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CONSELHO EXECUTIVO Décima-oitava Sessão Ordinária 24-28 de Janeiro de 2011 Adis Abeba, Etiópia EX.CL/629 (XVIII)Rev.1 Original: Inglês RELATORIO DA CONFERÊNCIA DA UA DOS MINISTROS RESPONSÁVEIS PELO GÉNERO E ASSUNTOS DA MULHER E O LANÇAMENTO DA DÉCADA DA MULHER AFRICANA, 11 – 15 DE OUTUBRO DE 2010 NAIROBI - QUÉNIA AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA Addis-Abeba (ETHIOPIE) P. O. Box 3243 Téléphone (251-11) 5517 700 Fax : 551 78 44 Website: www.africa-union.org

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CONSELHO EXECUTIVO Décima-oitava Sessão Ordinária 24-28 de Janeiro de 2011 Adis Abeba, Etiópia

EX.CL/629 (XVIII)Rev.1 Original: Inglês

RELATORIO DA CONFERÊNCIA DA UA DOS MINISTROS RESPONSÁVEIS PELO GÉNERO E ASSUNTOS DA MULHER E O

LANÇAMENTO DA DÉCADA DA MULHER AFRICANA, 11 – 15 DE OUTUBRO DE 2010

NAIROBI - QUÉNIA

AFRICAN UNION

UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA

Addis-Abeba (ETHIOPIE) P. O. Box 3243 Téléphone (251-11) 5517 700 Fax : 551 78 44 Website: www.africa-union.org

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RELATÓRIO DA CONFERÊNCIA DA UA DOS MINISTROS RESPONSÁVEIS PELO GÉNERO E ASSUNTOS DA MULHER E O LANÇAMENTO

DA DÉCADA DA MULHER AFRICANA 11 - 15 DE OUTUBRO DE 2010

NAIROBI, QUÉNIA

1. A ideia da Década da Mulher surgiu em 1975, através das Nações Unidas, durante a Primeira Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada na Cidade do México. Desde então, a Mulher Africana tem estado engajada e continua a participar nas consultas locais e internacionais sobre os direitos da mulher e a igualdade do género. As contribuições da Mulher Africana enriqueceram os debates nas subsequentes Conferências da Mulher em Copenhaga (1980), Nairobi (1985) e Pequim (1995). 2. Na sua Reunião Extraordinária dos Ministros responsáveis pelo Género e a Mulher, realizada em Maseru (Lesoto), em Dezembro de 2008, os Ministros responsáveis pelo Género e a Mulher da União Africana (UA), apelaram à UA a declarar 2010-2020 como Década da Mulher Africana e a empreender amplas consultas para garantir que a Década seja um sucesso. A proposta dos Ministros foi aprovada pela Decisão da Conferência Dec. 487 (XIX), que proclamou 2010-2020 como Década da Mulher Africana.

3. O objectivo da Década da Mulher Africana é promover a igualdade de género, acelerando a implementação das Decisões de Dakar, de Beijing e da Conferência da UA sobre a Igualdade de Género e a Emancipação da Mulher (GEWE), através de uma abordagem vertical e horizontal, que seja extensiva à participação popular (grassroots). O objectivo da Década é de redinamizar o engajamento com vista a rápida implementação dos compromissos mundiais e regionais acordados em torno da igualdade de género e da emancipação da mulher (GEWE). Durante a Década será dada uma atenção especial aos seguintes temas:

1. Combate à pobreza e promoção da capacitação económica da mulher e o empreendedorismo;

2. Agricultura e Segurança Alimentar;

3. Mortalidade Materna, Saúde e VIH/SIDA;

4. Educação, Ciência e Tecnologia;

5. Meio ambiente e alterações climáticas;

6. Paz e Segurança e Violência Contra a Mulher;

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7. Governação e Protecção Jurídica;

8. Finanças e Orçamentos de Género;

9. Mulheres na posição de tomada de decisão;

10. Formação da Juventude (homens e mulheres) para que sejam campeões da Igualdade de Género e emancipação da Mulher.

4. O lançamento da Década foi planificado para coincidir com o Dia Internacional da Mulher Rural, que é o dia 15 de Outubro. A escolha do dia foi também feita em consonância com o tema da Década, que é "Abordagem Popular no Quadro da Igualdade de Género e Emancipação da Mulher". O lançamento que teve lugar em Nairobi (Quénia), a 15 de Outubro de 2010, foi precedido por importantes fóruns, nomeadamente, o Fórum das ONGs (10 de Outubro), a Reunião de Peritos (11 e 12 de Outubro), as sessões das Comissões de Trabalho sobre a Década e visitas ao terreno (13 de Outubro) a Reunião Ministerial (14 de Outubro) e os Grupos Temáticos (11-14 de Outubro). 5. O lançamento da Década foi assistido por mais de 2.000 participantes, destacando a presença do Presidente da União Africana e da República do Malawi, Sua Excelência Bingu Wa Mutharika, do Presidente da República do Quénia S.E. Mwai Kibaki (anfitrião), do Presidente e Vice-presidente da UA, das Primeiras Damas, do Secretário-geral adjunto das Nações Unidas, de vários Vice-Presidentes, de um Primeiro-ministro, Primeiros-Ministros Adjuntos, Ministros, Vice-ministros, parlamentares, embaixadores, homens campeões da igualdade de género e emancipação da Mulher, OSCs, especialistas em matéria de género, personalidades do sector privado e classe académica. O anúncio da ratificação do Quénia do Protocolo da Carta dos Direitos Humanos e dos Povos sobre os Direitos da Mulher em África, feito logo antes da revelação da placa sobre a década, constituiu um marco histórico neste lançamento. 6. A reunião ministerial elegeu uma nova Mesa composta pelo Quénia (Presidente), Mali (Primeiro Vice-presidente), Tunísia (2 º Vice - presidente), Congo Brazzaville (3 ª Vice-Presidente) e Reino do Lesoto (Relator). A reunião ministerial aprovou o Projecto de Programa, recebeu e debateu a várias dissertações e aprovou o relatório dos peritos, incluindo a Declaração de Nairobi sobre a Década da Mulher Africana (2010-2020) (Anexo I) e analisou os três documentos de trabalho. O Relatório da Reunião sobre o Lançamento da Década da Mulher está como Anexo II ao presente relatório.

7. Os Ministros não tiveram objecção às emendas propostas aos documentos elaborados durante a Primeira Reunião da UA dos Ministros dos Assuntos da Mulher e do Género, realizada em Outubro de 2005, em Dakar, Senegal, para orientar os Estados Membros na sua elaboração de relatórios relativos à DSEGA, nomeadamente: (a) as Directrizes para a Elaboração de Relatórios relativos à Declaração Solene sobre a Igualdade do Género em África da UA (DSEGA); (b) o

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Quadro de Implementação da Declaração Solene sobre a Igualdade do Género em África (DSEGA) (Anexo III e IV).

8. Solicita-se que o Conselho Executivo:

Aprove os relatórios e resultados da Conferência que incluem:

- a Declaração de Nairobi sobre o Lançamento Continental da

Década da Mulher Africana; - as Directrizes emendadas para a Elaboração de Relatórios

relativos à Declaração Solene sobre a Igualdade do Género em África da UA (DSEGA).

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LANÇAMENTO DA DÉCADA DA MULHER AFRICANA 14 – 15 de Outubro de 2010 Nairobi, Quénia

Original: Inglês

RELATÓRIO DA REUNIÃO DE MINISTROS

AFRICAN UNION

UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA

Addis-Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Téléphone: +251 115 517 700 Fax: +251 115 517844 Site Internet: www.africa-union.org

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RELATÓRIO DA REUNIÃO DE MINISTROS I. Introdução 1. A Reunião Ministerial teve lugar de 14 a 15 de Outubro de 2010 em Nairobi, Quénia, no Centro de Conferências Internacionais Kenyatta. II. Cerimónia de Abertura 2. A Cerimónia de Abertura cuja Mestre de Cerimónia de Abertura foi a Srª Collette A. Suda, Secretária para o Género e Desenvolvimento Social, foi presidida pela Vice-presidente da Gâmbia, Sua Excelência Isatou Njie-Saidy. Discursos foram foram proferidos pelo Primeiro-Ministro da República do Quénia,, Sua Excelência Raila Odinga, a Vice-presidente da República da Gâmbia, Sua Excelência Isatou Njie-Saidy, a Srª Litha Musymi Oganda, Directora do Departamento das Mulheres, Género e Desenvolvimento, em nome do Dr- Jean Ping, Sua Excelência Drª Naomi Shaban, Ministra de Gênero, Criança e Desenvolvimento Social da República do Quênia e Sua Excelência Linah Jebii Kilimo, Vice-ministra para Cooperativas e Marketing e Presidente ..... 3. No seu discurso, Sua Excelência Linah Jebii Kilimo, Vice-ministra para Cooperativas e Marketing e Presidente das Mulheres Parlamentares do Quénia. Indicou que as mulheres quenianas estão a comemorar os ganhos realizados na nova Constituição, uma vez que isto irá emancipá-las da cultura retrogressiva e colocá-las em posições de tomada de decisões. Ela lamentou o alto custo das campanhas políticas, a ausência no seio dos partidos políticos e a violência e o baixo número de mulheres eleitas como membros do Parlamento no país.

4. No seu discurso, Sua Excelência Drª Aja Isatou Njie Saidy, Vice-presidente da República da Gâmbia e Ministra para os Assuntos da Mulher e Vice-presidente da Reunião dos Ministros dos Assuntos da Mulher e do Género agradeceu a Comissão da UA e os Ministros, Peritos e Parceiros pela confiança e apoio depositados na Mesa cessante, durante o seu mandato. Ela enumero algumas das realizações da Mesa que trabalha com as delegações dos Estados-membros da União Africana para adoptar uma série de decisões-chave. Ela fez referência aos progressos feitos pelo Comité Directivo do Fundo Africano da Mulher, o Comité dos 30 sobre a Década da Mulher Africana e os três temas prioritários para os primeiros três anos da Década que, segundo aconselhou deverão estar em harmonia com os temas da União Africana, tendo em consideração os temas transversais. Ela, finalmente, apelou para uma cooperação mais estreita e a harmonização das actividades relacionadas com o género pela UA/NEPAD e os Sistemas da ONU, instituições regionais e parceiros de desenvolvimento.

5. Concluindo, ela felicitou a nova Mesa e fez votos de um mandato frutífero e exitoso, encorajando-a a consolidar os esforços sobre os ganhos já alcançados e permitir a elaboração de estratégias de desenvolvimento com vista a face aos

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desafios enfrentados até agora na implementação do Roteiro da Década da Mulher Africana.

6. Em nome do Presidente da Comissão da União Africana, Dr. Jean Ping, a Directora do Departamento das Mulheres, Género e Desenvolvimento da UA, Srª Litha Musymi Oganda indicou que o Presidente, que estava a caminho para Nairobi, desejaria estar fisicamente presente na cerimónia de abertura e transmitiu a sua mensagem especial e os seus cumprimentos calorosos em nome de Sua Excelência o Presidente; ela exprimiu os seus sinceros agradecimentos à República do Quénia através de Sua Excelência o Primeiro-Ministro, pelas calorosas bem-vindas à delegação da UA e pelos preparativos e os programas desenvolvidos que deram lugar ao lançamento da Década da Mulher Africana. Ela expressou os agradecimentos da União Africana ao Presidente, Governo e Povo da República do Quénia por ter aceite acolher este lançamento.

7. Ela indicou que a participação das mulheres, em geral e das mulheres da base, em particular, enriqueceram significativamente a Declaração de Nairobi, ao mesmo tempo que evocaram a nostalgia das mulheres africanas em relação à Conferência das Nações Unidas que teve lugar em Nairobi, há 25 anos atrás. Ela disse que o lançamento da Década das Mulheres da África será uma clara demonstração da experiência ganha e sólida das mulheres africanas na abordagem de questões concretas, reconhecendo que a Década marcou as bodas de prata do fim da Década da Mulher das Nações Unidas. A Comissão foi encorajada pelos progressos alcançados pelos Estados-membros na implementação dos comprimissos globais e regionais sobre o género e o empoderamento da mulher.

8. Ela afirmou que para além da reunião de peritos que encerrou com êxito, foram programados cerca de 36 eventos paralelos. Os eventos paralelos permitiram até agora a aprendizagem, o estabelecimento de redes e a sensibilização, assim como a partilha, desde a Conferência de Nairobi de 1985. Concluindo, ela indicou que os dez temas da Década tinham sido discutidos na íntegra, observando que o lançamento da Década será uma oportunidade para se reflectir sobre as realizações do passado. Ela indicou que o que restava por alcançar era fechar a lacuna da implementação. Reiterou que o Fundo para a Mulher Africana seria um veículo para a mobilização de recursos para as actividades da Década, nos termos do Pilar de Desenvolvimento da UA, no seu Plano Estratégico 2009-2012.

9. Na sua intervenção, a Hon. Drª Naomi Shaban, Ministra do Género, Género, Criança e Desenvolvimento Social da República do Quénia, sublinhou o facto que a igualdade do género e o avanço da mulher são cruciais e essenciais ao desenvolvimento sustentado. Ela disse que progressos para atingir a igualdade do género podem ser registados através da implementação de compromissos globais e regionais, declarações e resoluções bem como pela criação de mecanismos que facilitam os trabalhos de apoio e facilitação da igualdade do género a todos os nívels. Ela incidiu sobre as estratégias concebidas desde Dakar em 1994 até

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Beijing 1995 e o notável progresso dos Estados. Ela partilhou as experiências do Quénia no tratamento das desigualdades do género através da concepção de uma política nacional do género que salvaguarda os direitos da mulher, bem como de uma nova Constituição que consigna de forma adequada os direitos da mulher. Ela, finalmente, reiterou que a partilha de ideias e experiências sobre o que terá corrido bem durante a Década, virá reflectido nos resultados da reunião de Ministros e apresentou boas-vindas a todos os Ministros ao Quénia.

10. O discurso de abertura foi feito por Sua Excelência o Primeiro-Ministro da República do Quénia, Raila Odinga. Ele indicou que a República do Quénia teve uma vez mais o privilégio de acolher um fórum importante, anos depois da Terceira Conferência da ONU sobre a Mulher, que teve lugar em Nairobi. Ele afirmou que o lançamento da Década da Mulher Africana constituia uma plataforma ideal para recuperar a chama que foi produzida por mais de dois mil delegados reunidos em Nairobi com o fim de reivindicar o seu espaço na esfera de desenvolvimento sócio-económico e político, com a adopção das Estratégias de Avanço de Nairobi (NFLS) em 1985. Os ideiais das estratégias continuam pertinentes até a data e sem dúvidas contribuíram significativamente para a consolidação do movimento das mulheres em África.

11. Ele disse que passados 15 anos da 4ª Conferência Mundial da Mulher de Pequim, 1995, 25 anos da 3ª Conferência Conferência sobre as Mulheres realizada em Nairobi e 35 anos após a Conferência do México sobre as Mulheres, a reunião foi uma plataforma importante para analisar até onde a mulher africana chegou e a distância que resta por alcançar e o nível de preparação das mulheres para cobrir esta distância.

12. Ele reconheceu os ganhos que foram alcançados em África na representação das mulheres nos parlamentos na educação das raparigas perante o aumento da promulgação de leis e políticas em todo o continente. Indicou que nos últimos cinco anos teve lugar a eleição da primeira mulher Chefe de Estado em África Sua Excelência Sirleaf-Johnson da Libéria. No Quénia, ele reconheceu a Prof. Wangari Maathai como primeira mulher africana com Prémio Nóbel e prestou homenagem aos seus esforços incansáveis pela conservação do ambiente. Tudo isso, observou, deverá ser reflectido como alguns dos ganhos alcançados que deverão ser comemorados uma vez que a Década será oficialmente lançada amanhã.

13. Ele sublinhou os compromissos do Quénia para com a igualdade do género e o empoderamento da mulher e informou a reunião que o Quénia acabava de promulgar uma nova e progressiva Constituição que assegurou as conquistas da mulher. Concluiu dizendo que tanto a nova Constituição com as várias estratégias de políticas permitirá ao Quénia alcançar a sua visão de 2030 rumo ao desenvolvimento sustentável e os direitos humanos para todos.

14. Em seguida, declarou oficialmente aberta a Reunião Miniserial.

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15. A Moção de Agradecimento foi proferida pelo Secretário Permanente do Ministério do Género, Cultura e Desenvolvimento Social, Dr. James Nyikai. III. Participação 16. A reunião de Ministros contou com a participação dos seguintes Estados-membros da União Africana: Argélia, Benin, Burkina Faso, Chade, Congo, Côte d’Ivoire, Djibouti, República Democrática do Congo, Egipto, Guiné Equatorial, Gana, Gâmbia, Guiné Bissau, Quénia, Lesoto, Libéria, Líbia, Mali, Namíbia, Nigéria, Sierra Leone, África do Sul, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbabué. 17. Participaram igualmente na reunião os Órgãos da UA, as CERs, OSCs, Agências da ONU e representantes da CUA. IV. Eleição da Mesa para a Reunião 18. A nova Mesa foi eleita como se segue:

Presidente: Quénia (Região da África Oriental) Primeiro Vice-Presidente: Mali (Região da África Ocidental) Segundo Vice-Presidente: Tunísia (Região da África do Norte) Terceiro Vice-Presidente: Congo (Região da África Central) Relator: Lesoto (Região da África Austral)

V. Adopção do Projecto de Programa 19. O programa foi adotado sem qualquer alteração. VI. Apresentação e Debate do Projecto de Declaração de Nairobi 20. Presidida por Sua Excelência Drª Naomi Shaban, Ministra do Género, Criança e Desenvolvimento Social do Quénia, a Reunião Ministerial debateu em torno do Projecto da Declaração de Nairobi. Os Ministros adoptaram a Declaração de Nairobi tal como emendado. (A Declaração está em anexo) VII. Apresentação e Debate do Relatório da Reunião de Peritos pelos

Ministros 21. Presidida por Sua Excelência Drª Naomi Shaban, Ministra do Género, Criança e Desenvolvimento Social do Quénia, a Reunião Ministerial debateu em torno do Relatório da Reunião de Peritos. Os Ministros solicitaram a CUA a fornecer mais informações acerca do Comité dos 30 e Comité dos 10. A Comissão deu informações básicas e documentos de referência sobre a matéria. 22. Seguidamente à apresentação, os Ministros levantaram as seguintes questões:

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- Os Estados-membros deverão participar na escolha dos membros

dos Comités e tomar uma decisão sobre os Comités; - Todas as informações que dizem respeito aos Comités deverão ser

distribuídas a todos os Estados-membros; - Dever-se-á ter em conta a representação regional do membro.

23. Os Ministros tomaram nota das propostas contidas no relatório dos peritos sobre o ponto XII, parágrafos 39 e 40 sobre as emendas à (a) Directrizes para a Elaboração de Relatórios relativos à Declaração Solene sobre a Igualdade do Género em África da UA (DSEGA); e (b) o Quadro de Implementação da Declaração Solene sobre a Igualdade do Género em África (DSEGA), conforme adoptadas durante a sua reunião realizada em Dacar em Outubro de 2005 e não foi apresentada qualquer objecção (Anexos III e IV a este relatório). VIII. Adopção do Relatório da Reunião de Ministros 24. O Relatório dos Ministros foi adoptado, tal como emendado. IX. Cerimónia de Encerramento

(i) Discurso de Encerramento pela Srª Litha Musyimi-Ogana, Directora do Departamento da Mulher, Género e Desenvolvimento

25. A Srª Litha, em nome do Presidente da Comissão da UA, agradeceu os Ministros pela sua participação e colaboração e o trabalho bem sucedido durante os últimos dois (2) dias, de 14 a 15 de Outubro de 2010. Ela agradeceu igualmente a todos aqueles que trabalharam para o sucesso desta reunião e fez votos de boa viagem de regresso.

(ii) Discurso de Encerramento de S.E. Uhuru Kenyatta, Vice-Primeiro Ministros da República do Quénia

26. No seu discurso de encerramento, Sua Excelência Uhuru Kenyatta agradeceu a todos os peritos pelos compromissos e o valioso trabalho realizado em dois (2) dias. Ela declarou oficialmente encerrada a Reunião Ministerial.

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EX.CL/629 (XVIII) Anexo 1

DECLARAÇÃO DE NAIROBI

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AFRICAN UNION

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LANÇAMENTO DA DÉCADA DA MULHER AFRICANA 14 de Outubro de 2010 Nairobi, Quénia

Original: Inglês

DECLARAÇÃO DE NAIROBI SOBRE A DÉCADA DA MULHER AFRICANA 2010-2020

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Declaração de Nairobi sobre a Década da Mulher Africana 2010-2020

Nós, os Ministros Africanos responsáveis pelos Assuntos do Género e da Mulher, reunidos em Nairobi, Quénia, a 14 de Outubro de 2010, para o Lançamento da Década da Mulher Africana 2010-2020, sob o tema "Abordagem de Base para a Igualdade de Género e Empoderamento da Mulher; Considerando a Reunião Extraordinária de Ministros do Género e Assuntos da Mulher da União Africana, em Maseru, Lesoto, em Dezembro de 2008, a 12ª Cimeira Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, em Adis Abeba, em Fevereiro de 2009, declarou 2010-2010 como a Década das Mulher Africana; Reconhecendo os progressos realizados na consecução da igualdade de género e o empoderamento das mulheres; Reconhecendo o papel crítico que as mulheres das bases desempenham no desenvolvimento nacional e apoio para a intensificação destas iniciativas; Inspirados por declarações internacionais, regionais e sub-regionais, protocolos e convenções, incluindo a Declaração do Milénio de 2000 e os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, em particular promover e reforçar o empoderamento das mulheres e acelerar o alcance da equidade e igualdade de género como parte dos direitos humanos; Reconhecendo a inter-relação entre a igualdade de género, o empoderamento das mulheres, os direitos humanos, o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável; Tomando nota dos resultados dos Fóruns de ONG de Mulheres Africanas realizado à margem do lançamento da Década da Mulher Africana; Preocupado pelo facto de que os novos desafios colocados pelas alterações climáticas e a degradação ambiental, a insegurança alimentar crónica, as crises financeiras e económica, e a efeminização da pobreza e tráfico de seres humanos, o aumento de casos de mortalidade materna e HIVSIDA podem afectar negativamente os progressos realizados; Reconhecendo que o progresso rumo à igualdade de género, equidade de género e o empoderamento das mulheres pode ser alcançado abordando as causas estruturais e causas que estão na origem da desigualdade de género através da promulgação e aplicação dos instrumentos constitucionais e jurídicos, nomeadamente, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de

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Discriminação contra a Mulher, o Protocolo à Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos sobre os Direitos das Mulheres em África, a Convenção sobre os Direitos da Criança, a Declaração da União Africana sobre a Igualdade de Género em África, a Política da União Africana sobre o Género e outros instrumentos internacionais, regionais e sub-regionais; Convencidos da necessidade de estabelecer e fortalecer mecanismos institucionais para a integração do género para todas as políticas e programas e estabelecer orçamentos e a promoção e protecção dos direitos humanos das mulheres; Afirmando a importância crítica dos princípios, objectivos e metas das Plataformas de Acção de Dacar e Pequim para o avanço das mulheres, a igualdade de género, a equidade de género, o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza em África, o que contribuirá para a realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e as metas da Década da Mulher Africana; Salientando a importância de uma liderança empenhada e eficaz a todos os níveis e o papel das mulheres e dos homens na promoção das mudanças necessárias nas atitudes, comportamentos e práticas que limitam as mulheres e os direitos das raparigas, as capacidades e oportunidades, incluindo raparigas, mulheres portadoras de deficiência, mulheres idosas e mulheres com necessidades especiais; Incentivando os Estados-membros, as Comunidades Económicas Regionais e outros órgãos estatutários sub-regionais a empenhar-se plenamente na implementação e monitorização de todos os instrumentos internacionais, regionais e sub-regionais e a Década da Mulher Africana;

Valorizando a importância do reforço de parcerias com todos os intervenientes, incluindo o sector público particularmente os Ministérios das Finanças e Planificação Económica e outras agências governamentais, sector privado, sociedade civil, organizações de trabalhadores, líderes comunitários religiosos e tradicionais, instituições académicas e de investigação, autoridades locais, os media e a comunidade internacional na promoção da elevação da igualdade do género e emancipação da mulher a todos os níveis.

- totalmente comprometidos em alcançar as metas da Década da

Mulher Africana de 2010-2020, e implementar integralmente, acordos e iniciativas internacionais, regionais e sub-regionais; e

- igualmente empenhados em melhorar a situação das Mulheres

Africanas a nível das bases, tal como reflectido nas áreas temáticas da Década.

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Ratificamos as dez áreas temáticas identificadas pela União Africana para orientar as actividades da Década, tais como:

a) Combater a pobreza e promover o empoderamento económico das mulheres e o empresariado;

b) Agricultura e segurança alimentar; c) Saúde, mortalidade materna e HIV e SIDA; d) Educação, Ciência e Tecnologia; e) Ambiente, Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável; f) Paz e Segurança e Violência contra a Mulher e a rapariga; g) Governação e Protecção Legal; h) Finanças e Orçamento para o Género; i) Mulheres e tomada de decisões; j) Sensibilização de Jovens (homens e mulheres) para que defensores da

Igualdade do Género e o Empoderamento da Mulher. Por conseguinte:

1. Apelamos aos nossos parceiros internacionais, tanto bilaterais como multilaterais, incluindo as organizações do sistema das Nações Unidas, a prestar apoio financeiro adequado para a implementação da igualdade de género e o empoderamento das mulheres como programas descritos na área temática da Década;

2. Apelamos ainda a Comissão da União Africana, o sistema das Nações Unidas, o Banco Africano de Desenvolvimento e as Comunidades Económicas Regionais a fortalecer a sua coordenação e harmonização em relação à implementação das prioridades identificadas na presente Declaração Ministerial e os temas da Década da Mulher Africana;

3. Exortamos a Comissão da União Africana a fazer o acompanhamento

anual e apresentar um relatório sobre os progressos realizados na implementação das áreas temáticas da Década da Mulher Africana;

4. Apelamos aos Chefes de Estado e de Governo da União Africana para

continuar a apoiar a Década da Mulher Africana, que é liderada pela União Africana, em consulta com os governos e organizações da

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sociedade civil, com vista a conceder às populações africanas um maior sentido de propriedade.

Feita em Nairobi, a 14 de Outubro de 2010

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EX.CL/629 (XVIII) Anexo 2

RELATÓRIO SOBRE O LANÇAMENTO DA DÉCADA DA MULHER AFRICANA

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RELATÓRIO SOBRE O LANÇAMENTO DA DÉCADA DA MULHER AFRICANA

Nairobi, Quénia 10-15 de Outubro de 2010

AFRICAN UNION

UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA

Addis Ababa, Ethiopia P. O. Box 3243 Telephone: 5517 700 Fax: 5517844

Website: www. Africa-union.org

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1. Preâmbulo 1. A Comissão lançou com sucesso a Década da Mulher Africana, que foi acolhida pela República do Quénia, no Centro de Conferências Internacionais Kenyatta, em Nairobi, entre 10 e 15 de Outubro de 2010, com uma colorida cerimónia de lançamento, realizada a 15 de Outubro. No total, a Comissão organizou seis (6) diferentes Fóruns, nomeadamente sobre a Constituição do Fórum de ONGs, Reuniões de Peritos e ministeriais, Eventos Paralelos, Encontros do Comité da Década e Visitas de Campo e o próprio Lançamento que foi o auge do programa de Lançamento da Década, que teve a duração de uma semana. 2. Este programa de lançamento de seis dias contou com mais de 2000 participantes. A Comissão mobilizou a participação Internacional e Regional, incluindo participantes da comunidade de base africana (“African Grassroots”), enquanto o Ministério do Género, da Cultura e do Desenvolvimento Social da República do Quénia mobilizou a participação local e a de base. Os delegados provenieram dos Estados membros da UA, de organizações internacionais e regionais, de Agências das Nações Unidas, eram membros da Sociedade Civil, do sector privado, de organizações nacionais, de órgãos da UA, das agências especializadas da ONU, das Comunidades Económicas Regionais (CERs), membros do Corpo Diplomático, parceiros de desenvolvimento, promotores masculinos da Igualdade de Género e da Capacitação da Mulher e de Organizações de Base. A participação dos Estados membros da UA foi ao mais alto nível, com a presença de dois (2) Chefes de Estado e de Governo, nomeadamente o Presidente da União Africana, S.E. o Presidente Dr. Bingu wa Mutharika, do Malawi, e o Presidente do país anfitrião, S.E. Mwai Kibaki, duas (2) Primeiras Damas, a da Namíbia e da RDC, três (3) Vice-Presidentes, um (1) Primeiro-Ministro e os Ministros dos Assuntos de Género e da Mulher ou seu representante, dos seguintes Estados Membros da UA: Argélia, Benin, Burkina Faso, Camarões, Chade, Congo, Côte d'Ivoire, Djibuti, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial, Egipto, Gâmbia, Guiné-Bissau, Gana, Quénia, Lesoto, Libéria, Líbia, Mali, Malawi, Sierra Leone, Namíbia, Nigéria, República Árabe saharui Democrática, África do Sul, Somália, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe. 3. A delegação da ONU na sessão do Lançamento foi chefiada por S.E. Asha-Rose Migiro, Secretária-Geral Adjunta da ONU. O evento contou com uma vasta gama de chefes de Instituições Internacionais, especialistas em matéria de género, especialistas em apoio temático e membros do Comité de Mulheres da União Africana, entre outros dignitários. 2. Fórum das ONGs 4. O Fórum das ONGs, que se realizou no passado dia 10 de Outubro de 2010, contou com a participação de cerca de 200 ONGs provenientes de mais

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de 40 países africanos, bem como organizações internacionais e regionais. O Fórum foi organizado pela FEMNET, na qualidade de representante das ONG junto à Comissão Nacional de Organização e também na qualidade de Presidente da Solidariedade para com os Direitos da Mulher Africana (SOAWR). Sendo a maior Rede de Mulheres africanas do continente, a FEMNET foi escolhida pela Comissão para orientar os trabalhos de preparação e organização do Fórum de ONG. A Comissão tem vindo a trabalhar com a SOAWR na ratificação, pelos Estados-Membros, do Protocolo à Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos sobre os Direitos da Mulher em África. 5. A reunião foi aberta pelo Presidente do grupo parlamentar das Mulheres Quenianas, com uma declaração da Comissão lida pela Directora do WGDD. O encontro discutiu os 10 temas da Década e preparou um comunicado, que foi lido na Reunião de Peritos da UA, no dia seguinte, tendo contribuido para a Declaração de Nairobi. O Fórum das ONGs foi um enorme sucesso. 3. Reunião de peritos 6. A Reunião de Peritos realizou-se como parte das actividades preparatórias para o lançamento da Década da Mulher Africana, em Nairobi, Quénia, de 11 a 13 de Outubro de 2010. A mesma foi aberta oficialmente por S.E. Sr. Kalonzo Musyoka, Vice-Presidente da República do Quénia, e presidida por S.E. Atanas Manyala Keya, Ministra Assistente para os Assuntos do Género, Infância e Desenvolvimento Social. O Vice-presidente foi recebido por Sua Excelência Dra. Naomi Shaban, Ministra para os Assuntos do Género, Infância e Desenvolvimento Social, que proferiu um discurso, seguida pela Sra. Litha Musyimi Ogana, Directora do Departamento da Mulher, Género e Desenvolvimento da CUA, em nome do Presidente da Comissão da União Africana. O Sr. Ainas Chuma, Coordenador da ONU para os Assuntos Humanitários e Residente no Quénia, proferiu igualmente um discurso, enquanto o Secretário permanente do Ministério para os Assuntos do Género, Infância e Desenvolvimento Social do Quénia, Dr. James W. Nyikal fez uma alocução dando boas-vindas aos participantes no encontro. 7. Cinco grupos de trabalho foram criados de acordo com as línguas respectivas, que abordaram os 10 temas da Década, sendo dois temas para cada grupo, e apresentaram os resultados à Plenária. Os peritos recomendaram aos Ministros a adopção das recomendações, que deveriam ser implementadas na íntegra. 8. O projecto de Declaração de Nairobi foi apresentado à reunião e adoptada pelos peritos, tal como emendado. 9. A reunião de peritos foi encerrada pela Ministra para os Assuntos do

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Género, Cultura e Desenvolvimento Social da República do Quénia, Sua Excelência Dra. Naomi Shaban. 4. Reunião dos Ministros 10. A Reunião ministerial teve lugar em Nairobi, Quénia, no Centro de Conferências Internacionais “Kenyatta”, a 14 de Outubro de 2010, 11. O encontro foi aberto oficialmente pelo Primeiro-ministro do Quénia, S. E. Raila Odinga. A alocução de boas vindas foi proferida por S. E. a Dra.Naomi Shaban, Ministra para os Assuntos do Género, Infância e Desenvolvimento Social da República do Quénia e uma declaração de solidariedade do Grupo Parlamentar das Mulheres Quenianas foi lida por Sua Excelência Linah Jebii Kilimo, Ministra Assistente para as Cooperativas e Marketing e Presidente do Grupo Parlamentar das Mulheres Quenianas. A reunião foi presidida pela Vice-Presidente da Gâmbia, Isatou Njie-Saidy, na qualidade de Presidente da Mesa. A Vice-presidente da República da Gâmbia proferiu igualmente um discurso na cerimónia de abertura. A representante do Presidente da Comissão da União Africana, Sra Litha Musyimi Ogana, Directora do WGDD, também proferiu um discurso. 12. A Reunião ministerial contou com a participação de Estados membros da União Africana, a saber: Argélia, Benin, Burkina Faso, Camarões, Chade, Congo, Côte d'Ivoire, Djibuti, República Democrática do Congo, Egipto, Guiné Equatorial, Gana, Gâmbia, Guiné-Bissau, Quénia, Lesoto, Libéria, Líbia, Mali, Malawi, Namíbia, Nigéria, Sierra Leone, República Árabe Saraui Democrática, África do Sul, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe. Participaram ainda na reunião órgãos da UA, as CERs, OSC, representantes de agências das Nações Unidas, assim como representantes da CUA. 13. Uma nova Mesa foi eleita e composta pelo Quénia-Presidente, Mali-1º Vice-presidente, Argélia, 2º Vice-presidente, Congo Brazzaville, 3º Vice-Presidente; e o Reino do Lesoto, como o Relator. A Reunião ministerial adoptou o Programa Provisório, auscultou a apresentação e discutiu o Projecto de Declaração de Nairobi, o Relatório da Reunião de Peritos e aprovou o Relatório da Reunião Ministerial com emendas. A reunião foi encerrada pela Vice-primeira-ministra do Quénia. A Comissão da UA agradeceu os Ministros pela sua participação e colaboração. 5. Visitas no Terreno 14. No dia 13 de Outubro de 2010, entre as reuniões de peritos e ministerial, o país anfitrião organizou excursões para os hóspedes participantes, tendo

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visitado projectos rurais num raio de 100 km da cidade de Nairobi. Um total de 12 visitas de campo foram organizadas em quatro distritos rurais, durante as quais os participantes tiveram a oportunidade de ver os programas rurais consagrados nos 10 temas da Década. 6. Programas Paralelos 15. A Comissão organizou um total de 36 eventos paralelos, entre os dias 11 e 14 de Outubro. Esses eventos, que foram muito úteis, realizaram-se paralelamente às reuniões oficiais dos peritos e ministerial. Os participantes discutiram questões-chave em torno dos 10 temas da Década, durante a qual houve interacção com órgãos da UA, agências especializadas, as CERs e outros Departamentos da UA, incluindo sobre a Juventude, a Educação e as Pessoas Portadoras de Deficiência. Foi também uma oportunidade para divulgar informações importantes sobre a arquitectura do género da UA, tais como o Protocolo à Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos sobre os Direitos da Mulher em África, a Declaração Solene sobre a Igualdade de Género em África e informações sobre o Fundo para as Mulheres Africanas. 16. Além disso, a UA acolheu dois (2) eventos sociais paralelos, nomeadamente a recepção de boas-vindas para os ministros e uma sessão de chá para os participantes de Adis Abeba, no âmbito do processo de Adis (delegação baseada em Adis Abeba). Os eventos paralelos foram extremamente populares e teve a participação de uma ampla gama de interessados, incluindo órgãos da UA, CERs, agências especializadas, agências da ONU e Panelistas de organizações da Sociedade Civil, parlamentares, agências da ONU, especialistas em matéria de género, Promotores Masculinos da Questão do Género, Peritos em apoios Temáticos e Organizações de Base. 17. A participação nesses eventos paralelos foi impressionante e oscilou entre 100 e 300 participantes por sessão, o que chega a ser uma forte demonstração de que os eventos paralelos foram o epicentro do programa inaugural. Estas sessões foram co-presididas por chefes de Agências das Nações Unidas, órgãos da UA e chefes de delegação, inclusive primeiras damas, tendo sido facilitadas pelos membros do Comité de Mulheres da União Africana. 7. O Lançamento da Década da Mulher Africana 18. A Década foi lançada a 15 de Outubro de 2010, numa cerimónia colorida, na qual participaram mais de 2.000 delegados, incluindo o Presidente da UA e Presidente da República do Malawi, S.E. o Presidente Bingu Wa Mutharika e o Presidente da República do Quénia, S.E. Mwai Kibaki (anfitrião), o Presidente da CUA, Primeiras Damas, a Secretária-Geral adjunta das Nações Unidas, os Vice-presidentes, um Primeiro-ministro, Vice-primeiros-ministros, ministros, vice-

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ministros, parlamentares, embaixadores, Promotores Masculinos da Igualdade de Género e Capacitação da Mulher, OSC, especialistas em matéria de género, o sector privado e académicos. O anúncio da ratificação pelo Quénia, do Protocolo à Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos sobre os Direitos da Mulher em África, precisamente antes da revelação da placa da Década, foi um marco importante do Lançamento. 8. Excursões Extra - Programa 19. O país anfitrião estendeu a cortesia, de 16 a 17 de Novembro de 2010, à delegações à Conferência, com base no critério de participação de 1 (um) Chefe de delegação mais um, numa visita à três (3) diferentes destinos turísticos no Quénia, incluindo Maasai Mara, as águas termais do Lago Baringo e os Parques de Safari do Monte Quénia. 9. Resultado satisfatório do lançamento 20. A Comissão conseguiu realizar todas as actividades programadas antes do lançamento, para a enorme satisfação dos participantes, que foi registada em reportagens de imprensa, nas reacções dos participantes das sessões paralelas e demonstrada no documento final, que incluiu o Comunicado das ONG, o Relatório dos Peritos, o Relatório dos Ministros e a Declaração de Nairobi. Na abertura da reunião de Peritos, pela S.E. o Vice-Presidente do Quénia, registou-se um alto nível de participação, que se repercutiu na abertura da Reunião ministerial pelo Primeiro-Ministro da República do Quénia. De igual modo aconteceu aquando do lançamento, que teve lugar a 15 de Outubro de 2010, e que foi um enorme sucesso, presidido pelo elevado nível de participação de Chefes de Estado, Vice-Presidentes, Primeiras Damas, DSG-ONU, ministros e dignitários internacionais e regionais. O espírito do lançamento da Década da Mulher Africana nunca poderia ser melhor registado do que pelo elevado nível de participação; uma participação de base ampla e um programa devidamente estruturado, que caracterizam o lançamento colorido, a 15 de Outubro.

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EX.CL/629 (XVIII) Anexo 3

DIRECTIVAS PARA A ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS SOBRE A DECLARAÇÃO SOLENE RELATIVA À IGUALDADE DE GÉNERO

EM ÁFRICA

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0

AFRICAN UNION

UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA

Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone : 517 700 Fax : 517844

AU/MIN/CONF/WG/2(I)

DIRECTIVAS PARA A ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS SOBRE A DECLARAÇÃO SOLENE RELATIVA À IGUALDADE DE GÉNERO

EM ÁFRICA

ADOPTADO NA

PRIMEIRA CONFERÊNCIA DOS MINISTROS DA UNIÃO AFRICANA RESPONSÁVEIS PELA MULHER E GÉNERO

DAKAR, SENEGAL

12-15 Outubro de 2005

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DIRECTIVAS PARA A ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS SOBRE A DECLARAÇÃO SOLENE RELATIVA À IGUALDADE DE GÉNERO

EM ÁFRICA A. INTRODUÇÃO A Declaração Solene relativa à Igualdade entre os Homens e as Mulheres em África (SD) foi adoptada pelos Chefes de Estado e de Governo dos Estados Membros da União Africana durante a Terceira Sessão Ordinária da Conferência realizada em Adis Abeba, Etiópia, em Julho de 2004. Esta Declaração é o resultado de um amplo processo de consultas e de esforços concentrados que envolveu todos os intervenientes, incluindo membros da sociedade civil, que trabalham na perspectiva do “género” e desenvolvimento. No parágrafo 12 da Declaração Solene , os Chefes de Estado e de Governo comprometem-se a fazer um relatório anual relativo aos progressos alcançados na integração do género, através do apoio e defesa de todas as questões levantadas na Declaração aos níveis nacional e regional, bem como a troca regular de informações sobre os avanços registados durante as Sessões Ordinárias da Conferência. As presentes orientações foram elaboradas com o intuito de ajudar os Estados Membros da UA na elaboração de relatórios, em conformidade com o disposto no parágrafo 12 da Declaração. Tomamos em linha de conta o facto de existirem diferentes modelos de relatórios relativos aos Direitos da Mulher ao nível internacional. Destes modelos foram tiradas boas práticas e inseridas nas presentes orientações. Em primeiro lugar, de acordo com as disposições do parágrafo 12 da Declaração, Solene cabe aos Chefes de Estado e de Governo elaborar o relatório. A sua intervenção na implementação da DS situa-se ao nível da política e deverá constituir a base dos seus relatórios. É importante indicar as medidas da política l que foram tomadas com vista a encontrar soluções para as questões levantadas na DS. Foram preparados relatórios narrativos. É essencial que esses relatórios sejam tão breves e simples quanto possível, reflectindo o compromisso fundamental assumido em prol da igualdade entre os homens e as mulheres, tal como foi referido na Declaração Solene.

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Em segundo lugar, os Chefes de Estado e de Governo comprometeram-se a proceder a trocas regulares de informações relativas aos progressos realizados durante as Sessões Ordinárias das suas Conferências. Essas informações serão apresentadas sob forma de quadros/matrizes que fazem uma síntese dos relatórios narrativos e salientam os dados das especificidades do género. Tais informações serão objecto de troca durante as Sessões Ordinárias. O relatório será enviado ao Presidente da Comissão da União Africana para ser distribuído na Cimeira dos Chefes de Estado. Os primeiros relatórios devem fazer o ponto de situação dos mecanismos criados para apoio à emancipação das mulheres e a promoção dos direitos da mulher. Isto deve abarcar os mecanismos legislativos e administrativos assim como as estruturas nacionais de defesa dos interesses da mulher, tanto ao nível do governo como ao nível da sociedade civil. Estes relatórios devem igualmente basear-se nos avanços registados e as dificuldades encontradas durante a implementação da DS. Através dessas informações, os países aprenderão uns dos outros e aproveitarão as boas práticas para melhorar a sua situação interna. Os outros relatórios que se seguirão devem basear-se nos progressos alcançados depois da elaboração do último relatório. Devem igualmente colocar ênfase nos dados das especificidades do género. Uma vez que a Declaração Solene é o resultado dos esforços de poderes públicos e da sociedade civil, está prevista a criação de um mecanismo que permita consultas à sociedade civil para lhes permitir participar e dar subsídios que contribuam para o desenvolvimento dos relatórios ao nível Nacional. B. QUADRO GERAL A igualdade do género em África baseia-se no princípio “de igualdade entre os homens e as mulheres”, tal como se refere no Artigo 4(I) do Acto Constitutivo da União Africana, assim como outras normas, princípios, objectivos e acções específicas em vários instrumentos regionais, continentais e internacionais sobre os Direitos do Homem e os Direitos da Mulher. Esses instrumentos compreendem:

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Plataforma de Acção de Dakar (1994); Plataforma de Acção de Beijing (1995); Convenção relativa à eliminação de todas as formas de discriminação

das mulheres (CEDEAO-1979); Plano de Acção de África para acelerar a implementação da Plataforma

de Acção de Dakar assim como do Programa de Acção de Beijing para a Promoção da Mulher (1999);

Documento adoptado pela Vigésima Terceira Sessão Extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas relativa à implementação da Plataforma de Acção de Beijing (2000);

Resolução 1325 das Nações Unidas sobre as Mulheres, a Paz e a Segurança (2000);

Carta Africana sobre os Direitos do Homem e dos Povos Declaração de SADC sobre o Género e Desenvolvimento e a sua

Adenda sobre a Violência Contra as Mulheres e Crianças

Protocolo à Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos relativo aos Direitos das Mulheres em África (2003);

Declaração Solene relativa à Igualdade entre os Homens e as Mulheres em África (2004);

Documento Final da 7ª Conferência Regional sobre as Mulheres tido como Posição Comum Africana sobre o Processo de Análise dos resultados de Beijing – 10, (2004);

Documento/Balanço de Beijing – 10 (2005) e, E qualquer outro instrumento e norma sobre a promoção de igualdade de

género e protecção dos direitos da mulher. C. PLANO DO RELATÓRIO INICIAL 1. Introdução 1. A Introdução do relatório deve compreender:

Informações breves e concisas relativas ao quadro institucional jurídico e administrativo bem como quaisquer medidas práticas que visem garantir a implementação efectiva dos instrumentos e das políticas gerais em prol da emancipação das mulheres, da protecção dos direitos da mulher e a igualdade entre os homens e as mulheres;

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Informações relativas às instituições e estruturas responsáveis pela aplicação do princípio de igualdade entre o homem e a mulher, bem como a emancipação das mulheres, dando exemplos de actividades realizadas nesta matéria.

2. Informações relativas às disposições dos parágrafos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8

e 9. O relatório deve fornecer informações relativas a cada um dos parágrafos mais importantes da DS e dar uma explicação sobre:

- A situação factual e prática relativamente às questões sublinhadas no parágrafo em questão e dar exemplos, se for possível;

- As medidas tomadas com vista à aplicação das disposições de cada parágrafo e apresentar os avanços registados;

- Qualquer dificuldade, restrição ou obstáculo, mesmo que seja temporário, susceptível de pôr em causa a lei, a prática ou a tradição, ou de qualquer forma a natureza, a amplitude e motivos desses factores ou dificuldades e, se for o caso, apresentar as medidas tomadas para ultrapassá-los.

O relatório deve apresentar informações e estatística suficientes sobre as especificidades de género pertinentes para cada parágrafo, de modo a permitir a avaliação do progresso alcançado na implementação da Declaração Solene. 3. Anexos ao Relatório O relatório deve, tanto quanto possível, incluir citações tiradas dos principais textos constitucionais, legislativos e qualquer texto pertinente sobre a promoção da igualdade entre o homem e as mulheres, assim como a emancipação das mulheres. D. RELATÓRIOS POSTERIORES Estes relatórios devem:

Obedecer à mesma estrutura dos parágrafos essenciais da Declaração Solene (ver o ponto 2. acima);

Focalizar o período entre o relatório precedente e a elaboração dos actuais;

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Mencionar as alterações fundamentais que tenham ocorrido depois do relatório precedente e que possam afectar a implementação da Declaração Solene depois do último relatório;

Salientar qualquer eventual obstáculo à implementação da Declaração Solene;

Se não houver qualquer ponto novo a assinalar sobre qualquer artigo, o facto deve ser mencionado.

E. FORMATO DO RELATÓRIO

O relatório deve ser apresentado em uma das línguas de trabalho da UA, em papel ou por correio electrónico;

O relatório deve ser tão breve e conciso quanto possível; O relatório não deve ultrapassar 15 páginas; Os documentos devem ser apresentados em formato A4, contendo

espaços entre-linhas simples; Os documentos serão impressos no recto de cada página, de modo a

permitir a sua reprodução em foto-offset. F. MECANISMO DE ACOMPANHAMENTO E DE ELABORAÇÃO DO

RELATÓRIO Haverá dois ciclos de apresentação de relatórios:

a) O primeiro ciclo de relatórios é o relatório inicial que será concluído até 2010. Os relatórios serão enviados ao Gabinete do Presidente para tratamento e serão apresentados e analisados nas sessões da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo.

b) Para o segundo ciclo de relatórios os Estados Membros devem submeter os seus relatórios de quatro em quatro anos. Pelo menos 13 Estados Membros submeterão os seus relatórios para análise na Cimeira das Sessões Ordinárias dos Chefes de Estado, em Janeiro de cada ano. O Gabinete do Presidente da União Africana providenciará para que o relatório seja feito numa base rotativa. A lista de países que devem apresentar os relatórios será elaborada e colocada à disposição dos Estados Membros. Esta lista será também colocada no Site da UA para que a sociedade civil Africana possa ter acesso a ela.

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O Comité dos Assuntos das Mulheres da União Africana (AUWC) prestará contas ao Presidente da CUA. Terá, entre outros, a responsabilidade de aconselhar formas de acelerar os progressos na implementação da Declaração Solene. Estes relatórios serão disponibilizados à AUWC para análise bem como às organizações da sociedade civil do país que submeteu o relatório. Os mesmos serão colocados no Site da UA.

Processo

Os relatórios serão submetidos ao Presidente da Comissão. As Organizações da Sociedade Civil (CSOs) terão a oportunidade de fazer comentários sobre os relatórios e enviar os seus pareceres à Direcção das Mulheres, Género e Desenvolvimento dois meses após terem recebido o relatório. Os comentários serão enviados à AUWC para análise. Depois de analisar tanto os relatórios como os pareceres de CSOs, a AUWC fará os comentários e recomendações finais e submetê-los à ao Presidente da Comissão. O Presidente pode usar os pareceres e recomendações finais no seu relatório aos Chefes de Estado e de Governo.

A AUWC apresentará também as Recomendações Gerais sobre as questões levantadas, que estão em consonância com a Declaração Solene mas não estão abrangidas pela presente Declaração. O Presidente no seu relatório pode colocar tais recomendações gerais à consideração da Conferência. Este sistema garantirá que a Declaração Solene é actualizada regularmente e abrange também as questões que podem surgir. O Presidente da Comissão da UA deverá assegurar-se de que as questões relativas ao género foram identificadas para debate pelos Chefes de Estado e de Governo durante cada sessão de apresentação dos relatórios da DS. Isto deverá figurar no Relatório do Presidente a ser submetido à análise pelos Chefes de Estado e de Governo durante as Cimeiras anuais. Esses debates vão reforçar os compromissos assumidos pelos Chefes de Estado e de Governo para a implementação da Declaração Solene. Este ciclo pode mudar devido a alterações no plano de trabalho da UA. Tais alterações serão apresentadas aos Estados Membros e à Sociedade Civil.

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EX.CL/629 (XVIII) Anexo 4

QUADRO DE IMPLEMENTAÇÃO DA DECLARAÇÃO SOLENE SOBRE A IGUALDADE ENTRE OS HOMENS

E AS MULHERES EM ÁFRICA

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AFRICAN UNION

UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA

Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone : 251-115-517 700 Fax : 517844 Website : www. africa-union.org

AU/MIN/CONF/WG/3(I)

QUADRO DE IMPLEMENTAÇÃO DA DECLARAÇÃO SOLENE SOBRE A IGUALDADE ENTRE OS HOMENS

E AS MULHERES EM ÁFRICA

ADOPTADO EM

PRIMEIRA CONFERÊNCIA DOS MINISTROS DA UNIÃO AFRICANA RESPONSÁVEIS PELA MULHER E GÉNERO

DAKAR, SENEGAL

12 - 15 Outubro de 2005

COMO EMENDADO NA REUNIÃO DOS MINISTROS RESPONSÁVEIS PELOS ASSUNTOS DA MULHER, E O

LANÇAMENTO DA DÉCADA DA MULHER AFRICANA; KENHATTA INTERNACIONAL CONFERENCE CENTRE (KICC); 11-13 DE

OUTUBRO DE 2010, NAIROBI-QUÉNIA

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QUADRO DE IMPLEMENTAÇÃO DA DECLARAÇÃO SOLENE SOBRE A IGUALDADE ENTRE OS HOMENS E AS MULHERES EM ÁFRICA

Introdução e Enquadramento

A Declaração solene sobre a igualdade entre os homens e as mulheres em África (DS) foi adoptada pelos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, durante a Terceira Sessão Ordinária da Conferência realizada em Adis-Abeba, Etiópia, em Julho de 2004, é o resultado de um amplo processo de consultas de alto nível e dos esforços conjugados de todos os parceiros que intervêm nos domínios da igualdade entre os homens e as mulheres e do desenvolvimento bem como os membros da sociedade civil.

A DS reafirma o empenho dos Chefes de Estados no princípio da igualdade entre os homens e as mulheres, assim como está previsto no Artigo 43 (1) do Acto Constitutivo da União Africana, também pelos compromissos existentes, os princípios, as acções e objectivos mencionados nos diferentes instrumentos e nas iniciativas, regionais, continentais e internacionais relativos aos direitos humanos e das mulheres, incluindo:

A Plataforma de Acção de Dakar (1994);

A Plataforma de Acção de Beijing (1995);

A Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação em relação às mulheres (CEDAW 1979);

O Plano de Acção Africano para a aceleração da implementação da

Plataforma de Acção de Dakar e do Programa de Acção de Beijing para a promoção da mulher (1999);

As conclusões da vigésima terceira sessão especial da Assembleia

Geral das Nações Unidas sobre a implementação do Plataforma de Acção de Beijing (2000);

A resolução 1325 das Nações Unidas sobre as mulheres, a paz e a

segurança (2000);

O protocolo à Carta Africana dos Direitos dos Homens e dos Povos referente aos Direitos das Mulheres em África (2003);

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A Sétima Conferência Regional Africana sobre as mulheres (Beijing + 10) ; A análise da Década da implementação das Plataformas de Acção de Dakar e de Beijing : Conclusões e Perspectivas (2004);

Conferência Internacional sobre a Plataforma de Acção do Desenvolvimento da População (19941); e

E qualquer outro instrumento e norma sobre a promoção de igualdade

de género e protecção dos direitos da mulher.

Este quadro pretende proporcionar orientações sobre a implementação da Declaração Solene. O prazo de realização dessas acções é de cinco anos, renováveis todos os cinco anos.

Ē evidente que os países dispõem dos seus próprios planos de implementação das questões expostas na DS. O quadro de acção baseou-se nos empenhos específicos dos Chefes de Estado e de Governo sobre as questões específicas identificadas na Declaração Solene, por conseguinte, deveria ser interpretado como uma medida que vise a aceleração da implementação dos planos nacionais e regionais já existentes.

Convém notar que a igualdade entre os homens e as mulheres não se resume apenas a uma questão de conformismo político ou de gentileza para com as mulheres, mas representa uma questão de direitos humanos e de eficiência do desenvolvimento. Tanto homens como mulheres devem trabalhar para atingirem o objectivo comum da igualdade de género

Por conseguinte, a implementação da Declaração Solene requer dos Estados Membros:

Reforço da vontade política para a realização da igualdade entre os

homens e as mulheres a nível local, nacional e regional;

A Integração das perspectivas do género nos processos de planificação de todos os Ministérios e Departamentos, e a integração da dimensão género em todas as fases dos ciclos de planeamento sectorial, incluído a análise, avaliação do desenvolvimento, implementação, monitorização e avaliação das políticas, programas, projectos e orçamentos;

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Integrar as perspectivas do género nos quadros de desenvolvimento

nacional, tais como os PSRP e nos quadros de elaboração do orçamento;

Reforçar a autonomia, capacidade e os recursos dos mecanismos nacionais relativos ao género;

Estabelecer pontes entre o governo, o sector privado, a sociedade

civil e outros parceiros com vista a coordenar os esforços e recursos;

Reforçar e simplificar os sistemas institucionalizados de recolha e o uso dos dados dispersos sobre o género nas análises estatísticas com vista a demonstrar o impacto contrário das políticas sobre as mulheres e os homens.

Os Estados Membros são igualmente encorajados a incluir informações relativas à implementação da Declaração Solene nos seus relatórios ao Mecanismo Africano de Avaliação pelos Pares, assim como informações sobre os avanços realizados no âmbito da implementação da igualdade entre homens e mulheres consoante os termos do objectivo principal de desenvolvimento socioeconómico do Mecanismo Africano de Avaliação pelos Pares. COMPROMISSO 1: VIH/SIDA E OUTRAS DOENÇAS INFECTO CONTAGIOSAS CONEXAS.

Acelerar a implementação das medidas económicas, sociais e jurídicas relativas ao género com vista a combater a pandemia do VIH/SIDA, a tuberculose e outras doenças infecto contagiosas conexas.

Disponibilizar os tratamentos e serviços sociais às mulheres no nível local a fim de responder melhor às necessidades das famílias que providenciam os cuidados.

Promulgar uma lei que vise combater a discriminação para com as

mulheres infectadas com o VIH / SIDA e proteger as pessoas seropositivas, especialmente as mulheres.

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Acções

1. Assegurar-se que existem:

Leis :

De combate à discriminação para com as pessoas portadoras do VIH/SIDA e proteger as mulheres e raparigas contra as violações e todas as outras formas de violência para com mulheres, com vista a reduzir a grande vulnerabilidade das mulheres e raparigas perante a infecção do VIH / SIDA;

Que abordem as questões ligadas à grande vulnerabilidade das

raparigas por causa das relações sexuais com pessoais mais idosas;

Que reforcem os direitos das mulheres e raparigas para poderem ter acesso a alojamento, propriedade, e herança;

Políticas são implementadas com vista a:

- promover o acesso aos tratamentos, cuidados e à assistência às

mulheres e aos homens de qualquer idade, assim como às mulheres e raparigas deficientes;

- promover o acesso das mulheres seropositivas ao emprego e às

actividades geradoras de recursos.

Orçamentos adequados providenciados pelos governos à prevenção do VIH / SIDA, aos cuidados e à assistência com vista a facilitar uma certa autonomia na ausência da ajuda fornecida pelos doadores.

2. Assegurar-se que mais de 80 % das pessoas susceptíveis de serem

infectadas pela malária, especialmente, as mulheres grávidas e as crianças com menos de cinco anos, beneficiem de óptimas medidas de protecção pessoal e comunitárias, tais como mosquiteiros impregnados, e outras intervenções acessíveis e ao seu alcance com vista a prevenir a infecção e o sofrimento.

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Objectivos

Implementação até 2010 de leis que visem proteger as mulheres e raparigas contra as violações e a violência para com as mulheres, e promover os direitos das mulheres ao acesso ao alojamento e à herança.

Redução das violações e da violência para com as mulheres.

Acesso das mulheres e dos homens a tratamentos acessíveis até 2015.

Facultar o acesso de 100 % às mulheres e aos homens infectados

pelo VIH / SIDA até 2015 (OMD).

Redução da frequência dos casamentos de crianças.

Redução da vulnerabilidade das raparigas à infecção com o VIH/SIDA.

Indicadores

Existência de leis que actuem contra infracções e estigmatização das doenças pelo VIH / SIDA.

Existência de leis que protejam as mulheres e as raparigas contra as violações e de quaisquer formas de violência para com as mulheres.

Percentagem de mulheres portadoras de VIH / SIDA e que

beneficiam de um tratamento anti-retroviral gratuito ou a baixo preço.

Percentagem de mulheres grávidas que beneficiem de um tratamento anti-palúdico.

Taxa de prevalência do VIH / SIDA consoante os sexos.

Taxa de mortalidade materna.

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Campanha de sensibilização sobre os métodos de prevenção, especialmente, para as mulheres.

B COMPROMISSO 2 : Paz E SEGURANÇA

Assegurar a plena participação e representação das mulheres no processo de paz, assim como na prevenção, gestão e resolução de conflitos, e a reconstrução pós-conflito em África, como está estipulado na declaração 1325 das Nações Unidas (2000).

Designar mulheres como enviadas especiais e representantes especiais da União Africana.

Acções

1. Acelerar a igual e plena participação das mulheres a todos os níveis dos processos de reforço da paz e resolução de conflitos, assim como nas negociações formais e informais e protocolos, de acordo com a declaração 1325 das Nações Unidas.

2. Promover e facultar um apoio ao trabalho dos tribunais especiais e actuar de modo que todos os responsáveis de crimes cometidos durante conflitos armados sejam processados, sejam eles autoridades ou não.

Objectivos

Uma representação de 50 % das mulheres a nível continental, regional e nacional, no seio de todos os comités que trabalhem pela prevenção, resolução e gestão dos conflitos e pela reconstrução pós-conflito em África.

Uma representação feminina de 50 % nos cargos de enviadas especiais e representantes especiais da União Africana e das Comunidades Económicas Regionais.

Uma percentagem mais elevada de mulheres nas operações de

manutenção da paz. Indicadores

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Percentagem de mulheres a participar efectivamente nas negociações de paz, nas operações de manutenção da paz e nos processos de reforço da paz; assim como nas iniciativas de reconstrução pós-guerra.

Legislação nacional conforme os instrumentos internacionais de promoção da participação das mulheres nas missões de manutenção da paz, e de protecção dos direitos humanos das mulheres nas zonas de conflito.

Tribunais especiais de protecção dos direitos das mulheres que zelam

pelo julgamento dos responsáveis de crimes.

COMPROMISSO 3: CRIANÇAS SOLDADOS

Iniciar num intervalo de um ano, uma campanha de interdição sistemática do recrutamento de crianças soldados e da exploração das raparigas enquanto esposas e escravas sexuais, em violação dos seus direitos, tais como consagrados na Carta Africana dos Direitos e do Bem-estar da Criança.

Acções 1. Promulgar leis que:

considerem como crime de guerra, a violação nas zonas de

conflito armado;

proíbam o recrutamento de crianças-soldados.

2. Elaborar políticas que visem: libertar as crianças-soldados e reabilitá-las;

fazer com que as necessidades específicas das mulheres,

raparigas em situação de conflito, especialmente as das crianças-soldados, dos refugiados, deslocados internos e deficientes sejam levadas em conta.

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3. Fazer com que os programas de apoio à reabilitação das crianças-soldados sejam dotados de recursos, e assegurar que recursos suficientes sejam previstos para as necessidades específicas das mulheres e raparigas.

4. Iniciar uma campanha na escala continental visando desencorajar e eliminar o recrutamento de crianças-soldados.

5. Assegurar que os relatórios do Conselho de Segurança e Paz da UA

para as Estruturas da UA sobre o rapto e a violência com base no género, principalmente de crianças soldados.

Objectivos

Tolerância zero à violação e à violência para com mulheres em situação de conflito e assegurar que os autores de tais crimes sejam julgados.

Lançamento da campanha.

Implementação de mecanismos no seio do Conselho de Paz e de Segurança, visando a monitorização do recrutamento de crianças-soldados

Indicadores

Número mais elevado de acções judiciais contra os autores de violações e violências para com mulheres.

Redução do recrutamento de crianças-soldados. Criação de um número mais elevado de Centros de Reabilitação para

as raparigas.

Campanha de sensibilização a nível continental, regional e nacional contra o recrutamento das crianças-soldados.

COMPROMISSO 4 : VIOLÊNCIA CONTRA O GÉNERO

Organizar, lançar e engajar dentro de um prazo de dois anos, campanhas públicas e o problema das mulheres e das raparigas.

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Reforçar os mecanismos jurídicos para assegurar a protecção das

mulheres a todos os níveis, e pôr fim à imunidade dos crimes comedidos contra as mulheres de modo a modificar positivamente a atitude e o comportamento da sociedade Africana.

Acções

1. Promulgar uma lei que considere a violência doméstica como um crime e

processar os seus autores, adoptar uma abordagem «tolerância zero integral» sobre a violência para com as mulheres; assim como reforçar as políticas que visem obter o apoio institucional e financeiro necessário para responder às necessidades das vítimas e das testemunhas e à reabilitação dos autores desses crimes.

2. Acelerar o lançamento das campanhas de sensibilização à escala continental, regional e nacional no domínio da violência para com as mulheres e assegurar-se de que as campanhas incluem a elaboração de estratégias que fixarão os objectivos a curto e longo prazos e que visem:

- Responder eficazmente às necessidades das vítimas e sobreviventes da violência para com as mulheres. - Providenciar as medidas essenciais contra os autores de violência para com as mulheres. - Explicar melhor o problema, as suas causas e consequências graças a estudos e campanhas de sensibilização do público. - Reforçar a capacidade dos órgãos responsáveis pelo cumprimento da lei no domínio da violência para com as mulheres. - Formar os média para que possam tratar as questões relativas à violência para com as mulheres com tacto.

3. Elaborar e adoptar um Protocolo Africano que vise prevenir, eliminar e punir o tráfico de mulheres e crianças e desenvolver planos e estratégias para que este Protocolo e o das Nações Unidas vigorem a nível nacional.

Objectivos

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Eliminação da violência para com as mulheres até 2015. Eliminação do tráfico de mulheres e raparigas até 2015. Eliminação das mutilações genitais femininas até 2015.

Indicadores

Existência de leis que proíbam a violência para com as mulheres. Existência de planos de acção relativos à violência para com as mulheres

e providos de recursos adequados. Existência do Protocolo sobre a eliminação do tráfico das pessoas. Taxa de prevalência das mutilações genitais femininas.

COMPROMISSO 5 : PRINCÍPIO DA PARIDADE ENTRE OS HOMENS E AS MULHERES

Promover e alargar o princípio de paridade entre os homens e as mulheres, igual ao adoptado para a Comissão da União Africana, assim como o Programa NEPAD, as Comunidades Económicas Regionais, e a nível nacional e local, juntamente com os partidos políticos e os parlamentos nacionais dentro dos nossos países.

Acções

1. Promulgar leis e implementar políticas de promoção da participação equitativa das mulheres e dos homens nos: - Parlamento - Cargos de responsabilidade dos partidos políticos - Órgãos Executivos - Poder Judicial - Governo Local, etc.

Objectivos

Representação feminina de 50 % no seio de todos os órgãos da União Africana até 2015.

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Representação feminina de 50 % no seio das Comunidades Económicas Regionais e dos governos nacionais dos Estados Membros da União até 2015.

Representação feminina de 50 % no Parlamento e na Magistratura

até2015. Indicadores

Percentagem das mulheres nomeadas para cargos de decisão no seio

dos órgãos da UA. Percentagem das mulheres no seio dos CERs. Percentagem das mulheres Ministras. Percentagem das mulheres no seio da Magistratura. Percentagem das mulheres no seio dos Conselhos de Governo Local. Percentagem das mulheres Presidentes de Câmaras Municipais. COMPROMISSO 6 : DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES

Proporcionar a promoção e a protecção de todos os direitos humanos das mulheres, assim como o direito ao desenvolvimento, através de campanhas de sensibilização das legislações, se necessário.

Acções 1. Acelerar a ratificação, nacionalização e implementação dos instrumentos

internacionais e regionais relativos aos direitos humanos e que fazem a promoção da igualdade entre os homens e as mulheres, tais como a Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação para com as mulheres (CEDAW) e o seu Protocolo facultativo, a Convenção sobre os Direitos da Criança, e os Planos de Acção Regionais, assim como as estratégias de implementação.

2. Criar mecanismos com vista a sensibilizar os magistrados e funcionários responsáveis pelo cumprimento da lei sobre as questões relativas aos direitos das mulheres e à igualdade entre os homens e as mulheres.

3. Promulgar leis e assegurar a elaboração de políticas de promoção da

igualdade entre os homens e as mulheres nos processos de decisão e protecção dos direitos das mulheres.

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Objectivos Todos os Estados Membros da UA terão ratificado os instrumentos

abaixo mencionados até 2015. - A Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação para com as mulheres (CEDAW). - A Convenção sobre os Direitos da Criança (CDE). - A Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos (CADHP) e o seu protocolo relativo aos Direitos da Mulher em África. - A Carta Africana sobre os Direitos e o Bem-estar da Criança (ACRWC).

Indicadores

O número de países que já ratificaram e implementaram o CEDAW e o seu protocolo, o CRC, o ACHPR e o seu protocolo e o ACRWC.

COMPROMISSO 7: DIREITOS Á TERRA, Á PROPRIEDADE E Á HERANÇA Promover activamente a aplicação da legislação com vista a reforçar os direitos das mulheres à terra, à propriedade e à herança, assim como o seu direito ao alojamento Acções

1. Promulgar leis que garantam às mulheres o acesso à terra e à propriedade e reforcem os direitos das mulheres à terra, ao alojamento e à herança dos bens.

2. Implementar políticas de promoção de acesso das mulheres ao crédito Objectivos

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Aumentar à razão de 30% a proporção das mulheres proprietárias de terras até 2015. Aumentar à razão de 40% a proporção das mulheres com acesso ao crédito até 2015. Indicadores Percentagem de terras pertencendo às mulheres. Percentagem de empréstimos consentidos às mulheres. COMPROMISSO 8: EDUCAÇÃO Tomar medidas específicas destinadas a garantir a educação das raparigas e a alfabetização das mulheres, principalmente nas zonas rurais a fim de realizar o objectivo « EDUCAÇÃO para todos ». Acções 1. Acelerar o cumprimento do objectivo «Educação para todos» pelo governo

com vista a promover a igualdade entre os homens e as mulheres no domínio da educação, dos objectivos 2 e 3 dos OMD e da Plataforma de Acção de Beijing.

2. Permitir o acesso das famílias pobres à educação a preços reduzidos a fim de que as raparigass possam frequentar as escolas.

3. Reduzir as distâncias entre as escolas e o domicílio com vista a encorajar a

inscrição das raparigas com o objectivo de reduzir as angústias relativas à segurança e à reputação.

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4. Promover a segurança e as infra-estruturas, nomeadamente para as

raparigas, protegê-las contra o assédio sexual por homens e contra o comportamento dos professores desrespeitadatores; disponibilizar latrinas às mulheres, etc.

5. Promover a qualidade da educação, assegurando que existam políticas que visem motivar as raparigas para as disciplinas científicas e para as matemáticas e que existam mecanismos que as encorajem.

Objectivos Eliminar as disparidades ao nível da Educação Primária e Secundária até

2010, assim como a todos os níveis de educação até 2015 e assegurar que em 2015, todas as crianças, raparigas e rapazes possam concluir o Ciclo do Primário.

Percentagem maior de novas raparigas e de mulheres a ingressar nas carreiras dominadas antes pelos rapazes no nível do Terciário.

Promover a permanência das raparigas que tenham acabado os seus ciclos

de ensino primário e secundário no sistema educativo até 2015 Indicadores

Proporção dos alunos que iniciaram o ciclo primário e o concluíram.

Taxa de sucesso de rapazes e de raparigas na Instrução Primária.

Taxa de alfabetização dos adultos.

Ratio entre o número de raparigas e de rapazes na educação primária, secundária e terciária.

Ratio entre o número de raparigas letradas em relação aos rapazes para

a faixa etária de 15 a 24 anos.

Aumento estático do acesso à educação pelas mulheres e as raparigas com vista a realizar a Declaração Mundial sobre a educação para todos até 2015.

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Percentagem mais elevada de raparigas que se matriculam em

disciplinas científicas e em matemática e um maior número de mecanismos que visem encorajá-las, tais como os campos de aprendizagem especial.

Ratio nítido de inscrição na educação primária.

Proporção de alunos que iniciaram o primeiro ano do ciclo primário e o

concluíram. COPMPROMISSO 9: PROTOCOLO À CARTA AFRICANA DOS DIREITOS DO HOMEM E DOS POVOS RELATIVO AOS DIREITOS DAS MULHERES EM ÁFRICA.

Comprometer-se em assinar e ratificar o protocolo à Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, relativo aos Direitos da Mulher em África até o fim de 2004 e apoiar o lançamento das campanhas de sensibilização sobre o dito protocolo e a sua importância para as mulheres a fim de assegurar a sua ratificação por todos os Estados Membros antes de 2005 ; e assegurar a implementação sistemática ao nível nacional em 2005 desse protocolo e dos instrumentos internacionais sobre a igualdade entre os homens e as mulheres por todos os Estados e Partidos. 1. Acelerar o processo de assinatura, ratificação bem como a integração do

protocolo para a Carta Africana sobre os Direitos do Homem e dos Povos e sobre os Direitos da Mulher em África e os outros instrumentos internacionais de protecção dos direitos das mulheres, por exp. CEDAW e o seu protocolo facultativo.

2. Campanhas de sensibilização à escala continental, regional e nacional com

vista a ratificação e a implementação do protocolo da Carta Africana sobre os Direitos do Homem e dos povos e sobre os Direitos da Mulher em África.

Objectivos

Assinatura e ratificação do protocolo por todos os Estados Membros até 2010.

Implementação do protocolo por todos os Estados da UA até 2015.

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Indicadores

Número de países que já assinaram e ratificaram o protocolo. Número de países que já implementaram o protocolo

COMPROMISSO 10 : AIDS WATCH AFRICA

Implementar Aids Watch Africa enquanto unidade no seio do gabinete do Presidente da Comissão que deveria apresentar um relatório anual sobre a situação do VIH/ Sida no continente aquando das Cimeiras Ordinárias e promover a produção local de medicamentos anti-retrovirais em seus países. ACÇÕES 1. A Comissão da UA deveria facilitar o funcionamento de Aids Watch Africa e

elaborar relatórios anuais.

2. A CUA deveria assegurar que a dimensão género do VIH/Sida é levada em conta nos programas de AWA.

3. Criar pontos focai de AWA ao nível nacional Objectivos

Aumentar a percentagem de acesso de mulheres e homens portadores VIH/Sida aos anti-rectrovirais

Indicadores

Relatórios anuais de AWA.

Percentagem de pessoas portadoras de VIH/Sida que já têm acesso aos anti-retrovirais.

COMPROMISSO 11: FUNDO DE ATRIBUIÇÃO PARA AS MULHERES

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Criar um fundo de atribuição para as mulheres com vista a reforçar as capacidades das mulheres Africanas.

Pedir a Comissão da UA para elaborar as modalidades da implementação do fundo, insistindo principalmente sobre a situação das mulheres das zonas rurais e urbanas.

Promover o orçamento do género ao nível nacional

ACÇÕES 1. A Comissão da UA deverá acelerar a criação do Fundo de atribuição.

2. Garantir que o Fundo sirva para reforçar as capacidades das mulheres.

Objectivos

Reforçar as capacidades das organizações de mulheres e dos mecanismos nacionais sobre as questões do género

Indicadores . Criar um fundo que disponha de recursos suficientes a fim de realizar o objectivo previsto COMPROMISSO 12 : ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO

Elaborar um relatório anual sobre os progressos realizados no domínio da integração das mulheres, apoiar e defender todas as questões levantadas nesta declaração, a nível nacional e regional.

ACÇÕES

1. Os Chefes de Estado e de Governo devem apresentar relatórios anuais durante a Cimeira. Assegurara que os relatórios são distribuídos ao governo e todos os intervenientes ao nível nacional

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Objectivos

Os Chefes de Estado devem assumir as suas responsabilidades, prestar contas anualmente sobre os progressos realizados no domínio da igualdade entre os homens e as mulheres.

Indicadores

Relatórios anuais apresentados no quadro da Declaração Solene

COMPROMISSO 13 : RELATÓRIO DO PRESIDENTE O Presidente da Comissão da União Africana deve apresentar um relatório anual aos Chefes de Estado e de Governo aquando das sessões ordinárias da Assembleia. Relatório relativo às medidas tomadas para a implementação do princípio da igualdade entre as mulheres e os homens e da integração das questões relativas ao género, e às questões levantadas nesta declaração a nível nacional e regional. Acções 1. A Comissão da UA deve acelerar a implementação da política do género e a

integração da estratégia do género no seio dos órgãos da UA e de todos os outros órgãos, e assegurar que ela pode ajudar os países na elaboração das estratégias nacionais de integração das questões relativas ao género.

2. O Presidente da Comissão da UA deve actuar de modo a que medidas sejam tomadas com vista a se aplicar o princípio da tomada em consideração das questões específicas de género.

Objectivos

O Presidente da CUA deve apresentar um relatório anual aos Chefes de Estado e de Governo sobre as acções que visem a promoção da igualdade entre os homens e as mulheres, a integração das questões relativas ao género e a implementação da Declaração Solene sobre a Igualdade entre os homens e as mulheres em África.

Indicadores

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Relatórios regulares do Presidente das Sessões Ordinárias da Conferência dos Chefes de Estado sobre os progressos realizados no domínio da integração das questões relativas ao género nas estruturas da UA e de todos os Estados Membros.