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ILICITUDE CONCEITO:É a relação de antagonismo, contrariedade que se estabelece entre o fato típico e o ordenamento. Exclusão de ilicitude (tipos permissivos) Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito Excesso punível Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.

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• ILICITUDE

CONCEITO:É a relação de antagonismo, contrariedade que se estabelece entre o fato típico e o ordenamento.

• Exclusão de ilicitude (tipos permissivos)

• Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato

• I - em estado de necessidade;

• II - em legítima defesa

• III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito

• Excesso punível

• Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.

ESTADO DE NECESSIDADECONCEITO

Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.

§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.

§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.

REQUISITOS

Perigo atual

Perigo deve ameaçar direito próprio ou alheio

Perigo não provocado pelo agente

Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo

Inevitabilidade da conduta

Razoabilidade do sacrifício 24§2 CP

Conhecimento da situação justificante

ESPÉCIES

Próprio – Protege bem próprio

Terceiro – Protege bem de terceiro

Real – Existe a situação de perigo

Putativo – O perigo é imaginário ( descriminante putativa)

LEGITIMA DEFESACONCEITO:

Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

REQUISITOS

Existência de uma agressão

Agressão injusta

Atual ou iminente

Direito próprio ou de terceiro

Meios necessários

Moderação

Elemento Subjetivo

EXCESSO

Doloso – O agente responde pelo resultado que produzir

Culposo – O agente responde por crime culposo

OBS: O EXCESSO DOLOSO OU CULPOSO TAMBÉM É APLICÁVEL ÀS

DEMAIS EXCLUDENTES DE ILICITUDE

EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO

CONCEITO: Atuação do agente dentro dos limites conferidos pelo ordenamento legal

Ofendículos

Leg. Def.

Exerc. Reg Direito

ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL

CONCEITO: O agente atua nos estrios limites de um dever legal

CONSENTIMENTO DO OFENDIDO

DESCRIMINANTES PUTATIVAS

Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.

Descriminantes putativas

§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

CULPABILIDADECoação irresistível e obediência hierárquica

Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordemInimputáveisArt. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de penaParágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimentoMenores de dezoito anosArt. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial

Emoção e paixão

Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:

I - a emoção ou a paixãoII - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos

§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento

§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento

INIMPUTABILIDADE

INIMPUTABILIDADEDoença Mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado

Menoridade

Embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior

Dependência de substância entorpecente

MENORIDADE

Menores de dezoito anos

Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.

DISTÚRBIOS MENTAIS

Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Redução de pena

Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

REQUISITOS

Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado :

Ao tempo da ação ou omissão era inteiramente incapaz de entender e de auto - determinar-se

Semi – imputabiliade: A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

EMBRIAGUEZ

FORMAS

Não acidentais

Voluntária

Culposa

Preordenada

Acidental

Patológica

DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE

Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado.

Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a necessidade de encaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de saúde com competência específica na forma da lei, determinará que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta Lei.

POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE

Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.

Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.

EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem

OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA

Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem

ITER CRIMINISCOGITAÇÃO – PREPARAÇÃO – EXECUÇÃO - CONSUMAÇÃO

Art. 14 - Diz-se o crime:

Crime consumado

I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;

Tentativa

II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.

Pena de tentativaParágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

COGITAÇÃO – O agente está apenas pensando em cometer o crime. É impunível.

PREPARAÇÃO – Compreende a prática de todos os atos necessários ao início da execução

Ex: Alugar uma casa , onde será mantido em cativeiro a vítima.

OBS: O crime de quadrilha ou Bando é uma Exceção (art. 288 CP)

EXECUÇÃO – Começa a agressão ao bem jurídico.

EXECUÇÃO

Circunstâncias alheias - Tentativa

Vontade própria – Desistência Voluntária / Arrependimento Eficaz

Consumação

CONSUMAÇÃO – Todos os elementos do tipo são realizados.

Crimes permanentes – A consumação se prolonga no tempo.

Ex: Sequestro

Crimes Qualificados pelo resultado – A consumação ocorre no momento em que ocorre o resultado qualificador.

TENTATIVA:

CONCEITO: iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.

CONSEQUÊNCIA: Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

CLASSIFICAÇÃO:

IMPERFEITA OU INACABADA – O agente não pratica todos os atos de execução

PERFEITA OU ACABADA OU CRIME FALHO- O agente pratica todos os atos executórios

BRANCA - O agente não atinge o bem jurídico / CRUENTA- O bem jurídico é atingido

Desistência voluntária e arrependimento eficaz

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.

Arrependimento posterior

Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

Crime impossível

Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.

CONCURSO DE PESSOASArt. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.

§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.

Circunstâncias incomunicáveisArt. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.

Casos de impunibilidadeArt. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.

Classificação dos crimes

a) Monossubjetivos ou de concurso eventual: podem ser cometidos por um ou mais agentes;

b) Plurissubjetivos ou de concurso necessário: só podem ser praticados por uma pluralidade de agentes em concurso;

Autoria

a) Teoria objetivo-formal: Somente é considerado autor aquele pratica o verbo, ou seja, o núcleo do tipo legal.

b) Teoria do domínio do fato: Autor é aquele que detém o controle final do fato, dominando toda a realização delituosa, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias.

Formas de concurso de pessoas

a) Teoria unitária ou monista:Todos os que contribuem para a prática do delito comento o mesmo crime, não havendo distinção

quanto ao enquadramento típico entre autor e partícipe.

b) Teoria dualista: Há dois crimes, quais sejam, um cometido pelos autores e um outro pelo qual respondem os partícipes.

c) Teoria pluralista ou pluralística: cada um dos participantes responde por delito próprio, havendo uma pluralidade de fatos típicos, de modo que cada partícipe será punido por um crime diferente.

Código Penal:

Regra: (art. 29, caput) – teoria unitária ou monista; Exceção: art. 29, § 2° - teoria pluralista ou pluralística.

a) Co-autoria:Todos os agentes, em colaboração recíproca e visando ao mesmo fim, realizam a conduta principal;

b) Participação:Partícipe é quem concorre para que o autor ou co-autores realizem a conduta principal, ou seja, aquele que, sem praticar o verbo (núcleo) do tipo, concorre de algum modo para a produção do resultado.Elementos: vontade de cooperar e cooperação efetiva.

Punibilidade

Participação de menor importância – pena reduzida de um sexto a um terço (§1°, art. 29).

Desvios Subjetivos:

Autor principal comete delito mais grave do que o pretendido pelo partícipe – partícipe deve responder pela conduta realizada nos limites de seu dolo (§ 2°, art. 29).

Participação sucessiva: mesmo partícipe concorre para a conduta principal de mais de uma forma.

Conivência ou participação negativa: o sujeito, sem ter o dever jurídico de agir, omite-se durante a execução do crime, quando tinha condições de impedi-lo.

Participação por omissão: o sujeito, tendo o dever jurídico de agir para evitar o resultado, omite-se intencionalmente, desejando que ocorra a consumação.Participação impunível: o fato principal não chega a ingressar em sua fase executória (art. 31).

Requisitos

Pluralidade de condutas;

Relevância causal de todas elas;

Liame subjetivo ou concurso de vontades

Conceitos finais:

Autoria colateral: mais de um agente realiza a conduta, sem que exista liame subjetivo entre eles.

Autoria incerta: Não se sabe quem foi o causador do resultado na autoria colateral.

Autoria ignorada: não se consegue apurar quem foi o realizador da conduta;

Autoria Mediata

Ocorre quando o agente se serve de outra pessoa, sem condições de discernimento, para realizar, por ele, um fato típico.

coação moral irresistível;

obediência hierárquica;

provocação de erro inevitável;

utilização de inimputável

CULPABILIDADECoação irresistível e obediência hierárquica

Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordemInimputáveisArt. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de penaParágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimentoMenores de dezoito anosArt. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial

Emoção e paixão

Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:

I - a emoção ou a paixãoII - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos

§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento

§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento

INIMPUTABILIDADE

INIMPUTABILIDADEDoença Mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado

Menoridade

Embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior

Dependência de substância entorpecente

MENORIDADE

Menores de dezoito anos

Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.

DISTÚRBIOS MENTAIS

Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Redução de pena

Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

REQUISITOS

Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado :

Ao tempo da ação ou omissão era inteiramente incapaz de entender e de auto - determinar-se

Semi – imputabiliade: A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

EMBRIAGUEZ

FORMAS

Não acidentais

Voluntária

Culposa

Preordenada

Acidental

Patológica

DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE

Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado.

Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a necessidade de encaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de saúde com competência específica na forma da lei, determinará que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta Lei.

POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE

Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.

Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.

EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem

OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA

Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem

ITER CRIMINISCOGITAÇÃO – PREPARAÇÃO – EXECUÇÃO - CONSUMAÇÃO

Art. 14 - Diz-se o crime:

Crime consumado

I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;

Tentativa

II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.

Pena de tentativaParágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

COGITAÇÃO – O agente está apenas pensando em cometer o crime. É impunível.

PREPARAÇÃO – Compreende a prática de todos os atos necessários ao início da execução

Ex: Alugar uma casa , onde será mantido em cativeiro a vítima.

OBS: O crime de quadrilha ou Bando é uma Exceção (art. 288 CP)

EXECUÇÃO – Começa a agressão ao bem jurídico.

EXECUÇÃO

Circunstâncias alheias - Tentativa

Vontade própria – Desistência Voluntária / Arrependimento Eficaz

Consumação

CONSUMAÇÃO – Todos os elementos do tipo são realizados.

Crimes permanentes – A consumação se prolonga no tempo.

Ex: Sequestro

Crimes Qualificados pelo resultado – A consumação ocorre no momento em que ocorre o resultado qualificador.

TENTATIVA:

CONCEITO: iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.

CONSEQUÊNCIA: Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

CLASSIFICAÇÃO:

IMPERFEITA OU INACABADA – O agente não pratica todos os atos de execução

PERFEITA OU ACABADA OU CRIME FALHO- O agente pratica todos os atos executórios

BRANCA - O agente não atinge o bem jurídico / CRUENTA- O bem jurídico é atingido

Desistência voluntária e arrependimento eficaz

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.

Arrependimento posterior

Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

Crime impossível

Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.

CONCURSO DE PESSOASArt. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.

§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.

Circunstâncias incomunicáveisArt. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.

Casos de impunibilidadeArt. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.

Classificação dos crimes

a) Monossubjetivos ou de concurso eventual: podem ser cometidos por um ou mais agentes;

b) Plurissubjetivos ou de concurso necessário: só podem ser praticados por uma pluralidade de agentes em concurso;

Autoria

a) Teoria objetivo-formal: Somente é considerado autor aquele pratica o verbo, ou seja, o núcleo do tipo legal.

b) Teoria do domínio do fato: Autor é aquele que detém o controle final do fato, dominando toda a realização delituosa, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias.

Formas de concurso de pessoas

a) Teoria unitária ou monista:Todos os que contribuem para a prática do delito comento o mesmo crime, não havendo distinção

quanto ao enquadramento típico entre autor e partícipe.

b) Teoria dualista: Há dois crimes, quais sejam, um cometido pelos autores e um outro pelo qual respondem os partícipes.

c) Teoria pluralista ou pluralística: cada um dos participantes responde por delito próprio, havendo uma pluralidade de fatos típicos, de modo que cada partícipe será punido por um crime diferente.

Código Penal:

Regra: (art. 29, caput) – teoria unitária ou monista; Exceção: art. 29, § 2° - teoria pluralista ou pluralística.

a) Co-autoria:Todos os agentes, em colaboração recíproca e visando ao mesmo fim, realizam a conduta principal;

b) Participação:Partícipe é quem concorre para que o autor ou co-autores realizem a conduta principal, ou seja, aquele que, sem praticar o verbo (núcleo) do tipo, concorre de algum modo para a produção do resultado.Elementos: vontade de cooperar e cooperação efetiva.

Punibilidade

Participação de menor importância – pena reduzida de um sexto a um terço (§1°, art. 29).

Desvios Subjetivos:

Autor principal comete delito mais grave do que o pretendido pelo partícipe – partícipe deve responder pela conduta realizada nos limites de seu dolo (§ 2°, art. 29).

Participação sucessiva: mesmo partícipe concorre para a conduta principal de mais de uma forma.

Conivência ou participação negativa: o sujeito, sem ter o dever jurídico de agir, omite-se durante a execução do crime, quando tinha condições de impedi-lo.

Participação por omissão: o sujeito, tendo o dever jurídico de agir para evitar o resultado, omite-se intencionalmente, desejando que ocorra a consumação.Participação impunível: o fato principal não chega a ingressar em sua fase executória (art. 31).

Requisitos

Pluralidade de condutas;

Relevância causal de todas elas;

Liame subjetivo ou concurso de vontades

Conceitos finais:

Autoria colateral: mais de um agente realiza a conduta, sem que exista liame subjetivo entre eles.

Autoria incerta: Não se sabe quem foi o causador do resultado na autoria colateral.

Autoria ignorada: não se consegue apurar quem foi o realizador da conduta;

Autoria Mediata

Ocorre quando o agente se serve de outra pessoa, sem condições de discernimento, para realizar, por ele, um fato típico.

coação moral irresistível;

obediência hierárquica;

provocação de erro inevitável;

utilização de inimputável