conselho fiscal: atribuicoes e recomendacoes - apresentado nas aulas de gc do mba de controles...

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Área de Educação da ANBIMA Apresentador: Gilberto C Porto ABEB - Salvador/ BA Outubro, 2011 CONSELHO FISCAL VISÃO GERAL E AS RECOMENDAÇÕES DE SUA ATUAÇÃO

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Módulo do curso ministrado para a ANBIMA (ABEB, Salvador, 2011). Dicas, orientações e referências das atribuições das estruturas de Conselhos Fiscais. Apresentado nas aulas da cadeira de Governança Corporativa do MBA de Controles Internos & Compliance (2012-2014), Trevisan Escola de Negócios, Rio. Meus agradecimentos pelas valorosas dicas das práticas e relacionamentos com seus CFs: - Marcus Severini - Dir. Controladoria VALE (contemporâneo e "prof." A. Andersen) - Wanderley e Esdon Mello - Investimentos Estratégicos e conselheiros, PREVI - Fabio Bueno - Gerente de R.I. HRT O&G

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Page 1: Conselho Fiscal: atribuicoes e recomendacoes - apresentado nas aulas de GC do MBA de Controles Internos & Compliance, Gil Porto

Área de Educação da ANBIMAApresentador: Gilberto C Porto

ABEB - Salvador/ BA

Outubro, 2011

CONSELHO FISCAL VISÃO GERAL E AS RECOMENDAÇÕES DE SUA ATUAÇÃO

Page 2: Conselho Fiscal: atribuicoes e recomendacoes - apresentado nas aulas de GC do MBA de Controles Internos & Compliance, Gil Porto

ObjetivoApresentar uma panorâmica da atuação e metas do Conselho deFiscal, discutindo temas críticos para uma eficiente atuação de seusmembros, em contribuição aos interesses dos acionistas. Discussãode casos práticos, a partir da análise de Relatório de Administraçãoe Demonstrações Financeiras.

Público-alvoExecutivos e profissionais de holdings financeiras, fundos de pensãoe de seguradoras, consultores, acionistas, cotistas, conselheiros,membros de comitês, gestores do processo de governança deempresas estatais e privadas de capital aberto ou fechado oupreparando-se para abertura; empresas familiares,independentemente da estrutura acionária.

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CONSELHO FISCAL – VISÃO GERAL E AS RECOMENDAÇÕESDE SUA ATUAÇÃO

Page 3: Conselho Fiscal: atribuicoes e recomendacoes - apresentado nas aulas de GC do MBA de Controles Internos & Compliance, Gil Porto

Gilberto Cotecchia Porto

Gilberto C Porto

Contador, pós-graduado em Gestão de Negócios em E&P de

Petróleo pelo IBP, especialização em Controladoria, Governança e Finanças Corporativas.

Experiência global em consultoria financeira, tendo atuado em mais de 25 países naAmérica Latina, Europa e África, em empresas dos setores de O&G, telecom, mineração,logística, instituições financeiras e seguros.

Relevantes atuações em ambientes complexos, adversos e crises, entre eles:intervenções, sucessões, dissoluções, spin-off's, transição diretorias e gerenciais, start-

up's, gestão interina em processos de restrutaração, coaching a equipes juniores,migração de ERP, reportes a órgãos reguladores e investigações de fraudes.

É professor das cadeiras de Governança Corporativa, Gestão de Riscos Operacionais eEstruturação de Conselhos Fiscais, nos programas de MBA da Trevisan Escola deNegócios, ANBIMA Rio, e IBMEC (in-Company).

http://br.linkedin.com/in/gilporto

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Plano de Exposição

� Conselho Fiscal – visão geral e os objetivos

� As Melhores Práticas de Mercado

� Atribuições e Foco de Atuação

� Relacionamentos com os distintos componentes e interessados

� Recomendações na estruturação de um Conselho Fiscal

� Estudo de Caso: os itens de análise de um relatório de

Administração e Demonstrações Financeiras.

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Conselho Fiscal

Visão geral e os objetivos

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Conselho Fiscal – visão geral e os objetivos

�Fiscaliza a situação financeira da empresa.

�É constituído, no mínimo, por três membros efetivos e

três suplentes não ligados à empresa.

�O Conselho Fiscal é um colegiado criado pelos

acionistas, com o objetivo de acompanhar e validar a

condução dos negócios.

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Conselho Fiscal – visão geral e os objetivos

Ao Conselho Fiscal compete exercer permanentemente

a fiscalização sobre os órgãos da administração da

companhia, com relação às contas e à regularidade dos

atos de gestão, prestando contas aos acionistas para

que possam votar com conhecimento de causa nas

assembléias.

Seus membros são escolhidos em assembléias anuais

(ou em reuniões, se prevista em contrato social) pelo

voto da maioria dos sócios presentes.

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Conselho Fiscal – visão geral e os objetivos

Parecer do Conselho Fiscal:

No Brasil não é obrigatória a publicação do Parecer do

Conselho Fiscal, caso existir ele deve ser submetido à

Assembléia Geral dos acionistas, mas a sua publicação é

opcional.

Contudo, a prática mostra de que os pareceres do

Conselho Fiscal tem sido publicados, no corpo das

Demonstrações Financeiras, na maioria das vezes em que

existe, como uma prestação de contas ou validação de

sua atuação.

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Conselho Fiscal – visão geral e os objetivos

Referências e definições legais

� Leis: 6.404 – artigos 123, 161 e 162, 6.385 (supervisão

CVM), e 10.303/01 “ Art. 163 e 11.638/09;

� Código Civil Brasileiro – artigos 1.066 a 1.070;

� CVM – Instruções Normativas n.: 19/90, 324/00, 449/07,

480 e 481/09, e Ofício-circular 04/2011, art. 12.13 e 22.

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Lei 6.404/1976 (Lei das S/A), que teve seu texto alterado pela Lei 10.303/01,que dispõe:�§ 6o Os membros do conselho fiscal e seus suplentes exercerão seus cargos até a

primeira assembléia-geral ordinária que se realizar após a sua eleição, e poderão serreeleitos.

�§ 7o A função de membro do conselho fiscal é indelegável.

Art. 163. Compete ao conselho fiscal:

� I - fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores e verificar o

cumprimento dos seus deveres legais e estatutários;

� IV - denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos de administração e, se estesnão tomarem as providências necessárias para a proteção dos interesses da companhia,à assembléia-geral, os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir providênciasúteis à companhia;

�§ 2o O conselho fiscal, a pedido de qualquer dos seus membros, solicitará aos órgãos deadministração esclarecimentos ou informações, desde que relativas à sua funçãofiscalizadora, assim como a elaboração de demonstrações financeiras ou contábeisespeciais.”

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Conselho Fiscal – visão geral e os objetivos

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MELHORES PRÁTICAS

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Melhores Práticas de Mercado – IBGC

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa –

IBGC define o CONSELHO FISCAL como um órgão

fiscalizador independente da diretoria e do conselho

de administração, que busca, através dos princípios

da transparência, equidade e prestação de contas,

contribuir para o melhor desempenho da companhia.

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CONCEITO GOVERNANÇA CORPORATIVA:

São as posturas, práticas e os relacionamentos entre os

Acionistas/Quotistas, Conselho de Administração,

Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal, com

a finalidade de otimizar o desempenho da empresa e

facilitar o acesso ao capital.

Melhores Práticas de Mercado – IBGC

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� Transparência (disclosure)

� Equidade (fairness)

� Prestação de Contas (accountability)

� Cumprimento das Leis (compliance)

� Ética

Melhores Práticas de Mercado – GC: Princípios Fundamentais

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Composição e Funcionamento do Conselho Fiscal�O conselho fiscal deve ser composto por, no mínimo, três

e, no máximo, cinco membros.�Os titulares de ações preferenciais e os titulares de ações

ordinárias, excluído o controlador, terão direito de elegerigual número de membros eleitos pelo controlador.

�O controlador deve renunciar ao direito de eleger sozinhoo último membro (terceiro ou quinto membro), o qualdeverá ser eleito pela maioria do capital social, emassembléia na qual a cada ação corresponda um voto,independente de sua espécie ou classe, incluindo asações do controlador.

�O conselho fiscal deve adotar um regimento comprocedimentos sobre suas atribuições, com foco norelacionamento com o auditor, e que não limite a atuaçãoindividual de nenhum conselheiro.

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Melhores Práticas de Mercado – Cartilha GC CVM

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�Segundo os princípios da boa governança corporativa, amaioria do conselho fiscal não deve ser eleita peloacionista controlador.

�O regimento deve incluir disposições sobre periodicidadee método de convocação de reuniões do conselho fiscal,disponibilização antecipada de materiais a seremdiscutidos, direitos e deveres dos conselheiros,relacionamento com a administração e auditores eprocedimentos para solicitação de informações.

�O conselho fiscal também deve se reunir quandorequerido de forma fundamentada por representante dosminoritários.

�O conselho de administração deve prover meiosadequados para o bom funcionamento do conselho fiscal,como convocação e local das reuniões, elaboração deagenda e assistência aos pedidos de informações dosconselheiros fiscais.

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Melhores Práticas de Mercado – Cartilha GC CVM

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"Se você tem dez mil regulamentos, destruirá todo o respeito pela lei."

[Winston Churchill]

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ATRIBUIÇÕES

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Atribuições

Atribuições e Foco de Atuação

�Do Conselho Fiscal

�Do Presidente

�Dos Conselheiros

�Do Secretariado

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Atribuições

CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal não deve assumir o papel de

gestão, mas sim permitir que seus membros ofereçam

sua visão prática, experiência, percepções, influência e

intuições, para cumprir com suas obrigações de

supervisão, tanto do ponto de vista regulatório quanto

em relação aos riscos do negócio em geral.

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Atribuições

PRESIDENTE DO CONSELHO

Será o encarregado pelas convocações e presidir asreuniões, submetendo a pauta dos assuntos, além de:

� Orientar os trabalhos, mantendo em ordem os debates;

� Apurar as votações e proclamar os resultados;

� Designar relatores para exame de processo;

� Cumprir o Regimento e as demais disposições legais;

� Assinar a correspondência oficial do Conselho;

� Supervisionar os trabalhos do(a) secretario(a).

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CONSELHEIROS�Para o exercício das funções de conselheiro fiscal, o

candidato deve possuir comprovada experiência noexercício de atividades nas áreas financeira, administrativa,contábil, jurídica, de fiscalização ou de auditoria.

�A comprovação dessa experiência nas atividades descritasdeve ser apresentada quando da inscrição no processoeleitoral ou da indicação por parte de patrocinadores ouinstituidores.

�O Conselheiro deve ter comprovada independência ecompromisso ético sobre as informações analisadas.

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Atribuições

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CONSELHEIROS

Vamos assumir como independência:

�Não ter qualquer vínculo com a empresa, excetoeventual participação de capital;

�Não estar oferecendo serviço ou produto à empresa;

�Não ser cônjuge ou parente até segundo grau dealgum diretor ou gerente da empresa;

� Não receber outra remuneração da empresa além doshonorários de conselheiro e eventuais dividendos (sefor também proprietário);

�Mitigar qualquer possível comprometimento de suaconduta.

Atribuições

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SECRETARIADO

� Organizar, sob orientação do Presidente, a pauta dosassuntos a serem tratados em cada reunião, reunindo osdocumentos necessários;

� Distribuir a pauta e anotar as deliberações para consignaçãoem ata, lavrando as atas das reuniões, que serão registradasem livro próprio;

� Providenciar a convocação dos Conselheiros para asreuniões;

� Providenciar passagens, hospedagem, transporte e solicitaro ressarcimento de despesas, a serviço, dos Conselheiros;

� Providenciar a encadernação e o registro do Livro de Atas ePareceres do Conselho Fiscal na Junta Comercial.

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Atribuições

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RELACIONAMENTOS

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Relacionamentos

�Auditoria Interna – a ótima fonte de informações!

�Auditor Independente

�Controladoria

�Contabilidade

�Jurídico (interno e externo)

�Diretorias

�Conselho de Administração

�Contatos no “chão de fabrica”

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Relacionamentos

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Alguns temas delicados:

�Excedentes de caixa: decisões estratégicas,consideradas pelos executivos “fora” da competênciado CF;

�Compliance com novas legislações, estratégiastributárias;

�Contratos X variações em seus resultados – conflitosde interesses, má performance;

�Tratamento a ser dado às distintas contingências(ambientais, fiscais, etc);

�Resultados práticos de F&As.

Relacionamentos

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Ferramentas e os “parceiros” onde pode-se encontrar as respostas:

�Auditoria Interna – relatórios, planejamento anual, atas de comitês, planos de ações para mitigação de riscos e falhas de controles internos (follow-ups);

�Controladoria – análises de performance e resultados;

�Jurídico – pareceres e alternativas (estratégias) de negociações.

– Um bom relacionamento será fator chave para ter amplo

acesso às informações!

Relacionamentos

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"Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta."

[Gabriel Pensador]

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ESTRUTURAÇÃO DO CONSELHO

E PLANO DE TRABALHO

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Estruturação de Conselho Fiscal

Recomendações na estruturação

�Perfis, Nomeações, Secretariado;

�Elaboração do Regimento;

�Declaração de Não Divulgação de Informações;

�Estabelecimento do plano e cronograma dos trabalhos;

�Arquivo, registro e divulgação de Relatórios e outros

resultados de seus trabalhos: notas, pareceres e

comunicações.

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Sugestão de tópicos para a elaboração do Regimento:� Finalidade� Composição� Investidura� Impedimentos, Vagas e Substituições� Remuneração� Atribuições � Reuniões� Secretário � Deveres e Responsabilidades� Avaliação de Desempenho� Contratação de Consultoria Externa� Política de Prevenção de Fraudes e Desvio de Conduta� Programa de Trabalho� Orçamento� Conselhos fiscais das controladas e coligadas � Disposições gerais

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Estruturação de Conselho Fiscal

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PDI – Política de Divulgação de Informações

�Comprometimento de total confidencialidade com asinformações fornecidas e acessadas;

�Evitar o conflito de interesses pela participação emconselhos ou atividades em outras corporações deconcorrência direta aos negócios da empresa;

�Comunicação de compra de ações.

Estruturação de Conselho Fiscal

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Estabelecer PLANO DE TRABALHO para os contatos noperíodo de mandato

�O CF deve “ditar o ritmo” dos trabalhos;

�Analisar os eventos, sem exacerbar seu âmbito de ação;

�Faculdade de solicitar (individualmente) auditoria ou avaliaçãoespecializada de resultados e informações de complexidade;

�Tem responsabilidade sob o período de nomeação, nãonecessariamente, pelo exercício fiscal;

�Cumprimento de Metas Assumidas dos distintos setores;

�Resultados da empresa em relação ao mercado;

�Clareza na convocações de reuniões, definindo objetivamenteas informações requeridas, apresentações e documentaçãode suporte desejadas.

Estruturação de Conselho Fiscal

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Estruturação

Outras recomendações na Estruturação do CF emetodologia/ filosofia de trabalho:

� Qualificação/ capacitação dos membros;

� Elaboração de um regimento realista;

� Elaboração de um plano de trabalho e reuniõesfactíveis;

� Interação e proximidade com Auditores Internos eExternos;

� Constante avaliação e aprimoramento dos canais deinformação.

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"Aquele que não é capaz de governar a si mesmo, não será capaz de governar os outros." [ Gandhi ]

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ESTUDOS DE CASOS

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Estudo de Casos

Estudo de Casos:

�Modelo de Cronograma Anual de Trabalhos

�Modelo de Parecer “limpo”

�Case Natura

�Referência a processos e multas da CVM.

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Estudo de Caso

Material de domínio publico, obtido no website da Instituição: http://www.bbsegurosaude.com.br

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Estudo de Caso

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A VALE é o maior grupo privado nacional, atuando nas áreas demineração, siderurgia, energia e logística. É a segunda maiormineradora do mundo e seu capital é negociado nas Bolsas deValores de São Paulo, NYSE e Hong Kong.

A empresa dá total suporte aos trabalhos do CF, a partir daseficientes estruturas de Secretariado, Controladoria e R.I., queantecipam e sincronizam suas agendas de trabalho, preparaçãode informações e material para discussões.

Entre os temas e reportes analisados pelo CF, estão os relatóriosda Auditoria Interna, Canais de Denúncias, RI/ Ouvidoria, atas einformes societários, a fim de atender os requerimentos da SEC(SOx).

Estudo de caso

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A Natura é uma marca de origem brasileira, nascida daspaixões pela cosmética e pelas relações, presente em setepaíses da América Latina e na França.

No Brasil, é a indústria líder no mercado de cosméticos,fragrâncias e higiene pessoal, assim como no setor da vendadireta.

Desde 2004, é uma companhia de capital aberto, com açõeslistadas no Novo Mercado, o mais alto nível de governançacorporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Até 2011 a Natura não tinha constituído o Conselho Fiscalconstituído, pois conferiu ao CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO, através do Comitê de Auditoria asatribuições como órgão fiscalizador da gestão do corpoExecutivo.

Estudo de caso

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Referência às razões de processos e autuações da CVM :

� Uso de informação privilegiada;

� Descumprimento do “dever de diligência” dos gestores;

� Não elaboração de demonstrativos, pareceres e

comunicados;

� Operações fraudulentas;

�Atuação solidária aos dirigentes, no desvio dos objetivos

da empresa.

(fonte: Autuações CVM)

Estudo de caso

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PROCESSOS ADMINISTRATIVOS SANCIONADORES CVM DE RITO ORDINÁRIO E TERMO DE ACUSAÇÃO

SESSÃO DE JULGAMENTO

PROCESSO CVM Nº

EMENTA

23/08/2011 RJ2008/4857 EMBRATEL PARTICIPAÇÕES

Descumprimento dos deveres de lealdade e de diligência – desvio de poder usurpação de competência.

23/08/2011 RJ2010/4206 CREDIT SUISSE SECURITIES (USA)

Eventual irregularidade na negociação com units da Terna Participações S/A, em suposta infração ao art. 13 da Instrução CVM nº 358/02. Absolvição.

16/08/2011 10/06 BRASIL TELECOM

suposta prática de ato de liberalidade pelos administradores da Brasil Telecom – eventual descumprimento do dever de diligência.

16/08/2011 RJ2007/4414 BÔNUS-BANVAL

Contratação de pessoas não autorizadas ou registradas na CVM para intermediação de negócios envolvendo valores mobiliários, inclusive no que se refere a agenciamento ou captação de clientes. Multas.

19/07/2011 RJ2010/9582 AUDITAN – Auditores Independentes S/S

Não aplicação de diversos procedimentos de auditoria no curso dos trabalhos realizados na TECBLU – Tecelagem Blumenau S/A – não encaminhamento à CVM de comunicado específico sobre a falta de controle interno efetivo sobre o Ativo Não Circulante Imobilizado da companhia auditada. Multas.

07/06/2011 RJ2010/16893 Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

Imputação de não emissão de relatório de revisão especial com ressalva sobre demonstrações contábeis da Saraiva S/A Livreiros Editores referente ao ITR de 31.03.10, dada a não evidenciação em nota explicativa específica da realização de operações com derivativos. Absolvições.

07/06/2011 19/09 GOL Linhas Aéreas Inteligentes S/A

Utilização de informação privilegiada. Multa.

14/12/2010 18/2008 SADIA

Descumprimento do esperado dever de diligência por parte dos administradores de uma companhia aberta. –Multas e inabilitações temporárias.

01/12/2010 03/2006 CERES, POSTALIS E PORTUS

Suposta realização de operações fraudulentas, práticas não equitativas e criação de condições artificiais de preço, demanda e oferta no mercado de valores mobiliários.

01/12/2010 RJ2009/12495 KPMG AUDITORES INDEPENDENTES

Não inclusão de ressalva no relatório de revisão especial sobre informações trimestrais. – Multas.

30/11/2010 19/06 RIPASA

Eventual uso de informação privilegiada.

30/11/2010 RJ2008/2569 PANTANAL PLAZA SHOPPING S/A

Não elaboração de Demonstrações Financeiras – não convocação de AGOs – não manutenção do registro de companhia aberta atualizado. – Multas.

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30/11/2010 RJ2009/13459 TERNA/CREDIT SUISSE

Uso indevido de informação privilegiada. – Multas.

23/11/2010 RJ2010/4195 VICUNHA TEXTIL SA

Não divulgação de fato relevante. – Multa.

26/10/2010 21/05 AMBEV

Suposta utilização de informação relevante ainda não divulgada ao mercado, em desobediência ao art. 155, § 4º, da Lei nº 6.404/76

19/10/2010 RJ2010/1737 Caixa Seguradora S/A

Abuso do poder de controle. Desvio do interesse social. Aumento de capital sem justificativa para fixação do preço de emissão de ações.

31/08/2010 14/06 REAL GRANDEZA

Suposta realização de operações fraudulentas – práticas não equitativas e criação de condições artificiais de preço, demanda e oferta de mercado de valores mobiliários.

24/08/2010 15/90 BARRETO DE ARAÚJO

Não convocação de AGO – não publicação de demonstrações financeiras – descumprimento do dever de manter atualizado o registro de companhia aberta na CVM. Multas. Atuação solidária com o controlador no desvio do objeto social da Companhia. Inabilitações. Não emissão de parecer conclusivo dos auditores quanto à adequação das Demonstrações Financeiras. Não apresentação de ressalva quanto ao desvio de objeto social. Não apresentação de ressalva quanto à não constituição de provisão para devedores duvidosos - Auditoria inepta. Advertências.

24/08/2010 14/04 EMBRATEL

Suposta violação dos deveres de administrador de companhia.

10/08/2010 16/05 CENTRUS

Suposta realização de operações fraudulentas, práticas não equitativas e criação de condições artificiais de preço, demanda e oferta no mercado de valores mobiliários.

13/07/2010 SP2008/0038 UNIBANCO INVESTSHOP CVMC S/A

Manutenção de cadastros incompletos. Não comunicação à CVM de operações incompatíveis com patrimônios e rendimentos financeiros de clientes. Ausência de Procedimentos de combate à lavagem de dinheiro. - Absolvição e Advertência.

22/06/2010 03/07 TELEMAR PARTICIPAÇÕES S/A

Responsabilidade de administradores, membros do Conselho de Administração da companhia aberta Tele Norte Leste Participações S.A. – TNL – Eventual ocorrência de conflito de interesses em deliberações do Conselho (art. 156 da Lei nº 6.404/76). Situação não caracterizada.Falta para com o dever de diligência na redação da ata do Conselho de Administração (art. 153 da Lei nº 6.404/76) – Advertência. Imputação de descumprimento do dever de diligência ao se adotar o Conselho de Administração e não a Assembléia Geral de Acionistas como órgão competente para a apreciação de determinado contrato. Escolha amparada pelos ditames do Estatuto Social da companhia.

Estudo de Casos – Processos CVM

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Dificuldades na atuação do Conselheiro Fiscal:

�Empecilhos na realização dos trabalhos: morosidade na

obtenção e disponibilização de informações, informações

incompletas (parciais/ preliminares) ou oficiosas, etc;

�Atrasos e remarcações de reuniões e apresentações de

informações solicitadas;

�Abstenção de outros conselheiros;

�Evidências de má gestão por imperícia ou imprudência

de seus dirigentes executivos, negligenciada pelo CA.

Estudo de casos

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Web-bibliografia

IBGC Publicações:http://www.ibgc.org.br/Secao.aspx?CodSecao=65

IBRI Livraria: http://www.ibri.com.br/livraria/index.asp

IBRI Princípios Éticos: http://www.ibri.com.br/conheca/Codigo_de_etica.pdf

ETHOS Publicações: http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/pt/295/aprenda_mais/publicacoes/publicacoes.aspx

ETHOS-Febraban: http://www.uniethos.org.br/_Uniethos/documents/INDICADORESETHOS-FEBRABAN2008-FINAL.pdf

BOVESPA: http://www.bovespa.com.br/Empresas/GovernancaCorporativa.asp

CVM – Cartilha: http:// www.cvm.gov.br/port/public/publ/cartilha/cartilha.doc

OECD – Estudo de Casos de Boa GC:http://www.cvm.gov.br/port/protinv/GovernancaCorporativa/GovernançaCorporativaOECDEstudodecasos.pdf

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• A devida estruturação de um CF, comitês consultivosou mesmo a elaboração de um bom planejamentopara atuação de seus secretariados, é primordialpara o êxito e resultados de suas funções.

• Caso deseje maiores informações, avaliação daspremissas ou suporte nesta estruturação, além doserviço de revisões contábil-financeira, auditorias deescopo limitado, entre em contato e estarei àdisposição para elaboração de um planejamentocompleto, customizado aos detalhes e característicasde sua estrutura corporativa.

GP

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Contato

Obrigado e Sucesso!

Av. Afonso Arinos de Melo Franco, 222 – Centro Corporativo Dinamica PrimeBarra da Tijuca, Rio, Brazil – 22.631-455 | Tel.: +55(21) 2148-0693

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"O tempo é o melhor autor... sempre encontra um final perfeito."

[Sir Charles Chaplin]