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CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO E INFRA-ESTRUTURA NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA NO ESTADO DE GÓIAS: PESQUISA IPEA Ana Amélia Camarano IPEA Março, 2009

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CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO E INFRA-ESTRUTURA

NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA NO ESTADO DE GÓIAS:

PESQUISA IPEA

Ana Amélia Camarano

IPEA

Março, 2009

OBJETIVO GERAL

Levantar informações que permitam calcular indicadores de condições de funcionamento, infraestrutura e dos recursos humanos e financeiros disponíveis nas instituições;

Gerar informações que possibilitem ao Estado e à sociedade civil adequar as suas ações no sentido de contribuir para uma melhor qualidade de serviços oferecidos pelas instituições de longa permanência no Brasil.

Montagem de um cadastro com o número e endereço de instituições de longa permanência que ofereçam residência para idosos.

Construir uma tipologia das ILPIs a partir do tipo de serviços oferecidos.

Conhecer a estrutura de funcionamento das ILPIs, a infraestrutura disponível, os recursos humanos serviços oferecidos, suas fontes de financiamento, planilha de custos etc.

Traçar um perfil dos idosos institucionalizados.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Levantamento dos cadastros das instituições de longa permanência junto ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, aos Conselhos Estaduais e Municipais do Idoso, às Secretarias municipais e estaduais de Saúde, Assistência Social ou congêneres, às Promotorias de Justiça, aos Ministérios Públicos, às agências da Vigilância Sanitária, às prefeituras, listas telefônicas, classificados de jornais etc;

Pesquisa realizada por correio, telefone, fax ou email com base em questionários auto-aplicáveis com os responsáveis pelas instituições cadastradas para obter informações desejadas.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO

O QUE É ILPI ?

Instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinada a domicilio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade e dignidade e cidadania.

INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI)

Os asilos constituem a modalidade mais antiga de atendimento ao idoso fora do convívio familiar. Foram por muito tempo ligados ás ações da caridade cristã.

Em geral, surgem, espontaneamente, em razão das necessidades da comunidade, e, por isto, podem apresentar problemas na qualidade dos serviços oferecidos.

São vistos como “depósitos de velhos”.

INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI)

O envelhecimento da população e o aumento da sobrevivência de pessoas com redução da capacidade física, cognitiva e mental estão requerendo que os asilos deixem de fazer parte apenas da rede de assistência social e integrem a rede de assistência à saúde.

SBGG sugeriu a adoção da denominação “Instituição de Longa Permanência para Idoso (ILPI)”.

PESQUISA

NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA IDENTIFICADAS E RESPONDENTES POR ESTADOBRASIL, 2006-2009

Identificadas Respondentes Taxa de resposta

Norte 49 49 100,0

Nordeste 303 302 99,7

Sudeste* 2.435 1.655 68,0

Sul 693 663 95,7

Centro-Oeste 249 246 98,8

Mato Grosso do Sul 49 49 100,0

Mato Grosso 28 28 100,0

Goiás 157 154 98,1

Distrito Federal 15 15 100,0

Brasil 3.729 2.915 78,2

* Dados preliminares em 23/03/2009.

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH.

PROPORÇÃO DE MUNICÍPIOS BRASILEIROS QUE CONTAM COM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANENCIA PARA IDOSOS POR ESTADO DA REGIÃO CENTRO-OESTE

100,0

55,1

16,3

36,541,9

0

20

40

60

80

100

Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Centro Oeste

Fonte: IBGE; Pesquisa ILPI/IPEA/SEDH.

Legislação brasileira A família é a principal responsável pelo cuidado do idoso. Expresso na Constituição Federal de 1988, reforçado na

Política Nacional do Idoso de 1994 e no Estatuto do Idoso de 2003.

No entanto:

A família passa por transformações importantes na sua configuração.

A família é uma instituição idealizada, quando na verdade, é, também, um espaço de conflito.

Reflexos da baixa oferta e outros fatores associados:

Em 2003, existiam, em Goiás, aproximadamente 79 mil idosos com dificuldades para a realização das atividades da vida diária e, aproximadamente, 3 mil residiam em instituições, sendo que nem todos os residentes tinham a sua autonomia comprometida. Isto significa que as famílias cuidavam ou descuidavam de 76 mil idosos.

Karsch (2003): mesmo nas famílias com renda inferior a dois salários mínimos, a opção de internar o idoso ocorre apenas “no limite da capacidade familiar em oferecer os cuidados necessários”.

Legislação brasileira A família é a principal responsável pelo cuidado do idoso. Expresso na Constituição Federal de 1988, reforçado na

Política Nacional do Idoso de 1994 e no Estatuto do Idoso de 2003.

No entanto:

A família passa por transformações importantes na sua configuração.

A família é uma instituição idealizada, quando na verdade, é, também, um espaço de conflito.

DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL DA POPULAÇÃO DE IDOSOS DO ESTADO E DEIDOSOS RESIDENTES NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA POR SEXO E IDADE

GOIÁS, 2006/2007

20% 10% 0% 10% 20%

60 a 64

65 a 69

70 a 74

75 a 79

80+

Fonte: Estimativas preliminares dos totais populacionais, desagregadas por idadee sexo realizadas pelo MS/SE/Datasus e Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH.

Homens - População Mulheres - População

Homens - ILPIs Mulheres - ILPIs

DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL DAS ILPIs POR GRAU DE DEPENDÊNCIA DOS RESIDENTES SEGUNDO A NATUREZA

GOIÁS, 2006/2007

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Pública Privada filantrópica Privada com fins lucrativos Total

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH. Independentes Semi-dependentes Dependentes

DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS PELO ANO DE CRIAÇÃO E PELA NATUREZA

GOIÁS, 2006/2007

0

10

20

30

40

50

60

70

Antes de 1940 1940 - 1960 1960 - 1980 1980 - 1990 1990 - 2000 2000 - 2007

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH. Filantrópica Pública Privada Total

DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA SEGUNDO A NATUREZA

GOIÁS, 2006/2007

62,4

35,0

2,5

0

20

40

60

80

Privada Filantrópica Pública Privada com fins lucrativos

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH.

NÚMERO MÉDIO DE RESIDENTES SEGUNDO A NATUREZA DA ILPIGOIÁS, 2006/2007

Número médio de residentes

Pública 21,4

Privada filantrópica 28,9

Privada com fins lucrativos 16,0

Total 25,9

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH.

DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL DAS ILPIs SEGUNDO O REGIME DE FUNCIONAMENTO POR NATUREZA

GOIÁS, 2006/2007

0%

25%

50%

75%

100%

Pública Privada filantrópica Privada com fins lucrativos Total

Fonte: Pesquisa/CNDI/SEDH.Aberto Semi-aberto Fechado

PROPORÇÃO DAS ILPIs POR SERVIÇO PRÓPRIO OFERECIDO SEGUNDO A NATUREZAGOIÁS, 2006/2007

Médico Fisioterapia FonodiaulogiaTreinamento em atividades que

gerem renda

Pública 78,2 56,4 7,3 14,5

Privada filantrópica 74,5 37,8 3,1 8,2

Privada com fins lucrativos 50,0 75,0 25,0 25,0

Total 75,2 45,2 5,1 10,8

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH.

DISTRIBUIÇÃO DOS ESPAÇOS EXISTENTES NAS ILPIs SEGUNDO A NATUREZAGOIÁS, 2006/2007

0 25 50 75 100

Pública

Privada filantrópica

Privada com fins lucrativos

Total

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH. Sala de TV / vídeo Capela ou sala ecumênica Jardim Sala de leitura ou biblioteca

DISTRIBUIÇÃO DAS ILPIs QUE DECLARARAM TER APENAS RESIDENTES INDEPENDENTES, SEMIDEPENDENTES E DEPENDENTESGOIÁS, 2006/2007

Apenas independentes Apenas semindependentes Apenas dependentes

Pública 16,4 1,8 10,9

Privada filantrópica 3,1 1,0 4,1

Privada com fins lucrativos 25,0 0,0 0,0

Total 8,3 1,3 6,4

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH.

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS FUNCIONÁRIOS DAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA SEGUNDO O TIPO DE FUNÇÃOGOIÁS, 2006/2007

Função %

Cuidar dos Residentes 22,6

Enfermagem 8,1

Cozinhar 11,1

Nutrição 1,4

Limpeza Geral 12,0

Cuidar da Roupa 8,3

Assistência Social 2,9

Psicologia 2,2

Fisioterapia 4,5

Terapia Ocupacional 2,7

Farmácia 0,9

Atendimento Médico 3,5

Odontologia 1,4

Fonoaudiologia 0,2

Função Mista 8,1

Outras 9,9

Total de funcionários 100,0

Nota: O número de ILPIs respondentes foi de 154.

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH.

PROPORÇÃO DE ILPIs QUE CONTAM COM VOLUNTÁRIOS, CEDIDOS

E RECEBEM A VISITA DO PSF SEGUNDO A NATUREZAGOIÁS, 2006/2007

Voluntário Cedidos PSF

Pública 25,5 45,5 85,5

Privada filantrópica 60,2 36,7 69,4

Privada com fins lucrativos 50,0 25,0 50,0

Total 47,8 39,5 74,5

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH.

NÚMERO MÉDIO DE HORAS TRABALHADAS NA SEMANA POR PROFISSIONAL ASSALARIADO SEGUNDO A NATUREZAGOIÁS, 2006/2007

Médico Nutricionista Fisioterapeuta Cuidador

Pública 7,4 7,6 12,4 44,0

Privada filantrópica 7,4 11,0 16,9 44,6

Privada com fins lucrativos - - 5,0 33,6

Total 7,4 8,8 14,7 44,3

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH.

NÚMERO DE RESIDENTES POR PROFISSIONAL SEGUNDO A NATUREZA DAS ILPIsGOIÁS, 2006/2007

Médico Nutricionista Fisioterapeuta

Pública 131 147 98

Privada filantrópica 314 707 166

Privada com fins lucrativos - - 64

Total 226 339 136

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH.

RELAÇÃO RESIDENTE POR CUIDADORGOIÁS, 2006/2007

Residente por cuidador

Pública 51

Privada filantrópica 32

Privada com fins lucrativos 36

Total 36

Fonte: Pesquisa IPEA/CNDI/SEDH.

CUSTO MÉDIO (EM R$) POR RESIDENTE SEGUNDO A NATUREZA DA ILPIGOIÁS, 2006/2007

0

100

200

300

400

500

Pública Privada filantrópica Privada com fins lucrativos Total

Fonte: Pesquisa/CNDI/SEDH.

COMPOSIÇÃO DOS GASTOS NAS ILPIs SEGUNDO A NATUREZAGOIÁS, 2006/2007

0%

25%

50%

75%

100%

Pública Privada filantrópica Privada com fins lucrativos Total

Fonte: Pesquisa/CNDI/SEDH. Recursos humanos Manutenção da casa Alimentação Medicamentos Outros

COMPOSIÇÃO DO FINANCIAMENTO NAS ILPIs SEGUNDO A NATUREZAGOIÁS, 2006/2007

0%

25%

50%

75%

100%

Pública Privada filantrópica Privada com fins lucrativos Total

Fonte: Pesquisa/CNDI/SEDH. Recebido dos residentes Renda própria Financiamento público Doações

OBRIGADA!!!!!!!!

[email protected]