conjunção subordinativa

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Autora Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius 2009 Língua Portuguesa III: Morfologia II Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br

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  • 1. Autora Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius 2009 Autora Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius 2009 Lngua Portuguesa III: Morfologia II Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br

2. Todos os direitos reservados. IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482 Batel 80730-200 Curitiba PR www.iesde.com.br 2008 IESDE Brasil S.A. proibida a reproduo, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorizao por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. B226 Barasnevicius, Ana Nilce Rodrigues. / Lngua Portuguesa III: Morfologia II. / Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius. Curitiba : IESDE Brasil S.A. , 2009. 144 p. ISBN: 978-85-7638-878-4 1. Lngua Portuguesa. Estudo e Ensino. 2. Lngua Portuguesa. Morfologia. I. Ttulo. CDD 469.07 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 3. Sumrio O verbo | 7 Classes gramaticais | 8 Verbo | 8 Advrbio | 21 Locues adverbiais | 23 Flexo de grau dos advrbios | 23 Adjunto adverbial | 24 Preposio | 31 Significado das preposies | 32 A preposio e suas relaes | 32 Conjuno coordenativa | 37 Conceito | 38 Conjuno subordinativa | 47 Conceito | 47 O texto dissertativo e sua organizao | 53 Dissertao | 53 Gneros textuais: narrao, descrio e dissertao | 54 A argumentao | 63 A organizao do pensamento lgico | 63 O argumentador | 65 Estrutura do texto dissertativo | 73 A estrutura do texto dissertativo | 73 O dissertativo-expositivo | 73 O dissertativo-argumentativo | 75 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 4. Redao do texto dissertativo | 85 Como redigir um texto dissertativo | 85 Vcios, clareza, conciso | 97 Vcios de linguagem | 97 Clareza | 100 Conciso | 103 Coeso e coerncia | 111 Principais tipos de coeso | 112 O texto dissertativo e seus usos | 119 Da Retrica Clssica publicidade hoje | 119 Gabarito | 129 Referncias | 137 Anotaes | 141 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 5. ApresentaoApresentao Decorridos 75 anos do incio do Curso de Letras no Brasil (a pri- meira turma foi formada em 1933, no ento Instituto Sedes Sapientae, em So Paulo, onde hoje a Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo-SP), apresentamos Lngua Portuguesa III: Morfologia II, disciplina que inte- gra a grade curricular deste curso de Letras a distncia. O presente livro teve como principal objetivo descrever aspectos da estrutura gramatical da Lngua Portuguesa, a partir de critrios semn- ticos, morfolgicos e sintticos. De forma especfica, foi elaborado um es- tudo sobre o Verbo, o Advrbio, a Preposio, a Conjuno e a Produo Textual. A necessidade de se comunicar bem tornou-se primordial em tem- pos de sociedades ditas globalizadas. Sendo assim, dominar a norma culta de uma lngua alicerce seguro para os profissionais de todas as reas. Em se tratando de profissionais da rea de Letras, o domnio das estruturas gramaticais da Lngua Portuguesa ponto de partida e, ao mesmo tempo, ponto de chegada para um bom desempenho profissional. H muito que conhecer, estudar, compreender, aprender e ensinar sobre a Lngua Portuguesa. Dos primeiros registros hieroglficos at a linguagem da internet de hoje, o homem deu incio a uma viagem interminvel pelo fascinante mundo das palavras. E no sabemos tudo sobre a linguagem humana, no sabemos ainda em que lngua foi o primeiro grito, a primeira palavra. Sendo assim, vamos, pois, conhecer um pouco mais sobre a Lngua Portuguesa. Esperamos que voc, aluno do Curso de Letras, futuro profissional, possa aproveitar estas contribuies, cujas finalidades no so exaustivas. A pretenso aqui contribuir para o ensino e a aprendizagem da Lngua Portuguesa e despertar no aluno o interesse para o aprofundamento dos estudos sobre a linguagem humana e suas diferentes manifestaes. Bons estudos! Ana Nilce Rodrigues Barasnevicius Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 6. Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 7. Conjuno subordinativa Conceito Morfologicamente, a conjuno subordinativa aquela que liga uma orao outra, estabele- cendo entre elas uma relao de dependncia, subordinando uma outra (LUFT, 2002, p.190). Observe: Ela disse que seu desejo era ficar l naquela casa. A orao Ela disse depende da outra orao (que seu desejo era ficar naquela casa) para comple- tar seu sentido. Assim, a conjuno subordinativa integrante que liga as duas oraes. Temos aqui, portanto, a conjuno integrante que ligando oraes subordinadas substantivas. Em outros termos, a orao subordinada substantiva aquela que tem valor de um substantivo e ocupa o lugar de sujeito, objetos direto e indireto, complemento nominal, aposto e predicativo do sujeito. Veja que no exemplo anterior, temos, sintaticamente: Ela disse = orao principal, sendo sujeito simples, ela e verbo transitivo direto disse. Falta, portanto, para completar o sentido dessa orao, o complemento do verbo disse, que o objeto direto, representado pela orao subordinada substantiva objetiva direta que seu desejo era ficar l naquela casa. Para uma melhor visualizao, veja o quadro: Ela disse que seu desejo era ficar naquela casa Orao principal Orao subordinada substantiva objetiva direta (objeto direto do verbo disse) Tipos de conjuno subordinativa Quanto aos tipos, a conjuno subordinativa pode ser: Integrante::: inicia oraes subordinadas substantivas: que, como, se. Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 8. Vale notar aqui que a conjuno integrante se pode aparecer na orao interrogativa total (LUFT, 2002, p. 190), em casos em que a interrogao implcita ou indireta, como em: Ele no sabe::: se foi aprovado. Sintaticamente, temos: Ele no sabe = orao principal; se foi aprovado = orao subordinada substantiva objetiva direta. Adverbiais::: inicia oraes subordinadas adverbiais e podem ser classificadas em: Causal::: inicia orao subordinada denotadora de causa: porque, porquanto, como (com valor de porque), pois que, por isso que, j que, uma vez que, visto que, que. No veio porque choveu muito ontem na cidade. Concessiva::: inicia orao subordinada em que se admite um fato contrrio ao prin- cipal, mas incapaz de impedi-lo: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, por mais que, apesar de que. Embora tenha chovido muito ontem, ela veio. Condicional::: inicia orao subordinada que indica hiptese ou condio necessria para que seja realizado ou no o fato principal: se, caso, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a no ser que. Caso chova, ela no vir. Final ::: inicia orao subordinada que indica finalidade: para que, a fim de que, porque (com valor de para que). Ela veio para que pudssemos ler a minuta do contrato. Temporal::: inicia orao subordinada que indica circunstncia de tempo: quando, antes que, depois que, at que, logo que, sempre que, assim que, desde que, cada vez que, que (com valor de desde que). Todos olharam pela janela quando a chuva comeou. Consecutiva::: inicia orao subordinada que indica conseqncia do que foi declarado na orao anterior: que (combinada com uma das palavras tal, to, tamanho), de forma que, de maneira que, de modo que. Choveu tanto de forma que ela no conseguiu chegar. Comparativa::: inicia orao subordinada que indica comparao ou confronto: que, do que, como, qual, (depois de tal), quanto (depois de tanto), assim como, bem como, como se. Choveu tanto quanto no vero passado. Cintra e Cunha (2001, p. 589) lembram que de acordo com a NGB (Norma Gramatical Brasileira), esto tambm as conjunes conformativas e proporcionais entre as subordinativas. As conformativas so aquelas conjunes que iniciam orao subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da orao principal. So as conjunes conforme, segundo, consoante e como (com valor de conforme). Ela veio conforme as orientaes dadas. 48 | Lngua Portuguesa III: Morfologia II Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 9. As conjunes proporcionais iniciam orao subordinada em que mencionado um fato realiza- do ou para realizar-se simultaneamente com o da orao principal: medida em que, proporo que, ao passo que, enquanto, quanto mais...mais, quanto menos...menos, quanto menos...tanto menos. Quanto mais chovia, mais ela se atrasava. Vale lembrar aqui que as oraes subordinadas adverbiais exercem, sintaticamente, a funo de um advrbio, ou seja, a conjuno subordinativa adverbial inicia uma orao subordinada que indica uma circunstncia. Locuo conjuntiva Cintra e Cunha (2001, p. 590) mostram que h numerosas conjunes formadas da partcula que antecedida de advrbios, de preposies e de particpios, como em: desde que, antes que, j que, at que, sem que, dado que, posto que, visto que. De acordo com Koch (2002, p.126), um enunciado composto condicional se duas proposies combinarem entre si de tal forma que a primeira iniciada por Se (ou equivalente) e a segunda por ento, ainda que implicitamente. Nesse caso, segundo a autora, o significado essencial dessas ora- es condicionais reside na relao de implicao lgica, constituindo, portanto, uma hiptese: Se P, ento Q. Texto complementar Coordenao e subordinao (TERRA; NICOLA, 2001, p. 204-205) H perodos que so formados por coordenao e subordinao ao mesmo tempo. Veja o exemplo: Oscondenadoseramquatrorapazesquecantavamefaziammuitosucessonaquelemsdesetembro. (Falco, Adriana. A mquina. Rio e Janeiro: Objetiva, p.35) Temos a trs oraes: Os Condenados eram quatro rapazes1. que cantavam2. e faziam muito sucesso naquele ms de setembro.3. A orao 2 relaciona-se 1 por subordinao, mas a orao 3 est relacionada 2 por coordenao. 49|Conjuno subordinativa Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 10. O papel das conjunes preciso que se d muita importncia s conjunes, que no devem ser vistas como meros conectivos (palavras aparentemente sem carga significativa que ligam outras palavras ou oraes), mas como elementos capazes de estabelecer relaes de significado. A troca de uma conjuno por outra muda completamente a relao de significado existente entre as oraes de uma frase. Observe: Todos os seres humanos so iguais, nenhum superior ou inferior aos outros. Nesse caso, as duas oraes esto simplesmente justapostas, isto , no esto relacionadas por nenhuma conjuno. A presena de uma conjuno ligando as oraes vai estabelecer entre elas um nexo lgico, ou seja, uma relao de significado. Todos os seres humanos so iguais e nenhum superior ou inferior aos outros. (a conjuno e estabelece entre as duas oraes uma relao de adio) Todos os seres humanos so iguais, portanto, nenhum superior ou inferior aos outros. (a conjuno portanto estabelece entre as oraes uma relao de concluso) Todos os seres humanos so iguais, porque nenhum superior ou inferior aos outros. (a conjuno porque estabelece entre as oraes uma relao de causa e efeito) O uso inadequado de uma conjuno poder comprometer o sentido da frase. Se, por exemplo, as oraes acima estivessem relacionadas pela conjuno mas (todos os seres humanos so iguais, mas nenhum superior ou inferior aos outros) teramos uma frase incoerente, j que as idias cons- tantes nas duas oraes no permitem uma relao de contradio. Estudos lingsticos 1. Indique e classifique as conjunes e suas funes no trecho a seguir: As relaes discursivas ou pragmticas so, pois, aquelas de carter eminentemente subjetivo, j que dependem das intenes do falante, dos efeitos a que este visa ao produzir o seu discurso.(KOCH, 2002, p. 31) 50 | Lngua Portuguesa III: Morfologia II Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 11. 2. Transforme os objetos diretos das oraes a seguir em oraes subordinadas substantivas objeti- vas diretas: a) A justia exige o castigo do criminoso. b) Ele alcanou o prmio dos seus servios. c) Todos conseguiram a realizao das provas. d) O escritor conseguiu o aplauso da crtica. 3. Transforme os sujeitos das oraes a seguir em oraes subordinadas substantivas subjetivas: a) provvel a sua vinda. b) No convm a nossa tristeza. 51|Conjuno subordinativa Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 12. c) No se viu a nossa inteligncia. d) Compreende-se o seu sucesso. 4. Transforme os adjuntos adverbiais em oraes subordinadas adverbiais: a) Reconheci meu antigo colega apesar da alterao de suas feies. b) O ouro tem mais valor do que a prata pela sua raridade. c) O azeite nada sobre a gua por causa da sua leveza. d) Apesar da sua pobreza homem honrado. 52 | Lngua Portuguesa III: Morfologia II Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 13. Gabarito Conjuno subordinativa 1. pois: conjuno coordenativa conclusiva; j que: conj. subordinativa adverbial causal. 2. a) A justia exige que o criminoso seja castigado. b) Ele alcanou que os seus servios o premiassem. c) Todos conseguiram que as provas fossem realizadas. d) O escritor conseguiu que a crtica o aplaudisse. 3. a) provvel que ele venha. b) No convm que fiquemos tristes. c) No se viu que somos inteligentes. d) Compreende-se que tenhas tido sucesso. 4. a) Reconheci meu antigo colega apesar das suas feies estarem alteradas. b) O ouro tem mais valor do que a prata porque raro. c) O azeite nada sobre a gua porque leve. d) Embora seja pobre, homem honrado. Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br