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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais 2008

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania:Mulheres das Gerais

2008

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CRÉDITOS

Fernando Damata PimentelPrefeito Municipal de Belo Horizonte

Carlaile de Jesus PedrosaPrefeito Municipal de Betim

Prefeitos(a) Municipais

Marília CamposPrefeita Municipal de Contagem

Sérgio Luiz de Freitas Prefeito Municipal de Sabará

Grupo Gestor Intermunicipal Região Metropolitana de Belo Horizonte

Município de Belo Horizonte - Ana Luiza Nabuco PalhanoMunicípio de Betim - Regina Lúcia RezendeMunicípio de Contagem - Eugênia Bossi FragaMunicípio de Sabará - Gedaias Ferreira de Souza

Gestores MunicipaisCleusa Bernadeth Lara Corrêa, Lourival Emidio Fernandes, Rodrigo de Oliveira Perpétuo, Newton Pereira de Souza, Maurício Rangel de Souza, Luiz Cláudio de Almeida Teodoro

Grupo Jurídico IntermunicipalMaria Tereza Dias, Elaine Aparecida Faccion, Marina Esteves Lopes

Técnicos MúnicipaisMárcia de Cássia Gomes, Ermelinda de Fátima Ireno de Melo, Carlos Augusto de Almeida Dias, Cláudio Alves, Maria do Carmo Galdino, Francisco Cardoso, Virgílio José de Quieroz, Camilla Vieira de Freitas, Andréia Maria de Oliveira Chelles, Maria Lúcia da Silva, Silvia Andere, Adalberto Batista Sobrino, Maria das Mercês Neves de Almeida, Élia Brito da Cruz, Helena Tavares da Silva, Rosângela Damaso Pinheiro, Neide Aires Diniz, Lais de Paula Ramalho, Maria Inês Araújo Brito, Rosângela Guimarães de Morais Souza, Gláucia Helena Souza da Silva, Irani Alves Pimenta, Emiliana Neta, Maria das Graças Samarino, Renata Mafra Giff ani, Rosemary Maia

Estagiários(as)Ashley Booth, Daniel Gerson, Jason O’Hara, Adam Hunt

Fotografi as: Adam Hunt e Jeannie Shoveller

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais

O Projeto Novos Consórcios Públicos, objeto da colaboração entre o Ministério das Cidades e a Universidade de British Columbia, vem desenvolvendo, ao longo dos últimos dois anos projetos em cinco regiões brasileiras: Belo Horizonte, Santarém, Fortaleza, Recife e Santo André. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais, tematicamente coordenado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, tem como objetivo o enfrentamento da violência contra a mulher. Participam deste consórcio os municípios de Belo Horizonte, Betim, Contagem e Sabará.

O Consórcio Regional Mulheres das Gerais, como marco de um novo modelo de articulação e desenvolvimento de política pública colaborativa, incorpora as seguintes premissas:

1) O reconhecimento pelos gestores públicos que a problemática da vio-lência contra a mulher é um desafi o comum que extrapola fronteiras municipais;

2) A consolidação da colaboração intermunicipal como garantia para a sustentabilidade das ações, apoiada por uma estrutura jurídica robusta, multidisciplinar e intersetorial, com envolvimento de esferas decisórias dentro dos órgãos governamentais;

3) A distinção entre ações que são melhor executadas no âmbito mu-nicipal ou no âmbito regional, consideradas as especifi cidades locais, os custos de implementação e abrangência das mesmas; o estabeleci-mento de uma relação mútua entre os governos locais e o Consórcio ora implementado, respeitadas a autonomia e a realidade orçamentária de cada ente consorciado;

4) A aplicação do consenso como prática na colaboração intermunicipal.

Desta forma, o Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais busca contribuir, de forma prática e realista, para o desenvolvimen-to regional e a melhoria da qualidade de vida da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

PRÓLOGO

i

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais

ETAPAS DO PROJETO

Abril 2006

Agosto 2006

Dezembro 2006

Abril 2007

Agosto 2007

Dezembro 2007

» Junho a agosto de 2006Inauguração do Projeto – Fórum Mundial Urbano, em Vancouver, Canadá.

» Outubro a dezembro de 20061. Oficina de Capacitação sobre a Lei Federal 11.107/05, promovida pelo MCidades em Belo Horizonte, envolvendo todos os atores e atrizes do projeto;2. Planejamento Estratégico com Equipe Canadense para elaboração do Plano de Ações para 2007, realizado em Belo Horizonte.

» Fevereiro a abril de 2007Cartas de pactuação assinadas pelos prefeitos dos quatro municípios, nomeando o Grupo Gestor, Grupo Técnico e o Grupo Jurídico.

» Abril a junho de 2007Elaboração da metodologia de consorciamento e apresentação, durante o 1º Simpósio Nacional, em Recife.

» Junho a agosto de 2007Oficina Técnica sobre a Lei Federal 11.107, com Grupo Gestor, Grupo Técnico, Grupo Jurídico e convidados, em Belo Horizonte.

» Agosto a outubro de 2007Oficina de Capacitação para Construção de Consenso com David Marshall (Conselho da Bacia do Rio Fraser), Belo Horizonte.

» Outubro a dezembro de 2007- Assinatura do Protocolo de Intenções, pelos consor-ciantes, em 10 de outubro;- Aprovação do Protocolo de Intenções nos dois turnos nas casas Legislativas de Contagem e Sabará na 2ª quinzena de novembro;- Envio do Protocolo de Intenções e realização de audiência pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte na 1ª quinzena de dezembro.

» Março de 2008Início das atividades do consórcio

ii

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais

Em 2005, o Governo Federal sancionou a Lei 11.107/05, de 06 de abril de 2005 (regulamentada em 2007), que forneceu as bases jurídicas para formação de consórcios públicos no país. Os consórcios públicos podem ser formados pelos entes federativos—União, Estados e Municípios—e têm por fi nalidade realizar objetivos de interesse comum, viabilizando a cooperação entre os entes federativos.

Em 2006, o governo brasileiro, por meio do Ministério das Cidades, e o governo canadense, por meio da Universidade de British Columbia, estabeleceram um acordo de trabalho para realização do Projeto Novos Consórcios Públicos para a Governança Metropolitana. O projeto, fi nanciado pela Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional (CIDA) oferece apoio técnico e de capacitação institucional para fomentar a constituição de consórcios públicos, estimulando os entes consorciados a compartilhar responsabilidades, recursos e conhecimentos para o enfren-tamento de problemas urbanos locais a nível regional.

O Projeto Novos Consórcios Públicos desenvolve-se em cinco regiões brasileiras: Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Santo André e Santarém.

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está em processo a imple-mentação do Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das

APRESENTAÇÃO1

1

Sabará, 2006. (AH)

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais

Gerais que tem a Secretaria Especial de Política para as Mulheres como coordenadora temática do projeto. Participam deste consórcio os municí-pios de Belo Horizonte, Betim, Contagem e Sabará. A justifi cativa para a colaboração entre os quatro municípios em questão se dá, em primeiro lugar, pelo fato de todos terem assinado o Pacto Nacional de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal, que norteia o Plano de Trabalho do Consórcio Regional Proposto. Em segundo lugar, está o fato de estes municípios já dispensarem um tratamento institucional à temática de gênero. Nestes municípios já existem órgãos ou instituições vinculadas às políticas de gênero, bem como equipamentos destinados a atender ao público alvo destas políticas.

JUSTIFICATIVA DA ABORDAGEM CONSORCIADA2Anterior à iniciativa de criação do Consórcio Regional, os municípios de Belo Horizonte, Betim, Contagem e Sabará, já desenvolviam, de forma

isolada, ações destinadas ao enfrentamento da violência contra a mulher, o que gerava resultados de limitada abrangência e recur-sos aplicados de formas descontínuas.

Com intuito de aprimorar as políticas, ações e programas municipais voltados para o atendimento às mulheres, estes municípios optaram por constituir o Consórcio Regional a partir da temática de enfrentamento da violência contra a mulher. A abordagem consorciada exigiu uma distinção entre programa e ações que deveriam ser desenvolvidas no âmbito regional considerando as suas especifi ci-dades, e outras no âmbito municipal, com o intuito de preservar a autonomia dos entes

federativos. Desta forma, as ações foram categorizadas em ações consorciadas—ações

executadas e gerenciadas pelo consórcio—e ações compartilhadas—ações executadas pelo consórcio e municípios.

2

Reunião do Grupo Gestor, 16 November 2006 (JS)

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais

2.1. CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA

Os quatro municípios que compõe o Consórcio Regional têm, con-juntamente, uma população de aproximadamente 3,2 milhões de habi-tantes1, sendo composta aproximadamente por 52% de mulheres e 48% de homens. A população dos quatro municípios, somada, corresponde a cerca de 73,10% de toda a população da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) Os quatro municípios detem cerca de 72,62% do total da população masculina, e 74,13% da população feminina da Região Metropolitana de BH.

2.2. CENÁRIO DAS DESIGUALDADES DE GÊNERO

Um dos pontos que mostra a maior disparidade entre homens e mulheres diz respeito à participação na economia. Entre os anos de 1991 e 2000 as mulheres já avançaram neste aspecto, mas ainda participam relativamente menos da economia quando comparadas aos homens.2 Em 1991, uma média de 70,97% da população masculina com 10 anos ou mais de idade, nas 4 cidades relacionadas, participavam da População Economicamente Ativa (PEA), enquanto este percentual para a população feminina era de 37,17%. No ano de 2000, em média, 70,79% da população masculina com 10 anos ou mais de idade nas 4 cidades consorciadas participavam da PEA, enquanto no caso das mulheres o percentual era de 49,86%.

1. Os dados utilizados

foram relacionados a

partir do Sistema

Nacional de

Informações de

Gênero (SNIG-Br),

desenvolvido pela

Secretaria Especial

de Políticas para as

Mulheres, a partir de

dados censitários de

1991 e 2000.

2. Para este cálculo,

foram feitos: (Pop

masc. PEA / Pop. masc.

≥10 anos) e (Pop fem.

PEA / Pop. fem. ≥10

anos).

Belo Horizonte

Betim

Contagem

Sabará

2.238.526

306.675

538.206

115.352

1.057.263

152.880

263.389

56.239

1.181.263

153.795

274.817

59.113

Localidade TotalTotal

homensTotal

Mulheres

Tabela 1: População segundo recorte de gênero dos municípios envolvidos no Consórtio (2000, em números absolutos)

Fonte: SNIG (Censo de 2000)

3

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais

Em todos os municípios consorciados, a participação das mulheres na PEA aumentou signifi cativamente. A participação dos homens na PEA, entretanto, aumentou numa escala muito menor, quando não caiu. Em Betim foi registrado o maior diferencial de participação3 das mulheres na PEA entre os anos de 1991 e 2000: no ano de 1991, menos de 29% da população feminina com 10 anos ou mais participava do PEA, enquanto que em 2000 o percentual era de 46,66% – o que resulta num diferencial de participação da ordem de 17,69% no período. Quanto à participação masculina, na cidade de Sabará houve o maior recuo da participação na

45,40%28,97%37,89%36,43%

71,14%71,95%71,86%68,21%

Mulheres1991

Homens2000

Belo HorizonteBetimContagemSabará

LocalidadeHomens1991

Tabela 2: Porcentagem da população com 10 anos ou mais, feminina e masculina, que faz parte da População Economicamente Ativa nas cidades consorciadas, 1991 e 2000

Fonte: SNIG (Censo de 1991 e 2000)

70,84%69,27%73,10%70,65%

Mulheres2000

Total1991

Total2000

53,87%46,66%50,64%48,27%

57,24%49,00%55,13%52,92%

61,92%59,17%60,94%57,91%

Gráfico 1: Diferenciais de participação de homens e mulheres em idade ativa na PEA has cidades consorciadas, 1991-2000

Fonte: SNIG (Consos de 1991 e 2000).

20.00%

15.00%

10.00%

5.00%

0.00%

-5.00%

8.47

17.69

Belo

Hor

izon

te

Betim

Cont

agem

Saba

Méd

ia

0.92.68

12.76

-1.25

11.84 12.69

-2.44

-0.17

Homens Mulheres

3. Por ‘diferencial de

participação’

entende-se a

diferença entre a

proporção da

população ≥ 10 anos

que participa da PEA,

para homens e

mulheres, entre os

anos de 2000 e 1991.

4

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais

PEA: no ano de 1991, cerca de 70% da população masculina com 10 anos ou mais participava da PEA, enquanto em 2000 o percentual era de 68,21% – um recuo da ordem de 2,44%.

Os números da participação feminina na PEA, relativizados pela partici-pação feminina na população, devem ser observados com cautela. A pri-meira vista, podem induzir a uma interpretação otimista quanto à análise da igualdade de oportunidade entre homens e mulheres. Entretanto, devemos considerar a precarie-dade das funções ocupadas pelas mulheres frente aos homens, e as distorções no que diz respeito aos respectivos rendimentos; em outras palavras, o fato de as mu-lheres estarem participando da PEA em maior escala, registran-do avanços nos últimos anos, não signifi ca que participem em pé de igualdade de condições (e de remuneração). Esta circunstância pode ser observada pelo dife-rencial de rendimento médio de homens e mulheres nas cidades observadas ou, de outra forma, também pela proporção que os rendimentos médios das mulheres representam em relação aos rendimentos médios dos homens. (Veja gráfi co 2)

Belo HorizonteBetimContagemSabará

753,16400,33469,25496,29

1.285,29570,18699,07548,77

MunícipalidadeHomens1991

Mulheres1991

Homens2000

Tabela 3: Rendimento médio de homens e mulheres ocupados, com 10 anos ou mais de idade, na cidades consorciadas (1991 e 2000, em $R, valores de 2000)4

Fonte: SNIG (Censo de 1991 e 2000)

1.389,91713,89805,01645,67

Mulheres2000

Total1991

Total2000

760,00372,78442,32367,78

1.124,09622,99690,89593,02

1.048,48497,80595,51475,31

5

Betim, 2006. (JS)

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Em média, nos quatro municípios consorciados, o rendimento médio da população feminina maior de 10 anos ocupada representava cerca de 61,32% daquele da masculina em 1991. Este diferencial pouco diminuiu no período analisado, pois no ano de 2000 o rendimento médio das mulheres ocupadas, com 10 anos ou mais de idade, representava 63,70% daquele relativo à população masculina.

O município de Sabará registra as menores disparidades entre os rendi-mentos médios de homens e mulheres ocupados com 10 anos ou mais de idade, mas houve uma piora deste número no período analisado. No ano de 1991, em média, os rendimentos das mulheres signifi cavam quase 77% do rendimento dos homens, enquanto em 2000 este percentual é de 67,02%. No município de Belo Horizonte as diferenças também são gritantes e diminuíram muito pouco no período analisado. Em 1991, em média, as mulheres ocupadas recebiam cerca de 54% do rendimento dos homens, enquanto em 2000 a proporção era de quase 59%.

Outro aspecto crucial para a contextualização das desigualdades de gê-nero diz respeito às formas de violência contra a mulher. Para este tópico, somente estão disponíveis informações sobre o município de Belo Hori-

90%

75%

60%

45%

30%

15%

0%

Bel

oH

oriz

onte

Sab

ará

Bet

im

Con

tage

m

54,19%

1991 2000

Gráfico 2: Proporção do rendimento médio de mulheres ocupadas em relação ao de homens - cidades consorciadas (1991 e 2000)

Fonte: SNIG (Consos de 1991 e 2000).

59,13% 56,08%65,38% 58,29% 63,27%

76,86%

67,02% 61,36% 63,70%

Méd

ia

6

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais

zonte, apresentados no Relatório Preliminar do Perfi l dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em Belo Horizonte. Segundo o relatório:

“A violência contra a mulher é um fenômeno que ocorre em todo o

mundo e não faz distinção de classe ou de geração. Uma em cada cinco

mulheres brasileiras já sofreu algum tipo de violência praticada por

homens.4 Mensurar este tipo de violência é complicado uma vez que a

maior parte das ocorrências não é notifi cada. Muitas mulheres se sentem

constrangidas em denunciar seus agressores e, em alguns casos, chegam a

rechaçar a idéia de que os atos praticados por estes possam ser considera-

dos atos de violência. Neste sentido, um aumento no número de ocorrên-

cias policiais nem sempre pode ser associado a um aumento dos casos de

violência, podendo estar associado a um aumento somente das denúncias”

(2006:49-50).

Segundo dados do relatório, o ano de 2003 registrou um aumento do número de ocorrências relativas a atentados violentos ao pudor e favoreci-mento à prostituição. No ano de 2002, os maiores registros dizem res-peito às ameaças e lesões corporais. Esses números não se diferenciaram signifi cativamente entre os anos de 2000 e 2003.

Gráfico 3: Número de ocorrências registradas na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, Município de Belo Horizonte (2000-2003)

Fonte: Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher de Belo Horizonte.

Núm

ero

de o

corr

ênci

as

3000

2500

2000

1500

1000

500

0Ameaça Lesão

CorporalEstupro

(ou tentativa)Vias de

Fato

2.19

22.

041

2.57

32.

063

2.09

91.

923

2.52

81.

749

1.99

11.

572

1.49

21.

087

205

114

176

167

2000 2001 2002 2003

Tipos de Ocorrência

4. Venturi, G.;

Recamán, M; Oliveira,

S. (org.). A Mulher

Brasileira nos Espaços

Públicos e Privados.

São Paulo: Fundação

Perseu Abramo, 2002.

7

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais

Gráfico 4: Número de ocorrências registradas na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, Município de Belo Horizonte: 2000-2003 (continuação)

Fonte: Relatório do Perfil das ODMs em Belo Horizonte.

Núm

ero

de o

corr

ênci

as

120

100

80

60

40

20

0AtentadoViolentoPudor

Outroscom

Pessoa

ImportunaçãoOfensivaao Pudor

AbandonoMaterial

9854

100 11

2

710 0

26

37 3144

19

24 2734

20

2000 2001 2002 2003

Tipos de Ocorrência

FavorecimentoProstituição

Sedução Outros

22 6 1844

20 17 12 17

4211

3753

OBJETIVO GERAL DO CONSÓRCIO3O Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais, cele-brado entre os municípios de Belo Horizonte, Betim, Contagem e Sabará – Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais tem, por fi nalidade planejar, fomentar e implementar ações e programas consorcia-dos e compartilhados, que tenham caráter emancipatório e inclusivo, de forma colaborativa e sustentável, para prevenção e enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher, zelando pela plena aplicação da Lei 11.340/06 – a Lei Maria da Penha.

3.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

planejar, fomentar e implementar ações e programas consorciados ou • compartilhados para prevenção da violência contra mulher;planejar, fomentar e implementar ações e programas consorciados ou • compartilhados para enfrentamento da violência contra mulher;

8

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais

METODOLOGIA CONSORCIADA – ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES4

realizar a gestão consorciada dos seguintes equipamentos regionais: • Casa de Passagem e Casa Abrigo;planejar, fomentar e implementar ações e programas consorciados ou • compartilhados de educação, formação e capacitação na perspectiva de gênero nas diversas esferas públicas e privadas;adquirir ou administrar bens para o uso compartilhado dos municí-• pios consorciados para prevenção e enfrentamento da violência contra mulher;realizar licitações compartilhadas, das quais decorram dois ou mais • contratos, celebrados por municípios consorciados ou entes de sua administração direta.

O presente Consórcio Público é constituído como instrumento viabi-lizador de ações cooperadas e coordenadas entre os entes federativos, para ampliar o alcance, aumentar a efetividade da aplicação de recursos públicos, alavancando assim o impacto das políticas públicas de respon-sabilidade partilhada entre os entes consorciados. A metodologia de consorciamento se insere em dois eixos de atuação: ações de prevenção e programas de atendimento.

Na perspectiva da prevenção, o Consórcio pretende desenvolver ações e programas de educação, formação e capacitação na perspectiva de gênero:

» Projeto de educação inclusiva e não-sexista: serão desenvolvidas cam-panhas, ofi cinas e programas de formação de docentes da rede pública dos quatro municípios consorciados, com vistas a desconstruir estereóti-pos de gênero e raça e imagens sociais discriminatórias, promovendo refl exões sobre relações de gênero e sexualidade.

» Projeto Juventude Fazendo Gênero: objetiva a construção, pelos jovens, de um mapa coletivo da violência de gênero em comunidades dos quatro municípios, através de recursos audiovisuais e gráfi cos. O projeto é desen-volvido em parceria com o Canadá, através da UBC e da ONG EYA.

9

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais

» Projeto Promotoras Legais Populares: objetiva capacitar mulheres líderes comunitárias para atuar como agentes de cidadania e de direitos humanos, facilitando o acesso à justiça de mulheres vítimas de violência e a prevenção e resolução extra-judicial de confl itos. É uma parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), através do Programa

Pólos de Cidadania e do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (NEPEM).

» Construção de Banco de Dados: a falta de estatísticas relativas à violência contra a mulher, resultante da existência de sub-notifi cações e registros não confi áveis, torna complexa a realização de diagnósti-cos e o estabelecimento de parâmetros de comparação confi áveis. Este é um desafi o que precisa ser enfrentado por todas as esferas de governo. Por esta razão, o Con-sórcio Regional tem como uma de suas prioridades a implantação de um projeto piloto de coleta de informações sobre violência contra a mulher, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, que posteriormente alimentará o sistema

nacional de informações sobre violência contra a mulher que está sendo concebido pela Secretaria Especial de Políticas da Mulher.

» Gestão da Informação: tem por fi nalidade desenvolver e coordenar ações de comunicação e informação voltadas para o projeto com vistas a informar, disseminar, fomentar, acompanhar e sistematizar os dados, informações, documentos, publicações, eventos, projetos e programas desenvolvidos no âmbito do Consórcio Regional para o enfrentamento da violência contra a mulher, fi rmado entre os municípios de Belo Hori-zonte, Contagem, Sabará e Betim.

Para o programa de atendimento, propõe-se a gestão compartilhada dos seguintes equipamentos:

» Casa Abrigo Sempre Viva: em seu primeiro ano de funcionamento, o Consórcio propõe ampliar o número de vagas (de 10 para 20) e qualifi car

10

Belo Horizonte, 2006. (JS)

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Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das Gerais

o atendimento deste equipamento, que atualmente pertence ao municí-pio de Belo Horizonte, e atende mulheres e seus fi lhos menores de 18 anos que vivem situação de violência de gênero cronifi cada, com risco de morte, sem alternativas de proteção, por um período médio de 30 a 90 dias. O equipamento contará com equipe multidisciplinar para atendi-mento psico-social e jurídico.

» Casa de Passagem: sua implementação está prevista para o segundo ano de funcionamento do Consórcio. Trata-se de equipamento público, que tem como população alvo mulheres em situação de violência de gênero e seus fi lhos menores de 18 anos que necessitam sair do lar em caso de emergência, por medida de segurança e proteção, necessitando de um abrigo temporário (até 15 dias), para que nesse período possam ser tomadas as providências para o andamento do caso.

Além destas ações, os municípios consorciados estão no processo de articulação com o Governo do Estado de Minas Gerias, via Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (SEDRU) e a Secretaria do Estado do Desenvolvimento Social e Esportes (SEDESE)/Coordena-doria Estadual da Mulher.

Como resultado da parceria, indicou-se a possibilidade de desenvolvimento do Projeto PAM – Patrulha de Atendi-mento Multidisci-plinar, projeto piloto já desenvolvido pelo estado na cidade de Uberlândia, que tem por fi nalidade realizar o atendi-mento imediato, na própria comunidade, das mulheres que sofreram violência doméstica, por meio de equipe multidisciplinar que atua a partir de denúncias recebidas pelo 190. A equipe realizará os procedimentos iniciais necessários para o cumprimento da Lei 11.340 de 07/08/2006 (Lei Maria da Penha).

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Contagem, 2006. (JS)

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SUSTENTABILIDADE DA INICIATIVA6A abordagem consorciada dos quatro municípios da Região Metropoli-tana de Belo Horizonte dá maior segurança jurídica aos entes consor-ciados na execução de ações compartilhadas para o enfrentamento da violência contra mulher, pois fortalece o efeito de vinculação aos acordos de cooperação inter-governamentais entre os entes consorciados, tanto no ato da formação, como na formalização das contribuições fi nanceiras e das responsabilidades assumidas. Finalmente, a regulamentação do Consórcio é sufi cientemente fl exível para permitir a adesão de novos entes federativos, ou seja, o ‘scale-up’, ampliando assim a possibilidade de incorporar novas parcerias e ações no território de atuação do Consórcio Regional.

LIÇÕES APRENDIDAS7Um melhor entendimento, ao nível técnico, jurídico e executivo dos seguintes aspectos:

MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS - ESTRUTURA ORÇAMENTÁRIA E ORGANIZACIONAL DO CONSÓRCIO

5A assinatura do Protocolo de Intenções pelos municípios de Belo Hori-zonte, Betim, Contagem e Sabará constituiu um ato de vontade política dos chefes de governo dos municípios que, após ratifi cação mediante lei pelos respectivos órgãos legislativos, converter-se-á no Contrato de Consórcio Público. De um lado, a natureza contratual do consórcio garante o cumprimento de responsabilidades administrativas, técnicas e orçamentárias de cada município consorciado. Por outro lado, a natureza jurídica do consórcio permite ganhos de escala na prestação de serviços, racionaliza a aplicação de recursos públicos e facilita a captação de recur-sos por transferências intergovernamentais e outras fontes não governa-mentais.

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» O reconhecimento pelos gestores públicos que a problemática da violência contra a mulher é um desafi o comum que extrapola as frontei-ras municipais. Portanto, a abordagem regional é primordial para a construção participativa de mecanismos e imple-mentação de ações mais efi cientes e efi cazes no enfrentamento da violência contra mulher;

» Para consolidar a colaboração intermunicipal e garantir a sustentabi-lidade das ações é necessário ter uma premissa jurídica robusta, estruturas multidisciplinares e intersetoriais e o envolvimento de esferas decisórias den-tro dos órgãos governamentais;

» A distinção entre ações que são melhor executadas no âmbito muni-cipal e outras no âmbito regional, con-siderando as especifi cidades locais, os custos de implementação e abrangência das mesmas; estabelecendo-se uma relação mútua entre os governos locais e o Consórcio ora implementado, respeitando a autonomia e realidade orçamentária de cada ente consor-ciado.

IMPACTO NAS VIDAS DAS MULHERES8No dia 07 de agosto de 2006, o Presidente da República sancionou a Lei 11.340/06 ‘Lei Maria da Penha’. Após um ano de sua sanção, vimos que muito ainda há por se fazer para a sua efetiva aplicação. É sabido que todas as esferas governamentais (municípios, estados e federação) têm seu papel a cumprir. Sendo assim, os municípios de Belo Horizonte, Betim, Contagem e Sabará se reunem para cumprirem juntos este papel.

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Sabará, 2006. (JS)

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IMPACTO NAS COMUNIDADES9A violência contra as mulheres hoje já é reconhecida pelos organismos internacionais e nacionais como uma questão de saúde pública. Portanto, todas as instituições, tanto públicas quanto privadas, enfrentam hoje o desafi o de prevenir e coibir a violência de gênero.

Esta tarefa, porém, só será defi nitivamente cumprida se houver um envolvimento da sociedade civil. Aqui também, as Promotoras Legais Populares terão papel fundamental para uma melhor articulação entre as comunidades locais e as esferas de governo. Desta parceria se espera que, através de canais formais e não formais de interlocução, haja uma efetiva mediação de confl itos no seio da comunidade resultando uma signifi ca-tiva diminuição da violência.

A violência contra a mulher está vinculada à desigualdade das relações de gênero, onde impera o domínio do masculino e o desequilíbrio das relações de poder na sociedade. Para se constituir uma política de enfren-tamento todas as formas de violência contra a mulher é necessário pensar ações desenvolvidas tanto no âmbito da prevenção quanto no âmbito do atendimento. Desta forma, a premissa dos projetos de educação não sexista, promotoras legais populares e do protagonismo juvenil visa desconstruir os estereótipos de gênero que contribuem para a existência da violência contra as mulheres.

Envolver a juventude neste contexto, propiciar a aproximação das lide-ranças comunitárias aos mecanismos que operam o Direito e promover a formação dos profi ssionais da educação é sem dúvida um grande objetivo que incidirá positivamente na vida das mulheres da Região Metropoli-tana de Belo Horizonte.

Aqui também não podemos deixar de considerar a importância dos equipamentos de atendimento, necessários quando a violência já se instalou na vida das mulheres. Portanto, a Casa Abrigo e a Casa de Passagem, ambas com objetivos distintos, passam a ser cruciais para a proteção da vida das mulheres que se encontram em situação de violência.

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Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG):

Faculdade de Direito/ Programa Pólos de CidadaniaVinculado à Pró-Reitoria de Extensão, o Programa Pólos de Cidadania atua para garantir o acesso dos moradores da periferia aos benefícios da justiça. Um dos seus projetos pioneiros é a constituição dos Núcleos de Mediação e Cidadania, que têm por fi nalidade mediar e discutir coletiva-mente os problemas locais, possibilitando o acesso à justiça por meio de resolução extra-judicial.

Faculdade de Filosofi a e Ciências Humanas - FAFICH/ NEPEMO Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (NEPEM) tem por objetivo desenvolver estudos e pesquisas sobre diversos atores, grupos e institu-ições sociais interessados em gênero.

Faculdade de Educação - FAE/Observatório da JuventudeO Observatório desenvolve pesquisas, encontros, grupos de estudos, fo-mento à rede de trocas, participação em fóruns e demais atividades sobre a temática da juventude e educação.

PARCEIROS LOCAIS10

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Assinatura do Protocolo de Intenções pelos municipios, 10 Oct 2007.

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Ana Luiza Nabuco PalhanoCoordenadora do Projeto Consórcio Regional de Promoção da Cidadania: Mulheres das GeraisFone: (31) 3277-4152Email: [email protected]

Município de Betim: (31) 3531-1574Município de Contagem: (31) 3352-5079Município de Sabará: (31) 3672-7719

Centre for Human Settlements

Contato: