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POESIA NA CORDA 2011

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O Mundo

O ambienteEstá doente,E o arMuito quente!

O mundo Tem a memória De uma antiga História!

Gonçalo Fernandes

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A Borboleta

Era uma vez um casulinhoPendurado numa árvore do pomarQue se transformou num bichinho Com asas coloridas e pôs-seA voar!

Afonso Milheiro

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Adorável pai

No dia do paiFazemos coisasPara lhe mostrar, e ao lermos aquilo ele quase que fica a chorar.Querido pai Vou-te dizer Tens de ter mais atenção Se não bates com o nariz no chão.Ele ainda não sabeQue prenda lhe vou dar mas eu já estou a pensarque o quero abraçar.

Rita Azevedo Plaza

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O meu irmão

O meu irmão nasceu à poucoO seu nome é AndréApesar de ser bebéJá consegue caminhar pelo seu pé.

É um menino traquinaTem cabelo encaracoladoGosta muito de mimE de andar por todo o lado.

É alegre, risonhoE é muito brincalhãoÉ um irmão de sonho Que está no meu coração!

Maria João Carvalho

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Poesia à Mesa

Do livro de PoesiaSaem palavras ao ventoPalavras que dançamPelo firmamento.São elas o amorA raiva e a paixãoTernura, alegriaSofrimento e solidão.São belas e doces,Linhas e linhasPalavras e palavrasNas entrelinhas.Por isso saboreia-asAqui e Agora Pois elas não sãoComo outrora.

Maria Inês Ferreira Ramos

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O fofinho

Era uma vez um sapatinhofeito de tecido coloridolindo e castanhinhoque se chamava Fofinho.Foi de viagem ao Museue viu uma caixaque tinha um palhaçocom um laço.Entretanto encontrou um sapateiroque falava com o carteiro.Ele levava uma malaque lá dentro tinha uma pala.Ele ao ver o senhor andar de motagostou do modelo da botaporque tinha um botãoque condizia com o cordão.

Ao longo dos dias começou a crescerficou um sapatãocom uma solaque precisava de cola.Calçava meiasque tinham teiascom sapatilhasque levavam palmilhas.Tinha uma escova para limpar o póquando a usava, o pêlo ficava com um nóe tinha graxaguardada na caixa.

Rita Azevedo Plaza

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A fonte

Na fonteLavo a minha almaBebo a minha esperançaE deixo a minha calma.

João Constantino

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O Sonho

O sonho é como a vida,Vive-se o momentoMas, na hora da idaSomos levados pelo vento…

O sonho é tudo, É o nascer e o morrer, É o beijo mudoQue sinto ao renascer.

João Ferreira Soares

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Nas páginas

Nas páginas da solidão, só li dor,Sem sol e cor, eu só e licor.Garrafas de silêncio sem fundo, Camufladas pelo fumo, Pelo nevoeiro,Pelo lume do costume,Que me apaga os passos,Aqueles que toam e ecoam no espaço,Em sincronia com um coração,Não de aço, devasso.Não me faço, disfarço-meDesfaço-me.Na viela não dou um passoNão passo, não posso, Passo-me.

Peço-me, pedaço de peça de pessoa,Caminha, anda, voa!Não caminho não ando não voo!Nem vou a lado algum sem um “penso que…”Ou sem um outro “e se?”E se, nada…E se, tudo…Isso,Ninguém nada em leito turvo,Deito-me mudoDurmo surdo, luxo,Acordado cego e face à luz, imune.

Fábio Miguel Santos Silva

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Vesti meu corpo

Vesti meu corpoCom teu cheiro

Intenso perfume De mel derretidoEm meus lábiosTransparenteSentido.

Mãos entrelaçadasEntre lençóis desmedidosLinho tecidoNos dedos percorridoDeste aroma apetecido.

Vesti meu corpoDo teu despido.

Inundamos jardins floridos Como pardais nos beirais Inventamos mil coresNos acordes intemporaisDas melodias de amorPor onde passaram os vendavaisQue diluíram a dor.

Vesti meu corpoCom teus sentidosE perdidos em nósDeixamos que a noiteNos calasse a vozNum beijo profundoFomos pelo mundo…

Dina Silvério

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Saudades

Desperto de madrugadaE vou junto à janelaJá antes da alvoradaA manhã se prevê bela

Não longe canta um galoHá que tempos não o ouviaMeu coração ao escutá-loFica cheio de alegria

O meu livre pensamentoNão pára de divagarVolta para trás no tempoAo ouvir este cantar

Esqueço a idade que avançaEm constante perpassarSinto-me de novo criançaApetece-me brincar

Correr livre pelos pradosApanhar flores campestresAmoras pelos silvadosDoces morangos silvestres

Cachos de uvas perfumadasCom seus bagos madurinhosQue pendiam das ramadasPela beira dos caminhos

O passado em lembrança Tão distante e tão pertoDo meu tempo de criançaTenho saudades é certo

Saudades da minha aldeiaPudesse eu fazer agoraTudo o que me vem à ideiaTudo o que fazia outrora…

Lisete Gomes

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S. João da Madeira

Para longe de suas terras se deslocaram,Com a esperança de seus dias melhorar,E em S. João da Madeira encontraram,O que havia de melhor para poderem ficar.

Homens e mulheres cheios de esperança,Prontos a trabalhar com muita canseira,Sentiram em suas vidas essa mudança,Aqui nesta terra de S. João da Madeira.

Com vontade de ferro aqui trabalharam,Industrias sem fim fabricavam calçado,Investiram seus lucros e se modernizara,Fizeram desta terra a melhor do mercado.

Assim S. João da Madeira se desenvolveu,Exportando produto para o estrangeiro,Com a melhor qualidade a nível europeu,Fazendo deste, em Portugal o primeiro.

Bem acolhidos em S. João da Madeira,Fizeram desta terra a sua permanência,Aqui se instalaram para a vida inteira, Substituídos depois por sua descendência.

Atingimos os vinte cinco mil habitantes,Nesta cidade com tão pouca dimensão,Aqui se fizeram pessoas importantes,Amando esta terra com seu coração.

S. João da Madeira digna de Portugal,Cidade moderna com boas qualidades,No seu nível de vida, não há outra igual,Seu segredo está nas suas actividades.

Às pessoas de valor, e de boa intenção, Aos que dedicaram a sua vida inteira, A cidade agradece com o seu coração,Pela boa causa de S. João da Madeira.

António Augusto de Almeida

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Invocação à minha cidade

Memoriar com carinho e alentoVou descrever o que pensoSobre esta cidade querida,Tão magnificente que éSendo reconhecida atéSua qualidade de vida.

Sou munícipe entristecidoPor aqui não ter nascidoPor não ser seu filho real,Sem medo me vou confessarEsta cidade aprendi a amarComo amo meu Portugal.

Nesta minha invocaçãoEstou de alma e coraçãoEmbrenhado em afectos,Em verdade, sem sigilosComo criei meus filhosAqui quero criar meus netos.

Cidade esbelta, sempre amigaJamais por mim esquecidaMinha nobre companheira,Sou feliz por aqui viver Serei sempre e até morrerFiel, a S. João da Madeira.

Alma Lusitana

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A Rima

A rima não é sinaDe palavras ocas.É um toque de mão,Nos olhares embriagadosDe sons, numa canção.A rima é fruta frescaNa tinta que escorreDa alma do poeta.È música de minarNum beijo escondido.É perfume no arDe quem passa despercebido.A rima é sol brilhante,Num campo florido.

É sorriso de criançaDesenhado, num balão colorido.É sonho e realidade,Num soneto imaginado.É prosa do presente,Que relembra o passado.A rima é estrela luzidia,Na noite sombria.É pobre e ricaÉ tristeza e alegria!

Dina Silvério

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Os sinos

Os sinos da nossa igreja,Parece que têm sentimentos.O mais certo é que assim não seja, Mas ouço-lhes alegrias e lamentos.

Quando dobram a finados, O som é doloroso, é triste.Nos casamentos e baptizadosRevelam a alegria que existe.

Parecem alegres quando repicam.Parecem tristes quando dobram.Parecem indiferentes se dão horas.

Parecem vulgares sinos da matrizParece que riem quando tu ris.Parece que choram quando tu choras.

Manuel Ribeiro de Pinho