concurso museu da diversidade

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N O PROTOCOLO 20141015805723 1/10 Casarão da Av. Paulista n o 1919 Museu da Diversidade Sexual 1. INTERVENÇÃO DE RESTAURO O Casarão situado à Av. Paulista no. 1919, construí- do em 1905 (ampliado e reformado em 1921) e tom- bado pelos órgãos municipal e estadual de preser- vação em 1992, é um dos últimos remanescentes do conjunto edificado ao longo da Avenida no iní- cio do século XX.Trata-se de um documento histó- rico de um momento em que: “A cidade de São Paulo, àquela época, havia rompido as fronteiras da vila colonial. Expandira-se, crescera e, sobretudo, enriquecera. Os lucros obtidos com as lavouras de café (...) possibilitaram à burguesia emer- gente estreitar seus vínculos com a cidade que se con- solidava como polo comercial, financeiro e industrial.” É, considerando a importância do Casarão como documento histórico, conforme descrito acima, que se propõe a restauração do mesmo. Dessa forma, devem ser seguidas as orientações pre- sentes nos documentos referenciais para o pro- jeto – Carta de Veneza e Manual de elaboração de projetos de preservação do patrimônio cultural, do Programa Monumenta – tendo em vista o res- peito pela matéria original e autêntica do Casa- rão. A intervenção deve, portanto seguir alguns princípios, dentre os quais destacam-se o princí- pio de distinguibilidade da ação contemporânea, reversibilidade, mínima intervenção e compatibi- lidade de técnicas. Frente ao atual estado de conservação do bem, a intervenção proposta no Casarão propriamen- te dito tem caráter conservativo, preconizando a mínima ação necessária para sua conservação e para que possibilite a recepção de público para visitação. São dessa forma preservados os ele- mentos decorativos e acabamentos da edifica- ção, entendidos como “parte integrante de um monumento” (Carta de Veneza art. 8 o .) e nos ca- sos onde notam-se “falhas” , “Os elementos desti- nados a ocupar falhas existentes devem integrar- se harmoniosamente no contexto, tendo que se distinguir das partes originais, a fim de que o res- tauro não falseie o documento de arte e de histó- ria.” (art. 12 o .), conforme será visto mais adiante. O contexto urbano em que se insere o Casarão, no entanto, transformou-se radicalmente, desde a sua estrutura fundiária, passando pela sua mor- fologia – gabarito, ocupação do lote etc. – até seu uso; hoje, no entorno do Casarão, predominam os edifícios de escritórios e serviços, que paula- tinamente substituíram as antigas residências. Ressaltam-se também os museus e centros cul- turais, que contribuem cada vez mais para fazer da Av. Paulista uma importante referência no cir- cuito cultural da cidade. A proposta do concurso de introduzir no lote do Casarão no. 1919 um novo uso, além de reintroduzir o edifício nesse novo e atual cenário urbano, reflete mais um preceito de restauro descrito no artigo 5 o . da Carta de Veneza: “A conservação dos monumentos é sempre favore- cida pela sua adaptação a uma função útil à socie- dade: esta afectação é pois desejável mas não pode nem deve alterar a disposição e a decoração de edi- fícios. É assim dentro destes limites que se devem conceber e que se podem autorizar as adaptações tomadas necessárias, exigidas pela evolução dos usos e dos costumes.” É a partir desse novo uso introduzido – a visita- ção ao Casarão propriamente dito somado à in- trodução do Museu da Diversidade Sexual – que o Casarão no. 1919 se reinsere e passa a parti- cipar do atual contexto urbano da Av. Paulista. Cabe ressaltar que a escolha pela introdução de um museu destinado a abrigar aspectos da cul- tura contemporânea, especificamente relaciona- dos com a sexualidade e sua pluralidade, junto ao Casarão tombado, permite estabelecer diálo- gos contundentes sobre aspectos do morar, da vida pública e privada, noção de família e sexu- alidade em distintos momentos da construção de nossa história cultural. Nesse sentido, cria-se uma curiosa tensão entre os valores representa- dos pelo Casarão – enquanto exemplar da famí- lia tradicional na São Paulo do início do século XX – e a questão LGBT – o reconhecimento dos seus direitos, a busca pela aceitação por parte de uma sociedade em transformação – que ampli- fica os significados do museu, ressignificando a edificação existente.

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Pranchas do concurso Museu da Diversidade

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Page 1: Concurso Museu da Diversidade

NO PROTOCOLO 20141015805723 1/10

Casarão da Av. Paulista no 1919Museu da Diversidade Sexual

1. INTERVENÇÃO DE RESTAURO

O Casarão situado à Av. Paulista no. 1919, construí-do em 1905 (ampliado e reformado em 1921) e tom-bado pelos órgãos municipal e estadual de preser-vação em 1992, é um dos últimos remanescentes do conjunto edificado ao longo da Avenida no iní-cio do século XX. Trata-se de um documento histó-rico de um momento em que:

“A cidade de São Paulo, àquela época, havia rompido as fronteiras da vila colonial. Expandira-se, crescera e, sobretudo, enriquecera. Os lucros obtidos com as lavouras de café (...) possibilitaram à burguesia emer-gente estreitar seus vínculos com a cidade que se con-solidava como polo comercial, financeiro e industrial.”

É, considerando a importância do Casarão como documento histórico, conforme descrito acima, que se propõe a restauração do mesmo. Dessa forma, devem ser seguidas as orientações pre-sentes nos documentos referenciais para o pro-jeto – Carta de Veneza e Manual de elaboração de projetos de preservação do patrimônio cultural, do Programa Monumenta – tendo em vista o res-peito pela matéria original e autêntica do Casa-rão. A intervenção deve, portanto seguir alguns princípios, dentre os quais destacam-se o princí-pio de distinguibilidade da ação contemporânea, reversibilidade, mínima intervenção e compatibi-lidade de técnicas.

Frente ao atual estado de conservação do bem, a intervenção proposta no Casarão propriamen-te dito tem caráter conservativo, preconizando a mínima ação necessária para sua conservação e para que possibilite a recepção de público para

visitação. São dessa forma preservados os ele-mentos decorativos e acabamentos da edifica-ção, entendidos como “parte integrante de um monumento” (Carta de Veneza art. 8o.) e nos ca-sos onde notam-se “falhas”, “Os elementos desti-nados a ocupar falhas existentes devem integrar-se harmoniosamente no contexto, tendo que se distinguir das partes originais, a fim de que o res-tauro não falseie o documento de arte e de histó-ria.” (art. 12o.), conforme será visto mais adiante.

O contexto urbano em que se insere o Casarão, no entanto, transformou-se radicalmente, desde a sua estrutura fundiária, passando pela sua mor-fologia – gabarito, ocupação do lote etc. – até seu uso; hoje, no entorno do Casarão, predominam os edifícios de escritórios e serviços, que paula-tinamente substituíram as antigas residências. Ressaltam-se também os museus e centros cul-turais, que contribuem cada vez mais para fazer

da Av. Paulista uma importante referência no cir-cuito cultural da cidade. A proposta do concurso de introduzir no lote do Casarão no. 1919 um novo uso, além de reintroduzir o edifício nesse novo e atual cenário urbano, reflete mais um preceito de restauro descrito no artigo 5o. da Carta de Veneza:

“A conservação dos monumentos é sempre favore-cida pela sua adaptação a uma função útil à socie-dade: esta afectação é pois desejável mas não pode nem deve alterar a disposição e a decoração de edi-fícios. É assim dentro destes limites que se devem conceber e que se podem autorizar as adaptações tomadas necessárias, exigidas pela evolução dos usos e dos costumes.”

É a partir desse novo uso introduzido – a visita-ção ao Casarão propriamente dito somado à in-trodução do Museu da Diversidade Sexual – que o Casarão no. 1919 se reinsere e passa a parti-

cipar do atual contexto urbano da Av. Paulista. Cabe ressaltar que a escolha pela introdução de um museu destinado a abrigar aspectos da cul-tura contemporânea, especificamente relaciona-dos com a sexualidade e sua pluralidade, junto ao Casarão tombado, permite estabelecer diálo-gos contundentes sobre aspectos do morar, da vida pública e privada, noção de família e sexu-alidade em distintos momentos da construção de nossa história cultural. Nesse sentido, cria-se uma curiosa tensão entre os valores representa-dos pelo Casarão – enquanto exemplar da famí-lia tradicional na São Paulo do início do século XX – e a questão LGBT – o reconhecimento dos seus direitos, a busca pela aceitação por parte de uma sociedade em transformação – que ampli-fica os significados do museu, ressignificando a edificação existente.

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2. PARTIDO: INSERÇÃO URBANA

A Avenida Paulista é hoje uma das mais relevantes referências do circuito cultural da cidade de São Paulo, concentrando equipamentos e museus de grande importância como o MASP, Instituto Itaú Cultural, Centro Cultural FIESP, Casa das Rosas e o futuro Museu do Instituto Moreira Salles, entre outros, além de teatros, cinemas e centros de compra que integram a vida cultural da cidade.

A proposta do concurso de introduzir o Museu da Diversidade Sexual no terreno do Casarão no 1919 insere esse bem tombado e seu espaço no circuito cultural da Avenida.

Complementarmente a essa nova condição do Casarão, dada pela própria proposta do concurso, pretende-se com este projeto introduzir o Casarão e seu espaço também num outro conjunto urbano referencial – o sistema de áreas livres e espaços públicos da Avenida Paulista. Fazem parte desse sistema espaços como o vão livre do MASP, o Parque Trianon, o Parque Prefeito Mário Covas, Praça do Complexo Comercial Cetenco Plaza, entre outros. Na presente proposta, procura-se criar um espaço de estar e encontro numa escala e situação particular na Av. Paulista, um vazio que acolha e agregue pessoas, cotidianamente ou em eventos.

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parada de ônibusacessoinformações/ guarda volumeseducação e at. culturaisdepóstioacolhimentosanitário público pnesanitário públicoárea técnicaserv gerais/manutençãocopadiretoria financeira e rhdiretoria executivacultural/ administrativa/ acessoriasplataforma pnealmoxarifado/ depósitosanitários funcionáriossala de reuniõesterceirizadospraçaacesso anexocafé/ restauranteconexão casarão 1919espelho dágua

planta térreo [+101,45 m]

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Casarão 1919Bens Toombados pelo CONDEPHAATMuseus e Centros CulturaisParques e PraçasTeatros e CinemasCentros de Compras Estações de Metro

paredes e vegetação existentes

paredes novas

água

grama

saibro

demolição

ladrilho a ser mantido

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planta 1o pavimento [+103,65 m]

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3. PARTIDO: VOLUMETRIA E IMPLANTAÇÃO

Dessa forma, o partido arquitetônico aqui propos-to baseia-se na composição de dois volumes arti-culados por um vazio. Esse vazio é produto tanto da intenção de projeto de criar um novo espaço, aberto e livre, na Avenida Paulista, quanto resul-tado de diretrizes específicas de preservação do Casarão no. 1919, indicados tanto na Carta de Ve-neza - “A conservação de um monumento implica a conservação de um enquadramento à sua es-cala.” (art. 6o.) – quanto no memorial de tomba-mento do edifício, que ressalta a relação edifício remanescente com o lote onde se insere. Nesse caso, pois, além de buscar-se um “enquadramen-to” que permita a apreensão da edificação em sua integridade, procura-se preservar o lote urbano do Casarão o mais próximo possível de sua con-dição atual, visto que a implantação da edifica-ção e as características de lote urbano do início do século XX na Avenida Paulista, ainda que bas-tante alterada, é um dos principais pontos de in-teresse na preservação desse espaço, conforme citado no processo de tombamento:

“Os fatos havidos na região da Avenida Paulista, con-tudo, revelam de modo significativo, o momento his-tórico. Buscou-se um novo modelo de espaço. Aspi-ravam seus empreendedores à qualidade europeia de vida, naquele instante tão íntima e próxima. As ruas deveriam, todas, ser arborizadas. Recuos obrigatórios ofereciam espaço para amplos jardins (...).”

Segundo depoimento dos conselheiros Eduardo Kneese de Mello, Eduardo Corona e Antonio Luiz Dias de Andrade:

“O conjunto, sem exceção, dessas obras [casarões na Avenida Paulista] é que importava preservar como tes-temunho maior de momentos tão importantes para a cidade de São Paulo. (…) À vista do exposto, conclu-ímos pouco ou quase nada restar a decidir com rela-ção a preservação dos estoicos exemplares que ainda persistem como testemunhos menores de importan-tes e reveladores momentos passados. (...) De nossa parte, julgamos que poucos imóveis são merecedo-res de atenção. A residência sob o no. 37 (...), além de suas qualidades de arquitetura intrínsecas, man-tém com o lote urbano relações ainda dignas quando considerada a primitiva situação. O mesmo verifica-se com a residência no. 1919 (...).”

A relação do casarão com o lote urbano de fato foi transformada no decorrer dos anos em di-ferentes momentos. O lote – que ainda preser-va sua dimensão original no sentido transversal – foi diminuído na porção frontal no momento do alargamento da Avenida Paulista, em que fo-ram desapropriados os recuos frontais dos lotes ao longo da Avenida e também foi comprimido na porção posterior quando da negociação para construção do edifício comercial na porção do terreno voltada à Al. Santos.

Conforme descrito anteriormente, o partido arqui-tetônico aqui adotado consiste na composição de dois volumes articulados pelo vazio da praça. O volume principal é o do próprio edifício tombado sendo o outro o Anexo, implantado no segundo plano, com dimensões e gabarito reduzidos no nível térreo de forma a ressaltar a importância do primeiro. O Anexo configura-se como uma barra ocupando o fundo do lote de forma a interferir o

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plataforma pnedormitóriosanitários públicosacesso anexocozinhawc

sala do pianosala de estarhalllojasala de jantarescritório

lote original lote reduzido recuo frontal de 20 metros recuo envoltório de 10 metros somatória dos recuos respeitados implantação resultante visual desimpedida do edifício histórico

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mínimo possível na relação entre o Casarão e seu terreno. Respeita-se assim o recuo frontal de 20 metros exigido pelo Edital do presente concurso e um distanciamento da porção posterior do Ca-sarão, num esforço assim de minimizar os efeitos da sucessiva “compressão” do Casarão no lote. Respeitando-se a recomendação de afastamen-to do imóvel tombado conforme parecer elabora-do em 1990, buscou-se assim evitar ainda outra concessão a ser feita para inserção de uma nova edificação no lote.

Dessa forma, o pequeno pavilhão longilíneo im-plantado no nível térreo emoldura os limites atu-ais do terreno e traz animação à porção posterior do lote, além de permitir uma futura integração ao Pq. Mário Covas. Esse pavilhão, que abriga o café e acessos ao Anexo, situa-se sobre uma placa construída, que faz por sua vez referência ao volume subterrâneo, onde estão alocados os principais programas do anexo.

De forma análoga a tantos outros edifícios na Av. Paulista, incluindo o próprio edifício comercial no fundo do lote que possui alguns níveis em subso-lo, os programas do Anexo se desenvolvem em níveis inferiores. A praça criada no vazio princi-pal articula os acessos e funciona como amplo espaço de estar e eventos.

4. PARTIDO: PROGRAMA E CIRCULAÇÃO

O acesso ao lote pela avenida Paulista é organi-zado a partir de um pequeno muro que, ao mes-mo tempo, ajusta o desnível em relação à calça-da. Criando uma continuidade visual com a frente do Pq. Prefeito Mário Covas, propõe-se manter a mesma altura do muro deste, 70cm, mas utilizar os mesmo materiais do Anexo – concreto e aço pintado de branco –, de forma a sinalizar a inter-venção contemporânea.

Junto ao limite do lote com o Parque Prefeito Mário Covas, afastado do Casarão, criou-se um acesso largo porém discreto que direciona o vi-sitante diretamente para a praça e para o Anexo, no fundo do terreno. É por este acesso que será realizada, em horários determinados, a entrada de pequenos veículo utilitários, além de normal-mente receber pessoas portadoras necessidades especiais, conduzidas ao Casarão por um rampa junto à divisa frontal do lote. No centro da divi-sa do lote, uma outra entrada é feita a partir de largos degraus que vencem o pequeno desnível entre a calçada e o piso original da casa (apro-ximadamente 35cm) e direciona o visitante dire-tamente ao guichê de informações. Por fim, no lado extremo direito do lote, foi criada uma es-cada discreta exclusiva para a saída do museu. Esta escada em aço branco, delicada e totalmen-te removível, ficará encaixada no rebaixo da pe-quena rampa existente. Quanto ao fechamento do lote, propõe-se a instalação de módulos de fecha-mento leves e removíveis durante o período no-turno, com suporte no muro baixo proposto na divisa. Como acesso secundário e desejável pro-põe-se um portão no fundo do lote dando para o Pq. Prefeito Mário Covas e podendo ser aber-to de acordo com os horários de funcionamento do Parque e do Museu. Tem-se assim um acesso alternativo, sobretudo para o visitante que che-gar pela Alameda Santos.

A circulação de visitação, a partir do Guichê de

Informações é iniciada no acesso principal ao Casarão, que para melhor acomodar a recepção do público é feito pela lateral do Casarão. Dali é acessado o pavimento superior pela escada exis-tente ou pelo elevador instalado para portadores de necessidades especiais, chegando-se à expo-sição permanente. O visitante tem então a op-ção de sair do Casarão, podendo passar pela loja que ocupa o atual cômodo de entrada da casa, e descendo a escadaria frontal, com vista para a Av. Paulista. Para aqueles que desejem visitar as exposições temporárias do Museu da Diver-sidade Sexual, a saída do Casarão pode ser fei-ta pela escada dos fundos. A caixa de escadas e elevador aí presentes levam o visitante até o úl-timo pavimento inferior, onde ficam localizadas as exposições temporárias. A saída pode ser fei-ta pela caixa de escadas e elevador análogos no outro extremo.

O acesso aos programas independentes, a saber auditório e foyer, café e espaço de eventos aber-to é feito pelo vazio da praça, sendo os dois pri-meiros no subsolo, conectados pela escadaria no centro da praça e os dois últimos, no térreo, so-bre a cobertura do edifício Anexo.

A carga e descarga, conforme descrito anterior-mente, é feita pela parte frontal do lote, pelo aces-so junto ao Pq. Prefeito Mário Covas e a circula-ção de montagem utiliza os elevadores de carga designados para acessar os pavimentos exposi-tivos. Por fim, a circulação de funcionários fica concentrada nos dois núcleos de serviços – no térreo do Casarão e nos níveis intermediários de subsolo do anexo.

FOYER440m2

SANITÁRIO PÚBLICO14m2

BIBLIOTECA46m2

MULTIUSO38m2

AUDITÓRIO105m2

ACERVO/CONSERVAÇÃO/RESTAURAÇÃO

74m2

EXPOSITIVO440m2

[4o SUB 89,10 m]

[TÉRREO 101,45 m]

[1o PAVIMENTO 101,45 m]

[3o SUB 92,10 m]

[2o SUB 95,10 m]

[1o SUB 98,10 m]

MÁQUINAS54m2

SANITÁRIO PÚBLICO16m2

COXIA/CAMARIM5m2

ESTÚDIO6m2

INFRA26m2

LOJA20m2

INFORMAÇÕES E GUARDA VOLUMES20m2

ÁREA ADMINISTRATIVA360m2

EXPOPERMANENTE420m2

SÓTÃO460m2

ACESSOPRINCIPAL

ACESSOCARGAS

ÁREA COBERTA75m2

PÇA DESCOBERTA 175m2

CAFÉ40m2

ACESSOSECUNDÁRIO

[COBERTURA 105,65 m]

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acesso anexobiblioteca/ acervofoyervaziosanitários públicosauditóriosala multiuso/ estúdiomanutenção e infraestruturarestauração / acervoconservaçãosala de máquinas área expositiva

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planta 1O subsolo [+98,10 m] planta 2O subsolo [+95,10 m] planta 3O subsolo [+92,10 m] planta 4O subsolo [+89,10 m]

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COBERTURASubstituição dos elementos comprometidos por elementos idênticos e aplicação de proteção contra pregadas.

Substituição das telhas não originais

FACHADAS, PORTAS E CAIXILHOTodas as fachadas deverão receber nova pintura segundo cor original.

Portas e caixilhos deverão ser catalogados e quando apresentarem elementos avariados estes devem ser recuperados ou substituídos por elementos idênticos.

Os vidros deverão receber película incolor para proteção de raios UV, próprio para museus

PISOSDeverá ser feita uma revisão e substituição dos barrotes e assoalhos comprometidos por outros de dimensão e material idêntico. o piso de taco deverá ser tratado de forma a atingir o aspecto original.

O piso de ladrilho hidráulico deverá ser recuperado e resinado.

CONEXÃOa conexão entre o edifício tombado e o novo anexo se realizará na porção posterior do terreno por meio de uma ponte metálica independente e removível.

PRAÇA/ESPELHO D´AGUAA cobertura do novo anexo servirá como praça de acolhimento e suporte para eventos a serem realizados pelo novo Museu da Diversidade Sexual. Além disso ela deverá garantir o controle ambiental da sala de exposição que está sob ela, para tanto propõe-se um sistema de iluminação zenital com três camadas de controle. a primeira (controle térmico) será realizada por uma camada de água de aproximadamente 10cm; a segunda (controle de raios UV) será realizada por uma película própria para museu aplicada diretamente sobre o vidro e, por fim, a terceira (controle de insolação direta), será realizada por um sistema de cortinas automatizadas posicionadas sob o vidro.

AUDITÓRIOPosicionado em ponto estratégico dentro do novo anexo, além de uma visão sobre a sala de exposição, o auditório terá aces-so direto e independente ao acesso do MDS. O sistema de climatização, visando maior eficiência energética deverá ser também totalmente independente. dotado de infraestrutura e de coxias o auditório poderá receber palestras, exposições e pequenas apresentações de música, dança , filmes e teatro, com capacidade para cerca de 200 pessoas.

SALA DE EXPOSIÇÕESCom pé-direito mínimo de 5m e máximo de 12m, a sala de exposição encontra-se toda em um único nível, possibilitando diversos arranjos e situações espaciais, ficando a critério da curadoria de cada exposição.

Em complemento a iluminação natural, luminárias posiciona-das sobre o forro um metálico criarão um plano de luz continuo e homogêneo. Para a iluminação de obras específicas spots pontuais poderão ser distribuído pelo forro.

Painéis de gesso reforçado ao longo de toda a sala servirão como suporte para obras, por trás destes correrão ainda calhas de lógica e sistema de climatização, dando suporte ao funcionamento adequado da sala.

SISTEMA ESTRUTURALConstruídas em concreto armado, as paredes de contenção serão estabilizadas de forma mista: junto aos vizinhos que possuem subsolo não será necessário a previsão de reforços, já na divisa junto ao Parque Prefeito Mário Covas será utili-zada solução de tirantes permanentes, e na parede voltada para o Casarão vigas de travamento e tirantes permanentes se alternarão conforme necessidade.

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corte longitudinal a

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exposição permanentepavimento administrativomarquisefoyerauditórioárea expositiva (exposição temporária)

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corte tranversal

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foyerauditórioárea expositiva (exposição temporária)

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fig 1. forros

fig 5. mobiliário

fig 4. cobertura

fig 3. caixilhos e fachada externa

fig 2. paredes internas

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5.5 COBERTURA

A cobertura teve sua volumetria original manti-da. Telhas que caíram ao longo do tempo foram substituídas por outras de dimensões e/ou mate-riais diferentes. Apesar disso, caibros, terças e as tesouras que compõe sua estrutura aparentam-se visualmente íntegros. Sendo assim, deverá ser feita análise minuciosa da integridade estrutu-ral da madeira e caso necessário, os elementos comprometidos deverão ser substituídos por ou-tro de mesmas características. O madeiramento também deverá ter aplicação de produto contra fungos. As telhas de características diferentes das originais deverão ser descartadas e substituídas. O sótão será utilizado para instalações descritas nos itens 2.7 a 2.9. Sendo assim, deverá passar por detalhada análise estrutural e será reforçado por estrutura independente metálica apropriados para receber equipamentos e instalções hidráuli-cas, de climatização e elétricas. (fig. 4)

5.6 FACHADAS

A pintura da fachada apresenta sinais de falta de manutenção ao longo do o tempo e possui alguns trechos de massa que se soltaram. No entanto, os ornamentos estão íntegros apesar dos sinais de mofo localizados em regiões sujeitas a maior umidade. Dessa forma, o sistema de captação pluvial deverá ser limpo e reformado, de forma

5. RESTAURO E CONSERVAÇÃO

5.1 PISOS

O assoalho de madeira do casarão aparenta estar, no geral, em bom estado, com algumas regiões pontuais comprometidas tendo sido até escora-das. Dessa forma, deverá ser feita uma revisão e substituição dos barrotes e assoalhos compro-metidos por outros de dimensões idênticas e de mesmo material. O piso de taco deverá ser tratado de forma a atingir o aspecto original com resina de melhor qualidade, tendo em vista o aumento de tráfego ao qual o piso estará sujeito. O piso de ladrilho hidráulico deverá ser recuperado e resinado, sendo as peças faltantes e avariadas complementadas ou substituídas por outras de aparência idêntica.

5.2 FORROS

De forma geral, os forros de madeira e gesso apa-rentam estar em boas condições, com áreas pon-tuais seriamente danificadas pelo efeito do tempo e infiltrações a qual foram submetidos. Quando de madeira, o forro deverá ter a camada de verniz removida, peças avariadas trocadas por idênticas, e feita posterior aplicação de resina. Quando de gesso, deverá ter seus ornamentos restaurados segundo o desenho original. Os afrescos deverão

ser recuperados conforme a técnica original. Caso isso não seja possível, a recuperação deverá ser feita distinguindo a região restaurada da original. Nos cômodos onde a restauração for impossível na sua totalidade, como no hall do pavimento superior as áreas faltantes serão sobrepostas com panos de vidro espaçados do forro e paredes de forma a evidenciar o desgaste causado pelo tem-po e intempéries. Onde não se notar a presença de afrescos, o forro deverá ser pintado seguindo a cor e técnica originais que serão descobertas através de trabalho minucioso de arqueologia. Forros de PVC feitos em períodos mais recentes deverão ser removidos. (fig. 1)

5.3 REVESTIMENTOS E PAREDES INTERNAS

A pintura das paredes internas estão bastante desgastadas devido à umidade e intempéries a que foram submetidas. Todas as paredes internas deverão ser submetidas a trabalho minucioso de arqueologia a fim de se investigar a presença de afrescos debaixo dos papéis de parede e pinturas existentes. Os afrescos das paredes deverão ser recuperados seguindo o mesmo procedimen-to dos presentes no forro. Os papéis de parede com valor histórico deverão ser recuperados na sua totalidade. Quando isso não for possível, as áreas existentes serão mantidas e submetidas a tratamento de conservação; o restante da parede será pintado com tinta de acabamento fosco e cor neutra de forma a ressaltar as características do papel de parede original. (fig. 2)

5.4 PORTAS E CAIXILHOS

Apesar das sucessivas pinturas e poucos vidros e esquadrias avariadas, as portas e caixilhos se apresentam em bom estado de conservação. De-verá ser feito desenho e catalogação de todas as portas, caixilhos e vidros, quando existentes. Quaisquer elementos que forem estranhos e co-locados em etapas posteriores como pregos e sarrafos deverão ser retirados. Montantes e vidros avariados ou faltantes deverão ser substituídos de forma a se atingir o aspecto original. Ferragens e dobradiças deverão ser catalogadas e restauradas. A substituição destas por outras mais modernas e resistentes será avaliada caso a caso levando em conta a nova ocupação dos cômodos do casarão. As pinturas deverão ser totalmente removidas até que as madeiras fiquem expostas, passando por etapa posterior de nivelamento e masseamento. Os vidros deverão receber película incolor de filtro de raios UV apropriada para museu. (fig.3 )

a não permitir o acúmulo de água nos beirais. A água pluvial, que hoje é descarregada diretamente no piso externo deverá ser reconduzida por dutos subterrâneos e descarregada no sistema pluvial da cidade. A sapata que aflora do piso externo de ladrilho hidráulico deverá ser descascada e reimpermeabilizada. Em seguida, receberá mas-sa e pintura de mesma textura e cor da original. Todas as fachadas deverão receber nova pintura segundo cor original que será investigada através de estudo arqueológico.

5.7 CLIMATIZAÇÃO

O Casarão 1919 deverá receber equipamentos que controlem sua temperatura e umidade internas, a fim de conservar melhor os ambientes internos e o que permanecerá no local como elemento ex-positivo, além de garantir o conforto de visitantes e funcionários. Esses equipamentos serão loca-dos no sótão existente em estrutura descrita no item 2.5. O encaminhamento dos dutos, quando necessário, será feito de forma visualmente dis-tinguível e que interfira o mínimo no existente. As prumadas deverão ser locadas preferencialmente no cômodo da plataforma para cadeirantes.

5.8 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E DRENAGEM

Será feito estudo aprofundado da condição das instalações hidráulicas embutidas existentes, de forma verificar a viabilidade de se aproveitar os mesmos para os novos sanitários localizados den-tro do casarão. As caixas d’água existentes no sótão deverão ser substituídas por outras mais modernas e de maior capacidade em estrutura descrita no item 5.5. As prumadas deverão ser locadas no cômodo da plataforma de cadeirante. Complementos do reservatório de água e de dre-nagem serão construídos no novo edifício. Todas as instalações aparentes feitas de forma espúria em tempos mais recentes deverão ser removidos.

5.9 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

As instalações elétricas serão refeitas seguindo nova demanda de cargas do conjunto e seguindo as normas vigentes. Quando possível, serão rea-proveitados os dutos existentes. Caso contrário, as instalações serão feitas de forma sutil e dis-tinguível, levando-se em conta sempre a mínima interferência com o existente. Geradores serão instalados em área apropriada no novo edifício.

5.10 ACESSIBILIDADE

O casarão não é acessível para cadeirantes, uma vez que todos os acessos para o primeiro pavi-mento são feitos por escadas. A fim de se adequar à NBR-9050, foi previsto um elevador que atende ao nível 100,53m (pavimento térreo) e 102,74 (pri-meiro pavimento). A escolha de sua implantação é justificada pela grande desfiguração já sofrida pelos cômodos afetados pela intervenção e fa-cilidade de acesso desde a bilheteria e guarda volumes do conjunto.

5.11 LUMINOTECNIA

Toda a iluminação das áreas expositivas internas do casarão será feita por perfis eletrificados pen-dentes a uma distância mínima do forro de forma a assegurar a leitura do forro com menos inter-

venção possível. Serão consideradas exceções quando se verificar presença de lustre. Nesses casos, será estudada a permanência do lustre com complementação de iluminação em trilhos. O partido da lumitecnia também levará em consi-deração as áreas já ruídas do forro, podendo estas serem usadas como suporte para iluminação. A escolha das luminárias para as áreas de serviço do casarão será feita seguindo os critérios de sutileza e distinguibilidade do original. Será feito também projeto de iluminação externa do casarão de forma a valorizar o novo conjunto arquitetônico e paisagístico.

5.12 MOBILIÁRIO

Serão feitos o desenho e a catalogação de todo o mobiliário existente. Sua importância histórica será avaliada caso a caso, assim como a necessi-dade de restauro junto da equipe de historiadores e curadores indicados. Quando necessário, o novo mobiliário deverá ser feito com acabamentos de madeira e com desenho contemporâneo de forma a dialogar com os do acervo permanente. (fig. 5)

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6. ANEXO: ASPECTOS ARQUITETÔNICOS E CONSTRUTIVOS

A cobertura do novo anexo servirá como praça de acolhimento e suporte para even-tos a serem realizados pelo novo Museu da Diversidade Sexual. Além disso ela deverá garantir o controle ambiental da sala de ex-posição que está sob ela, para tanto propõe-se um sistema de iluminação zenital com três camadas de controle. A primeira (controle térmico) será realizada por uma camada de água de aproximadamente 10cm; a segunda (controle de raios UV) será realizada por uma película própria para museus aplicada dire-tamente sobre o vidro e, por fim, a terceira (controle de insolação direta), será realizada por um sistema de cortinas automatizadas posicionadas sob o vidro.

6.2.AUDITÓRIO

Posicionado em ponto estratégico dentro do novo anexo, além de uma visão sobre a sala de exposição, o auditório terá acesso direto e independente ao acesso do MDS. O sistema de climatização, visando maior eficiência energética deverá ser também totalmente independente.

Dotado de infraestrutura e de coxias o audi-tório poderá receber palestras, exposições e pequenas apresentações de música, dança, filmes e teatro, com capacidade para cerca de 200 pessoas.

6.3. SALA DE EXPOSIÇÕES

Com pé-direito mínimo de 5m e máximo de 12m, a sala de exposição encontra-se toda em um único nível, possibilitando diversos arranjos e situações espaciais, ficando a cri-tério da curadoria de cada exposição.

Em complemento à iluminação natural, lumi-nárias posicionadas sobre o forro metálico criarão um plano de luz continuo e homogê-neo. Para a iluminação de obras específicas spots pontuais poderão ser distribuído pelo forro.Painéis de gesso reforçado ao longo de toda a sala servirão como suporte para obras, por trás destes correrão ainda calhas de lógica e sistema de climatização, dando suporte ao funcionamento adequado da sala.

6.4. SISTEMA ESTRUTURAL

Construídas em concreto armado, as paredes de contenção serão estabilizadas de forma

ESTADO ATUAL

FASE 3 Execução vigas de escoramento e uma cortina de estacas para a conservação das árvores. Para a conservação das árvores será necessário utilizar o mesmo processo de execução. Mas neste caso em vez de paredes diafragma utilizassem-se estacas para poder conseguir a geometria desejada.

FASE 6 Repetir a fase anterior quantas vezes necessário para chegar a nível das fundações. Ex-ecutar as fundações definitivas. Despejar concreto sobre as cortinas de estacas.

FASE 1 Estudar as patologias do edifício exis-tente e verificar se o edifício pode ser afetado pela intervenção próxima. Verificar as fundações do prédio vizinho (direita) e a profundidade dos subsolos exitentes. Escorar e adotar medidas de segurança necessárias para proteger o edifício existente. Desmontar janelas, e escorar o vão.

FASE 4 Escavar até chegar ao primeiro nível de escoramento de provisório.Em todas as fases de escavação, uma vez realizadas, deve-se realizar uma inspeção nos prédios vizinhos para verificar se há abalo de estrutural.

FASE 7 Executar os forjados definitivos. Desmon-tagem dos elementos provisórios de escoramento. Revisão dos edifícios vizinhos. Estando tudo correto podem ser desmontados os escoramentos de segurança passiva.

FASE 2 Execução alternada das peças da parede diafragma. Escolhe-se este tipo de contenção e processo de execução para não afetar às edifi-cações vizinhas.

FASE 5 Escoramento do trecho escavado.

ESTADO FINAL

mista: junto aos vizinhos que possuem sub-solo não será necessário a previsão de re-forços, já na divisa junto ao Parque Prefeito Mário Covas será utilizada solução de tirantes permanentes, e na parede voltada para o Ca-sarão vigas de travamento e tirantes perma-nentes se alternarão conforme necessidade.

Buscando propiciar maior leveza e uma me-lhor leitura da intervenção, a cobertura do novo anexo será em aço (estrutura principal), coberta com placas de concreto e vidro (fe-chamentos), segundo desenho específico.

6.5. JARDIM E PAISAGISMO

O jardim preexistente foi praticamente into-cado, sendo somente removida uma árvore, que atualmente encontra-se em estado de severa degradação, um palmeira relocada e uma terceira árvore a ser compensada devido a implantação do edifício anexo. As demais árvores existentes na área do museu seriam alocadas em grandes vasos de concreto que auxiliam na estabilização da estrutura. Foi proposta a introdução de um gramado jun-to a entrada do lote, estabelecendo relação com o paisagismo do edifício, enquanto as áreas que receberão maior fluxo de pesso-as, deverão receber uma espécie de saibro, que ao mesmo tempo que se adequa ao uso proposto ressalta o piso de ladrilho existente ao redor do edifício histórico.No fundo do lote, sobre a cobertura do edifí-cio anexo, um espelho d´agua foi proposto, propiciando novas vistas ao edifício existente e contribuindo para a organização dos fluxos e distribuição do programa proposto.

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