considera necessárias para os contabilistas candidatos ... · não apenas pelas autoridades...

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Jornal do CFC, junho de 2001 JORNAL DO CFC ANO 4, N 0 38, JUNHO DE 2001 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Editorial Pág. 2 O vice-presidente de Registro e Fiscalização, Alcedino Gomes Barbosa, escreve artigo em que enumera as qualidades que considera necessárias para os Contabilistas candidatos. (Página 7) Calendário Contábil Pág. 12 Eleições Pág. 12 Aos 55 anos, CFC comemora novas conquistas Veja ainda: Perfil ideal para o dirigente do Sistema CFC/CRCs Os resultados do encontro entre o presidente do CFC e o ministro da Educação. (Página 3) Conheça os critérios que as prefeituras deverão utilizar para receber o Certificado de Gestão Fiscal Responsável. (Página 6) Três novos livros sobre Contabilidade são lançados no mercado, um deles dirigido para o Exame de Suficiência. (Página 12) Deputados federais fazem palestras para presidentes dos Conselhos Regionais. (Página 12) Entrevista do professor Antônio Lopes de Sá faz uma análise da profissão contábil. O professor explica por que acha que os estudantes de Ciências Contábeis devem saber mais sobre cultura geral e filosofia da Contabilidade. A. Lopes de Sá também faz uma análise do trabalho do CFC e ainda comenta decisões econômicas do governo. (Páginas 8 e 9) O presidente Fernando Henrique Cardoso lança o Certificado de Gestão Fiscal Responsável O ministro Martus Tavares agradece o apoio do CFC (Páginas 4, 5, 10 e 11) Em duas ocasiões, no mês de maio, o Conselho Federal de Contabilidade foi notícia em todo o País. No auditório do Palácio do Itamaraty, no dia 15, o presidente Fernando Henrique Cardoso lançou o Certificado de Gestão Fiscal Responsável, idealizado e elaborado pelo CFC. O Certificado vai premiar os gestores públicos que melhor aplicarem a Lei de Responsabilidade Fiscal. No dia 23, no auditório do Memorial JK, os Conselho de Contabilidade comemoraram 55 anos de existência. O presidente José Serafim Abrantes fez um balanço do trabalho do CFC ao longo dos tempos; o professor A. Lopes de Sá fez um histórico da profissão contábil, apontando o caminho a ser seguido pelo CFC. O ministro Martus Tavares, presente às duas cerimônias, elogiou, mais uma vez, o trabalho do CFC, agradecendo o apoio da entidade à LRF. O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e o ministro da Fazenda, Pedro Malan Cartas Pág. 2/3

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Page 1: considera necessárias para os Contabilistas candidatos ... · não apenas pelas autoridades governamentais, pelas empresas, pelas universidades – somos reconhecidos pela ... dos

Jornal do CFC, junho de 2001 1pág.

JORNAL DO CFCANO 4, N0 38, JUNHO DE 2001 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Editorial Pág. 2O vice-presidente de Registro e Fiscalização, Alcedino GomesBarbosa, escreve artigo em que enumera as qualidades queconsidera necessárias para os Contabilistas candidatos. (Página 7)

Calendário Contábil Pág. 12Eleições Pág. 12

Aos 55 anos, CFC comemora novas conquistas

Veja ainda:

Perfil ideal para o dirigente do Sistema CFC/CRCs

Os resultados do encontro entre o presidente do CFC e o ministro da Educação. (Página 3)

Conheça os critérios que as prefeituras deverão utilizar para receber o Certificado de Gestão Fiscal Responsável. (Página 6)

Três novos livros sobre Contabilidade são lançados no mercado, um deles dirigido para o Exame de Suficiência. (Página 12)

Deputados federais fazem palestras para presidentes dos Conselhos Regionais. (Página 12)

Entrevista do professor Antônio Lopes de Sá faz uma análise da profissão contábil. O professor explica por que acha queos estudantes de Ciências Contábeis devem saber mais sobre cultura geral e filosofia da Contabilidade. A. Lopes de Sátambém faz uma análise do trabalho do CFC e ainda comenta decisões econômicas do governo. (Páginas 8 e 9)

O presidente Fernando Henrique Cardoso lança o Certificado de Gestão Fiscal Responsável

O ministro Martus Tavares agradece o apoio do CFC (Páginas 4, 5, 10 e 11)

Em duas ocasiões, no mês de maio, o Conselho Federal deContabilidade foi notícia em todo o País. No auditório doPalácio do Itamaraty, no dia 15, o presidente Fernando HenriqueCardoso lançou o Certificado de Gestão Fiscal Responsável,idealizado e elaborado pelo CFC. O Certificado vai premiar osgestores públicos que melhor aplicarem a Lei deResponsabilidade Fiscal.

No dia 23, no auditório do Memorial JK, os Conselho deContabilidade comemoraram 55 anos de existência. O presidenteJosé Serafim Abrantes fez um balanço do trabalho do CFC aolongo dos tempos; o professor A. Lopes de Sá fez um históricoda profissão contábil, apontando o caminho a ser seguido peloCFC. O ministro Martus Tavares, presente às duas cerimônias,elogiou, mais uma vez, o trabalho do CFC, agradecendo o apoioda entidade à LRF.

O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e o ministro da Fazenda, Pedro Malan

Cartas Pág. 2/3

Page 2: considera necessárias para os Contabilistas candidatos ... · não apenas pelas autoridades governamentais, pelas empresas, pelas universidades – somos reconhecidos pela ... dos

pág.Jornal do CFC, junho de 2001 2

EXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

Conselheiros Efetivos

Contador Alcedino Gomes BarbosaContador Antonio Carlos Morais da SilvaContador Daniel Salgueiro da SilvaContadora Delza Teixeira LemaContador Dorgival Benjoíno da SilvaContador José Martônio Alves CoelhoContador José Serafim AbrantesContador Olivio KoliverContador Raimundo Neto de CarvalhoContador Washington Maia FernandesTéc. Cont. Gil Nazareno LossoTéc. Cont. Marta Maria Ferreira ArakakiTéc. Cont. Mauro Manoel NóbregaTéc. Cont. Paulo Viana NunesTéc. Cont. Waldemar Ponte Dura

Conselheiros Suplentes

Contador Edilton José da RochaContador Francisco de Assis Azevedo GuerraContador Gastão BrockContador João Batista LobatoContador Jomar da Silva MarquesContador José Antonio de GodoyContador Liduíno CunhaContadora Maria do Socorro Bezerra MateusContador Solindo Medeiros e SilvaContadora Verônica Cunha de Souto MaiorTéc. Cont. Edeno Teodoro TostesTéc. Cont. Gaitano Laertes P. AntonaccioTéc. Cont. José Augusto Costa SobrinhoTéc. Cont. Luilson Gomes da SilvaTéc. Cont. Windson Luiz da Silva

PresidênciaPresidenteJosé Serafim Abrantes

Vice-presidente de Administração Delza Teixeira Lema

Vice-presidente OperacionalJosé Martônio Alves Coelho

Vice-presidente de Controle InternoDaniel Salgueiro da Silva

Vice-presidente de Registro e FiscalizaçãoAlcedino Gomes Barbosa

Vice-presidente TécnicoOlivio Koliver

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADESAS - QUADRA 5 - BLOCO J - Ed. CFCTEL: (61) 314-9600 - FAX: (61) 322-2033CEP 70070-920 - BRASÍLIA-DFEndereço eletrônico: www.cfc.org.bre-mail: [email protected]

JORNAL DO CFC

SUPERVISÃO EDITORIAL: AP Vídeo Comunicação Ltda.JORNALISTA RESPONSÁVEL: Marccio W. Varella -MTb 108/2/20PROJETO GRÁFICO: Anagraphia Designe-mail: [email protected]ília-DFAno 4 - Número 38Junho de 2001Tiragem: 66.000 exemplares

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O reconhecimento do nosso trabalhoC F CC F CC F CC F CC F C EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL CARCARCARCARCARTTTTTASASASASASC F CC F CC F CC F CC F C

> José Serafim Abrantes *

JORNAL DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFCBRASÍLIA - DFANO 4 - NÚMERO 38 - JUNHO DE 2001

Este espaço pertence aos leitores do Jornal do CFC. É por meio dele que será feita ainteração entre a vontade do leitor e os editores do Jornal. Para incentivar este diálogo,

cartas, opiniões, sugestões e pedidos serão bem-vindos. Os editores.

Conselho Federal de Contabilidade – SAS - Quadra 5 - Bloco J - Ed. CFC,Tel: (61) 314-9600 - Fax: (61) 226-6547 – Cep 70070-920 - Brasília-DF

e-mail: [email protected]

Estamos vivenciando juntos emoçõesmaravilhosas decorrentes de um trabalhofeito com estratégia e eficiência por todoo Sistema CFC/CRCs. O lançamento doCertificado de Gestão FiscalResponsável, com a presença dopresidente Fernando Henrique Cardosoe de vários ministros de Estado, foi umsucesso absoluto. Tornou-se um marcona História do CFC – foi o coroamentode um trabalho que começou há 55 anose que vem se aprimorando a cada dia, acada gestão.

Hoje, podemos dizer com segurançae tranqüilidade que amadurecemos, emtodos os sentidos. Somos vistos comseriedade – a nossa luta pela valorizaçãoprofissional e pela melhoria da qualidadedo ensino das Ciências Contábeis não émais isolada. Nos juntamos para fazer aescolha certa do caminho a seguir.Estamos unidos. Somos reconhecidosnão apenas pelas autoridadesgovernamentais, pelas empresas, pelasuniversidades – somos reconhecidos pelasociedade como imprescindíveis ao seudesenvolvimento e democratização.

Por tudo isto, é com muito orgulhoque apresentamos ao leitor este númerodo Jornal do CFC, repleto denovidades e de excelentes notícias paraa Classe Contábil. Dissecamos olançamento do Certificado, mostramosalguns detalhes da festa dos nossos 55anos.

Outro tema que interessa bastante aoSistema CFC/CRCs e é bastante

oportuno: as eleições para os ConselhosRegionais, que serão realizadas emnovembro próximo. Neste número,damos continuidade aos artigos sobre asqualificações necessárias para aqueles quequiserem concorrer aos cargos. Quemescreve, desta vez, é o nosso vice-presidente e conselheiro Alcedino GomesBarbosa.

A entrevista com o professor A. Lopesde Sá, é mais que uma aula. Explica oporquê da homenagem que prestamos aLopes de Sá na festa de comemoraçãodos 55 anos. Por fim, quero agradecer atodos por esses momentos de felicidadeque estamos passando juntos. Estamoscrescendo na mesma proporção daseriedade do nosso trabalho. Ainda hámuita coisa a ser feita. Aos poucos, comserenidade e humildade, seremos maisfortes do que somos hoje. Nósmerecemos. Uma boa leitura.

*é presidente do CFC

CertificadoCertificadoCertificadoCertificadoCertificado

“Senhor presidente, é com imensoentusiasmo que parabenizamos o CFCpela brilhante iniciativa de instituir oCertificado de Gestão FiscalResponsável. Como participante dasolenidade de lançamento doCertificado, estendo nossos sincerosvotos de felicitações a todos os quefazem o Sistema CFC/CRCs. Queroainda parabenizar V. Sa., em particular,pela forma com que vem liderando nossaclasse, esta pautada na modernização ecredibilidade de nossa profissão”.

Robinson Passos de Castro e SilvaPresidente do CRCCE

“Meu caro Trevisan (consultorAntoninho Marmo Trevisan), ao ler hoje(3/5/01), na Gazeta Mercantil, artigocom o título ́ Contadores vão premiarprefeitos ,̀ senti o quanto foi importantea sua postura na defesa da Lei deResponsabilidade Fiscal e nadisseminação do espírito deengajamento dos Contadores nesta luta,que é, antes de tudo, uma excelenteoportunidade de colocar em prática acidadania”.

Marcos A. M. PraçaSão Paulo – SP

“De tempos em tempos surgem idéiasbrilhantes neste País, que só não estáquebrado porque é muito forte. Refiro-me à idéia de criar o Certificado deGestão Fiscal Responsável. A idéiapoderá encurralar governantes malintencionados e premiar com oreconhecimento público os queadministrarem os recursos públicos comhonestidade e transparência”.

Cloves VetoratoCuiabá - MT

Dia do ContabilistaDia do ContabilistaDia do ContabilistaDia do ContabilistaDia do Contabilista

“Presidente, quero parabenizá-lo pormais esta grande iniciativa, a de divulgarem horário nobre da televisão apassagem do Dia do Contabilista. A suaadministração frente ao CFC já é ummarco de grande importância para oreconhecimento e engrandecimento daprofissão contábil. Por causa da suainiciativa, hoje freqüento curso demestrado na USP, graças ao seuempenho e pioneirismo”.

Olímpio Carlos TeixeiraVice-presidente do CRCMS

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Jornal do CFC, junho de 2001 3pág.

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Dia do ContabilistaDia do ContabilistaDia do ContabilistaDia do ContabilistaDia do Contabilista

“Muito boa a divulgação veiculada naRede Globo de Televisão. É isto que anossa classe está necessitando:mostrar-se mais. Parabéns”.

Moacir Rodrigues MarquesDiretor-regional do Sescon-SP

São José do Rio Preto

Valorização profissionalValorização profissionalValorização profissionalValorização profissionalValorização profissional

“É com profundo contentamento, naqualidade de Contabilista e depresidente de entidade sindical quecongrega mais de 8 mil profissionais,que nos dirigimos a essa Presidênciapara externar nossos votos de satisfaçãoem face dos procedimentos que vêmsendo adotados pelo Egrégio CFC, e,o mais importante, com o respaldoobtido quando da realização dasplenárias desta entidade. Os elogios sãooportunos em face de que tanto aResolução CFC 888/00 quanto arecém-aprovada 899/01 trazem em seubojo a valorização da categoria

profissional, na medida em que se fiscalizao regular exercício da profissão, tanto emnível dos profissionais individualmenteconsiderados quanto das empresas oudas organizações da qual os mesmosfazem parte”.

Irineu ZanuzzoPres. Sindicato dos Contabilistas

de Curitiba (PR)

ParabénsParabénsParabénsParabénsParabéns

“Venho parabenizar esseextraordinário veículo de comunicaçãoque é o Jornal do CFC pelas inúmerasreportagens brilhantes que vemapresentando desde sua fundação.Gostaria de parabenizar, em particular,duas pessoas: o nosso presidente JoséSerafim Abrantes, por acompanhartodos os passos do projeto da ReformaTributária e o deputado federalGermano Rigotto (PMDB-RS) pela tãobrilhante entrevista a este jornal.Gostaria de enfatizar a resposta dodeputado, quando perguntado por essejornal sobre “Quem está a favor da

reforma tributária”? Respondeu ele: “OPaís inteiro, à exceção do governofederal”. Todos sabemos que o governonão tem nenhuma vontade de promoveresta tão sonhada Reforma Tributária quenós brasileiros queremos. A cargatributária é pesadíssima tanto para aspessoas físicas quanto para as jurídicas.A entrevista cita que um trabalhador queganha até três salários mínimos paga 14%do que ganha num mês em tributos sobrealimentos. Vamos mais além. Nos paísesmais ricos do mundo (G-7), a alíquotamédia sobre o consumo é de 12,65% eno Brasil, esta alíquota é de 22,41%. E anossa tabela progressiva de IR? Está hámuitos anos congelada. Calcula-se que,se o governo corrigisse esta tabela, emtorno de 6 milhões de brasileiros ficariamisentos de pagar este imposto. Agora oGoverno quer transformar a CPMF, queé uma contribuição de caráter temporário,em um imposto permanente, complicandoainda mais a situação dos empresários.Como “O poder emana do povo”,segundo a Constituição, nós, brasileiros,não podemos permitir que se faça avontade do governo. Já está na hora denos unirmos para exigir que se cumpram

O ministro da Educação, PauloRenato Souza, disse ao presidente doCFC, José Serafim Abrantes, que oExame de Suficiência, instituído peloConselho desde o ano passado, será“produtivo e benéfico” para a ClasseContábil. O ministro também se mostroubastante sensível aos pedidos feitos pelopresidente do CFC para a inclusão doscursos de Ciências Contábeis no Provão2002; e também para o apoio aoscursos de mestrados na área deContabilidade.

A contadora, professora e diretora-geral das Faculdades IntegradasCândido Rondon (de Cuiabá-MT),Luzia Guimarães, acompanhou opresidente Serafim na visita ao ministroPaulo Renato, em Brasília.

PROVÃO 2002PROVÃO 2002PROVÃO 2002PROVÃO 2002PROVÃO 2002

Atendendo a um pedido do CFCpara incluir no próximo ano o curso deCiências Contábeis no Exame Nacionalde Cursos, o Provão, o ministro PauloRenato encaminhou o presidenteSerafim à coordenação do InstitutoNacional do Ensino Superior (Inep),para que fizesse uma análise da propostado Conselho Federal de Contabilidade.O presidente do CFC foi recebido por

C F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F C

Ministro da Educação faz elogios ao Exame de SuficiênciaC F CC F CC F CC F CC F C EDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADA

um dos coordenadores, Orlando Pilatti,que informou que o Curso de CiênciasContábeis faz parte dos 10 cursosselecionados para o Provão 2002. Dosdez cursos, apenas quatro farão parte doProvão. O CFC envia ainda neste mêsao Inep um documento com todas as

explicações, justificativas e argumentossobre a inclusão do curso no Provão.

O presidente Serafim e a professoraLuzia Guimarães também foramrecebidos pela professora SuzanaRegina Salun Rangel, coordenadora-

geral de Supervisão de Ensino Superior,que explicou como funciona a Comissãode Especialistas de Contabilidade doMEC. Ela informou que existem muitosprocessos que dão entrada noMEC, solicitando autorização dereconhecimento de cursos.

Ainda neste mês de junho, opresidente Serafim volta ao Ministério daEducação para conversar com opresidente da Coordenação de Pessoalde Ensino Superior (Capes), AbílioAntônio Baeta Novaes, sobre o assunto.

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O presidente Serafim entregou aoministro Paulo Renato um documentocom um resumo do trabalho do CFC.Neste documento, além de explicar osprojetos de Educação Continuada, oCFC mostra o compromisso queassumiu perante a Classe Contábildiante da Lei de ResponsabilidadeFiscal (LRF).

O ministro ficou surpreso com arepercussão do trabalho do CFC nessaárea – ele recebeu um exemplar doGuia Contábil da LRF e um modelo doCertificado de Gestão FiscalResponsável, lançado no último dia 15em Brasília.

Também tomou conhecimento doscursos elaborados pelo CFC para osmultiplicadores da LRF, que irãoensinar, em todas as regiões do País,como aplicar a LRF corretamente.

Para o presidente Serafim, aaudiência com o ministro da Educaçãofoi “bastante produtiva. O apoio doministro ao Exame de Suficiênciamostra que estamos no caminho certo.O ministro ficou bastante surpreso coma organização da nossa classe e nosparabenizou pelo trabalho feito atéagora”.

Presidente Serafim mostra publicação do CFC ao ministro Paulo Renato, da Educação

os princípios da forma de Governo – aDemocracia – que significa Governo doPovo”.

Joel Azevedo de OliveiraContador – CRCPR 41470/0-1

Maringá – Paraná

EleiçõesEleiçõesEleiçõesEleiçõesEleições

“Gostaria de externar os meus sincerosparabéns ao atuante presidente doConselho Federal de Contabilidade , JoséSerafim Abrantes, pela preocupação,incentivo e motivação àqueles quedesejam pleitear uma vaga nosConselhos Regionais de Contabilidade,como também no Conselho Federal deContabilidade. Indubitavelmente, a suapalavra de orientação, diria, até mesmode exortação aos pretensos candidadosContabilistas a uma vaga nesse conclavepróximo, merece da Classe Contábiljustos aplausos. Particularmente, fiqueimuito lisonjeado pela lhaneza do nossopresidente”.

Milton AndradeContabilista

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pág.Jornal do CFC, junho de 2001 4

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CFC reúne o governo federal no lançamento do Certificado de Gestão

Com o slogan “Agora o Brasil sógasta o que arrecada”, o governo federalcomemorou o primeiro aniversário da Leide Responsabilidade Fiscal (LRF) e,juntamente com o Conselho Federal deContabilidade (CFC) e o Instituto Ethosde Empresas e Responsabilidade Social,lançou o Certificado de Gestão FiscalResponsável. O Certificado é umacriação do CFC e foi elaborado com oapoio do Instituto Ethos e do Ministériodo Planejamento, Orçamento e Gestão.

O presidente da República, FernandoHenrique Cardoso, compareceu aolançamento do Certificado, realizado noauditório do Palácio do Itamaraty, noúltimo dia 15 de maio. O presidenteressaltou o fato de a iniciativa do CFC,ao lançar o Certificado, ser totalmenteespontânea e sem nenhuma intenção deobter favores políticos. O presidente doCFC, José Serafim Abrantes, disse que

o objetivo da Classe Contábil, ao lançaro Certificado, era o de “incentivar aGestão Fiscal Responsável, a busca datransparência, o combate à corrupção.Queremos premiar os bonsadministradores que, voluntariamente,nos permitirem o acesso às informaçõescontábeis de suas administrações, paraconfirmarmos a Gestão FiscalResponsável”.

O presidente José Serafim Abrantesconsiderou o lançamento do Certificadocomo uma das ações mais importantesda História do Conselho Federal deContabilidade. “Este evento coroou deêxito todo o trabalho que estamosdesenvolvendo há quase quatro anos àfrente do CFC. Tivemos grandes vitórias:o Exame de Suficiência, a modernizaçãodo sistema de fiscalização e das NBCs,a nossa inclusão no Comitê de PadrõesContábeis da nova Lei das S.A. (que

tramita no Senado após ser aprovada naCâmara dos Deputados). Agora, o Paísinteiro toma conhecimento da nossacriatividade e do nosso apoio a umacausa justa, que é a Lei deResponsabilidade Fiscal, por meio desteCertificado. Considero este momentocomo um divisor de águas na luta pelavalorização profissional e social doContabilista brasileiro”.

Compuseram a mesa principal dacerimônia de lançamento do Certificado,além do presidente Fernando HenriqueCardoso, o Ministro do Planejamento,Martus Tavares; o presidente do CFC,José Serafim Abrantes; o vice-presidenteda República, Marco Maciel; o ministrointerino das Relações Exteriores, GilbertoVeloso; e o presidente do Instituto Ethos,Oded Grajew.

A cerimônia foi prestigiada pelosministros Alcides Tápias

(DesenvolvimentoEconômico), PedroMalan (Fazenda) ePimenta da Veiga(Comunicações), pelopresidente do BancoCentral, Armínio Fraga,e pelo governador deTocantins, SiqueiraCampos. Logo após olançamento doCertificado, foirealizado um debatesobre “A Lei deResponsabilidade Fiscale a Mudança Cultural noPaís”.

REAÇÕES ESPERADASREAÇÕES ESPERADASREAÇÕES ESPERADASREAÇÕES ESPERADASREAÇÕES ESPERADAS

No lançamento doCertificado, o primeiro

a falar para um auditório completamentelotado foi o presidente do ConselhoFederal de Contabilidade, José SerafimAbrantes. Segundo o presidente doCFC, a lei proposta pelo presidenteFernando Henrique Cardoso esancionada pelo Congresso Nacional éhoje uma realidade incontestável: “Aocompletar um ano, a LRF passou aexprimir um desejo e, mais do que isso,uma conquista de toda a sociedade”.

O presidente do CFC lembrou quea nação estava cansada de desmandose irresponsabilidades: “Era chegada ahora de criar um instrumento legal elegítimo, que esbabelecesse osparâmetros de uma administraçãopública comprometida, em todos osníveis (federal, estadual e municipal),com a transparência e a ética”.

“Lideranças políticas se aproveitaramdo momento e tentaram desqualificar ainiciativa do governo e do Congresso,como se a LRF fosse uma leidesnecessária, que atendia a interessesoutros que não a luta pela austeridade etransparência das contas públicas. Essaslideranças tentaram, e ainda tentam, usaresse argumento como bandeira eleitoral,mas, com certeza, vão esbarrar no eleitorjá vacinado contra esse tipo de discurso”,afirmou o presidente Serafim.

Dirigindo-se ao presidente daRepública, o presidente Serafim disseque “nós, do Conselho Federal e dosConselhos Regionais de Contabilidade,responsáveis pelo registro e fiscalizaçãoda profissão contábil no Brasil, estamosaqui para dizer a Vossa Excelência queapoiamos desde o início a LRF. E ofizemos por acreditar que os mais de 350mil profissionais de Contabilidade querepresentamos têm um importante papelsocial a cumprir.

O presidente Serafim, ministro Martus Tavares, presidente Fernando Henrique, vice-presidente Marcos Maciel, ministro Gilberto Veloso e o empresário Oded Grajew

O presidente Fernando Henrique conversa com o ministro Martus Tavares e o presidente José Serafim Abrantes

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O presidente Fernando Henrique discursa no lançamento do Certificado

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Somos parte da sociedade e, noexercício da profissão, temos o dever decontribuir para protegê-la. Por issodefendemos a ética e a transparência naadministração, seja ela pública ouprivada”.

O presidente Serafim elogiou otrabalho dos Tribunais de Contas doPaíse lembrou as principais açõesdesenvolvidas pelo CFC para incentivaro cumprimento da Lei deResponsabilidade Fiscal.

E citou o Guia Contábil da LRF,elaborado pelo CFC, hoje com mais de40 mil exemplares distribuídos para asmais de cinco mil prefeituras brasileiras,servindo de subsídio e orientação paraas assessorias contábeis dos prefeitos.O presidente Serafim falou ainda sobreos cursos de iniciativa do ConselhoFederal de Contabilidade, que estãoformando agentes multiplicadores do

Guia LRFfácil para atuar nos estados emunicípios de todas as regiões do País.

O presidente Serafim fez ainda umagradecimento especial ao ministroMartus Tavares, ao consultor AntoninhoMarmo Trevisan e ao empresário OdedGrajew, presidente do Instituto Ethos,que apoiaram, colaboraram eincentivaram as iniciativas do CFC emfavor da Lei de Responsabilidade Fiscal.

UM NOVO ESTUM NOVO ESTUM NOVO ESTUM NOVO ESTUM NOVO ESTADOADOADOADOADO

Em seu discurso, o presidenteFernando Henrique Cardoso disse quea LRF é um divisor de águas na históriada administração pública. O presidentelembrou que os mecanismos previstos nalei, além de garantir o equilíbrio fiscal,impedem o arbítrio do poder executivo:“Todos os gastos estão previstos e não

há como beneficiar A ou B”. Opresidente da República destacoutambém o caráter social da lei queaumenta o controle social sobre o gastopúblico: “A lei faz parte da construçãode um novo estado. Estamos vivendoum processo de mudança cultural ondenão se aceita mais a privatização doespaço público”.

O Executivo espera atravessar2002, ano eleitoral, de uma maneiramais tranqüila por causa da Lei deResponsabilidade Fiscal. Isso, segundoFernando Henrique, por que, com origor da lei, ministros e o própriopresidente não poderão ser acusadosde manipular recursos por motivoseleitorais. “A LRF vai poupar o governode críticas da utilização de recursospúblicos com fins eleitorais. Nunca seimpede totalmente, mas pelo menos vaise deixando aí alguns marcos nessa

direção”, afirmou o presidente.O presidente Fernando Henrique

Cardoso citou ainda casos de paísesque aceitaram o desafio de fazer o ajustefiscal e que hoje colhem os frutos desseesforço. É o caso dos Estados Unidos,que hoje discutem o que fazer com osuperávit orçamentário. FernandoHenrique lembrou-se também de umadeclaração do presidente do Chile,Ricardo Lagos, segundo a qual oequilíbrio fiscal não deve ser bandeirade ideologias de esquerda ou direita,mas responsabilidade de todos.

O presidente da República disseainda que a LRF foi criada para que a“gestão da coisa pública se afastecrescentemente das práticas declientelismo, da fisiologia e dopatrimonialismo. A responsabilidade dogestor da coisa pública não deve ser

Consultor Antoninho Marmo Trevisan

FHC diz que LRF é responsabilidade de toda a sociedade brasileira

ideologizada e nem pode estar submetidaa pseudo-interpretações para dizer: os quequerem aplicar as restrições fiscais sãode direita, os que são liberais no gastosão de esquerda”.

Para o presidente, processos demudança cultural como como a LRFsofrem tal crítica porque se vive umprocesso de mudança de mentalidade.“Nós temos de entender que o que estáhavendo no Brasil é, no fundo, umarepulsa à confusão entre a fazenda públicae a fazenda privada”, disse ele, citando ojurista Raymundo Faoro, autor de “OsDonos do Poder”. “Essa visãopatrimonialista é muito antiga. Sem quererofender meus ancestrais portugueses,essa visão vem da Casa de Avis. É umaespécie de concubinato entre o público eo privado”, completou o presidente.

APOIO DOS FORMADORESAPOIO DOS FORMADORESAPOIO DOS FORMADORESAPOIO DOS FORMADORESAPOIO DOS FORMADORES DE OPINIÃO DE OPINIÃO DE OPINIÃO DE OPINIÃO DE OPINIÃO

O ministro do Planejamento, MartusTavares, lembrou, em seu discurso, que

Presidente Serafim discursa no Palácio do Itamaraty

uma pesquisa feita com formadores deopinião aponta o apoio de 86% deles àLei de Responsabilidade Fiscal. MartusTavares reforçou as palavras dopresidente do Conselho Federal deContabilidade ao dizer que a LRFganhou o apoio da sociedade e dosgovernantes responsáveis.

Para o ministro, a lei é o caminho paramanter as finanças públicas equilibradas,melhorar a prestação de serviços, gerarempregos e renda. Outro aspectopositivo da Lei de ResponsabilidadeFiscal, segundo Martus Tavares, éacabar com o refinanciamento da dívidade estados e municípios. O ministroinformou que o Tesouro Nacionalcontabiliza um rombo de R$ 220 bilhõescom o refinanciamento: “Com a LRF, aação de cada governante fica limitadaao mandato e ao orçamento próprio”.O ministro destacou o lançamento doCertificado de Gestão FiscalResponsável, dizendo ser uma iniciativalouvável e que muito contribui para oesforço de sanear a gestão pública.

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“A Lei de Responsabilidade Fiscale a Mudança Cultural no País” foi o temado seminário que encerrou a cerimôniade lançamento do Certificado de GestãoFiscal Responsável. À mesa, oeconomista, consultor e ex-ministro daFazenda Maílson da Nóbrega; o auditore contador Antoninho Marmo Trevisan;o cientista político Bolívar Lamounier;e os jornalistas Antônio Carlos Pereirae Luiz Nassif.

O ex-ministro Maílson da Nóbregaabriu o seminário dizendo que a Lei deResponsabilidade Fiscal pegou. Só essefato foi considerado por Maílson comoum grande avanço. O ex-ministrolembrou os primeiros dias da LRF,quando ele, Maílson, era consideradoum ingênuo por acreditar no futuro dalei. Para ele, a pressão da opinião

transparência que a LRF traz estavaausente na história da democraciabrasileira”, afirmou o cientista político emsua exposição.

O jornalista Antônio Carlos Pereira,editorialista do jornal O Estado de S.Paulo, destacou a importância da LRFpara o cenário político nacional. Ojornalista citou o fato de a lei resguardaro orçamento de mudanças eventuais porinteresses pessoais. Mas para ele épreciso mudar também a mentalidadedos novos governantes, para que elesrespeitem a lei.

Um momento histórico para acomunidade contábil desenvolver seu papelsocial. Assim o Contador e auditorAntoninho Marmo Trevisan definiu osurgimento da Lei de ResponsabilidadeFiscal. A clareza da lei é importante,

pública e a imprensa livre explicam, emparte, o fato de a lei ter dado certo. Ooutro motivo para o sucesso da LRFfoi o caráter constitucional da lei, quenão é uma mera portaria que pode serderrubada sem maior dificuldade.Maílson afirmou que a LRF é oresuldado de uma luta de 25 anos,iniciada quando se detectou oprimitivismo do modelo fiscal brasileiro.Na opinião do ministro, a LRF é umchoque de transparência.

O cientista político BolívarLamounier se deteve mais na análise dosfatores históricos que levaram o Brasila ter o modelo fiscal vigente até o anopassado. Lamounier sustenta que a Leide Responsabilidade Fiscal representauma profunda mudança e é importantepara a reforma do País. “O conceito de

Os critérios do Certificado de Gestão Fiscal ResponsávelC F CC F CC F CC F CC F C LRFLRFLRFLRFLRF

Nesta primeira fase, o Certificado vaiser entregue, anualmente, aos prefeitos que,voluntariamente, quiserem aderir aoPrograma de Incentivo à Gestão FiscalResponsável. Os critérios de avaliação ejulgamento levarão em conta ocumprimento das obrigações da Lei deResponsabilidade Fiscal, especialmenteindicadores referenciais – despesas compessoal em relação à receita correntelíquida, nível de endividamento do municípioe outros. O CFC também vai conferir uma“ Menção Honrosa” aos municípios que,mesmo sem dispor de bons indicadoresreferenciais, já demonstrarem bomdesempenho evolutivo, ou seja, capacidadede se adaptar às exigências da nova lei.

Uma vez que a LRF prevê a elaboração,pelas prefeituras, de relatórios sistemáticoscom uma grande quantidade de dadosrelativos à gestão fiscal, a metodologia decoleta de dados para o Programa de

Incentivo privilegiará a obtenção de dadosdiretamente dos relatórios a seremobrigatoriamente feitos pelas prefeituras,que não poderão criar novos formuláriosde dados.

Os prefeitos que aderirem ao Programapoderão encaminhar os dados necessáriosà avaliação diretamente ao CFC, e pormeio de uma autorização para que o CFCpossa extrair dados na Caixa EconômicaFederal, responsável pelo recebimento dedados e informações contábeis anuais dosmunicípios brasileiros.

A evolução das prefeituras com relaçãoao atendimento da LRF será avaliada pormeio de dois grupos de indicadores. Oprimeiro será o desempenho qualitativo, queavaliará a situação das prefeituras emrelação aos indicadores referenciais. Osegundo, o desempenho evolutivo, quemedirá a evolução da adaptação dasprefeituras à lei.

DESEMPENHO QUALITDESEMPENHO QUALITDESEMPENHO QUALITDESEMPENHO QUALITDESEMPENHO QUALITAAAAATIVOTIVOTIVOTIVOTIVO

Para avaliar o desempenho, serãoconsiderados os valores relativos a um anocivil ou os saldos ao final de um ano civil.Os municípios serão separados em doisgrupos: com população superior ou inferiora 50 mil habitantes.

Para as despesas com pessoal emrelação à RCL, será utilizado o anexodenominado Demonstrativo da ReceitaCorrente Líquida, de acordo com o incisoIV do artigo 2º da lei complementar 101,que integra o Relatório Resumido daExecução orçamentária da LRF. Tambémserá utilizado o Demonstrativo da Despesade Pessoal em relação à Receita CorrenteLíquida, da LRF.

Esta avaliação utilizará ainda os quadrosdos Dados Contábeis Consolidados,conforme portaria nº 59 da Secretaria doTesouro Nacional, de 1/3/2001. O

município deverá adotar a ReceitaCorrente como sendo igual à ReceitaLíquida Real definida pela Resolução 78/98 do Senado Federal. Será utilizadotambém o anexo denominadoDemonstrativo da Dívida Consolidada eMobiliária, da LRF, para extrair o valordo saldo do exercício anterior.

DESEMPENHO EVOLUTIVODESEMPENHO EVOLUTIVODESEMPENHO EVOLUTIVODESEMPENHO EVOLUTIVODESEMPENHO EVOLUTIVO

Para efeito da avaliação dodesempenho evolutivo serãoconsiderados os valores no final do mêsde dezembro de um ano e aqueles doano anterior, na mesma data. Osmunicípios também serão separados emdois grupos.

Para avaliar as despesas com pessoalem relação à RCL, serão utilizados osmesmos anexos utilizados na avaliação dodesempenho qualitativo.

segundo Trevisan, para que a sociedadecivil assuma o controle sobre os gastospúblicos, condição imprescindível para oequilíbrio fiscal. Trevisan finalizou a sua falacom uma frase para se refletir: “A Lei deResponsabilidade Fiscal só floresce nademocracia; ela é impensável no regimeautoritário”.

O jornalista econômico Luiz Nassifconcordou com os que o antecederamsobre a importância da Lei deResponsabilidade Fiscal e o controle dosgastos públicos que ela propicia. Para ojornalista, embora com atraso, o Paísencontrou o rumo. Mas Nassif fez questãode ressaltar que o equilíbrio fiscal não podeser fim em si mesmo: “O salto seguinte é agestão estratégica, a gestão profissional.O equilíbrio fiscal tem que vir atrelado àmelhora dos indicadores sociais”.

A importância da LRF para a história do País

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Perfil dos dirigentes do Sistema CFC/CRCs > Alcedino Gomes Barbosa (*)

A abordagem iniciada pelo PresidenteJosé Serafim Abrantes, sobre o perfilideal daqueles que se habilitam a dirigiros Conselhos de Contabilidade,constitui-se tema da maior relevânciapara a Classe Contábil.

São eles os representantes legítimosda profissão contábil e os interlocutoresnas relações com os diversos organismosnacionais, internacionais e demaisentidades, públicas ou privadas,porquanto durarem seus mandatos.

A responsabilidade de cada dirigenteestá estampada na própriarepresentatividade. Portanto, todo aqueleque pretenda candidatar-se a dirigentedos órgãos do Sistema CFC/CRCs deveter consciência de sua responsabilidade,e que ao assumir o cargo deve assumirtambém seu encargo. Não dá paradissociar esses dois vértices.

Eleger um tipo ideal para arepresentatividade em questão, ao nossover, não é tarefa simples. Os sereshumanos possuem virtudesincomensuráveis que vão além de umconjunto de regras preconcebidas.Destarte, as qualidades exigidas dodirigente, tido como ideal, devem ir alémda visão singular estigmatizadora ou doestereótipo oportunista.

Encontrar um dirigente capaz, sincero,responsável, comprometido com a causae com disposição para o trabalho, dentreoutras qualidades, não é difícil no SistemaCFC/CRCs, pois temos valorososprofissionais.

As questões residem em saber: qualo tipo ideal? Ideal na visão de quem?Essas interrogações devem estar semprepresentes nas mentes daqueles que temo poder de escolher os nossos dirigentes,portanto, de todos nós profissionais daContabilidade. Como já salientamos,embora seja difícil delinear os atributosque deve ter um dirigente, tido como idealpara o sistema contábil, podemos avaliaresse dirigente tomando-se como basealgumas características essenciais, quedetalharemos a seguir.

Todos somos capazes de avaliarnossos candidatos a dirigentes, seja doCFC ou de um CRC e identificar aqueleque mais se amolda ao cargo. Mas essacaminhada em busca do dirigente idealdeve ser trilhada com prudência e semexageros, pois que, totalmente perfeito,somente o Criador.

Entendemos que, na dosimetria dosatributos de cada candidato, deve-seprocurar identificar aquele que possuavisão empreendedora, com disposiçãopara o trabalho e, acima de tudo,comprometido com a profissão contábil.

Feita essa análise basilar, merece aindaobservar as características intrínsecas docandidato a dirigente, suas relaçõesinterpessoais e profissionais, suas

experiências, seus anseios, sua folha detrabalho dedicado à profissão e aindaque tempo disponível terá para exercero cargo pretendido.

Levando-se em conta os temposatuais, no rol dos atributos pessoais dessedirigente, deve constar a capacidade delidar com o novo, com o desconhecido,com o porvir. As transformaçõesmundiais estão cada dia maisimediatistas, exigindo ações rápidas e

decisões certeiras. Portanto, tododirigente, deve acompanhar as tendênciasmundiais e ter a capacidade de anteveras mudanças, para sempre sair na frente.

Ainda, dentre os valores do dirigente,deve constar a capacidade de aglutinarpessoas, de dividir tarefas, de delegar. Nãodá mais para ser centralizador.

É preciso ter consciência daimportância da participação social epolítica para a profissão contábil. Há umemaranhado de leis e normas de toda aespécie que, a cada dia, impõe maisresponsabilidade e sacrifícios à profissãocontábil, em cujos nascedouros, ocongresso nacional, as assembléiasestaduais e câmaras municipais, não estãopresentes os representantes legítimos dosContabilistas. Desta feita, nunca seremosuma profissão efetivamente forte, semantivermos arredios à participaçãopolítica.

É dever do dirigente despertar osContabilistas para esse fato. Cabe aomesmo desenvolver ações direcionadas àinserção dos Contabilistas nos centros de

decisões políticas e econômicas do País.A profissão contábil deve estar semprepresente nas discussões das questões deinteresse nacional, de sorte, a consolidarsuas conquistas e dar proteção àsociedade, cumprindo efetivamente seupapel social. O dirigente deve ter visãotelescópica, não só dos assuntoscontábeis, mas direcionada em todos ossentidos. Deve estar envolvido com suaprofissão e participar ativamente nas

discussões relevantes ou cruciais dointeresse de todos nós, passando pelaética, a responsabilidade profissional esocial, a educação continuada, aparticipação política, etc. E nunca fugirdas questões pontuais, como avalorização profissional, a qualidade dosserviços, o cumprimento do deverprofissional, dentre outras.

Fazendo um pequeno parêntese,falaremos um pouco sobre Registro eFiscalização do Exercício Profissional deContabilista, que, como todos sabem, sãoas finalidades precípuas dos Conselhos deContabilidade, na forma concebida peloDecreto-Lei 9.295/46.

Neste um ano e meio à frente da Vice-presidência de Registro e Fiscalização doCFC, cuja pasta é a responsável peloacompanhamento do programa defiscalização nacional, obviamente, sob abatuta do Presidente José SerafimAbrantes, aprendi a enxergar nossaprofissão sob um novo prisma, num outroângulo, o qual, entendemos ser importantepara qualquer dirigente que se digne

conduzir os interesses dessa profissão.Destarte, espero que os pontos enfocadossirvão-lhes como ponto de reflexão.

Quando se fala em fiscalização, pensa-se logo em autuação, em punição doprofissional. Não é por aí. Essa é umavisão míope e precipitada quanto aosverdadeiros fins da fiscalizaçãoprofissional. A tarefa da fiscalização é maispreventiva, de orientação, do que depunição. A fiscalização ostensiva, supridaa primeira etapa, inibe a ação do leigo edo profissional em situação irregular.Assim sendo, noutra ponta, estaremosresguardando o mercado de trabalho daContabilidade para o Contabilistahabilitado.

A fiscalização presente, significainibição da concorrência desleal, doaviltamento de honorários, dodescumprimento do dever profissional, dainadimplência, etc. Já perceberam quantosdividendos poderemos somar para oSistema CFC/CRC e para a profissãocomo um todo, por meio da açãofiscalizadora. Tudo isso sem punir ninguém,basta apenas que os infratores cumpramsua parte. O certo é que, o profissionalcorreto sempre passará ileso pela açãofiscalizadora. Seria punido sim, se nãohouvesse o combate aos irregulares.

Saindo do ponto focal da fiscalização,e passando para o campo operacional,percebemos as grandes dificuldades porque passam a maioria de nossosConselhos Regionais paradesempenharem esse mister, ainda quecom o inegável apoio dado pelo CFC.

Muitas das vezes, o reduzido númerode fiscais, a falta de condições financeiraspara bem remunerar esses profissionais,e das condições materiais, comoequipamentos, veículos, materiais, etc. sãofatores impeditivos de uma açãofiscalizadora ampla, que estejacompletamente sintonizada com osdesejos da profissão e capaz dar proteçãoà sociedade, consoante nossa tarefaprimeira. Acredito, com totalimparcialidade, que a fiscalização deve-se constituir em objeto de estudo por partede todos aqueles que se candidatem oupretendam candidatar-se aos cargos dedirigentes no Sistema CFC/CRC. Voualém, nessa linha de raciocínio: entendoque deveriam ser instituídos, desde já,programas de formação para os novosdirigentes, com um conteúdo que abranjadesde a identificação de habilidadesespecíficas, passando pelas questõessobre a ética, as normas da profissão, afiscalização do exercício profissional echegando-se à responsabilidadeprofissional, com ênfase naresponsabilidade social do Contabilista.

* é Contador e vice-presidente de Registroe Fiscalização do CFC

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C F CC F CC F CC F CC F C ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTA - ANTÔNIO LOPES DE SÁA - ANTÔNIO LOPES DE SÁA - ANTÔNIO LOPES DE SÁA - ANTÔNIO LOPES DE SÁA - ANTÔNIO LOPES DE SÁ

Estudante tem que aprender cultura geral e filosofia da Contabilidade“É preciso se preocupar com aquilo que faz acontecer.”

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC - Que aspectos o sr.considera mais importantes da suacontribuição à modernização daContabilidade?ALSALSALSALSALS - São os mais relevantes queentendo haver contribuído; os relativosà produção de matéria intelectual e osda difusão pertinente de métodos de“como pensar em Contabilidade”.Admito que acrescentei algo àsdoutrinas contábeis com as minhasteorias e que empreendi uma difusão

em livros e artigos, em cursos econferências que é das maisexpressivas. Não me limitei a copiar enem a me subordinar a culturas, mas,sim, lutei por adicionar e valorizarculturalmente o nosso País. Com aTeoria Geral do ConhecimentoContábil que ofereci à classe creio terensejado um avanço de muitos anos emmatéria de conhecimento. Tal estudoestá hoje editado em diversos paísescomo representante do Brasil na áreacultural da Contabilidade. Só ointelecto qualifica o homem e só estequalifica um povo. Não basta saberfazer as coisas, sendo necessário maisque isto “saber porque se faz”. Meuslivros Teoria da Contabilidade (ediçãoda Atlas, São Paulo), Teoria daContabilidade Superior, Fundamentosda Contabilidade Geral e Teoria Geraldo Conhecimento Contábil (estes

editados pela UNA, Belo Horizonte ena Europa pelo ICAC) abriram ocaminho para uma nova etapa daevolução de nossa profissão epermitiram não só o acompanhar oprogresso como o visualizar o futuro.A doutrina do neopatrimonialismo quedeles decorreu é a oferta de meios para aampla modernidade contábil. Tal doutrinahoje tem seguidores em várias partes domundo e está ligada também pela internet.Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC - A seu ver, quais são as

qualidades do ensino de CiênciasContábeis no País?ALSALSALSALSALS – As de ensejar meios para aformação de uma mentalidadeespecifica em Contabilidade e a debuscar a valorização deconhecimentos. A formaçãouniversitária, quando genuína, quandosincera e verdadeiramente empenhadaem cultura, é o caminho para avalorização do homem e dascomunidades.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – E os defeitos?ALS ALS ALS ALS ALS - Os defeitos têm sido os de nãose ministrar mais matéria de filosofia denosso conhecimento e os de não darmaior importância a cadeiras de culturageral que possam ajudar a ampliar avisão holística hoje requerida doContador. O mais recente congressomundial de cultura proclamou a volta à

metodologia do ensino pela orientaçãofilosófica como a salvação deste, esteque tanto decaiu em face dopragmatismo que o envolveu em muitasáreas. Até as ciências naturais estãovoltando ao berço da filosofia de seusconhecimentos. A chave está no“conhecimento do conhecimento” e senão se entende isto se corre o risco depermanecer em níveis inferiores daintelectualidade. Não basta saber fazerum fluxo de caixa, mas, sim, éimprescindível saber porque ele é feitoe que tais elementos podem oferecermeios para a produção de modelos decomportamento do capital ou dopatrimônio. A informação é um meioapenas e não o objetivo na profissãocontábil. É preciso também elevar maisa cultura geral e mostrar o que ela temde conexão com a vida profissional,como ocorre nos cursos de outrascarreiras profissionais (a de direito,especialmente). Nenhum ramo doconhecimento pode viver isolado,especialmente os que, como o contábil,tem por objeto matéria que se envolvecom tantas outras coisas.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – Como o sr. vê ocaminho escolhido pelo ConselhoFederal de Contabilidade nas questõesrelativas ao Programa de EducaçãoContinuada, como os cursos de pós-graduação conveniados com a USP eo Exame de Suficiência?ALSALSALSALSALS - A Educação Continuada é ocaminho certo e o Exame de Suficiênciauma forma de qualificação útil e seguidaem algumas outras profissões,também. Entendo, igualmente, que oCFC precisa conveniar-se com escolasde todos os pensamentos e não só coma USP. O Conselho é federal e amentalidade deve ser a federal.Universidade é berço de cultura, masnão há natureza universitária quando sesegue a uma só orientação cultural, ouseja, a de uma escola exclusiva depensamento. O CFC precisa ampliara sua ação e prosseguir na acertadamarcha de incentivar a valorizaçãocultural. Entendo que todas as culturassão úteis, mas também entendo que autilidade não deve agasalharpreconceitos e nem se limitar àmonocultura.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC - O conceito doContabilista subiu no mercadoprofissional nos últimos anos?ALSALSALSALSALS - Desde o advento do cursosuperior este conceito está emelevação.

O entrevistado deste mês, etambém um dos homenageadosdurante a festa dos 55 anos do CFC,é dono do maior currículo contábildo País. Por causa disso, foiconsiderado pela pesquisa da IOBContador Emérito do Brasil – títuloque o levou a ser homenageadotambém com o símbolo da maiordignidade profissional do Brasil: aMedalha de Ouro João Lyra.

Antônio Lopes de Sá, 74 anos,nasceu em Belo Horizonte – MG, mastem também a nacionalidadeportuguesa – seu pai era português.Contador, administrador eeconomista, Lopes de Sá é doutor emLetras pela Samuel Benjamin ThomasUniversity, de Londres – Inglaterra,e doutor em Ciências Contábeis pelaFaculdade Nacional de CiênciasEconômicas da Universidade doBrasil (Rio de Janeiro).

O professor pertence a noveacademias, entre elas a RealAcademia de Ciências Econômicas eFinanceiras da Espanha e àAcademia de Ciências Comerciais daFrança, e já atuou como professor emmais de 15 universidades brasileirase estrangeiras. Autor de diversostrabalhos sobre a pesquisa históricada Contabilidade, Lopes de Sáescreveu 157 livros, publicados noBrasil, Espanha e Argentina;escreveu também mais de 13 milartigos, publicados em jornais erevistas do Brasil, Argentina,Colômbia, Estados Unidos, Itália,Espanha e Portugal. É o articulistacom maior número de trabalhospublicados na Revista Brasileira deContabilidade, do CFC, e no Jornaldo Técnico de Contas e da Empresa,de Lisboa.

Em 1980, Antônio Lopes de Sárepresentou o presidente João BatistaFigueiredo em reunião do ConselhoEconômico e Social da ONU, emGenebra – Suíça. É detentor de 289insígnias de Honra ao MéritoProfissional. No Brasil, já realizoumais de 700 conferências; no exterior,104.

Nesta entrevista ao jornal doCFC, Lopes de Sá diz que a falta detransparência nas contas públicas ea conseqüente onda de corrupção queassola o País têm várias origens – euma delas seria o afastamento dosContadores da direção administrativados órgãos governamentais.

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“A qualidade da nossa Contabilidade é de Primeiro Mundo”

Contribuiu para a elevação à própriaexigência do mercado de trabalhocom a evolução do País, hoje o 8º domundo.

Jornal do CFC Jornal do CFC Jornal do CFC Jornal do CFC Jornal do CFC – Como o sr. colocariaa Contabilidade brasileira no contextointernacional?ALSALSALSALSALS – Nosso nível é o de primeiromundo e não vejo superioridade deoutros povos sobre o nosso emmatéria de cultura contábil. As naçõesque reconhecem o nosso valor e quenão se entendem como as exclusivasno mundo, estão dando evidênciasclaras de reconhecimento ao nossopoder intelectual em Contabilidade.Valor cultural não é privilégio denenhum povo e todos já trouxeram emmaior ou menor dose as suascontribuições relevantes. EmContabilidade só nos faltava umacorrente científica e doutrinária paraque nos nivelássemos com naçõesde tradição, mas esta, oNeopatrimonialismo, deu ao Brasil eé esta que está nos representandoperante a comunidade científicainternacional. Francisco D´Áuria, hámeio século, tentou constituir umaescola cientifica, filosófica (com aContabilidade Pura), mas, esta,lamentavelmente, não vingou por faltade meios. Hoje, todavia, organizadae ativamente, já possuímos o nossomovimento científico próprio e eraapenas o que nos faltava. Nasmatérias referidas, estamos hoje atéacima de muitas nações que tiveramposição tradicional na história daContabilidade.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – No mercadoglobalizado, as regras contábeistendem a uma unificação ou está difícilfalar a mesma língua?ALS ALS ALS ALS ALS - Há uma dificuldade deharmonização normativa para ossistemas de informação contábil queperdura em nossos dias. Isto defluiuda falta de interesse com a sinceridadedas demonstrações que existe porparte dos especuladores; e o próprioSenado dos Estados Unidos jádenunciou isto publicamente emedições de conclusões de comissõesparlamentares de inquérito realizadasnaquele país. O excesso dealternativas para as normas tem sidoum dos responsáveis, mas, é este oque convém aos que desejammanobrar informes nos mercados de

valores. Como a Medicina pode serusada para o mal, por exemplo,também a Contabilidade pode serutilizada para a fraude e a lesão deinteresses de terceiros. Oconhecimento, seja qual for, podeestar a serviço do vício ou da virtude.Tenho muita coisa publicada sobreesta questão, participei de comissõesnormatizadoras e delas me afastei emrazão da pressão que sobre estasexistiam.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – O que é preciso mudarno ensino das Ciências Contábeispara que o futuro profissional tenhauma visão universal do seu trabalho,para que ele possa ampliar seushorizontes e ser um especialista defato na profissão que exerce?ALS ALS ALS ALS ALS – O Contador precisa entendernão só de Contabilidade, mas, muitode Contabilidade. Para entendermuito de Contabilidade precisa deconhecimento teórico, filosófico e deexperiência prática. O que asUniversidades precisam é de ter comométodo o hábito de abandonar asapostilas e ater-se aos livros e vídeos-conferências de qualidade, assimcomo estimular a leitura de naturezacientífica. Cada vez mais, devem tercomo perfil do profissional um ser dequalidade intelectual competente parasaber que não basta informar, mas éimprescindível saber o que se faz coma informação. Só se amplia horizontecom visão holística. Não bastapreocupar-se com o que aconteceu enem com o que poderá vir aacontecer, apenas. É preciso, sim,preocupar-se com tudo isto, mas,especialmente, com “O QUE FAZACONTECER”. Ou seja, oconhecimento contábil precisa estaratado àquele dos ambientes queinfluem sobre a riqueza patrimonial(ecologia, mercados, sociedade,tecnologias, psicologia do trabalhoetc.). É esta exigência que obriga àda cultura geral.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – O governo erra emnão ter Contadores em seus principaispostos da economia?ALS –ALS –ALS –ALS –ALS – Toda a crise que aí está, emgrande parte, se deve à corrupção eàs deficiências dos orçamentos. Aporta aberta para tais lacunas foi a daextinção da Contadoria Geral daRepública e a falta da sinceridadeorçamentária que só os Contadores

podem oferecer.Nosso sistema de controles das

contas públicas e de gestão destas édeficiente e falho por falta de força eapoio ao mesmo, por ausência de umamaior acessibilidade do povo aomesmo e por falta de um sistemapunitivo competente. O afastamentodos Contadores dos postos de direçãoadministrativa da República foi omaior erro que a Revolução cometeue que se continua cometendo.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – O sr. acha que existetransparência nas contas públicas? Ogoverno federal, por exemplo, garanteque aplicou o suficiente paramodernizar linhas de transmissão e degeração de energia, mas não mostrouos detalhes dessa aplicação, nãoexistem balanços que comprovem osfatos alardeados. Sem transparência,pode haver honestidade?ALS –ALS –ALS –ALS –ALS – Tenho escrito muito sobre a faltade clareza, de sinceridade e deacessibilidade às contas públicas.Quanto à crise energética, não sou umespecialista que sobre a mesma possa

opinar, mas, como profissional emáreas correlatas em meu entender elapode ter sido intencional.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC - Qual a importância doConselho Federal de Contabilidadepara seus profissionais e para asociedade de um modo geral?ALS ALS ALS ALS ALS - O Conselho Federal deContabilidade é o órgão máximo defiscalização da classe como aAcademia Brasileira de Contabilidadeo é para o campo intelectual. Sãoentidades representativas e quepodem muito fazer em benefício dacomunidade e que têm caminhadojuntas.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – Qual a importância dacultura na nossa Contabilidade?ALS ALS ALS ALS ALS - Minhas palavras, em muitasconferências, meus escritos em maisde uma centena e meia de livros equase 13.000 artigos, tem sidosempre a de levar com sinceridade oconhecimento contábil e o das ciênciascorrelatas que professo. Amo averdade da ciência e a reflexão dafilosofia, com respeito aosantepassados, em seus esforços quevisaram a construir algo em nossofavor. A história é imprescindível emnossa cultura para que possamos nosvaler da ajuda que recebemos erespeitar os que ofereceram subsídiosde qualidade. Não se pode avaliar o

presente e nem supor sobre o futurosem que se conheça o passado.Procuro fazer ver que só a culturaholística oferece a cosmovisão donosso saber e que é necessário amaresta Pátria com responsabilidade. Umdos grandes pensadores do séculopassado foi Oswaldo Spengler, quecom muita razão afirmou que “umpunhado de gente pode fazer umpovo, mas só a cultura faz umanação”. Uma cultura brasileiracontábil sempre foi a ambição deFrancisco D´Áuria, para mim um dosmaiores cientistas da Contabilidadenacional e é a que tenho comobandeira. Os que se limitam a copiarperdem a oportunidade de criar equem não cria não produz a evolução.Hoje, entretanto, milhares deprofissionais e de estudantesuniversitários estão realizando omovimento neopatrimonialistanacional, com bases em matériacientífica e filosófica nascida em nossoBrasil e o Conselho Federal deContabilidade vem apoiar estainiciativa quando apóia, por exemplo,

os PROLATINO (vamos ter o V emRecife, em agosto próximo,capitaneado pelo Conselho Regionalde Contabilidade do Estado dePernambuco). Um povo só é livrequando é culto. Uma classe só militaem favor do progresso e da liberdadequando contribui com a sua parte noque lhe é pertinente. Aos Contadorescabe zelar pela prosperidade social.Isto porque sendo a Contabilidade aciência da riqueza das células sociais,se a todas ensejarmos a prosperidadea sociedade será também próspera.Prosperidade é a eficácia permanenteem multiplicação constante. Eficáciaé a satisfação das necessidades.Satisfação das necessidades materiaisse faz com os meios patrimoniais. Éfácil concluir, pois, que em mãos dosContabilistas está a missão deoferecer conhecimento para aprosperidade e em conseqüência paraa satisfação das necessidadesmateriais dos homens.

“A corrupção se deve à extinção daContadoria Geral de República e àfalta de sinceridade orçamentáriaque só os contadores podemoferecer”.

(Professor Antônio Lopes de Sá)

“A crise energética pode ter sido intencional”

“Os que se limitam a copiar perdem a oportunidade de criar”

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C F CC F CC F CC F CC F C FESTFESTFESTFESTFESTA DOS 55 ANOSA DOS 55 ANOSA DOS 55 ANOSA DOS 55 ANOSA DOS 55 ANOS

Classe Contábil comemora a maturidade política do CFC...

O Conselho Federal de Contabilidade(CFC) chega aos 55 anos de existênciapoliticamente maduro, consciente do seupapel perante a sociedade e, igualmente,com modernidade, clareza,transparência, ética e ResponsabilidadeSocial em suas ações. Foi com esteestado de espírito que 300 Contabilistas,autoridades do governo, parlamentares,estudantes e professores de CiênciasContábeis lotaram o auditório doMemorial Juscelino Kubitschek, emBrasília, no último dia 23 de maio, paracomemorar a data.

Para efeito da História, os livros dofuturo deverão mostrar que a principalmudança verificada na profissão contábilno primeiro ano do século XXI foi a daconscientização política, ou seja, o inícioda efetiva participação da categoria nosdestinos sociais e econômicos do País ea valorização profissional dos quase 400mil Contabilistas existentes, na época, noBrasil. Como disse o presidente do CFCem seu discurso, “em nossas vidas há

tempo para tudo. Tempo para preparara terra, tempo para semear, tempo paracolher e para celebrar a colheita. E esteé o tempo de celebrar, de comemorar asconquistas que nossa classe alcançou nosúltimos 55 anos”.

AS HOMENAGENSAS HOMENAGENSAS HOMENAGENSAS HOMENAGENSAS HOMENAGENS

A data foi comemorada comsimplicidade e bom-gosto. À mesaprincipal, sob o olhar sério e atentoestampado na fotografia de JK, um dospresidentes da República maiscarismáticos e memoráveis de todos ostempos, sentaram-se o presidente doCFC, contador José Serafim Abrantes,os ex-presidentes João WernerIunemann, Ynel Alves de Camargo, Ivan

Carlos Gatti e o ministro doPlanejamento, Orçamento e Gestão,Martus Tavares; o presidente do Tribunalde Contas da União, Humberto Souto;os Contadores Antônio Lopes de Sá eSérgio Aprobatto Machado; o deputadofederal Edinho Bez (PMDB-SC), e opresidente do Conselho Regional deContabilidade do Mato Grosso do Sul,Mário Ney Corrêa Anatácio,representando os 27 CRCs.

Também compareceram à festa, alémde todos os presidentes dos ConselhosRegionais, os deputados federaisGermano Rigotto, presidente do Núcleode Estudos Contábeis e Tributário daCâmara, Marcos Cintra, presidente daComissão de Economia, Fernando ZukoFranco, Marcelo Barbieri e Luiz CarlosHauly.

Na entrada do auditório, três cartazes(banners) elaborados pelo CFCmostravam o espírito da comemoração.Num deles, o presidente Serafimescreveu: “A nós, contabilistas, interessahoje valorizar a profissão contábil.

Cabe a nós criarmos instrumentos dequalificação e avaliação. Nesse sentido,as opções do Sistema CFC/CRCs têmrecaído sobre dois instrumentos: aEducação Continuada e o Exame deSuficiência”.

A comemoração teve início com oHino Nacional, apresentado pelo pianistaArthur Moreira Lima, que ainda tocou“Asa Branca” e “Carinhoso”, que eleconsiderou como “dois hinos brasileirosinformais”.

O CFC homenageou dois Contadoresnotáveis pela passagem de seus 55 anos.“In memoriam”, entregou o Diploma deHonra ao Mérito ao professor HilárioFranco, falecido no final do ano passadoem São Paulo; o professor Antônio Lopesde Sá também recebeu o diploma, dasmãos do ex-presidente do CFC, YnelCamargo. Logo em seguida, Lopes Sáfez uma palestra sobre a Evolução daProfissão Contábil, bastante aplaudida

tanto pelo seu conteúdo quanto pelaempolgação do orador.

PRESERVPRESERVPRESERVPRESERVPRESERVAR A HISTÓRIAAR A HISTÓRIAAR A HISTÓRIAAR A HISTÓRIAAR A HISTÓRIA

A. Lopes de Sá lembrou que aContabilidade foi uma das primeirasmanifestações inteligentes do homem(“Foram os nossos ancestrais quegeraram a escrita fonética”); falou sobreas ameaças ao meio ambiente, afirmandoque “os Contabilistas também têmresponsabilidade sobre a proteção danatureza”. E sacramentou o principalobjetivo do trabalho contábil: “Dareducação aos empresários, mostrardiretrizes que não sejam somente as dolucro, mas que contenhamResponsabilidade Social e valoreshumanos”.

O ministro Martus Tavares, presentenos momentos importantes do CFC,disse, em rápido discurso, que se sentiaà vontade entre os Contabilistas. “O maisimportante de tudo isto é reconhecer opapel social que cada um de nós temdiante da sociedade. O momento é decomemorar. Dou o meu testemunhopessoal do excelente desempenho dopresidente Serafim no Conselho Federalde Contabilidade. É uma administração

operante. O trabalho do Sistema CFC/CRCs é absolutamente importante, nestecompromisso com o cumprimento da Leide Responsabilidade Fiscal. No CFC,encontrei um parceiro, me sinto aquiabsolutamente em casa, feliz por isto”.

Antes do discurso do presidenteSerafim, os presentes assistiram a umvídeo, elaborado pelo CFC, que mostraa história da Contabilidade no Brasil, osprimeiros passos do Conselho, as açõesmais importantes, com testemunhosdaqueles que presenciaram a História daprofissão contábil no Brasil. O vídeo, quevai ser distribuído a todos os CRCs,mostra o trabalho de cada um dos 12presidentes do CFC, começando peloprimeiro, Paulo de Lyra Tavares.

O discurso do presidente do CFCtambém teve o sentido da preservaçãoda História da categoria. Ao mostrar umlivro editado pelo CFC, com a memóriados principais acontecimentos queenvolveram os Conselhos deContabilidade, Serafim afirmou que, sehá 55 anos o marco do Conselho foi oDecreto 9.295, hoje este marco pode sersimbolizado pelo livro, depois distribuídoaos presentes à festa. “Pretendemos queeste seja apenas o início de um resgatehistórico na forma de documentos

O contador José Serafim Abrantes, sob o olhar de JK

A mesa diretora dos trabalhos; ao centro o ministro Martus Tavares e o presidente Serafim

Conselheiros, deputados e convidados para a comemoração

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tudo aconteceuporque nós nosfortalecemos,porque estamosfazendo as coisascom seriedade”.

A presidentedo CRCMT,Contadora SílviaMara LeiteCavalcante, disseque os 55 anos doC F C“representam umavanço da classena participaçãoda sociedade.Hoje o Contabilista passou a ser maisrespeitado, mais cônscio de suasresponsabilidades, utilizando o seuconhecimento técnico em prol de umasociedade mais justa, mais transparente”.

O vice-presidente de ControleInterno do CFC, Daniel Salgueiro daSilva, acha que a comemoração dos 55

anos de existência da entidade seconstitui num marco “dodesenvolvimento político do ConselhoFederal. Estamos participando muitomais das resoluções dos problemas queafligem a sociedade, no campoeconômico e financeirio, no camposocial e principalmente no campos dasidéias. Estamos olhando para asociedade como um todo, não estamosapenas vendo o nosso lado. Estapreocupação, sinto que atinge hojetodos os que lutam pela valorização daprofissão contábil”.

O presidente do CRCRS, José JoãoAppel Mattos, também mostrouotimismo com relação aodesenvolvimento da profissão: “Vivemosum momento de ouro da produçãocontábil. Com a estabilização da moedae o fim da inflação, a Classe Contábilpassou por um momento de maior

publicados. Conclamamos todas astestemunhas dessa história para nosajudarem a contá-la. O Museu Brasileirode Contabilidade tem como recolher,cadastrar e organizar os documentos quechegam até nós”, afirmou Serafim.

O discurso do presidente do CFC foirealista. Disse, com segurança: “Talvezcoubesse dizer que estes são tempos deincerteza. Não que estejamos passandopor uma turbulência para a qual nãovemos saída fácil. Pelo contrário.Provavelmente, a profissão contábilnunca foi tão valorizada como nos diasde hoje, em que, mais que as projeçõesfantasiosas, valem as análises baseadasna realidade. Mas, por isso mesmo,impõem-se aos Contabilistas novosdesafios: no campo da formação, doaperfeiçoamento e do redirecionamentodas ações, no sentido de contribuir paraa melhoria da qualidade de vida de todocidadão brasileiro”.

REPERCUSSÃOREPERCUSSÃOREPERCUSSÃOREPERCUSSÃOREPERCUSSÃO

O momento de participação emudanças vivido pela categoria foi sentidopor todos os presentes à comemoração.O ex-presidente do CFC João WernerIunemann disse que “o CFC ampliou seurelacionamento com órgãos e autoridadesdo governo, levando a classe a ser maisconhecida e respeitada. O lançamento doCertificado de Gestão Fiscal Responsávelfoi o coroamento de uma gestão séria eoperante”. O otimismo de Iunemann foiacompanhado de perto por outro ex-presidente do CFC, Ivan Carlos Gatti:“O contador é a grande profissão destenovo século”.

O contador Sérgio Aprobatto,Machado comemorou: “Finalmente otrabalho do CFC e de toda a ClasseContábil foi reconhecido, não só pelosempresários mas também pelas principaisautoridades do governo federal. E isto

valorização diante da procura por seusserviços. Os empresários sentiram queera mais que necessário fazer umaContabilidade séria, transparente.

Eram novos tempos. Assim, oprofissional passou a dar maisimportância à informação contábil, maiseficiência ao seu trabalho, deixando umpouco de lado a preocupação com osresultados financeiros. Com aglobalização, a classe profissional maisvalorizada foi, sem dúvida, a dosContabilistas. Estamos preenchendonossos espaços na sociedade. Antes,nas empresas, ficávamos na última sala.Hoje, estamos na sala principal”.

O presidente do CRCCE, RobinsonPassos de Castro e Silva, afirmou que“aos 55 anos a Classe Contábil atingesua maturidade plena, centrando o seuobjetivo na sociedade. Isto significa umamaior motivação para o Contabilista,visto que neste início de milênio oprofissional contábil passa a ser tambémum agente de transformação social,principalmente depois da implantaçãoda Lei de Responsabilidade Fiscal e dadiscussão, pelo Congresso, da nova Leidas S.A.”.

A conselheira Marta Arakakitambém acha que “a categoria vive ummomento histórico. Quanto maisdemocrático for o regime, mais espaçohaverá para a Contabilidade prosperar.Avançamos muito. Hoje estamos

Depois dos discursos, o coquetel foi servido no hall do Memorial JK

Pianista Arthur Moreira Lima toca o Hino Nacional Brasileiro

Componentes da mesa diretora dos trabalhos ouvem palestra de Antônio Lopes de Sá

Ynel Camargo entrega homenagem a A. Lopes de Sá

...e reafirma seu compromisso com a sociedade

mostrando a importância do profissionalque procura proteger a sociedade. Onosso trabalho, finalmente, está sendoreconhecido, sem o sentidocorporativista, consciente de sua

Responsabilidade Social”.O contador Irineu De Mula também

acredita no crescimento político doCFC: “O mandato do presidenteSerafim nos amadureceu politicamente.Agora sabemos que estamos nocaminho certo. Só nos falta agoramelhorar a qualidade do ensino daContabilidade”.

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Na reunião Plenária do mês demaio, os conselheiros do CFCassistiram a uma palestra dodeputado federal Luiz CarlosHauly (PSDB-PR).

Os deputados federaisGermano Rigotto (PMDB-RS), e José Carlos (PFL-ES)falaram sobre a reformatributária para os presidentesdos CRCs reunidos noauditório do CFC em Brasília.

Visitantes do mês de maio: FernandoLopo (SESCON-BA), VanderleiRibeiro (Sind.Contab. Patos deMinas), Aníbal Port (Canela-RS),Everaldo Souza (Fed.Contab.- RJ),Luis de Barros (Sind.Contab.-MT),Elenir Kruger (CRCRO), ValdirZimmermann (CRCRO) e AntônioSchmitz (CRCSC).

O autor do livro “Auditoria,Conceitos, Normas, Técnicas eProcedimentos”, Sérgio Jund, garanteter escrito uma obra que “descomplicaa disciplina. É um manual claro ecompleto, com uma linguagem suave edidática”.

Sérgio Jund é professor da Escolade Administração Fazendária e daFundação Getúlio Vargas. Seu livroapresenta uma legislação atualizada e500 exercícios fundamentais para apreparação de candidatos a concursospúblicos.

EXAME DEEXAME DEEXAME DEEXAME DEEXAME DESUFICIÊNCIASUFICIÊNCIASUFICIÊNCIASUFICIÊNCIASUFICIÊNCIA

A EditoraAtlas lançou emmaio o primeirolivro dirigidoaos candidatosao Exame deSuficiência, de

autoria da equipe de professores doDepartamento de Ciências Contábeis eAtuariais da Universidade de Brasília.

O livro, “Exame de Suficiência em

CALENDÁRIO CONTÁBILCALENDÁRIO CONTÁBILCALENDÁRIO CONTÁBILCALENDÁRIO CONTÁBILCALENDÁRIO CONTÁBIL

Brasília - DFBrasília - DFBrasília - DFBrasília - DFBrasília - DF - Nos dias 20 e 21de junho, na sede do CFC, serãorealizadas as Reuniões das Câmaras;e nos dias 21 e 22, as ReuniõesPlenárias.

Curitiba - PRCuritiba - PRCuritiba - PRCuritiba - PRCuritiba - PR - Mais de 700participantes são esperados para o IICiclo de Estudos Contábeis deCuritiba (Cecoc), que será realizadode 6 a 8 de junho, no auditório daFAE Business School. Promoção doCRCPR com a colaboração dasentidades contábeis (Sescap/PR,Sicontiba, Fecopar) e apoio dasinstituições de ensino que ministramcurso de Ciências Contábeis (PUC/PR, UFPR, Unicenp, Uniandrade,Spei, Faculdades Santa Cruz,Universidade Tuiuti e Fesp).

João Pessoa - PBJoão Pessoa - PBJoão Pessoa - PBJoão Pessoa - PBJoão Pessoa - PB - O CFC e oCRCPB realizam entre os dias 13 e15 de junho, na capital paraibana, o5º Encontro Nordestino deContabilidade (Enecon). O Encontroserá realizado no Espaço CulturalJosé Lins do Rego e terá como temacentral “Contabilidade: Reflexo Sociale Político”. As inscrições podem serfeitas diretamente nos Conselhos

Regionais ou pelos Correios, noendereço Rua Rodrigues de Aquino,208, Centro, CEP 58013-030. Ataxa de inscrição deve ser depositadaem nome do CRCPB/5º Enecon,agência 0037, conta corrente 1955-7, na Caixa Econômica Federal. Aficha de inscrição pode ser enviadajunto com o comprovante dopagamento bancário pelo fax (83)221-3714 ou 244-0353. Ostrabalhos sobre o tema a ser discutidono encontro também podem serenviados pelos Correios ou pelo fax.

Rio de Janeiro - RJRio de Janeiro - RJRio de Janeiro - RJRio de Janeiro - RJRio de Janeiro - RJ - Nos dias 16e 17 de julho, o CRCRJ, com apoiodo CFC, realiza o II Fórum Nacionaldos Professores do Ensino Contábil.O tema do encontro vai ser o “Ensinoda Contabilidade face a uma novarealidade de mercado”.

Santarém - PA Santarém - PA Santarém - PA Santarém - PA Santarém - PA - Entre os dias 13 e15 de setembro deste ano, oConselho Regional de Contabilidadedo Estado do Pará, em parceria comConselho Regional de Contabilidadedo Estado do Amazonas, realiza o IEncontro de Contabilistas daAmazônia Legal.

Cerca de 250 mil Contabilistas detodo o País vão participar das eleiçõespara os 27 CRCs no dia 8 de novembrodeste ano, quando serão renovados doisterços (2/3) das composições plenáriasdos CRCs. A Resolução CFC 833/99sofreu algumas modificações,introduzidas pela Resolução CFC 901/01, em razão de sugestões propostaspelos CRCs.

O que foi modificado:1 – O portador do registro

provisório é obrigado a votar, mas nãopoderá ser candidato.

2 – Na cédula, constarão apenas osnúmeros das chapas e o nome dos seusrespectivos responsáveis quando aquantidade de candidatos nãocomportar a discriminação de todos.

3 – Se for registrada apenas umachapa, poderá ser adotado,unicamente, o procedimento do votopor correspondência, instalando-semesas eleitorais receptoras na sede doregional.

4 – Não haverá necessidade deremessa de cópia do processo eleitoralao Conselho Federal de Contabilidade.

Sobre as eleições, o presidente do

CFC, José Serafim abrantes, afirmouque “a nossa aspiração é de que o diada eleição dos CRCs seja um dia decomemoração do estágio superioralcançado pela classe, pois somos partede um corpo, a comunidade dosprofissionais de Contabilidade, cabendoa cada um de nós cumprir a sua parte. Acada um é designado um lugar, umafunção e uma tarefa. Devemos manter aimparcialidade e não alimentar conflitose desarmonias”.

Contabilidade”, foi organizado pelosprofessores Jorge Katsumi Niyama,César Augusto Tibúrcio Silva e RobertoBocaccio Piscitelli. A obra é um esforçocooperativo que proporciona amplacobertura de todas as disciplinasexigidas pelo Exame. Também pode serutilizado por aqueles que desejam fazeruma revisão geral das matérias.

NOVO MANUALNOVO MANUALNOVO MANUALNOVO MANUALNOVO MANUAL

O contador Everson Luiz BredaCarlin lançou em maio, em Curitiba(PR), o livro “Manual de AuditoriaContábil”, já à disposição dosinteressados nas livrarias técnicas do Suldo País.

Segundo o autor, o livro foielaborado dentro da realidade dasempresas e contém um programa detrabalho que facilita as contas dosbalanços e seus resultados. O contadorEverson Luiz enviou dois exemplarespara a sede do CFC, em Brasília. Umfoi dedicado ao presidente José SerafimAbrantes e o outro já faz parte dabiblioteca do Conselho, e está àdisposição dos leitores.

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