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Conselho de Segurança das Nações Unidas Estado Islâmico e a Crise de Refugiados Sumário Parte I 1. Carta de Apresentação .................................................................... 2. Apresentação do Comitê .................................................................. 3. Estado Islâmico ................................................................................... 3.1 Formação 3.2 Estado Islâmico na Atualidade 3.2.1 Estrutura do ISIS 3.2.2 Os Últimos Atentados 4. Consequências econômicas do Terrorismo.................................... 5. Implicações de Ordem Global............................................................ 5.1 Respeito a Soberania 5.2 Intervenções 5.3 Jihad 5.4 Abordagem do Estado Islâmico 5.4.1 As principais Vítimas Parte II 1. Reconhecendo o fluxo migratório...................................................... 1.1 Migração Forçada 1.2 Origem dos refugiados 1.3 Rotas de migração para União Europeia 2. Questão Síria..................................................................................... 3. Documentos Oficiais da ONU............................................................ 3.1 Declaração Universal dos Direitos Humanos 3.2 Convenção de 1951 3.3 Protocolo de 1967 4. Análise Geral.....................................................................................

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Conselho de Segurança das Nações Unidas

Estado Islâmico e a Crise de Refugiados

Sumário

Parte I

1. Carta de Apresentação ....................................................................

2. Apresentação do Comitê ..................................................................

3. Estado Islâmico ...................................................................................

3.1 Formação

3.2 Estado Islâmico na Atualidade

3.2.1 Estrutura do ISIS

3.2.2 Os Últimos Atentados

4. Consequências econômicas do Terrorismo....................................

5. Implicações de Ordem Global............................................................

5.1 Respeito a Soberania

5.2 Intervenções

5.3 Jihad

5.4 Abordagem do Estado Islâmico

5.4.1 As principais Vítimas

Parte II

1. Reconhecendo o fluxo migratório......................................................

1.1 Migração Forçada

1.2 Origem dos refugiados

1.3 Rotas de migração para União Europeia

2. Questão Síria.....................................................................................

3. Documentos Oficiais da ONU............................................................

3.1 Declaração Universal dos Direitos Humanos

3.2 Convenção de 1951

3.3 Protocolo de 1967

4. Análise Geral.....................................................................................

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4.1 Formas de Contenção

4.2 Impactos Econômicos e sociais

4.3 Xenofobia

Parte III

1. Posicionamentos de Blocos..............................................................

2. Bibliografia.......................................................................................

1. CARTA DE APRESENTAÇÃO

Bem vindo ao mundo de simulações! Escrevemos esse guia de estudos para que vocês possam compreender o comitê a temática. Demandou muito tempo, dedicação e dor de cabeça, mas por uma ótima causa. Esse acontecimento é um sonho para nós, organizadores do DAMUN, desde nossa primeira experiência com simulações, já quisemos trazer logo para o nosso colégio. Em visita a USP no São Paulo Model United Nations (SPMUN) tivemos contato com pessoas de todos os cantos do Brasil, e uma coisa que percebemos, é que a grande maioria ja era veterana na arte de simular por ter um grande apoio de suas escolas, que ja eram tradicionais no assunto. A partir daí o projeto começou ser feito, conseguimos o grande apoio da direção, alguns alunos se animaram com a conversa, e a partir daí foi uma enorme dedicação para tirá-lo do papel. Sempre tivemos essa motivação, essa vontade de fazer algo de bom, de deixar nossa marca, e quem sabe, mudar o mundo? E como se muda o mundo? Com um passo após o outro, primeiro mudando de postura, depois mudando seu ambiente, onde vive, depois mudando a sua escola, sempre com boas intenções e buscando um bem comum, e vocês estão ajudando nessa mudança. Se continuarmos na zona de conforto, não mudaremos nada, precisamos ir atrás de nossos sonhos. Você é o único representante dos seus sonhos nesse mundo, se você não o fizer, quem o fará? Em nome de toda a direção do DAMUN, lhes desejo uma excelente experiência como simulandos, estamos dispostos a ajuda-los no que pudermos.

Atenciosamente. Secretariado DAMUN 2016

2. APRESENTAÇÃO DO COMITÊ

A ONU (organização das nações unidas) foi criada logo após a segunda guerra mundial para que fosse evitado que uma terceira guerra mundial comece. Nesse momento histórico foi assinado a carta das nações que são regras internacionais onde todos os países participantes da ONU assinaram. A ONU constantemente realiza conferências do mais variados tipos de assuntos, cada qual em um comitê específico. Um comitê é formado por um grupo de países que podem variar de acordo com o tema a ser debatido. No comitê os delegados devem trabalhar em unanimidade representando seus países a fim de pensar em uma solução que seja condizente a nossa realidade e respeite a soberania dos países e os direitos humanos. O Conselho de Segurança foi o principal órgão da organização, ele foi criado pelos países vencedores da guerra para que os conflitos mundiais fossem evitados ou que ao menos fossem supervisionados por um Comitê. Fazem parte do CSNU 15 países, nos quais 5 são permanentes (conhecidos como P5) e 10 são rotatórios, e são eleitos com permanência de 2 anos contando

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a partir do dia 1 de janeiro. Os membros permanentes da organização são: Reino Unido, Russia, China, França e os Estados Unidos da América.

3. ESTADO ISLÂMICO

3.1 FORMAÇÃO

Foi fundado no Iraque. O Iraque é um pais de maioria muçulmana, porem, assim como no Cristianismo, o Islã também tem varias frentes, nas quais as principais são os Arabes Xiitas (60% do Iraque), os árabes Sunitas (20%) e os Curdos Sunitas (20%). no final do século XX um ditador árabe Sunita chamado Sadam Hussein entrou no poder por um longo período de tempo governando o Iraque com mãos de ferro e uma repressão fortíssima contra os Curdos, o que fez com que esses fossem isolados na região norte do Iraque. Em 2003 os Estados Unidos da América, ignorando completamente todas as decisões da ONU, invadiu o Iraque alegando que o país tinha armas de destruição em massa, A operação encontrou resistência de vários grupos militares, o que mais se destacou foi o Jama’at al- Tawhid wal-Jihaduma, responsável por diversos ataques às forças de coalisão e ações suicidas contra iraquianos. Após um ano, o grupo se uniu a Osama Bin Laden originando a al-Qaeda. Com isso tem inicio a Segunda Guerra do Golfo que durou entre 2003 e 2010 matando milhares de pessoas. Após a morte de Hussein, uma “democracia” foi implantada pelas outras nações mundiais no Iraque. Com a queda da popularidade dos Árabes Sunitas por conta do período ditatorial, os Xiitas tem um representante como Presidente da Republica e os Curdos tem um primeiro ministro, e os Árabes Sunitas passam a ser reprimidos cada vez mais e o sentimento de revanchismo foi crescendo dentro destes. Com a morte do líder Abu Musab al-Zarqawi, em 2006, em uma operação norte americana, Abu Omar al-Baghdadi subiu ao poder e o grupo passou a se autointitular Estado Islâmico do Iraque (EI), grupo que tinha como objetivo formar um estado Islâmico nas regiões de maioria sunita, do Iraque. Ao final dos anos 2000, a imagem do grupo estava bastante desgastada por causa da violência injustificada contra o povo iraquiano; o grupo chegou a ser classificado, pela ONU, como terrorista, em 2004. A reformulação do grupo se iniciou em 2010 com o atual líder Abu Bakr al-Baghdadi que subiu ao poder após a morte dos líderes Abu Omar al-Baghdadi e Abu Ayyud al-Masri, em uma operação dos EUA. Com a saida dos EUA, em 2011, um grupo xiita ficou responsável pela reestruturaçao do Iraque; os grupos contrários ao governo pro-ocidente continuaram atuando e o EII seguiu avançando no territorio iraquiano. Com al- Baghdadi no poder, o EII cruza a fronteira siria e envia tropas para o pais na epoca dos confrontos civis da Primavera Arabe, o objetivo era combater o presidente al-Assad e formar o grupo Jabhat al-Nusra, responsável por vários ataques no pais. Em 2013, o Jabhat al-Nusra se juntou com o EII formando o Estado Islamico do Iraque e Siria (EIIS ou ISIS, em inglês), tambem conhecido como Estado Islamico do Iraque e do Levante (EIIL OU ISIL, em inglês). Em 2014, al-Baghdadi anunciou a formaçao de um califado, nos territorios do Iraque e da Siria, e se autodeclarou o supremo lider mulçumano. O EII se separou de seu braço sirio, por conta de conflitos entre al-Baghdadi e o lider do Jabhat al-Nusra, o que levou a separaçao do EIIS que passou a se denominar Estado Islamico (EI). Abu Bark al-Baghdadi Abu Bark al-Baghdadi se formou em estudos islâmicos pela Universidade Islâmica de Bagdá e teria formado grupos militares nas regiões de Salaheddin e Diyala, antes de entrara para a al-Qaeda. Em 2006, foi confinado na prisão norte americana do Iraque, sendo liberado em 2009. Em 2011, foi classificado como terrorista global pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos que ofereceu 10 milhões de dólares por informações de al- Baghdadi. Quando o Estado Islâmico foi criado preferiu ser chamado de al- Khalifah Ibrahim.

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3.2 O ESTADO ISLÂMICO NA ATUALIDADE

O grupo tem executado diversos ataques, expandindo seu território, em cidades sírias e iraquianas, sem respeito a fronteiras – característica de um califado. Desde o inicio do ano passado, cidades como Mosul, Tikrit e províncias de Kirkuk foram tomadas pelos jihadistas, esse ano, o grupo espandiu suas zonas de atuaçõ, o EI tem toda a parte noroeste do Iraque, uma grande parte da Síria, e também, após o grupo Boko Haram ter dito fazer parte do grupo, vastos territorios no Níger, Nigéria, Chad e Sudão, estão sob seu controle. Segundo o serviço de inteligência dos EUA, o grupo conta com cerca de 31,5 mil pessoas, sendo 15 mil estrangeiros de aproximadamente 80 países, a maioria são veteranos de guerra que contribuem com o aparelhamento militar do EI. O grupo tem chamado atenção por conta da extrema violência que praticam como execuções em massa e decapitações seguidas de ameaças à comunidade internacional, além da morte de inúmeros civis e sequestro de curdos. No final de 2015 essas ameaças passaram a se concretizar com o ataques contra a França, que deixou cerca de 130 mortos e mais de 300 feridos. Após esse atentado, o grupo começou perder força, Segundo a Europol, por conta das baixas causadas por ataques dos Países da Coligação, o grupo postou um video de ameaças contra a Coligaçao e todos os Paises aliados dizendo que planejam um “Grante Ataque” contra esses países.

3.2.1 Estrutura do Isis

3.2.1.1 Organização / Objetivo O Estado Islâmico é um grupo considerado extremista que deseja a formação de um califado, ou seja, a expansão da fé islâmica e também do território do Islã, estabelecendo uma forma de governo monárquico, onde o califa representaria o sucessor do profeta Maomé. Esse califa teria em suas mãos o poder de aplicar a Sharia (lei islâmica), e também não só o poder máximo como representante supremo de um Deus (assim como um Papa), mas também teria direitos e deveres como de um presidente, como cuidar de seu povo e de sua nação como um todo. Tendo esse como seu objetivo principal, os jihadistas do grupo agem visando essa dominação

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cada vez maior de território, lutando contra qualquer ideal que entre em conflito com a Sharia. Motivados principalmente por questões de natureza religiosa, além de contar com o sentimento de ódio aos xiitas e também aos países ocidentais (e, em maior escala, aos Estados Unidos), esses militantes vêm demostrando uma capacidade incrível de recrutar combatentes.

3.2.1.2 Origens dos Militantes Os militantes recrutados pelo Estado Islâmico são de diversas nacionalidades e, como já se sabe, a capacidade de filiação é impressionante, com números crescendo de forma significativa mesmo com todos os esforços dos outros países para que essa emigração aconteça. A grande maioria dos combatentes são de países da região, como Síria, Iraque, Afeganistão, Líbia e também Chechênia, além de contar com diversos homens de origem francófona, como franceses, belgas e magrebinos. Além de todas essas nacionalidades, o Estado Islâmico ainda conta com jovens de origem europeia, como ingleses e alemães, que vão para a Síria se unir aos combates. Esse recrutamento maciço foi facilitado pelo uso das redes sociais. Os militantes em sua maioria são jovens mulçumanos sunitas que geralmente estão insatisfeitos e desiludidos e veem no EI uma saída para a vitória e salvação islã. 3.2.1.3 O Território Dominado Lembrando que o Estado Islâmico tem como um de seus objetivos a expansão territorial, é importante especificar quais áreas no Oriente Médio já estão no domínio do grupo. Áreas da Síria e do Iraque já foram conquistadas. São locais estratégicos, que contam com as cidades sírias de Raqqah e Deir ez Zor onde tribos locais já declararam apoio total ao EI e também com a cidade iraquiana de Mossul, que representa uma zona de forte importância econômica, uma vez que é rica em reservas de petróleo e abriga a maior usina hidrelétrica do país. Outras cidades dominadas no Iraque são Tal Afar, Kirkuk e Irbil. Também após o Boko Haram anunciar fazer parte do EI, alguns territorios da Nigéria, Níger e Chade também estão sob o commando dos Jihadistas, porém algumas fontes não reconhecem essas áreas oficialmente como area de comando do Estado Islãmico. 3.2.2 Os Ultimos Atentados O ISIS é, hoje, uma das maiores organizações paramilitares do mundo e se orgulham por diversos ataques terroristas em diversas cidades, tendo como foco principal os países membros da União Europeia. Nos ultimos de Janeiro até o momento em que esse documento foi escrito, foram registrados diversos ataques a vários países, sendo os mais famosos: Março de 2016 Em março, o Estado Islâmico de Iraque e Síria (ISIS) assumiu os ataques em um jogo de Futebol no Sul de Bagdá. Durante um jogo de futebol na cidade de Alexandria, o terrorista se infiltrou entre os torcedores e detonou o colete de explosivos que carregava no interior das arquibancadas durante uma partida entre equipes locais. Entre as vítimas fatais está o prefeito da cidade de Alexandria, onde fica o estádio alvo do atentado, Ahmed al Jafayi. Já entre os 95 feridos há comandantes da milícia xiita, Multidão Popular e oficiais dos serviços de segurança do Iraque. Durante o mesmo mês, a organização fez outro ataque, dessa vez de maior escala e buscando um dos principais membros da União Europeia, a Bélgica. O atentado ocorreu em Bruxelas, a capital belga foi alvo de dois atentados, um no metrô, e outro no Aeroporto, ambos no mesmo dia. Duas explosões aconteceram no terminal de embarque do Aeroporto de Bruxelas por volta de 9h (horário local). Testemunhas relataram que ouviram tiros e gritos em árabe. As

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autoridades belgas confirmaram que o ataque no aeroporto foi um atentado suicida. Uma hora depois, mais explosões também foram registradas nas estações de metrô de Maelbeek e Schuman. Essas estações ficam perto de várias instituições da Comunidade Europeia, como o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia e o Conselho Europeu. Esses órgãos executivos são o coração da União Europeia, onde muitas decisões são tomadas. Muitos funcionários ficaram trancados dentro desses prédios. Ao menos 34 morreram e mais de 200 ficaram feridos, segundo a imprensa. Maio de 2016 Em maio, o alvo foi Bagdá, no Iraque. Bagdá foi palco de vários atentados com carros-bomba que deixaram pelo menos 86 mortos e 140 feridos nesta quarta-feira (11), segundo balanços feitos pela imprensa internacional. O mais grave deles atingiu um mercado, perto do grande bairro xiita de Sadr City, e foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI). A explosão, ocorrida às 10h, matou 64 pessoas e feriu 87, segundo as redes BBC e CNN. A BBC afirma que entre as vítimas estão mulheres e crianças. Outros dois carros explodiram pouco mais tarde e também provocaram estragos. Esses dois ataques, no entanto, não foram reinvindicados. Um explodiu na entrada de Kadhimiya, que também é um distrito xiita, matando 15 e ferindo 33 outros, segundo a Reuters. O terceiro carro-bomba explodiu no oeste da capital iraquiana em um bairro predominantemente sunita, matando sete e ferindo outros 20.

4. CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS DO TERRORISMO

Após um ataque terrorista qualquer país fica extremamente abalado fazendo com que muito dinheiro seja movimentado da bolsa de valores e faz com que o país perca muitos turistas fazendo com que o PIB diminua, tendo em vista que o turismo é uma grande fonte de dinheiro, além disso as pessoas locais ficam com medo de sair, logo diminui a dinâmica econômica da população economicamente ativa. Ou seja, faz com que um país fique com uma serie de especulações e isso o acaba o desestruturando e leva um tempo até as coisas voltarem ao normal, cerca de 1 ano. Porém isso vem mudando e muito pois após o atentado das torres gêmeas em 2001 os governos começaram a se organizar melhor para que não haja tanto movimento econômico. Outros países após 2001 conseguiram se recuperar muito mais rápido do que 1 ano pois conseguiram amenizar o pânico e as especulações através da mídia assim tudo voltava ao normal em 1 a 6 meses sendo isso um tempo realmente impressionante de recuperação Vocês se perguntam como assim com a mídia? Simples perceba o quanto você ouviu falar sobre o atentado de 2001 em NY, agora pense o quanto ouviu falar sobre o atentado à rede ferroviária em Madrid e agora pense no atentado ao metro na cidade de Londres. Provavelmente vocês não ouviram muito sobre os últimos dois afinal de contas houve um controle da mídia por parte do governo para que a notícia não se espalhasse muito, por causa disso Madrid se recuperou em 6 meses e Londres se recuperou em 1 mês, alguns economistas dizem que foi menos tempo cerca de uma semana. Perceba que por maior que seja o ataque a mídia pode fazer com que ele pareça duas vezes pior do que realmente foi e quanto menor ele aparentar menor vão ser as consequências econômicas.

5. IMPLICAÇÕES DE ORDEM GLOBAL

5.1 Respeito a Soberania

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O Estado atual possui 3 elementos em sua composição. O primeiro deles é a posse de um território delimitado e reconhecido. O segundo é a presença de uma população que vive nesse território e o terceiro é a existência de um governo que detém o monopólio legítimo da força. Se a nação possuir essas características ela é soberana naquela região ela não depende de ninguém para sobreviver. Logo pode montar sua constituição de acordo com sua vontade, apenas há alguns “Direitos Fundamentais”, que está relacionado aos direitos humanos, o resto da constituição fica a critério do governo do Estado. Porém caso o assunto caiba a mais de um país, ou seja, um assunto internacional, a “quantidade de poder” vem de acordo com a influência de cada pais, e para a decisao de soluções um pais depende de outros. Entretanto nenhum desses paises pode “mexer” na sua política sem sua autorização, e agora vamos explicar algo um pouco mais polêmico que pode ferir a soberania de um país. 5.2 Intervenções Intervenção, no contexto da política internacional pode ser definida como ações do governo de uma determinada nação na situação de outra nação. Essa ação pode ser de ordem política, econômica, militar ou até mesmo humanitária e afeta o cenário interno e particular do Estado que sofre a intervenção. As intervenções compõem um elemento delicado da política externa dos países, uma vez que pode facilmente se chocar com a soberania de cada Estado, ou seja, as opiniões sobre ações intervencionistas são muito divergentes, pois muitas vezes conflitam com as opiniões e, não apenas do Estado que sofreu a ação, mas também da comunidade internacional. O ponto crucial das intervenções é o real objetivo do país interventor. É necessário analisar com cautela quais são os reais interesses desse país com uma determinada proposta intervencionista, considerando que o pretexto, a princípio exposto como justificável, pode transformar-se em uma política que acaba por prejudicar o país afetado e, até mesmo por ferir sua soberania. Outro cuidado que deve ser tomado quando se trata de intervenções refere-se ao consentimento do Conselho de Segurança. Para que ocorram de forma legítima, as propostas de intervenção devem ser aprovadas no Conselho de Segurança e, portanto, devem ocorrer em situações que representem ameaças à paz e segurança internacionais. Os limites nas ações intervencionistas devem ser muito bem estabelecidos em prol de evitar um desrespeito à soberania de cada Estado. Além disso tudo as intervenções estão relacionadas economicamente pois uma intervenção há diversos gastos por isso antes de acontecer o projeto passa pelo parlamento (ou qualquer outro órgão de decisão) do país que irá realizar a intervenção, e a falta de fundos normalmente é um dos principais motivos para não a realiza-la, então esperasse que esse tópico seja debatido de forma que tudo seja levado em consideração. 5.3 Jihad 5.3.1 A cisma: Xiitas e Sunitas Iniciada por Maomé, profeta do deus Alá, a religião islâmica começou a se disseminar pelo Oriente Médio no século VII; o Islã é uma religião monoteísta e teocrática. Com a morte de Maomé, o islamismo passou a ser um califado – forma de governo que não reconhece limites geográficos ou políticos, fronteiras, no qual o líder (califa) é considerado sucessor de Maomé, possui caráter expansionista, além do universalismo. O primeiro califa – líder político e religioso de um Estado Árabe – após a morte do profeta foi Abu Bakr, sogro de Maomé. Sob a liderança de Abu os árabes começaram sua expansão sob a justificativa do Jihad (guerra santa para dominar Meca). O próximo califa foi Omar, sucedido por

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Otman que redigiu o Alcorão. Após a morte de Otman se iniciou uma guerra civil que culminou na divisão do Islã entre xiitas e sunita. Ali, genro de Maomé, tornou- se líder dos xiitas, parcela mais radical do povo islâmico e que só reconhece como califa um sucessor genético de Maomé. Muawija, membro da família Omíada passou a liderar os sunitas, parcela muçulmana moderada e mais aberta a transformações; seguem a Suna, livro que conta os grandes feitos de Maomé, e reconhece califas escolhidos pelo povo. Originalmente, a palavra jihad significa esforço ou luta, não necessariamente com conotação religiosa, mas utilizada no islamismo como um esforço para viver segundo as regras do Corão; porém, durante as primeiras conquistas islâmicas, no século IX, o jihad passou a significar o empenho de um indivíduo para o seu próprio bem ou para o bem coletivo, seja como pregação ou luta armada, assumindo o conceito de guerra santa ou esforço de conversão externa após a cisma do Islã. Atualmente, principalmente após o 11 de setembro, o jihad tem adquirido o sentido de guerra santa contra o mundo, chegando a ser caracterizado como jihad global, conceito desenvolvido em especial pela Jihad de Osama Bin Laden no fim do século XX e início do século XXI. Vale destacar que esse caráter global faz referencia à predominância da cultura ocidental, que é a mais presente e influenciadora no mundo atual. O jihad global seria a luta para formar um Estado Islâmico (território islâmico) e a luta contra a injustiça e a corrupção, segundo as leis islâmicas. Terrorismo? Seguindo uma definição de dicionário, terrorismo pode ser caracterizado como uma maneira de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas utilizando o uso sistemático do terror, ou seja, uma forma de impor uma vontade utilizando força ou contestar o poder com uso da violência. Porém, essa definição torna-se vaga quando o objetivo é entender e analisar os grupos classificados como terroristas que atuam no mundo atual. Apesar de certas semelhanças, o termo terrorismo não deve ser confundido com guerra, uma vez que a mesma só pode ser ocorrer entre Estados soberanos, e nem com genocídio, já que este, apesar de também ser caracterizado como um crime internacional, é uma forma de discriminação causada por diversos fatores e que objetiva primeiramente uma destruição em massa, e não o poder de influencia e interferência na política (muitas vezes global), como ocorre com a maioria dos grupos terroristas. Sendo assim, tendo em mente que cada grupo terrorista possui uma justificativa distinta para suas ações, é necessário entender quais são essas motivações para enfim compreender o

É necessário salientar que

esse “engrandecimento” não é obrigatoriamente

a vitória na guerra. Das duas coisas, uma: ou o

guerreiro morre e recebe uma recompensa no

paraíso, ou vence e ganha o botim. Ou Deus

vence no coletivo e material (vitória e conquista)

ou vence no individual e espiritual (ascensão ao

paraíso). A ascensão ao paraíso significa um

contrabalanço do que se ganharia na vitória

terrena: só há vitória, a morte não é significado

de perda, mas, sim, de ganho. Além disso, a morte

de uns pode parecer necessária para a vitória da

coletividade, e o que ele ganha no céu compensa

o que ele ganharia na Terra. É por isso que, nas

descrições do paraíso, em imagens vívidas,

suntuosas e exuberantes, os mártires têm um

lugar especial. (CHEREM, 2013, p.6)

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comportamento de cada um. É possível afirmar que a apropriação do nome de Deus como uma justificativa final torna o debate mais complexo e ainda mais complicado na arena antiterrorista. O sentido de Jihad é pouco compreendido, mas envolve um esforço e empenho que objetiva defender os valores da fé islâmica. Porém, nesse cenário, existem os fundamentalistas, que acabam por adotar crenças de certa forma radicais, que são consideradas por eles infalíveis e universais. Assim, os fundamentalistas acabam optando por medidas extremas, que muitas vezes não levam em consideração outras culturas e confiam apenas em suas convicções, como uma única verdade. Esse é o caso do Estado Islâmico, grupo considerado terrorista por realizar uma série de ações que desrespeitam não só os direitos humanos, como também todas as outras religiões e culturas que não seguem à risca suas convicções e que deseja formar um único califado, onde a fé islâmica seria louvada acima de tudo. Desejo esse que representa a vontade de influenciar internacionalmente. Concluímos então que não é certo considerar o Estado Islâmico como representante do islamismo. Essa é uma confusão que não pode ocorrer, uma vez que muitos islamistas condenam as ações do grupo. É necessário manter em mente que, apesar de condenar, é necessário primeiro entender o que está sendo condenado. As ações do Estado Islâmico são criticadas internacionalmente com razão, porém é necessário entender o que está por trás para enfim encontrar uma maneira detê-lo. 5.4 Abordagem do Estado Islâmico 5.4.1 As Principais Vítimas Embora a guerra do Estado Islâmico seja contra todo aquele que não pertencer à sua religião e os ataques terem, em geral, a função de difundir e espalhar terror ao redor do globo, os grupos que acabam por ser as principais vitimas do Estado Islâmico são as próprias minorias locais. É absolutamente comum a execução de curdos, de homossexuais, de cristãos, entre outros grupos. Mesmo os muçulmanos não estão a salvo, pois qualquer um que se recuse a lutar pelo EI, ou que desrespeite ou discorde das leis da Sharia está sujeito à execução. Relatos mostram que mulheres são vendidas como escravas ou forçadas a casarem-se com jihadistas, crianças, além de vendidas, são crucificadas ou enterradas vivas. Além da violência direta praticada contra tais minorias, o Estado Islâmico comete uma atrocidade contra toda a comunidade muçulmana, suas ações movem a população a fortalecer o ideal do senso comum de que todo muçulmano tem tendências terroristas, criando uma onda de “islamofobia” e prejudicando praticantes do Isla ao redor de todo o globo. O descontentamento da comunidade islamita pode ser observado nas declarações de condenação realizadas por importantes líderes ou instituições tradicionais. Um dos líderes que se expressou de forma mais radical foi Ahmed al-Tayeb, representante dos fiéis sunitas do Egito que declarou que os jihadistas deveriam ser castigados, uma vez que lutam contra Deus e agem em desrespeito aos ensinamentos do profeta Maomé. O representante religioso, que possui ligação com uma das instituições mais renomadas do Islã, a universidade Al Azhar, afirmou que é necessário que todos os fiéis persigam e crucifiquem o máximo possível de membros do EI e a universidade declarou em nota que também repudia as ações do grupo, classificando-as como satânicas. 2° PARTE DO GUIA DE ESTUDOS – REFUGIADOS

1. RECONHECENDO O FLUXO MIGRATÓRIO

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1.1. Migração forçada

Migração forçada é caracterizada pela coação de fatores externos que apresentem ameaças à vida ou à liberdade de escolha, quer tenha origem em causas naturais, quer em causas provocadas pelo homem - movimentos de refugiados ou migrantes ambientais forçados, por exemplo. 1.1.1. Refugiados De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados (1951), um refugiado é um indivíduo que se encontra impossibilitado de voltar a seu país de origem (ou que se recusa a fazer isso) por conta do medo efetivo de ser perseguido por discriminações, tais como raça, religião, nacionalidade ou participação em algum grupo social e político. Aliás, essas são definições adotadas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) Os refugiados diferenciam-se de migrantes por representarem uma ameaça direta à própria vida e ao seu bem-estar, devido a diversos fatores como perseguições étnico-religiosas, políticas, territoriais, entre outros. Por possuírem estas condições adversas, todas as nações têm a responsabilidade de promover segurança e uma estrutura básica para o assentamento destes, até que haja uma estabilização e o desejo de retorno por parte dos refugiados. Não se pode forçar o retorno desses indivíduos contra a sua vontade, sendo esse o princípio de non-refoulement ou não-devolução. 1.2 Origem dos refugiados

O conflito na Síria continua sendo o maior motivador dessa onda migratória. Mas a violência constante no Afeganistão e na Eritreia, assim como a pobreza no Kosovo também têm levado pessoas dessas regiões a procurar asilo em outros países. 1.3 Rotas de migração para União Europeia Mais de um milhão de refugiados atravessaram a fronteira para a Europa em 2015. Existem duas principais rotas para a Europa, a primeira é a através do norte da África, onde os refugiados atravessam o Mar Mediterrâneo. A segunda é a terrestre, sendo o principal fluxo pela Turquia. A rota marítima é cada vez mais perigosa a medida que barcos superlotados começaram a naufragar no mar Mediterrâneo, estima-se que mais de 3500 pessoas tenham perdido a vida ao tentar atravessar o Mediterrâneo central em 2015.

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Contudo, apesar dos melhores esforços de algumas nações europeias no regate e salvamento de imigrantes que chegam pelo Mediterrâneo, como a Itália ao criar a Mare Nostrum em que se estima que cerca de 150 mil pessoas foram salvas. O corte no orçamento, a recusa do resto da comunidade europeia em colaborar e, a rejeição da opinião pública levaram essa operação a ser suspensa em 2014. No lugar, foi instituída a operação Triton, que por sua vez conta com o controle e apoio de grande parte da comunidade europeia. Porém, ao contrário da Mare Nostrum, que tinha caráter humanitário e foco no bem-estar dos imigrantes, a Triton tem como objetivo principal a segurança das fronteiras europeias e, se limita as águas do continente. Já, a rota originada na Turquia é conhecida por ser a mais utilizada pelos refugiados sírios e afegãos. Estima-se que mais de 170 mil pessoas dessas nacionalidades entraram na Europa a partir dela. Mas também, essa rota se mostra particularmente dura. Isso porque, após chegarem a Grécia a grande maioria dos refugiados tem como objetivo atingir a Alemanha e outros países de economia mais robustas na Europa, o problema é que para chegar a esses países é necessário passar por muitas outras nações que tem suas fronteiras fechadas para refugiados. Como por exemplo a Hungria, que construiu um muro de 175km na fronteira com a Servia na tentativa de frear o fluxo constante de imigrantes ou mesmo a Alemanha, conhecida por ser a principal receptora de refugiados, que chegou a suspender por doze horas entrada de desses no país.

2. QUESTÃO SÍRIA 2.1 Localização República Árabe da Síria é um país localizado na Ásia Ocidental. O território sírio de jure faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste; a Turquia ao norte; o Iraque a leste; a Jordânia ao sul e Israel ao sudoeste. 2.2 História 2.2.1 Antiguidade

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A Síria possui uma história muito antiga, seu território foi primeiramente ocupado pelos arameus e assírios, depois disso diversos povos ocuparam esse território, como os persas, gregos e romanos. Posteriormente ela se tornou um dos maiores focos da Civilização Árabe, pois houve uma grande ascensão do islamismo. Após uma série de interesses no território, a Siria torna-se parte do Império Otomano. 2.2.2 Domínio Otomano O domínio otomano foi pacífico pois não impôs seus costumes, portanto os nativos sírios conservaram sua religião, e não houve indícios de revoltas. Porém durante a primeira guerra mundial, o Império Otomano une-se ao Império Alemão e da Áustria-Hungria, mas foi derrotado e perdeu de controle de todo o Oriente Próximo para o Império Britânico e o Império Francês. A divisão do Oriente Próximo se deu pelo ajuste secreto de Sykes-Picot, que definiu as respetivas esferas de influência no Oriente Médio entre Inglaterra e França. Assim a França ganha controle da Síria após a primeira guerra mundial 2.2.3 Domínio Francês No final de 1920 a Liga das Nações concorda em por a Siria sobre o mandato Francês. Síria e França negociaram um tratado de independência em setembro de 1936 e Hashim al-Atassi foi o primeiro presidente a ser eleito na primeira república moderna da Síria. No entanto, o tratado nunca entrou em vigor porque o legislador francês se recusou a ratificá-lo. Com a queda da França em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, a Síria criou uma contínua pressão de nacionalista que forçou o governo francês a evacuar suas tropas em abril de 1946, deixando o país nas mãos de um governo republicano que tinha sido formados durante esse período. 2.2.4 Independência O país conseguiu a independência em 1946. Em 1948, entrou em guerra com Israel, saindo desta perdedora. Sofreu ainda numerosos golpes militares. Aliou-se diversas vezes ao Egito, e acabou se envolvendo em guerras contra Israel como na Guerra dos Seis Dias e a Guerra de Yon Kippur, em ambas saiu com altas perdas. Os laços entre Síria e Irã começaram nos anos 1980, quando a Síria foi o único país árabe a apoiar o Irã na sua guerra de oito anos contra o Iraque. Simultaneamente à crescente deterioração das relações com Israel, a Síria passou a controlar militarmente o norte do Líbano, onde sustentou encontros com as forças de Israel e se opôs a presença de forças estadunidenses. Assim a Síria se caracterizou, durante a permanência de suas tropas no Líbano, pela sua oposição a todos os planos de paz dos Estados Unidos para o Oriente Médio No último golpe de estado, Hafez al-Assad tomou o poder como presidente, liderando o país por 30 anos e proibindo a criação de partidos de oposição e a participação de qualquer candidato de oposição em uma eleição. Após sua morte, o poder é passado a seu filho Bashar al-Assad em 2000 até os dias atuais. 2.2.5 Guerra Civil A forte influências das revoluções da Primavera Árabe trouxeram na Síria uma cadeia de protestos pacíficos contra o atual presidente Bashar al-Assad em 2011. Quando as forças de segurança abriram fogo contra os manifestantes, matando a vários deles, ainda mais pessoas

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foram para as ruas. Houve manifestações em escala nacional pedindo a saída do presidente Assad. Bashar al-Assad vendo que o conflito se tornou mais intenso, e que seus oponentes começaram a dominar cidades, ordenou bombardeios aéreos e ataques de mísseis a todas as cidades sob controle rebelde, além de enviar tropas para combate. Entretanto ocorre um grande número de desertores do exército, que se unem a causa rebelde, formando assim o Exército Sírio Livre, de grandes proporções de terra em toda a Síria. Ocorrem batalhas entre o exército do governo sírio e o Exército Sírio Livre em muitas províncias. Com esse agravamento da Guerra Civil, a Síria é suspensa da Liga Árabe, uma organização cujo objetivo é reforçar laços econômicos e culturais em nações árabes. Assim a Síria perde um grande apoio de seus vizinhos, o que agrava mais a situação do governo de Bashar al-Assad. A batalha foi muito além de ser contra ou favor de Assad - adquiriu um tom sectário, onde a maioria sunita enfrenta a ala xiita que apoia o presidente. A partir de 2013, aproveitando-se do caos da guerra civil na Síria e no Iraque, o Estado Islâmico começou a reivindicar territórios na região. Lutando inicialmente ao lado da oposição síria, as forças desta organização passaram a atacar qualquer uma das facções (sejam apoiadoras ou contrárias a Assad) envolvidas no conflito, buscando hegemonia total. Em junho de 2014, militantes deste grupo proclamaram um Califado na região, com seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, como o califa. Eles rapidamente iniciaram uma grande expansão militar, sobrepujando rivais e impondo lei islâmica nos territórios que controlavam. Então, diversas nações ocidentais, como os Estados Unidos, as nações da OTAN na Europa, e países do mundo árabe, temendo que o fortalecimento do EI representasse uma ameaça a sua própria segurança e a estabilidade da região, iniciaram uma intervenção armada na Síria, agravando sua guerra civil. 2.3 Divisões no território sírio

2.4 Refugiados sírios

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Assim concluímos que o motivo pelo qual cresce o número de imigrantes sírios, não é somente pela guerra civil que acontece, mas também pela persistência de diversos grupos e países atuando no território sírio. A Síria até hoje já emulsionou 4 milhões de refugiados, sendo que 75% de sua população vive em estado de pobreza. Segundo a Anistia Internacional, a maioria dos refugiados sírios estão em apenas cinco países: Turquia, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito. A Turquia já recebeu cerca de 2 milhões de sírios e o Líbano, mais de um milhão. A explicação para isso é a proximidade. Diante de uma situação de guerra, os refugiados não têm muitas opções de fuga e optam pela rota mais fácil, que geralmente leva a países vizinhos. Mas ainda, diferentemente dos seus pares árabes e turcos, os países do Golfo (Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes, Catar, Bahrein e Omã) não ofereceram nenhum abrigo para refugiados sírios. Esses países preferiram doar dinheiro ao invés de abrir suas fronteiras. O Kuwait é o quinto maior doador entre 2012 e 2015, mas nenhum deles aceitou sequer abrigar um refugiado em seu território. Os países do Golfo não reconhecem refugiados, ou seja, não assinaram a Convenção de 1951 sobre refugiados. Visto esse caos interno e a negação dos vizinhos próximos de conceder asilo, é de se entender o porquê de milhares de refugiados tentarem a vida na Europa. As entradas na UE são de 4 mil a 5 mil pessoas por dia em um bloco que tem 508 milhões de habitantes. A maioria dos candidatos de asilados que chegaram à Europa nos últimos meses tem buscado países que pouco sofreram com a crise econômica, como Alemanha, Áustria e Suécia.

3. Documentos Oficiais da ONU

3.1 Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)

A Carta das Nações Unidas reafirmou a fé nos direitos humanos, na dignidade e nos valores

humanos das pessoas e convocou a todos seus estados-membros a promover respeito

universal e observância dos direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem

distinção de raça, sexo, língua ou religião. A seguir artigos selecionados para servir como base

principal as discussões e resoluções do comitê.

Artigo 1.º Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e

de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Artigo 4.º Ninguém pode ser mantido em escravidão ou em servidão; a escravatura e o comércio de escravos, sob qualquer forma, são proibidos. Artigo 13.º Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país. Artigo 14.º Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países.

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Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por crime

de direito comum ou por atividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

Artigo 15.º Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de

nacionalidade.

Artigo 23.º Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfactórias de trabalho e à proteção contra o desemprego. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfactória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de proteção social. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em

sindicatos para defesa dos seus interesses.

Artigo 26.º Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. Os pais têm um direito preferencial para escolher o tipo de educação que será dada aos seus

filhos.

3.2 Convenção de 1951

É uma determinação dos direitos e regulação do status legal dos refugiados.

A Convenção consolida prévios instrumentos legais internacionais relativos aos refugiados e fornece a mais compreensiva codificação dos direitos dos refugiados a nível internacional. Ela estabelece padrões básicos para o tratamento de refugiados – sem, no entanto, impor limites para que os Estados possam desenvolver esse tratamento. A Convenção deve ser aplicada sem discriminação por raça, religião, sexo e país de origem.

Além disso, estabelece cláusulas consideradas essenciais às quais nenhuma objeção deve ser

feita. Entre essas cláusulas, incluem-se a definiçao do termo “refugiado” e o chamado principio

de non-refoulement (“nao-devoluçao”), o qual define que nenhum pais deve expulsar ou

“devolver” (refouler) um refugiado, contra a vontade do mesmo, em quaisquer ocasiões, para

um território onde ele ou ela sofra perseguição. Ainda, estabelece providências para a

disponibilização de documentos, incluíndo documentos de viagem específicos para refugiados

na forma de um “passaporte”.

3.3 Protocolo de 1967

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Com o tempo e a emergência de novas situações geradoras de conflitos e perseguições,

tornou-se crescente a necessidade de providências que colocasse os novos fluxos de

refugiados sob a proteção das provisões da Convenção. Assim, um Protocolo relativo ao

Estatuto dos Refugiados foi preparado e submetido à Assembléia Geral das Nações Unidas em

1966.

O Protocolo de 1967 removeu os limites geográficos e temporais, expandindo o escopo da

Convenção de 1951.

4. ANÁLISE GERAL 4.1. Formas de contenção 4.1.1. Barreiras físicas A construção de muros como forma de proteção de fronteiras no último século só tem crescido. É um exemplo disso o muro de 3 metros feito pela Hungria para conter os refugiados que chegam em seu país. Além das barreiras projetadas, podemos citar também barreiras naturais que impedem e/ou restringem o trânsito de pessoas, como mares, rios, relevos acidentados ou climas áridos. O maior exemplo dessa conjuntura pode ser encontrado no Mar Adriático, próximo à costa da Itália, um dos principais pontos de entrada ilegal para a União Europeia (UE). 4.1.2. Cotas migratórias As políticas migratórias cada vez mais restritas não se restringem apenas ao controle aduaneiro ou ao combate à imigração ilegal, mas também é observável a movimentação de algumas nações por restrições ainda maiores para migrantes legais também. O uso de vistos já é uma prática recorrente e soberana, que propõe um controle de entrada, principalmente de turistas e trabalhadores qualificados. Atualmente vemos a proposta da Alemanha em criar cotas para o abrigo de refugiados por parte dos países-membros. A intenção é aliviar a pressão dos países na costa do Mar Mediterrâneo, que recebem o maior contingente de imigrantes. A Comissão Europeia entende que o sistema de cotas é essencial para forçar os demais países do bloco a prestar solidariedade a parceiros como a Itália, Grécia e Malta. Porém diversos países rejeitam as cotas, sendo os maiores opositores Reino Unido, Dinamarca, Hungria e Irlanda.

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4.2. Impactos econômicos e sociais A migração apresenta diversos fatores e consequências inerentes à sua própria definição. Ao longo desse tópico será abordada parte destes impactos como forma de promover uma análise mais compreensiva, por meio de diversos cenários e estudos. 4.2.1. Perspectiva Econômica 4.2.1.1. Aumento na força de trabalho Migrantes geralmente estão dentro das faixas etárias que se enquadrariam na População Economicamente Ativa (PEA), assim como estudantes. Por mais que eles tragam dependentes o impacto final é positivo e aumenta a força produtiva. 4.2.1.2. Aumento da Demanda Agregada e do PIB Real Influxo de migrantes leva a um aumento na demanda agregada. Eles também contribuem para o crescimento dos gastos totais na economia. Além de promover a oferta de trabalho, há um aumento da demanda por trabalho, relacionado com o crescimento dos gastos totais. O fluxo migratório deveria levar a um aumento real do PIB - ceteris paribus, dentro de um contexto onde apenas um dos parâmetros é alterado, nesse caso do PIB bruto para o per capita - o impacto real é no PIB per capita. 4.2.1.3. Impacto positivo na proporção dependência Com o envelhecimento populacional, o Reino Unido prevê um crescimento na proporção de dependência, porém, o trânsito de migrantes ajudaria a reduzir esta proporção. Migrantes são fontes de mão-de-obra, corroborando ainda mais para diminuir a relação da PEA e aposentados, o que beneficia o orçamento governamental, mas não necessariamente ampara estas pessoas. 4.2.1.4 Trabalho servil Os migrantes em diversas nações muitas vezes atuam em profissões consideradas degradantes ou inferiores, aliadas ao preconceito e à sua falta de integraçao, o que gera uma ‘segunda-classe’ de cidadaos; torna-se propícia a sua exploração agravando ainda mais a dignidade do migrante. Cria-se nesse vácuo, fomentado pela falta de documentação ou pela barreira linguística, um antro muito amplo para o abuso, evidenciado por longas jornadas de trabalho, diferença salarial, falta de direitos trabalhistas e qualquer garantia. 4.3 Xenofobia Não se pode precisar uma definição de xenofobia. No âmbito internacional, não há uma que seja aceita por todos, mas, mesmo assim, há tentativas de descrever esse fenômeno que ocorre desde os tempos mais remotos. Uma dessas tentativas descreve xenofobia como uma atitude, preconceito ou comportamento

que rejeita, exclui e, frequentemente, deprecia determinado grupo

etnico ou social com base num grau de ‘externaçao’ aos valores da comunidade, sociedade e identidade nacional, sendo as principais vítimas os estrangeiros. Podemos estabelecer relações entre xenofobia e nacionalismo. Ambos partem do princípio de que os indivíduos de uma certa região devem se juntar para se fortalecer como um todo. A

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partir daí, os dois seguem a linha de que a nação é o resultado dessa união de pessoas e que, assim, o desenvolvimento deve ser buscado dessa forma, com os indivíduos unidos. Basta olharmos para o século XIX, mais especificamente para a unificação alemã: Otto von Bismarck utilizou esse princípio nas Guerras de Unificação contra a França. Com a vitória da Prússia, ele instigou o sentimento de que a Alemanha - inexistente na época - era um só Estado, uma só nação. Apesar do uso da força, ao contrário dos movimentos xenofóbicos, ele o fez para engrandecer e valorizar seu povo ao invés de diminuir outros. Portanto, o nacionalismo e a xenofobia, entre tantos pontos em comum, possuem um ponto que difere. Outra comparação que pode ser facilmente estabelecida é entre o racismo e a xenofobia. Os dois fenômenos possuem como ponto de partida a superioridade de um povo sobre o outro. Tais argumentos são usados para denegrir e diminuir qualquer um que, pelo indivíduo racista, seja considerado inferior por quaisquer que sejam os motivos. Com o racismo estabelecendo essa diferença na crença de que há fator determinante de inteligência, de características culturais e de comportamento morais, o racismo exclui pontos fundamentais da xenofobia. Fazendo uma relação lógica, podemos, então, concluir que, ao somarmos nacionalismo e racismo - pegando os pontos em comum dos dois com o terceiro - teremos a xenofobia? Veremos que não é bem assim: a xenofobia exclui, de forma violenta, qualquer um que não tenha semelhança alguma com o outro, seja de cor, origem, religião, etc., enquanto que a junção do racismo com o nacionalismo resulta apenas na xenofobia em relação à origem e à raça. Contudo, a xenofobia pode, também, mostrar sua face nos movimentos de ódio que dizem respeito a outras religiões ou outras culturas.

PARTE III 1. POSICIONAMENTO DE BLOCOS

Alemanha A Alemanha presa pela liberdade, segurança e proteção da população no mundo e vê o Estado Islâmico como uma ameaça a esses preceitos, temem também um atentado em seu território, portanto o país se juntou a aliança formada pelos EUA para combater o Grupo e tem enviado armamento as tropas curdas para combaterem os jihadistas.

É um dos países que mais recebe refugiados da União Europeia, apoia financeiramente e é extremamente ativa em relação a propostas para integração e distribuição dos refugiados. Promoveu as Cotas Migratórias na União Europeia, em que cada país europeu receberia refugiados de acordo com a densidade demográfica, econômica e população; garantindo assim uma melhor distribuição dos refugiados de modo a não sobrecarregar países como a Itália ou a Grécia. Porém foi amplamente criticada pelo Reino Unido, Hungria, Dinamarca e Holanda. Arábia Saudita Mesmo sendo um país muçulmano a Arábia Saudita repudia o Estado Islâmico e, desde o inicio das ações do grupo, reforçou o contingente militar nas fronteiras do país. Além disso, o país faz parte da aliança dos EUA no combate ao grupo, tudo depois de negar a acusação de financiar o EI. A Arábia Saudita sofre com ameaças diretas dos radicais.

Não é signatária de nenhuma convenção ou protocolo, portanto não reconhecem refugiados, podendo deportá-los, ou mesmo não garantindo direito à eles. Não aceitem refugiados em seu território, porém podem ajudar economicamente. Brasil O Brasil tem se mostrado contrario as atitudes do Estado Islâmico, mas foi duramente criticado pela demora a se posicionar quanto ao assunto. O país começa a se preocupar também com as

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tentativas do EI de aliciar jovens brasileiros para se incorporarem aos militantes do grupo, e também pelo fato de ter sido ameaçado recentemente pelo ISIS, e por ter um grande evento se aproximando, o Brasil pede apoio mundial para garantir a segurança das Olimpíadas de 2016. Em relação a crise de refugiados, o Brasil é um país que possui interesse na questão, e que pode receber refugiados de acordo com sua política externa. China Membro permanente do Conselho de Segurança. A China mantém, no que se refere ao Estado Islâmico, a mesma posição que tem a anos quanto a intervenções militares, é contra, por receio de abrir precedente para intervenções externas em seu próprio território. Contudo o país acredita ser essencial o esgotamento dos financiamentos ao grupo terrorista. A questão do radicalismo islâmico é delicada para os chineses por conta do histórico com os uigures, em Xinjiang.

Possui uma densidade demográfica muito alta e por isso não pensa em receber refugiados, mas tentam ajudar economicamente. Egito O Egito se mostrou contrário as ações do Estado Islâmico quando pediu a ONU que o Conselho de Segurança se reúna para tomar medidas quanto ao avanço do grupo em território líbio. O país começou a frente opositora aos jihadistas após o EI ter executado 21 egípcios.

É um dos países que mais recebe refugiados do mundo, até o começo de 2016 já receberam cerca de 5 milhões. Atualmente aumentaram o rigor para as políticas de refugiados sírios e palestinos, juntamente com o sentimento xenofóbico em relação aos sírios, que é crescente dentro da população. Eles alegam prioridade à segurança do país, afirmando que podem haver terroristas infiltrados nas levas de refugiados. Estados Unidos da América (EUA) Membro permanente do Conselho de Segurança. Os EUA foram o primeiro país a se posicionar contra o Estado Islâmico e formaram uma aliança que, atualmente, conta com cerca de 40 países, com o objetivo de conter o avanço do grupo. O Estado, juntamente com seus aliados na coligação internacional, já realizou dezenas de ataques, sendo esses divididos entre Síria e Iraque. Destacando que são os EUA que lideram essa coligação.

Defende que haja uma melhor distribuição dos refugiados, essencialmente nos países próximos aos pontos que saem esses imigrantes. Tem interesse em ajudar economicamente essa questão. França A França, pela ideologia de Igualdade, Liberdade e Fraternidade, se posiciona contra qualquer tipo de radicalismo religioso e intolerância de qualquer espécie. Porém, mesmo o islamismo sendo a segunda maior religião do país, há anos a relação com essa cultura é instável. São cerca de seis milhões de pessoas que seguem o Islã (10% da população), fazendo da França o país europeu com a maior comunidade muçulmana. Mas uma pesquisa feita no ano passado revelou que 74% dos franceses consideram o islamismo intolerante e incompatível com a cultura francesa.

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A França já integrava a aliança formada pelos EUA para lidar com o Estado Islâmico, mas depois do atentados no Charlie Hebdo, e os ataques de 13 de novembro de 2015, que incluiram desde reféns, fuzilamentos e até homens-bomba. O ataque ao Bataclan ficou como símbolo do ódio dessa organização. Após esses atentados, a França se tornou um dos principais membros da Coligação em parceria com os EUA, e, com a mobilização humanitária mundial, a Europa mais que triplicou a segurança e procura a membros do Estado Islãmico, além de bombardeios em massa na Síria e Iaque.

Recebe refugiados e apoia economicamente, porém possui ampla cautela em sua políticas de refugiados, de modo a garantir que não sejam infiltrados terroristas. Propõem a criação de centros nos países de origem dos refugiados. Grécia A Grécia não tem um posicionamento definido, mostra sempre em seus discursos que tem outras prioridades para cuidar, como a sua crise interna. É também oficial o posicionamento quanto aos imigrantes, por conta da crise socio-econômica que passa, não está em plenas condições de distribuir essa população pelo seu território limitado entre vales e montanhas. A Grécia busca apoio internacional para dividir tais pessoas com outros países europeus.

Com a crise econômica, a Grécia alega não ter condições para dar asilo aos refugiados, acredita que deve haver uma melhor distribuição deles pela União Europeia, pois seu país está sobrecarregado. As ilhas gregas estão com muitos refugiados, perdendo seu valor turístico, e portanto uma estagnação num dos maiores setores econômicos gregos.

Iraque Apesar de ter parte de seu território parcialmente dominado pelo grupo extremista, o Iraque tem um posicionamento muito ambíguo quanto a essa questão, o governo é contrario a atuação do grupo em seu território, pois se sente lesado quanto a dominação do grupo aos pontos de extração de petroleo.

Possui muito refugiados, porém também é um país que emulsiona muitos refugiados. Não oferece grande ajuda monetária, mas continuará apoiando os campos de refugiados em seu país. Israel Estado preocupado com a situação no Oriente Médio, afirma que o avanço do EI pode ser considerado um conflito mundial. Fornece pleno apoio a seu aliado, EUA, no comando da coalização internacional antijihadista, porém adverte a comunidade mundial, alertando contra sua ingenuidade. Israel procura agir contra o EI, como foi o caso em janeiro de 2015, quando afirmou ter “rachado a primeira celula do grupo” presente em seu territorio. Segundo autoridades locais, essa célula era formada por sete árabes que mantinham contato direito com o grupo terrorista e planejavam ataques contra a comunidade judaica.

Não aceitam refugiados sírios por seu território ser pequeno e questões de segurança. Acreditam que a entrada de refugiados em Israel seja inviável tendo em vista o ódio que terroristas islâmicos tem essencialmente com Israel, e portanto pode haver infiltração de extremistas entre os migrantes. Itália A Itália, perante a ameaça do Estado Islâmico, teme a segurança de sua população e também do grande número de turistas que visitam seu território. A organização extremista também

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ameaçou o Papa Francisco nesse ano de 2013, por esse motivo o Estado italiano passou a aumentar os mecanismos de segurança em seus pontos turísticos, ou seja, em locais que podem ser vítimas de ataques do grupo. Vale destacar que após os atentados de Novembro, na França, e depois, em Março, na Bélgica, a Itália se mostrou completamente favorável ao envio de tropas italianas para garantir a segurança em toda a Europa e também para suprimir as forças jihadistas no Oriente Médio e Próximo.

Ajuda monetariamente, e defende uma maior distribuição dos refugiados, tendo em vista que seu país foi um dos que mais recebeu refugiados. Tais refugiados usam a rota do mar Mediterrâneo, e por isso a Itália foi percursora em políticas que buscavam a proteção dos refugiados. Assim a Itália criou o Mare Nostrum, uma operação em que 150 mil pessoas foram salvas no mar Mediterrâneo. Porém ela foi suspensa em 2014, pela rejeição da opinião pública, e a recusa da comunidade europeia de ajudar. Depois foi posta a Operação Triton, esta com apoio da comunidade europeia, possuía um caráter muito mais de proteger as fronteiras europeias do que salvar os refugiados. Líbano

Sofreu com as guerras civis após a independência da França, tornando-se um país fraco economicamente, ainda assim é um dos países que mais recebe refugiados. Critica a União Europeia em relação a sua falta de interesse para políticas de asilo e criação de campos de refugiados.

Reino Unido (UK)

Membro permanente do Conselho de Segurança. O Reino Unido, condenando as ações do Estado Islâmico, mobiliza forças e fornece apoio militar na luta contra o grupo terrorista. Uma grande demonstração desse apoio está ilustrada na decisão de seu Parlamento em unir-se à coalização internacional liderado pelos EUA que visa o combate ao EI. Assim, O Reino Unido já enviou equipes de treinadores para auxiliar os combatentes no Iraque, além da participação de diversos aviões nos ataques aéreos. Vale destacar que o Reino Unido mantém uma relação de extrema proximidade com os EUA, na qual ambos países estão sempre em concordância em questões de grande relevância internacional.

Alega sofrer com a crise de 2008, afirmando que as taxas de desemprego ainda são muito grandes, e portanto não possui a capacidade para receber refugiados. Foram amplamente contra a política de Cotas Migratória, proposta que buscava distribuição de refugiados na União Europeia. Russia Membro permanente do Conselho de Segurança. A Russia é sempre uma incognita nesse tipo de assunto, apoia totalmente a Síria nessa questão, mesmo repudiando os atentados que ocorreram na Europa, a Russia continua mantendo seu posicionamento favorável a criação de um califado na região do oriente médio. Apesar de ter apoiado alguns bombardeios na Síria e Iraque, ainda defende a ideologia da não agressão para que mais civis nao sejam atacados em supostas missões de paz declaradas pelos EUA. Defende a soberania dos países da região e nao esconde seu posicionamento quanto a acusação aos EUA, assim como o presidente sírio Bashar al-Assad defende dizendo que a nação Americana criou o ISIS e que só está atuando na região para buscar mais Petróleo e zonas de atuação.

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Apesar de seu imenso território, a Rússia alega não poder receber refugiados por possuir condições climáticas desfavoráveis, e também por questões de segurança, tendo em vista sua atuação direta na Síria, ela teme um possível ataque terrorista em seu país. Ainda assim, apoia financeiramente o Comissariado da ONU para refugiados. Síria A Síria tem um posicionamento muito ímpar quanto a atuação do Estado Islãmico, pois, por mais que esteja em seu território, o governo atuante nao vê com bons olhos os ataques internacionais em seu território, assim como discorda da invasão por terra. Vê com algumas ressalvas a atuação do grupo em seu território, e por conta desse posicionamento, ela é duramente criticada no cenário internacional. A Síria também repudia a atuação de grandes potências como os Estados Unidos da América em seu território, tanto o governo, quanto a população, o atual governante Bashar al-Assad não aceita a intervenção de tal nação, que, desde muito tempo tenta derrubar a familia al-Assad do poder. Tentativas que se intensificaram após a chamada Primavera Árabe.

De acordo com o ACNUR o número de refugiados sírios superou a 4 milhões, é a pior crise de refugiados de uma população em uma geração. Estima-se que três em cada quatros sírios vivem em estado de pobreza. A Síria defende que a única forma de acabar com essa crise humanitária é derrotar o Estado Islâmico, e silenciar os rebeldes, pondo fim a guerra civil. Acerca dessas medidas tem apoio da Rússia, que apoia o presidente sírio Bashar Al-Assad. Também se preocupa com a perda da cultura, a dizimação do povo sírio, assim pede ajuda de seus países vizinhos principalmente. Turquia A Turquia é um dos muitos países que temem as ações do Estado Islâmico, principalmente após a ameaça de dominação da cidade Kobani, na divisa entre o país e a Síria. Porém, a posição do país é alvo de diversas críticas, uma vez que oficialmente afirma ser contra as ações do grupo terrorista, mas na prática não realiza nenhum ato objetivando conter tais ações. Segundo autoridades turcas, o país não pode enviar sozinho tropas para uma operação contra o EI. O Estado já prendeu diversos homens que supostamente teriam envolvimento com grupo ou tentavam atravessar as fronteiras e chegar a Síria para tornarem-se militantes. A importância do país também se relaciona com o fato que o mesmo possui o segundo maior exército da OTAN, ou seja, grande capacidade bélica para participar e auxiliar nos ataques contra o EI. A Turquia também é de suma importãncai no assunto dos refugiados, por ser o maior recebedor de refugiados da Europa e ser porta de entrada para a Europa. Os membros da União Europeia tentam de todas as formas auxiliar a Turquia e estão dispostos a ceder um lugar dentre as potências Europeias por conta de seu posicionamento quanto aos imigrantes.

É o país que mais recebeu refugiados, tendo diversos campos para tais, e pretende continuar com a mesma conduta, porém pede ajuda financeira dos países. É importante ressaltar os termos do novo acordo assinado no Conselho Europeu entre os 28 Estados-membros da União Europeia e a Turquia, os migrantes que chegarem ao território grego serão enviados de volta para a Turquia se não fizerem um pedido de asilo ou se este for rejeitado. Por cada sírio que chegar, a UE compromete-se a ir buscar um outro e recolocá-lo num dos países da União. Para União Europeia é extremamente vantajoso, pois esta só receberia refugiados “seguros”, ou seja já entrevistados, e residentes na Turquia por dois anos sem mostrar má conduta.

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Em troca a Turquia recebe apoios financeiros da UE e concessões políticas. Além disso, a Turquia vê como oportunidade seu poder entrar na União Europeia através desse acordo. BBC Fundada em 1922 por John Reith, a BBC é uma rede televisiva britânica pública. Conhecida como “Beep”, o canal e visto como parcial e tendenciosa para o liberalismo, e tem como lema a frase “Nation Shall Speak Peace Unto Nation” (“A naçao deve transmitir paz para a naçao”). Le Monde O Le Monde é um diário francês fundado em 1944 por Hubert Beuve-Méry. O jornal, que cobre notícias nacionais e internacionais, permite total liberdade de posicionamento. The New York Times Concebido em 1851 por Henry Jarvis Raymond e George Jones, é popularmente conhecido como “Times”. Mesmo nao sendo o maior jornal em relação à sua circulação é o mais lido do mundo e possui reconhecimento afirmado em virtude de sua excelência editorial. O Times atualiza sua população diariamente sobre as relaçõesnorte-americanas, assim, seu representante deverá corresponder aos interesses estadunidenses, sem perder construtividade em seus textos.

2. BIBLIOGRAFIA

http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/09/russia-adia-investigacao-da-onu-sobre-armas-quimicas-na-siria-4838838.html http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151012_crise_siria_entenda_rb http://pt.gatestoneinstitute.org/6192/europa-migracao http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150904_graficos_imigracao_europa_rm http://www.cartacapital.com.br/internacional/perguntas-e-respostas-crise-imigratoria-na-europa-9337.html https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADria#Antiguidade https://www.publico.pt/mundo/noticia/as-forcas-em-combate-na-siria-1709616 https://www.youtube.com/watch?v=5AtvWVXwUkI http://www.cartacapital.com.br/internacional/eua-confirmam-ajuda-a-rebeldes-na-siria http://www.dw.com/pt/uni%C3%A3o-europeia-prop%C3%B5e-cotas-de-refugiados-para-pa%C3%ADses-membros/a-18448533 http://www.humanrights.com/pt/what-are-human-rights/universal-declaration-of-human-rights/articles-21-30.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_Universal_dos_Direitos_Humanos https://www.publico.pt/mundo/noticia/mais-de-13-mil-refugiados-resgatados-numa-semana-ao-largo-da-libia-1733422