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01 UNIDADE 03 UNIDADE ADMINISTRAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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Comportamento Organizacional - Unidade03

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01UNIDADE

03UNIDADE

ADMINISTRAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

2 Unidade 3. Administração das OrganizaçõesEXCE LÊ NCIA E M EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ADMINISTRAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES

Olá, Aluno (a). Essa unidade tem como objetivo facilitar a compreensão das teorias administrativas e a importância da administração das organizações.

Você acha que é fácil abrir e gerar uma empresa na sociedade atual? Você já teve essa experiência ou acompanhou de perto alguém que já teve? Lembra-se de como foi? Dos problemas enfrentados?

Caso você não conheça ou queira se aprofundar mais no assunto, acesse o site do SEBRAE-RS: http://

www.sebrae-rs.com.br/index.php/quero-abrir-minha-empresa

Nele, você encontra as dicas e o passo-a-passo para melhorar os seus negócios.

Atualmente, a sociedade se caracteriza pela globalização, constantes mudanças e grande competitividade. Sobreviver diante desse cenário não é fácil, pois as organizações precisam sempre inovar, lançar novos produtos, prestar melhores serviços em novos mercados e apresentar novos métodos de trabalho, a fim de aumentar a eficácia e a eficiência, além de serem competitivas.

Para atingir resultados da melhor maneira possível, é essencial que as organizações possuam uma boa administração. Esta, diante de decisões, guia e coordena o trabalho em conjunto, com objetivo em comum. Para nos auxiliar nessa corrida, temos a teoria Geral da Administração (TGA), sendo aquela que se propõe a estudar como funciona a administração das organizações.

Administrar sem conhecimento de Comportamento Organizacional pode tornar a empresa desumana, fria, rígida, ineficiente e ineficaz, o que pode explicar o fato de muitas delas fecharem tão cedo. Assim, conhecer o Comportamento Organizacional é tão

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importante para os administradores, pois aplicar esse conhecimento colabora com a longevidade das empresas.

Você acha que as empresas sempre contaram com uma administração? Na verdade, as teorias administrativas, que levaram o Comportamento Organizacional ao patamar atual, começaram a surgir a partir do final do Século XIX e se disseminaram em todo o século XX. Isso ocorreu juntamente a Revolução Industrial, com o surgimento das fábricas, das máquinas a vapor e das linhas de produção. Desde então, com a necessidade de melhoria dos métodos de trabalho, seleção e treinamento dos trabalhadores, as primeiras teorias administrativas foram criadas.

Primeiras Teorias: Ênfase nas Tarefas

Por que você acha que surgiram as teorias da administração? Por que você considera importante administrar? Veja se a sua forma de pensar corresponde ao que será exposto a seguir.

As primeiras teorias sugiram com o pensamento focado em administrar para melhorar a forma como as tarefas eram executadas pelos operários no chão de fábrica. Taylor, um engenheiro norte americano que fundou a Administração Científica, preocupou-se com a eliminação do desperdício e o aumento da eficiência. Para resolver esses problemas, as tarefas foram fragmentadas e cada operário realizava tarefas repetitivas ou padronizadas.

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Um exemplo de como isso acontecia pode ser observado na figura a seguir, em que os funcionários trabalham em uma esteira de produção, cada um realizando uma atividade

específica. Esse assunto também pode ser visto no filme Tempos Modernos que trabalha com a divisão de trabalho, na qual

o funcionário é visto como engrenagem de uma máquina.

Para garantir o máximo de eficiência na execução das tarefas da empresa, Taylor dizia que os princípios da Administração Científica eram:

1. Racionalizar as tarefas: utilizar o método científico para determinar a melhor maneira de executar cada tarefa;

2. Selecionar as pessoas: comparar as exigências das tarefas com as habilidades que os candidatos à vaga possuíam;

3. Treinar pessoas: para que realizem o trabalho de acordo com os métodos padronizados pelos gerentes;

4. Monitorar o desempenho do trabalho: para garantir que o método padronizado está sendo executado pelos funcionários.

Diante dos princípios de Taylor, os gerentes são os funcionários responsáveis pela organização do trabalho. São eles que devem realizar o trabalho intelectual, ou seja, pensar e planejar os métodos

fig.01

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de trabalho, distribuir as tarefas entre os funcionários e fiscalizá-los para garantir a alta produtividade. Assim, fica clara a grande ênfase nas tarefas e nos métodos de realização.

Você saberia dizer qual foi a influência dessa forma de pensar a administração? Como essa mudança na forma de pensar os métodos influenciou as empresas? Veja só como aconteceu.

Taylor impactou a administração de todo o mundo, trazendo ótimos resultados para as empresas, como o aumento da produtividade e diminuição do desperdício. A Administração Científica de Taylor foi o primeiro passo para a formação das teorias administrativas atuais. Porém, tem suas limitações. Naquela época, acreditava-se que a única forma de motivar os funcionários era com o salário e estudava-se cada operário individualmente, aplicando os conhecimentos do particular para o geral.

Segunda Onda: Ênfase na estrutura organizacional

Enquanto Taylor trabalhava nos Estados Unidos, na Europa, um grupo estudava a administração com ênfase em suas estruturas. Esta abordagem foi chamada de Teoria Clássica da Administração e enfatizava a empresa como um todo.

Fayol, um engenheiro francês, acreditava que o trabalho deveria ser fragmentado em planos superiores e não no chão de fábrica, como fazia Taylor. Portanto, a empresa deveria ser dividida em seis funções básicas: produção, finanças, contabilidade, vendas, pessoal e segurança. Para ele, cada departamento deveria fazer a sua parte para que a empresa funcionasse com maior eficiência e eficácia. A figura a seguir apresenta um organograma atual, que ilustra como a divisão de trabalho, em graus superiores, foi proposta por Fayol e ainda é aplicada em algumas empresas.

Fayol dizia que administrar era trabalhar na previsão de atividades futuras: organizar os recursos da empresa, comandar e coordenar a mão de obra e controlar os recursos humanos, fazendo a comparação entre os objetivos planejados e os resultados obtidos.

Entretanto, com o mundo em gradativa mudança, a Teoria Clássica da Administração já não dava mais conta do crescimento das empresas. E foram os escritos de Weber, em meados de 1940, que culminaram em um movimento chamado Teoria da Burocracia, que veio para dar conta dos problemas das organizações grandes e

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complexas.

Você já ouviu falar em burocracia? Hoje, esse termo está intimamente relacionado com o setor público. Para Weber, a burocracia significa uma organização racional que busca meios mais eficientes, baseados em metas coletivas, para implementação de metas. Para ele, as características individuais dos funcionários não são levadas em conta. Consequentemente, a empresa era vista como uma máquina e os funcionários como peças dessa engrenagem, visão que ignora os comportamentos individuais.

As principais características do modelo burocrático, segundo Weber, são:

1. Divisão do trabalho: os cargos especializados dividem e fragmentam as tarefas organizacionais;

2. Hierarquia: os chefes têm total poder sobre os seus subordinados, com relações de autoridade bem definidas;

3. Regras e regulamentos: a organização define como seus funcionários devem se comportar na realização de suas tarefas, de forma rígida e inflexível;

4. Formalização das comunicações: todo tipo de comunicação deve ser realizada por escrito, como um documento;

5. Competência técnica: são realizadas avaliações de desempenho, testes e concursos que medem o mérito profissional das pessoas e servem de critérios para seleção e promoção;

6. Procedimentos técnicos: as tarefas realizadas em cada cargo seguem uma rotina e procedimentos técnicos são estabelecidos previamente. Assim, a organização se baseia em cargo, não em pessoas e são as pessoas que devem se adaptar à organização e não o contrário.

Essas características são as dimensões da democracia que estão presentes, em maior ou menor grau, em todas as grandes empresas, dependendo do seu patamar de burocratização. A ausência dessas dimensões nas empresas é vista como sinônimo de desordem e imprevisibilidade.

Entretanto, a burocracia tem suas limitações. Ela pode gerar um apego exagerado às regras que, muitas vezes, tornam-se mais

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importantes do que os objetivos da empresa. Com isso, pode ocorrer uma grande resistência às mudanças, bem como as regras oferecem certa segurança e previsibilidade aos funcionários. Além disso, a formulação de documentos padronizados causa excesso de formalismo e tempo perdido, causando, ainda, excesso de papeis, uma vez que tudo deve ser documentado e comunicado por escrito. O relacionamento com os clientes, por ser padronizado e impessoal, fica prejudicado, uma vez que cada cliente é único e deseja ser tratado como tal.

O que você acha que a burocracia faz pela empresa? Você já utilizou algum serviço público? O atendimento e a resolução do seu problema foram demorados? Veja o que isso pode acarretar para a organização.

As limitações da burocracia podem afetar a eficiência da empresa, que se torna demorada, rotineira e desarticulada. Esse modelo é ideal para empresas que estão inseridas em um contexto que não muda e começam a se mostrar desajustadas no começo do século XX, quando as mudanças ambientais se intensificaram e se tornaram mais rápidas.

Foi nesse contexto que surgiu, em torno de 1950, a Teoria Neoclássica da Administração, que, diferentemente das teorias administrativas anteriores, olhava não só para dentro, mas, também, para fora da organização. De acordo com os preceitos dessa teoria, administrar é um processo que envolve quatro funções:

1. Planejamento: estabelecimento de objetivos a serem alcançados no futuro;

2. Organização: definição das divisões de trabalho organizacional, o que garante o alcance dos objetivos;

3. Direção: coordenação dos esforços, garantindo que as pessoas realizem suas tarefas de acordo com os objetivos da organização (liderança);

4. Controle: monitoramento do desempenho, comparando os resultados com os objetivos.

Segundo a teoria Neoclássica da Administração, o sucesso das empresas é medido de acordo com seus objetivos. Dessa forma, como mostra a figura a seguir, cada empresa tinha seus objetivos e, para atingi-los, eram criadas metas nas quais seu alcance seria o mesmo

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que o uma empresa de sucesso.

Terceira Onda: Ênfase nas pessoas

A Escola das Relações Humanas modificou o processo vigente na época e levou o estudo da Administração para o comportamento das pessoas. Ela desviou a atenção dos métodos de trabalho para o aumento da satisfação dos funcionários, percebendo como as pessoas afetam a produtividade nas organizações.

Dentro dessa escola, fortemente influenciada pela Psicologia, as empresas passaram a adotar a Teoria Comportamental da Administração, a qual se preocupava com o comportamento dos indivíduos e como os administradores poderiam desenvolver motivação, liderança e comunicação no ambiente de trabalho.

Quarta Onda: Ênfase no ambiente

Em meados de 1960, surgiram abordagens que consideravam a organização como um sistema aberto que interagia com o ambiente, que é de onde vem a matéria prima e para onde vão os produtos finalizados. Deste modo, a sobrevivência da organização depende do ambiente no qual ela está inserida. A figura a seguir ilustra como o meio ambiente, clientes, fornecedores, acionistas, o estado, o pessoal e os bancos influenciam as empresas e vice versa.

Tempos modernos

A era da informação e da inovação tecnológica causa mudanças e transformações ainda mais rápidas e intensas. É exigido das organizações que sua administração seja baseada na avaliação e que ocorra uma consequente melhoria contínua da qualidade de seus produtos, serviços e na qualidade total. Ultimamente, as organizações que não possuem essas características não sobrevivem no mercado. A figura a seguir mostra alguns exemplos de tecnologias que estão presentes do dia a dia das empresas e facilitam a sua sobrevivência.

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Vimos na unidade 3 como a ênfase na administração das empresas mudou ao longo dos tempos. Qualquer mudança no cenário socioeconômico de um país influencia o mercado e a forma como a administração de empresas deve l i d a r com ele. Por exemplo: o aumento do dólar influencia as importações e exportações.

Deste modo, o comportamento organizacional é essencial para a adaptação às mudanças. Pessoas inovadoras, que possam detectar essas mudanças e como a empresa deve agir diante delas no mercado de trabalho, são imprescindíveis. Elas podem ajudar a achar um novo nicho de clientes, criar um novo serviço ou produto a ser oferecido, para que a empresa continue lucrando, apesar da diminuição das exportações, devido ao aumento do dólar. Este seria um bom exemplo de adaptação e garantia de sobrevivência das empresas.

Assista ao vídeo online “Inovação”, disponível no link https://www.youtube.com/watch?v=fvW0JlGG8uw, e reflita sobre o que a empresa pode fazer a respeito disso.

Lista de ImagensFig.01: http://search.creativecommons.org/

Referências

CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações. 3ª edição. Rio de Janeiro: Elsiever, 2014.

MINICUCCI, Agostinho. Psicologia aplicada à administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 14ª edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

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