado, jurisdicionado por outro Presbitrio, o conclio que receber o documento encaminh-lo- quele Presbitrio, que solucionar o caso dando cincia ao conclio interessado.Art. 137. O convite de que trata o art. 135 ser encaminhado ao Secretrio do Presbitrio, devendo tambm ser encaminhada uma cpia ao Secretrio do Conselho da igreja de que o convidado pastor.Art. 138. A dissoluo das relaes de Pastor Efetivo com a igreja confiada aos seus cuidados verificar-se-: a) a pedido do pastor, ouvida a igreja;b) a pedido da igreja, ouvido o pastor;c) administrativamente pelo conclio que tiver jurisdio sobre o ministro depois de ouvidos este e a igreja.

  • DISPOSIES GERAIS - Art. 139. Esta Constituio, a Confisso de F e os Catecismos Maior e Breve, em vigor na Igreja Presbiteriana do Brasil, no podem ser emendados ou reformados seno por iniciativa do Supremo Conclio.Pargrafo nico. Emendas so modificaes que atingem apenas partes da Constituio ou dos Smbolos de F; Reforma a alterao que modifica o todo ou grande parte deste.Art. 140. As emendas de que trata o artigo anterior sero feitas do seguinte modo:a) surgindo no plenrio do Supremo Conclio alguma proposta, que merea estudo e considerao pela sua importncia e oportunidade, ser nomeada uma comisso de expediente para redigir o respectivo anteprojeto que, depois de aprovado pelo plenrio do Supremo Conclio, baixar aos presbitrios para que se manifestem a respeito; b) estes conclios devem estudar o anteprojeto na sua primeira reunio ordinria e enviar o seu parecer Comisso Executiva do Supremo Conclio;c) se o anteprojeto tiver alcanado a aprovao de, pelo menos, dois teros dos presbitrios, ser submetido ao Supremo Conclio, em sua primeira reunio ordinria. Ao ser convocado o Supremo Conclio, dar-se- conhecimento da matria a ser discutida;d) esse conclio, composto de representantes de, pelo menos, dois teros dos presbitrios, elaborar, decretar e promulgar as emendas.Art. 141. A reforma de que trata o art. 139 processar-se- do seguinte modo:a) surgindo no plenrio do Supremo Conclio proposta, que merea estudo e considerao, pela sua importncia e oportunidade, ser nomeada uma comisso especial habilitada a fazer em conjunto o seu trabalho;b) esta comisso especial elaborar o anteprojeto de reforma, que ser enviado Comisso Executiva do Supremo Conclio, a fim de que esta o encaminhe aos presbitrios;c) devero estes estudar o anteprojeto e enviar os seus pareceres Comisso Executiva do Supremo Conclio;d) se, pelo menos, trs quartos dos presbitrios se manifestarem favorveis, em princpio, reforma, a Comisso Executiva convocar o Supremo Conclio para se reunir em Assembleia Constituinte;e) a Assembleia Constituinte, composta de representantes de, pelo menos, trs quartos dos presbitrios, elaborar, decretar e promulgar a reforma, que tenha sido aprovada por maioria absoluta dos membros presentes no caso da Constituio. Tratando-se dos Smbolos de F ser necessria a aprovao de dois teros dos membros presentes.Art. 142. Quando se tratar de emendas ou reformas dos Smbolos de F, isto , da Confisso de F e dos Catecismos Maior e Breve, o Supremo Conclio ao nomear a Comisso de que trata o art. 141, levar em conta a convenincia de integr-la com ministros que, reconhecidamente, se tenham especializado em teologia.Art. 143. O Supremo Conclio organizar:a) um manual de liturgia, de que possam servir-se as Igrejas Presbiterianas do Brasil;b) modelo de estatutos para conclios, igrejas e sociedades internas;c) modelo de regimento interno para os conclios;d) frmulas para atas, estatsticas e outros trabalhos de carter geral das congregaes, igrejas e conclios; e) instrues sobre o critrio a seguir no exame das atas dos conclios.Art. 144. Os estatutos e o regimento interno do Supremo Conclio devem regulamentar o seu funcionamento, tanto no que se refere s suas atividades eclesisticas como civis.Pargrafo nico. Quando se reunir em Assembleia Constituinte, poder o Supremo Conclio elaborar um regimento interno suplementar, que oriente os seus trabalhos.Art. 145. So nulas de pleno direito quaisquer disposies que, no todo ou em parte, implcita ou expressamente, contrariarem ou ferirem a Constituio da Igreja Presbiteriana do Brasil.Pargrafo nico. Este artigo deve constar obrigatoriamente dos estatutos dos conclios, das igrejas e de todas as demais organizaes da Igreja Presbiteriana do Brasil, inclusive as sociedades internas.

  • DISPOSIES TRANSITRIAS - Art. 146. Esta Constituio entrar em vigor a 31 de outubro de 1950, data que assinala o 433 aniversrio da Reforma Religiosa do sculo XVI.Pargrafo nico. At aquele dia estar em vigor a Constituio de 1937, ressalvadas as partes j reformadas pelo Supremo Conclio, devendo as igrejas e os conclios que at ento se reunirem, reger-se por ela.Art. 147. Dentro do prazo de dois anos, a contar da data em que a presente Constituio entrar em vigor, as igrejas e congregaes devero reformar os seus estatutos, adaptando-os nova Constituio.Art. 148. O prazo a que se refere o art. 42 dever contar-se a partir da reunio ordinria dos presbitrios, em 1951.Art. 149. O 2 do art. 49 s entrar em vigor a 1 de janeiro de 1956.Art. 150. Os co-pastores porventura existentes no momento em que entrar em vigor esta Constituio, continuaro em exerccio at o trmino do mandato para o qual foram eleitos por suas igrejas.Art. 151. O Supremo Conclio reunir-se- extraordinariamente em fevereiro de 1951, com a mesma composio da Assembleia de 1950, para concluir os trabalhos constituintes, isto , para votar as partes de Disciplina e Liturgia.Art. 152. At que sejam promulgados o Cdigo de Disciplina e os Princpios de Liturgia, vigoraro as disposies da Constituio de 1937, nas partes que no contrariem a Constituio ora promulgada.E assim, pela autoridade que recebemos, mandamos que esta Constituio seja divulgada e fielmente cumprida em todo o territrio da Igreja Presbiteriana do Brasil.Templo da Igreja Presbiteriana de Alto Jequitib, 20 de julho de 1950, em Presidente Soares, Estado de Minas Gerais. CDIGO DE DISCIPLINA -

    PREMBULO:Em nome do Pai, e do Filho, e do Esprito Santo, ns, legtimos representantes da Igreja Presbiteriana do Brasil, reunidos em Supremo Conclio, no ano de 1951, investidos de toda a autoridade para cumprir as resolues das legislaturas de 1946 e de 1950, com toda a confiana na bno de Deus, nosso Pai, e visando exercer a justia, manter a paz, sustentar a disciplina, preservar a unidade e promover a edificao da igreja de Cristo, decretamos e promulgamos, para glria de Deus Altssimo, o seguinte Cdigo de Disciplina.

    CAPTULO I: NATUREZA E FINALIDADE:Art.1. A igreja reconhece o foro ntimo da conscincia, que escapa sua jurisdio, e da qual s Deus Juiz; mas reconhece tambm o foro externo que est sujeito sua vigilncia e observao.Art. 2. Disciplina eclesistica o exerccio da jurisdio espiritual da igreja sobre seus membros, aplicada de acordo com a Palavra de Deus.Pargrafo nico. Toda disciplina visa edificar o povo de Deus, corrigir escndalos, erros ou faltas, promover a honra de Deus, a glria de Nosso Senhor Jesus Cristo e o prprio bem dos culpados.Art. 3. Os membros no comungantes e outros menores, sob a guarda de pessoas crentes, recebem os cuidados espirituais da igreja, mas ficam sob a responsabilidade direta e imediata das referidas pessoas, que devem zelar por sua vida fsica, intelectual, moral e espiritual.CAPTULO II: FALTAS - Art. 4. Falta tudo que, na doutrina e prtica dos membros e conclios da igreja, no esteja de conformidade com os ensinos da Sagrada Escritura, ou transgrida e prejudique a paz, a unidade, a pureza, a ordem e a boa administrao da comunidade crist.Pargrafo nico. Nenhum tribunal eclesistico poder considerar como falta, ou admitir como matria de acusao aquilo que no possa ser provado como tal pela

  • Escritura, segundo a interpretao dos Smbolos da Igreja (CI, art. 1).Art. 5. A omisso dos deveres constantes do art. 3 constitui falta passvel de pena.Art. 6. As faltas so de ao ou de omisso, isto , a prtica de atos pecaminosos ou a absteno de deveres cristos; ou, ainda, a situao ilcita.Pargrafo nico. As faltas so pessoais se atingem a indivduos; gerais, se atingem a coletividade; pblicas, se se fazem notrias; veladas, quando desconhecidas da comunidade.Art. 7. Os conclios incidem em falta quando:a) tomam qualquer deciso doutrinria ou constitucional que flagrantemente aberra dos princpios fundamentais adotados pela igreja;b) procedem com evidente injustia, desrespeitando disposio processual de importncia, ou aplicando pena em manifesta desproporo com a falta;c) so deliberadamente contumazes, na desobedincia s observaes que, sem carter disciplinar, o conclio superior fizer no exame peridico do livro de atas;d) tornam-se desidiosos no cumprimento de seus deveres, comprometendo o prestgio da igreja ou a boa ordem do trabalho;e) adotam qualquer medida comprometedora da paz, unidade, pureza e progresso da igreja.CAPTULO III:

    PENALIDADES - Art. 8. No haver pena, sem que haja sentena eclesistica, proferida por um conclio competente, aps processo regular.Art. 9. Os conclios s podem aplicar a pena de:a) admoestao, que consiste em chamar ordem o culpado, verbalmente ou por escrito, de modo reservado, exortando-o a corrigir-se;b) afastamento, que em referncia aos membros da igreja, consiste em serem impedidos de comunho; em referncia, porm, aos oficiais, consiste em serem impedidos do exerccio do seu ofcio e, se for o caso, da comunho da igreja. O afastamento deve dar-se quando o crdito da religio, a honra de Cristo e o bem do faltoso o exigem, mesmo depois de ter dado satisfao ao tribunal. Aplica-se por tempo indeterminado, at o faltoso dar prova do seu arrependimento, ou at que a sua conduta mostre a necessidade de lhe ser imposta outra pena mais severa;c) excluso, que consiste em eliminar o faltoso da comunho da igreja. Esta pena s pode ser imposta quando o faltoso se mostra incorrigvel e contumaz;d) deposio a destituio de ministro, presbtero ou dicono de seu ofcio.Art. 10. Os conclios superiores s podem aplicar aos inferiores as seguintes penas: repreenso, interdio e dissoluo;a) repreenso a reprovao formal de faltas ou irregularidades com ordem terminante de serem corrigidas;b) interdio a pena que determina a privao temporria das atividades do conclio;c) dissoluo a pena que extingue o conclio. 1. Nos casos de interdio ou dissoluo do Conselho ou Presbitrio dever haver recurso de ofcio para o conclio imediatamente superior. 2. As penas aplicadas a um conclio no atingem individualmente seus membros, cuja responsabilidade pessoal poder ser apurada pelos conclios competentes. 3. facultado a qualquer dos membros do conclio interditado ou dissolvido recorrer da deciso para o conclio imediatamente superior quele que proferiu a sentena.Art. 11. Aplicadas as penas previstas nas alneas "b" e "c" do artigo anterior, o conclio superior, por sua Comisso Executiva, tomar as necessrias providncias para o prosseguimento dos trabalhos afetos ao conclio disciplinado.Art. 12. No julgamento dos conclios, devem ser observadas no que lhes for aplicvel, as disposies gerais de processo adotadas nesta Constituio.Art. 13. As penas devem ser proporcionais s faltas, atendendo-se, no obstante, s circunstncias atenuantes e agravantes, a juzo do tribunal, bem como graduao estabelecida nos arts. 9 e 10. 1. So atenuantes:a) pouca experincia religiosa;b) relativa ignorncia das doutrinas evanglicas;c) influncia do meio;d) bom comportamento anterior;e) assiduidade nos servios divinos;f) colaborao nas atividades da igreja;g) humildade;h) desejo manifesto de corrigir-se;i) ausncia de ms intenes;j) confisso voluntria. 2. So agravantes:a) experincia religiosa;b) relativo conhecimento das doutrinas evanglicas;c) boa influncia do meio;d) maus precedentes;e) ausncia aos cultos;f) arrogncia e desobedincia;g) no reconhecimento da falta.Art. 14. Os conclios devem

  • dar cincia aos culpados das penas impostas:a) por faltas veladas, perante o tribunal ou em particular;b) por faltas pblicas, casos em que, alm da cincia pessoal, dar-se- conhecimento igreja.Pargrafo nico. No caso de disciplina de ministro dar-se-, tambm, imediata cincia da pena Secretaria Executiva do Supremo Conclio.Art. 15. Toda e qualquer pena deve ser aplicada com prudncia, discrio e caridade, a fim de despertar arrependimento no culpado e simpatia da igreja.Art. 16. Nenhuma sentena ser proferida sem que tenha sido assegurado ao acusado o direito de defender-se.Pargrafo nico. Quando forem graves e notrios os fatos articulados contra o acusado, poder ele, preventivamente, a juzo do tribunal, ser afastado dos privilgios da igreja e, tratando-se de oficial, tambm do exerccio do cargo, at que se apure definitivamente a verdade.Art. 17. S se poder instaurar processo dentro do perodo de um ano a contar da cincia da falta.Pargrafo nico. Aps dois anos da ocorrncia da falta, em hiptese alguma se instaurar processo.CAPTULO IV

    TRIBUNAIS - Art. 18. Os conclios convocados para fins judicirios funcionam como tribunais.Art. 19. Compete ao Conselho processar e julgar originariamente, membros e oficiais da igreja.Art. 20. Compete ao Presbitrio:I - Processar e julgar originariamente:a) ministros;b) conselhos.II - Processar e julgar em recurso ordinrio as apelaes de sentenas dos conselhos.Art. 21. Compete ao Snodo processar e julgar originariamente presbitrios.Pargrafo nico. Haver no Snodo um tribunal de recursos, ao qual compete julgar os recursos ordinrios das sentenas dos presbitrios, proferidos nos casos das alneas "a" e "b" do item I do art. 20.Art. 22. Compete ao Supremo Conclio processar e julgar privativamente os snodos.Pargrafo nico. Haver no Supremo Conclio um tribunal de recursos, ao qual compete:I - Processar e julgar:a) recursos extraordinrios das sentenas finais dos presbitrios (art. 20, item II);b) recursos extraordinrios das sentenas finais dos tribunais dos snodos (pargrafo nico do art. 21).Art. 23. Compete, ainda, aos conclios e Tribunais, em geral, rever, em benefcio dos condenados, as suas prprias decises em processos findos.Art. 24. Os tribunais de recursos, do Snodo e do Supremo Conclio, compor-se-o de sete membros, sendo quatro ministros e trs presbteros.Pargrafo nico. O "quorum" destes tribunais de cinco membros, sendo trs ministros e dois presbteros.Art. 25. Os suplentes dos juzes, eleitos em nmero igual a estes, e na mesma ocasio, substituiro os efetivos, em caso de falta, impedimento ou suspeio.Art. 26. A presidncia do tribunal de recursos do Snodo, ou do Supremo Conclio, caber ao juiz eleito na ocasio pelo prprio tribunal.

    CAPTULO V: DA SUSPEIO E DA INCOMPETNCIA - Art. 27. Qualquer das partes sob processo poder arguir suspeio contra juzes do tribunal, devendo este decidir imediatamente se procede ou no o alegado.a) na negativa, o tribunal prosseguir no processo;b) na afirmativa, os juzes cuja suspeio for reconhecida pelo tribunal ficam impedidos de tomar parte na causa, bem como os juzes que se derem por suspeitos. 1. Os juzes considerados suspeitos pelo tribunal sero substituidos por suplentes eleitos pelo conclio. 2. Quando se tratar de Conselho, se o afastamento de juzes suspeitos importar em anulao do quorum, ser o processo remetido, sem demora, ao Presbitrio.Art. 28. O juiz deve dar-se por suspeito, e, se o no fizer, ser arguido de suspeio por qualquer das partes, nos seguintes casos:a) se for marido, parente consanguneo ou afim, at o terceiro grau de uma das partes;b) se estiver de modo tal envolvido na causa que a deciso a ser proferida possa afet-lo;c) se tiver intervindo no processo como juiz na instncia inferior, ou tiver sido no mesmo procurador

  • ou testemunha;d) se estiver comprovadamente incompatibilizado com uma das partes;e) se houver manifestado a estranhos a sua opinio sobre o mrito da causa ou tiver se ausentado das sesses do tribunal sem prvio consentimento deste.Art. 29. A alegao de suspeio ser apresentada logo de incio na primeira audincia a que o faltoso comparecer.Pargrafo nico. A suspeio no poder ser declarada nem reconhecida quando a parte injuriar o juiz ou o tribunal, ou, de propsito, der lugar para cri-la.Art. 30. O juiz que, espontaneamente, se declarar suspeito, dever faz-lo por escrito, dando o motivo legal, e no funcionar no processo.Art. 31. Quando qualquer das partes alegar suspeio contra um juiz, dever faz-lo em petio assinada e dirigida ao Presidente do conclio ou tribunal, apresentando as suas razes acompanhadas de prova documental ou rol de testemunhas, e o Presidente mandar junt-las aos autos, que iro ao juiz suspeitado para responder.Art. 32. Se o juiz reconhecer a suspeio, no funcionar no processo. No aceitando a suspeio, dar a sua resposta dentro de vinte e quatro horas, podendo juntar prova documental e oferecer testemunhas. 1. Reconhecida preliminarmente a importncia da alegao, o tribunal com intimao das partes, marcar dia e hora, para inquirio das testemunhas, seguindo o julgamento da alegao de suspeio independente de outras alegaes. 2. Se a suspeio for de manifesta improcedncia, o tribunal a rejeitar imediatamente.Art. 33. Julgada procedente a suspeio, o juiz no mais funcionar. Rejeitada, evidenciando-se segunda inteno ou m f do que levantou a suspeio, constar da deciso essa circunstncia.Art. 34. Se a suspeio for levantada contra o tribunal e este no a reconhecer, dar a sua resposta dentro de dez dias, podendo instru-la com documentos ou oferecer testemunhas, sendo logo o processo remetido ao tribunal superior para decidir da suspeio.Pargrafo nico. Quando o tribunal do Snodo for suspeitado e este no reconhecer a suspeio, dar a sua resposta dentro de dez dias, e sero convocados os juzes suplentes do mesmo tribunal para julg-la.Art. 35. Julgada procedente a suspeio, o processo prosseguir com os suplentes; julgada improcedente a suspeio, o tribunal prosseguir no feito.Pargrafo nico. De maneira semelhante s suspeies do tribunal do Snodo proceder-se- com as levantadas contra o tribunal do Supremo Conclio.Art. 36. No caso de suspeio contra vrios juzes do tribunal, reconhecida pelos prprios juzes deste ou por deciso judicial, sero eles substitudos pelos juzes suplentes para completar-se o quorum.Pargrafo nico. Se acontecer que, dadas as suspeies reconhecidas, o tribunal ficar sem quorum mesmo com a convocao dos suplentes, o tribunal superior que tiver julgado a alegao de suspeio designar juzes de tribunal de igual categoria s dos suspeitados, que completem o quorum.Art. 37. Por incompetncia entende-se a falta de autoridade de um conclio ou tribunal para instaurar processo ou julgar em grau de recurso.Art. 38. A alegao de incompetncia de um tribunal deve ser apresentada dentro do prazo de quinze dias, a contar da data em que o faltoso tiver recebido a citao.Art. 39. Se o tribunal se reconhecer incompetente, dar no processo os motivos e remeter sem demora o feito instncia competente.Art. 40. Se o tribunal no reconhecer a alegao de incompetncia, prosseguir no feito.Pargrafo nico. O faltoso que no se conformar com a deciso poder, dentro do prazo de dez dias, insistir por meio de petio dirigida ao Presidente do tribunal ou conclio e instruda com documentos.Art. 41. O Presidente mandar autuar a petio e documentos indo imediatamente a julgamento do tribunal. 1. Se o tribunal ainda no atender alegao, a parte vencida poder dentro do prazo de dez dias, recorrer instncia superior. 2. Se o tribunal atender alegao, remeter os autos ao tribunal competente.CAPTULO VI

    PROCESSO - Seo 1 - Disposies Gerais:Art. 42. As faltas sero levadas ao conhecimento dos conclios ou tribunais por:a) queixa, que a comunicao feita pelo ofendido;b) denncia, que a comunicao feita por

  • qualquer outra pessoa. 1. Qualquer membro de igreja em plena comunho ou ministro pode apresentar queixa ou denncia perante o Conselho; os ministros e os conselhos perante os presbitrios; estes, perante o Snodo e este perante o Supremo Conclio. 2. Toda queixa ou denncia dever ser feita por escrito.Art. 43. Os conclios devem, antes de iniciar qualquer processo, empregar esforos para corrigir as faltas por meios suasrios.Art. 44. Em qualquer processo o ofendido e o ofensor podem ser representados por procuradores crentes, a juzo do conclio ou tribunal perante o qual iniciada a ao.Pargrafo nico. A constituio de procurador no exclui o comparecimento pessoal do acusado, para prestar depoimento, e sempre que o conclio ou tribunal o entender.Art. 45. Se o acusado for o Conselho ou a maioria dos seus componentes ser o caso referido ao Presbitrio, pelo dito Conselho ou por qualquer de seus membros.Art. 46. Tero andamento os processos intentados, somente quando:a) o conclio os julgue necessrios ao bem da igreja;b) iniciados pelos ofendidos, depois de haverem procurado cumprir a recomendao de Nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus 18.15, 16.c) o conclio ou tribunal tenha verificado que os acusadores no visam interesse ilegtimo ou inconfessvel na condenao dos acusados.Art. 47. Toda pessoa que intentar processo contra outra ser previamente avisada de que se no provar a acusao fica sujeita censura de difamador, se tiver agido maliciosa ou levianamente.

    Seo 2 - Do Andamento do Processo:Art. 48. Reunido o tribunal e decidida a instaurao do processo, depois de observadas as disposies da seo anterior, sero tomadas exclusivamente as seguintes providncias:a) autuao da queixa ou denncia, que consiste em colocar o documento respectivo sob capa de papel apropriado, na qual constar o termo de seu recebimento, inclusive data. A esse documento sero acrescentados, em ordem cronolgica e termos apropriados, todos os papis do processo;b) citao do acusado, marcando-se-lhe dia, hora e lugar para vir ver-se processar;c) enviar-lhe com a citao cpia da queixa ou denncia. 1. O primeiro comparecimento do acusado ser sempre pessoal, salvo se o conclio o julgar dispensvel. 2. O tempo marcado para o comparecimento do acusado no dever ser menos de oito dias e, para fix-lo, tomar-se- em considerao a distncia da sua residncia, ocupao e outras circunstncias.Art. 49. A autuao s conter:a) nome do tribunal;b) nmero do processo;c) nome do queixoso ou denunciante;d) nome do acusado em letras destacadas;e) embaixo a palavra autuao e, na linha seguinte, dia, ms, ano e local e a expresso "AUTUO o relatrio e papis que seguem".Pargrafo nico. Quando forem dois ou mais os queixosos, denunciantes ou acusados, na autuao, sero escritos os nomes dos dois primeiros e as palavras "e outros".Art. 50. A seguir, o Secretrio numerar e rubricar as folhas dos autos e dar vista dos mesmos ao relator para examin-los no prazo de dez dias, opinando por escrito, pelo arquivamento do processo ou pelo seu seguimento.Pargrafo nico. Com a possvel brevidade o tribunal ser convocado para decidir sobre o relatrio escrito precisando os fatos.Art. 51. O Presidente designar sempre um dos juzes para acompanhar o processo e funcionar como relator.Art. 52. Ao iniciar-se qualquer processo devem os membros do conclio ou tribunal lembrar-se da gravidade das suas funes de juzes da igreja, vista do disposto no pargrafo nico do art. 2.Art. 53. Toda e qualquer pena deve ser aplicada com prudncia, discrio e caridade a fim de despertar arrependimento no culpado e simpatia na igreja.Art. 54. Se o tribunal receber a queixa ou denncia designar dia, hora e lugar para interrogatrio do acusado. Se no receber, o queixoso ou denunciante ter cincia e poder dirigir-se diretamente instncia superior.Art. 55. O processo ser redigido em linguagem moderada e clara, articulando-se com preciso os fatos e circunstncias de tempo, lugar e natureza da falta, dele constando a qualidade do ofendido e do ofensor.Pargrafo nico. Da qualificao devem constar nome, estado civil, relao com a igreja e residncia.Art. 56. Em qualquer processo o ofendido e o ofensor podem ser

  • representados por procuradores crentes de idoneidade reconhecida pelo conclio ou tribunal.Pargrafo nico. A constituio do procurador no exclui o comparecimento pessoal do acusado ou do queixoso, quando chamados para prestarem depoimento e nem os impede de comparecer quando entenderem de faz-lo.Art. 57. A falta do comparecimento do defensor ou procurador, ainda que justificada, no determinar o adiamento de ato algum do processo, podendo o Presidente nomear defensor "ad hoc" para funcionar na ausncia do defensor efetivo, para realizao do ato.Art. 58. O procurador deve apresentar autorizao escrita do seu constituinte; se este no souber escrever, ser a mesma assinada a rogo por pessoa crente, na presena de duas testemunhas que tambm assinaro.Pargrafo nico. Se o acusado, por ocasio do interrogatrio declarar o nome do seu defensor que dever ser membro de igreja Evanglica, dispensvel a autorizao por escrito.Art. 59. Se o acusado for revel e no tiver apresentado defensor, o Presidente nomear pessoa crente para defend-lo.Art. 60. Ao acusado assiste o direito de quando no puder comparecer e no quiser constituir procurador, defender-se por escrito, dentro dos prazos estabelecidos no processo.Art. 61. No livro de atas de tribunal ser feito o registro resumido do processo e o da sentena, devendo os autos ser arquivados depois de rubricados pelo Presidente. 1. O registro do processo limita-se a declarar:a) hora, data, local, nome do tribunal, juzes presentes e ausentes, nome do queixoso ou denunciante e do acusado, e natureza da queixa ou denncia;b) orao inicial, declarao do ocorrido (interrogatrio, inquirio de testemunhas de acusao ou de defesa, acareao, confisso, julgamento de processo, julgamento de recurso ou de apelao);c) se qualquer juiz ou parte chegou posteriormente, e algum outro fato digno de registro;d) hora e data da nova convocao e do encerramento do trabalho com orao. 2. No registro da sentena, apenas se declara ter sido recebida ou rejeitada a denncia por tantos votos a favor e tantos contra; ou o recurso escrito ou a apelao com o resultado da votao, dando ou negando provimento, ou aplicando pena, visto que do processo constaro todos os elementos. 3. Sero consignados os nomes dos juzes que votarem a favor ou contra.Art. 62. Cada tribunal poder ter um livro com registro das suas sentenas ou suas decises em recurso.Art. 63. Os autos s podero ser examinados no arquivo do conclio ou tribunal, e com ordem expressa deste.Art. 64. Os prazos sero comuns quando no processo houver mais de um acusado, de um queixoso ou denunciante.

    Seo 3 - Do Processo em que o Conclio ou Tribunal for Parte:Art. 65. Quando um conclio ou tribunal for parte num processo ser ele representado por procurador que promova a acusao ou faa a defesa.Art. 66. No processo contra conclio ou tribunal, este ser citado na pessoa de seu Presidente para, no prazo de dez dias, apresentar defesa escrita.Pargrafo nico. As demais disposies processuais so aplicveis no processo contra conclio ou tribunal.Art. 67. O Presidente citado convocar imediatamente o conclio ou tribunal para:a) tomar conhecimento da citao;b) designar procurador, que representar o conclio ou tribunal no processo, ou autorizar o Presidente a acompanh-lo.Pargrafo nico. Ao Presidente, mesmo que tenha sido constitudo um procurador, cabe o direito de, pessoalmente, acompanhar o processo se assim o entender.

    Seo 4 - Do Interrogatrio do Acusado, da Confisso e das Perguntas ao Ofendido:Art. 68. Ao acusado, no dia designado para interrogatrio, ser perguntado pelo Presidente:a) o seu nome, a que igreja est filiado, qual a igreja em que assiste ao culto, lugar do nascimento, idade, estado civil, profisso e onde a exerce, residncia;b) se conhece o queixoso ou denunciante e as testemunhas inquiridas ou por inquirir, e desde quando e se tem alguma coisa a alegar contra elas;c) se conhece os documentos que

  • acompanham a queixa ou denncia:d) se verdadeira a imputao;e) se, no sendo verdadeira a imputao, tem motivo particular a que atribu-la.f) se quer alegar alguma coisa em sua defesa, imediatamente, ou se quer usar o prazo de cinco dias para apresentar sua defesa escrita;g) se tem defensor e, caso afirmativo, qual o nome e residncia dele; caso negativo, se quer que lhe seja nomeado um defensor ou se far a prpria defesa;h) se j respondeu a processo, onde, qual a natureza e qual foi a soluo.Pargrafo nico. Havendo mais de um acusado no sero interrogados na presena um do outro.Art. 69. As respostas do acusado sero repetidas, em linguagem conveniente, pelo juiz interrogante ao Secretrio, que as reduzir a termo, o qual depois de lido e achado conforme, rubricado em todas as suas folhas e ser assinado pelo Presidente e acusado. 1. Se o acusado no souber ou no puder assinar pedir a algum que o faa por ele, e apor pea dos autos a sua impresso digital. 2. Se o acusado se recusar a assinar com ou sem a apresentao de motivos, far-se- constar em ata essa circunstncia.Art. 70. A confisso do acusado quando feita fora do interrogatrio, ser tomada por termo nos autos. Se feita por documento escrito, ser verificada a sua autenticidade pelo tribunal.Seo 5 - Das Testemunhas e da Acareao:Art. 71. Toda pessoa crente em comunho com a igreja poder ser testemunha, no podendo trazer seu depoimento escrito.Pargrafo nico. Tanto as testemunhas de acusao como as de defesa no podero exceder de cinco para cada parte.Art. 72. As testemunhas, membros professos de igreja, devem comparecer por solicitao de quem as arrolou ou por determinao do tribunal, constituindo desconsiderao o no comparecimento no dia, hora e lugar determinados.Pargrafo nico. Quando a testemunha no for membro de igreja, ser convidada a comparecer; se no o fizer, haver ainda para os que a indicaram mais uma oportunidade para traz-la.Art. 73. No so obrigados a depor um contra o outro, os ascendentes e descendentes, os colaterais afins at o terceiro grau civil e o cnjuge.Art. 74. Os membros da igreja no podero eximir-se da obrigao de depor, uma vez que sejam intimados.Art. 75. As partes devero trazer as suas testemunhas. Se estas se recusarem a vir a convite da parte que as arrolou, o tribunal poder mandar intim-las.Art. 76. As perguntas sero requeridas ao Presidente, que as formular testemunha. 1. O Presidente poder recusar as perguntas da parte se no tiverem relao com o processo ou importarem repetio de outra j respondida. 2. No caso de recusa, se a parte o requerer, apenas ser consignada a pergunta e o indeferimento.Art. 77. Qualificada a testemunha e antes de iniciar o depoimento, as partes podero contradizer a testemunha ou argui-la de suspeita. O Presidente far consignar a contradita ou arguio e a resposta da testemunha, tomando, contudo, o seu depoimento.Art. 78. A testemunha dever assumir o seguinte compromisso: "Prometo diante de Deus e deste tribunal, dizer toda a verdade do que souber e me for perguntado".Art. 79. As testemunhas sero inquiridas perante as partes, exceto se estas, avisadas, no comparecerem. 1. As testemunhas tanto de acusao como de defesa s podero ser argidas sobre fatos e circunstncias articulados no processo. 2. As testemunhas sero, primeiro, argidas pelos membros do tribunal, a seguir perguntadas pela parte que as indicou, e finalmente reperguntadas pela parte contrria. 3. Nenhuma testemunha poder assistir ao depoimento de outra.Art. 80. Seu depoimento ser reduzido a termo assinado pelo Presidente, por ela, e pelas partes. Se a testemunha no souber assinar o nome, ou no puder, ou no quiser faz-lo, assinar algum por ela, consignando-se no termo essas circunstncias.Art. 81. Quando a testemunha residir longe do tribunal e no puder comparecer, ser inquirida por precatria, dirigida ao conclio ou tribunal mais prximo de sua residncia.Art. 82. A acareao ser admitida:a) entre acusados;b) entre acusados e testemunhas;c) entre testemunhas;d) entre ofendido e acusado.Pargrafo nico. Os acareados sero

  • reperguntados para que expliquem os pontos de divergncia, reduzindo-se a termo as suas declaraes que assinaro com o Presidente.

    Seo 6 - Do Secretrio:Art. 83. Incumbe ao Secretrio do conclio ou tribunal:a) zelar pelos livros, papis, processos que lhe forem confiados, organizando a secretaria;b) funcionar nos processos, cumprindo as determinaes dos juzes e atender s partes;c) dar as certides autorizadas pelo Presidente, uma vez pagas pelo interessado as despesas;d) dar s partes cincia de prazo, de despachos e sentenas, fazer citaes, notificaes e intimaes, de tudo lavrando os termos e certides nos autos.

    Seo 7 - Das Citaes:Art. 84. A citao a chamada do acusado ao tribunal para em hora, data e lugar determinados, ser interrogado, defender-se e acompanhar o processo at final, sob pena de ser julgado revelia.Art. 85. A citao ser feita por escrito e com antecedncia, a fim de que haja tempo para o acusado comparecer.Pargrafo nico. O tempo marcado para o comparecimento do acusado no dever ser menor de quarenta e oito horas, e, para fix-lo, tomar-se- em considerao a distncia da sua residncia, ocupao e outras circunstncias.Art. 86. O mandado de citao ser subscrito pelo Secretrio e assinado pelo Presidente e conter:a) nome do Presidente do tribunal;b) nome do acusado, residncia e local onde trabalha, e se possvel, a sua qualificao;c) hora, data e lugar em que o citando deve comparecer a fim de ser interrogado e se ver processado at final, sob pena de revelia;d) o nome do queixoso ou denunciante. O Presidente do conclio ou tribunal determinar o modo de ser provada a citao.Art. 87. Se o citando estiver fora dos limites do tribunal, ser enviado ao conclio ou tribunal competente carta precatria, para que ele possa ser ouvido pelo tribunal em cujos limites se encontra.Art. 88. O Presidente do conclio ou tribunal deprecado mandar autuar e cumprir-se a carta precatria e a devolver assim que estiver cumprida.Art. 89. Se o acusado se furtar citao, o processo seguir os trmites legais, conforme o art. 103, alnea "c".Art. 90. Se o citando no tiver paradeiro conhecido, ser feita a citao por edital e afixado e publicado em lugar conveniente pelo prazo de vinte dias a contar da sua afixao.Pargrafo nico. Decorrido o prazo a citao ser tida como feita.Art. 91. O edital conter:a) a expresso "Edital de citao de Fulano pelo prazo de vinte dias";b) o nome do Presidente do tribunal;c) a expresso "Faz saber a Fulano (qualificao) que est sendo chamado por este edital para comparecer no dia, hora e lugar, a fim de ser interrogado, defender-se e acompanhar at final o processo sob pena de ser julgado revelia";d) nome do queixoso ou denunciante;e) local, data, assinatura do Secretrio e do Presidente do tribunal.Pargrafo nico. Ser tirado em trs vias, sendo uma para os autos, outra para ser afixada e outra para ser publicada no rgo oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil.Seo 8 - Da Intimao:Art. 92. A intimao a cincia dada a algum de deciso proferida no processo e que interessa ao intimando.Pargrafo nico. A intimao ser feita verbalmente pelo Secretrio ao intimando, devendo ser certificada nos autos.Art. 93. A intimao dever ser feita por ordem escrita que ter as caractersticas do mandado de citao, feitas as indispensveis modificaes.

    Seo 9 - Da Sentena ou Acrdo:Art. 94. A sentena ou acrdo conter:a) os nomes das partes;b) a exposio sucinta da acusao e da defesa;c) indicao dos motivos de fato e de direito em que se funda a deciso;d) a pena aplicada, indicando as agravantes e atenuantes;e) local, data, assinatura dos membros do tribunal que tomaram parte na deciso. 1. A sentena ser

  • escrita pelo relator, que assinar logo abaixo do Presidente, e os juzes devero apresentar sua assinatura a e