comunicação e processos de significação

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Comunicação e processos de Comunicação e processos de significação significação EMENTA EMENTA Discussão sobre Discussão sobre produção midiática na produção midiática na ótica interpretativa; ótica interpretativa; limites e limites e possibilidades; possibilidades; processos de processos de produção/compreensão produção/compreensão dos sentidos; reflexão dos sentidos; reflexão sobre modelos sobre modelos interpretativos a interpretativos a partir das Teorias dos partir das Teorias dos Discursos. Discursos. PROGRAMA PROGRAMA Semiótica: um Semiótica: um panorama histórico panorama histórico Estudos do discurso Estudos do discurso A produção de A produção de sentidos e a sentidos e a midiatização dos midiatização dos significados significados Prática discursiva e Prática discursiva e produção dos produção dos sentidos na sentidos na intervenção social intervenção social

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EMENTA Discussão sobre produção midiática na ótica interpretativa; limites e possibilidades; processos de produção/compreensão dos sentidos; reflexão sobre modelos interpretativos a partir das Teorias dos Discursos. PROGRAMA Semiótica: um panorama histórico Estudos do discurso - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Comunicação e processos de significação

Comunicação e processos Comunicação e processos de significaçãode significação

EMENTAEMENTA Discussão sobre Discussão sobre

produção midiática na produção midiática na ótica interpretativa; ótica interpretativa; limites e limites e possibilidades; possibilidades; processos de processos de produção/compreensão produção/compreensão dos sentidos; reflexão dos sentidos; reflexão sobre modelos sobre modelos interpretativos a partir interpretativos a partir das Teorias dos das Teorias dos Discursos. Discursos.

PROGRAMAPROGRAMA Semiótica: um Semiótica: um

panorama históricopanorama histórico Estudos do discursoEstudos do discurso A produção de A produção de

sentidos e a sentidos e a midiatização dos midiatização dos significadossignificados

Prática discursiva e Prática discursiva e produção dos sentidos produção dos sentidos na intervenção socialna intervenção social

Page 2: Comunicação e processos de significação

Comunicação e processos Comunicação e processos de significaçãode significação

BIBLIOGRAFIA

BARTHES, Roland. O prazer do texto. Lisboa : Edições 70 , 1988

________________. Mitologias. Rio de Janeiro : Bertrand Brasil , 2001BRINGHURST, Robert. A forma sólida da linguagem. Um ensaio sobre escrita e significado. SP. Rosari, 2006.

ECO, Humberto. Os limites da interpretação. SP. Perspectiva, 2000.

FABRI, Paolo. Tácticas de los signos. Barcelona, Gedisa, 1995. ___________. El Giro Semiótico.Barcelona/Roma. Gius,2000 NÖTH Winfried- A semiótica no século XX. SP.

AnnaBlume.1996. PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica e Filosofia. SP.

USP/CULTRIX, 1975.1ªed. SEMIOSFERA – revista de comunicação e cultura.

http://www.eco.ufrj.br/semiosfera/

TEXTOS SELECIONADOS

Page 3: Comunicação e processos de significação

SemióticaSemiótica

““uma ciência recente para uma temática antiga. “ (António Fidalgo)uma ciência recente para uma temática antiga. “ (António Fidalgo)

““Ciência dos signosCiência dos signos ou ou processos de significação(semiose) processos de significação(semiose).” (Winfried .” (Winfried Nöth)Nöth)

““É a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens É a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis “ (Lúcia Santaella)possíveis “ (Lúcia Santaella)

Page 4: Comunicação e processos de significação

SemióticaSemiótica

““(...) a semiótica se interessa pela (...) a semiótica se interessa pela comunicação, como todos, mas se comunicação, como todos, mas se interessa em como se constrói e se interessa em como se constrói e se destrói, como se transmite ou como destrói, como se transmite ou como não se transmite, como se recebe, não se transmite, como se recebe, como se interpreta, como se confunde, como se interpreta, como se confunde, e a eficácia dos discursos.(....) O mais e a eficácia dos discursos.(....) O mais importante para a semiótica é como se importante para a semiótica é como se trata o sentido.”(Paolo Fabri)trata o sentido.”(Paolo Fabri)

Page 5: Comunicação e processos de significação

Panorama SemióticoPanorama Semiótico

ETIMOLOGIAETIMOLOGIA Do grego Do grego semeîonsemeîon,, ‘signo’, e ‘signo’, e semasema, ‘sinal’, , ‘sinal’,

‘signo’. ‘signo’. Semeiotiké (neo-grego)Semeiotiké (neo-grego) o conceito aparece, o conceito aparece,

pela primeira vez, no contexto da pela primeira vez, no contexto da medicina. Desde a Antiguidade, o medicina. Desde a Antiguidade, o diagnóstico médico é descrito como a diagnóstico médico é descrito como a “parte semiótica” da medicina. Galeno de “parte semiótica” da medicina. Galeno de Pérgamo (139-199) classificou o Pérgamo (139-199) classificou o diagnóstico médico como um processo de diagnóstico médico como um processo de semêiosis – semêiosis – ou o aprendizado dos sintomas.ou o aprendizado dos sintomas.

Page 6: Comunicação e processos de significação

Na tradição filosófica (Na tradição filosófica (Winfried Nöth)Winfried Nöth)

O primeiro a aplicar a terminologia da O primeiro a aplicar a terminologia da medicina diagnóstica dentro do campo medicina diagnóstica dentro do campo da semiótica geral, foi J. Schultetus. Em da semiótica geral, foi J. Schultetus. Em sua sua Semeiologia metaphysikeSemeiologia metaphysike de 1659, de 1659, o autor postulou uma teoria geral dos o autor postulou uma teoria geral dos signos para designar o ensino dos signos para designar o ensino dos signos, que, na filosofia da Idade signos, que, na filosofia da Idade Média, era estudado como Média, era estudado como doctrinadoctrina ou ou scientia de signisscientia de signis. .

Page 7: Comunicação e processos de significação

Na tradição filosófica (Na tradição filosófica (Winfried Nöth)Winfried Nöth)

Em paralelo, no mesmo século, surgiu o Em paralelo, no mesmo século, surgiu o termo termo semióticasemiótica para designar a teoria para designar a teoria geral dos signos. A partir dessa tradição, geral dos signos. A partir dessa tradição, ampliaram-se, nos séculos XVII e XVIII, ampliaram-se, nos séculos XVII e XVIII, os domínios da semiótica para uma os domínios da semiótica para uma ciência geral do conhecimento da ciência geral do conhecimento da natureza humana, denominada como natureza humana, denominada como semiótica moralissemiótica moralis. Uma síntese dessa . Uma síntese dessa tradição da semiótica pode ser tradição da semiótica pode ser encontrada na obra de Christian Wolff encontrada na obra de Christian Wolff (1679–1754). (1679–1754).

Page 8: Comunicação e processos de significação

Na tradição filosófica (Na tradição filosófica (Winfried Nöth)Winfried Nöth)

Em 1690, John Locke, em seu Em 1690, John Locke, em seu Essay concerning Essay concerning human understandinghuman understanding, definiu a semiótica, sob o , definiu a semiótica, sob o nome de nome de semeiotikésemeiotiké, como um dos três grandes , como um dos três grandes ramos dos estudos do conhecimento humano ao ramos dos estudos do conhecimento humano ao lado da física e da ética. Era um sinônimo da lado da física e da ética. Era um sinônimo da lógicalógica; e deveria tratar principalmente das ; e deveria tratar principalmente das palavras, por serem os signos mais relevantes.palavras, por serem os signos mais relevantes.

Na Na MetaphysicaMetaphysica (1739) de Alexander G. (1739) de Alexander G. Baumgarten encontram-se os conceitos de Baumgarten encontram-se os conceitos de semioticasemiotica e e semiologia philosophicasemiologia philosophica. O filósofo e . O filósofo e fundador da estética moderna entende esses fundador da estética moderna entende esses conceitos como o campo de estudo dos sistemas conceitos como o campo de estudo dos sistemas de signos da língua, da escrita, dos hieróglifos, da de signos da língua, da escrita, dos hieróglifos, da heráldica e da numismática, entre outros.heráldica e da numismática, entre outros.

Page 9: Comunicação e processos de significação

Na tradição filosófica (Na tradição filosófica (Winfried Nöth)Winfried Nöth)

Em 1764, Johann Heinrich Lambert publicou a Em 1764, Johann Heinrich Lambert publicou a sua obra sua obra Semiótica ou a doutrina da designação Semiótica ou a doutrina da designação das idéias e das coisasdas idéias e das coisas, como o segundo volume , como o segundo volume de seu de seu Novo organonNovo organon. .

Bernard Bolzano, em sua Bernard Bolzano, em sua Teoria da ciênciaTeoria da ciência (§§ (§§ 637) de 1837, desenvolve mais uma teoria 637) de 1837, desenvolve mais uma teoria original do signo, sob o título original do signo, sob o título SemióticaSemiótica..

No final desse século, em 1890, o filósofo e No final desse século, em 1890, o filósofo e fenomenólogo Edmund Husserl, publicou uma das fenomenólogo Edmund Husserl, publicou uma das suas obras principais sob o título suas obras principais sob o título Sobre a lógica Sobre a lógica dos signos (semiótica)dos signos (semiótica)..

Page 10: Comunicação e processos de significação

Século XX.Século XX.Semiótica ou Semiologia?Semiótica ou Semiologia?

Charles Sanders Peirce (1839-1914)Charles Sanders Peirce (1839-1914) Charles Morris (1901-1979)Charles Morris (1901-1979) Ferdinand de Saussure (1857-1913)Ferdinand de Saussure (1857-1913)

Peirce e Saussure conceberam, simultânea e Peirce e Saussure conceberam, simultânea e independentemente (sincronicidade), um estudo independentemente (sincronicidade), um estudo dos sistemas de signos e da significação. dos sistemas de signos e da significação. “Escritos recolhidos”(8 volumes) e o “Curso de “Escritos recolhidos”(8 volumes) e o “Curso de Lingüística Geral” foram editados postumamente.Lingüística Geral” foram editados postumamente.

Morris busca demarcar o lugar da semiótica no Morris busca demarcar o lugar da semiótica no conjunto das ciências.conjunto das ciências.

Page 11: Comunicação e processos de significação

Século XX.Século XX.Semiótica ou Semiologia?Semiótica ou Semiologia?

Com respeito à tradição da Com respeito à tradição da semeiotikésemeiotiké de John de John Locke, Peirce prefere os termos no singular, Locke, Peirce prefere os termos no singular, semioticsemiotic, , semeioticsemeiotic ou até ou até semeoticsemeotic. No plural, de . No plural, de vez em quando, Peirce usa o conceito de vez em quando, Peirce usa o conceito de semeiotics. semeiotics. Nunca a forma latinizada de Nunca a forma latinizada de semioticssemiotics. .

O semioticista americano Charles Morris preferia O semioticista americano Charles Morris preferia a designação a designação teoria dos signosteoria dos signos, mas na sua obra , mas na sua obra encontra-se também a forma singular, encontra-se também a forma singular, semiotic.semiotic.

o conceito de o conceito de semiologiasemiologia retorna a partir da obra retorna a partir da obra fundamental de Ferdinand de Saussure, o fundamental de Ferdinand de Saussure, o Curso Curso de lingüística geralde lingüística geral, de 1916, que definiu a , de 1916, que definiu a semiologia como uma nova e futura ciência geral semiologia como uma nova e futura ciência geral da comunicação humana, que estudaria a “vida da comunicação humana, que estudaria a “vida dos signos como parte da vida social”. dos signos como parte da vida social”.

Page 12: Comunicação e processos de significação

Século XX.Século XX.Semiótica ou Semiologia?Semiótica ou Semiologia?

Dupla origem:Dupla origem: A lógico-filosófica: Platão, Aristóteles, A lógico-filosófica: Platão, Aristóteles,

Sto Agostinho, Locke, Leibiniz, Wolff, Sto Agostinho, Locke, Leibiniz, Wolff, Lambert, Hegel, Bolzano, Frege, Lambert, Hegel, Bolzano, Frege, Wittgenstein, Husserl, Carnap e Wittgenstein, Husserl, Carnap e Morris.Morris.

A lingüística européia moderna: A lingüística européia moderna: Saussure, Roman Jakobson, Nikolai Saussure, Roman Jakobson, Nikolai Trubetzkoy e Louis HjelmslevTrubetzkoy e Louis Hjelmslev

Page 13: Comunicação e processos de significação

Século XX.Século XX.Semiótica ou Semiologia?Semiótica ou Semiologia?

Três gerações:Três gerações: Os da primeira geração partem de Saussure e Os da primeira geração partem de Saussure e

defendem uma lingüística da frase e do código – defendem uma lingüística da frase e do código – como sistema de comunicação.(1950-1960)como sistema de comunicação.(1950-1960)

Os da segunda, partem de Peirce e articulam um Os da segunda, partem de Peirce e articulam um estudo da língua como sistema estruturado que estudo da língua como sistema estruturado que precede as atualizações discursivas e um estudo precede as atualizações discursivas e um estudo do discursos e dos textos como produtos de uma do discursos e dos textos como produtos de uma língua já falada.(1970)língua já falada.(1970)

Uma terceira geração surge a partir de 1980 e Uma terceira geração surge a partir de 1980 e trabalha com a vertente da significação e da trabalha com a vertente da significação e da produção dos sentidos a partir dos campos produção dos sentidos a partir dos campos sociais.sociais.

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Primeira geraçãoPrimeira geração

Apóia-se no estruturalismo. É a Apóia-se no estruturalismo. É a chamada semiótica estrutural.chamada semiótica estrutural.

Todo leitor é um Todo leitor é um decodificadordecodificador e toda e toda a mensagem é uma a mensagem é uma obra.obra.

Decomposição Decomposição do texto em seus do texto em seus elementos constitutivos para elementos constitutivos para entender suaentender sua arquitetura arquitetura

Page 15: Comunicação e processos de significação

Segunda geraçãoSegunda geração Semiótica pós-estruturalista. Semiótica pós-estruturalista.

Desconstrutivismo: Desconstrutivismo: fóco no leitor e no seu fóco no leitor e no seu contexto (desconstrução e reconstrução do texto contexto (desconstrução e reconstrução do texto pelo leitor)pelo leitor)

Hermenêutica:Hermenêutica: análise dos fatores que análise dos fatores que influenciam a interpretação.influenciam a interpretação.

Leitor implícito: Leitor implícito: o texto como objeto de fruição e o texto como objeto de fruição e lugar de interação. O leitor é uma instância lugar de interação. O leitor é uma instância simbólica.simbólica.

Page 16: Comunicação e processos de significação

Terceira geraçãoTerceira geração

Foco na Foco na interaçãointeração do texto em seu contexto do texto em seu contexto de recepção.de recepção.

Surge um novo paradigma: o Surge um novo paradigma: o interacionismo interacionismo

MultidisciplinaridadeMultidisciplinaridade

Textos são Textos são construções sociaisconstruções sociais realizadas realizadas por múltiplos atores.por múltiplos atores.

Page 17: Comunicação e processos de significação

Estruturalistas e semioticistasEstruturalistas e semioticistas

Lévy-Strauss, Michel Foucault, Lévy-Strauss, Michel Foucault, Roland Barthes, Jacques Lacan, A. J. Roland Barthes, Jacques Lacan, A. J. Greimas, Jacques Derrida, J. Deleuze, Greimas, Jacques Derrida, J. Deleuze, F. GuatarriF. Guatarri

Umberto Eco, Eliseo Veron, Paolo Umberto Eco, Eliseo Veron, Paolo Fabbri, Lúcia Santaella, Winfried Fabbri, Lúcia Santaella, Winfried Nöth, Paolo CobleyNöth, Paolo Cobley