constituiÇÃo do estado do rio de janeiro · ... federativa do brasil, promulgada em 5 de outubro...

141
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Documento obtido no site http://www.alerj.rj.gov.br Atualizada até a Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012. Atualizada em 28.08.2012. PREÂMBULO Nós, Deputados Estaduais Constituintes, no pleno exercício dos poderes outorgados pelo artigo 11 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, reunidos em Assembleia e exercendo nossos mandatos, em perfeito acordo com a vontade política dos cidadãos deste Estado quanto à necessidade de ser construída uma ordem jurídica democrática, voltada à mais ampla defesa da liberdade e da igualdade de todos os brasileiros, e ainda no intransigente combate à opressão, à discriminação e à exploração do homem pelo homem, dentro dos limites autorizados pelos princípios constitucionais que disciplinam a Federação Brasileira, promulgamos, sob a proteção de Deus, a presente CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ( arts. 1º a 7º) Art. 1º O povo é o sujeito da Vida Política e da História do Estado do Rio de Janeiro. Art. 2º Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 3º A soberania popular, que se manifesta quando a todos são asseguradas condições dignas de existência, será exercida: I - pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para todos; II - pelo plebiscito; III - pelo referendo; IV - pela iniciativa popular do processo legislativo. Art. 4º O Estado do Rio de Janeiro é o instrumento e a mediação da soberania do povo fluminense e de sua forma individual de expressão, a cidadania. Art. 5º O Estado do Rio de Janeiro, integrante, com seus municípios, da República Federativa do Brasil, proclama e se compromete a assegurar em seu território os valores que fundamentam a existência e a organização do Estado Brasileiro, quais sejam: além da soberania da Nação e de seu povo, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político; tudo em prol do regime democrático, de uma sociedade livre, justa e solidária, isenta do arbítrio e de preconceitos de qualquer espécie. Art. 6º O Estado do Rio de Janeiro rege-se por esta Constituição e pelas leis que adotar, observados os princípios constitucionais da República Federativa do Brasil. Art. 7º São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS ( arts. 8º a 38) Art. 8º Todos têm o direito de viver com dignidade. Parágrafo único. É dever do Estado garantir a todos uma qualidade de vida compatível com a dignidade da pessoa humana, assegurando a educação, os serviços de saúde, a alimentação, a habitação, o transporte, o saneamento básico, o suprimento energético, a drenagem, o trabalho remunerado, o lazer, as atividades econômicas e a acessibilidade, devendo as dotações orçamentárias contemplar

Upload: lyngoc

Post on 08-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Documento obtido no site http://www.alerj.rj.gov.brAtualizada até a Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012.

Atualizada em 28.08.2012.

PREÂMBULO

Nós, Deputados Estaduais Constituintes, no pleno exercício dos poderes outorgados pelo artigo 11 do Atodas Disposições Transitórias da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 deoutubro de 1988, reunidos em Assembleia e exercendo nossos mandatos, em perfeito acordo com avontade política dos cidadãos deste Estado quanto à necessidade de ser construída uma ordem jurídicademocrática, voltada à mais ampla defesa da liberdade e da igualdade de todos os brasileiros, e ainda nointransigente combate à opressão, à discriminação e à exploração do homem pelo homem, dentro doslimites autorizados pelos princípios constitucionais que disciplinam a Federação Brasileira, promulgamos,sob a proteção de Deus, a presente CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

TÍTULO I- DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (arts. 1º a 7º)

Art. 1º O povo é o sujeito da Vida Política e da História do Estado do Rio de Janeiro.Art. 2º Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nostermos desta Constituição.Art. 3º A soberania popular, que se manifesta quando a todos são asseguradas condições dignas deexistência, será exercida:I - pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para todos;II - pelo plebiscito;III - pelo referendo;IV - pela iniciativa popular do processo legislativo.Art. 4º O Estado do Rio de Janeiro é o instrumento e a mediação da soberania do povo fluminense e desua forma individual de expressão, a cidadania.Art. 5º O Estado do Rio de Janeiro, integrante, com seus municípios, da República Federativa do Brasil,proclama e se compromete a assegurar em seu território os valores que fundamentam a existência e aorganização do Estado Brasileiro, quais sejam: além da soberania da Nação e de seu povo, a dignidade dapessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político; tudo em prol doregime democrático, de uma sociedade livre, justa e solidária, isenta do arbítrio e de preconceitos dequalquer espécie.Art. 6º O Estado do Rio de Janeiro rege-se por esta Constituição e pelas leis que adotar, observados osprincípios constitucionais da República Federativa do Brasil.Art. 7º São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e oJudiciário.

TÍTULO II- DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I- DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS (arts. 8º a 38)

Art. 8º Todos têm o direito de viver com dignidade.Parágrafo único. É dever do Estado garantir a todos uma qualidade de vida compatível com a dignidadeda pessoa humana, assegurando a educação, os serviços de saúde, a alimentação, a habitação, otransporte, o saneamento básico, o suprimento energético, a drenagem, o trabalho remunerado, o lazer, asatividades econômicas e a acessibilidade, devendo as dotações orçamentárias contemplar

preferencialmente tais atividades, segundo planos e programas de governo.Parágrafo único com redação dada pela Emenda Constitucional nº 51, de 06.12.2011, emvigor na data de sua publicação.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"Parágrafo único. É dever do Estado garantir a todos uma qualidade de vida compatível coma dignidade da pessoa humana, assegurando a educação, os serviços de saúde, a alimentação,a habitação, o transporte, o saneamento básico, o suprimento energético, a drenagem, otrabalho remunerado, o lazer e as atividades econômicas, devendo as dotações orçamentáriascontemplar preferencialmente tais atividades, segundo planos e programas de governo."

Art. 9º O Estado do Rio de Janeiro garantirá, através de lei e dos demais atos dos seus órgãos e agentes, aimediata e plena efetividade dos direitos e garantias individuais e coletivos, mencionados na Constituiçãoda República, bem como de quaisquer outros decorrentes do regime e dos princípios que ela adota edaqueles constantes dos tratados internacionais firmados pela República Federativa do Brasil.§ 1º Ninguém será discriminado, prejudicado ou privilegiado em razão de nascimento, idade, etnia, raça,cor, sexo, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou filosóficas, deficiênciafísica ou mental, por ter cumprido pena nem por qualquer particularidade ou condição.§ 2º O Estado e os Municípios estabelecerão sanções de natureza administrativa, econômica e financeiraa quem incorrer em qualquer tipo de discriminação, independentemente das sanções criminais previstasem lei.§ 3º Serão proibidas as diferenças salariais para trabalho igual, assim como critérios de admissão eestabilidade profissional discriminatórios por quaisquer dos motivos previstos no § 1º e atendidas asqualificações das profissões estabelecidas em lei.§ 4º A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e osmeios que garantam a celeridade de sua tramitação.

§ 4º acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

Art. 10. As omissões do Poder Público na esfera administrativa, que tornem inviável o exercício dosdireitos constitucionais, serão supridas, no prazo fixado em lei, sob pena de responsabilidade daautoridade competente, após requerimento do interessado, sem prejuízo da utilização do mandado deinjunção, da ação de inconstitucionalidade e demais medidas judiciais.Art. 11. Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo aopatrimônio público ou de entidade na qual o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meioambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má fé, isento de custasjudiciais e do ônus da sucumbência.Art. 12. São assegurados a todos, independentemente do pagamento de taxas, emolumentos ou degarantia de instância, os seguintes direitos:I - de petição e representação aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou para coibir ilegalidade ouabuso de poder;II - da obtenção de certidões em repartições públicas para a defesa de direitos e esclarecimentos desituações de interesse pessoal.Art. 13. São gratuitos para os que percebem até 1 (um) salário mínimo, os desempregados e para osreconhecidamente pobres, na forma da lei:I - o registro civil de nascimento e respectiva certidão;II - o registro e a certidão de óbito;III - a expedição de cédula de identidade individual;IV - a celebração do casamento civil e a respectiva certidão;V - o sepultamento e os procedimentos a ele necessários, inclusive o fornecimento de esquife peloconcessionário de serviço funerário.

Inciso V regulamentado pela Lei nº 2007, de 08.07.1992, dispõe sobre a obrigatoriedade deimpressão do disposto no artigo 13 da Constituição Estadual nos documentos que menciona edá outras providências.

Inciso V declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 1221 - 5.

Art. 14. É garantida, na forma da lei, a gratuidade dos serviços públicos estaduais de transporte coletivo,mediante passe especial, expedido à vista de comprovante de serviço de saúde oficial, a pessoa portadora:I - de doença crônica, que exija tratamento continuado e cuja interrupção possa acarretar risco de vida;II - de deficiência com reconhecida dificuldade de locomoção.

Artigo 14 regulamentado pela Lei Complementar nº 74, de 11.09.1991.

Art. 15. São gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data e, na forma da lei, os atos necessários aoexercício da cidadania.Art. 16. Os procedimentos administrativos respeitarão a igualdade entre os administrados e o devidoprocesso legal, especialmente quanto à exigência da publicidade, do contraditório, da ampla defesa, damoralidade e da motivação suficiente.Art. 17. Ao jurisdicionado é assegurada a preferência no julgamento da ação de inconstitucionalidade, dohabeas corpus, do mandado de segurança individual ou coletivo, do habeas data, do mandado deinjunção, da ação popular, da ação indenizatória por erro judiciário e da ação de alimentos.Art. 18. Ninguém será discriminado ou, de qualquer forma, prejudicado pelo fato de haver litigado ouestar litigando com os órgãos estaduais nas esferas administrativa ou judicial.Art. 19. Todos têm direito de receber, no prazo fixado em lei, informações objetivas, de interesseparticular, coletivo ou geral, acerca dos atos e projetos do Estado e dos Municípios, bem como dosrespectivos órgãos da administração pública direta ou indireta.

Artigo 19 regulamentado pela Lei nº 2.639, de 23.10.1996, que prevê o direito de informaçãode todos os cidadãos acerca dos atos do poder executivo.

Art. 20. Todos têm direito de tomar conhecimento gratuitamente do que constar a seu respeito nosregistros ou bancos de dados públicos, estaduais e municipais, bem como do fim a que se destinam essasinformações, podendo exigir, a qualquer tempo, a retificação e atualização das mesmas.§ 1º O habeas data poderá ser impetrado em face do registro ou banco de dados ou cadastro de entidadespúblicas ou de caráter público.§ 2º Os bancos de dados no âmbito do Estado ficam obrigados, sob pena de responsabilidade, a averbargratuitamente as baixas das anotações em seus registros, compilados das mesmas fontes, que originaram aanotação.

Artigo 20 regulamentado pela Lei nº 2.397, de 10.05.1995, que concede ao cidadão o direitode acesso às informações nominais sobre a sua pessoa.

Art. 21. Não poderão ser objeto de registro os dados referentes a convicções filosófica, política ereligiosa, a filiação partidária e sindical, nem os que digam respeito à vida privada e à intimidade pessoal,salvo quando se tratar de processamento estatístico, não individualizado.

Artigo 21 regulamentado pela Lei nº 2.397, de 10.05.1995, que concede ao cidadão o direitode acesso às informações nominais sobre a sua pessoa.

Art. 22. São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado odireito de resposta proporcional ao agravo, além da indenização pelo dano material ou moral decorrenteda violação de qualquer daqueles direitos.§ 1º É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultosreligiosos e garantida, na forma da lei, a proteção dos locais de culto, suas liturgias e seguidores.§ 2º Não serão admitidas a pregação da intolerância religiosa ou a difusão de preconceitos de qualquerespécie.§ 3º São invioláveis as sedes de entidades associativas, ressalvados os casos previstos em lei.Art. 23. Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos, independentemente deautorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendoexigido apenas prévio aviso à autoridade.

Parágrafo único. A força policial só intervirá para garantir o exercício do direito de reunião e demaisliberdades constitucionais, bem como para a defesa da segurança pessoal e do patrimônio público eprivado, cabendo responsabilidade pelos excessos que cometer.Art. 24. A tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os crimes definidoscomo hediondos serão objeto de prioritária prevenção e repressão pelos órgãos estaduais e municipaiscompetentes, sem prejuízo da responsabilidade penal e cível, nos termos do artigo 5º, XLIII, daConstituição da República.

Artigo 24 regulamentado pela Lei nº 3.358, de 07.01.2000.

Parágrafo único. Nos crimes de que trata este artigo, cabe ao Estado implementar um programa deproteção às testemunhas.

Parágrafo único acrescido pelo artigo 1º da Emenda Constitucional nº 08, de 02.06.1998.

Art. 25. Aos litigantes e aos acusados em processo administrativo ou judicial, o Poder Público garantirá ocontraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.Art. 26. O civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nas hipótesesprevistas em lei.Art. 27. O Estado garantirá a dignidade e a integridade física e moral dos presos, facultando-lhesassistência espiritual, assegurando o direito de visita e de encontros íntimos a ambos os sexos, assistênciamédica e jurídica, aprendizado profissionalizante, trabalho produtivo e remunerado, além de acesso adados relativos ao andamento dos processos em que sejam partes e à execução das respectivas penas.§ 1º O estabelecimento prisional destinado a mulheres terá, em local anexo e independente, creche,atendida por pessoal especializado, para menores até a idade de seis anos.§ 2º O aprendizado profissionalizante e o trabalho produtivo remunerado serão administrados e exercidosem unidades prisionais, industriais e/ou agrícolas, com lotação carcerária máxima de duzentos homens.§ 3º O trabalho do presidiário será remunerado no mesmo padrão do mercado de trabalho livre,considerando-se a natureza do serviço e a qualidade da prestação oferecida.§ 4º O salário do presidiário será pago diretamente pelo Estado.§ 5º O trabalho desempenhado pelo presidiário será de sua livre escolha, de acordo com as possibilidadesdo sistema penitenciário do Estado e das conveniências públicas.§ 6º Tanto quanto possível, o Estado utilizará o trabalho dos presidiários na produção de bens de consumoe de serviços do próprio Estado.§ 7º É lícito aos presidiários optar pelo recolhimento à Previdência Social e ao Fundo de Garantia doTempo de Serviço para os efeitos da seguridade social, quando voltarem à liberdade ou em proveito dosseus dependentes.§ 8º A opção acima prevista e o desempenho de tarefas de trabalho não afetarão o regime disciplinarinterno dos presidiários, nem constituirão pretexto para qualquer tipo de favor.§ 9º Os princípios estabelecidos neste artigo não poderão superar a garantia de assistência semelhante aocidadão livre, de baixa renda.Art. 28. Incorre em falta grave, punível na forma da lei, o responsável por qualquer órgão público, seupreposto ou agente, que impeça ou dificulte, sob qualquer pretexto, a verificação imediata das condiçõesda permanência, alojamento e segurança para os que estejam sob guarda do Estado, por parlamentaresfederais ou estaduais, autoridades judiciárias, membros do Ministério Público, da Defensoria Pública,representantes credenciados da Ordem dos Advogados do Brasil, ou quaisquer outras autoridades,instituições ou pessoas com tal prerrogativa por força da lei ou de sua função.Art. 29. Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada deautoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar,definidos em lei.§ 1º O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lheassegurada a assistência da família e de advogado.§ 2º O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial.§ 3º A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontra serão comunicados imediatamente ao juizcompetente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.

§ 4º Todo cidadão, preso por pequeno delito e considerado réu primário, não poderá ocupar celas compresos de alta periculosidade ou já condenados.Art. 30. O Estado obriga-se, através da Defensoria Pública, a prestar assistência jurídica integral egratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.§ 1º A lei disporá, como função institucional da Defensoria Pública, sobre o atendimento jurídico plenode mulheres e familiares vítimas de violência, principalmente física e sexual, através da criação de umCentro de Atendimento para Assistência, Apoio e Orientação Jurídica à Mulher.§ 2º Comprova-se a insuficiência de recursos com a simples afirmação do assistido, na forma da lei.Art. 31. A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não seráobjeto de penhora para o pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a leisobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.Art. 32. O Estado deverá garantir o livre acesso de todos os cidadãos às praias, proibindo, nos limites desua competência, quaisquer edificações particulares sobre as areias.

Artigo 32 regulamentado pela Lei nº 3.430, de 28.06.2000, que garante o livre acesso detodos os cidadãos às praias, e dá outras providências.

Art. 33. Para garantia do direito constitucional de atendimento à mulher, vítima de violência,principalmente física e sexual, ficam instituídas as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher.§ 1º O corpo funcional das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher será composto,preferencialmente, por servidores do sexo feminino, com formação profissional específica.§ 2º O Estado providenciará, nos setores técnicos da Polícia Civil, a instalação de serviços especiais deatendimento à mulher, constituídos, preferencialmente, por servidores do sexo feminino.Art. 34. O Estado garantirá a criação e a manutenção de abrigos para acolhimento provisório demulheres e crianças, vítimas de violência, bem como auxílio para subsistência, na forma da lei.Art. 35. O Estado garantirá o direito à auto-regulação da fertilidade como livre decisão da mulher, dohomem ou do casal, tanto para procriar como para não o fazer, competindo-lhe, nos diversos níveisadministrativos, fornecer os recursos educacionais, científicos e assistenciais para assegurar o exercíciodaquele direito, vedada qualquer atuação coercitiva ou indutiva de instituições públicas ou privadas.Art. 36. Observado o princípio fundamental da dignidade da pessoa, a lei disporá que o Sistema Único deSaúde regulará as pesquisas genéticas, e de reprodução em seres humanos, avaliadas, em cada caso, poruma comissão estadual interdisciplinar.Parágrafo único. Na comissão a que se refere este artigo, deverá ser garantida a participação de ummembro do movimento autônomo de mulheres e de um do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher.Art. 37. Será instituído sistema estadual de creches e pré-escolas.Parágrafo único. Creche e pré-escola são entidades de prestação de serviços às crianças, para oatendimento das necessidades biopsicossociais na faixa de 0 a 6 anos.Art. 38. O título de domínio e a concessão de uso do solo, nas áreas urbana ou rural, serão conferidos aohomem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.

CAPÍTULO II- DOS DIREITOS SOCIAIS (arts. 39 a 44)

Art. 39. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, asegurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, naforma da Constituição.

Artigo 39 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor nadata de sua publicação.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 39. O Estado e os Municípios assegurarão o pleno exercício dos direitos sociaiscontemplados na Constituição da República, inclusive os concernentes aos trabalhadoresurbanos e rurais."

Art. 40. A liberdade de associação profissional ou sindical será assegurada pelos agentes estaduais emunicipais, respeitados os princípios estabelecidos na Constituição da República.

Art. 41. É assegurado o direito de greve, consagrado pela Constituição da República, competindo aostrabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devem por meio deledefender.§ 1º Os serviços ou atividades essenciais e o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidadeserão definidos pela lei federal.§ 2º Os abusos cometidos sujeitarão os responsáveis às penas da lei.Art. 42. Os empregados serão representados na proporção de 1/3 (um terço), nos conselhos deadministração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista.§ 1º O Estado e os Municípios garantirão a institucionalização de comissões paritárias de trabalho, nosórgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional.§ 2º Os representantes dos trabalhadores serão eleitos para um mandato de dois anos, por votação secretaentre todos os empregados, vedadas a eleição daqueles que exercem cargo ou função de confiança e areeleição.§ 3º É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicosem que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.§ 4º Os representantes dos trabalhadores, a partir do registro de sua candidatura e até um ano após otérmino do mandato, têm assegurada a estabilidade no emprego, nos termos da legislação trabalhista.§ 5º Nas entidades de que trata o caput deste artigo serão estabelecidas comissões permanentes deacidentes de trabalho, compostas eqüitativamente de representantes da empresa e dos trabalhadores, paraprevenção dos mesmos e assistência de toda espécie aos acidentados.Art. 43. O Estado garantirá a educação não diferenciada a alunos de ambos sexos, eliminando práticasdiscriminatórias, não só nos currículos escolares como no material didático.Art. 44. A lei criará mecanismos de estímulo ao mercado de trabalho da mulher, inclusive por incentivosespecíficos.

CAPÍTULO III- DA FAMÍLIA. DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO IDOSO (arts. 45 a 62)

Art. 45. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente, ao jovem e aoidoso, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, àprofissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade eopressão.

Artigo 45 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor nadata de sua publicação.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 45. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente eao idoso, com absoluta prioridade, direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, àdignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-losa salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade eopressão."Artigo 45 regulamentado pela Lei nº 4.047, de 30.12.2002, que define como pessoa idosa,para todos os efeitos legais no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, os cidadãos que tenhamcompletado 60 (sessenta) anos.

Art. 46. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre homem e mulher e a comunidadeformada por pai, mãe ou qualquer dos ascendentes ou descendentes.Art. 47. Os filhos havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos ouqualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação, garantindo o Estado oacesso gratuito aos meios ou recursos necessários à determinação da paternidade ou da maternidade.

Vide Lei nº 3.693, de 26.10.2001, que concede licença maternidade e paternidade aosservidores públicos estaduais que adotarem filhos.

Art. 48. Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem epela mulher.Art. 49. A lei disporá sobre a criação de mecanismos que facilitem o trânsito e as atividades da gestanteem qualquer local.Art. 50. As pessoas jurídicas de direito público, poderão receber menores de 14 a 18 anos incompletos,para estágio supervisionado, educativo e profissionalizante.§ 1º Considera-se estágio supervisionado, educativo e profissionalizante, a atividade realizada sob formade iniciação, treinamento e encaminhamento profissional do menor estagiário.§ 2º À criança e ao adolescente trabalhadores, inclusive àqueles na condição de aprendiz, ficamassegurados todos os direitos sociais previstos na Constituição da República.

Artigo 50 regulamentado pela Lei nº 1.752, de 26.11.1990, que se refere a estágiossupervisionados de menores em empresas estaduais.

Art. 51. A Administração punirá o abuso, a violência e a exploração, especialmente sexual, da criança,do adolescente, do idoso e também do desvalido, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.Parágrafo único. A lei disporá sobre criação e o funcionamento de centros de recebimento eencaminhamento de denúncias referentes a violências praticadas contra crianças e adolescentes, inclusiveno âmbito familiar, e sobre as providências cabíveis.

Vide Lei nº 4.158, de 23.09.2003, que dispõe sobre o atendimento às vítimas de violênciasexual e torna obrigatório o atendimento hospitalar diferenciado multidisciplinar às crianças emulheres vítimas de violência em geral e dá outras providências.

Art. 52. Serão elaborados programas de prevenção e atendimento especializado à criança e aoadolescente dependente de entorpecentes e drogas afins.

Vide Lei nº 4.074, de 06.01.2003, que dispõe sobre a prevenção, o tratamento e os direitosfundamentais dos usuários de drogas e dá outras providências.

Art. 53. É vedada ao Poder Público a transferência compulsória, para outros Estados e Municípios quenão o de sua origem, de crianças e adolescentes atendidos direta ou indiretamente por instituições oficiais,visando garantir a unidade familiar.Art. 54. Cabe ao Poder Público estimular, através de assistência jurídica e incentivos fiscais, oacolhimento de crianças ou adolescentes, sob a forma de guarda, feito por pessoa física.Art. 55. Às crianças e aos adolescentes assegurar-se-á direito a juizado de proteção, com especialização ecompetência exclusiva, nas comarcas de mais de duzentos mil habitantes.Art. 56. O acesso ao crédito público somente se permitirá a pessoas jurídicas que comprovarem prestarassistência, através de creche, aos filhos dos seus trabalhadores, atendidos os requisitos da lei.Art. 57. À criança e ao adolescente é garantido o pleno e formal conhecimento de infração que lhes sejaatribuída e a ampla defesa por profissionais habilitados, na forma da lei.Art. 58. A família ou entidade familiar será sempre o espaço preferencial para o atendimento da criança,do adolescente e do idoso.Art. 59. O Estado eliminará, progressivamente, à medida que criar meios adequados que os substituam, osistema de internato para as crianças e adolescentes carentes.Art. 60. Em caso de conduta anti-social, a criança e o adolescente deverão ser conduzidos a órgãoespecializado, que conte com a permanente assistência de psicólogo e assistente social, atendo-se sempreà sua peculiar condição de pessoa em desenvolvimento, garantida a convocação imediata dos pais ouresponsáveis, se houve, e, na falta destes, a notificação do Conselho Estadual de Defesa da Criança e doAdolescente.Art. 61. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando-lhesparticipação na comunidade, defendendo-lhes a dignidade e o bem-estar, garantido o direito à vida.Parágrafo único. Lei disporá sobre programas de atendimento aos idosos, executados preferencialmenteem seus lares, referentes à integração familiar e comunitária, saúde, habitação e lazer.

Art. 62. O Estado garantirá na forma da lei a participação de entidades de defesa dos direitos da criança,do adolescente e do idoso na fiscalização do cumprimento dos dispositivos previstos neste capítulo,através da organização de Conselhos de Defesa dos seus direitos.

CAPÍTULO IV- DA DEFESA DO CONSUMIDOR (art. 63)

Art. 63. O consumidor tem direito à proteção do Estado.Parágrafo único. A proteção far-se-á, entre outras medidas criadas em lei, através de:I - criação de organismos de defesa do consumidor;II - desestímulo à propaganda enganosa, ao atraso na entrega de mercadorias e ao abuso na fixação depreços;

Artigo 63 regulamentado pelas Leis nº 2.629, de 27.09.1996, que obriga aos postos degasolina a fixarem em local visível, tabela de preços de combustíveis.Vide Lei nº 3.511, de 18.12.2000, que dispõe sobre as formas de afixação de preços deprodutos e serviços, para conhecimento pelo consumidor.

III - responsabilidade das empresas comerciais, industriais e de prestação de serviços pela garantia dosprodutos que comercializam, pela segurança e higiene das embalagens, pelo prazo de validade e pela trocados produtos defeituosos;

Vide Lei nº 4.129, de 16.07.2003, que obriga os supermercados a divulgar com destaque adata de vencimento da validade dos produtos incluídos em todas as promoções especiaislançadas por estes estabelecimentos.

IV - responsabilização dos administradores de sistemas de consórcio pelo descumprimento dos prazos deentrega das mercadorias adquiridas por seu intermédio;V - obrigatoriedade de informação na embalagem em linguagem compreensível pelo consumidor, sobre acomposição do produto, a data da sua fabricação e o prazo de sua validade;

Inciso V regulamentado pelas Leis nº 3.660, de 04.10.2001, que dispõe sobre informaçõesbásicas de produtos de consumo e dá outras providências.Lei nº 4.129, de 16.07.2003, que obriga os supermercados a divulgar com destaque a data devencimento da validade dos produtos incluídos em todas as promoções especiais lançadas porestes estabelecimentos.

VI - determinação para que os consumidores sejam esclarecidos acerca do preço máximo de venda e domontante do imposto a que estão sujeitas as mercadorias comercializadas;VII - autorização às associações, sindicatos e grupos da população para exercer, por solicitação do Estado,o controle e a fiscalização de suprimentos, estocagens, preços e qualidade dos bens e serviços deconsumo;VIII - assistência jurídica integral e gratuita ao consumidor, curadorias de proteção no âmbito doMinistério Público e Juizados Especiais de Pequenas Causas, obrigatórios nas cidades com mais deduzentos mil habitantes;IX - estudos sócio-econômicos de mercado, a fim de estabelecer sistemas de planejamento,acompanhamento e orientação de consumo capazes de corrigir as distorções e promover seu crescimento;X - atuação do Estado como regulador do abastecimento, impeditiva da retenção de estoques.

TÍTULO III- DA ORGANIZAÇÃO ESTADUAL

CAPÍTULO I- DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (arts. 64 a 71)

Art. 64. A organização político-administrativa do Estado do Rio de Janeiro compreende o Estado-membro e os seus municípios, todos entidades autônomas e exercendo suas competências constitucionaisem seus respectivos territórios e circunscrições.

§ 1º O território do Estado tem como limites geográficos os existentes e demarcados na data dapromulgação desta Constituição, compreendendo a área continental e suas projeções marítima e aérea e sópodendo ser alterado mediante aprovação de sua população e lei complementar federal.§ 2º A Cidade do Rio de Janeiro é a Capital do Estado.Art. 65. No exercício de sua autonomia o Estado editará leis, expedirá decretos, praticará atos e adotarámedidas pertinentes aos seus interesses, às necessidades da administração e ao bem-estar do seu povo.Parágrafo único. O Estado poderá celebrar convênios com a União, outros Estados e Municípios ourespectivos órgãos da administração indireta, inclusive fundacional, para execução de suas leis, serviçosou decisões por servidores federais, estaduais ou municipais.Art. 66. São símbolos estaduais a bandeira, o hino e o brasão.Art. 67. Incluem-se entre os bens do Estado:I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem em seu domínio, excluídas as sob domínio daUnião, Municípios ou terceiros;III - as ilhas fluviais e lacustres e as terras devolutas situadas em seu território, não pertencentes à União;IV - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, naforma da lei, as decorrentes de obras da União.Art. 68. Os bens imóveis do estado não podem ser objeto de doação nem de utilização gratuita porterceiros, nem de aluguel, salvo mediante autorização do Governador, se o beneficiário for pessoa jurídicade direito público interno, entidade componente de sua administração indireta ou fundação instituída peloPoder Público, bem como nos casos legalmente previstos para regularização fundiária.

Caput com redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 30.09.2009, em vigor na datade sua publicação.O caput alterado dispunha o seguinte:"Art. 68. Os bens imóveis do Estado não podem ser objeto de doação nem de utilizaçãogratuita por terceiros, salvo, mediante autorização do Governador, se o beneficiário forpessoa jurídica de direito público interno, entidade componente de sua administração indiretaou fundação instituída pelo Poder Público."

§ 1º Exceto no caso de imóveis residenciais destinados à população de baixa renda, através de órgãopróprio estatal, a alienação, a título oneroso, de bens imóveis do Estado ou de suas autarquias dependeráde autorização prévia da Assembleia Legislativa, salvo nos casos previstos em lei complementar, e seráprecedida de licitação, dispensada quando o adquirente for uma das pessoas referidas no caput desteartigo ou nos casos de dação em pagamento, permuta ou investidura.

§ 1º regulamentado pelas Leis Complementares nº 58, de 15.01.1990, que dispõe sobre aaplicação do art. 68, § 1º, da Constituição Estadual, e dá outras providências.Lei Complementar nº 60 de 28.03.1990, dispõe sobre a aplicação do art. 68, § 1º, daConstituição Estadual, e dá outras providências.

§ 2º O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos bens imóveis das sociedades de economia mista ede suas subsidiárias, que não sejam de uso próprio para o desenvolvimento de sua atividade nem aos queconstituam exclusivamente objeto dessa mesma atividade.§ 3º As entidades beneficiárias de doação do Estado ficam impedidas de alienar bem imóvel que delatenha sido objeto. No caso de o bem doado não mais servir às finalidades que motivaram o ato dedisposição, reverterá ao domínio do Estado, sem qualquer indenização, inclusive por benfeitorias dequalquer natureza, nele introduzidas.§ 4º Na hipótese de privatização de empresa pública ou sociedade de economia mista, mediante expressaautorização legislativa, seus empregados terão preferência, em igualdade de condições, para assumi-lassob a forma de cooperativas.§ 5º As exigência previstas neste artigo poderão ser dispensadas no caso de imóveis destinados aprogramas de regularização fundiária, inclusive para fins de assentamento de população de baixa renda, naforma da lei complementar, que disporá, ainda, sobre as condições e procedimentos específicos para aalienação de imóveis públicos e para sua utilização pelos beneficiários no âmbito dos referidos programas.

§ 5º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 30.09.2009, em vigor na datade sua publicação.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 5º Formalidades previstas neste artigo poderão ser dispensadas no caso de imóveisdestinados ao assentamento de população de baixa renda para fins de reforma agrária ouurbana."

§ 6º É vedada a concessão de uso de bem imóvel do Estado a empresa privada com fins lucrativos,quando o bem possuir destinação social específica.Art. 69. As ações de sociedades de economia mista pertencentes ao Estado não poderão ser alienadas aqualquer título, sem expressa autorização legislativa.Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto neste artigo, as ações com direito a voto das sociedades deeconomia mista só poderão ser alienadas desde que mantido o controle acionário, representado por 51%das referidas ações.

Parágrafo único declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 234-1/600.

Art. 70. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão oupermissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.Parágrafo único. A lei disporá sobre:I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seucontrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão daconcessão ou permissão;II - os direitos dos usuários;III - política tarifária;IV - a obrigação de manter serviço adequado.Art. 71. É vedado ao Estado e aos Municípios:I - instituir cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o exercício ou manter com eles oucom seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração deinteresse público;II - recusar fé aos documentos públicos ou exigir reconhecimento de firma;III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

CAPÍTULO II- DA COMPETÊNCIA DO ESTADO (arts. 72 a 74)

Art. 72. O Estado exerce todas as competências que não lhe sejam vedadas pela Constituição daRepública.§ 1º As competências político-administrativas do Estado são exercidas com plenitude sobre as pessoas,bens e atividades em seu território, ressalvadas as competências expressas da União e dos Municípios.§ 2º Cabe ao Estado explorar diretamente ou mediante concessão os serviços locais de gás canalizado, naforma da lei.

Parágrafo 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigorna data de sua publicação.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 2º Cabe ao Estado explorar, diretamente ou mediante concessão, a empresa estatal emque o Poder Público estadual detenha a maioria do capital com direito a voto, comexclusividade de distribuição, os serviços de gás canalizado em todo o seu território,incluindo o fornecimento direto, a partir de gasodutos de transporte, a todos os segmentos demercado, de forma que sejam atendidas as necessidades dos setores industrial, comercial,domiciliar, automotivo e outros."

§ 3º Na construção de novos gasodutos para transporte de gás combustível deverão ser executadasderivações, as quais possibilitem o atendimento aos municípios que tenham seu território cortado por essesgasodutos, em locais a serem definidos pelas autoridades municipais em acordo com a concessionária dos

serviços de distribuição de gás canalizado.Art. 73. É competência do Estado, em comum com a União e os Municípios:I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimôniopúblico;II - cuidar da saúde, assistência pública e da proteção das pessoas portadoras de deficiência;III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos,as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valorhistórico, artístico ou cultural;V - proporcionar os meios de acesso a cultura, a educação e a ciência;VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e desaneamento básico;X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dossetores desfavorecidos;XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursoshídricos e minerais em seus territórios;XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.Art. 74. Compete ao Estado, concorrentemente com a União, legislar sobre:I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;II - orçamento;III - juntas comerciais;IV - custas dos serviços forenses;V - produção e consumo;VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,proteção ao meio ambiente e controle da poluição;VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,estético, histórico, turístico e paisagístico;IX - educação, cultura, ensino e desporto;X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;XI - procedimentos em matéria processual;XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;XIII - assistência jurídica e defensoria pública;XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;XV - proteção à infância e à juventude;XVI - organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil.§ 1º O Estado, no exercício de sua competência suplementar, observará as normas gerais estabelecidaspela União.§ 2º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Estado exercerá a competência legislativa plena, paraatender às suas peculiaridades.§ 3º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhefor contrário.

CAPÍTULO III- DAS REGIÕES METROPOLITANAS, AGLOMERAÇÕES URBANAS E MICRORREGIÕES (arts. 75

e 76)

Art. 75. O Estado poderá criar, mediante lei complementar, regiões metropolitanas, microrregiões aaglomerações urbanas, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes para integrar a organizaçãoo planejamento e a execução de funções públicas e serviços de interesse comum.

Lei Complementar nº 64/90. Revogada;Lei Complementar nº 87/97 alterada pela Lei Complementar nº 89/98.Lei Complementar nº 87, de 16.12.1997, que dispõe sobre a região metropolitana do Rio deJaneiro, sua composição, organização e gestão, e sobre a microrregião dos lagos, define asfunções públicas e serviços de interesse comum e dá outras providências.Lei Complementar nº 89, de 17.07.1998, que altera a Lei Complementar nº 87, de 16/12/97,e dá outras providências.

§ 1º Os Municípios que integrem agrupamentos não perdem a autonomia política, financeira eadministrativa.§ 2º As regiões metropolitanas, as microrregiões e as aglomerações urbanas disporão de um órgãoexecutivo e de um Conselho Deliberativo compostos na forma da lei complementar que incluirárepresentantes dos poderes Executivo e Legislativo, de entidades comunitárias e da sociedade civil.§ 3º O Estado e os Municípios estabelecerão mecanismos de cooperação de recursos para assegurar arealização das funções públicas e serviços de interesse comum das regiões, microrregiões e aglomeraçõesurbanas.§ 4º Os Municípios que suportarem os maiores ônus decorrentes de funções públicas de interesse comumterão direito a compensação financeira a ser definida em lei complementar.Art. 76. É facultada aos municípios, mediante aprovação das respectivas Câmaras Municipais, aformação de consórcios intermunicipais, para o atendimento de problemas específicos dos consorciadosno período de tempo por eles determinado.

CAPÍTULO IV- DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção I- Disposições Gerais (arts. 77 e 78)

Art. 77. A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes do Estado edos Municípios, obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,interesse coletivo e, também, ao seguinte:I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitosestabelecidos em lei;II - a investidura em cargo ou emprego público da administração direta, indireta ou fundacional dependede aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações paracargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

Vide Lei nº 4.053, de 30.12.2002, que estabelece normas para os concursos públicos e dáoutras providências.

III - não haverá limite máximo de idade para a inscrição em concurso público, constituindo-se, entretanto,em requisito de acessibilidade ao cargo ou emprego a possibilidade de permanência por cinco anos no seuefetivo exercício;IV - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igualperíodo;V - tanto no prazo de validade quanto no de sua prorrogação, previstos no edital de convocação, oaprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será, observada a classificação, convocadocom prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;VI - a convocação do aprovado em concurso far-se-á mediante publicação oficial, e por correspondênciapessoal;

VII - a classificação em concurso público, dentro do número de vagas obrigatoriamente fixado norespectivo edital, assegura o provimento no cargo no prazo máximo de cento e oitenta dias, contado dahomologação do resultado;

Vide ADIn 2.931-2 que por maioria declarou a inconstitucionalidade deste inciso. - Plenário,24.02.2005. Acórdão, DJ 29.09.2006.

VIII - os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos, preferencialmente, por servidoresocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições previstos em lei;IX - os cargos de natureza técnica só poderão ser ocupados pelos profissionais legalmente habilitados e decomprovada atuação na área;X - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, em suas áreas de competência e jurisdição,precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;XI - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidadetemporária de excepcional interesse público;XII - à revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índices entre servidorespúblicos civis e militares, far-se-á sempre na mesma data;XIII - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dosservidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valorespercebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por Deputados Estaduais, Secretários deEstado e Desembargadores, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, peloPrefeito;XIV - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superioresaos pagos pelo Poder Executivo;XV - é vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para o efeito de remuneração de pessoal doserviço público, ressalvado o disposto no inciso anterior e no artigo 82, § 1º, desta Constituição;XVI - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados,para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento;XVII - o servidor público estadual, civil ou militar, poderá gozar licença especial e férias na forma da leiou de ambas dispor, sob a forma de direito de contagem em dobro para efeito de aposentadoria ou tê-lastransformadas em pecúnia indenizatória, segundo sua opção;

Inciso XVII, na expressão "ou tê-las transformadas em pecúnia indenizatória, segundo suaopção", declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 227-9/600.

XVIII - os vencimentos dos servidores públicos, civis e militares, são irredutíveis e a remuneraçãoobservará o que dispõem os incisos XIII e XIV deste artigo e o artigo 153, III e § 2º, I, da Constituição daRepública;XIX - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade dehorários:a) a de dois cargos de professor, assim considerado o de especialista de educação;b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;c) e de dois cargos privativos de médico.XX - a proibição de acumular não se aplica a proventos de aposentadoria, mas se estende a empregos efunções e abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidaspelo Poder Público;XXI - somente por lei específica poderão ser criadas, empresa pública, sociedade de economia mista,autarquia ou fundação pública;XXII - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidadesmencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;XXIII - ressalvada a legislação federal aplicável, ao servidor público estadual é proibido substituir, sobqualquer pretexto, trabalhadores de empresas privadas em greve;XXIV - aos servidores públicos do Estado é vedado serem proprietários, controlarem direta ouindiretamente, ou fazerem parte da administração de empresas privadas fornecedoras de suas instituiçõesou que delas dependam para controle ou credenciamento e, na forma da lei:

a) as vedações deste inciso estender-se-ão aos parentes diretos, consangüíneos ou afins, assim como aosseus prepostos;b) as punições específicas aos transgressores desta norma serão impostas, sem prejuízos das sançõesgenéricas que lhes sejam aplicáveis.XXV - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serãocontratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições e de pagamentosa todos os concorrentes, com previsão de atualização monetária para os pagamentos em atraso,penalidades para os descumprimentos contratuais, permitindo-se, no ato convocatório, somente asexigências de qualificação técnica, jurídica e econômico-financeira indispensáveis à garantia documprimento das obrigações.

Vide Lei nº 4.103, de 13.05.2003, dispõe sobre a disponibilização, na internet, deinformações relativas aos atos, contratos e licitações, no âmbito do poder público do Estadodo Rio de Janeiro.

XXVI - os servidores públicos não poderão ser colocados à disposição de outros setores da administraçãopública da União, dos Estados e dos Municípios, antes de completarem dois anos de efetivo exercíciofuncional no órgão de origem;XXVII - os servidores da administração pública direta, colocados à disposição da administração públicaindireta ou fundacional, quando da transferência para a inatividade, incorporarão aos proventos acomplementação de vencimentos que venham percebendo, desde que caracterizada essa situação há, nomínimo, oito anos consecutivos.XXVIII - É vedada a nomeação de pessoas que se enquadram nas condições de inelegibilidade nos termosda legislação federal para os cargos de Secretário de Estado, Sub-Secretário, Procurador Geral de Justiça,Procurador Geral do Estado, Defensor Público Geral, Superintendentes e Diretores de órgãos daadministração pública indireta, fundacional, de agências reguladoras e autarquias, Chefe de Polícia Civil,Titulares de Delegacias de Polícia, Comandante Geral da Polícia Militar, Comandante Geral do Corpo deBombeiros, Comandantes de Batalhões de Polícia Militar, Comandante de Quartéis de Bombeiro Militar,Reitores das Universidades Públicas Estaduais e ainda para todos os cargos de livre provimento dospoderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado.

Inciso XXVIII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 22.11.2011, em vigorna data de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"XXVIII - a licença médica para tratamento de saúde, concedida aos servidores públicos, queexceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias no período de 12 (doze) meses, a contar doprimeiro dia de afastamento, será concedida mediante avaliação por junta médica oficial."Inciso XXVIII acrescido pela Emenda Constitucional nº 46, de 31.05.2011, em vigor na datade sua publicação.

§ 1º Compreende-se na administração direta os serviços sem personalidade jurídica própria, integrados naestrutura administrativa de qualquer dos Poderes do Estado; na administração indireta, constituída deentidades dotadas de personalidade jurídica própria, as autarquias, as empresas públicas e as sociedadesde economia mista, bem como as subsidiárias dessas entidades, incluindo as fundações instituídas oumantidas pelo Poder Público.§ 2º Considera-se:I - autarquia - o serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica de direito público, patrimônioe receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seumelhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada;II - empresa pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado com patrimôniopróprio e capital público majoritariamente do Estado, criada por lei para a exploração de atividadeeconômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniênciaadministrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito;III - sociedade de economia mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criadapor lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações comdireito a voto pertençam em sua maioria ao Estado ou a entidade da administração indireta;

IV - fundação pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijamexecução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio própriogerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos do Estado e de outrasfontes.§ 3º A publicidade dos atos e programas, obras e serviços dos órgãos públicos somente poderá ser feitaem caráter educativo e de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens quecaracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.§ 4º A não observância do disposto nos incisos II e V deste artigo implicará a nulidade do ato e a puniçãoda autoridade responsável, nos termos da lei.§ 5º As reclamações relativas à prestação de serviços públicos serão disciplinadas em lei.§ 6º Os atos de improbidade administrativa importarão a perda da função pública, a indisponibilidade dosbens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penalcabível.§ 7º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicosresponderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito deregresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.§ 8º Os Conselhos, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e Regionais das demais profissõesregulamentadas, serão obrigatoriamente chamados a participar de todas as fases do processo de concursopúblico, desde a elaboração dos editais até a homologação e publicação dos resultados, sempre que nosreferidos concursos se exigirem conhecimentos técnicos dessas categorias, cabendo, na inexistência dosConselhos, idêntico direito às entidades de funcionários.§ 9º O Estado não subvencionará nem beneficiará, com isenção ou redução de tributos, taxas, tarifas, ouquaisquer outras vantagens, as entidades dedicadas a atividades educacionais, culturais, hospitalares,sanitárias, esportivas ou recreativas, cujos atos constitutivos e estatutos não disponham expressamenteesses fins exclusivamente filantrópicos e não lucrativos, ou que, de forma direta ou indireta, remuneremseus instituidores, diretores, sócios ou mantenedores.§ 10. É vedada ao Poder Público, direta ou indiretamente, a publicidade de qualquer natureza, fora doterritório do Estado, para fins de propaganda governamental.§ 11. São vedadas, na Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro:I - a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente, até o terceiro grau civil inclusive, de membro dePoder, para cargo em comissão declarado em Lei de livre nomeação e exoneração ou função deconfiança, qualquer que seja a denominação ou símbolo da gratificação;II - a contratação, sem que seja por concurso público, ainda que por tempo determinado, para atender anecessidade temporária de excepcional interesse público, das pessoas descritas no inciso anterior.

§ 11 acrescido pela Emenda Constitucional nº 34/2005.

§ 12. A vedação prevista no parágrafo anterior estende-se aos membros de órgão coletivo,reciprocamente, de modo que não poderão as pessoas mencionadas exercer qualquer das funçõesprevistas, no referido órgão.

§ 12 acrescido pela Emenda Constitucional nº 34/2005.

§ 13. O disposto no parágrafo anterior não se aplica a servidores efetivos.§ 13 acrescido pela Emenda Constitucional nº 34/2005.

§ 14. Em caso de violação do disposto nos parágrafos 11 e 12 deste artigo, as autoridades públicas emembros de Poder incorrerão em falta disciplinar grave e serão solidariamente responsáveis com osbeneficiados, sem prejuízo das sanções de outra ordem cabíveis e da nulidade dos atos praticados.

§ 14 acrescido pela Emenda Constitucional nº 34/2005.

Art. 78. Qualquer que seja a causa mortis do servidor público civil ou militar, será de cem por cento daremuneração total o valor mínimo da pensão devida a seus dependentes na forma da lei.

Seção II- Do Controle Administrativo (arts. 79 a 81)

Art. 79. O controle dos atos administrativos do Estado e dos Municípios será exercido pelo PoderLegislativo, pelo Ministério Público, pela sociedade, pela própria administração e, no que couber, peloTribunal de Contas do Estado.

Caput com redação dada pelo artigo 3º da Emenda Constitucional nº 04, de 20.08.1991.O caput alterado dispunha o seguinte:"Art. 79. O controle dos atos administrativos do Estado e dos Municípios será exercido peloPoder Legislativo, pelo Ministério Público, pela sociedade, pela própria administração e, noque couber, pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Conselho Estadual de Contas dosMunicípios".

Parágrafo único. Haverá uma instância colegiada administrativa para dirimir controvérsias entre o Estadoe seus servidores públicos civis.Art. 80. A administração pública tem o dever de anular os próprios atos, quando eivados de vícios que ostornem ilegais, bem como a faculdade de revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,respeitados neste caso os direitos adquiridos, além de observado, em qualquer circunstância, o devidoprocesso legal.

Artigo 80 regulamentado pela Lei nº 3.870, de 24.06.2002.

Art. 81. A autoridade que, ciente de vício invalidador de ato administrativo, deixar de saná-lo, incorreránas penalidades da lei pela omissão, sem prejuízo das sanções previstas no artigo 37, § 4º, da Constituiçãoda República, se for o caso.

Seção III- Dos Servidores Públicos Civis (arts. 82 a 90)

Art. 82. O Estado e os Municípios instituirão regime jurídico único e planos de carreira para os servidoresda administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.§ 1º A lei assegurará, aos servidores da administração direta, isonomia de vencimentos para cargos deatribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre os de servidores dos Poderes Executivo,Legislativo e Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao localde trabalho.§ 2º O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos doservidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto no artigo 89, § 5º, destaConstituição.§ 3º O pagamento dos servidores do Estado será feito, impreterivelmente, até o 10º (décimo) dia útil decada mês.

§ 3º declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 247-3/600.

§ 4º Os vencimentos, vantagens ou qualquer parcela remuneratória, pagos com atraso, deverão sercorrigidos monetariamente, de acordo com os índices oficiais aplicáveis à espécie.

§ 4º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 30/2003.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 4º O prazo no parágrafo anterior será, obrigatoriamente, inserido no Calendário Anual dePagamento dos Servidores do Estado".

Art. 83. Aos servidores públicos civis ficam assegurados, além de outros que a lei estabelecer, osseguintes direitos:I - salário mínimo;II - irredutibilidade do salário;III - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;IV - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;V - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

VI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;VII - salário-família para os seus dependentes;VIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta semanais, facultada acompensação de horários;IX - incidência da gratificação adicional por tempo de serviço sobre o valor dos vencimentos;X - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;XI - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;XII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e oitenta dias,prorrogável no caso de aleitamento materno, por no mínimo, mais 30 (trinta) dias, estendendo-se, nomáximo, até 90 (noventa) dias.

Inciso XII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 14.04.2009, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"XII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento evinte dias;"

XIII - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;XIV - licença especial para os adotantes, nos termos fixados em lei;XV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;XVI - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;XVII - indenização em caso de acidente de trabalho, na forma da lei;XVIII - redução da carga horária e adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ouperigosas, na forma da lei;XIX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo desexo, idade, etnia ou estado civil;XX - o de opção, na forma da lei, para os efeitos de contribuição mensal, tanto aos submetidos a regimejurídico único quanto aos contratados sob regime da Legislação Trabalhista que sejam, simultaneamente,segurados obrigatórios de mais de um Instituto de Previdência Social sediado no Estado;XXI - redução em cinqüenta por cento de carga horária de trabalho de servidor estadual, responsável legalpor portador de necessidades especiais que requeira atenção permanente;XXII - o de relotação aos membros do magistério público, no caso de mudança de residência, observadosos critérios de distância estabelecidos em lei.Art. 84. É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, observado, no quecouber, o disposto no artigo 8º da Constituição da República.Parágrafo único. A lei disporá sobre a licença sindical para os dirigentes de Federações e Sindicatos deservidores públicos, durante o exercício do mandato, resguardados os direitos e vantagens inerentes àcarreira da cada um.Art. 85. O desconto em folha de pagamento, pelos órgãos competentes da Administração Pública, éobrigatório em favor de entidade de classe, sem fins lucrativos, devidamente constituída e registrada,desde que regular e expressamente autorizado pelo associado.Art. 86. O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em Lei específica.

Art. 86 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 11.06.2003.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 86. O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos na leicomplementar federal".

Art. 87. Ao servidor público em exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego oufunção;II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultadooptar pela remuneração;

III - investido no mandato de Vereador ou Juiz de Paz, havendo compatibilidade de horários, perceberá asvantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e nãohavendo compatibilidade, aplicar-se-á a norma do inciso anterior;IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviçoserá contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados comose no exercício estivesse.Art. 88. A assistência previdenciária e social aos servidores públicos estaduais será prestada, em suasdiferentes modalidades e na forma da legislação ordinária pelos atuais Instituto de Previdência do Estadodo Rio de Janeiro - IPERJ, Instituto de Previdência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio deJaneiro - IPALERJ e Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro - IASERJ.Art. 89. O servidor será aposentado:I - por invalidez permanente, com os proventos integrais, quando decorrentes de acidente em serviço,moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nosdemais casos;II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;III - voluntariamente;a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta se mulher, com proventos integrais;b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, assim consideradoespecialista em educação, e vinte e cinco, se professora, nas mesmas condições, com proventos integrais;c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos proporcionais aesse tempo;d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionaisao tempo de serviço.§ 1º Serão observadas as exceções ao disposto no inciso III, "a" e "c", no caso de exercício de atividadesconsideradas penosas, insalubres ou perigosas, bem como as disposições sobre a aposentadoria em cargosou empregos temporários, na forma prevista na legislação federal.§ 2º O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integralmente para osefeitos de aposentadoria e disponibilidade.§ 3º É assegurada, para efeito de aposentadoria, a contagem recíproca do tempo de serviço nas atividadespúblicas e privadas, inclusive do tempo de trabalho comprovadamente exercido na qualidade deautônomo, fazendo-se a compensação financeira segundo os critérios estabelecidos em lei.§ 4º Na incorporação de vantagens ao vencimento ou provento do servidor, decorrentes do exercício decargo em comissão ou função gratificada, será computado o tempo de serviço prestado ao Estado nestacondição, considerados, na forma da lei, exclusivamente os valores que lhes correspondam naadministração direta estadual.§ 5º Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que semodificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquerbenefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quandodecorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.§ 6º O valor incorporado a qualquer título pelo servidor ativo ou inativo, como direito pessoal, peloexercício de funções de confiança ou de mandato, será revisto na mesma proporção e na mesma data,sempre que se modificar a remuneração do cargo que lhe deu causa.§ 7º Na hipótese de extinção do cargo que deu origem à incorporação de que trata o parágrafo anterior, ovalor incorporado pelo servidor será fixado de acordo com a remuneração de cargo correspondente.§ 8º O Estado providenciará para que os processos de aposentadoria sejam solucionados, definitivamente,dentro de 90 (noventa) dias, contados da data do protocolo.

§ 8º regulamentado pela Lei nº 2.173, de 26.10.1993.

§ 9º Com base em dossiê com documentação completa de todos os inativos, os benefícios de paridadeserão pagos independente de requerimento e apostila, responsabilizando-se o funcionário que der causa aatraso ou retardamento superior a 90 (noventa) dias.

§ 10. A aposentadoria por invalidez poderá, a requerimento do servidor, ser transformada em seguro-reabilitação, custeado pelo Estado, visando a reintegrá-lo em novas funções compatíveis com suasaptidões.§ 11. Ao servidor referido no parágrafo anterior é garantida a irredutibilidade de seus proventos, aindaque na nova função em que venha a ser aproveitado, a remuneração seja inferior à recebida a título deseguro-reabilitação.§ 12. Considera-se como proventos de aposentadoria o valor resultante da soma de todas as parcelas aeles incorporadas pelo Poder Público.Art. 90. São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude deconcurso público.§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgadoou mediante processo administrativo em que lhe que seja assegurada ampla defesa.§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventualocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargoou posto em disponibilidade.§ 3º Ocorrendo extinção do cargo, o funcionário estável ficará em disponibilidade remunerada, comvencimentos e vantagens integrais, pelo prazo máximo de um ano, até seu aproveitamento obrigatório emfunção equivalente no serviço público.§ 4º O servidor público civil demitido por ato administrativo, se absolvido na pela justiça, na ação quedeu causa a demissão, será reintegrado ao serviço público com todos os direitos adquiridos.

§ 4º acrescido pela Emenda Constitucional nº 43, de 26.12.2009, DOE de 17.12.2009, emvigor na data de sua publicação.

Seção IV- Dos Servidores Públicos Militares (arts. 91 a 93)

Art. 91. São servidores militares estaduais os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de BombeirosMilitar.§ 1º As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são asseguradas em plenitude aosoficiais da ativa, da reserva ou reformados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, sendo-lhesprivativos os títulos, postos e uniformes militares.§ 2º As patentes dos oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar são conferidas peloGovernador do Estado.§ 3º O militar em atividade que aceitar cargo público civil permanente será transferido para a reserva.§ 4º O militar da ativa, que aceitar cargo, emprego ou função pública temporária, não eletiva, ainda queda administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e, enquanto permanecer nessa situação, sópoderá ser promovido por antigüidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoçãoa transferência para a reserva, sendo, depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferidopara a inatividade.§ 5º Ao servidor militar são proibidas a sindicalização e a greve, sendo livre, no entanto, a associação denatureza não sindical, sem fins lucrativos, garantido o desconto em folha de pagamento das contribuiçõesexpressamente autorizadas pelo associado.

§ 5º regulamentado pela Lei nº 2.649, de 25.11.1991, que dispõe sobre o direito deassociação dos servidores públicos militares.

§ 6º O militar, enquanto em efetivo serviço, não pode estar filiado a partidos políticos.§ 7º O oficial e a praça só perderão o posto, a patente e a graduação se forem julgados indignos dooficialato, da graduação ou com eles incompatíveis, por decisão de tribunal competente.§ 8º O oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos,por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no parágrafo anterior.§ 9º A lei disporá sobre os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do servidormilitar para a inatividade.

§ 10. Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo, e a seus pensionistas, o disposto nos artigos 82,§ 2º e 89, § 5º, desta Constituição.§ 11. O Estado fornecerá aos servidores militares os equipamentos de proteção individual adequados aosdiversos riscos a que são submetidos em suas atividades operacionais.§ 12. Será designado para as corporações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar um pastorevangélico que desempenhará a função de orientador religioso em quartéis, hospitais e presídios comdireito a ingressar no oficialato capelão.§ 13. O servidor público militar estadual demitido por ato administrativo, se absolvido pela justiça, na açãoque deu causa a demissão, será reintegrado à Corporação com todos os direitos restabelecidos.

§ 13 acrescido pela Emenda Constitucional nº 45, de 24.06.2010, em vigor na data da suapublicação.

Art. 92. Aos servidores militares ficam assegurados os seguintes direitos:I - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que recebem remuneração variável;II - décimo terceiro salário com base na remunerarão integral ou no valor da aposentadoria;III - salário-família para os seus dependentes;IV - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;V - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;VI - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;VII - licença especial para os adotantes, nos termos fixados em lei;VIII - elegibilidade do alistável, atendidas as seguintes condições:a) se contar menos de dez anos de serviço deverá afastar-se da atividade;b) se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passaráautomaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.IX - aos servidores militares estaduais será permitido o porte de arma, para a sua defesa pessoal e dosconcidadãos, fora do horário de serviço.

Inciso IX regulamentado pela Lei nº 1.890, de 14.11.1991.

Parágrafo único. O disposto nos incisos V, VI, VIII, XVI, XVII e XXI do art. 83 desta Constituiçãoaplica-se aos servidores a que se refere este artigo, que também terão assegurado adicional deremuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da Lei.

Parágrafo único acrescido pela Emenda Constitucional nº 02, de 06.08.1991.EC nº 02/91, com eficácia suspensa, até o julgamento final da ação, por decisão do STF naADIn 858-7/600.

Art. 93. A lei disporá sobre a pensão militar estadual.

TÍTULO IV- DOS PODERES DO ESTADO

CAPÍTULO I- DO PODER LEGISLATIVO

Seção I- Disposições Preliminares (arts. 94 a 97)

Art. 94. O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, composta de Deputados,representantes do povo, eleitos entre cidadãos brasileiros, maiores de 21 anos, no exercício dos direitospolíticos, por voto direto e secreto, na forma da legislação federal.Parágrafo único. O número de deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo darepresentação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido detantos quantos forem os deputados federais acima de doze.Art. 95. Cada legislatura terá a duração de quatro anos, iniciando-se com a posse dos eleitos.

Art. 96. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações da Assembleia Legislativa e desuas Comissões serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros.Parágrafo único. As deliberações, a que se refere o caput deste artigo, serão sempre tomadas por votoaberto.

Parágrafo único acrescido pela Emenda Constitucional nº 20, de 29.05.2001.

Art. 97. Ao Poder Legislativo fica assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira.

Seção II- Das Atribuições da Assembleia Legislativa (arts. 98 a 101)

Art. 98. Cabe à Assembleia Legislativa com a sanção do Governador do Estado, não exigida esta para oespecificado nos artigos 99 e 100, legislar sobre todas as matérias de competência do Estado, entre asquais:I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito e dívida pública;III - planos e programas estaduais de desenvolvimento, em conformidade com os planos e programasnacionais;IV - normas gerais sobre exploração ou concessão dos serviços públicos, bem como encampação ereversão destes, ou a expropriação dos bens de concessionárias ou permissionárias e autorizar cada umdos atos de retomada ou intervenção;V - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabeleceo art. 145, caput, VI, da Constituição;

Inciso V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"V - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, fixação dosrespectivos vencimentos ou remuneração;"

VI - normas gerais sobre alienação, cessão, permuta, arrendamento ou aquisição de bens públicos;VII - transferência temporária da sede do Governo;VIII - organização e fixação dos efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, observadasas diretrizes fixadas na legislação federal;IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público, da Procuradoria Geral do Estado, daDefensoria Pública e do Tribunal de Contas do Estado;

Inciso IX com redação dada pelo artigo 3º da Emenda Constitucional nº 04, de 20.08.1991.O inciso alterado dispunha o seguinte:"IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público, da Procuradoria Geral doEstado, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas do Estado e do Conselho Estadual deContas dos Municípios;"

X - criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios;XI - exploração direta ou mediante concessão a empresa estatal em que o Poder Público estadual detenhaa maioria do capital com direito a voto, com exclusividade de distribuição de serviços de gás canalizado;XII - instituição de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;XIII - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e entidades da administração públicaindireta.XIV - fixar, por lei de sua iniciativa, os subsídios dos Deputados Estaduais, consoante § 2º do artigo 27 daConstituição Federal;XV - fixar, por lei de sua iniciativa, os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários deEstado, consoante § 2º do artigo 28 da Constituição Federal.

Incisos XIV e XV acrescidos pela Emenda Constitucional nº 49, de 19.10.2011, em vigor nadata da sua publicação.

Art. 99. Compete privativamente à Assembleia Legislativa:I - dispor sobre seu Regimento Interno, polícia e serviço administrativo de sua Secretaria, bem como criar,prover, transformar e extinguir os respectivos cargos, fixar sua remuneração, observados os parâmetrosestabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;II - eleger os membros da Mesa Diretora, com mandato de dois anos, permitida a reeleição.

STF - ADIn 792-1/600, de 1992. Decisão da Liminar: "Por MAIORIA de votos, o TribunalINDEFERIU a medida cautelar, vencidos os Ministros Carlos Velloso e Marco Aurélio, quedeferiram. Votou o Presidente". - Plenário, 18.11.1992. - Publicada no DJ Seção I de23.11.92.Decisão do Mérito: Por maioria de votos, o Tribunal julgou improcedente a ação direta, nostermos do voto do Relator, vencidos os Ministros Marco Aurélio e Néri da Silveira. Votou oPresidente. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Ministro Celso de Mello,Presidente. Presidiu o julgamento o Ministro Carlos Velloso, Vice-Presidente (RISTF, art. 37,I). - Plenário, 26.05.1997 publicada no D.J de 09.06.97 Seção I, Pág. 25399.. - Acórdão, DJ20.04.2001.EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade. Ataque à expressão "permitida a reeleição"contida no inciso II do artigo 99 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, no tocante aosmembros da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. - A questão constitucional que secoloca na presente ação direta foi reexaminada recentemente, em face da atual Constituição,pelo Plenário desta Corte, ao julgar a ADIN 793, da qual foi relator o Sr. Ministro CARLOSVELLOSO. Nesse julgamento, decidiu-se, unanimemente, citando-se como precedente aRepresentação nº 1.245, que "a norma do § 4º do art. 57 da CF que, cuidando da eleição dasMesas das Casas Legislativas federais, veda a recondução para o mesmo cargo na eleiçãoimediatamente subseqüente, não é de reprodução obrigatória nas Constituições dos Estados-membros, porque não se constitui num princípio constitucional estabelecido". Ação direta deinconstitucionalidade julgada improcedente.

III - autorizar o Governador a ausentar-se do Estado por mais de quinze dias consecutivos;IV - autorizar o Governador e Vice-Governador a se ausentarem do País;

Inciso IV com eficácia suspensa por decisão do STF na ADIn 678-9/600.

V - estabelecer e mudar temporariamente sua sede, a de suas reuniões, bem como o local de reunião desuas comissões permanentes;VI - dar posse ao Governador e ao Vice-Governador, bem como receber os respectivos compromissos ourenúncias;VII - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limitesde delegação legislativa;VIII - julgar anualmente as contas do Governador, apreciar os relatórios sobre a execução dos planos deGoverno e proceder à tomada de contas, quando não apresentadas dentro de sessenta dias, após a aberturada Sessão Legislativa;IX - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 49, de 19.10.2011, em vigor na data da sua publicação.)

O inciso revogado dispunha o seguinte:"IX - fixar para cada exercício financeiro a remuneração do Governador, doVice-Governador e dos Secretários de Estado;"Vide Lei nº 4.057, de 30.12.2002, que fixa em obediência ao que preceituam os artigos 28, §2º da Constituição Federal, e 99, IX, da Constituição do Estado, o subsídio do governador, dovice-governador e dos secretários de estado.

X - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive os da administração indireta;XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outrosPoderes;XII - autorizar, por dois terços dos seus membros, a instauração de processo contra o Governador, oVice-Governador e os Secretários de Estado;

XIII - processar e julgar o Governador e o Vice-Governador nos crimes de responsabilidade e osSecretários de Estado nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;XIV - processar e julgar o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador-Geral do Estado e o DefensorPúblico Geral do Estado nos crimes de responsabilidade;

Inciso XIV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 14.12.2000.O inciso alterado dispunha o seguinte:"XIV - processar e julgar o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador-Geral do Estado e oProcurador-Geral da Defensoria Pública nos crimes de responsabilidade;"

XV - Aprovar previamente, por escrutínio aberto, após argüição pública, a escolha de Conselheiros doTribunal de Contas do Estado, indicados pelo Governador.

Inciso XV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 29.05.2001.O inciso alterado dispunha o seguinte:"XV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha deConselheiros do Tribunal de Contas do Estado, indicados pelo Governador;"

XVI - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei ou de ato normativo estadual ou municipaldeclarado inconstitucional por decisão definitiva do Tribunal de Justiça;XVII - destituir, por deliberação da maioria absoluta, o Procurador-Geral da Justiça antes do término deseu mandato, na forma da lei complementar respectiva;XVIII - apreciar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas do Estado;

Inciso XVIII com redação dada pelo artigo 3º da Emenda Constitucional nº 04, de20.08.1991.O inciso alterado dispunha o seguinte:"XVIII - apreciar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas do Estado e do ConselhoEstadual de Contas dos Municípios;

XIX - pedir intervenção federal, se necessário, para assegurar o livre exercício de suas funções;XX - apreciar e aprovar convênios, acordos, convenções coletivas ou contratos celebrados pelo PoderExecutivo com os Governos Federal, Estadual ou Municipal, entidades de direito público ou privado, ouparticulares, de que resultem para o Estado quaisquer encargos não estabelecidos na lei orçamentária;

Inciso XX declarado inconstitucional por decisão unânime do STF na ADIn 676-2/600.

XXI - autorizar referendo e convocar plebiscito;XXII - autorizar previamente alienação, a título oneroso, de bens do Estado, na conformidade destaConstituição;XXIII - receber renúncia de mandato de Deputado;XXIV - emendar a Constituição, promulgar leis no caso do silêncio do Governador, expedir decretoslegislativos e resoluções;XXV - declarar a perda de mandato de Deputado, por maioria absoluta de seus membros;XXVI - autorizar previamente operações financeiras externas de interesse do Estado.XXVII - apreciar decretos de intervenção nos Municípios;XXVIII - ordenar a sustação de contrato impugnado pelo Tribunal de Contas;XXIX - apreciar vetos;XXX - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 49, de 19.10.2011, em vigor na data da sua publicação.)

O inciso revogado dispunha o seguinte:"XXX - fixar a remuneração dos Deputados para vigorar na legislatura seguinte;"Vide Lei nº 4.058, de 30.12.2002, que fixa em obediência ao que preceituam os artigos 27, §2º, da Constituição Federal e 99, XXX, da Constituição do Estado, o subsídio dos deputadosestaduais.

XXXI - aprovar, por iniciativa de um terço e pelo voto favorável de três quintos de seus membros, moçãode desaprovação a atos dos Secretários de Estado, sobre cujo processo de discussão e votação disporá oRegime Interno da Assembleia Legislativa, assegurando-lhes o direito de defesa em Plenário;

Inciso XXXI declarado inconstitucional por decisão unânime do STF na ADIn 676-2/600.

XXXII - autorizar previamente, por maioria absoluta dos Deputados, proposta de empréstimo externo aser apresentada pelo Governador ao Senado Federal;XXXIII - autorizar a criação, fusão ou extinção de empresas públicas ou de economia mista, bem como ocontrole acionário de empresas particulares pelo Estado;

Inciso XXXIII declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 234-1/600.

XXXIV - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas do Estado.Inciso XXXIV com redação dada pelo artigo 3º da Emenda Constitucional nº 04, de20.08.1991.O inciso alterado dispunha o seguinte:"XXXIV - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas do Estado e do ConselhoEstadual de Contas dos Municípios."

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos XIII e XIV, funcionará como Presidente o do Tribunal deJustiça, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos da AssembleiaLegislativa, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, semprejuízo das demais sanções cabíveis.Art. 100. A Assembleia Legislativa, por maioria simples, ou qualquer de suas Comissões, poderáconvocar Secretários de Estado e Procuradores Gerais para prestar, pessoalmente, informações sobreassuntos de sua pasta, previamente determinados, importando a ausência, sem justificação adequada,crime de responsabilidade.

STF - ADIn -558-8/600, de 1991. "O Tribunal decidiu, no tocante a Constituição do Estadodo Rio de Janeiro: a) por votação unânime, indeferir a medida cautelar de suspensão dasexpressões "e Procuradores Gerais" do art. 100; b) por maioria de votos, indeferir a medidacautelar de suspensão parcial do artigo 159, (atual art. 162) vencido, em parte, o MinistroMarco Aurélio, que a deferia, para suspender as expressões "por Comissão Permanente oupelos membros" e "pelo Procurador-Geral do Estado, pelo Procurador-Geral da DefensoriaPública"; c) por unanimidade, deferir, em parte, a medida cautelar, para reduzir a aplicaçãodo artigo 176 (atual art. 179), § 2º, inciso V, alínea "e" no tocante a defesa de "interessescoletivos", da alínea "f", A hipóteses nelas previstas em que, ademais, concorra o requisito danecessidade do interessado, e suspende-la, nos demais casos, nos termos do voto do Ministro-Relator: d) por unanimidade, deferir, a medida cautelar, para suspender a eficácia do artigo346 (atual art. 349); e) por unanimidade, deferir a medida cautelar, para suspender a eficáciado parágrafo único, do artigo 352 (atual art. 355). Votou o Presidente. - Plenário,16.08.1991." - Acórdão Publicado no DJ Seção I de 29.08.91 e 26.03.93.

§ 1º O Secretário de Estado poderá comparecer à Assembleia Legislativa e a qualquer de suas Comissões,por sua iniciativa e mediante entendimento prévio com a Mesa Diretora, para fazer exposição sobreassuntos relevante de sua pasta.§ 2º A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa poderá encaminhar pedidos escritos de informação aSecretários de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime deresponsabilidade a recusa, ou o não-atendimento no prazo de trinta dias, bem como a prestação deinformações falsas.

Parágrafo único transformado em parágrafo 1º e parágrafo 2º acrescido pela EmendaConstitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor na data de sua publicação.

Art. 101. A qualquer Deputado ou Comissão da Assembleia Legislativa é permitido formularrequerimento de informação sobre atos do Poder Executivo e de suas entidades de administração indireta,até o limite de doze requerimentos por ano e por requerente, constituindo crime de responsabilidade, nostermos da lei, o não atendimento no prazo de trinta dias, ou a prestação de informações falsas.Parágrafo único. Recebidos pela Mesa Diretora, pedidos de convocação de Secretários de Estado ouProcuradores Gerais ou requerimentos de informação deverão ser encaminhados aos respectivosdestinatários dentro de, no máximo, dez dias.

Seção III- Dos Deputados (arts. 102 a 106)

Art. 102. Os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras evotos.§ 1º Os Deputados, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Tribunal deJustiça.§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros da Assembleia Legislativa não poderão ser presos, salvoem flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas àAssembleia Legislativa, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.§ 3º Recebida a denúncia contra o Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Tribunal de Justiçadará ciência à Assembleia Legislativa, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo votoda maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia Legislativa no prazo improrrogável de quarentae cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.§ 6º Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razãodo exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.§ 7º A incorporação de Deputados às Forças Armadas, embora militares e ainda que em tempo de guerra,dependerá de prévia licença da Assembleia Legislativa.§ 8º As imunidades de Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensasmediante o voto de dois terços dos membros da Assembleia Legislativa, nos casos de atos praticados forado recinto da Assembleia Legislativa, que sejam incompatíveis com a execução da medida.

Artigo 102 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor nadata de sua publicação.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 102. Os Deputados são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos.§ 1º Desde a expedição do diploma, os Deputados da Assembleia Legislativa não poderãoser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados criminalmente, semprévia licença da Casa.§ 2º O indeferimento do pedido de licença ou a ausência de deliberação suspende aprescrição, enquanto durar o mandato.§ 3º No caso de flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos, dentro de vinte equatro horas, à Assembleia Legislativa, a fim de que esta resolva sobre a prisão e autorize, ounão, a formação de culpa.* Vide Emenda Constitucional nº 19, que altera o parágrafo 3º.§ 4º Os Deputados serão submetidos a julgamento perante o Tribunal de Justiça.§ 5º As imunidades dos Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo sersuspensas mediante voto de dois terços dos membros da Casa, no caso de atos praticados forado recinto da Assembleia Legislativa, que sejam incompatíveis com a execução da medida.§ 6º Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ouprestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram oudeles receberam informações.§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputado, embora militar e ainda que em tempode guerra, dependerá de prévia licença da Assembleia Legislativa.§ 8º Poderá o Deputado, mediante licença da Assembleia Legislativa, desempenhar missõestemporárias de caráter diplomático ou cultural.

Art. 103. Os Deputados não poderão:I - desde a expedição do diploma:a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedadede economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer acláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de confiança, nas entidadesconstantes da alínea anterior;II - desde a posse:a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato compessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;b) ocupar cargo ou função de confiança nas entidades referidas no inciso I, "a";c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.Art. 104. Perderá o mandato o Deputado:I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias, salvolicença ou missão autorizada pela Assembleia Legislativa;IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição da República;VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno, o abusodas prerrogativas asseguradas a membro da Assembleia Legislativa ou a percepção de vantagensindevidas.§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Assembleia Legislativa, porvoto aberto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa Diretora ou de partido político comrepresentação na Casa, assegurada a ampla defesa.

§ 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 17, de 17.05.2001.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela AssembleiaLegislativa, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa Diretora oude partido político com representação na Casa, assegurada ampla defesa."

Vide Ação Direta de Inconstitucionalidade ADI 3208 que declarou inconstitucional esteparágrafo.

§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa, de ofício ou medianteprovocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado na Assembleia Legislativa,assegurada plena defesa.§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nostermos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º

Parágrafo 4º acrescido pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor na data desua publicação.

Art. 105. Não perderá o mandato o Deputado:I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do DistritoFederal, de Território, Secretário Municipal de Prefeitura de Capital e de Município com no mínimo300.000 eleitores, ou de Chefe de missão diplomática temporária;

Inciso I com redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 06.12.2000.O inciso alterado dispunha o seguinte:"I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado,do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital, ou de Chefe de missãodiplomática temporária;"

II - licenciado por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que,neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura nos cargos ou funções previstas nesteartigo, ou de licença superior a cento e vinte dias.

§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais dequinze meses para o término do mandato.§ 3º Na hipótese do inciso I deste artigo, o Deputado pode optar pela remuneração do mandato.Art. 106. A remuneração dos Deputados Estaduais será fixada em cada legislatura, para a subseqüente,pela Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os artigos 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, daConstituição da República.

Seção IV- Das Reuniões (arts. 107 e 108)

Art. 107. A Assembleia Legislativa reunir-se-á anualmente na Capital do Estado de 1º de fevereiro a 30de junho e de 1º de agosto a 31 de dezembro.

Caput com redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 10.03.2004.O caput alterado dispunha o seguinte:"Art. 107. A Assembleia Legislativa reunir-se-á anualmente, na Capital do Estado, de 15 defevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro."

§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente,quando recaírem em sábados, domingos e feriados.§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizesorçamentárias.§ 3º A Assembleia Legislativa reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, noprimeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros; no primeiro e no terceiro anos, para eleição daMesa Diretora.

§ 3º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 06, de 29.12.1994.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 3º A Assembleia Legislativa reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º dejaneiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros; no primeiro e noterceiro anos, para eleição da Mesa Diretora."

STF - ADIn 1059-0/600, de 1994. Decisão da Liminar: "Por votação UNÂNIME, o TribunalINDEFERIU o pedido de medida cautelar. Votou o Presidente". - Plenário, 26.05.1994.Publicada no DJ Seção I de 01.07.94, página 17.496.Decisão Monocrática - Prejudicada.Ementa: Deputado Estadual: mandato quadrienal (CF, art. 27, § 1º): redução de um mês dequadriênio dos atuais Deputados Estaduais que resulta do art. 20 ADCT-RJ, que protraiu para1.2.91 o inicio desta legislatura, e não da norma questionada, o art. 107, § 3º, da carta doestado, que, sem contrariar a Constituição Federal, fixou, em termos permanentes, no dia 1ºde janeiro o inicio das legislaturas da assembleia: medida cautelar indeferida.

§ 4º A convocação extraordinária da Assembleia Legislativa será feita:I - pelo seu Presidente, em caso de intervenção em Município, bem como para receber o compromisso edar posse ao Governador e ao Vice-Governador do Estado;II - pela Mesa Diretora ou a requerimento de um terço dos Deputados que compõem a AssembleiaLegislativa para apreciação de ato do Governador do Estado que importe em crime de responsabilidade;III - pelo Governador do Estado, pelo Presidente da Assembleia Legislativa ou a requerimento da maioriados seus membros, em caso de urgência ou interesse público relevante.§ 5º Na sessão legislativa extraordinária, a Assembleia Legislativa somente deliberará sobre a matériapara a qual tiver sido convocada.§ 6º Quando houver convocação extraordinária, os Deputados não farão jus a qualquer tipo deremuneração adicional.

§ 6º acrescido pela Emenda Constitucional nº 33, de 10.03.2004.

§ 7º A Assembleia Legislativa poderá reunir-se de forma itinerante, conforme calendário previamentedeterminado, em Municípios Pólos das Regiões do Estado.

§ 7º acrescido pela Emenda Constitucional nº 36, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

Art. 108. A Assembleia Legislativa reservará um período para a manifestação de representantes deentidades civis, na forma que dispuser o Regimento Interno.

Seção V- Das Comissões (art. 109)

Art. 109. A Assembleia Legislativa terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma ecom as atribuições previstas nos respectivos Regimento ou ato legislativo de sua criação.§ 1º Na constituição da Mesa Diretora e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, arepresentação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares com participação na AssembleiaLegislativa.§ 2º Às comissões, em relação a matéria de sua competência, além de outras atribuições previstas nestaConstituição, cabe:I - discutir e votar projeto de lei que dispensar na forma do Regimento, a deliberação do plenário, salvorecurso de um décimo dos membros da Assembleia Legislativa;II - realizar audiências públicas com entidades representativas da sociedade civil;III - convocar, na forma do artigo 100 desta Constituição, Secretário de Estado ou Procurador-Geral paraprestar informações sobre assuntos inerentes a atribuições de sua pasta;IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas contra atos ou omissões das autoridades ouentidades públicas;V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;VI - apreciar programas de obras, planos estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre elesemitir parecer.§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridadesjudiciais, além de outros previstos no Regimento Interno da Casa, serão criadas a requerimento de umterço dos membros da Assembleia Legislativa, para apuração de fato determinado e por prazo certo, sendosuas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidadecivil ou criminal dos infratores.§ 4º Durante o recesso, haverá uma comissão representativa da Assembleia Legislativa, com atribuiçõesdefinidas no Regimento Interno, cuja composição reproduzirá, tanto quanto possível, a proporcionalidadeda representação partidária, eleita na última sessão ordinária de cada período legislativo.

Seção VI- Do Processo Legislativo (art. 110)

Art. 110. O processo legislativo compreende a elaboração de:I - emendas à Constituição;II - leis complementares à Constituição;III - leis ordinárias;IV - leis delegadas;V - decretos legislativos;VI - resoluções.

Subseção I- Da Emenda à Constituição (art. 111)

Art. 111. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:I - de um terço dos membros de Assembleia Legislativa;II - do Governador do Estado;III - de mais da metade das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma delas, pela maioriarelativa de seus membros.

§ 1º Em qualquer caso, a proposta de emenda será discutida e votada, em dois turnos, considerando-seaprovada quando obtiver, em ambas as votações, votos favoráveis de três quintos dos membros daAssembleia Legislativa.§ 2º A Emenda à Constituição será promulgada pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, com orespectivo número de ordem.§ 3º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa oude estado de sítio.§ 4º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objetode nova proposta na mesma sessão legislativa.

Subseção II- Das Leis (arts. 112 a 118)

Art. 112. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão daAssembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aoscidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.§ 1º São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que:I - fixem ou alterem os efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar;II - disponham sobre:a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica do PoderExecutivo ou aumento de sua remuneração;b) servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoriade civis, reforma e transferência de militares para a inatividade;c) organização do Ministério Público, sem prejuízo da faculdade contida no artigo 172 desta Constituição,da Procuradoria Geral do Estado e da Defensoria Pública;d) criação e extinção de Secretarias de Estado e órgãos da administração pública, observado o disposto oart. 145, caput, VI, da Constituição;

Alínea "d" com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor nadata de sua publicação.A alínea alterada dispunha o seguinte:"d) criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do PoderExecutivo."

§ 2º Não será objeto de deliberação proposta que vise conceder gratuidade em serviço público prestadode forma indireta, sem a correspondente indicação da fonte de custeio.§ 3º Em caso de dúvida em relação as matérias de competência exclusiva do Governador (a) do Estado, aSanção torna superado o possível vício de iniciativa.

§ 3º acrescido pela Emenda Constitucional nº 38, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

Art. 113. Não será admitido aumento da despesa prevista:I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador do Estado, ressalvando o disposto no artigo 210, §3º desta Constituição;II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Assembleia Legislativa, dos Tribunais edo Ministério Público.Art. 114. O Governador do Estado pode solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.§ 1º Se, no caso deste artigo, a Assembleia Legislativa não se manifestar sobre a proposição em atéquarenta e cinco dias, esta deverá ser incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto aosdemais assuntos, para que se ultime a votação.§ 2º Os prazos de que trata o parágrafo anterior não correm nos períodos de recesso da AssembleiaLegislativa, nem se aplicam, aos projetos de código.Art. 115. O Projeto de Lei, se aprovado, será enviado ao Governador do Estado, o qual, aquiescendo, osancionará.

§ 1º Se o Governador do Estado considerar o Projeto de Lei, no todo ou em parte, inconstitucional oucontrário ao interesse público, veta-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contado dadata do recebimento e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, os motivos do veto ao Presidente daAssembleia Legislativa.§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Governador importará sanção.§ 4º O veto será apreciado no prazo de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitadopelo voto da maioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa, em escrutínio aberto.

§ 4º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 17.05.2001.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 4º O veto será apreciado no prazo de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendoser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa, emescrutínio secreto."

§ 5º Se o veto for rejeitado, será o projeto enviado, para promulgação, ao Governador.§ 6º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na Ordem do Dia dasessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas, pelo Governador nos casos dos §§ 3º e5º, o Presidente da Assembleia Legislativa a promulgará e, se este não o fizer em igual prazo, caberá aoprimeiro Vice-Presidente fazê-lo.Art. 116. A matéria constante de Projeto de Lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novoprojeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da AssembleiaLegislativa.Art. 117. As leis delegadas serão elaboradas pelo Governador do Estado, que deverá solicitar adelegação à Assembleia Legislativa.§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, amatéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e garantia de seus membros;II - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.§ 2º A delegação ao Governador do Estado terá a forma de resolução da Assembleia Legislativa, queespecificará seu conteúdo e os termos do seu exercício.§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pela Assembleia Legislativa, esta a fará emvotação única, vedada qualquer emenda.Art. 118. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta e receberão numeração distintadas leis ordinárias.Parágrafo único. Considerar-se-ão leis complementares, entre outras previstas nesta Constituição:I - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 39, de 21.12.2006, em vigor na data de sua publicação).

O inciso revogado dispunha o seguinte:"I - Lei do Sistema Financeiro e Tributário;"

II - Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado;Inciso II com redação dada pelo artigo 3º da Emenda Constitucional nº 04, de 20.08.1991.O inciso alterado dispunha o seguinte:"II - Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado e do Conselho Estadual de Contas dosMunicípios;"

III - Lei Orgânica do Ministério Público;IV - Lei Orgânica da Procuradoria Geral do Estado;V - Lei Orgânica do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas;VI - Lei Orgânica da Defensoria Pública;VII - Lei Orgânica da Carreira de Fiscal de Rendas;VIII - Estatuto dos Servidores Públicos Civis;IX - Estatuto dos Servidores Públicos Militares;

Inciso IX com eficácia suspensa, até a decisão final da ação, por decisão do STF na ADIn1087-5/600.

X - Lei Orgânica da Polícia Civil.

Subseção III- Da Iniciativa Popular (arts. 119 e 120)

Art. 119. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Assembleia Legislativa de Projetode Lei devidamente articulado e subscrito por, no mínimo, dois décimos por cento do eleitorado doEstado, distribuídos em pelo menos dez por cento dos Municípios, com não menos de um décimo porcento dos eleitores de cada um deles.Art. 120. Mediante proposição devidamente fundamentada de dois quintos dos Deputados ou de cincopor cento dos eleitores inscritos no Estado, será submetida a plebiscito popular questão relevante para osdestinos do Estado.§ 1º A votação será organizada pelo Tribunal Regional Eleitoral, no prazo de três meses após a aprovaçãoda proposta, assegurando-se formas de publicidade gratuita para os partidários e os opositores daproposição.§ 2º Serão realizadas, no máximo, duas consultas plebiscitárias por ano, admitindo-se até cincoproposições por consulta, e vedada a sua realização nos quatro meses que antecederem à realização deeleições municipais, estaduais e nacionais.§ 3º O Tribunal Regional Eleitoral proclamará o resultado do plebiscito que será considerado comodecisão definitiva sobre a questão proposta.§ 4º A proposição que já tenha sido objeto de plebiscito popular somente poderá ser reapresentada comintervalo de três anos.§ 5º O Estado assegurará ao Tribunal Regional Eleitoral os recursos necessários à realização das consultasplebiscitárias.

Seção VII- Da Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa (art. 121)

Art. 121. A consultoria jurídica, a supervisão dos serviços de assessoramento jurídico, bem como arepresentação judicial da Assembleia Legislativa, quando couber, são exercidas por seus Procuradores,integrantes da Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa, diretamente vinculada ao Presidente.§ 1º A carreira de Procurador da Assembleia Legislativa, a organização e o funcionamento da instituiçãoserão disciplinados em Lei Complementar, dependendo o respectivo ingresso de provimento condicionadoà classificação em concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados doBrasil.§ 2º O Procurador-Geral da Assembleia Legislativa, chefe da instituição, será nomeado pela MesaDiretora dentre cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada.

§ 2º com redação dada pelo artigo 1º da Emenda Constitucional nº 10, de 02.06.1998.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 2º O Procurador-Geral da Assembleia Legislativa, chefe da instituição, será nomeado pelaMesa Diretora dentre os integrantes da sua Procuradoria Geral."

Seção VIII- Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (arts. 122 a 134)

Art. 122. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e dasentidades da Administração Direta e Indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicaçãodas subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Assembleia Legislativa, mediante controleexterno e pelo sistema de controle interno de cada Poder.Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde,gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos, ou pelos quais o Estado responda ou que, emnome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Art. 123. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com o auxílio do Tribunalde Contas do Estado, ao qual compete:I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado, mediante parecer prévio quedeverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos dostrês poderes, da administração direta e indireta, incluídas as empresas públicas, autarquias, sociedades deeconomia mista e as fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público Estadual, e as contas daquelesque derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo à Fazenda Estadual;III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, naadministração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público,excetuadas as nomeações para cargos de provimento em comissão, bem como a das concessões deaposentadorias, transferências para a reserva, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posterioresque não alterem o fundamento legal do ato concessório;IV - realizar, por iniciativa própria da Assembleia Legislativa, de Comissão técnica ou de inquérito,inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nasunidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas noinciso II;V - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado mediante convênio, acordo, ajusteou outros instrumentos congêneres;VI - prestar as informações solicitadas pela Assembleia Legislativa, ou por qualquer de suas Comissões,sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, e sobre resultados deauditorias e inspeções realizadas;VII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sançõesprevistas em lei, que estabelecerá, dentre outras cominações, multa proporcional ao dano causado aoerário;VIII - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimentoda lei, se verificada ilegalidade;IX - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à AssembleiaLegislativa;X - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pela Assembleia Legislativa, quesolicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.§ 2º Se a Assembleia Legislativa ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidasprevistas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de títuloexecutivo.§ 4º O Tribunal encaminhará à Assembleia Legislativa, trimestral e anualmente, relatório de suasatividades.§ 5º Os responsáveis pelo sistema de controle interno previsto neste artigo, na área contábil, serão,necessariamente, contabilistas inscritos no Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio deJaneiro.§ 6º Aplica-se ao Tribunal de Contas, no que couber, o disposto no artigo 152, §§ 1º e 3º, destaConstituição.Art. 124. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos Municípios, ede todas as entidades de sua administração direta e indireta e fundacional, é exercida mediante controleexterno da Câmara Municipal e pelos sistemas de controle interno do respectivo Poder Executivo, naforma estabelecida em lei.§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas doEstado, que emitirá parecer prévio sobre as contas do Prefeito.§ 2º Somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal deixará de prevalecer oparecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, sobre as contas que o Prefeito prestaráanualmente.

§ 3º No Município do Rio de Janeiro, o controle externo é exercido pela Câmara Municipal, com oauxílio do Tribunal de Contas do Município, aplicando-se, no que couber as normas estabelecidas nestaseção, inclusive as relativas ao provimento de cargos de Conselheiro e os termos dos §§ 3º e 4º do artigo131 desta Constituição.§ 4º As contas do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro serão submetidas, anualmente, àapreciação da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Artigo 124 acrescido pelo artigo 2º da Emenda Constitucional nº 04, de 20.08.1991.

Art. 125. Compete ao Tribunal de Contas do Estado, além de outras atribuições conferidas por lei:I - dar parecer prévio sobre a prestação anual de contas da administração financeira dos Municípioselaborado em sessenta dias, a contar de seu recebimento;II - encaminhar a Câmara Municipal e ao Prefeito o parecer sobre as contas e sugerir as medidasconvenientes para a final apreciação da Câmara;III - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos daadministração direta e indireta dos Municípios, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidaspelo Poder Público Municipal, e as contas dos que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidadede que resulte prejuízo ao erário;IV - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, naadministração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a legalidade das concessõesde aposentadorias e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal doato concessório;V - realizar, por iniciativa própria da Câmara Municipal, de Comissão Técnica ou de Inquérito, inspeçõese auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidadesadministrativas da Câmara Municipal do Poder Executivo Municipal e demais entidades referidas noinciso III;VI - prestar as informações solicitadas pela Câmara Municipal ou por qualquer das respectivas Comissões,sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, e sobre resultados deauditorias e de inspeções realizadas;VII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sançõesprevistas em lei que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;VIII - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimentoda lei, se verificada ilegalidade;IX - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão a Câmara Municipal;X - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pela Câmara Municipal, quesolicitará, de imediato, ao respectivo Poder Executivo as medidas cabíveis.§ 2º Se a Câmara Municipal ou o Prefeito, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas noparágrafo anterior, o Tribunal de Contas do Estado decidirá a respeito.§ 3º As decisões do Tribunal de Contas do Estado, de que resulte imputação de débito ou multa, terãoeficácia de título executivo.

Artigo 125 acrescido pelo artigo 2º da Emenda Constitucional nº 04, de 20.08.1991.

Art. 126. As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, a disposição de qualquercontribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade nos termos da lei.

Artigo 126 acrescido pelo artigo 2º da Emenda Constitucional nº 04, de 20.08.1991.

Art. 127. A Comissão permanente a que se refere o artigo 210, § 1º, desta Constituição, diante deindícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou desubsídios não aprovados, poderá solicitar a autoridade governamental responsável que, no prazo de cincodias, preste os esclarecimentos necessários.§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados insuficientes, a comissão solicitará ao Tribunalpronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.

§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar danoirreparável ou grave lesão à economia pública, proporá à Assembleia Legislativa sua sustação.Art. 128. O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete Conselheiros, tem sede na Capital, quadropróprio do pessoal e jurisdição em todo o território estadual, exercendo, no que couber, as atribuiçõesprevistas no artigo 158, desta Constituição.§ 1º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão nomeados dentre brasileiros com mais detrinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de idoneidade moral, reputação ilibada,formação superior e notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou deadministração pública, com mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional,que exijam tais conhecimentos.§ 2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro serão escolhidos:I - quatro pela Assembleia Legislativa;II - três pelo Governador do Estado, com aprovação da Assembleia Legislativa, sendo um dentre osmembros do Ministério Público, o qual será indicado em lista tríplice pelo Tribunal de Contas, segundo oscritérios de antigüidade e merecimento.

§ 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 13, de 18.04.2000.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão escolhidos:I - dois pelo Governador do Estado, com aprovação da Assembleia Legislativa, sendo umdentre os membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicado em lista tríplice peloTribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;II - cinco pela Assembleia Legislativa."

§ 3º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado terão as mesmas garantias, prerrogativas,impedimentos, vencimentos e vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justiça e somente poderãoaposentar-se com as vantagens do cargo quando o tiverem exercido efetivamente por mais de cinco anos.§ 4º Os Conselheiros, nos casos de crimes comuns e nos de responsabilidade, serão processados ejulgados, originariamente, pelo Superior Tribunal de Justiça.§ 5º São infrações administrativas de Conselheiro do Tribunal de Contas, sujeitas a julgamento pelaAssembleia Legislativa e sancionadas, mesmo na forma tentada, com o afastamento do cargo:I - impedir o funcionamento administrativo de Câmara Municipal ou da Assembleia Legislativa;II - desatender, sem motivo justo, pedido de informações, de auditoria ou de inspeção externa, formuladopor Câmara Municipal ou pela Assembleia Legislativa;III - não cumprir prazo constitucional ou legal para o exercício de sua atribuição;IV - deixar de prestar contas à Assembleia Legislativa;V - incidir em quaisquer das proibições do art. 167 da Constituição da República;VI - praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua prática;VII - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses, sujeitos à administraçãodo Tribunal de Contas;VIII - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.§ 6º Assegurados o contraditório e ampla defesa, o processo administrativo por fato descrito no parágrafoanterior obedecerá ao seguinte rito:I - a notícia, por escrito e com firma reconhecida, poderá ser formulada por qualquer pessoa;II - a instauração do processo administrativo dependerá de aprovação pela maioria absoluta da AssembleiaLegislativa, após a leitura da notícia em Plenário;III - constituir-se-á comissão processante especial, composta por cinco Deputados sorteados, os quaiselegerão o Presidente e o Relator;IV - recebidos os autos, o Presidente determinará a citação do noticiado, remetendo-lhe cópia integral doprocesso administrativo, para que, no prazo de cinco dias, apresente defesa prévia, por escrito, indique asprovas que pretender produzir e arrole testemunhas, até o máximo de dez;

V - o noticiado deverá ser intimado de todos os atos do processo, pessoalmente, ou na pessoa de seuprocurador, com a antecedência, pelo menos, de vinte e quatro horas, sendo-lhe permitido assistir àsdiligências e audiências, bem como formular perguntas e reperguntas às testemunhas e requerer o que forde interesse da defesa;VI - concluída a instrução, será aberta vista do processo ao noticiado, para razões escritas no prazo decinco dias, após o que a comissão processante emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência danotícia;VII - havendo julgamento, o parecer final será lido com Plenário e, depois, o noticiado, ou seu procurador,terá o prazo máximo de uma hora para produzir sua defesa oral.VIII - concluída a defesa, proceder-se-á a tantas votações quantas forem as infrações articuladas nanotícia, considerando-se afastado do cargo, o noticiado que for declarado, pelo voto aberto da maioriaabsoluta dos Deputados, como incurso em qualquer das infrações especificadas na notícia;IX - o processo será concluído em noventa dias, contados da data em que se efetivar a notificação doacusado, sob pena de arquivamento.

§§ 5º e 6º acrescidos pela Emenda Constitucional nº 40, de 02.01.2009, em vigor na data desua publicação.

§ 7º Fica vedada a nomeação para Conselheiro do Tribunal de Constas o cidadão que:I - tenha contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitadaem julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico oupolítico, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que serealizaram nos 8 (oito) anos anteriores;II - que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado,desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regulaa falência;3. contra o meio ambiente e a saúde pública;4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para oexercício de função pública;6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;8. de redução à condição análoga à de escravo;9. contra a vida e a dignidade sexual; e10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;III - que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis;IV - os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas porirregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorríveldo órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário.V - os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a siou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão transitadaem julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, nos 8 (oito) anos anteriores a data de indicação;VI - que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da JustiçaEleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitosde recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais;VII - o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros doCongresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, querenunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar aabertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, daLei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, nos 8 (oito) anos anteriores a data danomeação;

VIII - que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ouproferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão aopatrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcursodo prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena;IX - que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissionalcompetente, em decorrência de infração ético-profissional, salvo se o ato houver sido anulado ou suspensopelo Poder Judiciário;X - a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegaispor decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, observando-se oprocedimento previsto no art. 22;XI - os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente pordecisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ouaposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar.

Parágrafo 7º acrescido pela Emenda Constitucional nº 52, de 26.06.2012, em vigor na data dasua publicação.

Art. 129. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema decontrole interno com a finalidade de:I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo edos orçamentos do Estado;II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão orçamentária,financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração estadual, bem como da aplicação derecursos públicos por entidades de direito privado;III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres doEstado;IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.Parágrafo único. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquerirregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena deresponsabilidade solidária.Art. 130. Os Conselheiros do Tribunal de Contas, ainda que em disponibilidade, não poderão exerceroutra função pública, nem qualquer profissão remunerada, salvo uma de magistério, nem receber, aqualquer título ou pretexto, participação nos processos, bem como dedicar-se à atividade político-partidária, sob pena de perda do cargo.Art. 131. O Tribunal de Contas prestará suas contas, anualmente, à Assembleia Legislativa, no prazo desessenta dias da abertura da sessão legislativa.Art. 132. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma dalei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado.Art. 133. É de competência exclusiva do Tribunal de Contas elaborar o seu Regimento Interno, disporsobre sua organização e funcionamento, solicitar criação, transformação ou extinção de cargos, empregose funções do quadro de pessoal e seu estatuto, e a fixação da respectiva remuneração, observados osparâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.Parágrafo único. A consultoria jurídica, a supervisão dos serviços jurídicos e a representação judicial doTribunal de Contas, quando couber, são exercidas por seus Procuradores, integrantes daProcuradoria-Geral do Tribunal de Contas, instituição a ser regulada por Lei Complementar.

Parágrafo único acrescido pelo art. 1º da Emenda Constitucional nº 12, de 17.08.1999.

Art. 134. Lei disporá sobre a organização e funcionamento do Tribunal de Contas, podendo dividi-lo emCâmaras e criar delegações ou órgãos destinados a auxiliá-lo no exercício de suas funções e nadescentralização dos seus trabalhos, incluindo-se entre as atribuições de seus membros a participaçãonesses órgãos, quando designados pelo Tribunal.

CAPÍTULO II- DO PODER EXECUTIVO (arts. 135 a 150)

Seção I- Do Governador e do Vice-Governador do Estado (arts. 135 a 144)

Art. 135. O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado, auxiliado pelos Secretários deEstado.Art. 136. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos,realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingode outubro, em segundo turno, se houver, do ano do término do mandato de seus antecessores e a posseocorrerá em 1º de janeiro do ano subsequente.

Caput com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor na datade sua publicação.O caput alterado dispunha o seguinte:"Art. 136. O Governador e o Vice-Governador do Estado serão eleitos, simultaneamente,noventa dias antes do término do mandato de seus antecessores."

§ 1º A eleição do Governador do Estado importará a do Vice-Governador com ele registrado.§ 2º A eleição do Governador do Estado é feita por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto.§ 3º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor na data de sua publicação).

O parágrafo revogado dispunha o seguinte:"§ 3º O mandato do Governador é de quatro anos, vedada a reeleição para o períodosubseqüente, e terá início em 1º de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição."

Art. 137. São condições de elegibilidade para Governador e Vice-Governador do Estado:I - nacionalidade brasileira;II - pleno exercício dos direitos políticos;III - domicílio eleitoral na circunscrição do Estado pelo prazo fixado em lei;IV - filiação partidária;V - idade mínima de trinta anos.Art. 138. Será considerado eleito Governador do Estado o candidato que, registrado por partido político,obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.§ 1º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em atévinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados,considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos.§ 2º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal decandidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.§ 3º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato coma mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.Art. 139. O Governador e o Vice-Governador do Estado tomarão posse em sessão da AssembleiaLegislativa, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis epromover o bem geral do povo do Estado do Rio de Janeiro.Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-Governadordo Estado, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.Art. 140. Substituirá o Governador, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, oVice-Governador.Parágrafo único. O Vice-Governador do Estado, além de outras atribuições que lhe forem conferidas porlei complementar, auxiliará o Governador, sempre que por ele convocado para missões especiais.Art. 141. Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou de vacância dosrespectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da chefia do Poder Executivo oPresidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.Art. 142. Vagando os cargos de Governador e de Vice-Governador do Estado, far-se-á eleição noventadias depois de aberta a última vaga.§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período governamental, a eleição para ambos oscargos será feita trinta dias depois da última vaga, pela Assembleia Legislativa, na forma da lei.

Parágrafo 1º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigorna data de sua publicação.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 1º Ocorrendo a vacância no último ano do período governamental, a eleição para ambosos cargos será feita, trinta dias depois da última vaga, pela Assembleia Legislativa, na formada lei."

§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.Art. 143. O Governador residirá na Capital do Estado.§ 1º O Governador não pode ausentar-se do Estado por mais de quinze dias consecutivos, nem doTerritório Nacional por qualquer prazo, sem prévia autorização da Assembleia Legislativa, sob pena deperda do cargo.

§ 1º com a expressão "nem do território nacional por qualquer prazo" suspensa por decisãodo STF na ADIn 678-9/600.

§ 2º O Vice-Governador não pode ausentar-se do Território Nacional por mais de quinze diasconsecutivos, sem prévia autorização da Assembleia Legislativa, sob pena de perda do cargo.§ 3º Tratando-se de viagem oficial, o Governador, no prazo de quinze dias a partir da data do retorno,deverá enviar à Assembleia Legislativa relatório circunstanciado sobre o resultado da mesma.Art. 144. Aplicam-se ao Governador e ao Vice-Governador, no que couber, as proibições e impedimentosestabelecidos para os Deputados Estaduais.Parágrafo único. Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administraçãopública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto noartigo 87, I, IV e V, desta Constituição.

Seção II- Das Atribuições do Governador do Estado (art. 145)

Art. 145. Compete privativamente ao Governador do Estado:I - nomear e exonerar os Secretários de Estado;II - exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da administração estadual;III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis bem como expedir decretos e regulamentos para sua fielexecução;V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;VI - dispor, mediante decreto, sobre:a) organização e funcionamento da administração estadual, com não implicar aumento de despesa nemcriação ou extinção de órgãos públicos;b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Inciso VI com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração estadual, na forma dalei;"

VII - decretar e executar a intervenção nos Municípios, nomeando o Interventor, nos casos previstos nestaConstituição;VIII - remeter mensagens e plano de governo à Assembleia Legislativa por ocasião da abertura da SessãoLegislativa, expondo a situação do Estado e solicitando as providências que julgar necessárias;IX - nomear o Procurador-Geral da Justiça, dentre os indicados em lista tríplice composta, na forma da lei,por integrantes da carreira do Ministério Público;X - nomear os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado;

Inciso X com redação dada pelo artigo 3º da Emenda Constitucional nº 04, de 20.08.1991.O inciso alterado dispunha o seguinte:"X - nomear, observado o disposto nos artigos 125 e 359 desta Constituição, os Conselheirosdo Tribunal de Contas do Estado e os membros do Conselho Estadual de Contas dosMunicípios;"

XI - nomear magistrado, no caso previsto no parágrafo único do artigo 157 desta Constituição, bem comoo Procurador-Geral do Estado e o Defensor Público Geral do Estado, estes observados os artigos 176, § 1ºe 180, parágrafo único, respectivamente;

Inciso XI com redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 14.12.2000.O inciso alterado dispunha o seguinte:"XI - nomear magistrado, no caso previsto no parágrafo único do artigo 157 destaConstituição, bem como o Procurador-Geral do Estado e o Procurador-Geral da DefensoriaPública, estes observados os artigos 176, § 1º e 180, parágrafo único, respectivamente;"

XII - enviar à Assembleia Legislativa o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e aspropostas de orçamento previstas nesta Constituição;XIII - prestar, anualmente, à Assembleia Legislativa, dentro de sessenta dias após a abertura da SessãoLegislativa, as contas referentes ao exercício anterior;XIV - prover e extinguir os cargos públicos estaduais, na forma da lei;XV - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.Parágrafo único. O Governador do Estado poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI eXIV, primeira parte, aos Secretários de Estado, ao Procurador-Geral da Justiça ou ao Procurador-Geral doEstado, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.XVI - nomear o Defensor Público Geral do Estado, dentre os indicados em lista tríplice composta, naforma da Lei, por integrantes da carreira da Defensoria Pública;

Inciso XVI acrescido pela Emenda Constitucional nº 16, de 14.12.2000.

Seção III- Da Responsabilidade do Governador do Estado (arts. 146 a 147)

Art. 146. São crimes de responsabilidade os atos do Governador do Estado que atentarem contra aConstituição da República, a do Estado e, especialmente, contra:I - a existência da União, do Estado ou dos Municípios;II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público;III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;IV - a segurança interna do País ou do Estado;V - a probidade na administração;VI - a lei orçamentária;VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.Parágrafo único. As normas de processo e julgamento bem como a definição desses crimes são asestabelecidas por lei federal.Art. 147. O Governador do Estado, admitida a acusação pelo voto de dois terços dos Deputados, serásubmetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça, nas infrações penais comuns, ou perante aAssembleia Legislativa, nos crimes de responsabilidade.§ 1º O Governador ficará suspenso de suas funções:I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Superior Tribunal de Justiça;II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela Assembleia Legislativa.§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará oafastamento do Governador, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações penais comuns, o Governador doEstado não estará sujeito à prisão.

§ 4º O Governador do Estado, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atosestranhos ao exercício de suas funções.

Seção IV- Dos Secretários de Estado (arts. 148 a 150)

Art. 148. Os Secretários de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e noexercício dos direitos políticos.Parágrafo único. Compete ao Secretário de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nestaConstituição e na lei:I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração estadual naárea de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Governador;II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;III - apresentar ao Governador do Estado relatório anual das atividades realizadas pela Secretaria;IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Governador doEstado.Art. 149. A lei disporá sobre a criação e extinção de Secretarias de Estado e órgãos da administraçãopública.

Artigo 149 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor nadata de sua publicação.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 149. A lei disporá sobre a criação, estruturação e atribuições das Secretarias deEstado."

Art. 150. Os Secretários de Estado, nos crimes comuns e nos de responsabilidade, serão julgados peloTribunal de Justiça.Parágrafo único. Nos crimes de responsabilidade, conexos com os do Governador, o julgamento seráefetuado pela Assembleia Legislativa.

CAPÍTULO III- DO PODER JUDICIÁRIO

Seção I- Disposições Gerais (arts. 151 a 157)

Art. 151. São Órgãos do Poder Judiciário:I - o Tribunal de Justiça;II - os Juízes de Direito;III - o Tribunal do Júri;IV - os Conselhos da Justiça Militar;V - os Juizados Especiais e suas Turmas Recursais.§ 1º Em cada comarca existirá, pelo menos, um Tribunal do Júri, presidido por Juiz de Direito e compostode Jurados, nos termos da lei processual penal.§ 2º Os Juízes de Paz, sem função jurisdicional, integrarão a administração da Justiça.

Artigo 151 com redação dada artigo 1º da Emenda Constitucional nº 07, de 27.05.1998.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 151. São órgãos do Poder Judiciário:I - o Tribunal de Justiça;II - os Tribunais de Alçada e outros Tribunais criados por lei;II - os Tribunais de Alçada e outros Tribunais criados por lei;III - os Juízes de Direito;IV - os Conselhos de Justiça Militar;V - os Juizados Especiais, os de Pequenas Causas e outros Juizados criados por lei, mantida ainstituição do júri.

§ 1º Em cada comarca existirá, pelo menos, um Tribunal do Júri, presidido por Juiz deDireito e composto de Jurados, nos termos da lei processual penal.§ 2º os Juízes de Paz, sem função jurisdicional, integrarão a administração da Justiça."

Art. 152. O Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.§ 1º O Tribunal de Justiça elaborará a proposta orçamentária do Poder Judiciário dentro dos limitesestipulados em conjunto com os demais Poderes na Lei de Diretrizes Orçamentárias.§ 2º O encaminhamento da proposta, depois de aprovada pelo Tribunal de Justiça, será feito pelo seuPresidente, à Assembleia Legislativa.

Nota: Revogou o § 2º e conferiu redação atualizada ao § 3º, que passou a constituir o § 2ºArt. 152 com redação dada pelo artigo 2º da Emenda Constitucional nº 07, de 27.05.1998.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 152. Ao Poder Judiciário é assegurado a autonomia administrativa e financeira.§ 1º O Tribunal de Justiça elaborará a proposta orçamentária do Poder Judiciário dentro doslimites estipulados em conjunto com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias,devendo estabelecer orçamento de custeio operacional dos Foros de cada comarca, a sergerido pelas suas diretorias.§ 2º Para o fim do disposto no parágrafo anterior os demais Tribunais de segunda instânciaapresentarão suas propostas parciais.§ 3º O encaminhamento da proposta, depois de ouvidos aqueles Tribunais e aprovada peloTribunal de Justiça, será feito, pelo Presidente deste, à Assembleia Legislativa."

§ 3º Não encaminhadas as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei dediretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da propostaorçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limitesestipulados na forma do § 1º deste artigo.

§ 3º acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com oslimites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins deconsolidação da proposta orçamentária anual.

§ 4º acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou aassunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, excetose previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

§ 5º acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

Art. 153. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Estadualou Municipal, em virtude de sentença judicial, serão feitos exclusivamente na ordem cronológica deapresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou depessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária aopagamento dos seus débitos, constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, data emque terão atualizados os seus valores, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte.§ 2º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados ao Poder Judiciário,recolhendo-se as importâncias respectivas a repartição competente, cabendo ao Presidente do Tribunal deJustiça determinar o pagamento, segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento docredor e exclusivamente para o caso de preterimento do seu direito de precedência, o seqüestro da quantianecessária à satisfação do crédito.§ 3º Os maiores de 65 anos de idade terão preferência no recebimento de precatórios referentes a créditosde natureza alimentícia.

§ 3º acrescido pela Emenda Constitucional nº 21, de 29.05.2001.Nota: Artigo 2º da Emenda Constitucional nº 21/2001 "Art. 2º O Tribunal de Justiça doEstado do Rio de Janeiro realizará, no prazo de 30 (trinta) dias, o levantamento dosprecatórios de natureza alimentícia, cujos titulares sejam maiores de 65 anos de idade,pendentes de pagamento, e determinará o seu pagamento preferencial aos respectivoscredores."

Art. 154. Os juízes gozam das seguintes garantias:I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perdado cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal de Justiça, e, nos demais casos, de sentença judicialtransitada em julgado;II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do artigo 156, VIII, destaConstituição;III - irredutibilidade de vencimentos; a remuneração observará o que dispõem o artigo 77, XIII, destaConstituição, e artigos 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da Constituição da República.Art. 155. Aos juízes é vedado:I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;III - dedicar-se à atividade político-partidária.IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicasou privadas, ressalvadas as exceções previstas em Lei;

Inciso IV acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data desua publicação.

V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos doafastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

Inciso V acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

Art. 156. A magistratura estadual terá seu regime jurídico estabelecido no Estatuto da Magistratura,observados os seguintes princípios:I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas etítulos, promovido pelo Tribunal de Justiça com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil emtodas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica eobedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;

Inciso I com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, por concurso público deprovas e títulos, promovido pelo Tribunal de Justiça com a participação da Ordem dosAdvogados do Brasil, em todas as suas fases, obedecendo-se, nas nomeações, à ordem declassificação;"

II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, observado oseguinte:a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas, ou cinco alternadas, em listasde merecimento;b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiza primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver, com tais requisitos, quem aceiteo lugar vago;c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade epresteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidosde aperfeiçoamento;

Alínea "c" com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.A alínea alterada dispunha o seguinte:"c) a aferição do merecimento pelos critérios de presteza e segurança no exercício dajurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos reconhecidos de aperfeiçoamento;"

d) na apuração de antigüidade, o Tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo votofundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampladefesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

Alínea "d" com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.A alínea alterada dispunha o seguinte:"d) na apuração da antigüidade, o Tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelovoto de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, repetindo-se a votaçãoaté fixar-se a indicação;"* Redação restabelecida pelo STF - ADIn - 2700, de 2002. "Decisão da Liminar: Pormaioria, o Tribunal deferiu a medida acauteladora para suspender, até decisão final da ação, aeficácia do artigo 156 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, considerada a redaçãoimprimida pela Emenda Constitucional nº 28, de 25.06.2002, do mesmo Estado, vencidos osSenhores Ministros Sepúlveda Pertence e o Presidente, o Senhor Ministro Marco Aurélio.Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. Plenário, 17.10.2002. -Acórdão, DJ 07.03.2003."d) - na apuração da antigüidade, o Tribunal de Justiça somente poderá recusar o juiz maisantigo pelo voto nominal, aberto e motivado de dois terços dos membros efetivos de seuÓrgão Especial, conforme procedimento próprio, repetindo-se a votação até fixar-se aindicação, vedados o escrutínio secreto e o voto não declarado;e) - a recusa de promoção de juízes por antigüidade será ; tomada pelo voto nominal de doisterços de todos os membros efetivos do Órgão Especial do Tribunal, tal como previsto noartigo 93, II, "d", da Constituição Federal, motivando-se cada voto, e pressupõe a préviaaplicação de penalidade após o regular processo administrativo disciplinar, ou a notícia defato grave, que dê ensejo a instauração do referido processo, nos termos da legislaçãoprópria;f) - concretizada a recusa de promoção, deverá ser instaurado processo administrativodisciplinar no prazo de quinze dias, sob pena de nulidade da deliberação e responsabilidadedo órgão coletivo.Nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25.06.2002. STF - ADIn - 2700, de2002. "Decisão da Liminar: Por maioria, o Tribunal deferiu a medida acauteladora parasuspender, até decisão final da ação, a eficácia do artigo 156 da Constituição do Estado doRio de Janeiro, considerada a redação imprimida pela Emenda Constitucional nº 28, de25.06.2002, do mesmo Estado, vencidos os Senhores Ministros Sepúlveda Pertence e oPresidente, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, o Senhor MinistroCelso de Mello. Plenário, 17.10.2002. - Acórdão, DJ 07.03.2003."EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DEINCONSTITUCIONALIDADE DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 28, DE 25.06.2002,DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, QUE DEU NOVA REDAÇÃO AO ART. 156 DACONSTITUCIONAL ESTADUAL, ESTABELECENDO NORMAS SOBRE FORMA DEVOTAÇÃO NA RECUSA DE PROMOÇÃO DO JUIZ MAIS ANTIGO, PROVIDÊNCIAS ASEREM TOMADAS, APÓS A RECUSA, PUBLICIDADE DAS SESSÕESADMINISTRATIVAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, MOTIVAÇÃO DOS VOTOS NELESPROFERIDOS, E PUBLICAÇÃO DO INTEIRO TEOR NO ÓRGÃO OFICIAL DEIMPRENSA. ALEGAÇÃO DE QUE A NOVA REDAÇÃO IMPLICA VIOLAÇÃO AOSARTIGOS 93, "CAPUT", E INCISOS II, "d", E X, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL,CONFLITANDO, AINDA, COM NORMAS, POR ESTA RECEBIDAS, DA LEIORGÂNICA DA MAGISTRATURA NACIONAL. MEDIDA CAUTELAR. 1. Em face daorientação seguida, pelo STF, na elaboração do Projeto de Estatuto da Magistratura Nacional

e em vários precedentes jurisdicionais, quando admitiu que a matéria fosse tratada, conformeo âmbito de incidência, em Lei de Organização Judiciária e em Regimento Interno deTribunais, é de se concluir que não aceita, sob o aspecto formal, a interferência daConstituição Estadual em questões como as tratadas nas normas impugnadas. 2. A não serassim, estará escancarada a possibilidade de o Poder Judiciário não ser considerado como deâmbito nacional, assim como a Magistratura que o integra, em detrimento do que visado pelaConstituição Federal. Tudo em face da grande disparidade que poderá resultar de textosaprovados nas muitas unidades da Federação. 3. Se, em alguns Estados e Tribunais, nãohouverem sido implantadas ou acatadas, em Leis de Organização Judiciária ou emRegimentos Internos, normas auto-aplicáveis da Constituição Federal, como as que regulam amotivação das decisões administrativas, inclusive disciplinares, e, por isso mesmo, o caráternão secreto da respectiva votação, caberá aos eventuais prejudicados a via própria docontrole difuso de constitucionalidade ou de legalidade. 4. E nem se exclui, de pronto, apossibilidade de Ações Diretas de Inconstitucionalidade por omissão. 5. Medida Cautelardeferida, para se suspender a eficácia da Emenda Constitucional nº 28, de 25.06.2002, doEstado do Rio de Janeiro.

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, nãopodendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

Alínea "e" acrescida pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data desua publicação.

III - o acesso ao Tribunal de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente,apurados na última ou única entrância;

Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"III - o acesso aos Tribunais de segundo grau será feito por antigüidade e merecimento,alternadamente, apurados na última entrância ou no Tribunal de Alçada, quando se tratar depromoção para o Tribunal de Justiça, observados o inciso II e a classe de origem;"

IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindoetapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escolanacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;

Inciso IV com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"IV - previsão de cursos oficiais de preparação e aperfeiçoamento de magistrados comorequisitos para ingresso e promoção na carreira;"

V - os subsídios dos magistrados serão fixados com diferença não superior a dez por cento nem inferior acinco por cento de uma para outra das categorias da carreira, sendo o subsídio da mais elevada categoriaequivalente a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal fixado para osMinistros do Supremo Tribunal Federal;

Inciso V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"V - os vencimentos dos magistrados serão fixados com diferença não superior a dez porcento de uma para outra das categorias da carreira, não podendo, a título nenhum, exceder osdos Ministros do Supremo Tribunal Federal;"

VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40 daConstituição da República;

Inciso VI com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"VI - a aposentadoria com proventos integrais é compulsória, por invalidez ou aos setentaanos de idade, e facultativa, aos trinta anos de serviço, após cinco anos de exercício efetivona judicatura;"

VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal;Inciso VII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca;"

VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-áem decisão por voto da maioria absoluta do órgão especial do Tribunal de Justiça ou do ConselhoNacional de Justiça, assegurada ampla defesa;

Inciso VIII com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interessepúblico, fundar-se-á em decisão por voto de dois terços do órgão especial do Tribunal deJustiça, assegurada ampla defesa;"

IX - remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no quecouber, ao disposto nas alíneas "a", "b", "c" e e do inciso II;

Inciso IX com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadastodas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitara presença, em determinados atos, às próprias partes e seus advogados, ou somente a estes;"

X - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas asdecisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partese a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade dointeressado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;

Inciso X com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas, sendo que as disciplinaresserão tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;"* Redação restabelecida pela STF - ADIn - 2700, de 2002. "Decisão da Liminar: Pormaioria, o Tribunal deferiu a medida acauteladora para suspender, até decisão final da ação, aeficácia do artigo 156 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, considerada a redaçãoimprimida pela Emenda Constitucional nº 28, de 25.06.2002, do mesmo Estado, vencidos osSenhores Ministros Sepúlveda Pertence e o Presidente, o Senhor Ministro Marco Aurélio.Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. Plenário, 17.10.2002. -Acórdão, DJ 07.03.2003."X - todas as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas, aquelas sobre apromoção de magistrados serão públicas mediante votação aberta e as disciplinares serãotomadas pelo voto da maioria absoluta dos membros efetivos dos órgãos competentes,observado o seguinte:a) - a motivação das decisões administrativas pressupõe que cada magistrado que participe deórgão de deliberação coletiva apresente de forma clara, objetiva e fundamentada as razões deseu voto individual;

b) - a decisão administrativa final, que represente a vontade do órgão de deliberação coletivacomo um todo, também deverá ser apresentada e redigida de forma clara, objetiva efundamentada, apresentando as razões da decisão que represente a vontade dos seusmembros, conforme o quorum exigido para a votação;c) - a decisão administrativa final, bem como os votos individuais dos membros do órgão dedeliberação coletiva, serão devidamente publicados no órgão oficial de comunicação,assegurando-se a não identificação do magistrado, que, pessoalmente ou através de seuprocurador, será intimado e poderá requerer, previamente, que a decisão seja tomada apenasna presença das partes e seus procuradores, em se tratando de deliberação sobre infraçãodisciplinar.Nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25.06.2002. STF - ADIn - 2700, de2002. "Decisão da Liminar: Por maioria, o Tribunal deferiu a medida acauteladora parasuspender, até decisão final da ação, a eficácia do artigo 156 da Constituição do Estado doRio de Janeiro, considerada a redação imprimida pela Emenda Constitucional nº 28, de25.06.2002, do mesmo Estado, vencidos os Senhores Ministros Sepúlveda Pertence e oPresidente, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, o Senhor MinistroCelso de Mello. Plenário, 17.10.2002. - Acórdão, DJ 07.03.2003."

XI - as decisões administrativas do Tribunal serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinarestomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;

Inciso XI com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores poderá ser constituídoórgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para oexercício das atribuições administrativas e jurisdicionais da competência do tribunal pleno."

XII - no Tribunal, havendo número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgãoespecial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuiçõesadministrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade dasvagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno;

Inciso XII acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data desua publicação.

XIII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e no Tribunal,funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente;

Inciso XIII acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data desua publicação.

XIV - o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e àrespectiva população;

Inciso XIV acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data desua publicação.

XV - os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expedientesem caráter decisório;

Inciso XV acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data desua publicação.

XVI - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.Inciso XVI acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data desua publicação.

Art. 157. Um quinto dos lugares dos Tribunais do Estado será composto de membros do MinistérioPúblico, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputaçãoilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos derepresentação das respectivas classes.Parágrafo único. Recebidas as indicações, o Tribunal de Justiça formará lista tríplice, enviando-a aoGovernador que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

Seção II- Da Competência dos Tribunais (arts. 158 a 159)

Art. 158. Compete privativamente aos tribunais:I - por sua composição plena:a) eleger seus órgãos diretivos;b) elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuaisdas partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais eadministrativos;II - por seus órgãos específicos:a) organizar suas secretarias e serviços auxiliares, zelando pelo exercício da atividade correicionalrespectiva;b) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e servidores que lhes foremimediatamente vinculados;c) autorizar a permuta ou transferência, a pedido de seus membros, de uma para outra Câmara;d) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no artigo 77, II,desta Constituição, os cargos dos seus serviços auxiliares, exceto os de confiança assim definidos em lei.Art. 159. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou de membros do respectivo órgãoespecial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Seção III- Do Tribunal de Justiça (arts. 160 a 162)

Art. 160. O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e jurisdição em todo o território do Estado,compõe-se de Desembargadores em número que a lei fixar.Art. 161. Compete ao Tribunal de Justiça:I - propor à Assembleia Legislativa, observado o artigo 213, desta Constituição, levados em consideração,no que couber o movimento forense nos dois anos anteriores, o número de habitantes e de eleitores, areceita tributária e a extensão territorial a ser abrangida:a) a alteração do número dos membros dos Tribunais;b) a criação e a extinção de cargos e a fixação de vencimentos dos desembargadores, dos juízes, inclusivedos tribunais inferiores, onde houver, dos serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados;c) a criação ou extinção de tribunais inferiores;d) a criação de novos cargos de juízes e a alteração da organização e da divisão judiciárias.II - solicitar a intervenção do Estado para garantir o livre exercício do Poder Judiciário, nos termos destaConstituição e da Constituição da República;III - prover os cargos de juízes, na forma prevista nesta Constituição;IV - processar e julgar originariamente:a) a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, estadual ou municipal, em face daConstituição Estadual;b) a representação do Procurador-Geral da Justiça que tenha por objeto a intervenção em Município;c) nos crimes comuns, o Vice-Governador e os Deputados;d) nos crimes comuns e de responsabilidade:1. os Secretários de Estado, ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 150, desta Constituição;

2. os juízes estaduais e os membros do Ministério Público, das Procuradorias Gerais do Estado, daAssembleia Legislativa e da Defensoria Pública e os Delegados de Polícia, ressalvada a competência daJustiça Eleitoral;3. os Prefeitos, os Vice-Prefeitos e os Vereadores;e) mandado de segurança e o habeas data contra atos:1. do Governador;2. do próprio Tribunal;3. da Mesa Diretora e do Presidente da Assembleia Legislativa;4. do Tribunal de Contas do Estado;

Item 4 com redação dada pelo artigo 3º da Emenda Constitucional nº 04, de 20.08.1991.O item alterado dispunha o seguinte:"4. do Tribunal de Contas do Estado e do Conselho Estadual de Contas dos Municípios;"

5. dos Secretários de Estado;6. dos Procuradores-Gerais da Justiça, do Estado e da Defensoria Pública;7. do Prefeito da Capital e dos Municípios com mais de 200.000 eleitores.f) o habeas corpus, quando o coator ou paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitosdiretamente à sua jurisdição, ou se trate de crime cuja ação penal seja de sua competência originária ourecursal;g) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão,entidade ou autoridade estadual, da administração direta ou indireta;h) a revisão criminal e a ação rescisória de julgados seus e dos juízes, no âmbito de sua competênciarecursal;i) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuiçõespara a prática de atos processuais;V - julgar, em grau de recurso, as causas decididas em primeira instância, no âmbito de sua competência;VI - exercer as demais atribuições que lhe são conferidas pela Lei de Organização e Divisão Judiciárias.§ 1º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fimde assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

§ 1º acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

§ 2º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funçõesda atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentospúblicos e comunitários.

§ 2º acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

Art. 162. A representação de inconstitucionalidade de leis ou de atos normativos estaduais oumunicipais, em face desta Constituição, pode ser proposta pelo Governador do Estado, pela Mesa, porComissão Permanente ou pelos membros da Assembleia Legislativa, pelo Procurador-Geral da Justiça,pelo Procurador-Geral do Estado, pelo Procurador-Geral da Defensoria Pública, Defensor Público Geraldo Estado, por Prefeito Municipal, por Mesa de Câmara de Vereadores, pelo Conselho Seccional daOrdem dos Advogados do Brasil, por partido político com representação na Assembleia Legislativa ou emCâmara de Vereadores, e por federação sindical ou entidade de classe de âmbito estadual.

STF - ADIn -558-8/600, de 1991. Decisão da Liminar: "O Tribunal decidiu, no tocante aConstituição do Estado do Rio de Janeiro: a) por votação unânime, indeferir a medidacautelar de suspensão das expressões "e Procuradores Gerais" do art. 100; b) por maioria devotos, indeferir a medida cautelar de suspensão parcial do artigo 159, (atual art. 162)vencido, em parte, o Ministro Marco Aurélio, que a deferia, para suspender as expressões"por Comissão Permanente ou pelos membros" e "pelo Procurador-Geral do Estado, peloProcurador-Geral da Defensoria Pública"; c) por unanimidade, deferir, em parte, a medidacautelar, para reduzir a aplicação do artigo 176 (atual art. 179), § 2º, inciso V, alínea "e" no

tocante a defesa de "interesses coletivos", da alínea "f", A hipóteses nelas previstas em que,ademais, concorra o requisito da necessidade do interessado, e suspende-la, nos demaiscasos, nos termos do voto do Ministro-Relator: d) por unanimidade, deferir, a medidacautelar, para suspender a eficácia do artigo 346 (atual art. 349); e) por unanimidade, deferira medida cautelar, para suspender a eficácia do parágrafo único, do artigo 352 (atual art.355). Votou o Presidente. - Plenário, 16.08.1991." - Acórdão Publicado no DJ Seção I de29.08.91 e 26.03.93.Nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 14.12.2000.

§ 1º O Procurador-Geral da Justiça deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade.§ 2º Declarada a inconstitucionalidade, por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional,será dada ciência ao Poder competente para adoção das providências necessárias e, em se tratando deórgão administrativo, para fazê-lo em 30 (trinta) dias.§ 3º Quando não for o autor da representação de inconstitucionalidade, o Procurador-Geral do Estadonela oficiará.§ 4º Declarada a inconstitucionalidade, a decisão será comunicada a Assembleia Legislativa ou a CâmaraMunicipal.

Seção IV- Dos Tribunais de Alçada e de Outros Tribunais Criados por Lei (art. 163)

Art. 163. Suprimido pelo artigo 3º da Emenda Constitucional nº 07, de 27.05.1998O artigo suprimido dispunha o seguinte:"Art. 163. Os Tribunais de Alçada dotados de autonomia administrativa, terão jurisdição,sede e número de juízes que a lei determinar, observados os seguintes princípios:I - sua competência, em matéria cível, estará limitada a recursos:a) em quaisquer ações relativas a locação de imóveis, bem assim nas possessórias;b) nas ações relativas a matéria fiscal da competência dos Municípios;c) nas ações de procedimento sumaríssimo, em razão da matéria;d) nas ações de acidentes de trabalho;e) nas execuções por título extrajudicial, exceto as relativas a matéria fiscal da competênciados Estados;II - a competência em matéria criminal estará limitada a habeas corpus e recursos:a) nos crimes contra o patrimônio, seja qual for a natureza da pena cominada;b) nas demais infrações a que não seja cominada pena de reclusão isolada, cumulativa oualternativamente, excetuados os crimes ou contravenções relativos a tóxicos ouentorpecentes, e a falência;III - a matéria atribuída à competência dos Tribunais de Alçada poderá ser redistribuída entreeles na forma que a lei determinar;IV - na existência de mais de um Tribunal de Alçada, caberá, privativamente, a um deles,pelo menos, a competência em matéria penal."

Seção V- Dos Juízes de Direito (arts. 164 e 165)

Art. 164. Os Juízes de Direito, integrando a magistratura de carreira, exercem a jurisdição comum deprimeiro grau, nas Comarcas e Juízos, conforme estabelecido na Lei de Organização e Divisão Judiciárias.Art. 165. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varasespecializadas, designando juízes de entrância especial, com competência exclusiva para questõesagrárias.

Artigo 165 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 165. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça designará juízes deentrância especial, com competência exclusiva para questões agrárias.

Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz se farápresente no local do litígio."

Seção VI- Dos Conselhos de Justiça Militar (art. 166)

Art. 166. A Lei Estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militarestadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundograu, pelo próprio Tribunal de Justiça.§ 1º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militaresdefinidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júriquando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dosoficiais e da graduação das praças.§ 2º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militarescometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho deJustiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.

Artigo 166 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 166. Aos Conselhos de Justiça Militar, constituídos na forma da Lei de Organização eDivisão Judiciárias, compete, em primeiro grau, processar e julgar os integrantes da PolíciaMilitar e do Corpo de Bombeiros Militar, nos crimes militares assim definidos em lei.Parágrafo único. Como órgão de segundo grau, funcionará o Tribunal de Justiça,cabendo-lhe decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e de graduação daspraças."

Seção VII- Dos Juizados Especiais (art. 167)

Art. 167. Serão criados juizados especiais providos por Juízes togados, ou togados e leigos, para aconciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais demenor potencial ofensivo mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipótesesprevistas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau.

Seção VIII- Da Justiça e Paz (art. 168)

Art. 168. À Justiça de Paz, remunerada, composta de bacharéis em Direito, eleitos pelo voto direto,universal e secreto, com mandato de quatro anos, compete, na forma da lei, celebrar casamentos,verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação, exercer atribuiçõesconciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas em lei.

Seção IX- Do Juizado de Execuções Penais (art. 169)

Art. 169. Fica criado o Juizado das Execuções Penais provido por Juízes togados, nas Comarcas doEstado do Rio de Janeiro, com o concurso da Curadoria e Defensoria Pública nos seus feitos,regulamentado por lei ordinária, proposta por mensagem do Poder Judiciário.Art. 169-A. As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos àsatividades específicas da Justiça.

Artigo 169-A acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na datade sua publicação.

CAPÍTULO IV- DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

Seção I- Do Ministério Público (arts. 170 a 175)

Art. 170. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis.§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independênciafuncional.§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe,dentre outras competências:I - propor à Assembleia Legislativa, observado o disposto no artigo 213 desta Constituição, a criação eextinção de seus cargos e serviços auxiliares, bem como a fixação de vencimentos de seus membros eservidores;II - prover os cargos iniciais de carreira e de seus serviços auxiliares por concurso público de provas e deprovas e títulos;III - prover os cargos de confiança, assim definidos em lei;IV - editar atos de provimento derivado e desprovimento;V - praticar atos próprios de gestão, na forma da lei complementar;VI - elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos;VII - adquirir bens e serviços e efetuar a respectiva contabilização.§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei dediretrizes orçamentárias, observando-se, dentre outras, as seguintes normas:I - os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias próprias e globais, compreendidos oscréditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão entregues até o dia 20 (vinte) de cada mês.II - os recursos próprios, não originários do Tesouro Estadual, serão utilizados em programas vinculados àsfinalidades da instituição, vedada outra destinação.§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazoestabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidaçãoda proposta orçamentária anual, os valores aprovados na Lei orçamentária vigente, ajustados de acordocom os limites estipulados na forma do § 3º.

§ 4º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na datade sua publicação.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 4º O Ministério Público, pelos órgãos de atuação, poderá requisitar aos órgãos públicosestaduais da administração, direta e indireta, todos os meios necessários ao desempenho desuas atribuições."

§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limitesestipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins deconsolidação da proposta orçamentária anual.

§ 5º acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou aassunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, excetose previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

§ 6º acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

§ 7º O Ministério Público, pelos órgãos de atuação, poderá requisitar aos órgãos públicos estaduais daadministração, direta e indireta, todos os meios necessários ao desempenho de suas atribuições.

§ 7º acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

Art. 171. O Ministério Público tem por chefe o Procurador-Geral de Justiça.§ 1º O Ministério Público, pelo voto secreto e universal de seus membros, formará lista tríplice, dentreintegrantes da carreira, com mais de dois anos de atividade, para escolha do Procurador-Geral de Justiça,que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para período de dois anos, permitida uma recondução.§ 2º O Procurador-Geral de Justiça poderá ser destituído por deliberação da maioria absoluta do PoderLegislativo, na forma da lei complementar respectiva.Art. 172. Lei complementar, cuja iniciativa é facultada ao Procurador-Geral da Justiça, estabelecerá aorganização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público, observadas, quanto a seus membros:I - as seguintes garantias:a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicialtransitada em julgado;b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiadocompetente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampladefesa;

Alínea "b" com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.A alínea alterada dispunha o seguinte:"b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgãocolegiado competente do Ministério Público, por voto de dois terços de seus membros,assegurada ampla defesa;"

c) irredutibilidade de subsídio, observado quanto a remuneração o que dispõem os artigos 77, XIII, destaConstituição, e 39, § 4º, da Constituição da República, com as ressalvas dos seus arts. 37, X e XI, 150, II,153, III, 153, § 2º, I, da Constituição da República;

Alínea "c" com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.A alínea alterada dispunha o seguinte:"c) irredutibilidade de vencimentos, observado quanto a remuneração o que dispõe o artigo77, XIII, desta Constituição, e os artigos 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição daRepública;"

II - as seguintes vedações:a) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicasou privadas, ressalvadas as exceções previstas em Lei.

Alínea "a" com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.A alínea alterada dispunha o seguinte:"a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagem ou custasprocessuais;"

b) exercer a advocacia;c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;e) exercer atividade político-partidária;

Alínea "e" com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.A alínea alterada dispunha o seguinte:"e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei."

f) exercer a advocacia no juízo ou tribunal perante o qual atuava quando do afastamento do cargo poraposentadoria ou exoneração, antes de decorridos três anos.

Alínea "f" acrescida pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data desua publicação.

§ 1º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos,promovido pela Procuradoria-Geral de Justiça, assegurada a participação da Ordem dos Advogados doBrasil na sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica eobservada, na nomeação, a ordem de classificação.

§ 1º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na datade sua publicação.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 1º O ingresso na carreira do Ministério Público será feito mediante concurso público deprovas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil na suarealização e observada, na nomeação, a ordem de classificação."

§ 2º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 156.§ 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na datade sua publicação.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 2º Aos membros do Ministério Público, que deverão ter residência na comarca ou sede daregião da respectiva lotação, aplica-se, no que couber, o disposto no artigo 156, II e VI, destaConstituição."

Art. 173. São funções institucionais do Ministério Público:I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitosassegurados nesta e na Constituição da República, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para proteção do patrimônio público e social, domeio ambiente, do consumidor, do contribuinte, dos grupos socialmente discriminados e de qualquer outrointeresse difuso e coletivo;IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção do Estado, noscasos previstos nesta Constituição;V - atuar, além das hipóteses do inciso anterior, em qualquer caso em que seja argüida por outrem, diretaou indiretamente, inconstitucionalidade de lei ou ato normativo;VI - expedir notificação nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informaçõese documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigoanterior;VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentosjurídicos de suas manifestações processuais;IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade,sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas;X - fiscalizar a aplicação de verbas públicas destinadas às instituições assistenciais;XI - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa por desrespeito aosdireitos assegurados nesta Constituição e na da República.§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a deterceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto na Constituição da República e na lei.§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverãoresidir na comarca ou sede da região da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.

§ 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na datade sua publicação.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira."

§ 3º Para os fins do inciso IX deste artigo, o Ministério Público poderá ser dotado de órgãos de atuaçãoespecializados em meio ambiente, direitos do consumidor, direitos dos grupos socialmente discriminados,sem prejuízo de outros que a lei criar. A estes poderão ser encaminhadas, as denúncias de violações dedireitos e descumprimento das leis que lhes são relativos, ficando a autoridade que receber a denúnciasolidariamente responsável, em caso de omissão, nos termos da lei.§ 4º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata.

§ 4º acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

§ 5º Lei de iniciativa do Procurador-Geral de Justiça, observado o disposto no art. 173, § 2º, criará aOuvidoria do Ministério Público, competente para receber reclamações e denúncias de qualquerinteressado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares,representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público.

§ 5º acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

Art. 174. Aos membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas aplicam-se as disposiçõesdesta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.Art. 175. Para fiscalizar e superintender a atuação do Ministério Público, bem como, para velar pelosseus princípios institucionais, haverá um Conselho Superior, estruturado na forma de lei complementar.

Seção II- Da Procuradoria Geral do Estado (arts. 176 e 177)

Art. 176. A representação judicial e a consultoria jurídica do Estado, ressalvados o disposto nos artigos121 e 133, parágrafo único, são exercidas pelos Procuradores do Estado, membros da Procuradoria-Geral,instituirão essencial à Justiça, diretamente vinculada ao Governador, com funções, como órgão central dosistema de supervisão dos serviços jurídicos da administração direta e indireta no âmbito do PoderExecutivo.

Caput com redação dada pelo art. 2º da Emenda Constitucional nº 12, de 17.08.1991.O caput alterado dispunha o seguinte:"Art. 176. A representação judicial e a consultoria jurídica do Estado, ressalvados o dispostonos artigos 121, são exercidas pelos Procuradores do Estado, membros da Procuradoria-Geral, instituição essencial à Justiça, diretamente vinculada ao Governador, com funções,como órgão central do sistema de supervisão dos serviços jurídicos da administração direta eindireta no âmbito do Poder Executivo."

§ 1º O Procurador-Geral do Estado, nomeado pelo Governador do Estado dentre os integrantes das duasclasses finais da carreira, maiores de 35 (trinta e cinco) anos e com mais de 10 (dez) anos de carreira,integra o Secretariado Estadual.

§ 1º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 26, de 10.04.2002.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 1º O Procurador-Geral do Estado, nomeado pelo Governador dentre cidadãos de notávelsaber jurídico e reputação ilibada, integra o Secretariado Estadual."

§ 2º Os Procuradores do Estado, com iguais direitos e deveres, são organizados em carreira na qual oingresso depende de concurso público de provas e títulos realizados pela Procuradoria Geral do Estado,assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, observados os requisitos estabelecidos emlei complementar.§ 3º A Procuradoria Geral oficiará obrigatoriamente no controle interno da legalidade dos atos do PoderExecutivo e exercerá a defesa dos interesses legítimos do Estado, incluídos os de natureza finaceiro-orçamentária, sem prejuízo das atribuições do Ministério Público.§ 4º Lei complementar disciplinará a organização e o funcionamento da Procuradoria Geral do Estado,bem como a carreira e o regime jurídico dos Procuradores do Estado.

§ 5º A Procuradoria Geral do Estado terá dotação orçamentária própria, sendo-lhe assegurada autonomiaadministrativa e financeira, bem como a iniciativa, em conjunto com o Governador do Estado, de suaproposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 5º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 26, de 10.04.2002.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 5º A Procuradoria Geral do Estado terá dotação orçamentária própria, sendo-lheassegurada autonomia administrativa e financeira."

§ 6º Compete privativamente à Procuradoria Geral do Estado a cobrança judicial e extrajudicial da dívidaativa do Estado.Art. 177. O Conselho da Procuradoria Geral do Estado, órgão de assessoramento do Procurador-Geral, éintegrado por ele, com voto próprio e de qualidade, e por onze Procuradores eleitos pelos demais emescrutínio direto e secreto, competindo-lhe, entre outras atribuições estabelecidas em lei complementar,elaborar listas para promoção por merecimento na carreira de que trata o § 2º do artigo 176.

Seção III- Da Advocacia e da Defensoria Pública (arts. 178 a 181)

Art. 178. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos emanifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.Art. 179. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe,como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica integral egratuita, a postulação e a defesa, em todos os graus e instâncias, judicial e extrajudicialmente, dos direitose interesses individuais e coletivos dos necessitados, na forma da lei.§ 1º À Defensoria Pública são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de suaproposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinaçãoao disposto no art. 152, § 2º.

§ 1º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na datade sua publicação.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 1º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unicidade, a impessoalidade e aindependência funcional."

§ 2º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unicidade, a impessoalidade e a independênciafuncional.

§ 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na datade sua publicação.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 2º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras que lhe são inerentes,as seguintes:I - promover a conciliação entre as partes em conflitos de interesses;II - atuar como curador especial;III - atuar junto às delegacias de polícia e estabelecimentos penais;IV - atuar como defensora do vínculo matrimonial;V - patrocinar:a) ação penal privada;b) ação cível;c) defesa em ação penal;d) defesa em ação civil;e) ação civil pública em favor das associações que incluam entre suas finalidades estatutáriasa proteção ao meio ambiente e a de outros interesses difusos e coletivos;"* STF - ADIn -558-8/600, de 1991. Decisão da Liminar: "O Tribunal decidiu, no tocante aConstituição do Estado do Rio de Janeiro: a) por votação unânime, indeferir a medidacautelar de suspensão das expressões "e Procuradores Gerais" do art. 100; b) por maioria devotos, indeferir a medida cautelar de suspensão parcial do artigo 159, (atual art. 162)

vencido, em parte, o Ministro Marco Aurélio, que a deferia, para suspender as expressões"por Comissão Permanente ou pelos membros" e "pelo Procurador-Geral do Estado, peloProcurador-Geral da Defensoria Pública"; c) por unanimidade, deferir, em parte, a medidacautelar, para reduzir a aplicação do artigo 176 (atual art. 179), § 2º, inciso V, alínea "e" notocante a defesa de "interesses coletivos", da alínea "f", A hipóteses nelas previstas em que,ademais, concorra o requisito da necessidade do interessado, e suspende-la, nos demaiscasos, nos termos do voto do Ministro-Relator: d) por unanimidade, deferir, a medidacautelar, para suspender a eficácia do artigo 346 (atual art. 349); e) por unanimidade, deferira medida cautelar, para suspender a eficácia do parágrafo único, do artigo 352 (atual art.355). Votou o Presidente. - Plenário, 16.08.1991." - Acórdão Publicado no DJ Seção I de29.08.91 e 26.03.93.f) os direitos e interesses do consumidor lesado, na forma da lei;* STF - ADIn -558-8/600, de 1991. Decisão da Liminar: "O Tribunal decidiu, no tocante aConstituição do Estado do Rio de Janeiro: a) por votação unânime, indeferir a medidacautelar de suspensão das expressões "e Procuradores Gerais" do art. 100; b) por maioria devotos, indeferir a medida cautelar de suspensão parcial do artigo 159, (atual art. 162)vencido, em parte, o Ministro Marco Aurélio, que a deferia, para suspender as expressões"por Comissão Permanente ou pelos membros" e "pelo Procurador-Geral do Estado, peloProcurador-Geral da Defensoria Pública"; c) por unanimidade, deferir, em parte, a medidacautelar, para reduzir a aplicação do artigo 176 (atual art. 179), § 2º, inciso V, alínea "e" notocante a defesa de "interesses coletivos", da alínea "f", A hipóteses nelas previstas em que,ademais, concorra o requisito da necessidade do interessado, e suspende-la, nos demaiscasos, nos termos do voto do Ministro-Relator: d) por unanimidade, deferir, a medidacautelar, para suspender a eficácia do artigo 346 (atual art. 349).; e) por unanimidade, deferira medida cautelar, para suspender a eficácia do parágrafo único, do artigo 352 (atual art.355). Votou o Presidente. - Plenário, 16.08.1991." - Acórdão Publicado no DJ Seção I de29.08.91 e 26.03.93.g) a defesa do interesse do menor e do idoso, na forma da lei;h) os interesses de pessoas jurídicas de direito privado e necessitadas na forma da lei;i) a assistência jurídica integral às mulheres vítimas de violência específica e seus familiares."

§ 3º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras que lhe são inerentes, as seguintes:I - promover a conciliação entre as partes em conflitos de interesses;II - atuar como curador especial;III - atuar junto às delegacias de polícia e estabelecimentos penais;IV - atuar como defensora do vínculo matrimonial;V - patrocinar;a) ação penal privada;b) ação cível;c) defesa em ação penal;d) defesa em ação civil;e) ação civil pública em favor das associações necessitadas que incluam entre suas finalidades estatutáriasa proteção ao meio ambiente e a de outros interesses difusos e coletivos;f) os direitos e interesses do consumidor lesado, desde que economicamente hipossuficiente, na forma daLei;g) a defesa do interesse do menor e do idoso, na forma da Lei;h) os interesses de pessoas jurídicas de direito privado e necessitadas na forma da Lei;i) a assistência jurídica integral às mulheres vítimas de violência específica e seus familiares.

§ 3º acrescido pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação.

Art. 180. A Defensoria Pública tem como órgão administrativo sua Procuradoria Geral, ocupando naestrutura administrativa estadual posição equivalente à de Secretaria de Estado.

Parágrafo único. A Defensoria Pública, pelo voto secreto e universal de seus membros, formará listatríplice, dentre os integrantes da carreira, para escolha do Defensor Público Geral do Estado, cujanomeação e exoneração se dará na forma da Lei Complementar respectiva.

Parágrafo único com redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 14.12.2000.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"Parágrafo único. O Procurador-Geral da Defensoria Pública, nomeado pelo Governador doEstado dentre cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, exerce a chefia dainstituição e tem direitos e deveres, prerrogativas e representação de Secretário de Estado."

Art. 181. Lei complementar disporá sobre e organização e funcionamento da Defensoria Pública, bemcomo sobre os direitos, deveres, prerrogativas, atribuições e regime disciplinar dos seus membros,observadas, entre outras:I - as seguintes diretrizes:a) a Defensoria Pública é organizada em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concursopúblico de provas e títulos, promovidos por sua Procuradoria Geral Defensoria Pública Geral, com aparticipação da Ordem dos Advogados do Brasil, obedecendo-se, nas nomeações, à ordem declassificação;b) autonomia administrativa e financeira, com dotação orçamentária própria, assegurada a iniciativa desua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de diretrizes orçamentárias.

Alínea "b" com redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 05.05.2002.A alínea alterada dispunha o seguinte:"b) autonomia administrativa e financeira, com dotação orçamentária própria;"

c) residência do Defensor Público titular na comarca onde estiver lotado, nos termos da lei;d) promoção segundo os critérios de antigüidade e merecimento, alternadamente, na forma da lei;e) distribuição territorial proporcional à população das regiões e municípios, assegurando-se a lotação depelo menos um defensor em cada comarca.f) aposentadoria dos membros da Defensoria Pública nos termos do artigo 172, § 2º, desta Constituição;g) o Defensor Público, após dois anos de exercício na função, não perderá o cargo senão por sentençajudicial transitada em julgado.II - a garantia de inamovibilidade;III - a vedação do exercício da advocacia fora das atribuições institucionais;IV - as seguintes prerrogativas:a) requisitar, administrativamente, de autoridade pública e dos seus agentes ou de entidade particular:certidões, exames, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos eprovidências, necessários ao exercício de suas atribuições;b) comunicar-se pessoal e reservadamente com o preso, tendo livre acesso e trânsito a qualquer local edependência em que ele se encontrar;c) ter livre acesso e trânsito a estabelecimentos públicos e os destinados ao público no exercício de suasfunções.

Vide ADIn nº 230-9.

Seção IV- Das Disposições Gerais (art. 182)

Art. 182. Às carreiras disciplinadas neste Título aplicam-se os princípios dos artigos 77, XIV e 82, § 1º,desta Constituição.Parágrafo único. A remuneração dos Procuradores-Gerais das carreiras referidas neste artigo, excluídotão-somente o adicional por tempo de serviço, não poderá ser inferior ao maior teto estabelecido noâmbito dos Poderes do Estado, garantindo-se aos cargos da classe mais elevada, a título devencimento-base e representação, não menos de 95% (noventa e cinco por cento) da remuneraçãodaqueles, com exclusão do referido adicional, e, aos cargos das demais classes, somatório devencimento-base e representação, com diferença não excedente a 10% (dez por cento) de classe a classe,

a partir da mais elevada.STF - ADIn - 138-8/600, de 1989. Decisão da Liminar: "Preliminarmente, o TribunalREJEITOU, POR UNANIMIDADE a argüição de ilegitimidade ativa da requerente. Nomérito, por maioria, vencido o Sr. Ministro Célio Borja, o Tribunal deferiu, em parte, o pedidode Cautelar e suspendeu, ate o julgamento final da Ação, a vigência dos seguintesdispositivos: parágrafo único do art. 179 (atual art. 182), e § 2º do art. 185 (atual art. 188),ambos da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Ausente, ocasionalmente, o Sr MinistroFrancisco Rezek. Falou pelo Ministério Público Federal o Dr. Aristides Junqueira Alvarenga.Votou o Presidente". - Plenário, 14.02.1990. - Acórdão, DJ 16.11.1990.Decisão do Mérito: "Indicado adiamento, pelo Ministro Relator, apos a sustentação oral doadvogado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Rodrigo Lopes. -Plenário, 24.03.1993. Por votação UNÂNIME, o Tribunal julgou PROCEDENTE, EMPARTE, a ação, para declarar a inconstitucionalidade do parágrafo único do art. 179 (atualart. 182) da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Votou o Presidente". - Plenário,26.05.1993. - Acórdão, DJ 21.06.1996 página. 10.757.EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTS. 179, (atual 182)PARÁGRAFO ÚNICO, E 185 (atual 188), § 2º, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIODE JANEIRO, DE 1989. ALEGADA INCOMPATIBILIDADE COM O ART. 37, XIII, DACONSTITUIÇÃO FEDERAL. Procedência da irrogação relativamente ao primeirodispositivo que, ao estabelecer teto mínimo de vencimento para os Procuradores-Gerais daschamadas carreiras jurídicas, com base no maior teto estabelecido no âmbito dos Poderes doEstado, e escala vertical uniforme de percentuais mínimos para as diversas categoriasfuncionais que as integram, instituiu equiparação e vinculação vedada no mencionadodispositivo da Magna Carta. Texto que se mostra insuscetível de aproveitamento parcial, parao fim de adaptação ao entendimento assentado pelo STF, na ADIn 171, de que os arts. 135 e241 da Constituição Federal assemelharam, para o efeito de isonomia remuneratória, ascarreiras dos Procuradores, dos Defensores Públicos e dos Delegados de Polícia. Conclusãodiversa, relativamente ao segundo dispositivo impugnado, que se limitou a reproduzir, combreves explicitações que não lhe desvirtuaram o sentido, a norma do referido art. 241 daCarta Federal. Procedência parcial da ação.

TÍTULO V- DA SEGURANÇA PÚBLICA

CAPÍTULO ÚNICO (arts. 183 a 191)

Art. 183. A segurança pública, que inclui a vigilância intramuros nos estabelecimentos penais, dever doEstado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e daincolumidade das pessoas e do patrimônio, pelos seguintes órgãos estaduais:I - Polícia Civil;II - Polícia Penitenciária;

Inciso II declarado inconstitucional por decisão do STJ na ADIn 236-8/600.

III - Polícia Militar;IV - Corpo de Bombeiros Militar.§ 1º Os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços einstalações, conforme dispuser a lei.§ 2º Os órgãos de segurança pública serão assessorados pelo Conselho Comunitário de Defesa Social,estruturado na forma da lei, guardando-se a proporcionalidade relativa à respectiva representação.§ 3º Os membros do Conselho referido no parágrafo anterior serão nomeados pelo Governador doEstado, após indicação pelos órgãos e entidades diretamente envolvidos na prevenção e combate àcriminalidade, bem como pelas instituições representativas da sociedade, sem qualquer ônus para o erárioou vínculo com o serviço público.

§ 4º Nas jurisdições policiais com sede nos Municípios, o delegado de polícia será escolhido entre osdelegados de carreira, por voto unitário residencial, por período de dois anos, podendo ser reconduzido,dentre os componentes de lista tríplice apresentada pelo Superintendente da Polícia Civil:a) o delegado de polícia residirá na jurisdição policial da delegacia da qual for titular;b) a autoridade policial será destituída, por força de decisão de maioria simples do Conselho Comunitárioda Defesa Social do Município onde atuar;c) o voto unitário residencial será representado pelo comprovante de pagamento de imposto predial outerritorial.§ 5º Lei específica definirá a organização, funcionamento e atribuições do órgão responsável pelasperícias criminalística e médico-legal, que terá organização e estrutura próprias".

§ 5º acrescido pela Emenda Constitucional nº 35, de 14.12.2005, em vigor na data de suapublicação.Vide ADIn nº 3644-1, que, por unanimidade, declarou a inconstitucionalidade desta Emenda.- Plenário, 04.03.2009. Publicada no DOU de 17.03.2009, pág. 01.

Art. 184. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar, forças auxiliares e reserva do Exército,subordinam-se, com a Polícia Civil, ao Governador do Estado.Art. 185. O exercício da função policial é privativo do policial de carreira, recrutado exclusivamente porconcurso público de provas ou de provas e títulos, submetido a curso de formação policial.Parágrafo único. Os integrantes dos serviços policiais serão reavaliados periodicamente, aferindo-se suascondições físicas e mentais para o exercício do cargo, na forma da lei.Art. 186. Para atuar em colaboração com organismos federais, deles recebendo assistência técnica,operacional e financeira, poderá ser criado órgão especializado para prevenir e reprimir o tráfico e afacilitação do uso de entorpecentes e tóxicos.Art. 187. A pesquisa e a investigação científica aplicadas, a especialização e o aprimoramento depoliciais civis e militares e dos integrantes do Corpo de Bombeiros Militar serão orientados para contarcom a cooperação das universidades, por intermédio de convênio.Art. 188. À Polícia Civil, dirigida por Delegados de Polícia de carreira, incumbem, ressalvada acompetência da União, as funções de Polícia Judiciária e a apuração das infrações penais, exceto asmilitares.§ 1º A carreira de Delegado de Polícia faz parte da carreira única da polícia civil, dependendo orespectivo ingresso de classificação em concurso público de provas e títulos e, por ascensão, sendo quemetade das vagas será reservada para cada uma dessas formas de provimento, podendo ser aproveitadaspara concurso público as vagas que não forem preenchidas pelo instituto de ascensão.

§ 1º declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIN 245-7/600.

§ 2º Aos delegados de polícia de carreira aplica-se o princípio de isonomia de vencimentos previsto noartigo 82, § 1º, correspondente às carreiras disciplinadas no artigo 182, ambos desta Constituição, naforma do artigo 241 da Constituição da República.Art. 189. Cabem à Polícia Militar a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; ao Corpo deBombeiros Militar, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesacivil.§ 1º A lei disporá sobre os limites de competência dos órgãos policiais mencionados no caput desteartigo.§ 2º As corporações militares do Estado serão comandadas por oficial combatente da ativa, do últimoposto dos respectivos quadros, salvo no caso de mobilização nacional.§ 3º É assegurada aos servidores militares estaduais isonomia de vencimentos com os servidores militaresfederais.Art. 190. Na divulgação pelas entidades policiais aos órgãos de comunicação social dos fatos pertinentesà apuração das infrações penais é assegurada a preservação da intimidade, da vida privada, da honra e daimagem das vítimas envolvidas por aqueles fatos, bem como das testemunhas destes.Art. 191. Ao abordar qualquer cidadão no cumprimento de suas funções, o servidor policial deverá, emprimeiro lugar, identificar-se pelo nome, cargo, posto ou graduação e indicar o órgão onde esteja lotado.

TÍTULO VI- DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO

CAPÍTULO I- DO SISTEMA TRIBUTÁRIO ESTADUAL

Seção I- Dos Princípios Gerais (arts. 192 a 195)

Art. 192. 0 sistema tributário estadual será regulado pelo disposto na Constituição da República, em leiscomplementares federais, nesta Constituição e em leis estaduais complementares e ordinárias.Art. 193. O Estado e os Municípios balizarão a sua ação no campo da tributação pelo princípio da justiçafiscal e pela utilização dos mecanismos tributários, prioritariamente, como instrumento de realizaçãosocial, através do fomento da atividade econômica e coibição de práticas especulativas e distorções demercado.Art. 194. O Estado e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:I - impostos de sua competência;II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviçospúblicos de sua atribuição, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição;III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidadeeconômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade aesses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, osrendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.§ 3º O Estado pode, mediante convênio com o Município, coordenar e unificar os serviços de fiscalizaçãoe arrecadação de tributos, bem como delegar à União, a outros Estados ou Municípios, ou deles receberencargos de administração tributária.§ 4º Nenhuma taxa, à exceção das decorrentes do exercício do poder de polícia, poderá ser aplicada emdespesas estranhas aos serviços para os quais foi criada.§ 5º A competência tributária do Estado e dos Municípios é exercida sobre a área dos respectivosterritórios, incluídos nestes as projeções aérea e marítima de sua área continental, especialmente ascorrespondentes partes da plataforma continental, do mar territorial e da zona econômica exclusiva.Art. 195. O Estado e os Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para ocusteio em benefício destes, de sistemas de previdência e de assistência social.

Seção II- Das Limitações do Poder de Tributar (arts. 196 a 198)

Art. 196. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Estado e aosMunicípios:I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibidaqualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente dadenominação jurídica dos rendimentos, títulos e direitos;III - cobrar tributos:a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ouaumentado;b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,observado o disposto na alínea b.

Alínea "c" acrescida pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor na data desua publicação.

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais,intermunicipais ou quaisquer outros, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadaspelo Poder Público;VI - instituir impostos sobre:a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, de outros Estados, ou da União Federal;b) templos de qualquer culto;

Alínea "b" regulamentada pela Lei nº 3.266, de 06.10.1999, que proíbe a cobrança de ICMSnas contas de serviços públicos estaduais a igrejas e templos de qualquer culto.Vide Lei nº 3.627, de 29.08.2001, que altera a Lei nº 3.266/99, que proíbe a cobrança deICMS nas contas de serviços públicos estaduais a igrejas e templos de qualquer culto.Vide Lei nº 3.863, de 18.06.2002, que altera o artigo 1º da Lei ordinária nº 3.266, de06.10.1999.Vide Lei nº 4.138, de 26.08.2003, que autoriza o poder executivo a conceder isenção depagamento da taxa de preservação e extinção de incêndio as igrejas e templos de qualquerculto.

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos inclusive suas fundações, das entidades sindicaisdos trabalhadores e das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos osrequisitos da lei;d) livros, jornais, periódicos, papel destinado a sua impressão e veículos de radiodifusão.§ 1º A vedação de que trata a alínea "a" do inciso VI é extensiva às autarquias e fundações instituídas emantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suasfinalidades essenciais ou às delas decorrentes.§ 2º O disposto na alínea "a' do inciso VI e no parágrafo anterior não se aplica ao patrimônio, à renda eaos serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis aempreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelousuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar o imposto relativamente ao bemimóvel.§ 3º As vedações expressas nas alíneas "b" e "c" do inciso VI compreendem somente o patrimônio, arenda e os serviços relacionados com as finalidades essências das entidades nelas mencionadas.§ 4º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostosestaduais e municipais que incidam sobre mercadorias e serviços.Art. 197. São isentas de impostos estaduais e municipais as operações de transferências de imóveisdesapropriados para fins de reforma agrária.Art. 198. A concessão de anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou previdenciária só poderáser concedida por lei específica, estadual ou municipal.

Seção III- Dos Impostos do Estado (art. 199)

Art. 199. Compete ao Estado instituir:I - impostos sobre:a) transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;

Regulamentada pela Lei nº 1.427/1989 que "institui o imposto sobre transmissão "causamortis" e por doação, de quaisquer bens ou direitos (ITBI e ITD)."

b) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporteinterestadual ou intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem noexterior;

Regulamentada pela Lei nº 2.657/1996 que "dispõe sobre o imposto sobre circulação demercadorias e serviços e dá outras providências (ICMS)."

c) propriedade de veículos automotores.Regulamentada pela Lei nº 2.877/1997 que "dispõe sobre o imposto sobre a propriedade deveículos automotores (IPVA)."

II - adicional de até cinco por cento do que for pago à União, por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadasno território do Estado, a título do imposto previsto no artigo 153, III, da Constituição da República,incidente sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital apurados na forma da legislação federal.§ 1º Relativamente ao imposto de que trata o inciso I, "a", deste artigo, é competente o Estado para exigiro tributo sobre os bens imóveis e respectivos direitos, quando situados em seu território e sobre os bensmóveis, títulos e créditos, quando neste Estado se processar o inventário ou arrolamento, ou nele tiver odoador o seu domicílio.§ 2º Se o doador tiver domicílio ou residência no exterior, ou se aí o de cujus possuía bens, era residenteou domiciliado, ou teve o seu inventário processado, a competência para instituir o tributo de que trata oinciso I, a, deste artigo, observará o disposto em lei complementar federal.§ 3º As alíquotas do imposto de que trata o inciso I, a, deste artigo não excederão os limites estabelecidospelo Senado Federal.§ 4º O imposto de que trata o inciso I, "b", deste artigo será não cumulativo, compensando-se o que fordevido, em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços, com o montantecobrado nas operações anteriores realizadas neste, noutro Estado ou no Distrito Federal. A isenção ounão-incidência, salvo determinação em contrário da legislação, não implicará crédito de imposto paracompensação daquele devido nas operações ou prestações seguintes e acarretará anulação do crédito doimposto relativo às operações anteriores.§ 5º As alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação serão as fixadas emResolução do Senado Federal.§ 6º As alíquotas mínimas e máximas, nas operações internas do imposto de que trata o inciso I, "b",deste artigo, obedecerão ao que possa vir a ser determinado pelo Senado Federal, na forma do disposto naConstituição da República.§ 7º Salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto naConstituição da República, as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nasprestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais.§ 8º Em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado emoutro Estado, adotar-se-á:a) alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;b) alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele.§ 9º O imposto de que trata o inciso I, "b", deste artigo:I - incidirá também:a) sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se tratar de bem destinado aconsumo ou ativo fixo do estabelecimento, assim como sobre serviço prestado no exterior, cabendo oimposto ao Estado do Rio de Janeiro, se neste estiver situado o estabelecimento destinatário damercadoria ou do serviço;b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidosna competência tributária dos Municípios;II - não incidirá:a) sobre operações que destinem ao exterior produtos industrializados, excluídos os semi-elaboradosdefinidos em lei complementar;b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos egasosos dele derivados, e energia elétrica;c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no artigo 153, § 5º, da Constituição da República;III - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados,quando a operação, realizada entre contribuinte e relativa a produto destinado à industrialização ou àcomercialização, configure fato gerador de incidência dos dois impostos, bem como o valorcorrespondente aos encargos financeiros acrescidos ao preço à vista nas vendas a prestações efetuadaspor estabelecimentos varejistas a consumidor final, sem interveniência de instituição financeira, na forma

em que a lei dispuser.§ 10. À exceção do imposto de que trata o inciso I, "b", deste artigo, nenhum outro tributo estadualincidirá sobre as operações relativas à energia elétrica, combustíveis líquidos e gasosos, lubrificantes eminerais do País.§ 11. Quanto ao imposto de que trata o inciso I, "b", deste artigo, observar-se-á a lei complementarfederal, no tocante a:I - definição de seus contribuintes;II - substituição tributária;III - compensação do imposto;IV - fixação, para efeito de cobrança e definição do estabelecimento responsável, do local das operaçõesrelativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;V - exclusão da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, de serviços e outros produtos,além dos mencionados no § 9º, II, a;VI - casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para oexterior, de serviços e de mercadorias;VII - concessão e revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais, mediante deliberação dos Estadose Distrito Federal.§ 12. O imposto previsto no inciso I, b, poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadoriase dos serviços.

Seção IV- Dos Impostos dos Municípios (art. 200)

Art. 200. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:I - propriedade predial e territorial urbana;II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessãofísica, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a suaaquisição;III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;IV - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no inciso I, "b", do artigo 155, da Constituição daRepública, definidos em lei complementar federal.§ 1º O imposto de que trata o inciso I poderá ser progressivo, nos termos da lei municipal, de forma aassegurar o cumprimento da função social da propriedade.§ 2º O imposto de que trata o inciso II não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados aopatrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitosdecorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se nesses casos, aatividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bensimóveis ou arrendamento mercantil.§ 3º O imposto de que trata o inciso II compete ao Município da situação do bem.§ 4º A competência municipal para instituir e cobrar o imposto mencionado no inciso III não exclui a doEstado para instituir e cobrar, na mesma operação, o imposto de que trata o inciso I, "b", do artigo 199,desta Constituição.§ 5º A fixação das alíquotas máximas dos impostos previstos nos incisos III e IV e a exclusão daincidência do imposto previsto no inciso IV, nas exportações de serviços para o exterior, serãoestabelecidas em lei complementar federal.

Seção V- Da Repartição das Receitas Tributárias (arts. 201 a 206)

Art. 201. Pertencem ao Estado:I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidentena fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por ele, suas autarquias e pelas fundações queinstituir e mantiver;

II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício dacompetência que lhe é atribuída pelo artigo 154, inciso I, da Constituição da República;III - sua cota no Fundo de Participação dos Estados, e a que lhe couber no produto da arrecadação doimposto sobre produtos industrializados, nos termos do artigo 159, inciso I, "a" e II, da Constituição daRepública;IV - trinta por cento da arrecadação, no Estado, do imposto a que se refere o artigo 153, inciso V, e seu §5º, da Constituição da República, incidente sobre o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ouinstrumento cambial.Art. 202. Pertencem aos Municípios:I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidentena fonte, sobre rendimentos pagos a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações queinstituírem e mantiverem;II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorialrural, relativamente aos imóveis situados em cada um deles;III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto estadual sobre a propriedade de veículosautomotores licenciados no território de cada um deles;IV - vinte e cinco por cento do produto de arrecadação do imposto estadual sobre as operações relativas àcirculação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e decomunicação;V - a respectiva cota no Fundo de Participação dos Municípios, previsto no artigo 159, I, "b", daConstituição da República;VI - setenta por cento da arrecadação, conforme a origem do imposto a que se refere o artigo 153, incisoV, da Constituição da República, incidente sobre o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ouinstrumento cambial;VII - vinte e cinco por cento dos recursos recebidos pelo Estado, nos termos do artigo 159, § 3º, daConstituição da República.Parágrafo único. As parcelas de receitas pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV desteartigo, serão creditadas, conforme os seguintes critérios:I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação demercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;II - até um quarto, de acordo com o que dispuser a lei estadual.Art. 203. O Estado divulgará, através da imprensa oficial, até o último dia do mês subseqüente ao daarrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, bem como os recursos recolhidos, osvalores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.Parágrafo único. Os dados serão discriminados por Município.Art. 204. Os Municípios divulgarão, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, osmontantes de cada um dos tributos arrecadados, bem como os recursos recolhidos.Art. 205. O Estado repassará a totalidade dos recursos de origem tributária, pertencentes aos Municípios,até o décimo dia do mês subseqüente ao da arrecadação.Parágrafo único. O não cumprimento do prazo máximo fixado neste artigo implica, além daresponsabilidade funcional, a atualização monetária dos valores não repassados.Art. 206. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos aosmunicípios, na Seção VI do Capítulo I do Título VI da Constituição da República, neles compreendidosadicionais e acréscimos relativos a impostos.Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede o Estado de condicionar a entrega derecursos ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias.

Parágrafo único com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, emvigor na data de sua publicação.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"Parágrafo único. Essa vedação não impede o Estado de condicionar a entrega de recursosao pagamento de seus créditos."

CAPÍTULO II- DAS FINANÇAS PÚBLICAS

Seção I- Disposições Gerais (arts. 207 e 208)

Art. 207. Lei complementar disporá sobre finanças públicas, observados os princípios estabelecidos naConstituição da República e em lei complementar federal.Art. 208. Os depósitos judiciais de qualquer natureza serão, obrigatoriamente, realizados no Banco doEstado do Rio de Janeiro S.A.Parágrafo único. Todos os serviços prestados pelo Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A. serãoremunerados na forma da lei.

Seção II- Dos Orçamentos (arts. 209 a 213)

Art. 209. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:I - o plano plurianual;II - as diretrizes orçamentárias;III - os orçamentos anuais.§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos emetas da administração pública estadual para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para asrelativas aos programas de duração continuada.§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração públicaestadual, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboraçãoda lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política deaplicação das agências financeiras oficiais de fomento.§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatórioresumido da execução orçamentária.§ 4º Os planos e programas estaduais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaboradosem consonância com o plano plurianual e apreciados pela Assembleia Legislativa.§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:I - o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da administraçãodireta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;II - o orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha amaioria do capital social com direito a voto;III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, daadministração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo PoderPúblico.§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre asreceitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de naturezafinanceira, tributária e creditícia.§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terãoentre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação dadespesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares econtratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.Art. 210. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anuale aos créditos adicionais serão apreciados pela Assembleia Legislativa.§ 1º Caberá a uma comissão permanente de Deputados:I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadasanualmente pelo Governador do Estado;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas estaduais, regionais e setoriais previstos nestaConstituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação dasdemais Comissões da Assembleia Legislativa, criadas de acordo com o artigo 109, desta Constituição.§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na formaregimental, pelo Plenário.§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual, ou aos projetos que o modifiquem, somentepodem ser aprovadas caso:I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídasas que incidam sobre:a) dotações para pessoal e seus encargos;b) serviço da dívida;c) transferências tributárias constitucionais para Municípios;III - sejam relacionadas:a) com a correção de erros ou omissões oub) com os dispositivos do texto do projeto de lei.§ 4º O Governador do Estado poderá enviar mensagem à Assembleia Legislativa para propor modificaçãonos projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada a votação, na Comissão permanente, daparte cuja alteração é proposta.§ 5º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serãoenviados pelo Governador do Estado à Assembleia Legislativa, nos termos da lei complementar a que serefere o artigo 165, § 9º, da Constituição da República.§ 6º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, asdemais normas relativas ao processo legislativo.§ 7º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual,ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditosespeciais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.§ 8º Na apreciação e votação do orçamento anual o Poder Executivo colocará à disposição do PoderLegislativo todas as informações sobre a situação do endividamento do Estado, detalhadas para cadaempréstimo existente, e acompanhadas das agregações e consolidações pertinentes.Art. 211. São vedados:I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual, bem como a paralisação deprogramas ou projetos nas áreas de educação, saúde e habitação já iniciados, havendo recursosorçamentários específicos ou possibilidade de suplementação dos mesmos, quando se tenham esgotado;II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentáriosou adicionais;III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas asautorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelaAssembleia Legislativa, por maioria absoluta;IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto daarrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159 da Constituição da República, adestinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino como determinado pelo artigo 212da Constituição da República, a prestação de garantia às operações de crédito por antecipação de receitaprevistas no artigo 165, § 8º, da Constituição da República e a destinação de recursos para as entidadespúblicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica, prevista no artigo 218, § 5º, daConstituição da República;V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dosrecursos correspondentes;VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programaçãopara outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e daseguridade social, para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dosmencionados no artigo 209, § 5º, desta Constituição;IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.§ 1º Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá ser iniciado semprévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime deresponsabilidade.§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que foremautorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercíciofinanceiro subseqüente.§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis eurgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o processolegislativo do artigo 167, § 3º, da Constituição da República.§ 4º Fica vedada ao Estado e aos Municípios a contratação de empréstimos sob garantia de receitasfuturas sem previsão do impacto a recair nas subseqüentes administrações financeiras estadual emunicipais.Art. 212. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditossuplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do MinistérioPúblico e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, naforma da Lei complementar a que se refere o art. 207.

Artigo 212 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor nadata de sua publicação.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 212. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos oscréditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo eJudiciário, do Ministério Público, da Procuradoria Geral do Estado e da Defensoria Pública,ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, na forma da lei complementar a que se refereo artigo 165, § 9º, da Constituição da República Federativa do Brasil.* Vide Emenda Constitucional nº 26, de 10.04.2002, que altera este artigo.* Vide Emenda Constitucional nº 24, de 05.03.2002, que altera este artigo.

Parágrafo único. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 37, de 31.05.2006, em vigor na data de suapublicação).

O parágrafo revogado dispunha o seguinte:"Parágrafo único. Ficam ressalvados os recursos para despesa de pessoal, incluindo subsídiose representações, que serão entregues em condições uniformes aos Poderes Executivo,Legislativo e Judiciário."* Parágrafo único com eficácia suspensa, por decisão do STF na ADIn 732-7/600.

Art. 213. A despesa com pessoal ativo e inativo do Estado não poderá exceder os limites estabelecidosem lei complementar.§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou alteração deestrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades daadministração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, sópoderão ser feitas:I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aosacréscimos dela decorrentes;II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas eas sociedades de economia mista.§ 2º Todo e qualquer incentivo fiscal concedido pelo Estado não será considerado para redução do limitede que trata este artigo.

Artigo 213 regulamentado pela Lei Complementar nº 84, de 14.05.1996.

TÍTULO VII- DA ORDEM ECONÔMICA FINANCEIRA E DO MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO I- DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA (arts. 214 a 222)

Art. 214. O Estado e os Municípios, observados os preceitos estabelecidos na Constituição da República,atuarão no sentido da realização do desenvolvimento econômico e da justiça social, prestigiando oprimado do trabalho e das atividades produtivas e distributivas da riqueza, com a finalidade de assegurar aelevação do nível e qualidade de vida e o bem-estar da população.Art. 215. Como agentes normativos e reguladores da atividade econômica, o Estado e os Municípiosexercerão, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinantepara o setor público e indicativo para o setor privado, cuja iniciativa é livre desde que não contrarie ointeresse público.§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento equilibrado,consideradas as características e as necessidades dos Municípios, e das regiões do Estado, bem como a suaintegração.§ 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.§ 3º A pessoa jurídica em débito com o fisco, com obrigações trabalhistas ou com o sistema da seguridadesocial não poderá contratar com o poder público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais oucreditícios.

§ 3º regulamentado pela Lei 3.050, de 21.09.1998.Vide Lei nº 4.205, de 28.10.2003, que estabelece normas regulamentares ao artigo 215, § 3ºda Constituição Estadual e dá outras providências.

Art. 216. O Estado e os Municípios garantirão a função social da propriedade urbana e rural.§ 1º A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios egraus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:I - aproveitamento racional e adequado;II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.§ 2º Em caso de perigo público iminente, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.Art. 217. As empresas em que o Estado detenha, ou venha a deter, direta ou indiretamente, a maioria docapital com direito a voto, são patrimônio do Estado e só poderão ser extintas, fundidas ou ter alienado ocontrole acionário, mediante lei.Art. 218. Na direção executiva das empresas públicas, das sociedades de economia mista e fundaçõesinstituídas pelo poder público participarão, com 1/3 (um terço) de sua composição, representantes de seusservidores, eleitos por estes mediante voto direto e secreto, atendidas as exigências legais para opreenchimento dos referidos cargos.Parágrafo único. Aplica-se aos representantes referidos neste artigo o disposto no inciso VIII, do artigo8º, da Constituição da República.Art. 219. Na aquisição de bens e serviços, o Poder Público Estadual, por seus órgãos da administraçãodireta e indireta, dará tratamento preferencial a empresa sediada em seu território.Art. 220. O Estado adotará política integrada de fomento à indústria, ao comércio e aos serviços, emespecial ao turismo, à produção agrícola e à agropecuária, à produção avícola e pesqueira, à produçãomineral, através de assistência tecnológica e crédito específico, bem como estimulará o abastecimentomediante a instalação de rede de armazéns, silos e frigoríficos, da construção e conservação de vias detransportes para o escoamento e circulação, de suprimentos de energia e planejamento de irrigação,delimitando as zonas industriais e rurais que receberão incentivo prioritário do Poder Público.

Parágrafo único. Os Poderes Públicos estimularão a empresa pública ou privada que gerar produto novo esem similar, destinado ao consumo da população de baixa renda, ou realizar novos investimentos em seuterritório, úteis aos seus interesses econômicos e sociais, e especialmente às atividades relacionadas aodesenvolvimento de pesquisas e produção de material ou equipamento especializado para pessoasportadoras de deficiências.Art. 221. O Estado dará prioridade ao desenvolvimento das regiões e municípios onde a pobreza e asdesigualdades sociais sejam maiores.Parágrafo único. Fica autorizada a instituição de um Fundo Especial para a execução do previsto nocaput, atendido o disposto no § 7º do artigo 209 desta Constituição.Art. 222. Não haverá limites para localização de estabelecimentos que exerçam atividades congêneres,respeitadas as limitações da legislação federal.

CAPÍTULO II- DA POLÍTICA INDUSTRIAL, COMERCIAL E DE SERVIÇOS (arts. 223 a 228)

Art. 223. Na elaboração e execução das políticas industrial, comercial e de serviços, o Estado garantirá aefetiva participação dos diversos setores produtivos, especialmente as representações empresariais esindicais.Art. 224. As políticas industrial, comercial e de serviços a serem implantadas pelo Estado priorizarão asações que, tendo impacto social relevante, estejam voltadas para a geração de empregos, elevação dosníveis de renda e da qualidade de vida e redução das desigualdades regionais, possibilitando o acesso dapopulação ao conjunto de bens socialmente prioritários.Art. 225. O Estado elaborará uma política específica para o setor industrial, privilegiando os projetos quepromovam a desconcentração espacial da indústria e o melhor aproveitamento das suas potencialidadeslocais e regionais.Art. 226. Fica criado o Fundo de Desenvolvimento Econômico, voltado para o apoio e estímulo deprojetos de investimentos industriais prioritários do Estado.§ 1º Ao Fundo de Desenvolvimento Econômico serão destinados recursos de, no mínimo, 10% (dez porcento) do total anualmente transferido para o Estado, proveniente do Fundo de Participação dos Estados,previsto no artigo 159, inciso I, letra "a", da Constituição da República, dos quais 20% (vinte por cento) sedestinarão a projetos de microempresas e de empresas de pequeno porte.§ 2º Caberá à agência de financiamento a que se refere o artigo 54 do Ato das DisposiçõesConstitucionais Transitórias a administração do Fundo.§ 3º Na aplicação dos recursos do Fundo, obedecer-se-á o disposto no artigo 221 desta Constituição.Art. 227. O Estado promoverá e incentivará o turismo, como fator de desenvolvimento econômico esocial bem como de divulgação, valorização e preservação do patrimônio cultural e natural, cuidando paraque sejam respeitadas as peculiaridades locais, não permitindo efeitos desagregadores sobre a vida dascomunidades envolvidas, assegurando sempre o respeito ao meio ambiente e à cultura das localidadesonde vier a ser explorado.§ 1º O Estado definirá a política estadual de turismo buscando proporcionar as condições necessárias parao pleno desenvolvimento dessa atividade.§ 2º O instrumento básico de intervenção do Estado no setor será o plano diretor de turismo, que deveráestabelecer, com base no inventário do potencial turístico das diferentes regiões, e com a participação dosMunicípios envolvidos, as ações de planejamento, promoção e execução da política de que trata esteartigo.

§ 2º regulamentado pela Lei nº 2.100, de 05.04.1993, que dispõe sobre o Conselho Estadualde Turismo - CET.

§ 3º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, caberá ao Estado, em ação conjunta com osMunicípios, promover especialmente:I - o inventário e a regulamentação do uso, ocupação e fruição dos bens naturais e culturais de interesseturístico;

II - a infra-estrutura básica necessária à prática do turismo, apoiando e realizando investimentos naprodução, criação e qualificação dos empreendimentos, equipamentos e instalações ou serviços turísticos,através de linhas de crédito especiais e incentivos;III - o fomento ao intercâmbio permanente com outros Estados da Federação e com o exterior, visandofortalecimento do espírito de fraternidade e aumento do fluxo turístico nos dois sentidos, bem como aelevação da média de permanência do turismo em território do Estado;IV - a construção de albergues populares, objetivando o lazer das camadas mais pobres da população;V - a adoção de medidas específicas para o desenvolvimento dos recursos humanos para o setor.§ 4º Serão estimuladas a realização de programações turísticas para os alunos das escolas públicas, paratrabalhadores sindicalizados e para os idosos, dentro do território do Estado, bem como a implantação dealbergues da juventude.Art. 228. O Estado e os Municípios concederão especial proteção às microempresas e empresas depequeno porte, como tais definidas em lei, que receberão tratamento jurídico diferenciado, visando oincentivo de sua criação, preservação e desenvolvimento, através da eliminação, redução ousimplificação, conforme o caso, de suas obrigações administrativas, tributárias, creditícias eprevidenciárias, nos termos da lei, assegurando-lhes, entre outros, direito a:I - redução de tributos e obrigações acessórias estaduais e municipais, com dispensa do pagamento demultas por infrações formais, das quais não resulte falta de pagamento de tributos;II - notificação prévia, para início de ação ou procedimento administrativo ou tributário-fiscal de qualquernatureza ou espécie;III - habilitação sumária e procedimentos simplificados para participação em licitações públicas, bemcomo preferência na aquisição de bens e serviços de valor compatível com o porte das micro e pequenasempresas;IV - criação de mecanismos descentralizados, a nível regional, para o oferecimento de pedidos erequerimentos de qualquer espécie, junto a órgãos de registros públicos, civis e comerciais, bem comoperante a quaisquer órgãos administrativos tributários ou fiscais;V - obtenção de incentivos especiais, vinculados à absorção de mão-de-obra portadora de deficiências ouconstituída de menores carentes.Parágrafo único. As entidades representativas das microempresas e das empresas de pequeno porteparticiparão na elaboração de políticas governamentais voltadas para esse segmento e no colegiado dosórgãos públicos em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação.

CAPÍTULO III- DA POLÍTICA URBANA (arts. 229 a 241)

Art. 229. A política urbana a ser formulada pelos municípios e, onde couber, pelo Estado, atenderá aopleno desenvolvimento das funções sociais da cidade com vistas à garantia e melhoria da qualidade devida de seus habitantes.§ 1º As funções sociais da cidade são compreendidas como o direito de todo o cidadão de acesso amoradia, transporte público, saneamento básico, energia elétrica, gás canalizado, abastecimento,iluminação pública, saúde, educação, cultura, creche, lazer, água potável, coleta de lixo, drenagem dasvias de circulação, contenção de encostas, segurança e preservação do patrimônio ambiental e cultural.§ 2º O exercício do direito de propriedade atenderá à função social quando condicionado às funçõessociais da cidade e às exigências do plano diretor.§ 3º Aos Municípios, nas leis orgânicas e nos planos diretores, caberá submeter o direito de construir aosprincípios previstos neste artigo.Art. 230. Para assegurar as funções sociais das cidades e da propriedade, o Estado e o Município, cadaum nos limites de sua competência, poderão utilizar os seguintes instrumentos:I - tributários e financeiros:a) imposto predial e territorial urbano progressivo, e diferenciado por zonas e outros critérios de ocupaçãoe uso do solo;b) taxas e tarifas diferenciadas por zonas, segundo os serviços públicos oferecidos;c) contribuição de melhoria;

d) incentivos e benefícios fiscais e financeiros, nos limites das legislações próprias;e) fundos destinados ao desenvolvimento urbano.II - institutos jurídicos:a) discriminação de terras públicas;b) desapropriação;c) parcelamento ou edificação compulsórios;d) servidão administrativa;e) limitação administrativa;f) tombamento de imóveis;g) declaração de área de preservação ou proteção ambiental;h) cessão ou permissão;i) concessão real de uso ou domínio;j) poder de polícia;l) - outras medidas previstas em lei.Art. 231. O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para as áreas urbanas de mais devinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.§ 1º O plano diretor é parte integrante de um processo contínuo de planejamento a ser conduzido pelosmunicípios, abrangendo a totalidade dos respectivos territórios e contendo diretrizes de uso e ocupação dosolo, vocação das áreas rurais, defesa dos mananciais e demais recursos naturais, vias de circulaçãointegradas, zoneamento, índices urbanísticos, áreas de interesse especial e social, diretrizes econômico-financeiras e administrativas.§ 2º É atribuição exclusiva dos municípios, a elaboração do plano diretor e a condução de sua posteriorimplementação.§ 3º As intervenções de órgãos federais, estaduais e municipais deverão estar de acordo com as diretrizesdefinidas pelo plano diretor.§ 4º É garantida a participação popular, através de entidades representativas, nas fases de elaboração eimplementação do plano diretor, em conselhos municipais a serem definidos em lei.§ 5º Nos municípios com população inferior a vinte mil habitantes serão obrigatoriamente estabelecidas,com a participação das entidades representativas, diretrizes gerais de ocupação do território que garantam,através de lei, as funções sociais da cidade e da propriedade.§ 6º O projeto de plano diretor e a lei de diretrizes gerais previstos neste artigo regulamentarão, segundoas peculiaridades locais, as seguintes normas básicas dentre outras:I - proibição de construções e edificações sobre dutos, canais, valões e vias similares de esgotamento oupassagem de cursos d'água;II - condicionamento da desafetação de bens de uso comum do povo à prévia aprovação das populaçõescircunvizinhas ou diretamente interessadas;III - restrição à utilização de área que apresente riscos geológicos.Art. 232. O abuso de direito pelo proprietário urbano acarretará, além das civis e criminais, sançõesadministrativas na forma da lei.Art. 233. As terras públicas estaduais não utilizadas, subutilizadas e as discriminadas serãoprioritariamente destinadas a assentamentos de população de baixa renda e a instalação de equipamentoscoletivos, respeitados o plano diretor, ou as diretrizes gerais de ocupação do território.§ 1º É obrigação do Estado e dos Municípios manter atualizados os respectivos cadastros imobiliários ede terras públicas abertos a consultas dos cidadãos.§ 2º Nos assentamentos em terras públicas e ocupadas por população de baixa renda ou em terras nãoutilizadas ou subutilizadas, o domínio ou a concessão real de uso serão concedidos ao homem ou à mulherou a ambos, independentemente de estado civil.Art. 234. No estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano, o Estado e osMunicípios assegurarão:I - urbanização, regularização fundiária e titulação das áreas faveladas e de baixa renda, sem remoção dosmoradores, salvo quando as condições físicas da área imponham risco à vida de seus habitantes;

II - regularização dos loteamentos clandestinos, abandonados ou não titulados;III - participação ativa das entidades representativas no estudo, encaminhamento e solução dos problemas,planos, programas e projetos que lhes sejam concernentes;IV - preservação das áreas de exploração agrícola e pecuária e estímulo a essas atividades primárias;V - preservação, proteção e recuperação do meio ambiente urbano e cultural;VI - criação de áreas de especial interesse urbanístico, social, ambiental, turístico e de utilização pública;VII - especialmente às pessoas portadoras de deficiência, livre acesso a edifícios públicos e particulares defreqüência aberta ao público e a logradouros públicos, mediante eliminação de barreiras arquitetônicas eambientais.VIII - utilização racional do território e dos recursos naturais, mediante controle da implantação e dofuncionamento de atividades industriais, comerciais, residenciais e viárias.Parágrafo único. O Estado prestará assistência aos Municípios para consecução dos objetivosestabelecidos neste artigo.Art. 235. Terão obrigatoriamente de atender a normas vigentes e ser aprovados pelo Poder PúblicoMunicipal quaisquer projetos, obras e serviços, a serem iniciados em território de Município,independentemente da origem da solicitação.Art. 236. A lei municipal, na elaboração de cujo projeto as entidades representativas locais participarão,disporá sobre o zoneamento, o parcelamento do solo, seu uso e sua ocupação, as construções eedificações, a proteção ao meio ambiente, o licenciamento a fiscalização e os parâmetros urbanísticosbásicos objeto do plano diretor.Art. 237. Os direitos decorrentes da concessão de licença, manterão sua validade nos prazos e limitesestabelecidos na legislação municipal.Parágrafo único. Os projetos, aprovados pelos municípios, só poderão ser modificados com aconcordância de todos os interessados ou por decisão judicial, observados os preceitos legais regedores decada espécie.Art. 238. A prestação dos serviços públicos a comunidades de baixa renda independerá doreconhecimento de logradouros e da regularização urbanística ou registrária das áreas em que se situem ede suas edificações ou construções.Art. 239. Incumbe ao Estado e aos Municípios promover e executar programas de construção demoradias populares e garantir condições habitacionais e infra-estrutura urbana, em especial as desaneamento básico, escola pública, posto de saúde e transporte.Art. 240. O Poder Público estimulará a criação de cooperativas de moradores, destinadas à construçãoda casa própria e auxiliará o esforço das populações de baixa renda na edificação de suas habitações.Art. 241. Ficam asseguradas à população as informações sobre cadastro atualizado das terras públicas eplanos de desenvolvimento urbanos e regionais.

CAPÍTULO IV- DOS SERVIÇOS PÚBLICOS (arts. 242 a 246)

Art. 242. Compete ao Estado organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,os serviços públicos de interesse estadual, metropolitano ou microrregional, incluído o de transportecoletivo, que tem caráter essencial.§ 1º Compete ao Estado legislar sobre o sistema de transportes intermunicipal, bem como sobre os demaismodos de transportes de sua competência, estabelecidos em lei.§ 2º O transporte coletivo de passageiros é um serviço público essencial sendo da atribuição do PoderPúblico o seu planejamento e a sua operação direta ou mediante regime de concessão ou permissão.§ 3º O planejamento e as condições de operação dos serviços de transporte de passageiros, comitinerários intermunicipais, são da atribuição do Estado, na forma da lei.§ 4º Serão estabelecidos em lei os critérios de fixação de tarifas dos serviços públicos de transportes.§ 5º Os veículos de transportes rodoviários de passageiros, fabricados para esse fim específico, devemrespeitar o livre acesso e circulação dos idosos e de portadores de deficiência.§ 6º A adaptação dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes, a fim de garantir acessoadequado aos idosos e portadores de deficiência, será regulada por lei.

Art. 243. Compete ao município organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão oupermissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráteressencial como no artigo 30, V, da Constituição da República.Art. 244. Autorizado na forma do parágrafo único do artigo 22 da Constituição da República, o Estadolegislará sobre questões específicas de trânsito e transporte, além de, no âmbito de sua competência,comum à União e aos Municípios, estabelecer e implantar política de educação para a segurança dotrânsito.Parágrafo único. Os sistemas rodoviários, ferroviários e hidroviários por onde circulem cargas deverão serprojetados, implantados e operados considerando as regiões produtoras e consumidoras em termos de:I - implantação da rede de rodovias para escoamento de produção à rede troncal;II - implantação de silos, armazéns e centros de comercialização de produtos;III - terminais de integração multimodal.Art. 245. Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade nos transportes coletivosurbanos e intermunicipais.

Caput com redação dada pela Emenda Constitucional nº 03, de 08.08.1991.O caput alterado dispunha o seguinte:"Art. 245. Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade nos transportescoletivos urbanos."Artigo regulamentado pela Lei 3339, de 29.12.1999, que assegura a gratuidade nostransportes coletivos urbanos intermunicipais aos maiores de 65 anos e estabelece passe livreàs pessoas portadoras de deficiência e aos alunos de 1º e 2º graus uniformizados da redepública municipal, estadual e federal, portadores de carteira de identidade estudantil.

Parágrafo único. Aos vigilantes uniformizados e sindicalizados será, na forma da lei, concedida gratuidadenos transportes públicos.Art. 246. O gás produzido na Bacia de Campos, e que, nos termos do § 2º do artigo 25 da Constituiçãoda República, é de distribuição exclusiva do Estado, terá prioritária comercialização, de até 50%(cinqüenta por cento), na própria região norte/nordeste fluminense.

CAPÍTULO V- DA POLÍTICA AGRÁRIA (arts. 247 a 251)

Art. 247. A política agrária do Estado será orientada no sentido de promover o desenvolvimentoeconômico e a preservação da natureza, mediante práticas científicas e tecnológicas, propiciando a justiçasocial e a manutenção do homem no campo, pela garantia às comunidades do acesso à formaçãoprofissional, educação, cultura, lazer e infra-estrutura.Parágrafo único. O órgão formulador do desenvolvimento geral das atividades agrárias do Estado será oConselho Estadual de Política Agrária constituído na forma da lei, em cuja composição é garantida aampla participação dos trabalhadores rurais e suas entidades representativas.Art. 248. Compete ao Instituto Estadual de Terras e Cartografia, organizado sob a forma de autarquia eobedecida a legislação específica da União, promover:I - através de sua Procuradoria, ações discriminatórias objetivando a identificação, de limitação earrecadação de áreas devolutas, incorporando-as ao patrimônio imobiliário do Estado e divulgandoamplamente seus resultados;II - levantamento das terras ociosas e inadequadamente aproveitadas;III - cadastramento das áreas de conflito pela posse da terra e adoção de providências que garantamsolução dos impasses;IV - levantamento de áreas agrícolas ocupadas por posseiros, apoiando-os, no caso de indivíduos oufamílias que trabalham diretamente a gleba, incumbindo-se a Defensoria Pública e o serviço jurídico doórgão das ações de proteção, legitimação e reconhecimento da posse e da propriedade da terra, inclusivedas ações de usucapião especial;V - realização do cadastro geral das propriedades rurais do Estado com indicação do uso do solo,produção, cultura agrícola e desenvolvimento científico e tecnológico das unidades de produção;VI - regularização fundiária dos projetos de assentamento de lavradores, em áreas de domínio público;

VII - convênios com entidades públicas federais, municipais e entidades privadas para implementação dosplanos e projetos especiais de reforma agrária;VIII - viabilizar utilização de recursos humanos, técnicos e financeiros destinados à implementação dosplanos e projetos especiais de assentamento nas áreas agrícolas;IX - desapropriação de áreas rurais para assentamento e implementação de fazendas experimentais;X - administração dos imóveis rurais de propriedade do Estado;XI - levantamento das terras agricultáveis próximas às áreas urbanas e adoção de medidas com objetivode preservá-las dos efeitos prejudiciais da expansão urbana;XII - Obras de infra-estrutura econômica e social para consolidação dos assentamentos rurais e projetosespeciais de reforma agrária.Parágrafo único. Incumbe à Procuradoria do órgão realizar, juntamente com o órgão técnico competentee as entidades representativas das comunidades urbanas e rurais, os trabalhos de identificação de terrasdevolutas e promover, nas instâncias administrativa e judicial, a sua discriminação para assentamentoshumanos, urbanos ou rurais, conforme seja a vocação das terras discriminadas, excluídas ascomprovadamente necessárias à formação e preservação de reservas biológicas, florestais e ecológicas.Art. 249. As terras públicas situadas fora da área urbana serão destinadas preferencialmente aoassentamento de famílias de origem rural, projetos de proteção ambiental ou pesquisa e experimentaçãoagropecuárias.§ 1º Entende-se por famílias de origem rural as de proprietários de minifúndios, parceiros, subparceiros,arrendatários, subarrendatários, posseiros, assalariados permanentes ou temporários, agregados, demaistrabalhadores rurais e migrantes de origem rural.§ 2º Os órgãos estaduais da administração direta e indireta, incumbidos das políticas agrária e agrícola,destinarão parte de seus respectivos orçamentos ao desenvolvimento dos assentamentos de que trata esteartigo.§ 3º As terras devolutas incorporadas através de ação discriminatória, desde que não localizadas em áreade proteção ambiental obrigatória, serão destinadas ao assentamento de famílias de origem rural.Art. 250. A regularização de ocupação, referente a imóvel rural incorporado ao patrimônio públicoestadual, far-se-á através de concessão do direito real de uso, inegociável pelo prazo de dez anos.Parágrafo único. A concessão do direito real de uso de terras públicas subordinar-se-á obrigatoriamente,além de a outras que forem estabelecidas pelas partes, sob pena de reversão ao outorgante, às cláusulasdefinidoras:I - da exploração da terra, direta, pessoal ou familiar, para cultivo ou qualquer outro tipo de exploraçãoque atenda aos objetivos da política agrária;II - da residência permanente dos beneficiários na área objeto do contrato;III - da indivisibilidade e intransferibilidade das terras pelos outorgados e seus herdeiros, a qualquer título,sem autorização expressa e prévia do outorgante;IV - de manutenção das reservas florestais obrigatórias e observância das restrições de uso do imóvel, nostermos da lei.Art. 251. A alienação ou concessão, a qualquer título, de terras públicas estaduais com área superior a 50hectares, dependerá de prévia aprovação da Assembleia Legislativa.§ 1º Não se aplica o disposto neste artigo às terras destinadas a assentamento.§ 2º As terras devolutas do Estado não serão adquiridas por usucapião.

CAPÍTULO VI- DA POLÍTICA AGRÍCOLA (arts. 252 a 256)

Art. 252. Na elaboração e execução da política agrícola, o Estado garantirá a efetiva participação dosdiversos setores da produção, especialmente dos produtores e trabalhadores rurais através de suasrepresentações sindicais e organizações similares, inclusive na elaboração de planos plurianuais dedesenvolvimento agrícola, de safras e operativos anuais.Art. 253. As ações de apoio à produção dos órgãos oficiais somente atenderão aos estabelecimentosagrícolas que cumpram a função social da propriedade segundo se define no artigo 216.

Art. 254. A política agrícola a ser implementada pelo Estado dará prioridade à pequena produção e aoabastecimento alimentar através de sistema de comercialização direta entre produtores e consumidores,competindo ao Poder Público:I - garantir a prestação de serviço de assistência técnica e extensão rural gratuitas, a benefício dospequenos e médios produtores, aos trabalhadores rurais, suas famílias e suas organizações;II - incentivar e manter pesquisa agropecuária que garanta o desenvolvimento do setor de produção dealimentos, com progresso tecnológico voltado aos pequenos e médios produtores, às característicasregionais e aos ecossistemas;III - planejar e implementar a política de desenvolvimento agrícola compatível com a política agrária ecom a preservação do meio ambiente e conservação do solo, estimulando os sistemas de produçãointegrados, a policultura, a agricultura orgânica e a integração entre agricultura, pecuária e aqüicultura;IV - fiscalizar e controlar o armazenamento, o abastecimento de produtos agropecuários e acomercialização de insumos agrícolas em todo o território do Estado, estimulando a adubação orgânica e ocontrole integrado das pragas e doenças;V - desenvolver programas de irrigação e drenagem, eletrificação rural, produção e distribuição de mudase sementes, de reflorestamento, bem como de aprimoramento de rebanhos;VI - instituir programa de ensino agrícola associado ao ensino não formal e à educação para preservaçãodo meio ambiente;VII - utilizar seus equipamentos, mediante convênio com cooperativas agrícolas ou entidades similares,para o desenvolvimento das atividades agrícolas dos pequenos produtores e dos trabalhadores rurais;VIII - estabelecer convênios com os municípios para conservação permanente das estradas vicinais.Art. 255. Incumbe diretamente ao Estado, garantir:I - execução da política agrícola, especialmente em favor de pequenos produtores, proprietários ou não;II - controle e fiscalização da produção, comercialização, armazenamento, transporte interno e uso deagrotóxicos e biocidas em geral, exigindo o cumprimento de receituários agronômicos;III - preservação da diversidade genética tanto animal quanto vegetal;IV - manter barreiras sanitárias a fim de controlar e impedir o ingresso, no território estadual, de animais evegetais contaminados por pragas e doenças.Art. 256. A conservação do solo é de interesse público em todo o território do Estado, impondo-se àcoletividade e ao Poder Público o dever de preservá-lo e cabendo a este:I - estabelecer regimes de conservação e elaborar normas de preservação dos recursos do solo e da água,assegurando o uso múltiplo desta;II - orientar os produtores rurais sobre técnicas de manejo e recuperação de solos, através do serviço deextensão rural;III - desenvolver e estimular pesquisas de tecnologia de conservação do solo;IV - desenvolver infra-estrutura física e social que garanta a produção agrícola e crie condições depermanência do homem no campo;V - proceder ao zoneamento agrícola, considerando os objetivos e as ações de política agrícola previstaneste capítulo.

CAPÍTULO VII- DA POLÍTICA PESQUEIRA (arts. 257 a 260)

Art. 257. O Estado elaborará política específica para o setor pesqueiro, enfatizando sua função deabastecimento alimentar, promovendo o seu desenvolvimento e ordenamento, incentivando a pescaartesanal e a aqüicultura através de programas específicos de crédito, rede pública de entrepostos,pesquisa, assistência técnica e extensão pesqueira e estimulando a comercialização direta aosconsumidores.§ 1º Na elaboração da política pesqueira, o Estado garantirá a efetiva participação dos pequenospiscicultores e pescadores artesanais ou profissionais, através de suas representações sindicais,cooperativas e organizações similares.§ 2º Entende-se por pesca artesanal a exercida por pescador que tire da pesca o seu sustento, segundo aclassificação do órgão competente.

§ 3º Incumbe ao Estado criar mecanismos de proteção e preservação das áreas ocupadas porcomunidades de pescadores.

Vide Lei nº 4.116, de 25 de junho 2003, que autoriza o poder executivo a criar o programaestadual da pesca artesanal.

Art. 258. O disposto nos artigos 254 e 257 desta Constituição é aplicável, no que couber, à atividadepesqueira, estendendo-se às zonas costeiras, às águas continentais e à pesca artesanal as regras aliestabelecidas para proteção prioritária dos solos e da pequena produção rural.Art. 259. É vedada e será reprimida na forma da lei, pelos órgãos públicos, com atribuição para fiscalizare controlar as atividades pesqueiras, a pesca predatória sob qualquer das suas formas tais como:I - práticas que causam riscos às bacias hidrográficas e zonas costeiras de território do Estado;II - emprego de técnicas e equipamentos que possam causar danos à capacidade de renovação do recursopesqueiro;III - nos lugares e épocas interditados pelos órgãos competentes.Parágrafo único. Reverterão aos setores de pesquisa e extensão pesqueira e educacional os recursoscaptados na fiscalização e controle sobre atividades que comportem riscos para as espécies aquáticas,bacias hidrográficas e zonas costeiras.Art. 260. A assistência técnica e a extensão pesqueira compreenderão:I - difusão de tecnologia adequada à conservação de recursos naturais e à melhoria das condições de vidado pequeno produtor pesqueiro e do pescador artesanal;II - estímulo à associação e organização dos pequenos produtores pesqueiros e dos pescadores artesanaisou profissionais;III - integração da pesquisa pesqueira com as reais necessidades do setor produtivo.

CAPÍTULO VIII- DO MEIO AMBIENTE (arts. 261 a 282)

Art. 261. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente saudável e equilibrado, bem de usocomum do povo e essencial à qualidade de vida, impondo-se a todos, e em especial ao Poder Público, odever de defendê-lo, zelar por sua recuperação e proteção, em benefício das gerações atuais e futuras.

Art. 261 regulamentado pela Lei nº 3.443, de 14.07.2000, que estabelece a criação dosconselhos gestores para as unidades de conservação estaduais, e dá outras providências.Vide Lei nº 3.975, de 01.10.2002, que estabelece normas para o uso de agentes extintores emsistemas de segurança contra incêndios na forma que menciona, regulamenta o artigo 261 daConstituição Estadual e dá outras providências.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:I - fiscalizar e zelar pela utilização racional e sustentada dos recursos naturais;II - proteger e restaurar a diversidade e a integridade do patrimônio genético, biológico, ecológico,paisagístico, histórico e arquitetônico;III - implantar sistema de unidades de conservação, representativo dos ecossistemas originais do espaçoterritorial do Estado, vedada qualquer utilização ou atividade que comprometa seus atributos essenciais;IV - proteger e preservar a flora e a fauna, as espécies ameaçadas de extinção, as vulneráveis e raras,vedadas as práticas que submetam os animais à crueldade, por ação direta do homem sobre os mesmos;V - estimular e promover o reflorestamento ecológico em áreas degradadas, objetivando especialmente aproteção de encostas e dos recursos hídricos, a consecução de índices mínimos de cobertura vegetal, oreflorestamento econômico em áreas ecologicamente adequadas visando a suprir a demanda dematéria-prima de origem florestal e a preservação das florestas nativas;VI - apoiar o reflorestamento econômico integrado, com essências diversificadas, em áreasecologicamente adequadas, visando suprir a demanda de matérias-primas de origem vegetal;VII - promover, respeitada a competência da União, o gerenciamento integrado dos recursos hídricos, naforma da lei, com base nos seguintes princípios:

a) adoção das áreas das bacias e sub-bacias hidrográficas como unidades de planejamento e execução deplanos, programas e projetos;b) unidade na administração da quantidade e da qualidade das águas;c) compatibilização entre os usos múltiplos, efetivos e potenciais;d) participação dos usuários no gerenciamento e obrigatoriedade de contribuição para recuperação emanutenção da qualidade em função do tipo e da intensidade do uso;e) ênfase no desenvolvimento e no emprego de método e critérios biológicos de avaliação da qualidadedas águas;f) proibição do despejo nas águas de caldas ou vinhotos, bem como de resíduos ou dejetos capazes detorná-las impróprias, ainda que temporariamente, para o consumo e a utilização normais ou para asobrevivência das espécies;VIII - promover os meios defensivos necessários para evitar a pesca predatória;IX - controlar e fiscalizar a produção, a estocagem, o transporte, a comercialização e a utilização detécnicas, métodos e instalações que comportem risco efetivo ou potencial para a qualidade de vida e omeio ambiente, incluindo formas geneticamente alteradas pela ação humana;

Inciso IX regulamentado pela Lei 3.029, de 27.08.1998, que dispõe sobre a elaboração domapeamento de risco e de medidas preventivas para a população.

X - condicionar, na forma da lei, a implantação de instalações ou atividades, efetiva ou potencialmentecausadoras de alterações significativas do meio ambiente à prévia elaboração de estudo de impactoambiental, a que se dará publicidade;XI - determinar a realização periódica, preferencialmente por instituições científicas e sem fins lucrativos,de auditorias nos sistemas de controle de poluição e prevenção de riscos de acidentes das instalações eatividades de significativo potencial poluidor, incluindo a avaliação detalhada dos efeitos de sua operaçãosobre a qualidade física, química e biológica dos recursos ambientais;

Inciso XI regulamentado pela Lei 3.029, de 27.08.1998, que dispõe sobre a elaboração domapeamento de risco e de medidas preventivas para a população.

XII - estabelecer, controlar e fiscalizar padrões de qualidade ambiental, considerando os efeitos sinérgicose cumulativos da exposição às fontes de poluição, incluída a absorção de substâncias químicas através dadieta alimentar, com especial atenção para aquelas efetiva ou potencialmente cancerígenas, mutagênicas eteratogênicas;XIII - garantir o acesso dos interessados às informações sobre as fontes e causas da degradação ambiental;XIV - informar sistematicamente à população sobre os níveis de poluição, a qualidade do meio ambiente,as situações de risco de acidentes e a presença de substâncias potencialmente danosas à saúde na águapotável e nos alimentos;XV - promover medidas judiciais e administrativas de responsabilização dos causadores de poluição ou dedegradação ambiental, e dos que praticarem pesca predatória;XVI - buscar a integração das universidades, centros de pesquisa, associações civis, organizações sindicaispara garantir e aprimorar o controle da poluição;XVII - estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização de tecnologias poupadoras de energia, bemcomo de fontes energéticas alternativas que possibilitem, em particular nas indústrias e nos veículos, aredução das emissões poluentes.XVIII - estabelecer política tributária visando à efetivação do princípio poluidor-pagador e o estímulo aodesenvolvimento e implantação de tecnologias de controle e recuperação ambiental mais aperfeiçoadas,vedada a concessão de financiamentos governamentais e incentivos fiscais às atividades que desrespeitempadrões e normas de proteção ao meio ambiente;XIX - acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos eminerais efetuadas pela União no território do Estado;XX - promover a conscientização da população e a adequação do ensino de forma a incorporar osprincípios e objetivos de proteção ambiental;XXI - implementar política setorial visando a coleta seletiva, transporte, tratamento e disposição final deresíduos urbanos, hospitalares e industriais, com ênfase nos processos que envolvam sua reciclagem;

Vide Lei nº 3.443, de 14.07.2000, que regulamenta o artigo 27 das disposições transitórias eos artigos 261 e 271 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, estabelece a criação dosconselhos gestores para as unidades de conservação estaduais, e dá outras providências.

XXII - criar o Conselho Estadual do Meio Ambiente, de composição paritária, no qual participarão osPoderes Executivo e Legislativo, comunidades científicas e associações civis, na forma da lei;XXIII - instituir órgãos próprios para estudar, planejar e controlar a utilização racional do meio ambiente;XXIV - aprimorar a atuação na prevenção, apuração e combate nos crimes ambientais, inclusive atravésda especialização de órgãos;XXV - fiscalizar e controlar, na forma da lei, a utilização de áreas biologicamente ricas de manguezais,estuários e outros espaços de reprodução e crescimento de espécies aquáticas, em todas as atividadeshumanas capazes de comprometer esses ecossistemas;XXVI - criar, no Corpo de Bombeiros Militar, unidade de combate a incêndios florestais, assegurando aprevenção, fiscalização, combate a incêndios e controle de queimadas.§ 2º As condutas e atividades comprovadamente lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores asanções administrativas, com a aplicação de multas diárias e progressivas nos casos de continuidade dainfração ou reincidência, incluídas a redução do nível de atividade e a interdição, além da obrigação dereparar, mediante restauração os danos causados.§ 3º Aquele que utilizar recursos ambientais fica obrigado, na forma da lei a realizar programas demonitoragem a serem estabelecidos pelos órgãos competentes.§ 4º A captação em cursos d'água para fins industriais será feita a jusante do ponto de lançamento dosefluentes líquidos da própria indústria, na forma da lei.§ 5º Os servidores públicos encarregados da execução da política estadual do meio ambiente, que tiveremconhecimento de infrações persistentes, intencionais ou por omissão, dos padrões e normas ambientaisdeverão, imediatamente, comunicar o fato ao Ministério Público, indicando os elementos de convicção,sob pena de responsabilidade administrativa, na forma da lei.Art. 262. A utilização dos recursos naturais com fins econômicos será objeto de taxas correspondentesaos custos necessários à fiscalização, à recuperação e à manutenção dos padrões de qualidade ambiental.§ 1º Aos municípios que tenham seus recursos hídricos utilizados para abastecer de água potável apopulação do Estado do Rio de Janeiro é assegurada participação na arrecadação tarifária oucompensação financeira em face da exploração econômica dos mencionados recursos, devendo osrespectivos resultados serem processados separadamente em favor de cada um daqueles Municípios, porvolume de água fornecida, e calculados em proporção compatível com os valores dos royalties pagos aoutros Municípios pela exploração de petróleo e de gás natural.

§ 1º acrescido pela Emenda Constitucional nº 22, de 27.06.2001.

§ 2º Os resultados financeiros que venham a ser obtidos em decorrência do disposto no parágrafo anteriordeverão ser aplicados integralmente em programas conjuntos com o Estado para tratamento de despejosurbanos e industriais e de resíduos sólidos, de proteção e de utilização racional de água e de outrosprogramas que garantam a fiscalização, a recuperação e a manutenção dos padrões de qualidadeambiental nos Municípios de que cogitam o artigo anterior.

§ 2º acrescido pela Emenda Constitucional nº 22, de 27.06.2001.

§ 3º Aos Municípios de Nova Iguaçú, Japeri, Queimados, Belford Roxo, Mesquita, Nilópolis, São João deMeriti, Duque de Caxias, Guapimirim, Magé e outros que venham a integrar a Baixada Fluminense,abrangendo inclusive os Municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e o Bairro de Paquetá, no Municípiodo Rio de Janeiro, integrantes do sistema de abastecimento de água denominado IMUNA - LARANJAL,fica assegurada, no sistema de abastecimento de água à população do Estado do Rio de Janeiro, umadistribuição prioritária correspondente a 30% (trinta por cento) do volume de recursos hídricosprovenientes dos dois primeiros e do Município de Magé no presente referido.

§ 3º acrescido pela Emenda Constitucional nº 22, de 27.06.2001.

Art. 263. Fica autorizada a criação, na forma da lei, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental eDesenvolvimento Urbano - FECAM, destinado à implementação de programas e projetos de recuperaçãoe preservação do meio ambiente, bem como de desenvolvimento urbano, vedada sua utilização parapagamento de pessoal da administração pública direta e indireta ou de despesas de custeio diversas de suafinalidade.

Caput com redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 14.12.2000.O caput alterado dispunha o seguinte:"Art. 263. Fica autorizada a criação na forma da lei, do Fundo Estadual de ConservaçãoAmbiental, destinado à implementação de programas e projetos de recuperação epreservação do meio ambiente, vedada sua utilização para pagamento de pessoal daadministração pública direta e indireta ou de despesas de custeio diversas de sua finalidade."

§ 1º Constituirão recursos para o fundo de que trata o caput deste artigo, entre outros:I - 5% (cinco por cento) da compensação financeira a que se refere o art. 20, § 1º, da Constituição daRepública e a que faz jus o Estado do Rio de Janeiro.

Inciso I com redação dada pela Emenda Constitucional nº 31, de 21.08.2003.O inciso alterado dispunha o seguinte: "I - 20% (vinte por cento) da compensação financeiraa que se refere o artigo 20, § 1º, da Constituição da República;"Vide Lei nº 4142, de 28.08.2003, que dispõe sobre medidas regulamentadoras da EmendaConstitucional nº 31, de 21.08.2003, no tocante à realocação das receitas decorrentes dadiferença entre o percentual a que se referia o inciso I do § 1º do art. 263 da Constituição doEstado do Rio de Janeiro e o percentual a que se refere aquela emenda.

II - O produto das multas administrativas e de condenações judiciais por atos lesivos ao meio ambiente;III - dotações e créditos adicionais que lhe forem atribuídos;IV - empréstimos, repasses, doações, subvenções, auxílios, contribuições, legados ou quaisquertransferências de recursos;V - rendimentos provenientes de suas operações ou aplicações financeiras.VI - 10% (dez por cento) da compensação financeira a que se refere o art. 20, § 1º, da ConstituiçãoFederal, a que faz jus o Estado do Rio de Janeiro, quando se tratar de petróleo e gás extraído da camadado pré-sal,não se aplicando nesse caso o disposto no inciso I.

Inciso VI acrescido pela Emenda Constitucional nº 48, de 28.06.2011, em vigor na data dasua publicação, passando a produzir efeitos a partir de 1º de janeiro de 2012.

§ 2º O disciplinamento da utilização dos recursos do Fundo de que trata este artigo caberá a um Conselhode que participarão, necessariamente, o Ministério Público e representantes da comunidade, na forma aser estabelecida em lei.

§ 2º com redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 14.12.2000.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"§ 2º A administração do Fundo de que trata este artigo caberá a um Conselho em queparticiparão necessariamente o Ministério Público e representantes da comunidade, na formaa ser estabelecida em lei."

§ 3º Os programas e projetos ambientais a que se refere o caput deste artigo incluem, entre outros, osseguintes:I - implantação de sistema de coleta e tratamento de esgotos domésticos;II - implantação de sistemas de coleta de lixo, com ênfase na coleta seletiva e destinação final adequadasde resíduos sólidos urbanos e sua reciclagem;III - programas de conservação, reaproveitamento, reciclagem de energia, co-geração e eficiênciaenergética, e desenvolvimento de energias alternativas, como a solar e eólica, entre outras;IV - programas e projetos de educação ambiental na rede pública estadual, incluindo intervenção desta napreservação das áreas do entorno das escolas, na forma da lei;V - programas de desenvolvimento urbano integrados aos projetos locais e regionais de desenvolvimentoque contemplem soluções para os problemas ambientais locais;

VI - programas de despoluição dos ambientes de trabalho com monitoramento da qualidade ambiental dasempresas e desenvolvimento e implantação de tecnologias alternativas não poluentes que preservem asaúde do trabalhador;VII - programas de defesa dos recursos hídricos, incluindo a implantação dos comitês de baciashidrográficas, na forma da lei;VIII - programas de monitoragem e fiscalização da presença de agrotóxicos nos alimentos e deimplementação de sistemas agrícolas integrados e não poluentes, como os da agricultura biológica eorgânica;IX - programas de fiscalização e inibição da pesca predatória e de estimulo à piscicultura e maricultura;X - programas de recuperação de áreas degradadas e de reflorestamento ecológico, incluindo a produçãode mudas;XI - fiscalização e recuperação da Mata Atlântica e proteção da biodiversidade.XII - demarcação da faixa marginal de proteção das lagoas e lagunas;XIII - programas de prevenção e combate a incêndios em Florestas;XIV - implantação das unidades de conservação da natureza, como parques, reservas e área depreservação ambiental, incluindo plano diretor, plano de manejo, demarcação, sede e educação ambientaldas populações dos entornos;XV - programas de tratamento e destinação final de lixo químico;XVI - reforço dos sistemas de fiscalização ambiental;XVII - programas de proteção à fauna, incluindo centros de triagem de animais, prevenção e fiscalização;XVIII - reforço de equipamentos e instalações do BPFMA, DPMA e Corpo de Bombeiros do Estado doRio de Janeiro;XIX - utilização de recursos como contrapartida a programas com financiamento internacional, tais como,Programa de Despoluição da Baía de Guanabara e/ou de Despoluição da Baía de Sepetiba;XX - programa de divulgação em mídia de campanhas publicitárias, tais como o combate aos balões e pelareciclagem de pilhas e garrafas plásticas;XXI - programa de ecologia urbana, tais como ciclovias, implantação de combustíveis menos poluentesnos transportes e nas indústrias, defesa das encostas;XXII - recomposição e manutenção de manguezais e áreas protegidas;XXIII - monitoragem e melhoria da qualidade do ar e da água potável e da balneabilidade;XXIV - programa para equipar e capacitar as cooperativas de catadores;XXV - programas de relocalização (quando couber) de populações que ocupem áreas de preservaçãoambiental, incluindo habitação digna e reinstalação;XXVI - desenvolvimento de programas de eco-turismo;XXVII - implantação do Centro de Referência de Segurança e Crimes Ambientais;XXVIII - implantação do Centro de Referência da Saúde do Trabalhador em Ambientes de Trabalho;XXIX - campanhas e programas de orientação do consumidor aos custos do desperdício e às qualidades eriscos ambientais dos produtos;XXX - mapeamento das áreas e atividades de risco, na forma da Lei.

§ 3º acrescido pela Emenda Constitucional nº 15, de 14.12.2000.

Art. 264. A implantação e a operação de instalações que utilizem ou manipulem materiais radioativos,estarão sujeitas ao estabelecimento e à implementação de plano de evacuação da população das áreas derisco e a permanente monitoragem de seus efeitos sobre o meio ambiente e a saúde da população.Parágrafo único. As disposições deste artigo não se aplicam à utilização de radioisotopos previstos noartigo 21, XXIII, "b", da Constituição da República.Art. 265. Os projetos governamentais da administração direta ou indireta, que exijam a remoçãoinvoluntária de contingente da população, deverão cumprir, dentre outras, as seguintes exigências:I - pagamento prévio e em dinheiro de indenização pela desapropriação, bem como dos custos demudança e reinstalação, inclusive, neste caso, para os não-proprietários, nas áreas vizinhas às do projeto,de residências, atividades produtivas e equipamentos sociais.

II - implantação, anterior à remoção, de programas sócio-econômicos que permitam às populaçõesatingidas restabelecerem seu sistema produtivo garantindo sua qualidade de vida;III - implantação prévia de programas de defesa ambiental que reduzam ao mínimo os impactos doempreendimento sobre a fauna, a flora e as riquezas naturais e arqueológicas.Art. 266. O Estado promoverá, com a participação dos Municípios e das comunidades, o zoneamentoambiental de seu território.§ 1º A implantação de áreas ou pólos industriais, bem como as transformações de uso do solo,dependerão de estudo de impacto ambiental, e do correspondente licenciamento.§ 2º O registro dos projetos de loteamento dependerá do prévio licenciamento na forma da legislação deproteção ambiental.§ 3º Os proprietários rurais ficam obrigados, na forma da lei, a preservar e a recuperar, com espéciesnativas suas propriedades.Art. 267. A extinção ou alteração das finalidades das áreas das unidades de conservação dependerá delei específica.Art. 268. São áreas de preservação permanente:I - os manguezais, lagos, lagoas e lagunas e as áreas estuarinas;II - as praias, vegetação de restingas quando fixadoras de dunas, as dunas, costões rochosos e as cavidadesnaturais subterrâneas-cavernas;III - as nascentes e as faixas marginais de proteção de águas superficiais;IV - as áreas que abriguem exemplares ameaçados de extinção, raros, vulneráveis ou menos conhecidos,na fauna e flora, bem como aquelas que sirvam como local de pouso, alimentação ou reprodução;V - as áreas de interesse arqueológico, histórico, científico, paisagístico e cultural;VI - aquelas assim declaradas por lei;VII - a Baía de Guanabara.Art. 269. São áreas de relevante interesse ecológico, cuja utilização dependerá de prévia autorização dosórgãos competentes, preservados seus atributos essenciais:I - as coberturas florestais nativas;II - a zona costeira;III - o Rio Paraíba do Sul;IV - a Ilha Grande;V - a Baía da Guanabara;VI - a Baía de Sepetiba.Art. 270. As terras públicas ou devolutas, consideradas de interesse para a proteção ambiental, nãopoderão ser transferidas a particulares a qualquer título.Art. 271. A iniciativa do Poder Público de criação de unidades de conservação, com a finalidade depreservar a integridade de exemplares dos ecossistemas, será imediatamente seguida dos procedimentosnecessários a regularização fundiária, demarcação e implantação da estrutura de fiscalização adequadas.

Artigo 271 regulamentado pela Lei nº 3.443, de 14.07.2000, que estabelece a criação dosconselhos gestores para as unidades de conservação estaduais, e dá outras providências.

Art. 272. O Poder Público poderá estabelecer restrições administrativas de uso de áreas privadas parafins de proteção de ecossistemas.Parágrafo único. As restrições administrativas de uso a que se refere este artigo deverão ser averbadas noregistro imobiliário no prazo máximo de um ano a contar de seu estabelecimento.Art. 273. As coberturas florestais nativas existentes no Estado são consideradas indispensáveis aoprocesso de desenvolvimento equilibrado e à sadia qualidade de vida de seus habitantes e não poderão tersuas áreas reduzidas.Art. 274. As empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos deverão atender aosdispositivos de proteção ambiental em vigor.Art. 275. Fica proibida a introdução no meio ambiente de substâncias cancerígenas, mutagênicas eteratogênicas, além dos limites e das condições permitidas pelos regulamentos dos órgãos do controleambiental.

Art. 276. A implantação e a operação de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras dependerão deadoção das melhores tecnologias de controle para proteção do meio ambiente, na forma da lei.

Artigo 276 regulamentado, em parte, pela Lei nº 3.801, de 03.04.2002, que institui e impõenormas de segurança para operações de exploração, produção, estocagem e transporte depetróleo e seus derivados, no âmbito do estado do rio de janeiro e dá outras providências.

Parágrafo único. O Estado e os Municípios manterão permanente fiscalização e controle sobre osveículos, que só poderão trafegar com equipamentos antipoluentes, que eliminem ou diminuam ao máximoo impacto nocivo da gaseificação de seus combustíveis.Art. 277. Os lançamentos finais dos sistemas públicos e particulares de coleta de esgotos sanitáriosdeverão ser precedidos, no mínimo, de tratamento primário completo, na forma da lei.§ 1º Fica vedada a implantação de sistemas de coleta conjunta de águas pluviais e esgotos domésticos ouindustriais.§ 2º As atividades poluidoras deverão dispor de bacias de contenção para as águas de drenagem, naforma da lei.

Artigo 277 regulamentado pela Lei nº 2.661, de 27.12.1996, que se refere à exigência deníveis mínimos de tratamento de esgotos sanitários, antes de seu lançamento em corposd'água e dá outras providências.

Art. 278. É vedada a criação de aterros sanitários à margem de rios, lagos, lagoas, manguezais emananciais.Art. 279. O Estado exercerá o controle de utilização de insumos químicos na agricultura e na criação deanimais para alimentação humana, de forma a assegurar a proteção do meio ambiente e a saúde pública.Parágrafo único. O controle a que se refere este artigo será exercido, tanto na esfera da produção quantona de consumo, com a participação do órgão encarregado da execução da política de proteção ambiental.Art. 280. A lei instituirá normas para coibir a poluição sonora.Art. 281. Nenhum padrão ambiental do Estado poderá ser menos restritivo do que os padrões fixadospela Organização Mundial de Saúde.Art. 282. As empresas concessionárias do serviço de abastecimento público de água deverão divulgar,semestralmente, relatório de monitoragem da água distribuída à população, a ser elaborado por instituiçãode reconhecida capacidade técnica e científica.Parágrafo único. A monitoragem deverá incluir a avaliação dos parâmetros a serem definidos pelosórgãos estaduais de saúde e meio ambiente.

* Vide Lei nº 4.930, de 20.12.2006, que regulamenta este artigo.

TÍTULO VIII- DA ORDEM SOCIAL

CAPÍTULO I- DISPOSIÇÃO GERAL (art. 283)

Art. 283. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiçasociais.

CAPÍTULO II- DA SEGURIDADE SOCIAL

Seção I- Disposição Geral (arts. 284 a 286)

Art. 284. O Estado e os Municípios, com a União, integram um conjunto de ações e iniciativas dosPoderes Públicos e da sociedade, destinado a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência eassistência sociais, de conformidade com as disposições da Constituição da República e das leis.

§ 1º As receitas do Estado e dos Municípios, destinados a seguridade social, constarão dos respectivosorçamentos.§ 2º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição naadministração pública e na atividade privada, rural e urbana, inclusive na condição de autônomo, hipóteseem que os diversos sistemas de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critériosestabelecidos em lei.Art. 285. Será garantida pensão por morte de servidor, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro edependentes.Parágrafo único. A pensão mínima a ser paga aos pensionistas do Instituto de Previdência do Estado doRio de Janeiro - IPERJ, não poderá ser de valor inferior ao de 1 (um) salário mínimo.

Vide Lei nº 3189, de 22.02.1999, que institui o fundo único de previdência social do Estadodo Rio de Janeiro - RIOPREVIDÊNCIA e dá outras providências.Vide Lei nº 3308, de 30.11.1999, que dispõe sobre o regime de previdência dos membros eservidores do Ministério Público, e dá outras providências.Vide Lei nº 3309, de 30.11.1999, que dispõe sobre o regime previdenciário dos membros eservidores do Poder Judiciário e dá outras providências.Vide Lei nº 3310, de 30.11.1999, que dispõe sobre o regime previdenciário dos membros eservidores do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro - TCE - RJ e dá outrasprovidências.Vide Lei nº 3311, de 30 de novembro 1999, que dispõe sobre o regime previdenciário dosmembros e servidores do Poder Legislativo e dá outras providências.

Art. 286. É facultado ao servidor público que não tenha cônjuge, companheiro ou dependente, legar apensão por morte a beneficiários de sua indicação, respeitadas as condições e a faixa etária previstas emlei para a concessão do benefício a dependentes.

Artigo 286 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 240-6/600.

Seção II- Da Saúde (arts. 287 a 304)

Art. 287. A saúde é direito de todos e dever do Estado, assegurada mediante políticas sociais,econômicas e ambientais que visem a prevenção de doenças físicas e mentais, e outros agravos, o acessouniversal e igualitário às ações de saúde e a soberana liberdade de escolha dos serviços, quando essesconstituírem ou complementarem o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde, guardada aregionalização para sua promoção, proteção e recuperação.

Artigo 287 regulamentado pela Lei nº 3.613, de 18.07.2001, que dispõe sobre os direitos dosusuários dos serviços e das ações de saúde no Estado do Rio de Janeiro e dá outrasprovidências.

Art. 288. As ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao Poder Público dispor, nostermos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita comprioridade, diretamente ou através de terceiros, preferencialmente por entidades filantrópicas e, também,por pessoa física ou jurídica de direito privado.

Artigo 288 regulamentado pela Lei nº 3.892, de 16.07.2002, que estabelece normas para osserviços de triagem de pacientes em unidades de saúde de atendimento de urgência e deemergência regulamentando os artigos 288 e 289 da Constituição Estadual e dá outrasprovidências.

Art. 289. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada econstituem um sistema único de saúde, de acordo com as seguintes diretrizes:I - integração das ações e serviços de saúde dos Municípios ao Sistema Único de Saúde;II - descentralização político-administrativa, com direção única em cada nível, respeitada a autonomiamunicipal, garantindo-se os recursos necessários;

III - atendimento integral, universal e igualitário, com acesso a todos os níveis dos serviços de saúde dapopulação urbana e rural, contemplando as ações de promoção, proteção e recuperação de saúdeindividual e coletiva, com prioridade para as atividades preventivas e de atendimento de emergência eurgência, sem prejuízo dos demais serviços assistenciais;IV - participação na elaboração e controle das políticas e ações de saúde de membros de entidadesrepresentativas de usuários e de profissionais de saúde, através de conselho estadual de saúde,deliberativo e paritário, estruturado por lei complementar;

Inciso IV regulamentado pela Lei Complementar nº 71, de 15.01.1991, que estrutura,regulamenta e dá outras atribuições ao conselho estadual de saúde.

V - municipalização dos recursos, tendo como parâmetros o perfil epidemiológico e demográfico, e anecessidade de implantação, expansão e manutenção dos serviços de saúde de cada Município;VI - elaboração e atualização periódicas do Plano Estadual de Saúde, em termos de prioridade eestratégias regionais, em consonância com o Plano Nacional de Saúde e de acordo com as diretrizes doconselho estadual;VII - outras, que venham a ser adotadas em legislação complementar.

Art. 289 regulamentado pela Lei nº 3.892, de 16.07.2002, que estabelece normas para osserviços de triagem de pacientes em unidades de saúde de atendimento de urgência e deemergência e dá outras providências.

Art. 290. É assegurada, na área de saúde, a liberdade de exercício profissional e de organização deserviços privados, na forma da lei, de acordo com os princípios da política nacional de saúde e das normasgerais estabelecidas pelo conselho estadual de saúde.Art. 291. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde,mediante o contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as semfins lucrativos.§ 1º A decisão sobre a contratação de serviços privados deverá ser precedida de audiência dos conselhosmunicipais de saúde, quando de abrangência municipal, e do conselho estadual de saúde, quando deabrangência estadual.§ 2º Aos serviços de saúde de natureza privada, que descumpram as diretrizes do sistema único de saúde,ou os termos previstos nos contratos firmados com o Poder Público, aplicar-se-ão as sanções previstas emlei.§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas estrangeiras ou de empresas brasileiras decapital estrangeiro na assistência à saúde no Estado, salvo nos casos previstos em lei.§ 4º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas comfins lucrativos.Art. 292. O sistema único de saúde será financiado com recursos do orçamento do Estado, da seguridadesocial, da União e dos Municípios, além de outras fontes.Parágrafo único. Os recursos financeiros do sistema de saúde serão administrados, em cada esfera, porfundos de natureza contábil, criados na forma da lei.Art. 293. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições estabelecidas na Lei Orgânicada Saúde:I - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde, bem como a capacitação técnica ereciclagem permanente;II - garantir aos profissionais da área de saúde um plano de cargos e salários único, o estímulo ao regimede tempo integral e condições adequadas de trabalho em todos os níveis;III - promover o desenvolvimento de novas tecnologias e a produção de medicamentos, matérias-primas,insumos imunobiológicos e contraceptivos de barreira por laboratórios oficias do Estado, abrangendotambém a homeopatia, a acupuntura, a fitoterapia e outras práticas de comprovada base científica, queserão adotadas pela rede oficial de assistência à população;IV - criar e implantar sistema estadual público de sangue, componentes e derivados, para garantir aauto-suficiência do Estado no setor, assegurando a preservação da saúde do doador e do receptor desangue, bem como a manutenção de laboratórios e hemocentros regionais;

Vide Lei nº 4.098, de 22.04.2003, que cria o sistema estadual de sangue, componentes ehemoderivados no âmbito do Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências.

V - dispor sobre a fiscalização e normatização da remoção de órgãos, tecidos e substâncias, para fins detransplantes, pesquisa, especialmente sobre a reprodução humana e tratamento, vedada a suacomercialização;VI - participar na elaboração e atualização de plano estadual de alimentação e nutrição;VII - controlar, fiscalizar e inspecionar procedimentos, produtos e substâncias que compõem osmedicamentos, contraceptivos, imunobiológicos, alimentos, compreendido o controle de seu teornutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano, cosméticos, perfumes, produtos de higiene,saneantes, domissanitários, agrotóxicos, biocidas, produtos agrícolas, drogas veterinárias, sangue,hemoderivados, equipamentos médico-hospitalares e odontológicos, insumos, e outros de interesse para asaúde;VIII - manter laboratório de referência de controle de qualidade;IX - participar na fiscalização das operações de produção, transporte, guarda e utilização, executadas comsubstâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

Artigo 293 regulamentado pela Lei nº 3.623, de 27.08.2001, que estabelece critérios paradeterminação de padrões de qualidade do ambiente de trabalho e de proteção à saúde dostrabalhadores no Estado do Rio de Janeiro.

X - desenvolver ações visando à segurança e à saúde do trabalhador, integrando sindicatos e associaçõestécnicas, compreendendo a fiscalização, normatização e coordenação geral na prevenção, prestação deserviços e recuperação, mediante:

Vide Lei nº 3.623, de 27.08.2001, que regulamenta o artigo 293 da Constituição Estadual eestabelece critérios para determinação de padrões de qualidade do ambiente de trabalho e deproteção à saúde dos trabalhadores no Estado do Rio de Janeiro.

a) medidas que visem à eliminação de riscos de acidentes, doenças profissionais e do trabalho, e queordenem o processo produtivo, para esse fim;b) informações aos trabalhadores a respeito de atividades que comportem riscos à saúde e dos métodospara o seu controle;c) controle e fiscalização dos ambientes e processos de trabalhos nos órgãos ou empresas públicas eprivadas, incluindo os departamentos médicos;d) direito de recusa ao trabalho em ambientes sem controle adequado de riscos, assegurada a permanênciano emprego;e) promoção regular e prioritária de estudos e pesquisas em saúde do trabalho;f) proibição do uso de atestado de esterilização e de teste gravidez como condição para admissão oupermanência no trabalho;g) notificação compulsória, pelos ambulatórios médicos dos órgãos ou empresas públicas ou privadas, dasdoenças profissionais e dos acidentes de trabalho;h) intervenção, interrompendo as atividades em local de trabalho em que haja risco iminente ou naquelesem que tenham ocorrido graves danos à saúde do trabalhador;XI - coordenar e estabelecer diretrizes e estratégias das ações de vigilância sanitária e epidemiológica ecolaborar no controle do meio ambiente e saneamento;

Vide Lei nº 3.623, de 27.08.2001, que regulamenta o artigo 293 da Constituição Estadual eestabelece critérios para determinação de padrões de qualidade do ambiente de trabalho e deproteção à saúde dos trabalhadores no Estado do Rio de Janeiro.

XII - determinar que todo estabelecimento, público ou privado, sob fiscalização de órgãos do sistemaúnico de saúde, seja obrigado a utilizar coletor seletivo de lixo hospitalar;XIII - formular e implantar política de atendimento à saúde de portadores de deficiência, bem comocoordenar e fiscalizar os serviços e ações específicas, de modo a garantir a prevenção de doenças oucondições que favoreçam o seu surgimento, assegurando o direito à habilitação, reabilitação e integraçãosocial, com todos os recursos necessários, inclusive o acesso aos materiais e equipamentos de reabilitação;

XIV - implantar política de atendimento à saúde das pessoas consideradas doentes mentais, devendo serobservados os seguintes princípios:a) rigoroso respeito aos direitos humanos dos doentes;b) integração dos serviços de emergência psiquiátricos e psicológicos aos serviços de emergência geral;c) prioridade e atenção extra-hospitalar, incluído atendimento ao grupo familiar, bem como ênfase naabordagem interdisciplinar;d) ampla informação aos doentes, familiares e à sociedade organizada sobre os métodos de tratamento aserem utilizados;e) garantia da destinação de recursos materiais e humanos para a proteção e tratamento adequado aodoente mental nos níveis ambulatorial e hospitalar;XV - garantir destinação de recursos materiais e humanos na assistência às doenças crônicas e à terceiraidade, na forma da lei;XVI - estabelecer cooperação com a rede pública de ensino, de modo a promover acompanhamentoconstante às crianças em fase escolar, prioritariamente aos estudantes do primeiro grau;XVII - incentivar, através de campanhas promocionais educativas e outras iniciativas, a doação de órgãos;XVIII - prover a criação de programa suplementar que garanta fornecimento de medicação às pessoasportadoras de necessidades especiais, no caso em que seu uso seja imprescindível à vida.Parágrafo único. O Estado, na forma da lei, concederá estímulos especiais às pessoas que doarem órgãospossíveis de serem transplantados, quando de sua morte, com o propósito de restabelecerem funções vitaisà saúde.Art. 294. O Estado garantirá assistência integral à saúde da mulher em todas as fases de sua vida atravésda implantação de política adequada, assegurando:I - assistência à gestação, ao parto e ao aleitamento;II - direito à auto-regulação da fertilidade como livre decisão da mulher, do homem ou do casal, tanto paraexercer a procriação quanto para evitá-la;III - fornecimento de recursos educacionais, científicos e assistenciais, bem como acesso gratuito aosmétodos anticoncepcionais, esclarecendo os resultados, indicações e contra-indicações, vedada qualquerforma coercitiva ou de indução por parte de instituições públicas ou privadas;IV - assistência à mulher, em caso de aborto, provocado ou não, como também em caso de violênciasexual, asseguradas dependências especiais nos serviços garantidos direta ou indiretamente pelo PoderPúblico;V - adoção de novas práticas de atendimento relativas ao direito da reprodução mediante consideração daexperiência dos grupos ou instituições de defesa da saúde da mulher.Art. 295. O Estado, através dos órgãos competentes, determinará a fluoretização do cloreto de sódio, naproporção fixada pela autoridade responsável.Art. 296. Será fiscalizado a produção, distribuição e comercialização de processos químicos ou hormonaise artefatos de contracepção, proibindo-se a comercialização e uso em fase de experimentação.Art. 297. O Estado regulamentará em relação ao sangue, coleta, processamento, estocagem, tipagem,sorologia, distribuição, transporte, descarte, indicação e transfusão, bem como sua procedência equalidade ou componente destinado à industrialização, seu processamento, guarda, distribuição eaplicação.Art. 298. O Estado assegurará a todo cidadão o fornecimento de sangue, componentes e derivados, bemcomo obter informações sobre o produto do sangue humano que lhe tenha sido aplicado.Art. 299. A assistência farmacêutica faz parte da assistência global à saúde, e as ações a elacorrespondentes devem ser integradas ao sistema único de saúde, garantindo-se o direito de toda apopulação aos medicamentos básicos, que constem de lista padronizada dos que sejam consideradosessenciais.Art. 300. O Estado só poderá adquirir medicamentos e soros imunobiológicos produzidos pela redeprivada, quando a rede pública, prioritariamente a estadual, não estiver capacitada a fornecê-lo.Parágrafo único. O Estado garantirá o investimento permanente na produção estatal de medicamentos àqual serão destinados recursos especiais.

Art. 301. O Poder Público, mediante ação conjunta de suas áreas de educação e saúde, garantirá aosalunos da rede pública de ensino acompanhamento médico-odontológico, e às crianças que ingressem nopré-escolar exames e tratamentos oftalmológico e fonoaudiológico.Art. 302. Os municípios deverão no âmbito de sua competência, estabelecer medidas de proteção à saúdedos cidadãos não fumantes em escolas, restaurantes, hospitais, transportes coletivos, repartições públicas,cinemas, teatros e demais estabelecimentos de grande afluência de público.Art. 303. O Estado instituirá mecanismos de controle e fiscalização adequados para coibir a imperícia, anegligência, a imprudência e a omissão de socorro nos estabelecimentos hospitalares oficiais eparticulares, cominando penalidades severas para os culpados.Parágrafo único. Quando se tratar de estabelecimento particular, as penalidades poderão variar daimposição de multas pecuniárias à cassação da licença de funcionamento.Art. 304. As empresas privadas prestadoras de serviços de assistência médica, administradoras de planosde saúde, deverão ressarcir o Estado e os Municípios das despesas com o atendimento dos seguradosrespectivos em unidades de saúde pertencentes ao poder público estadual ou municipal.Parágrafo único. O pagamento será de responsabilidade das empresas a que estejam associadas as pessoasatendidas em unidades de saúde do Estado ou dos Municípios.

Artigo 304 regulamentado pela Lei nº 2.096, de 19.03.1993.

Seção III- Da Assistência Social (art. 305)

Art. 305. O Estado e os Municípios prestarão assistência social a quem dela necessitar, obedecidos osprincípios e normas da Constituição da República.Parágrafo único. Será assegurada, nos termos da lei, a participação da população, por meio deorganizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações de assistência social.

CAPÍTULO III- DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

Seção I- Da Educação (arts. 306 a 321)

Art. 306. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, promovida e incentivada com acolaboração da sociedade, visa ao pleno desenvolvimento da pessoa e a formação do cidadão; oaprimoramento da democracia e dos direitos humanos; a eliminação de todas as formas de racismo e dediscriminação; o respeito dos valores e do primado do trabalho; à afirmação do pluralismo cultural; aconvivência solidária a serviço de uma sociedade justa, fraterna, livre e soberana.Art. 307. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, vedada qualquerdiscriminação;III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadasde ensino;IV - ensino público, gratuito para todos, em estabelecimentos oficiais, observado o critério da alíneaabaixo:a) na eventualidade de, em unidade escolar oficial de pré-escolar, 1º grau, 2º grau ou de ensino supletivo,haver necessidade de opção para a ocupação de vaga em decorrência de a demanda de matrículas sersuperior à oferta de vagas, dar-se-á preferência aos candidatos comprovadamente carentes;V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, comingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;

Inciso V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:

"V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreirapara o magistério público;"

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei, atendendo as seguintes diretrizes:a) participação da sociedade na formulação da política educacional e no acompanhamento de suaexecução;b) criação de mecanismos para prestação de contas à sociedade da utilização dos recursos destinados àeducação;c) participação de estudantes, professores, pais e funcionários, através de funcionamento de conselhoscomunitários em todas as unidades escolares, com o objetivo de acompanhar o nível pedagógico da escola,segundo normas dos Conselhos Estadual e Municipal de Educação.VII - garantia de padrão de qualidade;VIII - educação não diferenciada entre sexos, seja no comportamento pedagógico ou no conteúdo domaterial didático;IX - regionalização, inclusive para o ensino profissionalizante, segundo características socioeconômicas eculturais, respeitado o estabelecido no artigo 317, desta Constituição.X - animação cultural compreendida como instrumento pedagógico e de promoção da dignidade da pessoahumana.

Inciso X acrescido pela Emenda Constitucional nº 44, de 12.05.2010, em vigor na data da suapublicação.

Art. 308. O dever do Estado e dos Municípios com a educação será efetivado mediante garantia de:I - ensino público fundamental, obrigatório e gratuito, com o estabelecimento progressivo do turno único;II - oferta obrigatória do ensino fundamental e gratuito aos que a eles não tiverem acesso na idade própria;III - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade do ensino médio;IV - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência e ensino profissionalizante narede regular de ensino, quando necessário, por professores de educação especial;V - atendimento especializado, aos alunos superdotados, a ser implantado por legislação específica;VI - atendimento obrigatório e gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade,mediante atendimento de suas necessidades biopsicossociais, adequado aos seus diferentes níveis dedesenvolvimento, com preferência à população de baixa renda;VII - acesso ao ensino obrigatório e gratuito, que constitui direito público subjetivo;VIII - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;IX - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de materialdidático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;X - liberdade de organização dos alunos, professores, funcionários e pais de alunos, sendo facultada autilização das instalações do estabelecimento de ensino para as atividades das associações;XI - submissão, quando necessário, dos alunos matriculados na rede regular de ensino a testes de acuidadevisual e auditiva, a fim de detectar possíveis desvios de desenvolvimento;XII - eleições diretas, na forma da lei, para direção das instituições de ensino mantidas pelo PoderPúblico, com a participação da comunidade escolar;

Inciso XII regulamentado pela Lei nº 2.518, de 16.01.1996, que estabelece eleições diretaspara as direções das instituições de ensino mantidas pelo poder público com a participação dacomunidade escolar.Vide Lei nº 3.067, de 25.09.1998, dispõe sobre a autonomia das unidades escolares da redepública do Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências.

XIII - assistência à saúde no que respeita ao tratamento médico-odontológico e atendimento aosportadores de problemas psicológicos ou destes decorrentes.§ 1º A não oferta, ou a oferta insuficiente do ensino obrigatório e gratuito pelo Poder Público, importaráresponsabilidade da autoridade competente, nos termos da lei.§ 2º Compete ao Poder Público recensear, periodicamente, as crianças em idade escolar, com a finalidadede orientar a política de expansão da rede pública e a elaboração do plano estadual de educação.

§ 3º O Estado prestará assistência técnica e material aos municípios para o desenvolvimento do ensinofundamental e pré-escolar.§ 4º Ao educando portador de deficiência física, mental ou sensorial assegura-se o direito de matrícula naescola pública mais próxima de sua residência.Art. 309. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro, organizada sob forma de fundação de direitopúblico, goza de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, para oexercício de suas funções de ensino, pesquisa e extensão.§ 1º O poder público destinará anualmente à Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, dotaçãodefinida de acordo com a lei orçamentária estadual nunca inferior a 6% da receita tributária líquida, quelhe será transferida em duodécimos, mensalmente.

§ 1º regulamentado pela Lei nº 1729, de 31.10.1990, que regulamenta o art. 329 (atual 332)da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.§ 1º com sua eficácia suspensa, por decisão do STF na ADIn 780-7/600.

§ 2º A Universidade do Estado do Rio de Janeiro deverá encaminhar, anualmente, ao Conselho Superiorda Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), plano de aplicação financeirana área científica, tecnológica e acadêmica para acompanhamento de sua execução.§ 3º As receitas próprias da Universidade serão por ela geridas em conta no Banco do Estado do Rio deJaneiro e sua aplicação será apreciada pelo Tribunal de Contas.§ 4º O ensino, nos cursos regulares da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, obedecerá aodisposto nos artigos 206, IV, da Constituição da República.§ 5º O controle social do trabalho e do desempenho da Universidade do Estado do Rio de Janeiro seráexercido por um Conselho Comunitário de caráter consultivo, criado por lei, com participação derepresentantes dos Poderes Públicos e de entidades da sociedade civil.Art. 310. A escolha dos reitores das universidades públicas estaduais será efetuada por meio de eleiçãodireta e secreta, com a participação da comunidade universitária, de acordo com seus estatutos.Art. 311. O Estado atuará no sentido de interiorizar o ensino superior público e gratuito, o que, na RegiãoMetropolitana, do Rio de Janeiro, se fará, obrigatória e preferencialmente, através da Universidade doEstado do Rio de Janeiro.Parágrafo único. Nos Municípios de Duque de Caxias e São Gonçalo, a interiorização referida nesteartigo será feita, através da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, pela expansão de suas unidades emfuncionamento naqueles municípios.Art. 312. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;II - autorização e avaliação de qualidade, pelo Poder Público, segundo as normas dos Conselhos Federal eEstadual de Educação;III - garantia pelo Poder Público de mecanismos de controle indispensáveis à necessária autorização paraa cobrança de taxas, mensalidades e quaisquer outros pagamentos.Parágrafo único. O não atendimento às normas legais relativas ao ensino e a seus profissionais acarretarásanções administrativas e financeiras.Art. 313. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais dasescolas públicas de ensino fundamental.Art. 314. O Estado aplicará, anualmente, nunca menos de 35% (trinta e cinco por cento) da receita deimpostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensinopúblico, incluídos os percentuais referentes à UERJ (6%) e à FAPERJ (2%).

Artigo 314 com sua eficácia suspensa, por decisão do STF na ADIn 780-7/600.

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pelo Estado aos Municípios não é considerada,para efeito de cálculo previsto neste artigo, receita estadual.§ 2º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao ensino obrigatório, nos termos dosplanos nacional e estadual de educação, e garantirá um percentual mínimo de 10% (dez por cento) para aeducação especial.

§ 2º regulamentado pela Lei nº 2.081, de 11.02.1993, que regulamenta a destinaçãoorçamentária; cria o programa estadual de educação especial e dá outras providências.§ 2º, na expressão "e garantirá um percentual mínimo de 10% (dez por cento) para aeducação especial" com sua eficácia suspensa, por decisão do STF na ADIn 780-7/600.

§ 3º Os programas suplementares de alimentação e assistência ao educando, no ensino fundamental, serãofinanciados com recursos provenientes de contribuições sociais e de outras dotações orçamentárias.§ 4º O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social dosalário-educação, recolhido, na forma da lei, pelas empresas, que dela poderão deduzir a aplicaçãorealizada no ensino fundamental para seus empregados e dependentes.§ 5º Os recursos federais transferidos ao Estado para aplicação no ensino de 1º grau serão distribuídosentre o Estado e os Municípios na exata proporção entre o número de matrículas na rede oficial de 1º graude cada um e o número total de matrículas na rede pública estadual e municipal e repassadosintegralmente aos municípios no mês subseqüente ao da transferência feita pela União.

§ 5º com sua eficácia suspensa, por decisão do STF na ADIn 780-7/600.

Art. 315. Os recursos públicos estaduais destinados à educação serão dirigidos exclusivamente à redepública de ensino.Parágrafo único. Às escolas filantrópicas ou comunitárias, comprovadamente sem fins lucrativos e queofereçam ensino gratuito a todos que nelas estudam, poderá ser destinado um percentual máximo de 3%(três por cento) dos recursos de que trata este artigo.Art. 316. O Estado e os Municípios, na elaboração de seus planos de educação, considerarão o PlanoNacional de Educação de duração plurianual, visando a articulação e ao desenvolvimento do ensino emseus diversos níveis, e a integração das ações do Poder Público, que conduzam a:I - erradicação do analfabetismo;II - universalização do atendimento escolar;III - melhoria da qualidade de ensino;IV - formação para o trabalho;V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.Parágrafo único. A lei organizará, nos termos do § 1º do artigo 211 da Constituição da República, osistema estadual integrado de ensino, constituído pelos vários serviços educacionais desenvolvidos noterritório fluminense.Art. 317. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino de 1º e 2º graus, em complementação regionalàqueles a serem fixados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de modo a assegurarformação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos nacionais e latino-americanos.§ 1º Às comunidades indígenas serão também assegurados a utilização de suas línguas maternas eprocessos próprios de aprendizagem.§ 2º Os programas a serem elaborados observarão, obrigatoriamente, as especificidades regionais.§ 3º A língua espanhola passa a constar do núcleo obrigatório de disciplinas de todas as séries do 2º grauda rede estadual de ensino, tendo em vista, primordialmente, o que estabelece a Constituição da Repúblicaem seu artigo 4º, parágrafo único.§ 4º Será introduzida, como disciplina obrigatória, nos currículos de 2º grau, da rede pública e privada, emtodo o território do Estado do Rio de Janeiro, a Sociologia.Art. 318. A lei disporá sobre a instalação de creches e escolas oficiais na construção de conjuntoshabitacionais.Art. 319. O Conselho Estadual de Educação, incumbido de normatizar, orientar e acompanhar o ensinonas redes pública e privada, com atribuições e composição a serem definidas em lei, terá os seus membrosindicados pelo Governador do Estado entre pessoas de comprovado saber, com representantes dasentidades mantenedoras de ensino, dos trabalhadores do ensino e dos usuários.Parágrafo único. A composição da metade do conselho a que se refere este artigo terá a indicação de seusmembros referendada pela Assembleia Legislativa.Art. 320. Proverá o Estado a sua rede de ensino de condições plenas de abrigar tantos quantos busquemmatrículas nas séries de 1º grau, na faixa etária dos sete aos quatorze anos, sendo proibida a sua negativa.

§ 1º O remanejamento e a criação de complexos escolares serão admitidos, conforme disposições legaisespecíficas.§ 2º Na rede estadual de ensino, nas escolas de 2º segmento do 1º grau, far-se-á obrigatória a inclusão deatividades de iniciação e prática profissionais, objetivando promover o respeito dos valores e do primadodo trabalho, tendo em vista as características socioeconômicas e culturais regionais, e a carga curricularoficial.Art. 321. Os membros do magistério público não poderão ser afastados do exercício de regência de turmasalvo para ocupar funções diretivas ou chefias onde sejam absolutamente indispensáveis e exclusivamentena estrutura da Secretaria de Educação do Estado, ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 84.

Seção II- Da Cultura (arts. 322 a 324)

Art. 322. O Estado do Rio de Janeiro destinará, anualmente, à Fundação de Amparo à Pesquisa -FAPERJ, 2% (dois por cento) da receita tributária do exercício, deduzidas as transferências e vinculaçõesconstitucionais e legais.

Caput com redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 09.12.2003.O caput alterado dispunha o seguinte:"Art. 322. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso àsfontes da cultura nacional, estadual e municipal, e apoiará e incentivará a valorização e adifusão das manifestações culturais, através de:"

I - atuação do Conselho Estadual de Cultura;II - articulação das ações governamentais no âmbito da cultura, da educação, dos desportos, do lazer e dascomunicações;III - criação e manutenção de espaços públicos devidamente equipados e acessíveis, à população para asdiversas manifestações culturais, inclusive através de uso de próprios estaduais, vedada a extinção deespaço público, sem criação, na mesma área, de espaço equivalente.

Inciso III com redação dada pelo artigo 1º da Emenda Constitucional nº 09, de 02.06.1998.O inciso alterado dispunha o seguinte:"III - criação e manutenção de espaços públicos devidamente equipados e acessíveis, àpopulação para as diversas manifestações culturais, inclusive através do uso de própriosestaduais, vedada a extinção de qualquer espaço cultural público ou privado sem criação, namesma área, de espaço equivalente;"

IV - estímulo à instalação de bibliotecas nas sedes dos Municípios e Distritos, assim como atenção especialà aquisição de bibliotecas, obras de arte e outros bens particulares de valor cultural;V - incentivo ao intercâmbio cultural com países estrangeiros, com outros Estados da Federação, bemcomo o intercâmbio cultural dos municípios fluminenses, uns com os outros;VI - promoção do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura, da criação artística,inclusive a cinematográfica;VII - proteção das expressões culturais, incluindo as indígenas, afro-brasileiras, e de outros gruposparticipantes do processo cultural, bem como o artesanato;VIII - proteção dos documentos, das obras e outros bens de valor histórico, artístico, cultural e científico,os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos, espeleológicos, paleontológicos eecológicos;IX - manutenção de suas instituições culturais devidamente dotadas de recursos humanos, materiais efinanceiros, promovendo pesquisa, preservação, veiculação e ampliação de seus acervos;X - preservação, conservação e recuperação de bens nas cidades e sítios considerados instrumentoshistóricos e arquitetônicos.Parágrafo único. A lei estabelecerá o Plano Estadual de Cultura, de duração plurianual, visando aodesenvolvimento cultural do Estado e à integração das ações do poder público que conduzem à:I - defesa e valorização do patrimônio cultural estadual;II - produção, promoção e difusão de bens culturais;

III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões;IV - democratização do acesso aos bens de cultura;V - valorização da diversidade étnica e regional.

Parágrafo único acrescido pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor nadata de sua publicação.

Art. 323. O Conselho Estadual de Cultura, incumbido de regulamentar, orientar e acompanhar a políticacultural do Estado, terá suas atribuições e composições definidas em lei, observando-se a representaçãodas áreas de trabalhadores e empresários da cultura.Parágrafo único. A lei disporá sobre a composição do Conselho Estadual de Cultura, devendo a indicaçãode seus membros ser submetida à Assembleia Legislativa.

Vide Lei 1.390, de 30.11.1988, que modifica o Conselho Estadual de Cultura.

Art. 324. O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimôniocultural do Estado do Rio de Janeiro por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento,desapropriação e de outras formas de acautelamento e preservação.§ 1º Os documentos de valor histórico-cultural terão sua preservação assegurada, inclusive medianterecolhimento a arquivo público estadual.§ 2º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos na forma da lei.

Seção III- Do Desporto (arts. 325 a 329)

Art. 325. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, inclusive para pessoasportadoras de deficiências, como direito de cada um, observados:I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto à sua organização e ao seufuncionamento;II - O voto unitário nas decisões das entidades desportivas;III - a destinação de recursos públicos à promoção prioritária do desporto educacional e, em casosespecíficos, para a do desporto de alto rendimento;IV - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não-profissional;V - a participação mínima de 20 (vinte) clubes no campeonato de futebol profissional da primeira divisão;VI - a proteção e o incentivo a manifestações esportivas de criação nacional e olímpicas.§ 1º O Estado assegurará o direito ao lazer e à utilização criativa do tempo destinado ao descanso,mediante oferta de área pública para fins de recreação, esportes e execução de programas culturais e deprojetos turísticos intermunicipais.§ 2º O Poder Público, ao formular a política de esporte e lazer, considerará as características sócio-culturais das comunidades interessadas.

Artigo 325 regulamentado pela Lei nº 3.259, de 01.10.1999.

Art. 326. O Poder Público incentivará as práticas desportivas, inclusive através de:I - criação e manutenção de espaços adequados para a prática de esportes nas escolas e praças públicas;II - ações governamentais com vistas a garantir aos municípios a possibilidade de construírem e manteremespaços próprios para a prática de esportes;III - promoção, em conjunto com os municípios, de jogos e competições esportivas amadoras, regionais eestaduais, inclusive de alunos da rede pública.Art. 327. A educação física é disciplina curricular, regular e obrigatória nos ensinos fundamental emédio.Parágrafo único. Nos estabelecimentos de ensino público e privado deverão ser reservados espaços para aprática de atividades físicas, equipados materialmente e com recursos humanos qualificados.Art. 328. O atleta selecionado para representar o Estado ou o País em competições oficiais terá, quandoservidor público, no período de duração das competições, seus vencimentos, direitos e vantagensgarantidos, de forma integral, sem prejuízo de sua ascensão funcional.

Art. 329. Os estabelecimentos especializados em atividades de educação física, esportes e recreaçãoficam sujeitos a registro, supervisão e orientação normativa do Poder Público, na forma da lei.

CAPÍTULO IV- DOS ÍNDIOS (art. 330)

Art. 330. O Estado contribuirá, no âmbito da sua competência, para o reconhecimento, aos índios, de suaorganização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras quetradicionalmente ocupam, sua demarcação, proteção e o respeito a todos os seus bens, obedecendo-se aoque dispõe a Constituição da República.

CAPÍTULO V- DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA (arts. 331 a 333)

Art. 331. O Poder Público promoverá e incentivará a pesquisa e a capacitação científica e tecnológica,bem como a difusão do conhecimento, visando ao progresso da ciência e ao bem-estar da população.§ 1º A pesquisa e a capacitação tecnológicas voltar-se-ão preponderantemente para o desenvolvimentoeconômico e social do Estado do Rio de Janeiro.§ 2º O Poder Público, nos termos da lei, apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa,criação de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos, quepratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participaçãonos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho e que se voltem especialmente àsatividades relacionadas ao desenvolvimento de pesquisas e produção de material ou equipamentoespecializado para pessoas portadoras de deficiência.Art. 332. O Estado do Rio de Janeiro destinará, anualmente, à Fundação de Amparo à Pesquisa -FAPERJ, 2% (dois por cento) da receita tributária do exercício, deduzidas as transferências e vinculaçõesconstitucionais e legais.

Art. 332 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 09.12.2003.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 332. O Estado manterá Fundação de Amparo à Pesquisa - FAPERJ, atribuindo-lhedotação mínima correspondente a 2% da receita tributária prevista para o exercício, que lheserá transferida em duodécimos como renda de sua privativa administração, para aplicaçãono desenvolvimento científico e tecnológico."Artigo 332 regulamentado pela Lei nº 1.729, de 31.10.1990.

STF - ADIn - 780-7/600, de 1992. Decisão da Liminar: "Por MAIORIA de votos, o TribunalDEFERIU a medida cautelar para suspender os efeitos da eficácia do parag. 1º do art. 306(atual art. 309), art. 311 (atual art. 314), parag. 5º do art. 311 (atual art. 314), bem como dasexpressões "e garantira um percentual mínimo de 10% (dez por cento) para a educaçãoespecial", contidas na parte final do parag. 2º do art. 311 (atual art. 314), e indeferiu asuspensão cautelar relativa ao art. 329 (atual art. 332), todos da Constituição do Estado doRio de Janeiro, vencido o Ministro Marco Aurélio, que também deferia o pedido quanto aoart. 329 (atual art. 332),. Votou o Presidente. - Plenário, 11.03.1993." Acórdão, publicado noDJ Seção I de 19.03.93, página 4.274 e 16.04.93, página 6.431.

Art. 333. As políticas científica e tecnológica tomarão como princípios o respeito à vida e à saúdehumana, o aproveitamento racional e não predatório dos recursos naturais, a preservação e a recuperaçãodo meio ambiente, bem como o respeito aos valores culturais do povo.§ 1º As universidades e demais instituições de pesquisa sediadas no Estado devem participar no processode formulação e acompanhamento da política científica e tecnológica.§ 2º O Estado garantirá, na forma da lei, o acesso às informações que permitam ao indivíduo, às entidadese à sociedade o acompanhamento das atividades de impacto social, tecnológico, econômico e ambiental.§ 3º No interesse das investigações realizadas nas universidades, institutos de pesquisas ou porpesquisadores isolados, fica assegurado o amplo acesso às informações coletadas por órgãos oficiais,sobretudo no campo dos dados estatísticos de uso técnico e científico.

§ 4º A implantação ou expansão de sistemas tecnológicos de grande impacto social, econômico ouambiental devem ser objeto de consulta à sociedade, na forma da lei.

CAPÍTULO VI- DA COMUNICAÇÃO SOCIAL (arts. 334 a 337)

Art. 334. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma,processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observados os princípios da Constituição daRepública e da legislação própria.§ 1º São vedadas a propaganda, as divulgações e as manifestações, sob qualquer forma, que atentemcontra minorias raciais, étnicas ou religiosas, bem assim a constituição e funcionamento de empresas ouorganizações que visem ou exerçam aquelas práticas.§ 2º Está assegurada a obrigatoriedade da regionalização da produção cultural, artística e jornalística,estabelecendo-se os percentuais em lei complementar.Art. 335. Os órgãos de comunicação social pertencentes ao Estado, a fundações instituídas pelo PoderPúblico ou a quaisquer entidades sujeitas, direta ou indiretamente, ao seu controle econômico, serãoutilizados de modo a assegurar a possibilidade de expressão e confronto das diversas correntes de opinião.§ 1º Lei criará o Conselho de Comunicação Social, que será responsável pelas diretrizes gerais a seremseguidas pelos órgãos de comunicação social do Estado.§ 2º Não será permitida veiculação pelos órgãos de comunicação social de propaganda discriminatória deraça, etnia, credo ou condição social.§ 3º Nos meios de radiodifusão sonora do Estado, o Poder Legislativo terá direito a um espaço mínimo detrinta minutos nos dias em que se realizarem sessões, para informar a sociedade fluminense sobre suasatividades.Art. 336. Os partidos políticos e as organizações sindicais, profissionais, comunitárias, ambientais oudedicadas à defesa de direitos humanos, de âmbito estadual, terão direito a tempos de antena nos órgãosde comunicação social do Estado, segundo critérios a serem definidos por lei.Art. 337. As emissoras de televisão dos Poderes Públicos Estadual e Municipais, se houver, terãointérpretes para deficientes auditivos nos noticiários e comunicações oficiais.

CAPÍTULO VII- DOS DIREITOS DAS PESSOAS PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS (arts. 338 a 342)

Art. 338. É dever do Estado assegurar às pessoas portadoras de qualquer deficiência a plena inserção navida econômica e social e o total desenvolvimento de suas potencialidades, obedecendo os seguintesprincípios:I - proibir a adoção de critérios diferentes para a admissão, a promoção, a remuneração e a dispensa noserviço público estadual garantindo-se a adaptação de provas, na forma da lei;

Inciso I regulamentado pela Lei nº 2.298, de 28.07.1994.Vide Lei nº 2482, de 14.12.1995, que altera a Lei nº 2.298, de 28.07.1994, e dá outrasprovidências.

II - assegurar às pessoas portadoras de deficiência o direito à assistência desde o nascimento, incluindo aestimulação precoce, a educação de primeiro e segundo graus e profissionalizante, obrigatórias e gratuitas,sem limite de idade;III - garantir às pessoas portadoras de deficiências o direito à habilitação e reabilitação com todos osequipamentos necessários;IV - com a participação estimulada de entidades não governamentais, prover a criação de programas deprevenção de doenças ou condições que levam à deficiência, e atendimento especializado para osportadores de deficiência física, sensorial ou mental, e de integração social do adolescente portador dedeficiência, mediante treinamento para o trabalho e a convivência;V - elaborar lei que disponha sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público ede fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadorasde deficiência;

Vide Lei nº 4.326, de 12.05.2004, institui a obrigatoriedade de todos os empreendimentos deinteresse turístico nos municípios manterem adaptações e acessibilidade a idosos, pessoascom deficiência e demais no âmbito do Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências.

VI - garantir as pessoas portadoras de deficiência física, pela forma que a lei estabelecer, a adoção demecanismos capazes de assegurar o livre acesso aos veículos de transporte coletivo, bem assim, aoscinemas, teatros e demais casas de espetáculos públicos;

Inciso VI regulamentado pela Lei nº 3.359, de 07.01.2000, autoriza o poder executivo aadaptar o acesso às composições ferroviárias e dá outras providências.

VII - instituir organismo deliberativo sobre a política de apoio à pessoa portadora de deficiência,assegurada a participação das entidades representativas das diferentes áreas de deficiência;VIII - assegurar a formação de recursos humanos, em todos os níveis, especializados no tratamento, naassistência e na educação dos portadores de deficiência;IX - garantir o direito à informação e à comunicação, considerando-se as adaptações necessárias àspessoas portadoras de deficiência;X - conceder gratuidade nos transportes coletivos de empresas públicas estaduais para as pessoasportadoras de deficiência, com reconhecida dificuldade de locomoção, e seu acompanhante;XI - regulamentar e organizar o trabalho das oficinas abrigadas para pessoas portadoras de deficiência,enquanto estas não possam integrar-se no mercado de trabalho competitivo;XII - estabelecer obrigatoriedade de utilização de tecnologias e normas de segurança destinadas àprevenção de doenças ou condições que levem a deficiências.Art. 339. O Estado promoverá, diretamente ou através de convênios, censos periódicos de sua populaçãoportadora de deficiência.Art. 340. O Estado implantará sistemas de aprendizagem e comunicação para o deficiente visual eauditivo, de forma a atender às suas necessidades educacionais e sociais.

Artigo 340 regulamentado pela Lei nº 3.368, de 07.01.2000.

Art. 341. Leis municipais instituirão organismos deliberativos sobre a política municipal de apoio àpessoa portadora de deficiência, assegurando a participação de suas entidades representativas ondehouver.

Vide Lei nº 4.285, de 12.03.2004, que dispõe sobre a aplicação do artigo 341 da ConstituiçãoEstadual.

Art. 342. Cabe ao Poder Público celebrar os convênios necessários a garantir aos deficientes físicos ascondições ideais para o convívio social, o estudo, o trabalho e a locomoção, inclusive mediante reservasde vagas nos estacionamentos públicos.Parágrafo único. A gratuidade nos gastos inerentes dar-se-á à vista de passes especiais expedidos porautoridade competente.

TÍTULO IX- DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I- DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (arts. 343 a 354)

Art. 343. Os Municípios são unidades territoriais que integram a organização político-administrativa daRepública Federativa do Brasil, dotados de autonomia política, administrativa e financeira, nos termosassegurados pela Constituição da República, por esta Constituição e pela respectiva Lei Orgânica.Art. 344. São Poderes do Município:I - o Poder Legislativo, representado pela Câmara Municipal, composta de Vereadores;II - o Poder Executivo, representado pelo Prefeito.

Art. 345. O Município será regido por Lei Orgânica, votada em dois turnos, com o intervalo mínimo dedez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos osprincípios estabelecidos na Constituição da República, nesta Constituição e os seguintes preceitos:I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleitodireto e simultâneo;II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito até noventa dias antes do término do mandato dos que devamsuceder, aplicadas as regras do artigo 77 da Constituição da República, no caso de Municípios com maisde duzentos mil eleitores;III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito, perante a Câmara Municipal, no dia 1º de janeiro do anosubseqüente ao da eleição;IV - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e nacircunscrição do Município;V - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto naConstituição da República para os membros do Congresso Nacional e, nesta Constituição, para osmembros da Assembleia Legislativa;VI - julgamento do Prefeito e do Vice-Prefeito perante o Tribunal de Justiça;VII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal e iniciativa popular deprojetos de lei de interesse específico do Município ou de bairros mediante manifestações de, pelo menoscinco por cento do eleitorado;VIII - similaridade das atribuições da Câmara Municipal, de suas Comissões Permanentes e de Inquérito,no que couber, ao disposto nesta Constituição para o âmbito estadual.Parágrafo único. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dosVereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativosao somatório da receita tributária e das transferências previstas no art. 153, § 5º, e arts. 158 e 159, todosda Constituição da República, efetivamente realizado no exercício anterior:I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes;II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil)habitantes;III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000(quinhentos mil) habitantes;IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001(quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes;V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e8.000.000 (oito milhões) de habitantes;VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001(oito milhões e um) habitantes.

Parágrafo único acrescido pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor nadata de sua publicação.

Art. 346. O número de Vereadores será fixado pela Lei Orgânica Municipal e guardará proporção com apopulação do Município, observado o limite máximo de:I - 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;II - 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trintamil) habitantes;III - 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000(cinquenta mil) habitantes;IV - 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000(oitenta mil) habitantes;V - 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000(cento e vinte mil) habitantes;VI - 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até160.000 (cento sessenta mil) habitantes;

VII - 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes ede até 300.000 (trezentos mil) habitantes;VIII - 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;IX - 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;X - 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;XI - 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil)habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes;XII - 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes;XIII - 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil)habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes;XIV - 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil)habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;XV - 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil)habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;XVI - 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil)habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;XVII - 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil)habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;XVIII - 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões equatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes;XIX - 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantese de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes;XX - 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) dehabitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;XXI - 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) dehabitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes;XXII - 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantese de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;XXIII - 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) dehabitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; eXXIV - 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) dehabitantes.

Caput com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor na datade sua publicação.O caput alterado dispunha o seguinte:"Art. 346. O número de Vereadores será fixado pela Lei Orgânica Municipal e guardaráproporção com a população do Município, conforme disposto na Constituição da República.'

Parágrafo único. A população do Município será aquela existente até 31 de dezembro do ano anterior aoda eleição, apurada pelo órgão federal competente.Art. 347. Os subsídios dos Vereadores obedecerão ao disposto no artigo 29-A da Constituição daRepública.Parágrafo único. Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais obedecerão aodisposto no inciso V do artigo 29 da Constituição da República.

Artigo 347 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 19.10.2011, em vigor nadata da sua publicação.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 347. O subsídio dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito será fixado pelas

respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura, para a subseqüente, observado o quedispõe a Constituição da República, os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e osseguintes limites máximos: (Expressão declarada Inconstitucional)I - Em municípios de até cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo do Prefeito e doVice-Prefeito corresponderá a 20% (vinte por cento) do subsídio percebido pelo Governadordo Estado e o subsídio máximo dos vereadores corresponderá a 20% (vinte por cento) dosubsídio dos Deputados Estaduais. (Expressão Declarada Inconstitucional)II - Em municípios de cinqüenta mil e um habitantes a cem mil habitantes, o subsídio máximodo Prefeito e do Vice-Prefeito corresponderá a 40% (quarenta por cento) do subsídiopercebido pelo Governador do Estado e o subsídio máximo dos vereadores corresponderá a40% (quarenta por cento) do subsídio dos Deputados Estaduais. (Expressão DeclaradaInconstitucional)III - Em municípios de cem mil e um a duzentos mil habitantes, o subsídio máximo doPrefeito e do Vice-Prefeito corresponderá a 50% (cinqüenta por cento) do subsídio percebidopelo Governador do Estado e o subsídio máximo dos vereadores corresponderá a cinqüentapor cento do subsídio dos Deputados Estaduais. (Expressão Declarada Inconstitucional)IV - Em municípios de mais de duzentos mil habitantes, o subsídio máximo do Prefeito e doVice-Prefeito corresponderá a 75% (setenta e cinco por cento) do subsídio percebido peloGovernador do Estado e o subsídio máximo dos vereadores corresponderá a 75% (setenta ecinco por cento) do subsídio dos Deputados Estaduais". (Expressão DeclaradaInconstitucional)* Vide Emenda Constitucional nº 11, de 25.05.1999, que altera este artigo.

Art. 348. Os subsídios dos Vereadores serão fixados por lei, a qual deve ser publicada no mesmo veículode comunicação que divulgue os demais atos municipais, de iniciativa da Câmara Municipal, em cadaLegislatura para a subsequente, consoante inciso VI do artigo 29 da Constituição Federal.

Artigo 348 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 19.10.2011, em vigor nadata da sua publicação.O artigo alterado dispunha o seguinte:Art. 348. Fixada a remuneração dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito, serão aresolução e decreto legislativo, respectivamente, enviados ao Tribunal de Contas doMunicípio do Rio de Janeiro, no caso da Capital, ou ao Tribunal de Contas do Estado, nosdemais, para registro, antes do término da legislatura.* Vide Emenda Constitucional nº 04, de 20.08.1991, que altera este artigo.

Art. 349. Aos Vereadores aplica-se o disposto nos parágrafos 1º, 2º, 3º, 5º e 6º do artigo 102 destaConstituição.Art. 350. Lei Municipal poderá dispor sobre a criação e a organização de quadro de voluntários para ocombate a incêndio, socorro em caso de calamidade pública ou de defesa permanente do meio ambiente.Parágrafo único. O quadro de voluntários, a que se refere este artigo, ficará sujeito aos padrões, normas efiscalização do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, condicionada a respectivacriação à celebração de convênios entre o Município e a mencionada corporação para garantia dapadronização de estrutura, instrução e equipamentos operacionais.Art. 351. Os Municípios podem celebrar convênios para execução de suas leis, de seus serviços ou desuas decisões por outros órgãos ou servidores públicos federais, estaduais ou de outros Municípios.Parágrafo único. Os Municípios podem também através de convênios, prévia e devidamente autorizadospor leis municipais, criar entidades intermunicipais de administração indireta para a realização de obras,atividades e serviços específicos de interesse comum, dotadas de personalidade jurídica própria, comautonomia administrativa e financeira e sediadas em um dos Municípios convenentes.Art. 352. Lei municipal disporá, com vistas a facilitar a locomoção de pessoas portadoras de deficiência,a previsão de rebaixamentos, rampas e outros meios adequados de acesso, em logradouros, edificações emgeral e demais locais de uso público, bem como a adaptação das já existentes.

Art. 353. Fica assegurado aos servidores públicos estatutários dos Municípios que não disponham deórgãos de previdência e assistência médico-hospitalar, o direito de filiarem-se aos correspondentes órgãosdo Estado, na forma estabelecida em lei estadual.Parágrafo único. Lei Complementar definirá os critérios para o cumprimento do disposto neste artigo.

Regulamentado pela Lei Complementar nº 75, de 17.07.1992, que dispõe sobre ocumprimento do disposto no art. 350 (atual 353) da Constituição do Estado do Rio deJaneiro.

Art. 354. Nenhuma lei, decreto, resolução ou ato administrativo municipal produzirá efeitos antes de suapublicação.§ 1º A publicação será feita em jornal de circulação local e, não havendo, na seção competente do DiárioOficial do Estado ou a escolha recairá sobre jornal de circulação regional com sede em municípiolimítrofe, com afixação de cópia do ato na sede da Prefeitura.§ 2º A escolha de órgão particular de imprensa para a divulgação das leis, resoluções e atos municipais,quando houver mais de um no Município, será feita mediante licitação em que se levarão em conta não sóas condições de preço, como as circunstâncias de freqüência, horário, tiragem e distribuição.§ 3º Os atos não-normativos poderão ser publicados por extrato.§ 4º Será responsabilizado civil e criminalmente quem efetuar o pagamento de qualquer retribuição afuncionário ou servidor, de que não tenha sido publicado o respectivo ato de nomeação, admissão,contratação ou designação.

CAPÍTULO II- DA INTERVENÇÃO DO ESTADO NOS MUNICÍPIOS (arts. 355 e 356)

Art. 355. O Estado não intervirá nos Municípios, exceto quando:I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por 2 (dois) anos consecutivos, a dívida fundada;II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento doensino e nas ações e serviços públicos de saúde;

Inciso III com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 26.06.2012, em vigor nadata de sua publicação.O inciso alterado dispunha o seguinte:"III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção edesenvolvimento do ensino;"

IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação, para assegurar a observância de princípiosdesta Constituição, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.Parágrafo único. O não pagamento da dívida fundada, referido no inciso I, não ensejará a intervençãoquando o inadimplemento esteja vinculado a gestão anterior, conforme for apurado em auditoria que oPrefeito solicitará ao Tribunal de Contas do Estado, dentro de noventa dias após sua investidura na Chefiado Executivo Municipal.

Parágrafo único com redação dada pelo artigo 3º da Emenda Constitucional nº 04, de20.08.1991.O parágrafo alterado dispunha o seguinte:"Parágrafo único. O não pagamento da dívida fundada, referido no inciso I, não ensejará aintervenção quando o inadimplemento esteja vinculado a gestão anterior, conforme forapurado em auditoria que o Prefeito solicitará ao Conselho Estadual de Contas dosMunicípios, dentro de noventa dias após sua investidura na Chefia do Executivo Municipal."

Art. 356. A decretação da intervenção observará os seguintes requisitos:I - comprovado o fato ou a conduta prevista nos incisos I a IV do artigo 35 da Constituição da República,de ofício ou mediante representação do interessado, inclusive por intermédio da provocação de doisterços, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal, o Governador decretará a intervenção esubmeterá o decreto, com a respectiva justificativa, dentro de 24 horas, à apreciação da Assembleia

Legislativa que, se estiver em recesso, será para tal fim convocada;II - o decreto de intervenção especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e, se couber,nomeará o interventor;III - quando não couber a nomeação do interventor, assumirá o Vice-Prefeito, ou, caso este tenha sidoafastado juntamente com o Prefeito, o Presidente da Câmara Municipal;IV - o interventor prestará contas de seus atos ao Governador e a Câmara Municipal;V - cessados os motivos da intervenção, as autoridades municipais afastadas de suas funções a elasretornarão, quando for o caso, sem prejuízo da apuração da responsabilidade civil ou criminal decorrentede seus atos;VI - no caso do inciso IV do artigo 35 da Constituição da República a decretação de intervençãodependerá de requisição do Tribunal de Justiça, e o decreto limitar-se-á a suspender a execução do atoimpugnado, se essa medida bastar para o restabelecimento da normalidade.

CAPÍTULO III- DA CRIAÇÃO, INCORPORAÇÃO OU ANEXAÇÃO, FUSÃO E DESMEMBRAMENTO DE

MUNICÍPIOS (art. 357)

Art. 357. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, far-se-ão por LeiEstadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos após divulgação dos Estudos de ViabilidadeMunicipal, apresentados e publicados na forma da Lei.

Caput com redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 09.08.2001.O caput alterado dispunha o seguinte:"Art. 357. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípiospreservarão a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, far-se-ão porlei estadual, obedecidos os requisitos previstos em lei complementar estadual, e dependerãode consulta prévia, mediante plebiscito, às populações diretamente interessadas."Artigo 357 regulamentado pela Lei Complementar nº 59, de 22.02.1990, que dispõe sobrecriação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios.Alterada pelas Leis Complementares: nº 61/90, nº 70/90 e nº 78/90.

Parágrafo único. A participação de qualquer município em uma região metropolitana, aglomeraçãourbana ou microrregião dependerá de prévia aprovação pela respectiva Câmara Municipal.

CAPÍTULO IV- DA COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS (arts. 358 e 359)

Art. 358. Compete aos Municípios, além do exercício de sua competência tributária e da competênciacomum com a União e o Estado, previstas nos artigos 23, 145 e 156 da Constituição da República:I - legislar sobre assuntos de interesse local;II - suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber;III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo daobrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;IV - criar, organizar e suprimir distrito, observada a legislação estadual;V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos deinteresse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educaçãopré-escolar e de ensino fundamental e, ainda, atendimento especial aos que não freqüentaram a escola naidade própria;VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento àsaúde da população;VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle douso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a açãofiscalizadora federal e estadual e apoiar a atividade cultural.X - Fica garantido aos Municípios o direito de liberdade de decisão quanto à associação ou não àAssociação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro - AEMERJ e da Confederação Nacional deMunicípios - CNM, inclusive com pagamento de contribuição.

Inciso X acrescido pela Emenda Constitucional nº 47, de 07.06.2011, em vigor na data de suapublicação.

Art. 359. Na elaboração e na execução da política de desenvolvimento urbano e seus instrumentos legais,o Município observará o disposto nos artigos 182 e 183, da Constituição da República, de modo apromover e assegurar a gestão democrática e participativa da cidade e condições de vida urbana digna.Parágrafo único. Os planos diretores municipais incluirão obrigatoriamente as zonas de proteção deaeródromos, visando, desta forma, preservar os aeroportos do crescimento urbano desordenado.

CAPÍTULO V- DO PATRIMÔNIO MUNICIPAL (art. 360)

Art. 360. Constituem patrimônio do Município os seus direitos, os bens móveis e imóveis de seu domíniopleno, direto ou útil, e a renda proveniente do exercício das atividades de sua competência e prestação deseus serviços.§ 1º O Município, com prévia autorização legislativa e mediante concessão de direito real de uso, poderátransferir áreas de seu patrimônio para implantação de indústrias ou formação de distritos industriais.§ 2º Aos bens imóveis dos municípios aplica-se, no que couber o disposto no artigo 68 desta Constituição.

ESTE CAPÍTULO TODO FOI SUPRIMIDOCAPÍTULO VI- DA FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA DOS MUNICÍPIOS (arts. 358a 361)Art. 358. Fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dosMunicípios, e de todas as' entidades de sua administração direta e indireta e fundacional, éexercida mediante controle externo da Câmara Municipal e pelos sistemas de controleinterno do respectivo Poder Executivo, na forma estabelecida em lei.§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxilio do conselhoEstadual de Contas dos municípios, que emitirá parecer prévio sobre as contas do Prefeito.§ 2º Somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal deixará deprevalecer o parecer prévio, emitido pelo Conselho Estadual de Contas dos Municípios, sobreas contas que o Prefeito prestará anualmente.§ 3º No Município do Rio de Janeiro, o controle externo é exercido pela Câmara Municipal,com o auxílio do Tribunal de Contas do Município, aplicando-se, no que couber as normasestabelecidas nesta seção, inclusive às relativas ao provimento de cargos de Conselheiro e ostermos dos §§ 3º e 4º do artigo 125 desta Constituição.§ 4º As contas do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro serão submetidas,anualmente, à apreciação da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.Art. 359. O Conselho Estadual de Contas dos Municípios com sede na capital, quadropróprio de pessoal, criado na forma da lei, e jurisdição em todo o território do Estado,compõe-se de 7 (sete) membros, denominados Conselheiros, que serão nomeados dentrebrasileiros que satisfaçam os requisitos previstos no §1º do art. 125 desta Constituição.§ 1º Os Conselheiros do Conselho Estadual de Contas dos Municípios serão escolhidos:I - três pelo Governador do Estado, com aprovação da Assembleia Legislativa;II - quatro pela Assembleia Legislativa.§ 2º Aos Conselheiros do Conselho Estadual de Contas dos Municípios aplica-se o dispostono art. 125, §§ 3º e 4º desta Constituição.Art. 360. Compete ao Conselho Estadual de Contas dos Municípios, além de outrasatribuições conferidas por lei:I - dar parecer prévio sobre a prestação anual de contas da administração financeira dosMunicípios, elaborado em sessenta dias, a contar de seu recebimento;

II - encaminhar à Câmara Municipal e ao Prefeito o parecer sobre as contas e sugerir asmedidas convenientes para a final apreciação da Câmara;III - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valorespúblicos da administração direta e indireta dos municípios, incluídas as fundações esociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, e as contas dos que deremcausa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário;IV - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquertítulo, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas peloPoder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem comoa legalidade das concessões de aposentadorias e pensões, ressalvadas as melhorias posterioresque não alterem o fundamento legal do ato concessório;V - realizar, por iniciativa própria da Câmara Municipal, de Comissão Técnica ou deInquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional epatrimonial, nas unidades administrativas da Câmara Municipal, do Poder ExecutivoMunicipal e demais entidades referidas no inciso III;VI - prestar as informações solicitadas pela Câmara Municipal ou por qualquer dasrespectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional epatrimonial, e sobre resultados de auditorias e de inspeções realizadas;VII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,as sanções previstas em lei que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional aodano causado ao erário;VIII - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exatocumprimento da lei, se verificada ilegalidade;IX - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à CâmaraMunicipal;X - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pela CâmaraMunicipal, que solicitará, de imediato, ao respectivo Poder Executivo as medidas cabíveis.§ 2º Se a Câmara Municipal ou o Prefeito, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidasprevistas no parágrafo anterior, o Conselho Estadual de Contas decidirá a respeito.§ 3º As decisões do Conselho Estadual de Contas, de que resulte imputação de débito oumulta, terão eficácia de título executivo.§ 4º O Conselho Estadual de Contas dos Municípios encaminhará à Assembleia Legislativa,trimestral e anualmente, relatório de suas atividades, prestando contas anualmente, ao mesmoPoder, no prazo de sessenta dias da abertura da sessão legislativa.§ 5º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, naforma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Conselho Estadual deContas dos Municípios ou perante o Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro.Art. 361. As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposiçãode qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes alegitimidade nos termos da Lei.Nota: O Art. 1º da Emenda Constitucional nº 04, de 20.08.1991, suprimiu o "Capítulo VI - DaFiscalização Financeira e Orçamentária dos Municípios" - composto pelos arts. 358, 359, 360e 361, seus parágrafos e incisos, deste Título.STF - ADIn - 154-0/600, de 1989. Decisão da Liminar: "Por UNANIMIDADE, o TribunalDEFERIU a medida liminar e suspendeu, até o julgamento final da ação, a vigência dosseguintes dispositivos da Constituição do Estado do Rio de Janeiro: §§ 1º e 2º do art. 358,artigo 359 e seus parágrafos 1º e 2º; e o artigo 360 e seus parágrafos 1º a 5º Votou oPresidente. - Plenário", 07.12.1989. - Acórdão, DJ 09.02.1990.Decisão do Mérito: "Por UNANIMIDADE, o Tribunal julgou IMPROCEDENTE a AçãoDireta de Inconstitucionalidade. Votou o Presidente". - Plenário, 18.04.1990. - Acórdão,Publicado no DJ Seção I de 11.10.91.

TÍTULO X- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (arts. 361 a 369)

Art. 361. Os servidores da administração autárquica e fundacional ficam sujeitos ao mesmo regimejurídico de deveres, proibições, impedimentos, vencimentos, direitos, vantagens e prerrogativas quevigorar para cargos, funções ou empregos de atribuições iguais ou assemelhados da administração direta.Art. 362. É mantido o Instituto de Previdência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro -IPALERJ.Art. 363. Os Assistentes Jurídicos do Poder Executivo exercerão suas funções, sob supervisão daProcuradoria Geral do Estado, no Serviço Jurídico da Administração Direta e Indireta, sem representaçãojudicial.Parágrafo único. À carreira de Assistente Jurídico serão reservadas as funções de assessoramentojurídico, atividade da advocacia cujo exercício lhe é inerente, sendo-lhe vedada, além da representaçãojudicial, como previsto neste artigo, a consultoria jurídica, também privativa de Procuradores do Estado,nos termos do artigo 132 da Constituição da República.

Artigo 363 regulamentado pela Lei nº 1625, de 21.03.1990, que dá providência paracumprimento do disposto nos artigos 364 e parágrafo único das disposições gerais, e 5ºparágrafo único do Ato das Disposições Transitórias, da Constituição Estadual.

Art. 364. O Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A. é considerado patrimônio do povo do Estado do Riode Janeiro não podendo suas ações ordinárias nominativas, representativas do controle acionário, seralienadas, a qualquer título, a pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, nem negociadas,expropriadas ou penhoradas.Parágrafo único. A arrecadação de impostos, taxas, contribuições e demais receitas do Estado e dosórgãos vinculados à administração direta e indireta, bem como os respectivos pagamentos a terceiros,serão processados, com exclusividade, pelo Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A., salvo nas localidadesonde este não possuir agência ou posto e nas quais poderão ser efetuados por outros estabelecimentos.

Vide ADIn 1348-3, que, por unanimidade, declarou a inconstitucionalidade deste artigo. -Plenário, 21.02.2008. - Acórdão, DJ 07.03.2008. Publicada no DOU de 26.03.2008, pág. 01.

Art. 365. Os serviços notariais e de registro são exercidos na forma do artigo 236 da Constituição daRepública.Art. 366. A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.Art. 367. O Estado e os Municípios não concederão autorização para o funcionamento de indústrias quefabriquem armas de fogo.Parágrafo único. O Poder Público estabelecerá restrições à atividade comercial que explore a venda dearmas de fogo e munições.Art. 368. Na aplicação, integração e interpretação das leis, decretos e outros atos normativos estaduais,ressalvada a existência de norma estadual específica, observar-se-ão os princípios vigentes quanto às daConstituição e das leis federais.Art. 369. São mantidos os atuais símbolos, brasão, hino e bandeira do Estado do Rio de Janeiro.

ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS

Art. 1º O Governador, o Presidente do Tribunal de Justiça e os membros da Assembleia prestarãocompromisso de manter, defender e cumprir esta Constituição, no ato e na data de sua promulgação.Art. 2º Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e os adicionais, bem como os proventos deaposentadoria que estejam sendo percebidos em desacordo com a Constituição serão imediatamentereduzidos aos limites dela decorrentes, não se admitindo, neste caso, invocação de direito adquirido oupercepção de excesso a qualquer título.Art. 3º Os servidores públicos civis do Estado e dos Municípios, da administração direta, autárquica e dasfundações públicas, em exercício na data de promulgação da Constituição da República, há pelo menoscinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no artigo 37 daquelaConstituição, são considerados estáveis no serviço público.

§ 1º O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como título quando sesubmeterem a concurso para fins de efetivação, na forma da lei.§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ouem comissão, nem aos que a lei declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computadopara os fins do caput deste artigo, exceto se se tratar de servidor.§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos professores de nível superior, nos termos da lei.Art. 4º Ficam extintos os efeitos jurídicos de qualquer ato legislativo ou administrativo, lavrado a partir dainstalação da Assembleia Nacional Constituinte, que tenha por objeto a concessão de estabilidade aservidor da administração direta ou indireta, inclusive das fundações instituídas e mantidas pelo PoderPúblico, admitido sem concurso público.Art. 5º É restabelecida, desde a data da extinção ou transformação dos respectivos cargos e empregos, acarreira organizada pela Lei nº 918, de 06 de novembro de 1985, nela reinvestidos automaticamente, emfiel obediência ao princípio do § 3º do artigo 41 da Constituição da República, os servidores públicos civisque lhes detinham a titularidade.Parágrafo único. No cumprimento do disposto no caput do artigo 7º do Ato das Disposições Transitóriasdesta Constituição, a lei estabelecerá a lotação numérica da carreira de Assistente Jurídico, que serácomposta de advogados, aprovados em concurso público de provas e títulos, mantendo-se sua atuallotação e extinguindo-se até a fixada os cargos excedentes, à medida que se tornem vagos.

Regulamentado pela Lei nº 1625, de 21.03.1990, que dá providência para cumprimento dodisposto nos artigos 364 e parágrafo único das disposições gerais, e 5º parágrafo único do Atodas Disposições Transitórias, da Constituição Estadual.

Art. 6º Os valores dos proventos de aposentadoria dos servidores estaduais oriundos de cargos extintosserão revistos como determinado pela Constituição da República, em seus artigos 39, § 1º e 40, § 4º,obedecendo ainda ao disposto nos artigos 2º, parágrafo único e 6º da Lei Estadual nº 579, de 18 deoutubro de 1982.Art. 7º O Estado e os Municípios editarão leis estabelecendo critérios para a compatibilização de seusquadros de pessoal ao disposto no artigo 39 da Constituição da República e à reforma administrativa deladecorrente, no prazo de dezoito meses, contados da sua promulgação.Parágrafo único. Entre os critérios a que se refere este artigo, será estabelecido sempre o da garantia daestabilidade, que o servidor público estadual já tenha adquirido, ainda que venha a ser transferido,compulsoriamente ou mediante opção, da administração direta para a indireta ou tenha modificado o seuregime jurídico.Art. 8º Até a promulgação da Lei Complementar referida no artigo 169 da Constituição da República, oEstado e os Municípios não poderão despender com pessoal mais do que sessenta e cinco por cento dovalor das respectivas receitas correntes.Parágrafo único. O Estado e os Municípios, quando a respectiva despesa de pessoal exceder o limiteprevisto neste artigo, deverão retornar àquele limite, reduzindo o percentual excedente à razão de umquinto por ano.Art. 9º As empresas públicas e sociedades de economia mista do Estado promoverão a adequação dosseus estatutos às disposições desta Constituição no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar darespectiva promulgação.Art. 10. Ao ex-combatente que tenha participado efetivamente de operações bélicas durante a SegundaGuerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, serão assegurados os seguintesdireitos:I - aproveitamento no serviço público, sem a exigência de concurso, com estabilidade;II - assistência médica, hospitalar e educacional gratuita extensiva aos dependentes;

Inciso II regulamentado pela Lei 2.257, de 06.06.1994, que assegura assistência médica,hospitalar e educacional gratuita ao ex-combatente, domiciliado no Estado do Rio de Janeiro,que tenha participado efetivamente de operações bélicas durante a segunda guerra mundial.

III - aposentadoria com proventos integrais, aos vinte e cinco anos de serviço efetivo, em qualquer regimejurídico;

IV - prioridade na aquisição da casa própria para os que não a possuam ou para suas viúvas oucompanheiras.Art. 11. É assegurado aos militares estaduais o exercício cumulativo de dois cargos ou de empregosprivativos de profissionais de saúde, que estejam sendo exercidos por esses profissionais na administraçãopública direta ou indireta."

Caput com redação dada pela Emenda Constitucional nº 05, de 16.01.1992.O caput alterado dispunha o seguinte:"Art. 11. É assegurado o exercício cumulativo de dois cargos ou de empregos privativos demédico que estejam sendo exercidos por médico militar na administração pública direta ouindireta."

STF - ADIN 1100-6/600, de 1994 - Decisão da Liminar: "Por votação UNÂNIME, o TribunalNÃO CONHECEU do pedido de medida liminar. Votou o Presidente". - Plenário, 11.11.94. -Acórdão, DJ 24/02/95, página 3.675.Incidentes: "LIMINAR NÃO CONHECIDA, sendo, porém, relevante a fundamentaçãojurídica da argüição de inconstitucionalidade. (...) 2. Tendo em vista, porém, que a medidaliminar em ação direta de inconstitucionalidade , quando deferida , só suspende, em casoscomo o presente, a eficácia do dispositivo impugnado para o futuro (ex nunc), nãoalcançando, portanto, as situações constituídas antes dessa concessão, no caso o pedidoliminar não tem objeto em face dessa sua característica, porquanto a nova redação do caputdo artigo 11 do ADCT da Constituição do Estado do Rio de Janeiro já exauriu os seus efeitos, uma vez que assegurou aos militares estaduais ali considerados, independentemente dequalquer providência, o exercício cumulativo dos dois cargos ou empregos privativos deprofissionais de saúde, "que estejam sendo exercidos por esses profissionais na administraçãopública direta ou indireta", ou seja, que o estivessem sendo exercidos na data da promulgaçãodessa Emenda Constitucional nº 5, de 16.01.1992. 3. Já exaurida a eficácia do dispositivoimpugnado, e não tendo, por isso, objeto da suspensão liminar da eficácia dele ex nunc, nãoconheço do presente pedido de liminar."

§ 1º É assegurado o exercício cumulativo de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúdeque estivessem sendo exercidos na administração pública direta ou indireta na data da promulgação daConstituição da República.§ 2º Para os fins do parágrafo anterior, consideram-se cargos ou empregos privativos de profissionais desaúde os de pessoal de nível superior: Assistente Social, Bioquímico (Patologista Clínico), Enfermeiro,Farmacêutico (Bioquímico), Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Nutricionista, Odontólogo, Psicólogo,Sanitarista, Terapeuta Ocupacional; de nível técnico e auxiliar: Técnico auxiliar de enfermagem, defisioterapia, de laboratório, de nutrição, de radiologia, de saneamento, de farmácia, de odontologia,protético, inspetor sanitário, visitador sanitário; e de nível elementar: atendente, agente de saneamento,agente de saúde pública, ocupados nos estabelecimentos ou unidades de saúde e sujeitos à fiscalização doexercício profissional pela Secretaria de Estado de Saúde nos termos do Decreto-Lei nº 214, de 17.07.75,e do Decreto nº 1.754, de 14.03.78, do Estado do Rio de Janeiro.§ 3º Servidores da Administração direta, indireta e autárquica que estejam acumulando dois cargosremunerados comprovarão, a partir da promulgação desta Constituição, a efetiva compatibilidade dehorários entre os dois.Art. 12. A lei manterá os atuais Juízes de paz até a posse de novos titulares, assegurando-lhes os direitose atribuições conferidas a estes, e designará o dia para a eleição prevista no artigo 168 desta Constituição.Art. 13. Suprimido pelo artigo 3º da Emenda Constitucional nº 07, de 27.05.1998.

O artigo suprimido dispunha o seguinte:"Art. 13. Ficam elevadas à categoria de Comarca da Capital as Comarcas de Niterói, SãoGonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti, Nilópolis, Campos, VoltaRedonda, Barra Mansa, Cabo Frio, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, e à categoria deComarca de 2ª entrância, a Comarca de Santo Antônio de Pádua.Parágrafo único. Fica criado o Tribunal de Alçada na Comarca de Campos - RJ."

Art. 14. Ressalvados os créditos de natureza alimentar, o valor dos precatórios judiciais, pendentes depagamento na data da promulgação da Constituição da República, incluído o remanescente de juros ecorreção monetária, poderá ser pago em moeda corrente, com atualização, em prestações anuais, iguais esucessivas, no prazo máximo de oito anos, a partir de 1º de julho de 1989, por decisão que tenha sidoeditada pelo Poder Executivo até cento e oitenta dias da promulgação da Constituição da República.Parágrafo único. Poderão as entidades devedoras, para cumprimento do disposto neste artigo, emitir emcada ano no exato montante do dispêndio, títulos da dívida pública, não computáveis para efeito do limiteglobal de endividamento.Art. 15. Serão estatizadas as serventias de foro judicial assim definidas em lei, respeitados os direitos dosatuais titulares.Art. 16. O disposto no artigo 236 da Constituição da República não se aplica aos serviços notariais e deregistro que já tenham sido oficializados pelo Poder Público, respeitando-se o direito de seus servidores.§ 1º São considerados servidores notariais e de registro, para o direito de opção respeitado neste artigo, osnotários e registradores titulares e interinos, seus substitutos, bem como os auxiliares dos respectivosserviços.§ 2º É de noventa dias, a contar da data da promulgação desta Constituição, o prazo para a manifestaçãodo direito de opção dos servidores por permanecerem ou não no regime remuneratório em que seencontram.§ 3º Torna-se efetivo, em caso de vacância, o direito à titularidade dos serviços notariais e de registro, emfavor do respectivo substituto, desde que, legalmente investido, tenha ingressado na atividade, há mais decinco anos, até a data da promulgação da Constituição Federal.

§ 3º com eficácia suspensa por decisão do STF na ADIn 552-9/600.

§ 4º Ficam mantidos os atuais serviços notariais e de registro existentes no Estado, enquanto não foremdisciplinadas em lei as disposições do artigo 236 da Constituição da República.Art. 17. No prazo de sessenta dias da promulgação desta Constituição, proceder-se-á, no âmbito dosórgãos de pessoal e previdenciários estaduais, à verificação do cumprimento do disposto no artigo 20 dasDisposições Constitucionais Transitórias da Constituição da República, assegurando-se igualdade deremuneração entre os servidores ativos e inativos.Art. 18. A partir da data de publicação desta Emenda Constitucional, a primeira vaga de Conselheiro doTribunal de Contas, dentre os escolhidos pela Assembleia Legislativa, será provida após escolha peloGovernador, aprovada pela Assembleia Legislativa, de acordo com lista tríplice formulada pelo Tribunalde Contas entre membros do Ministério Público, respeitando-se, a partir de então, para o provimento dasvagas seguintes, a forma de escolha do Conselheiro que será sucedido.

Artigo 18 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 03.04.2002.Nota: Esta Emenda Constitucional foi publicada no dia 04 e republicada no dia 05.04.2002.O artigo alterado dispunha o seguinte:"Art. 18. As vagas existentes e as primeiras que se verificarem no Tribunal de Contas doEstado, até o número reservado ao preenchimento pela Assembleia Legislativa, serãoprovidas por indicação desta, retomando-se, para a nomeação nas subseqüentes, o critériodeterminado pela origem da vaga, fixada no artigo 128, § 2º, desta Constituição.Art. 18. Revogado pela Emenda Constitucional nº 13/2000.Parágrafo único. Suprimido pelo artigo 4º da Emenda Constitucional nº 04, de 20.08.1991.

Art. 19. Os mandatos do Governador e Vice-Governador do Estado, eleitos no dia 15 de novembro de1986, terminarão em 15 de março de 1991.Art. 20. A Assembleia Legislativa reunir-se-á em sessões preparatórias em primeiro de fevereiro de 1991para a posse de seus membros e eleição da Mesa Diretora para mandato até primeiro de janeiro de 1993.Art. 21. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no prazo de seis meses, votara Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na Constituição daRepública e nesta Constituição.

Parágrafo único. As Câmaras Municipais, no prazo de 10 (dez) dias, a contar da promulgação destaConstituição, elaborarão Regimento específico, que, inclusive, poderá permitir eleição de nova MesaDiretora para a tramitação e votação da Lei Orgânica respectiva, obedecidos os princípios e diretrizesdesta Constituição e da Constituição FederalArt. 22. Até 31 de dezembro de 1989, o disposto no artigo 150, III, "b", da Constituição da República,não se aplica aos impostos de que tratam os artigos 155, I, "a" e "b", 156, II e III, da Constituição daRepública, que podem ser cobrados trinta dias após a publicação da lei que os tenha instituído ouaumentado.Art. 23. Fica estabelecida a redução, pelo período de 10 (dez) anos da base de cálculo do ICMS devidopelas empresas industriais que, nesse período, estejam ou venham a se instalar no Pólo Industrial doMunicípio de Campos dos Goytacazes, criado por decreto vigente.§ 1º A redução a que se refere este artigo alcançará somente as operações relativas a mercadorias eprestações de serviços pertinentes às atividades do referido Pólo Industrial.§ 2º As bases de cálculo obedecerão a seguinte escala anual de redução:1990 - 50% (cinqüenta por cento).1991 - 58,33% (cinqüenta e oito virgula trinta e três por cento).1992 - 66,66% (sessenta e seis virgula sessenta e seis por cento).1993 - 75% (setenta e cinco por cento).1994 a 1999 - 75% (setenta e cinco por cento).§ 3º Nas operações mencionadas no § 1º, as alíquotas internas serão as previstas para as interestaduais.§ 4º O Governo Estadual envidará esforços no sentido de obter autorização legal que conceda aosMunicípios do Norte e Noroeste Fluminense, em relação aos tributos de competência federal e estadual oque hoje é concedido aos Municípios do Norte do Estado de Minas Gerais, e aos Municípios do Estado doEspírito Santo.Art. 24. O Poder Executivo do Estado e dos Municípios reavaliará todos os incentivos fiscais de naturezasetorial ora em vigor, propondo ao Poder Legislativo respectivo as medidas cabíveis.§ 1º Considerar-se-ão revogados, após dois anos a partir da data da promulgação da Constituição daRepública, os incentivos que não forem confirmados por lei.§ 2º A revogação não prejudicará os direitos que já tiverem sido adquiridos, àquela data, em relação aincentivos concedidos sob condição e com prazo certo.§ 3º Os incentivos concedidos por convênio entre estados, celebrados nos termos do artigo 23, § 6º, daConstituição de 1967, com a redação da Emenda nº 1, de 17 de outubro de 1969, também deverão serreavaliados e reconfirmados nos prazos deste artigo.Art. 25. Até que sejam fixadas em lei complementar federal, as alíquotas máximas do imposto municipalsobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos não excederão a três por cento.Art. 26. No prazo de doze meses, o Poder Público dará execução plena aos planos diretores das áreas deproteção ambiental e dos parques estaduais, assegurada a participação dos poderes públicos municipais ede representantes das associações civis locais que tenham como objetivo precípuo a proteção ambiental.Art. 27. A contar da promulgação desta Constituição o Estado promoverá, no prazo máximo de doisanos:I - o estabelecimento de métodos de avaliação do potencial carcinogênico, teratogênico e mutagênico desubstâncias químicas e fontes de radioatividade, a serem revistas periodicamente;II - a conclusão da demarcação e, quando couber, a regularização fundiária, bem como a elaboração dosplanos diretores, a implantação de estruturas de fiscalização adequadas e a averbação no registroimobiliário das restrições administrativas de uso das áreas de relevante interesse ecológico e das unidadesde conservação;

Artigo 27 regulamentado pela Lei nº 3.443, de 14.07.2000, que estabelece a criação dosconselhos gestores para as unidades de conservação estaduais, e dá outras providências.

III - a demarcação da orla e da faixa marginal de proteção dos lagos, lagoas e lagunas;IV - o levantamento das áreas devolutas para promover ação discriminatória através da ProcuradoriaGeral do Estado;

V - a conclusão de regularização dos assentamentos rurais sob sua responsabilidade;VI - a criação do Conselho Estadual de Política Agrícola e do Instituto de Terras e Cartografia.Art. 28. A adaptação ao que estabelece o artigo 211, III, desta Constituição, deverá processar-se noprazo de cinco anos, reduzindo-se o excesso à base de, pelo menos, um quinto por ano.Art. 29. É concedida anistia aos servidores do Estado que tenham sofrido penas disciplinares, excetuadosdeste benefício os que hajam sido demitidos e os que foram penalizados por improbidade, por atos lesivosao erário público ou ao patrimônio de terceiros, e, ainda, os que tenham sido condenados por decisãojudicial transitada em julgado.

Artigo 29 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 233-3/600.

Art. 30. É considerada nula e de nenhum efeito qualquer sanção disciplinar aplicada em período anteriora esta Constituição, aos servidores civis, desde que não tenham sido demitidos e que, no inquérito criminalcorrespondente, tenham sido absolvidos, arquivados ou impronunciados, cujas sentenças tenhamtransitado em julgado até esta data.Parágrafo único. Fica, desde já, restabelecido o status funcional da época da apenação, desde que,satisfeitas as exigências legais vigentes, não produzindo, em qualquer hipótese, vantagens financeiras aqualquer título.

Artigo 30 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 233-3/600.

Art. 31. O Estado deverá executar plano de construção dos foros das comarcas.Art. 32. A Imprensa Oficial do Estado e as gráficas oficiais dos Municípios, da administração direta ouindireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, promoverão edição popular dotexto integral desta Constituição, que será posta à disposição das escolas, dos cartórios, dos sindicatos, dosquartéis, das igrejas e de outras instituições representativas da comunidade, gratuitamente, de modo quecada cidadão, no âmbito do Estado, possa receber um exemplar da Constituição do Estado do Rio deJaneiro.Art. 33. Fica assegurada aos pensionistas legatários, pensão mínima equivalente ao salário mínimo.Art. 34. O Estado apoiará o Tribunal Regional Eleitoral em todas as providências necessárias para que,nas eleições de 1990, seja implantado Sistema Eletrônico de Processamento de Dados para as fases devotação e apuração.Art. 35. A revisão constitucional será realizada após a da Constituição da República, pelo voto damaioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa.Art. 36. No prazo de um ano a contar da promulgação da Constituição Estadual, a AssembleiaLegislativa promoverá Comissão de exame analítico e pericial dos atos e fatos geradores doendividamento externo do Estado do Rio de Janeiro.§ 1º A Comissão terá força legal de Comissão Parlamentar de Inquérito para os fins de requisição econvocação e atuará com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado.§ 2º Apuradas irregularidades, a Assembleia Legislativa proporá ao Poder Executivo a declaração denulidade do ato e encaminhará o processo ao Ministério Público, que formalizará, no prazo de sessentadias, ação cabível.Art. 37. Poderão optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, os membros dascarreiras disciplinadas no Título IV, admitidos até a promulgação da Constituição, observando-se, quantoàs vedações, a situação jurídica vigente na data da promulgação da Constituição da República.Art. 38. É estabelecido o prazo máximo de 06 (seis) meses, a contar da promulgação desta Constituição,para que os Poderes do Estado assumam, mediante iniciativa em matéria de sua competência, o processolegislativo das leis complementares a esta Constituição, a fim de que possam ser discutidas e aprovadas noprazo, também máximo, de 12 (doze) meses da mencionada promulgação.Parágrafo único. As Comissões Permanentes da Assembleia Legislativa elaborarão, no prazo de iniciativadeste artigo, os projetos do Legislativo, em matéria do âmbito de sua competência específica, de forma aserem discutidos e convertidos em lei nos termos fixados.Art. 39. O plano diretor urbano, quando obrigatório, ou a lei de diretrizes gerais de ocupação doterritório, deverão ser elaborados e aprovados no prazo de até 1 (um) ano da data da promulgação da LeiOrgânica Municipal.

§ 1º O prazo mencionado no caput deste artigo fica prorrogado por 90 (noventa) dias, caso o projeto nãotenha sido encaminhado ao Legislativo, para apreciação, com a antecedência de igual período.

§ 1º acrescido pela Emenda Constitucional nº 1, de 26.06.1991.

§ 2º O Projeto de Plano Diretor que tenha sido rejeitado pela Câmara Municipal, dentro do prazo fixadono caput deste artigo, poderá ser reapresentado pelo Executivo Municipal até 90 (noventa) dias após apromulgação da Lei Orgânica do Município no período da prorrogação estabelecida pelo parágrafoanterior, tendo o Legislativo Municipal o prazo de até 60 (sessenta) dias para deliberação a contar da datade sua reapresentação.

§ 2º acrescido pela Emenda Constitucional nº 1, de 26.06.1991.

Art. 40. Os jogos tidos como de azar poderão ser explorados, mediante concessão do Estado, com o fimde incentivo ao turismo e como forma de lazer social nos termos em que dispuser a lei federal.Parágrafo único. A definição de zonas turísticas para o funcionamento de cassinos dependerá de lei.Art. 41. Fica criada a Zona Franca de Turismo com incentivo de livre acesso do comércio e indústria doramo de hotelaria e turismo, com isenção de impostos estaduais, com base em permuta por construção,instalação e manutenção de hospitais de atendimento público, a ser regida por lei complementar.Art. 42. Serão revistas pela Assembleia Legislativa, no prazo de 3 (três) anos, através de comissãoespecial, todas as doações, vendas, concessões ou cessões, a qualquer título, de terras públicas estaduaiscom área superior a 50 hectares, realizadas a partir de 15 de março de 1975.Art. 43. No âmbito da competência estadual a lei definirá a utilização e o aproveitamento da baciahidrográfica do Rio Paraíba do Sul.Art. 44. Durante os próximos trinta anos, uma dotação orçamentária anual, no mínimo equivalente acinqüenta por cento dos recursos do fundo estadual de conservação ambiental, criado no artigo 263 destaConstituição, será destinada a investimentos na recuperação e na defesa dos ecossistemas da Baía deGuanabara e do Rio Paraíba do Sul.Art. 45. O turno único de atividades educacionais, previsto no artigo 308, I, com oito horas de duração,será progressivamente implantado, no prazo de cinco anos, a partir da promulgação desta Constituição.Parágrafo único. A proibição do artigo 321 desta Constituição vigorará a partir da respectivapromulgação, não afetando aqueles que já se encontrem lotados em outras esferas de administração.Art. 46. No prazo de doze meses a contar da promulgação desta Constituição, implantar-se-á o sistemaBraille em pelo menos um estabelecimento da rede oficial de ensino em cada região fluminense, de formaa atender às necessidades educacionais e sociais das pessoas portadoras de deficiência visual.Parágrafo único. O Estado criará a carreira de intérprete para deficientes auditivos.Art. 47. Para os fins do artigo 332 desta Constituição, o percentual de 2% (dois por cento) da receitatributária do Estado será atingido progressivamente da seguinte forma:I - em 1990: 1,5%;II - de 1991 em diante: 2%.Parágrafo único. Durante os cinco próximos exercícios a Fundação de Amparo à Pesquisa - FAPERJtransferirá ao Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico - FATEC, um terço da dotação estipuladono artigo 332 para sua formação.Art. 48. Na conformidade do artigo 60 das Disposições Transitórias da Constituição da República, oEstado implementará, a partir de 1990, o Plano Emergencial de Erradicação do Analfabetismo, valendo-sede meios existentes no sistema estadual de ensino e de recursos comunitários.Art. 49. O Estado criará a Universidade Estadual do Norte Fluminense, com sede em Campos dosGoytacazes, no prazo máximo de 3 (três) anos da promulgação desta Constituição.§ 1º Fica assegurada a instalação dos cursos de Veterinária, Agronomia e Engenharia, respectivamentenos Municípios de Santo Antônio de Pádua, Itaocara e Itaperuna.§ 2º Se até dezoito meses após a promulgação desta Constituição a lei de criação da UniversidadeEstadual do Norte Fluminense não tiver sido aprovada, as unidades referidas no caput e no § 1º desteartigo serão implantadas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Artigo 49 regulamentado pela Lei Complementar nº 98, de 23.10.2001, dispõe sobre a áreade atuação da Fundação Estadual Norte Fluminense - FENORTE; pela Lei Complementar nº99, de 23.10.2001, que dispõe sobre a área de atuação da universidade estadual do nortefluminense Darcy Ribeiro - UENF, e dá outras providências e pela Lei nº 2.043, de10.12.1992, que autoriza o Poder Executivo a instituir a fundação estadual norte fluminensee dá outras providências.

Art. 50. Será constituído um Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos para conhecer dequalquer violação de direitos humanos, providenciar sua reparação, abrir inquéritos, processos eencaminhá-los aos órgãos públicos competentes.Parágrafo único. Lei Complementar definirá sua organização, estrutura, composição e autonomiafinanceira.

Lei Complementar nº 77, de 26.05.1993, que dispõe sobre o conselho estadual de defesa dosdireitos humanos previsto no art. 50 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias daConstituição Estadual.

Art. 51. Fica criado o Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente, como órgãosnormativo, consultivo, deliberativo e controlador da política integrada de assistência à infância e àjuventude.Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, composição e funcionamento do Conselho, garantindoa participação de representantes do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dosAdvogados do Brasil, órgãos públicos encarregados da execução da política de atendimento à infância e àjuventude, assim como, em igual número, de representantes de organizações populares de defesa dosdireitos da criança e do adolescente, legalmente constituídas e em funcionamento há pelo menos um ano.

Vide ADIn nº 3463-2,

Art. 52. O Estado promoverá a criação do Conselho Estadual de Alimentação e Nutrição - CEAN - noprazo de 1 (um) ano da promulgação da Constituição, na forma da lei.Art. 53. O Estado empreenderá ações visando a transferência para o seu patrimônio do serviço deenergia elétrica e de televisão educativa prestados no seu território.Art. 54. Denominar-se-á Agência Estadual de Financiamento de Longo Prazo a mencionada no artigo226, § 2º, desta Constituição, criada para promoção do desenvolvimento estadual, através do apoiofinanceiro a projetos de implantação, modernização e racionalização de empresas brasileiras de capitalnacional.Parágrafo único. Lei de iniciativa do Poder Executivo disporá sobre a organização e funcionamento doFundo de Desenvolvimento Econômico e da Agência Estadual de Financiamento de Longo Prazo, que oadministrará.Art. 55. As indústrias que se instalarem no Norte e Noroeste Fluminense, dentro de um ano, a contar dadata da promulgação desta Constituição, ficam isentas do pagamento de todos os impostos e taxasestaduais pelo período de 5 (cinco) anos a contar da data da sua inauguração.Art. 56. Durante dez anos o Estado aplicará, no mínimo, 10% (dez por cento) dos recursos do Fundopara o Desenvolvimento de que trata o artigo 226 nos projetos de infra-estrutura para industrialização,assegurando o desenvolvimento econômico das regiões norte e noroeste fluminenses, de acordo com osplanos municipais e regionais de desenvolvimento, ficando assegurada aos Municípios do noroestefluminense a metade dos recursos destinados às regiões.Art. 57. O Município do Rio de Janeiro será Centro Financeiro do Estado do Rio de Janeiro, cabendo àsautoridades estaduais e municipais fomentar a atividade financeira no Município do Rio de Janeiro.§ 1º Fica revogado, expressamente, o artigo 3º da Lei nº 1381, de 03.11.88, restabelecendo-se incisos I, IIe III do artigo 24 do Decreto-Lei 5/75.§ 2º As multas conseqüentes do não recolhimento dos impostos e taxas estaduais aos cofres do Estadonão poderão ser inferiores a duas vezes o seu valor.

§ 2º declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 551-1/600.

§ 3º As multas conseqüentes da sonegação dos impostos ou taxas estaduais não poderão ser inferiores acinco vezes o seu valor.

§ 3º declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 551-1/600.

§ 4º Nos noventa dias da promulgação desta Constituição, o Poder Executivo Estadual tomará as medidascabíveis para obter da União Federal a plena satisfação das obrigações desta, decorrentes da LeiComplementar Federal nº 20, de 01.07.74, em favor do Estado e do Município do Rio de Janeiro.Art. 58. Os termos de cessão ou permissão de uso de imóveis do Estado, assinados com instituições pias,religiosas, filantrópicas, de assistência social, de atividades culturais e sócio-esportivas, ou sindicais, semfins lucrativos e com mais de 5 (cinco) anos de vigência, ficam prorrogados por tempo indeterminado eenquanto cumpridas a destinação e finalidade para as quais foram criadas.Art. 59. Ficam expressamente revogados, a partir de 180 (cento e oitenta) dias da promulgação destaConstituição, sujeito este prazo a prorrogação por lei, todos os dispositivos legais que atribuam oudeleguem a órgão do Poder Executivo competência assinalada pela Constituição à Assembleia Legislativa,especialmente no que tange a ação normativa e à alocação, ou transferência de recursos de qualquerespécie.Art. 60. O direito assegurado pelo artigo 352, desta Constituição efetivar-se-á através da adaptação deedifícios e logradouros num prazo de dezoito meses a contar de sua promulgação.Art. 61. A lei objetivará atribuir aos servidores militares estaduais, por força do disposto nos artigos 42 e144, § 6º, da Constituição da República e observado o princípio do seu artigo 37, inciso XI, remuneraçãoque não seja inferior à dos postos ou graduações correspondentes no Exército, e que não lhe poderá, emcaso algum, ser superior.

Artigo 61 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 237-6/600.

Parágrafo único. Nos termos dos artigos 165, II e § 2º, e 169, parágrafo único, II, da Constituição daRepública, a aplicação da norma programática deste artigo far-se-á gradualmente, no prazo de dezoitomeses a contar da promulgação desta Constituição.Art. 62. Revogado pela Emenda Constitucional nº 27/2002.

O artigo revogado dispunha o seguinte:"Art. 62 O exercício, em caráter de efetividade, do mandato eletivo de Governador doEstado, garantirá a seu titular a percepção de pensão vitalícia de valor igual à remuneração,sobre ela incidindo as correções futuras."

Art. 63. Revogado pela Emenda Constitucional nº 27/2002.O artigo revogado dispunha o seguinte:"Art. 63 Aos ex-Vice-Governadores do Estado do Rio de Janeiro que tenham sido eleitos emsufrágio universal e direto e que não percebam estipêndios dos cofres públicos, ficaassegurado o direito ao recebimento de pensão mensal do mesmo valor da remuneraçãoatribuível ao Vice-Governador e atualizável nas mesmas proporções e oportunidades em queesta o seja, estendendo-se-lhes, também, os benefícios assistenciais a que aquele faça jus."Nota: Emenda Constitucional nº 27/2002 "Art. 1º Ficam revogados os artigos 62 e 63 do Atodas Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado do Rio de Janeiropromulgada aos 05.10.1989.Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica aos atuais beneficiários dosartigos 62 e 63 do ADCT nem aos atuais Governador e Vice-Governador do Estado. (...)"

Art. 64. Ficam assegurados os benefícios, direitos, vantagens e os respectivos regimes jurídicos jáconcedidos, por atos da Administração Pública Estadual, aos seus servidores, ativos e inativos, com basena legislação estadual decorrente de legislação federal de anistia.Art. 65. Aos magistrados que, ao tempo da entrada em vigor da Lei Complementar Federal nº 35, de 14de março de 1979 (Lei Orgânica da Magistratura Nacional) exerciam o cargo de Professor do MagistérioPúblico Estadual, de primeiro ou segundo grau, fica assegurado o direito a aposentadoria na atividade deeducador, computado o tempo decorrido e asseguradas as vantagens, como se em exercício estivessemdesde o afastamento do cargo.

Art. 66. Lei de iniciativa do Poder Executivo estabelecerá a obrigatoriedade da colocação, em lugar dedestaque, do retrato do Protomártir da Independência - JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER - OTiradentes - em todas as repartições públicas estaduais e municipais.Art. 67. São mantidos, com suas atribuições atuais, os cargos de Procurador dos quadros de pessoal doDepartamento de Estradas de Rodagem e do Instituto de Previdência do Estado do Rio de Janeiro que seextinguirão à medida que vagarem, aos mesmos aplicando-se o disposto nos artigos 77, XIV, e 82, § 1º,desta Constituição.Art. 68. Na edição da Lei Complementar a que se refere o § 1º do artigo 121 desta Constituição,assegurar-se-á aproveitamento na carreira, observado o disposto no artigo 11 da Lei 1279, de 15 de marçode 1988, dos seus atuais destinatários, cujos cargos extinguir-se-ão à medida que forem aproveitados.

Artigo 68 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 242-2/600.

Art. 69. Ficam restabelecidos os direitos à transformação de cargo de servidores públicos civis do Estadoque a tenham requerido com base em lei publicada até 05 de outubro de 1988.

Artigo 69 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 248-1/600.

Art. 70. Consideram-se abrangidos pelas disposições dos artigos 2º e 6º do Decreto nº 11.940, de 26 desetembro de 1988, os ocupantes, quando da expedição do Decreto nº 980, de 28 de outubro de 1976, docargo de Assessor Administrativo do antigo Quadro III.Art. 71. O décimo-terceiro salário devido aos servidores do Estado será pago em duas parcelas,simultaneamente, com o pagamento dos meses de julho e dezembro.

Artigo 71 com sua eficácia suspensa, até a decisão final da ação, por decisão do STF na ADIn1448-0/600.

Art. 72. É assegurada a isenção de pagamento de taxas de inscrição para todos postulantes a investiduraem cargo ou emprego público, desde que comprovem insuficiência de recursos, na forma da lei.Art. 73. Fica assegurada a nomeação nos respectivos cargos aos candidatos aprovados em concursospúblicos; promovidos, anteriormente à promulgação desta Constituição, pelos Poderes Executivo,Legislativo e Judiciário estaduais, que, por motivo de sexo, idade, cor e estado civil, não o foram, emdecorrência de aplicação de legislação ou regulamento normativo destes concursos, observada aexistência de cargos vagos.Art. 74. Os servidores estaduais que, à época da promulgação da Constituição da República, contavamcinco anos de serviço efetivo, serão transformados ou transferidos de cargos ou categorias funcionais,submetendo-se a prova de títulos e concurso interno.

Artigo 74 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 248-1/600.

Art. 75. Ficam incluídos no quadro suplementar da Secretaria de Estado de Educação todos osprofessores que já trabalham em regime de subvenção pelo período mínimo de 10 (dez) anos letivos.Parágrafo único. Os professores subvencionados, que atenderem o requisito deste artigo passarão aperceber vencimentos e vantagens iguais aos professores dos quadros de pessoal da Secretaria de Estadode Educação, de acordo com o tempo de efetivo trabalho comprovado.

Artigo 75 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 249-0/600.

Art. 76. Serão criadas Subdelegacias da Polícia Civil nos Distritos com mais de mil habitantes.Art. 77. Os servidores públicos civis estatutários ou contratados, que tenham exercido ou estejam noexercício de suas atribuições em qualquer órgão da administração direta do Estado e que comprovem odesempenho das atribuições de encarregado de garagem e motorista, poderão optar pelo ingresso na classede motorista policial do quadro permanente da polícia civil, no prazo de trinta dias a contar dapromulgação desta Constituição.

Artigo 77 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 231-7/600.

Art. 78. Fica assegurado direito de reversão ao serviço ativo aos policiais que, embora hajam completadosessenta e cinco anos de idade, não tiveram formalizada sua aposentadoria compulsória até a data dapromulgação da Constituição da República.

Artigo 78 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 250-3/600.

Art. 79. Os Detetives-Inspetores e Escrivães de 1ª Classe, com mais de 35 anos de serviço na carreirapolicial, Bacharéis em Direito há mais de 10 (dez) anos e que tenham cumprido, no mínimo, 280 (duzentose oitenta) horas/aula na Academia de Polícia do Estado, no Curso de Acesso à carreira de Delegado dePolícia, ficam acessados à carreira de Delegado de Polícia, 3ª classe, da Secretaria de Estado de Polícia,do Estado do Rio de Janeiro.

Artigo 79 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 308-9/600.

Art. 80. Fica assegurado aos Detetives-Inspetores e Escrivães de Polícia de 1ª Classe, Bacharéis emDireito, com mais de 10 anos de efetivo serviço no grupo POL que, à época da promulgação daConstituição Federal, possuíam mais de 5 anos na classe e que tenham freqüentado o mínimo de 50% dehoras/aula no curso específico inerente ao cargo, o aproveitamento na classe inicial do cargo de Delegadode Polícia.

Artigo 80 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 231-7/600.

Art. 81. Ficam declarados nulos e de nenhum efeito os Decretos do Exmo. Sr. Governador do Estado,editados até 31.12.86, que, à revelia do encaminhamento da Corregedoria Geral da Justiça do Estado,oficializaram serventias do foro extrajudicial, mistas ou não, mantida a efetivação dos respectivossubstitutos.Art. 82. Aos atuais titulares das Serventias Judiciais e Extrajudiciais fica assegurado o direito deaposentadoria, desde que, nesta data, preencham os requisitos legais necessários, com direito a percepçãoequivalente a 60% (sessenta por cento) dos proventos que percebem os Juízes de Direito da Comarcarespectiva.

Artigo 82 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 139-6/600.

Art. 83. O pessoal demitido da Rádio Roquete Pinto, sem justa causa, após dezembro de 1986, e cujosprocessos ainda não tenham sido julgados por decisão irrecorrível, poderá optar por sua readmissão noemprego, com direito de contagem do período de afastamento como tempo de serviço, desde que desistada ação e, conseqüentemente, da percepção de indenizações legais.Parágrafo único. Não se incluem no benefício deste artigo aqueles cuja prestação de serviços se tenhainiciado em período em que a lei eleitoral proibia contratações sob pena de nulidade.Art. 84. Caberá aos hospitais da rede oficial, após o parto, expedição do registro do nascimento, cabendoaos cartórios a sua autenticação e, nos demais casos, em conformidade com a lei.Art. 85. O vale-transporte será emitido, comercializado e distribuído pelas empresas operadoras detransporte coletivo de passageiros, custeado pelos empregadores, sendo vedado o repasse tarifário eadmitida a delegação.Parágrafo único. Ficam estendidos os benefícios do vale-transporte a todos os servidores públicosestaduais, da administração direta e indireta.Art. 86. Ficam proibidos, em todo o território do Estado do Rio de Janeiro, a comercialização, uso ouutilização de qualquer produto à base de clorofluorcarbonos (CFCs) e à base de cloro (BifemilasPolicloradas) - Ascarel.Parágrafo único. Fica estabelecido o prazo de até um ano da data da promulgação desta Constituição parasubstituição das substâncias que menciona este artigo, por sucedâneos não tóxicos.Art. 87. Entre os requisitos da lei complementar prevista no artigo 18, § 4º da Constituição da Repúblicapara a criação, incorporação, fusão e o desmembramento de Municípios, constarão:I - população estimada igual ou superior à população do Município de menor número de habitantes doEstado;II - arrecadação no último exercício de 5 (cinco) milésimos por cento de arrecadação estadual deimpostos;III - plebiscito que resulte o voto favorável da maioria dos eleitores que tiverem comparecido às urnas, emmanifestação a que se tenham apresentado pelo menos 50% dos eleitores inscritos na área a seremancipada.

Art. 88. No dia 15 de novembro de 1990, o eleitorado de Engenheiro Paulo de Frontin decidirá, atravésde plebiscito, sobre o retorno da denominação de "Rodeio" ao Município.Art. 89. O Estado providenciará a derrubada de todas as edificações existentes que impeçam o exercíciodo direito previsto no artigo 32 desta Constituição, promovendo junto à Justiça Federal a nulidade dosAtos que venham a autorizar construções em desacordo com a legislação.Art. 90. Estendem-se aos ex-detentores de mandato eletivo por sufrágio universal e direto, que tiveramseus direitos políticos suspensos por Atos Institucionais, os benefícios de que cuida o inciso I do artigo 53dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição da República.

Artigo 90 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 229-5/600.

Art. 91. Até cento e oitenta dias após a promulgação desta Constituição serão realizados plebiscitosdestinados a deliberar sobre a disposição da população local interessada em transformar seus respectivosdistritos em Municípios autônomos e independentes, ou na anexação de distritos e vilas, na seguinteordem:I - nos Distritos de Imbariê e Xerém, ambos do Município de Duque de Caxias, que constituirão um únicoMunicípio denominado Imbariê;II - no Distrito de Japeri, Município de Nova Iguaçu;III - no Distrito de Varre-Sai, Município de Natividade;IV - no Distrito de Armação de Búzios, do Município de Cabo Frio;V - no Distrito de Rio das Ostras, do Município de Casimiro de Abreu;VI - no Distrito de Bacaxá, do Município de Saquarema;VII - no Distrito de Macuco, do Município de Cordeiro;VIII - no Distrito de Barão de Inoã, do Município de Maricá;IX - no Distrito de Iguaba Grande, do Município de São Pedro da Aldeia;X - na Vila de Campelo, hoje pertencente ao Distrito de Paraoquena, do Município de Santo Antônio dePádua, nos seus atuais limites, para ser anexada ao Município de Miracema;XI - no Distrito de Engenheiro Passos, hoje 8º Distrito do Município de Resende, nos seus atuais limites,para ser anexado ao Município de Itatiaia.§ 1º Observadas as normas legais que regem a matéria, caberá ao Tribunal Regional Eleitoral, coordenaros plebiscitos e tomar as iniciativas necessárias à realização dos mesmos.§ 2º Lei complementar de que trata o § 4º do artigo 18 da Constituição Federal terá o seu anteprojetoelaborado por uma comissão interpartidária com representação proporcional, a ser criada dentro de 30dias da promulgação desta Constituição, e deverá ser discutida e votada no prazo de 60 dias a contar doprazo anterior.§ 3º O plebiscito referido no inciso I será feito em conjunto.§ 4º Nos plebiscitos referidos nos incisos X e XI, somente estarão habilitados a votar os eleitores inscritosnas 62ª e 69ª Seções da 34ª Zona Eleitoral de Vila Campelo e os inscritos no Distrito de EngenheiroPassos, respectivamente, até a data da promulgação desta Constituição.§ 5º Proclamados os resultados pelo TRE nos casos dos incisos X e XI e sendo aprovada a anexação, amesma deverá ser concretizada no prazo de 30 (trinta) dias.

Artigo 91 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 222-8/600.

Art. 92. Ficam restabelecidos, a contar da data da promulgação desta Constituição, os direitos evantagens dos servidores militares estaduais do antigo Estado da Guanabara, decorrentes de situaçõesjurídicas efetivamente constituídas até a vigência da Lei Estadual nº 2.276, de 21 de novembro de 1973.

Artigo 92 declarado inconstitucional por decisão do STF na ADIn 237-6/600.

Rio de Janeiro, 05 de outubro de 1989.GILBERTO RODRIGUES (Presidente), MESQUITA BRÁULIO (1º Vice-Presidente), PAULOANTUNES (2º Vice-Presidente), OTON SÃO PAIO (3º Vice-Presidente), DOMINGOS FREITAS (4ºVice-Presidente), FERNANDO MIGUEL (1º Secretário), ADEMAR ALVES (2º Secretário), FARIDABRÃO DAVID (3º Secretário), PEDRO FERNANDES (4º Secretário), DAISY LÚCIDI (1º Suplente),DANIEL EUGÊNIO (2º Suplente), D'JANIR AZEVÊDO (3º Suplente), JOSIAS ÁVILA (Presidente da

Comissão Constitucional), ELMIRO COUTINHO (Relator Geral), NICANOR CAMPANÁRIO (Vice-Relator), CARLOS MINC (Vice-Relator), MILTON TEMER (Vice-Relator), LUIS HENRIQUE LIMA(Vice-Relator), ACCÁCIO CALDEIRA, ALBANO REIS, ALBERTO BRIZOLA, ALBERTO DAUAIRE,ALCIDES FONSECA, ALEXANDRE CARDOSO, ALICE TAMBORINDEGUY, ALOISIO OLIVEIRA,ALTINO MOREIRA, AMADEU CHÁCAR, ANTÔNIO FRANCISCO NETO, ANTÔNIO LOPESFILHO, CARLOS CORREIA, CARLOS VIGNOLI, CLÁUDIO MOACYR, ELIAS CAMILO JORGE,ERALDO MACEDO, ERNANI COELHO, FERNANDO BANDEIRA, FERNANDO LOPES,FLORIANO CINELLI, GODOFREDO PINTO, GOUVÊA FILHO, HEITOR FURTADO, HELONEIDASTUDART, IBIRACY PEREIRA, JANDIRA FEGHALI, JARDANES DE OLIVEIRA, JOÃOCALDARA, JORGE ARMANDO, JOSÉ COZZOLINO, JOSÉ FIGORELLE, JOSÉ NADER, JOSÉNICOLAU, LEÔNCIO VASCONCELLOS, LÚCIA ARRUDA, LUIS BARBOSA, LUIZ PAES SELLES,NAPOLEÃO VELLOSO, NIELSEN LOUZADA, NILO CAMPOS, NOÉ MARTINS, PAULOCORDEIRO, PAULO DUQUE, PEREIRA PINTO, ROBERTO FIGUEIREDO, ROBERTO PINTO,RUBENS BOMTEMPO, SÉRGIO DINIZ, SILVÉRIO DO ESPÍRITO SANTO, WALDIR VIEIRA eYARA VARGAS.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 53 DE 26/06/2012

ALTERA A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO,ADEQUANDO-A ÀS MODIFICAÇÕESINTRODUZIDAS NA CONSTITUIÇÃO DAREPÚBLICA.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DECRETA:Art. 1º Fica acrescido, no art. 100 da Constituição do Estado, o § 2º além de se transformar seu parágrafoúnico em § 1º e, com a seguinte redação:

"Art. 100........................................§ 2º A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa poderá encaminhar pedidos escritos deinformação a Secretários de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo,importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não-atendimento no prazo de trintadias, bem como a prestação de informações falsas."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Fica acrescido, no artigo 104 da Constituição do Estado, o § 4º, com a seguinte redação:"Art. 104.........................................§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda domandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de quetratam os §§ 2º e 3º"Alteração já realizada no texto legal.

Art. 3º O § 2º do art. 72 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:"Art. 72..............................................§ 2º Cabe ao Estado explorar diretamente ou mediante concessão os serviços locais de gáscanalizado, na forma da lei........................................................... "Alteração já realizada no texto legal.

Art. 4º O caput do art. 136 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:"Art. 136. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatroanos, realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e noúltimo domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano do término do mandato deseus antecessores e a posse ocorrerá em 1º de janeiro do ano subsequente........................................................... "Alteração já realizada no texto legal.

Art. 5º Fica revogado o § 3º do art. 136 da Constituição do Estado.Art. 6º O § 1º do art. 142 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:

"Art. 142..............................................§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período governamental, a eleição paraambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pela Assembleia Legislativa, naforma da lei..............................................................."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 7º O caput e os §§ 1º a 4º do art. 128 da Constituição do Estado passam a ter a seguinte redação,renumerando-se os atuais §§ 4º a 6º:"Art. 128. O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete Conselheiros, tem sede na Capital, quadropróprio de pessoal e jurisdição em todo território estadual, exercendo, no que couber, as atribuiçõesprevistas no art. 158 da Constituição.§ 1º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçamos seguintes requisitos:I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;II - idoneidade moral e reputação ilibada;III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija osconhecimentos mencionados no inciso anterior.§ 2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão escolhidos:I - três pelo Governador do Estado, com a aprovação da Assembleia Legislativa, sendo doisalternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em listatríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;II - quatro pela Assembleia Legislativa.§ 3º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado terão as mesmas garantias, prerrogativas,impedimentos, vencimentos e vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes,quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 89.§ 4º O auditor, quando em substituição a Conselheiro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titulare, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de direito da mais alta entrância....................................................... "Art. 8º O artigo 39 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:

"Art. 39. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, olazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aosdesamparados, na forma da Constituição."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 9º O inciso III do art. 355 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:"Art. 355............................................III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção edesenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;.........................................................."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 10. O parágrafo único do art. 206 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:"Art. 206..............................................Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede o Estado de condicionar aentrega de recursos ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 11. O inciso V do art. 98 da Constituição do Estado passa ater a seguinte redação:

"Art. 98.................................................V - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado oque estabelece o art. 145, caput, VI, da Constituição;"Alteração já realizada no texto legal.

Art. 12. A alínea d do inciso II do § 1º do artigo 112 da Constituição do Estado passa a ter a seguinteredação:

"Art. 112 .................................................§ 1º ........................................................II .............................................................d) criação e extinção de Secretarias de Estado e órgãos da administração pública, observado odisposto o art. 145, caput, VI, da Constituição;.................................................................."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 13. O inciso VI do caput do art. 145 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:"Art. 145...................................................VI - dispor, mediante decreto, sobre:a) organização e funcionamento da administração estadual, com não implicar aumento dedespesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;"Alteração já realizada no texto legal.

Art. 14. O art. 149 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:"Art. 149. A lei disporá sobre a criação e extinção de Secretarias de Estado e órgãos daadministração pública."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 15. O art. 102 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:"Art. 102. Os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,palavras e votos.§ 1º Os Deputados, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante oTribunal de Justiça.§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros da Assembleia Legislativa não poderão serpresos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentrode vinte e quatro horas à Assembleia Legislativa, para que, pelo voto da maioria de seusmembros, resolva sobre a prisão.§ 3º Recebida a denúncia contra o Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, oTribunal de Justiça dará ciência à Assembleia Legislativa, que, por iniciativa de partido políticonela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar oandamento da ação.§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia Legislativa no prazo improrrogávelde quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.§ 6º Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ouprestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram oudeles receberam informações.§ 7º A incorporação de Deputados às Forças Armadas, embora militares e ainda que em tempode guerra, dependerá de prévia licença da Assembleia Legislativa.§ 8º As imunidades de Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo sersuspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Assembleia Legislativa, nos casos deatos praticados fora do recinto da Assembleia Legislativa, que sejam incompatíveis com aexecução da medida."

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 16. Fica acrescido no inciso III do art. 196 da Constituição do Estado a alínea c, com a seguinteredação:

"Art. 196...........................................III......................................................c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ouaumentou, observado o disposto na alínea b."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 17. Fica acrescido no art. 322 da Constituição do Estado o parágrafo único, com a seguinte redação:"Art. 322...........................................Parágrafo único. A lei estabelecerá o Plano Estadual de Cultura, de duração plurianual,visando ao desenvolvimento cultural do Estado e à integração das ações do poder público queconduzem à:I - defesa e valorização do patrimônio cultural estadual;II - produção, promoção e difusão de bens culturais;III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões;IV - democratização do acesso aos bens de cultura;V - valorização da diversidade étnica e regional."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 18. Fica alterado o inciso V e acrescentado o inciso X ao art. 307 da Constituição do Estado, com asseguintes redações:"Art. 307...............................................V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, comingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;.............................................................X - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de leiestadual."Art. 19. O caput do art. 346 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:

"Art. 346. O número de Vereadores será fixado pela Lei Orgânica Municipal e guardaráproporção com a população do Município, observado o limite máximo de:I - 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;II - 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até30.000 (trinta mil) habitantes;III - 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até50.000 (cinquenta mil) habitantes;IV - 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e deaté 80.000 (oitenta mil) habitantes;V - 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e deaté 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;VI - 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil)habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;VII - 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil)habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;VIII - 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil)habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;IX - 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos ecinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;X - 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantese de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;

XI - 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquentamil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes;XII - 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil)habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes;XIII - 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão ecinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes;XIV - 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão eduzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;XV - 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos ecinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;XVI - 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão equinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;XVII - 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão eoitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;XVIII - 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões equatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes;XIX - 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) dehabitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes;XX - 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões)de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;XXI - 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões)de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes;XXII - 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) dehabitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;XXIII - 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões)de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; eXXIV - 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões)de habitantes..................................................... "Alteração já realizada no texto legal.

Art. 20. Fica acrescido o parágrafo único ao art. 345 da Constituição do Estado, com a seguinte redação:"Art. 345 ........................................Parágrafo único. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dosVereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais,relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no art. 153, § 5º, earts. 158 e 159, todos da Constituição da República, efetivamente realizado no exercícioanterior:I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes;II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000(trezentos mil) habitantes;III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e500.000 (quinhentos mil) habitantes;IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes;V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um)e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de8.000.001 (oito milhões e um) habitantes."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 21. O art. 45 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:

"Art. 45. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente, aojovem e ao idoso, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, àeducação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e àconvivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 22. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 26 de junho de 2012.(a) Deputados: PAULO MELO, Presidente; EDSON ALBERTASSI; Gilberto Palmares; PAULO RAMOS;ROBERTO HENRIQUES; WAGNER MONTES; GRAÇA MATOS; GERSON BERGHER; DR. JOSÉLUIZ NANCI; GERSON BERGHER; DR. JOSÉ LUIZ NANCI; SAMUEL MALAFAIA; BEBETO;ALEXANDRE CORRÊA; GUSTAVO TUTUCA.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 52 DE 26/06/2012

ACRESCENTA § 7º AO ART. 128 DACONSTITUIÇÃO ESTADUAL.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DECRETA:Art. 1º Acrescente-se o § 7º ao artigo 128 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro com a seguinteredação:

Art. 128. ...............§ 7º - Fica vedada a nomeação para Conselheiro do Tribunal de Constas o cidadão que:I - tenha contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisãotransitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso dopoder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados,bem como para as que se realizaram nos 8 (oito) anos anteriores;II - que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicialcolegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimentoda pena, pelos crimes:1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na leique regula a falência;3. contra o meio ambiente e a saúde pública;4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou àinabilitação para o exercício de função pública;6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;8. de redução à condição análoga à de escravo;9. contra a vida e a dignidade sexual; e10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;III - que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis;IV - os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadaspor irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e pordecisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada peloPoder Judiciário.V - os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, quebeneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que foremcondenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, nos 8(oito) anos anteriores a data de indicação;

VI - que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiadoda Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação,captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentespúblicos em campanhas eleitorais;VII - o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, osmembros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, dasCâmaras Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representaçãoou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo daConstituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da LeiOrgânica do Município, nos 8 (oito) anos anteriores a data da nomeação;VIII - que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada emjulgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativaque importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou otrânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena;IX - que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgãoprofissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, salvo se o ato houversido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;X - a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidaspor ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da JustiçaEleitoral, observando-se o procedimento previsto no art. 22;XI - os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentadoscompulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou quetenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processoadministrativo disciplinar.Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data da sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 26 de junho de 2012.(a) Deputados: PAULO MELO, Presidente; EDSON ALBERTASSI; Gilberto Palmares; PAULO RAMOS;ROBERTO HENRIQUES; WAGNER MONTES; GRAÇA MATOS; GERSON BERGHER; DR. JOSÉLUIZ NANCI; GERSON BERGHER; DR. JOSÉ LUIZ NANCI; SAMUEL MALAFAIA; BEBETO;ALEXANDRE CORRÊA; GUSTAVO TUTUCA.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 51 DE 06/12/2011

Dá nova redação ao parágrafo único do artigo 8º daConstituição Estadual, incluindo a acessibilidade norol das garantias fundamentais do Estado do Rio deJaneiro.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DECRETA:Art. 1º O parágrafo único do artigo 8º da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a vigorar com aseguinte redação:

"Art. 8º Todos têm o direito de viver com dignidade.Parágrafo único. É dever do Estado garantir a todos uma qualidade de vida compatível com adignidade da pessoa humana, assegurando a educação, os serviços de saúde, a alimentação, ahabitação, o transporte, o saneamento básico, o suprimento energético, a drenagem, o trabalhoremunerado, o lazer, as atividades econômicas e a acessibilidade, devendo as dotaçõesorçamentárias contemplar preferencialmente tais atividades, segundo planos e programas degoverno."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 6 de dezembro de 2011.

(a) Deputados: PAULO MELO, Presidente; EDSON ALBERTASSI; Gilberto Palmares; PAULO RAMOS;ROBERTO HENRIQUES; WAGNER MONTES; GRAÇA MATOS; GERSON BERGHER; DR. JOSÉLUIZ NANCI; GERSON BERGHER; DR. JOSÉ LUIZ NANCI; SAMUEL MALAFAIA; BEBETO;ALEXANDRE CORRÊA; GUSTAVO TUTUCA.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 50 DE 22/11/2011

Acrescenta o inciso XXVIII ao artigo 77 daConstituição do Estado do Rio de Janeiro.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º Fica incluído o inciso XXVIII ao artigo 77 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, com aseguinte redação:

"Art. 77. ( ...)XXVIII - É vedada a nomeação de pessoas que se enquadram nas condições de inelegibilidadenos termos da legislação federal para os cargos de Secretário de Estado, Sub-Secretário,Procurador Geral de Justiça, Procurador Geral do Estado, Defensor Público Geral,Superintendentes e Diretores de órgãos da administração pública indireta, fundacional, deagências reguladoras e autarquias, Chefe de Polícia Civil, Titulares de Delegacias de Polícia,Comandante Geral da Polícia Militar, Comandante Geral do Corpo de Bombeiros,Comandantes de Batalhões de Polícia Militar, Comandante de Quartéis de Bombeiro Militar,Reitores das Universidades Públicas Estaduais e ainda para todos os cargos de livre provimentodos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado.Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 22 de novembro de 2011.(a) Deputados: PAULO MELO, Presidente; Edson Albertassi, 1º Vice-Presidente; Gilberto Palmares, 2ºVice-Presidente; Paulo Ramos, 3º Vice-Presidente; Roberto Henriques, 4º Vice-Presidente; WagnerMontes, 1º Secretário; Graça Mato, 2ª Secretária; Gerson Bergher, 3º Secretário; Dr. José Luiz Nanci, 4ºSecretário; Samuel Malafaia, 1º Suplente; Bebeto, 2º Suplente; Alexandre Correa, 3º Suplente; GustavoTutuca, 4º Suplente.Autoria: Deputados COMTE BITTENCOURT, LUIZ PAULO E ROBSON LEITEProposta de Emenda Constitucional nº 5/2011

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 49 DE 19/10/2011

Atualiza a Constituição do Estado em Relação àConstituição da República.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º O artigo 98 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a viger acrescido dos incisos XIV eXV, com a seguinte redação:

"Art. 98. (...)XIV - fixar, por lei de sua iniciativa, os subsídios dos Deputados Estaduais, consoante § 2º doartigo 27 da Constituição Federal;XV - fixar, por lei de sua iniciativa, os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dosSecretários de Estado, consoante § 2º do artigo 28 da Constituição Federal."Alterações já realizadas no texto legal.

Art. 2º O artigo 347 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a ter a seguinte redação:"Art. 347. Os subsídios dos Vereadores obedecerão ao disposto no artigo 29-A da Constituiçãoda República.

Parágrafo único. Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipaisobedecerão ao disposto no inciso V do artigo 29 da Constituição da República".(NR)Alteração já realizada no texto legal.

Art. 3º O artigo 348 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a ter a seguinte redação:"Art. 348. Os subsídios dos Vereadores serão fixados por lei, a qual deve ser publicada nomesmo veículo de comunicação que divulgue os demais atos municipais, de iniciativa daCâmara Municipal, em cada Legislatura para a subsequente, consoante inciso VI do artigo 29da Constituição Federal".(NR)Alteração já realizada no texto legal.

Art. 4º Ficam revogados os incisos IX e XXX do artigo 99 da Constituição do Estado.Art. 5º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 2011.(a) Deputados: PAULO MELO, Presidente: Gilberto Palmares, 2º Vice-Presidente; Roberto Henriques, 4ºVice-Presidente; Wagner Montes, Graça Matos, Dr. José Luiz Nancy, Samuel Malafaia, Bebeto.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 48 DE 28/06/2011

Fixa o valor da participação do Fundo Estadual deConservação Ambiental - FECAM na compensaçãofinanceira a que se refere o parágrafo 1º, do art. 20,da Constituição da República em vigor,relativamente ao petróleo e gás extraído da camadado pré-sal.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º O art. 263, § 1º, da Constituição Estadual do Rio de Janeiro passa a vigorar acrescido do inciso VI,com a seguinte redação:

"Art. 263 (...)§ 1º (...)VI - 10% (dez por cento) da compensação financeira a que se refere o art. 20, § 1º, daConstituição Federal, a que faz jus o Estado do Rio de Janeiro, quando se tratar de petróleo egás extraído da camada do pré-sal,não se aplicando nesse caso o disposto no inciso I".Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação, passando a produzir efeitosa partir de 1º de janeiro de 2012.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 28 de junho de 2011.(a) Deputados: PAULO MELO, Presidente; Edson Albertassi, 1º Vice-Presidente; Gilberto Palmares, 2]Vice-Presidente; Paulo Ramos, 3º Vice-Presidente; Roberto Henriques, 4º Vice-Presidente; WagnerMontes, Primeiro Secretário; Graça Matos, 2ª Secretária; Gerson Bergher, 3º Secretário; Dr. José LuizNanci, 4º Secretário; Samuel Malafaia, 1º Suplente; Bebeto, 2º Suplente; Alexandre Correa, 3º Suplente;Gustavo Tutuca, 4º Suplente.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 47 DE 07/06/2011

ACRESCENTA INCISO X AO ARTIGO 358 DACONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DEJANEIRO.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º O Art. 358 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a vigorar acrescido do seguinteinciso X:

"Art. 358.(...)X - Fica garantido aos Municípios o direito de liberdade de decisão quanto à associação ou nãoà Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro - AEMERJ e da ConfederaçãoNacional de Municípios - CNM, inclusive com pagamento de contribuição."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 7 de junho de 2011.(a) Deputados: PAULO MELO, Presidente; Edson Albertassi, 1º Vice-Presidente; Gilberto Palmares, 2]Vice-Presidente; Paulo Ramos, 3º Vice-Presidente; Roberto Henriques, 4º Vice-Presidente; WagnerMontes, Primeiro Secretário; Graça Matos, 2ª Secretária; Gerson Bergher, 3º Secretário; Dr. José LuizNanci, 4º Secretário; Samuel Malafaia, 1º Suplente; Bebeto, 2º Suplente; Alexandre Correa, 3º Suplente;Gustavo Tutuca, 4º Suplente.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 46 DE 31/05/2011

ACRESCENTA O INCISO XXVIII AO ARTIGO 77DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DEJANEIRO.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º Fica incluído o inciso XXVIII ao artigo 77 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, com aseguinte redação:

"Art. 77. ( ...)XXVIII - a licença médica para tratamento de saúde, concedida aos servidores públicos, queexceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias no período de 12 (doze) meses, a contar doprimeiro dia de afastamento, será concedida mediante avaliação por junta médica oficial."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 31 de maio de 2011.(a) Deputados: PAULO MELO, Presidente; Edson Albertassi, 1º Vice-Presidente; Gilberto Palmares, 2]Vice-Presidente; Paulo Ramos, 3º Vice-Presidente; Roberto Henriques, 4º Vice-Presidente; WagnerMontes, Primeiro Secretário; Graça Matos, 2ª Secretária; Gerson Bergher, 3º Secretário; Dr. José LuizNanci, 4º Secretário; Samuel Malafaia, 1º Suplente; Bebeto, 2º Suplente; Alexandre Correa, 3º Suplente;Gustavo Tutuca, 4º Suplente.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45 DE 24/06/2010

ACRESCENTA O § 13 AO ARTIGO 91 DACONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DEJANEIRO.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º Fica acrescido o § 13 ao artigo 91 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro:

"Art. 91. (...)§ 13. O servidor público militar estadual demitido por ato administrativo, se absolvido pelajustiça, na ação que deu causa a demissão, será reintegrado à Corporação com todos os direitosrestabelecidos."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 24 de junho de 2010.

(a) Deputados: JORGE PICCIANI, Presidente; Coronel Jairo, Gilberto Palmares, Graça Pereira, OlneyBotelho, Graça Matos, Gerson Bergher, Dica, Fábio Silva, Ademir Melo, Armando José, Pedro Augusto eWaldeth Brasiel.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 44 DE 12/05/2010

ACRESCENTA-SE O INCISO X AO ARTIGO 307DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DEJANEIRO.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º O art. 307 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a vigorar acrescido do seguinteinciso X:

"Art. 307.(...)X - animação cultural compreendida como instrumento pedagógico e de promoção dadignidade da pessoa humana."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Após a promulgação da presente Emenda Constitucional, os animadores culturais somentepoderão ser contratados, na forma do § 4º do art. 198 da Constituição Federal.Parágrafo único. Os profissionais que, na data de promulgação desta Emenda e a qualquer título,desempenharem as atividades de animação cultural na rede estadual de educação, na forma da lei, ficamdispensados de se submeter ao processo seletivo público a que se refere o § 4º do art. 198 da ConstituiçãoFederal, desde que tenham sido contratados a partir de anterior processo de seleção pública e nomeadosnos termos do Decreto nº 19.803, de 31 de março de 1994.Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 12 de maio de 2010.(a) Deputados: JORGE PICCIANI - Presidente; Coronel Jairo, Gilberto Palmares, Graça Pereira, OlneyBotelho, Graça Matos, Gerson Bergher, Dica, Fábio Silva, Ademir Melo, Armando José, Pedro Augusto eWaldeth Brasiel.Autores: Deputados Marcelo Freixo e Gilberto PalmaresProposta de Emenda Constitucional nº 48/2009

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 43 DE 26/12/2009 - DOE 17/12/2009

Acrescenta o § 4º ao artigo 90 da Constituição doEstado do Rio de Janeiro.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º Fica acrescido o § 4º ao artigo 90 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, com a seguinteredação:

"Art. 90. (...);§ 4º O servidor público civil demitido por ato administrativo, se absolvido na pela justiça, naação que deu causa a demissão, será reintegrado ao serviço público com todos os direitosadquiridos."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 16 de dezembro de 2009.(a) Deputados: JORGE PICCIANI, Presidente; Coronel Jairo, 1º Vice-Presidente; Gilberto Palmares, 2ºVice-Presidente; Graça Pereira, 3ª Vice-Presidente; Olney Botelho, 4º Vice-Presidente; Graça Matos, 1ªSecretária; Gerson Bergher, 2º Secretário; Dica, 3º Secretário; Fábio Silva, 4º Secretário

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 42 DE 30/09/2009

Altera o caput e o § 5º do artigo 68 da ConstituiçãoEstadual do Rio de Janeiro.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º O art. 68 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 68. Os bens imóveis do estado não podem ser objeto de doação nem de utilização gratuitapor terceiros, nem de aluguel, salvo mediante autorização do Governador, se o beneficiário forpessoa jurídica de direito público interno, entidade componente de sua administração indiretaou fundação instituída pelo Poder Público, bem como nos casos legalmente previstos pararegularização fundiária. (NR)(...)§ 5º As exigência previstas neste artigo poderão ser dispensadas no caso de imóveis destinadosa programas de regularização fundiária, inclusive para fins de assentamento de população debaixa renda, na forma da lei complementar, que disporá, ainda, sobre as condições eprocedimentos específicos para a alienação de imóveis públicos e para sua utilização pelosbeneficiários no âmbito dos referidos programas. (NR)"Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 30 de setembro de 2009.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41 DE 14/04/2009

Altera o inciso XII do art. 83 da Constituição doEstado do Rio de Janeiro.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º O inciso XII do Artigo 83 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a vigorar com aseguinte redação:

"Art. 83.(...)XII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento eoitenta dias, prorrogável no caso de aleitamento materno, por no mínimo, mais 30 (trinta) dias,estendendo-se, no máximo, até 90 (noventa) dias." (NR)Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 14 de abril de 2009.(a) Deputados: JORGE PICCIANI, Presidente; Coronel Jairo, 1º Vice-Presidente; Gilberto Palmares, 2ºVice-Presidente; Graça Pereira, 3ª Vice-Presidente; Olney Botelho, 4º Vice-Presidente; Graça Matos, 1ªSecretária; Gerson Bergher, 2º Secretário; Dica, 3º Secretário; Fábio Silva, 4º Secretário; Ademir Melo, 1ºSuplente; Armando José, 2º Suplente; Pedro Augusto, 3º Suplente; Waldeth Brasiel, 4º Suplente.Autor: Deputado MARCELO FREIXO

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 40 DE 02/01/2009

Disciplina o processo e sanção por infraçãoadministrativa de Conselheiro do Tribunal de Contasdo Estado.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º O art. 128 da Constituição passa a vigorar acrescido dos §§ 5º e 6º, com a seguinte redação:

"Art. 128...(...)§ 5º São infrações administrativas de Conselheiro do Tribunal de Contas, sujeitas a julgamentopela Assembleia Legislativa e sancionadas, mesmo na forma tentada, com o afastamento docargo:I - impedir o funcionamento administrativo de Câmara Municipal ou da AssembleiaLegislativa;II - desatender, sem motivo justo, pedido de informações, de auditoria ou de inspeção externa,formulado por Câmara Municipal ou pela Assembleia Legislativa;III - não cumprir prazo constitucional ou legal para o exercício de sua atribuição;IV - deixar de prestar contas à Assembleia Legislativa;V - incidir em quaisquer das proibições do art. 167 da Constituição da República;VI - praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na suaprática;VII - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses, sujeitos àadministração do Tribunal de Contas;VIII - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.§ 6º Assegurados o contraditório e ampla defesa, o processo administrativo por fato descritono parágrafo anterior obedecerá ao seguinte rito:I - a notícia, por escrito e com firma reconhecida, poderá ser formulada por qualquer pessoa;II - a instauração do processo administrativo dependerá de aprovação pela maioria absoluta daAssembleia Legislativa, após a leitura da notícia em Plenário;III - constituir-se-á comissão processante especial, composta por cinco Deputados sorteados,os quais elegerão o Presidente e o Relator;IV - recebidos os autos, o Presidente determinará a citação do noticiado, remetendo-lhe cópiaintegral do processo administrativo, para que, no prazo de cinco dias, apresente defesa prévia,por escrito, indique as provas que pretender produzir e arrole testemunhas, até o máximo dedez;V - o noticiado deverá ser intimado de todos os atos do processo, pessoalmente, ou na pessoade seu procurador, com a antecedência, pelo menos, de vinte e quatro horas, sendo-lhepermitido assistir às diligências e audiências, bem como formular perguntas e reperguntas àstestemunhas e requerer o que for de interesse da defesa;VI - concluída a instrução, será aberta vista do processo ao noticiado, para razões escritas noprazo de cinco dias, após o que a comissão processante emitirá parecer final, pela procedênciaou improcedência da notícia;VII - havendo julgamento, o parecer final será lido com Plenário e, depois, o noticiado, ou seuprocurador, terá o prazo máximo de uma hora para produzir sua defesa oral.VIII - concluída a defesa, proceder-se-á a tantas votações quantas forem as infraçõesarticuladas na notícia, considerando-se afastado do cargo, o noticiado que for declarado, pelovoto aberto da maioria absoluta dos Deputados, como incurso em qualquer das infraçõesespecificadas na notícia;IX - o processo será concluído em noventa dias, contados da data em que se efetivar anotificação do acusado, sob pena de arquivamento."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 2 de fevereiro de 2009.DEPUTADO JORGE PICCIANIPresidente

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 39 DE 21/12/2006

Revoga o inciso I do parágrafo único do artigo 118da Constituição Estadual.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º Fica revogado o inciso I do parágrafo único do artigo 118 da Constituição Estadual do Estado doRio de Janeiro.Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 21 de dezembro de 2006.DEPUTADO JORGE PICCIANIPresidente

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 38 DE 31/05/2006

Acrescenta o § 3º, ao artigo 112 da Constituição doEstado do Rio de Janeiro, na forma que menciona.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º Ficam acrescentado o § 3º, ao art. 112 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, com aseguinte redação:

"Art. 112. .........................................................................................."§ 1º ............................................................................................."§ 2º .............................................................................................."§ 3º Em caso de dúvida em relação as matérias de competência exclusiva do Governador (a)do Estado, a Sanção torna superado o possível vício de iniciativa".Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta emenda à Constituição entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se asdisposições em contrário.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 31 de maio de 2006.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 37 DE 31/05/2006

Altera a Constituição do Estado do Rio de Janeiro,adequando-a às modificações introduzidas naConstituição da República pela EmendaConstitucional nº 45, de 08 de dezembro de 2004

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º Os arts. 9º, 152, 155, 156, 161, 165, 166, 170, 172, 173, 179 e 210 da Constituição do Estado doRio de Janeiro passam a vigorar com as seguintes alterações, acrescentando-se um art. 169-A:

"Art. 9º .....................................................................................................§ 4º A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração doprocesso e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.""Art. 152. ...................................................................................................§ 3º Não encaminhadas as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecidona lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação daproposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados deacordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordocom os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustesnecessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização dedespesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei dediretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditossuplementares ou especiais.""Art. 155. ..................................................................................................IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em Lei;V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anosdo afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.""Art. 156. ..................................................................................................I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso públicode provas e títulos, promovido pelo Tribunal de Justiça com a participação da Ordem dosAdvogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, trêsanos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;II - ...........................................................................................................c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos deprodutividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento emcursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;d) na apuração de antigüidade, o Tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo votofundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e asseguradaampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazolegal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.III - o acesso ao Tribunal de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento,alternadamente, apurados na última ou única entrância;IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados,constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial oureconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;V - os subsídios dos magistrados serão fixados com diferença não superior a dez por cento neminferior a cinco por cento de uma para outra das categorias da carreira, sendo o subsídio damais elevada categoria equivalente a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento dosubsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal;VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto noart. 40 da Constituição da República;VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal;VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público,fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do órgão especial do Tribunal de Justiçaou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;IX - remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá,no que couber, ao disposto nas alíneas "a", "b", "c" e e do inciso II;X - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todasas decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, àspróprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação dodireito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;XI - as decisões administrativas do Tribunal serão motivadas e em sessão pública, sendo asdisciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;XII - no Tribunal, havendo número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituídoórgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercíciodas atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno,provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunalpleno;

XIII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e noTribunal, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes emplantão permanente;XIV - o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judiciale à respectiva população;XV - os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de meroexpediente sem caráter decisório;XVI - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.""Art. 161. ....................................................................................................§ 1º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmarasregionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases doprocesso.§ 2º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências edemais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição,servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.""Art. 165. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varasespecializadas, designando juízes de entrância especial, com competência exclusiva paraquestões agrárias.""Art. 166. A Lei Estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a JustiçaMilitar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos deJustiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça.§ 1º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimesmilitares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada acompetência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre aperda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.§ 2º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimesmilitares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendoao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimesmilitares."Art. 169-A. As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dosserviços afetos às atividades específicas da Justiça.""Art. 170. ..................................................................................................§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro doprazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para finsde consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na Lei orçamentáriavigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo comos limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessáriospara fins de consolidação da proposta orçamentária anual.§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização dedespesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei dediretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditossuplementares ou especiais.§ 7º O Ministério Público, pelos órgãos de atuação, poderá requisitar aos órgãos públicosestaduais da administração, direta e indireta, todos os meios necessários ao desempenho desuas atribuições."Art. 172. .............................................................................................................................................................................................................b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiadocompetente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, asseguradaampla defesa;

c) irredutibilidade de subsídio, observado quanto a remuneração o que dispõem os artigos 77,XIII, desta Constituição, e 39, § 4º, da Constituição da República, com as ressalvas dos seusarts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I, da Constituição da República;II - .....................................................................................................a) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidadespúblicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em Lei.e) exercer atividade político-partidária;f) exercer a advocacia no juízo ou tribunal perante o qual atuava quando do afastamento docargo por aposentadoria ou exoneração, antes de decorridos três anos.§ 1º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público deprovas e títulos, promovido pela Procuradoria-Geral de Justiça, assegurada a participação daOrdem dos Advogados do Brasil na sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, nomínimo, três anos de atividade jurídica e observada, na nomeação, a ordem de classificação.§ 2º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 156.""Art. 173. ................................................................................................§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, quedeverão residir na comarca ou sede da região da respectiva lotação, salvo autorização do chefeda instituição.§ 4º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata.§ 5º Lei de iniciativa do Procurador-Geral de Justiça, observado o disposto no art. 173, § 2º,criará a Ouvidoria do Ministério Público, competente para receber reclamações e denúncias dequalquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seusserviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público.""Art. 179. .................................................................................................§ 1º À Defensoria Pública são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativade sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentáriase subordinação ao disposto no art. 152, § 2º.§ 2º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unicidade, a impessoalidade e aindependência funcional.§ 3º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras que lhe são inerentes, asseguintes:I - promover a conciliação entre as partes em conflitos de interesses;II - atuar como curador especial;III - atuar junto às delegacias de polícia e estabelecimentos penais;IV - atuar como defensora do vínculo matrimonial;V - patrocinar;a) ação penal privada;b) ação cível;c) defesa em ação penal;d) defesa em ação civil;e) ação civil pública em favor das associações necessitadas que incluam entre suas finalidadesestatutárias a proteção ao meio ambiente e a de outros interesses difusos e coletivos;f) os direitos e interesses do consumidor lesado, desde que economicamente hipossuficiente, naforma da Lei;g) a defesa do interesse do menor e do idoso, na forma da Lei;h) os interesses de pessoas jurídicas de direito privado e necessitadas na forma da Lei;i) a assistência jurídica integral às mulheres vítimas de violência específica e seus familiares."Art. 212. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditossuplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, doMinistério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, emduodécimos, na forma da Lei complementar a que se refere o art. 207.

Alterações já realizadas no texto legal.

Art. 2º Revoga-se o parágrafo único do art. 212.Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, 31 de maio de 2006.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 36 DE 31/05/2006

Acrescenta o parágrafo 7º ao artigo 107 daConstituição Estadual.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º O artigo 107 da Constituição Estadual, fica acrescido do parágrafo 7º, com a seguinte redação:

"§ 7º A Assembleia Legislativa poderá reunir-se de forma itinerante, conforme calendáriopreviamente determinado, em Municípios Pólos das Regiões do Estado."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 31 de maio de 2006.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 35 DE 14/12/2005

Acrescenta parágrafo ao art. 183 da Constituição doEstado do Rio de Janeiro.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODECRETA:Art. 1º Acrescenta ao art. 183 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro o seguinte parágrafo:

"§ 5º Lei específica definirá a organização, funcionamento e atribuições do órgão responsávelpelas perícias criminalística e médico-legal, que terá organização e estrutura próprias."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 14 de dezembro de 2005.

Vide ADIn nº 3644-1, que, por unanimidade, declarou a inconstitucionalidade desta Emenda.- Plenário, 04.03.2009. Publicada no DOU de 17.03.2009, pág. 01.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 34 DE 14/06/2005 - DOE 15/06/2005

Acrescenta parágrafos ao artigo 77 da Constituiçãodo Estado do Rio de Janeiro.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO,DECRETA:Art. 1º Fica o artigo 77 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro acrescido dos seguintes parágrafos:

"Artigo 77. ..................................§ 11. São vedadas, na Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro:I - a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente, até o terceiro grau civil inclusive, demembro de Poder, para cargo em comissão declarado em Lei de livre nomeação e exoneraçãoou função de confiança, qualquer que seja a denominação ou símbolo da gratificação;II - a contratação, sem que seja por concurso público, ainda que por tempo determinado, paraatender a necessidade temporária de excepcional interesse público, das pessoas descritas noinciso anterior.

§ 12. A vedação prevista no parágrafo anterior estende-se aos membros de órgão coletivo,reciprocamente, de modo que não poderão as pessoas mencionadas exercer qualquer dasfunções previstas, no referido órgão.§ 13. O disposto no parágrafo anterior não se aplica a servidores efetivos.§ 14. Em caso de violação do disposto nos parágrafos 11 e 12 deste artigo, as autoridadespúblicas e membros de Poder incorrerão em falta disciplinar grave e serão solidariamenteresponsáveis com os beneficiados, sem prejuízo das sanções de outra ordem cabíveis e danulidade dos atos praticados".Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir de suapublicação, revogadas as disposições em contrário.Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 14 de junho de 2005.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 33 DE 10/03/2004 - DOE 11/03/2004

Altera o art. 107 da Constituição do Estado do Riode Janeiro.

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de JaneiroResolve:Art. 1º O caput do art. 107 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a vigorar com a redação aseguir, incluindo-se um § 6º:

"Art. 107. A Assembleia Legislativa reunir-se-á anualmente na Capital do Estado de 1º defevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 31 de dezembro."(...)§ 6º Quando houver convocação extraordinária, os Deputados não farão jus a qualquer tipode remuneração adicional."Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 32 DE 09/12/2003

Modifica a redação do artigo 332 da ConstituiçãoEstadual.

Art. 1º O artigo 332 da Constituição Estadual passa a ter a seguinte redação:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º A modificação proposta no art. 1º somente será aplicada a partir do ano de 2007.Art. 3º A destinação anual à Fundação de Amparo à Pesquisa - FAPERJ até o ano de 2007 constará doPlano Plurianual e da Lei Orçamentária de cada ano, observado no mínimo o valor efetivamente pago,ocorrido no exercício financeiro de 2002, acrescido da correção em função da variação nominal da receitatributária acumulada ano a ano, deduzidas as transferências e vinculações constitucionais e legais.Art. 4º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 31 DE 21/08/2003 - DOE 22/08/2003

Altera o inciso I do § 1º do art. 263 da Constituiçãodo Estado do Rio de Janeiro.

Art. 1º O inciso I do § 1º do art. 263 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a vigorar com aseguinte alteração:

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 30 DE 12/08/2003 - DOE 13/08/2003

Modifica a redação do art. 82, § 4º da ConstituiçãoEstadual, determinando a correção monetária depagamentos em atraso do funcionalismo públicoestadual.

Art. 1º O art. 82, § 4º da Constituição Estadual passa a ter a seguinte redação:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 29 DE 11/06/2003 - DOE 13/06/2003 - REP 16/06/2003

Modifica o artigo 86 da Constituição do Estado doRio de Janeiro.

Art. 1º Modifica o artigo 86 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, que passa a vigorar com aseguinte redação:

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 28 DE 25/06/2002 - DOE 26/06/2002

Modifica a redação do artigo 156 da Constituição doEstado do Rio de Janeiro.

Art. 1º Fica modificado o artigo 156 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, que passa a vigorarcom a seguinte redação:

Alterações já realizadas no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor no prazo de trinta dias após a sua publicação,revogadas todas as disposições em contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 27 DE 25/04/2002 - DOE 26/04/2002

Revoga os artigos 62 e 63 do Ato das DisposiçõesConstitucionais Transitórias da Constituição doEstado do Rio de Janeiro de 05/10/1989.

Art. 1º Ficam revogados os artigos 62 e 63 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias daConstituição do Estado do Rio de Janeiro promulgada aos 05 de outubro de 1989.Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica aos atuais beneficiários dos artigos 62 e63 do ADCT nem aos atuais Governador e Vice-Governador do Estado.Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 26 DE 10/04/2002 - DOE 11/04/2002

Altera os §§ 1º e 5º do art. 176, e o art. 212, ambosda Constituição do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 1º Os §§ 1º e 5º do art. 176, e o art. 212, todos da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, passama vigorar com a seguinte redação:

Alterações já realizadas no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 25 DE 03/04/2002 - DOE 04/04/2002

Restabelece com nova redação o artigo 18 do Atodas Disposições Constitucionais Transitórias.

Art. 1º Fica restabelecido o art. 18 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias do Estado do Riode Janeiro, que passa a ter a seguinte redação:

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 24 DE 05/03/2002 - DOE 06/03/2002

Altera a alínea "b", do inciso I, do art. 181, e o art.212, ambos da Constituição do Estado do Rio deJaneiro.

Art. 1º A alínea "b", do inciso I, do art. 181, e o art. 212, ambos da Constituição do Estado do Rio deJaneiro, passam a vigorar com a seguinte redação:

Alterações já realizadas no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 23 DE 10/08/2001 - DOE 10/08/2001

Dá nova redação ao art. 357 da Constituição doEstado do Rio de Janeiro e revoga legislaçãocomplementar.

Art. 1º O artigo 357 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a vigorar com a seguinte redação:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário e, em especial e expressamente as Leis Complementares nº 59/90 de 22.02.1990, nº 61/90 de11.05.1990, nº 70/90 de 23.11.1990 e nº 78/93 de 25.12.1993.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 22 DE 28/06/2001 - DOE 28/06/2001

Acrescenta os parágrafos 1º, 2º e 3º ao artigo 262 daConstituição do Estado do Rio de Janeiro e dá outrasprovidências.

Art. 1º Ficam acrescentados os parágrafos 1º, 2º e 3º ao artigo 262 da Constituição do Estado do Rio deJaneiro, com a seguinte redação:

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º A presente Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 21 DE 29/05/2001 - DOE 30/05/2001

Dá preferência aos maiores de 65 anos no pagamentode precatórios de natureza alimentícia.

Art. 1º Fica acrescentado um § 3º ao art. 153 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, com oseguinte teor:

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro realizará, no prazo de 30 (trinta) dias, olevantamento dos precatórios de natureza alimentícia, cujos titulares sejam maiores de 65 anos de idade,pendentes de pagamento, e determinará o seu pagamento preferencial aos respectivos credores.Art. 3º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20 DE 29/05/2001 - DOE 30/05/2001

Acrescente-se um parágrafo único ao artigo 96 daConstituição do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 1º Acrescente-se um parágrafo único ao artigo 96 da Constituição Estadual com a seguinte redação:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19 DE 29/05/2001 - DOE 30/05/2001

Modifica a redação dos artigos 99 e 102 daConstituição Estadual.

Art. 1º O Artigo 99, inciso XV, da Constituição Estadual, passa a ter a seguinte redação:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º O Artigo 102, parágrafo 3º, da Constituição Estadual, passa a ter a seguinte redação:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 3º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 18 DE 17/05/2001 - DOE 18/05/2001

Altera o § 4º do art. 115, da Constituição Estadual,instituindo o voto aberto na deliberação sobre o vetodo poder executivo.

Art. 1º O § 4º do art. 115 da Constituição Estadual passa a ter a seguinte redação:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 17 DE 17/05/2001 - DOE 18/05/2001

Altera o § 2º do art. 104, da Constituição, instituindoo voto aberto para a cassação de mandato dedeputado.

Art. 1º O § 2º do art. 104 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, passa a ter a seguinte redação:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 16 DE 14/12/2000 - DOE 15/12/2000

Acrescenta o inciso XVI ao artigo 145, altera oparágrafo único do artigo 180, e substitui expressõesda Constituição do estado do Rio de Janeiro.

Art. 1º Fica acrescentado o inciso XVI, ao artigo 145 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, com aseguinte redação:

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º O parágrafo único do artigo 180 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a vigorar coma seguinte redação:

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 3º Em todos os artigos da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, onde constarem as expressões"Procuradoria-Geral da Defensoria Pública" e "Procurador-Geral da Defensoria Pública", ficam asmesmas substituídas por Defensoria Pública Geral do Estado e Defensor Público Geral do Estado,respectivamente.Art. 4º Esta Emenda à Constituição Estadual entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 15 DE 14/12/2000 - DOE 15/12/2000

Altera o caput, o § 2º e acrescenta um § 3º ao artigo263 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 1º O caput e o § 2º do artigo 263 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passam a vigorar coma seguinte redação:

Alterações já realizadas no texto legal.

Art. 2º Acrescente-se um § 3º ao artigo 263 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 3º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 14 DE 06/12/2000 - DOE 07/12/2000

Dá nova redação ao item I, do artigo 105, da SeçãoIII - dos deputados, da Constituição Estadual.

Art. 1º Seja dado ao item I, art. 105, da Seção III - DOS DEPUTADOS, da Constituição Estadual, aseguinte redação:

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições emcontrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 13 DE 18/04/2000 - DOE 19/04/2000

Altera o § 2º do art. 128 da Constituição e dá outrasprovidências.

Art. 1º O § 2º do art. 128 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a ter a seguinte redação:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Ficam revogadas as disposições em contrário, bem como o art. 18 do Ato das DisposiçõesConstitucionais Transitórias do Estado do Rio de Janeiro.Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 12 DE 17/08/1999 - DOE 18/08/1999

Cria a Procuradoria-Geral do Tribunal de Contas edá outras providências.

Art. 1º Fica acrescentado parágrafo único ao art. 133 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, com aseguinte redação:

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º O caput do art. 176 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a viger com a seguinteredação:

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 3º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 11 DE 25/05/1999 - DOE 28/05/1999

Limita a Remuneração de Prefeitos e Vereadores.Revogada, tacitamente, pela Emenda Constitucional nº 25, de 14.02.2000, DOE de15.02.2000, em vigor a partir de 01.01.2001.

A Emenda revogada dispunha o seguinte:"Art. 1º O art. 347 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a ter a seguinteredação:* Alterações já realizadas no texto legal.Art. 2º Os municípios adequarão imediatamente a remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeitoe seus Vereadores, incluídas as verbas a eles pagas de qualquer natureza, inclusive verbas derepresentação, aos limites impostos nesta Emenda Constitucional, de acordo com aremuneração percebida atualmente pelo Governador do Estado e Deputados Estaduais.Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário."

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 10 DE 02/06/1998 - DOE 03/06/1998

Altera o § 2º, do art. 121, da Constituição do Estadodo Rio de Janeiro.

Art. 1º O § 2º do art. 121 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a Ter a seguinte redação:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 9 DE 02/06/1998 - DOE 03/06/1998

Modifica a redação do inciso III do artigo 322 daConstituição Estadual.

Art. 1º O inciso III do artigo 322 do Capítulo III da Seção II da Constituição do Estado do Rio de Janeiropassa a ter a seguinte redação:

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data da sua publicação revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 8 DE 02/06/1998 - DOE 03/06/1998

Acrescenta parágrafo único ao artigo 24 daConstituição Estadual.

Art. 1º É acrescentado ao artigo 24, Capítulo I, do Título II, da Constituição Estadual, Parágrafo Único,com a seguinte redação.

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta emenda à Constituição entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se asdisposições em contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 7 DE 27/05/1998 - DOE 28/05/1998

Suprime da Constituição do Estado do Rio de Janeiroas Disposições relativas aos Tribunais de Alçada doEstado do Rio De Janeiro e dá outras providências.

Art. 1º O artigo 151 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa a ter a seguinte redação:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º O artigo 152 da Constituição Estadual passa a ter a seguinte redação, revogando-se o seuparágrafo segundo e conferindo-se redação atualizada ao parágrafo terceiro, que passa a constituir oparágrafo segundo.

Alterações já realizadas no texto legal.

Art. 3º Ficam suprimidos o artigo 163, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro e o artigo 13 e seuparágrafo único do respectivo Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.Art. 4º Esta emenda à Constituição entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se asdisposições em contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 6 DE 29/11/1994 - DOE 13/12/1994

Dá nova redação ao § 3º do art. 107 da Constituiçãodo Estado, adequando-o às disposições do artigo 95da mesma carta, do § 1º do artigo 27 e do § 4º doartigo 57, ambos da Constituição Federal.

Art. 1º O § 3º do artigo 107 da Constituição do Estado do Rio De Janeiro passa a viger com a seguinteredação:

Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua promulgação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 5 DE 16/01/1992 - DOE 24/01/1992

Dá nova redação ao artigo 11 caput do Ato dasDisposições Constitucionais Transitórias.

Art. 1º O artigo 11 caput passa a vigorar com a seguinte redação:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 4 DE 20/08/1991 - DOE 20/08/1991

Suprime da Constituição do Estado do Rio de Janeirodispositivos relativos ao Conselho Estadual deContas dos Municípios e Adita dispositivosreferentes ao Tribunal de Contas do Estado.

Art. 1º Ficam suprimidos do Título IX, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro o Capítulo VI - "DaFiscalização Financeira e Orçamentária dos Municípios", os artigos 358, 359, 360, 361, seus parágrafos eincisos.Art. 2º Acrescente-se na Seção VIII - "Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária", após oartigo 123, os seguintes artigos, parágrafos e incisos, remunerando-se os artigos subseqüentes:

Alterações já realizadas no texto legal.

Art. 3º Ficam modificados: o inciso II do parágrafo único do art. 118, o inciso X do art. 142; o nº 4, daalínea "e", do inciso IV do art. 158; o art. 345; o parágrafo único do art. 352; o art. 79; o inciso IX do art.98 e os incisos XV, XVIII e XXXIV do art. 99, que passam a ter a seguinte redação:

Alterações já realizadas no texto legal.A alteração do prevista para o art. 142 foi realizada, conforme site da Assembleia Legislativa,no art. 145.A alteração do prevista para o art. 158 foi realizada, conforme site da Assembleia Legislativa,no art. 161.A alteração do prevista para o art. 345 foi realizada, conforme site da Assembleia Legislativa,no art. 348.A alteração do prevista para o art. 352 foi realizada, conforme site da Assembleia Legislativa,no art. 355.

Art. 4º Fica suprimido o parágrafo único do art. 18, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.Art. 5º Ficam sem efeito os atos emanados com amparo nos artigos modificados ou suprimidos por estalei.

STF - ADIn nº - 596-1/600, de 1991 - "Deferida cautelar de suspensão ex tunc", em11.10.91. Julgada "Procedente a ação, em 05.03.93." Publicada no DJ Seção I de 12.03.93,página 3.550 e 07.05.93, página 8.326.

Art. 6º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data da sua promulgação, revogadas asdisposições em contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 3 DE 08/08/1991 - DOE 09/08/1991

Dê-se ao artigo 242, a seguinte redação:Art. 242 - Alteração já realizada no texto legal.A alteração foi efetivada no art. 245, conforme site da Assembleia Legislativa.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 2 DE 06/08/1991 - DOE 07/08/1991

Acrescenta o parágrafo único ao artigo 92 daConstituição do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 1º Acrescente-se ao artigo 92 o seguinte parágrafo único:Alteração já realizada no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, devendo esses direitosser regulamentados por lei de iniciativa do Poder Executivo, revogadas as disposições em contrário.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 1 DE 26/06/1991 - DOE 04/07/1991

Dispõe sobre a prorrogação do prazo estabelecido noartigo 39 do Ato das Disposições ConstitucionaisTransitórias.

Art. 1º O art. 39 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição do Estado do Rio de Janeiro passa avigorar com a seguinte redação:

Alterações já realizadas no texto legal.

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se asdisposições em contrário.