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Workshop Comunicar com Consciência WAKESEED – Sustentabilidade e Desenvolvimento Pessoal e Comunitário 1 ® Comunicar com Consciência

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Comunicar com Consciência®

Comunicar com Consciência

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Comunicar com Consciência

• Partes do ser humano mais positivasmobilizadas pelo coração: o amor, o respeito,a compreensão, o agradecimento, acompaixão e o interesse genuíno pelos outros.

• Com uma atitude consciente de não violênciaé possível promover as experiências contráriasalimentadas por aquelas partes de nós maisautocentradas, motivadas por preconceitos,pelo ódio, desconfiança ou agressividade, egeradoras de violência interna e externa.

Comunicar com Consciência

• Fase prévia: assumir a violência internaprovocada por diálogos internos baseados naculpabilização (ao próprio ou ao outro), navergonha ou no medo.

• Reaprender a ligar-se com o próprio, com ainformação que trazem os sentimentos eentrar em contacto com as nossas própriasnecessidades.

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Comunicar com Consciência

• Tomar consciência do histórico em termos derepressão social e desvalorização coletiva emrelação aquilo que são os nossos sentimentos,reais valores e necessidades, que leva naprática ao controlo de uns seres humanospor parte de outros.

Comunicar com Consciência

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• A CNV é uma forma de estar que promove areestruturação da forma em que nosexprimimos e escutamos os outros e a nóspróprios.

• Passamos da habitual avaliação e julgamentopermanente da nossa realidade interior eexterior a levar o foco ao esclarecimentodaquilo que sentimos e necessitamos.

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Comunicar com Consciência

1. Observar os atos concretos que estão a afetar o meu bem-estar, sem avaliar ou julgar.

2. Identificar aquilo que sinto com aquilo observado.

3. Identificar as necessidades, valores ou desejos origem desses sentimentos.

4. Efetuar um pedido concreto para melhorar o meu bem-estar.

Processo em termos de expressão e de receção

Comunicar com Consciência

EXPRESSÃO

• Quando eu vejo/oiço…………………………….• Eu sinto……………………………………………..• Porque eu gostaria……………………………….• Será que podias…………………………………?

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RECEÇÃO

• Quando tu vês/ouves…………………………….• Tu sentes…………………………………………..?• Tu gostarias……………………………………….?• A tua questão é…………………………………..?

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Exemplo: “Quando ontem à noite cheguei a casa evi a loiça sem lavar de várias refeições no lava-loiça,senti-me muito irritado, pois necessito dearrumação na cozinha. Conto contigo paraarrumares a cozinha quando a utilizares?

Frases habituais escutadas numa situaçãosemelhante:

Estou farto! - É sempre a mesma coisa! - Só pensas em ti! - És um desleixado! - Mas não te apercebes

que não vives sozinho nesta casa?

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Comunicar com Consciência

Comunicar com Consciência

1. Os julgamentos moralistas a partir do meupróprio sistema de valores e necessidades queme levam a rotular a realidade com um “certo”ou um “errado”.

Normalmente geram atitudes de defesa e deresistência por parte dos outros, que até poderão virmudar a curto prazo o comportamento (por medo,culpa ou vergonha), mas que claramente irão afetarao relacionamento entre ambas as partes.

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2. Comparações e compararmo-nos com osoutros: as comparações são uma forma dejulgamento.

3. Negar a responsabilidade dos nossos atos,utilizando uma linguagem que envolve falta deescolhas: “tenho que…” “deveria..” “fui levado a”

4. Outras:• Exprimir petições em forma de exigência• Comunicação baseada em termos de

“castigo” ou “recompensa” (que envolvem

“maldade” ou “defeito”).

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Processo de observação, tentando evitar:

1. Apresentar como verdades absolutas aquilo que na realidade são opiniões.

2. Fazer generalizações a partir de uma situação concreta.

3. A nível de linguagem, utilizar o verbo ser, ou utilizar verbos ou expressões de avaliação. Expressões “sempre” ou “nunca”.

Crítica com adjetivos conduz à resistência e fecho do interlocutor, afastando-nos do nosso objetivo

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Exemplos:

“A Sara é uma péssima cozinheira”

(uma opção seria: “Das três vezes que eu jantei naSara, a comida estava queimada”)

“Tu nunca pensas nos outros”

(uma opção seria: “Ontem acabaste o pacote deleite que eu pensava dar aos miúdos”)

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Comunicar com Consciência

Comunicar com Consciência

Social e educacionalmente somos levados a desvalorizar aquilo que sentimos, e somos levados a estar mais orientados para o outro do que olhar para o nosso interior. Por isso é fácil observar a negação das emoções.

Para mudar este padrão primeiro é importante assumir aquilo que sentimos para nos podermos treinar na sua identificação e posterior verbalização.

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Exprimir a nossa vulnerabilidade contribui à resolução de conflitos.

Causas da dificuldade em identificar os sentimentos mas profundos:

• Ficar presos a emoções secundárias

• Utilizar o verbo “sentir” quando se está a dar uma opinião em relação aos outros ou a nós.

• Utilizar expressões focalizadas no outro ou interpretando aquilo que sentem os outros.

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Aquilo que fazem os outros pode ser o estímulo das nossas emoções, mas não a causa.

A causa está na nossa necessidade do momento e na interpretação que damos àquilo que aconteceu.

Assumir a responsabilidade por aquilo que sentimos

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Culpabilizar-me

Culpabilizar os outros

Entender os meus próprios sentimentos e necessidades

Entender os sentimentos e necessidades dos outros

Podemos optar por 4 formas de receber uma mensagem negativa

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Comunicar com Consciência

Sinto X + porque algum elemento externo….

Assumo a responsabilidade daquilo que eu sinto quando ligo o sentimento com a necessidade não satisfeita

Sinto X porque EU….

Exemplo:Sinto-me furioso com o teu atraso de meia hora

Sinto-me furioso com o teu atraso de meia hora porque queria poder preparar com calma contigo a reunião que temos de aqui a 5 minutos

Comunicar com Consciência

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Utilizar uma linguagem positiva no pedido (os pedidos pela negativa costumam gerar confusão e resistência).

Evitar frases vagas ou pouco concretas.

Utilizar uma linguagem de ação, clara, específica e concreta que mostrem claramente aquilo que queremos.

(Rosenberg: a depressão pode ser o resultado de não saber o que queremos de forma específica e concreta)

Como efetuar pedidos

Comunicar com Consciência

Só manifestar como nos sentimos perante o comportamento do outro, mas pretendendo que o outro “adivinhe” a ação concreta (pode ser

interpretado com uma simples intencionalidade de gerar culpa).

Mandar “bocas” e não ter consciência daquilo que queremos pedir.

Ficar pela petição, sem estar acompanhada pelo sentimento e pela necessidade: (facilmente vai

ser interpretado como uma exigência)

Dificulta o processo

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Comunicar com Consciência

Solicitar confirmação das nossas palavras e agradecer

Solicitar sinceridade ao interlocutor em relação a:

• como se sente• como pensa• se está disposto a fazer aquilo que foi pedido

Facilita o processo

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Um pedido é interpretado como uma exigência quando o interlocutor prevê castigos ou recriminações (tentar gerar sentimentos de culpa) no caso de não satisfazê-lo.

Opções perante uma exigência: • Submissão (obedecer)• Rebelião

Pedidos vs exigências

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Observando o que faz quem solicita o pedido, no caso da outra parte não aceder ao mesmo.

É pedido quando quem pede mostra empatia com as necessidades do interlocutor.

É exigência quando quem realiza o pedido efetua críticas, julgamentos ou pretende gerar sentimento de culpa.

Expressões utilizadas nas exigências: tu deverias /

eu mereço / tenho motivos para / tenho o direito de…

Como diferenciar o pedido da exigência

Comunicar com Consciência

A CNV não é uma ferramenta útil quando o objetivo subjacente é querer mudar o outro e modificar o seu comportamento.

A CNV pretende alimentar relacionamentos humanos baseados na honestidade e na empatia e as exigências afetam o relacionamento interpessoal a longo prazo.

A CNV e as exigências

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Comunicar com Consciência

Comunicar com Consciência

Acolher o outro: capacidade de escutar o outro como primeira atitude, sem dar conselhos, explicar a nossa posição ou pretendendo tranquilizar com as palavras.

Simplesmente escutar com atenção e observar o que a outra parte está a sentir e necessitar, dando a oportunidade da pessoa poder entrar em contacto com ela própria.

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Comunicar com Consciência

Condutas frequentes que limitam a nossa capacidade de escuta empática:

• Dar conselhos• Oferecer consolo• Justificar-se• Corrigir• Minimizar • Educar• Competir com o sentimento• Contar alguma história parecida• Compadecer• Estarmos focalizados no que a outra parte estará a

pensar sobre nós

A compreensão intelectual bloqueia a empatia

Comunicar com Consciência

Escutar os sentimentos e necessidades dos outros. Quando somos nós a origem do desconforto da outra parte poderemos efetuar perguntas sobre:

• Aquilo que a outra parte está a observar. Ex: “Estás a reagir assim porque ontem não te liguei?”

• Aquilo que a outra parte está a sentir e as necessidades origem desses sentimentos. Ex: “Sentes-te magoado porque gostavas que te tivesse convidado a vir comigo?”

• Aquilo que a outra parte está a pedir. Ex: “ Gostavas que da próxima vez partilhasse contigo a decisão?”

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Perguntas automáticas que nos afastam de entender a realidade do nosso interlocutor:

“Que eu fiz o quê?” | “O que é que se passa contigo?” | “Porque é que te sentes assim?” | “ O que é que queres que eu faça?”

Necessidade de sentirmo-nos compreendidos: Às vezes é quem fala quem solicita feedback sobre a compreensão : “Estou a ser claro?” “Estou-me

a dar a entender”, “Percebes?”

Comunicar com Consciência

Importância de repetir aquilo que estamos a escutar. Permite poupar tempo: “Por aquilo que

estou a escutar estou a entender que…..É isso?” ou “Deixa-me repetir o que estou a ouvir para ver se estou a perceber corretamente”, ou “Quero entender o que me estas a dizer, então permite-me repeti-lo…”

Por trás de mutas palavras intimidatórias e agressivas há seres humanos com necessidades insatisfeitas que estão a pedir o nosso contributo

para o seu bem estar

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Importância de devolver a necessidade do nosso interlocutor Ex. ”Parece-me que estás muito desiludido comigo porque gostavas que te escutasse mais e considerasse a tua opinião na preparação das reuniões”.

Manter a empatia no diálogo permite o aprofundamento necessário para a deteção dos reais os sentimentos e necessidades por baixo da aparência.

Nem sempre temos condições de ser empáticos: importância de assumi-lo.

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Comunicar com Consciência

Provavelmente a utilização mais importante da CNV é para o desenvolvimento da autocompaixão.

Violência interna: os padrões de permanente autoavaliação, nos leva a esquecer a nossa natureza única e especial de seres individuais, promovendo o ressentimento contra nós próprios.

A aprendizagem desde crianças do autojulgamento leva por trás una crença inconsciente de “merecimento” de um “sofrimento”.

Comunicar com Consciência

Duas formas de mudança:• Por desejo genuíno de querer enriquecer a

nossa vida e/ou a dos outros.• Estimulados pela a vergonha (com sentimentos

de ódio contra nós) pela culpa ou pelo medo: externamente nota-se e reforça-se.

As expressões “tenho que” ou “deveria”: • São autoexigências com uma enorme

capacidade de gerar vergonha e culpa• Envolvem uma resistência interna à mudança,

já que encobrem uma renúncia implícita à capacidade de escolha.

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O autojulgamento é uma forma com repercussões negativas de expressão das nossas necessidades não satisfeitas.

É importante entender que quando alguém faz algo que intitulamos de errado, no fundo estamos a manifestar que está a agir de uma forma não harmónica com as nossas necessidades. E é o mesmo raciocínio quando nós agimos de uma forma errada, só que aplicado a nós próprios.

Comunicar com Consciência

PACIFICAÇÃO INTERNA

Trocar o julgamento punitivo perante ações que lamentamos de nós próprios por uma tomada de consciência da necessidade não satisfeita no momento.

Assumir de forma compreensiva que há vários “eus” internos com diversas necessidades.

Entender aquilo que fazemos como um jogo em cumplicidade com a vida em vez ser uma pesada obrigação.

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TOMAR CONSCIÊNCIA DA ENERGIA CONTIDA NOS NOSSOS ATOS E DAS SUAS CONSEQUÊNCIAS

1. Por dinheiro: (o dinheiro é uma “recompensa”extrínseca; não é uma “necessidade” e sim um dosmeios para satisfazê-la). Consequência de agir por dinheiro:

perder a satisfação proveniente de agir só pela intenção de contribuir àsatisfação de uma necessidade humana.

2. Por reconhecimento/aprovação dos outros:(também é uma “recompensa” extrínseca).Consequência de agir por aprovação: inconscientemente poderemosestar a pretender “comprar” amor, podendo entrar num processo deauto-negação daquilo que somos.

Comunicar com Consciência

3. Para evitar um castigo. Consequência: geração de

ressentimento interno, impedindo ver os aspetos positivos da ação.

4. Para evitar a vergonha: Consequência de agir por evitar a

vergonha: promover o ódio em relação aquilo que fazemos, impedindover os aspetos positivos daquilo que estamos a fazer.

5. Para evitar o sentimento de culpa de nãosatisfazer as expectativas dos outros em relação anós. Consequência: a tristeza, e perder a alegria quando fazemos as

coisas por uma vontade genuína de contribuir à felicidade dos outros.

6. Por ser um “dever”, negando a livre escolha:Consequência: agir como um autómata, e perdendo a vitalidade quetraz o entendimento de ver os nossos atos como parte do jogo da vida.

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LIDAR COM A IRA INTERNA

Diferenciar o estímulo da causa e assumir a responsabilidade da mesma, tirando-a dos outros (a “culpa” tem o poder de dificultar a diferenciação).

A ira costuma ser uma emoção secundária que esconde os sentimentos principais.

Os julgamentos associados à ira são grandes geradores de violência (contra nós ou contra os outros,

conforme se a nossa reação é culpabilizarmo-nos ou culpabilizar os outros)

Comunicar com Consciência

Passos para lidar com a ira

1. Parar e respirar profundamente2. Identificar os pensamentos que contêm

julgamentos e observá-los, sem julga-los3. Ligar-se com as próprias necessidades4. Exprimir os nossos sentimentos e necessidades

não satisfeitas

Passo prévio: empatizar com o outro através da escuta ativa, tomando o tempo que for necessário. Será muito mais fácil e pacífica a nossa posterior intervenção

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Comunicar com Consciência

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• O método LEAP, do norte-americano XavierAmador é um método aplicável ao mundo dasdiscussões em que há diferenças de posições,mas em que o cuidado da relação éfundamental.

• Procura-se descobrir a real necessidade porbaixo daquilo que manifestamos quequeremos.

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FUNDAMENTAL

• Deixar de lado a necessidade de que a outraparte assuma que está “errada”, como pontode partida

• ESCUTAR de forma genuína e com respeito aposição alheia com a qual não se concorda,evitando interrupções (quando nos sentimos respeitados

estamos muito mais disponíveis a dar)

• Mostrar EMPATIA, pelos sentimentos do outro(quando nos sentimos respeitados estamos muito mais disponíveis adar)

Comunicar com Consciência

Mário Madrigal (926991070)

[email protected]

www.mariomadrigal.com

www.wakeseed.org

Outras áreas de trabalho no Núcleo de Desenvolvimento Humano da Wakeseed:

• PERFIS DE PERSONALIDADE: O ENEAGRAMA

• INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

• EDUCAÇÃO PARA A MORTE

• APRENDER A PARAR