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Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT.
PARA USO DO CORREIO
Mudou-seDesconhecidoRecusadoEndereço Insuficiente
Não Existe Nº IndicadoFalecidoAusenteNão Procurado
Reintegrado ao Serviço Postal em:
/ /Responsável
Informações EscritasPelo Porteiro ouSíndicoOutros
DE SÃO PAULOPUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 4ª REGIÃO – CREF4/SPCONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 4ª REGIÃO – CREF4/SP
Rua Líbero Badaró, 377 • 27º andar • conj. 2.704 • Centro • São Paulo • SP • CEP 01009-000 • www.crefsp.org.brPUBLICAÇÃO OFICIAL DO
Terceira Idadeamplia campode trabalhopara aEducaçãoFísica
Pesquisaabordaaplicação detécnicas deIoga nofutebol
Homenagema AugusteListello
FISCALIZAÇÃO:Conselho a serviço
da sociedade
FISCALIZAÇÃO:Conselho a serviço
da sociedade
2 | Ano IV • Nº 011 • Abril 2005
INADIMPLÊNCIA
A fonte de renda básica do CREF4/SP é a anuidade
paga pelos Profissionais de Educação Física registrados.
Aqueles que estão em débito com suas anuidades
devem entrar em contato com o Setor Financeiro -
(11) 3292-1705 ou 3292-1711, para estudar uma
forma que viabilize o pagamento.
ATENÇÃOATENÇÃOAFASTAMENTODESLIGAMENTO
O Profissional de Educação Física que não estiver no
exercício da profissão e quite com suas anuidades
até o exercício de 2005, poderá solicitar o
afastamento por tempo indeterminado (motivo:
aposentadoria, viagem, mudança temporária de ramo
de atividade etc.), ou informar sobre o desligamento
definitivo (motivo: falecimento - a família deverá
avisar ao Conselho - etc.), bastando o preenchimento
de formulário próprio do CREF4/SP, disponível no
endereço eletrônico www.crefsp.org.br – registro, ou
diretamente na sede do CREF4/SP.
Documentação a ser entregue
• Formulário devidamente preenchido, assinado e
com firma reconhecida.
• Cédula de Identidade Profissional original.
Importante
Em ambos os casos, fica o profissional impedido de
continuar exercendo a atividade profissional, sob
pena de responder por exercício ilegal da profissão
(Artigo 47 da Lei das Contravenções Penais).
ANUIDADE
Após obter seu número de registro, o profissional
recebe a cobrança da anuidade, que deve ser paga por
todos os Profissionais de Educação Física registrados no
CREF de São Paulo. O pagamento pode ser feito a vista
ou parcelado.
TRANSFERÊNCIA DEREGISTRO PROFISSIONAL
Entende-se por mudança de domicílio profissional,
em caráter permanente, a estada superior a 180
dias em Estado diverso ao da inscrição. Assim, o
profissional registrado no CREF de São Paulo, quite
com suas anuidades, que está fixando residência
permanente em municípios fora do Estado de São
Paulo, deverá dirigir-se ao CREF da região de destino,
preencher requerimento de transferência, nova ficha
de registro, entregar 2 fotos 3 x 4 coloridas,
recentes, cópia dos comprovantes de pagamento da
taxa de transferência e da anuidade do exercício
atual e solicitar sua transferência. As providências
serão tomadas pelos CREFs envolvidos, lembrando
que, no ato do recebimento da Cédula de Identidade
Profissional do CREF de destino, o profissional deverá
entregar a Cédula de Identidade Profissional do CREF
de origem, conforme Resolução CONFEF nº 076/04.
O mesmo procedimento deverá ser adotado quando
o profissional se mudar de outros Estados para a
jurisdição do CREF de São Paulo.
Ano IV • Nº 011 • Abril 2005 | 3
CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 4ª REGIÃO – CREF4/SP
expedienteREVISTA CREF DE SÃO PAULOPublicação Oficial do Conselho Regional deEducação Física do Estado de São Paulo – 4ª RegiãoRua Líbero Badaró, 377 • 27º andar • conj. 2.704Centro • São Paulo • SP • CEP 01009-000Telefax: (11) [email protected] • www.crefsp.org.brAtendimento: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 17 horas
Diretoria:Presidente Flavio Delmanto1º Vice-presidente Walter Giro Giordano2º Vice-presidente Vlademir Fernandes1º Secretário Cícero Theresiano Barros2º Secretário Georgios Stylianos Hatzidakis1º Tesoureiro Hudson Ventura Teixeira2ª Tesoureira Margareth Anderáos
Conselheiros:Antônio Carlos Pereira CREF 000005-G/SPCharles Eide Júnior CREF 005677-G/SPCícero Theresiano Barros CREF 000107-G/SPDébora de Sá Branco CREF 000022-G/SPDurval Luiz da Silva CREF 000209-G/SPFabio Kalil Fares Saba CREF 000007-G/SPFlavio Delmanto CREF 000002-G/SPGeorgios Stylianos Hatzidakis CREF 000688-G/SPGilberto José Bertevello CREF 000001-G/SPHudson Ventura Teixeira CREF 000016-G/SPJosé Cintra Torres de Carvalho CREF 000110-G/SPJosé Maria de Camargo Barros CREF 000029-G/SPMárcio Tadashi Ishizaki CREF 001739-G/SPMargareth Anderáos CREF 000076-G/SPMateus Sugizaki CREF 005865-G/SPNelson Gil de Oliveira CREF 009008-G/SPRoberto Jorge Saad CREF 000018-G/SPSebastião Gobbi CREF 000183-G/SPSebastião Meneguim CREF 001875-G/SPSidney Aparecido da Silva CREF 000008-G/SPSílvio Silva Sampaio CREF 000186-G/SPVlademir Fernandes CREF 000021-G/SPWalter Giro Giordano CREF 000004-G/SP
Assessor da Presidência:José Maria de Camargo Barros
Assessoria Jurídica:Corrêa e Mendonça Advogados Associados
Comissões:Comissão de Controle e FinançasComissão de Documentação e InformaçãoComissões de Educação e EventosComissão de Ensino SuperiorComissão de Ética ProfissionalComissão de Legislação e NormasComissão de Orientação e FiscalizaçãoComissão Especial de Artes MarciaisComissão Especial de DançaComissão Especial de LicitaçãoComissão Especial de Sindicância AdministrativaPermantente
Revisão CREF4/SP:Clarice Pinheiro Machado
Reportagem, Redação, Revisão e Edição:SOLIDUS Comunicação S/C Ltda.Jornalistas responsáveis:Célia Sueli Gennari (MTB 21.650) eAlice Francisca Leocadio Canavó (MTB 21.652)Fone: (11) 5686-9943 • [email protected]
Projeto Gráfico e Editoração:Acará Gráficos & EditoresEditora de arte e Diagramação:Daniela TakabatakeTelefax: (11) 3803-8612 • [email protected]
Foto da capa: Célia Gennari
Impressão:
Tiragem: 48.000 exemplares
Periodicidade: trimestral
FISCALIZAÇÃO:
BASE PARA A
UNIÃO DO
PROFISSIONAL
Ano IV • Nº 011 • Abril 2005 | 3
Em Ação 24
Administrativo 25
Comissão 26
Financeiro 27
Opinião 29
Sumário
Em Pauta 04
Homenagem 04
Pesquisa 06
Mercado de Trabalho 08
Fiscalização 14
Notas 23
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O CREF4/SP não se responsabiliza pelo conteúdo de matérias de opinião,assinadas pelo autor e por anúncios publicitários.
O CREF de São Paulo tem como
objetivo fortalecer a profissão, fa-
zendo com que os Profissionais de
Educação Física tenham condutas co-
muns, pertinentes à Lei. Um dos alia-
dos na luta a favor da informação para
que cada Pessoa Física e Jurídica sai-
ba exatamente o que fazer em determi-
nadas situações é o Setor de Fiscaliza-
ção. Por isso, os Agentes de Orienta-
ção e Fiscalização estão sempre visi-
tando os profissionais e os estabeleci-
mentos na Capital e no Interior, infor-
mando, respondendo dúvidas e, até
mesmo, autuando, quando necessário.
O trabalho do Conselho, como um
todo, é árduo, mas o retorno dos pro-
fissionais compensa todos os esforços.
Cada profissional é responsável pelo
bem-estar físico e pela saúde da popu-
lação, que garante, através da ativida-
de física, a qualidade de vida em todos
os seus aspectos.
Para obter sucesso na missão de
agir com justiça e eficácia, atendendo
às necessidades da sociedade em re-
lação à prestação de serviços relacio-
nados às atividades físicas e esporti-
vas, buscando a valorização da profis-
são e do Profissional de Educação Fí-
sica, o CREF de São Paulo conta com
os profissionais, que são, naturalmen-
te, agentes de orientação e fiscaliza-
ção, com o dever de denunciar irregu-
laridades e propiciar esclarecimentos,
quando houver necessidade.
Cada profissional é, na realidade,
um representante legítimo da catego-
ria junto à sociedade. É, portanto, o de-
fensor público da função escolhida.
Flavio DelmantoPresidente
editorial
ATENÇÃO SINPEFESP transmite informação equivocadaO CREF4/SP informa que não é verdadeira a informação do Sindicato dos Profissionais deEducação Física do Estado de São Paulo (SINPEFESP) divulgada em documento enviado àsPessoas Jurídicas. O texto, afirmando que “(...) A falta de desconto e recolhimento dascontribuições devidas, sujeitará o infrator responsável aos seus efeitos, na forma dalegislação, incluindo a realização de fiscalização pela DRT/SP e CREF/SP. (...)”, nãoprocede. O CREF4/SP, dentro de suas atribuições legais, fiscaliza o exercício profissional.
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EM PAUTAConselho marca
presença na mídia
Flavio Delmanto, José Maria Camargo de Barros e Márcio Tadashi Ishizaki
cederam entrevistas a alguns veículos da mídia sobre variados assuntos.
No final de 2004 e início de 2005, a imprensa passou a solicitar a posição
do CREF de São Paulo sobre assuntos como a existência e os objetivos do Sis-
tema CONFEF/CREFs, doping, suplemento alimentar, responsabilidade do trei-
nador ante a saúde do atleta, atestado médico e outras questões relativas à pro-
fissão de Educação Física, pois começou a compreender sua função perante a
sociedade.
Para o Sindicato dos Clubes Sociais e Esportivos do Estado de São Paulo -
Sindi Clube, Flavio Delmanto, presidente do Conselho Regional de Educação
Física do Estado de São Paulo, comentou, em uma longa entrevista, sobre a re-
gulamentação do exercício profissional, fez comparações entre as condições do
profissional no mercado de trabalho de hoje e há 15 anos, explicou a importân-
cia da Educação Física Escolar, o motivo dos baixos índices de medalhas nas
Olimpíadas e a responsabilidade do profissional em relação aos jovens e à me-
lhor idade, sem esquecer da importância da atividade física orientada pelo pro-
fissional registrado, o que reflete em direitos e deveres tanto dos profissionais
quanto da sociedade.
HOMENAGEM
Veículo AssuntoFolha de São Paulo Curso da USP Leste
Sindi Clube CREF4/SP
Revista Super Treino Parceria
Gazeta Santa Inês Sistema CONFEF/CREFs
Sindi Clube Esportes Radicais (indicação)
Revista Informe Phorte Pós-graduação para estudante
A Tribuna Digital / Santos CREF4/SP
Revista Muscle In Form Academias
Revista Equest Registro Profissional
Diário do Comércio Suplemento Alimentar (indicação)
TV Cultura / TV Justiça PL Fleury e Anuidade (informação)
TV Diário de Mogi Atestado Médico
Jornal Grande ABC Atestado Médico
Jornal Agora São Paulo Atestado Médico eRegistro de Pessoa Jurídica
TV Record Atestado Médico e Academia
A Trinuna (Santos) CREF4/SP
2005
2004
Número
001 deixa
lembranças
Morre, aos 92 anos, Maria Lú-cia Sampaio Pinto, a número 001 no registro de profes-
sor de Educação Física do então Minis-tério da Educação e Saúde. Lúcida ebem disposta, Maria Lúcia ainda reali-zava alguns trabalhos de escrita liga-dos à religião católica, até ter uma pa-rada cardiorrespiratória no final do anopassado, que a deixou em coma, vindoa falecer em 25 de abril deste ano. Pro-fessora de Educação Física formada naprimeira turma do curso de EducaçãoPhysica da Escola Superior de Educa-ção Physica de São Paulo, Maria Lúciaformou-se também na primeira turmade Jornalismo na Cásper Líbero, profis-são a qual se dedicou até se aposentar.
Maria Lúcia Sampaio Pinto foi en-trevistada da edição 008 da RevistaCREF de São Paulo (páginas 16 e 17).Os interessados na história da profis-sional podem ler a matéria na páginaeletrônica do Conselho -www.crefsp.org.br.
Ano IV • Nº 011 • Abril 2005 | 5
CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 4ª REGIÃO – CREF4/SP
Auguste Listello: um ícone
para a Educação Física
O Conselho Regional de Educa-ção Física do Estado de SãoPaulo presta uma homena-
gem a Auguste Listello, professor arge-lino de origem francesa, que chegouao Brasil em 1952, trazendo a despor-tiva generalizada, que era uma ativida-de física de forma recreativa.
Segundo companheiros de profis-são e amigos, como Nestor SoaresPublio, o método de Listello revolucio-nou a Educação Física brasileira, poisdesde 1945 o que predominava no Paísera o Regulamento Francês nº 7, comas tradicionais sete famílias. “Listellotambém fazia os exercícios das setefamílias, mas de forma recreativa ecompetitiva, dando uma motivaçãomuito maior às aulas”, afirma Publio,que achava impressionante os exem-plos que dava de como educar atravésda atividade física.
Publio, que junto com os professo-res Antonio Boaventura da Silva e La-ércio Elias Pereira ajudou Listello a tra-duzir o livro que escreveu de própriopunho para os professores brasileiros(Educação pelas Atividades Físicas, Es-portivas e de Lazer, publicado pelaEDUSP, em 1979) e que em muitas oca-siões foi seu intérprete, conta que es-teve na casa de Listello, na França, emduas oportunidades - em 1968 e 1995.Nesta última, o amigo lhe contou queteve de sair de casa com 16 anos, en-xotado por seu padrasto e sua mãe.Procurando serviço, ingressou na Le-gião Estrangeira, mentindo que tinha18 anos. Quando terminou o curso demonitor, em segundo lugar, só pôdesair da Legião depois de assinar seucompromisso de cinco anos, com acondição de que faria o serviço militarregulamentar da Marinha.
A partir daí Listello começou suavida de fato. Da Marinha para o Institu-to Nacional de Esportes, foi treinador daEquipe Nacional de Handebol da França,
preparador físico da Equipe de Esqui,escreveu cinco livros sobre EducaçãoFísica e dois sobre treinamento e foi parao Sul (Côte D’Azur), como prêmio porsuas atividades. Veio para o Brasil em1952, a convite do amigo Boaventura,que o conheceu no Congresso de Educa-ção Física de Estocolmo, em 1949, e queidealizou os cursos de Aperfeiçoamen-to Técnico Pedagógico de EducaçãoFísica em Santos (1951).
Conforme Publio, Listello conheciao Brasil mais do que qualquer brasilei-ro. Deu cursos em várias faculdadesnacionais e esteve aqui por pratica-mente 15 oportunidades, ministrandoseus ensinamentos. “A Educação Físi-ca brasileira teve duas épocas: antes edepois de Listello”.
Acima de tudo, Auguste Listello foium educador digno dos maiores elogi-os. “Feliz daquele que pôde conviver al-guns momentos com este grande mes-tre. Eu, Nestor Soares Publio, fui umgrande felizardo e tive a oportunidadede homenageá-lo na Escola de Educa-ção Física da PM, pioneira do Brasil,fundada pela missão francesa, dançan-do para ele o tradicional Bailado daQuadrilha de Monitores de Joinville-le-Pont. Que Deus o tenha”.
Listello, esposa, filha e neto (acima) e com Publio
(abaixo) no jardim de sua casa, Villa Brasil, em
Six-four-les-Plages, na Côte D’Azur, França, em 2
de junho de 1995
Listello em um de seus momentos preferidos, a aula de Educação Física
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6 | Ano IV • Nº 011 • Abril 2005
PESQUISAEstudo destaca efeito da Ioga
na prática do futebol
Orientada pelo Prof. Marcos
Rojo Rodrigues (CREF006889-
G/SP), Magda Rigat Boglár
(CREF 009573-P/SP) elaborou o traba-
lho intitulado O Efeito de Práticas da
Ioga no Esporte do Futebol, cujo
objetivo foi utilizar as técnicas de Ioga
no treinamento de jovens atletas,
visando a melhoria em seu desempe-
nho esportivo.
A Ioga, segundo Magda, por ser
uma filosofia de vida, é uma ciência do
corpo aplicada e deve ser praticada no
dia-a-dia, com regularidade, persistên-
cia, disciplina, sem mistificação, che-
gando ao autoconhecimento e ao aper-
feiçoamento de suas técnicas.
Com a prática da Ioga e, especial-
mente, com algumas de suas Posturas
(Asanas), de suas Técnicas Respira-
tórias (Pranayama), de Purificação
(Kriyas/Trataka) e de relaxamento, o
desempenho dos jovens atletas pode-
rá ter uma melhora significativa do
ponto de vista físico, mental e emo-
cional e, principalmente, do ponto de
vista de suas atitudes sociais e éticas,
com seus colegas, familiares e a socie-
dade em geral.
Para dar embasamento à pesquisa,
Magda, que é pedagoga e instrutora de
Ioga, trabalhou com sete jogadores do
Centro Educacional e Esportivo do
Butantã (SP) de um time de futebol da
Prefeitura de São Paulo, selecionados
por seu técnico, três vezes por semana,
durante três meses. Junto com o coor-
denador da monografia, organizou 12
posturas da Ioga clássica, que seriam
aplicadas nesses jovens. “Além da pos-
tura, trabalhamos a respiração, o rela-
xamento e a concentração, que é uma
prática chamada Trataka”.
Os jovens estavam sendo assisti-
dos, durante todas as aulas, pelo
técnico e por um estagiário, ou seja,
era um trabalho conjunto entre o Pro-
fissional de Educação Física e a Instru-
tora de Ioga. Depois, passaram por
uma competição de futebol e foram
avaliados em relação ao seu desempe-
nho durante o jogo e o que o trabalho
de Ioga estava trazendo de retorno
para esses atletas. “A parceria entre os
profissionais de Ioga e futebol foi mui-
to interessante. No caso do futebol, o
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“A Ioga pode serpraticada em esportescoletivos e individuais,basta a uniãomultiprofissional”,afirma Magdatécnico conhece bem o atleta e pôde
avaliar o quanto a Ioga contribuiu para
o desenvolvimento físico, emocional,
social e pessoal dos jovens com os
quais foi feita a pesquisa”.
Conforme Magda, o trabalho foi de
curta duração, apenas 36 horas. “Apesar
de não faltarem aos treinos, a condição
socioeconômica dos participantes pre-
judicava um pouco as práticas, pois se
preocupavam com problemas dentro de
suas casas. No entanto, o rendimento
deste trabalho foi excelente”.
Leia, na página eletrônica do Conselho (www.crefsp.org.br),a íntegra da monografia
O Efeito de Práticas da Ioga no Esporte do Futebol
Ano IV • Nº 011 • Abril 2005 | 7
Orientador
parabeniza iniciativa
e escolha do tema
Segundo o orientador do estudoO Efeito de Práticas da Ioga noEsporte do Futebol, Marcos
Rojo, o trabalho de Magda Boglár émuito bom pelo empenho, dedicação ecompromisso, já que pesquisas decampo são mais interessantes e aomesmo tempo mais complexas.
Para ele, são raras as pesquisas emYoga no Brasil e estas monografiassão, na sua maioria, uma fonte de in-formação criteriosa que desfaz aquelaimagem mística do Yoga como discipli-na que cura tudo e resolve tudo. É im-portante pensar no Yoga como parteintegrante de outros seguimentos dasociedade, como a Educação Física,educação, esporte, psicologia etc..
A monografia em um curso depós-graduação tem como objetivo de-senvolver no aluno o espírito da pes-quisa e o critério nas afirmações. Nocaso, é muito fácil se ver nos livrosque o Yoga cura uma série de distúr-bios e, na maioria das vezes, isto nãotem fundamento científico. Poucosfazem pesquisa, poucos têm o com-promisso de Magda para averiguarcom especialistas de outras áreas osefeitos da prática de Yoga.
Rojo acredita que, sendo o futebol
parte de nossa cultura, a escolha dotema é muito oportuna, pois foi possí-vel juntar dois tipos de atividades queenvolvem o corpo e de duas culturasdiferentes. “Outro grande mérito dotrabalho foi ter sido desenvolvido comcrianças de uma condição social quenormalmente não lhes dá acesso à prá-tica de Yoga”, afirma o orientador.
O Yoga tem muito para contribuircom pessoas de qualquer faixa etáriae qualquer condição social mas, infe-lizmente, está virando artigo de“moda” e de elite aqui no Brasil. Já foina Índia uma espécie de contra-cultu-ra. Na sua origem, estava disponívelpara todos. Conforme Rojo, o que aMagda ofereceu para esses jovens epara o Yoga só pode contribuir para amelhor compreensão de uma técnicaque nunca foi tão necessária comonos dias de hoje, mas nunca foi tãomal compreendida. “A Magda se dedi-cou muito, mudou o conceito de Yogano centro esportivo que trabalhou etambém mudou sua própria forma depensar o Yoga. Cativou alunos e pro-fessores e cumpriu exatamente com opapel integrativo do Yoga. Ela está deparabéns pela iniciativa e escolha do
tema”.
Explicação importanteMagda explica que todo esse trabalho foi traduzido para o Português, pois se tivesse que
fazer um trabalho fidedigno à regra, teria que usar tudo em Sânscrito e ficaria mais difí-
cil para que os atletas absorvessem as aulas em tão pouco tempo. Por isso, a palavra
Yoga tornou-se feminina e o Y foi substituído pelo I. Se fosse em sânscrito, seria o Yoga.
Para que não haja mal entendido, a Ioga aparece traduzida em português no Dicionário
Contemporâneo da Língua Portuguesa Caldas Aulete, 5ª Ed. - 1987, Ed. Delta S.A. “As
posturas eram traduzidas, depois eu passava para sânscrito. Então, a postura da cobra
virava Bujangashyna, em sânscrito”.
Técnicoreconhecemelhora
Para trabalhar a ansiedade emelhorar a performancedos jogadores, Paulo
Strecht Ribeiro (CREF 004360-G/SP), treinador de futebol, uniuforças com a instrutora de YogaMagda Rigat Boglár. “O trabalho foiinovador e o resultado excelente”,comemora ele.
Através de um trabalho de con-centração e de controle emocional,o desempenho dos atletas melho-rou bastante. Eles conseguiram,conforme o treinador, transferir oaprendizado para a prática no mo-mento da competição. O Yoga fezcom que houvesse uma interaçãomuito grande, um relacionamentobom, amistoso, dando oportunida-de de cobranças que não eram en-caradas de forma ofensiva ouagressiva. Além da união, o Yogafez com que diminuísse a violênciae a agressividade dos jogadores deum modo geral.
Dentro do meio acadêmico, se-gundo Paulo, existe muita contesta-ção, sem conhecimento de causa.Esse bloqueio só diminui com a ini-ciativa de experiências novas. O fu-tebol e o Yoga mostram as possibi-lidades de mais um trabalho emconjunto, que pode melhorar emuito o rendimento dos atletas emesportes coletivos ou individuais.
Hoje, o jogador faz uma jogadaviolenta e recebe um cartão amare-lo ou vermelho. “Na verdade, a an-siedade desse atleta deveria ser tra-balhada para evitar esse tipo defalta e foi essa a vantagem que ti-vemos trabalhando com o Yoga”.
CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 4ª REGIÃO – CREF4/SP
8 | Ano IV • Nº 011 • Abril 2005
MERCADO DE TRABALHOTerceira idade: campo aberto
para os Profissionais de
Educação Física
A terceira idade freqüenta as academias e quer usufruir de bons projetos elaborados para ela. Portanto, o Profissio-nal de Educação Física precisa se preparar adequadamente para esse crescente mercado de trabalho. ConformeMaria Alice Corazza (CREF 000207-G/SP), docente de curso de pós-graduação de ginástica corretiva e autora de
vários projetos e métodos voltados à terceira idade, para trabalhar com esse grupo de pessoas, além de muito amor, épreciso se interessar, estudar e se integrar. “Existem várias possibilidades de trabalho nessa área, pois a terceira idadeestá ativa e costuma participar de tudo que for bem feito para ela. O turismo, por exemplo, é uma atividade muito interes-sante, já que a terceira idade gosta muito de viajar”, alerta.
HotelariaOs cursos e as palestras ministra-
dos por Maria Alice Corazza têm comoobjetivo qualificar o Profissional deEducação Física a atuar adequada-mente com a terceira idade, entenden-do os mecanismos biológicos, psicoló-gicos e sociais, associados ao proces-so de envelhecimento de forma bené-fica e adequada.
Compreendendo a importânciadesse trabalho, no campo de hotelaria,os empresários estão contratando aprofissional para treinar seus moni-tores, pois sabem que o que segura aterceira idade no hotel e a faz voltarmais vezes não é a comida, nem oquarto, mas o carinho, a atenção e aprogramação física e recreativa. “Háuns 5 anos, 61% da clientela de umhotel era de crianças, hoje, 71% é deidosos, e os hotéis estão se preparan-do para esta realidade”.
Outro ponto interessante é que tan-to o profissional da área de EducaçãoFísica como o de turismo e hotelariapodem trabalhar na parte de recreaçãode um hotel, porém, o profissional dehotelaria só pode dar recreação. Já ode Educação Física, além da recreação,pode dar hidroginástica, treinamentoesportivo, exercícios de musculação,caminhadas mais intensas e medir pul-sação. “O problema é que se trata deum trabalho temporário e ele não seinteressa porque recebe pouco”, afir-ma Maria Alice.
No entanto, se o Profissional deEducação Física fizer um projeto queenglobe atividades recreativas, de lazere social, com uma programação queassuma o espaço de lazer, o empresá-rio irá reconhecer a necessidade e asvantagens de tê-lo em seu quadro defuncionários, irá valorizar a sua presta-
Aula de hidrotoalha, método criado por Maria Alice
ção de serviço e, consequentemente,irá pagar melhor. “O profissional preci-sa arregaçar as mangas e mostrar opotencial de sua profissão”.
Se dentro da área de turismo esti-ver a organização de passeios, MariaAlice adverte que antes de marcar aviagem é importante a contratação deum ônibus com seguro, autorização dafamília assinando um termo de respon-sabilidade afirmando que esse idosoestá liberado por seu médico para par-ticipar de todas as atividades físicasprogramadas, como por exemplo, ca-minhadas, hidroginástica, dança e ati-vidades já dentro do ônibus, para pro-mover o entrosamento. “O profissionalprecisa ter criatividade. Eu costumofazer baile dentro da piscina, desfiles,inventar prêmios e brindes e colocarminhas aulas de hidrotoalha e ginásti-ca na cadeira em prática”.
Ano IV • Nº 011 • Abril 2005 | 9
CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 4ª REGIÃO – CREF4/SP
Free dance para os bailesda maturidade
Ainda, entre as opções de trabalhocom a terceira idade, existe o free dan-ce. Hoje, 60% dos homens morrem pri-meiro, antes era 75%. Então, é muitocomum ver mulheres dançando commulheres nos bailes. Pensando nisso,alguns professores de escolas de dan-ça de salão procuram rapazes nas Fa-culdades de Educação Física que gos-tem de dançar. A partir daí esses alu-nos são selecionados e treinados paradançar nos bailes de terceira idade.Agora, quando as bandas são contra-tadas já incluem a quantidade de freedance que irão levar. “Esses rapazes,que gostam de dançar e precisam deum adicional financeiro, acabam se di-vertindo e aprendendo a lidar com osidosos”, afirma Maria Alice.
Idéias e projetos promovem atividade física
Ginástica no Parque, um projeto de futuro
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também é muito interessante. Nestecaso, a empresa faz um convêniocom uma academia na qual o pré-aposentado vai fazer atividade físicadurante um ou dois anos antes de seaposentar. Ele será sustentado pelaempresa, pois essa será uma manei-ra que o empresário tem de começara dar alguma coisa a esse futuro ex-funcionário, possibilitando que ele sesocialize de uma outra forma e dêcontinuidade a sua vida após a apo-sentadoria. “A satisfação do funcioná-rio é tanta que ele começa a se inte-grar e, ao invés de ficar esses doisúltimos anos pensando que não vaifazer mais nada, passa a criar um vín-culo com a empresa que o está esti-mulando e começa a produzir mais”,argumenta Maria Alice. Em muitoscasos, acontece até a readmissão.
A qualidade de vida para a ter-ceira idade mexeu também com aPrevidência Social, pois começarama ver que não precisam aposentaras pessoas só pela idade, essa prá-tica também pode ser feita por tem-po de serviço.
Maria Alice ensina aos seus alu-nos de Educação Física a fazer pro-jetos e, como avaliação, eles têm queapresentar esse trabalho para os co-legas, que se posicionam como em-presários e demonstram seu interes-se, ou não, pelo que lhes é apresen-tado. “Nessas aulas começaram aaparecer projetos maravilhosos, al-guns que inclusive foram em frente”,explica. Um bom exemplo disso é aginástica ao ar livre, ministrada noestacionamento dos supermercados.
Um outro projeto que pode ser le-vado às Prefeituras diz respeito à gi-nástica na praça para a terceira ida-de, onde todo mundo caminha e par-ticipa. Dependendo do projeto, a Pre-feitura pode assumir a contrataçãodos professores para ministrarematividades duas ou três vezes porsemana, já que o espaço existe e,muitas vezes, está ocioso. “Criativi-dade é a alma do negócio e podeatender aos empresários e, sobre-tudo, aos idosos que prezam a qua-lidade de vida”.
O trabalho com o pré-aposentado
Atuação emoutras áreas
Além da atuação das áreas mencio-nadas, o profissional ainda pode atuarnas empresas, ministrando ginásticalaboral, trabalhar com ginástica corre-tiva, hidroginástica e muitas outraspráticas.
É bom lembrar que a relação entreos profissionais de saúde melhoroumuito, pois muitas clínicas, principal-mente de cardiologia, contam com oProfissional de Educação Física parafazer uma avaliação e colocar um pa-ciente em uma esteira ergométrica, porexemplo.
Para Maria Alice, a terceira idadeuniu os Profissionais de Educação Fí-sica entre si e despertou a necessida-de da relação multidisciplinar, poisquando alguém cria um método novode trabalho há troca de idéias, semmedo da concorrência. “Todos estãoconscientes de que o idoso só vai sairda academia se o profissional, ao qualele se afeiçoou e confia, sair”.
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MERCADO DE TRABALHO“É preciso gostar desse grupo de pessoas e ser honestocom aquilo que faz”
Para atuar com a terceira idade, primeiramen-te, o Profissional de Educação Física tem
que ter em mente que ele também vai en-velhecer. Depois, é preciso gostar dessegrupo de pessoas, ter amor, paciênciae ser honesto com aquilo que faz, sen-tindo no íntimo se tem condição defalar e responder 300 vezes a mesmacoisa. “Nós, professores, somos o últi-
mo degrau de sustentação do ser huma-no porque aceitamos os idosos como
eles são, com todas as deficiências, aschatices e construímos, junto com eles, o
dia-a-dia com alegria”, afirma Maria Alice.Outro aspecto indispensável é estudar, fazer curso de pós-graduação, ler pes-
quisas, monografias, ter noção de que vai trabalhar com o jovem idoso – que éativo e gosta de participar de todas as atividades –, e o velho – que está lá porrecomendação médica e diz não para quase tudo. Saber que está liberando aendorfina desses alunos e que precisa valorizar e elevar a auto-estima deles.“Hoje, nós temos alguns cursos de pós-graduação direcionados à terceira ida-de, várias bibliografias, pesquisas em hospitais, mestrados e monografias, semcontar as pesquisas realizadas com os próprios idosos”.
Para Maria Alice, se alguém perguntar qual é o maior mercado de trabalhona área de Educação Física, sem dúvida a resposta é a terceira idade, pois nãohá nada que não dê certo para esse grupo, que é ativo e muito disposto a conti-nuar vivendo feliz.
Mensagem“Para ser um bom profissional na área da terceira idade,além de amor, é preciso saber ousar com coerênciatécnica, metodológica, ética e ter criatividade. Deve terem mente que nascer é vital, viver é natural, mas saberenvelhecer com qualidade de vida é um privilégio que sóa Educação Física nos dá”
Maria Alice Corazza
PERGUNTEPara participar da Seção
CREF4/SP Responde,
o interessado deve enviar nome completo,endereço e um telefone para contato à:
Rua Líbero Badaró, 377 • 27º andar • conj. 2.704Centro • São Paulo • SP • CEP 01009-000 • Telefax.: (11) 3292-1700
História
O Serviço Social doComércio (SESC) foi oprimeiro a trabalhar com aterceira idade. Tudocomeçou com um Grupo deConvivência, em 1963, naUnidade Carmo
Técnicos do SESC trouxeram dos
Estados Unidos em 1962, algu-
mas idéias, a partir das visitas
que realizaram nos Golden Age
Centers - centros de atendimento para
a terceira idade. José Carlos Ferrigno,
psicólogo e gerente de Estudos e Pro-
gramas da Terceira Idade do SESC,
conta que um deles, o assistente
social Carlos Malatesta, percebeu que
muitos aposentados do comércio al-
moçavam na Unidade Carmo e depois
não tinham nenhuma atividade, foi
quando ele propôs aos idosos da re-
gião, aqueles que ficavam nas praças
e nas filas de aposentadoria, a criação
de um grupo de convivência. Assim
surgiu o primeiro núcleo de convivên-
cia de idosos do Brasil - o Grêmio
“Carlos Malatesta”, de 1967.
Até então, o atendimento à tercei-
ra idade se resumia a um trabalho fi-
lantrópico, realizado por irmandades e
obras sociais, que estavam voltadas
aos cuidados com os idosos pobres e
carentes. Com as atividades recreati-
vas desenvolvidas pelo Grupo, abriu-se
um espaço para o idoso mais saudável,
com jogos de salão, carteado e come-
morações de aniversários, também os
primeiros bailes foram se desenhando.
A partir daí, outras unidades do SESC
foram formando outros Grupos de
Convivência na Capital e no Interior.
Clubes de Prefeituras e instituições,
como a ACM, também desenvolveram
seus grupos ao longo dos anos 70.
Em 1977, o SESC inovou e criou as
Escolas Abertas da Terceira Idade, ofe-
recendo cursos, oficinas e palestras
com a finalidade da reflexão e da atua-
lização do conhecimento. “Se o objeti-
SESC é pione
Ano IV • Nº 011 • Abril 2005 | 11
CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 4ª REGIÃO – CREF4/SP
Centro de DocumentaçãoO SESC possui um Centro de Documentação aberto ao público,com um rico acervo na área de Gerontologia. Entre as pesquisasestão teses, doutorados, dissertação de mestrado, revistas nacio-nais e estrangeiras. As bibliotecárias auxiliam nas buscas.SESC Paulista - Avenida Paulista, 119.
iro no trabalho com a melhor idade
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vo dos Grupos de Convivência era, econtinua sendo, de propiciar formaçãode amizades, quebrar o isolamento,combater a solidão e a marginalização,a Escola Aberta veio com uma propos-ta mais avançada e, além de contribuirpara esse processo de socialização,contribui também para criar oportunida-des de atualização de conhecimentos”.
Essas Escolas foram precursorasdas Faculdades Abertas da Terceira Ida-de. Hoje, cada vez mais Instituições deEnsino Superior criam espaços paraque pessoas a partir de uma certa ida-de possam ter acesso a aulas. Nessesentido, conforme José Carlos, a USP ésui generis porque, diferentemente deoutras faculdades, disponibiliza vagasnos cursos normais de graduação paraalunos idosos, na condição de ouvintes.
ProjetosMuitos projetos voltados à terceira
idade são desenvolvidos pelo SESC.No Programa de Trabalho Social comIdosos estão os Grupos de Convivên-cia, as Escolas Abertas, o estímulo aotrabalho voluntário e o Projeto de Pre-paração para a Aposentadoria. Nesteúltimo foram desenvolvidos Seminá-rios nos quais os técnicos do SESCfalam dos vários aspectos da vida dosaposentados com vistas a criar condi-ções para que eles sejam preparadospara esse momento. “Foram abordadosassuntos como o relacionamento coma família, filhos, marido, mulher, espa-ços de lazer e ocupação do tempo livreque a cidade oferece, a psicologia doenvelhecimento e outros assuntos per-tinentes a esse grupo de pessoas”.
Outro projeto interessante desen-volvido é o Programa SESC Gerações,que tem como objetivo central a co-educação, ou seja, uma geração re-passando para a outra alguns conhe-cimentos muito específicos, própriosda sua geração. “O Programa Gera-ções teve como base a minha pesqui-sa de mestrado, o que muito me ale-gra.” Na prática desse intercâmbio,por exemplo, está o Projeto InternetLivre, no qual os técnicos propuseramaos adolescentes, em troca de bônusa mais no tempo de uso das máqui-nas, que eles ensinassem os idosos anavegar na Internet. “Com essa trocade experiência os idosos ficaramsuper satisfeitos e os adolescentessuper orgulhosos”.
Dados geraisNo SESC, a faixa de idade do ido-
so varia entre 60 - idade convencionadacomo início da terceira idade, e 80/90anos. Matriculados são aproximada-mente 55 mil no Estado, mas freqüen-tando diariamente é um pouco menos,já que muitos têm outras atividades,principalmente os homens, que aindatrabalham. Alguns preferem os bailes,outros gostam dos cursos, palestras edas oficinas. Mas há ainda os que vãoapenas para fazer atividade física,como uma negação do envelhecimen-to. Outros, por sua vez, compreendemperfeitamente a necessidade da ativi-dade física e que já são velhos. “Paratodos os tipos de comportamento, aatenção e o carinho dos profissionaisao redor são fundamentais”.
MERCADO DE TRABALHOEducação Física
com o idosoÉ preciso que os Profissionais de Educação Físicaenxerguem o idoso como uma pessoa complexa, comnecessidades, desejos e expectativas determinadas, paramelhor atendê-lo e compreendê-lo
Atenção
Contato FísicoEm idades mais avançadas, quando a pessoa já não tem outras gratificações,
o contato corporal é muito importante. Nas aulas de massagens recíprocas e ati-vidades em duplas, por exemplo, esse contato é precioso para melhorar a auto-estima do idoso e sua auto-imagem. “Os professores que ministram essas aulassão muito queridos pelos alunos. Por isso, o presentinho não tem somente afinalidade de manipular o professor, na maioria das vezes são a expressão de umafeto, de um agradecimento espontâneo e muito sincero de pessoas que esta-vam esquecidas pela vida, abandonadas, só na frente da televisão e que seenturmam e fazem um trabalho físico muito agradável lideradas pelo Profissio-nal de Educação Física”.
grupo. Para isso é necessário entendera psicologia do idoso e estar atento acertas características. “O idoso, quandovem ao SESC, não vem só para a aulade natação. Vem também para rever oprofessor. Ele conversa com todo mun-do e faz um social porque não precisasó da atividade física, ele tem a neces-sidade do relacionamento”.
Para que o profissional tenha umbom desempenho no trabalho com aterceira idade é fundamental o auto-conhecimento, para conseguir enten-der as próprias reações e uma auto-reflexão, para evitar um comportamen-to preconceituoso ou um julgamentoapressado. É preciso que reflita sobreo que realmente pensa da velhice, oque acha da terceira idade, como vê aspessoas mais velhas, como vê seu pai,sua mãe, seu avô, os idosos da comu-nidade e do bairro. Que procure desen-volver a capacidade da empatia e de secolocar no lugar do outro, para melhorentender as suas demandas. Além dis-so, segundo José Carlos, todos os in-teressados na área devem estudar a ve-lhice, ou seja, os aspectos sociais epsicológicos do envelhecimento.
A Gerência de Estudos e Progra-mas da Terceira Idade, em parceriacom a Gerência de DesenvolvimentoFísico Esportivo, realizou recentemen-te mais um treinamento com todos osProfissionais de Educação Física doSESC. Segundo José Carlos Ferrigno,o objetivo foi capacitar tanto o Profis-sional de Educação Física quanto oprofissional que trabalha com o idosonas outras áreas da programação noque se refere aos aspectos psicológi-cos e práticos do trabalho com a tercei-ra idade. “O segredo é ter uma atitudecompreensiva no sentido de quererentender por que aquela pessoa é da-quele jeito. Ter um olhar mais apuradoe mais atento”.
Nesse treinamento, o SESC fez umconvênio com a Escola de EducaçãoFísica da USP, que realiza pesquisaspreciosas em seu laboratório debiomecânica, para passar segurançaao técnico de como trabalhar com osaparelhos e dosar os exercícios.
Para José Carlos, o Profissional deEducação Física não pode perder achance preciosa que tem de poder fazerum trabalho social e cultural com o
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PosturaPara Érica Verderi, criadora do Programade Educação Postural - PEP, o Profissionalde Educação Física tem que ter cuidadoem relação a seu corpo, durante a realiza-ção das aulas de atividade física. É preci-so que tenha hábitos diários de alonga-mento e relaxamento para manter o bem-estar físico e emocional.
Atestado MédicoAos estabelecimentos compete a exigên-cia da apresentação de atestado médicopor parte dos usuários, podendo o des-cumprimento desta determinação legalser denunciado à Vigilância Sanitária,órgão responsável por esse tipo de irregu-laridade. Cabe ao Profissional de Educa-ção Física alertar a Pessoa Jurídica sobrea necessidade legal da apresentação doatestado médico e orientar o praticante aavaliar periodicamente suas condições desaúde.
Personal Trainer*A tendência do mercado, em todas asáreas, é individualizar e personalizar os tra-balhos oferecidos, dependendo apenas danecessidade do consumidor. Este é umdos motivos pelo qual o personal trainerpassou a ser uma ocupação promissorapara o Profissional de Educação Física.
*Treinador particular para atletas
*Orientador particular para não-atletas
DESTAQUESDA EDIÇÃO 10www.crefsp.org.br
É O PORTAL DOCREF4/SP
Projetado para propiciar um canal decomunicação mais eficiente entre os
profissionais, o novo Portal do CREF4/SP, alémdas orientações para registro de denúncias,
dados sobre bolsa de empregos, cursos,informações sobre o histórico do Conselho,
identificação de seus membros, Resoluções, leis,todas as revistas publicadas e a íntegra do
Código de Ética, possibilita o acesso a algunslinks que dizem respeito à Educação Física.
Para o conselheiro Márcio Tadashi Ishizaki, embreve a nova estrutura do Portal estará completae vai permitir a emissão de boletos, atualizaçãode cadastro, terá mais notícias, release para a
imprensa e outros serviços adicionais.Acesse o Portal do CREF de São Paulo,
mantenha-se bem-informado e faça sua sugestão.
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FISCALIZAÇÃOConselho luta pela qualidade dos
serviços prestados à sociedade
O Setor de Fiscalização do Con-selho Regional de EducaçãoFísica do Estado de São Pau-
lo, através de seus Agentes de Orien-tação e Fiscalização, é o grande aliadona luta pela melhoria da qualidade dosserviços prestados. O objetivo do Con-selho, através de sua Comissão deOrientação e Fiscalização, é garantirà sociedade e ao usuário serviçoscom qualidade e segurança, atravésde entidades e profissionais com co-nhecimento técnico e comprometi-mento ético. Segundo Fernando IzacSoares, Coordenador do Setor, essaação beneficia o usuário e a socie-dade e, conseqüentemente, o Profis-sional de Educação Física, que vai es-tar dividindo o mercado de trabalhocom profissionais habilitados, devi-damente registrados e com nível deatividade e orientação dentro do queé estabelecido pelo Código de Ética epela legislação vigente. “Se houver
concorrência, será dentro de situa-ções legais, sobressaindo-se queminvestir mais em aprimoramento”.
Hoje os agentes têm se deparadocom um número muito menor de profis-sionais em situação irregular do que noinício dos trabalhos. No entanto, não foipunindo que o CREF de São Paulo con-seguiu conscientizar o Profissional deEducação Física em relação à regulari-zação e sim através da orientação. “EmSão Paulo surtiu muito mais efeito aação de orientação do que a de puni-ção, e as pessoas têm se conscien-tizado muito mais da responsabilidadeque elas têm exercendo a atividadecomo profissional”.
Fernando esclarece que a ação dafiscalização não é somente punitiva. Oagente tem que esclarecer a pessoa e aentidade fiscalizada, identificar as irre-gularidades e mostrar quais são os ca-minhos a serem percorridos para se re-gularizarem e não reincidirem em erros.
EQUIPE DE AGENTES
Geraldo Luiz de Toledo Costa
(CREF 012048-G/SP)Fernando Jorge Brancatti
(CREF 020097-G/SP)Lilian Reis Rolim
(CREF 024182-G/SP)
COMISSÃO DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃOVlademir Fernandes - presidenteMárcio Tadashi IshizakiRoberto Jorge Saad
Faça contato!Todo contato com o Conselho – críticas,
dúvidas, sugestões ou elogios – podem
ser feitos pelo telefone, mas devem ser
documentados para que a resposta tam-
bém seja por escrito, evitando equívocos
quanto à informação prestada.
Os Profissionais de Educação Física ou
as pessoas interessadas em esclareci-
mentos devem:
• Enviar carta (A/C Secretaria CREF4/SPRua Líbero Badaró, 37727º andar - Conj. 2.704Centro - SP/SP - CEP 01009-000)
• Enviar fax (11 3292-1700)
• Enviar e-mail ([email protected])
Silvio Silva SampaioDébora de Sá BrancoWalter Giro Giordano
“A ação de orientação é mais eficiente do que a
mera punição”, afirma Fernando
Alberto Parreira Almada
(CREF 005993-G/SP)
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CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 4ª REGIÃO – CREF4/SP
Roberto Ribeiro
(CREF 009418-G/SP)Regina Pereira Almeida
(CREF 019124-G/SP)Naila Manini da Silva
(CREF 014239-G/SP)Moizes Antonio dos Santos
(CREF 019788-G/SP)
DEMAIS ENTIDADESENTIDADES ORIGEM OBJETIVOS
ASSOCIAÇÕES Criadas livremente Interesses comuns depelos profissionais ordem cultural, social,
desportiva, política,científica, lazer e outras
CONFEDERAÇÕES Criadas livremente por Coordenação, administração,E FEDERAÇÕES entidades privadas normalização, apoioESPORTIVAS e fomento do desporto
SINDICATOS Criados pelos Otimização das relações eprofissionais, de acordo das condições docom as normas sindicais trabalho profissional
INSTITUIÇÕES Criadas pela iniciativa Formação, pesquisa eSUPERIORES DE privada ou pelo extensãoENSINO governo
CONSELHOS Criados por leis • fiscalizar, orientar ePROFISSIONAIS específicas no disciplinar legal, técnica
Congresso Nacional e eticamente o exercícioprofissional
• defesa da sociedade• habilitação profissional
DADOS ENTRE JANEIRO E MARÇO DE 2005Pessoas Físicas
fiscalizadas e registradas
1.099 323
806
18011184
Pessoas Físicas semregistro profissional
Pessoas Jurídicas fiscalizadas
Municípios visitadosDenúncias recebidas
Denúncias atendidas
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Ainda existem dúvidas em relaçãoàs atribuições dos Conselhos. Porisso, o Coordenador do Setor de Fisca-lização esclarece que cabe aos Conse-lhos de Educação Física orientar aPessoa Física e a Pessoa Jurídicaquanto a dúvidas para regularizaçãoperante a entidade e, ainda, fiscalizaro exercício profissional e as entidadesprestadoras de serviços. No entanto,cada um dos demais órgãos tem a suaabrangência, o seu respaldo legalpara legislar, autuar e orientar, dentrodo que foi outorgado por lei. Muitasreivindicações atribuídas ao Conse-lho, na verdade, deveriam ser feitas,por exemplo, ao Sindicato ou à Prefei-tura. Tanto o trabalhador quanto oempregador têm um Sindicato próprioe uma Assessoria Jurídica paraorientá-lo em relação a parte traba-lhista e legal em todos os sentidos.
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Fiscalizado age fora da lei
porém pensou que no mesmo dia sai-ria de lá com um protocolo que o ha-bilitaria a montar sua própria acade-mia, já que no bairro onde mora nãoexiste nenhuma. Ele alega que conti-nua aguardando resposta quanto aopedido de registro profissional.
A casa em questão é da mãe do fis-calizado. “Aqui não é uma academia.Como tenho uma estação residencial,meu primo, minha sogra, meu sogro ealguns amigos de infância, que faziamexercícios em outras academias, pedi-ram para usufruir desses aparelhoscomigo.
No decorrer do prazo estabelecidopara justificativa, o fiscalizado disseque sanou todas as dúvidas para vira ser Pessoa Jurídica, inclusive já fezcontato com uma Profissional deEducação Física que será a futuraresponsável técnica e sócia dele noestabelecimento que pretende abrir.“Quero ter uma academia em um lu-gar bem localizado e já não tenhodúvidas de como proceder. Caso apa-reça alguma dificuldade, voucontatar o CREF de São Paulo ou ór-gãos, como a Prefeitura, para orienta-ção”, afirmou.
Conselho
SEM LICENÇA PARA FUNCIONARHoje, a preocupação do Conselho passou a ser em relação ao funcionamen-
to da entidade prestadora de serviços no campo de atividade física, desportiva esimilares, porque os Agentes de Orientação e Fiscalização têm se deparado commuitos locais sem licença de funcionamento, inclusive da Vigilância Sanitária eda Prefeitura. Se essa entidade não tem a vistoria dos órgãos competentes, nãoapresenta nenhuma garantia de qualidade na prestação do serviço, nem segu-rança para o usuário, já que não tem Profissionais de Educação Física habilita-dos orientando a atividade.
Para evitar este tipo de problema, existe a Lei 10.848/01, que dispõe sobre oregistro e funcionamento de estabelecimentos de ensino e práticas de modalida-des esportivas. Esses estabelecimentos têm que ter registro na Junta Comercial,atestado de vistoria do Corpo de Bombeiros, Habite-se, certificado de vistoria Sa-nitária e um supervisor ou responsável técnico pelo estabelecimento, que será obri-gatoriamente um Profissional de Educação Física devidamente habilitado.
A fiscalização do CREF de São Paulo ainda encontra muitos locais que nãoatendem à legislação. Por isso, encaminha denúncias aos órgãos competentes,como a Vigilância Sanitária, às Prefeituras Municipais em questão e às Promo-torias Públicas, para que tomem providências legais cabíveis em cada caso.
O objetivo do Conselho, em termos de fiscalização, é que esses locais não fe-chem, não sejam interditados, mas que atendam ao que é determinado por lei.O Agente de Orientação e Fiscalização, quando se depara com esse tipo de irre-gularidade, prontamente informa ao operacional do Conselho, que envia a denún-cia aos órgãos competentes.
Os Agentes de Orientação e Fiscalização do CREF4/SP, junto com a reportagem darevista CREF de São Paulo, estão visitando a Capital e o Interior do Estado. Na cidadede Peruíbe, Litoral, encontraram um estabelecimento com atividades irregulares,indicando exercício ilegal da profissão. O tema será usado apenas para informar sobreas medidas adotadas pelos agentes, mas o fiscalizado não será identificado
Quando os Agentes de Orienta-ção e Fiscalização estiveramno estabelecimento do fiscali-
zado, em abril, constataram que nãohavia nenhum tipo de atividade físicasendo realizada naquele momento,mas foram impedidos de entrar no lo-cal, por não constar nenhuma apresen-tação na fachada da casa informandose tratar de uma academia, ou seja,não parecia ser um lugar público. Ob-servaram que dois alunos ou PessoasFísicas, avisados por uma terceirapessoa, saíram do local da atividadepara dentro da casa, tentando omitir ofato de ter alguém treinando. No en-tanto, o fiscalizado alegou que as pes-soas que estavam no local eram da fa-mília, inclusive uma delas se apresen-tou como sua sogra.
Após sair do local, em contatocom o Departamento Jurídico do Con-selho, os agentes foram orientados afazer um Boletim de Ocorrência porindícios de exercício ilegal da profis-são, já que, em visita anterior realiza-da em fevereiro, o fiscalizado declarouparticipar de atividades próprias doProfissional de Educação Física, tevesuas atividades suspensas, recebeuorientações e um prazo legal para re-gularizar sua situação. Apesar da jus-tificativa apresentada por ele, nada foiregularizado e os indícios de exercícioilegal continuam existindo.
O fiscalizado, por sua vez, disseque na primeira visita não sabia comofuncionava o CREF de São Paulo, masque depois de receber orientações ten-tou regularizar sua situação indo aoConselho munido de documentos,
FISCALIZAÇÃO
Ano IV • Nº 011 • Abril 2005 | 17
CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 4ª REGIÃO – CREF4/SP
Delegacia
DELITO DE BAIXO POTENCIAL OFENSIVO
Alvos de Fiscalização• Não espere que o Agente de Orientação e Fiscalização do
CREF de São Paulo se apresente. Solicite sua identificação.
• Caso a pessoa não apresente sua credencial, acione a Polícia
(190), pois pode ser um terceiro se passando por agente do
Conselho.
Segundo o escrivão de Polícia daDelegacia sede de Peruíbe, Aníbal Pe-
reira de Souza Netto, que atendeu àdenúncia de exercício ilegal da profis-são dos representantes do CREF4/SP,trata-se de um delito de menor poderofensivo, por isso não será feito um in-quérito policial, mas sim um termo cir-cunstanciado de ocorrência policial.Esta questão é estabelecida pela Lei9.099, que se refere aos crimes de bai-xo potencial ofensivo. “O transgressorserá intimado a depor, provavelmenteas testemunhas também, depois ocaso será remetido diretamente ao juizda comarca de Peruíbe”, afirma o escri-vão, explicando também que as auto-
ridades policiais irão apurar quem sãoas vítimas, pois se ele não tem registroprofissional nem autorização da Prefei-tura, a Prefeitura também é vítima.
Na Lei de Contravenção Penal, Ar-tigo 47 - Exercício Ilegal da Profissãoou Atividade, a pena prevista é de 15 a45 dias de reclusão e multa. Normal-mente, são prestados serviços sociaisà comunidade, como pintura de mu-ros, guias e entrega de cestas básicas.“A pena alternativa é determinada pelaLei 9.099, de alçada dos Juizados Espe-ciais Criminais. Hoje em dia, qualquercrime até dois anos de detenção tem apena transformada em serviços”, infor-mou o escrivão Aníbal.
Vigilância Sanitária
ATIVIDADE LIGADA À SAÚDEO conjunto de ações capaz de eli-
minar, diminuir ou prevenir riscos àsaúde e de intervir nos problemas sa-nitários decorrentes do meio ambien-te, da produção e circulação de bense da prestação de serviços de interes-se à saúde faz parte da atribuição daVigilância Sanitária. Para José Go-
mes Vieira de Souza, médico veteri-nário e coordenador da Vigilância Sa-nitária de Peruíbe, a atividade que in-teressa ao órgão diz respeito àquelaligada à saúde.
Neste caso de exercício ilegal daprofissão, é importante saber que aatividade física é ligada à saúde. “Va-mos supor que o transgressor pegueuma pessoa que tenha problemas car-díacos, coloque na esteira, sobrecarre-gue o exercício e o sujeito enfarta emorre, ou uma pessoa está fazendo
um exercício e tenha uma distensãomuscular. O grande problema é que,como não é um profissional habilita-do, nem sequer conhece a dosagem eo tipo de exercício conveniente a cadasituação, o transgressor está pondoem risco a integridade física e a saú-de das pessoas”.
Caso fosse um profissional regis-trado, bastaria apresentar uma habili-tação reconhecida pelo Conselho e aVigilância Sanitária iria verificar itenscomo aparelhos, livros, ventilação, ilu-minação, barulho do local, entre ou-tros. A partir desta denúncia, a Vigilân-cia vai abrir um processo, procurar ummeio legal de entrar no local e obser-var a atividade.
José Gomes acredita que a vistoriaem parceria com o Conselho agiliza otrabalho de ambos e a conclusão ime-
• Esclareça todas as suas dúvidas, pois a função do agente, além
de fiscalizar, é orientar o profissional sobre como se regularizar
e, ainda, informar para quem e como redigir uma justificativa.
• O registro da academia deve estar exposto, para que todos o
vejam.
Para facilitar a ação dosAgentes de Orientação eFiscalização, existe aconscientização do poderpúblico, dos delegados,promotores públicos, juízes eda mídia, pois todos sabem quea profissão de Educação Físicaexiste e que é precisocompetência para exercê-la
diata do caso. O Conselho vai saber oque cobrar de um responsável técnico,que também é um profissional de nívelsuperior, que tem responsabilidadesprofissionais, vai entender o que estásendo dito e vai honrar um diploma,um certificado, ou uma Cédula de Iden-tidade Profissional. “Na parceria, os ór-gãos fazem fiscalizações independen-tes, ou seja, um na atividade física e ooutro na profissional e, juntos, conse-guem punir e fazer com que a entida-de regularize sua situação”.
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Agentes do CREF de São Paulo
tiram dúvidas e autuam academias
Cliente deve exigir registro no Conselho Regionallização, pois tenho a esperança deque a nossa profissão seja tão oumais respeitada que a medicina”,explica a empresária, consciente deque se trata de um processo longo.
A profissional considera que oConselho poderia promover um en-contro para incentivar o profissionala trabalhar mais com a parte neuro-linguística e falar da importância doProfissional de Educação Física en-quanto ser humano e orientador deatividade para a sociedade. Deveria,ainda, trabalhar junto com o MECpara fiscalizar as Instituições de En-sino de Educação Física.
Elenimara fez questão de comen-tar que participou de um curso noqual havia 10 Profissionais de Educa-ção Física e 50 médicos, que falavamda Educação Física. Quando teveoportunidade de falar, explicou a
FISCALIZAÇÃO
Nas viagens, os agentestêm a oportunidade deesclarecer dúvidas dasPessoas Físicas eJurídicas, que variamdesde assuntos técnicosaté o desconhecimento daexistência do Conselho.“Nosso trabalho, além deautuações, consiste naorientação e informaçãosobre a importância doprofissional registrado e dotrabalho do CREF de SãoPaulo”, explica o agenteRoberto Ribeiro.Durante as reportagens, foipossível verificar que aindaexiste desinformação sobrea função do Conselho e asresponsabilidades dosprofissionais, mas tambémhá muita disposição paraparticipar desse processode legitimidade profissionale para apoiar a fiscalizaçãoa fim de que haja união econdutas específicas ecomuns entre osProfissionais de EducaçãoFísica e osestabelecimentosprestadores de serviços naárea da atividade física,desportiva e similares
O agente esteve na AcademiaMaré Alta Sports Ltda. (CREF 000396-E/SP), em São José dos Campos econversou com Elenimara Maria Bar-bosa Marangoni (CREF 010281-G/SP), responsável técnica e sócia daAcademia. Em seu depoimento, eladisse que quando um cliente visitasua academia, ela faz questão de di-zer que é registrada no CREF de SãoPaulo. “Claro que eu quero que o cli-ente fique aqui, mas se ele procuraroutra academia, quero também queele exija o seu registro no Conselho,pois assim os padrões serão os mes-mos e o diferencial fica pelo algo amais de cada academia”. Segundoela, as pessoas estão começando aentender a importância do Conselhoe a fiscalização é o começo para queos profissionais passem a ter a mes-ma conduta. “Contribuo com a fisca-
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Conselho
Atualização do Quadro TécnicoNeste caso não houve nenhum tipo de ocorrência, trata-se de uma enti-
dade registrada, na qual os profissionais também o são. A única solicitaçãofoi a atualização do quadro técnico, o que é de praxe. A toda entidade regis-trada, que é alvo de visita de fiscalização, é solicitada a atualização do qua-dro técnico, seja por inclusão ou exclusão de profissionais na entidade.
Sobre os questionamentos da profissional, o CREF de São Paulo escla-rece que seus representantes gostariam de fazer muito mais para os profis-sionais e para a sociedade de um modo geral. O amparo legal do Conselho,ou seja, sua competência, de acordo com a regulamentação da profissão, éfiscalizar o exercício profissional e as entidades prestadoras de serviços echecar se toda denúncia que chega ao Conselho procede ou não. No entan-to, caso seja de interesse da instituição, encaminha Conselheiros para fazerpalestras sobre o funcionamento, os direitos e deveres do profissional, con-dutas éticas e morais ou qualquer assunto relacionado ao Sistema CONFEF/CREFs e aos Profissionais de Educação Física. Para isso, as entidades inte-ressadas devem enviar uma carta com, no mínimo, 15 dias de antecedência,informando sua necessidade, endereço e horário.
todos os presentes a importância da ati-vidade física, da Fisiologia do Exercício,da possibilidade de retardar o processode envelhecimento, fazendo com que oidoso fosse ao médico para cuidar de al-guma patologia ou apenas como rotina.“Quando acabei de falar, um geriatraduvidou que eu fosse Profissional deEducação Física por causa do conteúdoe da forma como expus minha opinião”.Para ela, está claro que o Profissionalde Educação Física tem que se unir,identificar-se como tal e, quando forconversar, ser o mais técnico possível,mas de modo simples, até para que oaluno perceba a diferença entre um pro-fissional e um leigo. Para isso tem deestudar todo dia, ler livros, revistas oupesquisas que falem sobre a atividadeque praticam.
CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 4ª REGIÃO – CREF4/SP
e profissionais
Elenimara Maria Barbosa Marangoni
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Conselho
AtualizaçãoDúvidas na contratação doprofissional
Maria Regina Santos MartinsMoreira, que administra junto com seumarido a empresa de sua mãe, aFortunata Furlan Santos, cujo nomefantasia é Winner Academia de Espor-tes (CREF 000925-E/SP), apresentoudúvidas quanto aos procedimentos emrelação à contratação do profissionalno que se refere à exigência de docu-mentos, pois não sabe se basta pediro CREF. “Nós exigimos que o profissi-onal, para trabalhar aqui, tenha regis-tro no Conselho Regional e no Ministé-rio do Trabalho, mas desconhecemosqualquer outra necessidade de docu-mentação”. Também não sabia que oregistro da academia deveria ficar ex-posto e que tem período de validade.
Em sua academia trabalham doisprofissionais de musculação e seis denatação, todos devidamente regis-trados no Conselho. Não há estagiá-rios e o único profissional provisio-nado é o seu marido. Para ela, o CREFde São Paulo deveria realizar exames,parecidos com os da OAB, para ates-tar a qualidade do Profissional deEducação Física.
No que se refere à fiscalização, con-sidera importante, mas acha difícil ve-rificar o que está acontecendo em to-dos os estabelecimentos. “A concor-rência é desleal, pois enquanto unspagam seus impostos e procuram agirconforme a lei, outros não pagam im-postos, diminuem os preços e dificul-tam, e muito, o trabalho de quem agecerto. Para dar fim a essa pouca vergo-nha só mesmo a atuação da fiscaliza-ção, que acaba trazendo benefíciospara todos nós e para a sociedade”.
intervenção desse profissional. Portanto,não adianta contratar um instrutor demusculação para trabalhar com nata-ção porque ele só vai poder atuar naárea para a qual ele tem a habilitação.
Os documentos expedidos peloConselho, quando do registro profissi-onal, orientam ou determinam a áreade atuação do profissional. É importan-te que o empregador verifique se o pro-fissional está habilitado para atuar naárea que está pleiteando.
O Conselho não interfere na partetrabalhista. Se a empresa vai registrarem carteira ou não, se vai haver víncu-lo empregatício ou não, é uma relaçãotrabalhista de competência do Ministé-rio do Trabalho, da entidade e do traba-lhador. Ao Conselho cabe saber se oprofissional é registrado e devidamen-te habilitado para exercer a profissãode Educação Física.
A entidade é devidamente registra-da no Conselho e foi apenas orientadaa enviar o quadro técnico atualizado.Quanto à documentação, o registro noConselho é obrigatório, mas a contra-tante fica livre para exigir de seu futu-ro funcionário o que lhe for mais con-veniente. A segurança do empregadoré ter um profissional registrado orien-tando a atividade, pois o profissionalregistrado responde por seus atos, ouseja, qualquer ocorrência durante a ori-entação e condução das atividades éunicamente de responsabilidade dele.Se a entidade contratar uma pessoasem registro estará irregular, não pode-rá cobrar nenhuma responsabilidadedessa pessoa e, ainda, responderá porseus atos.
Na Cédula de Identidade Profissio-nal constam informações importantes,como a formação, a área e o campo de
FISCALIZAÇÃO
Maria Regina Santos Martins Moreira
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CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 4ª REGIÃO – CREF4/SP
Estágio só com supervisão
Conselho
Estagiário e instituição estavam errados
para orientar aquela atividade e estáaprendendo, adquirindo conhecimen-tos para o exercício profissional futuro.
A supervisão do estágio é respon-sabilidade das Instituições de EnsinoSuperior, pois se trata de uma discipli-na obrigatória e que faz parte da gra-de curricular. Nos departamentos decoordenação de estágio de todos oscursos de Educação Física o alunoconsegue informações sobre como eonde esse estágio acontece e, entreoutras orientações, quais relatóriosdeve apresentar.
O estágio só é caracterizado comotal se o aluno estiver devidamente ma-triculado; se houver convênio entre ins-tituição de ensino superior e a PessoaJurídica, com finalidade específica deestágio; se houver a assinatura de umtermo de compromisso entre o aluno ea concedente com intervenção da ins-tituição de ensino; se as atividadesdesenvolvidas pelo aluno forem com-patíveis a sua formação acadêmica; seo estágio ocorrer na área de atuação
No momento da fiscalização o esta-giário estava sozinho, sem o profissio-nal, e essa é uma irregularidade. A au-tuação foi feita em nome do estagiárioWilliam Cândido da Silva, mas tam-bém existe a autuação para a ACM deSão José dos Campos. Neste caso, am-bos estavam errados, a instituição, quepermite a atuação de um estagiário emsituação irregular, e aquela pessoa quese intitula estagiário, que não atende àregulamentação. Ambos foram orienta-dos a se regularizarem perante o Con-selho, mas se um deles não procederde forma correta, será penalizado pelairregularidade fiscalizada.
William não foi autuado como esta-giário, mas como Pessoa Física exer-cendo atividade profissional sem regis-tro. Para a fiscalização, só vai ser con-siderado estágio quando houver o con-trato de estágio e o profissional juntocom ele. No referido caso, existe o con-trato de estágio, mas no momento dachegada do agente ele estava sozinhona sala de musculação com os alunos.
O profissional devidamente habili-tado e registrado é o responsável pelasatividades do estagiário. O estágio temuma ação formativa, é um período deaprendizagem no qual o aluno assimi-la a teoria através da prática. O estagi-ário não pode assumir essa responsa-bilidade porque não tem registro pro-fissional, não tem formação completa
O supervisor de estágiodeve acompanhar oestagiário durante todo otempo em que umaatividade estiver sendoministrada
Muitos estagiários ainda não têm conhecimento de que sua atividade deve ser orienta-da o tempo todo por um Profissional de Educação Física registrado. Para William Cândidoda Silva, que está no último ano da Faculdade de Educação Física da Universidade do Valedo Paraíba - UNIVAP, e estagiando na ACM de São José dos Campos, a permanência doresponsável técnico junto com o estagiário em tempo integral é uma novidade. “Na facul-dade não temos informações sobre o Conselho. Até o momento, só dois professores comen-taram alguma coisa sobre normas”.
Para o estagiário, o Conselho é importante para a profissão de Educação Física porquedelega limites e funções e a fiscalização é fundamental. “Hoje a fiscalização, apesar de estarnos autuando pela falta do orientador durante a atividade, pois um professor atrasou umpouco para chegar e o outro já havia saído me deixando sozinho, está nos instruindo sobreos procedimentos que devem ser tomados, e esse é o papel do Conselho”, conclui.
profissional do aluno; se houver com-patibilidade da jornada de estágio como horário do curso; se houver supervi-são da escola; se o estágio estiver con-templado no currículo como estratégiade formação; se for definido por umprofissional na concedente responsá-vel pela supervisão direta do estagiá-rio; se for emitida apólice de seguro devida e acidentes pessoais a favor doaluno; e se houver a presença de umprofissional habilitado responsávelpela atividade. Caso essas condiçõesnão sejam atendidas, fica descaracteri-zado o estágio e passa a existir o vín-culo empregatício.
Hoje, todas as instituições de en-sino cobram e têm um rigor quanto aoestágio. No entanto, caso o aluno con-sidere que as informações cedidaspela IES não sejam suficientes, nadao impede de consultar a legislação re-ferente ao estágio - Carta Recomenda-tória CREF4/SP nº 01/2004, Notifica-ção Recomendatória nº 6.100, Lei6.494 de 7 de dezembro de 1977, De-creto 87.497 de 18 de agosto de 1982,Notificação Recomendatória nº 741/2002 do Procurador Geral do Trabalhoe Lei de Diretrizes e Bases da Educa-ção Nacional (LDBEN 9.394/96) - ouvisitar o Conselho Regional de Educa-ção Física do Estado de São Paulo,responsável por fiscalizar a condutadesse futuro profissional.
William Cândido da Silva
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Porte da Cédula deIdentidade Profissional
Já o profissional Rogério BragaFloriano (CREF 020036-G/SP), respon-sável técnico pelos estagiários daACM, a autuação foi por não estar por-tando a Cédula de Identidade Profis-sional, obrigatória e aceita em todoterritório nacional. “Eu não sabia quedeveria portar a cédula. O grande pro-blema é que, por causa dessa primei-ra notificação, poderei ser penalizadose tiver outra incidência involuntária”,comentou.
Quanto ao Conselho, acha que de-veria estar mais próximo, informandosobre o Código de Ética, quais os de-veres e as responsabilidades dos pro-fissionais e realizando algumas pales-tras. “Geralmente, a gente sai da facul-dade sem essas informações e, no dia-a-dia, não por falta de interesse, maspor falta de tempo, falta esse elo entreo profissional e o Conselho”.
Conselho
OrientaçãoSempre que o profissional estiver
atuando em sua atividade profissional,é preciso que esteja de posse da Cédu-la de Identidade Profissional. Não cou-be neste caso uma autuação, mas umaorientação, se reincidir nessa ocorrên-cia poderá ser autuado com base noCódigo de Ética.
O Conselho Regional de Educa-ção Física habilita o profissional parao exercício da profissão através daexpedição da Cédula de IdentidadeProfissional. Todo profissional deveportar esse documento original, res-peitando seu prazo de validade. A LeiFederal nº 6.206, de 07/05/1975 deixaclaro poder esse documento substi-tuir o RG, tendo validade em todo ter-ritório nacional como documento deidentificação oficial.
Quanto aos estagiários, quem res-ponde é o profissional supervisor doestágio e não o responsável técnico,que responde pela academia. Dentrodo termo de compromisso e do contra-to de estágio, existem as áreas em queo aluno vai estagiar, podendo ter um oumais profissionais responsáveis pelaatividade de estágio.
No que se refere à proximidade doprofissional com o Conselho, ela acon-tece com a freqüência e continuidadeda fiscalização, que também tem a fun-ção de orientar e informar. Além disso,nada impede que o profissional, por sisó, acesse o Portal do CREF de SãoPaulo - www.crefsp.org.br -, faça umavisita ao Conselho (Rua Líbero Badaró,377 - 27º andar), solicite orientações einformações.
É preciso ainda que o profissionalse atualize em relação às Resoluções eoutras informações do SistemaCONFEF/CREFs e leia o Código de Éti-ca, que é o instrumento regulador doexercício da profissão.
FISCALIZAÇÃO
O CREF de São Paulo recebe e verifica denúncias contra profissionais que insistem
em exercer ilegal ou irregularmente a profissão ou que não zelem pela saúde
física de seus clientes. O Conselho considera qualquer comunicado, ou notícia,
devidamente fundamentado, que chegue ao seu conhecimento, e procederá de
acordo com o estabelecido nas Resoluções do CONFEF nº 023/00 e CREF4/SP nº 05,
que dispõem sobre a fiscalização e orientação de Pessoa Física e
Pessoa Jurídica.
As denúncias só serão aceitas, por escrito, mediante identificação do denunciante
(nome, endereço e telefone) e do profissional ou estabelecimento denunciado.
Através da página eletrônica do Conselho (www.crefsp.org.br) você consegue fazer
a sua denúncia, basta preencher corretamente os espaços determinados.
Todo profissional deveportar o original da Cédulade Identidade Profissional,respeitando seu prazo devalidade, quando estiveratuando profissionalmente
DENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIAS
Rogério Braga Floriano
O Códigode ÉticaProfissionalpode serencontradonas páginaseletrônicasdo CONFEF(www.confef.org.br) e doCREF de São Paulo(www.crefsp.org.br) e,também, em versãoimpressa, na sede do CREFde São Paulo.
O Códigode ÉticaProfissionalpode serencontradonas páginaseletrônicasdo CONFEF(www.confef.org.br) e doCREF de São Paulo(www.crefsp.org.br) e,também, em versãoimpressa, na sede do CREFde São Paulo.
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NOTAS CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 4ª REGIÃO – CREF4/SP
Cédula de Identidade Profissional
Emissão da
segunda viaA Cédula de Identidade Profissio-
nal (CIP), fornecida pelos CREFs é vá-lida em todo território nacional, deacordo com a Lei Federal nº 6.206, de7/5/1975. Devido a sua importância le-gal, os Conselhos têm o máximo cuida-do e rigor em sua confecção e emis-são, inclusive das segundas vias.
Em caso de roubo, furto, perda ouextravio desse documento, deve ser la-vrado Boletim de Ocorrência (que, in-clusive, pode ser feito, sem ônus, viaInternet) ou feita a publicação em jor-nal de grande circulação, registrando oocorrido. Então, basta levar ao CREF oB.O., ou o jornal no qual foi feita a pu-blicação, mais uma foto 3 x 4 colorida,recente e para documento oficial, e so-licitar a confecção da 2ª via. No casode roubo ou furto, o profissional nãopagará pela emissão da 2ª via da CIP,diferente da perda ou extravio, quandoo mesmo desembolsará R$ 38,00 paraa confecção de nova cédula.
Agentes entregam Atlas às
escolas de Educação FísicaOs Agentes de Orientação e Fiscalização doCREF de São Paulo irão entregar, durantesuas visitas, exemplares do Atlas do Esporteno Brasil, destinados ao acervo das bibliote-cas das Escolas de Educação Física do Esta-do de São Paulo.
CREF de São Paulo
esteve na V Feira da SaúdeO Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo
(CREF4/SP) participou da V Feira da Saúde, que ocorreu noPateo do Collegio, Centro da Capital, nos dias 6 e 7 de abril.Na oportunidade, o Conselho distribuiu 500 exemplares daRevista CREF de São Paulo, mais de 3.500 panfletos einformou cerca de 4 mil pessoas sobre a necessidade doatendimento feito por um profissional registrado, portando aCédula de Identidade Profissional. Realizado pela AssociaçãoComercial de São Paulo, o evento foi um sucesso.
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en
na
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Conselheiros estiveram em Brasília
José Maria de Camargo Barros
(CONFEF/CREF4),
Hudson Ventura Teixeira
(CREF4), Zulaê Cobra e
Walter Giro Giordano (CREF4)
Senador Romeu Tuma,
Roberto Jorge Saad e
Walter Giro Giordano (CREF4)
Fernando Izac Soares,
Coordenador do Setor
de Fiscalização
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Os Conselheiros do CREF4/SP - Roberto Jorge Saad, Walter GiroGiordano, Cícero Theresiano Barros, Sebastião Gobbi, Hudson Ven-tura Teixeira e José Maria de Camargo Barros - estiveram em Brasí-
lia, na Câmara dos Deputados e com o vice-presidente José de Alencar, naocasião presidente em exercício, e entregaram exemplares do Atlas do Esporteno Brasil. A pesquisa contida no manuscrito é um raio x do setor e guia in-dispensável para o governo elaborar sua política de esporte a partir de infor-mações e análises atualizadas contidas no documento.
O Atlas - que reúne cerca de 300 temas, centenas de mapas, tabelas e fi-guras e que representa uma das maiores pesquisas já feitasno mundo até o momento no campo do esporte, Educação Fí-sica, atividades físicas de lazer e de saúde - está sendo entre-gue às autoridades do governo no momento em que o Minis-tério do Esporte inicia a discussão de uma política nacionalpara o setor. Na oportunidade, o vice-presidente agradeceu amenção feita ao seu nome na edição 010 da Revista CREF deSão Paulo (página 14). O CREF4/SP ressalta a importânciadeste tipo de ação, que reforça a posição do Profissional deEducação Física na sociedade brasileira, aumentando o con-tato com os representantes do Poder Legislativo.
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EM AÇÃO
Presença em palestras ecolações de grau
Os Conselheiros do CREF de SãoPaulo participam de colações de grau,palestras, fóruns e qualquer outroevento esportivo em que seja possíveldivulgar a importância da regulamen-tação da profissão para os Profissio-nais de Educação Física e tambémpara a sociedade. No caso de colaçãode grau, o Conselho necessita da rela-ção nominal dos formandos com osrespectivos RG, e devem ser anexadosa essa correspondência os requerimen-tos de registro devidamente preenchi-dos e assinados pelos alunos, bemcomo os documentos requeridos norodapé do formulário. Somente nãoserão anexados os Certificados de Con-clusão do Curso, que a IES comprome-ter-se-á a encaminhar tão logo os te-nha disponíveis. Será designado umconselheiro do CREF de São Paulopara, na data fixada para a cerimônia,proceder a entrega das Cédulas deIdentidade Profissional. Para contarcom a presença dos conselheiros épreciso que as entidades interessadasenviem uma carta com, no mínimo, 15dias de antecedência, informando suanecessidade, a data do evento, endere-ço e horário. Assim, o conselheiro queestiver mais próximo do evento serádesignado para o local solicitado.
Formandos da UNAERP
recebem CIPs
OCREF de São Paulo esteve presente na festa de colação degrau dos formandos da Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP,Campus Guarujá. Na ocasião, Flavio Delmanto, presidente do Conselho,
entregou 22 Cédulas de Identidade Profissional e revistas CREF de São Paulo paracada recém-formado.
Para Flavio, que estava ao lado do coordenador do curso de Educação Físicada UNAERP, José Medalha (CREF 015907-G/SP), a parceria da universidade como Conselho demonstra a responsabilidade que a instituição tem em relação à pre-paração profissional de seus alunos, que saem da universidade conscientes deque pertencem a uma profissão regulamentada, estão sob a égide de um Códi-go de Ética e são representados por um Conselho profissional atuante. “Estoumuito feliz porque o CREF de São Paulo está conseguindo seu objetivo de infor-mar e orientar também os novos profissionais”, conclui Flavio.
O Conselheiro Roberto Jorge Saad, entre outros locais, esteve no Centro Uni-versitário Moura Lacerda na cidade de Jaboticabal.
Os conselheiros estiveram neste início de ano nos seguintes locais:
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Delmanto na UNAERP
Saad no Centro Universitário Moura Lacerda
*Na página eletrônica do Conselho é possível encontrar fotos de outras participações
de Conselheiros em colações e eventos.
DATA EVENTO CONSELHEIRO
16 a 19/01 III Seminário de Ética José Cintra Torres de CarvalhoJosé Maria de Camargo Barros
21/01 Universidade São Judas Tadeu - Colação de Grau Walter Giro Giordano
18/02 Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras deSão José do Rio Pardo - Colação de Grau Roberto Jorge Saad
19/02 Centro Universitário Moura Lacerda (Jaboticabal) -Colação de Grau Roberto Jorge Saad
21/02 Universidade Nove de Julho - UNINOVE -Colação de Grau Vlademir Fernandes
25/02 Centro Universitário Claretiano de Batatais -Colação de Grau Roberto Jorge Saad
07/03 Centro de Práticas Esportivas da Universidade deSão Paulo - Debate Silvio Silva Sampaio
08/03 Escola de Educação Física da Polícia Militar -Almoço Comemorativo Nestor Soares Publio
10/03 Faculdade Diadema - Palestra Vlademir Fernandes
11/03 Centro Universitáio Moura Lacerda (Ribeirão Preto) -Colação de Grau Roberto Jorge Saad
30/03 Federação Paulista de Vôlei - Almoço Comemorativo Flavio Delmanto
06 e 07/04 Associação Comercial de São Paulo -5ª Feira de Saúde - distribuição revistas epanfletos informativos CREF4/SP
23/04 15ª Fitness Brasil - Congresso Flavio DelmantoGeorgios Stylianos Hatzidakis
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ADMINISTRATIVOAtividades dos setores entre
janeiro e março de 2005Registro
No exercício de 2005 foi recebido um total de 2.486 requerimentos de registro, dos quais 315 foram devolvidos por in-suficiência de documentação apresentada. Foram registrados no sistema 1.912 inscritos, dos quais 1.725 eram profissio-nais graduados, 81 profissionais provisionados e 106 Pessoas Jurídicas.
Seccional de CampinasForam recebidos 113 requerimentos, sendo 105 de
Pessoas Físicas e 8 de Pessoa Jurídica. Entre os devol-vidos por falta de documentos o total foi de 4 requeri-mentos, sendo 2 de graduados e 2 de Pessoa Jurídica.
Quanto às Cédulas de Identidade Profissional, foramentregues 58 para graduados, 14 para provisionados e 3para Pessoa Jurídica. Já as prontas e não retiradastotalizam 65 cédulas.
Endereço: A Seccional de Campinas está localizada à ruaFalcão Filho, 452, Botafogo, Campinas/SP, CEP 13020-160, tel.: 19 3233-3359.
SecretariaAtendimento ao público na recepção 3.472
Ligações telefônicas recebidas 3.252
Envelopes recebidos pelos Correios 1.263
Envelopes emitidos aos Correios 2.140
Faxes e mensagens eletrônicas recebidos 52.293
Documentos protocolados 2.935
A Sede do CREF4/SP está localizada
à Rua Líbero Badaró, 377 - 27º andar
Conj. 2.704 - Centro/São Paulo
3.114
11.772
30.136
11.774
30.656
11.775
30.288
3.155
3.200
PESSOAS JURÍDICASjan 3.114fev 3.155mar 3.200
PROVISIONADOSjan 11.772fev 11.774mar 11.775
GRADUADOSjan 30.136fev 30.656mar 30.288
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InformaçõesSe você tem um
assunto relacionadocom esta comissão equer tirar dúvidas,basta enviar uma
carta para oendereço do CREF
de São Pauloou e-mail para
[email protected] cuidados dacomissão de seu
interesse. Asolicitação passará
por uma triagem naSecretaria, que irá
direcionar o assuntoà comissão
competente pararespondê-la. Paraevitar a falta de
retorno, você devecolocar seus dados
completos paracontato.
COMISSÃOControle e Finanças delibera
sobre prestação de contas
O CREF de São Paulo contacom Comissões Estatutáriasque têm como competência
analisar, instruir e emitir Pareceres nosassuntos ou processos que lhes foremenviados pelo Presidente do CREF4/SP,retornando-os devidamente avaliadospara decisão superior. A partir destaedição, iremos detalhar um pouco aação de cada uma das Comissões doConselho. Neste caso, o destaque é aComissão de Controle e Finanças.
Esta Comissão, que tem como mem-bros Charles Eide Júnior, José CintraTorres Carvalho, Nelson Gil de Oliveira eSidney Aparecido da Silva, deve exami-nar, semestralmente, e deliberar sobreas prestações de contas, demonstra-ções contábeis mensais e o balanço doexercício do CREF4/SP e de suasSeccionais, emitindo Parecer para co-nhecimento e deliberação do Plenário.
Entre suas atribuições tambémconsta examinar as demonstraçõesde receita arrecadada pelo CREF4/SPe suas Seccionais, verificando secorrespondem às cotas creditadas ese foram efetivamente quitadas, rela-cionando, mensalmente, as Seccio-nais em atraso, com indicação dasprovidências a serem adotadas.
É responsável também por deli-berar sobre a proposta orçamentá-ria, os pedidos de abertura de crédi-tos e outras alterações orçamentári-as propostas pelo Presidente; deli-berar sobre as propostas orçamen-tárias das Seccionais, encaminhan-do-as ao Plenário até a sessão ordi-nária de Dezembro; e apresentar aoPlenário denúncia fundamentadasobre erros administrativos de ma-téria financeira, sugerindo as medi-das a serem tomadas.
Sidney Aparecido da Silva
Charles Eide Júnior
José Cintra Torres Carvalho
Nelson Gil de Oliveira
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FINANCEIRO
BALANÇO PATRIMONIAL COMPARADOEXERCÍCIO DE 2003/2004ATIVO 2003 2004 VARIAÇÃO PASSIVO 2003 2004 VARIAÇÃOATIVO FINANCEIRO 1.290.601,32 2.564.785,96 1.274.184,64 PASSIVO FINANCEIRO 53.029,20 30.184,40 -22.844,80
DISPONÍVEL 78.858,52 4.388,01 -74.470,51 DÍVIDA FLUTUANTE 53.029,20 30.184,40 -22.844,80Bancos-C/Movimento 78.858,52 4.388,01 -74.470,51 Restos a Pagar 52.628,78 11.960,07 -40.668,71Responsável por Suprimento 0,00 Consignações 10,49 10,49
DISPONÍVEL VINC.C/C BANCÁRIA 1.195.091,05 2.540.694,50 1.345.603,45 Credores da Entidade 0,00Bancos C/vinc.Aplic.Financeira 1.195.091,05 2.540.694,50 1.345.603,45 Entidades Públicas Credoras 400,42 18.213,84 17.813,42
REALIZÁVEL 16.651,75 19.703,45 3.051,70Diversos Responsáveis 489,96 742,96 253,00Devedores da Entidade 12.272,60 12.525,48 252,88Entidades Públicas Devedoras 3.889,19 6.435,01 2.545,82
ATIVO PERMANENTE 126.082,98 157.086,55 31.003,57 PASSIVO PERMANENTE 605.600,00 605.600,00 0,00BENS PATRIMONAIS 126.082,98 157.086,55 31.003,57 DÍVIDA FUNDADA 605.600,00 605.600,00 0,00
Bens Móveis 126.082,98 157.086,55 31.003,57 Dívida Fundada Interna 605.600,00 605.600,00 0,00
SOMA DO ATIVO REAL 1.416.684,30 2.721.872,51 1.305.188,21 SOMA DO PASSIVO REAL 658.629,20 635.784,40 -22.844,80
SALDO PATRIMONIAL SALDO PATRIMONIALPatrimônio (Pass.Real a Descoberto) Patrimônio (Ativo Real Líquido) 758.055,10 2.086.088,11 1.328.033,01
TOTAL 1.416.684,30 2.721.872,51 1.305.188,21 TOTAL 1.416.684,30 2.721.872,51 1.305.188,21
São Paulo-SP, 15 de dezembro de 2003 PAULO YASSUO KOIKE HUDSON VENTURA TEIXEIRA FLAVIO DELMANTO
CRC: 1SP139221/0/0 Diretor-Tesoureiro Presidente
CPF: 769.841.568-49 CPF: 050.685.418-34 CPF: 748.829.028-34
DEMONSTRATIVO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAISEXERCÍCIO DE 2004VARIAÇÕES ATIVAS VARIAÇÕES PASSIVAS
RESULTANTES EXEC.ORÇAMENTÁRIA 3.138.191,19 RESULTANTES EXEC.ORÇAMENTÁRIA 1.811.319,59RECEITA ORÇAMENTÁRIA 3.107.187,62 DESPESA ORÇAMENTÁRIA 1.811.319,59
RECEITAS CORRENTES 3.107.187,62 DESPESAS CORRENTES 1.780.316,02Receitas de Contribuições 2.692.856,83 Despesas de Custeio 1.780.316,02Receita Patrimonial 330.781,32Receitas de Serviços 9.531,50Outras Receitas Correntes 74.017,97
RECEITAS DE CAPITAL 0,00 DESPESAS DE CAPITAL 31.003,57Operações de Crédito Investimentos 31.003,57Alienação de Bens
MUTAÇÕES PATRIMONIAIS 31.003,57 MUTAÇÕES PATRIMONIAIS 0,00Aquisição de Bens Móveis 31.003,57 Alienação de Bens Móveis Empréstimos Tomados
INDEPENDENTES DA EXEC. ORÇAM. 1.161,41 INDEPENDENTES DA EXEC. ORÇAM. 0,00Cancelamento de Restos a Pagar 1.161,41 Baixa de Bens Móveis
TOTAL DAS VARIAÇÕES ATIVAS 3.139.352,60 TOTAL DAS VARIAÇÕES PASSIVAS 1.811.319,59RESULTADO PATRIMONIAL RESULTADO PATRIMONIAL
Déficit do Exercício Superávit do Exercício 1.328.033,01TOTAL GERAL 3.139.352,60 TOTAL GERAL 3.139.352,60
Balanço Financeiro de 2004
Anualmente, o CREF de São Paulo divulga seu Balanço Financeiro para que não haja dúvidas quanto aos valorespagos e recebidos pelo órgão. As contas são controladas pelo Setor Financeiro do Conselho, analisadas e aprova-das pelos Conselheiros, membros da Comissão de Controle e Finanças do CREF4/SP, checadas pelo CONFEF e
auditadas pelo Tribunal de Contas da União. Através do demonstrativo das variações patrimoniais, pode-se constatar quehouve superávit na ordem de R$ 1.328.033,01.
28 | Ano IV • Nº 011 • Abril 2005
GRADUADOS• Requerimento de registro, devidamente preenchido,
datado e assinado;
• Cópia simples do RG, do CPF, da Certidão deNascimento ou de Casamento, PIS/PASEP(documento não obrigatório), Título de Eleitore comprovante de residência;
• Duas fotos 3 x 4 coloridas, e para documentooficial, recentes, identificadas no verso;
• Cópia autenticada (frente e verso) do diploma(neste caso, a Cédula de Identidade Profissionalserá emitida com validade até 31/12/2006) oucertificado de conclusão do curso (a cédula seráemitida com validade de 12 meses), constandoa data de colação de grau, com data de até 18meses da data do requerimento;
• Histórico escolar de graduação;
• Comprovante original de inscrição, no qualdeverá constar o nome do depositante, no valorde R$ 85,00, que deverá ser depositado noBanco do Brasil, Agência 3.086/4, ContaCorrente nº 12.221-1, em nome do ConselhoFederal de Educação Física (não será aceitocomprovante de depósito em caixa eletrônico),disponível no www.confef.org.br
DÊ UM CONSELHO!
REGISTRE-SE NO CREFDE SÃO PAULO
PESSOA JURÍDICA• Requerimento de registro, devidamente preenchido,
datado e assinado;
• Relação das atividades desenvolvidas pela Pessoa Jurídica;
• Cópia do CNPJ ou CEI;
• Cópia autenticada do Contrato Social Inicial e alterações,devidamente registrado em órgão competente ou cópiaautenticada do Alvará de Licença, ou cópia do EstatutoSocial, ou cópia autenticada da Declaração de FirmaIndividual;
• Termo de Ciência - Responsável Técnico, em impressopróprio, devidamente preenchido disponível nowww.crefsp.org.br;
• Relação nominal (em duas vias originais) dos profissionaisgraduados e provisionados, integrantes do quadro técnico,em impresso próprio do CREF de São Paulo, comrespectivos números de registros no CONFEF/CREFsdisponível no www.crefsp.org.br;
• Comprovante de inscrição, no qual deverá constar o nomedo depositante, no valor de R$ 85,00, que deverá serdepositado no Banco do Brasil, Agência 3086/4, ContaCorrente nº 12.221-1, em nome do Conselho Federal deEducação Física (não será aceito comprovante de depósitoem caixa eletrônico), disponível no www.confef.org.br
ATUALIZAÇÃO CADASTRALMantenha sua ficha cadastral no CREF de São Paulo sempre atualizada. Somente
com dados corretos o profissional registrado poderá ser localizado, receber aRevista CREF de São Paulo e outros comunicados que se fizerem necessários.
Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo – 4ª Região (CREF4/SP)Rua Líbero Badaró, 377 • 27º andar • Conj. 2.704 • Centro • São Paulo • SP • CEP 01009-000
Telefax: (11) 3292-1700 • [email protected] • www.crefsp.org.br
Ano IV • Nº 011 • Abril 2005 | 29
OPINIÃOJuventude sedentária
Pesquisa da UNESCO em nossoPaís revelou que mais da me-tade dos jovens brasileiros não
pratica esporte ou qualquer outra ativi-dade física. Foram ouvidos, naquelecenso, 10 mil jovens de ambos os se-xos entre 15 e 29 anos, universo, semdúvida, muito significativo. O estudorevelou ainda que este problema seagrava nas camadas em que a escola-ridade é mais baixa. O estarrecedor éque muitos dos entrevistados declara-ram que não tinham nenhum interes-se pelo esporte.
A pesquisa mostrou que já não hámais aquele joguinho de futebol nocampinho, mesmo em locais em queexiste a possibilidade desta prática. Oproblema levou a ONU a considerar2005 o Ano do Esporte e da EducaçãoFísica em todo o mundo, fato que nãofoi suficientemente divulgado pelo sim-ples motivo de a mídia e a opinião pú-blica, infelizmente, estarem voltadaspara outros interesses.
Está mais do que claro que o de-créscimo na prática do exercício vai tersérias conseqüências na saúde destageração emergente, bem como no seucomportamento social, no recrudesci-mento da violência, no consumo dedrogas e na criminalidade. Como di-zem as autoridades, as cadeias esta-riam menos cheias se houvesse maisesporte. A desocupação e o mau usodo tempo livre constituem risco para acomunidade.
Atrevemo-nos a citar algumas pro-váveis causas deste preocupante pro-blema. A primeira, e uma das princi-pais, é o deslocamento do eixo da es-cala de valores para outros interessesou atividades que outrora não eram re-levantes. Atualmente, ser modelo foto-gráfico ou ser admitido no Big Brother,atividades que não exigem escolarida-
de, é mais importante do que ser cam-peão sul-americano, pan-americano ouolímpico de modalidades esportivascomo atletismo e natação. Nenhumcampeonato colegial recebe guaridanas televisões que divulgam “adnauseam” programas em que o prêmioe o aplauso vão para quem rebola me-lhor ou repete gestos que sugerem ni-tidamente a sexualidade.
Não se fala mais no ensino médionem sobre a beleza do esporte e os tor-neios internos estão cada vez mais ra-ros. O tecnicismo e a fisiologia passa-ram a ser o fulcro do ensino superiorda Educação Física. O humanismo e aexortação à grandiosidade do esporteperdem espaço no currículo. A ativida-de física, feita em academias, tornou-se individualista, egoísta, sem a alegriaque jorra do esporte coletivo.
A denúncia das estatísticas corres-ponde a um convite à reflexão. O heróida novela pode ser o esportista que,por sua persistência, ganha o respeitoda comunidade. Chega de persona-gens que estão sempre urdindo umcambalacho, que desprezam a fidelida-de. Nos enredos, o trabalho e o esfor-ço nem sempre saem premiados.
Para piorar as coisas veio o compu-tador. Muito útil como instrumento deestudo, mas inútil no momento em queseus joguinhos substituíram os jogosde verdade, nas quadras, nas pistas ounas piscinas.
Tomara que a próxima estatísticaseja melhor.
E que viva 2005, o ano do Esporte eda Educação Física!
Não se fala maisno ensino médionem sobre abeleza do esportee os torneiosinternos estãocada vez maisraros
Henrique Nicolini*
*Professor de Educação Física e jornalista, foi
presidente da Federação Paulista de Natação e
acompanhou, de perto, grande parte do
desenvolvimento do esporte em São Paulo
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Ano IV • Nº 011 • Abril 2005 | 31
Com uma tiragem de 48 mil exemplares, a revista
CREF de São Paulo atinge a todos os Profissionais
registrados de Educação Física do Estado de São
Paulo, Instituições de Ensino Superior do Estado,
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DE SÃO PAULOREVISTA
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