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A cidade é um ecossistema es_Pecífico. Ela é o lugar das práticas sociais e um campo de interações entre espécies da biosfera e os elementos dageosfera. À contra-pelo, é preciso resistir ao processo de alisamento das c1dades e da vida: deve-se buscar a diversidade nos campos biológico, tecnológico, estético e social de modo a criar condi'iões para a exuberância de vida e de e'!P.eriênc1as. A proposta geral se constitui em d1álogo permanente entre passado, presente e futuro. Pretendendo realizar, na transversalidade, a síntese entre o lúdico, o contemplativo e o produtivo, atributos fundamentais para aprofundar as interações entre a dimensão física e a abstrata. Propõe espaços ativos de sustentabilídade e de aiJrendizado, uma construção de baixo impacto na natureza visanilo a mínima extração de matéria prima. No paisagismo preserva e valoriza as espécies nativas dos ecossistemas do Cerrado e da Mata Atlãntica.
4CE660 Uma Aléia de Palmeiras Pati abre caminho no "Mato Grosso" ou no Caaguaçu (mata grande em Tupi).
Esta guarda similaridade à Aléia do Liceu de Aristóteles, da escola
peripatética (aqueles que caminham) que também era um lugar do
aprendizado, assim como o da Casa da Sustentabilidade. Ao lado desta
Aléia emerge e segue ao longo o curso d'água onde se encontra o "Lava ..Pés" fazendo menção á pesquisa historica
de Sérgio Buarque de Holanda em seu livro "Caminhos e Fronteiras" ao lugar denominado
"Lavapés" á entrada da cidade de São Paulo onde os viajantes "tinham o cuidado de
calçar-se depois de limpar cuidadosamente os pés". Por estas paragens havia a necessidade de se
andar descalço em virtude das diversas veredas e rios ali existentes
a serem transpostos.
Baseado nos estudos de Sérgio Buarque de Holanda, que nos fala dos tempos das bandeiras em que os viajantes necessitavam de guias indígenas que conheciam a fundo as características da sua terra. Muitas vezes passavam-se muitos dias sem cruzar um rio ou corpo d'áJua, assim, os índios conheciam diversas especies de plantas que vertiam água, tais corno o Urnari (Poraqueiba paraensis), o Umbu ( SJ1ondias tuberosa), Caraguatá (Brornelia p1nguin). Ja a Guapeba ou Árvore-do-imperador (Cl!cysoP-hyllum imperiale) é uma árvore que sofreu '·perseguição política" por ser muito apreciada pelo Imperador Dom Pedro 11. Corno forma de oposição ao regime a mandavam destruir o que ocasionou a sua quase extinção. Muito utilizada para a construçao de navios á época do império.
Morar urbanosternsetornado,nas
urna experiência da edas
o novo é um ser que tem a
e o concreto corno urna cadeia produtiva pelos
industriais, o "horno seu estado latente de
o controle sobre o que consome, também o sobre
INSTALAÇÃO
(A ÁGUA QUE CAl PELO RALO É COLETADA POR UM BALDE)
em a
escolha nas informações no das
Espécies Vegetais Ameaçadas de Extinção do Estado de São Paulo". Als;uns exemplares
seriam a Lmgua-de-tucano (EIYngium 11aniculatum!,
o Juqu1ri (Acac1a polyphyla , Palmito-fussara (Euterpe edulis ,
Palmito Pat1 (Syagrus pseudococos , Guapeba ou arvore-do-imperador
(Chrysophyllum imperiale) e outras!
CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA
'
CASA DA SUSTENTABILIDADE
Um laboratório de P.esguisa da construção em andamento continuo e um meio de informação. A casa é
seu próprio objeto de estudo e demonstração dos resultados da pesquisa, registrados na sua próp~ia
matena.
Buscamos não apenas tecnologias sustentáveis, mas uso sustentável das tecnologias avançadas, normais e
tradicionais, respeitando e transmitindo o patrimônio cultural tecnológica da humanidade. A ideia diretriz da
proposta é TECNOI:OGIAS APROPRIADAS, fazendo uso das potencialidades e considerando os riscos de cada material
e suas técnicas. E61HUTUHll 0116 Cl1Ml1Dll6 Dll CUII61HUÇiiU 6EGUIIDU 06
6UH6161EMli61ECIIIILÕGICII6 E 6EU6 CICLU6 DE VIDll DlllllHliMll VEHTICliL
Cdl . INSTALAÇÕES E SERVIÇOS
- Gerador Eólico horizontal - Cx. d'água - Banheiros I Sistema de Reaproveitamento e Reuso de Água - Gerador Fotovoltaico e Teto verde
~ricüi!~~S i ERTICAL
- Escala - Elevador
MODULO COZINHA COMUM Cd 3. Cobertura
SEM ESCAlA
ESPREGUIÇADEIRA -1-'INDIVIDUAL
ALTURAS DA TERRA: 20CM 60 CM 90 CM 120CM
' MODULO JARDIM PRODUTIVO SEM ESCALA
3
-Telhas e Manta Isolante de resíduos de embalagens recicladas (posteriormente recobertas pelos Fotovoftaicos e Teto verde)
~ Cd 4. Estrutura da cobertura (primária)
~ ),;" - Pilares tubo circular e treliças metálicas
' Cd 5. Fechamento do 22 pavimento
- Painéis divisórios de madeira resinada de aproveitamento residual (p . ex. OSB) - Esquadrias de madeira ou metálica .__'7"" __
1 (escolha local)
Cd 6. Piso 2º pavimento
6
~ ~ Cd Estrutura e fechamento 1º Y""·' I paviimen,to
7
Cd 8. Piso 1º pavimento
Cd 9. Subsolo: auditório
Cd 10. Terreno I entorno
10
PREFEITURA DE CAMPINAS "CASA DA SUSTENTABILIDADE" PARQUE TAQUARAL- CAMPINAS - SP INSTITUTO DE
ARQUI TETOS DO BRASIL DEPARTAMENTO DE SÃO PAULO
1/2 Um nova tempo para nossa cidade
I ' I I
Etl. -Estrutura primária cobertura (metálica)
telhado. -Circulação vertical
PREFEITURA DE CAMPINAS
I
I I' I I I ' I I I
Et2. 2º Pavto.: SETOR LESTE.
acabado. SETOR OESTE: Piso e envoltórios acabados. Ambiente sem divisões internas, de modo a -
como Plenária temporária do Conselho e salão multi uso.
12 Pavto. LABORATÓRIO "EM OBRAS": Pilotis multi uso, principalmente abrigando as diversas pesquisas tecnológicas e atividades da
construção das etapas seguintes.
~ •ooo
Et3. 1º Pavto. P1-LESTE,SERVIÇOS E PEQUENAS
EXPOSIÇOES/ EVENTOS.
1º Pavto. P1-0ESTE: como pilotis multi uso do Laboratório "EM OBRAS"
~ -340
o lo
Et4: · GRANDES EXPOSIÇÕES . tecnologias tradicionais de
madeira (estrutura e piso do 2º Pavto.) e terra. A terra utilizada nessas obras é originada do . desaterro para implantação do subsolo
sem1enterrado, onde se situa o Auditório- Plenária definitiva do Conselho.
Instalação do no núcleo
CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA "CASA DA SUSTENTABILIDADE" PARQUE TAQUARAL- CAMPINAS - SP
" indústria naval japonesa produziu navios modermssimos que
conseguem economizar energia a partir de um esplêndido e complicado aparato de velas controladas por um
eletrônico. A arquitetura da sociedade pós-industrial se parecerá
provavelmente a estes veleiros encantados. "
'-l:'ao:lo Portoghesi, Dopo La arquitetura (1981, tradução livre da ed.
esp.).
EtS: AGENCIAMENTOS E JARDINS POSSÍVEIS ao longo
do ciclo de vida do edifício.
I~stalação de equipamentos complementares da area externa, o SITIO DA SUSTENTABILIDADE
como os Micro-Geeradores eólicos GEo 2 e GEo3 associados a sistema de extração e bombeament~
de água de uso nos JARDINS, e G Eo 4, para fornecimento de energia elétrica pública, e
OUTRO.s EVENTOS, eqUipamentos e elementos construtivos- de acordo com as decisões locais da administração e da comunidade de interessados.
Outros projetos e processos a serem cultivados ao longo do tempo, de complementação e criação de
novos elementos construtivos e novos usos e arranjos do espaço. Como exemplo, temos o Brise
Muxarabi, um painel vertical suspenso pela estrutura da cobertura, em trançado de bambu.
Novos usos de materiais, novos materiais a serem inventados - só o dirá
INSTITUTO DE ARQUI T ETOS
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