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INTERESSADO: CONSELHO REGIONAL DE BIOLOGIA DA 3ª REGIÃO ASSUNTO: Atuação do Biólogo em Medicina Nuclear

PARECER CFBio Nº 01/2016

1- Identificação

Processo CFBio n. 70/2008 de 23 de setembro de 2008

Assunto: Área de atuação – Medicina Nuclear – Biólogo Nuclearista

2- Relatório

2.1 - Em 17 de fevereiro de 2008 através de e-mail, a Presidente do CRBio-03,

Clarice Luz encaminhou à Presidente do CFBio, Maria do Carmo Brandão

Teixeira, informando já repassado aos presidentes dos demais presidentes dos

CRBios assunto sobre atuação do Biólogo em Medicina Nuclear, proveniente do

CRBio-01. O tema foi motivo de a própria ter preparado um documento

exemplificando sua trajetória profissional na área por 28 anos e que o mesmo

poderá contribuir para o trabalho do GT que trata das áreas de atuação do

Biólogo – anexado relato da presidente Clarice Luz; Resolução n. 435 de

17/05/2005 publicado no DOU de 25/05/2005, “Dispondo sobre as atribuições do

Farmacêutico na área de Radiofarmácia”; Projeto de Lei s/n de 2005 de autoria da

Sra. Alice Portugal, Deputada Federal PCdo B/BA, “Dispondo sobre o âmbito da

profissão farmacêutica no país”; entrevista com o Dr. Eloy Julius Garcia, com o

título – Um espaço para a Radiofarmácia, publicada na Revista Pharmácia

Brasileira, abr./mai. 2002 (fls. 1 a 19).

2.2 - Em 27 de fevereiro de 2008 através do E-mail Circular CFBio Nº 20/2008 a

Presidente do CFBio Maria do Carmo Brandão Teixeira encaminha os

documentos acima citados aos membros do GT para revisão das Resoluções do

CFBio (fls. 20).

2.3 - Em 28 de fevereiro de 2008 através de E-mail Circular CFBio Nº 21/2008 a

Presidente do CFBio encaminha para os membros do GT para revisão das

Resoluções do CFBio (integram o GT os Presidentes dos CRBios) para

conhecimento e análise, a consulta recebida da Bióloga Gabriela Mishima

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Honório, com registro no CRBio-01 solicitando informações sobre atuação do

Biólogo em Medicina Nuclear (fls. 22 a 23).

2.4 – Em 3 de março de 2008 através de e-mail a Presidente do CRBio-02,

Fátima Cristina Inácio de Araújo encaminha as mensagens destacadas nos itens

anteriores para os Biólogos Dimário A. P, de Castro e Salete Barroca,

registrados no CRBio-02 que trabalham na área da saúde para avaliação,

obtendo resposta imediata do Biólogo Dimário. O referido Biólogo em sua

resposta apresenta 4 aspectos para reflexão: - o que a regulamentação do

conselho determina; - como o IPEN avalia a presença do Biólogo neste tipo de

trabalho; - o Biólogo está capacitado para manuseio e preparo de radiofármacos;

o Biólogo está mesmo preparado e se seu currículo contempla este tipo de

atividade (fls. 21 a 23).

2.5 – Em 4 de março de 2008 a Presidente do CRBio-02 envia aos diretores do

CFBio a resposta do Biólogo Dimário acima comentada. (fls. 21).

2.6 – Em 3 de junho de 2008 o CRBio-01 através do ofício n. 2027/2008 assinado

pelo Presidente Wlademir João Tadei encaminha à Presidente do CFBio

manifestação da Comissão de Saúde do CRBio-01 formada por 5 membros. O

manifesto da comissão versa sobre a Resolução RDC n. 216/2004 que dispõe

sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação e

Parecer sobre o exercício Profissional do Biólogo na área de Biofísica (fls. 24 a

28).

2.7 – Em 19 de agosto de 2008 o CRBio-01 recebe da Bióloga Patrícia de Fátima

Faleiros Ribeiro registro nº 23.655/01-D reclamação em que o sindicato ou

Conselho de Radiologia está autuando os serviços de Medicina Nuclear e os

funcionários nos quais não é o Técnico de Radiologia que atua e sim outros

profissionais. Detalha seu trabalho e que nesse mesmo ano completará 10 anos

de atuação na área. Pede auxílio ao CRBio-01. O documento é visto pela

Assessora Jurídica do CRBio-01, Cecília Marcelino Reina que repassa ao AJUR

do CFBio, Gustavo Freire de Arruda (fls. 29 a 30).

2.8 – Em 23 de setembro de 2008 é encaminhado ao AJUR/CFBio através do

oficio CFBio nº 354/2008 o Processo CFBio nº 70/2008 – Área de Atuação –

Medicina Nuclear – Biólogo Nuclearista, para apreciação, juntamente com o

Processo nº 030/2000 – Consulta da Bióloga Sandra Solci Zier sobre

Regulamentação de Atividade – Radiobiologia “ 0 Processo em tela não integra

este de nº 70/2008” (fls. 31).

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2.9 – Em 1º de outubro de 2008 o AJUR/CFBio apresenta o Parecer que tem

como conclusão: que o registro dos Biólogos da UNESP no CRBio-01 é suficiente

para garantir o exercício de suas atividades salvaguardando os que tiverem o

Título de Especialista em Biofísica sub área Tecnologia Nuclear e Radiologia sub

área Diagnóstico de Imagem e que quanto ao caso da Bióloga Sandra Solci Zier

valem as ponderações acima para efeitos de lastrear as impugnações

administrativas e judiciais em desfavor do Conselho de Radiologia da 10ª Região

ou quaisquer outras que lhe venham a ser impostas (fls. 32 a 34).

2.10 - Em 9 de outubro de 2008 é encaminhado ao AJUR/CFBio através de oficio

CFBio nº 371/2008 o Processo 70/2008 – Áreas de Atuação – Medicina Nuclear

Biólogo Nuclearista, para revisão do Parecer de 1º de outubro de 2008 (fls. 35).

2.11 – Em 10 de outubro o Ofício CFBio nº 354/2008 apresenta a mesma

conclusão acima descrita (fls. 36 a 38).

2.12 –Em 14 de novembro de 2008 o CRBio-01 através da funcionária Sueli

indaga ao CFBio por conta de sua assessora jurídica sobre o andamento do

Processo referente ao Conselho de Técnicos de Radiologia que autuam

profissionais Biólogos (fls. 39 a 41).

2.13 – Em 27 de novembro de 2008 é encaminhado ao Presidente do CRBio-01

através de documento 80/2008, o Parecer do AJUR/CFBio referente ao

questionamento do item anterior constando todas as trocas de mensagens

referentes ao tema (fls. 42 a 52).

2.14 –Em 11 de novembro de 2015 o CFBio recebeu e-mail do Sr. Robson Tadeu

da Silva Rodrigues, com o assunto Fiscalizações em estabelecimentos de

Serviços de Medicina Nuclear por conta dos Conselhos de Farmácia em todo o

Brasil anexando parecer da Sociedade de Medicina Nuclear- SBMN e faz

citações em que tanto a CNEM quanto a ANVISA reconhecem e qualificam o

Biólogo para a função e também que algumas empresas desconhecem as leis e

estão deixando de contratar Biólogos. Ao final diz-se representar todos os

Biólogos e espera atitude jurídica do CRB (fls. 53 a 68).

2.15 – Em 24 de novembro de 2015 através do Ofício CFBio nº 299/2015 é

encaminhado o Processo CFBio nº 70/2008 ao AJUR/CFBio (fls.69).

2.16 – Em 25 de novembro de 2015 o AJUR/CFBio responde sobre a consulta –

Serviço de Medicina Nuclear Administração de Doses de Radiofármacos ‘in vivo”

os quais não são de fabricação própria da unidade prestadora de serviços e a

possibilidade de sua preparação e administração daqueles por Biólogos. Orienta

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que o Processo seja distribuído a um dos Conselheiros Federais ou especialista

que subsidie a análise pelo presente AJUR/CFBio(fls. 70).

2.17 – Em dezembro de 2015 o Processo foi sorteado para a Conselheira Efetiva

e Vice-Presidente do CFBio para atender à orientação do AJUR/CFBio (fls.).

3- Fundamentação

Com base no relatório temos:

3.1 – Relato da Presidente do CRBio-03 Clarice Luz que por solicitação do CFBio

e CRBio-01, conforme afirma, vem dar sua contribuição sobre o tema atestando

sua experiência por 28 anos na área da Medicina Nuclear desenvolvidas no

Hospital São Lucas da PUCRS e na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre,

RS. Presta importantes informações sobre as características do serviço em tela

discorrendo sobre a Medicina nuclear “in vivo” e “in vitro” (fls. 2 a 5).

3.2 – Na Resolução 435 de 17/05/2005, sobre as atribuições do Farmacêutico na

área de Radiofarmácia destacam-se os itens d, f, h, i, j, k e l, entendemos que as

atividades descritas também podem ser exercidas por Biólogos (fls. 6).

3.3 - No Projeto de Lei s/n de 2005 da Deputada Federal, Alice Portugal, o art. 2º

inciso III que trata da Direção, Responsabilidade e Assistência Técnica quanto

aos itens e, f, o art. 3º que trata das atividades afins ainda que não privativos ou

exclusivos, o inciso I itens a, b, d, e, f, g, h ,i e incisos II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX,

X, embora ser legislação da profissão de farmacêutico, entendemos que podem

também ser desenvolvidas por Biólogos (fls. 8 a 11).

No mesmo Projeto de Lei o art. 4º que trata das funções de chefia e direção, e art.

5º a maioria das especialidades podem ser do Biólogo (fls. 11); Os arts. 7º e 24

também contemplam áreas do Biólogo (fls. 12).

3.4 – Na entrevista realizada o Dr. Eloy Julius Garcia cita que não há qualquer

controle de exercício profissional no setor de estocagem, fracionamento,

preparação, controle de qualidade, embalagem e dispensação do radiofármaco,

considerada pelo cientista de etapas intermediárias são realizadas por

profissionais das diversas áreas (fls. 17).

Não existe norma para garantir que a Radiofarmácia é exclusiva de farmacêutico

citando o Biólogo como o profissional que atua também, é citado a Sociedade

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Brasileira de Biociências Nucleares – SBBN que abriga indistintamente

profissionais de diversas áreas (fls. 19).

3.5 – Consulta da Bióloga Gabriela Mishima Honório registro no CRBio-01 sob

número 31.843/01-D que atua na área da Medicina Nuclear há 7 anos, setor de

Imagenologia do Hospital das Clinicas de Campinas/UNICAMP, descrevendo a

atuação como responsável pela manipulação de radiofármacos, preparando-os

para que sejam inoculados em pacientes que realizarão exames de imagem no

serviço (fls.22 e 23).

3.6 – A análise e manifestação da comissão de saúde do CRBio-01 inclui a norma

CNEN – NN-6-01 - Requisitos para o registro de pessoas físicas para o preparo

uso e manuseio de fontes radioativas, sugerindo que o CFBio regule as atividades

profissionais do Biólogo na área de Biofísica e subáreas Biologia Celular e

Molecular, Fotobiologia (fls. 27).

3.7 – E-mails de Patrícia de Fátima Faleiros Ribeiro registro 23.655/01-D que em

8/09/08 completou 10 anos como Bióloga no Serviço de Medicina Nuclear do

Hospital de Base de São José do Rio Preto, SP (fls. 25 a 28).

3.8 – Resposta do AJUR/CFBio sobre consulta feita pela Bióloga Sandra Solci

Zier a respeito da – regulamentação da atividade de Radiobiologia, para

manifesto do CFBio c/c consulta da UNESP no mesmo sentido e, pelo que foi

apresentado conclui a Assessoria Jurídica que os Biólogos da UNESP com

registro no CRBio-01 é suficiente para garantir o pleno exercício se o mesmo tiver

título de Especialista em Biofísica subárea Tecnologia Nuclear e Radiobiologia

subárea Diagnóstico de Imagem (fls. 32 a 34).

3.9 - Opinião Legal produzida por advogado tendo como Consulente a Sociedade

Brasileira de Medicina Nuclear tendo como objetivo da consulta jurídica a

desnecessidade de farmacêutico para Serviço de Medicina Nuclear que

administra doses de radiofármacos “in vivo”, os quais não são de fabricação

própria da unidade prestadora dos serviços, e a possibilidade de preparação e

administração do mesmo por biomédicos e profissionais com formação superior

na área da saúde. A consulta foi motivada por conta de fiscalizações promovidas

pelos Conselhos Regionais de Farmácia, alegando que os estabelecimentos de

saúde devem ter farmacêuticos capacitados. O que resultou em resposta de ser

inaplicável a obrigatoriedade de se ter tal profissional citando o art. 6º da RDC

63/2009 regulado pelos arts. 6.1 ao 6.18 da RDC 38/2008 (fls. 54 a 68).

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4-Conclusão

Após a identificação do presente processo, o relatório e a fundamentação,

conclui-se que:

4-1 – A Resolução CFBio Nº 10 de 05/07/2003 que trata das áreas e subáreas do

conhecimento do Biólogo constam a Biofísica e suas especialidades em Biofísica

celular e molecular, Fotobiologia, Magnetismo e Radiobiologia; Biologia Celular e

Farmacologia.

- Justamente as áreas que cabem ao Biólogo para que o mesmo possa atuar em

Medicina Nuclear.

4.2 – A Resolução CFBio Nº 227 de 18/08/2012 no seu art. 5º temos Análises e

Diagnósticos Biomoleculares,

- Também afim com a Medicina Nuclear.

4.3 – O trabalho e experiência na área da Medicina Nuclear e as argumentações

apresentadas pelas Biólogas Clarice Luz, Gabriela Mishima Honório, Patrícia da

Fátima Faleiros Ribeiro e Sandra Solci Zier.

- São mais do que justificáveis para a atuação na área da Medicina Nuclear.

4.4 – As atribuições de Farmacêuticos na área de Radiofarmácia que também

podem ser desenvolvidas por Biólogos e que constam na Resolução n. 435 de 17

de maio de 2005, assim elencadas: fracionamento; controle de qualidade em

radionuclídeos, radiobioquímico, biológico e farmacológico; controle

farmacocinético de formas e sistemas de liberação de radiofármacos; vigilância

epidemiológica e sanitária; biossegurança de radiofármacos; pesquisa de novos

radionuclídeos e radiofármacos; direção e assessoramento; responsabilidade

técnica e desempenho de funções especializadas exercidas em empresas ou

instituições de produção, importação, exportação e distribuição de radiofármacos.

- As Resoluções do CFBio já mencionadas dão ao Biólogo, capacitado, a

oportunidade de atuar nos Serviços de Medicina Nuclear.

4.5 – No PL s/n de 2005 de autoria da Deputada Federal Alice Portugal, já citado

anteriormente e que “Dispõe sobre o âmbito da profissão farmacêutica no País e

dá outras providências”, sem ser privativo do Farmacêutico, entende-se que o

Biólogo também (pode?) atuar: art. 2º inciso II item h; inciso III item e, e item f;

art.3º inciso I itens a, b, d, e f, g, h, i,; incisos II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX; art. 4º;

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art. 5º (especialidades farmacêuticas onde na grande maioria são afetas também

ao Biólogo); art. 6º § 1º; art. 7º; art. 24.

- Embora seja um PL de farmacêutico verifica-se que é inerente aos profissionais

da saúde que atuam na área laboratorial e de serviços de saúde.

4.6 – A manifestação do Farmacêutico Eloy Julius Garcia com vasto currículo na

área de Radiofarmácia e também tendo sido Presidente da Sociedade Brasileira

de Biociências Nucleares-SBBN em entrevista publicada na Revista Pharmácia

Brasileira diz que no conceito da OMS todas as preparações realizadas no campo

da radiofarmácia, são fármacos; as etapas intermediárias afetas à radiofarmácia

são realizadas por profissionais da área da saúde não farmacêuticos, incluindo

estudantes estagiários; não havendo lei, resolução ou qualquer norma garantindo

a exclusividade do farmacêutico em radiofarmácia, físico, médico, químico e o

biólogo também atuam na área; a SBBN abriga indistintamente os profissionais

garantindo espaço para a radiofarmácia.

- Biofísica, Farmacologia, Radiobiologia, são áreas do Biólogo e os muitos que

atuam em Serviços de Medicina Nuclear são filiados à SBBN, são capacitados

pela CNEN, já cursaram especialização ou pós-graduação em nível de mestrado

e doutorado em Biociências Nucleares, curso este que tem Biólogos como

docentes.

4.7 – A Análise, Manifestação e Parecer sobre o exercício profissional do Biólogo

na área de Biofísica elaborado pela Comissão de Saúde do CRBio-01 é bastante

clara quando afirma que não há restrições ao Biólogo para atuar em serviços de

Medicina Nuclear exercendo atividades de obtenção de imagens de cintilografia,

tomografia computadorizada e ressonância magnética nuclear deixando a

interpretação a cargo de médicos. Lembrando que o mesmo tenha em sua matriz

curricular de graduação ou de pós-graduação elementos que permitam atuam nas

áreas da saúde humana e Biofísica, que recolham ART e obtenham Título de

Especialista do Conselho.

Além do mais a Comissão sugere ainda que o CFBio elabore uma Resolução que

regulamente as atividades profissionais na área de Biofísica, manipulação de

radioisótopos, serviços de radiodiagnósticos e de radioterapia (operação de

equipamentos de diferentes fontes de energia para tratamentos que utilizam

radiações ionizantes.

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- A Lei Nº 6684/79 em seu Capítulo I art. 1º “O exercício da profissão de Biólogo é

privativo dos portadores de diploma: Inciso I -devidamente registrado de bacharel

ou licenciado em curso de História Natural, ou de Ciências Biológicas, em todas

as suas especialidades............”, garante ao CFBio baixar Resoluções que

possam dar entendimento melhor às inúmeras áreas de conhecimento, atuação e

especialidades do Biólogo.

4.8 – A opinião Legal emitida por advogados a pedido da Sociedade Brasileira de

Medicina Nuclear fazendo citações da legislação em vigor diz ser inaplicável às

entidades que prestam serviços médicos nucleares “in vivo”, sem a fabricação de

radiofámacos para uso próprio a obrigatoriedade de se manter farmacêutico em

seus quadros.

- Entende-se, portanto que o Biólogo, devidamente capacitado, poderá atuar em

serviços de medicina nuclear tendo toda a legislação em favor de qualquer outro

profissional da saúde desde que não haja produção de fármacos, mas simples

preparação e administração de radiofármacos “in vivo”, regulado pela RDC n.

38/2008 artigos de 6.1 ao 6.18.

Para finalizar, por tudo que foi exposto, pode-se afirmar que o Biólogo poderá

atuar na área da Medicina Nuclear. Que as ações do Conselho de Radiologia são

ilegais tendo em vista estarem autuando Biólogos e Instituições que não tenham

técnicos ou tecnólogos em radiologia e também concordando com a sugestão da

Comissão de Saúde do CRBio-01 no sentido de que o CFBio regule através de

Resolução a área de atividade discutida no presente parecer.

Este é o que se apresenta,

Rio de Janeiro, 15 de Janeiro de 2016.

Bióloga Fátima Cristina Inácio de Araújo CRBio 03868/02-D

Vice Presidente do CFBio e relatora do Processo