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SEGREDO OCULTO ‘TODOS JÁ SABEM’ ESTREIA HOJE NOS CINEMAS PÁG. 11 MÍN: 18°C MÁX: 30°C BRASÍLIA Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019 Edição nº 1.672, ano 7 www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_BSB RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O Metro jornal é impresso em papel com garantia de manejo florestal responsável, pela iGráfica Editora Ltda PRODUÇÕES ‘MARGINAIS’ FAZEM VAQUINHAS VIRTUAIS PARA LANÇAR NOVOS PROJETOS PÁG.12 INCENTIVO À CULTURA É SUSPENSO E DESAGRADA COMUNIDADE ARTÍSTICA DO DF PÁG. 13 Ameaça de corte gera temor de greve na UnB Por decisão da Justiça, gratificação que equivale a 26% dos salários dos professores pode ser suspensa PÁG. 07 Vale fecha acordo para indenização MP pede bloqueio de R$ 57 mi do Flamengo Todos os moradores de Brumadinho devem receber pagamentos de até R$ 998 por pelo menos 12 meses PÁG. 05 Valor irá para indenização, já que não houve acordo com as famílias. Ninho do Urubu pode ser interditado PÁG. 16 10 atletas morreram no incêndio do dia 8 | THIAGO RIBEIRO/FOLHAPRESS NAS MÃOS DELES Previdência. Com idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, além de contribuição mínima de 20 anos, entre outras mudanças, proposta do governo é entregue por Bolsonaro ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia; saiba o que muda PÁG. 08 MARCOS CORREA/REUTERS Em meio a parlamentares, Onyx Lorenzoni (Casa Civil), presidente Bolsonaro, Rodrigo Maia (pres. da Câmara), Davi Alcolumbre (pres. do Senado) e Paulo Guedes (Economia) seguram a proposta de reforma da Previdência do governo

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Page 1: COMUNIDADE ARTÍSTICA DO DF | leitor ... · 10 atletas morreram no incêndio do dia 8 | THIAGO RIBEIRO/FOLHAPRESS NAS MÃOS DELES Previdência. Com idade mínima de 65 anos para homens

SEGREDO OCULTO

‘TODOS JÁ SABEM’ ESTREIA HOJE NOS CINEMAS PÁG. 11

MÍN: 18°CMÁX: 30°C

BRASÍLIA Quinta-feira,

21 de fevereiro de 2019

Edição nº 1.672, ano 7

www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_BSB

RECI

CLE

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FORM

AÇÃO

: PAS

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ESTE

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TOR

O Metro jornal é im

presso em papel com

garantia de manejo

florestal responsável, pela iGráfica Editora Ltda

PRODUÇÕES ‘MARGINAIS’FAZEM VAQUINHAS VIRTUAIS PARA LANÇAR NOVOS PROJETOS PÁG.12

INCENTIVO À CULTURAÉ SUSPENSO E DESAGRADACOMUNIDADE ARTÍSTICA DO DF PÁG. 13

Ameaça de corte gera temor de greve na UnBPor decisão da Justiça, gratifi cação que equivale a 26% dos salários dos professores pode ser suspensa PÁG. 07

Vale fecha acordo para indenização

MP pede bloqueio de R$ 57 mi do Flamengo

Todos os moradores de Brumadinho devem receber pagamentos de até R$ 998 por pelo menos 12 meses PÁG. 05

Valor irá para indenização, já que não houve acordo com as famílias. Ninho do Urubu pode ser interditado PÁG. 16

10 atletas morreram no incêndio do

dia 8 | THIAGO RIBEIRO/FOLHAPRESS

NAS MÃOS DELES

Previdência. Com idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, além de contribuição mínima de 20 anos, entre outras mudanças, proposta do governo é entregue por Bolsonaro ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia; saiba o que muda PÁG. 08

MARCOS CORREA/REUTERS

Em meio a parlamentares, Onyx Lorenzoni (Casa Civil),

presidente Bolsonaro, Rodrigo Maia (pres. da Câmara), Davi

Alcolumbre (pres. do Senado) e Paulo Guedes (Economia)

seguram a proposta de reforma da Previdência do governo

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br 02| {BRASIL}

1FOCO

EXPEDIENTEMetro Jornal. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB 21.162) Diretor Comercial: Rogério Domingues Diretora Financeira: Sara VellosoEditor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Jornal Brasília. Diretor-editor: Cláudio Humberto. Editores de Arte: Cláudia Lorena e Priscila S. Belavenute. Coordenadora Comercial: Isabela Ramos Grupo Bandeirantes de Comunicação Brasília. Diretor Geral: Flávio Lara Resende

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O Metro Jornal circula em 21 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, ABC, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Espírito Santo e Maringá, somando 505 mil exemplares diários.

Apuração da Receita

‘Esdrúxula’O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), classificou como “esdrúxula” a investigação

da Receita Federal que aponta suposta fraude

cometida por ele e pela mulher, Guiomar.

O caso foi parar na Corregedoria do órgão.

“Estou aguardando ainda mais esclarecimentos. É um conjunto bastante

esdrúxulo, muito peculiar”, afirmou.

A apuração envolve 134 pessoas, das quais 17 ligadas ao ministro, incluindo a mãe dele,

morta em 2007. “Vão fazer uma sessão espírita aí”,

ironizou.

O presidente da CNI (Con-federação Nacional da In-dústria), Robson Andrade, foi afastado do cargo a pe-dido da Justiça Federal de Pernambuco. O engenhei-ro chegou a ficar em torno de 12 horas preso, em Bra-sília após deflagrada a ope-ração Fantoche, que reve-lou um esquema de desvio de R$ 400 milhões em con-tratos firmados entre o Se-si e o Ministério do Turismo na área de cultura e educa-ção ambiental.

Dos 10 presos, seis foram soltos após prestar depoi-mento. O afastamento é por até 90 dias. METRO BRASÍLIA

Fantoche. Justiça afasta presidente da CNI do cargo

Em um voto que durou duas sessões e bastante aclamado pelos colegas, o ministro Cel-so de Mello, do STF (Supre-mo Tribunal Federal), relator da ADO 26 (Ação de Incons-titucionalidade por Omis-são), reconheceu ontem que há “inércia intencional” do Congresso em votar lei que criminalize os atos de homo-fobia e transfobia.

Para o ministro, a Lei de Racismo – que penaliza com prisão inafiançável quem pratica esse crime – deve ser aplicada nos casos de discri-minação a comunidade LGB-TI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais).

“A homofobia e a transfo-bia, como comportamentos discriminatórios voltados à inferiorização do ser huma-no simplesmente por sua orientação sexual, incluem-

-se entre os crimes resultan-tes de discriminação ou pre-conceito de raça”, afirmou Celso de Mello.

O ministro passeou por to-da a biografia de opressão às pessoas LGBTI ao longo da his-tória jurídica brasileira e dis-se ser “imperioso” ao Brasil “acolher novos valores e con-sagrar uma nova concepção de direito”.

Hoje, o STF dá continuida-de à votação com o voto do ministro Edson Fachin, rela-tor do segundo caso que trata sobre o tema. METRO BRASÍLIA

STF. Em voto já considerado “histórico” por seus colegas, ministro defendeu o acolhimento de novos valores no Brasil e reconheceu a inércia do Congresso ao aprovar lei sobre o tema

Ministro defendeu a equiparação entre racismo e homofobia | NELSON JR./STF

‘Homofobia é nova forma de racismo’

Robson está no cargo desde 2010

| MIGUEL ÂNGELO/CNI

Lewandowski é alvo de pedido de impeachment

O ministro Ricardo Le-wandowski, do STF (Su-premo Tribunal Federal), é alvo de um pedido de impeachment protocola-do ontem pelo movimen-to Nas Ruas e o MBL (Mo-vimento Brasil Livre).

Em dezembro do ano passado, o magistrado de-terminou a prisão do ad-vogado Cristiano Caiado de Acioli, durante um voo de São Paulo para Brasília.

Acioli declarou: “o Su-premo é uma vergonha”. Lewandowski pediu à co-missária de bordo para chamar a Polícia Federal.

O pedido fala em abuso de autoridade e ainda pre-cisa ser aprovado pelo Se-nado. METRO BRASÍLIA

STF determina prisão de mandante

O fazendeiro Regivaldo Galvão, acusado de man-dar matar a a missionária norte-americana Dorothy Stang em 2005 num as-sentamento da reforma agrária em Anapu (PA), deve voltar à prisão, em regime fechado. A 1ª Tur-ma do STF (Supremo Tri-bunal Federal) revogou o habeas corpus concedido ao acusado em maio do ano passado.

Galvão foi condenado em 2010 e tem pena de 25 anos de reclusão. Ele se enquadra nos casos de réus que podem ser preso após condenação em se-gunda instância, tema que voltará à pauta do STF em 10 de abril. METRO BRASÍLIA

Dorothy Stang Prisão em avião

“A homofobia se configura uma forma contemporânea de racismo”

CELSO DE MELLO, MINISTRO DO STF

Segurança patrimonial do prédio onde mora Elaine Ca-parroz, 55, Juciley Souza An-drade foi ontem à delegacia no Rio de Janeiro prestar de-poimento. Foi ele quem so-correu a paisagista após ela ser espancada por 4 horas pelo lutador de jiu-jítsu Viní-cius Batista Serra, 27, e con-tou que a encontrou no quar-to, deitada no chão. A casa estava revirada e com mui-tas marcas de sangue. “Pela maneira que eu a encontrei, acho que se eu demoro mais 10 ou 15 minutos, ela não es-taria mais viva, não”, disse.

Juciley estava no 18o an-dar e ouviu o pedido de so-corro vindo do 16o, onde fi-ca o apartamento da vítima. Só quando ele bateu na por-ta, os gritos cessaram, mas o agressor falou para o se-gurança arrombar a porta e

tentar entrar. Foi neste mo-mento que ele decidiu cha-mar a polícia.

As câmeras de segurança do condomínio na Barra, que poderiam ter registrado o agressor, estavam quebradas.

Em depoimento, o lu-tador, que foi preso em flagrante, alegou ter so-frido um surto psicótico de-pois de ter tomado vinho.

METRO RIO E BAND

Juciley Andrade, que socorreu Elaine,

depôs na 16a DP | REPRODUÇÃO/BAND

Agressão. Segurança conta como ajudou a salvar mulher

O delegado Amadeu Trevi-san, responsável pelo inqué-rito sobre a morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, disse ontem, no terceiro dia da au-diência do processo, que dois suspeitos riram ao depor du-rante a investigação do caso.

Segundo ele, Edison Bri-tes, que confessou o crime, e Eduardo Henrique da Sil-va deram risada ao serem questionados sobre o crime. Os dois viraram réus. “Pedi que eles se mantivessem na condição de investigados”, disse Trevisan.

Desde segunda-feira fo-ram ouvidas 13 pessoas in-dicadas pela acusação.

Daniel foi morto em outu-bro de 2018 quando, segun-do Edison, tentou estuprar sua mulher. METRO CURITIBA

Caso Daniel. Suspeitos riram ao depor

Dólar

+ 0,33% (R$ 3,728)

Bovespa

- 1,14%(96.545 pts)

Euro

+ 0,07% (R$ 4,227)

Selic

(6,50% a.a.)

Salário

mínimo

(R$ 998)

Cotações

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br {BRASIL} 03|

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse ontem, em entrevista à Rádio Ban-deirantes, que a divulgação dos áudios da conversa en-tre o ex-ministro da Secre-taria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno e o pre-sidente Jair Bolsonaro foi uma “deslealdade com o presidente”.

“Houve quebra de con-fiança”, afirmou o vice-pre-sidente, que avalia que o va-zamento foi de autoria de Bebianno. “Rompe a intimi-dade”, disse. Mourão afirma que o caso já está encerra-do. “Bebianno já foi.”

Sem aconselhamentosO vice-presidente disse que não fez nenhuma reunião e não deu nenhum conse-lho ao presidente Jair Bol-

sonaro a respeito da relação de seus filhos com o gover-no, e atribuiu a participação deles nos assuntos da Presi-dência a uma “questão de

acomodação desse início de governo”.

Ele falou também que os filhos de Bolsonaro “são pes-soas bem-sucedidas, porque

cada um tem um mandato popular”, e que eles vão en-tender o papel que cada um deve desempenhar.

“Acho que aos poucos eles vão entender qual é o tamanho da cadeira de cada um, e vão permanecer ne-la”, disse. E elogiou a famí-lia do presidente: “É uma fa-mília unida, por tudo aquilo que eles já enfrentaram ao longo da vida deles”, com-pletou Mourão.

PopularidadeQuestionado se seu protago-nismo diante da mídia cau-sa indisposição com o gover-no, Bolsonaro ou seus filhos, Mourão afirmou que sim, e que algumas opiniões dele são discordantes, mas que ele e o presidente se comple-mentam. RÁDIO BANDEIRANTES

Para agradar partidos que podem integrar a base alia-da do governo no Congres-so, o presidente Jair Bolso-naro anunciou ontem que será criado um “banco de ta-lentos” que reunirá nomes e currículos indicados por par-lamentares, a fim de ocu-parem cargos no segundo e terceiro escalão dentro do governo federal.

O banco passará pelo ca-

rimbo dos ministros, que fa-rão uma espécie de proces-so seletivo para escolher o nome mais adequado.

No início do mês, o minis-tro da Casa Civil, Onyx Loren-zoni, mandou suspender, por tempo indeterminado, todas as nomeações e dispensas de cargos comissionados e fun-ções de confiança em qual-quer repartição federal nos Estados. METRO BRASÍLIA

Nomeações. Governo vai criar ‘banco de talentos’

Presidente se reuniu ontem com a bancada do PSL | MARCOS CORRÊA/PR

Mourão foi entrevistado no Palácio do Planalto | REPRODUÇÃO/RÁDIO BANDEIRANTES

A revelação de mensagens do WhatsApp que envolvem o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, no esquema de candidaturas laranjas man-tiveram a crise no governo.

Ontem, o jornal “Folha de São Paulo”, divulgou o con-teúdo de mensagens trocadas entre a candidata a deputada estadual pelo PSL em Minas Gerais, nas eleições de 2018, Cleuzenir Barbosa, e Haissan-der de Paula – assessor parla-mentar do hoje ministro. O material foi entregue ao Mi-nistério Público do estado.

Na conversa, Haissander de Paula cobra da ex-candi-data a transferência de R$ 30 mil – valor correspondente a metade da verba pública rece-bida por Cleuzenir, a fim de fi-nanciar sua campanha – para a conta de uma empresa gráfi-ca vinculada a outro assessor de Álvaro Antônio – na época, deputado federal.

ContradiçãoDe acordo com o jornal, as mensagens contradizem o que tem afirmado Álvaro An-tônio até o momento. Ele sus-tenta que, assim que tomou conhecimento das acusações da ex-candidata, mandou apu-rar o caso e afirmou que Cleu-zenir não havia apresentado provas das acusações.

O que diz a acusaçãoInformações da “Folha” apon-tam que os assessores do mi-nistro pediram a Cleuzenir que devolvesse R$ 50 mil do repasse e ficasse com o restan-

te. Sem aceitar participar do esquema, a ex-candidata hoje mora fora do Brasil e tem me-do de sofrer represálias.

Pacote de medidasNa tarde de ontem, Bolsona-ro se encontrou rapidamente com Álvaro Antônio. O minis-tério informou que o encon-tro serviu para apresentar “um pacote de medidas pa-ra impulsionar o turismo no país”. Em seguida, Álvaro An-tônio cancelou reunião que teria com o vice-presidente, Hamilton Mourão.

Depois do desgaste com Gustavo Bebianno, o presi-dente tem sido pressionado a demitir Álvaro Antônio.

O líder do PSL na Câma-ra, o deputado Delegado Wal-dir (GO), entretanto, saiu em defesa do ministro: “Ele tem que permanecer. Que crime cometeu? Nosso partido, o PSL, não tem ministro ban-dido como os governos de es-querda. Quem errar, vai ser punido.” METRO BRASÍLIA

Turismo. Mensagem compromete ministro

Para Mourão, áudio vazado é deslealdade com o presidente

Após depoimento na PF (Po-lícia Federal) de Recife, a de-fesa da ex-candidata a depu-tada federal pelo PSL, Maria de Lourdes Paixão, acusada de servir como laranja nas eleições de 2018, alegou on-tem que o estado de saúde da mãe dela a desmotivou a se-guir com sua campanha.

“Ela teve um grande pro-blema, que foi o estado de saúde da mãe dela, que, perto da campanha, ficou em home care na casa dela. Logo depois, a mãe faleceu. E isso a desesti-mulou”, justificou o advogado de Lourdes, Ademar Rigueira.

Em cima da horaOutro argumento apresenta-do por Ademar é de que o re-passe da legenda para finan-ciar a campanha de Maria de Lourdes teria chegado mui-to tarde – a quatro dias an-tes das votações – compro-metendo o resultado final do pleito, onde obteve ape-nas 274 votos.

“O dinheiro só foi libera-

do em cima da hora e já ti-nha todo um compromisso de gráfica, de material”, ex-plicou o advogado.

Segundo ele, já havia um “compromisso anterior da liberação desse dinheiro.”

Entenda o casoLourdes teria recebido do PSL a verba pública de R$ 400 mil, entrando na lista como a terceira maior be-neficiada pelo fundo parti-dário da sigla – valor acima até mesmo do que obteve o presidente Jair Bolsonaro.

Do total recebido, Lour-des disse que R$ 380 mil fo-ram destinados a pagar 5 milhões de santinhos produ-zidos por uma gráfica de fa-chada, segundo informações do jornal “Folha de S.Paulo”.

O caso contribuiu para a demissão, na segunda-feira, de Gustavo Bebianno – pre-sidente do PSL na época – do cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presi-dência. METRO BRASÍLIA

Suspeitas. Maria de Lourdes prestou depoimento ontem à Polícia Federal de Pernambuco. Ex-candidata é acusada de receber a 3ª maior verba do PSL. Ela obteve apenas 274 votos

Maria de Lourdes depôs ontem pela manhã em Pernambuco | REPRODUÇÃO/TV GLOBO

À PF, ‘laranja’ diz que doença da mãe impediu campanha

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br 04| {BRASIL}

ENQUANTO BOLSONARO NÃO DECIDE, MOURÃO OPINAO general Hamilton Mourão faz balanço positivo de sua atuação vice-presidente da República, sem se im-portar com as críticas a sua atitude de até fazer decla-rações discordantes do governo. “Enquanto não houver uma posição oficial, eu emito opinião. Mas a partir do momento em que o presidente tome decisão sobre de-terminado tema, a posição passará a ser minha e vou defendê-la com unhas e dentes”, disse.

DIVERGÊNCIAS O vice diverge de Bolsonaro em questões como o abor-to, que, para ele, é questão de saúde pública. A visão do presidente tem viés religioso.

IMPACTOMourão concedeu entrevista à coluna e à Rádio Ban-deirantes, nesta quarta (20), ainda sob impacto de uma derrota do governo na Câmara.

RECADO CLAROOs deputados derrubaram o decreto de Mourão sobre a Lei de Acesso à Informação. Ele acha que foi um recado dos deputados ao governo.

DEVER DE INFORMARO vice-presidente também acha que dar entrevistas é dever das autoridades, até para evitar o que chama de “ilações”.

‘INFORMAÇÕES FALSAS’ DERRUBARAM REFORMA DE TEMER

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) admi-tiu nesta quarta-feira (20) que a reforma da Previdência proposta por Michel Temer em 2017 fracassou, na ver-dade, por má-fé. Ao receber a nova proposta do presi-dente Jair Bolsonaro, Maia disse que viu a tentativa an-terior “ser descontruída com falsas informações”. Maia fez o alerta para que a reforma de Bolsonaro não tenha o mesmo destino que a de Temer.

MASSA DE MANIPULAÇÃORodrigo Maia reiterou que o desafio é mostrar aos bra-sileiros que eles têm sido instrumento de manipulação de “poucas pessoas”.

GATO ESCALDADONão por acaso, a apresentação da proposta de reforma da Previdência aos jornalistas, pela equipe econômica do governo, durou cinco horas.

EXEMPLO DE PORTUGALNos bastidores e à imprensa, Maia fala do exemplo de Portugal, que precisou cortar 30% das aposentadorias antes de aprovar sua reforma.

INVASÃO GERA... LIMPEZAA Embaixada do Brasil na Grécia foi invadida nesta quarta (20) por vândalos que picharam paredes e des-truíram propriedade. Procurado, o Itamaraty disse ape-nas que “tomou as providências para a limpeza do local e recuperação dos prejuízos”. Já investigar, que é bom...

QUEM CEDO MADRUGAO general Hamilton Mourão dorme cedo, pelas 22h30 e acorda antes das galinhas, às 5h30. E sempre que po-de sai cedinho para cavalgar, como está previsto para acontecer nesta quinta-feira.

FAZENDO HISTÓRIA

O deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) parou o plenário da Câmara, na sessão desta quarta (20). Deficiente visual, ele fez um discurso emocionante, foi aplaudido de pé e muito cumprimentado.

COMUNICAÇÃO PELA REFORMACom medo de perder os benefícios, castas mais altas do funcionalismo público federal e estadual já se orga-nizam contra a PEC da reforma da Previdência de Bol-sonaro. Mas o governo tem plano ambicioso.

REFORMA FUNDAMENTALLevantamento do Ideia Big Data mostra que 43% dos bra-sileiros acham “fundamental para o Brasil” a reforma da Previdência e 81% acredita que a reforma deva acabar com privilégios de políticos e também de funcionários públicos. Foram ouvidas 1.891 pessoas em todo o País.

JUNTOS PELA PRIMEIRA VEZEm 2019, nem mesmo a posse do presidente Jair Bol-sonaro contou com a presença dos 27 governadores. O governador Ibaneis Rocha (MDB) confirmou todos no 3º Fórum do Governadores do Brasil.

EVOLUÇÃO DE VERDADEA tecnologia de transmissão de dados de celular 5G, a verdadeira evolução do 4G, já está sendo testada na China. A experiência é numa estação de metrô de Shanghai, de graça para todos os passageiros.

DESDÉM E CRUELDADEDoente e sentindo muitas dores, servidora da Embrapa tentou por vinte anos aposentar-se por invalidez. Foi tratada com desdém, crueldade. Certo dia, ligaram ofe-recendo empréstimo consignado. Foi o banco que con-tou da sua aposentadoria havia um ano. O INSS não a informou.

PENSANDO BEM......tem gente no Congresso que prefere reformar presí-dios antes de reformar a Previdência.

“A mídia é dos governados,

não dos governantes”

VICE-PRESIDENTE HAMILTON MOURÃO DESTACANDO A LIBERDADE DE INFORMAÇÃO NO BRASIL

PODER SEM PUDORQUANDO UM ‘ANIMAL’ FALA...

Interventor de Minas Gerais, Benedito Valadares era co-nhecido pelo vocabulário esquálido e os gestos pou-co elegantes. No início dos anos 40 do século passado, em visita a Manhuaçu, na zo-na da mata, ele discursou:- Manhuasuínos! Não vos

desanimeis. Animais, como eu...Um apavorado assessor o interrompeu para infor-mar, baixinho, que a palavra correta era “manhuasuen-ses”. Era tarde: a multi-dão, ofendida, já iniciara a debandada.

Rodrigo Maia (DEM-RJ) | LUIZ MACEDO/AGÊNCIA CÂMARA

Felipe Rigoni (PSB-ES) | MICHEL JESUS/AGÊNCIA

CLÁUDIO HUMBERTOWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

COM ANDRÉ BRITO E TIAGO VASCONCELOS

Política

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br {BRASIL} 05|

Pela terceira vez em menos de duas semanas, morado-res que viviam no entorno de barragens da Vale foram retirados. Agora, pelo menos 125 pessoas tiveram que dei-xar às pressas suas casas em comunidades de Nova Lima, na Grande BH, e Ouro Preto, na região Central do estado. Conforme a mineradora, a retirada ocorreu para acele-rar o processo de eliminação de cinco barragens localiza-das no Complexo Vargem Grande e na Mina Fábrica. No fim da tarde de ontem, as sirenes foram acionadas de forma preventiva e, a par-tir disso, os acessos às áreas foram bloqueados.

Portador de esclerose múl-tipla, Alessandro Ballarini, 50, buscava informações sobre a saída com funcionários no centro de atendimento mon-tado pela mineradora. Ele vi-ve no condomínio Solar da Lagoa, em Nova Lima, que se-ria atingido em minutos por um eventual rompimento. “Quando me tiraram de casa de manhã, disseram que aqui eu ia resolver tudo e o hotel só seria um ponto de apoio. Não querem falar mais por conta da presença da impren-sa aqui?”, questionou.

Para complementar a ren-da da aposentadoria, ele ven-dia cogumelos que plantava na residência. “Tenho entre-gas para fazer, dinheiro para receber”, contou. Já o empre-

sário Luiz Begazo, morador da região há 19 anos, disse que todos estão muito abalados emocionalmente. “O cenário mais realista é que esse desco-missionamento seja concluí-do em 2021. Essa incerteza somada à evacuação é muito triste”. Quem não ficou na ca-sa de parentes, foi levado para hotéis nas duas cidades.

Em risco

Além da justificativa de ace-lerar o processo de descomis-sionamento, as barragens de Forquilha I, Forquilha II, For-quilha III e Grupo, em Ouro Preto, não tiveram a estabi-lidade atestada por técnicos. Juntas, elas acumulam mais de 50 milhões de metros cúbi-cos de rejeitos – quase quatro vezes mais que o mar de la-ma liberado em Brumadinho e nos quase 360 km do rio Pa-raopeba. O nível de emergên-cia na região foi elevado de 1 para 2. Procurada, a Vale não comentou o assunto.

Em todo o estado, as eva-cuações provocadas pela mi-neração após o rompimento da barragem na Mina do Cór-rego do Feijão já deixaram quase 900 pessoas desabriga-das. A pior situação é em Ba-rão de Cocais, onde mais de 480 moradores das comuni-dades Socorro, Tabuleiro e Piteiras foram obrigados a deixar as suas casas. Desse total, 205 seguem em hotéis.

METRO BH COM TV BAND MINAS

Pelo menos 125 pessoas são obrigadas a sair de casa

NO CAMINHO DA LAMADescomissionamento de cinco barragens da Vale obriga moradores a deixarem casas em Nova Lima e Ouro Preto

Nova Lima Ouro Preto

A S BARRAGENS E COMUNIDADES EVACUADAS

33domicílios evacuados

Cerca de 100moradores atingidos

52 km da sede administrativa da cidade

8domicílios evacuados

Cerca de 25 moradores atingidos

50 km da sede administrativa da cidade

BARRAGEMVARGEMGRANDE

BARRAGENSFORQUILHA I, II, III

E GRUPO

Vila do Rio Peixe

Indústria

Engenheiro Correia

CondomínioSolar da Lagoa

Re����a��. Mineradora terá que pagar até um salário mínimo para toda a população da cidade e também quem vive próximo ao rio Paraopeba

Reunião foi realizada ontem na sede da Justiça em BH | MARCELO ALMEIDA/TJMG

Vale aceita indenizar

todos em Brumadinho

PEDRO NASCIMENTOMETRO BELO HORIZONTE

A mineradora Vale aceitou a determinação da Justiça de Minas Gerais e terá que pagar um salário mínimo para toda a população adulta de Bruma-dinho, na Grande BH, pelos próximos 12 meses. A medida é uma forma de reparação pa-ra os moradores atingidos pe-lo rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em 25 de janeiro, e que deixou cen-tenas de mortos na cidade.

O acordo estipula que to-dos os moradores que vivem em Brumadinho até a Usina Retiro de Baixo, na cidade de Pompéu – em uma faixa de aproximadamente 1 km do rio – terão direito a receber

os valores. Um cadastro preli-minar, ainda sem data defini-da, será realizado por uma en-tidade indicada pelo tribunal.

Além do salário mínimo (R$ 998) para os adultos de Brumadinho, também está previsto o pagamento de R$ 449 (metade de um salário) para todos os adolescentes e R$ 249,50 (um quarto do salá-rio) para as crianças.

A Vale também concordou com o reembolso de todos os gastos que o estado teve após o rompimento da barragem e a contratação de uma assesso-ria técnica independente para que os atingidos possam nego-ciar indenizações individuais.

Em audiências desde o de-sastre, já foi autorizado o le-vantamento de aproximada-mente R$ 13 milhões para custear os serviços emergen-ciais. Esse valor foi retirado do montante de R$ 1 bilhão bloqueado da empresa no processo com pedido de tute-la antecipada na Justiça.

O acordo preliminar foi firmado com a Advocacia Ge-ral de Minas Gerais, o Minis-tério Público do Estado, a De-fensoria Pública do Estado de Minas Gerais, a Advocacia-Ge-ral da União, o Ministério Pú-blico Federal e a Defensoria Pública da União, além de re-presentantes dos atingidos.

“Conseguimos construir um acordo emergencial, que representa um avanço bas-tante grande para a repara-ção. Trata-se de um acordo sem precedentes, que refor-ça a colaboração ativa entre a Vale e as autoridades”, afir-mou Alex D’Ambrosio, con-sultor geral e diretor jurídico da mineradora Vale.

Em 7 de março, está pre-vista mais uma audiência pa-ra tratar de outras questões que não foram atendidas nes-te acordo.

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br 06| {BRASIL}

HISTÓRIA. EM 21 DE FEVEREIRO DE 1945, DEPOIS DE QUATRO TENTATIVAS FRUSTRADAS, BRASILEIROS AVANÇAVAM NOVAMENTE EM DIREÇÃO ÀS FORÇAS ALEMÃS QUE RESISTIAM NO TOPO DO MONTE CASTELO,

NO NORTE DA ITÁLIA. CONQUISTA ENTROU PARA A HISTÓRIA DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA

OS 74 ANOS DA MAIOR

“As tropas alemãs eram experientes,

tinham a vantagem do terreno e um bom

valor defensivo”

TOMÁS MINÉ RIBEIRO PAIVA,

GENERAL, COMANDANTE DA 5ª

DIVISÃO DE EXÉRCITO

“Hoje os combates não são tão violentos. São mais planejados,

para não causar tantos danos”

TOMÁS MINÉ RIBEIRO PAIVA,

GENERAL, COMANDANTE DA 5ª

DIVISÃO DE EXÉRCITO

BATALHA DA FEB

25 MILFoi o efetivo da FEB (Força Expedicionária Brasileira) que combateu a Alemanha nazista na Itália entre setembro de 1944 e abril de 1945

20 MILMilitares alemães se renderam a oficiais brasileiros durante a campanha na Itália na Segunda Guerra Mundial

2 MILBrasileiros morreram em combate ou em decorrência de ferimentos adquiridos em combate durante a Segunda Guerra Mundial

“Após tentativas frustradas, o Exército fez uma mano-bra de desbordamento, pe-los flancos”.

O general destaca que os brasileiros mostraram capa-cidade de adaptação. “Fo-ram os combates mais vio-lentos da história. Hoje os combates não são tão vio-lentos. São mais planejados, para não causar tantos da-nos. As tropas alemãs eram experientes, tinham a van-tagem do terreno e um bom valor defensivo”.

Antes de Monte Caste-lo, a FEB havia conquista-do outras vitórias, a pri-meira delas na cidade de Massarosa, em setembro de 1944. Em abril de 1945, os brasileiros conquista-ram Montese, ponto essen-cial por romper a resistên-cia alemã. O ataque em 14 de abril e cerca de 400 bra-sileiros morreram neste dia.

METRO CURITIBA

ARQUIVO/EXÉRCITO BRASILEIRO

Infantaria brasileira

avança na Itália

Soldados da FEB em

ação no Monte Castelo

Integrantes da FEB em

Torre di Nerone, perto

de Monte Castelo

Oficial alemão se

rende a brasileiros

Emblema

da Força

Aérea

Brasileira,

que auxiliou

em Monte

Castelo

Foto usada pelo Exército brasileiro

identifica o Monte Castelo

Guerra Mundial, que já du-rava cinco anos.

A Linha Gótica tinha 280 km de extensão. Forma-da por tropas experientes, muitas delas vindas da fren-te russa, a linha defensiva ia do Mar Tirreno ao Mar Adriático, passando pelas montanhas dos Apeninos. Tinha cerca de 2 mil pontos de fortificação.

Um desses pontos ficava a uma altitude de 977 me-tros, no Monte Castelo. A artilharia alemã impunha uma severa vigilância às tropas aliadas e impedia sua chegada à cidade de Bolo-nha e ao Vale do Pó, a maior planície italiana.

O Monte Castelo havia sido quatro vezes alvo dos brasileiros, no fim de 1944. Na quarta tentativa, as tro-

Em uma manhã cinzenta do inverno europeu, em fe-vereiro de 1945, uma tropa de brasileiros vestiu seus ca-pacetes, apanhou seus fuzis e iniciou pela quinta vez a marcha rumo a uma mesma fortificação alemã no norte da Itália. Depois de três ten-tativas de conquistar a for-taleza de Monte Castelo, os pracinhas brasileiros do ge-neral Mascarenhas de Mo-raes adotariam uma tática diferente desta vez.

Desde setembro do ano anterior, os soldados da FEB (Força Expedicionária Brasi-leira) integravam uma ope-ração para romper a temida Linha Gótica, um amplo sis-tema defensivo alemão para tentar conter o avanço das forças aliadas que ocupa-vam o sul da Itália. O obje-tivo era chegar ao território alemão e pôr fim à Segunda

pas brasileiras e americanas ficaram expostas ao bom-bardeio alemão e contaram cerca de 150 mortes. Esti-ma-se que 400 brasileiros te-nham morrido ou ficado fe-ridos nas quatro vezes.

As condições do tempo melhoraram em fevereiro e na manhã do dia 21 Mas-carenhas de Moraes usou duas divisões. Um grupo se-guiu pela direita e outro em ataque frontal. À esquerda, um grupo de elite das forças norte-americanas. Apesar da resistência alemã, os bra-sileiros chegaram ao cume por volta das 15h30.

“Foi um grande feito e abriu caminho para outras vitórias”, avalia o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante da 5ª Di-visão do Exército brasileiro.

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br {BRASÍLIA} 07|

Nos corredores da UnB (Uni-versidade de Brasília), alunos manifestam o temor de uma greve de professores após a notícia de que o TRF1 (Tri-bunal Regional Federal da 1ª Região) determinou que se-ja suspenso o pagamento de uma gratificação que hoje corresponde a 26,05% do salá-rio dos docentes. Uma assem-bleia está marcada para a pró-xima quarta-feira, mas sem indicativo oficial de paralisa-ção, por enquanto.

A gratificação em ques-tão é a URP (Unidade de Re-ferência de Preços), garantida no contra-cheque dos docen-tes e técnicos desde 1991 – e questionada, juridicamente, há mais de 10 anos. Em 2010, a ameaça de suspensão do di-reito culminou em greve de dois meses dos educadores.

O pagamento já foi ques-tionado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), pelo Mi-nistério do Planejamento e em ação de 2006 no próprio TRF1. Na decisão mais atual, de maio do ano passado, o

tribunal determinou a sus-pensão do benefício, consi-derando que recomposições salariais posteriores já com-pensavam a ausência da grati-ficação. Hoje, o salário inicial de um professor gira em tor-no de R$ 9 mil.

Neste mês, a UnB recebeu um ofício da procuradoria do órgão determinando o cum-primento da decisão.

A ADUnB (Associação de Docentes da Universidade de Brasília) recorreu, argumen-tando que o TRF1 não levou em consideração a concessão de mandado de segurança concedido pela ministra Cár-

mem Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), em 2011, garantindo o pagamento até decisão definitiva. O questio-namento está sendo analisa-do, segundo a UnB.

“A retirada da URP gerará consequências graves na vida de toda a comunidade uni-versitária. Para nós, docen-tes, significará enorme per-da em nossa remuneração e degradação das condições de vida atuais”, diz comunicado do sindicato.

Crise. Decisão do TRF1 suspende pagamento de benefício correspondente a 26,05% da remuneração. Assembleia de professores está marcada para a próxima quarta-feira

O MPDFT (Ministério Públi-co do Distrito Federal e Ter-ritórios) deflagrou ontem a segunda fase da Opera-ção Checkout, que investi-ga fraudes em licitações da Secretaria de Saúde. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Hran (Hospital Regional da Asa Norte), em um endereço no Guará e em empresa de tu-rismo de São Caetano do Sul, no interior do São Paulo.

Servidores da secretaria e funcionários de empre-sas privadas são investiga-dos pela suspeita de terem direcionado licitações pa-ra aquisições macas, leitos de hospitais e outros tipos de mobiliários para uni-

dades da rede pública, em 2014. O esquema crimino-so teria sido montado den-tro da Gerência de Hotelaria da pasta.

Na primeira fase da ope-ração, deflagrada em junho do ano passado, foram cum-pridos 16 mandados de bus-ca e apreensão.

Os crimes avaliados en-volvem dispensa ilegal de licitação, fraude à licitação, emprego irregular de ver-bas do SUS (Sistema Úni-co de Saúde) em finalida-des diversas das previstas em lei, inserção de dados falsos em sistema de infor-mações, corrupção passiva e ativa e organização crimi-nosa. METRO BRASÍLIA

Checkout. MPDFT faz buscas no Hran para apurar fraude em licitações

Hran pode ter sido um dos hospitais afetados | RENATO ARAÚJO/AGÊNCIA BRASÍLIA

Alunos mostram preocupação com possível greve | SECOM/UNB

Salário de docentes da UnB pode diminuir e há temor de greve

O governador Ibaneis Rocha afirmou ontem que preten-de enviar à Câmara Legisla-tiva um projeto que propõe mudanças no Iprev-DF (Insti-tuto de Previdência dos Servi-dores do DF). A afirmação foi feita durante a terceira edi-ção do Fórum Nacional de Governadores, que está sen-do sediado em Brasília.

“Temos consciência de que o Iprev é deficitário, e sa-bemos que é deficitário por-que faltou um trabalho de unificação para que os servi-dores todos ingressassem”, disse Ibaneis.

“Foi retirado muito di-nheiro para pagar despesas que não deveriam ter sido feitas”, completou o governa-dor. Seu antecessor, Rodrigo Rollemberg, “pegou empres-tado” R$ 1,7 bilhão de fundo

do Iprev para custear parte da folha de pessoal, recom-pondo a verba com imóveis.

Ibaneis apontou vários problemas que sua equipe já teria identificado no instituto, desde grupos que não contri-buem corretamente a verbas que deveriam ser repassadas pelo governo federal.

MudançasNa gestão passada, Rollem-berg conseguiu aprovar a criação de uma previdência complementar para os no-vos servidores do DF, que co-meçou a valer no fim do ano

passado. A medida previa que todos que ingressassem no serviço público passariam a obedecer ao teto do INSS (Instituto Nacional de Seguri-dade Social), de R$ 5,6 mil. Se quisessem ganhar mais, pre-cisariam poupar.

Conforme o regime atual, para os servidores que já es-tão na ativa, a contribuição é de 11% e a aposentadoria é re-ferente ao total do salário. Iba-neis não deu detalhes do pro-jeto, mas indicou que deve modificar as regras de partici-pação no regime de uma for-ma geral. METRO BRASÍLIA

Ibaneis vai propor mudanças no regime previdenciário do DF

Impasse já dura mais de 10 anosA URP era um índice de correção inflacionária criado em 1987 e extin-to em 1989. Na época, vá-rios servidores que entra-ram na Justiça ganharam a causa porque acusaram perda salarial de 26,05% com a extinção do índi-ce. Em 1991, no caso dos professores e técnicos da UnB, a URP foi transfor-mada em gratificação e incorporada. Há mais de 10 anos, o pagamento é questionado judicialmen-te. Mandado de seguran-ça concedido pela minis-tra do STF Cármen Lúcia, em 2011, garantiu a ma-nutenção até decisão defi-nitiva. METRO BRASÍLIA

Entenda

“Não quero retirar direitos de servidores. Vamos propor uma melhoria no Iprev, para que as aposentadorias e pensões se eternizem”IBANEIS ROCHA, GOVERNADOR DO DF

Taguatinga

IFB oferece 135 vagas para curso de libras gratuito

O IFB (Instituto Federal de Brasília) abriu 135 vagas para o curso gratuito de Libras (Língua Brasileira de Sinais), no Campus de Taguatinga. Os interessa-dos devem fazer a inscri-ção no site do instituto: processoseletivo.ifb.edu.br até amanhã. A seleção dos estudantes ocorrerá por meio de sorteio ele-trônico. O resultado deve sair em 28 de fevereiro. São 90 vagas para turmas no nível básico – o pré-re-quisito é ter ensino mé-dio completo – e 45 vagas para o nível intermediá-rio – é necessário ter o nível básico de, no míni-mo, 60 horas e certifica-do por instituições de en-sino. METRO BRASÍLIA

Três homens armados ren-deram os seguranças da es-tação de metrô Águas Cla-ras e roubaram R$ 10 mil da bilheteria, no início da ma-drugada de ontem. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos desceram do vagão e anun-ciaram o assalto em seguida.

Segundo o depoimen-to de um dos seguranças, o trio trancou os funcioná-rios dentro da bilheteria en-quanto roubava o dinheiro. Além dos R$ 10 mil, eles le-varam os celulares pessoais e as armas dos vigilantes.

Um dos funcionários in-formou à polícia que os ho-mens falavam que “não iriam fazer mal a ninguém e que estavam fazendo aqui-lo porque a mãe de um de-les estava doente e preci-

savam do dinheiro e das armas”.

Os vigilantes não soube-ram informar para qual di-reção os homens fugiram e se havia um carro os es-perando do lado de fora da estação. Até o fechamento desta edição nenhum dos suspeitos havia sido preso.

As investigações são fei-tas pela 21ª DP, em Tagua-tinga Sul. METRO BRASÍLIA

Águas Claras. Trio rende seguranças e rouba R$ 10 mil de bilheteria do metrô

5 pessoaspresenciaram a ação: dois seguranças e três funcionários. Eles foram trancados dentro da bilheteria e tiveram os celulares pessoais roubados

FABIANEGUIMARÃES METRO BRASÍLIA

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br 08| {ECONOMIA}

O governo apresentou on-tem ao Congresso a pro-posta da reforma da Previ-dência, que define a idade mínima para aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens e ele-va o tempo mínimo de con-tribuição de 15 para 20 anos.

A idade mínima para a aposentadoria poderá subir em 2024 e depois disso, a cada quatro anos, de acordo com a expectativa de vida dos bra-sileiros. A proposta também acaba com as aposentadorias por tempo de contribuição, após um período de transição.

Serão três regras de tran-sição para aposentadoria e o contribuinte poderá optar pe-la forma mais vantajosa. Se-gundo o governo, haverá um simulador para que a popula-ção possa saber qual delas se-rá mais favorável.

O secretário de Previdên-cia do Ministério da Econo-mia, Leonardo Rolim, ex-plicou que a transição por pontos é mais adequada para quem começou a contribuir mais cedo. Já a por idade, pa-ra aquele que iniciou as con-tribuições mais tarde.

Quem estiver a dois anos da aposentadoria no momen-to da promulgação poderá pedir aposentadoria por tem-po de contribuição pelas re-gras atuais (35 anos de con-tribuição para homens e 30 anos para mulheres), me-diante um pedágio de 50% e incidência do fator previden-ciário, que reduz o benefício.

O cálculo do valor da apo-sentadoria também mudará se a reforma for aprovada. O benefício será de 60% da média de todas as contribui-ções ao longo da vida, cor-rigido pela inflação, com 20 anos de contribuição. A par-tir daí, o benefício subirá 2 pontos percentuais a cada

ano adicional de contribui-ção. Com isso, o valor máxi-mo a que o trabalhador tem direito será atingido com 40 anos de contribuição.

Em relação às alíquotas de contribuição, a proposta pre-vê que quem ganha mais pa-gará mais. Para trabalhado-res da iniciativa privada, as alíquotas irão variar de 7,5% a 11,68% sobre o salário e se-rão calculadas sobre cada faixa de salário. Hoje, as alí-quotas são de 8% a 11%, cal-culadas sobre todo o salário.

Outras categoriasPelo texto, servidores tam-bém terão idade mínima de 62 para mulheres e 65 para homens. O tempo de contri-buição será de 25 anos, sen-do necessários 10 de tem-po no serviço público e 5 no cargo. Haverá apenas uma regra de transição.

Os segurados rurais cum-prirão idade mínima de 60 anos, valendo para ambos os gêneros, com contribui-ção mínima de 20 anos. A mesma idade mínima será aplicada para professores, mas com tempo mínimo de contribuição de 30 anos.

Segundo o secretário es-pecial de Previdência e Tra-balho, Rogério Marinho, o texto para os militares se-rá enviado em 20 de março. Ele adiantou que o projeto de lei irá aumentar o tempo de contribuição dos milita-res de 30 para 35 anos. Já a alíquota de contribuição su-birá de 7,5% para 10,5%.

BenefíciosA reforma da Previdência pro-posta pelo governo também aperta as condições para a concessão de benefícios como pensão por morte, BPC (Bene-fício de Prestação Continua-da) e abono salarial. METRO

Reforma da Previdência. Proposta do governo define idade mínima e eleva tempo de contribuição. Para ter direito a 100% do benefício, será preciso contribuir por 40 anos

PROPOSTA DO GOVERNO

FONTE: MINISTÉRIO DA ECONOMIA E METRO JORNAL

SE TOR PRIVADO

R E G R A GERAL

COMO É HOJE COMO PODE FICAR

POR IDADE POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Idade mínima• Mulheres - 60 anos• Homens - 65 anosContribuição mínima

• 15 anos

Idade mínima(com 12 anos de transição)• Mulheres - 62 anos• Homens - 65 anosContribuição mínima• 20 anos

COMO É HOJE COMO PODE FICAR

Idade mínima• Não háTempo de contribuição• Mulheres - 30 anos• Homens - 35 anos

Fim da aposentadoria por tempo de contribuição

NOVAS ALÍQUOTAS

FAIXA SALARIAL (R$)ALÍQUOTAEFETIVA

Até 1.751,81

De 1.751,82 a 2.919,72

De 2.919,73 até 5.839,45

8%9%11%

FAIXA SALARIAL (R$)ALÍQUOTAEFETIVA

Até 1 salário mínimo

998,01 a 2.000,00

2.000,01 a 3.000,00

3.000,01 a 5.839,45

7,5%7,5% a 8,25%8,25% a 9,5%9,5% a 11,68%

COMO É HOJE COMO PODE FICAR

CÁLCULO DO BENEFÍCIO

TEMPO DECONTRIBUIÇÃO,

EM ANOS

20

21

40

41

60%

62%

...

100%

102%

Na regra permanente o percentual poderá ultrapassar 100%. Para a regra de transição será limitado a 100%

O valor do benefício não pode ser inferior a 1 salário mínimo (R$ 988,00) ou superior ao teto do INSS (R$ 5.839,45)

60% + 2%

por ano de contribuição que exceder 20 anos

média dos salários de contribuição

(100%)

REGRAS DE TRANSIÇÃO

O trabalhador poderá escolher

REGRA DE PONTOSTempo mínimo de contribuição: Mulheres - 30 anos | Homens - 35 anos

EXEMPLO:

Homem de 54 anos com 29 anos de contribuição

Ele atingirá o tempo mínimo de contribuição de 35 anos em 2025 e terá 60 anos, mas a soma, 95 pontos, não atingirá a pontuação exigida no ano, de 102 pontos

97PTS

99PTS

102PTS

104PTS

Ele só chegaria a pontuação necessária em 2030, com 106 pontos, aos 65 anos e 40 anos de contribuição

Pontos (idade + tempo de contribuição)

2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033

86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100Mulher

96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 105 105 105 105 105Homem

Ano

1

TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E IDADE MÍNIMATempo mínimo de contribuição: Mulheres - 30 anos | Homens - 35 anos

EXEMPLO:

Homem de 54 anos com 29 anos de contribuição

Ele atingirá o tempo mínimo de contribuição de 35 anos em 2025 e terá 60 anos, abaixo da idade necessária

Chegará aos 65 anos necessários, com 40 anos de contribuição

Idade mínima

2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031

56 56,5 57 57,5 58 58,5 59 59,5 60 60,5 61 61,5 62Mulher

61 61,5 62 62,5 63 63,5 64 64,5 65 65 65 65 65HomemAno

2

TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

EXEMPLO:

Mulher com 29 anos de contribuição poderá se aposentar pelo fator previdenciário se contribuir mais um ano e meio

60 60,5 61 61,5 62Mulher2019 2020 2021 2022 2023Ano

Para quem estiver a 2 anos de completar o tempo mínimo de contribuição (30 anos para mulheres e 35 anos para homens)

Por idade

Idade mínima

Homem65 anosPoderá optar pela aposentadoria sem

idade mínima, aplicando-se o fator previdenciário, após cumprir pedágio de 50% sobre o tempo faltante 15 15,5 16 16,5 17 17,5 18 18,5 19 19,5 20

2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029Ano

Contribuição mínima

3

Mudança na aposentadoria

1Em mãos. Bolsonaro

vai ao CongressoO presidente Jair Bolso-naro entregou pessoal-mente a proposta aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alco-lumbre (DEM-AP).

2Laranjas. Oposição

realiza protesto Dez deputados do Psol receberam Bolsonaro na Câmara, vestidos com aventais alaranjados e la-ranjas nas mãos.

3Na rua. Centrais se

mobilizam Membros das centrais sindicais se reuniram na Sé, em São Paulo, para protestar contra a refor-ma. METRO

1

2

3

1 . LUIS MACEDO/CÂMARA2 . NETO SOUSA/CÂMARA

3 .JAÉLCIO SANTANA/FORÇA SINDICAL

Imagens

Especialistas recomendam cautela ao segurado do INSS que já atingiu os critérios ne-cessários para a aposentado-ria. Mesmo que não tenha dado entrada no pedido, ele não será afetado pela refor-ma por ter direito adquirido.

A orientação é procurar um especialista para fazer os cálculos e decidir sobre a melhor possibilidade. O advogado Murilo Aith lem-bra que o caminho de apro-vação no Congresso é lon-

go e o texto poderá sofrer alterações.

“O segurado deve ava-liar se já atingiu os crité-rios necessários para rece-ber a aposentadoria no seu valor integral. Caso não te-nha atingido esses critérios, o trabalhador poderá sofrer com a incidência do fator previdenciário, que poderá ser prejudicial, pois em al-guns casos o valor do bene-fício é reduzido em 30% ou 40%”, explica. METRO

Segurado deve ter calma

‘Será justa para todos’, diz presidenteEm pronunciamento na TV, na noite de ontem, o presi-dente Jair Bolsonaro disse que a “nova” Previdência é funda-mental para o equilíbrio das contas do país e para que o sistema não quebre. Segundo ele, é preciso garantir que to-dos recebam os benefícios em dia e que o governo consiga ampliar investimentos para melhoria de vida da popula-ção. “A nova Previdência se-rá justa para todos, sem pri-vilégios”, afirmou. METRO

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br 10| {MUNDO}

Cerca de 250 mil pessoas são esperadas no Venezue-la Aid Live, concerto pop gratuito marcado para ama-nhã em Cúcuta, cidade co-lombiana na fronteira com a Venezuela. O objetivo do evento, organizado pelo bi-lionário britânico Richard Branson, é levantar US$ 100 milhões para fornecer ali-mentos e remédios a vene-zuelanos carentes.

O show contará com apresentações de ao menos 35 artistas, incluindo Ale-jandro Sanz, Maluma, Luis Fonsi e Carlos Vives. No mesmo dia, o presidente Ni-colás Maduro está prome-tendo dois shows rivais no lado venezuelano da fron-teira, dizendo que também

irá distribuir ajuda, mas aos colombianos pobres.

Alimentos e remédios doa-dos deverão passar pela fron-

teira no sábado, mas ainda não está claro se o presiden-te Nicolas Maduro, que nega qualquer crise em seu país, permitirá que eles passem.

Sobrou para os estudantesEnquanto isso, em um dis-curso de formatura do cur-so de medicina, na noite da última terça-feira, Maduro disse não precisar da ajuda humanitária dos EUA, pois a verdadeira ajuda “virá dos estudantes de medicina”. Em seguida, desafiou Juan Guaidó perguntando por que o opositor ainda não havia convocado eleições presidenciais. E o xingou de “palhaço”. METRO

Show pop. Evento gratuito para levantar US$ 100 milhões levará35 artistas que se apresentarão em cidade fronteiriça na Colômbia

Venezuela Aid espera 250 mil pessoas amanhã

Míssil KH-31 é capaz de atingir alvo a 250 km de distância | REPRODUÇÃO

Em momento de grande tensão, a Marinha da Vene-zuela divulgou ontem ví-deos que mostram equipa-mentos e armas comprados da Rússia. Em um deles, um míssil antinavios KH-31 apa-rece ao lado de um jato de caça Sukhoi SU-30MK2V.

Os KH-31 são capazes de voar 250 quilômetros. Em suas versões modernas, eles podem afundar um navio de 4.500 toneladas e che-gar à velocidade máxima de 1.000 metros por segundo.

Segundo o jornal perua-no El Comercio, os mísseis

começaram a chegar à Ve-nezuela em 2006 em um dos muitos acordos de ven-da de armas entre o gover-no de Hugo Chávez, que presidiu o país de 1999 a 2013, e a Rússia.

Mais uma baixaO coronel Pedro Chirinos Dorante, adido militar ve-nezuelano na ONU, um dos mais altos cargos do Exérci-to, divulgou ontem em vídeo sua desobediência a Maduro e apoio a Guaidó. Chirinos é o quarto oficial que se rebela contra o presidente. METRO

Forças Armadas dizem que míssil russo foi testado no país

“Senhor autoproclamado presidente, por que não convocou eleições... Por que não convocou, senhor palhaço?”

NICOLÁS MADURO, PARA JUAN GUAIDÓ

Reino Unido

Três deputadas deixam partido de Theresa May

Três deputadas anuncia-ram ontem sua saída do Partido Conservador, li-derado pela premiê The-resa May, por discor-dâncias referentes às negociações do “brexit”. Elas decidiram se juntar a um grupo independen-te formado por oito de-putados dissidentes do Partido Trabalhista, de oposição. METRO

Síria

Começa retirada do EI de último enclave no país

Começou ontem a retira-da de civis e milicianos do EI (Estado Islâmico) de Baghuz, no sudeste do país, fronteira com o Iraque, último pedaço de território sob controle do grupo jihadista fun-damentalista. Ao menos 16 caminhões partiram com cerca de mil pes-soas para destinos desco-nhecidos. METRO

Rússia

Putin endurece discurso bélico contra os EUA

Moscou responderá a qualquer instalação de armas nucleares norte--americanas de alcance in-termediário na Europa mirando não apenas os países que receberem esse armamento, mas os pró-prios EUA, disse ontem o presidente russo, Vladi-mir Putin. “Eles deveriam calcular os riscos antes de qualquer atitude.” METRO

Suíça

Avalanche nos Alpes matou 1 edeixou 3 feridos

As equipes de socorro da Suíça interromperam ontem as buscas por ví-timas da avalanche que na última terça-feira atingiu uma pista de es-qui em Crans-Montana, no sul do país. O balanço da tragédia contabiliza um morto – um policial francês que havia sido ti-rado da neve com vida, mas morreu no hospital – e três feridos. METRO

Uma tempestade de in-verno varreu ontem gran-de parte do Meio-Oeste e da Costa Leste dos Estados Unidos, prejudicando o trá-fego aéreo e levando as au-toridades a fecharem edi-fícios em Washington e várias grandes redes de es-colas nas duas regiões.

O Serviço Nacional do Clima alertou que a tempes-tade pode dificultar a cir-culação de pessoas, já que a neve, o granizo e a chuva gelada podem derrubar ár-vores e causar blecautes.

A tempestade forçou o fechamento de agências fe-derais em Washington e de escolas na Filadélfia, Balti-more e Washington.

Centenas de voos partin-do e chegando a grandes aeroportos de Washington, Filadélfia e Chicago atrasa-ram ou foram cancelados, de acordo com o Flighta-ware.com. Os aeroportos orientaram os passageiros pelas redes sociais a con-tatarem suas empresas aé-reas para saber sobre atra-sos e cancelamentos.

A tempestade estava indo do norte de Minnesota até o Missouri e seguindo para o leste rumo à região do Mé-dio Atlântico, podendo pro-vocar até 15 centímetros de neve, granizo e chuva gela-da, informou o Serviço Na-cional do Clima em um bo-letim. METRO

EUA. Tempestade de neve fecha edifícios e escolas

Motorista retira neve sobre o carro em Washington | CARLOS BARRIA / REUTERS

A moção de censura apre-sentada contra o governo do primeiro-ministro Antó-nio Costa, do Partido Socia-lista, foi derrotada ontem no parlamento. A moção foi proposta pelo partido de centro-direita CDS-PP co-mo forma de manifestar o descontentamento da direi-ta. Neste ano haverá elei-ções legislativas na ilha de Madeira (março), no Parla-mento Europeu (maio) e le-gislativas gerais (outubro).

METRO

O socialista António Costa: direita

descontente | RAFAEL MARCHANTE / REUTERS

Vítimas de abuso sexual por parte do clero católico exi-giram ontem encontrar pes-soalmente o papa Francis-co para reforçar o pedido de que os bispos que encobrem tais crimes sejam dispensa-dos do sacerdócio.

As dez vítimas se encon-traram por quase três ho-ras com cinco autoridades do Vaticano um dia antes do início de uma conferência

sem precedentes sobre abu-sos na Igreja, planejada para orientar bispos mais velhos sobre a melhor forma de en-frentar o problema que di-zimou sua credibilidade no mundo católico.

“Se ele pode se reunir com todos os bispos de lá, pode se encontrar conos-co”, afirmou Peter Isely, que foi abusado por um padre quando era criança. METRO

Vaticano. Vítimas de abuso exigem falar com o papa

Portugal. Costa escapa de moção contra seu governo

Leia mais no metrojornal.com.br

Autoridades suspendem partida de barcos até domingo

O governo chavista sus-pendeu ontem as saídas de embarcações de todos os portos do país até 24 de fe-vereiro, ante a chegada de ajuda humanitária anun-ciada pelo líder opositor Juan Guaidó para sábado, informa a agência AFP.

Comandantes militares dos Estados Unidos e da Colômbia aumentaram a pressão sobre a Venezuela em uma reunião em Mia-mi ontem. Eles pediram, no encontro, que as forças venezuelanas “façam a coi-sa certa” e permitam a en-trada de ajuda humanitá-ria no fim de semana.

O Brasil também teria si-do pressionado a ajudar. Se-gundo reportagem da Folha de S.Paulo, os EUA querem que o Brasil use força mili-tar para entregar ajuda hu-manitária à Venezuela.

A área de Defesa brasilei-ra resiste à ideia por temer que a situação escale para um conflito, e também ve-tou a sugestão feita de que soldados americanos parti-cipassem da operação, infor-ma o texto da reportagem.

METRO

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br {CULTURA} 11|

2CULTURA

Fernanda Montenegro

Atriz é

internadaA atriz Fernanda

Montenegro, de 89

anos, foi internada na

madrugada de ontem no

Hospital Samaritano, na

zona sul, com quadro de

desidratação. Segundo

boletim médico, seu

estado é estável. De

acordo com a assessoria

da atriz, ela sentiu

um mal-estar na terça-

feira, em Jaguari, no Rio

Grande do Sul, durante

as gravações de cenas

da próxima novela da

TV Globo, “A Dona do

Pedaço”.

É um erro assistir a “Todos Já Sabem”, que estreia hoje, querendo ver ali um suspen-se em torno de um sequestro.

A verdade é que o mais novo filme de Asghar Farha-di, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro por “A Separação” (2011) e “O Apartamento” (2016), es-tá bem mais próximo dos dramas de casais típicos do diretor iraniano do que dos thrillers hollywoodianos.

Sim, é o sumiço de uma adolescente que move a tra-ma, mas a história não está exatamente interessada na resolução desse conflito. O que importa mesmo é como ele ressoa na família de Lau-ra (Penélope Cruz).

Ela é mãe da garota que

desaparece em um povoado do interior da Espanha. O episódio acontece durante a festa de casamento da irmã de Laura e acaba envolven-do todos os parentes.

Quem dá atenção especial ao ocorrido é Paco (Javier Bar-dem), antigo namorado de Laura, abandonado após ela se mudar para a Argentina, onde constituiu família com Alejandro (Ricardo Darín).

Enquanto se dividem so-bre avisar ou não a polícia e como obter o valor do resga-te, eles testemunham o rápi-do desgaste de relações que pareciam calcadas em con-fiança quando ressentimen-tos e segredo vêm à tona.

O povoado é um perso-nagem importante nesse

quesito. Ele é o responsá-vel pelos boatos que, apa-rentemente, “todos já sa-bem” – menos os seus protagonistas.

O aspecto solar da fo-tografia e o fato de o fil-me ser falado em espanhol contribuem para o tom no-velesco que ele assume em seu terço final.

Longe de representarem algo ruim, esses elementos reforçam a possibilidade de se fazer melodrama de qua-lidade, consolidando um saudável passo de Farha-di em busca de um público mais amplo.

Estreia hoje. Diretor iraniano investiga abalo domiciliar motivado por sequestro em ‘Todos Já Sabem’, seu primeiro filme falado em espanhol

Casados, Penélope Cruz e Javier Bardem contracenam no longa | DIVULGAÇÃO

Farhadi volta a apostar em dramas familiares

AMANDAQUEIRÓS METRO SÃO PAULO

“Sai de Baixo” era televisão. Exibido nas noites de domin-go da TV Globo, entre 1996 e 2002, o programa fez de uma decadente família de classe média o retrato cômico de um país desigual. Mas tam-bém era teatro. Agora, mais de duas décadas após sua es-treia, a atração também se-rá cinema. “Sai de Baixo – O Filme” estreia hoje, saindo do apartamento do Largo do Arouche, em São Paulo, que serviu de cenário durante to-das as temporadas.

No longa, Caco Antibes (Miguel Falabella) deixa a pri-são e encontra a mulher, Mag-

da (Marisa Orth), a sogra Cas-sandra (Aracy Balabanian) e o tio Vavá (Luis Gustavo) mo-rando de favor no apartamen-to do porteiro Ribamar (Tom Cavalcante), que falou ao Me-tro Jornal.

Como é voltar ao ‘Sai de Bai-xo’, desta vez pelo cinema? O reencontro dessa família depois de [quase] 20 anos é uma grande sacada. A preo-cupação em como iríamos in-teragir e se teríamos a mes-ma pegada acabou logo no começo. Foi como se o tempo não tivesse passado, em cin-co minutos já estávamos nos

personagens. Gargalhadas e improvisos se mostraram uma fórmula imbatível, mes-mo depois de tanto tempo. E o filme se passa em um clima de reencontro mesmo. Como ficou o dinâmica da improvisação nas telonas?A dinâmica é a mesma. Du-rante as gravações, a gente te-ve a liberdade de deixar fluir. Foi uma orientação do Daniel Filho [produtor] e da direto-ra Cris D’Amato. Eu e Miguel improvisamos muito, coisa que a gente já fazia na televi-são. Ficou um texto com tra-dução livre do que foi escrito.

A que você atribui o longe-vo sucesso do ‘Sai de Baixo’? Miguel disse uma vez que “Sai de Baixo” é o “Chaves” brasileiro. A fórmula dessa fa-mília maluca é incrível mes-mo com o passar dos anos. As reprises estão aí [no canal pa-go Viva] para os novos que o descobrem e para o encanto dos antigos fãs. O filme aborda, de forma cômica, uma discussão ética sobre essa “malandragem” do brasileiro...O humor é essencial para es-se tipo de discussão, afinal, personagens são verdadeiras

críticas ao que vemos por aí, como é o caso de Magda e do Caco Antibes, por exemplo.

O que a possibilidade de ex-plorar novos cenários traz de novo para o humor?Fazemos no “Sai de Baixo” humor por humor, humor como forma de ajudar a ser feliz. O formato de humor que apresentamos segue o mesmo, independente do ce-nário e da passagem de tem-po. Ao mesmo tempo, é in-teressante para o público ir além do cenário e ver como seria o apartamento do Riba-mar, por exemplo. METRO RIO

TOM CAVALCANTE

Segundo intérprete do porteiro Ribamar, ‘Sai de Baixo – O Filme’ segue a mesma liberdade responsável pela popularização do

programa nas noites de domingo no fi nal dos anos 1990

‘PARECE QUE O TEMPO NÃO PASSOU’

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br 12| {CULTURA}

No próximo mês, uma bi-blioteca deve abrir no DF. Com cerca de 750 obras no acervo, o espaço dedicado à pesquisa e a documentação da comunidade LGBT+ saiu do papel graças a ajuda não só de um apoio do Itaú, mas também de seus próprios fu-turos usuários que contri-buíram com a iniciativa por meio de um site de financia-mento coletivo.

A biblioteca funciona-rá no Instituto LGBT+, que abriu as portas há dois anos e que, através de doações men-sais de apoiadores, tem se ex-pandido seu “terreiro cultu-ral” dentro da CAL (Casa de Cultura da América Latina da UnB, SCS, q. 2) – agora fun-ciona em duas salas próprias dentro da instituição.

“Nossa expectativa é ter-mos maturidade para em bre-ve constituirmos um espaço próprio para nosso terreiro cultural, com mecanismo de sustentabilidade comunitá-ria”, diz Felipe Areda, um dos diretores do instituto.

A iniciativa do Instituo LGBT+ encontra ressonân-cia em outros financiamen-tos coletivos on-line que bus-cam garantir espaço para culturas “marginais”, ou se-ja, que não estão no radar do mercado cultural.

Entre iniciativas do DF que estão buscando o apoio está a criação da tercei-ra temporada do progra-ma “Minha Quebrada” (leia mais ao lado), além da mon-

tagem do espetáculo teatral “[Im]penetrável”, do Gru-po Nada (leia mais em bit.ly/2NilshV) e o apoio men-sal à Sociedade de Concertos de Brasília (leia mais em bit.ly/2GBQEbl).

InstitutoCom 65 apoiadores mensais, o Instituto LGBT+ é uma das iniciativas de maior êxito das criadas em Brasília, mas ainda não alcançou sua me-ta (atualmente arrecada R$ 2.729 mensais dos R$ 3 mil que eram esperados). Ainda assim, para o diretor da ins-tituição, ela só existe gra-

ças a essa participação da comunidade.

“Foi o engajamento que nos fez não sermos só um sonho ou um projeto de al-gumas pessoas. Esse engaja-mento foi financeiro para al-gumas pessoas, para outras foi através de ajudas pon-tuais e para outras foram com um intenso engajamen-to afetivo”, afirma Areda.

Entre as atividades de-senvolvidas no instituto es-tão, por exemplo, uma ofici-na de capacitação de pessoas transexuais para trabalhar em bares e festas, o projeto Transpoder, que ocorreu no

último fim de semana. Casas de vogue de Brasí-

lia costumam usar o espaço constantemente para seus ensaios e apresentações. O local já recebeu também di-versas oficinas e palestras de escritores ligados ao mo-viento LGBT+, uma movi-mentação que deve crescer com a inauguração da bi-blioteca que o grupo estava há dois anos tentando fun-dar e que finalmente conse-guiu estruturar-se.

Financiamento coletivo. Iniciativas culturais como o Instituto LGBT+ e o Minha Quebrada usam sites para arrecadar dinheiro para manter-se

Culturas ‘marginais’ do DF buscam apoio na web

Construção de biblioteca, que foi apoiada por João Silvério Trevisan (foto), foi possível graças a doações | REPRODUÇÃO/INSTITUTO LGBT+

BRUNOBUCIS METRO BRASÍLIA

Outra iniciativa que recor-reu ao financiamento cole-tivo para avançar foi o pro-grama “Minha Quebrada”, em que o ativista cultural Max Maciel entrevista pes-soas em busca de resgatar a memória de regiões admi-nistrativas que “nasceram da luta por moradia”, na definição dele, como San-ta Maria, Recanto das Emas, Estrutural e Planaltina a bordo de seu Opala 1979.

A iniciativa já tem 16 episódios divididos em duas temporadas no YouTube e a expectativa de Maciel é arrecadar fundos para fil-mar a terceira safra de ca-pítulos. As duas primeiras temporadas do programa já foram feitas através de arre-cadações no mesmo site, o Benfeitoria.

“A gente tem entrevista-do pessoas que de certa for-ma movimentam a cidade. Então são pessoas que têm feito luta ou resistência no território, seja do ponto de vista cultural, social ou ar-tístico”, explica o ativista.

O programa está hospe-dado no canal “Ruas”, no YouTube. A campanha de fi-nanciamento segue até 25 de março e até agora arreca-dou 42% do que era espera-do. METRO BRASÍLIA

‘Minha Quebrada’ busca financiar 3ª temporada

Opala do ano 1979 é o cenário do programa | ANDRESSA ANHOLETE/ESPECIAL PARA O METRO

Contribuições são debitadas mensalmente dos apoiado-res. Para o instituto, doações podem ser feitas pelo link apoia.se/institutolgbt com valores a partir de R$ 11.

Apoia.se

A contribuição é dada ape-nas uma vez. Para a nova fa-se do programa, é necessário arrecadar R$ 9.300 com doa-ções a partir de R$ 20, feitas no link bit.ly/2DVwqpo.

Benfeitoria

“O financiamento coletivo é mais do que captação de recurso, é uma estratégia de fortalecimento comunitário. Toda a reforma que viabilizou a estruturação do Ateliê de Dança e o Ateliê de Leitura e Escrita só foi possível pela doação.”

FELIPE AREDA, DIRETOR DO INSTITUTO LGBT+

Após o desaparecimento do seu cão pinscher, uma mu-lher se sente extremamente solitária em seu apartamento e decide descarregar suas má-goas no violão. Esse é o enre-do do musical intimista “La-vanderia Bailarina”, que fica em cartaz hoje e amanhã, às 20h, no Espaço Cultural Re-nato Russo (508 Sul) e na se-gunda no Teatro Goldoni (208 Sul). As inteiras para o espetá-culo custam R$ 30 (doadores de livros pagam meia).

Definida como um “show cênico”, a peça conta com canções originais de Miriam

Virna – que também inter-preta a protagonista é res-ponsável pela direção do espetáculo. Ao interpretar suas músicas de pop rock, Miriam apresenta uma “at-mosfera brasiliense” ao re-tratar a mulher que se sen-te extremamente solitária, mas que é constantemente observada por seus vizinhos.

“Lavanderia Bailarina” marca a reta final do proje-to Brasília é um Espetácu-lo, que se encerra no dia 28 após ter feito 78 apresenta-ções do teatro local ao longo de fevereiro. METRO BRASÍLIA Miriam Virna estrela o “show cênico” Lavanderia Bailarina | DIVULGAÇÃO

Peça musical debate a solidãoDisney+ pode estrear com 18 séries em cartaz

Crescem as expectativas em torno do Disney +, serviço de streaming que receberá conteúdos de todas as franquias da gi-gante do entretenimen-to, entre eles Marvel e Star Wars. Prometido pa-ra este ano, mas ainda sem data, o serviço deve chegar às casas com até 18 filmes originais e 16 séries de TV relacionadas aos personagens da em-presa. METRO BRASÍLIA

Oscar terá de Serena Williams a Barbra Streisand

Em uma edição sem apre-sentador, o Oscar, premia-ção que será entregue no domingo, anunciou on-tem a lista completa de apresentadores incluin-do onze nomes para a ca-tegoria de Melhor Filme. Os oito indicados recebe-rão comentários de estre-las de diferentes segmen-tos, como a atriz Barbra Streisand, a tenista Sere-na Williams e o chef José Andrés. METRO BRASÍLIA

Cinema 16 séries

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James Baldwin (1924-1987) é um dos principais escritores negros dos Estados Unidos. Apesar de ter obtido reconhe-cimento em vida, participan-do ativamente da luta pelos direitos civis nos anos 1960, só agora ele tem recebido o destaque que merece, no Bra-sil, devido às adaptações de sua obra ao cinema. Foi assim com o documentário “Eu Não Sou Seu Negro”, em 2016, e com “Se a Rua Beale Falasse”, atualmente em cartaz.

Lançado em 1974, o livro foi adaptado por Barry Jen-kins (“Moonlight”) e, no pró-ximo domingo, disputa o Os-car de melhor trilha sonora, roteiro adaptado e atriz coad-juvante para Regina King.

Folhear “Se a Rua Beale Fa-lasse”, que acaba de ser publi-cado, ajuda a entender a perti-nência de Baldwin ainda hoje.

O quinto romance do es-critor nova-iorquino se de-bruça sobre o jovem casal formado por Fonny e Tish. Acusado de ter estuprado

uma latina, ele é considerado culpado, basicamente, por ser negro. Enquanto tenta tirá-lo da cadeia, sua noiva se desco-bre grávida.

É Tish quem narra a his-tória sob a óptica de alguém que, aos 19 anos, tem que des-cobrir o lugar no qual a so-ciedade o categoriza, muitas vezes de forma dolorosa. No caso dela, isso significa apren-der o que é ser uma negra de pele escura em um bairro branco de NY, o que leva um policial a enquadrar Fonny na primeira oportunidade.

A tal rua Beale do título não dá as caras. Ela remete à via da cidade de Memphis considerada point do blues no início do século 20.

É, portanto, uma metáfo-ra para Tish, que, tal como

os bluesmen, põe-se a relatar suas mais melancólicas expe-riências, mas também algu-mas alegrias, em um zigue--zague que alterna a luta para libertar o amado com o passa-do de sua família e a constru-ção de seu relacionamento.

Com isso, ela afirma sua existência e defende um mo-do de estar no mundo que pre-cisa ser sempre relembrado.

Baldwin escreve de forma simples, dando a Tish uma voz ingênua como pede sua idade. Essa forma direta de expressão reforça o caráter cortante de suas constatações durante o périplo para sal-var Fonny: “Ter um problema quer dizer que você está só”, pensa ela em um momento.

Dessa forma, o escritor alia contundência e poesia e, sem lacrações, desenrola um mo-do sensível de emplacar ideias ainda muito necessárias.

BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br {CULTURA} 13|

AMANDAQUEIRÓS METRO SÃO PAULO

O diretor italiano Matteo Garrone conquistou fama internacional com “Gomor-ra” (2008), no qual retratava de forma crua a violência de parte da máfia italiana.

Essa mesma aspereza é retomada agora com “Dog-man”, que estreia hoje após garantir para Marcello Fon-te o prêmio de melhor ator no último Festival de Cannes.

Como é comum nos de-mais filmes do diretor, o pro-tagonista é um sujeito desco-nhecido do grande público e distante dos estereótipos de um beleza cinematográfica.

Fonte encarna Marcello, dono de um salão de beleza para cães que se divide en-tre os clientes e os cuidados da filha. Sua personalidade é marcada pela gentileza, e isso parece irritar Simone, um ex--boxeador responsável por fa-zer bullying em todo o bairro.

Cansado da humilhação, Marcello elabora uma vingan-ça contra o agressor. METRO

‘Dogman’. Matteo Garrone volta à violência

“SE A RUA BEALE FALASSE”JAMES BALDWIN

CIA DAS LETRAS224 PÁGS.

R$ 50

Kiki Layne e Stephan James em cena da adaptação do livro para filme | DIVULGAÇÃO

Livro de ‘Rua Bale...’ faz conexão com o presente

As relações entre a comu-nidade cultural local e a Se-cult (Secretaria de Cultura) ficaram estremecidas ontem quando veio à público o “so-brestado” do programa Co-nexão Cultura DF.

O projeto que incentiva a participação de representan-tes de Brasília em simpósios e eventos ao redor do mundo para divulgar a produção lo-cal está suspenso até que se-ja feita uma análise do progra-ma pela nova gestão da pasta, comandada pelo secretário Adão Cândido.

Enquanto o “sobrestado” vigorar, não devem ser divul-gados novos editais de parti-cipação do programa, o que motivou uma reação de artis-tas locais que esperavam cap-tar recursos através dessa ini-ciativa ainda este ano.

“Alguns grupos de teatro e música, convidados por im-portantes eventos interna-cionais que acontecem nesse primeiro semestre, que con-

tavam com o programa Co-nexões para viajarem, estão com a mão na cabeça”, diz o produtor cultural brasiliense Henrique Rocha.

“Sou a única brasileira se-lecionada pra fazer showcase no AME [Atlantic Music Expo,

que ocorre em abril, em Cabo Verde] e estou lutando pra po-der ir”, disse a cantora Cris Pe-reira em uma das discussões on-line entre os artistas que a notícia gerou ontem.

De acordo com a Secult, porém, o programa não está

suspenso, apenas ainda estão sendo levadas a cargo aná-lises sobre ele que vinham sendo feitas desde o início do ano.

“A atual gestão da Secult entende que o Conexão Cul-tura DF é essencial para ga-

rantir a promoção, a difusão e a circulação nacional e in-ternacional da cultura local e por isso trabalha para que o programa seja aperfeiçoa-do e normalizado o quanto antes”, disse a SUFIC em no-ta divulgada em janeiro.

O que é o Conexão?O programa foi criado em 2016 e anunciou seus pri-meiros contemplados no ano passado em editais que somaram R$ 1,3 milhão em bolsas com recursos que

sairam do FAC (Fundo de Apoio Cultura). Para even-tos no Brasil, o teto do be-nefício era R$ 6 mil por pes-soa. No exteriro era o dobro.

Antes, os artistas cadas-trados na Secult tinham que solicitar o benefício com um mínimo de 45 dias antes do evento em um edi-tal que ficava permanente-mente disponível no siste-ma da secretaria – mas que desde o “sobrestado” não es-tá operando.

Ao longo de 2018 foram mais de 301 projetos inscri-tos no programa, sendo be-neficiados mais de 140 pro-jetos culturais.

A Secult não informou até o fechamento desta edi-ção se as análises tem data para terminar e se o Cone-xão Cultura lançará novos editais neste ano.

Conexão Cultura. Ferramenta para participação de representantes da cultura local em eventos fora de Brasília passa por suspensão

Edital permitiu que 16 empreendimentos do DF fossem ao Mercado das Indústrias Criativas do Brasil em SP | CLARA ANGELEAS/MINC

Artistas debatem sobrestado

de incentivo cultural do DF

BRUNOBUCIS METRO BRASÍLIA

“O Conexão Cultura DF ainda está ativo. Em virtude de ajustes administrativos decorrentes da troca de gestão, o programa está sobrestado.”

NOTA DA SUBSECRETARIA DE FOMENTO E

INCENTIVO CULTURAL DO DF

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br 14| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

Cigarro na rodoviáriaNa rodoviária tem uma placa em ca-da parede falando que não pode fumar lá, mas não adianta nada. Tem moto-rista fumando, cobrador fumando, tra-balhadores fumando. Uma época che-garam a proibir a venda lá, não sei se ainda está. Vender bebida no isopor – mesmo ilegalmente – é uma coisa, não afeta ninguém. O cigarro deixa o chei-ro no cabelo, na roupa e incomoda to-do mundo.ROSA MARIA SOARES - PLANALTINA (DF)

Mercados carosCom essa crise que a gente está pas-sando tem que economizar com tudo e eu parei para ver que me deslocar para uma feira sai mais barato que no mer-cado. No mercado eu gasto R$ 30 por semana, na feira com as mesmas coi-sas gasto R$ 12. É visível a diferença no preço das coisas de um bairro pa-ra outro. Eu moro no Sudoeste e faço compras no Ceasa. Não são nem 10 mi-nutos de um para outro e o valor das compras quase dobra. Os empresários acham que só porque a gente mora em um bairro mais valorizado temos di-nheiro sobrando. REGINA TEIXEIRA - SUDOESTE (DF)

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A RODA DA HORA

Há alguns anos ver um monociclo nas ruas poderia chocar. Hoje, em cidades ao redor do mundo e também no Brasil, bicicletas e scooters elétricas, patinetes e monociclos compartilham o espaço urbano, mos-trando que a micromobilidade veio para ficar.

Esse novo termo diz respeito ao transporte individual sustentável para viagens curtas, de até cinco quilômetros. Os pequenos trajetos, quando feitos de carro, colaboram para aumentar os congestionamen-tos e a poluição do ar. Até porque a média de pessoas por veículo no Brasil é baixíssima: 1,4 por carro.

Assim, a micromobilidade surge como alternativa inteligente para a nossa realidade. E a tendência é que esse movimento cresça cada vez mais. Até mesmo montadoras de carros, como a GM e a Ford, já anun-ciaram seus investimentos em patinetes e bicicletas elétricas.

Marcio Canzian, CEO da Eletricz, empresa especializada em mono-ciclos, lembra que o carro tem um altíssimo custo. “Não se trata ape-nas da questão financeira, mas de todo o desgaste emocional, da po-luição, da perda de tempo no trânsito, que hoje tem velocidade média de 25 quilômetros por hora. Isso é a receita perfeita do caos”, ele diz.

Sua missão é incentivar o transporte individual elétrico de curta e média distâncias como uma forma de mobilidade mais inteligente, mais divertida, ao ar livre e sem stress.

No Brasil, esse mercado vem crescendo desde 2014, mas foi em 2018 que ganhou um novo impulso, especialmente por conta dos mo-dais compartilhados. “Estima-se que foram vendidos 1.500 monociclos nos últimos seis meses em todo o país. Em geral, os adeptos já testa-ram outros modais e não se sentiram satisfeitos com a solução. As bi-kes elétricas muitas vezes requerem esforço físico em ladeiras, en-quanto os patinetes não são indicadas para terrenos acidentados. Já os monociclos transpõem todos esses obstáculos”, afirma Canzian, lem-brando a importância do treinamento para o uso. Sua empresa oferece uma pista própria para o aprendizado e promove vários eventos e en-contros entre os novos usuários.

Segundo ele, em até duas horas é possível aprender os comandos básicos e treinar a habilidade para se manter em pé. Os preços variam de R$ 3 mil a R$ 10 mil, dependendo do modelo. Dá para carregar na mão e levar onde for: no metrô, no ônibus e até no avião. A portabi-lidade, o baixo custo por quilômetro percorrido (pode chegar até 100 km com uma só carga na bateria), a poluição zero e a experiência di-vertida podem fazer desse modal de uma só roda o transporte da hora

[email protected]

DIVULGAÇÃO

O Pro Coletivo ajuda as pessoas a aproveitar a vida se locomovendo de forma inteligentewww.procoletivo.com.br

De bicicletas elétricas a monociclos, surgem novos meios de transporte para melhorar a vida nas cidades

Sua mente será exigida pelas adversidades da rotina, mas o suporte dos outros diminui seu

sofrimento no processo. Aprecie essa iniciativa.

A subjetividade e a criatividade são alavancadas e trazem mais prazer para a rotina. Priorize as questões de

ordem prática no dia de hoje.

Os prazeres íntimos estão em alta e influenciam nos relacionamentos amorosos e na rotina. Preze pelo

planejamento para não cair em erros.

A comunicação passa de expansiva para seletiva, então seja discreto, inclusive compartilhando

confidências apenas para quem confia.

O equilíbrio entre o prático e o criativo se apresenta. Mas muito cuidado com as finanças pois

poderão haver erros de planejamento.

Pratique a diplomacia e a compaixão, nessa fase de dissonância de visões. É preciso

também uma articulação entre teoria e prática.

Coloque seu foco em entender os empecilhos profissionais. Associar-se com mais gente, bem como a

economia criativa, são suas aliadas.

Avalie a si mesmo para entender onde você errou no planejamento. Refinar os valores ajuda na ordem e

assegura integridade.

Conciliar os interesses individuais e coletivos é fundamental para usufruir as oportunidades. Você ultrapassa os

reveses ao se adaptar.

Seja firme na sua individualidade ao se deparar com exigências de fora. Prime pela intimidade de

pequenos grupos e pelas questões práticas.

Volte-se para dentro de si para meditar sobre as fragilidades da vida e agir com confiança frente

as situações difíceis que exigem ação.

Avalie suas relações e imprima seu esforço em se desvencilhar de gente que se aproveita de

você e se aproximar de quem tem e lhe dá valor.

Horóscopowww.personare.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2019www.metrojornal.com.br 16| {ESPORTE}

3ESPORTE

Vai dar briga

PatoOs representantes do

atacante estão na China

para tentar a liberação

junto ao Tianjin Tianhai,

com quem o jogador de

29 anos tem contrato até

o final do ano. Alexandre

Pato tem interesse em

retornar ao futebol

brasileiro e não faltam

interessados. São Paulo,

Santos, Palmeiras e

Internacional estão no

páreo para levar o atleta.

Após incêndio. Recursos devem ser destinados para pagar indenizações. Órgão quer interdição do Ninho do Urubu

MP pede bloqueio de R$ 57,5 mi do Fla

Enquanto jogavam

Casas de atletas do Lyon são roubadas

Enquanto enfrentavam o Barcelona, pelas oitavas da Liga dos Campeões, na ter-ça-feira, três jogadores do Lyon tiveram suas casas roubadas. A polícia fran-cesa confirmou que ban-didos invadiram as casas de Memphis Depay, Lucas Tousart e de Pape Cheikh Diop Gueye para levarem roupas, aparelhos eletrô-nicos e joias. METRO

Não rendeu

Real Madrid põe Bale no mercado

O Real Madrid resolveu co-locar Gareth Bale no mer-cado de transferências, de acordo com o jornal “AS”. Segundo a publicação, além do baixo rendimen-to, o galês também não exerce a liderança deseja-da pelo time. METRO

Juventus perde para o Atlético de Madrid na Liga dos CampeõesA rodada de ida das oitavas de final da Liga dos Cam-peões foi completada on-tem com dois placares que chamam a atenção. A co-meçar pelo encontro na Espanha vencido por 2 a 0 pelo Atlético de Madrid so-bre a Juventus.

Uma das suas vítimas fa-voritas nos tempos de Real Madrid, o time colchone-ro estava já vacinado dian-te de Cristiano Ronaldo. O camisa 7 da Velha Senho-ra não tinha espaço sequer para respirar diante de um time aguerrido comandado por Diego Simeone.

A insistente pressão do Atlético rendeu dois gols, apesar no ferrolho que ten-tava armar o time italiano. Primeiro, com Giménez, aproveitando trapalhada entre Chiellini e Mandzu-kic. Depois foi a vez de Go-

dín, completando a bola que rebateu na zaga. E po-deria ser ainda pior caso o árbitro não tivesse anula-do o gol de Morata por fal-ta em Chiellini.

O duelo de volta, em Turim, acontece em 12 de março, na mesma data da

volta, na Inglaterra, entre Manchester City e Schalke 04. Ontem o time de Pep Guardiola largou na fren-te: 3 a 2. Mas não foi fácil.

Os visitantes fizeram o primeiro, com Aguero. Ainda no 1º tempo, em dois pênaltis, Bentaleb vi-

rou. Só que na etapa final, mesmo com um a menos – Otamendi foi expulso –, os ingleses chegaram lá. Sané, em linda cobrança de falta, igualou, e Ster-ling, já nos acréscimos, deu a vitória aos Citizens.

METRO

Giménez fez o primeiro gol do Atlético contra a Juventus | ANGEL MARTINEZ/GETTY IMAGES

Sterling deu a vitória ao City nos

acréscimos | MATTHEW CHILDS/REUTERS

O Ministério Público e a De-fensoria Pública do Rio pedi-ram à Justiça, em caráter de urgência, a interdição do Ni-nho do Urubu e o bloqueio de R$ 57,5 milhões do Flamengo, para o ressarcimento de inde-nizações. No local, morreram 10 jovens da base do clube em um incêndio no alojamento no último dia 8.

A ação pede que o centro de treinamento fique inter-ditado até que as instalações estejam completamente se-guras e regularizadas de acor-do com as normas do Corpo de Bombeiros e da Prefeitura do Rio de Janeiro. O Executi-vo municipal já havia pedido a paralisação do CT, no entan-to, o Fla continuou usando o local durante o dia.

Caso a Justiça acate o pe-dido, em caso de descumpri-mento, o clube pode receber multa única de R$ 10 mi-lhões e o presidente, Rodol-fo Landim, multa pessoal de R$ 1 milhão por dia. Procura-do, o Fla não comentou.

Sem indenizaçãoOntem, o clube se reuniu com as famílias das vítimas para

oferecer novo acordo de in-denização. O encontro acon-teceu depois de o Fla negar a contra-proposta feita pelos ór-gãos públicos, de indenização de R$ 2 milhões por família, além de R$ 10 mil mensais até a data em que as vítimas completariam 45 anos.

O rubro-negro pretendia pagar entre R$ 300 mil e R$ 400 mil de indenização, além de um salário mínimo por mês, por 10 anos, às famílias

dos atletas mortos. Os valores foram revela-

dos ontem, em reunião entre familiares de 8 dos 10 atle-tas mortos e integrantes da Câmara de Conciliação, for-mada por Defensoria Públi-ca, Ministério Público do Tra-balho e Ministério Público Estadual.

Segundo o clube, os valo-res pedidos estão acima dos adotados pela Justiça, citan-do o incêndio da boate Kiss.

“É uma situação absoluta-mente diferente: no Flamen-go eram todos menores de idade, estavam alojados e eles prometeram às famílias cui-dar de todos esses garotos. Na boate Kiss, estavam em bus-ca de entretenimento, era to-talmente diferente”, compara a procuradora do Ministério Público do Trabalho, Daniel-le Cramer.

Carreiras longevasA procuradora diz que o cál-culo da Câmara considerou a carreira longeva no fute-bol e a expectativa de remu-neração: “Seriam parâme-tros mínimos que poderiam ser negociados individual-mente por cada família, le-vando-se em conta questões particulares. Mas, a gente gostaria que a negociação

partisse desses valores”.Com a falta de negociação,

familiares estão sendo orien-tados sobre possíveis cami-nhos jurídicos. “Os familia-res ainda têm expectativa de acordo com o clube e a De-fensoria se colocou à disposi-ção para assistir aos que ainda não têm advogado. Encerrada qualquer tentativa de acordo, a proposta do clube não sen-do satisfatória, a gente pode sim discutir até a propositura de uma ação coletiva”, expli-ca a subdefensora pública-ge-ral, Paloma Lamego.

A pedido do Flamengo, o Núcleo Permanente de Méto-dos Consensuais de Solução de Conflitos do TJRJ (Tribu-nal de Justiça do Rio de Janei-ro) realiza hoje, às 14h, a pri-meira audiência de mediação entre o clube e representan-tes das famílias dos 10 atletas que morreram e dos três que ficaram feridos.

Jhonata segue estávelO quadro clínico do único so-brevivente do incêndio que segue internado, Jhonata Ven-tura, apresenta boa evolução.Ele segue estável. BAND

Campo do Ninho do Urubu: usado de dia | ALEXANDRE VIDAL/ FLAMENGO

R$ 400 milera o valor máximo que o rubro-negro pretendia pagar a cada uma das famílias dos 10 atletas mortos no incêndio.