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CONCEITOS BÁSICOS ANTES DE INVESTIR

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CONCEITOSBÁSICOS ANTES DE INVESTIR

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Antes de começar a investir, é necessário dar alguns passos no seu planejamento financeiro, para que você possa aplicar seus recursos da forma correta e ampliar seu patrimônio com estratégia e segurança.

Aqui você encontra informações importantes para avançar no mundo dos investimentos.

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1. Saúde financeira

2. Defina sua estratégia

3. Qual o seu perfil como investidor?

4. Diferença entre Renda Fixa e Renda Variável; definição das principais modalidades de investimentos

5. Relação risco x retorno

6. Taxa Selic e a sua relação com investimentos

7. Custos ao investir

8. Como começar a investir

ÍNDICEClique nos assuntos para ir aos capítulos

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CAPÍTULO 1

Saúde financeira – está pronto para investir?

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O primeiro passo para começar a investir é avaliar sua situação financeira. É recomendável já ter avançado alguns passos:

1. Estar com suas finanças em dia, sem contas em atraso.

2. Ter total controle do seu orçamento.

3. Ter o hábito de poupar.

4. Dispor de uma reserva de emergência. Ter uma situação financeira controlada permite tranquilidade e segurança para traçar uma boa estratégia de investimentos. Pense só: de que adiantaria você ter dinheiro aplicado, com uma dívida no cartão de crédito aumentando sem parar? Você não precisa de muito para investir, desde que esta quantia seja realmente destinada às suas aplicações, sejam elas de médio ou longo prazo. Não invista, principalmente em modalidades arriscadas, se você desconfia que poderá precisar desse dinheiro no curto prazo para cobrir despesas. Daí a importância de construir uma reserva de emergência.

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O QUE É RESERVA DE EMERGÊNCIA?Trata-se de um fundo para gastos inesperados. Há quem substitua o termo “reserva de emergência” por “reserva de oportunidade”, desvinculando assim a sua finalidade de cobrir somente gastos “ruins” (um vazamento de gás na cozinha, um defeito no seu notebook, por exemplo) e incluindo boas ocasiões (como uma viagem com amigos, um curso que você queria muito fazer ou um desconto imperdível no carro que planeja comprar há anos). Desde que você se comprometa a repor este dinheiro em determinado prazo, ele pode sim ser utilizado.

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A reserva permite que você proteja o seu orçamento e, também, seus investimentos, podendo se planejar no médio e longo prazo, sem mexer nas suas aplicações a cada eventualidade que demande gastos extras. Por isso, fala-se na reserva como uma importante ferramenta de proteção do planejamento financeiro.

QUANTO JUNTAR NA RESERVA DE EMERGÊNCIA?Planejadores financeiros costumam recomendar que seja poupado dinheiro suficiente para cobrir de três a seis meses de despesas fixas. Melhor ainda quando se consegue juntar reserva suficiente para um ano. Por exemplo, se você precisa de R$ 2.000 por mês para arcar com seus gastos, deve juntar entre R$ 6.000 e R$ 12 mil. Pensando nos 12 meses, seriam R$ 24 mil. O objetivo, assim, é proteger seu orçamento, mesmo que você perca seu emprego (e sua renda) por determinado período, permitindo certa tranquilidade até a sua recolocação no mercado.

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CAPÍTULO 2

Defina sua estratégia

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Não é necessário ter muito dinheiro para investir. Mais importante é traçar um planejamento consistente e ter disciplina para realizar suas aplicações com frequência. Defina seus objetivos! Para cada um deles, existe uma estratégia de investimento mais indicada (ou uma combinação delas). Na hora de escolher uma aplicação financeira, você deve considerar alguns fatores:

• Prazo: quando você vai precisar do dinheiro? Por quanto tempo quer e pode manter o dinheiro investido? Quando “expira” sua meta? A melhor aplicação para você vai depender do tempo que tiver para investir. Avalie o prazo mínimo de investimento de cada aplicação e escolha aquela que condiz com seus objetivos.

• Risco: você está disposto a correr certo risco, em busca de um retorno maior, ou prefere uma rentabilidade mais garantida, mesmo que pequena?

• Valor: quanto você tem para investir? Planeje metas confortáveis e de acordo com seu orçamento. Não adianta investir todo o seu 13º salário hoje, se

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amanhã terá de resgatá-lo por completo. É melhor investir uma pequena parte e deixá-la aplicada por bastante tempo. Definido o valor, verifique as aplicações que permitem o aporte de acordo com o seu planejamento. Por conta de taxas e impostos, algumas modalidades são mais indicadas para quem tem um montante maior para investir, enquanto outras atendem às necessidades daqueles que querem aplicar pequenas quantias.

• Frequência: de quanto em quanto tempo você pretende investir?

• Retorno: qual rentabilidade você espera alcançar?

CUIDE DE SEUS INVESTIMENTOSAcompanhe seu planejamento, monitorando planilha de orçamento e seus investimentos. Procure estudar bastante o mercado e também escolher criteriosamente se você prefere aplicar seu dinheiro por meio de banco ou corretora. Informe-se o máximo possível, questione, pesquise, antes de tomar qualquer decisão. Defina seus planos

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e, assim, escolha o investimento mais adequado à sua realidade! Você pode contar também com apoio profissional de um planejador financeiro CFP® ou consultor de investimentos.

NÃO ADIE SUAS DECISÕESVocê sabia que, no mundo das finanças, adiar decisões é bastante comum e prejudicial à saúde financeira?

As pessoas costumam “procrastinar” o seu planejamento, porque agir envolve uma série de fatores:

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• É preciso ter determinação e realmente se dedicar à tarefa.

• Deve-se abrir mão de algo hoje, por um objetivo futuro.

• Organizar o orçamento é essencial, porém trabalhoso.

• É necessário ter objetivos claros, e nem sempre as pessoas conseguem defini-los com clareza.

• Sem disciplina, fica complicado colocar qualquer plano em prática.

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CAPÍTULO 3

Qual o seu perfil como investidor?

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Todos nós somos diferentes, agimos de forma distinta, temos necessidades diversas. Na hora de investir, essas características precisam ser consideradas. Além dos itens que compõem sua estratégia (prazo, risco, valor, frequência e retorno), o perfil costuma ser definido pelo grau de tolerância ao risco do investidor. Pode-se dizer que, de forma geral, o risco está diretamente ligado à rentabilidade do investimento: os mais arriscados tendem a oferecer ganhos superiores aos obtidos nas aplicações de menor risco, mas, por outro lado, as perdas também podem ser maiores.

IDENTIFIQUE O SEU PERFILOs principais perfis são os seguintes:

• Perfil Investidor Conservador: busca o máximo de segurança, mesmo que signifique menor retorno. Com relação às perdas, devem ser as menores possíveis, ou nem existirem. Normalmente, opta por investimentos que possuam retorno de médio/longo prazo.

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• Perfil Investidor Moderado: procura o equilíbrio entre segurança, liquidez e rentabilidade. Possui características tanto conservadoras quanto agressivas e tenta equilibrá-las para se proteger, por um lado, de um risco que assume do outro.

• Perfil Investidor Agressivo: deixa a segurança um pouco de lado e enfrenta um risco maior, na expectativa de obter uma rentabilidade mais alta.

Faça um teste no UOL Economia e descubra qual seu perfil de investidor: https://economia.uol.com.br/quiz/perfil-investidor

MOMENTO DA VIDAOs perfis hoje também são analisados de acordo com o momento de vida do investidor. Um jovem, por exemplo, costuma aceitar mais riscos. Já um trabalhador perto da aposentadoria certamente prefere investimentos mais conservadores, pois vai precisar dessa renda como sustento quando parar de trabalhar e não pode correr grandes riscos no momento.

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Vale lembrar que é importante sempre rever suas aplicações, pois seu perfil de investidor e a sua estratégia podem mudar com o tempo e com suas necessidades. E o mais importante: seja qual for o seu perfil, o mais arriscado é adiar a decisão de investir. Pense nisso e comece agora mesmo.

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CAPÍTULO 4

Renda fixa x renda variável: confira as principais modalidades de investimentos

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Entender a diferença entre os investimentos de Renda Fixa e de Renda Variável é fundamental para realizar boas aplicações financeiras.

RENDA FIXAOs investimentos em renda fixa são aqueles cuja remuneração ou sua forma de cálculo pode ser previamente definida no momento da aplicação; você consegue estimar qual será a sua rentabilidade. Reúne investimentos de menor risco e, em contrapartida, rendimentos inferiores em relação aos de Renda Variável, principalmente em momentos de juros baixos. Dentre os investimentos mais populares nessa categoria, estão a poupança, os fundos DI e de renda fixa, títulos públicos e CDBs. Pelo fato de não estarem tão sujeitas às oscilações do mercado e de o investidor conhecer a sua rentabilidade, essas aplicações podem ser consideradas menos arriscadas e, por isso, mais adequadas a quem tem perfil conservador.

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Mas isso não descarta totalmente a possibilidade de perdas. Apesar de raros, os prejuízos podem ocorrer, se o emissor do título não cumprir com a obrigação assumida ou ainda se, ao final da aplicação, ela se revelar menos rentável do que outros investimentos de risco similar e disponíveis durante o mesmo período.

RENDA VARIÁVELNas aplicações de Renda Variável, o investidor não tem como saber previamente qual será a rentabilidade que poderá obter. Fazem parte dessa categoria os investimentos em ações. Como o próprio nome diz, os preços dos ativos podem sofrer variações o tempo todo, sendo redefinidos por conta de diversos eventos que afetam as empresas emissoras, a economia e o próprio mercado financeiro. Em contrapartida, justamente por trazer mais riscos, a renda variável proporciona maior rentabilidade, principalmente se o investimento for feito com critério, diante de opções bem avaliadas e com diversificação.

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Eventuais desvalorizações das ações podem ser revertidas para quem deixa os papéis aplicados no longo prazo. Por isso, é aconselhável não precisar do dinheiro investido para cobertura de gastos. Nesse ponto, a opção pela renda variável também depende da idade do investidor. Isso acontece porque, quanto mais jovem ele for, maior pode ser a proporção de investimentos em renda variável, pois tem o tempo a seu favor e, no longo prazo, pode ter retornos interessantes das boas empresas listadas na Bolsa de Valores. Já os mais velhos tendem a arriscar menos e priorizar a segurança, pensando em preservar os recursos que estão sendo acumulados para a aposentadoria.

CONHEÇA AS PRINCIPAIS MODALIDADES DE INVESTIMENTO:

Renda fixa: CDB, poupança, títulos públicos, debêntures, LCI e LCA, CRI e CRA, fundo de renda fixa.

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CDB: a sigla significa Certificado de Depósito Bancário. É um tipo de título privado emitido por bancos, para arrecadar recursos. Ao investir em CDB:

• O investidor empresta dinheiro para o banco;

• O banco usa o dinheiro para financiar empréstimos bancários de seus clientes;

• No resgate, o banco devolve o dinheiro com os juros do período.

A maior parte dos CDBs tem a remuneração atrelada à Taxa DI, calculada pela B3 (Bolsa de Valores, ex-BM&FBovespa), com base na média ponderada dos juros em operações de empréstimos entre os bancos. Essas operações são conhecidas como CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

É um investimento segurado pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Isso significa que, em caso de falência do banco, o cliente recebe os recursos de volta, até o limite de R$ 250 mil por conta e por CPF.

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Existem CDBs com liquidez diária (o investidor tem acesso ao dinheiro corrigido quando ele quiser) e, também, com vencimento de longo prazo (oferecem melhores opções de rentabilidade, desde que respeitada a data para resgate). Como custos, há incidência de Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Dica: verifique se há prazos de carência para o saque, pois alguns CDBs podem ter penalidades para saques antes do vencimento. É possível investir por meio de bancos, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários. Os CDBs podem ser prefixados (pagam juros atrelados a uma taxa fixada no momento da compra) e pós-fixados (pagam juros atrelados à variação de alguma taxa, normalmente a taxa DI).

Poupança: é o investimento mais conhecido pela população brasileira, mesmo com sua baixíssima rentabilidade, certamente pela facilidade para aplicar recursos: basta transferir o dinheiro da conta-corrente para a poupança. É possível programar depósitos mensais automáticos, o que é um estímulo extra para poupar.

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A poupança é isenta do Imposto de Renda e é garantida pelo FGC. Sua rentabilidade é bem baixa, com remuneração de 0,5% ao mês, mais correção monetária, nos períodos em que a taxa Selic está acima de 8,5% ao ano. Quando está abaixo desse patamar, a correção é de 70% da Selic. Fora isso, o rendimento só é creditado a cada 30 dias, no “aniversário da poupança”. Se você depositou o dinheiro no dia 10 de um mês, esse dia será o “aniversário da poupança”, que é quando os rendimentos são creditados na conta. Se for preciso resgatar os recursos antes disso, o investidor não recebe o rendimento proporcional. A poupança tem alta liquidez, pois o dinheiro pode ser sacado a qualquer momento.

Títulos públicos: são títulos emitidos pelo Governo. Eles podem ser indexados à taxa Selic, à inflação ou ainda pagar uma taxa previamente acordada de juros (prefixados). Quando aplica em títulos públicos, o investidor empresta recursos para o Governo, em troca de recebê-los de volta no futuro, com juros.

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A liquidez é alta, já que o Tesouro Nacional garante a recompra diária dos seus títulos públicos. Você poderá resgatar antecipadamente os títulos adquiridos todos os dias, a preço de mercado. Mas quanto maior o prazo investido, melhor a rentabilidade. Há cobrança de IR nos títulos públicos: o Imposto de Renda é regressivo, ou seja, quanto mais tempo você investe, menos você paga. Para investir em títulos públicos, basta acessar o site do Tesouro Direto (https://www.tesourodireto.com.br), sistema que permite que pequenos investidores comprem esses papéis pela internet. Precisa ter cadastro em uma corretora ou banco habilitados a operar com os papéis. Os títulos são considerados uma das aplicações mais seguras, porque a chance de o governo dar um calote e não pagar os investidores de volta é baixa. Entre as principais vantagens dos títulos públicos, estão os custos, normalmente mais baixos do que as taxas de administração dos fundos de investimento.

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Os títulos têm um prazo de vencimento. A rentabilidade acertada no momento da compra só é garantida para quem fica com os papéis até a data final. Os rendimentos são tributados pelo Imposto de Renda e pelo IOF (no caso de aplicações inferiores a 30 dias). Fundos de renda fixa: um fundo de investimento é formado por uma carteira de ativos financeiros. É oferecido por administradoras que disponibilizam cotas para captação de recursos. Cada investidor adquire uma cota, paga uma mensalidade para a administração e segue algumas regras preestabelecidas, como se fizesse parte de um condomínio. Nesse fundo, há taxas para que a gestão tome decisões relacionadas aos ativos da carteira, como fazer novas aquisições ou vendas. Os fundos de investimento são constantemente fiscalizados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Os fundos de Renda Fixa buscam retorno por meio de investimentos em ativos de renda fixa, como

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títulos públicos federais, CDB, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e debêntures, entre outros. Há diversos tipos de fundos de Renda Fixa, conforme pode ser visto na classificação da Anbima. Os fundos de renda fixa mais conservadores, como os fundos DI, em geral oferecem muita liquidez – o cotista recebe o dinheiro no mesmo dia do pedido de resgate.

Uma das principais razões para escolher os fundos de renda fixa para investimento da reserva financeira é que existem opções para todos os bolsos. Com apenas R$ 100, já é possível aplicar em um fundo. A dica é pesquisar, para que você encontre a opção mais adequada aos seus objetivos e ao seu perfil de risco. As aplicações em Fundos de Investimento, em sua maioria, estão sujeitas a dois tipos de tributos: o IR e o IOF. Debêntures: são títulos de crédito negociados no mercado de capitais. Somente as companhias abertas

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com registro na Comissão de Valores Mobiliários podem efetuar emissões públicas de debêntures. Para investir em debêntures, é possível comprar os títulos diretamente por oferta pública ou no mercado secundário (negociando com outro investidor). Outra possibilidade é aplicar via fundos de investimentos.

Quem compra uma dessas debêntures, na verdade, “empresta” dinheiro para uma empresa durante um período. Em troca disso, aceita receber uma remuneração (juros). Pelas suas características, as debêntures são classificadas como investimentos de Renda Fixa, como os títulos públicos e os CDBs. As regras relacionadas aos prazos e ao formato da remuneração estão definidas desde o momento da aplicação.

Ao comprar uma debênture, o investidor sabe, desde o início, por quanto tempo o dinheiro vai ficar aplicado e de quanto serão os juros a receber. As debêntures têm um prazo de vencimento definido. Em geral, é de pelo menos dois anos, mas pode ser bem

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maior do que isso, chegando aos cinco ou dez anos. A liquidez é considerada um ponto de desvantagem das debêntures, porque são títulos mais difíceis de vender no mercado secundário e, claro, a venda está sujeita à perda de dinheiro.

LCI (Letra de Crédito Imobiliário): Trata-se de título pós-fixado emitido pelos bancos para obtenção de recursos destinados a financiamentos do setor imobiliário. É um investimento isento de Imposto de Renda. É garantido pelo FGC até R$ 250 mil, e o retorno da aplicação é um percentual do CDI. No entanto, geralmente o aporte (investimento inicial) é mais alto, variando de uma instituição financeira para outra.

É uma aplicação destinada aos investidores de perfil conservador que queiram diversificar sua carteira e focar no médio e longo prazo, sem tanta necessidade de liquidez.

LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): É um título de Renda Fixa emitido por instituições

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financeiras públicas ou privadas que apoiam o setor agrícola. Assim como nas LCIs, com dinâmica bem parecida com os CDBs, ao investir em LCA você está “emprestando dinheiro” à instituição. Também é isento de IR, tem rendimento pelo CDI e é garantido pelo FGC. A LCI é mais indicada para objetivos de médio e longo prazo. A modalidade tem um período de carência – normalmente a partir de 90 dias, não sendo indicado retirar o valor antes do período contratado.

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CRA (Certificado de Recebimento do Agronegócio): trata-se de um título de crédito privado vinculado a direitos a receber de negócios, em sua grande maioria, por produtores agrícolas, cooperativas e terceiros, abrangendo financiamentos da atividade agropecuária. Em outras palavras, quem investe nesse tipo de papel está comprando, na verdade, rendimento de créditos que são concedidos para financiamento de projetos de agronegócio. Isento de IR e de IOF para pessoas físicas, o CRA tem sido uma boa alternativa para os investidores que usam o LCA (Letras de Crédito Agropecuário), mas querem garantir uma renda mais atrativa por não contar com a garantia do FGC, tendo, portanto, um risco mais alto e chances de rentabilidades mais elevadas. Os certificados de recebimento são títulos de renda fixa de crédito privado que representam uma promessa de pagamento futuro em dinheiro. Assim como outros investimentos de renda fixa, no CRA, quanto mais longo para o vencimento do título, maior será a sua rentabilidade, devido ao risco relativamente mais alto.

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Os prazos dos títulos normalmente variam de quatro a dez anos, podendo chegar a 15 anos. O investimento em CRA não permite resgate antecipado, tendo liquidez apenas no vencimento. Caso o investidor precise reaver seus recursos antes do prazo acordado, deverá vender o papel a outro investidor interessado, sem qualquer garantia de receber a rentabilidade estabelecida inicialmente. CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários): assim como acontece com o CRA (no agronegócio), esses certificados são uma forma de as companhias captarem recursos no mercado.

Funciona assim: uma empresa do setor imobiliário, ao realizar suas atividades, faz vendas parceladas, mas precisa do dinheiro à vista. Para isso, a dívida do cliente final (o comprador do imóvel) vira um crédito a receber. Esse crédito é transformado em títulos negociáveis no mercado.

O título, portanto, gera um direito de crédito ao investidor, que vai ganhar uma remuneração pelo

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dinheiro que “emprestou” à construtora. No fim, recebe de volta o valor principal investido.

Os Certificados de Recebíveis são investimentos isentos de IR e de IOF para pessoas físicas, voltados para médio e longo prazo, pois costumam ter vencimentos a partir de três anos. Além disso, são ideais para perfis moderados e para investidores qualificados.

Para aproveitar todo o rendimento da aplicação, você só pode resgatar o dinheiro investido na data de vencimento do título. Por conta disso, essa modalidade de investimentos é sugerida para investidores que já têm uma reserva de emergência.

Renda variável: Ações, Fundos de Investimentos (Ações e Multimercados), Fundos Imobiliários, ETFs, Opções, Câmbio, Futuros e Bitcoin (criptomoedas).

Ações: quando um investidor compra a ação de uma empresa, ele adquire uma pequena parte do seu capital social, tornando-se sócio da organização. Essas ações são negociadas na Bolsa de Valores.

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Para investir em ações, é necessário abrir conta em uma corretora. No site da B3 você encontra a lista das corretoras existentes no país e tem condições de fazer sua pesquisa, para escolher a que mais se ajuste às suas necessidades. Para investir, você transfere dinheiro para a corretora onde fez seu cadastro, escolhe as ações e efetua sua compra por meio do Home Broker.

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Toda corretora conta com esta plataforma, na qual é possível monitorar o mercado, visualizar as recomendações e efetuar suas escolhas, tanto para compra quanto para venda. Pelo Home Broker, você pode fazer muitos outros investimentos, além de ações.

Não existe valor mínimo para investir, pois cada ação tem o seu valor no mercado. Porém, as transações de compra e venda estão sujeitas a custos, como Imposto de Renda, taxas de custódia (cobrada por algumas corretoras, pelo serviço de armazenar as ações nas quais você investiu) e corretagem (cobrada sempre que se compram ou se vendem ações; algumas corretoras têm optado por oferecer taxa zero). Investir em ações envolve um nível considerável de risco, em função da volatilidade (o valor de uma ação pode variar rapidamente, de um dia para outro). Por isso, é necessário ter perfil para aplicar seu dinheiro nessa modalidade de investimento, classificado entre moderado e agressivo.

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Caso não queira investir em ações por conta própria, há outras opções: Clubes de Investimento: é quando você se une a um grupo de pessoas para investirem juntos, somando os recursos de todos os integrantes. Assim, todos têm a possibilidade de investir um capital maior e dividir os ganhos e perdas proporcionalmente ao montante que cada um investiu. Por ser uma forma alternativa de investimento em ações aos iniciantes, principalmente, oferece liquidez, mas deve ser aproveitado com visão de médio/longo prazo. Os investidores que participam do grupo pagam 15% de Imposto de Renda no momento do resgate, alíquota que incide sobre o rendimento obtido com a valorização das cotas.

Fundos de Investimento: é um fundo de ações criado e administrado por um banco ou corretora. Aplicando em um fundo de investimentos em ações, você coloca seu dinheiro na Bolsa sem ter de escolher em quais ações irá investir. Isso porque você passa essa decisão ao gestor do fundo, um profissional que se dedica integralmente à atividade de acompanhar o mercado e buscar identificar as melhores alternativas. Por

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outro lado, você irá pagar uma taxa de administração para remunerar este serviço, o que pode reduzir a rentabilidade da aplicação. As aplicações em fundos de investimento, em sua maioria, estão sujeitas a dois tipos de tributos: o IR e o IOF. Fundos de Índices: os fundos de índice, ou ETFs (Exchange Traded Funds), são fundos de investimento constituídos com o objetivo de investir em uma carteira de ações que busca replicar a carteira e a rentabilidade de um determinado índice de referência, como o Ibovespa, ou qualquer índice de ações reconhecido pela CVM. Assim, ao adquirir cotas de um ETF referenciado em um índice de ações, o investidor passa a deter indiretamente todas as ações componentes desse índice, na mesma proporção que cada uma delas representa do índice, sem precisar comprar separadamente os papéis de cada empresa.

Quanto à liquidez, a capacidade de converter o valor investido em um ETF em dinheiro é normalmente alta, uma vez que a procura pelas ações que compõem

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o fundo segue um padrão similar ao encontrado na Bolsa de Valores.

O ETF tem a mesma incidência de IR dos Fundos de Investimento, ou seja, de 15% sobre o ganho de capital – a diferença entre o valor de compra e venda das cotas.

Fundos de investimentos (ações e multimercados): já mencionados anteriormente, como forma de investir em ações, sem tomar suas decisões sozinho, os fundos de Investimentos são uma comunhão de recursos, constituídos sob a forma de condomínio, destinado à aplicação em ativos financeiros. Segundo definição da Anbima, trata-se de uma estrutura formal de investimento coletivo, em que diversos investidores reúnem seus recursos para aplicar de forma conjunta no mercado financeiro.

O funcionamento dos fundos obedece a normas da CVM e a um regulamento próprio, principal documento do fundo, em que são estabelecidas as regras relativas ao objetivo, à política de investimento,

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aos tipos de ativo negociados, aos riscos envolvidos nas operações, às taxas de administração e outras despesas do fundo, bem como ao seu regime de tributação e outras informações relevantes.

Os fundos de ações aplicam em papéis de renda variável, principalmente ações. Os fundos multimercados podem aplicar uma parte em renda fixa, parte em renda variável e outra em moedas, por exemplo.

Fundos que costumam ter risco mais alto e que buscam rentabilidades mais elevadas, como os multimercados, os cambiais e os fundos de ações, não têm liquidez imediata. Segundo a Anbima, nos fundos mais arriscados, que costumam investir em ativos de longo prazo, a liquidez realmente é menor. Em alguns casos, o prazo de cotização no resgate pode ser de D+30. Isso significa que você vai precisar esperar pelo menos 30 dias para reaver seu dinheiro.

Fundos imobiliários: são conhecidos como opção para investir no mercado imobiliário, sem muito dinheiro ou sem a necessidade de comprar um imóvel.

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Funcionam assim: o investidor adquire cotas de fundos que detêm grandes empreendimentos imobiliários, por valores mais acessíveis, tais como de shopping centers e de edifícios comerciais de grande porte.

Um dos principais atrativos desse tipo de fundo é que, além do rendimento, calculado pelos aluguéis distribuídos, o investidor também ganha com a valorização da cota do imóvel, que é negociada em Bolsa. Sem contar que existem várias vantagens tributárias para o investidor pessoa física, como a isenção do Imposto de Renda em alguns casos.

A liquidez dos fundos imobiliários é uma das muitas vantagens desse tipo de investimento. Essa característica é garantida pelo fato de que as cotas dos fundos de investimento imobiliário (FII) são negociadas em Bolsa, da mesma forma que as ações.

ETF (Exchange Traded Fund): também conhecido como fundo de índice (já mencionado anteriormente, como forma alternativa de investir em ações). É um fundo negociado em Bolsa de Valores. Reúne recursos

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para aplicar em uma carteira de ações em busca de retornos que correspondam aos resultados de um índice de referência.

Como índice de referência do ETF de Ações, admite-se qualquer índice de ações reconhecido pela CVM.

Os investidores que desejam investir em um ETF por meio deste processo no mercado primário devem fazê-lo via agentes autorizados pelo fundo, que são as corretoras ou distribuidoras de títulos e valores mobiliários.

As cotas do ETF são negociadas na B3 de forma semelhante às ações. Ao adquirir tais cotas, o investidor, indiretamente, passa a deter todas as ações da carteira teórica do índice, sem ter que comprá-las separadamente no mercado. Dessa forma, o ETF pode proporcionar mais rapidez e eficiência no momento de diversificar seus investimentos.

Opções: No mercado de opções, negocia-se o direito de comprar ou de vender um bem por um preço fixo

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numa data futura. Quem adquirir o direito deve pagar um prêmio ao vendedor. Este prêmio não é o preço do bem em si, mas apenas um valor pago para ter a opção (possibilidade) de comprá-lo ou vendê-lo, em uma data futura, por um valor previamente acordado.

O objeto de negociação pode ser um ativo financeiro ou uma mercadoria, negociado na Bolsa, com ampla transparência. Quem faz a compra de uma opção é o titular. Quem faz a venda da opção é o lançador. Eles não negociam o ativo em si no primeiro momento, mas o prêmio, um valor monetário que garante o direito sobre a compra ou venda de um ativo.Esse tipo de negociação é usado por investidores como uma forma de proteção para suas ações contra possíveis perdas devido aos riscos inerentes de operar na Bolsa.

Confira dois termos bem comuns neste mercado:

• Preço de exercício: É o preço que o titular paga (ou recebe) pelo bem em caso de exercício da opção.

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• Prêmio: É o valor pago pelo titular (e recebido pelo lançador) para adquirir o direito de comprar ou vender o ativo pelo preço de exercício em data futura.

Câmbio: o mercado de câmbio é o conjunto de negociações baseadas na troca de moedas diferentes. Ele representa as compras e vendas envolvendo duas moedas, com as cotações mostrando o preço de uma em relação a outra: reais por dólares, dólares por euros, euros por reais, entre outros. Boa parte das operações do mercado de câmbio acontece no ambiente real, envolvendo os agentes autorizados pelo Banco Central (bancos, corretoras, distribuidoras, agências de turismo e empresas de hospedagem) e seus clientes. Porém, além da compra e venda de moeda em espécie, também é possível utilizar o mercado de câmbio para investir.

Existem várias formas de aplicações cambiais e investimentos com moedas estrangeiras. Mas no Brasil os três principais são: os fundos cambiais, os minicontratos de câmbio e as operações forex.

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Futuros: o mercado futuro (BM&F) da B3 é um ambiente em que são negociados contratos de compra e venda de ativos com prazo certo de vencimento em uma data futura. Durante esse período, os contratos sofrem oscilações, principalmente em razão da oferta e demanda, o que pode resultar em ganhos ou prejuízos para os investidores.

No mercado futuro são comercializados:

• Commodities: açúcar, café, boi, etanol, soja, trigo, entre outros.

• Índices: Ibovespa e S&P 500

• Moedas: dólar, euro, franco, entre outras.

Bitcoin: é basicamente um arquivo digital que existe online e funciona como uma moeda alternativa. Ele não é impresso por governos ou bancos tradicionais, mas criado por um processo computacional complexo conhecido como “mining” (mineração).

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Todas as moedas e todas as transações feitas com elas ficam registradas em um índice global – conhecido como “blockchain”, uma espécie de banco de dados descentralizado que usa criptografia para registrar as transações. Dessa forma, os arquivos não podem ser copiados ou fraudados, e as transações não podem ser rastreadas.

Hoje existem centenas de diferentes tipos de criptomoedas, mas o bitcoin ainda é a mais conhecida. Especialistas dizem que dá para ganhar dinheiro com a moeda virtual, mas é preciso ter uma série de cuidados

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para não cair em golpes e para minimizar o risco de o bitcoin se desvalorizar.

As criptomoedas são um assunto muito novo: o bitcoin foi criado apenas em 2008. Por isso, os órgãos reguladores ainda estão discutindo regras para essa classe de ativos.

E mais: Reunindo opções de investimento, tanto em Renda Fixa quanto em Renda Variável, existem os planos de previdência (VGBL e PGBL), oferecidos por bancos, corretoras e outras instituições financeiras, compondo portfólio diversificado, sempre com olhar para o longo prazo.

Há também os Planos Fechados de Previdência, ou Fundos de Pensão, oferecidos geralmente por empresas (patrocinadoras) a seus funcionários. Nesta modalidade também são analisados os Perfis de Investimentos. O mercado tem olhado com maior atenção também para os investimentos no exterior. Trata-se de

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opção ainda restrita a investidores qualificados, de perfil agressivo a moderado, mas que começa a ganhar espaço nos portfólios. Algumas corretoras e instituições financeiras já oferecem fundos de Renda Fixa, de Ações e Cambiais, por exemplo, que contemplam fundos internacionais. ETFs (Exchange Traded Funds) também aparecem como opção de investimento no exterior. Alguns fundos de pensão têm incluído em seu portfólio (em pequeno percentual) os investimentos no exterior.

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CAPÍTULO 5

Relação risco x retorno

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O risco de uma aplicação está diretamente ligado à sua rentabilidade: os investimentos mais arriscados tendem a oferecer possibilidade de ganhos maiores, em comparação aos de menor risco. Mas os investimentos com chances maiores de ganho também estão sujeitos a perdas maiores.

Quando for investir, procure sempre analisar o retorno e o risco conjuntamente. A análise apenas do retorno pode levá-lo a realizar investimentos com risco superior ao que estaria disposto a correr (seu perfil de investidor). E desconfie sempre de investimentos que prometam retornos milagrosos ou muito fora da realidade do mercado.

Outro conceito bem importante na hora de tomar suas decisões de investimentos: rentabilidade passada não garante ganhos futuros.

ENTENDA O CONCEITO DE RISCOAo investir seu dinheiro, é natural que sua expectativa seja de ganhar com isso, em forma de rentabilidade.

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No entanto, somente com o passar do tempo, ao final do prazo determinado de investimento (resgate), é que você vai saber, de fato, qual foi o resultado da sua aplicação. Ao longo dessa trajetória, muita coisa pode acontecer: o risco de um investimento pode ser considerado como a medida dessa incerteza (ou seja, a probabilidade de o retorno obtido em um investimento ser diferente do esperado).

PRINCIPAIS TIPOS DE RISCORisco de mercado: abrange todas as modalidades de investimentos, porque está relacionado aos acontecimentos que podem afetar a economia (juros, câmbio, preço das ações etc.), influenciando determinado investimento, de forma positiva ou negativa. Além disso, a capacidade de pagamento do emissor do título (ou o lucro desse emissor) também pode variar por conta das condições da economia, prejudicando seu investimento. Risco de crédito: quando você investe, está emprestando dinheiro a alguém ou aplicando uma quantia em determinado empreendimento e correndo

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o risco de que o tomador dos recursos não honre a obrigação, não pague os juros combinados ou que o empreendimento não renda o esperado Risco de liquidez: está relacionado com a facilidade de você resgatar ou transferir seu investimento. Se houver pouca liquidez, haverá menos pessoas interessadas em negociar com você, reduzindo assim o valor do seu investimento. Se o contrário ocorrer (se muitas pessoas estiverem interessadas em adquirir seu investimento), o valor dele aumenta. Risco legal: está relacionado às eventuais questões legais que podem causar problemas no cumprimento das condições pactuadas. Quando você aplica seu dinheiro em investimentos regulamentados, o risco legal diminui bastante. Risco operacional: reflete as falhas ocorridas no decorrer do investimento que poderão ser provenientes de problemas nos equipamentos de uma companhia, falhas humanas no controle de

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custos e gerenciamento das quantias aplicadas, má administração dos recursos do emissor etc.

E COMO MINIMIZAR RISCOS?Conhecer os riscos atrelados aos investimentos, de certa forma, já direciona você a fazer melhores escolhas. Realize uma análise criteriosa, antes de abrir conta em determinada corretora ou instituição financeira. Procure conhecer muito bem as diferentes modalidades de investimentos e desconfie sempre das promessas de ganho rápido.

Opte por investimentos que sejam regulamentados pelo mercado, pois isso lhe garante certa proteção. Procure investir em instituições sólidas no mercado.

Pensando, principalmente, no risco de mercado, a diversificação é excelente alternativa para minimizar perdas. Diversificar investimentos para compor um ganho mais eficiente é uma boa estratégia para encontrar um ponto de equilíbrio. Assim, se um investimento não estiver apresentando bom

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desempenho, o resultado pode ser compensado por outra aplicação com melhor performance.

ATENÇÃO: NÃO EXISTE INVESTIMENTO 100% LIVRE DE RISCO!

Tipos de investimentos x perfisConsiderando os diferentes tipos de investimento, para os investidores de perfil conservador, a melhor forma de aplicar dinheiro é montando uma carteira em que a maior parte do seu dinheiro esteja em renda fixa, e uma pequena parte em renda variável (como ações).

O mesmo conceito vale para os perfis moderado e agressivo, sempre ajustando o percentual a ser investido ao objetivo que deseja alcançar no curto, médio ou longo prazo.

Com isso, você vai ver que não existe pior ou melhor investimento, mas sim aquele que irá atender a uma necessidade e aos seus objetivos específicos.

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CAPÍTULO 6

Taxa Selic e a relação com investimentos

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Cada modalidade de investimento tem certa reação diante de alguns fatores econômicos. Há aqueles que se beneficiam da inflação, há os que têm bons resultados na alta dos juros, já outros mostram ganhos na queda dos juros etc. Justamente por isso, fala-se na diversificação como alternativa de garantir ganhos ao investir: agrupando investimentos que reagem de forma distinta a esses fatores, você pode perder de um lado, ganhando de outro, compondo assim uma cesta equilibrada que lhe garanta melhores resultados. A Selic é a taxa básica de juro da economia e acaba influenciando, direta ou indiretamente, as demais taxas do mercado. Ela afeta o planejamento financeiro, tanto no consumo e tomada de empréstimos, quanto no resultado (rentabilidade) de alguns investimentos. Quando o mercado percebe a tendência de alta dos juros (taxa Selic), a melhor opção de investimento acaba sendo a renda fixa. Entram nessa modalidade os

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títulos pós-fixados (Tesouro Selic), LCI (Letras de Crédito Imobiliário), LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) e CDB (Certificado de Depósito Bancário). Por outro lado, juros em queda beneficiam os investimentos de maior risco, como ações na Bolsa, ETFs, fundos de ações ou fundos multimercados e fundos imobiliários.

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CAPÍTULO 7

Custos ao investir

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Na hora de escolher seus investimentos e compor sua carteira, não se esqueça dos custos! Existe uma série de taxas que você precisa conhecer:

Taxa de administração: é um custo com base anual, cuja cobrança ocorre mensalmente sobre o patrimônio médio do fundo de investimento. A taxa de administração tem influência direta na rentabilidade do capital de investimento.

Taxa de performance: é cobrada, geralmente, em fundos de investimentos, sendo aplicada na rentabilidade do fundo, o que significa remunerar pelo seu desempenho. É diferente da taxa de administração, que incide sobre o patrimônio do fundo e que remunera tanto nos momentos de perdas quanto no de ganhos. Os fundos que cobram taxa de performance também cobram taxas de administração. Mas nem todo fundo pode cobrar taxa de performance, segundo regras da classificação da CVM.

Taxa de carregamento: é aplicada em planos de previdência privada. O percentual fica limitado

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a 10%, podendo incidir na primeira contribuição ou no resgate.

Taxa de custódia: cobrada todo mês, é debitada diretamente da conta do investidor. Para manter seus cadastros e suas operações registradas em seus sistemas de Home Broker ou mesa de operações, boa parte das instituições financeiras cobra taxa de custódia. Taxa de corretagem: é cobrada pelas instituições financeiras. O valor pode ser fixo ou variável (percentual sobre a operação) e proporcional ao volume total de operações realizadas com ações ou no mercado futuro. Emolumentos: são custos percentuais cobrados pela Bolsa para cobrir as despesas operacionais geradas com as transações financeiras no mercado de ações e futuro.

TAXAS E IMPOSTOS QUE INCIDEM SOBRE OS INVESTIMENTOSPoupança: é isenta de IOF, Imposto de Renda e taxas de administração. Contudo, apesar de não existir

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nenhuma cobrança formal, os rendimentos sobre o capital aplicado são baixíssimos.

Títulos Públicos: a B3 cobra anualmente a taxa de custódia, referente a 0,25% sobre o valor dos títulos, além de eventuais taxas de administração, que podem ou não ser cobradas pelas instituições financeiras. Sobre os títulos públicos, há incidência de Imposto de Renda, aplicando-se a tabela regressiva, cujas alíquotas variam conforme o período que o dinheiro fica aplicado, podendo ser de 22,5% para aplicações de até seis meses a 15%, para aplicações acima de dois anos.

Além das taxas, nas aplicações no Tesouro Direto, também incide o IOF, caso o investidor resgate os recursos aplicados em menos de 30 dias.

CDB e fundos DI: não existe a cobrança de taxas, uma vez que o dinheiro está apenas sendo emprestado para o banco. Em corretoras, pode existir cobrança de taxa de custódia de renda fixa para os CDBs. No caso de Imposto de Renda e IOF, as alíquotas variam de acordo com o tempo da aplicação, como ocorre nos títulos públicos.

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No caso do IOF, a tributação ocorre para saques com menos de 30 dias de aplicação, sobre a rentabilidade, e é proporcional ao número de dias aplicados - quanto menor o tempo de aplicação, maior a alíquota.

Para o Imposto de Renda, a alíquota também depende do tempo de aplicação, seguindo os seguintes intervalos:Aplicações até 180 dias: 22,5%Aplicações de 181 a 360 dias: 20%Aplicações de 361 a 720 dias: 17,5%Aplicações acima de 720 dias: 15%

Clubes de investimento: um dos atrativos dos clubes de investimento é que não pagam imposto em nenhuma operação. Os investidores que participam do grupo pagam 15% de Imposto de Renda no momento do resgate, alíquota que incide sobre o rendimento obtido com a valorização das cotas.

Assim como os fundos, os clubes têm taxa de administração, percentual que varia conforme o tipo de clube, sua estratégia e seu patrimônio. Além disso, pode haver cobrança de taxa de performance

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quando o grupo define meta de rentabilidade para os investimentos, por exemplo, no caso de o gestor superar determinado índice ou indicador (benchmark).

Debêntures: as debêntures comuns possuem incidência de Imposto de Renda regressivo: quanto maior o tempo da aplicação, menos imposto é cobrado - o mesmo para a maioria de investimentos de renda fixa. O desconto do IR é apenas sobre a rentabilidade acumulada no período e não sobre todo o valor aplicado. Em relação ao IOF, só há cobrança havendo a negociação de um papel, antes de completar os 30 dias.

Fundos de investimento: são cobradas as taxas de administração e de performance. As aplicações em fundos de investimento, em sua maioria, estão sujeitas a dois tipos de tributos: o Imposto de Renda e o IOF.

LCI/LCA: o custo para o investidor sobre o capital aplicado é a incidência da taxa de custódia, que varia conforme a instituição financeira, podendo ou não ser cobrada. Caso o investimento seja realizado por pessoa física, o investidor é isento do Imposto de Renda.

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CRI/CRA: não há incidência de IR nem de IOF para investidores pessoa física. Os custos para investir em CRI ou CRA, geralmente, envolvem a taxa de administração por parte da corretora. Algumas delas não cobram esse valor, que pode chegar a até 2% do valor investido, em média. Por isso, pesquise bem e analise os prós e contras antes de abrir sua conta em uma instituição financeira. Os certificados de recebíveis são investimentos para o médio e longo prazo e costumam ter vencimentos a partir de três anos.

Ações: neste caso, os principais custos que incidem sobre os investimentos são:

• Emolumentos, para cobrir custos de operação (cobrados pela própria Bolsa)

• Taxa mensal de custódia, cobrada pela CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia)

• Taxa de corretagem, cobrada pela instituição financeira. Esse valor pode ser fixo ou proporcional ao valor das operações feitas na Bolsa.

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Para quem investe em ações, para vendas mensais acima de R$ 20 mil, a alíquota adotada no cálculo do Imposto de Renda sobre o ganho de capital obtido nas operações com renda variável é de 15%. Já nas operações de day trade (compra e venda das ações no mesmo dia), a alíquota aplicada é de 20%.

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CAPÍTULO 8

Como começar a investir

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Com suas finanças em dia, reserva de emergência formada, definição dos seus objetivos, autoconhecimento e escolha do seu perfil, pesquisa sobre as modalidades de investimentos e instituições financeiras e corretoras, é hora de investir!

É necessário ter conta em uma corretora de valores, principalmente para ingressar no mercado de ações. As corretoras são as instituições financeiras autorizadas a receber as ordens de compra ou de venda de ações dos clientes e executar as operações na B3 em nome deles.

Dependendo do seu perfil e do tipo de aplicação que você escolher, pode optar investir pelo seu banco. Mas o leque de opções oferecido pelas corretoras, em termos de modalidade de investimento, costuma ser maior. As taxas cobradas pelos bancos na realização de investimentos geralmente são mais elevadas que as das corretoras. Muitas delas, aliás, já estabeleceram a isenção de algumas das tarifas mais comuns, como a taxa de custódia (que remunera as instituições pela guarda dos títulos) e até a de corretagem.

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COMO ESCOLHER A MELHOR CORRETORA? Pesquise, busque indicação de amigos, entre no site de cada uma delas para entender as taxas cobradas, a facilidade de uso dos sistemas de negociação (Home Broker), a disponibilização de relatórios e orientações sobre investimentos.

O processo de abrir conta costuma ser bem simples: você vai precisar informar dados de alguns documentos pessoais e preencher cadastro. Depois que sua conta estiver aberta, para começar mesmo a investir, você precisa transferir dinheiro para sua conta na corretora, geralmente via TED ou DOC. Comece devagar, não espere ganhar dinheiro do dia para a noite, procure se informar o máximo possível e evite o efeito manada, que significa fazer tudo o que os outros fazem, por achar que o caminho tomado pela maioria é sempre melhor.

Lembre-se que não existe investimento 100% livre de riscos. Considere o seu perfil, os custos envolvidos, e respeite sua estratégia. Bons investimentos!

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FONTES DE PESQUISA/LINKS ÚTEIS

Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais)https://www.anbima.com.br/pt_br/index.htm

Banco Centralhttps://www.bcb.gov.br

B3 – Brasil, Bolsa e Balcãohttp://www.b3.com.br

Como Investir - Anbimahttps://comoinvestir.anbima.com.br

CVM – Comissão de Valores Mobiliárioswww.cvm.gov.br

IBRI – Instituto Brasileiro de Relações com Investidoreshttp://www.ibri.com.br

Portal do Investidor – CVM Educacionalhttps://www.investidor.gov.br

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