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QUE É O PGBH DO VOUGA, MONDEGO E LIS? O Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis (PGBH) é um instrumento de apoio ao planeamento e gestão dos recursos hídricos, elaborado pela Administração da Região Hidrográfica do Centro, I.P., em conjunto com um vasto grupo de especialistas de diversas áreas científicas e técnicas. O PGBH tem por objectivo a protecção e valorização ambiental, social e económica dos recursos hídricos das referidas bacias, das águas de transição e costeiras àquelas associadas, e das ribeiras da costa compreendidas entre as mesmas. Compatibilizando as utilizações da água e a sua disponibilidade, o PGBH visa assegurar a gestão sustentável daquele recurso natural na região centro do País, em harmonia com outras políticas de cariz regional, sectorial e interesses locais, e salvaguardar a definição e o cumprimento de padrões de qualidade ambiental e critérios respeitantes ao estado das águas. Assumindo a natureza de plano sectorial, o PGBH incluirá os objectivos ambientais estabelecidos pela Directiva Quadro da Água (2000/60/CE) e pela Lei da Água (Decreto- Lei nº 58/2005, de 29 de Dezembro) para as massas de água superficiais, subterrâneas e para as zonas protegidas, os quais deverão ser atingidos até 2015. Esses objectivos respeitam, no geral, ao estado das massas de água, ou seja à quantidade em que a água deve estar disponível e à qualidade que deve possuir. O objectivo principal do PGBH consiste em identificar um programa de medidas que permita alcançar o bom estado e o bom potencial das massas de água até 2015. As Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis estão englobadas na Região Hidrográfica 4 (RH 4), sobre a qual a Administração da Região Hidrográfica do Centro, I.P. exerce a sua jurisdição. Trata-se de uma área geográfica de 11 477.50 km 2 , respeitante a municípios dos distritos de Aveiro, Viseu, Coimbra, Leiria e Guarda, e a uma população residente estimada na ordem de 1,7 milhões de pessoas. R i o L i s R i o M o n de go R i o M o n d e g o Ri o V o u g a R i o V o u g a OCEANO ATLÂNTICO Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis GUARDA CASTELO BRANCO 9,6(8 $9(,52 &2,0%5$ /(,5,$ Legenda Capitais de Distrito Limites de Distrito Rede Hidrogáfica Bacias Hidrográficas Lis Mondego Vouga Costeiras COMO COLABORAR NA ELABORAÇÃO DO PGBH? Pode dar o seu contributo e, ou, solicitar mais informação sobre o PGBH em qual- quer momento. Além da informação regular que lhe faremos chegar, pode usar os seguintes meios: • Consulte www.arhcentro.pt para aprofundar temas que mais lhe interessem, descarregar documentos, e para nos deixar contributos escritos; • Contacte-nos para partipub_pgbh@arhcentro.pt para enviar ou solicitar qualquer informação que entenda ser importante; • Participe nas sessões sectoriais e, ou, públicas de esclarecimento que realizamos ao longo da elaboração do PGBH (consulte www.arhcentro.pt para se informar quanto a datas, locais e procedimentos de inscrição); • Pratique uma cidadania activa e participativa, passando a informação deste folheto a outras pessoas, empresas ou instituições situadas nas bacias dos rios Vouga, Mondego e Lis, que pense terem interesse no tema e vontade de participar; • Escreva ou contacte-nos para: Administração da Região Hidrográfica do Centro, I.P. Deptº. Planeamento Informação e Comunicação Av. Cidade de Aeminium Edifício Fábrica dos Mirandas 3000-429 COIMBRA Tel: 239 850 200 COLOQUE QUESTÕES, EXPRESSE OS SEUS DESEJOS, DEBATA PROBLEMAS E PROPONHA SOLUÇÕES. JUNTOS PODEMOS PLANEAR A GESTÃO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS. PARTICIPE E CONTRIBUA NA ELABORAÇÃO DO PGBH. CADA IDEIA CONTA, POIS… GOTA A GOTA SE CONSTRÓI O FUTURO DA ÁGUA NA NOSSA REGIÃO. Que água quer no futuro? CONTRIBUA PARA A ELABORAÇÃO DO PGBH A ARH do Centro, I.P. assume como objectivo estratégico prioritário a promoção do envolvimento activo dos cidadãos, empresas e instituições e, em geral, de todos os interessados, na elaboração, avaliação e revisão do Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis (PGBH). O desenvolvimento de cenários prospectivos, sendo auxiliado pelo recurso a fer- ramentas de previsão, carece do contributo de representantes dos sectores de actividade, os quais contribuem para ‘moldar’ os cenários de acordo com o seu conhecimento do sector em que operam. Nesse sentido, a ARH do Centro, I.P. levou a cabo no passado mês de Junho um workshop que integrou um conjunto de sessões temáticas dirigidas a representantes de diversos sectores de actividade, com o objectivo de auscultar a sensibilidade dessas partes interessadas quanto às tendências de evolução para os respectivos sectores. Os participantes puderam assim envolver-se na definição e consolidação dos cenários prospectivos e consen- sualizar que cenários de evolução sectorial serão mais plausíveis de se verificar a partir das expectativas técnicas que se consubstanciam no cenário base. Porque a água é de todos e para todos, contamos consigo para nos fazer chegar o seu conhecimento e as suas perspectivas sobre a realidade da água na região onde vive ou trabalha, apoiando os peritos e especialistas na elaboração de um Plano mais próximo das reais necessidades dos cidadãos, empresas e instituições. SABIA QUE… A área regada tem vindo a diminuir no território das bacias do Vouga, Mondego e Lis ao longo das últimas décadas. De acordo com o Recenseamento Geral da Agricultura de 2009, a área total de rega em 1989 era de 152 mil ha e em 1999 de 95 mil ha, existindo actualmente cerca de 59 mil ha regados. SAIBA MAIS e PARTICIPE em www.arhcentro.pt Concepção:

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Page 1: Concepção: CONTRIBUA PARA A ELABORAÇÃO DO PGBH do QUE …€¦ · CONTRIBUA PARA A ELABORAÇÃO DO PGBH A ARH do Centro, I.P. assume como objectivo estratégico prioritário a

QUE É O PGBH DO VOUGA, MONDEGO E LIS?

O Plano de Gestão das Bacias Hidrográfi cas dos rios Vouga, Mondego e Lis (PGBH) é um instrumento de apoio ao planeamento e gestão dos recursos hídricos, elaborado pela Administração da Região Hidrográfi ca do Centro, I.P., em conjunto com um vasto grupo de especialistas de diversas áreas científi cas e técnicas.

O PGBH tem por objectivo a protecção e valorização ambiental, social e económica dos recursos hídricos das referidas bacias, das águas de transição e costeiras àquelas associadas, e das ribeiras da costa compreendidas entre as mesmas. Compatibilizando as utilizações da água e a sua disponibilidade, o PGBH visa assegurar a gestão sustentável daquele recurso natural na região centro do País, em harmonia com outras políticas de cariz regional, sectorial e interesses locais, e salvaguardar a defi nição e o cumprimento de padrões de qualidade ambiental e critérios respeitantes ao estado das águas.

Assumindo a natureza de plano sectorial, o PGBH incluirá os objectivos ambientais estabelecidos pela Directiva Quadro da Água (2000/60/CE) e pela Lei da Água (Decreto-Lei nº 58/2005, de 29 de Dezembro) para as massas de água superfi ciais, subterrâneas e para as zonas protegidas, os quais deverão ser atingidos até 2015. Esses objectivos respeitam, no geral, ao estado das massas de água, ou seja à quantidade em que a água deve estar disponível e à qualidade que deve possuir. O objectivo principal do PGBH consiste em identifi car um programa de medidas que permita alcançar o bom estado e o bom potencial das massas de água até 2015.

As Bacias Hidrográfi cas dos rios Vouga, Mondego e Lis estão englobadas na Região Hidrográfi ca 4 (RH 4), sobre a qual a Administração da Região Hidrográfi ca do Centro, I.P. exerce a sua jurisdição. Trata-se de uma área geográfi ca de 11 477.50 km2, respeitante a municípios dos distritos de Aveiro, Viseu, Coimbra, Leiria e Guarda, e a uma população residente estimada na ordem de 1,7 milhões de pessoas.

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OCEANOATLÂNTICO

Plano de Gestãodas BaciasHidrográficasdos rios Vouga,Mondego e Lis

GUARDA

CASTELO BRANCO

L e g e n d aCapitais de DistritoLimites de Distrito

Rede Hidrogáfica

BaciasHidrográficas

LisMondegoVouga

Costeiras

COMO COLABORAR NA ELABORAÇÃO DO PGBH?Pode dar o seu contributo e, ou, solicitar mais informação sobre o PGBH em qual-quer momento. Além da informação regular que lhe faremos chegar, pode usar os seguintes meios:

• Consulte www.arhcentro.pt para aprofundar temas que mais lhe interessem, descarregar documentos, e para nos deixar contributos escritos;

• Contacte-nos para [email protected] para enviar ou solicitar qualquer informação que entenda ser importante;

• Participe nas sessões sectoriais e, ou, públicas de esclarecimento que realizamos ao longo da elaboração do PGBH (consulte www.arhcentro.pt para se informar quanto a datas, locais e procedimentos de inscrição);

• Pratique uma cidadania activa e participativa, passando a informação deste folheto a outras pessoas, empresas ou instituições situadas nas bacias dos rios Vouga, Mondego e Lis, que pense terem interesse no tema e vontade de participar;

• Escreva ou contacte-nos para: Administração da Região Hidrográfi ca do Centro, I.P. Deptº. Planeamento Informação e Comunicação Av. Cidade de Aeminium Edifício Fábrica dos Mirandas 3000-429 COIMBRA Tel: 239 850 200

COLOQUE QUESTÕES, EXPRESSE OS SEUS DESEJOS, DEBATA PROBLEMAS E PROPONHA SOLUÇÕES.

JUNTOS PODEMOS PLANEAR A GESTÃO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS. PARTICIPE E CONTRIBUA NA ELABORAÇÃO DO PGBH. CADA IDEIA CONTA, POIS… GOTA A GOTA SE CONSTRÓI O FUTURO DA ÁGUA NA NOSSA REGIÃO.

Que águaquer no futuro?

CONTRIBUA PARA A ELABORAÇÃO DO PGBH

A ARH do Centro, I.P. assume como objectivo estratégico prioritário a promoção do envolvimento activo dos cidadãos, empresas e instituições e, em geral, de todos os interessados, na elaboração, avaliação e revisão do Plano de Gestão das Bacias Hidrográfi cas dos rios Vouga, Mondego e Lis (PGBH).

O desenvolvimento de cenários prospectivos, sendo auxiliado pelo recurso a fer-ramentas de previsão, carece do contributo de representantes dos sectores de actividade, os quais contribuem para ‘moldar’ os cenários de acordo com o seu conhecimento do sector em que operam. Nesse sentido, a ARH do Centro, I.P. levou a cabo no passado mês de Junho um workshop que integrou um conjunto de sessões temáticas dirigidas a representantes de diversos sectores de actividade, com o objectivo de auscultar a sensibilidade dessas partes interessadas quanto às tendências de evolução para os respectivos sectores. Os participantes puderam assim envolver-se na defi nição e consolidação dos cenários prospectivos e consen-sualizar que cenários de evolução sectorial serão mais plausíveis de se verifi car a partir das expectativas técnicas que se consubstanciam no cenário base.

Porque a água é de todos e para todos, contamos consigo para nos fazer chegar o seu conhecimento e as suas perspectivas sobre a realidade da água na região onde vive ou trabalha, apoiando os peritos e especialistas na elaboração de um Plano mais próximo das reais necessidades dos cidadãos, empresas e instituições.

SABIA QUE…

A área regada tem vindo a diminuir no território das bacias do Vouga, Mondego e Lis ao longo das últimas décadas. De acordo com o Recenseamento Geral da Agricultura de 2009, a área total de rega em 1989 era de 152 mil ha e em 1999 de 95 mil ha, existindo actualmente cerca de 59 mil ha regados.

SAIBA MAIS e PARTICIPE em www.arhcentro.pt

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TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DAS PRESSÕES E IMPACTES GERADOS PELA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS VOUGA, MONDEGO E LIS

A construção de cenários prospectivos no âmbito da elaboração do PGBH é necessária pois, dada a proximidade do horizonte temporal de 2015 estabelecido pela legislação nacional e comunitária para o cumprimento dos objectivos ambientais defi nidos para as massas de água, torna-se fundamental traçar um quadro de evolução para a região, em particular no que toca às pressões e impactes gerados pelas utilizações dos recursos hídricos, de modo a permitir uma adequada fundamentação dos objectivos ambientais e estratégicos a defi nir e dos programas de medidas a propor para os alcançar.

Os usos consumptivos e não consumptivos dos recursos hídricos e as pressões e im-pactes sobre os mesmos exercidos estão intimamente associados a sectores de acti-vidade económica e social, sendo que as necessidades anuais de água requeridas para esses usos e, bem assim, as pressões e impactos por aqueles causados variam de sector para sector.

A elaboração de cenários prospectivos suporta-se na estimativa das evoluções dos di-versos sectores com impacto nos recursos hídricos, a qual, embora tenha por base va-lores históricos verifi cados, leva em conta a infl uência de políticas europeias, nacionais e regionais, bem como de políticas, programas, planos e projectos sectoriais, e ainda de factores estruturais e conjunturais externos, em grande parte determinados pela economia global.

Com base nessa análise às principais forças motrizes e às variáveis transversais (e.g. crescimento populacional, desenvolvimento industrial e económico, etc.) cuja evolução pode vir a condicionar o desenvolvimento económico sectorial, e considerando ainda a situação actual (situação de referência) e as tendências de evolução da tecnologia por sector e das boas práticas ambientais que advêm de uma crescente responsabilidade social corporativa, foi possível estimar as pressões exercidas sobre as massas de água, por cenário considerado.

Como principal instrumento de simulação, a análise prospectiva recorre ao desenvolvi-mento de cenários (i.e., projecções ou possibilidades). Dado que a evolução das referidas forças motrizes e variáveis exógenas que condicionam o desenvolvimento dos sectores de actividade com impacte sobre os recursos hídricos se reveste de um carácter de incerteza ou indeterminação, os especialistas e técnicos que estão a elaborar o PGBH entenderam ser necessário construir diversos cenários de análise da evolução sectorial, por forma a acautelar a possibilidade de os mesmos servirem de orientação a diferentes estratégias de acção (objectivos e medidas), consoante a magnitude das pressões e impactos potencialmente gerados sobre os recursos hídricos.

Esta análise prospectiva permite assim aferir em que medida as utilizações (consumpti-vas e não consumptivas) do recurso água, que acompanham um dado cenário tendencial de desenvolvimento socioeconómico previsível para Região Hidrográfi ca, serão viáveis e compatíveis com a sustentabilidade dos usos, protecção dos recursos naturais e pre-servação dos ecossistemas, nas sub-bacias que integram esta região.

Em traços gerais, a metodologia empregue na construção dos cenários prospectivos para o PGBH baseou-se na concepção de que se verifi ca um encadeado de relações causais que se iniciam num conjunto de forças motrizes (de natureza económica, social, cultural ou tecnológica) de que resultam pressões sobre os recursos hídricos as quais, por sua vez, condicionam o estado dos mesmos, resultando num conjunto de impactes ambientais. A esses impactes ambientais será dada resposta através dos objectivos a defi nir e do programa de medidas a propor nas fases subsequentes de elaboração do PGBH.

Quais os objectivos dos cenários prospectivos?

No essencial, estas projecções visam identifi car e caracterizar o desvio potencial entre o “bom estado” das massas de água e o que previsivelmente ocorrerá caso não sejam tomadas medidas correctivas, bem como identifi car situações que justifi quem a redução ou prorrogação de objectivos ambientais estabelecidos na legislação. Com efeito, embo-ra na Directiva Quadro da Água (2000/60/CE) e na Lei da Água (Decreto-Lei nº 58/2005, de 29 de Dezembro) se preveja que a totalidade das massas de água deva apresentar um “bom estado” em 2015, podem, no entanto, ser identifi cadas razões que justifi quem a derrogação ou a prorrogação, até 2021 ou 2027, de tais objectivos. Nesse sentido, os cenários prospectivos vão ajudar a estabelecer um programa de medidas que responda à necessidade de proteger e valorizar ambiental, social e economicamente as massas de água que não sejam classifi cadas como apresentando um “bom estado” em 2015, promovendo o alcançar desse objectivo num dos dois horizontes temporais posteriores.

Que sectores de actividade económica e social foram considerados nos cenários elaborados para o PGBH?

Existem sectores cuja evolução afecta directamente os recursos hídricos, tanto em ter-mos de necessidades de água, que devem ser compatíveis com as disponibilidades, como no tocante à rejeição de cargas poluentes pontuais ou difusas, que devem ser controladas. Os especialistas e técnicos encarregues da construção de cenários pros-pectivos no âmbito do PGBH consideraram indicadores e um histórico de dados, de natureza diversa, relativamente aos seguintes sectores de actividade:

• Sistemas de Abastecimento e Saneamento Urbano

• Sector do Turismo

• Sector da Indústria

• Sector da Agricultura

• Sector da Pecuária

• Sector da Energia e Aproveitamentos Hidráulicos

• Sector da Pesca, da Aquicultura e dos Portos

Que cenários foram construídos e qual a metodologia adoptada no desenvolvimento dos mesmos por sector de actividade?

Cada sector de actividade apresenta uma metodologia específi ca para o desenvol-vimento e quantifi cação do impacte do seu respectivo cenário, embora diversos aspectos relevantes da metodologia adoptada sejam comuns aos diferentes sec-tores analisados. Uma síntese desses aspectos é apresentada no diagrama abaixo:

Identifi cados indicadores relevantes quanto às tendências de evolução dos secto-res nas bacias dos rios Vouga, Mondego e Lis, desenvolveram-se, para cada um dos anos de referência (2015, 2021 e 2027) e para cada sector de actividade, três cenários alternativos de evolução tendencial da actividade sectorial, os quais refl ectem diferentes magnitudes de pressão potencial da actividade do respectivo sector sobre os recursos hídricos.

A. Cenário Base (ou cenário de referência, que expressa a evolução natural da situação actual);

B. Cenário Maximalista (ou mais exigente, que traduz ambição e optimismo quanto à tendência de desenvolvimento do sector);

C. Cenário Minimalista (ou menos exigente, que traduz maiores reservas quanto à tendência de desenvolvimento do sector).

Os estudos prospectivos por sector incluem ainda uma análise integrada das pres-sões sectoriais (quantitativas e qualitativas) sobre a massa de água ou conjunto de massas de água (o nível de desagregação permite avaliar o estado da massa de água e comparar com os objectivos ambientais defi nidos para a mesma), a qual resultará em parâmetros ou variáveis [e.g., consumos de água (m3/ano); caudais re-jeitados (m3/ano); etc.]. A análise integrada de pressões foi desenvolvida para todos os cenários, com a perspectiva pragmática de se prever, em fase seguinte, o estado das massas de água, os objectivos estratégicos e ambientais e os programas de medidas necessários.

Cenário A(base ou

tendencial)

Cenário C(minimalistaou menosexigente)

Cenário B(maximalista

ou expansionista)

Contribuiçãopara a análise

integradade pressões

Contribuiçãopara a análise

integradade pressões

Contribuiçãopara a análise

integradade pressões

Metodologia adoptada no âmbito do PGBH para o desenvolvimento de cenários prospectivos

por sector de actividade

Sistema (Bacias dos Rios Vouga, Mondego e Lis)

Análise Sócio-Económica Global

Definição de actores interessados

Identificação dos indicadores relevantes

Projectos,Políticas eProgramassectoriais

“Feedback”dos actoresenvolvidos

(workshops)

Análise de tendênciase evolução

da tecnologia. Ética e responsabilidade social

PREVER PARA PLANEAR A GESTÃO SUSTENTADADOS RECURSOS HÍDRICOS

Porque o futuro se constrói no presente, os recursos hídricos que teremos amanhã dependerão, em boa medida, do esforço e das medidas que hoje desenvolvermos e tomarmos para os proteger e valorizar, promovendo a sua gestão sustentável.

Por isso, estudar e prever as tendências de evolução dos factores que condicionam a qualidade e quantidade destes preciosos recursos naturais é um desígnio fundamental do Plano de Gestão das Bacias Hidrográfi cas dos rios Vouga, Mondego e Lis (PGBH), que a Administração da Região Hidrográfi ca do Centro, I.P. se encontra a elaborar, em conjunto com um vasto grupo de especialistas de diversas áreas científi cas e técnicas.

QUAIS SÃO AS FASES DE ELABORAÇÃO DO PGBH?

O Plano de Gestão das Bacias Hidrográfi cas dos rios Vouga, Mondego e Lis (PGBH) está em plena elaboração, abrangendo um leque muito vasto de temas e questões. De forma muito sucinta, a elaboração do PGBH desdobra-se nas seguintes fases su-cessivas:

EM QUE FASE SE ENCONTRA A ELABORAÇÃO DO PGBH?

Concluído o diagnóstico das bacias hidrográfi cas dos rios Vouga, Mondego e Lis, no qual se estabeleceram as relações entre o estado das massas de água e as pressões que são responsáveis por esse estado, a elaboração do PGBH encontra-se agora na fase de construção de cenários prospectivos. Nesta fase, as equipas de técni-cos e especialistas do PGBH procedem a uma análise prospectiva das tendências de evolução socioeconómica relacionadas com as pressões e impactes gerados pelas utilizações da água nas bacias hidrográfi cas, mediante a construção de projecções (i.e., cenários) por sector de actividade económica, projecções essas destinadas a prever de que formas poderão evoluir os principais factores determinantes que infl uenciam os sectores de actividade que mais impacto têm sobre os recursos hídricos.

Os cenários prospectivos constituem assim a base das acções de planeamento e reve-lam-se um importante instrumento auxiliar do processo de tomada de decisão, já que permitem identifi car oportunidades e ajudar a defi nir acções a implementar, levando em conta de forma integrada um exaustivo conjunto de aspectos económicos, sociais, culturais, ambientais, científi cos e tecnológicos.

Fases de Elaboração do PGBHInício dos

trabalhos

Fimdos

trabalhosCaracterização

geral ediagnóstico das Bacias

Hidrográficas

Cenáriosprospectivos

Objectivosambientais

Programade medidas

Sistemade promoção,

acompanhamentoe avaliação

Publicaçãodo PGBH

(versão final)

Consulta públicado PGBH

(versão preliminar)

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