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REDES I COMUNICAÇÃO DE DADOS ARQUITETURA TCP / IP EM REDES DE DADOS ENGENHARIA TELECOMUNICAÇÕES UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA UNISANTA Prof : Hugo Santana Lima / [email protected]

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REDES I

COMUNICAÇÃO DE DADOS ARQUITETURA TCP / IP

EM REDES DE DADOS

ENGENHARIA TELECOMUNICAÇÕES

UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA UNISANTA

Prof : Hugo Santana Lima / [email protected]

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REDES I

ÍNDICE

1 O MODELO OSI---------------------------------------------------------------------------------1

2 O TCP/IP -----------------------------------------------------------------------------------------1 2.1 OSI VERSUS TCP/IP ----------------------------------------------------------------------2

3 ENTIDADES--------------------------------------------------------------------------------------3 3.1 PONTOS DE ACESSO DE SERVIÇO --------------------------------------------------4 3.2 PRIMITIVAS DE SERVIÇOS ENTRE CAMADAS ADJACENTES ---------------4 3.3 UNIDADES DE DADOS DE INTERFACE, SERVIÇO E PROTOCOLO --------6

4 CAMADA FÍSICA--------------------------------------------------------------------------------8 4.1 INTERFACE RS-232-C ---------------------------------------------------------------------9 4.2 RECOMENDAÇÕES X.21 E X.21 BIS ------------------------------------------------ 10

5 CAMADA DE ENLACE ---------------------------------------------------------------------- 12 5.1 TIPOS DE SERVIÇOS -------------------------------------------------------------------- 13 5.2 CONTROLE DE ERROS NO ENLACE ----------------------------------------------- 14 5.2.1 ALGORITMO DE BIT ALTERNADO (STOP-AND-WAIT) ------------------- 15 5.2.2 JANELA N COM RETRANSMISSÃO INTEGRAL (GO-BACK-N) -------- 15

6 MÉTODOS DE ACESSO AO MEIO ------------------------------------------------------ 17 6.1 ACESSO BASEADO EM CONTENÇÃO---------------------------------------------- 17 6.1.1 PROTOCOLO ALOHA PURO ------------------------------------------------------ 17 6.1.2 PROTOCOLO ALOHA COM ABERTURAS------------------------------------- 19 6.1.3 CSMA PERSISTENTE E NÃO-PERSISTENTE ------------------------------- 20 6.1.4 CSMA COM DETEÇÃO DE COLISÕES----------------------------------------- 21 6.2 ACESSO ORDENADO SEM CONTENÇÃO----------------------------------------- 24 6.2.1 POLLING -------------------------------------------------------------------------------- 24 6.2.2 PASSAGEM DE PERMISSÃO EM BARRA (TOKEN BUS)----------------- 24 6.2.3 PASSAGEM DE PERMISSÃO EM ANEL (TOKEN RING)------------------ 25 6.2.4 DQDB - DISTRIBUTED QUEUE DUAL BUS --------------------------------- 26

7 PADRÕES PARA NÍVEIS FÍSICO E DE ENLACE EM LANS---------------------- 29 7.1 PROTOCOLO - LLC ( PADRÃO IEEE 802.2 ) --------------------------------- 30 7.1.1 MULTIPLEXAÇÃO -------------------------------------------------------------------- 30 7.2 PADRÃO IEEE 802.3 ( CSMA/CD )--------------------------------------------------- 31

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REDES II

7.2.1 PROTOCOLO DA CAMADA ENLACE ------------------------------------------- 31 7.2.2 NÍVEL FÍSICO -------------------------------------------------------------------------- 32 7.3 PADRÃO IEEE 802.4 ( TOKEN BUS ) ----------------------------------------------- 35 7.3.1 NÍVEL FÍSICO -------------------------------------------------------------------------- 37 7.4 PADRÃO IEEE 802.5 ( TOKEN RING ) ---------------------------------------------- 39 7.4.1 PROTOCOLO DA CAMADA MAC ------------------------------------------------ 39 7.4.2 NÍVEL FÍSICO -------------------------------------------------------------------------- 40 7.5 PADRÃO IEEE 802.6 ( DQDB ) -------------------------------------------------------- 41 7.6 PADRÃO ANSI X3T9.5 ( FDDI ) ------------------------------------------------------- 41

8 PADRÕES PARA NÍVEIS FÍSICO E DE ENLACE EM WANS -------------------- 44 8.1 PROTOCOLO X.25----------------------------------------------------------------------- 45 8.1.1 CATEGORIAS DE EQUIPAMENTOS X.25 ------------------------------------- 45 8.1.2 CIRCUITOS VIRTUAIS -------------------------------------------------------------- 46 8.1.3 AS TRÊS CAMADAS X.25 PLP---------------------------------------------------- 46 8.2 PROTOCOLO PPP------------------------------------------------------------------------ 48

9 CAMADA DE REDES ------------------------------------------------------------------------ 49 9.1.1 O PROTOCOLO IP DA INTERNET----------------------------------------------- 50 9.1.2 PROTOCOLO ORIENTADO À CONEXÃO X.25 PLP------------------------ 53 9.2 ENDEREÇAMENTO LÓGICO---------------------------------------------------------- 55 9.2.1 ENDEREÇOS NSAP----------------------------------------------------------------- 56 9.2.2 ENDEREÇOS IP ---------------------------------------------------------------------- 59

10 CONEXÕES INTER-REDES --------------------------------------------------------------- 61 10.1 REPETIDORES ----------------------------------------------------------------------------- 61 10.2 PONTES -------------------------------------------------------------------------------------- 62 10.3 ROTEADOR --------------------------------------------------------------------------------- 64 10.4 PROTOCOLOS DE ROTEAMENTO -------------------------------------------------- 65 10.4.1 PROTOCOLO RIP--------------------------------------------------------------------- 65 10.4.2 PROTOCOLO OSPF ----------------------------------------------------------------- 66

11 CAMADA DE TRANSPORTE -------------------------------------------------------------- 68 11.1 O PROTOCOLO DE TRANSPORTE TCP ------------------------------------------- 68 11.2 O PROTOCOLO UDP ( NÃO ORIENTADO À CONEXÃO ) --------------------- 70

12 CAMADA DE SESSÃO ---------------------------------------------------------------------- 72 12.1 ATIVIDADES--------------------------------------------------------------------------------- 72

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REDES III

13 CAMADA DE APRESENTAÇÃO---------------------------------------------------------- 74

14 CAMADA DE APLICAÇÃO ----------------------------------------------------------------- 75 14.1 CORREIO ELETRÔNICO ---------------------------------------------------------------- 75 14.1.1 DOMÍNIOS NA INTERNET – DNS ( DOMAIN NAME SYSTEM ) --------- 76

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REDES 1

1 O MODELO OSI

O ambiente das redes de computadores no final dos anos 70

caracterizava-se, de um lado, por enormes perspectivas de crescimento, mas, de

outro, por uma situação de crise criada pela heterogeneidade dos padrões,

protocolos e equipamentos de comunicação de dados existente no mercado. A

solução foi encontrada pela ISO ( International Organization for Standardization ),

que entre 1978 e 1984, elaborou o Modelo de Referência para Interconexão de

Sistemas Abertos ( MODELO OSI - Open Systems Interconnection).

A figura 1.1 ilustra o modelo estruturado em sete camadas.

APLICAÇÃO

APRESENTAÇÃO

SESSÃO

TRANSPORTE

REDE

ENLACE

FÍSICA

DIVERSOS TIPOS DE APLICAÇÃO

CAMADAS RELACIONADASCOM A APLICAÇÃO

CAMADAS RELACIONADASCOM A ASPECTOS DE TRANSMISSÃO

DIVERSOS TIPOS DE MEIOS DE TRANSMISSÃO

7

6

5

4

3

2

1

FIGURA 1.1 : Camadas do Modelo OSI.

2 O TCP/IP

A coexistência das redes de longa distância com as redes locais abriu

um novo horizonte: a interconexão de redes. Os usuários de uma rede local exigiam

condições de acesso às aplicações de outras redes, fossem elas locais ou de longa

distância. Na década de 80, nos Estados Unidos, foi criado um ambiente de redes

interconectadas, baseado na utilização, como espinha dorsal, no potencial instalado

da rede ARPA : a INTERNET.

A Internet, não é propriamente uma rede de computadores, mas, sim,

um sistema de redes interconectadas, que aproveitou as principais aplicações

ARPA: o protocolo de transferência de arquivos FTP e o protocolo de terminal virtual

TELNET. Para tanto foi criada uma organização técnica chamada IAB (Internet

Activities Board), onde foi elaborada a ARQUITETURA TCP/IP, cujo nome foi

extraído dos principais protocolos utilizados: protocolo de transporte TCP

(Transmission Control Protocol) e protocolo de rede IP (internet Protocol).

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REDES 2

Dessa forma, pode-se encontrar um número muito grande de sub-

redes de tecnologias diferentes, sendo interconectadas em uma rede internet dentre

as quais se podem citar: Ethernet, Token Ring, FDDI (Fiber Distributed Data

Interface), X.25, Frame Relay, ATM entre outros. A figura 2.1 mostra

esquematicamente uma rede internet composta de diversas sub-redes com

tecnologias diferentes, interconectadas por gateways com função de roteamento.

ATM GATEWAY

GATEWAY

REDE INTERNET

GATEWAY

REDE X.25

TOKENRING

GATEWAY

ETHERNET

FIGURA 2.1 : Interconexão de Sub-Redes Heterogêneas em uma Rede Internet.

2.1 OSI VERSUS TCP/IP A Arquitetura OSI foi elaborada pelas comissões da ISO constituídas

por representantes técnicos da maioria dos países com experiência em comunicação

de dados. Ela é resultado de um projeto planejado e executado segundo etapas

predeterminadas.

A Arquitetura TCP/IP foi elaborada no ambiente da Internet de acordo

com a demanda e as necessidades do mercado. Sem dúvida, herdeira da

experiência e dos conhecimentos adquiridos no projeto ARPA, a Arquitetura TCP/IP

apresenta excelentes soluções como, por exemplo, os sofisticados mecanismos do

protocolo de transporte TCP, a concepção de roteadores e protocolos de roteamento

e funcionamento conjunto dos protocolos TCP e IP.

A arquitetura OSI possui sete camadas funcionais e a arquitetura

TCP/IP comente três camadas. O fato de o TCP/IP possuir um menor número de

camadas do que a arquitetura OSI, faz com que ele sobrecarregue, de certa

maneira, algumas camadas com funções que não lhes são específicas.

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REDES 3

Ainda hoje um dos principais problemas da Arquitetura TCP/IP,

decorrente do crescimento da Internet, é o espaço de endereçamento limitado em

relação ao crescimento da mesma, o que exige do protocolo de endereçamento IP

uma grande disponibilidade de bits, que atualmente é insuficiente para atender a

demanda A figura 2.2 apresenta uma visão geral da distribuição em camadas da

Arquitetura OSI e Internet.

APLICAÇÃO

APRESENTAÇÃO

SESSÃO

TRANSPORTE

REDE

ENLACE

FÍSICA

APLICAÇÃO

TCP

IP

SUB-REDEDE

ACESSO

OSI INTERNET

FIGURA 2.2 : Arquiteturas OSI e Internet.

3 ENTIDADES

Em síntese, cada camada do modelo é constituída por um conjunto de

subsistemas, sendo cada um destes responsável por determinadas funções

especificas. Cada subsistema por sua vez é formado por uma ou mais entidades,

que são os elementos ativos, efetivamente responsáveis pela execução de um

conjunto de funções de uma certa camada. Uma entidade pode ser de software (tal

como um processo), ou de hardware (tal como um chip de I/O inteligente). Entidades

de uma mesma camada residentes em diferentes sistemas abertos são chamadas

de entidades pares, que se comunicam através de protocolos próprios da camada

em questão, o que é ilustrado na figura 3.1.

SISTEMAABERTO B

SISTEMAABERTO C

SISTEMAABERTO A

SUBSISTEMAS( N ) PROTOCOLOS ( N ) PROTOCOLOS ( N )

ENTIDADES ( N )

FIGURA 3.1 : Componentes de uma Camada do Modelo OSI.

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REDES 4

Existe portanto, troca de informações entre entidades de camadas

adjacentes de um mesmo sistema aberto, e entidades pares de sistemas abertos

distintos.

3.1 PONTOS DE ACESSO DE SERVIÇO A comunicação entre entidades de camadas adjacentes de um mesmo

sistema aberto ocorre através de pontos de acesso de serviço (SAP - Service

Access Point). Diz-se, então, que os serviços da camada (N), ou simplesmente

serviços (N), são oferecidos às entidades (N+1) através dos pontos de acesso de

serviço da camada (N) ou SAP(N).

Cada SAP(N) está associado a um único par de entidades (N+1) e (N).

Uma entidade (N) pode oferecer serviços a várias entidades (N+1) através de vários

SAP(N) e pode utilizar os serviços de várias entidades (N-1) através de vários

SAP(N-1). Isto é ilustrado na figura 3.2. Cada SAP possui um endereço único que o

identifica no sistema.

SISTEMA ABERTO A SISTEMA ABERTO B SISTEMA ABERTO C

ENTIDADE( N + 1 )

ENTIDADE( N + 1 )

ENTIDADE( N + 1 )

ENTIDADE( N + 1 )

ENTIDADE( N + 1 )

ENTIDADE( N )

ENTIDADE( N )

ENTIDADE( N )

ENTIDADE( N - 1 )

ENTIDADE( N - 1 )

ENTIDADE( N - 1 )

ENTIDADE( N - 1 )

SERVIÇOS ( N )

SERVIÇOS ( N - 1 )

CAMADA ( N - 1 )

CAMADA ( N + 1 )

CAMADA ( N )

ENTIDADE( N - 1 )

SAP ( N )

SAP ( N + 1 )

LEGENDASAP - SERVICE ACCESS POINT

FIGURA 3.2 : Entidades, Serviços e Pontos de Acesso de uma Camada (N) do Modelo OSI.

3.2 PRIMITIVAS DE SERVIÇOS ENTRE CAMADAS ADJACENTES Um serviço é formalmente especificado através de um conjunto de

primitivas (operações) disponíveis para que um usuário ou outro serviço acessem

esse serviço. Estas primitivas dizem ao serviço para realizar determinada ação ou

relatar informações sobre uma ação realizada por uma entidade parceira.

A sequência de eventos que ocorre na interface entre as duas

camadas adjacentes através dos SAP(N) é descrita pelas primitivas de serviço.

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REDES 5

Cada primitiva de serviço tem parâmetros de entrada e saída. No modelo OSI, as

primitivas de serviço são definidas em quatro classes, como é descrito a seguir:

- Primitiva de Serviço de Pedido (Request) - é utilizada por uma

entidade usuária (exemplo N+1), para solicitar ou ativar um determinado serviço

prestado pela entidade prestadora de serviço (exemplo N).

Ex:: S-CONNECT-request, T-CONNECT-request.

- Primitiva de Serviço de Indicação (Indication) - é emitida pela

camada prestadora de serviços (exemplo N), para informar uma

entidade usuária (exemplo N+1) sobre a ocorrência de um

determinado evento de serviço.

Ex:: S-CONNECT-indication, T-CONNECT-indication.

- Primitiva de Serviço de Resposta (Response) - é usada por uma

entidade (N+1) para responder a uma primitiva de serviço de

indicação recebida anteriormente da camada (N).]

Ex:: S-CONNECT-response, T-CONNECT-response.

- Primitiva de Serviço Confirmação (Confirmation) - é usada pela

camada (N) para informar à entidade (N+1) que o serviço solicitado

através de uma primitiva de serviço de pedido foi completado.

Ex::S-CONNECT-confirmation,T-CONNECT-confirmation.

. As figuras 3.3 apresenta um exemplo de troca de primitivas.

PRESTADORDE SERVIÇO DE

TRANSPORTE

T-CONNECT-request

T-CONNECT-confirmation

T-CONNECT-indication

T-CONNECT-responseCC

CR

PRESTADORDE SERVIÇO

TRANSPORTE

T-CONNECT-requestT-CONNECT-confirmation

T-DISCONNECT-indicationDR

CR

T-DISCONNECT-request

(a) Pedido de Conexão de Transporte (b) Pedido de Conexão de Transporte

FIGURA 3.3 : Exemplo de Primitivas de conexão de Serviço Confirmado.

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REDES 6

3.3 UNIDADES DE DADOS DE INTERFACE, SERVIÇO E PROTOCOLO A interação entre entidades (N) e (N-1) é descrita através de primitivas

de serviço, que transportam unidades de dados de uma entidade para outra. Dessa

forma a unidade de dados trocada através de um SAP(N), entre uma entidade (N+1)

e uma entidade (N) em uma única interação, é denominada IDU - Unidade de Dados

de Interface (N).

Uma IDU(N) é composta por dois elementos :

- ICI (Informação de Controle de Interface (N)).

- SDU (Unidade de Dados de Serviço (N)).

Uma ICI(N) possui informações que precisam ser passadas de uma

camada para a outra no sentido de coordenar a operação entre as respectivas

entidades. Contém, por exemplo, o tipo de primitiva de serviço trocada através do

SAP(N).

Uma PDU(N), por sua vez, corresponde à unidade de dados

especificada em um protocolo (N), sendo, também, composta por dois elementos:

- SDU (Unidades de Dados de Serviço (N)).

- PCI (Informação de Controle de protocolo (N)).

Uma SDU(N) pode corresponder a uma ou mais IDU(N), sendo

transferida entre entidades (N+1) de sistemas abertos distintos, de modo a manter

sempre a sua identidade.

Uma PCI(N) corresponde às informações de controle do protocolo (N)

trocadas entre entidades (N) de sistemas abertos distintos usadas na coordenação

das operações conjuntas realizadas entre tais entidades (N).

De Maneira informal, pode-se dizer, então, que uma PDU(N)

corresponde a uma mensagem de protocolo de camada (N), que é constituída de um

cabeçalho (PCI(N)) e dados propriamente ditos (SDU(N)). A figura 3.4 ilustra um tipo

de relacionamento existente entre as unidades de dados descritas, no qual uma

PDU(N) contém os dados de uma única SDU(N), e a SDU(N-1), por sua vez, contém

os dados dessa única PDU(N).

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REDES 7

LEGENDA

ICI - INTERFACE CONTROL INFORMATIONIDU - INTERFACE DATA UNITPCI - PROTOCOL CONTROL INFORMATIONPDU - PROTOCOL DATA UNITSDU - SERVICE DATA UNIT

IDU (N)

ICI (N) SDU (N)

PCI (N)

ICI (N-1) PDU (N)

IDU (N-1)

ICI (N-1) SDU (N-1)

CAMADA (N + 1)

CAMADA (N)

CAMADA (N - 1)

FIGURA 3.4 : Relação entre Unidades de Dados das Camadas (N + 1), (N) e (N - 1). No sistema aberto receptor essa cadeia de bits é recebida pela

camadas mais baixa do modelo OSI, denominada camada física, e vai sendo

passada de camada à camada subindo na hierarquia correspondente. Em cada

camada (N) é retirada a PCI(N) do protocolo correspondente até que a camada mais

alta entregue ao processo de aplicação os dados transmitidos pelo processo remoto.

A figura 3.5 ilustra um exemplo de um mapeamento. SISTEMA ABERTO A SISTEMA ABERTO B

LEGENDA

A - APLICATIONH - HEADERL - LINKLT - LINK TRAILERN - NETWORK

Aplicação ( 7 )

Apresentação ( 6 )

Sessão ( 5 )

Transporte (4 )

Rede ( 3 )

Enlace ( 2 )

Física ( 1 )

AH Dados do Usuário

PH

SH

TH

NH

L - PDU

LH LTN - PDU

A - PDU

P - PDU

S - PDU

T - PDU

Processo deAplicação

AH Dados do Usuário

PH

SH

TH

NH

L - PDU

LH LTN - PDU

A - PDU

P - PDU

S - PDU

T - PDU

Processo deAplicação

MEIO FÍSICO DE TRANSMISSÃO

P - PRESENTATIONPDU - PROTOCOL DATA UNITS - SESSIONT - TRANSPORT

FIGURA 3.5 : Transferência de Dados entre Processos de Aplicação de Sistemas Abertos.

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REDES 8

4 CAMADA FÍSICA

A camada física contém a região física que prove características

mecânicas, elétricas, funcionais e procedimentos para ativar, manter e desativar

conexões físicas para transmissão de bits entre entidades da camada de enlace.

mecânicas : relacionam as propriedades físicas de interface com o meio físico de transmissão, o que inclui, por exemplo, a especificação do tipo de conector utilizado, cabeação, pinagem, etc;

elétricas : estão relacionadas com a representação dos bits em termos, por exemplo, dos níveis de tensão utilizados, proteção elétrica, cargas, aterramento e com a taxa de transmissão de bits;

funcionais : definem as funções a serem implementadas por cada circuito;

procedurais : especificam a sequência de eventos trocados durante a transmissão de uma cadeia de bits através do meio físico, tais como, regras de operação dos circuitos, diagramas de estado, etc.

Quando o RM-OSI foi desenvolvido, vários meios de transmissão já

eram utilizados em sistemas de comunicação, com base em diferentes interfaces e

procedimentos de controle ( RS-232, V.24, X.21, V.35, etc...).

A definição do serviço de nível físico feita no documento ISO DIS

10.022 (recomendação CCITT X.211), na prática, só é empregada para adaptar

padrões existentes. Os principais serviços prestados pelo nível físico são:

Estabelecimento / encerramento de conexões entre uma ou mais entidades do nível físico.

Transferência de dados : a unidade de dados do serviço do nível físico (SDU) é definida como sendo um bit.

Sequenciação : a ordem dos bits é mantida durante a transmissão;

Notificação de falhas para funções de gerenciamento.

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REDES 9

Não existe um padrão único para o nível físico, sendo que os sistemas

OSI utilizam diversos padrões elaborados para prestar o serviço de transmissão de

bits. A figura 4.1 mostra um exemplo de padrões relacionados com o nível físico.

Definição do Serviço doNível Físico

ISO DIS 10.022 / X.211

Ligação a Redesde Computadores

Públicas

AnalógicaX.21

DigitalX.21

Redes Locais deComputadores

BarraISO 8802.3ISO 8802.4ISO 8802.6

AnelISO 8802.5ISO 8802.7ISO 9314

Basic Rate I.4302B + D

Primary Rate I.43124B + D USA

30B + D EUROPA

Redes Digitais deServiços

Integrados

B = 64K - - DadosD = Prim - 64K Basic - 16K

Sinalização+

Dados

FIGURA 4.1 : Exemplo de Padrões do Nível Físico.

4.1 INTERFACE RS-232-C A primeira versão da interface RS-232 foi publicada na década de

1960, sendo que a RS-232-C conhecida atualmente, trata-se da terceira revisão do

padrão original RS-232. Uma quinta revisão, denominada EIA/TIA-232-E (Electronic

Industries Association / Telecommunications Indrustry Association), está sendo

estudada pelos comitês técnicos da EIA/TIA. O padrão foi elaborado pela Electronic

Industries Association ( EIA ), sendo corretamente referenciado como EIA RS-232-C.

A versão internacional é dada na recomendação V.24 do CCITT, que é

similar, mas difere nos circuitos usados mais raramente. Nos padrões, o terminal ou

computador é chamado oficialmente de DTE ( Equipamento Terminal de Dados ) e o

modem é oficialmente chamado de DCE ( Equipamento de Comunicação de Dados).

A figura 4.2 mostra os 9 pinos quase sempre implementados. Os

restantes são frequentemente omitidos.

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REDES 10

TERRA DE PROTEÇÃO (1)

TRANSMITE (2)

RECEBE (3)

SOLICITAÇÃO PARA TRANSMITIR (4)

LIVRE PARA ENVIAR (5)

DADOS PRONTOS (6)

RETORNO COMUM (7)

DETECÇÃO DE PORTADORA (8)

TERMINAL DE DADOS PRONTO (20)

COMPUTADOROU

TERMINAL

MODEM

FIGURA 4.2 : Alguns dos Principais Circuitos RS-232-C.

As características da interface RS-232-C são apresentadas à seguir.

Características mecânicas : Especificadas na recomendação ISO 2110.

Características elétricas : Baseada na recomendação CCITT V.24.

Voltagem Tipo de Transmissão Velocidade / distância

0 lógico entre 5 e 15V 1 lógico entre -5 e -15V

não - balanceada Até 20 Kbps / Até 15m

Características funcionais : Informa quais são os circuitos conectados a cada um do pinos e qual o seu significado.

Características procedurais : definem a sequência de eventos que deve ocorrer para que os dados sejam transmitidos corretamente no meio físico.

4.2 RECOMENDAÇÕES X.21 E X.21 BIS Combinações usuais de padrões de interfaces ponto a ponto a nível

físico OSI são definidas nas recomendações X.21 e X.21 bis.

As recomendações X.21 e X.21 bis definem as características

procedurais da interface do nível físico OSI. Para complementar a definição da

interface para as características mecânicas, elétricas e funcionais, utiliza-se outras

recomendações das séries X ou V do CCITT.

Aplicações das interfaces :

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REDES 11

Interface X.21 : transmissão digital fornecendo interface entre os equipamentos DTE / DCE para operação no modo síncrono em redes publicas de dados, ex : RDSI;

Interface X.21 bis : transmissão analógica, utilizada para equipamentos terminais de dados ( DTE ) em redes publicas de transmissão de dados que fazem interface com modems síncronos, ex: protocolo X.25.

A tabela 4.0 apresenta os padrões referenciados nessas

recomendações e indica como eles relacionam-se entre si.

PADRÕES X.21 e X.21bis Características X.21

(transmissão digital)

X.21 bis

(transmissão analógica com menos de 20 Kbps)

X.21 bis

(transmissão analógica com mais de 20 Kbps)

Mecânicas ISO 4903 ISO 2110 ISO 2593

Elétricas V.11 (ou V.10) V.28 V.35

Funcionais X.21 V.24 V.24

Procedurais X.21 X.21 bis X.21 bis

TABELA 4.0 : Padrões para interfaces ponto a ponto X.21 / X.21bis

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REDES 12

5 CAMADA DE ENLACE

Resumidamente a função do nível de Enlace é detectar e,

opcionalmente, corrigir os erros que por ventura ocorram no nível físico durante a

transmissão dos bits, os quais, podem sofrer alterações indesejáveis provocadas por

uma série de razões como : ruído eletromagnético, perda de sincronismo entre

transmissor e receptor, defeitos nos componentes que implementam os circuitos de

transmissão e recepção, etc.

De uma forma mais ampla as funções da camada de enlace oferecidas

à camada física podem ser apresentadas como sendo:

Estabelecimento e liberação da conexão de enlace sobre conexões físicas.

Splitting da conexão de enlace, o que permite que exista uma conexão de enlace sobre várias conexões físicas.

Montagem e delimitação de quadros ( o termo quadro é comumente empregado em lugar de DLPDU- Data Link Protocol Data Unit ) : esta função é também conhecida como framing. A camada de enlace deve ser capaz de montar quadros (frames) a partir das unidades de dados de serviço (DLSDU - Data Link Service Data Unit) recebidas da camada de rede e de reconhecer quadros nas cadeias de bits recebidas da camada física.

Controle de sequência : as unidades de dados de serviço de enlace devem ser entregues à entidade de rede de destino na mesma ordem em que são recebidas da entidade de rede de origem.

Controle de fluxo : permite à entidade de rede receptora controlar a taxa na qual deseja receber unidades de dados de serviço de enlace (DLSDU) através de uma conexão de enlace. Isso naturalmente pode refletir na taxa na qual a camada de enlace aceita unidades de dados de serviço da entidade de rede transmissora. O objetivo principal do controle de fluxo é evitar que a entidade transmissora sobrecarregue com dados a entidade receptora. Os mecanismos mais comuns de controle

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REDES 13

de fluxo são : stop-and-wait ou positive acknowledgement (reconhecimento positivo) e sliding window (janela deslizante).

Controle de erro : a camada de enlace deve detectar erros de transmissão, de formato e de operação devidos a problemas da conexão física ou mau funcionamento da própria camada. No caso de deteção de erros, devem ser ativados mecanismos de recuperação de erros. Se tais erros forem considerados irrecuperáveis, as entidades de rede devem ser informadas. Os erros mais comumentes detectados são de perda, duplicação, não-ordenação e danificação de quadros. As técnicas de controle de erro normalmente empregadas são baseadas na numeração dos quadros, na utilização de polinômios de verificação ( por exemplo, CRC - Cyclic Redundancy Checking), quadros de reconhecimento positivo e negativo (ACK e NACK), retransmissão e temporização.

Gerenciamento : a camada de enlace deve efetuar tarefas de gerenciamento relacionadas à qualidade de serviço prestado, que é caracterizada por : tempo médio entre erros irrecuperáveis, taxa de erro residual decorrente da alteração, perda, duplicação e não-ordenação de quadros, disponibilidade de serviço, atraso de trânsito e throughput (vazão).

Como exemplo de um protocolo da camada de enlace, pode-se citar o

HDLC ( High-level Data Link Control ), antecessor de outros protocolos de enlace,

tais como : LAPB ( Link Acess Procedure Balanced ), usado em redes comutadas

por pacotes ( PSDN - Packet Switched Data Network), LAPD ( Link Acess Procedure

D-channel ), usado em redes ISDN ( Integrated Service Digital Network ) e o LLC

(Logical Link Control), usado em redes locais.

No caso especial das redes locais, a camada de enlace é subdividida

em duas subcamadas : subcamada MAC ( Medium Access Control) e a subcamada

LLC (Logical Link Control). Isto será tratado nos capítulos seguintes.

5.1 TIPOS DE SERVIÇOS O nível de enlace pode fornecer ao nível de rede três tipos de serviços,

ou seja:

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REDES 14

Serviço sem conexão e sem reconhecimento

Este serviço é do tipo datagrama não-confiável e é apropriado para redes onde a taxa de erros no nível físico é muito baixa, ficando a correção dos mesmos sob a responsabilidade de níveis superiores. Um exemplo de aplicação com essa característica é a transmissão de voz em tempo real.

Serviço sem conexão com reconhecimento

É utilizado quando um pequeno volume de dados deve ser transferido de forma confiável. Nesse caso, não é aconselhável utilizar o serviço orientado à conexão porque o tempo gasto para estabelecer e encerrar a conexão é significativo em relação ao tempo efetivo de transmissão de dados. O receptor responde ao transmissor enviando quadros de reconhecimento das mensagens recebidas corretamente ( reconhecimento positivo ) ou com erros (reconhecimento negativo).

Serviço orientado à conexão

Nesse serviço o nível de enlace garante que os quadros transmitidos são entregues ao receptor sem erros e na ordem em que foram transmitidos.

5.2 CONTROLE DE ERROS NO ENLACE Para que o nível de Enlace possa detectar e corrigir erros que ocorram

no nível físico, a cadeia de bits enviada ao nível de enlace é organizada em

conjuntos de bits denominados quadros.

Na montagem dos quadros, o nível de enlace acrescenta uma

sequência de bits adicionais denominados Frame Check Sequence ( FCS ), cuja

função é permitir a deteção de erros. Os bits adicionais são computados através de

um algoritmo (teste de redundância cíclica, paridade, etc...) que recebe como

entrada os bits do quadro e fornece como resultado o FCS.

Quando o quadro é recebido pelo destinatário, o FCS é computado e

comparado ao FCS recebido no quadro; se forem diferentes, o nível de enlace

conclui que ocorreu um erro durante a transmissão. Uma vez detectado o erro, o

quadro é descartado e opcionalmente enviado um aviso ao sistema que o transmitiu.

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REDES 15

5.2.1 ALGORITMO DE BIT ALTERNADO (STOP-AND-WAIT) No algoritmo de bit alternado o transmissor só envia um novo quadro

quando recebe o reconhecimento do quadro enviado anteriormente. Considerando

que os quadros podem ser transmitidos mais de uma vez, é necessário numera-los

para que o receptor possa distinguir quadros originais de retransmissões.

A técnica de bit alternado oferece uma solução simples porém

ineficiente para o controle de erro, pois, enquanto o transmissor espera por

reconhecimento o canal de comunicação não é utilizado. A figura 5.1 mostra um

exemplo de troca de quadros com base no protocolo de bit alternado.

ACK 0

ACK 0

Quadro 1

Quadro 1Quadro 1

ACK 1 ACK 1

Quadro 1

ACK 1ACK 1

Quadro 0 Quadro 0

Quadro 1FALHA

FALHA

Quadro 1

TRANSMISSOR RECEPTOR

INTERVALOSDE TIMEOUT

T

FIGURA 5.1 : Controle de Erro por Timeout do Algoritmo de Bit Alternado (stop-and-wait)

5.2.2 JANELA N COM RETRANSMISSÃO INTEGRAL (GO-BACK-N) Para aumentar a eficiência na utilização dos canais de comunicação

foram elaborados protocolos que permitem que o transmissor envie diversos

quadros mesmo sem ter recebido reconhecimentos dos quadros anteriormente

enviados. O número máximo de quadros, devidamente numerados, que podem

ser enviados sem que tenha chegado um reconhecimento define a largura da

janela de transmissão.

Como no protocolo de bit alternado, o transmissor fica sabendo que

ocorreu um erro em um quadro por ele enviado quando seu reconhecimento não

chega, após decorrido um intervalo de tempo determinado. Nesse caso, dois

procedimentos podem ser implementados para recuperar o erro:

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REDES 16

Retransmissão Integral : todos os quadros a partir do que não foi reconhecido são retransmitidos.

Retransmissão Seletiva : apenas o quadro que não foi reconhecido é retransmitido

O transmissor ao receber o reconhecimento do quadro n, conclui que

ele, e os quadros enviados antes dele, foram recebidos corretamente. Estes dois

tipos de retransmissão são ilustrados na figura 5.2.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 2 3 4 5 6 7 8

0 1 E 3 4 5 6 7 8 2 3 4 5 6 7

A7A2A1

QUADROS DESCARTADOS

INTERVALO DE TIMEOUT

A5

9 1

8 9

A ) PROTOCOLO COM RETRANSMISSÃO INTEGRAL

0 1 2 3 4 5 6 7 8 2 3 4 5 6 9 1 1 1

0 1 E 3 4 5 6 7 8 2 3 4 5 6 9 1 1

A9A8A1A0

QUADROS BUFFERIZADOS QUADROS DESCARTADOS

INTERVALO DE TIMEOUT

INTERVALO DE TIMEOUT

INTERVALO DE TIMEOUT

B ) PROTOCOLO COM RETRANSMISSÃO SELETIVA

FIGURA 5.2 : Correção de Erros em Protocolos de Janela n ( go-back-n ).

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REDES 17

6 MÉTODOS DE ACESSO AO MEIO

Os métodos de acesso ao meio são especialmente importantes nas

LANs, pois praticamente todas utilizam um canal multiacesso como base para a sua

comunicação.

Os métodos de acesso podem ser divididos em dois grupos:

Métodos baseados em contenção.

Métodos de acesso ordenado sem contenção.

6.1 ACESSO BASEADO EM CONTENÇÃO Numa rede baseada em contenção não existe uma ordem de acesso e

nada impede que uma ou mais estações transmitam simultaneamente provocando

colisão, o que acarretará, geralmente, a perda das mensagens. A estratégia de

controle de contenção consiste do fato de que uma estação tem que detectar uma

colisão e retransmitir a mensagem.

Existem algumas premissas fundamentais, nas quais se apoiam o

desenvolvimento dos protocolos de acesso ao meio baseados em contenção.

A seguir serão apresentados alguns tipos de métodos de acesso ao

meio baseados em contenção.

6.1.1 PROTOCOLO ALOHA PURO Nos anos 70, Normam Abramson e seus colegas na Universidade do

Havaí inventaram um método elegante de resolver o problema de alocação do canal.

Desde então, o trabalho deles tem sido estendido por muitos pesquisadores. Muito

embora o trabalho de Abramson, chamado de sistema ALOHA, utilizasse difusão de

rádio baseada em terra, a idéia básica é aplicável a qualquer sistema no qual

usuários descoordenados competem pelo uso de um único canal compartilhado.

Um esboço da geração de quadros em um sistema ALOHA puro está

na figura 6.1.

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REDES 18

A

B

C

D

E

USUÁRIO

TEMPO

FIGURA 6.1 : Transmissão Aleatória de Quadros no ALOHA Puro.

Seja o “tempo de quadro” o tempo necessário para transmitir o quadro

padrão de comprimento fixo (i.e., o comprimento do quadro dividido pela taxa de

bits). Nesse ponto, será assumido que a população infinita de usuários gera novos

quadros conforme uma distribuição de Poisson. Além dos quadros novos, as

estações também geram retransmissões dos quadros que sofreram colisões prévias.

Admita adicionalmente que a probabilidade de k tentativas de

transmissão por tempo de quadro, combinando as antigas e novas, também segue

uma distribuição de Poisson, com média G por tempo de quadro.

Um quadro não sofre colisão se nenhum outro quadro é transmitido

dentro de um tempo de quadro a partir do seu começo, como mostra a figura 6.2.

A probabilidade de que k quadros sejam gerados em um determinado

tempo de quadro é dado pela distribuição de Poisson:

[ ]Pr!

k G ek

k G

=−

Onde: k = No. de quadros

G= média de tempo de quadro

Colide com o iníciodo quadro sombrado

Colide com o fimdo quadro sombrado

t

t o t o + t t o + 2t t o + 3t Tempo

Vulnerável

FIGURA 6.2 : Período de Vulnerabilidade de um Quadro no Protocolo ALOHA Puro

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REDES 19

A relação entre o tráfego oferecido e o throughput é mostrada na figura

6.3. O throughput máximo ocorre em G = 0,5, o que é aproximadamente 0,184, ou

seja, o melhor que podemos esperar é uma utilização do canal de 18%.

6.1.2 PROTOCOLO ALOHA COM ABERTURAS Em 1972, Roberts publicou um método para duplicar a capacidade do

sistema ALOHA. A sua proposta era dividir o tempo em intervalos discretos, cada

intervalo correspondendo a um quadro.

Uma forma de alcançar a sincronização entre os usuários seria ter uma

estação especial emitindo um aviso sonoro no começo de cada intervalo, como um

relógio.

A figura 6.4 mostra o funcionamento dos métodos Aloha Puro e Aloha

com aberturas.

A

B

C

A

B

C

ALOHA

SLOTTED-ALOHA

FIGURA 6.4 : Técnicas de Controle de Acesso ao Meio para o ALOHA Puro e com Aberturas.

0.10

0.20

0.30

0.40 Aloha com Aberturas: S = Ge -G

Aloha Puro: S = Ge 2G

0 0.5 1.0 1.5 2.0 3.0

G ( Média de tempo de quadro )

S( throughputpor tempo

de quadro )

FIGURA 6.3 : Média de Tempo de Quadro X Throughput nos Protocolos ALOHA.

No ALOHA com aberturas, ocorre um pico em G=1, com throughput de

aproximadamente S=0,368, ou seja, 37% o dobro do ALOHA puro, porém, assim

mesmo, mostra-se um método de pouca eficiência.

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REDES 20

6.1.3 CSMA PERSISTENTE E NÃO-PERSISTENTE

Os protocolos nos quais as estações procuram escutar uma portadora

para começar a transmitir, são chamados protocolos com deteção de portadora

(Carrier Sense Protocols).

CSMA-persistente

O CSMA-persistente (Carrier Sense Multiple Acess - Acesso Múltiplo

com Deteção de Portadora) com as seguintes características.

Quando uma estação tem dados a transmitir, ela primeiro escuta o

canal para determinar se alguém mais está transmitindo. Se o canal estiver ocupado,

a estação espera até que ele se desocupe. Quando a estação detecta um canal

desocupado, ela transmite o quadro. Se uma colisão ocorre, a estação espera um

intervalo aleatório de tempo e começa de novo a tentar transmitir

CSMA não-persistente

Neste protocolo, antes de transmitir, uma estação escuta o canal. Se

ninguém estiver transmitindo, a estação começa ela própria a transmitir. No entanto,

se o canal estiver em uso, a estação não permanece escutando continuamente com

o propósito de se apoderar de imediato do canal após perceber que a transmissão

anterior encerrou. Em vez disso, ela espera um intervalo aleatório de tempo e então

repete o algoritmo. Intuitivamente, esse protocolo deveria levar a uma melhor

utilização do canal, comparado com o CSMA-persistente. A figura 6.5 mostra o

throughput versus o tráfego oferecido para os protocolos CSMAs e ALOHA.

CSMA - não persistente

ALHOA com AberturasALHOA Puro

1.0

0.9

0.8

0.7

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

00 1 2 3 4 5 6 7 8

G

S

CSMA 1 - persistente

9

FIGURA 6.5 : Média de Tempo de Quadro X Throughput em Protocolos ALOHA e CSMA.

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REDES 21

6.1.4 CSMA COM DETEÇÃO DE COLISÕES Protocolos CSMA persistentes e não-persistentes são claramente uma

melhoria com respeito ao ALOHA, porque eles garantem que nenhuma estação

começa a transmitir quando percebe que o canal está ocupado.

No método CSMA/CD ( Carrier Sense Multiple Access with Collision

Detection ) a deteção de colisão é realizada durante a transmissão. Ao transmitir, um

nó fica o tempo todo escutando o meio e, notando uma colisão, aborta a

transmissão. Detectada a colisão, a estação espera por um tempo para tentar a

retransmissão.

O CSMA/CD, utiliza o modelo conceitual apresentado na figura 6.6.

Quadro Quadro Quadro Quadro

t 0 t 1 Aberturas decontenção

InativoIntervalo decontenção

Tempo

FIGURA 6.6 : Estados do Protocolo CSMA/CD (contenção, transmissão e inativo).

No ponto t0 , uma estação terminou a transmissão de um quadro. Uma

outra estação com um quadro para ser enviado pode transmiti-lo. Se duas ou mais

estações decidem transmitir simultaneamente, haverá colisão. Cada uma detectará a

colisão, abortará a sua transmissão, esperará um intervalo aleatório de tempo e

tentará novamente, assumindo que nenhuma outra estação tenha começado a

transmitir no intervalo.

Dessa forma, o modelo CSMA/CD consiste em períodos alternados de

contenção e transmissão, com outros inativos acontecendo quando todas as

estações estiverem quietas (devido a falta de trabalho).

Devido ao fato de o tempo de propagação no meio ser finito, para que

possa haver deteção de colisão por todas as estações transmissoras, um quadro

deve possuir um tamanho mínimo. Considere o seguinte cenário de pior caso.

Seja τ o tempo de propagação do sinal entre duas estações mais

distantes. Em t0 , uma estação começa a transmitir. Em τ - ε, um instante antes do

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REDES 22

sinal chegar à estação mais distante, essa estação também começa a transmitir,

conforme ilustrado na figura 6.7.

BAINÍCIO DA TRANSMISSÃO

B Detecta meio livre einicia transmissão

B Detecta a colisão

A B

BA

BA

A Detecta a colisão

FIGURA 6.7 : Colisão em redes com CSMA/CD em Banda Básica.

É claro que esta última detecta a colisão quase instantaneamente e

pára, mas a pequena rajada de ruído causada pela colisão só chega de volta à

primeira estação no tempo 2τ - ε. Em outras palavras, no pior caso uma estação só

poderá ter certeza de ter se apoderado do canal após transmitir durante 2τ sem

escutar uma colisão. Por este motivo o intervalo de contenção do modelo CSMA/CD

é modelado com aberturas do tamanho 2τ.

Para exemplificar pode ser citado um exemplo: em um cabo coaxial de

com Vt = 0,667C e comprimento S = 1Km, τ = 5µs

Para redes transmitindo em banda básica a seguinte relação deverá

ser observada para que haja deteção de colisão:

Q ≥ 2 T τ Q = tamanho do quadro (bits) T = taxa de transmissão (bits / seg) τ = tempo de propagação (seg.)

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REDES 23

É importante notar que a deteção de colisões é um processo analógico.

O hardware da estação deve escutar o cabo enquanto estiver transmitindo. Se o que

lê de volta é diferente do que está transmitindo, a estação sabe que a colisão está

ocorrendo. A implicação é que a codificação do sinal deve permitir a deteção de

colisões ( i.e., a colisão de dois sinais de 0 volts pode ser impossível de ser

detectada). Por essa razão normalmente se utiliza a codificação Manchester.

Conforme definido no algoritmo CSMA/CD, detetada uma colisão a

estação espera por um tempo para tentar retransmitir. duas técnicas de

retransmissão são mais utilizadas.

Espera Aleatória Truncada ( Truncated Exponential Back Off ): nessa técnica, a estação, ao detectar uma colisão, espera por um tempo aleatório que vai de zero a um limite superior, de forma a minimizar a probabilidade de colisões repetidas. Com a finalidade de controlar o canal e mantê-lo estável mesmo com tráfego alto, o limite superior é dobrado a cada colisão sucessiva. Esse algoritmo tem retardo de retransmissão pequeno no começo, mas que cresce rapidamente, impedindo a sobrecarga da rede. Se após algumas retransmissões as colisões ainda persistirem, a transmissão é finalmente abortada.

Retransmissão Ordenada ( Oderly Back Off ) : nessa técnica, após a deteção de uma colisão todas estações só podem começar a transmitir em intervalos de tempo pré-alocados para as mesmas. Terminada a transmissão das mensagens colididas, o direito de transmissão é passado sucessivamente de estação a estação até que o instante que ocorra uma transmissão por alguma estação, quando o algoritmo CSMA/CD é retomado.

O CSMA/CD não exige o reconhecimento de mensagens para a

retransmissão, podendo-se assim deixar para níveis superiores de protocolo a

garantia da entrega de mensagens. Várias redes optam assim por deixar esses

reconhecimentos para níveis superiores de protocolo, garantindo nesse nível apenas

uma grande probabilidade na entrega dos quadros.

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REDES 24

6.2 ACESSO ORDENADO SEM CONTENÇÃO Ao contrário dois esquemas anteriormente apresentados, vários

protocolos são baseados no acesso ordenado ao meio de comunicação, evitando o

problema da colisão. Cada método é mais adequado a um determinado tipo de

topologia, embora nada impeça seu uso em outras arquiteturas.

A seguir serão apresentados alguns dos métodos mais usuais para

acesso ordenado sem contenção

6.2.1 POLLING O acesso por polling é geralmente usado na topologia barra comum.

Nesse método as estações conectadas à rede só transmitem quando interrogadas

pelo controlador da rede, que é uma estação centralizada. Se não tiver quadro para

transmitir, a estação interrogada envia um quadro de status, simplesmente avisando

ao controlador que está em operação.

6.2.2 PASSAGEM DE PERMISSÃO EM BARRA (TOKEN BUS) Nas redes em barra, quando uma estação transmite ela passa a

permissão (identificação) para a próxima estação, assim que a transmissão atual

termina. A permissão é um padrão variável ( a identificação da próxima estação )

que é passado de estação a estação até que se feche o ciclo, que então recomeça,

simulando um anel virtual, no qual a ordem física das estações independe da ordem

lógica.

Esse esquema requer que várias funções sejam realizadas (de forma

centralizada ou distribuída) para seu funcionamento correto. No mínimo as seguintes

funções devem ser realizadas:

Adição e Retirada do Anel Virtual : estações fora da rede devem ter a oportunidade de serem inseridas no anel virtual, e as estações devem poder se retirar do anel virtual, evitando assim a passagem desnecessária da permissão quando estão fora da rede.

Gerenciamento de Falhas : uma série de situações de falha podem ocorrer, como por exemplo : duas ou mais estações podem ter endereços duplicados e, ao receberem a permissão, transmitem sempre em conjunto, causando colisão e perda da próxima permissão. A perda de permissão pode também

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REDES 25

ocorrer quando nenhuma estação pensa que é a sua vez de transmitir, deteriorização da permissão por ruídos, falhas no transmissor, falhas na estação de recepção, ou ainda pela permissão ter sido passada a uma estação que não está na rede.

Iniciação do Anel Virtual : na partida da rede, ou em caso de falhas que exigem uma reiniciação do anel, algum algoritmo deve ser utilizado para criação do anel virtual e da permissão.

Dessa forma fica claro o método de passagem de permissão em barra

é muito complexo. Uma desvantagem da passagem de permissão em barra é o

overhead envolvido quando o tráfego é baixo. Uma estação pode ter que esperar por

várias passagens de permissões para estações que não têm nada a transmitir, antes

de receber a permissão.

6.2.3 PASSAGEM DE PERMISSÃO EM ANEL (TOKEN RING) A passagem de permissão em anel baseia-se em um pequeno quadro

contendo a permissão (um padrão fixo), que circula pelo anel, chamada permissão

livre. Ao querer transmitir, uma estação espera pela transmissão livre. Ao recebê-la,

a estação altera o padrão para permissão ocupada e transmite seus dados logo a

seguir. A estação transmissora é responsável pela retirada de sua mensagem do

anel e pela inserção de nova permissão livre. O momento da inserção de uma

permissão livre no anel varia conforme o tipo de operação, que pode ser de três

tipos: single packet, single token e multiple token.

No modo single packet o transmissor só insere uma permissão livre no

anel depois que receber de volta a permissão ocupada e retirar sua mensagem do

anel. Nesse tipo de operação, em dado instante, apenas um quadro e uma

permissão são encontrados circulando no anel. A figura 6.8 ilustra este modo de

operação.

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REDES 26

a) Estação recebe permissão livre

TR

b) Estação muda permissão para ocupada

R T

c) Estação transmite mensagem

d) Estação retira sua mensagem do anel

R TR T

e) Estação insere permissão livre no anel

R T

FIGURA 6.8 : Método de Acesso Token Ring Single Packet.

6.2.4 DQDB - DISTRIBUTED QUEUE DUAL BUS Segundo definição do grupo IEEE 802.6, o propósito de uma rede

metropolitana (MAN) é prover serviços integrados, tais como texto, voz e vídeo, em

uma grande área geográfica. A sub-rede DQDB ( ISO 94 ) consiste de duas barras

uniderecionais interconectando, ponto a ponto, vários nós, conforme ilustra a figura

6.9. As barras, denominadas barras A e B, suportam a comunicação em direções

opostas, oferecendo um caminho full duplex entre qualquer par de estações.

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REDES 27

21 3 N

BARRA A

BARRA BT

T

GERADORDE

QUADROGERADOR

DEQUADRO

Bit de Ocupação

Bit de Ocupação

UNIDADEDE

ACESSO

BARRA B BARRA B

ESCRITALEITURA

ESCRITA

BARRA ABARRA A

LEITURA

FIGURA 6.9 : A Sub-Rede DQDB.

Os nós da sub-rede consistem em uma unidade de acesso,

responsável pela realização do protocolo DQDB, e conexões de leitura e escrita, a

cada uma das barras. A escrita de dados na barra se dá através de um OU lógico

entre o dado recebido e o dado da unidade de acesso.

Para transmissão, a barra DQDB é segmentada no tempo, em slots de

tamanhos fixos ( tempo da duração da transmissão de 53 octetos ). Cada

transmissão deve ser feita dentro de um slot. A unidade de dados que pode ser

transmitida dentro de um slot é chamada de célula DQDB. Em cada barra, a primeira

estação na direção do fluxo é responsável pela geração dos slots. Sob condições

normais, existe uma única fonte de temporização para as duas barras. Isto é

necessário para manter estável a operação do mecanismo de acesso de filas

distribuídas e para assegurar o serviço isócrono

Uma extensão da arquitetura de dupla barra é a topologia em barra

circular ilustrada na figura 6.10, onde os pontos de início e fim de barra são alocados

à mesma estação. Deve ser observado que embora esta topologia pareça com um

anel, ela é de fato uma barra, pois não existe fluxo de informações do ponto terminal

para o ponto inicial. Essa arquitetura é particularmente interessante, pois permite a

reconfiguração da sub-rede em caso de falha, mantendo a sub-rede completamente

operacional.

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REDES 28

RepA

B

Rep Rep Rep Rep Rep

Rep Rep Rep

B

ARep

FIGURA 6.10 : Topologia DQDB em Dupla Barra Circular.

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REDES 29

7 PADRÕES PARA NÍVEIS FÍSICO E DE ENLACE EM LANS

Com o propósito de elaborar padrões para as Redes Locais de

Computadores ( LAN - Local Area Network ), o IEEE ( Institute of Electrical and

Eletronics Engineers ) iniciou em 1980 a elaboração do projeto IEEE 802, o qual

desenvolveu um conjunto de padrões que foram adotados como padrões nacionais

americanos pelo ANSI ( American National Standards Institute ). Esses padrões

foram posteriormente revisados e republicados pela ISO ( International Organization

for Standardization ) como padrões internacionais, com a designação ISO 8802.

A figura 7.1 apresenta a relação entre o IEEE 802 e o RM-OSI.

OSI IEEE

802.1

802.2

802.3 802.4 802.5 802.6

ENLACE

FÍSICO

LLC

MAC

FIGURA 7.1 : Relação entre Padrões IEEE e RM-OSI.

O padrão IEEE 802.1 é um documento que descreve o relacionamento

entre os diversos padrões IEEE 802, e o relacionamento deles com o modelo de

referência OSI. Esse documento contém também padrões para gerenciamento da

rede e informações para ligação inter-redes.

O padrão ANSI/IEEE 802.2 ( ISO 8802/2 ) descreve a subcamada

superior do nível de enlace, que utiliza o protocolo Logical Link Control Protocol.

Os outros padrões especificam diferentes opções de nível físico e

protocolos da subcamada MAC para diferentes tecnologias de rede locais, como

descrito abaixo:

Padrão IEEE 802.3 (ISO 8802/3), rede em barra utilizando CSMA/CD como método de acesso.

Padrão IEEE802.4 (ISO8802/4), rede em barra utilizando passagem de permissão como método de acesso.

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REDES 30

Padrão IEEE 802.5 (ISO 8802/5), rede em anel utilizando passagem de permissão como método de acesso.

Padrão IEEE 802.6 (ISO 8802/6), rede em barra utilizando o Distributed Queue Dual Bus (DQDB) como método de acesso.

7.1 PROTOCOLO - LLC ( PADRÃO IEEE 802.2 )

O padrão ANSI/IEEE 802.2 (ISO 8802-2) descreve as funções do

protocolo de controle lógico do enlace ( Logical Link Control ), comum aos vários

métodos de acesso definidos na família de padrões IEEE802. Este item descreve de

maneira resumida o padrão IEEE 802.2. Para maiores detalhes, referir-se

diretamente à norma.

7.1.1 MULTIPLEXAÇÃO A multiplexação do acesso ao meio físico no nível de enlace é

realizado através da definição de Pontos de Acesso a Serviços (Service Access

Points - SAPs). Os protocolos MAC, através dos endereços MAC carregados no

cabeçalho de todos os quadros, identificam a estação origem e de destino do

quadro. O endereço MAC identifica um ponto de conexão física na rede.

Analogamente, campos de endereço no protocolo LLC, identificam o

SAP de origem ( Source Service Access Point - SSAP ) e os de destino ( Destination

Service Access Point - DSAPs ). O endereço SAP identifica um usuário do nível de

enlace (entidade a nível de rede), permitindo assim a realização da multiplexação

ilustrada na figura 7.2.

USUÁRIO

USUÁRIO

USUÁRIO

1 2 3

( ) ( ) ( )

MAC

FÍSICO

LLC

USUÁRIO

1 2( ) ( )

MAC

FÍSICO

LLC

Endereço LLC(SAP) USUÁRIO

REDE

Endereço MAC

FIGURA 7.2 : Endereços MAC e LLC.

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REDES 31

Os campos DSAP e SSAP de um quadro, ou PDU (protocol Data Unit)

LLC, contêm endereços de 7 bits. O bit menos significativo no campo Dsap indica se

o endereço é individual ou de grupo, e no campo SSAP indica se o quadro carrega

um comando ou uma resposta. A figura 7.3 mostra o formato de uma PDU LLC, a

qual é transportada na unidade de dados do quadro MAC.

DSAP SSAP CONTROLE DADOS

8 Bits 8 Bits 6 ou 8 Bits N ou 8 Bits

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 - 16

N(S) P/F N(R)0

P/F N(R)1 0 S S X XX

P/F1 1 M M M M M

a) Formato do quadro

b) Formato do campo de controle

Formato de Transferênciade informação ( I )

Formato de Supervisão ( S )

Formato Não-Numerado ( U )

N(S) - número de seqüência da PDU transmitidaN(R) - número de seqüência da PDU esperadaS - bits de função de supervisãoM - bits identificadores de comando não-numeradoX - bits reservadosP/F - (P = 1) solicitação de resposta imediata (F = 1) indicador de resposta de solicitação imediata

FIGURA 7.3 : Formato dos Quadros LLC.

7.2 PADRÃO IEEE 802.3 ( CSMA/CD )

7.2.1 PROTOCOLO DA CAMADA ENLACE

A figura 7.4 apresenta o formato do quadro MAC associado ao quadro

LLC para o padrão IEEE 802.3 CSMA/CD. Cada quadro começa com um preâmbulo

de 7 bytes, cada qual contendo o padrão de bits 10101010, na codificação

Manchester, o que permite que o relógio do receptor se sincronize com o do

transmissor. A seguir existe uma sequência delimitadora de quadro (SFD) contendo

o valor 10101011, que indica o início do quadro propriamente dito.

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REDES 32

MENSAGEMDados

0 ~ 1500 Bytes

Preâmbulo7 bytes

SFDByte

Delimit.

Destino6 bytes

Tamanho2 bytes

Origem6 bytes

Preenchimento0 ~ 38 bytes

ByteDSAP

ByteSSAP

Controle2 bytes

Frame LLC IEEE 802.2

Frame MAC IEEE 802.3

DADOSFCS

4 bytes

FIGURA 7.4 : Estrutura do Quadro IEEE 802.3 ( 10 Mbps ).

O quadro contém dois endereços, um para o destino e outro para a

origem. O padrão permite endereços de 2 ou 6 bytes, mas os parâmetros definidos

para o padrão em banda básica a 10 Mbps usam apenas endereços de 6 bytes.

O campo de Tamanho informa quantos bytes estão presentes no

campo de dados, o qual pode conter um mínimo de 0 até um máximo de 1500 bytes.

O campo de Preenchimento é utilizado quando a soma de todos os

bytes do quadro não atingir o total de 64 bytes, o que é o mínimo necessário para

garantir uma janela de contenção de 51,2µs para o tamanho máximo admitido de

2500 metros em uma rede IEEE 802.3 CSMA/CD com quatro repetidores.

O campo de soma de verificação ( FCS - Frame Check Sequence )

constitui um campo de verificação de erros utilizando para tanto um algoritmo

verificador de redundância cíclica ( CRC - Cyclic Redundancy Check) de quatros

octetos, cujo valor é computado a partir do campo de endereço de destino (inclusive)

, tomando por base o polinômio gerador:

G (x) = x32 + x26 + x23 + x22 + x16 + x12 + x11 + x10 + x8 + x7 + x5 + x4 + x2 + x + 1

7.2.2 NÍVEL FÍSICO O padrão IEEE 802.3 define várias opções de meio físico e taxa de

transmissão. Essas opções são especificadas da seguinte forma :

<taxa de transmissão> | <técnica de sinalização> | <tamanho máximo do segmento * 100>

Exemplo : 10BASE5 = taxa de transmissão de 10Mbps, técnica de

sinalização é banda básica, comprimento máximo de segmento de 500 metros.

A seguir são apresentadas algumas especificações de meio físico

utilizados pela IEEE 802.3.

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REDES 33

a) Especificação 10BASE5 ( ETHERNET )

A especificação 10BASE5 define as características funcionais, elétricas

e mecânicas da unidade de conexão do meio - MAU ( Medium Attachment Unit ). A

figura 7.5 apresenta as componentes usadas para ligar uma estação à rede local

segundo a especificação 10BASE5.

Conector "N" Macho

Conector de pressão(MDI)

Cabo Coaxial Grosso

Terminador 50 ohmConector AUIde 15 pinos

Interface 802.3 comMAU externo

Cabo AUI

FIGURA 7.5 : Conexão de uma Estação a uma Rede IEEE 802.3 ( 10 BASE 5 ).

A tabela 7.1 descreve as características da especificação 10BASE5.

ITEM CARACTERÍSTICA

Meio de transmissão Cabo coaxial grosso ~1,2cm de Ø com impedância de 50Ω ± 2.

Terminadores de cabo Impedância 50Ω ± 1. Atenuação do cabo Máximo 9 dB à cada 500m, medida a 10Mhz. Velocidade de propagação mínima V = 0,77C. Comprimento máximo do cabo 500 metros Taxa de transmissão máxima 10 Mbps Codificação de banda básica Manchester Taxa de erro de bit - TEB TEB ≤ 1*10E-08 Resistência elétrica entre MAU e o cabo Res.( MAU / cabo ) ≥ 100 Kohms Distância entre estações Múltiplos de 2,5m, para evitar soma em fase das

reflexões. Número máximo de estações 100 estações. Mecanismo MDI (entre MAU / cabo ) conector de pressão Comprimento do cabo AUI Máximo 50 metros. Número máximo de repetidores. 04 repetidores de sinais. Comprimento máximo da rede com 4 repetidores. 2,5 KM ( somente 3 dos 5 segmentos podem

estar povoados)

TABELA 7.1 : Características da especificação 10BASE5

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REDES 34

b) Especificação 10BASE2 (Cheapernet )

A especificação 10BASE2 foi elaborada com o intuito de prover um

meio simples, barato e flexível de ligar dispositivos ao meio físico de transmissão de

uma rede local de computadores.

Conector BNC Macho

Cabo Coaxial Fino

Terminador BNC Macho 50 ohm

MDI BNC Fêmea

Interface 802.3 comMAU interno

Conector TBNC

FIGURA 7.6 : Conexão de uma Estação a uma Rede IEEE 802.3 ( 10 BASE 2 ).

A tabela 7.2 descreve as características da especificação 10BASE2.

ITEM CARACTERÍSTICA Meio de transmissão Cabo coaxial fino ~0,5cm de Ø com impedância

de 50Ω ± 2. Terminadores de cabo Impedância 50Ω ± 1. Atenuação do cabo Máximo 8,5 dBm à cada 185m, medida a 10Mhz. Velocidade de propagação mínima V = 0,65C. Comprimento máximo do cabo 185 metros Taxa de transmissão máxima 10 Mbps Codificação de banda básica Manchester Taxa de erro de bit - TEB TEB ≤ 1*10E-07 Mecanismo MDI (entre MAU / cabo ) conector de BNC tipo T fêmea. Impedância do conector BNC - T fêmea 50 ohms constante. Número máximo de estações 30 estações. Distância entre estações Mínimo de 0,5 metro. Número máximo de repetidores. 04 repetidores de sinais. Comprimento máximo da rede com 4 repetidores. 925 metros ( somente 3 dos 5 segmentos podem

estar povoados)

TABELA 7.2 : Características da especificação 10BASE2

c) Especificação 10BASET

A especificação 10BASE-T define as características funcionais,

elétricas e mecânicas 10BASE-T. O objetivo do 10 BASE-T é fornecer um meio

simples, barato e flexível de ligar dispositivos ao meio físico de transmissão. A

especificação 10BASE-T é dirigida a aplicações em escritórios onde já existem

cabos com pares trançados ( Twisted-pair ) instalados, sendo este o do “T” junto ao

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REDES 35

título. A figura 7.8 mostra uma estação ligada a uma hub que possui seis portas, a

sexta porta pode ser usada para ligação de um segmento 10BASE5 através do

conector AUI, ou de um segmento 10BASE2 através do conector BNC.

Conector AUIde 15 pinos

Interface 802.3 comMAU interno

R

Conector AUI15 Pinos

Conector BNC

Plugs RJ-45

Par trançado

12345678

Transmit Data + ...... TD +Transmit Data - ...... TD -Receive Data + ...... RD +Not Used ..............Not Used ..............Received Data - ...... RD -Not Used ..............Not Used ..............

Pinagem RJ - 45

FIGURA 7.8 : Conexão de uma estação à Rede IEEE 802.3 ( 10 BASE T ).

A tabela 7.3 descreve as características da especificação 10BASE-T.

ITEM CARACTERÍSTICA Meio de transmissão Par trançado comum ( fio de telefone com 0,5 mm

de diâmetro ). Comprimento máximo do cabo 100 metros Taxa de transmissão máxima 10 Mbps Codificação de banda básica Manchester Taxa de erro de bit - TEB TEB ≤ 1*10E-07 – cabo categoria 5 Mecanismo MDI (entre MAU / HUB ) 2 pares trançados ( TX e RX ). Número máximo de estações para conexão com hubs

Dependente da eficiência/configuração da rede.

Número máximo de repetidores. 04 repetidores de sinais. Comprimento máximo da rede com 4 repetidores. Dependente da eficiência/configuração da rede (

somente 3 dos 5 segmentos podem estar povoados)

TABELA 7.3 : Características da especificação 10BASE-T

7.3 PADRÃO IEEE 802.4 ( TOKEN BUS )

O IEEE 802.4 ( ISO 8802-4 ) é o padrão para redes em barra com

sinalização em banda larga utilizando a passagem de permissão como método de

acesso. Quatro tipos de meios em barra, com as suas entidades correspondentes de

nível físico, foram especificadas por este padrão. Eles diferem particularmente pelas

formas de sinalização especificadas para cada tipo de entidade do nível físico, como

será visto a seguir.

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REDES 36

A figura 7.9 ilustra uma conexão física em barramento. Logicamente as

estações estão organizadas em anel, com cada estação sabendo o endereço da

esquerda e da direita

17 14 20

11 713 19

Cabocoaxial embanda larga

Anel lógico

Direção domovimento do token

Esta estaçãonão está

presentemente no anel lógico

FIGURA 7.9 : Rede Token Bus em Barramento.

A figura 7.10 apresenta o formato do quadro MAC. O campo de

preâmbulo precede todos os quadros transmitidos. Ele é usado pelo modem do

receptor para ajuste de fase e nível de sinal, através do uso de um padrão

conhecido. Esse campo consta de um ou mais octetos e seu padrão de bits é

escolhido de acordo com cada sistema de modulação (ou seja, de acordo com cada

nível físico) e taxa de transmissão utilizada.

Preâmbulo SD FC DA SA Dados FCS ED

1OCTETO

1OCTETO

1OCTETO

4OCTETOS

1OCTETO

2 OU 6OCTETO

2 OU 6OCTETO

a ) Informação

b ) Aborto

SD ED

QUADRO DE CONTROLE mac 00CCCCCC

000000 000001 000010 000011 000100 001000 001100

PEDIDO-DE-PERMISSÃO SOLICITAÇÃO-DO-SUCESSOR-1 (UMA JANELA DE RESPOSTA)

SOLICITAÇÃO-DO-SUCESSOR-2 (DUAS JANELAS DE RESPOSTA) QUAL-O-PRÓXIMO (TRÊS JANELAS DE RESPOSTA)

RESOLUÇÃO-DE-CONTENÇÃO (QUATRO JANELAS DE RESPOSTA) PERMISSÃO

ESTABELECE-SUCESSOR

FIGURA 7.10 : Formato do Quadro MAC para o IEEE 802.4 ( Token Bus ).

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REDES 37

A estrutura do quadro da camada MAC requer um delimitador SD de

começo de quadro de um octeto. Esse delimitador consiste em um padrão de

sinalização que pode ser sempre distinguido dos dados.

O campo de controle de um octeto determina que tipo de quadro está

sendo enviado, de acordo com a tabela acima.

Os campos de endereços, DA e SA, podem ser de dois ou seis octetos

e têm a mesma especificação do campo de endereço do padrão IEEE802.3

anteriormente apresentado.

O campo de dados tem o conteúdo dependente do valor do campo de

controle e pode ser : (1) uma unidade de dados do protocolo LLC; (2) um quadro

para gerenciamento a nível da camada MAC; (3) um quadro de supervisão para a

realização do protocolo de acesso.

O campo FCS possui quatro octetos e tem a mesma especificação do

campo FCS do padrão IEEE802.3, anteriormente apresentado.

O campo delimitador de fim de quadro ED, consiste em um padrão de

bits que pode ser distinguido dos dados.

A sequência de aborto termina a transmissão de um quadro

prematuramente.

7.3.1 NÍVEL FÍSICO

Alguns diferentes tipos de nível físico, com meio de transmissão

adequado a seu uso, foram definidos pelo padrão ANSI/IEEE 802.4 (ISO8802-4). A

seguir é apresentado resumidamente alguns pontos principais de cada tipo de nível

físico com seu correspondente meio de transmissão.

a) Rede com Canal Único e modulação FSK - Fase Contínua

Na modulação FSK - fase contínua, o sinal na codificação Manchester

é apresentado ao modulador, que representa o nível alto pela frequência de

6,25Mhz, e o nível baixo pela frequência de 3,75Mhz.

O sinal da linha vai corresponder assim a um sinal, com a frequência

da portadora em 5Mhz, variando suavemente entre as duas frequências de

sinalização.

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REDES 38

A tabela 7.4 apresenta um sumário da Especificação do nível físico de

um canal usando modulação FSK - fase contínua.

ITEM CARACTERÍSTICA Topologia Barra bidirecional Cabo coaxial da barra 75 ohms ( por ex : RG-6 e RG-11 ) Cabo coaxial para ligação da estação à barra 35 ohms à 50 ohms ( máximo 35cm ) Conector na estação BNC 50 ohms macho Conector no cabo conector em T - 75 ohms Nível de transmissão 54dB a 60dB ( 1mV ; 37,5ohm ) Sensibilidade do receptor +24dB ( 1mV ; 37,5ohm ) Taxa de transmissão 1Mbps Frequência de nível alto 6,25 Mhz ± 0,08 MHz Frequência de nível baixo 3,75 Mhz ± 0,08 Mhz

TABELA 7.4 : Características do Padrão IEEE 802.4 (Token Bus) Utilizando um Único canal com Modulação FSK - Fase Contínua

b) Rede com Canal Único e modulação FSK - Fase Coerente

A tabela 7.5 apresenta um sumário da Especificação do nível físico de

um canal usando modulação FSK - fase coerente.

ITEM CARACTERÍSTICA Topologia Barra bidirecional Cabo coaxial da barra 75 ohms ( por ex : RG-6 ) Conector na estação série F 75 ohms fêmea Conector no cabo conector não direcional com casamento de

impedância 75 ohms Nível de transmissão 60dB a 63dB ( 1mV ; 75ohm ) Sensibilidade do receptor +15dB ( 1mV ; 75ohm ) Taxa de transmissão 5Mbps ou 10Mbps Frequência de nível alto 10MHz em 5Mbps ou 20mhz em 10Mbps Frequência de nível baixo 5mhz em 5Mbps ou 10mhz em 10Mbps

TABELA 7.5 : Características do Padrão IEEE 802.4 (Token Bus) Utilizando um Único canal com

Modulação FSK - Fase Coerente

c) Rede em banda larga

A tabela 7.6 apresenta um sumário da Especificação do nível físico da

rede de banda larga.

ITEM CARACTERÍSTICA Topologia Barra direcional com central repetidora (headend) Cabo coaxial da barra 75 ohms ( por ex : RG-6 ) Conector na estação série F 75 ohms fêmea Conector no cabo conector direcional com casamento de impedância 75

ohms Nível de transmissão +25dB a +44dB (1mV, 75ohm) em 1,5 MHz

+30dB a +50dB (1mV, 75ohm) em 6 MHz +33dB a +53dB (1mV, 75ohm) em 12 MHz

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REDES 39

Sensibilidade do receptor -16dB a +4dB (1mV, 75ohm) em 1,5 MHz -10dB a +10dB (1mV, 75ohm) em 6 MHz -7dB a +13dB (1mV, 75ohm) em 12 MHz

Largura do canal 1,5 mhz em 1 Mbps 6 mhz em 5 Mbps 12 mhz em 10 Mbps

Taxa de transmissão 1 Mbps ou 5 Mbps ou 10 Mbps Amplificadores Padrão CATV bidirecional Modulação AM / PSK

TABELA 7.6 : Características do Padrão IEEE 802.4 (Token Bus) Utilizando Rede em Banda Larga

7.4 PADRÃO IEEE 802.5 ( TOKEN RING )

Em um token ring, um padrão de bits especial, chamado de token,

circula pelo anel sempre que as estações estão ociosas. Quando uma estação

deseja transmitir um quadro, ela tem que se apoderar do token e removê-lo do anel

antes de transmitir. Dado que existe apenas um token, apenas uma estação pode

transmitir em um dado instante, resolvendo assim o problema de acesso ao canal da

mesma forma com o token bus.

7.4.1 PROTOCOLO DA CAMADA MAC A figura 7.11 apresenta os formatos dos quadros MAC.

SD FC DA SA Dados FCS ED

a ) Informação

b ) Permissão

FSAC

c ) Aborto

SD ED

SD EDAC

T MPP RRR

1 octeto

FIGURA 7.11 : Formato do Quadro MAC para o IEEE 802.5 ( Token Ring ).

Em condições normais, o primeiro bit do quadro dará a volta no anel e

retornará ao transmissor antes que todo o quadro tenha sido transmitido. Somente

um anel muito longo será capaz de conter um quadro pequeno. Conseqüentemente,

a estação transmissora deve esvaziar o anel enquanto continua a transmitir.

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REDES 40

7.4.2 NÍVEL FÍSICO A técnica de sinalização utilizada pelo nível físico é a codificação

Manchester diferencial, ilustrada na figura 7.12..

1 0 1 1 1 1 10 0 0 0FLUXO DE BITS

CODIFICAÇÃOBINÁRIA

CODIFICAÇÃOMANCHESTER

CODIFICAÇÃOMANCHESTERDIFERENCIAL

TRANSIÇÃO AQUIINDICA UM 0

AUSÊNCIA DETRANSIÇÃO AQUI

INDICA UM 1

FIGURA 7.12 : Técnicas de Codificação Manchester Diferencial usada no Token Ring.

A versão atual do padrão IEEE 802.5, especifica como meio de

transmissão o par trançado blindado ( cabo STP com 150 ohms de impedância )

operando a 4 ou 16 Mbps com no máximo 250 repetidores ligados em anel; ou o par

trançado comum ( cabo UTP ) operando a 4 Mbps com no máximo 250 repetidores

ligados em anel. A referência IEEE 92 define uma rede token ring como sendo um

sistema cuja topologia lógica é em anel e a topologia de fiação é uma estrela.

Segundo essa topologia, anel-estrela, cada estação (DTE) é conectada por uma

cabo local ( lobe cable ) a um TCU (Trunk Coupling Unit). A função do TCU é prover

os meios necessários para inserir uma estação no anel principal ou, então, retirar a

estação do anel principal atuando como um relê de bypass. Os concentradores são

ligados em série através das portas ring in e ring out, formando os anéis principal e

de reserva (backup), como ilustrado na figura 7.13

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REDES 41

Ring OUT

Concentrador

Ring IN

TCU

Estação Inserida

Estação fora do anel

Anel Backup

Anel Principal

FIGURA 7.14 : Exemplo de uma fiação Token Ring Típica.

7.5 PADRÃO IEEE 802.6 ( DQDB ) Será abordado na próxima versão deste manual

7.6 PADRÃO ANSI X3T9.5 ( FDDI ) O grupo de trabalho ANSI X3T9.5 foi formado em 1980 com a

finalidade de desenvolver uma rede de alto desempenho de propósito geral.

A FDDI ( FIBER DISTRIBUTED DATA INTERFACE - Interface de

dados distribuída em Fibra ) é uma LAN token ring de alto desempenho, que pode

ser usada da mesma forma que as LANs 802 mas, com a sua grande banda

passante; um outro uso frequente é como uma espinha dorsal para conectar LANs

de cobre, como ilustrado na figura 7.15.

Token ring

Anel FDDI

Computador

Ethernet

Ethernet

Token bus Gateway

FIGURA 7.15 : Exemplo de um Anel FDDI utilizado como Espinha Dorsal para Conectar LANs.

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REDES 42

FDDI é uma rede em duplo anel usando fibra óptica como meio físico

para transmissão da dados a uma taxa de 100 Mbps. A transmissão se faz com

díodos de luz (LED), transmitindo em comprimento de onda de 1300 nanometros.

A conexão aos dois cabos ( dois anéis ) de fibra é realizada através de

conectores duplex polarizados. Cada estação pode-se ligar diretamente ao meio

através da conexão aos dois anéis ( estações de classe A ), sendo exigido nesse

caso dois cabos duplex, um para cada estação adjacente. Conexões mais simples

podem ser realizadas ( estações de classe B ), requerendo apenas um cabo duplex,

mas, por questão de confiabilidade, aconselha-se a conexão de tais estações,

através de um concentrador se ligando aos dois anéis. Também os concentradores

têm características análogas às estações de classe A e B para ligação ao duplo

anel. A figura 7.16 mostra a arquitetura física da FDDI.

Estação deClasse B

(SAS)

Estação deClasse B

(SAS)

Estação deClasse B

(SAS)

Estação deClasse B

(SAS)

Concentradorde ConexãoÙnica (SAC)

Estação deClasse A

(DAS)

Estação deClasse A

(DAS)B A

MACMAC

M M

Estação deClasse B

(SAS)

Estação deClasse B

(SAS)

M

Estação deClasse B

(SAS)

Concentrador deConexão Dupla (DAC)

Concentradorde Conexão Dupla

(DAC)

Estação deClasse A

(DAS)

Anel PrimárioAnel Secundário

FIGURA 7.16 : Arquitetura Física da FDDI.

A FDDI usa três técnicas para aumentar sua confiabilidade : chaves

de bypass, duplo anel e concentradores. Toda conexão é provida de chaves de

bypass, de forma a desconectar da rede as estações em falha. A rede consiste em

dois anéis em direções contrárias, com um dos anéis só funcionando em caso de

falha de estação ou no enlace. Caso ocorra uma falha, os anéis se fundem em um

único, de aproximadamente o dobro da distância

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REDES 43

A codificação usada para transmissão dos símbolos é a NRZI 4para 5.

A figura 7.17 mostra a codificação NRZI junto com a codificação Manchester.

0 1 0 0 0 111 0 1 0

Relógio

Bits

Manchester

NRZI

NRZ

FIGURA 7.17 : Codificação NRZI utilizada pela FDDI

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REDES 44

8 PADRÕES PARA NÍVEIS FÍSICO E DE ENLACE EM WANS

As WANs ( WIDEBAND AREA NETWORK ) foram criadas para

interligar diversos sistemas de computadores localizados em regiões fisicamente

distantes. As primeiras soluções eram baseadas em ligações ponto a ponto, através

de linhas privadas ou discadas.

A TRANSDATA oferece linhas privadas ( LPs ou Leased Lines ) ou

discadas ( Switched ), permitindo a utilização de diversos protocolos tais como SNA,

PPP/TCP-IP.

A RENPAC é uma rede de comutação de pacotes baseada no

protocolo X.25 PLP, implementando os níveis 2 e 3 do modelo ISO/OSI. A Renpac

suporta tanto LPs como linhas discadas. Atualmente a Embratel também oferece

uma rede de comutação baseada no protocolo Frame Relay.

A INTERNET é um conjunto de redes de computadores interligadas

pelo mundo inteiro, que têm em comum um conjunto de protocolos e serviços. A

internet surgiu a partir de um projeto da agência norte-americana ARPA (Advanced

Research and Projects Agency). O protocolo que roda na internet é o TCP/IP, sendo

utilizado vários outros protocolos como forma de acesso até o backbone internet.

A figura abaixo mostra o relacionamento entre as tecnologias de WANs

e o modelo de referência OSI.

SMD

S

X.21

bits

Fram

e R

elay

HD

LC

PPP

WAN Specification

Data LinkLayer

PhysicalLayer

OSI Layer

MACSublayer

NetworkLayer

EIA/TIA-232EIA/TIA-449

V.24 V.35HSSI G.703

EIA-530

LAPB

X.25

PLP

SDLC

ATMAdaptação

ATM endereço

fribra / coaxial2M / 34M / 155M

622M / 10G

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REDES 45

Atualmente as WANs estão sendo revolucionadas por tecnologias de

telecomunicações que permitem a utilização de fibra optica, elevando assim

consideravelmente as taxas de transmissão envolvidas entre as redes. Aqui se

destaca atualmente o ATM ( Asynchronous Transfer Mode ) que pode fornecer taxas

de transmissão de 155Mb/s ou 622Mb/s. O ATM contempla tanto a transmissão de

dados convencionais ( Texto, arquivo binário ) como dados de aplicações em tempo

real, como imagem, som, tornando assim viável aplicações do tipo vídeo conference.

FDDI

WANTokenRingEthernet

Vários são os protocolos de comunicação WANs utilizados atualmente,

a seguir apresentaremos alguns deles.

8.1 PROTOCOLO X.25

O protocolo X.25 é um padrão ITU-T para comunicação de pacotes em

WANs, o qual define como são estabelecidas e mantidas as conexões entre

equipamento.Este protocolo que atinge o nível 3 e utilizado para acesso a redes

comutadas de pacotes como por exemplo a Renpac.

É um protocolo orientado à conexão de rede, o qual define uma

disciplina de comunicação entre terminais de Rede Publica ou Privada.

8.1.1 CATEGORIAS DE EQUIPAMENTOS X.25 Existem quatro tipos possíveis de equipamentos que são utilizados nas

redes X.25.

DTE (Data Terminal Equipment) são equipamentos terminais de usuários que se comunicam através de uma rede X.25. Estes usualmente são terminais telex, computadores estações de trabalho, servidores.

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REDES 46

PAD (Packet Assembler/Disassembler) são dispositivos encontrados na conexão entre DTE e DCE. Este equipamento é necessário quando o dispositivo DTE é tão simples que torna-se incapaz de implementar as funcionalidades X.25. Ao PAD cabe, armazenar, montar e desmontar pacotes inclusive com o cabeçalho X.25.

DCE (Data Circuit-terminating Equipment) são equipamentos especiais tais como modems e switches de pacotes, os quais possibilitam uma interface adequada entre o DTE um equipamento PSE localizado na rede.

PSE (Packet Switching Exchange) são switches que realizam o encaminhamento dos pacotes através da rede X.25. atuam basicamente no nível 3, alocando canais virtuais.

A figura abaixo apresenta tais equipamentos da rede X.25

DataPAD

Data

Assembly/Disassembly

X.25

Buffer

DCE

PSEDCE

8.1.2 CIRCUITOS VIRTUAIS Um circuito virtual é uma conexão lógica criada para assegurar

confiabilidade na comunicação entre dois equipamentos. Fisicamente a conexão

passa através de uma série de switches (PSE) ao longo da rede, as quais podem

alterar dinamicamente tais circuitos. Existem dois tipos de circuitos virtuais X.25 os

quais podem ser permanentes ou comutados.

PVC (Permanent Virtual Circuit ) : Circuito Virtual Permanente é aquele que estabelece uma conexão permanente entre DCE/PSE para transferência de dados.

SVC (Switched Virtual Circuit) : Circuito Virtual Comutado é aquele que é estabelecido sobre demanda de dados entre equipamentos DCE/PSE

O protocolo X.25 PLP pode Ter até 4095 circuitos virtuais.

8.1.3 AS TRÊS CAMADAS X.25 PLP O protocolo X.25 PLP implementa 3 camadas do modelo de referência

OSI. Os tópicos a seguir fazem uma breve descrição de cada camada.

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REDES 47

Presentation

Session

Transport

Network

Data Link

Physical

Application

PLP

LAPB

X.21bits, EIA/TIA-232,EIA/TIA-449, EIA-530,

G.703

OtherServices

Arquiteturado Protocolo

X.25

8.1.3.1 PACKET LAYER PROTOCOL ( PLP ) O protocolo para a camada de pacotes (PLP) como o próprio nome

sugere, atua na camada de pacotes, ou seja camada de rede. O PLP gerencia a

troca de informações entre DTE através de circuitos virtuais.

Na grande maioria das aplicações o PLP é executado sobre uma

enlace LAP-B. Entretanto existem implementações que possibilitam que o PLP seja

executado sobre o LLC das LANs e mesmo sobre o LAP-D quando utiliza para a

RDSI-FE.

Uma descrição mais detalhada acerca das camada de rede do X.25

PLP é feita mais à frente quando é apresentado o Protocolo Orientado à Conexão de

Rede (CONP) na camada de rede.

8.1.3.2 NÍVEL DE ENLACE O protocolo de enlace para o padrão X.25 é conhecido como LAP-B

(Link Acess Procedure Balanced ). Este protocolo gerencia a comunicação de

pacotes entre DTE e DCE. O LAPB utiliza uma transmissão orientada à bit, o que

assegura que os quadros sejam corretamente ordenados e livres de erros.

Existem três tipos de quadros LAP-B : Informação, Supervisão, Não-

Numerado. Os quadros de informação contém informação recebida da camada

superior, e incluem em seu campo sequenciamento, controle de fluxo, e deteção de

erro. Os quadros de Supervisão carregam informações de controle tais como,

solicitação / suspensão da transmissão, estado da conexão e reconhecimento dos

quadros de informação. Os quadros Não-Numerados contém informações de

ativação e desconexão do circuito (LINK), relatório de erros.

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REDES 48

Flag Address Control Data . . . . . . . . . . . . FCS Flag

LAP B Frame

X.21 bis frame

variable1 11 1 2

X.25 PLP Packet

Bit Stream

O conteúdo do protocolo LAP-B é o seguinte:

Campo Flag : Delimita o início e o fim do quadro.

Campo Address : Indica se o quadro é um comando ou uma resposta.

Campo Control : Indica o tipo do quadro Informação ou Supervisão.

FSC (Frame Sequence Check) : verifica erro.

8.1.3.3 NÍVEL FÍSICO Para o protocolo X.25, como mostrado na figura anterior, pode-se

utilizar vários tipos de interface física. Entretanto tratando-se de conexão WAN a

interface padronizada é do tipo X.21 bis, que realiza a conexão entre DTE e DCE.

Uma apresentação detalhada da interface X.21 e suas características já foi realizada

anteriormente.

8.2 PROTOCOLO PPP O PPP ( Point to Point Protocol ) é um protocolo que permite transmitir

pacotes de dados que trafegam em linhas seriais. É basicamente utilizado para

transportar protocolos de níveis superiores sobre WANs, tais como: IP, OSI, Novell

IPX, etc.

O PPP pode operar em qualquer interface DTE/DCE, como por

exemplo, RS-232C, RS-422 e V.35. A única imposição é a provisão de um circuito

full-duplex, dedicado ou comutado. Este circuito pode operar no modo assíncrono

(start bit / stop bit ) ou no modo síncrono. Note que as taxas de transmissão serão

aquelas impostas pela interface física.

O modo assíncrono tem a vantagem de ser compatível com as portas

do PC (COM 1 e COM2) que são assíncronas. Uma aplicação típica do modo

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REDES 49

assíncrono é conectar PCs remotos a uma rede LAN utilizando modems. O modo

síncrono é usado para velocidades altas de 64Kbps, T1=1,54Mbps, E1=2Mbps. A

transferência de dados entre roteadores é uma aplicação comum para o modo

síncrono. A figura a seguir ilustra a utilização do protocolo PPP na conexão de um

usuário com o provedor Internet.

ServidorInternet

Modem

X.25Frame Relay

PPP (LP)

Access ServidorPathRouter

Internet

Roteador

16

1

ModemISP

PC com BrowserWWW

ModemUsuário

PPP ModemISP

ModemUsuário

PPP

PC com BrowserWWW

Abaixo é apresentado um modelo de acesso FTP.

F T P

T C P

IP

P P P

IP

E T HP P P X .2 5E T H

IP

X .2 5 E T H

IP

F T P

T C P

IP

P P P

U S U Á R IO S E R V ID O R U S U Á R IO

R O T E A D O R E S S E R V ID O R D E S T IN O

S E R V ID O R D EA R Q U IV O S

L in h a d is c a d a E th e r n e t IN T E R N E T E th e r n e t

A P L IC A Ç Ã O

T R A N S P O R T

IN T E R N E T

N E T W O R KIN T E R FA C E

E x e c u ç ã o d e a p l ic a ç õ e s

C o n tr o le d e f lu x oE n d e r e ç a m e n to d e a p l ic a ç õ e s

R o te a m e n to d e p a c o teE n d e r e ç a m e n to d e e q u ip a m e n to s

In te r fa c e c o m a te c n o lo g ia d e r e d e u s a d a

F T P T E L N E T H T T PD N S S N M P

T C P U D P

IP IC M P

P P P E T H X .2 5F r a m e R e la y / AT M

P r in c ip a is F u n ç õ e sP r in c ip a is

P r o to c o lo sM o d e lo e m

C a m a d a s

9 CAMADA DE REDES

O objetivo básico da camada de rede é prover os serviços de

transferência de dados fim-a-fim sobre uma rede, independentemente das

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REDES 50

características das sub-redes físicas componentes dessa rede. Nesse contexto,

segunda a norma ISO8348, a camada de rede deve executar as seguintes funções:

Roteamento e retransmissão (relaying)

Conexões de rede fim-a-fim

Endereçamento dos usuários

Multiplexação de conexões de rede

Segmentação e blocagem

Controle de erros

Seqüênciação

Controle de fluxo

A ISO define para a camada de rede do modelo OSI dois tipos de

serviços com seus respectivos protocolos :

Serviço Orientado à Conexão ( CONS – Connection Oriented Network Service ) e seu Protocolo de Rede Orientado à Conexão ( CONP – Connection Oriented Network Protocol ), que corresponde ao protocolo X.25 PLP Nível 3 do CCITT especificado pela norma ISO 8208. Este protocolo pode tanto usar o endereço X.25 quanto o endereço mundial NSAP ( com AFI 47 )

Serviço Não-orientado à Conexão ( CLNS – Connectionless Network Service ) e seu Protocolo de Rede Não-orientado à Conexão ( CLNP – Connectionless Network Protocol ), o qual é definido pela norma ISO 8473 e ISO 8348AD1, que utiliza os endereços de rede NSAP. Cabe observar que o protocolo do Quadro IP utilizado pela Internet também é do tipo CLNP.

9.1.1 O PROTOCOLO IP DA INTERNET O protocolo IP foi projetado para permitir a conexão de redes de

computadores que utilizam tecnologia de comutação de pacotes. Ao contrário do

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REDES 51

X.25, o protocolo IP é um protocolo sem conexões, ou seja Não-orientado à

conexão.

Algumas das principais características desse protocolo são :

Serviço de datagrama não confiável;

Endereçamento hierárquico;

Facilidade de fragmentação e remontagem de pacotes;

Identificação da importância do datagrama e do nível de confiabilidade exigido;

Identificação da urgência de entrega e da ocorrência futura ou não de pacotes na mesma direção, ou seja, pré-alocação e controle de congestionamento;

Campo especial indicando qual o protocolo de transporte a ser utilizado no nível superior;

Roteamento adaptativo distribuído nos gateways;

Descarte e controle de tempo de vida dos pacotes inter-redes nos gateways.

Na figura a seguir pode ser observado a localização do protocolo IP,

bem como outros protocolos pertencentes à camada de rede,

Apresentação

Sessão

Transporte

Rede

Enlace

Física

Aplicação

TCP UDP

RIPOSPF Protocolo IP

ARP / RARP

ICMP

IEEE802.2 IEEE 802.3 IEEE 802.5/

Token Ring FDDI X.25

IEEE 802.3Hardware

Token RingHardware

FDDIHardware

X.25Hardware

Arquitetura InternetModelo deReferência

OSI

FTP - TELNET - SMTP - SNMP

NFS

XDR

RPC

Network File System (NFS), External Data Representation (XDR), e

Remote Procedure Call (RPC), funcionam e trabalham juntos para permitir um

acesso transparente para recursos remotos de rede

O formato do protocolo IP é apresentado a seguir:

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REDES 52

Versão IHL Tipe de Servico Comprimento Total

Identificação Offset Fragmento

Tempo deVida

Protocolo Checksum do Cabeçalho

Endereço de Origem

Endereço de Destino

Opções ( Padding)

Campo de Dados (Variavél)

Flags

32 Bits8 16

Os parâmetros do protocolo IP são:

- Versão : Indica a versão do protocolo IP em uso

- IHL ( IP Header Length ) : indica o comprimento do cabeçalho em

palavras de 32 bits.

- Tipo de Serviço : armazena parâmetros que determinam a

qualidade do serviço que deve ser prestado pelas redes por onde o datagrama

passar. São possíveis várias combinações de confiabilidade e velocidade na entrega

dos datagramas. Como exemplo podemos citar a transmissão pelas sub-redes de

datagramas de voz e arquivos, nos quais os pacotes de voz teriam prioridade.

- Comprimento total : indica o comprimento total do datagrama

(cabeçalho + dados ).

- Identificação : este campo permite que o destino identifique a

conjunto de datagramas pertence um fragmento recém-chegado, ou seja, todos os

fragmentos de um datagrama contêm o mesmo valor.

- Flags : DF (don´t fragment) – identifica se um datagrama pode ou

não ser fragmentado pelos roteadores da rede. MF (more fragments) – todos os

fragmentos de um datagrama possui este bit ativado, exceto o último segmento

- Offset Fragmento : informa a que ponto do datagrama atual este

fragmento pertence. Note que todos os segmentos, com exceção do último, devem

ser múltiplo de 8 bytes, a qual é a unidade de fragmento elementar. Como o campo

Off segmento contém 13 bits, existe no máximo 8.192 fragmentos por datagrama,

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REDES 53

resultando em tamanho máximo de datagrama de 65.536, que corresponde ao

comprimento total.

- Tempo de Vida : é um contador usado para limitar a vida útil do

datagrama dentro da inter-rede. Esse campo permite uma vida útil de 255 segundos

ao pacote sendo decrementado toda vez que passa através de gateways de rede.

- Protocolo : contém informação relativa a qual protocolo da camada

de transporte o datagrama deve ser encaminhado, exemplo TCP ou UDP. A

numeração de todos os protocolos que se aplicam na Internet é definida pela

RFC1700. Este campo é análogo ao campo NSAP que define a conexão entre a

camada de rede e de transporte.

- Checksum do Cabeçalho : verificação de erros relativa ao

parâmetros do cabeçalho. Observe que este campo pode ser recalculado a cada hop

devido a alteração do campo Tempo de vida.

- Endereço de Origem : Endereço IP de origem.

- Endereço de Destino : Endereço IP de Destino.

- Opções ( Padding) : Este campo foi projetado para permitir que

versões posteriores do protocolo incluam informações inexistentes no projeto

original..

9.1.2 PROTOCOLO ORIENTADO À CONEXÃO X.25 PLP O protocolo que suporta o modo orientado à conexão ( CONP ) é

especificado na norma ISO-8208 e corresponde ao protocolo da recomendação

CCITT X.25 PLP – 1984 (Packet Level Protocol). È muito importante observar aqui o

protocolo X.25 pode ser utilizado tanto com o endereçamento X.121 bem como com

o endereçamento NSAP.

A norma ISO8208 define o X.25 sobre o protocolo de enlace LAP-B,

mas entretanto, outros documentos da ISO/CCITT, tratam o X.25 PLP sobre

protocolos de redes locais (ISO8881) e redes RDSI.

Aqui o protocolo X.25 para a transmissão de informações no nível de

rede, utiliza o conceito de CIRCUITO VIRTUAL o qual estabelece canais virtuais

independentes para o transporte de dados. Circuito Virtual é portanto a associação

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REDES 54

de dois canais lógicos especificamente designados para o encaminhamento do

tráfego correspondente a determinada comunicação

Os pacotes do nível de rede para o protocolo X.25 PLP ( X.25 Packet

Level Protocol ) são constituídos de no mínimo de três octetos, os quais estão

presentes em todos os tipos de quadros. Tais quadros são usados como primitivas

de comunicação entre as camadas de rede dos sistemas envolvidos.

DTE - Data Terminal EquipmentGFI - General Format IdentifierLCGN - Logical Channel Group NumberLCN - Logical Channel Number

GFI LCGN

LCN

Identificador do tipo de Pacote

Comprim. End. DTE Origem Comprim. End. DTE Destino

Endereço DTE Origem / Destino

Facilidades ( ex : SAP-N origem/destino )

DADOS

2

4

...

3

1

8 5 4 1

- GFI (General Format Identifier) : constituído dos flags D e Q

indicam : D/Q=0 confirmação por parte de DCE de uma rede local (X.25) que o

pacote de dados foi recebido, D/Q=1 confirmação por parte do DTE remoto de uma

rede de mais alto nível (X.29) que o pacote de dados fim-a-fim foi recebido.

- LCGN ( Logic Channel Group Number ) : Um total de 16 grupos de

canais lógicos ou virtuais podem ser estabelecidos. ( 16 x LCN = 4096 Canais ).

- O flag LCN (Logic Channel Number ) : constituem os 256 canais

virtuais para cada um dos 16 grupos de canais (4096 LCNs)]

- Tipo de Pacote : informa o tipo de pacote trocado entre o DTE e o

DCE conforme relacionado na tabela abaixo.

DTE para Rede Rede para DTE Tipo de Pacote Call Request Incoming Call 00001011 Call Accepted Call Connected 00001111 Clear Request Clear Indication 00010011 Clear Confirmation Clear Confirmation 00010111 Data Data xxxxxxx0 Interrupt Interrupt 00100011 Interrupt Confirmation Interrupt Confirmation 00100111 Reset Request Reset Indication 00011011 Reset Confirmation Reset Confirmation 00011111 Restart Request Restart Indication 11111011 Restart Confirmation Restart Confirmation 11111111

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REDES 55

---------------- Diagnostic 11110001 Receive Ready Receive Ready xxx00001 Receive Not ready Receive Not Ready xxx00101

- Comprimento do Endereço Destino/Origem : indica vários tamanhos

possíveis de endereço, dentre eles podemos citar o X.121 (56 bits) e o NSAP (160

bits).

- Endereço DTE Origem/Destino : Campo do endereço.

- Facilidades : O campo de facilidades contém opções do usuário

para a oferta de serviço CONS. A mais importante dessas facilidades trata-se da

AEF ( Address Extension Facility) que corresponde ao NSAP de serviço da camada

de rede com a camada de transporte

Uma vez estabelecida e confirmada a conexão, são transmitidos

apenas pacotes de dados, os quais possuem o formato mostrado a seguir. Nos

pacotes de dados, os endereços de DTE não são mais necessários, ou seja, os

dados são transmitidos sem ser necessário especificar o endereço do NSAP remoto,

especificando-se somente qual o CV (circuito virtual).

LCGN - Logical Channel Group NumberLCN - Logical Channel Number

Q LCGN

LCN 2

3

1

8 5 14

D 0 1

67

tipo de pacote

DADOS Máximo1024 octetos

9.2 ENDEREÇAMENTO LÓGICO A característica principal da camada de rede é a de prover a

independência do serviço de transferência de dados em relação às tecnologias das

sub-redes subjacentes. Essa funcionalidade é realizada, essencialmente, através da

oferta às camadas superiores de um mecanismo de endereços lógicos.

O endereço lógico é denominado endereço do Ponto de Acesso ao

Serviço de Rede ( NSAP - Network Service Access Point ). O endereço NSAP

identifica exatamente um usuário do serviço de rede e não a própria camada de

rede, ainda que, na realidade, essa camada seja identificada por um dos

componentes do endereço NSAP.

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REDES 56

9.2.1 ENDEREÇOS NSAP A estrutura para endereços NSAP deve obedecer sistematicamente a

dois componentes básicos da estrutura global de domínios definidas pelo CCITT e

posteriormente pela ISO, que são:

IDP ( Initial Domain Part ) : Parte Inicial do Domínio DSP ( Domain Specific Part ) : Parte específica do Domínio

AFI

IDP DSP

IDI

Domínio Específico do Domínio

IDP - Initial Domain PartDSP - Domain Specific PartAFI - Authority and Format IdentifierIDI - Initial Domain Identifier

O parâmetro AFI ( Authority and Format Identifier) que é o identificador

do formato do endereço NSAP pode variar de 00 à 99, sendo que seus valores são

definidos de acordo com as necessidades e normas internacionais. Alguns desses

parâmetros já possuem definição e vamos cita-los aqui. A tabela abaixo mostra a

divisão de classes do AFI.

FORMATO Descrição 00 - 09 RESERVADO 10 - 35 Reservado para alocação futura por acordo entre ISSO e CCITT 36 - 59 Alocado e atribuído para os formatos IDI definidos pelo CCITT 60 - 69 Alocado para formatos IDI definidos pela ISO 70 - 79 Alocado para atribuição de novos formatos IDI do CCITT 80 - 99 Reservado para alocação futura por acordo ISO / CCITT

Como pode ser observado na tabela a seguir o AFI que contempla o

intervalo de 36 até 59 e que deve ser definido pelo CCITT bem que conjuntamente

pela ISO, é o possui maior número de definições atualmente.

Existe um conjunto de quatro domínios baseado nos esquemas de

endereçamento CCITT relacionado com redes públicas de telecomunicações: X.121

para redes publicas de pacotes de dados( ex: X.25), F.69 para telex, E.163 para

redes publicas comutadas de telefonia, e E.164 para redes digital de serviço

integrado (ex: ATM )

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AFI FORMATO IDI

36 e 52 X.121

37 e 53 X.121

38 ISO 3166 DCC

39 ISO 3166 DCC

40 e 54 F.69

41 e 55 F.69

42 e 56 E.163

43 e 57 E.163

44 e 58 E.164

45 e 59 E.164

46 ISO 6523 – ICD

47 ISO 6523 – ICD

48 Local

49 Local

50 Local

51 Local

9.2.1.1 FORMATO DO ENDEREÇO X.121 Usado para ponto de conexão à redes públicas de pacotes X.25 PLP,

para atender conexões do tipo SCVs. O campo IDI do endereço X.121 contém 14

dígitos ( cada digito no formato Hexadecimal) e é formado por duas parte : DNIC

e NTN

O campo DNIC ( Data Network Identification Code) é um campo

opcional e identifica exatamente em qual rede publica o equipamento DTE de

destino está localizado. Este campo as vezes é omitido em chamadas dentro da

mesma PSTN. Os primeiros 3 dígitos do DNIC correspondem ao código do país e o

dígito seguinte a um número de rede no país.

O campo NTN ( National Terminal Number ) identifica um exato DTE

dentro de uma rede publica.

O formato do quadro X.121 pode ser visto a seguir.

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DNIC NTN

PAÍS PSN

IDI - Initial Domain IdentifierDNIC - Data Network Identification CodeNTN - National Terminal NumberPSN - Public Switched Network

4 Dígitos 10 Dígitos

IDI

9.2.1.2 OUTROS FORMATOS DO ENDEREÇO NSAP Aqui ilustramos mais três formatos atualmente definidos para o

endereçamento NSAP.

1) Formato ISSO 3166 DCC ( AFI = 39 ) 2) Formato E.164 ( AFI = 45 ) 3) Formato ISO 6523 ICD ( AFI = 47 )

Tamanho endereço = 20 octetos ( 40 dígitos )

AFI DCC ESI SEL

IDP

FORMATOATM DCCAFI=39 PRIVATE

(ANSI/IEEE)

1 2 6 1

DSP

AFI ICD ESI SEL

IDP

FORMATO ATM ICDAFI=47 PRIVATE

ISO (BSI)

1 2 6 1

DSP

AFI E.164

HO - DSP

ESI SEL

IDPIDI

FORMATO ATM E.164AFI=45 PUBLIC ITU-T (ISDN)

1 8 6 1

DSP

ATM Address Network Prefix ( 13 x 2 = 26 DÍGITOS )

HO - DSPIDI

3 2 2 21

Reserv.AADFI RD AREA

HO - DSPIDI

3 21

Reserv.AADFI

2 2

RD AREA

2 2

RD AREA

AFI : Authority and Format Identifier DCC : Data Country Code IDP : Initial Domain Part IDI : Initial Domain Identifier ICD : International Code Designator (Organizations) ESI : End System Identifier SEL : NSAP Selector ( usuário da camada de rede / entidade de transporte) DSP : Domain Specific Part HO-dsp: High Order Domain Specific Part E.164 : Endereço Público para redes RDSI RD : Routing Domain DFI : : Domain Specific part Format Identifier AA : : Administrative Authority ICD : : Internacional Code Designator

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REDES 59

9.2.2 ENDEREÇOS IP

Os endereços IP são números com 32 bits, normalmente escritos como

quatro octetos (em decimal), por exemplo 128.6.4.7. A primeira parte do endereço

identifica uma rede específica na inter-rede, a segunda parte identifica a estação

dentro da rede. Deve ser observado que um endereço IP não identifica uma máquina

individual, mas uma conexão à inter-rede. Assim, um roteador conectando n redes

tem n endereços IP diferentes, um para cada conexão.

Os endereços IP podem ser usados para redes e para estações

individualmente. Por convenção, um endereço de rede tem o campo identificador de

estação com todos os bits iguais a 0. Por convenção também, uma estação pode

enviar dados para todas as estações de uma rede, utilizando para tanto um

endereço de difusão, sendo que nesse caso, o campo identificador de estação deve

ter todos os bits iguais a 1. Um endereço com todos os 32 bits iguais a 1 é

considerado um endereço por difusão para a inter-rede. O endereço 127.0.0.0 é

reservado para teste (loopback) e comunicação entre processos da mesma

máquina.

FORMATO DOS ENDEREÇOS IPV4

1.0.0.0 até127.255.255.255

0

10

110

1110

11110

A

B

C

D

E

REDE

REDE

ESTAÇÃO

ESTAÇÃO

ESTAÇÃO

Endereço de Multicast

Reservado para uso futuro

128.0.0.0 até191.255.255.255

192.0.0.0 até223.255.255.255

224.0.0.0 até239.255.255.255

240.0.0.0 até247.255.255.255

3224168

REDE

O protocolo IP utiliza três classes diferentes de endereços. A definição

de classes de endereços deve-se ao fato do tamanho das redes que compõem a

inter-rede variar muito, indo desde redes locais de computadores de pequeno porte,

até redes públicas interligando milhares de estações.

Classe A : nessa classe, o bit mais significativo é 0, os outros 7 bits do primeiro octeto identificam a rede, os 24 bits restantes definem o endereço local. Essa classe de endereços é usada

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REDES 60

para redes de grande porte, os endereços de rede variam de 1 a 126, e cada rede tem capacidade de endereçar cerca de 16 milhões de estações.

Classe B : são utilizados dois octetos para o número da rede e dois para endereços de estações. Os endereços de redes classe B variam na faixa de 128.1 até 191.255 (os números 0 e 255 do segundo octeto, e 127 no primeiro são usados para funções especiais), e cada rede pode interligar cerca de 65 mil estações.

Classe C : utilizam três octetos para identificar a rede e um para a estação. Os endereços de rede situam-se na faixa de 192.1.1 até 223.254.254, e cada rede pode endereçar 254 estações. Os endereços acima de 223 no primeiro octeto foram reservados para uso futuro.

A figura a seguir ilustra uma inter-rede operando em classe C, que

possui dois roteadores conectando as redes.

G1

Ethernet200.1.2

200.1.2.10 200.1.2.20

200.1.2.30

Ethernet200.1.3

200.1.3.25 200.1.3.25 200.1.3.40

200.1.3.50

200.1.3.30

200.1.3.15

G2

200.1.5.3

200.1.5.20

200.1.5.12

200.1.4.20 200.1.4.10

Token-Ring200.1.5

FDDI200.1.4

Exemplo de uma inter-rede classe C utilizando roteadores

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REDES 61

10 CONEXÕES INTER-REDES

Na filosofia inter-redes, considera-se cada rede como um meio de

comunicação por onde deverão transitar as mensagens até as estações

intermediárias especiais ou estação final na rede de destino.

As estações intermediárias são vias especiais que têm como função a

interligação física e lógica entre duas ou mais redes; são os chamados gateways. A

figura 10.1 ilustra o conceito de inter-rede.

IN T E R - R E D E

E

E

E

E

E

E

EE

R e d e 3

R e d e 4 R e d e 5

R e d e 2

G

G

G

G

G

R e d e 1

FIGURA 10.1 : Conceito de Inter-Rede.

Quando mensagens são deslocadas de uma rede para outra,

conversões de protocolo se fazem necessárias.

Os gateways são classificados conforme o nível de protocolo

convertido, ou seja:

Nível físico : chamados de repetidores;

Nível de enlace : chamados de ponte (bridge);

Nível de rede : chamados roteadores (routers)

10.1 REPETIDORES Os repetidores são utilizados, geralmente para interligação de duas ou

mais redes idênticas. atuando no nível físico, os repetidores simplesmente recebem

todos os pacotes de cada uma das redes que interligam e os repetem nas demais

redes sem realizar qualquer tipo de tratamento sobre os mesmos. A figura 10.2

ilustra duas redes ligadas através de repetidores.

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REDES 62

E th e rn e t

R e p e t id o r

A ) R e d e s lig a d a s p o r r e p e t id o r

E th e rn e t

F ís ic o F ís ic o

A p lic a ç ã o

A p r e s e n ta ç ã o

S e s s ã o

T r a n s p o r t e

R e d e

E n la c e

F ís ic o

R e p e t id o r

B ) N ív e l d o R M - O S I o n d e a tu a m o s r e p e t id o r e s

A p lic a ç ã o

A p r e s e n ta ç ã o

S e s s ã o

T r a n s p o r t e

R e d e

E n la c e

F ís ic o

FIGURA 10.2 : Repetidor.

10.2 PONTES A ponte atua nos protocolos a nível de enlace. Ao contrário dos

repetidores, as pontes só repetem os pacotes destinados às redes que interligam ou

que devem passar pelas redes que interligam até chegarem ao seu destino final. A

figura 10.3 ilustra um exemplo onde duas redes são interligadas por uma ponte, as

quais atuam na camada de enlace.

E t h e r n e t

P o n t e

T o k e n R i n g

A ) R e d e s l ig a d a s p o r p o n t e s

P o n t e

F í s ic o 1F í s ic o 1

E n l a c e E n l a c e

B ) N í v e l d o R M _ O S I o n d e a s p o n t e s a t u a m

A p l ic a ç ã o

A p r e s e n t a ç ã o

S e s s ã o

T r a n s p o r t e

R e d e

E n la c e

F í s i c o

A p l ic a ç ã o

A p r e s e n t a ç ã o

S e s s ã o

T r a n s p o r t e

R e d e

E n la c e

F í s i c o

FIGURA 10.3 : Pontes.

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REDES 63

Observe que para conexão de LANs de padrão diferentes a

subcamada LLC é responsável pela transferência de informações.

Pacote802.3

Pacote802.3

Pacote802.3

Pacote

Pacote802.4

Pacote802.4

Pacote

Pacote

Pacote802.4

Pacote802.4

Bridge

LAN Token BusLAN CMSA/CD

Pacote

Pacote

Pacote802.3

Pacote802.3

Pacote802.4

Host A Host B

Rede

Ponte LLC

MAC

Física

O diferença de formato do quadro MAC para os padrões 802.x são

mostrados a seguir.

802.3

802.4

802.5

Preâ

mbu

lo

Del

imita

dor d

ein

ício

Con

trole

de

aces

so

Con

trole

de

quad

ro

Ende

relo

s de

orig

em e

de

dest

ino

Tam

anho

Dad

os

Ench

imen

to

Som

a de

verif

icaç

ão(C

heck

sum

)

Del

imita

dor

de fi

m

Stat

us d

oqu

adro

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REDES 64

10.3 ROTEADOR Os roteadores são frequentemente computadores normais que

possuem mais de uma interface de rede. Nesse caso, a função de roteamento é

executada por software A figura 10.4 ilustra um roteador conectando várias redes.

FDDI

Token-Ring

Ethernet Ethernet

Linhas Seriais X.25

FIGURA 10.4 : Interligação de redes através de roteador

Os roteadores conversores de meio são os mais simples. Bastante

utilizados em inter-redes que oferecem o serviço de datagrama, suas funções

resumem-se em receber um pacote do nível inferior, tratar o cabeçalho inter-redes

do pacote, descobrir o roteamento necessário, construir novo pacote com novo

cabeçalho inter-redes se necessário, e enviar esse pacote ao próximo destino,

segundo o protocolo da rede local em que este se encontra.

A figura 10.5 ilustra o nível de atuação dos roteadores conversores de

meio.

Aplicação

Apresentação

Sessão

Transporte

RedeEnlace

Físico 1

Aplicação

Apresentação

SessãoTransporte

Rede

Enlace

Físico 1

Roteador

Físico 2Físico 1

Enlace Enlace 2

Rede Rede

FIGURA 10.5 : Nível do RM-OSI onde atuam os roteadores conversores de meio.

Roteamento inter-redes é a principal função do protocolo IP. O

protocolo assume que os hosts sabem enviar datagramas para qualquer outro host

conectado à mesma rede. A função de roteamento torna-se mais complexa quando

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REDES 65

um entidade IP deve transmitir um datagrama cujo destinatário não está ligado à

mesma rede que ela. Nesse caso, parte da função de roteamento é transferida para

os roteadores, cabendo ao módulo IP da estação apenas o envio do datagrama a

um roteador conectado a sua rede : roteamento hierárquico.

10.4 PROTOCOLOS DE ROTEAMENTO A função de roteamento consiste, essencialmente, na determinação de

uma lista ordenada de entidades de rede que compõem uma rota para

encaminhamento de uma PDU ao sistema final, ou seja, em um sistema de

comunicação de pacotes o termo roteamento refere-se ao processo de escolha de

caminho através do qual a mensagem é enviada ao destino.

O algoritmo de roteamento é a técnica utilizada pelos gateways para se

localizarem mutuamente e conseguirem comunicação com as diversas sub-redes de

uma inter-rede.

Existem basicamente dois tipos de algoritmos de roteamento utilizados

na arquitetura TCP/IP : Vetor-Distância ( Distance-Vector ) e Estado-do-Enlace (Link-

State).

10.4.1 PROTOCOLO RIP O protocolo RIP ( Routing Information Protocol ) é utilizado atualmente

em redes TCP/IP. Trata-se de um conjunto de mensagens que são trocadas

periodicamente, onde cada elemento informa ao seu vizinho a qual sub-rede ele esta

conectado. Assim cada roteador pode criar uma tabela onde conhece a porta por

onde deve encaminhar determinada informação que contem um endereço.

Portanto o protocolo RIP é um protocolo de roteamento do tipo

Distance-Vector o qual utiliza contagem de número de rotas como métrica para

chegar ao endereço de destino.

O protocolo RIP pode ser utilizado para conexão dentro de sistemas

autônomos ( Interior Gateway Protocol – IGP ) como para conexão entre diferentes

sistemas autônomos ( Border Gateway Protocol – BGP).

Algumas características do protocolo RIP são:

- Protocolo do tipo Distance-Vector; - Utiliza a contagem de Hop como métrica para seleção do caminho; - Máximo número de Hops igual a 15;

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REDES 66

- Atualização da tabela a cada 30 segundos; A figura abaixo ilustra a comunicação entre roteadores utilizando o

protocolo RIP.

10.1.0.0 10.2.0.0 10.3.0.0 10.4.0.0

E0 S0 S0S1S0 E0

10.1.0.0

10.2.0.0

10.3.0.0

10.4.0.0

E0

S0

S0

S0

0

0

1

2

Routing Tables

10.2.0.0

10.3.0.0

10.4.0.0

10.1.0.0

S0

S1

S1

S0

0

0

1

1

Routing Tables

10.3.0.0

10.4.0.0

10.2.0.0

10.1.0.0

S0

E0

S0

S0

0

0

1

2

Routing Tables

A B C

10.4.2 PROTOCOLO OSPF O protocolo OSPF ( Open Shortest Path First Protocol ) é um protocolo

que utiliza um algoritmo SPF para conhecer a topologia da rede, descrevendo assim

os todos os gateways interconectados entre si.

O protocolo OSPF é baseado em um conjunto de mensagens ( Hello,

Database Description, Link Status Request, Link State Update ) que permitem aos

roteadores conectados entre si estabelecer roteamento adequado através da

montagem de uma estrutura de árvore (SPF).

Algumas características do protocolo OSPF são:

- Rápida convergência; - Não possui limitação para número de Hops; - Processo de atualização da base de dados eficiente; - Seleção do caminho baseada no custo da rota que é dependente

da largura de banda da porta. As figuras abaixo apresenta o conceito do protocolo OSPF.

W X Y Z

W

X

E0

S1

0

0

Routing Tables

X

Y

S1

S0

0

0

Routing Tables

Y

Z

S1

E1

0

0

Routing Tables

A B C

TopologicalDatabase SPF

ARouting

Table

SPF Tree BRouting

Table

SPF Tree CRouting

Table

TreeSPF

TopologicalDatabase SPF

TopologicalDatabase SPF

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REDES 67

TokenRing

Cost =1Cost =6

4.4.4.0

3.3.3.02.2.2.01.1.1.0

FDDI

Cost =10

Routing Tablenet cost port2.2.2.0 6 TR03.3.3.0 7 TR03.3.3.0 10 E0

BEST ROUTE

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REDES 68

11 CAMADA DE TRANSPORTE

A camada de transporte é responsável pela movimentação de dados,

de maneira eficiente e confiável, entre processos (usuários) em execução nos

equipamentos conectados a uma rede de computadores, independentemente da

rede física. A função básica da camada de transporte é aceitar dados da camada de

seção, dividi-los se necessário em unidades menores, passa-las à camada de rede e

garantir que os pedaços cheguem corretamente ao outro lado. Mais ainda, tudo isso

deve ser feito eficientemente, e de uma forma que isole a camada de sessão das

inevitáveis mudanças na tecnologia de hardware.

Essa camada deve também garantir que a movimentação de dados

seja feita segundo critérios de qualidade previamente negociados. Para tal, a

camada de transporte deve poder regular o fluxo dos dados e garantir confiabilidade,

assegurando que os dados transportados cheguem a seu destino sem erros e em

sequência.

É função da camada de transporte tornar transparente para seus

usuários, possíveis variações da confiabilidade do serviço fornecido pela camada de

rede. O serviço de rede é responsável pela transferência de dados da origem para o

destino, ao passo que o serviço de transporte é responsável por garantir que isso

aconteça com segurança. Muitas das aplicações em redes necessitam apenas de

um método para transmitir de forma confiável um fluxo de bits de uma estação para

outra.

11.1 O PROTOCOLO DE TRANSPORTE TCP A arquitetura internet possui dois protocolos principais na camada de

transporte, um operando no modo orientado à conexão e outro sem conexão. O

protocolo orientado à conexão é o TCP ( transmission control protocol ), o qual foi

projetado para oferecer fluxo de bytes fim a fim confiàvel em uma inter-rede não-

confiàvel. Uma inter-rede é diferente de uma única rede porque suas muitas partes

podem ter topologias, larguras de banda, retardos, tamanhos de pacotes e outros

parâmetros completamente diferentes.

O serviço TCP é obtido quando o transmissor quanto o receptor

possuem pontos terminais de acesso ao protocolo TCP. Cada pacote IP da camada

de rede carrega o número de acesso a uma porta da camada de transporte.

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REDES 69

telnet

ftp

smtp

tftp

Pacotes IP

Quadros

Bits

TCP UDP23 21 25 69

6 17

Número da Porta

Número do Protocolo

IP ou NSAP

EndereçoMAC ou WAN

CAMADASSUPERIORES

TRANSPORTE

REDE

ENLACE

FÍSICA

As entidades TCPs, transmissora e receptora, trocam dados na forma

de segmentos. Um segmento consiste em uma cabeçalho fixo de 20 bytes, uma

parte opcional, mais uma parte de dados. Cada segmento TCP, deve caber na carga

útil do IP, que é de 65.515 bytes ( 20 bytes de cabeçalho + 65.515 de dados).

Observe aqui novamente, que, o tamanho do datagrama IP final, depende do tipo de

rede no qual ele deverá ser lançado ( ethernet, token ring, etc..).

A seguir pode ser observado o formato do de um segmento TCP.

Source port Destination port

Sequence number

Acknowledgement number

Window size

Checksum

Urgent pointer Options (0 ou mais palavras de 32 bits)

Dados (campo opcional)

32 Bits

TCPheaderlenght

URG

ACK

PSH

RST

SYN

FIN

Urgent pointer

Os campos Source port e Destination indicam os pontos terminais, ou

seja os TSAPs. Sequence Number sequência os datagramas e o campo

Aknowledgement especifica o próximo quadro a ser recebido. O campo TCP header

length informa quantas palavras de 32 bits existem no cabeçalho TCP.

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REDES 70

O flag URG (urgent pointer) indica que o campo Urgent Pointer é valido

para uma sequência no qual os dados urgentes deverão estar. O flag ACK

(acknowledgement) informa se o campo acknowledgement é válido. O flag PSH

(push) especifica que o receptor deve entregar os dados imediatamente à aplicação

sem armazena-los na memória à espere do restante do conjunto, isto para aumentar

a eficiência. O flag RST (reset) é utilizado para reinicializar a conexão no caso de

falha ou para rejeitar uma conexão. O flag SYN (synchronism) é usado na primitiva

de estabelecimento de conexão ( Connection-Request e Connection-Accepted). O

flag FIN (finish) é utilizado para encerrar uma conexão.

O controle de fluxo no TCP é gerenciado por meio de uma janela

deslizante variável. O campo Window indica quantos bytes podem ser enviados no

segmento. O campo Checksum possibilita monitorar a ocorrência de erros dentro do

segmento. Cabe aqui observar que o resultado da soma de verificação (checksum) é

baseado na soma de um pseudocabeçalho que é do cabeçalho TCP, dos endereços

IP de origem/destino, indentificação do protocolo TCP e dos dados. A sua utilização

tem por objetivo detetar erros no roteamento de segmentos.

O campo Urgent Pointer é usado para identificar um bloco de dados

urgentes dentro de um segmento TCP.

11.2 O PROTOCOLO UDP ( NÃO ORIENTADO À CONEXÃO ) O conjunto de protocolos da Internet também abrange um protocolo de

transporte sem conexão, o UDP ( User Datagram Protocol ). O UDP oferece uma

das aplicações enviarem datagramas IP sem que seja necessário estabelecer uma

onexão. Muitas aplicações cliente-servidor utilizam-se do UDP. Cada datagrama

UDP ( User Datagram Protocol ) é constituído de duas partes : um cabeçalho de 8

bytes e uma área de dados.

Porta de Origem Porta de Destino

Comprimento UDP UDP Checksum

32 Bits

Área de Dados

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REDES 71

Os campos Porta de Origem e Destino identificam os números das

portas de serviço do UDP, ou seja os TSAPs.

O Campo comprimento da UDP especifica o comprimento total do

datagrama UDP incluindo cabeçalho e dados, sendo que o máximo tamanho é de

65.536 bytes.

O campo checksum é opcional e não precisa ser utilizado em todos os

datagramas. Contudo cabe lembrar que no caso do IP, a verificação o checksum é

calculado apenas sobre o cabeçalho do IP, e assim caso não seja utilizado o

checksum do UDP, nenhuma conferência será realizada sobre os dados da camada

de transporte. O cálculo do checksum do UDP é feito atualizando-se de um pseudo-

cabeçalho, que não é transmitido junto com o datagrama UDP nem incluído no seu

tamanho. O pseudo-cabeçalho contem os endereços IP de destino e origem, o

código de tipo do protocolo de usuário do IP (no caso o UDP=17), e o campo do

tamanho original da UDP.

Para analisar o checksum, o receptor deve extrair estes campos do

cabeçalho IP, agrupa-los no formato do pseudo-cabeçalho e calcular o checksum.

Caso seja detetado um erro no datagrama recebido, o mesmo é descartado. O

propósito do uso de um pseudo-cabeçalho é o de verificar se o datagrama alcançou

seu destino correto

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REDES 72

12 CAMADA DE SESSÃO

A camada de sessão tem como objetivo oferecer, a entidades de

apresentação cooperantes, meios de organizar e sincronizar o seu diálogo,

garantindo a troca ordenada de dados através da conexão de sessão.

Os serviços por ela prestados permitem aos usuários :

Estabelecer conexão com outro usuário, realizar troca de dados com ele e depois liberar a conexão de modo ordenado;

Definir pontos de sincronização em um diálogo e, no caso de erros, retomar tal diálogo a partir de um ponto se sincronização estabelecido;

Interromper um diálogo e retomá-lo a partir de um ponto de sincronização predeterminado;

Negociar a utilização de tokens para troca de dados, sincronização e liberação da conexão de sessão.

Não existe controle de fluxo no nível de sessão. Para prevenir

sobrecargas, as entidades de sessão utilizam o serviço de controle de fluxo

fornecido pelo nível de transporte. O serviço orientado à conexão, é o principal modo

de operação.

12.1 ATIVIDADES O conceito de atividade permite que usuários do serviço de sessão

possam distinguir unidades lógicas de um trabalho que são denominadas atividades.

Cada atividade consiste em uma ou mais unidades de diálogo, como ilustrado na

figura 12.1

Unidade de Diálogo

Ponto deSincronozação

Principal

Ponto deSincronozação

Secundário

Ponto deSincronozação

Prinipal

Ponto deSincronozação

Secundário Ponto deSincronozação

Principal

Tempo

Unidade de Diálogo

Atividade

FIGURA 12.1 : Relacionamento entre Atividades e Unidades de Diálogo.

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REDES 73

As atividades podem ser interrompidas e posteriormente retomadas na

mesma conexão ou em conexões de sessão subsequentes.

Conexão de Sessão

TempoAtividade

CompatibilityData Compatibility

Data

a) Uma atividade em uma conexão de seção

Conexão de Sessão

TempoAtividade

CompatibilityData

CompatibilityData

CompatibilityData

Atividade

a) Várias atividades em uma conexão de sessão

Tempo

CompatibilityData

CompatibilityDataInterrupção

da Atividade

Atividade

Reinícioda Atividade

a) Uma atividade em várias conexões de sessão

Conexão de Sessão Conexão de Sessão

FIGURA 12.2 : Relacionamento entre Atividades e Conexões de sessão.

Para obter maiores detalhes acerca do serviço e o protocolo do nível

de sessão do RM-OSI, referir-se aos padrões ISO 8326 e ISO 8327 ou as

recomendações do CCITT X.224 e X.225.

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REDES 74

13 CAMADA DE APRESENTAÇÃO

A camada de apresentação desempenha certas funções em particular.

Ao contrário de todas as camadas inferiores, que se interessam em mover bits daqui

para ali confiavelmente, a camada de apresentação se relaciona com a sintaxe e a

semântica da informação transmitida.

Ao contrário das cinco camadas inferiores que lidam simplesmente

com a movimentação ordenada de bits desde a origem até o destino, a camada de

apresentação se relaciona com a preservação do significado das informações

transportadas. Cada computador pode ter sua própria forma de representação

interna dos dados; assim, são necessários acordos e conversões a fim de assegurar

que computadores diferentes possam compreender um ao outro. Esses dados

tomam com frequência a forma de estruturas de dados complexas. É tarefa da

camada de apresentação codificar dados estruturados desde o formato interno

usado no equipamento transmissor, para um formato de bits adequado à

transmissão, e depois decodifica-los na representação exigida no destino.

Um exemplo típico de um serviço de apresentação é a codificação dos

dados em alguma forma padrão combinada previamente. A maioria dos programas

de usuários não troca cadeias aleatórias de bits. Eles trocam itens como nomes de

pessoas, datas, quantias em dinheiro, dados de gerência, registros, etc. Estes itens

são apresentados como cadeias de caracteres, inteiros, números em ponto flutuante

e estruturas de dados compostas de vários itens mais simples.

Função

Sint AbstrA

Função

Sint AbstrB

Usuário 1

Contexto1

Contexto2

Sint de TransfT

Entidade de Apresentação

Função

Sint AbstrA

Usuário 2

Contexto1

Sint de TransfT

Entidade de Apresentação

Contexto2

Função

Sint AbstrB

FIGURA 13.1 : Conceitos Básicos no Nível de Apresentação.

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REDES 75

14 CAMADA DE APLICAÇÃO

O padrão ISO 9545 (Application Layer Structure) e a emenda

(Extended Application Layer Structure) definem os conceitos, terminologias e

modelos utilizados por todos os padrões do nível de aplicação OSI.

FTP

TELNET

SMTP

DNS

FTTP

SNMP

21 23 25 69 161

Numero das PortasTSAP

Camada de Transporte

Camada de Aplicação

53

TCP UDP

14.1 CORREIO ELETRÔNICO O termo correio eletrônico ou e-mail como é chamado vem-se tornando

popular na literatura de vários sistemas de troca de correspôndencias. Nos anos 70

e início dos anos 80 foram desenvolvidos vários sistemas de correio eletrônicos

denominados Sistemas de Tratamento de Mensagens Computadorizadas ( CBMS –

Computer Based Message Systems). Após várias criações e estudos dois padrões

acabaram por se perpetuar. O SMTP ( Simple Mail Transfer Protocol ) oriundo do

MTP da arquitetura internet e largamente implementado na rede muldial atualmente,

e o MHS (Message Handling System ) ou X.400 da arquitetura OSI. O SMTP

corresponde a um dos serviços prestados pela camada de aplicação da arquitetura

Internet ou arquitetura TCP/IP.

O formato dos endereços definidos para os e-mail utilizando SMTP é

constituído de um campo de usuário, o qual identifica uma determinada conta dentro

de um processo servidor, e um campo de domínio, o qual especifica uma

organização. O caracter @ foi definido como separador de campos. Como exemplo

podemos citar a conta do usuário fictício Antonio Medeiros Barros, o qual pertence o

provedor Iron ( [email protected])

Page 80: COMUNICAÇÃO DE DADOSprofessores.unisanta.br/santana/downloads\Telecom\Com_Dados... · 6.2.4 dqdb - distributed queue dual bus ----- 26 7 padrÕes para nÍveis fÍsico ... com a

REDES

76

14.1.1 DOMÍNIOS NA INTERNET – DNS ( DOMAIN NAME SYSTEM ) A internet é a mais bem sucedida aplicação de conceito de

internetworking, a qual consiste em conectividade de redes de tecnologias distintas.

Os equipamentos na Internet normalmente são referenciados através de um nome

símbolo, que está associado ao seu endereço IP. Essa associação é feita por um

conjunto de servidores, de forma que o conjunto formado por esses servidores e sua

interface com as aplicações da internet é conhecida como DNS.

O DNS está estruturado em dois pontos básicos, a organização da

internet em domínios e a distribuição dos servidores DNS na Internet.

A atribuição dos domínios na Internet teve como objetivo evitar a

utilização de um mesmo nome por mais de um equipamento e descentralizar o

cadastramento de redes e equipamentos. Assim o nome simbólico de um

equipamento é composto por um nome local adicionado à hierarquia de domínios

conhecido como Nome de Domínio Completo ou FQDN ( Fully Qualifield Domain

Name )

A figura abaixo mostra um pouco da formação de domínios e

distribuição dos servidores.

int com edu gov mil org net jp us nl

yale

cs eng

ai linda

robot

acm ieee

jack jill

oce vu

cs

flits fluit

sun

eng

ac

keio

pc24

cs

co

nec

csl

PaisesGenérico