concursos públicos · 2020. 12. 30. · 11 Índice sistemático da constituição federal estudado...

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edição revista atualizada ampliada Concursos Públicos BASE • Espaços para anotações • Letra maior para uma leitura confortável • Em espiral para facilitar o manuseio • Artigos mais cobrados destacados e com súmulas correlatas transcritas

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  • 6ª edição

    revistaatualizadaampliada

    Concursos Públicos

    BASE

    • Espaços para anotações

    • Letra maior para uma leitura confortável

    • Em espiral para facilitar o manuseio

    • Artigos mais cobrados destacados e com súmulas correlatas transcritas

  • CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA

    DO BRASIL

  • ÍNDICE SISTEMÁTICO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

    Estudado Questões

    PREÂMBULO

    TÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (arts. 1º a 4º)

    TÍTULO II – DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (arts. 5º a 17)

    Capítulo I – DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS (art. 5º)

    Capítulo II – DOS DIREITOS SOCIAIS (arts. 6º a 11)

    Capítulo III – DA NACIONALIDADE (arts. 12 e 13)

    Capítulo IV – DOS DIREITOS POLÍTICOS (arts. 14 a 16)

    Capítulo V – DOS PARTIDOS POLÍTICOS (art. 17)

    TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO (arts. 18 a 43)

    Capítulo I – DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA (arts. 18 e 19)

    Capítulo II – DA UNIÃO (arts. 20 a 24)

    Capítulo III – DOS ESTADOS FEDERADOS (arts. 25 a 28)

    Capítulo IV – DOS MUNICÍPIOS (arts. 29 a 31)

    Capítulo V – DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS (arts. 32 e 33)

    Capítulo VI – DA INTERVENÇÃO (arts. 34 a 36)

    Capítulo VII – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (arts. 37 a 43)

    TÍTULO IV – DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES (arts. 44 a 135)

    Capítulo I – DO PODER LEGISLATIVO (arts. 44 a 75)

    Capítulo II – DO PODER EXECUTIVO (arts. 76 a 91)

    Capítulo III – DO PODER JUDICIÁRIO (arts. 92 a 126)

  • Índice SiStemático da conStituição Federal11

    Estudado Questões

    Capítulo IV – DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA (arts. 127 a 135)

    TÍTULO V – DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS (arts. 136 a 144)

    Capítulo I – DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO (arts. 136 a 141)

    Capítulo II – DAS FORÇAS ARMADAS (arts. 142 e 143)

    Capítulo III – DA SEGURANÇA PÚBLICA (art. 144)

    TÍTULO VI – DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO (arts. 145 a 169)

    Capítulo I – DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL (arts. 145 a 162)

    Capítulo II – DAS FINANÇAS PÚBLICAS (arts. 163 a 169)

    TÍTULO VII – DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA (arts. 170 a 192)

    Capítulo I – DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA (arts. 170 a 181)

    Capítulo II – DA POLÍTICA URBANA (arts. 182 e 183)

    Capítulo III – DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA AGRÁRIA (arts. 184 a 191)

    Capítulo IV – DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (art. 192)

    TÍTULO VIII – DA ORDEM SOCIAL (arts. 193 a 232)

    Capítulo I – DISPOSIÇÃO GERAL (art. 193)

    Capítulo II – DA SEGURIDADE SOCIAL (arts. 194 a 204)

    Capítulo III – DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO (arts. 205 a 217)

    Capítulo IV – DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO (arts. 218 a 219-B)

    Capítulo V – DA COMUNICAÇÃO SOCIAL (arts. 220 a 224)

    Capítulo VI – DO MEIO AMBIENTE (art. 225)

    Capítulo VII – DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E DO IDOSO (arts. 226 a 230)

    Capítulo VIII – DOS ÍNDIOS (arts. 231 e 232)

    TÍTULO IX – DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS (arts. 233 a 250)

    Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (arts. 1º a 114)

  • CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    Promulgada em 05 de outubro de 1988

    ` DOU 191‑A, de 05.10.1988.

    PreÂmBuloNós, representantes do povo brasileiro, reuni-dos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e indi-viduais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fun-dada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

    tÍtulo i doS PrincÍPioS FundamentaiS

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como FundamentoS:

    ` arts. 18, caput; e 60, § 4º, I e III, desta CF.

    I - a soberania;` arts. 21, I e III; 84, VII, VIII, XIX e XX, desta CF.` arts. 36, 237, II, CPC.` arts. 780 a 790, CPP.

    II - a cidadania;` arts. 5º, XXXIV, LIV, LXXI, LXXIII e LXXVII; e 60, § 4º, desta CF.

    III - a dignidade da pessoa humana;` arts. 5º, XLII, XLIII, XLVIII, XLIX, L; 34, VII, b; 226, § 7º, 227;

    e 230 desta CF.SV, 6. Não viola a constituição o estabelecimento de remune-ração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.SV, 11. Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física pró-pria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade dis-ciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.SV, 14. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com com-petência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.SV, 56. A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso,

    devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.

    IV - os valores sociais do trabalho e da li‑vre‑iniciativa;

    ` arts. 6º a 11; e 170, desta CF.` Lei 12.529/2011 (Estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da

    Concorrência; dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica).

    V - o pluralismo político.` art. 17 desta CF.` Lei 9.096/1995 (Lei dos Partidos políticos).

    Parágrafo único. todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de represen‑tantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

    ` arts. 14; 27, § 4º; 29, XIII; 60, § 4, II; e 61, § 2º, desta CF.` art. 1º, Lei 9.709/1998 (Regulamenta a execução do disposto nos

    incisos I, II e III do art. 14 desta CF).

    Art. 2º São Poderes da união, indepen‑dentes e harmônicos entre si, o legislativo, o executivo e o Judiciário.

    ` art. 60, § 4º, III, desta CF.SV, 37. Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função le-gislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.STF, 649. É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros poderes ou entidades.

    Art. 3º Constituem oBJetiVoS fundamen‑tais da República Federativa do Brasil:

    I - construir uma sociedade livre, justa e so-lidária;

    II - garantir o desenvolvimento nacional;` arts. 23, parágrafo único, e 174, § 1º, desta CF.

    III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

    ` arts. 23, X e 214, desta CF. ` arts. 79 a 81, ADCT.` LC 111/2001 (Dispõe sobre o Fundo de Combate e Erradicação

    da Pobreza).

    IV - promover o bem de todos, sem preconcei-tos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

    ` Lei 7.716/1989 (Lei do Racismo).` Lei 11.340/2006 (Cria mecanismos para coibir a violência domés‑

    tica e familiar contra a mulher).` Lei 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial)` ADPF 132 (DOU, 13.05.2011) e ADI 4.277: reconhecimento da

    união homoafetiva como família

  • conStituição da rePÚBlica FederatiVa do BraSil art. 5º13

    CF

    Art. 4º A República Federativa do Brasil re-ge-se nas suas relações internacionais pelos seguintes PrincÍPioS:

    ` arts. 21, I; e 84, VII e VIII, desta CF.

    I - independência nacional;` arts. 78, caput; e 91, § 1º, III e IV, desta CF.

    II - prevalência dos direitos humanos;` Dec. 678/1992 (Promulga a Convenção Americana sobre Direitos

    Humanos ‑ Pacto de São José da Costa Rica).` Dec. 4.463/2002 (Dispõe sobre a declaração de reconhecimento

    da competência obrigatória da Corte Interamericana em todos os casos relativos à interpretação ou aplicação da Convenção Americana sobre Direitos Humanos).

    ` Lei 12.528/2011 (Cria a Comissão Nacional da Verdade no âmbito da Casa Civil da Presidência da República).

    ` Dec. 8.767/2016 (Promulga a Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado).

    III - autodeterminação dos povos;

    IV - não intervenção;

    V - igualdade entre os Estados;

    VI - defesa da paz;

    VII - solução pacífica dos conflitos;

    VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;` art. 5º, XLII e XLIII, desta CF.` Lei 7.716/1989 (Lei do Racismo).` Lei 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos).` Dec. 5.639/2005 (Promulga a Convenção Interamericana contra

    o Terrorismo). ` Lei 13.260/2016 (Lei Antiterrorismo).

    IX - cooperação entre os povos para o pro-gresso da humanidade;

    X - concessão de asilo político.` Dec. 55.929/1965 (Promulga a Convenção sobre Asilo Territorial).

    Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, polí‑tica, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comuni-dade latino-americana de nações.

    tÍtulo ii doS direitoS e GarantiaS

    FundamentaiS

    caPÍtulo i doS direitoS e deVereS indiViduaiS e coletiVoS

    Art. 5º todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    ` arts. 5º, §§ 1º e 2º; e 60, § 4º, IV, desta CF.SV, 6. Não viola a constituição o estabelecimento de remune-ração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.

    SV, 11. Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física pró-pria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade dis-ciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

    I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

    ` arts. 143, § 2º; e 226, § 5º, desta CF.

    II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

    ` art. 14º, § 1º, I; art. 143, desta CF.SV, 44. Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habili-tação de candidato a cargo público.

    STF, 686. Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a ha-bilitação de candidato a cargo público.

    III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

    ` incisos XLIII; XLVII, e; XLIX; LXV; e LXVI deste artigo.

    IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

    ` art. 220, §§ 1º e 2º, desta CF.

    V - é assegurado o direito de resposta, pro-porcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

    ` art. 220, § 1º, desta CF.STJ, 37. São cumuláveis as indenizações por dano material e da-no moral oriundos do mesmo fato.

    STJ, 227. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.STJ, 362. A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento.

    STJ, 387. É lícita a cumulação das indenizações de dano estéti-co e dano moral.

    STJ, 388. A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.

    STJ, 403. Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins eco-nômicos ou comerciais.

    VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

    ` art. 208, CP (crime de ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo)

    VII - é assegurada, nos termos da lei, a pres-tação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

    ` art. 24, Lei 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais).` art. 124, XIV, Lei 8.069/1990 (ECA).

    VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir‑se de obrigação legal a todos imposta e recusar‑se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

    ` arts. 15, IV, e 143, §§ 1º e 2º, desta CF.

    IX - é livre a expressão da atividade intelec‑tual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

    ` art. 220, § 2º , desta CF.

  • conStituição da rePÚBlica FederatiVa do BraSil art. 5º 14

    X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 

    ` art. 114, VI, CF.` arts. 186 e 927, CC.

    SV, 11. Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física pró-pria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade dis-ciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. STF, 714. É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de ser-vidor público em razão do exercício de suas funções.STJ, 227. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.STJ, 387. É lícita a cumulação das indenizações de dano estéti-co e dano moral.STJ, 388. A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.STJ, 403. Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins eco-nômicos ou comerciais.STJ, 420. Incabível, em embargos de divergência, discutir o valor de indenização por danos morais.

    XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem con-sentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

    ` art. 150, §§ 1º a 5º, CP.` arts. 283, CPP.

    XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipó-teses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

    ` arts.136, § 1º, I, b e c; e 139, III, desta CF.` arts. 151 e 152, CP (crimes contra a inviolabilidade de corres‑

    pondência) ` art. 233, CPP.` Lei 9.296/1996 (Lei das Interceptações Telefônicas). ` art. 7º, II e §6º do Estatuto da OAB

    XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

    ` arts. 170 e 220, § 1º, desta CF.

    XIV - é assegurado a todos o acesso à informa‑ção e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

    ` art. 220, § 1º, desta CF.` art. 154, CP (violação do segredo profissional) ` ADPF 130 (Lei de Imprensa incompatível com a CF)

    XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

    ` arts. 139, desta CF.` art. 22, Pacto de San Jose da Costa Rica.

    XVI - todos podem reunir‑se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, in-dependentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente

    convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido PRÉVIO AVISO à autoridade compe‑tente;

    ` arts. 136, § 1º, I, a; e 139, IV; desta CF.

    XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

    ` arts. 8º; 17, § 4º; e 37, VI, desta CF.` art. 199, CP (atentado contra a liberdade de associação)

    XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autori-zação, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

    ` arts. 8º, I; e 37, VI, desta CF.

    XIX - as associações só poderão ser compul‑soriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

    XX - ninguém poderá ser compelido a asso‑ciar‑se ou a permanecer associado;

    ` art. 117, VII, Lei 8.112/1990 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, Autarquias e Fundações Públicas Federais).

    XXI - as entidades associativas, quando ex‑pressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

    ` art. 82, IV e § 1°CDC.` art. 5º, Lei 7.347/1985 (Lei da Ação Civil Pública).` art. 210, III, Lei 8.069/1990 (ECA).

    STF, 629. A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da au-torização destes.

    XXII - é garantido o direito de propriedade; ` art. 243 desta CF.` arts. 1.228 a 1.368‑A, CC

    XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

    ` arts. 170, III; 182, § 2º; e 186 desta CF.

    XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante jus‑ta e prévia indenização em dinheiro, ressal-vados os casos previstos nesta Constituição;

    ` arts. 22, II, 182, § 3º; 184 e 185, desta CF.` arts. 1.228, §3º e 1.275, V, CC` Lei 4.132/1962 (Define os casos de desapropriação por interesse

    social).` Lei 6.602/1978 (Desapropriação por utilidade pública).` Dec.‑Lei 3.365/1941 (Lei das Desapropriações).

    STF, 23. Verificados os pressupostos legais para o licenciamen-to da obra, não o impede a declaração de utilidade pública para desapropriação do imóvel, mas o valor da obra não se incluirá na indenização, quando a desapropriação for efetivada.STF, 111. É legítima a incidência do imposto de transmissão inter vivos sobre a restituição, ao antigo proprietário, de imóvel que deixou de servir à finalidade da sua desapropriação. STF, 157. É necessária prévia autorização do Presidente da Re-pública para desapropriação, pelos Estados, de empresa de energia elétrica. STF, 164. No processo de desapropriação, são devidos juros compensatórios desde a antecipada imissão de posse, ordena-da pelo juiz, por motivo de urgência. STF, 218. É competente o juízo da Fazenda Nacional da capital do Estado, e não o da situação da coisa, para a desapropriação promovida por empresa de energia elétrica, se a União Federal intervém como assistente. STF, 378. Na indenização por desapropriação incluem-se hono-rários do advogado do expropriado.STF, 416. Pela demora no pagamento do preço da desapropria-ção não cabe indenização complementar além dos juros.

  • conStituição da rePÚBlica FederatiVa do BraSil art. 5º15

    CF

    STF, 561. Em desapropriação, é devida a correção monetária até a data do efetivo pagamento da indenização, devendo proce-der-se à atualização do cálculo, ainda que por mais de uma vez.STF, 618. Na desapropriação, direta ou indireta, a taxa dos juros compensatórios é de 12% (doze por cento) ao ano.STF, 652. Não contraria a Constituição o art. 15, § 1º, do De-creto-Lei n. 3.365/1941 (Lei da desapropriação por utilidade pública).STJ, 69. Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão na posse e, na desapropria-ção indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel.STJ, 70. Os juros moratórios, na desapropriação direta ou indire-ta, contam-se desde o trânsito em julgado da sentença.STJ, 113. Os juros compensatórios, na desapropriação direta, in-cidem a partir da imissão na posse, calculados sobre o valor da indenização, corrigido monetariamente.STJ, 114. Os juros compensatórios, na desapropriação indireta, incidem a partir da ocupação, calculados sobre o valor da inde-nização, corrigido monetariamente.STJ, 119. A ação de desapropriação indireta prescreve em vin-te anos.

    XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de pro‑priedade particular, assegurada ao proprie-tário indenização ulterior, se houver dano;

    XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

    ` art. 185 desta CF.` art. 4º, § 2º, Lei 8.009/1990 (Lei da Impenhorabilidade do Bem

    de Família).STJ, 364. O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, se-paradas e viúvas.

    XXVII - aos autores pertence o direito exclu‑sivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

    ` art. 184, CP (violação de direito autoral) ` Lei 9.610/1998 (Lei de direitos autorais)

    STF, 386. Pela execução de obra musical por artistas remune-rados é devido direito autoral, não exigível quando a orquestra for de amadores.STJ, 63. São devidos direitos autorais pela retransmissão radiofô-nica de músicas em estabelecimentos comerciais.STJ, 228. É inadmissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral.STJ, 261. A cobrança de direitos autorais pela retransmissão ra-diofônica de músicas, em estabelecimentos hoteleiros, deve ser feita conforme a taxa média de utilização do equipamento, apu-rada em liquidação.

    XVIII - são assegurados, nos termos da lei:a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da ima‑gem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

    XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos no-mes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desen-volvimento tecnológico e econômico do país;

    ` Lei 9.279/1996 (Lei de Propriedade intelectual).

    XXX - é garantido o direito de herança; ` art. 1.784 e ss., CC

    XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no país será regulada pela lei bra‑sileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus;

    ` art. 10, §§1º e 2º, Decreto‑Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro – LINDB)

    XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

    ` Lei 8.078/1990 (CDC)

    XXXIII - todos têm direito a receber dos ór-gãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do estado;

    ` arts. 5º, LXXII e 37, § 3º, II, desta CF.` Lei 12.527/2011 (Regula o acesso a informações previsto neste

    inciso) SV, 14. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com com-petência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

    STJ, 202. A impetração de segurança por terceiro, contra ato ju-dicial, não se condiciona à interposição de recurso.

    XXXIV - são a todos assegurados, indepen-dentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

    SV, 21. É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamen-to prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

    STJ, 373. É ilegítima a exigência de depósito prévio para admis-sibilidade de recurso administrativo.

    b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclare‑cimento de situações de interesse pessoal;

    XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

    SV, 28. É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.

    STF, 667. Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa.

    XXXVI - a lei não prejudicará o direito adqui‑rido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

    ` art. 6º do Decreto‑Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro ‑ LINDB).

    STF, 654. A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável pela enti-dade estatal que a tenha editado.

    STF, 678. São inconstitucionais os incisos I e III do art. 7º da Lei n. 8.162/1991, que afastam, para efeito de anuênio e de li-cença-prêmio, a contagem do tempo de serviço regido pela Consolidação das Leis do Trabalho dos servidores que passaram a submeter-se ao regime jurídico único.

    SV, 1. Ofende a garantia constitucional do ato jurídico perfeito a decisão que, sem ponderar as circunstâncias do caso concre-to, desconsidera a validez e a eficácia de acordo constante de termo de adesão instituído pela Lei Complementar n. 110/2001.

    SV, 9. O disposto no artigo 127 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execu-ção Penal) foi recebido pela ordem constitucional vigente, e não se lhe aplica o limite temporal previsto no caput do artigo 58.

  • LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR

    Diploma Pág.

    LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965 461

    LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 465

    LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984 472

    LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985 499

    LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989 502

    LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990 503

    LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 505

    LEI Nº 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1990 540

    LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 543

    LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995 548

    LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995 558

    LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996 569

    LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997 571

    LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 572

  • Diploma Pág.

    LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998 583

    LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999 590

    LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000 598

    LEI Nº 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 617

    LEI Nº 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004 625

    LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006 634

    LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 643

    LEI Nº 11.417, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006 660

    LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009 662

    LEI Nº 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013 666

  • LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR

    LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965

    Regula a ação popular.

    ` Ação Popular

    O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1º. Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de so-ciedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausen-tes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.

    ` Refere-se à Constituição de 1946.` CF/88: arts. 5º, LXXIII e 129, III.

    § 1º. Consideram-se patrimônio público para os fins referidos neste artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histó-rico ou turístico. § 2º. Em se tratando de instituições ou funda-ções, para cuja criação ou custeio o tesouro público concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, bem como de pessoas jurídicas ou entidades sub-vencionadas, as consequências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão por limite a repercussão deles sobre a contribuição dos cofres públicos.§ 3º. A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda.§ 4º. Para instruir a inicial, o cidadão poderá requerer às entidades, a que se refere este artigo, as certidões e informações que julgar necessárias, bastando para isso indicar a fina-lidade das mesmas.§ 5º. As certidões e informações, a que se refere o parágrafo anterior, deverão ser fornecidas

    dentro de 15 (quinze) dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão ser utilizadas para a instrução de ação popular.§ 6º. Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigi-lo, poderá ser negada certidão ou informação.§ 7º. Ocorrendo a hipótese do parágrafo ante-rior, a ação poderá ser proposta desacompa-nhada das certidões ou informações negadas, cabendo ao juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, e salvo em se tratando de razão de segurança nacional, requisitar umas e outras; feita a requisição, o processo correrá em segredo de justiça, que cessará com o trânsito em julgado de sentença condenatória.

    Art. 2º. São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:a) incompetência;b) vício de forma;c) ilegalidade do objeto;d) inexistência dos motivos;e) desvio de finalidade.Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo;d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fun-damenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.

    Art. 3º. Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das

  • LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARLEI 4.717/1965 462

    entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do artigo anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles.

    Art. 4º. São também nulos os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados por quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º.I – A admissão ao serviço público remunerado, com desobediência, quanto às condições de habilitação, das normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais.II – A operação bancária ou de crédito real, quando:a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, estatutárias, regimen-tais ou internas;b) o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante de escritura, contrato ou avaliação.III – A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público, quando:a) o respectivo contrato houver sido celebrado sem prévia concorrência pública ou adminis-trativa, sem que essa condição seja estabe-lecida em lei, regulamento ou norma geral;b) no edital de concorrência forem incluídas cláusulas ou condições, que comprometam o seu caráter competitivo;c) a concorrência administrativa for processada em condições que impliquem na limitação das possibilidades normais de competição.IV – As modificações ou vantagens, inclusive prorrogações que forem admitidas, em favor do adjudicatário, durante a execução dos con-tratos de empreitada, tarefa e concessão de serviço público, sem que estejam previstas em lei ou nos respectivos instrumentos;V – A compra e venda de bens móveis ou imóveis, nos casos em que não cabível con-corrência pública ou administrativa, quando:a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, ou constantes de ins-truções gerais;b) o preço de compra dos bens for superior ao corrente no mercado, na época da operação;c) o preço de venda dos bens for inferior ao corrente no mercado, na época da operação.VI – A concessão de licença de exportação ou importação, qualquer que seja a sua modali-dade, quando:a) houver sido praticada com violação das normas legais e regulamentares ou de instru-ções e ordens de serviço;b) resultar em exceção ou privilégio, em favor de exportador ou importador.VII – A operação de redesconto quando sob qualquer aspecto, inclusive o limite de valor,

    desobedecer a normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais.VIII – O empréstimo concedido pelo Banco Central da República, quando:a) concedido com desobediência de quaisquer normas legais, regulamentares, regimentais ou constantes de instruções gerias:b) o valor dos bens dados em garantia, na época da operação, for inferior ao da avaliação.IX – A emissão, quando efetuada sem obser-vância das normas constitucionais, legais e regulamentadoras que regem a espécie.

    DA COMPETÊNCIA

    Art. 5º. Conforme a origem do ato impug-nado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.§ 1º. Para fins de competência, equiparam-se atos da União, do Distrito Federal, do Estado ou dos Municípios os atos das pessoas criadas ou mantidas por essas pessoas jurídicas de direito público, bem como os atos das sociedades de que elas sejam acionistas e os das pessoas ou entidades por elas subvencionadas ou em relação às quais tenham interesse patrimonial.§ 2º. Quando o pleito interessar simultanea-mente à União e a qualquer outra pessoa ou entidade, será competente o juiz das causas da União, se houver; quando interessar si-multaneamente ao Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do Estado, se houver.§ 3º. A propositura da ação prevenirá a juris-dição do juízo para todas as ações, que forem posteriormente intentadas contra as mesmas partes e sob os mesmos fundamentos.§ 4º. Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado.

    DOS SUJEITOS PASSIVOS DA AÇÃO E DOS ASSISTENTES

    Art. 6º. A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato im-pugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.§ 1º. Se não houver benefício direto do ato lesivo, ou se for ele indeterminado ou desco-

  • LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR LEI 4.717/1965463

    Leg.

    Com

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    nhecido, a ação será proposta somente contra as outras pessoas indicadas neste artigo.§ 2º. No caso de que trata o inciso II, item b, do art. 4º, quando o valor real do bem for inferior ao da avaliação, citar-se-ão como réus, além das pessoas públicas ou privadas e entidades referidas no art. 1º, apenas os responsáveis pela avaliação inexata e os beneficiários da mesma.§ 3º. A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente.§ 4º. O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.§ 5º. É facultado a qualquer cidadão habilitar--se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular.

    DO PROCESSO

    Art. 7º. A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Civil, observadas as seguintes normas modificativas:

    ` CPC/15: art. 318 e ss.

    I – Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:a) além da citação dos réus, a intimação do representante do Ministério Público;

    ` CF/88: art. 127.

    b) a requisição, às entidades indicadas na petição inicial, dos documentos que tiverem sido referidos pelo autor (art. 1º, § 6º), bem como a de outros que se lhe afigurem neces-sários ao esclarecimento dos fatos, ficando prazos de 15 (quinze) a 30 (trinta) dias para o atendimento.§ 1º. O representante do Ministério Público providenciará para que as requisições, a que se refere o inciso anterior, sejam atendidas dentro dos prazos fixados pelo juiz.

    ` CF/88: art. 127.

    § 2º. Se os documentos e informações não puderem ser oferecidos nos prazos assinala-dos, o juiz poderá autorizar prorrogação dos mesmos, por prazo razoável.II – Quando o autor o preferir, a citação dos beneficiários far-se-á por edital com o prazo de 30 (trinta) dias, afixado na sede do juízo e publicado três vezes no jornal oficial do Distrito Federal, ou da Capital do Estado ou Território em que seja ajuizada a ação. A publicação será gratuita e deverá iniciar-se no máximo 3 (três) dias após a entrega, na repartição competente, sob protocolo, de uma via autenticada do mandado.

    III – Qualquer pessoa, beneficiada ou respon-sável pelo ato impugnado, cuja existência ou identidade se torne conhecida no curso do processo e antes de proferida a sentença final de primeira instância, deverá ser citada para a integração do contraditório, sendo-lhe restituído o prazo para contestação e produção de provas, Salvo, quanto a beneficiário, se a citação se houver feito na forma do inciso anterior.IV – O prazo de contestação é de 20 (vinte) dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), a reque-rimento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental, e será comum a todos os interessados, correndo da entrega em cartório do mandado cumprido, ou, quando for o caso, do decurso do prazo assinado em edital.V – Caso não requerida, até o despacho sa-neador, a produção de prova testemunhal ou pericial, o juiz ordenará vista às partes por 10 (dez) dias, para alegações, sendo-lhe os autos conclusos, para sentença, 48 (quarenta e oito) horas após a expiração desse prazo; havendo requerimento de prova, o processo tomará o rito ordinário.VI – A sentença, quando não prolatada em audiência de instrução e julgamento, deverá ser proferida dentro de 15 (quinze) dias do recebimento dos autos pelo juiz.Parágrafo único. O proferimento da senten-ça além do prazo estabelecido privará o juiz da inclusão em lista de merecimento para promoção, durante 2 (dois) anos, e acarretará a perda, para efeito de promoção por anti-guidade, de tantos dias quantos forem os do retardamento, salvo motivo justo, declinado nos autos e comprovado perante o órgão disciplinar competente.

    Art. 8º. Ficará sujeita à pena de desobediência, salvo motivo justo devidamente comprovado, a autoridade, o administrador ou o dirigente, que deixar de fornecer, no prazo fixado no art. 1º, § 5º, ou naquele que tiver sido estipulado pelo juiz (art. 7º, n. I, letra b), informações e certidão ou fotocópia de documento neces-sários à instrução da causa.

    ` CP: art. 330.

    Parágrafo único. O prazo contar-se-á do dia em que entregue, sob recibo, o requerimento do interessado ou o ofício de requisição (art. 1º, § 5º, e art. 7º, n. I, letra b).

    Art. 9º. Se o autor desistir da ação ou der mo-tiva à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qual-quer cidadão, bem como ao representante

  • LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARLEI 4.717/1965 464

    do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação.

    Art. 10. As partes só pagarão custas e pre-paro a final.

    Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prá-tica e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa.

    Art. 12. A sentença incluirá sempre, na con-denação dos réus, o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, judiciais e extraju-diciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos honorários de advogado.

    Art. 13. A sentença que, apreciando o fun-damento de direito do pedido, julgar a lide manifestamente temerária, condenará o autor ao pagamento do décuplo das custas.

    Art. 14. Se o valor da lesão ficar provado no curso da causa, será indicado na sentença; se depender de avaliação ou perícia, será apurado na execução.§ 1º. Quando a lesão resultar da falta ou isenção de qualquer pagamento, a condenação imporá o pagamento devido, com acréscimo de juros de mora e multa legal ou contratual, se houver.§ 2º. Quando a lesão resultar da execução fraudulenta, simulada ou irreal de contratos, a condenação versará sobre a reposição do débito, com juros de mora.§ 3º. Quando o réu condenado perceber dos cofres públicos, a execução far-se-á por des-conto em folha até o integral ressarcimento do dano causado, se assim mais convier ao interesse público.§ 4º. A parte condenada a restituir bens ou valores ficará sujeita a sequestro e penhora, desde a prolação da sentença condenatória.

    Art. 15. Se, no curso da ação, ficar provada a infringência da lei penal ou a prática de falta

    disciplinar a que a lei comine a pena de demis-são ou a de rescisão de contrato de trabalho, o juiz, ex officio, determinará a remessa de cópia autenticada das peças necessárias às autoridades ou aos administradores a quem competir aplicar a sanção.

    Art. 16. Caso decorridos 60 (sessenta) dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução o representan-te do Ministério Público a promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob pena de falta grave.

    Art. 17. É sempre permitida às pessoas ou entidades referidas no art. 1º, ainda que hajam contestado a ação, promover, em qualquer tempo, e no que as beneficiar a execução da sentença contra os demais réus.

    Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idên-tico fundamento, valendo-se de nova prova.

    Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribu-nal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo. § 1º. Das decisões interlocutórias cabe agravo de instrumento. § 2º. Das sentenças e decisões proferidas con-tra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá recorrer qualquer cidadão e também o Ministério Público.

    DISPOSIÇÕES GERAIS

    Art. 20. Para os fins desta lei, consideram-se entidades autárquicas:a) o serviço estatal descentralizado com per-sonalidade jurídica, custeado mediante orça-mento próprio, independente do orçamento geral;b) as pessoas jurídicas especialmente insti-tuídas por lei, para a execução de serviços de interesse público ou social, custeados por

  • LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR LEI 6.938/1981465

    Leg.

    Com

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    tributos de qualquer natureza ou por outros recursos oriundos do Tesouro Público;c) as entidades de direito público ou privado a que a lei tiver atribuído competência para receber e aplicar contribuições parafiscais.

    Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 5 (cinco) anos.

    Art. 22. Aplicam-se à ação popular as regras do Código de Processo Civil, naquilo em que não contrariem os dispositivos desta Lei, nem a natureza específica da ação.

    ` Lei 13.105/2015 – Código de Processo Civil.

    Brasília, 29 de junho de 1965; 144º da Inde-pendência e 77º da República.

    H. CASTELLO BRANCO

    D.O.U. de 5.7.1965, rep. 8.4.1974

    LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981

    Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

    ` Lei 12.651/2012 – Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis 6.938/1981, 9.393/1996, e 11.428/2006; revoga as Leis 4.771/1965, e 7.754/1989, e a MP 2.166-67/2001. (Novo Código Florestal)

    ` Lei 11.105/2005 – Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1º do art. 225 da CF.

    ` Lei 9.985/2000 – Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da CF, institui o Sistema Na cional de Unidades de Conser-vação da Natureza.

    ` Lei 9.605/1998 – Dispõe sobre as sanções pe nais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. (Lei de crimes ambientais)

    ` Decreto 7.830/2012 – Dispõe sobre o Sistema de Cadastro Am-biental Rural, o Cadastro Ambien tal Rural, estabelece normas de caráter geral aos Programas de Regularização Ambiental, de que trata a Lei 12.651/2012..

    ` Decreto de 15 de setembro de 2010 – Institui o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado (PP Cerrado).

    ` Decreto 6.514/2008 – Dispõe sobre as infrações e sanções admi-nistrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações.

    ` Decreto 6.321/2007 – Dispõe sobre ações relati vas à prevenção, monitoramento e controle de desmatamento no Bioma Amazônia.

    ` Decreto 5.092/2004 – Define regras para identi ficação de áreas prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade, no âmbito das atribuições do Ministério do Meio Ambiente.

    ` Decreto 4.339/2002 – Institui princípios e diretri zes para a im-plementação da Política Nacional da Biodiversidade.

    ` Decreto 99.274/1990 – Regulamenta a Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.

    O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1º. Esta Lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art. 235 da Constituição,

    estabelece a Política Nacional do Meio Am-biente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e institui o Cadastro de Defesa Ambiental.

    ` Consta conforme publicação oficial. Onde se lê “art. 235”; leia--se “art. 225”.

    DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

    Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambien-te tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos in-teresses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: I – ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, ten-do em vista o uso coletivo;

    ` CF/88: art. 225, § 1º, VII. ` Lei 12.651/2012: art. 1º-A ` Decreto 99.274/1990: art. 1º.

    II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; III – planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; IV – proteção dos ecossistemas, com a preser-vação de áreas representativas; V – controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; VI – incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; VII – acompanhamento do estado da quali-dade ambiental; VIII – recuperação de áreas degradadas;

    ` Decreto 97.632/1989 – Regulamenta o inciso VIII do art. 2º da Lei 6.938/1981.

    IX – proteção de áreas ameaçadas de degra-dação; X – educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ati va na defesa do meio ambiente.

    Art. 3º. Para os fins previstos nesta Lei, en-tende-se por:

    ` Lei 12.651/2012: art. 3º.

    I – meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;

  • ESTATUTOS

    Diploma Pág.

    ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

    LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990430

    ESTATUTO DA CIDADE

    LEI Nº 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001485

    ESTATUTO DO IDOSO

    LEI Nº 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003496

    ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

    LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010512

    ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

    LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015522

    ESTATUTO JURÍDICO DA EMPRESA PÚBLICA, DA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E DE SUAS SUBSIDIÁRIAS

    LEI Nº 13.303, DE 30 DE JUNHO DE 2016542

  • ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

    LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990

    Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

    ` DOU, 16.07.1990, retificada no DOU, 27.09.1990.` Lei 8.242/1991 (Cria o Conselho Nacional dos Direitos da Criança

    e do Adolescente ‑ CONANDA).` Lei 12.010/2009 (Lei da Adoção).` Lei 12.318/2010 (Lei da Alienação Parental).` Lei 12.594/2012 (Institui o Sistema Nacional de Atendimento

    Socioeducativo (Sinase), regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato in‑fracional).

    ` V. Lei 13.257/2016 (Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera o ECA, o CPP, a CLT, a Lei 11.770/2008, e a Lei 12.662/2012).

    ` 13.431/2017 (Estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência).

    ` Dec. 5.089/2004 (Composição, competências e funcionamento do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente ‑ CONANDA).

    ` Dec. 5.598/2005 (Regulamenta contratação de aprendizes).` Dec. 6.230/2007 (Estabelece o Compromisso pela Redução da

    Violência Contra Crianças e Adolescentes, com vistas à imple‑mentação de ações de promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente, por parte da União Federal, em regime de colaboração com Municípios, Estados e Distrito Federal, institui o Comitê Gestor de Políticas de Enfrentamento à Violência contra Criança e Adolescente).

    ` Dec. 6.231/2007 (Institui o Programa de Proteção à Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte ‑ PPCAAM).

    ` V. art. 2º, Dec. 8.869/2016 (Institui o Programa Criança Feliz).` Res. CNJ 94/2009 (Criação de Coordenadorias da Infância e da

    Juventude no âmbito dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal).

    O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES

    PRELIMINARES

    Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

    ` arts. 227 a 229, CF.STF, 1. É vedada a expulsão de estrangeiro casado com brasileira, ou que tenha filho brasileiro, dependente da economia paterna.

    Art. 2º Considera‑se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

    ` art. 2º, CC/2002.

    Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica‑se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

    ` arts. 36; 40; 121, § 5º; 142 e 148, p.u., a, desta lei.

    ` art. 5º, CC/2002.

    Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, asseguran‑do‑se‑lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

    ` arts. 5º; 6º; 7º, XXV e XXXIII; e 227 a 229, CF.` art. 45, § 2º; 53, III; 106, p.u.; 107; 111, V, 112, § 2º; 124, I a III, e

    § 1º; 136, I; 141; 161, § 3º; e 208, desta lei.

    Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam‑se a todas as crianças e adoles‑centes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comu‑nidade em que vivem.

    Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efeti‑vação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

    ` arts. 5º; 6º; 7º, XXV e XXXIII; e 227 a 229, CF.

    Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

    ` arts. 59; 87; 88 e 261, p.u., desta lei.

    d) destinação privilegiada de recursos públi-cos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

  • ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Art. 8º-A431

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    Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, dis‑criminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus di‑reitos fundamentais.

    ` arts. 1º, III; 3º, III e IV, 5º, III, XLIII e XLVII, e; e 227, CF.` arts. 13; 18; 24; 56, I; 70; 87, III; 98; 106; 107; 109; 130; 157; 178

    e 228 a 258 desta lei.` arts. 1.635, V, 1.637 e 1.638, CC/2002.` arts. 121, § 4º; 129, § 7º; 133 a 136; 159, § 1º; 218 e 227, § 1º; 228,

    § 1º; 230, § 1º; 231, § 1º; e 244 a 249, CP.` art. 258‑C desta lei.` art. 9º, Lei 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos).

    Art. 6º Na interpretação desta lei le‑var‑se‑ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.

    ` art. 227, CF.

    TÍTULO II DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

    CAPÍTULO I DO DIREITO À VIDA E À SAÚDE

    Art. 7º A criança e o adolescente têm di-reito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.

    Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção hu‑manizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré‑natal, perinatal e pós‑natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.

    ` arts. 5º, L; 198; 201, III; 203, I; e 227, § 1º, I, CF.` art. 208, VII, desta lei.

    § 1º O atendimento pré‑natal será realizado por profissionais da atenção primária. § 2º Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher.

    ` art. 203, CF.

    § 3º Os serviços de saúde onde o parto for reali‑zado assegurarão às mulheres e aos seus filhos

    recém‑nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação. § 4º Incumbe ao Poder Público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequên‑cias do estado puerperal. § 5º A assistência referida no § 4º deste artigo deverá ser prestada também a gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a gestan-tes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade. § 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do pré‑natal, do trabalho de parto e do pós‑parto imediato. § 7º A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação com‑plementar saudável e crescimento e desen‑volvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da criança. § 8º A gestante tem direito a acompanha-mento saudável durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso, estabelecendo‑se a aplicação de cesariana e outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos. § 9º A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de pré‑natal, bem como da puérpera que não comparecer às consultas pós‑parto. § 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na primeira infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de liberdade, ambiên‑cia que atenda às normas sanitárias e assis-tenciais do Sistema Único de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da criança.

    Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, a ser realizada anualmente na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o objetivo de disse‑minar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência. (Inserido pela Lei 13.798/2019)Parágrafo único. As ações destinadas a efe‑tivar o disposto no caput deste artigo ficarão a cargo do poder público, em conjunto com organizações da sociedade civil, e serão diri‑gidas prioritariamente ao público adolescente.

  • ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEArt. 9º 432

    Art. 9º O Poder Público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequa-das ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas à medida privativa de liberdade.

    ` art. 5º, L, CF.

    § 1º Os profissionais das unidades primárias de saúde desenvolverão ações sistemáticas, indi‑viduais ou coletivas, visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamen-to materno e à alimentação complementar saudável, de forma contínua. § 2º Os serviços de unidades de terapia in-tensiva neonatal deverão dispor de banco de leite humano ou unidade de coleta de leite humano.

    Art. 10. Os hospitais e demais estabele‑cimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: I ‑ manter registro das atividades desenvol‑vidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos;II ‑ identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente; III ‑ proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabo‑lismo do recém‑nascido, bem como prestar orientação aos pais; IV ‑ fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato;V ‑ manter alojamento conjunto, possibilitan‑do ao neonato a permanência junto à mãe;VI ‑ acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando orientações quanto à técnica adequada, enquanto a mãe permane‑cer na unidade hospitalar, utilizando o corpo técnico já existente.

    Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde.

    ` arts. 196 e 227, § 1º, CF.

    § 1º A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou segre-

    gação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação.

    ` art. 227, § 1º, II, CF.` arts. 101, V, e 208, VII, desta lei.

    § 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e outras tec‑nologias assistivas relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e ado‑lescentes, de acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades específicas. § 3º Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primei‑ra infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se fizer necessário.

    ` art. 203, IV, CF.

    Art. 12. Os estabelecimentos de aten‑dimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condi-ções para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.

    Art. 13. Os casos de suspeita ou confirma‑ção de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus‑tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente co-municados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providên‑cias legais.

    ` arts. 5º; 98; e 136, I, desta lei.` art. 154, CP.` art. 66, I, Dec.‑Lei 3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais).

    § 1º As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da Juventude. § 2º Os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços de assistência social em seu componente especializado, o Centro de Referência Especializado de Assis‑tência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza, formulando projeto terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se necessário, acompanhamento domiciliar.

  • ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Art. 18-A433

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    Art. 14. O Sistema Único de Saúde pro‑moverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das en-fermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos.

    ` art. 200, II, CF.

    § 1º É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias. § 2º O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança. § 3º A atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será prestada, ini‑cialmente, antes de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré‑natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre saúde bucal. § 4º A criança com necessidade de cuidados odontológicos especiais será atendida pelo Sistema Único de Saúde. § 5º É obrigatória a aplicação a todas as crian‑ças, nos seus primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro instrumento construído com a finalidade de facilitar a detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de risco para o seu desenvolvimento psíquico.

    CAPÍTULO II DO DIREITO À LIBERDADE, AO

    RESPEITO E À DIGNIDADE

    Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvol‑vimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.

    ` arts. 5º a 11, CF.` arts. 106 a 109 e 178, desta lei.

    Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: I ‑ ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as res‑trições legais;

    ` art. 5º, II, XV, XVI, LXI e LXVIII, CF.` art. 106, desta lei.

    II ‑ opinião e expressão;` art. 5º, IV e IX, CF.` arts. 28, § 1º; 45, § 2º; 111, 124, I, II, III, e VIII; 161, § 3º; e 168,

    desta lei.

    III ‑ crença e culto religioso; ` art. 5º, e VII, CF.

    ` art. 94, XII; e 124, XIV, desta lei.

    IV ‑ brincar, praticar esportes e divertir-se;` arts. 71; 74 a 80; e 94, XI, desta lei.

    V ‑ participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

    ` arts. 19; 92, I, VII e IX; 94, V, § 2º; e 100, desta lei.

    VI ‑ participar da vida política, na forma da lei; ` art. 14, § 1º, II, c, CF.` art. 53, IV, desta lei.

    VII ‑ buscar refúgio, auxílio e orientação. ` art. 226, § 8º, CF.` arts. 87, III; e 130 desta lei.

    Art. 17. O direito ao respeito consiste na in-violabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangen‑do a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

    ` art. 5º, X e LX, CF.` arts. 53, II; 94, IV e XVII; 124, V, 125; 143; 144; 178 e 247 desta lei.

    Art. 18. É dever de todos velar pela digni-dade da criança e do adolescente, pondo‑os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou cons‑trangedor.

    ` arts. 5º; 13; 56, I, 70; 88, III; 124, 178 e 245 desta lei.

    Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disci‑plina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família amplia‑da, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá‑los, educá‑los ou protegê‑los. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera‑se: I ‑ castigo físico: ação de natureza discipli‑nar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em: a) sofrimento físico; ou b) lesão; II ‑ tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que: a) humilhe; ou b) ameace gravemente; ou c) ridicularize.

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