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Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Penitenciário pernambucano: Estamos chegando ao final do governo Eduardo Campos: foram mais quatro anos que assistimos de péssimo tratamento dispensado ao sistema prisional, aos seus usuários e, em particular, a nós, que trabalhamos arduamente neste importante, porém desvalorizado, segmento da segurança pública. Assistimos ao crepúsculo de mais um governo sem vermos nossas históricas reivindicações serem atendidas: e o que é pior; desta vez, com o sentimento de que pouco ou nada foi feito para que se concretizassem nossas lutas. Antes, porém, de tirarmos as devidas conclusões acerca de nossa trajetória ao longo do mandato governamental que se encerra, façamos uma breve, mas, urgente retrospectiva...

QUEM ÉRAMOS E COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI? Ninguém se esquece que, quando este governo iniciou, ainda estávamos mobilizados: num movimento “padrão” que ajudou a derrotar nas urnas o governo passado; movimento que havia trazido de volta a autoestima dos homens e mulheres que trabalham no sistema; movimento que culminou no reaparelhamento bélico da categoria e nos proporcionou os exames psicológicos e a capacitação em armamento e tiro. Após muita luta e algumas baixas, vínhamos resgatando o respeito próprio. Garantimos a implantação da Escola Penitenciária como órgão autônomo e não como um apêndice da “academia integrada da SDS”, como queria o governo á época. Nossas denuncias reverberavam até o Congresso Nacional: enfim, estávamos mobilizados!

O início do novo governo trouxe, então, consigo, uma nova realidade: um governo com uma proposta privatista para o Sistema Penitenciário não assistiria a prosperidade de sua proposta se a categoria continuasse mobilizada e NA LUTA. A fim, então, de consolidar sua política, o governo fez o que os governos sempre fazem: investiu na desmobilização da categoria. SINDICATO ENFRAQUECIDO É IGUAL A CATEGORIA FRAGILIZADA, eis uma equação universal; que funciona em qualquer tempo ou lugar. Para nos enfraquecer, dividir e subjugar, foi criada, então, duas frentes: uma administrativa e outra política. Na frente administrativa, o governo implantou uma estratégia de desfiliação sindical, “facilitando”, incentivando e, até, induzindo as desfiliações ao SINDICATO, com a clara finalidade de nos enfraquecer política, administrativa e financeiramente. Além disso, o governo perseguiu os diretores sindicais, patrocinou processos administrativos contra nós, cortou pontos indevidamente, impondo redução salarial e, não achando suficiente, ainda caluniou diretores sindicais via imprensa. Enquanto isso, na frente política, o governo criou a “lei da mordaça” que prevê punição a quem der entrevista “sem autorização”(!), incluiu nossa categoria no “Artigo 14”, passou nossa corregedoria para a administração da SDS, mesmo que pertençamos a outra secretaria, e, finalmente, patrocinou e patrocina um grupo de Agentes Penitenciários para nos caluniar, mentir descaradamente e manter a todos em compasso de espera, desmobilizados, aguardando um “maravilhoso reajuste salarial advindo do enquadramento do PCCV”... que sempre ocorrerá “na semana que vem, nos mês que vem... no ano que vem...” Todos se recordam quando, no início do governo atual, esse grupo de pessoas encaminhou para as unidades prisionais um “abaixo assinado” sob o argumento de que o governo (este mesmo governo que está aí) pretendia implantar através de reajuste salarial para a nossa categoria, um salário inicial de R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais),

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sendo que, para isso, ELES deveriam assumir as negociações políticas da categoria e não o SINDICATO, pois, “o governo queria dar o reajuste mas o sindicato não queria receber”: eis a primeira grande mentira na qual a maioria caiu ingenuamente e que, quatro anos de governo comprovaram não passar de uma estratégia para enfraquecer nossa mobilização. A segunda mentira: a isonomia. Que esta, através da interferência de um dos Promotores de Justiça de Execuções Penais, viria sob a intervenção do Procurador Geral. Esta isonomia nos traria paridade salarial com a Polícia Civil. A terceira mentira: o PCCV. Que este traria, finalmente, a redenção salarial da categoria. Que, a partir dele, o Agente Penitenciário chegaria ao final de carreira com R$ 6.000,00 (Seis Mil Reais) de salário. A quarta mentira: a compra do “4º dia”. Que o governo “compraria” nosso “4º dia de folga”, nos passando para a escala de 24 X 72 em troca da isonomia salarial com a Polícia Civil... Assim, se passaram os quatro anos do governo atual: com uma mentira por ano! E cada mentira acompanhada, sempre e sempre, das mesmas premissas: “não podemos deixar o sindicato negociar!”; “nós quem temos que fazer a negociação”; “a categoria não pode se mobilizar, para não atrapalhar as negociações”. Num primeiro momento, quando tentamos alertar ao segmento da categoria que se deixava iludir pelas mentiras daquele grupo, fomos culpados, também, dos seus fracassos. A cada promessa que não se realizava, eles diziam para a categoria: “foi o sindicato que atrapalhou”, ou, “o governo não dá, porque o sindicato é radical”... E isto aconteceu até que, estrategicamente, resolvemos nos recolher e deixar que eles, sozinhos, se afogassem em suas próprias mentiras. Não seriamos mais responsabilizados pelos fracassos dos que já se sabiam derrotados.

Assim que assumimos uma postura observadora, pudemos ver, uma a uma, cair as máscaras da falsidade e da embromação. Uma a uma, as promessa mentirosas iam sendo deixadas para trás... Onde está o “abaixo assinado” pelos R$ 2.700,00 ? Onde está a isonomia? Onde está o PCCV redentor? E o salário de R$ 4.000,00, onde está? Onde está a venda do “4º dia”? O governo acabou e as mentiras passaram... Tudo aquilo que seria resolvido “num passe de mágica”, com a intervenção daqueles que nunca mobilizaram um dia sequer em prol desta categoria (nem em prol de mais nada além deles mesmos), todos os problemas seriam resolvidos... mas, até agora: NADA! Nem mesmo a devolução dos dias parados no movimento de 05 anos (já faz muito tempo, não é?) atrás. Lembre-se que eles montaram uma “comissão” para a devolução do salário injusta e ilegalmente retirado pelo governo anterior, em falso desconto aos dias não trabalhados do ÚLTIMO movimento paredista. Cadê a comissão? Onde está a devolução? Esquecidas, como todas as promessas por eles efetuadas.

A DERRADEIRA E DESESPERADA MENTIRA!

Como sua intenção NÃO É E NUNCA FOI enfrentar o governo, esse grupo, não podendo mais prometer o que já prometeu, nem mentir sobre o que já mentiu, revela sua única finalidade: destruir a organização sindical dos trabalhadores do sistema penitenciário. Com esse intuito, questionou DUAS VEZES a legitimidade de nossa eleição. Na primeira vez – que eles não divulgam – sua ação sequer foi aceita, pois, o Juiz os julgou INCOMPETENTES para impetrá-la. Nesta segunda vez, alicerçados pela assinatura de 01 (UM) Sócio, pediram á justiça que: anulassem nossa eleição, determinasse filiação

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imediata, determinasse nova data de eleição. Tudo isso com EFEITO LIMINAR, ou seja, de maneira sumária e imediata. O Juiz, por sua vez, resolveu NÃO ACATAR QUALQUER DOS PEDIDOS EFETUADOS. Não há qualquer determinação judicial que contemple os pedidos feitos pela ação impetrada. AO CONTRÁRIO, o Juiz SUGERIU que nós do SINDASP efetuássemos uma ação visando a filiação de novos membros, como forma de fortalecer o sindicato, pois, como já sabemos e como foi bem ressaltado pelo juiz: “com sindicato enfraquecido, quem sai ganhando é o patrão”. Uma SUGESTÃO, e não uma sentença! Sugestão que vai ao encontro do que sempre pretendemos; o fortalecimento do SINDASP e, por conseguinte, da Categoria. Uma sugestão que, como forma de OTIMIZÁ-LA, efetuaremos não apenas um ato de filiação, mas, uma CAMPANHA DE FILIAÇÃO. Realizaremos, conforme cronograma em anexo, ASSEMBLÉIAS DE FILIAÇÃO EM TODAS AS UNIDADES PRISIONAIS DA REGIÃO METROPOLITANA. Nosso intuito é que as Agentes e os Agentes penitenciários, bem como os demais profissionais do sistema prisional pernambucano possam, em seu local de trabalho, realizar a discussão da atual conjuntura política e profissional e filiar-se livre e voluntariamente á sua máxima entidade representativa de primeira instância: o SINDICATO. Aproveita a oportunidade; FILIE-SE AO SINDASP. Vamos construir um sistema penitenciário forte, estruturado e que cumpra o seu papel social. “UM MAIS UM É SEMPRE MAIS QUE DOIS”.

Unidade Prisional Data Horário LOCAL

CPFR (Bom Pastor)

02.10.2010

10:30h

Permanência da unidade

COTEL

09.10.2010

14:30h

Permanência da unidade

COTEL FEM

09.10.2010

16:30h

Permanência da unidade

PIG

16.10.2010

10.30h

Permanência da unidade

PPBC

23.10.2010

10.30h

Permanência da unidade

HCTP

23.10.2010

11.30h

Permanência da unidade

PAISJ

30.10.2010

10.30h

Permanência da unidade

ATENÇÃO: AS AGENTES E OS AGENTES DAS UNIDADES DO INTERIOR (OU MESMO DA REGIÃO METROPOLITANA QUE POR RAZÕES DE FORÇA MAIOR NÃO SE FAÇAM PRESENTES NAS UNIDADES PRISIONAIS NAS DATAS ACIMA INDICADAS) PODEM SE FILIAR ENVIANDO FICHA DE FILIAÇÃO PARA A SEDE DO SINDASP, RUA AMOROSO COSTA, 63, VÁRZEA, RECIFE, PE, OU ENTREGANDO A FICHA DEVIDAMENTE PREENCHIDA A UM DOS NOSSOS DIRETORES SINDICAIS.

Cronograma de Plenárias de Filiação nos Locais de Trabalho

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