confira informações para iniciar a ... -...

4
Ano 6 | Edição nº 3 | Julho de 2014 www.sinter-mg.org.br Confira informações para iniciar a criação de peixes págs. 03 e 04 DESTAQUE BIO DICAS Informativo Técnico do Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais Confira os cuidados nas diferentes fases da aquicultura 02

Upload: lamkhue

Post on 11-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Ano 6 | Edição nº 3 | Julho de 2014

www.sinter-mg.org.br

Confira informações para iniciar a criação de peixes

págs. 03 e 04

DESTAQUE

BIO DICAS

Informativo Técnico do Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais

Confira os cuidados nas diferentes fases da aquicultura

02

Nos últimos anos, as condições para que a agricultura seja sustentável tem sido uma das maiores discussões que en-volvem o meio ambiente. O impacto das atividades humanas no meio ambiente é inevitável e os agricultores familiares, podem ter um importante papel, quando tornam sua produção sustentável e volta-da para a proteção ambiental.

A criação de peixes é uma atividade que além de colaborar para a sustentabilida-de, pois não exige desmatamento ou ou-tros processos que agridem a natureza, pode ser desenvolvida com o intuito de melhorar a qualidade da alimentação e a renda dos agricultores familiares. Além disso, a atividade demanda pouco tempo e baixa especialidade de mão de obra.

A carne do peixe é muito valorizada pela sua riqueza em vitaminas, sais minerais, proteínas de qualidade e baixo teor de gordura saturada. Nutritiva, é muito apre-ciada e tem estimulado que muitos res-taurantes se especializem no preparo de pratos cada vez mais criativos e saboro-sos. O criador de peixe bem sucedido deve atender às necessidades dos pei-xes e protegê-los de seus inimigos.

O cultivo de peixes tem se popularizado no Brasil. O clima e variedade de espé-cies contribuem para o desenvolvimento da atividade. Confira nessa edição dicas e cuidados para se iniciar a criação.

Boa leitura!

Editorial Bio Dicas

Rua José de Alencar, 738 | Nova Suíça | Belo Horizonte/MG CEP 30480-500 | Telefax: 31 3334 3080www.sinter-mg.org.br | [email protected]

Edição nº 3 | Julho de 2014 | Ano 6

DICAS PARA O INÍCIO DO CULTIVOA criação de peixes demanda um pouco de conhecimento. Aqui vão algumas dicas:

Filhotes: Escolha filhotes com no mínimo 1,5 centímetro e um grama de peso. Devem ser embalados em sacos plásticos contendo oxigênio.

Ambiente: O ideal é manter no viveiro a quantidade proporcional à demanda da espécie escolhida. O pH da água deve ser mantido em 7 e é aconselhável que se utilize o calcário dolomítico. Após uma semana do início da produção, deve ser feita a adubação com composto orgânico. O ideal é que a água tenha transparência e o tanque viveiro tenha profundidade de 60 centímetros.

Estrutura: Os tanques viveiros devem ser escavados em solo firme, podendo ser de alvenaria ou de fibra. Instale um monge ou um cotovelo articulado para o escoamento da água pelo fundo do tanque. Assim, sobras de ração, excremen-tos e outros resíduos não se acumularão por lá. Nos tanques escavados são necessárias obras de terraplanagem, tubulação e licença ambiental. Uma alter-nativa são os tanques-redes, que podem ser colocados em lagos, açudes e rios.

Alimentação: Os peixes são onívoros, comem de tudo, mas o uso da ração acelera o crescimento.

Reprodução: Na criação de tilápias, as fêmeas ficam prontas para a reprodução a partir dos quatro meses de idade. A desova ocorre mais de quatro vezes no ano, mas quando criadas em regiões mais quentes, elas desovam durante todo o ano. Os ovos seguem protegidos na boca das tilápias até a eclosão, quando nascem de 800 a mil peixes.

Água: Recomenda-se manter o fluxo constante de entrada de água no tanque, pois isso mantém os níveis de oxigênio dissolvido na água, evita o acúmulo de de-tritos, a ocorrência de doenças, diminui a mortalidade e a produção rende mais.

DIRETORIA COLEGIADA DO SINTER-MGDiretor Geral | Carlos Augusto de Carvalho Diretor Secretário | Ronaldo Vieira de Aquino Diretor de Administração e Finanças | Lúcio Passos Ferreira Diretor de Comunicação e Cultura | Luiz Mário Leite Júnior Diretor De Assuntos Jurídicos | Pascoal Pereira de Almeida Diretor de Formação Política e Sindical | Margareth do Carmo C. G. Diretor de Assuntos de Agricultura Familiar e Reforma Agrária | Leni Alves de Souza Diretor De Assuntos Dos Aposentados | Elizabete Soares de Andrade

DIRETORES DE BASE Norte | Maria de Lourdes V. Leopoldo Centro | Afrânio Otávio Nogueira Triângulo | Walter Lúcio de Brito Leste | Adilson Lopes Barros Zona Da Mata | Luciano Saraiva G. de Souza Sul | André Martins Ferreira Alto Paranaíba e Noroeste | Paulo César Thompson

REPRESENTANTES DAS SEçõES SINDICAISJanaúba | Raimundo Mendes de Souza Júnior Januária | Gilson Pereira Lima Montes Claros | Onias Guedes Batista Salinas | José dos Reis Francisco da Rocha Barbacena | Tadeu César Gomes de Azevedo Belo Horizonte | Silmara Aparecida C. Campos Curvelo | Marcelino Teixeira da Silva Divinópolis | Júlio César Maia Uberaba | Claúdia A. Sabino El Armali Uberlândia | Liliane Alves Lemes Patos De Minas | João Batista Almeida Unaí | Dalila Moreira da Cunha Almenara | Ronilson Martins Nascimento Capelinha | Rafael Lopes Vieira Governador Valadares | Maurílio Andrade Dornelas Teófilo Otoni | Paulo Ernesto Palmieri Cataguases | Francisco P. de Rezende Manhuaçu | Célio Alexandre de O. Barros Juiz de Fora | Janya A. de Paula Viçosa | Rogério Jacinto Gomes

Alfenas | Sávio dos Reis Dutra Lavras | Francisco Carlos Pedro Pouso Alegre | Orlando Regis Teixeira

CONSELHO FISCAL Francisco Carlos Fonseca Gruppi | Helio Antônio Fernandes | Marlene da Conceição A. Pereira | Noé de Oliveira Fernandes Filho | Reinaldo Bortone

AGROECOLÓGICOCoordenação | Luiz Mário Leite Participação | Diretoria Sinter-MG | Jurídico Sinter-MG Redação | Liliane Mendes I Jurídico SINTER-MG Fotos | Liliane Mendes / Arquivo SINTER-MG Diagramação | Somanyideas Projeto Gráfico | Somanyideas Jornalista Responsável | Dante Xavier MG-13.092 Circulação | Online

Para sugestões, comentários e críticas sobre o Conexão [email protected]

02

O termo piscicultura refere-se ao cultivo de peixes, princi-palmente de água doce. A atividade é praticada há muito tempo e por utilizar pouca mão de obra, é considerada um bom investimento para os pequenos produtores rurais. A piscicultura nos açudes e represas não conflita com as demais atividades desenvolvidas e pode representar um bom complemento financeiro. Vale ressaltar que a pis-cicultura sustentável preza pela produção lucrativa, com conservação do meio ambiente e dos recursos naturais, promovendo o desenvolvimento social.

A criação de peixes está aos poucos dividindo espaço com outras culturas nas pequenas propriedades rurais. As criações, que normalmente começam como hobby ou um experimento, podem se tornar atividades rentáveis para os agricultores. Para os que pretendem investir um pouco mais e aumentar a produção, é aconselhável que se busque qualificação.

A piscicultura oferece diversas oportunidades ao longo de toda a cadeia produtiva, que envolve várias etapas como a aquisição de insumos, produção, beneficiamento, logística e comercialização. Durante o processo, o produtor deve ficar atento a diversos aspectos como a perecibilidade do pesca-do e questões legais.

O que se pode observar é que existem muitas oportunida-des para quem pretende trabalhar nesta cadeia produtiva, que quando desenvolvida corretamente é uma atividade alia-da à sustentabilidade, já que possibilita a substituição dos peixes da pesca extrativa, contribuindo com a preservação do meio ambiente. A atividade proporciona um elevado nível de qualidade do peixe para consumo humano, devido aos cuidados com alimentação, controle do crescimento e das propriedades da água dos viveiros e tanques.

Os produtores podem expandir ainda mais a produção se optarem pela variação de espécies e também pela comer-cialização de alevinos. A atividade pode se tornar viável por amenizar os custos das atividades de cultivo e de pecuária, em que a reposição é muito cara. É muito mais barato com-prar peixes do que comprar um bezerro, por exemplo, e, além disso, o retorno é muito mais rápido.

Piscicultura – uma forma de opção de renda aos pequenos produtores

03Edição nº 3 | Julho de 2014 | Ano 6

Edição nº 3 | Julho de 2014 | Ano 6

Confira alguns cuidados que devem ser tomados na criação de peixes

É essencial que exista água em boa quantidade e de boa qualidade, pois a produção de peixes está diretamente re-lacionada com a qualidade da água. É importante ressaltar que os produtores devem ficar atentos à procedência da água, pois água poluída por defensivos agrícolas, resíduos industriais e esgoto, é imprópria para a criação.

Outro ponto de atenção é a verificação da ausência de vida na água. Pequenos peixes e outros organismos aquáticos devem estar presentes para indicar sua boa qualidade. Além disso, é preciso verificar sempre a presença do oxigênio na água. Os peixes obtêm oxigênio da água quando essa passa por suas guelras, sendo assim, ela deve conter alto teor de oxigênio. É preciso também proteger os peixes contra seus inimigos como lontras, pássaros e cobras.

Quanto à alimentação, podem ser utilizadas a alimentação natural, no caso das represas, em que o alimento é encontra-do no ambiente e a complementar, utilizada principalmente nas criações em tanques, em que se coloca alimento para o peixe, usualmente ração.

Conheça alguns conceitos na criação de peixes

A criação de peixes no Brasil se baseia em espécies exóti-cas, como a tilápia, que se reproduzem em tanques e permi-tem o cultivo controlado. Os peixes podem ser instalados em diversos tipos de criadouros, tais como: viveiro tipo represa, viveiro escavado, especialmente construído para essa ativi-dade e gaiolas, chamadas tanques-rede. Na piscicultura é necessário avaliar principalmente as estruturas de cultivos que variam de acordo com o ambiente, sistema adotado e espécie cultivada.

Os viveiros devem ter a profundidade de 1,0 a 1,5 metros, possuindo, preferencialmente, controle de entrada e saída de água. O viveiro pode ser uma barragem, construída onde corre um pequeno curso de água (córrego, olho d’água), pode ser escavado, construído especialmente para criar pei-xe, com controle total da entrada e saída da água.

Outro local onde os peixes podem ser criados também são as represas que têm condições de ser completamente es-gotadas, isso deve ser feito para realizar a limpeza, com re-tirada de tocos, árvores secas, pedras, vegetação aquática e predadores. Feito esse trabalho, encher novamente e em seguida povoar. Caso sua represa não tenha condições de secar, é interessante que seja feita uma limpeza, retirando o que for possível e seja construído um berçário para coloca-ção dos alevinos. O berçário é um pequeno tanque onde os alevinos serão mantidos protegidos e bem alimentados por um determinado tempo, até que tenham um tamanho que os predadores não possam atacá-los.

No sistema de cultivo em tanques-redes, o empreendedor deve requerer os tanques-redes específicos para cada fase de crescimento, pois para cada fase é necessário um tipo específico de malha (estrutura utilizada com dimensão espe-cífica com o tamanho dos peixes para cada fase de cultivo), além de boias para sinalização da área e outros equipamen-tos para o manejo. Já para os tanques escavados o empre-endedor deve possuir redes com diferentes malhas para rea-lizar a despesca e transferência dos peixes entre os tanques de recria e engorda.

Para os trabalhos rotineiros os materiais necessários são: balanças, puçás, baldes, balaios, kit de análise de água, termômetro, oxímetro, pHmetro, Disco de Secchi, freezer, facas.

Fonte: http://sepaq.pa.gov.br/publicacoes/cartilha_piscicultura/

04