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Preço 1$00 Quinta feira, 9 de Janeiro de 1 9 Í8 Ano III N " ^ 7
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sttí Proprietário, Àdminittrador e fditor
5 1 V. s. MOTTA PINTO
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA - 18 - TELEF. 026 467M O N T I J O -------------------- ------- -------------
COMPOSIÇÃO B IM K IESSÂ O — T IP O G R A FIA cGRAFEX» — T B L E F . 026 236 — MONTUO
LHU POHIDGUKA M HOdUM SOML
IODOS PODEMOS SfR RICOSHá quem suponha que a
| riqueza, a autêntica, a v e r dadeira riqueza, se encontra apenas em casa das pessoas que possuem muito dinheiro, jóias, palácios, quintas, caras mobílias, grandes colecções de fatos, e tc ..
Sem desprezar o valor do dinheiro como elemento de grande importância no progresso social, não devemos, contudo, admitir que ele se transforme num tirano e nos amargure a existência. Há um meio termo entre os dois extremos da miséria e do luxo — é a s a b e d o r i a do equilíbrio que permita uma
•existência decente, embora modesta e simples. As me-
llhores refeições nem sempre Isão as mais caras e, de resto, os próprios elementos fun-
Idamentájs da vida são-nos dados de graça. O sol não
|custa dinheiro e o ar está à [disposição de todos. A água vem das alturas celestes, e
Ise a maioria dos homens não estivesse in to x i c a d a com excessivas p r e o c u p a ç õ e s materiais, logo veria que a saúde é, afinal, aquela grande e autêntica riqueza a que nos queríamos referir no início desta crónica.
A conservação da saúde deveria ser, enfim, a preocupação constante de todos nós. Ora sabe-se que o seu maior inimigo são os excessos de toda a natureza, a começar pelos do trabalho e
a terminar nos do prazer. O método, a calma, a ordem e a disciplina das atitudes e dos movimentos são grandes remédios para grandes males, e não há mal maior do que a perda da saúde. O dinheiro perdido pode recuperar-se ; a casa arruinada pode reconstruir-se; o fato velho pode até remendar-se, mas ai daquele — pobre ou rico ! — que tiver delapidado a grande fortuna da saúde ! Propaguemos, pois, por toda a parte, esta verdade elementar : — a saúde é o supremo bem e a única, a autêntica riqueza, do Homem !
Poema AzulEmbora estivesses perto Quando senti que te foste,- Qualsombra que se reflecte - Senti o vácuo (bem)Dum poema azul ferrete.
Não foi preciso mais nada, Se me nasceu nova vida Do amor que tu me deste,E encharquei-me em melodia Dum poema azul celeste.
Qnando desejo ser outro E sentir-me num amanhã Duma certeza v ir il. Abraço-me à claridade Dum poema branco anil.Também há cansaço e tédio No mulismo, sem resposta, Da hora amarga do céptico.— Ecletismo sem poesia. Sentimento azul eléctrico...
Manuel Revisão
A tón ita s D u e q u it ím - 5 4
O s q u e v e n c e r a m
p e l o s e u e s f o r ç oEu tenho uma admiração
enorme, sem limites, pelos que conseguiram vencer na Vida apenas pela sua tenacidade e coragem.
Conheci m u i t o s nessas condições, abandonados, ao sabor das marés vivas, nas altas cristas dos vagalhões destrutivos, olhando persis-
Por
Á L V A R O V A L E N T E
tentemente o horizonte na esperança duma jangada salvadora.
A luta era mais que titânica !
Em volta, o cachoar das ambições humanas asfixiava; e os heróicos combatentes, aos tropeções nos escolhos levados pela vontade férrea de triunfar, lá iam na voragem in c l e m e n t e , esbracejando, escamujando, teimando nos desígnios.
Vi alguns descalços, frente às intempéries, arrostando pelas ruas da amargura com fantasmas ignominiosos, — desses que nunca trepidaram nos meíos e nos processos ; vi-os no exercício de profissões consideradas mesquinhas, — trapeiros de caixote e gancho, vendedores am-
- S i n t r atastelo dos MourosA 'i68 melros acima do nível
™ mar, subindo a Serra de Bintra, vamos encontrar o ■>astelo tlos Mouros. K um dos If ais antigos castelos de Por-
u»al. A sua origem perde-se j«^conjecturas habituais, j r . . ° ’ d° tempo dos árabes, fe1. 08 reis maometanos,— e
■ sim ticamos. O certo é que Ir • aneho 1 o mandou recons- L lr< • Fernando o guarne- „ • e °' depois vendido ao n a «Acom 0 Castelo da Pena,
P -10 contos.L 18 0 ali se pode admi- j. e ° “servar: As ruinas moura .°apela 0,1 m esqui ta r»«. ameias com 5 tQI-lesp»m. Sepulcro anti8°> com ç.,rw e. e cru/ esculpidos; e umalO Sa5ls*erna Je água pluvial.de h«?' ■ r’ P0I'ém, são as fontes
» _ lna ^Sua, as sombras da
k~ " , ,
■ n M I 1 . ■ ' '
dinados, e os deslumbrantes e maravilhosos panoramas que se estendem até as Iíerlengas.uuviii (iiv ai uci itugaoi
e»péí"SSlma as sombra» da E esta parte, sim, que compensa■ s* wata, alguus trechos ajar- da subida até 468 metros do can
saço consequente,’’e da ausêneia de notáveis obras de Arte.
É, principalmente, a Natureza em todo o seu esplendor e majestade !
bulantes de ninharias, frete- jadores de excessos, rebus- cadores de tudo e de nada que desse pão — ; e sempre nos olhos o clarão febril da confiança, o desejo intemerato da v i tór ia !
E isto por anos e anos sem o menor desânimo, nas épocas em que eram precisas vidas inteiras para se alcançar o pecúlio reconfortante da velhice.
Muitos tombaram pelos caminhos. Também os vi nas quedas, exaustos, exangues, esfarrapados de corpo e alma; e a minha compaixão tocava as raias do desespero, na implícita contempl tção das suas desditas.
Outros, porém, terido batido e vencido a má sorte, como fruto do seu labor e da sua teimosia, conseguiram alcançar a recompensa justa de tamanha pertinácia.
E ’ pelos destas odisseias, que eu publico a minha quase veneração.
Fico apático e indiferente perante os que se encontraram bem instalados na Vida, mercê do trabalho alheio e da s o r t e incompreensível, sem torcerem um músculo nem sofrerem um dissabor, sem dispenderem um átomo de energia nem se queixarem dum esgotamento; mas presto a minha homenagem íntima e constante aos que, apenas pelo seu esforço e pela sua inabalável teimosia, fora de auxílios e amparos, chegaram à meta gloriosa da sua existência podendo afirmar com orgulho: «se alguma coisa sou, a mim só o devo, ao meu trabalho honrado, à minha coragem e à minha ânsia de vencer».
E , caso curioso para reforçar a minha quase veneração : são esses, na generalidade, os homens de espírito prático aberto aos generosos sentimentos e aos rasgos de altruismo, sempre prontos a perdoar*e a auxiliar os que labutam pelo dia a dia sem desfalecimentos. E ’ porque, certamente, se recordam do que passaram e sabem, com toda a profundidade, o que lhes custou a Vida em sacrifícios, tormentos, augústias, desgostos., . e muitas vezes em fomes.
R E C T O Rr-ipt;
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Á L V A R O V A L I
TOLHA AO i i U . » ,
Há muitas pessoas que se alheiam da parte da medicina que ensina a conservar a saúde e, por isso, com o seu criminoso c o m o d is m o , só praticam erros.
Quem há que nào tenha visto em lindas e amenas tardes, cheínhas de Sol — quando tudo convida a entrar-se em franco convívio com a natureza— os papás levarem os seus meninos para sessões de cinema, embora que autorizadas superiormente? E essa gente, no desejo de ver determinada fita, vá de agarrar na família toda e encafuá-la numa casa de espectáculos onde dificilmente se pode respirar o ar viciado, sem se importarem com a saúde das pobres criancinhas que, na maioria das vezes, se aborrecem e acabam por adormecer bem mal acomodadas. Ora digam- -me se não fariam obra mais limpa e lucrativa se todos fossem de abalada até ao campo, para respirar ar puro a plenos pulmões, ou se se encaminhassem para os parques e jardins públicos, onde a criança brincando, e correndo, poderia ganhar um pouco mais de saúde, devido à boa ventilação !
Procedam assim, senhores, e lembrem-se de que lhes ficam as noites para frequentar todos os divertimentos, sem que tenham que prejudicar a saúde dos seus meninos, para com os quais lhes cumpre usar de grandes cuidados no desejo de que se tornem os homens fortes de amanhã. Ajude-se, pois, a criança no intuito de conseguir o rejuvenescimento da raça humana e ponha-se de banda o tal comodismo criminoso. Há que olhar bem a sério para o problema da família.
A criança convém, sim, pular, correr e rir ao ar livre e ao Sol para que se crie e robusteça m e lho r . — Claro que ajudada, pelo menos, por uma regular alimentação. ..
Saphérã Costa
L e r n o p r ó x i m o
n ú m e r o d e
a P r o v í n c i a
P á g in a de h o m e n sg e m co s
«Conjuntos Musicais de
Montijo e seus arredores»
A P R O V IN C IA
V I D A
PROfISSIONAL
M é d i c o s
Dr. à v e i i n o R o cha B a rb o saDas 15 às 20 h.
R. Alm irante Reis, 68, 1.° Telef. 026245 — M O N T IJO
Consultas em Sarilhos Grandes, às 9 horas, todos os dias, excepto às sextas feiras.
O r . fa us to N e ivaLargo da Igreja, 11
Das to íis 13 e das 15 às 18 h. Telef. 026 256 - M O N T IJO
Dr." Isobel Gom es PiresEx-Estagiária do Instituto Português de Oncologia.
Doenças das Senhoras Consultas às 3.as e 6.as feiras
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Rua Morais Soares, 116-1.° Í.ISBOA Telef. 4 8649
Médicos VeterináriosOr. C r i s t ia n o d a S i lva M endo nçaAv. Luís de Camões - MON FIJ O Telef.s 026502 - 026465 - 026 012
P a r t e i r a s
àm quda M a rq . C h a r n e i r a M o re iraParteira-Enfermeira
Diplomada pela Faculdade de Medicina de Coimbra
R. José Joaquim Marques — N.° 231 MONTI JO
A rm a n d a LagosParteira-EnfermeiraPARTO SEM DOR
ííx-estagiária das Maternidade» de Paris e de Strasbourg.
De dia - R. Almirante Reis, 72 Telef. 026038
De noite - R. Machado Santos, 28 MONTIJO
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Hospital, 026 046 Serviços Médico Sociais, 026198
Bombeiros, 026048 Taxis, 026025 e 026479
Ponte dos Vapores, 026425 Polícia, 026144
Obras de Álvaro Valente— «Eu», livro de sonetos,
esgotado; «Daqui.. .fala Ribatejo», contos monográficos, 30 escudos; «Pedaços deste Ribatejo», folclore e costumes, 30 escudos; «A minha visita ao museu de S. Miguel de Ceide», folheto. 5 escudos; «Hino a Almada», em verso, 10 escudos; «Grades Eternas», estudos sociais, 15 escudos; «Vidas Trágicas», romance, 15 escudos; «Viagem de Maravilhas», reportagem, 20 escudos.
Pedidos à Redacção de «A Província».
^ ú i ú r f i l i u eTrabalhos para amadores Fotografias d'flrte fl pare lhos fotográficos
Reportagem FotográficaRua Bulhão Pato, 11 - MONIIjO
M O N T j OFê S I J S P O P U L f l R f S
~ D f S. P f D R O “Começamos seis meses
cintes; mas há mais tempo começou a Comissão respectiva e ninguém estranha, por fazer parte das suas habituais actividades.
Começamos seis meses antes e já podemos ir dando algumas n o t í c i a s a c e r c a dessa sensacional manifestação montijense.
Por exem plo:— Estiveram em Montijo
recentemente os representantes da firma Constantino Lira (Herdeiros), de Felguei- ras, que vieram conferenciar com a Comissão a propósito dos novos projectos de de corações para as Festas deste ano.
A Comissão escolheu os modelos que entendeu e em breve se a s s i n a r ã o os contratos.
Será tudo completamente diferente dos anos anteriores, e a Praça da República terá uma iluminação no relvado que irá causar sucesso.
Aquela firma via confirmados os seus méritos há poucos dias na cidade do Porto, onde foi contemplada com o 1 .° prémio nas ornamentações das ruas durante a quadra do Natal e Ano Novo, o que confirma também a justa escolha da sua categorizada valia para interv ir nas nossas Festas.
— Sabemos ainda que as Festas este ano serão cinco dias e não seis, como era costume, atendendo a razões ponderosas.
— Sabemos mais que os Ranchos Folclóricos se exibirão este ano na Praça G o mes Freire de Andrade, em recinto reservado, com entradas e cadeiras numeradas, não obstante o público assistir às exibições sem pagar. Atende-se a s s im à maior comodidade dos espectadores e à necessidade de aumentar as receitas.
— Sabemos, f ina lm en te , que a Batalha de Flores é suprimida este ano, visto que o dia de S . Pedro cai num domingo e nesse dia se realizará a Procissão e, possivelmente, toirada de grande gala ou formal.
E é o que, por enquanto, podemos informar. .. e que já não é ponco.
E quanto soubermos a este respeito, iremos comunicando aos nossos leitores.
Passeio pelo MercadoAgora, sim senhor. Agora
merece a pena v ir até ao Mercado e passear dentro dele. No dia da abertura é que não. Houve gente a mais. Gente a passear e a bisbilhotar o que comprava a v iz in h a .. .
E assim comoçou o ano novo.
Dava gosto percorrer as instalações, — as das hortaliças e frutas, as do peixe, as dos talhos, as da Cantina, as dos frigoríficos. Tudo magnífico e primorosamente i n s t a i a do . Até provocava arrepios o lembrar o «velho», o «caixote» an tigo ! Parece impossível como ali viveu uma g e r a ç ã o de vendedores e por ali passou outra de compradores ! Enfim , já lá vai e que a sua alma esteja em descanso para sempre. ,.
Hoje . , é um primor. Até os vendedores, compenetrados do seu papel, são educados e têm boas maneiras ! É V. Ex .a para aqui, V . Ex .a para a l i . . . Assim, é uma beleza !
Demos também a nossa volta em observação.
Ervilhas a 10$00 esc. o quilo; peros a 9$00; carapaus a 6$00. . Adiante.
As balanças para o peixe é que nos agradaram, pela novidade e pela dificuldade
em falcatruar o peso. Muito bem !
Vimos igualmente o talho de carne de cavalo, — a tal que causa engulhos, sem razão, a muita gente.
Não percebo porque embirram com esta carne. É mais barata e em bifes ou assada é talvez melhor do que a de vaca.
Faz impressão porquê ? Querem pior do que a galinha e o porco ? E todos comem sem repugnância...
O ra deixem-se de esquisitices e provem. Depois, já não querem outra. . .
A cantina, do nosso amigo e assinante João Gonçalves Palmeiro,_ está também um prim or! É pena a escada ser estreita e um pouco acanhada. Custa a chegar até lá. Mas, depois de se lá chegar, é comer e chorar por" mais ! Belos pequenos almoços, belos almoços, etc..
Pois, senhores: Ninguém diria por fora o que o M ercado era por dentro.
Alegre, vistoso, cheio de luz e de ar, lavado e tentador !
Até apetece comprar e rv ilhas, peros, carapaus, carne de cavalo e ir depois almoçar à cantina. Agora, sim. Agora estamos, finalmente, bem s e r v i d o s . . . e bem arranjados.
Zé Pobra
Jòoas bestas*
JE •■í’ 1
Tiveram a gentileza de nos enviar seus cartões de Boas Festas as entidades e pessoas abaixo designadas, o que r e c o n h e c i d a m e n t e agradecemos, bem como retribuímos com o m a i o r afecto:
— Sociedade Filarmónica 1.° de Dezembro, Banda Democrática 2 de Janeiro (Comissão Pró-sede), Ateneu Popular, Comissão das Fes tas Populares de S. Pedro, Sociedade Recreativa do Alto das Vinhas Grandes, «O Pa lmeiras» — Clube Montijense de Desportos, «Unidos do Jazz», D irecção do C írio dos Atrasados à N.a S .a da Ata-
S A N F E R D A
SEDE Illl ARMAZÉNSLISBOA, Rua de S. Julião, 41-1.° |||| IflOfllIJO, Rua da Bela Yisla
A E R O M O T O R S A N F E R o moinho que resistiu ao ciclone — F E R R O S para construções, A R A M E S , A R C O S , etc.
C IM E N T O P O R T L A N D , T R IT U R A Ç Ã O de a lim en tos para gados
R IC IN O B E L G A para adubo de batata, cebola, etc.C A R R IS , V A G O N E T A S e todo o m aterial para Ca
minho de FerroA R M A Z É N S D E R E C O V A G E M
laia, Sequeira & Santos, Ld.*, Repal, Ld.u, — de Montijo; Sociedade F. Recreioe União, de Alhos Vedros, Rancho Folclórico da Casa do Povo de Almeirim, D irecção da Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira, Marialvas, de S . Cristóvão, — Lisboa, Academia Dramática Fam iliar, — Lisboa, Direcção do Orfeão da Covilhã, Direcção da Sociedade R. Musical Trafariense, D i r e c ç ã o da Academia Filarmónica Verdi, Lisboa, Comissão Pró-sede da Sociedade F. Humanitária, de Palmeia, Direcção da Sociedade F. Capricho Moitense, «Pal» — Pub lic idade de A l g é s ; António Gregório, bandarilheiro, de Montijo, Soeiro da Costa. Ponte de Lima, Manuei T e ixeira de Castro e esposa, Montijo. Fernando Pedro de Oliveira, de Alcobaça, José António Moedas, de Beja, José A. Pinto da Costa, de Mesão F r i o , António de Abreu, L i s b o a , professor José Manuel Landeiro e esposa, M o n t i j o , Humberto Sousinha Macatrão, do Bom barral, Mário C laro Lopes, do Entroncamento, Joaquim Acácio de Figueiredo, de
E m t e m p o s q u e j á l á v ã o ,
E a o s q u a i s d i s s e m o s « a d e u s *
A r u a J o ã o d e D e u s
F a z i a s e m p r e u m v i s t ã o /
D u m l a d o e d o o u t r o I a m , I E m m a j e s t o s a f i l e i r a ,
O a r v o r e d o a l i p l a n t a d o
T i n h a g r a ç a v e r d a d e i r a .
M a s o s m o r a d o r e s ,
— D o n o s e s e n h o r e s / — N u m g e s t o e g o i s t a ,
P r o t e s t a r a m
E g r i t a r a m
O u e a s á r v o r e s a l i p l a n t a d a , I T ã o b e l a s e d e l i c a d a s ,
L h e s o f e n d i a m a v i s t a , , ,
E c o m f ú r i a e h i s t e r i s m o
L á f o i t u d o p r ó a b i s m o /
A s á r v o r e s s a r r o t a d a s ,
C o r t a d a s ,
D e c a p i t a d a s
S e m p i e d a d e !
E a r u a f l o r i d a ,
A s s i m t ã o f e r i d a ,
F i c o u «l i m p i n h a » e m v e r ]
[ d a d e , , ,
P a s s a m - s e o s a n o s
E o s d e s e n g a n o s ,
E n o v a s á r v o r e s s e v ã o p l m \
[ t a r .
—■ B r a v o ! M u i t o b e m / A s s i m é q u e é .
E s e h o u v e r a l g u é m
Q u e s o f r a d a v i s i t a
Q u e v á c o n s u l t a r
O e s p e c i a l i s t a .
A s s i m é q u e è !
E h a j a d e p o i s o q u e h o u v t A
D e i x e m a s pobres v i v e r !
- R a p a , t i r a , d e i x a e p õ e | D e i x e m a s á r v o r e z i n h a s
C r e s c e r a g o r a
P o r a i f o r a
C o m o l ) e u s d i s p õ e .
C o m b a r b a s e c a b e l e i r a ,E m m a j e s t o s a f i l e i r a .
A t é m o r r e r e m v e l h i n h a s !
E d e i x e m l á e s s a s vistas, N ã o e s t e j a m d e s c o n t e n t e s .
S e j a m a n t e s m a i s b a i r r i s t a s !
E s e j a m m a i s M o n t i j e n s e s ]
Homem ao mar
C a m a r a l i u n i c i p a ] |
d e M o n t i j oV e n d a d e l i x o s
Faz-se público que até ao diafll de Janeiro corrente, pelas 17 h>| se recebem propostas para a vendi de lixos e de dejectos a produjjT pela limpeza da vila de Monlijl durante o ano de 1958, sendo i| base de licitação de 40.000$00.
Montijo, 3 de Janeiro de 1958 | O Presidente da Câmara, a) José da Silva Leite
Abaças, António J. Fernal des & Filhos, de Lanhelafl
— Dos nossos prezadcf assinantes Manuel BeatrT e D. Aura, residentes el Tetuan, recebemos um cal tão ilustrado de Boas Festaí o que muito nos sensibilizo1!
— Da Mesa Adm inistrai! da Santa Casa da Misei córdia de Montijo, receW mos também um penhorai ofício de saudações e desfj jos de Boas Festas.
A todos, expressamos: nossa maior gratidão.
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6-I-958 A P R O V IN C IA 3
M O N T I J OA GENDA E L E G A M E
AGEhDA UTILITÁRIA
SIMPlfS R EP A R O ...A n i v e r s á r i o s
_Xo dia 6, completou mais umaniversário a sr.a I). Maria cias Dores I. Correia de Sousa Fortunato, esposa do nosso pre/.ado assinante sr. Francisco da Mónica Sousa Fortunato._No dia 8, completa os seus
17 aniversários o sr. Augusto José de Almeida Júnior, neto do nosso dedicado assinante, sr. Augusto Gervásio Júnior.
— No dia 10, o menino Joaquim José Almeida Capela, lilho do nosso prezado assinante, sr. Joaquim Mendes Capela._No dia 10, a menina Laurinda
da Conceição Marques, irmã do sr. Eduardo da Conceição Marques, funcionário da Tipografia Grafex.
— No dia 10, completa as suas 17 risonhas primaveras a gentil menina Maria Felisbela Dias Grage, filha do nosso estimado assinante, sr. Edmundo Duarte Grage._No dia 12. completa os seus
6 aniversários o menino João Joé Barreira Martins, filho do nosso prezado assinante, sr. Avelino Martins Tomé.
— No dia 12, o sr. José Tavares de Almeida, nosso estimado assinante, residente em Lisboa.
— No dia 13, a sr.a D. Laura Maria da Cruz Leitão, mãe do nosso estimado assinante, menino João Carlos da Cruz Leitão.
— No dia 13, o sr. Amaro Soares da Silva, nosso dedcado assinante, residente no Brasil.
— No dia 15, a menina Maria llosália da Fonseca Bodrigues, net i do noss"i estimado assinante, sr. Manuel Nunes.
Acção de Beneficência
no Bairro do Dito
das Vinhas GrandesJi aludimos na semana finda, ao
louvável gesto de beneficência levado a efeito na véspera de Ano Novo, no Alto das Vinhas Grandes, por iniciativa do nosso colaborador naquele bairro satélite da nossa vila, sr. Manuel Gomes, ao qual deram o seu valioso concurso algumas individualidades de Montijo.
Para esse efeito, foram recebidos os seguintes donativos, dos sis. Joaquim da Fonseca Júnior, 100$'10 ; ..loão da Silva Barreira, J0J00; Alvaro Tavares Mora, 40$00; Carlos Amaral, 30100 ; Ter- tuliano Bod-igues, lOjfOO; António l.opa. 20$00: António Pedro l omé, 5$00; José de Sousa Martins, 2850; Anónimo, $50; Miguel Horta Bordeira, 10$00; Filipe Manuel Bilvas, 5$00; José da Silva Leite, 50$00; e do seu promotor, 35$50 - Total, 338150.
Em géneros, Ioi recebido do sr. Francisco Tobias Augusto, um •luilo de chouriço de s mgue ; bem ‘ omodosr. Francisco Barreias, 5 pares de peúgas, e deste jornal, (só- "ras da nossa distribuição do Natal), um casaco dc* malha, para recem-nascido, e algumas dúzias de cadernos escolares, dois pares de peúgas e um par de botinas, para criança.
A despesa efectuada, foi como segue: Pão, 62*90 : B . talas, 120500; Joucinho, 30$00; Hortaliça, 35J00; Açúcar UI$00 e papel para emba- laSens, 9560 - Total, :!38$50.
‘■°i assim cumprida a missão empreendida por aquele nosso colaborador, secundando a inicia- "'** do Natal de «A Província»,
em benelicio dos pobres do seu ‘»rro, cuja acção é digna dos nos-
sos welhorcs louvores.
A r m a z é n s— Arrendam-se dois nesta vila,
a área de 600 m2. - Infor- *-se nesta redacção.
B a n d a D e m o c r á t i c a
2 d e J a n e i r o
0 seu aniversárioDecorreram com grande bri
lhantismo as comemorações do 44.° aniversário desta prestigiosa agremiação musical de Montijo.
Embora não tivéssemos tido convite, certamente por mero lapso, acompanhámos em espírito as festividades, pela muita simpatia que sempre nos mereceu a colectividade e a sua Banda.
O concerto público, no dia 1 do corcente, 110 coreto municipal da Praça da Bepública, sob a regência do Maestro Homero Uibeiro Apolinário, foi muito prejudicado pelo tempo agreste e chuvoso que fez. No entanto, ainda o pudemos apreciar e admirar.
Gostámos da «Bienzi» e da restante parte do concerto, da precisa execução das peças e da esmerada afinação dos naipes.
Felicitamos, pois, o seu distinto Begcnte pela exibição da Banda nesse dia e lamentamos que o tempo não permitisse maior assistência e completo cumprimento do belo programa.
Também o tempo não permitiu a saída da Banda 110 dia 2, limi- tando-se aos cumprimentos da Di 1ecção.
Veio a Direcção à nossa sede deixar o seu carlão com esses cumprimentos, o que muito agia- decemos.
Desejamos à Banda Democrática 2 de Janeiro que esse aniversário se repita por anos infinitos e que os disfrute com as maiores prosperidades e mais elevados êxitos.
F O G O !Na passada segunda-feira, dia 6 ,
pelas 10 horas, declarou-se incêndio na fábrica de cerâmica Santa Maria, pertencente ao nosso estimado assinante sr. Tomás Manhoso Iça.
O fogo, segundo o que se julga, foi originado por ponta de cigarro, e destruiu um barracão cheio de tardos de palha, batatas, e muitos utensílos peitencentes à lavoura.
Os prejuizos são superiores a 30 contos, estando parte deles cobertos pelo seguro.
O ataque ao incêndio seguiu-se após a chegada dos nossos bombeiros, os quais compareceram no local em número de 14 e comandados pelo bombeiro de 2.* classe sr. Manuel Martins Gonçalves, que dirigiu coín muito acerto.
E se não houve consequências de maior, foi devido à abundância de água que se encontrava 11a dita fábrica.
L U T U O S ANa casa de sua residência, à rua
Cândido dos Beis, em Montijo, faleceu, no passado dia 31 de Dezembro. o nosso velho e querido amigo, muito prezado assinante do nosso jornal, sr. Carlos Augusto de Campos Kamalho, de 80 anos de idade, natural do Funchal, e Inspector de Finanças aposentado.
A sua morte foi muito sentida nesta vila, onde residia há bastantes anos e era estimadíssimo pelas suas qualidades primorosas de educação, de carácter e de afabai- lidade.
Era pai do também nosso prezadíssimo assinante, sr. Carlos Augusto Coelho Bamalho. digno chefe de escritório da Casa Gabriel do Carmo, em Montijo, e das Sr.as D Judite Coelho Ramalho e D. Julieta Coelho Ramalho de Freitas.
O funeral, que constituiu uma sentida manifestação de pesar por parte dos seus numerosos amigos e dos montijenses, realizou-se no dia seguinte para o cemitério local.
«A Província» endereça as suas condolências a toda a família de luto e nomeadamente ao seu Ex.mo filho, nosso assinante, significando-lhe o quanto partilhamos a sua dor e o seu profundo desgosto.
O nosso Município, muito louvavelmente, está procurando embelezar algumas das artérias de Montijo, para o que começaram os trabalhos de arborização da Avenida João de Deus, desta vila.
Mas em simples contraste, — com tão porfiado intento, lembramos às entidades competentes o aspecto desagradável que oferece o mictório do Largo da Igreja.
Ou não será ainda oportunidade de se pensar na construção de mictórios subterrâneos e instalações sanitárias no local nde existiu o antigo mercado ?
Evitar-se-ia, desse modo, o indecoroso espectáculo que ali se patenteia, desde que o antigo mercado foi encerrado.
O N a t a l d o s P o b r e s
e m M o n H j o
Ju v e n tu d e O p e r á r i a C a tó l ica f e m in i n a
Correspondendo à inioiativa lançada por esta prestante organização da «Campanha do Natal», a favor da pobreza envergonhada, desta vila, obteve-se a receita de Esc. 3.455$00, cuja importincia foi distribuída em géneros, roupas e donativos em dinheiro, 11a véspera do Natal, aos domicílios das famílias necessitadas.
A sua direcção pede-nos para testemunhar em seu nome o mais grato reconhecimento a todos os benfeitores.
Sociedade Recreativa
Progresso AfonsoeirenseRealizou-se no último domingo,
dia 5, nesta popular agremiação recreativa 110 vizinho bairro do Afonsoeiro, um animado baile que foi abrilhantado pela distinta Orquestra Típica «Os Vencedores», de Rio Frio, do qual é seu director artístisco o sr. Manuel da Guia.
A sua actuação foi de muito agrado à numerosa assistência, distinguindo-se nesse exímio Conjunto o seu vocalista.
No próximo domingo, 12, leva-se ali a efeito um novo baile, em «soirée», ao qual presta a sua colaboração o apreciado Conjunto Musical «Os Príncipes-, desta vila.
A G R A D E C I M E N T O SConstança Faria RamalhoSua familia, por desconheci
mento de moradas de algumas das pessoas que lhe testemunharam o seu pesar pelo falecimento da saudosa extinta, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que lhe 'ipresentaram as suas condolências ou acompanharam á última morada, sua mãe, sogra, e parente.
Para todas, o preito do seu maior reconhecimento.
Carolina de Jesus CardosoSeus filhos, netos e bisnetos, vêm
por este meio, e por desconhecimento de moradas, agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar à sua última morada a sua saudosa e querida mãe, avó, e bisavó.
Este agradecimento torna-se extensivo ao ilustre clínico sr. Dr. José Grilo Evangelista, pela torma carinhosa e inexcedivel dedicação com qut a tratou, na sua longa doença. Não querendo de forma alguma ferir a modéstia de tão ilustre clínico, aceite, no entanto este agradecimento como sincera manifestação do muito grato sentir da família da extinta.
Para todos, aqui fica a nossa maior gratidão.
Sociedade filarmónica V de Dezembro
Esta honrosa agremiação musical da nossa vila, leva a efeito, no actual mês, três «soirées» dançantes, cujo programa é o seguinte:
Domingo, 12, abrilhantada pelo Conjunto Musical «Reis da Alegria»; Domingo, 19, com a colaboração da Orquestra «Eldorado»; e no Domingo, 26, em que toma parte o Conjunto Musical «Os Príncipes».
Dada a categoria dos agrupamentos musicais que tomam parte nas festas associativas que se realizam no Salão da 1.° de Dezem bro é de presagiar larga assistência a esses bailes.
Dr. António Gonçalves
A Associação dos Proprietários do Barreiro homenageou, há poucos dias, o nosso amigo e estimado assinante sr. Dr. António Gonçalves Rita, distinto advogado nesta Comarca e consultor jurídico daquela Associação há 25 anos.
Houve uma sessão solene, em que vários oradores exaltaram o valor e as elevadas qualidades do homenageado, e foi-lhe oferecida uma estatueta simbolizando «A Justiça».
«A Província» associa-se inteiramente à justa homenagem prestada e cumprimenta, por este facto, o seu amigo e dedicado assinante.
Melhoramentos— Está-se procedendo ao calce
tamento em volta do novo Mercado, o que era de toda a conveniência em virtude do lamaçal que se formara com as chuvas recentes.
— Na Avenida João de Deus acabou esta semana a plantação de árvores nos dois passeios laterais, o que, decerto, muito a embelezará.
— Começou a desmanchar-se o velho Mercado da Praça 5 de Outubro, para que desapareça de vez aquele «espantalho>.
Ainda não sabemos a que será destinado o recinto que vai ficar devoluto. Oxalá seja para um novo jardim, com seu lago, repuxo, e alguns bancos em roda. Simples aspiração, afinal...
U m a c t o d e h o n r a d e z
Nunca é demais acentuar e publicar estes factos, quer por justa referência, quer como exemplo e estímulo.
No passado dia 6, a sr-a D. Luísa Xavier Lopes, de Montijo, perdeu a quantia de 80$00 esc. nas ruas da vila.
No dia seguinte, seu marido, o sr. João António Xavier Lopes, lembrou-se e dirigiu-se ao Posto da Polícia de Segurança Pública, 11a esperança de que alguém tivesse encontrado a quantia perdida.
Em tào boa hora o fez que lá a foi encontrar.
Tinha sido entregue pela sr.® D. Maria João de Sousa Pinto, de 17 anos, costureira, residente no Bairro da Barrosa, 31 - Montijo, que assim praticou um acto que que muito a honra e dignificou.
O sr. João António Xavier Lopes e sua esposa pedem-nos para tornar público o seu reconhecimento para com essa senhora, e ainda para com o Comandante do Posto, sr. Tobias Pereira, pela forma distinta e correcta como arrumou o assunto, o que de bom grado fazemos.
farmácias de Serviço
5.*-feira, 9 — G i r a l d e s6.” - feira, 10 — M o n t e p i oSíibado, 11 — M o d e r n aDomingo, 12 — H i g i e n e2 / -feira, 13 — D i 0 g 03.» -feira, 14 — G er a Ides4.*- feira, 15 — M o n t e p i o
Boletim Religioso
Culto CatólicoMISSAS
5.*-feira, às 8,30 e 9 h.6.*-feira, às 8,30 e 9 h.Sábado, às 9 e 9,30 h.Domingo, às 8, 10, 11,30 e 18 h.
na Igreja Paroquial; às 9 h., no Afonsoeiro; e às 11,30. na Atalaia.
E s p e c t á c u l o s
CINEMA TEATROJOAQUIM DE ALMEIDA
5.a feira, 9; (Para 17 anos), o grande espectáculo alegre da temporada com «achados cómicos maravilhosos», «A Loira Explosiva», com Jayne Mansfield. No orograma, Cine Jornal de actualidades.
Sábado, 11; (Para 17 anos), um filme policial de excepcional envergadura, «Não Quero Roubar», com Anita Ekberg, a anatomia perfeita; uma obra famosa da lite ralura policial. No programa. Imagens de Portugal.
D >mingo, 12; (Para 12 anos), Matinée às 17,15 - Soirée às 21,15 horas. Danny Kaye o actor de muitos, no seu film e mais espectacular, «O Bobo da Corte». Entre idílio 1 e torneios desenrola se uma intriga de suprema comicidade.
3.a feira, 14; (Para 12 anos , um film i' maravilha em Cineinascop , «Os Cavaleiros de Cai los \la411 ».
Baile no Salão de festas
do Café PortugalPromovido pela agremiação lo
cal, «O P A LM ElB AS», Clube Montijense de Desportos, realiza- -se no próximo domingo, dia 12 , uma «matinée» dançante, no saláo de festas do conceituado Café Portugal, desta vila, a qual será abrilhantada pelo progressivo Conjunto Musical «Os Reis da Alegria», de Montijo.
Felicitamos a colectividade organizadora, auspiciando-lhe o melhor êxito do seu enpreendimento.
Este número de «A Província» foi visado pela
C E N S U R A
Telefone Oiti 57tí
'P a u l hnai (f.o ta ç u ilia i
Fofo Montijense
V e n d e - s e
Propriedade comaáreadel6 km. quadrados, a 3 km. de Montijo, junto à Estrada Nacional.
Nesta redacção se informa.
4 A P R O V I N C I A 9-1-958
Com • pedido de p u b l i c a ç ã o , re c e b em o s do R e p a r t iç ã o J e P ro p a g a n d oCampeonato Nacional da 2.a Divisão
M o n H j o , 5 - C o r u c h e n s e , 0
Defesa CivilA ’ g r a n d e maioria dos
nossos leitores é desnecessário dizer-lhes o que é a D. C. T .. No entanto, não queremos deixar de recordar a necessidade desta Organização.
Quando o avião de combate cruzou pela primeira Vez os ares, o Mundo verificou aterrado que a guerra já não se localizava unicamente nas trincheiras. O campo de batalha estendia -se a todo o território da nação beligerante.
Desde e n t ã o tornou-se necessãria a existência de uma organização que tivesse
— Mantenha a chaminé e 0 telhado sempre em boas condições.
— Se tem sótão, não o transforme em armazém de coisas velhas.
— As escadas e vestíbulos, devem estar sempre limpos e livres de coisas inúteis.
— Nâo deVe permitir lixo e papéis velhos perto de sua casa.
— Os circuitos e aparelhos eléctricos devem estar sempre em boas condições.
— Não deve acumular, na cave ou no sótão, latas aber-
do Territóriopor base as próprias populações civis a defenderem a sua Vida, encarregada de actuar contra os efeitos dos bombardeamentos. S u r g i u assim, pela primeira Vez, na guerra de 1914-18, um esboço de Defesa Civil. En tre tanto, a aviação desenvol- Veu-se rápidamente e na última guerra esta arma surgiu s enho ra de um poderio imenso, com uma capacidade de destruição aterradora. Os países em guerra Viram-se 8 na necessidade de dedicarem maior atenção às suas organizações de Defesa Civil.
tas contendo óleo ou tintas, trapos, aparas de madeira junto da bancada de trabalho, combustível a menos de um metro da fornalha, papéis velhos e lixo empilhado.
Frequente os cursos que a D. C. T. organiza, escolhendo segundo a sua vocação ou aptidão pessoal. Isso não implica qualquer outro compromisso que não seja apenas servir como auxiliar da D. C. T. em caso de emergência. Faça-o por espírito humanitário e patriótico !
Equipa* = M O N TIJ O: Redol; Anica e Barrigana; Serralha, Manuel Luís e André 11; Romeu, André I, Veredas, José Paulo e Er- nerto.
CORUCHENSE: José Maria; Faustino e Bailão ; Alfredo, Prate* e Rocha; Foguete, Izabelinha 1, Manuel Jorge e Fernando.
■Vrbitro = António Calheiros, de Lisboa.
Campo == Luís de Almeida Fidalgo, em Montijo.
Montijo, 59Jogo para o Campeonato Regio
nal, disputado em Montijo sob a arbitragem dos Srs. Frederico Sobral e Hermíno Castro.
Alinharam:MONTIJO : (26 cestas e 1 lances
livres transformados em 13 tentados) Luciano (2), Américo (7), José Maria (21), Tomás (26) e Teodemiro (3).
MUNDET : (14 cestas e 2 lances livres transformados em 12 tentados) Cunha (3), Aldemiro, Diamantino (4), Paulo (10), Pescadinha (13), Costa e Herlder.
Ao intervalo 29-6Nunca poderemos fazer aprecia
ções a nosso contento sempre que se efectuem jogos em campos nas condições em que estava o do C. D. M. no passado domingo.
Comercialmente falando, era *um terreno impróprio para consumo». Contudo, não estava impróprio para se jogar, porque se jogou; estava sim incapaz para que nele se observasse uma pequena centelha, apenas, de razoável Basquetebol.
O Basquetebol não é um Desporto de jogar a bola rente ao solo, é jogado com a bola no ar à altura do peito, mas quando se torna necessário o batimento para a finta, drible ou passe -picado», a bola tem que se elevar o suficiente. Ora num terreno como se encontrava aquele isso não é poi- sível, a bola prende-se e não salta.
Montijo, 6 de .íaueiro de 1958Senhor Director do Jornal «A Província»
Para fins convenientes, agradecia que V. publicasse o «Regulamento» relativo à exposição de pombos correios que esta colectividade pretende levar a efeito.
— Art.® 1.° — Só poderão tomar parte nesta Exposição pombos com anilha oficial, não viciadas; sendo excluídos igualmente exemplares c im anilha de rebite.
— Art.® 2.° — Os expositores terão que entregar os pombos no dia 24, às 16 horas.
— Árt.° 3.® — Todos os exem- llares s rão submetidos a uma. prévia inspecção, sendo excluído* os que não se apresentarem nas devidas condições exigidas.
— Art.® 4.° — A inscrição será de 5$00 (cinco escudos) por cada pombo.
— Art.“ 5.* — Só poderão entrar na exposição pombos classificados em concursos de mais de 200 k."1 para adultos, e de 100 k.™ parai portadores da anilha do ano anterior.
— Art.* 6.® — Serão conferidas medalhas para os dois machos mais classificados e duas medalhas para.
O encontro tem pouca história.Até ao intervalo, as duas equi
pas quase se igualaram, tanto que só aos 30 minutos Ernesto conseguiu o 1.° golo de Montijo.
Quando se passou à 2.* parte depois do intervalo com 1-0 a favor do Montijo, nada fazia prever a estrondosa derrota do Coruchense, embora o domínio dos montijenses se tivesse acentuado para o fim da 1.® parte.
No primeiro quarto de hora da
- Mundet, 30Isso impede a continuação duma jogada, possibilita a penalização do lance, porque o jogador incorreu em falta por vários batimentos, etc.
Outras vezes o jogador vai em corrida para o cesto, escorrega e lesiona-se gravemente.
Tudo isto tira beleza ao Basquetebol e quase tudo sucedeu no domingo. Dizemos “quase» porque, felizmente, não há a apontar acidentes.
E pena que Montijo ainda tenha que jogar num campo como aquele. Lamentamos que tal ainda suceda; mas... descansem, «senhores», que não vamos falar deste «caso».
Simplesmente achamos que é cómodo o direito da sucessão. Assim pensou Eduardo VII, actual Duque de Windsor...
Elogiamos, para terminar, os componentes de ambas as equipas que souberam galhardamente lutar naquele «terreno impróprio para consumo».
Deste jogo, porém, temos uma agradável recordação :
Se tivéssemos veia musical, tínhamo-nos inspirado na, sinfonia, autêntica, formada pelo espezinhar da lama.
— Talvez assim s ja mais «cultural» o Basquetebol, devem pensar os «senhores»...
RESERVAS : Montijo 46 - Mun- del 27.
Luciano Mocho
as duas fêmeas mais classificadas, sendo igualmente conferidos diplomas de honra àqueles, até ao10.® lugar, classificados de cada sexo.
— Art.® 7.° - A exposição será aberta ao público nos dias 25 e 26, das 16 às 24 horas.
— Art.® 8.® — O método de julgamento será o do padrão aprovado pelo Congresso InternacionalOlímpico de 1951.
Pen«a a direcção da Sociedade Columbófila de Montijo, solicitar autorização da Federação Poi tu- guesa de Columbofilia para expor borrachos portadores da anilha oficial de 1957, a fim de ter mais quantidade de exemplares na dita Exposição. Seriam conferidos diplomas de honra até ao 10.® dos exemplares, ptla beleza, apresentados ao público.
Aproveito a oportunidade para apresentar a V. os meus sinceros agradecimentos e os protestos da mais elevada consideração.
A Bem da Columbofilia O Presidente,
a) António J. Lucas Catita
Cumprimentamos o Clube pela sua iniciativa interessante e desejamos-lhe o maior èxilo,
2.* parte, ainda o jogo se manteve na mesma toada de equilíbrio; mas daí em diante a équipa do Coruchense, denotando franco esgotamento, deixou de atacar e passou à defesa.
Foi, então, fácil aos montijenses enfiltrarem-se e marcarem mais quatro golos, aos 48 m. por Veredas, aos 72, 77 e 86 pelo mesmo jogador.
E o encontro finalizou cóm o ««core» de 5-0, a favor de Montijo, como podéria ter sido maior, em vista do rebaixamento físico, e consequentemente moral, da equipa coruchense.
É possível que c> terreno lann- cento, desconhecido para os visitantes, tivesse influído no resultado; mas não consegue explicar tamanha diferença de marcação.
Notaram-se na equipa montijense: Redol, Anica, Barrigana. e Romeu; na do coruchense, José Maria e Rocha.
A arbitragem sem reparos dc maior.
Vai, assim, Montijo em 4.° lugar, com 22 pontos, seguido de perto pelo Juventude, com 2.?, e pelo Olhanense, com 24.
Campeonato da 2/ Divisão do
Regional de Setúbal
T r a f a r i a , 2
A l h o s V e d r o s , 2
Nesta tarde amena, jogou-se o desafio para o respectivo campeonato, no Campo Pépita, entre a equipa local e o Clube de Futebol de Alhos Vedros, arbitrado pelo sr. José Ferreira, de Setúbal.
Jogo normal, demonstrando muita coragem, muita combatividade, bastantes lances de boa urdidura, vistosos; porém, a indecisão junto da área das redes inutilizou a conclusão de jogadas.
A poucos minutos do início, os visitantes movimentaram o mar cador, marcando um golo por intermédio do avançado Norberto, aproveitando uma bola vinda da direita.
Depois, o jogo assentou, esforçando-se os locais paia estabelecer o empate, o que só conseguiram aos trinta minutos, por intermédio de José Luís.
De nova entusiástica avançada resultou o segundo golo, cine) minuto» depois, da autoria de Agostinho.
Minutos de entusiasmo su -ede- ram a este resultado, pois os viti tantes náo se conformavam com a situação.
Com 2 a 1 terminou a primeira parte.
Reentrados 110 campo, após o descanso, o jogo tomou o ritmo de voluntariedade. As descidas ao campo adverso sucediam-se de parte a parte. Os elementos trafarienses rivalizavam com os visitantes em energias desperdiçadas junto às redes ou invalidadas pelos guarda-redes contrários. Partida agradável, bem arbitrada.
No último quarto de hora, o grupo de Alhos Vedros reforçou o ataque, dominando o meio campo contrário; mas o marcador tei raava em fívorecer os visitados. Mereciam o empate; contudo, debalde tentavam as balizas.
Não seria justo 0 resultado. Na certeza porém, um penalti discutível, para não dizer injusto, veio proporcionar o almejado empate, no último minuto.
Foi um acidente da partid’ , que o árbitro interpretou de maneira... discutível. Quanto ao resto, tudo decorreu naturalmente.
Alinharam pelo «Trafaria»;Joanito, Armando e J -eirinho.
Rosa, Nunes, Abreu, Nicola", Silva Marques, José Luís, J. Pequeno e Agostinho.
Pelo «Alhos Vedros»:Narciso, Tarouca e Guinol, Jú
lio, Escada e Paulino, Zambujo. Marques, Norberto, Rosa e Sousa.
Distinguiram-se os marcadores das bolas, os guarda-redes, Nunes e Armando, Zambujo e Sousa.
Harmfnio Farraira
Conearso ie Prnpnsticns ie F a l É
Prémio atribuído para este cupão:
/ . 5 ( ) 0 $ 0 ( )
Em compras em estabelecimento à escolha do contemplado
r^ rr™ -- , . ... CORTE POR AQUI
C u p ã o N.° 1©
C o n c u r s o d e P r o g n ó s t i c o s d e F u t e b o l
d e « A P r o v i n c i a »
2.“ Divisão (Zona Norte) 2.a Divisão (Zona Sul)Leixões Vila Real Olhanense Montijo
Vianense Gil Vicente Almada Coruchen e
Guimarães Sanjoanense Serpa Atlético
Tirsense Marinhense Portimonens. Juv< ntude
Peniche Covilhã Arroios União Sport
Leões Boavista Estoril Farense
Chaves Espinho Portalegre BejaCampeonato Nacional da 1.“ Divisão
Benfica Port»
N om e................
Morada
Localidade____
Enviar este cupão até ài 12 horoi de Domingo, 19
0. E. I.--I (HiMi ii (ais un pra a groliiiãii ia laias aisDiminua os perigos de incêndio em sua casa
(Baiaiietek&L
f í ô l a m b ô f i l i a
Gostosamente publicamos a segainte carta:
9-1-958 A P R O V I N C I A 5
(ReotLaçõet
duma aetiiz.(Continuação da última pág.)
equação se resolverá mais tarde! — Mas creia, sinceramente, que o Alves Barbosa é um bom e simpático colega, o que se chama uma jóia de rapaz. . .
— Então sempre e verdade ?
E com o mesmo sorriso gaiato, a loiríssima Maria Dulce term ina:
— Deixe lá que tem muito tempo de sab e r .. •
Incontestavelmente as malfadadas reticências mantêm- -se, pairam sobre este mistério i n s o n d á v e l , mais insondável do que o segredo das pirâmides do Egito !
É assim a personalidade de Maria Dulce, um nome que já firmou os seus créditos, tanto no cinema como no teatro de Portugal e E s panha, isto é, simultâneamente sério e trocista (no bom sentido da palavra), amável e artista.
A título de curiosidade direi que a protagonista de tantíssimas películas, recebeu há pouco o Diploma de Honra de São João Bosco, que lhe foi concedido em Espanha, pela sua melhor interpretação de carácter religioso, realizada no país vizinho, intitulada «Un dia perdido», ao lado da grande Ana Marisca! e dirigida por José Maria Fourqué.
— Projectos?— Inquirimos.— De momento nada mais
lhe posso dizer de que o único projecto mais imediato que tenho é a minha actuação num f i l m e folclórico a fazer, com a mesma produtora e com a cooperação entre Portugal e Espanha.
E aqui nos despedimos da simpática Maria Dulce, cujas interpretações em Portugal e Espanha já fizeram da artista uma «vedeta» internacional.
Aníbal Anjos
Alcobaça— M e l h o r a m e n t o a s s i n a
l á v e l — Acaba de ser apre- ciàvelmente melhorada a iluminação pública desde a praça D. Afonso Henriques até à extremidade da vila, na direcção de Leiria. L i nhas, postes e lâmpadas, tudo foi substituído por material novo, e a vetdade é que a diferença é quase comparável à que existe entre a noite e o dia. Com preende-se, pois, o regozijo com que assinalamos esta reali/.ação dos S e r v i ç o s Municipalizados, confiando ainda que dentro de pouco tempo outras artérias venham a receber idêntica beneficiação.
— P l a n o d e u r b a n i z a ç ã o
— Está aberto inquérito público para apreciação do a n t e p l a n o de urbanização desta vila. Qualquer reclamação que os interessados julguem dever formular, deverá dar entrada na Secre taria da Câmara até ao dia 2 7 de Janeiro.
— N o v a v i a t u r a p a r a o s
B o m b e i r o s — A posse de uma viatura dotada de modernos meios de combate ao fogo, constituía uma das aspirações dos Voluntários desta vila. Pois, 'mercê do valioso auxílio do Conselho Nacional dos Serviços de I n c ê n d io s , a Corporação acaba de receber um pronto- -socorro de nevoeiro, unidade de extraordinária valia em certas emergências e que, portanto, muito contribuirá para a eficiência destes serviços.
— N o v o h o r á r i o d a s m i s
s a s d o m i n i c a i s —>A fim de tornar possível o cumprimento do preceito dominical
às pessoas que estão impos-
M i n h o
sibilitadas de o fazer durante a manhã, a partir do dia 1 de Janeiro haverá uma missa às 16,30 horas. Consequentemente, as missas dominicais na igreja do M osteiro passam a realizar-se às 7,30, 10,30 e 14,30.
— A s s e m b l e i a s G e r a i s — Efectuaram-se recentemente as Assembleias Gerais da Associação dos Bombeiros, Círculo de Arte e Cultura, e G inásio Clube de Alcobaça. Na Associação dos Bom beiros, foram reeleitos os dirigentes que a vêm servindo há cinco anos, com a seguinte distribuição de cargos : Assembleia Geral — eng .0 João de Sousa e Brito, eng .0 Orlando Almeida e Sousa, Albertino Carlos T e ixeira e Alberto Tomás C orreia. Direcção — dr. José R i b e i r o Coutinho, Leonel Afonso Belo, H ilário Pereira André e Arlindo A lves de Sousa. Conselho Fiscal — Joaquim F e r r e i r a Gomes, Joaquim Duarte e o representante da Câmara, ainda por designar.
O Círculo elegeu a sua p r i m e i r a Direcção, após a aprovação dos respectivos estatutos. A votação foi a seguinte: Ass. G e ra l— Jo a quim Augusto de Carvalho, padre João de Sousa, José Teimo Carvalho e Raul Ga- meiro. D irecção — eng. João de Sousa e Brito, Abel dos S a n t o s , C a m i l o Marques Bento e Jo sé Sineiro Canha. Conselho Fiscal — Francisco Trindade Rodrigues, Filipe R a m o s , Afonso Franco e Augusto Beuto.
Finalmente, no Ginásio, tratou-se da alteração aos direitos dos associados. Foi aprovada a proposta da D irecção, em conformidade com a qual o sócio que pague
15$00, ou mais, mensalmente, passa a ter direito à entrada livre em todos os jogos de futebol, ou de hóquei, organizados pelo clube.
— D e s a s t r e m o r t a l — No sábado, no lugar da Vestiaria, foi vítima de lamentável acidente o proprietário sr. Mário Romão de Figueiredo. Cerca das 17 horns, terminada a labuta na fazenda, o o sr. Figueiredo subiu para um carro de bois e empreendeu o r e g r e s s o a casa, a c o m p a n h a d o dum filho de quinze anos. Este, a certa altura, passou para a frente do gado, para o guiar pelo melhor caminho, mas sucedeu que, apesar de tal precaução, ao chegar a uma bifurcação, um dos animais espantou-se, dando origem a que o carro tombasse numa pequena ribanceira. O sr. Figueiredo foi cuspido e com tal infelicidade que ficou em estado melindroso. Conduzido para o hospital de A lcobaça, ali veio a falecer pelas 4 horas da madrugada de domingo, em consequência de fractura do crâneo. O filho nada sofreu, e, quanto aos animais, também sairam ilesos do desastre. O extinto era casado com a sr.a D. Celeste Jáconje de Figueiredo. — (C .)
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L A V R A D I O
Baixa da Banheira— J á f o i n o m e a d o u m
e l e c t r i c i s t a — A fim de exercer as funções de fiscal dos serviços eléctricos nesta lo calidade, foi recentemente nomeado o nosso dedicado assinante Sr. João Amado, motivo porque muito sinceramente o felicitamos. Confiamos, porém, em que as avarias registadas constantemente até agora, tenham terminado por completo. A humilde população da Baixa da B a n h e i r a encontra-se muito satisfeita, e pede-nos para que, por intermédio do nosso jornal, se manifeste a m a io r g r a t i d ã o ao Sr. Presidente da Câmara por tão importante melhoramento e tão acertada nomeação.
Aguardamos agora que o S r. Presidente da Câmara, embora com sacrifício mas com um bocado de boa vontade, não deixe de dotar a Baixa da Banheira, num futuro muito próximo, com outros m e lh o r a m e n to s , tais como os principais: a electrificação onde não existe ainda; o abastecimento de água potável, para o que já não falta tudo, Visto que as obras de «pesquisas» foram concluídas com óptimos re sultados, respectivamente em 15-2 e 25-5-57; os canos de esgotos, Visto que não existem ainda ; e o calcetamento das ruas, pois que as mesmas se encontram no geral em mísero estado. — (C .)
« A P r o v í n c i a »ASSINATURAS
Pagam anto ad ian tad a10 números — 9S90 20 números ~ 20$00 52 números — 50S00 (um ano) Províncias Ultramarinas e Estrangeiro acresce o porte de correio.
N . ° 8 6 F o l h e t i m d e « A P r o v í n c i a » 9 - 1 - 1 9 5 8
9ÍIdeia do ffívessoéPcc cAlvarc 9-9atente
falar, para quê ? As palavras apagam-se perante a majestade daqueles horizontes, perante a grandeza do espectáculo !
Desce, toma o café da sacola, roi a broa e acha a Vido esplêndida, magnífica, in ve jáve l!
Enfardela a tralha, olha por despedida o oásis, e parte novamente.
A C A M IN H O D A S L A G O A SMais doze quilómetros de trepadela.Mete ao atalho coleante e sobe, sobe sempre.Olhar para trás é ficar suspenso, atónito, aparvalhado!O Homem sente-se ínfimo, — coisa perdida na imensidade dos vales e
das distâncias.A perder de vista, estende-se o caminho andado e arredores. Parece o
mar intérmino, com calmos espreguiçamentos a uns lados e revoltas e ondeantes tempestades a outros.
Nos prados extensos borbulham carapinhas verdejantes; ressaltam casalitos como brinquedos; e as nuvens passam por baixo dos cumes — P:'stas de algodão a esfiarem-se, e vão repousar nas planícies.
Encrustada nos longes, — Sabugeiro— , a nossa aldeia mais alta, 1070 metros de altitude! Vista cá do caminho, parece que lançaram na cova mancheia de p é ro la s ...
— Haverá gente a v ive r nessas pérolas ?E o Homem sobe, desespera-se para vencer as alturas, bate-que-bate
com o cajado, dobra-se, curva-se, leva a respiração opressa e o coração ao compasso do pau ferrado . . .
De vez em quando detém-se e inspira fundo; depois, recobra energias e sobe, sobe sempre.
O Homem é a forja; os pulmões, o fole — fu-. . í u . . . fu.E le gosta das ascensões porque se aproxima do desconhecido, de qual
quer coisa que o intriga e o confunde. ..Na última curva, descobre a lagoa.— Chamam-lhe «a comprida» por ser a maior da serra, em comprimento.
Dorme plàcidamente, estendida pelo vale, entalada entre altas penedias e encostas verde-negras, jorrando quedas de água para o «Pomar de Judas».
Nova paragem.Nova debicadela, que o ar pica, atravessa os tecidos e aguça o ape
tite. ..M ais contemplação, — contemplação que não finda, que dá êxtases e
pasmos.A serra abriu uma boca e não a poude fechar. Toda a chuva que caiu,
ali ficou. E assim se formou a lagoa. •.Dizem que há também uma nascente: — Talvez água engulida e que
vem à boca por agon ias. , .A vegetação é quase nula nesta altitude: zimbro e mais zimbro.Não se ouve um pio e as águas vivem paradas, silenciosas, numa quie
tude que irrita !O Homem segue-lhe as pisadas. Olha, perscruta, e não exclam a: —
está dominado !No entanto, tem zumbidos nos ouvidos e, em certas ocasiões, ensur
dece por momentos. Precisa, então, de apertar as narinas e com a pressão interna desentupir o canal auditivo.
Pela tarde, enfardela mais uma vez e continua a ascensão pela vereda à esquerda.
( C O N T I N U A )
6 A P R O V I N C I A 9-1-958
H ã OO lançamento do «Sputnik»
e do «Mutnik», para os longínquos espaços siderais, foi um acontecimento extraordinário, que sem dúvida alguma marcou uma nova era na História, rasgando ante a Humanidade os mais. vastos horizontes.
Alguém afirmou, e com razão, que 0 lançamento do primeiro satélite artificial fora acontecimento de superior transcendência ao do lançamento à água do primeiro barco. O Homem libertara- -se, enfim, da esmagadora força da gravidade, dando um grande passo em frente na conquista do espaço.
Os eruditos na matéria, nào esconderam 0 seu assombro, afirmando ser 0 satélite duma utilidade incomensurável e importantíssima na decifração de certos mistérios até agora impenetráveis.
Colaborando com os homens, Limonehik, — a cadelinha «laika» foi sacrificada à C iência, tornando-se dum momento para 0 outro conhecida em todo 0 mundo e até durante algum tempo 0 assunto de interesse geral.
Houve, porém, quem não ocultasse a mais veemente repulsa, mormente os que se intitulavam amigos dos animais, os quais, condoidos pela sorte da eadelinha, protestaram ruidosamente contra «cientistas tão cruéis e insensíveis que assim condenavam à morte a pobre «laika», exortando todas as pessoas movidas por sentimentos humanos a manifestarem a sua consternação e repugnância. Outros pediram ainda que pela cadelinha fosse guardado «um minuto de s ilêncio»; e uma senhora, muito aflita, reclamava providências, pois ouvia através da rádio os latidos tristes da p o b r e z i n h a aterrorisada pela escuridão do Infinito. Organizou-se também uma manifestação canina em frente a certas instituições internac i o n a i s , transportando os manifestantes d í s t i c o s de protesto e desaprovação pelo acontecido.
Tivem os a impressão de que do muito que se disse e se fez neste propósito se. exagerou bastante, pois tais protestos estiveram longe de nos convencer das razões aduzidas.
Evidentemente que toda a gente, e nós também, desejaríamos 0 regresso da L imonehik, pois sentimos a maior admiração pelos cães, de cuja fidelidade e amor para com os homens existem inegáveis provas. São eles, na verdade, os nossos melhores amigos, que nunca nos enganam, que nunca nos ofendem, que não sâo egoístas nem hipócritas. Shope- nhauer, azedo filósofo alemão após analisar bem os homens, distinguia-os com e s t e a f o r i s m o célebre: «Quanto mais conheço os homens, mais gosto do meu cão».
No entanto, a utilização
i a h a v id o e x a g e r o ? Glória que não tem um pedestal de calúnias, não é glória.
Vargas Vi/a
da Limonehik, como cobaia, foi duma utilidade tão profunda para 0 progresso da humanidade, que os protestos dos discordantes causaram um sorriso de incredulidade àqueles que desapai- xonadamente acompanhavam 0 caso, admirando-o apenas sob 0 aspecto científico, porque não passaram de meras manifestações platónicas que em nada alteraram os factos e nem nos convenceram de que tais indivíduos fossem mais amigos dos animais do que ninguém. Raciocínios tais, ou são originados pela cândida ingenuidade , dos simples, ou por almas incendiadas de ódios — 0 que só os ridiculariza.
Na primeira hipótese, 0 bom senso terá que superar os ímpetos e a sensibilidade das almas condoidas, ante 0 complexo do caso. Pela nossa parte, jamais nos atreveríamos a condenar como mons
truosidade 0 sacrifício da «Laika», pois se tantos outros cães igual sorte têm tido nos laboratórios.. . Ainda há algum tempo, lemos na imprensa diária a enxertia de parte dum cachorro no pescoço dum cão já velho, criando-se assim um monstro de duas cabeças que conseguiu sobreviver alguns d ia s !
Além disto, c h e g a - 11 os constantemente às mãos no-
sequer conseguiu sarar as feridas causadas pela última!
Como nos arrogaríamos a condenar tais ensaios inter- planetários com a morte dum simples cão, se pelo mundo fora tantas criancinhas e tantos vèlhinhos esmolam 0 humilhante pão da caridade, sem que a luz do horizonte os ilumine'.
Na s e g u n d a hipótese, ainda 0 bom senso deverá
P o r -- f o s é R o s a f i g u e i r e d otícias de torneios de tiro aos pombos, de toiros de morte e outras diversões deste género. Vemos aviários cheios de avezitas condenadas à prisão perpétua. Pior que tudo isto, os homens ainda se divertem em combates de box ou de luta livre, e os jornais enchem colunas com píevisões e ameaças duma nova guerra quando, finalmente, 0 mundo ainda nem
superar os a n t a g o n i s m o s idiológicos, porque a C iên cia e a Arte não têm cor nem país, e venham de onde vierem deverão ser recebidas de braços abertos, sem que qualquer influência lhes deminua 0 mérito.
Ja im e Brasil, num artigo publicado há mais de vinte anos, já nos dizia que «a arte e a ciência não têm política, porque são 0 Eterno,
acima, muito acima do que é mudável».
Albert Enstein, Leonardo da Vinci, Luís de Camões, Leão Tolstoi, e tantos outros que foram grandes nos mais variados campos da vida social, tê-lo-iam sido sempre, antes que não houvessem nascido onde nasceram.
Infelizmente, não foi possível fazer regressar a pobre Limonehik, e 0 seu corpo continua a girar em volta da terra, como certeza de que os homens ali poderão chegar num próximo futuro. E tudo 0 que se disse a seu respeito, não conseguiu alterar a imutável marcha dos satélites na grandeza e altitude do céu.
Uma vez mais, foi confirmada quão verdadeira é a filosofia do povo, pois na verdade «nem todas as vozes lá conseguem chegar». . .
(QtodaçÕej duma aetiiz Uma entrevista de
A n í b a l A n j o sEm visita à vila de M on
tijo, e também ao nosso jornal, na pessoa do seu D irector, Sr. Á l v a r o Valente, veio aqui pela primeira vez, no pretérito dia 1.° de Dezembro, a jovem e talentosa actriz cinematográfica e teatral, M aria Dulce, que, durante cerca de três anos tem vivido e trabalhado em M a drid e até por toda a Espanha.
Actualmente em I.isboa, onde veio a convite do actor- -cantor Alberto Ribeiro, também produtor cinematográfico, interpretar a protagonista feminina da película «O homem do dia», dirigida por Henrique de Campos e ao lado dos corredores ciclistas A lves Barbosa e Pedro Polainas, não quis Maria Dulce deixar escapar esta oportunidade de visitar Montijo e «A Província».
Se bem que um pouco t a r d i a m e n t e , por motivos alheios à vontade do signatário, só hoje nos é possível dar à publicidade desta entrevista, feita logo após a visita da brilhante artista a Montijo, — cujos poemas primorosos e cheios de patriotismo os nossos leitores já devem ter tido ocasião de escutar através da Rádio.
Demos, portanto, a palavra à nossa entrevistada.
-D ig a-n os , Maria Dulce, as suas impressões a respeito de Montijo e do seu público ?
— Achei Montijo bonitinho e muito interessante, e confesso-lhe que não me desagradaria visitar tão pitoresca vila, de vez em quando. Todavia, depois de ter conhecido 0 tão pacato Montijo, de que guardarei inolvidáveis recordações, gostaria de voltar a visitá-lo durante os seus tradicionais festejos, cuja fama já ultrapassou
fronteiras e chegou até E s panha.
A inolvidável intérprete de «Frei Luís de Sousa» e de «Senhora de Fátima» faz uma pausa, para logo prosseguir.
— Quanto ao seu público, se bem que nunca tenha tido um contacto directo com o mesmo, parece-me que não sou ali de todo ignorada,
Valente, Director do referido jornal, e pela sua Fam ília.
— Conte-nos as suas impressões sob 0 Cine-Teatro Joaquim de almeida ?
— As minhas impressões são as melhores, como aliás já tive a oportunidade de dizer pessoalmente à G erên cia daquela esplêndida casa de espectáculos, pois achei a sua sala muito moderna e
M A l i l A D V l . C E
ampara o corredor
ALVES BARBOSA
1108 seus primeiros
passos... de bici
cleta, apôs a frac
tura dc que ele fo i
v i t i ma , no braço
d i r e i t o , quando
con: a nossa entre
vistada actuava em
«O homem do dia».
I m m
pois fui reconhecida e abordada até por algumas das jovens habitantes, c a ç a d o r a s
de autógrafos.Antes, contudo, de pros
seguir na entrevista que v. tão amàvelmente me solicitou para 0 simpático jornal «A Província», quero expressar aqui os meus mais sinceros agradecimentos pela forma carinhosa com que fui r e c e b id a pslo Sr. Alvaro
confortável — uma das mel h o r e s das m u i t a s que conheço — , e para completar a minha opinião, seria interessante que ali se estreiasse a película «O homem do dia». •.
— A propósito : — O que , pensa, Maria Dulce, de «Ohomem do dia» que você está a interpretar com Alves Barbosa e Pedro Po la inas?
— Com todo 0 gosto. Con
tudo, se bem que eu seja suspeita para lhe dar a minha opinião sobre tal assunto, direi-lhe-ei que esta produção tem condições, 0 melhor possível, e que, depois de pronta, muito honrará Portugal e os portugueses. A última palavra sobre tal assunto, como aliás é natural e lógico, tê-la-á 0 público. Espero, no entanto, que sejam benevolentes e espero também que o nosso esforço nào tenha sido vão.
— Toda a Imprensa diz que a Maria Dulce está noiva de A lves B rabosa ; mas, em vista de tantas reticências e contradições, gostaria que você nos esclarecesse sobre 0 que a tal respeito se tem dito e redito, isto é, do seu possível c a s a m e n t o com Alves Ba rb o sa !
Com um sorriso agaiatado, que faz parte integrante da personalidade da intérprete de «O homem do dia», a actriz esclarece-me:
— Pois éexactamente isso. Nós, nada sabemos além do que tem vindo nos jornais. Contudo, como sabe, a vida é feita assim, de certezas e de incertezas; mas, como você pretende saber a verdade, acho que 0 melhor será aguardar os acontecimentos, para depois ver. Confesso-lhe que, apesar da muita consideração que tenho por si, nada lhe posso dizer de mais concreto do que lhe disse. Além dis=>o, há um ditado que reza assim ; «que a verdade é como 0 azeite. Vem sempre ao cimo da água.» e, se me permite, deixo-lhe 0 problem a.. . cuja
(Continua na págin a ó)