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1- INTRODUÇÃO
Poluição sonora é o conjunto de todos os ruídos provenientes de uma ou
mais fontes sonoras, manifestadas ao mesmo tempo num ambiente qualquer.
A audição é um dos principais canais da informação do ser humano. É o
sentido através do qual a linguagem verbal é adquirida num processo que
envolve pensamento, memória e raciocínio.
Do ponto de vista social, o ouvido é o nosso sentido mais importante. A
linguagem, sistema de comunicação do homem, depende da nossa capacidade
de percepção dos sons especiais transmitido aos ouvidos.
Toda deficiência auditiva se não é diagnosticada a tempo tem efeitos
desastrosos no desenvolvimento social e no intelectual. Sendo assim o ruído é
considerado a 3°maior causa de poluição ambiental no Mundo. A partir de 1998
ficou estabelecido instrumento de gestão específica para ruídos, sendo o Brasil
o único País do mundo a manter a insalubridade incorporada ao salário do
trabalhador.
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2 - CONCEITO DE POLUIÇÃO SONORA
Poluição sonora é o conjunto de todos os ruídos provenientes de uma ou
mais fontes sonoras, manifestadas ao mesmo tempo num ambiente qualquer.
A audição é um dos principais canais da informação do ser humano. É o
sentido através do qual a linguagem verbal é adquirida num processo que
envolve pensamento, memória e raciocínio.
Os problemas com a poluição sonora remontam a 720 A.C onde os
habitantes de Sibares (civilização grega na Itália) instituíram um sistema de
zoneamento urbano, afastando a zona industrial da residencial. O Imperador
Plínio a 620 A.C estabeleceu a 1° relação entre surdez e exposição de ruído.
Onde ele detectou que as pessoas próximas às cataratas do Rio Nilo ficavam
ensurdecidas. No século I A.C Júlio Cezar proibiu a circulação de carroças à
noite pelas ruas de Roma. Em 1830 Fosbroque cita ¨Surdez do Ferreiro¨ e
surge surdez como doença profissional. Em 1895 Maljutin fez a relação entre
surdez/ambiente ruidoso e tempo de exposição.
Ruído é considerado a 3ª maior causa de poluição ambiental. A partir
1998 ficou estabelecido instrumento de gestão específico para ruídos.
3 - A IMPORTÂNCIA DA AUDIÇÃO:
A audição é um dos principais canais de informação do ser humano. É o
sentido através do qual a linguagem verbal é adquirida num processo que
envolve pensamento, memória e raciocínio.
Do ponto de vista social, o ouvido é o nosso sentido mais importante. A
linguagem, sistema de comunicação do homem, depende da nossa capacidade
de percepção dos sons especiais transmitidos ao ouvidos.
Inicialmente a criança ouve uma confusão de ruídos e aos poucos o
processo auditivo vai amadurecendo e a criança vai adquirindo habilidades
auditivas fundamentais no desenvolvimento da linguagem, na aprendizagem
para a fala, leitura e escrita.
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Toda deficiência auditiva se não é diagnosticada a tempo tem efeitos
desastrosos no desenvolvimento da linguagem, no desenvolvimento social e no
intelectual.
Sentido da Audição:
• Constante Vigília
• Discriminam cerca de 4000.000 sons
• Linguagem Verbal
• Locomoção
• Manutenção do Equilíbrio
• Mecanismo de Alerta e Defesa
4 - ACÚSTICA
A Acústica estuda a geração, a transmissão e a recepção das vibrações
mecânicas audíveis, ou não que se propagam em um meio elástico.
Dá-se o nome de som às vibrações mecânicas que, por estarem dentro
de uma determinada faixa de freqüências, podem ser ouvidas pelo homem.
Divide-se em;
• Acústica física (vibrações e ondas mecânicas)
• Acústica fisiológica ou psicoacústica
Tipos de Onda:
• Mecânica: necessita de um meio material, onde só não se propaga no
vácuo.
• Eletromagnética ( não mecânica ): necessita de campo elétrico e
magnético, e não de um meio natural. Ex.: onda luminosa.
Quanto à direção:
• Unidirecionais: onda na corda
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• Bidirecionais: onda na água
• Tridirecionais: onda sonora
5 - SOM
È a modificação de pressão que ocorre em meios elásticos, propagando-
se em forma de ondas. Resulta de um movimento ordenado e vibratório de
partículas materiais gerando compressões e rarefações sucessivas nos meios
sólido, líquido e gasoso.
É uma forma de energia proveniente de um corpo que emite movimentos
harmônicos que se propagam em meios elásticos.
5.1 - Velocidade do Som
Depende do meio em que ela se encontra. Quanto maior a elasticidade e
menor a densidade do meio, maior a velocidade do som. No ar, a velocidade
do som ao nível da maré a 0°C (condições normais de temperatura e pressão)
é de 331,2m/s. Entretanto, geralmente adotamos para a velocidade do som o
valor de 340m/s, pois essa a velocidade numa temperatura de 14°C.
5.2 - Composição do Som
O som é composto de 03 (três) elementos:
• Freqüência: É o numero de vibrações duplas realizadas por segundo; a
unidade é o Hertz.
Altura depende da freqüência e nos permite classificar os sons em grave
e agudo.
1. Sons graves: freqüências baixas (500 a 750 Hz)
2. Sons médios: freqüências médias (1000 Hz)
3. Sons agudos: freqüências altas (2000, 3000, 4000, 6000 e 8000 Hz).
• Intensidade: (Produz o Som)
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É a energia usada na estimulação de um corpo, para que ele vibre.
Relaciona-se tanto com a amplitude quanto a pressão e energia. A intensidade
nos permite classificar os sons em fracos e fortes. Quanto maior a amplitude,
maior o efeito sobre a superfície que incide.
A pressão sonora é a força exercida pelas partículas materiais sobre a
superfície. Chama-se comprimento de uma onda à distância entre dois
máximos e dois mínimos consecutivos.
• Timbre: (reconhece as vozes diferentes)
É o que nos permite diferenciar a mesma nota musical tocada por
instrumentos diferentes. É uma qualidade de fonte sonora e não do som.
5.3 - Propriedades do Som
O som necessita encontrar uma trajetória, forças friccionais que fazem
com que a energia do som produzido diminua com o tempo e com a distância
da fonte sonora.
Quando existe um objeto na trajetória, parte de som é refletido,
absorvido e o restante transmitido. As características físicas do obstáculo
influem na quantidade do som que é refletido, absorvido ou transmitido e
determinam a impedância.
• Reflexão (eco, microfonia e reverberação).
• Refração
• Transmissão
• Absorção
• Ressonância
• Transmissão
Reflexão:
As ondas sonoras quando encontram um obstáculo retornam.
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1. Eco
É a repetição de um som emitido como resultado de uma reflexão;
percebe-se dois sons distintos: o produzido e o refletido.
2. Microfonia
É o som resultante de uma onda sonora que ao se refletir vai de
encontro ao microfone que a amplifica.
3. Reverberação
Ocorre em ambientes fechados cujo o controle é fundamental tais como
auditório etc. É um fenômeno de múltiplas reflexões. Esta análise é
fundamental em salas de aula, casas de espetáculo e outros locais onde existe
um orador e a necessidade de boa compreensão da mensagem.
Tempo de Reverberação é o tempo requerido para a onda sonora
refletida ser atenuada em 60 dB, em relação ao seu nível de intensidade
original. Isto é, o tempo em que o som permanece no ambiente, realizando
inúmeras reflexões, até que sua energia caia 1 milhão de vezes em relação à
energia inicial.
Refração:
É quando uma onda sonora penetra em outro meio e há alteração na
velocidade de propagação, inclinando o raio de incidência.
Ressonância:
É a propriedade característica de certos corpos de oscilar em uma
freqüência natural quando ocorre uma transferência de energia e oscila na
mesma intensidade.
Transmissão:
O som que incide em uma parede faz com que esta vibre tornando-se
uma nova fonte sonora que transmite o som para os dois lados.
Absorção:
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Ocorre quando o obstáculo não apresenta rigidez suficiente para refletir
a onda sonora. Um material é absorvente quando não reflete o som, retendo-o.
A condição indispensável para a propagação do som é a apresentação de um
meio. O som só não se propaga no vácuo. A velocidade da onda depende das
características do meio, isto é, da elasticidade e da densidade do meio. A
velocidade da luz é maior que a do som. Ex: raio e trovão.
5.4 - Fricção ou Resistência Funcional
É a oposição ao movimento ou resistência. Serve para limitar a
velocidade do movimento vibratório.
5.5 - Amortecimento
Ocorre devido à resistência do meio aéreo e devido à fricção interna do
sistema vibratório.
5.6 - Tipos de som
- Som puro
É usado para avaliar quantitativamente a audição, isto é; é constituído
por uma freqüência. É obtido através de aparelhos especiais, não existe na
natureza e é formado apenas pelo ponto fundamental.
- Som Complexo
É usado para avaliar qualitativamente a audição. Envolve mais de uma
seqüência relacionada harmonicamente entre si. É formado pelo ponto
fundamental e pelos formantes. É encontrado na natureza e estudado na
psicoacústica.
- Harmônicos
São os sons múltiplos ou sub-múltiplos do som fundamental.
- Ruído
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É uma superposição de freqüência sem relação harmônica entre si. É
uma mistura de sons cujas freqüências não seguem nenhuma lei precisa.
Tipos de ruídos:
• Aéreo
• Ósseo
• contínuo
• Não contínuo flutuante
• Não contínuo intermitente
• Não contínuo impulsivo
• Impulsivo quase contínuo
• Estacionário
• Estacionário com características impulsivas
• Estacionário com componentes tonais.
6 - PSICOACÚSTICA
É a parte de uma ciência chamada psicofísica, que descreve as relações
existentes entre as sensações físicas e o que os indivíduos sentem. A
psicoacústica estuda as relações existentes entre os eventos acústicos e as
sensações, ou seja, as reações comportamentais. Esta relacionada com a
habilidade dos ouvintes de distinguirem entre os estímulos, de julgarem de se
relatarem suas impressões sonoras.
6.1 - Testes Psicométricos ou Psicoacústicos
São testes audiométricos subjetivos que medem a acuidade auditiva e
só foram possíveis a partir de estudos psicoacústicos. Através destes testes,
entre outros, pode-se determinar a faixa de audição humana.
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6.2 - Escala de Decibéis
É comum descrever pressões ou intensidades sonoras através do uso
de escalas logarítmicas conhecidas como níveis sonoros. A percepção humana
dos eventos físicos obedece a uma progressão logarítmica. A escala
logarítmica mais utilizada para descrever níveis sonoros é a escala de decibel.
Os medidores de nível sonoro (decibelímetros e dosímetros)
normalmente utilizam os chamados “filtros de ponderação” em suas medidas.
Estes filtros, denominados A, B, C, são utilizados para reproduzir a resposta
humana a diferentes níveis de intensidade. Os resultados destes medidores
sempre são dados em uma escala de decibéis relacionada ao filtro utilizado.
Assim, podemos ter resultados em dB (A), dB (B), dB (C).
6.3 - Nível de Pressão Sonora
É o mínimo de pressão sonora capaz de estimular o ouvido humano a
uma dada distância da fonte sonora.
O Nível de Pressão Sonora ou NPS toma por base a pressão referência de
0,0002 dina cm em 1000 Hz. Sendo esta a menor pressão audível.
6.4 - Nível de Audição
Correção dos diferentes NPS encontrados uma vez que o ouvido
humano não é igualmente sensível para todas as freqüências. É o zero dB do
audiômetro, que equivale à média dos limiares de detecção dos indivíduos
otologicamente normais dos 18 aos 25 anos de idade.
6.5 - Nível de Sensação
É o subjetivo, individual e depende do NA de cada um. É o zero dB de
cada indivíduo.
6.6 - Espectro Auditivo (Okuno, 1982).
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500 a 4000Hz Zona de maior sensibilidade auditiva
Homem 20 a 20.000 Hz
Infra-sons sons a baixo de 20Hz
Ultra-sons sons acima de 20.000Hz
Cães 15 a 50.000Hz
Gatos 10 a 60.000Hz
Morcegos 10 a 120.000Hz
Golfinhos 10 a 240.000Hz
6.7 - Características Sonoras
Nível em dB Sensibilidade /características orgânicas
O dB Liminar de audibilidade calibração do ouvido
10 a 20 dB Muito calmo
40 a 45 dB Relativamente calmo
50 a 60 dB Ruído freqüente
65 a 75 dB Ruído muito presente >>>> Estresse auditivo
85 a 95 dB Terrível de se fazer entender >> Prazer/
dependência
100 a 110 dB Muito difícil de suportar >>> Estressante/ excitante
120 a 140 dB Limite doloroso
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7 - LIMIARES AUDITIVOS ENCONTRADOS EM UMA
PESQUISA AUDIOLÓGICA:
• Limiar de Dor
• Limiar de Irritabilidade
• Limiar de Recepção
• Limiar de Inteligibilidade
• Limiar de detecção
• Limiar de desconforto
• Limiar de audibilidade (área útil de audição)
8 - COMPROMETIMENTO AUDITIVO:
Quanto ao Tipo:
• Perda Periférica – condutiva, mista ou neurossensorial.
• Perda Central
Quanto ao Grau:
• Varia de leve ou discreta à profunda (Davis & Silvermann)
9 - FATORES DE RISCO:
Ruído / Nocividade
1. Susceptibilidade individual
• Grande variabilidade de susceptibilidade entre indivíduos.
• Depende das características físicas do som, e de uma série de fatores
endógenos e exógenos que podem afetar a audição e interagir com o ruído.
2. Freqüência
• As freqüências agudas são mais nocivas do que as freqüências graves.
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3. Níveis de Pressa Sonora
• NPS igual ou maior do que 85dB (A) – condições insalubres. Isto é,
capaz de causar lesões irreversíveis na audição.
• Ruído de 55 dB (A) – provoca estresse leve, excitante, causando
dependência e desconforto.
• Ruído de 65 dB (A) – provoca estresse degradativo do organismo, com
desequilíbrios bioquímicos, aumentando o risco de enfarte, derrame cerebral,
infecções, etc.
• Ruído de 80dB(A) – liberação de morfinas biológicas no corpo
provocando prazer e completando o quadro de dependência.
• Ruído de 100 dB(A) – pode haver perda imediata da audição.
A Organização Mundial da Saúde considera 55 dB(A) ( Leq) como o
início do estresse auditivo.
Duração da exposição diária
• Poucos estudos epidemiológicos
• Exposição química industrial – o processo é agudo ou crônico?
• Estudos efetuados relatam que os efeitos dos solventes podem ser
detectados a partir de dois ou três anos de exposição, mais precocemente do
que os efeitos do ruído. Um outro estudo, entretanto, só detectou um efeito
significativo dos solventes a partir de cinco anos de exposição.
• Latência certamente dependente do produto em consideração e
demanda pesquisas.
• As propriedades tóxicas de produtos químicos industriais e a interação
destes com o ruído só foram investigadas para um número reduzido de
substâncias.
Tempo de repouso
• Repouso coclear necessário = 14 horas.
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10 - EVOLUÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA PERDA
AUDITIVA GERADA POR EXPOSIÇÃO A RUÍDO
Quando estamos expostos a ruído em geral, nossos ouvidos são
dotados de mecanismos protetores que alteram a sensibilidade auditiva
durante e após a estimulação acústica. Sofremos também a ação d um
fenômeno descrito como mascaramento, toda vez que a percepção de um som
é diminuída em presença de um ruído de maior intensidade que encubra este
som. Se nossa sensibilidade auditiva é reduzida durante a apresentação de um
estímulo sonoro intenso e duradouro, dizendo que houve adaptação auditiva.
Quando, porém isto ocorre após a cessação do estímulo, encontramos em
fadiga auditiva, também chamada mudança temporária no limiar.
Os efeitos dos ruídos na audição podem ser divididos entre três categorias,
segundo Melnick (1985):
• Mudança temporária no limiar ( TTS – “Temporary Thershold Shift”);
• Trauma acústico e
• Mudança Permanente no limiar(pts – permanent Threshold Shift”) também
chamada Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR).
A mudança temporária no limiar (TTS) ou fadiga auditiva é uma diminuição
gradual da sensibilidade auditiva com o tempo de exposição a um ruído
contínuo e intenso. Tal redução no limiar auditivo é um fenômeno temporário, já
que este volta ao normal após um período de repouso auditivo. Ruído
freqüência não produzem tanta fadiga auditiva quanto os de alta freqüência,
principalmente na faixa de 2.000 a 6.000 Hz em intensidade entre 60 e 80
dB(A). A maior parte TTS tende a ser recuperada nas primeiras duas a três
horas após cessada a estimulação sonora ( Merluzzi, 1981).
A expressão trauma acústico deve estar restrita somente aos efeitos da
exposição única a um ruído de grande intensidade, proveniente de uma
explosão, isto é, ruídos de impacto ou impulsivos, considerados os mais
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nocivos ao ouvido humano, por produzirem lesões mecânicas irreversíveis na
cóclea.
A mudança permanente nos limiares ( PTS) ou Perda auditiva induzida pelo
ruído ( PAIR), Perda Auditiva Induzida por Níveis de pressão Sonora
( PAINPSE) ou perda auditiva ocupacional é decorrente de um acúmulo de
exposições a ruído, normalmente diárias, que são repetidas constantemente,
por um período de muitos anos. Em geral a PAIR/PAINPSE desenvolve-se
lenta e gradualmente, em decorrência de exposição a ruídos contínuos ou
intermitentes.
Em sua fase inicial, a perda auditiva pode ser temporária, acompanhada de
sensação de ouvido tampado, abafamento auditivo e zumbidos, isto é, barulhos
subjetivos no ouvido.
Posteriormente, o limiar auditivo não se recupera mais dando lugar a uma
perda auditiva neurossensorial bilateral mais acentuada para as altas
freqüências ( acima de 3000 HZ ), o que leva a dificuldades de compreensão
de fala, principalmente em presença de ruído, e intolerância a sons intensos
(recrutamento), já que lesa as células ciliadas do ouvido interno ( Merluzzi,
1981).
É importante lembrar que os efeitos do ruído na audição sofrem
influência direta de alguns fatores, tais como intensidade e freqüência do ruído,
tempo e local de exposição, alem da susceptibilidade individual.
As alterações como desvios temporários de limiares permanecem após a
exposição ao ruído e dependem das características físicas do som. Podem
durar por minutos, horas ou até dias. Resultam em alterações de limares, que,
em indivíduos normais, não são superiores a 40dBNA, variáveis em cada
freqüência, mas cujos maiores desvios ocorrem entre 4000HZ e 6000Hz,
quando o ruído é constituído por amplo espectro de freqüências. Estão
relacionados aos distúrbios metabólicos de exaustão desencadeada na célula
ciliada que funciona como um tradutor energético e transforma a onda sonora e
impulso elétrico.
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O tempo de “repouso acústico” seria o período necessário à
normalização do metabolismo celular e recuperação dos limiares aos níveis
reais. Quanto à exposição é ocupacional, calcula-se que dure em média 14
horas.
Os desvios temporários de limiar podem significar o prenuncio do
estabelecimento da lesão permanente.
Com relação aos desvios permanentes de lineares a teoria da energia sonora
que atinge a célula ciliada é à base de toda a justificativa da lesão definitiva.
Os microtraumas persistentes e repetitivos alterariam o metabolismo celular de
forma irreversível. Esta teoria de microtraumas tem o suporte de estudos
anatomopatologicos.
11 - IMPLICAÇÕES DO RUÍDO NO HOMEM E NO MEIO
AMBIENTE
Grupo de agravos ocasionados por ação da exposição ao ruído
IMPACTOS
Teratogênico (em cobaias)
Alteração morfológica no tecido;
Esterilidade; Fissura Palatina; Sindactia,
Malformação; Adactilia; Não desenvolvem a
cauda.
Neurovegetativo Altera o metabolismo; Perda da
sensibilidade visual; Altera o ciclo do sono
insônia; Estresse; Enfarte do miocárdio;
Hipertensão arterial; Reações musculares;
atua no sistema neurológico central; Maior
prematuridade; Menor desenvolvimento
infantil; Dores de cabeça e náuseas.
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Comportamento Irritabilidade e instabilidade; Reações
emotivas abruptas; Fadiga geral acentuada
e prolongada; Altera a coordenação motora,
humor, aprendizagem e apetite; Obsessões;
Cansaço; Interfere na memória; Aumenta a
agressividade e ansiedade; Causa frigidez e
impotência.
Audição Lesa o tímpano; Destrói as células
sensoriais; Zumbido, enjôo, tonturas, mal
estar; Distúrbio labiríntico; Perda auditiva
temporária; Trauma acústico; Perda auditiva
induzida por ruídos; Perda irreversível
sensório neural.
Metabolismo Atua no eixo hipotálamo e hipofisário;
Produz descarga simpática; Aumenta a
hipertensão arterial; Altera a bioquímica do
sono; Altera hormônios supra renais,
hipofisários e tireoideanos; altera o sistema
digestivo, estomacal e endócrino.
Cognição Dificuldade de concentração; Diminui a
atenção visual e a coordenação motora;
Altera a inteligibilidade da fala; Aquisição de
leitura, desenvolvimento da linguagem,
atividade intelectual; interfere na memória.
Econômico Diminuía produtividade; Aumenta a
incidência de acidentes; Prejuízos Sociais;
Acarreta indenizações.
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Urbano e industrial; Trânsito
(aéreo/férreo/automotivo);
Industrias (máquinas/obras);
Serviços (academia de
ginástica/igreja/comércio/escola/
hospitais); Lazer
(brinquedos/trios-
elétricos/shopping/etc).
Meio ambiente / Fauna / Flora.
Psico-Social Comprometimento da sintomatologia e
grande prejuízo no tratamento em pacientes
neuróticos; Interfere na socialização/
desenvolvimento
emocional/comunicação/ansiedade.
12 - PREVENÇÃO DA PERDA AUDITIVA:
Ø Eleição da proteção coletiva, como forma ideal de prevenção das
doenças e acidentes do trabalho.
Ø Diante da necessidade de prevenir os efeitos do ruído na audição e
diante de restrições de investimentos sistemáticos na proteção coletiva, é
fundamental lançar-se mão de mecanismos intermediários de ação e controle,
visando, pelo menos, garantir a preservação do estado auditivo dos
trabalhadores expostos a condições desfavoráveis. Neste sentido, é proposto a
implantação, execução e controle do programa de conservação auditiva.
Ø Em 1996, National Institute for Occupational Safety and Health, propôs a
utilização do termo “ Programa de Prevenção de Perdas Auditivas”, em
detrimento de “ Programa de Conservação Auditiva “.
Ø Portanto, a ação primária seria aquela em que medidas de redução da
geração e transmissão do ruído ou de conservação auditiva impediriam a
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instalação das perdas. A ação secundaria seria o diagnóstico precoce. A
ocorrência de comprometimento auditivo funcional e incapacidade e a
realocação ou reabilitação profissional seriam as formas de prevenção em nível
terciário.
12.1 - Gerenciamento Audiométrico:
Ø Estabelecer o audiograma de referência de todos os trabalhadores;
Ø Identificar a situação auditiva de cada trabalhador, fazendo o
acompanhamento periódico;
Ø Identificar os indivíduos que necessitam de encaminhamento para o
médico otorrinolaringologista;
Ø Alertar os trabalhadores sobre efeitos do ruído e de outros agentes, bem
como fornecer o resultado de cada exame;
Ø Realizar análise da mudança significativa do limiar auditivo nas
audiometrias seqüenciais visando a identificar desencadeamento ou
agravamento de perdas auditivas;
Ø Realizar acompanhamentos individual e coletivo dos exames
audiométricos;
Ø Contribuir significativamente para a implantação e eficácia do “Programa
de Prevenção de Perdas Auditivas”.
12.2 - Medidas de Proteção:
Ø A proteção individual (ações direcionadas à seleção, indicação,
adaptação e acompanhamento do uso de protetores auditivos) deveria ser
aplicada apenas quando as medidas de controle geral, para atenuação dos
níveis de pressão sonora elevados nas fontes de emissão ou na sua
propagação, não conseguem redução abaixo do nível de ação.
Ø O protetor auditivo deve ser parte integrante do Programa de
Conservação da Audição, desde que sua utilização esteja embasada em uma
política institucional, que garanta a aderência dos trabalhadores ao uso. Dois
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modelos são considerados básicos: os circum-auriculares ou os de inserção,
intra-auriculares ou simplesmente conhecidos como “plugs”.
12.3 - Seleção e Indicação do Protetor Auditivo:
Ø Valores de atenuação por freqüência com respectivo desvio-padrão;
Ø Nível de redução de ruído;
Ø Nível e tempo de exposição a ruído na função;
Ø Características gerais do ambiente de trabalho (avaliação de outros
riscos que possam interferir na adaptação do protetor);
Ø Conforto durante o uso;
Ø A aliação e determinação de condutas diante das queixas
decorrentes do uso;
Ø Avaliação do ruído residual durante o uso do protetor;
Ø Custo e vida útil do protetor.
12.4 - Homologação de Protetor Auditivos
Ø Características do ruídos; Intensidade e espectro de freqüência;
Ø Tempo de exposição;
Ø Condições ambientais predominantes;
Ø Sistema de trabalho;
Ø Outros riscos ambientais.
13 - AGENDA 21 E A POLUIÇÃO SONORA
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente de Desenvolvimento.
Agenda 21 elaborada no ano de 1992 na Eco 92 no Rio de Janeiro tinha como
tema principal a formação de pacto pela mudança do padrão de
desenvolvimento global para o próximo século.
Ø Desenvolvimento e Conservação do Meio Ambiente.
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Ø Sustentabilidade Ambiental: “Capacidade de suporte dos ecossistemas
associados de absorver ou se recuperar das agressões antrópicas, implicando
um equilíbrio entre as taxas de emissão e produção de resíduo e as taxas de
absorção e regeneração da base natural de recursos”. Algo entorno de 110
milhões de pessoas sofrem os agravos decorrentes da ação do ruído.
Ø Impacto vocais / auditivos / extra auditivos.
13.1 - Agenda 21 Estadual/RJ
No ano de 2000 o Governo do Estado do Rio de Janeiro elaborou uma
estratégia com propostas de diminuir o impacto sonoro para a população
carioca:
Ø Desenvolver e estimular procedimentos voltados à proteção e a
conservação da qualidade sonora ambiental para todo o ecossistema, além da
acuidade auditiva e vocal da população.
Ø Propor e aperfeiçoar a pesquisa e o desenvolvimento de estudo
voltados ao aumento do conhecimento científico sobre a Poluição Sonora,
incluindo a definição de indicadores, formação de bancos de dados, base de
informações, estabelecimentos de metas para a gestão, planejamento, controle
e fiscalização da qualidade sonora ambiental visando à proteção do ser
humano e meio ambiente através de estratégias que minimizem os atuais
índices de ruído urbano.
Ø Estabelecer, desenvolver e estimular boas práticas sonoras dos
principais atores na questão da Poluição Sonora através do fortalecimento da
legislação já existente e divulgação de dados em campanhas educativas.
13.2 - Ações
Ø Dotar orçamentos públicos em suas diversas instancias para a gestão da
Poluição Sonora.
Ø Fortalecer as deliberações do IBAMA para o controle da Poluição
Sonora em âmbito local, regional, estadual e nacional.
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Ø Fortalecer os mecanismos de controle e de fiscalização do ministério do
Meio Ambiente e as agências ambientais estaduais de meio ambiente para o
controle, fiscalização, monitoramento e educação ambiental da poluição
Sonora.
Ø Criar ou fortalecer órgãos e setores de planejamento urbano e regional
voltados para a prevenção, o controle e a mitigação dos impactos ambientais
sonoros.
Ø Definir indicadores claros de impacto ambiental sonoro em legislação
específica.
Ø Criar fóruns consultivos e deliberativos para as questões ligadas a
Poluição Sonora com a participação da comunidade acadêmica.
Ø Estabelecer mecanismo permanentes de informação e de divulgação
sobre impacto gerados pela Poluição Sonora.
Ø Dotar com recursos humanos e institucionais quadros técnicos dos
governos federal, estadual e municipal.
Ø Criar bancos de dados, indicadores ambientais e sistema de informação
de base para o controle epidemiológico da Poluição Sonora.
Ø Realizar convênios com universidades e contratar assessoria técnica de
instituições especializadas com o objetivo de formar quadros técnicos na área
de poluição Sonora para o adequado e atualizado tratamento dessas questões.
Ø Promover o estudo e o mapeamento da Poluição Sonora no Brasil.
Ø Promover uma melhor qualidade sonora ambiental nas regiões
metropolitanas.
Ø Promover sustentabilidade ambiental auditiva para a população
brasileira a fim de que a acuidade auditiva desta população seja preservada.
Ø Incentivar políticas de gestão urbana voltadas para o controle e
fiscalização da Poluição Sonora.
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Ø Institucionalizar campanhas de educação ambiental que enfoquem os
impactos ocasionados pelo ruído ao homem e ao meio ambiente em todos os
órgãos públicos.
Ø Dotar quadros técnicos e gerenciais, federais, regionais, estaduais e
municipais, capacitados para o exercício das funções técnicas e administrativas
de proteção sonora ambiental.
Ø Criação de órgãos e agências públicas, federais, regionais, estaduais e
municipais com competência e capacidade institucional requeridas pelas
atividades de planejamento, gestão, controle e fiscalização da Poluição Sonora.
Ø Dotar as secretárias de Meio Ambiente de quadros técnicos e gerenciais
especializados em ruídos, bem como instrumentos técnicos cuja calibração
seja realizada pelo órgão certificador competente (INMETRO) para que a
medição do ruído ambiental seja efetuada de forma eficaz.
Ø Promover o conforto ambiental acústico em todos os estabelecimentos
públicos de ensino e em hospitais.
Ø Cumprir o Programa “SILÊNCIO” do IBAMA.
Ø Através do uso de tecnologia limpa, reduzir gradativamente o nível de
pressão sonora (ruído), de todo o sistema de transporte público para os
recomendados pela ONU.
Ø Reexaminar as políticas, as estratégias e os planos econômicos,
setoriais e ambientais, nas esferas nacional, estadual e municipal, para efetivar
através da gestão ambiental da poluição sonora e do desenvolvimento
sustentável uma melhor qualidade sonora ambiental.
Ø Maior controle sobre o licenciamento de atividades que produzam ruídos,
bem como acompanhamento sobre os níveis de pressão sonora praticados
após a concessão do licenciamento.
Ø Desenvolvimento de material impresso com informações básicas sobre o
tema Poluição Sonora para os gestores urbanos e população em geral.
- 31 -
Ø Incentivo econômicos e aprimorados dos mecanismos de tributação
existentes, visando favorecer à preservação da qualidade sonora ambiental
através da implantação de tecnologias limpas que reduzam os níveis de
emissão sonora existente.
Ø Criar mecanismos que favoreçam a uma maior participação popular nas
questões relacionadas à Poluição Sonora.
14 - DESENVOLVIMENTO URBANO E A POLUIÇÃO
SONORA
A tecnologia e o desenvolvimento trouxeram muitos benefícios à
humanidade. Não restam dúvidas de que resolveram uma série de problemas
ligados ao conforto, saúde, comunicação e até mesmo à sobrevivência humana.
Porém, esta mesma tecnologia, quando utilizada sem critérios ou de forma
inadequada, pode gerar problemas ambientais que são capazes de colocar em
riscos o mesmo conforto, saúde, comunicação e sobrevivência que foi capaz
de preservar. (Adler, P.97)
15 - DANO AMBIENTAL
“Considera-se dano ambiental qualquer lesão ao meio ambiente
causado por ação de pessoa, seja ela física ou jurídica, de direito pública ou
privado. O dano pode resultar pode resultar na degradação da qualidade
ambiental (alteração adversa das características do meio ambiente), como na
poluição, que a Lei define como a degradação da qualidade ambiental
resultante da atividade humana”. Oliveira ( 1995)
16 - PRECEITOS CONSTITUCIONAIS
Constituição Federal:
O art.23, nos incisos VI, VII e IX, estabelece a competência comum da
União, dos estados, do Distrito federal e dos municípios de proteger o meio
ambiente, promover programas de construção de moradias e a melhoria das
- 32 -
condições habitacionais e de saneamento básico, além de combater a poluição
em qualquer de suas formas e preservar as florestas, a fauna e a flora.
O art. 30, nos incisos I e V, estabelece que compete aos municípios
legislar sobre assuntos de interesse local, organizar e prestar diretamente ou
sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local.
O art.196, estabelece a saúde como “direito de todos e dever do Estado”,
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do
risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
O art. 225, por sua vez, estabelece que “todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Lei n° 6.938/81 – Política Nacional do Meio Ambiente
Art. 3°
I – meio ambiente, o conjunto de condições, leis influências e interações de
ordem física, química e biológica, que permite, abrigar e rege a vida em todas
as suas formas;
II – degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das
características do meio ambiente;
III – Poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante da atividade que
direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população.
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos;
- 33 -
IV – poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou provado,
responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação
ambiental; V – recursos
ambientais, a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os
estuários , o mar territorial, o solo, o sub-solo e os elementos da biosfera, fauna
e a flora.
17 - CONCEITOS BÁSICOS SOBRE GESTÃO
AMBIENTAL
Na busca de um rápido direcionamento visando conter os crescentes
problemas ambientais, entre eles a Poluição Sonora, surge o conceito de
gerenciamento ambiental é negligenciado, pode gerar alterações ambientais
irreversíveis.
O conceito original de gestão ambiental diz respeito à administração,
pelo Governo, do uso dos recursos e de outras atividades humanas que afetam
o ambiente, por meio de ações ou medidas econômicas, investimento e
providências institucionais e jurídicas, com a finalidade de manter ou recuperar
a qualidade do ambiente, assegurando a produtividade dos recursos e o
desenvolvimento social. Entretanto, este conceito tem-se ampliado nos últimos
anos para incluir, além da gestão pública do ambiente, os programas de ação
desenvolvidos por empresas para gerenciar suas atividades de modo
responsável, no sentido de proteger o ambiente. “ Conjunto de ações
realizadas para se alcançar a máxima racionalidade no processo de decisão
relativo a conservação, defesa, proteção e melhoria do meio ambiente,
baseando-se em uma coordenada informação multidisciplinar e na participação
cidadã” (Coneza Fdez – Vitória,1997).
Os principais grupos sociais capazes de produzir algum tipo de
influência, quer positiva ou negativa, na qualidade do meio ambiente, podem
ser divididos em:
Empresários – poder do capital;
- 34 -
Político – poder de legislar;
Juizes – poder de concentrar e absorver, etc;
Membros do Ministério Público – poder de investigar e acusar;
Dirigentes dos Órgãos Ambientais – poder em embargar, licenciar, multar e etc;
Jornalistas e Professores – poder de influenciar na formação da “opinião
pública”;
Agências Estatais de Desenvolvimento – poder de financiamento, de criação de
infra-estrutura.
Podemos observar, portanto, que não cabe exclusivamente ao Governo
a administração do uso, dos recursos e de outras atividades humanas que
afetam o ambiente. A participação de empresas, por meio de programas de
ação desenvolvidos para gerenciar suas atividades de modo responsável,
contribui na proteção e manutenção de um ambiente saudável. A participação
de atores sociais capazes de colocar em prática as diretrizes de proteção,
conservação e melhorias do meio ambiente, por meio de atitudes e medidas
concretas, buscando transmiti-las e compartilhá-las com a comunidade, é
fundamental para um verdadeiro e democrático conceito de gestão ambiental.
18 - MEDIDAS DE GESTÃO DA POLUIÇÃO SONORA NO
BRASIL
Reconhecendo que a Poluição Sonora é um dos mais graves problemas
urbanos contemporâneos, causado pelo excesso de ruídos gerados por
diversas fontes entre elas, a circulação de veículos, má localização de
aeroportos, indústrias e comércio, tornou-se necessária a criação, pelo governo
federal, de um programa que estabelecesse normas, métodos e ações para
controlar o ruído excessivo e seus reflexos sobre a saúde e bem estar da
população. Assim foi criado o “Programa Nacional de Educação e Controle da
Poluição Sonora – Silêncio”, instituído pelo Conselho Nacional do Meio
- 35 -
Ambiente – CONAMA, através das Resoluções 01/90 e 02/90 e sob a
coordenação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – IBAMA.
O programa tem como objetivos:
- Capacitar técnicos e logística de pessoal nos órgãos de meio ambiente
estaduais e municipais em todo país;
- Divulgar, junto à população, matéria educativa e conscientizadora sobre os
efeitos prejudiciais da poluição sonora;
- Introduzir o tema “ Poluição Sonora” nos currículos escolares de ensino médio
( 2º grau);
- Incentivar a fabricação de uso de máquinas e equipamentos com níveis
baixos de ruído operacional;
- Incentivar à capacitação dentro da Polícia Civil Militar, para combater a
poluição sonora urbana;
- estabelecer convênios, contratos e atividades afins com órgãos e entidades
que possam contribuir para o desenvolvimento do programa.
O preparo técnico dos profissionais que trabalham com avaliação e
monitoramento de Poluição Sonora dve ser encarado com seriedade, pois a
falta de informação e despreparo, incluisive para manuseio do equipamento
utilizado, porem gerar falsos resultados e atitudes inadequadas à situação
analisada.
”Plano Nacional de Saúde e Ambiente no Desenvolvimento Sustentável”
– Ministério da Saúde/95.
Reconhece art.2:13
“ A saúde dos trabalhadores urbanos e rurais inclusive os do setor
informal da economia, sofre os efeitos imediatos e a longo prazo dos processos
produtivos nocivos, por meio de riscos, tais como temperaturas elevadas, ruído
excessivo, equipamentos e ambientes que provocam acidentes e contato com
substâncias perigosas ou tóxicas. A informação completa sobre os riscos e
- 36 -
suas conseqüências não vem sendo fornecida de forma transparente pelas
empresas responsáveis.
Legislação Federal do Ruído no Brasil:
- Constituição Federativa do Brasil – artigo 225 contempla o direito coletivo ao
meio ambiente ecologicamente saudável e equilibrado.
- Portaria MINTER /º 092/80 – Estabelece critérios e diretrizes quanto à
emissão de sons e ruídos provenientes de quaisquer atividade industrial,
comercial, social ou recreativa, inclusive as de propaganda.
- LEI Nº 6938/81 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente com os
seguintes princípios:
Controle e Zoneamento de atividades potencial ou efetivamente poluidoras.
Acompanhamento do estado da qualidade ambiental.
- Decreto n° 88351/83 – Dispõe o Plano Básico de Zoneamento de Ruído e
Planos Específicos de Zoneamento de Ruído a que se refere o Código
Basileiro do Ar.
- Resolução CONAMA n° 01/90 – Estabelece critérios, padrões, diretrizes e
normas reguladoras da Poluição Sonora.
- Resolução CONAMA n° 02/90 – Estabelece normas, métodos e ações para
controlar o ruído excessivo que possa interferir na saúde e bem-estar da
população.
- Resolução CONAMA n° 01/93 – estabelece para os veículos automotores
nacionais e importados, exceto motocicletas, motonetas, ciclomotores,
bicicletas com motor auxiliar e veículos assemelhados, limites máximos de
ruído com veículo em aceleração e na condição parado.
- Resolução CONAMA n° 08/93 – Estabelece a compatibilização dos
cronogramas e implantação dos limites de emissão dos gases de escapamento
com os de ruído dos veículos usados no ciclo Diseil, estabelecidos na
Resolução CONAMA n ° 01/93.
- 37 -
- Resolução CONAMA n° 20/94 – Institui o Selo Ruído como forma de
indicação do nível de potência sonora medido em decibel, dB(A), de uso
obrigatório a partir desta resolução para aparelhos eletrodomésticos, que
venham a ser produzidos, importados e que gerem ruído no seu funcionamento.
- Resolução CONAMA n° 17/95 – Ratifica os limites máximos de ruído e o
cronograma para seu atendimento determinados no artigo 2° as resolução
CONAMA n° 08/93, executada a exigência estabelecida para a data de 1° de
janeiro de 1996.
18.1 - Âmbito Estadual
- Constituição Estadual
- Capitulo do Meio Ambiente – art. 258 – indicando o direito coletivo a um
ambiente saudável e equilibrada. Art. 227 – a Lei instituirá norma para coibir a
poluição sonora.
Outras normas:
Normas técnicas da ABNT
NBR 10.151 – Referente à avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o
conforto da comunidade. Esta norma foi revisada recentemente, devendo ser
submetida a uma nova avaliação.
NBR 10.152 – Referente à avaliação de níveis de ruído para o conforto
acústico.
19 - POLUIÇÃO SONORA NO MUNÍCIPIO DO RIO DE
JANEIRO
Para que possamos entender a forma de gestão dos problemas
ambientais no Município do Rio de Janeiro, é importante ressaltar que o
município é dividido em cinco áreas de planejamento.
Em cada área de planejamento, a Secretaria Municipal possui um
Escritório Técnico Regional, perfazendo em total de cinco ETR’s..
- 38 -
Segundo o IQM/2000 ( índice de qualidade dos municípios) produzindo
pelo Centro de Informações e Dados do rio de Janeiro ( CIDE), o município do
RJ comanda a Região Metropolitana constituindo-se no principal centro
produtor e distribuidor de bens e serviços de todo o Estado, alem de ser sede
do governo Estadual e de diversas instituições públicas e privadas reunindo de
41% da população e 59% da economia de todo o Estado.
Ainda, segundo o IQM, o município do Rio de Janeiro possui uma área
de 1.264 Km2, com uma população aproximada de 5.580.764 e com uma
média de 45 automóveis licenciados por 1.000 habitantes.
Castro, em 99 nos indica que 80% do transporte brasileiro em área
urbana é realizado por carros e ônibus, torna-se, portanto fácil enteder porque
o RJ é uma das cidades mais estridentes do mundo.
Um agravante a este perverso sistema de geração de tráfego é a
estrutura dos ônibus: muitos ainda têm chassi de caminhão, não tem câmbio
automático e os sistemas de amortecimento e travagem são barulhentos.
Se associarmos ao ruído de trânsito o ruído produzido por britadeiras,
bares, restaurantes, clubes, igrejas, academias, festas, vendedores e
compradores de ferro-velho, pamonhas e outros, munidos de alto-falantes, que
não reconhecem limites, veremos que o barulho típico das grandes cidades
brasileiras é permanente e de difícil controle.
Entretanto, não é o bar da esquina nem o homem da pamonha, que faz
o Rio de Janeiro possuir o título de barulhenta. Segundo informações da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, as ruas mais barulhentas são aquelas
transformadas em corredores de transporte, em particular, as que recebem
tráfego de veículos pesados. Considerando que existem 45 automóveis
licenciados por 1.000 habitantes, teremos 45% da população circulando com
seus automóveis, o que equivaleria a aproximadamente 251.134 automóveis
particulares em circulação, só de moradores do Município do Rio de Janeiro,
sem contar com moradores de outros municípios que fazem uso de seus
- 39 -
automóveis para deslocar-se de sua residência para o local de trabalho,
quando este está localizado no município do Rio de Janeiro.
20 - MEDIDAS DE GESTÃO DA POLUIÇÃO SONORA NO
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
Segundo a Lei Orgânica do Município, a Legislação referrente à Poluição
Sonora, dispõe da seguinte forma:
Capítulo do Meio Ambiente
Art. 460 – indicando o direito coletivo a um ambiente sadio e equilibrado;
Art 461 – incubido ao poder público o controle que comportem riscos efetivos
ou potencial para a qualidade de vida e meio ambiente;
Art.476 – dando o direito de denúncia aos cidadãos para agirem junto à
procuradoria geral do município por causa de danos à saúde individual ou
coletiva.
21 - MEDIDAS DE GESTÃO DA POLUIÇÃO SONORA
PELA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE DO
MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Atua de acordo com o previsto pelo regulamento 15 – Da proteção
contra ruídos – aprovado pelo Decreto Municipal nº 1.601/78 e alterado pelo
decreto municipal n° 5.412/85.
A atuação obedece a seguinte rotina: após o recebimento da reclamação,
que pode ser encaminhada por telefone, por carta, etc é procedida a vistoria ao
local onde são aferidos os níveis de ruído e confrontados com os permitidos
pelo decreto.
Este Decreto estabelece níveis máximos de ruído para os períodos
diurnos e noturnos, que variam de acordo com o uso permitido para o local
( residencial, comercial, etc.) . No período noturno estes limites variam entre 50
e 60 dB e, no período diurno, entre 55 e 70 dB.
- 40 -
Caso a reclamação faça parte dos ruídos vistoriados pela Secretaria –
SMAC um técnico comparecerá ao local utilizando um aparelho denominado
medidor de nível de pressão sonora que mede os níveis de ruído. A medição
deve ser feita, no mínimo a 1,5m da divisa do lote onde está ocorrendo o ruído,
podendo também ser realizado no local onde é sentido o incômodo.
SECRETARIA VISTORIA SECRETARIA NÃO VISTORIA
Bares e restaurante com música Carros de som itinerante
Templos de qualquer culto religioso Reuniões e aglomerações de pessoas
em logradouros públicos
Sinaleiras de advertência Escolas em atividades curriculares
Casas de espetáculos Reclamações internas de condomínios
Criadouros comerciais de animais Animais
Obras e industrias Ruído de transito
Se constatado o descumprimento à legislação, o estabelecimento é
intimado a adequar os níveis de ruído aqueles permitidos pela legislação, no
prazo de 72h. Se constatado, através de vistorias, o descumprimento a
legislação , são lavrados autos de infração, em valores progressivos e, se o
problema permanecer, é elaborado edital de Interdição da fonte sonora.
Entretanto, se de todo não forem cumprida as medidas administrativas, o
processo é encaminhado à Procuradoria Geral do Município, que faz o
ajuizamento de ação judicial.
A infração OS é recordista tanto de inquérito instaurado pela
Procuradoria de Meio Ambiente do Ministério Público como de reclamações e
processos abertos pela SMAC.
Dos 542 inquéritos em tramitação no MP, 128 são sobre OS dos quais
19, até outubro de 1998, resultaram em ações civis publicas. Os bares são
- 41 -
responsáveis por 30% dos inquéritos. No entanto, a maioria das ações civis
públicas instauradas pelo MP é contra clubes.
Segundo dados da SMAC, são registradas mensalmente, cerca de 400 a
500 reclamações por excesso de barulho. No ano de 1998, de Janeiro a
outubro, a SMAC aplicou 285 multas por OS, num total de R% 361.000,00. Dos
2.134 processos instaurados em 2000, 66.6% são sobre OS.
Embora a SMAC não tenha competência para atuar no caso de fontes
moveis de ruído, das reclamações de barulho que a secretaria recebe
diariamente, cerca de 13% são de vendedores que usam carros com alto-
falantes. A lei proíbe esse comércio e cria multas de 245 Ufirs ( cerca de
R$ 239,00), por venda de produtos sem autorização, e 122.5 Ufirs ( cerca de
R$ 120.00), por uso de aparelho de som.
22 - PESQUISA APLICADA
Realizada pesquisa com 81 funcionários, sendo 29 da Companhia de
Engenharia de tráfego (CET Rio) e 52 da Guarda Municipal, cuja finalidade
seria verificar alguns impactos e reações ocasionados pela exposição a ruídos.
22.1- Análise comportamental
Irritabilidade
77%
23%
Manifestam
Não Manifestam
- 42 -
Agressividade
67%
33%
Manifestam
Não Manifestam
22.2- Neurogetativo
Insônia
56%
44%Manifest am
Não Manif estam
Estresse
88%
12%
Manifest am
Não Manif estam
22.3- Cognição
- 43 -
Dificuldade de concentração
80%
20%
Manif est am
Não Manif est am
Interferência na memória
59%
41%
Manif est am
Não Manif est am
22.4- Ações preventivas
Utilização de protetor auricular
15%
49%
36% Frequentemente
Esporadicamente
Raramente
- 44 -
Realização periódica de exames de audiometria
61%22%
17%
Frequentemente
Esporadicamente
Raramente
Recebe informações sobre os cuidados necessários com a audição
41%
49%
10%
Frequentemente
Esporadicamente
Raramente
Gostaria de receber com maior freqüência informação sobre os cuidados com a
audição
89%
11% 0%
Frequentemente
Esporadicamente
Raramente
- 45 -
23 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo nos mostra a grande importância da saúde ocupacional
dentro das instituições. As pesquisas apontaram para uma realidade muito
preocupante, mais de 50 % dos entrevistados demonstraram algum tipo de
desvio, seja comportamental, neurovegetativo ou de cognição. E 89%
percebem que deveriam receber mais informações sobre os cuidados com a
audição.
Quando do falamos em preocupação ambiental, devemos sempre ficar
atentos com os cuidados necessário para os seres humanos. Pequenas ações
dentro da própria empresa poderão muitas vezes amenizar ou acabar com
alguns males.
A multiplicação do conhecimento muitas vezes pode se tornar um fator
fundamental e com atitudes simples como o treinamento de alguns funcionários
que possam atuar como agentes multiplicadores de conhecimento, se tornando
sábio e útil, através de palestras e cursos, pode gerar grande benefício para
todos.
Quem deseja enxergar um modelo ideal de desenvolvimento sustentável,
deverá primeiramente observar as condições internas, estudá-las e
desenvolver medias para resolver suas questões.
A natureza apela para que o ser humano repense suas ações nesse mundo,
para que ele não sucumba de vez com tanta poluição, tanto descaso e tanta
irresponsabilidade. O homem não tem se preocupado com o meio ambiente, é
preciso respeitar mais e proteger a natureza para ser protegido, inclusive a
própria natureza humana.
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24 - BIBLIOGRAFIA:
1) Centro Nacional de Referência em Gestão Ambiental Urbana –
Ministério do Meio Ambiente.
2) PDBG – Subprojeto de Educação Ambiental d o Programa de
Despoluição da Baía de Guanabara- (1997).
3) Conferência Pan-Americana sobre Saúde e Ambiente no
desenvolvimento humano Sustentável Plano Nacional de Saúde e
Ambiente no Desenvolvimento Sustentável. Ministério da Saúde. Brasília.
1995.
4) Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso
Futuro Comum. Rio de Janeiro: Ed. FGV. 1992.
5) Brasil – Constituição Federal de 1988.
6) Brasil – Lei nº 6.938\81 – Política Nacional do Meio Ambiente.
7) Vocabulário Básico de Meio Ambiente – FEEMA.
8) Brasil – Portaria MINTER\Nº 092\80 – Estabelece critérios e diretrizes
quanto `a emissão de sons e ruído provenientes de quaisquer
atividades industriais comerciais sociais ou recreativas, inclusive as de
propaganda.
9) Brasil – Decreto nº 88351\83 – Dispõe sobre o Plano Básico de
Zoneamento de Ruído e Planos Específicos de Zoneamento de Ruído a
que se refere o Código Brasileiro do Ar.
10) Resolução CONAMA nº 01\90 – Estabelece critérios, padrões, diretrizes
e normas reguladoras da Poluição Sonora.
11) Resolução CONAMA nº 02/90 – Estabelece normas, métodos e ações
para controlar o ruído excessivo que possa interferir na saúde e bem-
estar da população.
- 47 -
12) Resolução CONAMA nº 01/93 – Estabelece para os veículos
automotores nacionais e importados, exceto motocicletas,
motonetas,ciclomotores, bicicletas com motor auxiliar e veículos
assemelhados, limites máximos de ruído com veículo em aceleração e
na condição parado.
13) Resolução CONAMA nº 08/93 – Estabelece a compatibilização dos
cronogramas de implantação dos limites de emissão dos gases de
escapamento com os de ruído dos veículos pesados no ciclo Diesel,
estabelecidos na Resolução CONAMA no 01/93.
14) Resolução CONAMA nº 20/94 - Institui o Selo Ruído como Forma
de indicação do nível de potência sonora medido em decibel, dB (A), de
uso obrigatório a partir desta resolução para aparelhos eletrodomésticos,
que venham a ser produzidos e que gerem ruído no seu funcionamento.
15) Resolução CONAMA nº 17/95 – Ratifica os limites máximos de ruído
e o cronograma para seu atendimento determinados no artigo 2º da
Resolução CONAMA nº 08/93, excetuada a exigência estabelecida
para a data de 1º de janeiro de 1996.
16) Brasil - Constituição Estadual / RJ.
17) Brasil - NBR 10151 - Referente à avaliação do ruído em áreas
habitadas, visando o conforto da comunidade. Esta norma foi revisada
recentemente, devendo ser submetida à uma nova avaliação.
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