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Prof. Samir Idaló Júnior 19 de Outubro 2016 Disciplina de Cardiologia Complicações Cardiovasculares no Diabetes

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Prof. Samir Idaló Júnior

19 de Outubro

2016

Disciplina de Cardiologia

Complicações Cardiovascularesno Diabetes

0

5

10

15

20

25

30

cryopithecus australopithecus homo erectus homo sapiens homo sapienssapiens

Milh

ões

anos

Redução da mortalidade por doenças infecto parasitáriasAumento da expectativa da vidaAumento da urbanização

Aumento do tabagismoSedentarismoMudança dietética (açucar, gorduras, calorias)Aumento do estresse

ObesidadeDislipidemiaHipertensãoDiabete melitoDoença arterial coronarianaArtropatias

HOMEM MODERNO

HOMEM MODERNO

Mudança De Hábitos

Epidemiologia do Diabetes mellitus

1 2 3 4

Série1 1985 1995 2002 2030

Série2 30.000.000 135.000.000 173.000.000 300.000.000

0

50000000

100000000

150000000

200000000

250000000

300000000

350000000

P

o

p

u

l

a

ç

ã

o

Período

Incidência da DM no Mundo

Série1

Série2

2010 – 6,4%2030 – 7,7%

Gualandro DM, Azevedo FR, Calderaro D, Marcondes –Brga FG, Caramelli B, Schaan BD, et al. I Diretriz Sobre Aspectos Especificos de Diabetes Melito(tipo 2) Relacionados â Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2014, 102 (Supl.1) 1-30

Causas de morte (%)

Pickup & Willians. Handbook of Diabetes 24, 1999

Diabete Melito Tipo 2

0 10 20 30 40 50 60 70

Coronar.

AVC

Gangrena

Cancer

Infecção

Coma diab.

Nefropatia

Outros

Opinião dos Pacientes

Pesquisa entre pacientes com Diabetes

Achados 68% não consideram que a doença

cardiovascular pode ser uma complicaçãodo diabetes

50%+ não se preocupam com IAM ou AVE

60% não se sentem em risco para teremhipertensão arterial ou dislipidemia

O conhecimento é menor entre os maisvelhos e entre os idosos

0

20

40

60

80

Kuller LH, et al. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 20:823-829, 2000

Presença de DCV e aumento de

mortalidade

Sem DCV sub-clínica DCV subclínica DCV clínica

Normais

TDG

Diabéticos

9.812.8

17.8

24.4

30.7

40 41.3

53.7

68.7

Diabetes tipo 2 Impõe risco aumentado (2 a 4 X) vezes para o surgimento da DAC

75% das mortes dos diabéticos são decorrentes da doença coronária (30% por IAM)

Diabetes e Doença Arterial Coronária

Gualandro DM, Azevedo FR, Calderaro D, Marcondes –Brga FG, Caramelli B, Schaan BD, et al. I Diretriz Sobre Aspectos Especificos de Diabetes Melito(tipo 2) Relacionados â Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2014, 102 (Supl.1) 1-30

0

5

10

15

20

25

30

CURE OPUS RESTORE PRISM PRISM-PLUS

InCor(IAMSS)

%

Prevalência de DM nas SIA

sem supra

22,521 20 21

23 24

Risco Semelhante em Pacientes com Diabetes Tipo 2 Sem IM Prévio e PacientesSem Diabetes tipo 2 com IM Prévio

0 1 2 3 4 5 6 7 8

0

20

40

60

80

100

Nondiabetic subjects without prior MI (n=1,304)Diabetic subjects without prior MI (n=890)Nondiabetic subjects with prior MI (n=69)Diabetic subjects with prior MI (n=169)

Sobrevida(%)

Anos

Haffner SM et al. N Engl J Med. 1998;339:229-234.

Causa principal

de novos casos

de doença renal

em final do

estágio I

Aumento de 2 a 4

vezes na

mortalidade

cardio-vascular

Causa principal de

novos casos de

cegueira em

trabalhadores

idosos

Causa principal

de amputação

não traumática de

extremidades

inferiores

Impacto Clínico do DM

Diabetes

Gualandro DM, Azevedo FR, Calderaro D, Marcondes –Brga FG, Caramelli B, Schaan BD, et al. I Diretriz Sobre Aspectos Especificos de Diabetes Melito(tipo 2) Relacionados â Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2014, 102 (Supl.1) 1-30

Desenvolve-se mais rapidamente

As lesões coronárias

são mais extensas

Compromete

mais vasos

DIABETES MELITO E ATEROSCLEROSE

Cada redução de 1%

da HBA1C

Redução do Risco (%)*

1%

Mortes por diabetes

Ataques cardíacos

Complicações microvasculares

Transtornos vasculares periféricos

UKPDS 35. BMJ 2000; 321: 405-12

Lições do UKPDS :Melhor controle significa menos complicações

*p<0,0001

Posicionamento oficial da American College Of Cardiology/American Heart Association (ACC/AHA)

Posicionamento oficial da SBD sobre Diabetes e Doença Cardiovascular

Tratamento com Estatinas em Pacientes com Doença Arterial Coronariana (DAC)

Principais Estatinas no Mercado Brasileiro

Algoritmo da SBD para o uso de estatinas em pessoas com Diabetes

Doença Aterosclerotica Estabelecida

Infarto Agudo do MiocárdioSindrome Isquêmica AgudaRevascularização MiocardicaAcidente Vascular EncefálicoPlaca em Artéria CarotídeaEstenose aterosclerótica de Artérias RenaisDoença Arterial PeriféricaAneurisma de Aorta

Fatores de Risco

Micro ou MacroalbuminúriaRetinopatia DiabéticaTabagismoHASTratamento Atual para HASHDL-c < 40mg/dL (homens) ou < 50mg/dL (mulheres)Historia Familiar de DAC precoce: pai < 55 anos ou

mãe < 65 anos

Calculadora UKPDS - RE

< 10% = baixo risco

Entre 10 a 20% = intermediário

> 20% = alto risco

Baixo risco = MEVIntermediario e alto risco = estatina

AAS

Prevenção Secundaria = indiscutível

Prevenção Primária = ??????????????????????

Gualandro DM, Azevedo FR, Calderaro D, Marcondes –Brga FG, Caramelli B, Schaan BD, et al. I Diretriz Sobre Aspectos Especificos de Diabetes Melito(tipo 2) Relacionados â Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2014, 102 (Supl.1) 1-30

HAS e DM

• HAS sem presença de lesão renal = qualquer classe farmacológica com exceção dos vasodilatadores diretos (hidralazina)

• HAS com presença de lesão renal (microalbuminúria) = IECAs ou BRAs

Diminuem a proteinúria e preservam a taxa de filtração glomerular em pacientes com DM;

Melhoram a sensibilidade à insulina e reduz a hiperinsulinemia e a intolerância à glicose.

Diuréticos:

Intolerância à glicose;

Colesterol total e LDL-C, HDL-C;

Beta Bloqueadores:

Inibem a liberação da insulina causando hiperglicemia (bloqueio de receptores pancreáticos beta 2);

hipertligliceridemia, HDL-C;

Fármaco Radical Pró-droga Meia-vida

(horas)

Via

eliminação

Captopril Sulfidril Não 2,0 Renal

Enalapril Carboxil Sim 11,0 Renal

Lisinopril Carboxil Não 13,0 Renal

Ramipril Carboxil Sim 12,0 Renal

Perindopril Carboxil Sim 9,0 Renal

Benazepril Carboxil Sim 12,0 Renal/Hepátic

Trandolapril Carboxil Sim 16-24,0 Renal

Fosinopril Fosinil Sim 12,0 Renal/Hepátic

Batlouni M., Ramires, J.A.F., Mello, E.P. Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina . In: Batlouni M., Ramires J. A . F. Farmacologia E Terapêutica Cardiovascular, Atheneu, São Paulo, 2ª edição 2004, p. p. 259-276

Inibidores da ECA – Características Farmacocinéticas

Tosse seca (10-20%)

Efeitos teratogênicos

Erupções cutâneas (2-3%

Edema angioneurótico

(0,1-0,2%)Gosto

metálico

Batlouni M., Ramires, J.A.F., Mello, E.P. Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina . In: Batlouni M., Ramires J. A . F. Farmacologia E Terapêutica

Cardiovascular, Atheneu, São Paulo, 2ª edição 2004, p. p. 259-276

Inibidores da ECA – Efeitos Colaterais

Estenose bilateral de aa renais

Insuficiência renal aguda

Tavares, A., Ginoza, M., Ribeiro, A. B. Antagonistas dos Receptores da Angiotensina II . In: Batlouni M., Ramires J. A . F. Farmacologia E Terapêutica

Cardiovascular, Atheneu, São Paulo, 2ª edição, 2004, p. p. 277-287

Fármaco Meia-vida

(horas)

Via eliminação

Losartan 6-9,0 Renal

Valsartan 9,0 Bile (fezes)

Olmesartan 11-15,0 Bile (fezes)

Candesartan 9,0 Urina e bile (fezes)

Antagonistas Receptores Angiotensina II –Farmacocinética

Tosse seca (< 3%)

Efeitos teratogênicos

Antagonistas Receptores Angiotensina II –

Efeitos ColateraisEdema

angioneurótico (0,1-0,2%)

Estenose bilateral de aa renais

Insuficiência renal aguda

Tavares, A., Ginoza, M., Ribeiro, A. B. Antagonistas dos Receptores da Angiotensina II . In: Batlouni M., Ramires J. A . F. Farmacologia E Terapêutica

Cardiovascular, Atheneu, São Paulo, 2ª edição, 2004, p. p. 277-287