conceitos quimicos do bafometro
DESCRIPTION
conceitos quimicos do bafometroTRANSCRIPT
PORQUE ESCOLHEMOS ESTE TEMA?
ALÉM DE SE TRATAR DE UM TEMA ATUAL, QUE DESPERTE INTERESSE DOS ALUNOS, ENVOLVE PRINCÍPIOS DE REAÇÕES DE ÓXIDO REDUÇÃO E OXIDAÇÃO DE ALCOÓIS.
OBJETIVOS:
- Demonstrar a utilidade do bafômetro, bem como os princípios químicos do seu funcionamento;- Confirmar a efetividade do bafômetro no bombom de licor e no enxaguante bucal.- Associar os conceitos teóricos de oxidação do álcool ao experimento.
INTRODUÇÃO
Mais de 1.000 brasileiros morrem, por ano, vítimas de acidentes causados por excesso de álcool e cerca de 10% de todos os acidentes com vítimas, resultam de dirigir com excesso de álcool no sangue. Isso porque a bebida alcoólica dá uma falsa sensação de segurança; causa euforia; diminui o controle muscular e a coordenação; prejudica a habilidade de avaliar velocidades, distâncias; reduz a percepção visual e a capacidade de lidar com o inesperado.
O álcool está relacionado a 50% das mortes por acidentes de carro, 50% dos homicídios e 25% dos suicídios.Para inibir a presença de motoristas embriagados no trânsito, a polícia usa os chamados bafômetros.Bafômetro é o aparelho que mede o teor de álcool no sangue através do sopro e seu funcionamento baseia-se em reações de oxidação e redução. O motorista suspeito é obrigado a soprar através de um tubo ligado ao bafômetro, que indicará então seu grau de embriaguez. Existem vários tipos de bafômetro, mas todos são baseados em reações químicas envolvendo o álcool etílico presente na baforada e um reagente. Os dois mais comuns utilizam célula de combustível (que gera uma corrente elétrica) e é o mais usado entre os policiais no Brasil e o dicromato de potássio (que muda de cor na presença do álcool).
Um dos primeiros bafômetros usados comercialmente, cujo princípio continua ainda a ser empregado nos dias de hoje, foi desenvolvido por R. F. Borkenstein em 1958, e operava usando um método calorimétrico de análise. De acordo com a concepção de Borkenstein, o ar soprado pelo suspeito é bombeado em uma solução de dicromato de potássio fortemente acidulada com ácido sulfúrico e o etanol introduzido na solução reage com os íons dicromato,produzindo acetaldeído e íons Cr(III). Conforme o etanol reage, há
uma mudança da coloração laranja característica desta solução para um tom esverdeado, característico dos íons Cr(III).
A ocorrência é perceptível pela mudança de cor. Os bafômetros conseguem determinar a concentração do álcool no sangue pela análise da intensidade da cor, intensidade que é captada com o auxílio de uma célula fotoelétrica muito sensível. O cheiro característico do ácido acético é bastante perceptível no tubo de ensaio após a reação.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Alcoóis podem ser oxidados a aldeídos, cetonas ou ácidos carboxílicos usando-se agentes oxidante. O produto final e a velocidade da reação dependem da estrutura do álcool de partida e do poder de oxidação do oxidante utilizado.
O teste do bafômetro é baseado na mudança de cor que ocorre na reação de oxidação do etanol com o dicromato de potássio em meio ácido. Se o ar expirado pela pessoa mudar a cor alaranjada inicial do dicromato de potássio para verde, a quantidade de álcool no sangue está acima do limite legal.
No momento em que se ingere bebidas alcoólicas, o etanol entra na circulação sangüínea e, ao passar pelos pulmões, uma parte do álcool é liberada através da respiração. Esse processo de passagem do álcool do estômago/intestino para o sangue leva aproximadamente 20 a 30 minutos, dependendo de uma série de fatores, como peso corporal, capacidade de absorção do sistema digestivo e gradação alcoólica da bebida. Assim, 10% do álcool ingerido é eliminado através do ar exalado e os outros 90% são metabolizados no fígado, oxidando o álcool em aldeído.
Na reação, a fonte de íons dicromato é o dicromato de potássio, que os libera quando dissociado em água. A ionização do ácido sulfúrico fornece os íons H+ necessários à reação. Na primeira etapa, o etanol introduzido na solução reage com os íons dicromato produzindo um aldeído, que neste caso é o acetaldeído. Na segunda etapa, o acetaldeído é consumido, produzindo ácido ácetico, íons cromo (III) e água. Os íons potássio e sulfato formam sulfato de potássio e os íons sulfato, juntamente com íons cromo (III) formam sulfato de cromo (III). O dicromato de potássio apresenta coloração alaranjada. Quando essa reação ocorre, o cromo do dicromato de potássio é reduzido a cromo III, na forma de sulfato de cromo III – Cr2SO4 –, que possui coloração verde.
Mecanismo: O H2CrO3 formado seria então reduzido a Cr3+ através de interações com outros íons cromo, em diversos estados de oxidação, e por reação com outras moléculas de álcool, numa série de reações rápidas.
ESTATÍSTICAS
No País, 90% das internações em hospitais psiquiátricos por dependência de drogas, acontecem devido ao álcool.
O alcoolismo é a terceira doença que mais mata no mundo.
O álcool é a droga que mais detona o corpo (tanto quanto a cocaína e o craque); a que mais faz vítimas; e é a mais consumida entre os jovens no Brasil.
CURIOSIDADE
A ressaca provocada por bebidas alcoólicas é causada, principalmente, pelo acetaldeído resultante da oxidação do álcool no organismo e também por impurezas existentes na bebida.
CONCLUSÃO: Este experimento mostrou-se ser, além de fácil execução, também de fácil compreensão, ilustrando uma técnica baseada em reações de óxido-redução, dentro de um contexto bastante atual.