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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
SANDRA STÖCKLI ARANTES
COMPETÊNCIAS DEFINIDAS NAS DIRETRIZES
CURRICULARES NACIONAIS DO CURSO DE GRADUAÇÃO
EM ADMINISTRAÇÃO: SUAS TRADUÇÕES PARA OS
PLANOS DE ENSINO
CUIABÁ-MT
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
SANDRA STÖCKLI ARANTES
COMPETÊNCIAS DEFINIDAS NAS DIRETRIZES
CURRICULARES NACIONAIS DO CURSO DE GRADUAÇÃO
EM ADMINISTRAÇÃO: SUAS TRADUÇÕES PARA OS
PLANOS DE ENSINO
CUIABÁ-MT
2017
SANDRA STÖCKLI ARANTES
COMPETÊNCIAS DEFINIDAS NAS DIRETRIZES
CURRICULARES NACIONAIS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM
ADMINISTRAÇÃO: SUAS TRADUÇÕES PARA OS PLANOS DE
ENSINO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Educação da Universidade Federal
de Mato Grosso como requisito para a obtenção do
título de Mestre em Educação na Área de
Concentração Educação, Linha de Pesquisa
Cultura, Memórias e Teorias em Educação.
Orientador: Prof. Dr. Silas Borges Monteiro
Cuiabá-MT
2017
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu marido, companheiro e cúmplice Miguel, por toda
parceria e auxilio para a conclusão desta dissertação.
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Minha família, pois mesmo distante os sentia presente.
Minha mãe amada, que partiu para o plano superior durante o mestrado, mas que
esteve sempre perto por meio dos seus ensinamentos e amor.
Meus amados filhos, Martim (in memorian) e Jonathan, que me deram força para
caminhar além dos meus passos.
Meu marido, pelo amor e tolerância nos momentos de mais angustia.
A amiga Alessandra, pelos conselhos e direcionamentos.
Meu orientador, pela paciência e ensinamentos.
Professora Márcia, que me deu apoio e incentivo.
Professor Einstein, pelo carinho e orientações.
Professor Aristides, pelas dicas e conselhos.
Enfim, agradeço à todos que de alguma forma tiveram participação na elaboração
deste trabalho.
EPÍGRAFE
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”. Carl Jung
RESUMO
Os profissionais que atuam no ensino da Administração convivem com um grande desafio expresso pelas exigências das oito grandes competências e habilidades previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do Curso de Graduação Bacharelado em Administração. Tais competências se espera que sejam alcançadas pelo modo como são apresentadas nos Planos de Ensino (PE) ao contemplarem a teoria e a prática, por meio de conteúdos baseados em ementas, bibliografias e metodologias. O foco principal da pesquisa reside no fato de saber se os alcances ocorrem pelo modo como são apresentadas as traduções nos planejamentos de aula, por meio dos Planos de Ensino (PE), pelos docentes das unidades curriculares. Portanto, neste trabalho as traduções em Derrida são tomadas em movimentos com intuito de analisar como os docentes traduzem o que já está descrito quanto às competências e habilidades esperadas no perfil do egresso, integrantes do Projeto Pedagógico de Curso (PPC), extraídos das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os Planos de Ensino (PE). Em tal contexto, surge o problema da pesquisa que faz indagar se, efetivamente, essas traduções, por meio dos Planos de Ensino (PE), conseguem proporcionar uma formação para os egressos que revele as competências previstas nas Diretrizes. O objetivo geral consiste em entender se as competências definidas nas Diretrizes, contempladas no Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e formuladas nos Planos de Ensino (PE), do componente curricular, podem ser avaliadas e validadas de fato para que, ao final do curso, após quatro anos se alcance a formação profissional do administrador. O problema definido, a despeito da prática adotada pelo curso enfatizando competências, não foi respondido totalmente, não sendo possível o entendimento se as traduções são bem sucedidas e, consequentemente, se validam as competências definidas, no âmbito das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), integrantes do perfil do egresso.
Palavras chave: Ensino da Administração. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração. Competências.
ABSTRACT
The professionals that work in the teaching of the Administration coexist with a great challenge expressed by the demands of the eight great competences and abilities foreseen in the National Curricular Guidelines (DCN) of the Bachelor's Degree in Administration. These competencies are expected to be achieved by the way they are presented in the Teaching Plans (PE) when contemplating theory and practice, through content based on syllabi, bibliographies and methodologies. The main research focus is the fact of knowing if the scope occurs the manner how the translations are presented in the lesson plans, through the Teaching Plans (PE), by the curricular units Professors. Therefore, in this study the translations in Derrida are taken in movements with the purpose of analyzing how the Professors translate what is already described regarding the skills and abilities expected in the alumnus‟profile, members of the Pedagogical Project of Course (PPC), extracted from the Curricular Guidelines (DCN) for Teaching Plans (PE). In such context, the research problem arises which wonders if, indeed, these translations, through the Education Plans (PE), manage to provide a training for the graduates that reveals the competences foreseen in the Guidelines. The general objective is to understand if the competences defined in the Guidelines, contemplated in the Pedagogical Project of the Course (PPC) and formulated in the Teaching Plans (PE), of the curricular component, can be evaluated and certified in fact so that, at the end of the course, after four years the administrator professional training is reached. The problem defined, in spite of the practice adopted by the course emphasizing competences, was not fully answered, and therefore it is not possible to understand if the evaluations are successful and, consequently, they translations the defined competences, within the scope of the National Curricular Guidelines (DCN), Members of the aluminus profile.
Keywords: Management Education. National Curricular Guidelines of the Undergraduate Program in Administration. Skills.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1 – Projeto Pedagógico de Curso (PPC) – Documento de Gestão para
Ação...........................................................................................................................32
FIGURA 2 – Fluxo de Montagem do Plano de Ensino...............................................33
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Competências previstas nos Projetos Integradores..............................49
TABELA 2 – Resultados das competências...............................................................50
TABELA 3 – Grupos dos Projetos Integradores.........................................................50
TABELA 4 – Resultado final das avaliações dos Projetos Integradores....................51
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CES – Câmara de Educação Superior CNE - Conselho Nacional de Educação
CONAES – Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior CONSEPE -
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
DCN – Diretrizes Curriculares Nacionais
EAESP – Escola de Administração de Empresa de São Paulo EFF – Grupo de
Estudos de Filosofia e Formação
IES – Instituição de Ensino Superior MEC – Ministério da
Educação
NDE – Núcleo Docente Estruturante
PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional
PE – Plano de Ensino
PI – Projeto Integrador
PPC – Projeto Pedagógico de Curso
PPI – Projeto Pedagógico Institucional
SINAES - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... .........13
CAPÍTULO 1 – CONTEXTO E IMPLICAÇÕES À LUZ DOS CURRÍCULOS...............19
1.1 Trajetória da pesquisa.....................................................................................................................22
1.2 Percurso do curso de administração e a formação do administrador.............28
CAPÍTULO 2 - NÍVEIS DE MOVIMENTO DA TRADUÇÃO...................................................31
CAPÍTULO 3 - DEFININDO OS CONCEITOS BASE ......................................................... ......34
3.1 Tradução.............................................................................................................34
3.2 Competências.......................................................................................................................................38
3.3 Metodologias ativas ............................................................................................................... .........40
CAPÍTULO 4 - RESULTADOS DA PESQUISA .................................................................... ......43
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................................54
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................59
ANEXO A – PLANO DE ENSINO..............................................................................65 ANEXO B – ESTRUTURA CURRICULAR – GRADE 2012.......................................74 ANEXO C – PLANILHA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS...............................79
13
INTRODUÇÃO
O título Competências definidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais do
Curso de Graduação em Administração: suas traduções para os planos de ensino
aproximam duas áreas e campos distintos, a educação e a administração, as
Ciências Humanas e as Ciências Sociais Aplicadas, com a delimitação de um objeto
de pesquisa em educação relativo às dificuldades encontradas na validação de
Planos de Ensino (PE) desenhados e voltados para a formação inicial de Bacharéis
em Administração.
Na literatura educacional voltada para a formação no campo da administração
há lacunas na abordagem das competências profissionais e o seu modo de tradução
no contexto acadêmico, mesmo quando se intensificam as avaliações institucionais
que se debruçam sobre o modelo adotado pelos diversos cursos e instituições no
País.
Essa lacuna, em termos de estudos sobre modelos práticos, confirmada por
Nunes; Barbosa e Ferraz (2009), parece se relacionar à insegurança diante dos
instrumentos normativos, do uso de novos padrões de desenhos curriculares
manuseando o conceito de competência, que enseja uma abordagem e discussão
sobre os efeitos das políticas públicas em educação, ou, como é o caso, sobre a
tradução ou as estratégias de adaptação a essa determinação verticalizada.
Em se tratando de tema que tangencia as políticas públicas, da relação
democrática que exige mobilizações e arranjos das coisas para atender às
determinações enunciadas em códigos gerais, em relações incubadoras do micro
pelo macro, convém apontar que se trata de relações legitimadas pelo § 3°, inciso III
do artigo 39 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996).
Com base neste dispositivo, qualquer curso de formação profissional ofertado
pelas Instituições de Ensino Superior (IES) tem, no ponto de partida, reconhecimento
de sua autonomia, entretanto, em contrapartida, devem demonstrar capacidade para
organizar e auferir bons resultados em processos de autorização e reconhecimento,
mediante avaliações externas, que tomam como parâmetros as Diretrizes
Curriculares Nacionais (DCN) publicadas pelo Conselho Nacional de Educação
(CNE).
14
Dessa forma, há uma imposição explícita para que cada um dos cursos
constitua o seu Projeto Pedagógico de Curso (PPC) específico, mantendo a
consonância com as DCN, previsto para cada área e seus campos. Por conseguinte,
os cursos de graduação Bacharelado em Administração precisam manifestar, em
documento específico, com caráter normativo próprio, uma intenção explícita de
atuação para a formação profissional no contexto em que é implantado.
Historicamente, o sistema educacional brasileiro tem aperfeiçoado os
instrumentos de diretrizes curriculares com uma linguagem nova, e isso tem se
disseminado em todo território nacional e nos mais diversos campos de
conhecimentos. No entanto, as traduções, seus sentidos e significados nem sempre
são claros para a orientação das políticas públicas nas instituições educativas,
principalmente, quando se busca um elo entre a atividade específica de mercado ou
do trabalho e o universo acadêmico.
Consequentemente, aqueles que hoje atuam no Ensino Superior no campo da
Administração, encontram obstáculos para responder ao desafio posto, porque é
real a dificuldade dos docentes para identificar e descrever os elementos educativos
na forma de competências e habilidades, com discernimento entre os saberes
conceituais, procedimentais e atitudinais, por exemplo.
Essa exigência, que é um problema de difícil solução e, ao mesmo tempo, a
amarra do curso às DCN, exige procedimento de reprodução mediante um
mecanismo de tradução desses conteúdos para o PPC e, de modo mais detalhado,
para os PE, abrangendo dimensões da teoria e da prática, delineando-se em
ementário, objetivos, práticas de ensino com metodologias adequadas, estratégias
avaliativas formativas e referências básicas.
Como se pode ver há elementos das chamadas DCN, que são, além de
referenciais valorativos, componentes com força normativa, bem como força
determinante de como deve ser posto ou desenhado o elemento curricular no PPC e
no PE. Por outro lado, esses instrumentos não são produções institucionais avulsas,
mas precisam estar coesos em torno dos planos e projetos institucionais, do Plano
de Desenvolvimento Institucional (PDI) e do Projeto Pedagógico Institucional (PPI).
Considerando, assim, os gêneros literários em que são impressas as
intenções educativas e o desafio posto aos profissionais para a tradução
15
institucional, surge o problema da pesquisa: as competências definidas nas DCN,
contempladas no PPC e formuladas nos PE – de cada componente curricular de um
Curso de Graduação em Administração – estão de fato, tendo efetividade
instrumental sobre a formação dos profissionais administradores?
Em termos gerais, esta é a principal pergunta respondida nesta pesquisa, e
que se fará, pontualmente, após a apresentação dos resultados e análise dos
argumentos institucionais, em um empreendimento que exigiu o respeito às
expectativas subjetivas dos sujeitos da pesquisa.
Em síntese, do recorte de um problema posto por esta pesquisa, o enunciado
chave é o conceito de tradução em Derrida. Então, interessa saber, ao fim como os
Planos de Ensino traduzem a formação por competências previstas nas DCN, e
como isso se viabiliza na prática em impressões subjetivas.
Não se trata, de discutir o conceito de competências e habilidades nem da
avaliação de suas adequações de uso para o campo profissional, mas de analisar as
dinâmicas de sua construção no Curso Superior de Administração. Assim, o foco
principal da pesquisa foi nos elementos linguísticos, que representam o esforço de
tradução, de confecção no formato de planejamentos de aula e das unidades
curriculares por meio de Plano de Ensino específico, produzido por docentes.
Neste trabalho, as traduções resultam do exercício de reescrita de elementos
normativos, em movimentos das relações educativas. E o empreendimento será
para esclarecer, por meio de análise desse exercício, como os docentes descrevem,
transcrevem ou subscrevem as competências e habilidades que representam,
simbolicamente, o perfil do egresso, daquele que sai do curso ou recebe a
certificação, chancela de qualificação necessária para a atuação profissional
competente.
Em decorrência do bacharelado em Administração da pesquisadora e do fato
de, atualmente, fazer parte do quadro de docentes de uma Instituição de Ensino
Superior, emergiu a necessidade de pesquisar sobre o alcance das competências e
habilidades e as dificuldades encontradas pelos docentes nas traduções e
transmissões aos discentes, mantendo observância nos documentos regidos para
um curso de graduação.
Este trabalho também se justifica por algo a mais, que é o pertencimento da
pesquisadora ao Grupo de Estudos de Filosofia e Formação (EFF), vinculado ao
16
programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato
Grosso, que reconhece a importância das assinaturas, das subjetividades individuais
que se apresentam como alteridade, conforme diz Derrida, é o outro que sempre
assina ou põe a sua marca “O outro sempre assina, eis o que assina, talvez, esse
ensaio. Ensaio de assinatura que se arrebata em sua verdade, a saber, que o outro
sempre assina, o absolutamente outro, e todo outro é absolutamente outro”
(DERRIDA, 2010, p.133).
Assim, decorre a disposição em pesquisar sobre como são feitas as
traduções das oito competências e habilidades: I – reconhecer e definir problemas,
equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo
produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimento e exercer,
em diferentes graus de complexidade, o processo de tomada de decisão; II –
desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional,
inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou
intergrupais; III – refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção,
compreendendo sua posição e função da estrutura produtiva sob seu controle e
gerenciamento; IV – desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com
valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre
fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de
modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais; V –
ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade
de aprender, abertura às mudanças e consciência de qualidade e das implicações
éticas do seu exercício profissional; VI – desenvolver capacidade de transferir
conhecimentos da vida e da experiência cotidiana para o ambiente de trabalho e do
seu campo de atuação, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se
profissional adaptável; VII – desenvolver capacidade de elaborar, implementar e
consolidar projetos em organizações; e VIII – desenvolver capacidade para realizar
consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas,
gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais (BRASIL, 2005), previstas
nas DCN no Curso de Graduação em Administração, uma vez que estas impactam,
certamente, no processo formativo do profissional qualificado para atuar como
17
administrador, colhendo as impressões dos que participam do processo educativo,
em um contexto complexo e tempo histórico delimitado.
O procedimento metodológico contemplou níveis de movimentos da tradução,
com análise documental, que abordam as competências e habilidades declaradas na
formação do egresso, a partir das DCN de onde emanam para o primeiro movimento
em nível Institucional que é o PPC, elaborado no âmbito do Curso de Administração
por meio do Núcleo Docente Estruturante (NDE), que tem a incumbência de zelar
pelo cumprimento das DCN e, posteriormente, pelo PE elaborado pelos docentes
das unidades curriculares.
A pesquisa de campo foi o método usado por meio de um estudo de caso em
um Curso de Administração de uma instituição inserida na Região Metropolitana do
Vale do Rio Cuiabá do estado de Mato Grosso, que é uma forma de fazer pesquisa
empírica de caráter qualitativo sobre um contexto existente em situação real das
ocorrências (LIMA, 2008). O estudo de caso é um estudo em profundidade,
exaustivo e de situação localizada, que proporciona amplo conhecimento daquilo
que se pretende pesquisar (Gil, 2012).
Como técnica de coleta de dados, optou-se pela observação direta da
pesquisadora1 com destaque ao acompanhamento junto aos demais integrantes do
NDE do curso em estudo, na realização das tarefas de validação das competências
previstas nos PE.
Foi realizada, também, pesquisa bibliográfica o que propiciou o entendimento
dos conceitos definidos na dissertação, pois esse tipo de pesquisa “[...] é elaborada
com base em material já publicado” (GIL, 2010, p. 29). A pesquisa bibliográfica
remete a dois pontos relevantes, conduzir ao entendimento da viabilidade da
pesquisa que será realizada, e de servir de referencial teórico que proporcione
analisar e obter respostas ao material coletado e, apoio aos exercícios de
interpretação, que são fundamentais na busca dos resultados da pesquisa (LIMA,
2008).
Portanto, importa expor que seguem registradas as indagações da
pesquisadora, bem como as leituras para engendrar um trabalho que faça sentido e
que possa auxiliar, de alguma forma, tanto a própria pesquisadora como aos
1 Docente do curso, membro NDE, professora orientadora e supervisora dos projetos integradores.
18
profissionais administradores/docentes, que estão no dia a dia da sala de aula, na
tarefa de conduzir a formação de novos administradores, por meio do documento
por eles assinado, que a Instituição de Ensino chama de Plano de Ensino, assim a
gênese desta pesquisa se constitui por meio da leitura dessas traduções, analisando
como são feitas e se por meio delas é possível atingir o perfil do egresso definido
nas DCN.
Na estrutura desta dissertação, optou-se por um capítulo que expõe o
histórico dos currículos, seguido de um segundo capítulo, em que é feita a exposição
dos níveis de movimento da tradução, o terceiro capítulo aborda os principais
conceitos que fundamentam o trabalho. O quarto capítulo nos remete aos resultados
da pesquisa, por último apresentamos as considerações finais.
19
CAPÍTULO 1 – CONTEXTO E IMPLICAÇÕES À LUZ DOS CURRÍCULOS
Tomemos aqui, de partida, currículo na noção corrente de proposta de ensino/aprendizagem, na qual se define, grosso modo, o que e como estudar. Na grade curricular aparecem matérias ordenadas dentro de algum princípio didático e de certa concatenação entre elas. Cumprindo esse trajeto, chega-se ao diploma e considera-se o aluno detentor de nível superior. Quanto ao professor é preciso que, no decorrer dos semestres, ministre as respectivas aulas e proceda à avaliação da aprendizagem (DEMO, 2002, p. 46).
Os Currículos mínimos, segundo o Ministério da Educação/Conselho Nacional de
Educação (MEC/CNE), foram estabelecidos pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, Lei nº 4.024/61, em seu art. 9º, pela Lei de Reforma
Universitária, Lei nº 5.540/68, no art. 26, bem como na LDB 9394 de 1996. Esses
currículos tinham a finalidade de estabelecer uniformidade entre cursos diversos no
que diz respeito às disciplinas e carga horária obrigatórias, que deveriam ser
cumpridas, uma vez que o não cumprimento ocasionava a possibilidade de não
reconhecimento do curso. Então, o Ministério da Educação conclui que “os
currículos mínimos profissionalizantes, rigidamente concebidos na norma, para
serem observados nas instituições, não mais permitiam o alcance da qualidade
desejada segundo a sua contextualização no espaço e tempo [...]”.2
O parecer n º 146 do Conselho Nacional de Educação, em 2002 autoriza as
Diretrizes Curriculares Nacionais de Cursos de Graduação em Administração. No
mês de junho do ano seguinte o Parecer nº 134 aprova as Diretrizes Curriculares do
Curso de Graduação Bacharelado em Administração. Posteriormente houve a
retificação da Resolução CNE/ Câmara de Educação Superior (CES) nº 1/2004, que
apresenta as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Administração instituídas pela Resolução CNE/CES n° 4, de 13 de julho de 20053
aplicando as DCN do Curso de Graduação em Administração Bacharelado.
A LDB (lei 9 394/96), impõe mudanças no perfil do egresso nos Cursos de
Bacharelado em Administração a partir dessa data, apresentando metodologia,
produção filosófica, em que se recria assim o modo de atuação do curso.
2Ministério da Educação Conselho Nacional da Educação - Histórico do currículo (p. 2). 3Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12991>.
20
Nesse contexto, as DCN 2005 em acordo com o que solicita essa Lei de
Diretrizes e Bases, por meio do PPC, priorizam assegurar nas grades curriculares as
competências e habilidades que têm o propósito de formar administradores aptos a
exercerem suas funções no mercado de trabalho, observando que a formação tem
sua gênese nas Instituições de Ensino Superior.
O Parecer nº 776/97, aprovado pelo CNE/CES, estabelece que as DCN sirvam
de orientação para a elaboração dos currículos, sendo estas respeitadas por todas
as Instituições de Ensino Superior para garantir que a formação dos discentes
ocorra de forma flexível e com qualidade.
Os Cursos de Graduação em Administração estão inseridos em um contexto de
requisitos legais e normativos obrigatórios, com intuito de atender os procedimentos
de autorização, de reconhecimento e/ou de revalidação de reconhecimento, pelo
Ministério da Educação e Cultura, por meio do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), nos processos de avaliação externa
como descrito nos seguintes documentos legais:
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado -
Resolução CNE/CES 4/2005; Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnica –
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, nos termos da Lei
n° 9394/96, com a redação dada pelas Leis n° 10.639/2003 e n° 11.645/2008 e, da Resolução
CNE/SP n° 1/2004, fundamentada no Parecer CNE/CP n° 3/2004; Diretrizes Nacionais para a
Educação em Direitos Humanos, conforme disposto no Parecer CNE/CP n° 8, de 06/03/2012, que
originou a Resolução CNE/CP n° 1, de 30/05/2012; proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno
do Espectro Autista, conforme disposto na Lei n° 12.764, de 27 de dezembro de 2012; titulação do
corpo docente, (art. 66 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996); Núcleo Docente Estruturante
(NDE) (Resolução CONAES n°1, de 17/06/2010); carga horária mínima, em horas – para
Bacharelados e Licenciaturas, Resolução CNE/CES n° 02/2007 (Graduação, Bacharelado,
Presencial); tempo de Integralização, Resolução CNE/CES n° 02/2007 (Graduação, Bacharelado,
Presencial); condições de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida,
conforme disposto na CF/88, art. 205, 206 e 208, na NBR 9050/2004, da ABNT, na Lei n°
10.098/2000, nos Decretos n° 5.296/2004; n°6.949/2009, n° 7.611/2011 e na Portaria n° 3.284/2003;
disciplina de Libras, (Dec. n° 5.626/2005); informações acadêmicas, (Portaria Normativa n° 40 de
12/12/2007, alterada pela Portaria Normativa MEC n° 23 de 01/12/2010, publicada em 29/12/2010);
Políticas de Educação Ambiental, (Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto n° 4.281 de 25 de
junho de 2002).
21
Esses itens são definidos como requisitos legais e normativos pelo
Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação presencial e a distância4. O
instrumento exige e define nos processos de avaliações, os seguintes documentos
da Instituição de Ensino Superior em contexto de requisitos legais para a existência
do curso: Projeto de Desenvolvimento Institucional, Projeto Pedagógico Institucional
e Projeto Pedagógico de Curso.
A concepção de currículo atribuída pela Instituição de Ensino objeto da
pesquisa descreve que o PPC deve ser construído de forma coletiva, abrangendo
várias formas de atividades, envolvendo as experiências dos discentes no decorrer
da formação, sempre em consonância com as DCN. Ainda, esse documento
determina que os componentes devam ser organizados de maneira que proporcione
um perfil de atitudes, de competências e de habilidades expostas em todos os PPC,
de forma flexível, atualizada e com diferencial formativo, fundamentadas “na
organização e concepção das áreas profissionais e seus desdobramentos com
respeito à legislação, as diretrizes e regulamentações específicas de cada área e
modalidade”5.
Entende-se por meio do CNE/CES, que o texto que está contido nas DCN não
está centrado em matérias ou carga horária, mas sim no delineamento do perfil
profissional, por meio das competências e habilidades, cuja omissão gera um
descompasso entre o real e o discurso, tornando-se um desafio para a formação
profissional almejada para o egresso.
As DCN foram um marco delimitador para o Ensino Superior no Brasil
trazendo aos cursos um modelo de formação centrada no discente, em detrimento
ao currículo mínimo6 que era considerado demasiadamente teórico, rígido e
inflexível, e que não levava em consideração a especificidade das regiões em que
estavam inseridos os cursos.
4 Resolução CNE/CES 4/2005. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração,
bacharelado.
5 Projeto Pedagógico Institucional – extrato. Várzea Grande, 2014.
6 Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cd002555.pdf>.
22
Ainda hoje ao remeter-se ao currículo cogita-se somente no que se refere ao
conhecimento, sem levar em conta o envolvimento do que as pessoas são, do que
vivem e das experiências que têm, como trazido por Silva (2015, p. 15) “[...]
esquecendo-nos de que o currículo está inextricavelmente, centralmente, vitalmente,
envolvido naquilo que somos, naquilo que nos tornamos: na nossa subjetividade”.
1.1 Trajetória da pesquisa
Os saberes da docência não podem se organizar no vazio teórico, o que lhes daria a concepção de aplicação tecnológica de fazeres. A prática docente que produz saberes precisa ser epistemologicamente assumida e isso se faz pelo seu exercício enquanto práxis, permeando por sustentação teórica, que fundamenta o exercício crítico-reflexivo de tais práticas (FRANCO, 2013, p. 47).
O principal conceito que permeia o trabalho é a tradução fundamentada em
Derrida, cuja definição serve para a análise do objeto que se propõe investigar ao
remeter a tradução como forma de criação, por meio de algumas obras já traduzidas
para o português, dentre estas: O que é uma tradução “relevante”? A universidade
sem condição; Posições; entre outras, bem como obras de outros leitores e
tradutores de Derrida.
A pesquisa ficou delimitada ao Curso de Administração de uma instituição
inserida na Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá do estado de Mato Grosso.
O curso oferta vagas tanto para o período matutino, quanto para o noturno. Para
efeito da pesquisa, contemplaram-se os quatro semestres de 2014 e 2015 em
ambos os turnos.
Foram escolhidos os Planos de Ensino dos Projetos Integradores, a partir do
período de sua implantação no Curso de Administração, até o processo de inclusão
das competências das unidades curriculares da grade de 2012. Esses PE foram
escolhidos pelo fato de integrarem todas as unidades curriculares de cada semestre
letivo em seu contexto, do primeiro ao sexto semestre do curso, bem como pelo fato
de ser nessa unidade curricular possível a observação da prática das competências.
Constando da pesquisa trinta (30) grupos de alunos e noventa (90) formulários de
avaliação, que serão discutidos nos resultados da pesquisa.
23
A ênfase nos Projetos Integradores ocorre, uma vez que estes proporcionam
uma análise com maior intensidade da aplicação das metodologias ativas que
possibilita a “simulação de situações próximas à realidade cotidiana do profissional
em formação, com foco nas intenções formativas e cenários traçados para as linhas
de formação especificas”7, sendo então a melhor forma de verificar se as
competências estudadas, em cada semestre letivo, podem ser atingidas, por meio
dos projetos apresentados pelos grupos de alunos, em banca pública de avaliação
e/ou em uma Feira de Negócios.
A pesquisa, além da observação direta intensiva pela pesquisadora no curso,
também ocorreu por meio das análises dos documentos, obrigatórios para a
existência e manutenção do curso, operacionalizado por meio do PPC, uma vez que
esta forma de observação, segundo entendimento expresso pelas autoras Lakatos e
Marconi (1992, p. 107), é aquela que “[...] utiliza os sentidos na obtenção de
determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas
também em examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar [...]”.
Portanto, como forma de entender o processo documental que ocorreu para a
elaboração dos Planos de Ensino, em observância a organicidade do curso, foi feita
a análise dos documentos que norteiam o Curso de Administração pesquisado: DCN
de Graduação Bacharelado em Administração; PDI; PPI; PPC; PE e, Resoluções nº:
028/10 – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) e nº 18/2013 –
CONSEPE.
Conforme posto, as DCN foram instituídas em 2005 nos Cursos de
Graduação Bacharelado em Administração. No curso pesquisado, os documentos
que o conduzem, são elaborados a partir das Diretrizes e têm explicitado as
normativas, de maneira abrangente e clara, e todos os docentes têm conhecimento
desses documentos e de seus conteúdos, que são explanados em reuniões com a
Coordenação do Curso no início de cada semestre.
7 PPC Administração 2012.
24
Na análise do perfil institucional no PDI da IES, podem ser encontrados
aspectos relevantes ao processo de ensino e aprendizagem, que impactam na oferta
de cursos, com qualidade de ensino e, uso de metodologias educacionais
inovadoras, a saber: Implementar semestralmente metodologias ativas, que
favoreçam a articulação entre as áreas básica e profissionalizante dos currículos, de
forma a garantir a relação teoria-prática e o desenvolvimento da dimensão vertical
dos currículos da graduação; práticas docentes pertinentes à educação tecnológica,
que contribuam para o desenvolvimento de competências e habilidades próprias
desta modalidade, continuidade ao desenvolvimento do Programa de Avaliação
Institucional e as atividades necessárias para o cumprimento das exigências e
orientações prescritas pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(SINAES); políticas de ensino de graduação; pesquisa no âmbito do curso.
O PDI é essencial para a construção do PPC, que deve estar alinhado a tal
projeto.
O PPC é estabelecido pelo Ministério da Educação como: “[...] documento
orientador de um curso que traduz as políticas acadêmicas institucionais com base
nas DCN”8. Esse documento do curso de Administração analisado, durante a
pesquisa documental, refere-se à grade de 2012, aprovado por resolução específica
pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE). Uma grade
com 3000 horas relógio, divididas em oito semestres letivos, com duração de quatro
anos. Esse documento contempla seis Projetos Integradores, do primeiro ao sexto
semestre letivo, sendo três deles estruturados como estudos de caso, um em uma
organização do Terceiro Setor (com objetivo social) e dois em organizações de
negócios (Segundo Setor). No sétimo semestre letivo, o projeto contempla o
Trabalho de Conclusão de Curso I (projeto de pesquisa) e, carga horária referente à
prática profissional por meio do Estágio Supervisionado I, além de ser o semestre de
conclusão da carga horária referente às Atividades Complementares. O oitavo,
último semestre, contempla o Trabalho de Conclusão de Curso II, que se refere à
pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica e construção da monografia, que é
apresentada em Banca Pública de avaliação, como também a prática profissional,
por meio do Estágio Supervisionado II.
8 BRASIL, MEC/INEP 2015, p. 42.
25
O PPC está construído da seguinte forma: Apresentação; Fundamentos
epistemológicos; Concepção do curso; Estrutura curricular; Ementário; Linha
formativa; Metodologia de ensino e aprendizagem; Avaliação institucional e
Infraestrutura. Constam como anexos do PPC, seis Manuais de Orientações, para
discentes e docentes, dos Projetos Integradores: I; II; III; IV; V e VI9.
Dessa forma, o documento é elaborado observando o que está descrito no
PDI delimitado pelo Ministério da Educação no Decreto nº 5.773/06, no qual se
entende que: “É o instrumento de planejamento e gestão que considera a identidade
da IES, no que diz respeito à sua filosofia de trabalho; à missão que se propõe; às
estratégias para atingir suas metas e objetivos [...]”10.
As DCN indicam que o PPC deve ter os seguintes elementos estruturais:
objetivos gerais do curso; condições de oferta do curso e sua vocação; cargas
horárias das atividades didáticas e da integralização do curso; interdisciplinaridade;
teoria e prática; avaliação; incentivo à pesquisa, entre outras. Contempla, ainda, a
formação profissional que revele o mínimo de oito competências e habilidades. E, os
seguintes campos interligados: conteúdo de formação básica; conteúdo de formação
profissional; conteúdos de estudos quantitativos e suas tecnologias; e conteúdos de
formação complementar.
O PPI explicita os valores e concepções formativas, que definem a identidade
da IES e “Nele se encontram sua missão, vocação, objetivos, princípios e diretrizes
institucionais relativas ao seu processo formativo”11. Pode-se dizer que representa a
filosofia educacional. O PPI da IES pesquisada, explicita que o documento: “[...] por
sua materialidade teórico-prática articula-se com o Plano de Desenvolvimento
Institucional e potencializa os Projetos Pedagógicos dos Cursos12.
Esse PPI determina, ainda, que:
A formação acadêmico-profissional deve tomar como base o conceito de competência, como, por exemplo, dado por Perrenoud:
9Projeto Integrador I – Empreendedorismo e Consciência Socioeconômica e Ambiental. Período: 1º Semestre; Projeto Integrador II – Empreendedorismo e Consciência Socioeconômica e Ambiental. Período: 2º Semestre; Projeto Integrador III – Gestão do Capital Humano e Relações com o Mercado. Período: 3º Semestre; Projeto Integrador IV – Gestão do Capital Humano e Relações com o Mercado. Período: 4º Semestre; Projeto Integrador V – Empreendedorismo, Operações e Finanças. Período: 5º Semestre e Projeto Integrador VI – Empreendedorismo, Operações e Finanças. Período: 6º Semestre. 10
BRASIL, MEC/INEP 2015. 11
PPI 2014. 12
Idem.
26
“capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem se limitar a ele (1999, p.16)” [...] o conhecimento cientifico deve caminhar na direção da capacitação profissional em situações concretas de trabalho, visando ao atendimento das necessidades requeridas pelo mundo do empreendimento. O conhecimento é visto como “em-ação”, pois se quer tomada de decisões a partir dele. Para operacionalizá-lo é crucial a aprendizagem por metodologias ativas, pois são elas que constroem a possibilidade da formação para a autonomia. 13
Nas estruturas e componentes curriculares, para cada ano do curso, são
identificadas as intenções formativas e as competências exigidas do curso.
Nesse documento, ainda, são detalhados (descritos) os PI, originalmente
identificados como projetos interativos, nomenclatura revisada em 2014 pelo NDE,
face ao sentido amplo de integração com todas as unidades curriculares de cada
semestre letivo.
Em metodologia de ensino e aprendizagem são usadas metodologias ativas,
já praticadas no curso, por decisão do NDE a partir de 2014. E, em avaliação da
aprendizagem, não se observam descritas, as avaliações e certificações das
competências, condição definida também pelo NDE no mesmo período.
O PE é o documento de planejamento elaborado pelo docente responsável
pelo processo de ensino e aprendizagem, para as aulas do semestre letivo de uma
unidade curricular. É esse documento que viabiliza, na sala de aula ou no espaço de
aprendizagem, a pretensão do PPC, por meio das unidades curriculares constantes
da estrutura curricular. O documento permite que o docente realize a preparação
aula a aula, conforme previsão no calendário acadêmico do semestre letivo de forma
cronológica, com foco em garantir a aprendizagem por ele prevista.
Esse documento que é desenvolvido pelo docente, possui uma construção
padronizada14 para todas as unidades curriculares do curso. A sua estrutura foi
desenvolvida pelo NDE, sendo revisado a cada semestre letivo, após consulta aos
docentes do curso, no período de planejamento das aulas, sendo apresentado e
aprovado pelo Colegiado do Curso, processo que ocorre antes da devida
implementação do modelo.
13
PPI 2014. 14
Conforme modelo no anexo A.
27
Então, para elaborar um Plano de Ensino, o docente faz uso do PPC, que é
construído pelo NDE em consonância com as DCN do Curso de Graduação
Bacharelado em Administração, alinhado a dois importantes documentos
institucionais: PDI e o PPI, documentos que contemplam a filosofia educacional da
instituição de ensino, norteador das práticas acadêmicas institucionais, com especial
destaque para as práticas pedagógicas, que envolvem as metodologias ativas e o
ensino empreendedor.
Na estrutura curricular do PPC, em cada semestre letivo, o docente encontra
a distribuição feita pelo NDE das competências emanadas das DCN, bem como as
demais competências projetadas para o alcance do perfil do egresso. Tal condição
contribui para que o docente defina as competências necessárias para a unidade
curricular, que irá ministrar em aulas. Podendo, também, consultar a Coordenação
do Curso, pois o PE do curso pesquisado possui formatação diferente dos demais
cursos das diversas áreas de conhecimento da IES, pela necessidade de simular as
competências na prática.
No PPC, o docente retira as informações referentes à ementa e bibliografias
(básica e complementar) e a intenção formativa, em que se insere a unidade
curricular, o objetivo do curso e a ênfase da formação.
O PE, depois de elaborado pelo docente, é encaminhado para análise e
validação do NDE, sendo direcionado para um membro especifico do NDE,
responsável pela unidade curricular, que irá verificar se as competências descritas
estão coerentes com o conteúdo que será ministrado. Posteriormente, o docente é
autorizado a disponibilizar o mesmo no sistema acadêmico (online), ficando assim
visível para os discentes matriculados na unidade curricular e outros atores
acadêmicos de interesse do curso.
Portanto, o PE é um documento que traduz as exigências e estratégias do
PPC, no âmbito de uma unidade curricular, parte integrante do todo de uma
formação no âmbito do ensino da administração. Formação para o mundo do
trabalho e o viver em sociedade, conforme previsto na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB)15.
15 Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional: “Art. 2° A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípio da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
28
A Resolução nº 18/2013 – CONSEPE – regulamenta o processo de
avaliações dos cursos do Centro Universitário, e dispõe para que as provas
bimestrais de elaboração dos docentes de um curso sejam analisadas e validadas
pelo NDE do curso. Tal contexto garante a observância aos conteúdos explicitados
nos PE que, por sua vez, são construídos a partir do PPC. As provas deverão ser
construídas pelos docentes aos moldes do Exame Nacional de Curso (ENADE) e
encaminhadas ao NDE, para análise e validação. A construção das questões,
objetivas e discursivas contemplam as 8 (oito) competências e habilidades das DCN.
E a Resolução nº 028/2010 – CONSEPE – é o regulamento do NDE do
Centro Universitário, que entrou em vigor em 24 de setembro de 2010.
O Ministério da Educação, referindo-se à Resolução CONAES nº 1, de
17/06/2010, define que o NDE é:
Conjunto de professores, composto por pelo menos cinco docentes do curso, de elevada formação e titulação, contratados em tempo integral ou parcial, que respondem mais diretamente pela concepção, implementação e consolidação do Projeto Pedagógico do Curso16.
1.2 Percursos do curso de administração e a formação do administrador
A regulamentação da profissão do administrador completou cinquenta anos, em
2015, o que propicia a dimensão do pouco tempo do ensino de administração no
Brasil17.
Portanto, essa profissão é recente tendo sido regulamentada pela Lei nº 4769, de
09 de setembro de 1965, cujo currículo foi aprovado pelo Conselho Federal de
Educação, pela Lei nº 4024, de 20 de dezembro de 1961, responsável pelas
Diretrizes e Bases da Educação no Brasil18.
O ensino de administração, no Brasil, em comparação aos países de economia
avançada possui pouco tempo de existência tendo, portanto, uma breve história no
país.
16Resolução CNE/CES 4/2005. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado. 17Disponível em:< http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/historia-da-administracao-no-brasil/32557/>. 18 Dados do Conselho Federal de Administração (CFA, 2016).
29
A Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas surge
em 1952, dois anos depois ocorreu a criação, pela mesma instituição, da Escola de
Administração de Empresas de São Paulo (EAESP). Os papéis dos cursos de
graduação em administração inserem-se em um contexto de complexidades
oriundas dos cenários econômicos instáveis, assim acentua-se a importância da
formação, por meio dos Cursos de Administração, que se propõe ser uma alternativa
especial para preparar recursos humanos com competências para as posições
gerenciais, nas diversas áreas de gestão das organizações (CASTRO, 1981).
A influência norte-americana nos cursos pioneiros de administração é constatada
por meio do convênio firmado, em 1952, entre a Fundação Getúlio Vargas com o
Desenvolvimento Internacional do Governo dos Estados Unidos (USAID) e a
Universidade Estadual de Michigan. A ampliação dos cursos de graduação em
administração está atrelada com as necessidades do desenvolvimento econômico
brasileiro (PIZZINATO, 1999).
Os cursos de administração no Brasil apresentam, em curto espaço de tempo,
uma rápida expansão, entretanto esta expansão ocorre de forma desordenada,
ocasionada por competições entre IES para atrair e manter alunos, contudo,
encontra um mercado que absorve os egressos com exigências cada vez maiores
de profissionais com capacidade de aprendizado e com novas competências, em
síntese, com a necessidade de adaptar-se à realidade competitiva.
Tal situação obrigou as IES, como formadoras de pessoas estratégicas para as
empresas, a desempenharem um papel importante na preparação e na capacitação
para o mundo do trabalho (CAMARGOS; CAMARGOS; MACHADO, 2006).
Os Cursos de Graduação Bacharelado em Administração e Ciências Contábeis
são os cursos precursores, que tornam o Centro universitário pesquisado, uma
instituição educacional em 1989.
Dentro do contexto, o porvir da profissão do Administrador espera que estes
profissionais tenham liberdade incondicional de se expressar, questionando e
propondo questões, para tal precisa ter uma universidade com liberdade acadêmica,
tal qual o esperado por Derrida de uma Universidade moderna com “liberdade
incondicional de questionamento e de proposição, ou até mesmo, e mais ainda, o
direito de dizer publicamente tudo o que uma pesquisa, um saber e um pensamento
da verdade exigem” (Grifo do autor, 2003, p.14).
30
Assim, os PE, que são compostos pelos docentes de cada disciplina, são as
ferramentas de ensino que, quando adequadamente elaborados, irão criar essa
visão crítica dos discentes, com embasamentos necessários para tal.
Os docentes no ensino da Administração nas IES convivem com um grande
desafio que é o desvendamento19, em que as exigências previstas nas DCN são os
textos, que detém um significado a ser desvendado por essa decisão, mostrando
uma diversidade de caminhos, cujos alcances dar-se-ão pelo modo como são feitas
as traduções dos docentes nos seus PE, da teoria com a prática, principalmente,
como ou por quais instrumentos serão usados na avaliação do ensino e da
aprendizagem, em uma criação constante.
Essa condição implica em questões como o estabelecimento de
metodologias e ou estratégias adequadas, mas não menos importante, a experiência
do docente.
19 Glossário de Derrida - Termo que envolve a decisão analítica em relação ao tecido, ao texto (1976, p. 20)
31
CAPÍTULO 2 - NÍVEIS DE MOVIMENTO DA TRADUÇÃO
Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN (Nacional)
Como estão traduzidas as DCN no PPC
Projeto Pedagógico de Curso – PPC UNIVAG (Institucional)
Como estão traduzidas as DCN do PPC para os Planos de Ensino
Planos de Ensino – PE (Pessoal)
O relato dos movimentos da tradução é apresentado em uma análise, em que
as competências que as DCN descrevem são transportadas por meio de um fluxo
documental analisado e interpretado, para outro documento de trabalho que é o PE
de um docente, como um gesto seu de ensino, e ele o concretiza para todos os
discentes e, ao mesmo tempo, para nenhum, esperando que esses o tomem para si
e, que também se apropriem dos conteúdos, que dominem e que internalizem as
competências, enfim, tomem posse do aprendizado descrito nos documentos de
trabalho elaborado pelos docentes.
Essa apropriação é daquilo que pertenceu àquele que a transmitiu como uma
herança, no caso do ensino e aprendizagem, conhecimento transmitido por meio,
dentre outros, da escrita, uma vez que se tem entendimento, conforme Derrida, de
que “o texto, [...] já não depende de mim, como se eu estivesse morto ao final da
minha frase [...]. A questão da herança deve ser a pergunta que se deixa ao outro: a
resposta é do outro” (DERRIDA, 2001, apud SKLIAR, 2008, p.17), portanto, esse
32
conhecimento estará em constante criação, com novas respostas, sempre acrescido
de novos saberes.
O primeiro nível ocorre, nacionalmente, por meio das DCN, que o Ministério
da Educação define como: “São normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de
Educação (CNE) que asseguram a flexibilidade, a criatividade e a responsabilidade
das IES na elaboração dos Projetos Pedagógicos de seus cursos” (BRASIL,
MEC/INEP 2015, p. 42). Essas normas que devem guiar todos os documentos que
norteiam o Curso de Administração são então, a origem de uma herança, que a
partir da sua assinatura não mais pertence ao docente, torna-se independente, e
deverá repercutir na formação do discente.
A partir das DCN se tem o movimento inicial de tradução que ocorre, em
conformidade com o PPI e PDI, que originam o PPC, documento elaborado no Curso
de Administração em questão, pelo seu NDE, compondo o nível institucional de
tradução, que de forma mais visual pode ser entendido na figura 1.
Figura 1 – Projeto Pedagógico de Curso (PPC) - Documento de gestão para ação.
Fonte: Núcleo Docente Estruturante do curso de administração – UNIVAG, 2014.
O terceiro nível de tradução deve manter relação direta e de ordem com o PPC,
tornando-se o elemento primordial para a composição dos PE, que são documentos
planejados pelos docentes de cada unidade curricular. Então, estes planos se
configuram como sendo uma tradução em nível pessoal. Na abordagem desta
pesquisa se analisa o segundo movimento de tradução, na qual o docente ao compor
o plano infere e interfere em uma tentativa de transferir os conhecimentos das compe-
33
tências necessárias para a formação dos discentes, mas na concepção de que essa
tradução encontra-se sempre em movimento, portanto, em criação, com novas
composições. Essas traduções que compõem os PE devem ser no mínimo compostas
pelas oito competências descritas nas DCN, uma vez que outras constam no PPC.
Então, são pensados a partir de um modelo padronizado por normas que regem o
curso.
De forma mais visual segue a figura 2 que explicita a forma como se
desenvolve a construção de um PE:
Figura 2: Fluxo de montagem do Plano de Ensino.
Fonte: Núcleo Docente estruturante do curso de Administração – UNIVAG, 2014.
Concluímos que esse documento é o planejamento da unidade curricular,
feita pelo docente, aula a aula, durante o semestre letivo, a partir das informações
do PPC.
Portanto, esperamos que a composição desses documentos possibilitem o
cumprimento das diretrizes do curso, pois torna pública a sua função de cumprir com
a verdade, de respeitar as normas expressas nos documentos que regem a sua
conduta e para que assim se cumpra existe a necessidade de conhecimento desses.
34
CAPÍTULO 3 - DEFININDO OS CONCEITOS BASE
[...] Uma tradução relevante seria, portanto, simplesmente, uma "boa" tradução, uma tradução que faz tudo o que dela se espera, uma versão, em suma, que cumpre sua missão, honra sua dívida e faz seu trabalho ou seu dever, inscrevendo na língua de chegada o equivalente mais "relevante" de um original, a linguagem a mais precisa, apropriada, pertinente, adequada, oportuna, penetrante, unívoca, idiomática etc. A mais possível, e esse superlativo nos coloca na via de uma "economia" com a qual devemos contar (DERRIDA, 2000, p. 17).
3.1 Tradução
Tradução em Derrida justifica e move a análise do objeto desta dissertação e
é permeada pelo texto: O que é uma tradução relevante, na qual Derrida traz trechos
do texto literário O Mercador de Veneza de Shakespeare, bem como textos de
leitores/tradutores de Derrida.
O conceito de tradução foi também apresentado por Derrida, por meio do livro
Torres de Babel, no qual o autor analisa o ensaio de Benjamim20, com a primeira
publicação datada em 2006. Essa obra faz alusão a uma história da Bíblia21, que
remete a existência de muitas línguas e a incapacidade de uma tradução que
apresente todos os significados. O que se traduz não contém uma duplicação do
que já foi escrito, não é simplesmente uma cópia, mas demonstra a impossibilidade
de traduzir e, ainda assim, de se manter o mesmo sentido. Portanto, “Trata-se de
pensar o contexto da tradução a partir desse cruzamento de línguas e da tarefa do
tradutor, o qual se encontra entre a necessidade e a impossibilidade de dizer tudo,
de dar conta do sentido pleno do texto a ser traduzido” (FERREIRA, 2009, p. 229-
230).
A tradução é uma tarefa que não pode ser feita, entendida como algo
impossível, conforme citado por Nascimento:
20 Walter Benjamim – A tarefa do tradutor. 21Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma linguagem. Isto é apenas o começo e agora, não há restrição para tudo o que eles intentarem fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua língua, para um que não entenda a língua do outro (BIBLIA, Gn 11,6:7).
35
A tradução é uma tarefa essencialmente impossível, que se resolve em cada caso de maneira precária e provisória. E o horizonte aberto pelas desconstruções não é o da condição de possibilidade, mas sim o do advento do outro no limite da impossibilidade. Sem cair na utopia, a escritura derridiana lida com o impossível (NASCIMENTO, 2004, p. 55-56).
A tradução em Derrida é tratada nesta dissertação, pois abordamos o
processo tradutório com o pensamento derridiano da impossibilidade e a
necessidade de traduzir o que está exposto, ao mesmo tempo, em que não mais
será o mesmo texto, remetendo-se ao docente elaborando o PE, cujas traduções
devem ser derivadas das DCN, operando marcas que se encontram “entre a
necessidade e a impossibilidade de dizer tudo” 22.
O docente ensina por várias formas, dentre estas aplica a fala e a escrita,
sendo a primeira a que produz o significante, dando corpo a alma e a segunda é que
fixa e faz novas combinações. Portanto, não há como separar a “alma” daquele que
media o processo de ensino e aprendizagem, pois:
Entre o ser e a alma, as coisas e as afecções, haveria uma relação de tradução ou de significação natural; entre a alma e o logos, uma relação de simbolização convencional. E a primeira convenção, a que se referiria imediatamente à ordem da significação natural e universal, produzir-se-ia como linguagem falada. A linguagem escrita fixaria convenções, que ligariam entre si outras convenções (DERRIDA, 2013, p.13).
Ao fazer essa tradução para o PE, o docente transfere o seu conhecimento,
por meio de sua subjetividade, para tal documento, uma vez que somente assim irá
ter domínio sobre o que traduz, conforme Corazza:
O Professor domina a tradução quando coloca o “seu próprio ser dentro dela”. Para tal, permite que uma tradução seja mais subjetiva “do que imitação e mais visceral do que paráfrase”, escolhendo reproduzir o significado do original e ficar abaixo do nível estético do restante; ou, então garantir um equivalente próximo [...] (2015, p. 59).
22 Élida Ferreira -Tradução/desconstrução: um legado de Jacques Derrida.
36
Provavelmente, a fonografia23 da tradução condiz com o momento em que o
docente entra em contato com o teor das DCN e do PPC e faz a tradução escrita, ao
mesmo tempo em que o que lhe é próprio também é transportado, pois: “só
artificialmente podemos separar um texto da vida de seu autor [...]” (MONTEIRO,
2013, p. 60). Assim, o documento criado pelo docente e apresentado no dia a dia da
sala de aula, é construído por meio de suas vivências, experiências e de seus
paradigmas, provavelmente, necessitando ainda de competências pedagógicas para
uma tradução.
Mesmo que a acepção é que a tradução ainda não está finalizada,
necessitando ser criada, transferida “em função dos sujeitos relacionados aos atos
de fala e/ou escrita” (NASCIMENTO, 2004, p. 14). No caso das salas de aula, esse
movimento da tradução será transferido aos discentes que irão se tornar leitor/autor
ao realizarem a leitura dos conteúdos ministrados pelos docentes, possibilitando
novas criações, pois para Derrida: “uma tradução parece, é claro, estar sempre em
ação, quer na língua grega quer da língua grega para outra [...]” (1995, p. 16).
O Plano de Ensino, portanto, é uma tradução na qual cabe ao docente
compor as competências já apresentadas nas DCN, em um “jogo‟ que faça sentido
para o discente no decorrer do curso, com todos os componentes curriculares
apresentados, como partes integrantes de um “quebra-cabeça‟, que terá enfim um
significado com a composição de conhecimentos, que mudem os egressos como se
fosse o Demiurgo24 organizando o seu universo profissional e pessoal, em que os
modelos existentes façam sentido e possam ser melhor aproveitados.
Os documentos elaborados pelos docentes, na pedagogia da tradução, que
pode ser entendida como aquela que “[...] trata de dizer da travessia, do possível de
uma escritura, ou, ainda, da potência transcriadora presente nas formas textuais que
fazem ler-escrever a vida imanente [...]” (DALOROSA, 2012, p. 13), são descritos
como aqueles que reproduzem o que está contido em quem o elabora, pois a escrita
23Representação gráfica das vibrações sonoras – HOUAISS (2008).
24Personagem de Platão; nome dado pelos platônicos ao criador e organizador do Universo. Artesão divino ou o princípio organizador do Universo que, sem criar de fato a realidade, modela e organiza a matéria caótica preexistente através da imitação de modelos eternos e perfeitos.
37
faz parte da natureza, das experiências, portanto são inerentes a estes, de maneira
que se pode considerar, então, a existência de uma pedagogia da tradução na
criação dos Planos de Ensino.
As normas que regem os Cursos de Graduação em Administração abrangem
competências, que devem ter os egressos, por conseguinte, como os docentes
fazem essa escrita nos seus documentos de ensino se tornou o objeto da pesquisa,
em decorrência da amplitude do contexto, bem como da impossibilidade da
tradução, em virtude da subjetividade envolvida.
Os docentes devem se orientar, ou melhor, orientar a tradução nos PE, no
que diz respeito à política da educação no Brasil por meio das DCN. O que, talvez,
seja um obstáculo na elaboração dos PE, em que essas exigências devem ser
acatadas, é o fato observado por muitos estudiosos da educação, ao que se refere a
falta de preparo e desconhecimento científico, no que tange ao processo de ensino e
aprendizagem levados para a sala de aula, como se constata no entendimento
trazido por Pimenta:
Na maioria das instituições de ensino superior, incluindo as universidades, embora seus professores possuam experiência significativa e mesmo anos de estudos em suas áreas especificas, predomina o despreparo e até desconhecimento cientifico do que seja o processo ensino e de aprendizagem [...] (2002, p. 37).
Os Planos de Ensino para entender e atender a uma formação para o mundo
do trabalho e o viver em sociedade, em um contexto de globalização, precisam
apresentar diretamente os conteúdos propostos e as formações para quais se
destinam alinhados ao PPC.
Dessa perspectiva decorre o entendimento de que os profissionais, tanto os
que executam a formação como o que estão sendo formados, precisam saber que
sofrem influências de muitos fatores, dentre estes: os econômicos, os políticos, os
sociais e os culturais, que atingem a educação.
Consequentemente se faz necessário o conhecimento para formação de: “[...]
um novo tipo de trabalhador, ou seja, mais flexível e polivalente, o que provoca certa
valorização da educação formadora de novas habilidades cognitivas e de
competências sociais e pessoais [...]” (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2009, p. 52).
38
Acrescenta-se, ainda, que é necessário para que ensino e aprendizado sejam
constituídos que o docente faça um planejamento prévio das atividades
pedagógicas, tentando responder algumas questões como: por quê, em que
condições e com que recursos o profissional irá contar para aplicar a pedagogia
proposta em metodologia de ensino. Moretto responde a essas questões:
Na resposta ao por quê? Focamos a situação complexa a ser compreendida e os objetivos a serem alcançados. Nas condições, procuramos prever estratégias que pretendemos seguir para alcançar os objetivos. Nos recursos, planejamos o que precisamos de elementos de apoio para realizar com sucesso o que foi planejado [...] (2009, p. 100).
As leituras que se fazem das traduções não se limitam ao seu tradutor, mas
cada leitor que desta se apropriar irá traduzir uma nova leitura, por meio de
vivências e experiências que o mundo grifou em seu ser. Assim, tem-se em
Nascimento (2004, p. 8) a exposição em descrição do pensamento de Derrida, de
que “não existe problema teórico que não implique de algum modo a biografia dos
sujeitos envolvidos”.
E não se pode pensar a docência tomando o processo de ensino e
aprendizagem, apenas na teoria, uma vez que este processo é constituído também
por meios críticos e reflexivos.
Portanto, além das teorias, o processo de ensino e de aprendizagem deve
abranger o pensar crítico e reflexivo (FRANCO, 2013), visto que assim o
conhecimento irá tomar novas formas e será possível verificar se houve a absorção
das competências ensinadas e se essas realmente fizeram sentido.
3.2 Competências
Competência é uma palavra de senso comum, utilizada para designar pessoa qualificada para realizar algo. Seu oposto ou antônimo não apenas implica negação dessa capacidade, mas também guarda um sentimento pejorativo, depreciativo. Chega mesmo a sinalizar que a pessoa encontra-se ou se encontrará brevemente marginalizada dos circuitos de trabalho e de reconhecimento social (FLEURY; FLEURY, 2001, p. 18).
39
A Resolução nº 4, de 13 de julho de 2005, estabelecida pelo CNE/CES, que
institui as DCN do Curso de Administração, em seu artigo 4º apresenta oito
competências e habilidades, que devem proporcionar uma formação profissional
esperada. Assim, há a necessidade que os PE tenham, de forma clara, o conceito
de competência como “[...] a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos
cognitivos (saberes, capacidades, informações, etc.) para solucionar com pertinência
e eficácia uma série de situações”, segundo expressa Perrenoud (1999, p. 30).
No âmbito do processo de ensino e de aprendizagem, o autor complementa
que:
Se aceitarmos que competência é uma capacidade de agir eficazmente num determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem se limitar a eles, é preciso que alunos e professores se conscientizem das suas capacidades individuais que melhor podem servir o processo cíclico de Aprendizagem-Ensino-Aprendizagem (PERRENOUD, 1999, p. 7).
As competências pensadas e expostas por Fleury e Fleury (2001, p.185),
podem ser compreendidas: “[...] como um conjunto de conhecimentos, habilidades e
atitudes (isto é, conjunto de capacidades humanas) que justificam um alto
desempenho, acreditando-se que os melhores desempenhos estão fundamentados
na inteligência e personalidade das pessoas”.
Tal entendimento foi criado em resposta às necessidades observadas no
exercício de trabalho, não surgem de forma aleatória, mas por meio de reformas
educacionais em observância às solicitações do mundo do trabalho:
As reformas educacionais que ocorrem em diversos países evidenciam a busca de formalização de uma pedagogia das competências [...]. O uso da ciência como força produtiva gerou a necessidade de os trabalhadores dominarem certa quantidade de conhecimentos e habilidades, necessárias ao exercício do trabalho em sociedade industrializada e urbanizada [...] (RAMOS, 2001, p. 19).
40
Contudo, se faz necessário que essa qualificação se apresente de forma
ética, pois “[...] o destaque à perspectiva ética da competência pode ajudar-nos a
desvelar certos elementos constituintes da ideologia que permeia nossa educação
[...]” (Rios, 2001, p. 53).
Portanto, não se deve somente dar enfoque aos interesses de uma classe,
mas ter a preocupação com a formação ética, em que haja o cuidado nas relações e
discussões a nível técnico, ético e político, pois “[...] a competência sustenta o
núcleo da reflexão aqui realizada, uma vez que se encontra aí a possibilidade de
discutir um aspecto, [...] – a presença da dimensão ética embutida na técnica e na
política” (Rios, 2001, p. 50-51).
Zarifian (2001) na década de 1980 observou que o modelo de competências
começava a surgir nas empresas, tornando-se assim objeto de interesse por
pesquisadores e consultores, no entanto, essa temática ainda não estava clarificada
naquele período. Contudo, ao final da década de 1990, Zarifian já traz maiores
definições e considera que a competência é individual e somente “[...] se manifesta
na atividade prática, é dessa atividade que poderá decorrer a avaliação das
competências nela utilizada” (2001, p. 67).
Nesse sentido, observamos a necessidade que no Curso de Administração
essas práticas sejam realizadas, com intuito de “simular” as ações nas
organizações, que a IES oportuniza, por meio dos PI e, mesmo das práticas
educativas em outras unidades curriculares, com a utilização das metodologias
ativas.
3.3 Metodologias ativas
As metodologias ativas são métodos pedagógicos utilizados pelos docentes
com intuito de preparar os discentes para o aprendizado, proporcionando a
independência discente e formação crítica:
Podemos entender Metodologias Ativas como formas de desenvolver o processo do aprender que os professores utilizam na busca de conduzir a formação crítica de futuros profissionais nas mais diversas áreas. A utilização dessas metodologias pode favorecer a autonomia
41 do educando, despertando a curiosidade, estimulando tomadas de decisões individuais e coletivas, advindos das atividades essenciais da prática social e em contextos do estudante (BORGES; ALENCAR, 2014, p.120).
O PDI analisado se preocupa em fortalecer as metodologias pedagógicas do
curso, como meio de garantir a qualidade na formação profissional e humanística
dos discentes sempre apresentando ações, que possam ser efetivadas por meio
dessa metodologia25.
Moran diz que as metodologias ativas devem estar atreladas aos objetivos
esperados, uma vez que é por meio dessas metodologias que poderão desenvolver
discentes proativos, com capacidades cada vez maiores para soluções de atividades
com maiores complexidades, pois acredita que: “As metodologias ativas são pontos
de partida para avançar para processos mais avançados de reflexão, de integração
cognitiva, de generalização, de reelaboração de novas práticas” (2015, p.18).
Observou-se no PPI ao citar o PPC que “A dinamicidade do PPC está em sua
operacionalidade, por meio de metodologias ativas permitindo a articulação dos
componentes curriculares ao redor de eixos temáticos – com base em valores
formativos -, definidos a partir dos diferenciais de formação de cada curso [...]”26.
Podemos constatar por meio dos Projetos Integradores as metodologias
ativas e outras práticas educativas de unidades curriculares, pois: “O ensino por
meio de projetos, assim como o ensino por meio de solução de problemas, são
exemplos típicos de metodologias ativas de aprendizagem” (BARBOSA; MOURA,
2013, p. 54), portanto, tornando mais viável a simulação de práticas que serão
vivenciadas no exercício das funções do administrador no meio empresarial.
Pode-se pontuar que essas metodologias de aprendizagem criam uma
relação nova entre aquele que ensina e faz aprender e o que se disponibiliza a
aprender:
Enfocar metodologia ativa significa pontuar uma outra forma relacional entre os professores – aqui tomados como profissionais do ensinar e do fazer aprender – e seus parceiros, estudantes universitários, em relação à ciência existente e colocada a serviço da formação de profissionais graduados pela universidade (ANASTASIOU, 2015, p.18).
25Implementar semestralmente metodologias ativas e que favoreçam a articulação entre as áreas básica e profissionalizante dos currículos, de forma a garantir a relação teoria-prática e o desenvolvimento da dimensão vertical dos currículos (p.17). 26PPI (p.7).
42
E ainda proporciona estímulos de aprendizagem, em que o discente é
estimulado a criticar e a refletir envolvendo-se, ativamente, no processo de
aprendizagem:
A metodologia ativa (MA) é uma concepção educativa que estimula processos de ensino-aprendizagem crítico-reflexivos, no qual o educando participa e se compromete com seu aprendizado. O método propõe a elaboração de situações de ensino que promovam uma aproximação crítica do aluno com a realidade; a reflexão sobre problemas que geram curiosidade e desafio; a disposição de recursos para pesquisar problemas e soluções; a identificação e organização das soluções hipotéticas mais adequadas à situação e a aplicação dessas soluções (LUCKESI e DIAZ-BORDENAVE apud SOBRAL e CAMPOS, 2012, p. 209).
Dessa forma, a prática de ensino e de aprendizagem na IES é assumida pela
metodologia ativa, sendo abordada em todos os documentos que emanam no Curso
de Administração, podendo ser mais perceptível nos PI, sempre com o intuito de
propiciar aos discentes experiências mais próximas ao que será vivenciada por eles
no mundo do trabalho.
43
CAPÍTULO 4 - RESULTADOS DA PESQUISA
Os resultados da pesquisa ora apresentados advêm do estudo de caso
realizado em uma instituição inserida na Região Metropolitana do Vale do Rio
Cuiabá do estado de Mato Grosso, mais especificamente no curso de graduação
bacharelado em Administração, que junto ao curso de Ciências Contábeis dão
origem a essa instituição educacional, no ano de 1994. A escolha da IES se deu em
virtude da demonstração do seu comprometimento com a qualidade de ensino,
observadas nos documentos que regem o curso, no empenho da coordenação em
preparar os docentes para o exercício da prática em sala de aula, bem como nas
capacitações oferecidas pela instituição a cada início de semestre, demonstrando a
sua preocupação com a melhoria constante no ensino oferecido, com especial
destaque para as metodologias ativas e educação por competências.
A pesquisa, além da parte empírica, pois foi baseada na experiência e na
observação, foi elaborada a partir de análise documental, cujas reflexões foram
embasadas em conceitos de autores conceituados, por meio de pesquisa
bibliográfica.
As informações preliminares contemplam a experiência da pesquisadora
como docente membro do NDE na elaboração do PPC, com especial ênfase no
acompanhamento docente na elaboração dos PE das unidades da estrutura
curricular do curso, com destaque para as competências previstas no perfil do
egresso, a partir da tradução que fazem das DCN.
O NDE, por decisão institucional27, é composto por 5 (cinco) docentes do
curso, designados por portaria específica, sendo um membro doutor, uma
doutoranda, um mestre, e dois professores mestrandos. Com formações e
experiências educacionais diversas, sendo três bacharéis em Administração, um
geógrafo e uma economista o que implica, em tal situação, formações, vivências,
paradigmas e interpretações diferentes dos documentos comuns ao ensino, no curso
de Administração. Todos os membros com idade acima de 40 (quarenta) anos. O
NDE, além da função definida pelo MEC/INEP, por decisão da coordenação de
curso, analisa e valida as competências dos PE para garantia dos resultados das
ações previstas no PPC com destaque para o alcance das competências prenuncia-
27 Resolução N.º 028/10 – CONSEPE, UNIVAG.
44
da no perfil do egresso.
O universo de docentes do curso no período da pesquisa constava de 53
(cinqüenta e três) profissionais, com formações distintas sendo: seis bacharéis em
direito; oito economistas; vinte e um administradores; cinco contadores; três
matemáticos; três psicólogos; dois geógrafos, um com formação de oficial do
exército brasileiro; um com formação em comunicação social e três engenheiros.
Observou-se que, apesar das formações serem distintas, tem 21 administradores e
das formações apresentadas somente o curso de geografia e a formação de oficial
se encontra fora da área de atuação do administrador, mas vale ressaltar que um
dos docentes com formação de geógrafo foi coordenador temporário do curso em
gestão anterior a atual, portanto, possui experiência28 para atuar no curso.
Para facilitar o direcionamento do que se pretendia obter de informações
sobre o alcance das competências, por meio dos PE no curso de Administração,
para atender o problema de pesquisa: as competências definidas nas DCN,
contempladas no PPC e formuladas nos PE - de cada componente curricular de um
curso de administração - estão, de fato, tendo efetividade instrumental sobre a
prática de ensino dos profissionais da educação no curso? Surgiram algumas
questões tais como: As DCN e o PPC contemplam de forma compreensível
competências que deverão ser consideradas no perfil do egresso do curso? Para
elaborar os seus PE os docentes contemplam de forma explícita competências que
deverão ser consideradas no perfil do egresso do curso? Quais os fatores que
podem ocasionar as dificuldades docentes observadas? Qual a necessidade da
atuação do NDE do curso, na validação dos PE? Quantas são as competências
imprescindíveis na formação do administrador?
As interpretações das questões acima advêm da escuta de construções
individuais, pois “É preciso tentar pensá-lo a partir da possibilidade da singularidade,
da singularidade da assinatura e do nome [...]” (DERRIDA, 2010, p. 40).
28
Conforme Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação – presencial e a distância, MEC / INEP, agosto de 2015.
45
Em resposta as indagações, observou-se que são 8 (oito) grandes
competências definidas nas DCN que integram o perfil do egresso, e o PPC
considera outras quinze (15)29. Elas foram planejadas para atendimento da estrutura
da grade curricular durante os 4 (quatro) anos do curso que identifica, em cada ano,
uma intenção formativa. Tais competências dão suporte às intenções formativas e
procuram dar ao perfil do egresso a condição mínima para estar em sintonia com o
mundo do trabalho. Perfil do egresso assim definido,
29
Competências – PPC: 1 Compreender o contexto em que a organização se insere, considerando as
dimensões socioantropológica, política, econômica, jurídica e ambiental, relacionando-o com o arcabouço de conhecimentos oriundos da Teoria Organizacional, viabilizando assim análises que contribuam com as decisões e objetivos organizacionais, sempre respeitando os preceitos éticos que regem a vida em sociedade; 2 Exercitar o comportamento empreendedor, por meio da criatividade e inovação, da proatividade e iniciativa, da persistência e autoconfiança, do comprometimento, da auto-aprendizagem, da busca constante da excelência, da capacidade de correr riscos calculados e do foco em resultados, possibilitando identificar oportunidades e materializá-las em realidades de sucesso; 3 Exercitar o espírito investigativo e capacidade metodológica que lhe permita conceber e implementar pesquisas, bem como realizar análises que subsidiem suas decisões no ambiente organizacional, contribuindo também para a construção do conhecimento na área; 4 Identificar, analisar, elaborar, implementar e consolidar processos produtivos e/ou de serviços, considerando as condições de contexto, bem como as condições e objetivos organizacionais; 5 Exercitar o raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, expressando-se assim de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais; 6 Prover suporte técnico e gerencial ao processo de tomada de decisão na organização. Deverá ser capaz de reunir e analisar informações, bem como construir cenários a fim de fundamentar a aprovação, rejeição ou alteração dos rumos institucionais; 7 Monitorar permanentemente o ambiente organizacional e as condições do ambiente externo, construindo, implementando e monitorando estratégias que possibilitem a viabilização da missão, o alcance dos objetivos e a materialização da visão de futuro da organização; 8 Identificar, analisar e utilizar diferentes tecnologias no contexto organizacional e no cotidiano de seu exercício profissional; 9 Identificar oportunidades de atuação organizacional, sendo capaz de estruturar, implementar e gerir ações mercadológicas éticas que contribuam com o bom desempenho organizacional; 10 Estruturar e liderar equipes com perfis diversificados, promovendo a ambiência necessária à auto-motivação e resiliência. Viabilizar assim os mecanismos e condições para o continuo aprendizado organizacional e a gestão do conhecimento, em sintonia com o desenho estratégico da organização; 11 Desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação, mediação de conflitos e nas comunicações interpessoais ou intergrupais, considerando as expectativas dos diferentes atores com que a organização se relaciona. Além disso, tem a capacidade de mapear, monitorar e gerir as redes relacionais em prol dos objetivos organizacionais; 12 Refletir e atuar criticamente sobre toda a esfera de operações, considerando toda a cadeia de suprimentos, possibilitando uma gestão em sintonia com a estratégia organizacional e com os desafios socioambientais; 13. Identificar, analisar e gerir a estrutura de capital das organizações, utilizando modelos e técnicas que possibilitem corretas decisões de financiamento e investimento, numa perspectiva moderna de sustentabilidade, otimizando o valor empresarial; 14 Conceber, estruturar, implementar, gerir e consolidar projetos em organizações, em sintonia com a estratégia organizacional e impactando positivamente os resultados da organização;15 Realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais em organizações privadas, públicas e/ou do terceiro setor, nacionais ou internacionais.
46
Profissional reconhecido por sua atitude empreendedora e ética, visão sistêmica e abordagem sustentável em suas decisões, com consistente base teórica e prática, construídas por meio de competências para o pleno domínio das ações de gestão, próprias do Administrador. Competências, que são as previstas nas Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Administração, bacharelado e, as previstas no PPC – Projeto Pedagógico de Curso, inclusive as referentes ao saber ser – próprio da formação social -, com o alcance da formação integral, que incorpora o perfil empreendedor, para atuar em diferentes contextos organizacionais, comprometido com a responsabilidade social e a sustentabilidade. Como também, na sociedade, como cidadão ético e responsável socialmente (PPC, 2012).
Ao final do curso de graduação em Administração, a somatória das
competências de cada unidade curricular, deve atingir as vinte e três competências
(23), grade 2012, para que o objetivo30 do curso estabelecido no PPC seja
alcançado. Espera-se, contudo, que as competências nos PE não sejam
predefinidas “Na maioria das vezes, no entanto, ela aparece como algo já
predefinido, como se não suscitasse uma discussão sobre os seus significados”
Silva (2008, p. 85), mas sejam apresentadas de maneira didática que proporcione a
sua compreensão e aplicação.
Porém, na elaboração dos PE verificaram-se dificuldades para a indicação
das competências que correspondem a cada unidade curricular, pois, mesmo sendo
observado que o curso de Administração disponibiliza a todos os docentes do curso,
cópia das DCN e do PPC, bem como a explanação durante as reuniões de
colegiado de curso, e de trabalhos - da coordenação com os docentes -, ainda
existem dúvidas quanto à elaboração dos seus PE, pois, “Durante uma situação de
aprendizagem orientada para o desenvolvimento de competências, muitas formas
metodológicas são possíveis [...]” (KULLER e RODRIGO, 2013, p.75). 30 Objetivo do curso: Formação de Administradores com consistente base teórica e prática, que assegure competências para o pleno domínio das ações de gestão e outras inerentes as atividades de administração, de forma que possam, com perfil empreendedor, atuarem em diferentes contextos organizacionais: primeiro, segundo e terceiro setor, comprometidos com a responsabilidade social e sustentabilidade. Como também, na sociedade, como cidadãos éticos e responsáveis socialmente (PPC, 2012).
47
Fato acima observado não tanto pela verbalização das dificuldades pelos
docentes no período, mas expressa nos seus documentos de trabalho, constatando
a pouca atenção e/ou falta de entendimento de como distribuir as competências no
documento. As dificuldades foram observadas inicialmente, nos atrasos da entrega
dos PE, para validação pelo NDE.
O contratempo docente encontrado na elaboração dos PE é observado por
experiências distintas obtidas em outras IES, formações diferentes, e, também
quanto ao restrito conhecimento sobre as DCN, metodologias ativas e educação por
competências. Ressalta-se ainda entrave por não se ter uma equipe consolidada de
docentes no curso. Tal condição não assegura, de forma plena, o conhecimento das
competências identificadas nas DCN e mesmo no PPC e, em muitos casos, a
segurança de que as mesmas irão compor o perfil do egresso.
A obrigação da atuação do NDE com análise rigorosa quando da validação
dos PE, se dá pela necessidade de auxiliar o corpo docente na elaboração dos seus
PE de forma a integrar as competências necessárias ao perfil do formando,
dispostas nos documentos a nível nacional (DCN) e institucional (PPC). Pois, são
nesses que cada unidade curricular deve identificar as competências.
Obrigatoriamente as competências definidas nas DCN que integram o perfil do
egresso, face ser exigência legal por meio do MEC para a formação do
Administrador, e as adicionais da grade 2012 que integram o PPC, para atendimento
da estrutura da grade curricular durante o curso, identificando para cada ano uma
intenção formativa, devem ser alcançadas. Tais competências dão suporte a essas
intenções e procuram dar ao perfil do egresso, condições em sintonia com o mundo
do trabalho. Portanto, as competências podem ser observadas em parte por meio
dos Projetos Integradores, apesar de Zarifian (2001) entender que as competências
são observadas no exercício da profissão, onde se dá a sua validação, sendo,
então, na empresa que se valida e proporciona sua evolução. Porém, é certo que o
alcance de um perfil do egresso baseado em competências obtidas durante o curso
de Graduação em Administração, proporciona uma melhor adequação ao mundo do
trabalho. Assim o PE é um documento para ação, uma vez que orienta o que se
espera de uma unidade curricular aula a aula em um semestre letivo e, define as
competências que se espera dele, atendendo as exigências legais do MEC e do
mundo do trabalho.
48
O curso de graduação em Administração pesquisado, por meio de seu NDE
desenvolveu um instrumento de avaliação das competências, tanto as previstas nas
DCN com as previstas de forma complementar no PPC e, são aplicados somente
nas apresentações dos 6 (seis) PI, para identificar o percentual de alcance das
competências estipuladas para cada semestre letivo. Métrica importante para
análise do alcance do perfil do egresso e, dos alcances das intenções formativas
previstas. Com especial destaque, às competências das DCN, pois para a formação
do Administrador, o curso obrigar-se ao cumprimento delas, em sintonias com a
exigência legal do MEC.
As avaliações das competências dos Projetos Integradores são feitas no
período da sua execução, nos 3 (três) anos inicias do curso, durante os seis
semestre letivo. No que tange as competências das DCN, das 8(oito) previstas,
observou-se que 6 (seis) são abordadas nesse período. É importante considerar que
os Projetos Integradores estão contidos nas intenções formativas dos 3 (três) anos
do curso: 1° ano Empreendedorismo e Consciência Socioeconômica e Ambiental; 2°
ano Gestão do Capital Humano e Relações com o Mercado; 3° ano
Empreendedorismo Operações e Finanças. Assim temos: PI I e PI II: intenção
formativa do 1º ano; PI III e PI IV: intenção formativa do 2º ano; PI V e PI VI:
intenção formativa do 3° ano. Constatamos que as competências previstas nos PE
dos PI, sustentam as intenções formativas esperadas na estrutura curricular e essas
são a somatória de todas as competências previstas.
O Instrumento de avaliação usado em um PI é dividido em três partes, a
primeira verifica a parte escrita do projeto, com peso máximo de 6,0 (seis) e a
segunda a apresentação, com nota de 0 (zero) a 4,0 (quatro). Na parte escrita são
analisados: embasamento teórico; coerência e coesão textual; citações das fontes
pesquisadas; formatação em consonância com a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) e, contribuição da proposta. Nas apresentações são analisados: o
uso adequado da linguagem; a comunicação e o tempo usado; citação das fontes
pesquisadas; criatividade e inovação da apresentação. Cabe ressaltar que cada
docente da banca de avaliação recebe previamente o trabalho escrito do grupo que
será avaliado, de forma que possam fazer suas análises e considerações. Na
terceira parte, cada docente avaliador, ao final da apresentação identifica as
competências do grupo por meio do trabalho escrito e da apresentação com os devi-
49
dos critérios: “Não atingiu”; “Atingiu parcialmente”; “Atingiu”. As apresentações e
avaliações dos projetos integradores são por meio de Banca Pública composta por 3
(três) docentes avaliadores: dois docentes do Curso de Administração convidados e,
o professor orientador que preside as bancas, em datas definidas em cronograma no
início de cada semestre letivo. As competências avaliadas são as definidas no PE
pelo docente responsável por orientar um PI. Para a aprovação considera-se a nota
7 (sete) como mínima e nota máxima de aprovação 10 (dez).
Objetivando verificar os resultados das bancas públicas de avaliações de PI,
temos na TABELA 1 a avaliação dos Projetos Integradores: I; II; III; IV; V e VI,
aplicados no semestre letivo de 2015/2º. Sendo os resultados específicos das
competências31 previstas nas DCN, com a seguinte distribuição:
TABELA 1 – COMPETÊNCIAS PREVISTAS NOS PROJETOS INTEGRADORES
Projetos Integradores Competências – DCN
PI I I; II; III e, IV
PI II I, II; III; IV; V; VI
PI III I; II; III; IV; V; VI
PI IV I; II; III; IV; V; VI
PI V I; II; III; IV; V; VI
PI VI I; II; III; IV; V; VI
Fonte: DCN 2005 31
Competências DCN dos PI: I – reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir
modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimento e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo de tomada de decisão;
II – desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais;
III – refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função da estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento;
IV – desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais;
V – ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência de qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional;
VI – desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidiana para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável.
50
TABELA 2 - RESULTADOS DAS COMPETÊNCIAS
COMPETÊNCIAS DCN
I
II
III
IV
V
VI
PROJETO INTEGRADOR I
Não atingiu 8,34% 16,66% 8,34% 8,34%
Atingiu parcialmente 33,33% 33,33% 50,01% 50,01%
Atingiu 52,33% 50,01% 41,25% 41,65%
PROJETO INTEGRADOR II
Não atingiu 5,89% 27,77% 0 11,12% 11,12% 38,88%
Atingiu parcialmente 82,35% 72,73% 83,33% 55,55% 61,11% 38,88%
Atingiu 11,67% 16,67% 33,33% 27,77% 33,34%
PROJETO INTEGRADOR III
Não atingiu 14,81% 3,71% 25,93% 11,27% 14,81% 33,33%
Atingiu parcialmente 74,07% 96,29% 74,07% 74,07% 70,38% 59,25%
Atingiu 11,12% 0 0 14,81% 14,81% 7,42%
PROJETO INTEGRADOR IV
Não atingiu 25% 25% 41,66% 50% 66,66% 58,34%
Atingiu parcialmente 58,33% 66,66% 50% 50% 25% 41,66%
Atingiu 16,67% 8,34% 8,34% 0 8,34% 0
PROJETO INTEGRADOR V
Não atingiu 8,34% 0 16,66% 41,66% 25% 16,66%
Atingiu parcialmente 50% 66,66% 50% 58,34% 50% 50%
Atingiu 41,66% 33,34% 33,34% 0 25% 33,34%
PROJETO INTEGRADOR VI
Não atingiu 0 11,12% 11,12% 47,22% 0 0
Atingiu parcialmente 88,88% 77,76% 77,76% 41,66% 88,88% 88,88%
Atingiu 11,12% 11,12% 11.12% 11,12% 11,12% 11,12%
Fonte: Dados da coordenação do curso de administração. Elaboração da autora.
A tabela acima apresenta os resultados dos seis Projetos Integradores com
um total de 30 grupos, distribuídos em:
TABELA 3 – GRUPOS DOS PROJETOS INTEGRADORES
Projeto Integrador I 4 Grupos avaliados 12 formulários de avaliação
Projeto Integrador II
6 Grupos avaliados 18 formulários de avaliação
Projeto Integrador III
9 Grupos avaliados 27 formulários de avaliação
Projeto Integrador IV
4 Grupos avaliados 12 formulários de avaliação
Projeto Integrador V
4 Grupos avaliados 12 formulários de avaliação
Projeto Integrador VI
3 Grupos avaliados 09 formulários de avaliação
Fonte: Dados da coordenação do curso de administração. Elaboração da autora.
51
TABELA 4 – RESULTADO FINAL DAS AVALIAÇÕES DOS PROJETOS INTEGRADORES
PROJETO
INTEGRADOR
PERCENTUAL DE
APROVAÇÃO
NOTA DE APROVAÇÃO
Projeto Integrador I
57,57%
39,39%
18,18%
7,5
8,5
Projeto Integrado II
61,3 %
35,48%
03,22%
22,60%
7,0
7,5
8,0
Projeto Integrado III
73,34%
46,66%
10,01%
16,67%
7,0
7,5
8,5
Projeto Integrado IV
88,22 %
35,29%
23,52%
29,41%
7,0
7,5
8,0
Projeto Integrado V
92,86%
25%
21,42%
7,14%
35,71%
7,0
7,5
8,0
8,5
Projeto Integrado VI
86,66%
23,33%
20%
10%
33,33%
7,0
7,5
8,0
8,5
Fonte: Dados da coordenação do curso de administração. Elaboração da autora.
52
A pesquisa demonstra que o Curso de Administração cumpre as solicitações
com relação às competências, com especial destaque para as emanadas das DCN,
quer seja nos documentos de gestão do curso, PPC e PE, quer seja no uso de
metodologias ativas para o alcance dessas, especificadas no PE. Destaca-se
também, a aplicação dos requisitos legais e normativos exigidos pelo MEC, como
também, o alinhamento dos documentos institucionais, PDI e PPI com o PPC. Mas,
a pesquisa não comprova se os meios usados pelo curso garantem a solidez de
aplicação e absorção das competências previstas no perfil do egresso do Curso de
Administração, e se fazem necessárias outras ações. Porém, existe especial
atenção aos instrumentos de avaliações e certificações de competências ocorrendo
como consequência um processo de evolução dos mesmos.
Entretanto os resultados das pesquisas nos conduzem a um ponto crucial,
que é o fator humano representado pelos docentes do curso, em dois momentos,
quando traduzem dos PPC e DCN as competências para os PE, e quando da
avaliação em Banca Pública, dos PI. Tais condições não asseguram o conhecimento
das competências identificadas no PPC e DCN, como também, em muitos casos, a
segurança de que as mesmas irão compor o perfil do egresso. Assim a premissa
inicial adotada na pesquisa, no âmbito da perspectiva que o conhecimento é uma
tradução “[...] em outras palavras, constitui-se como um desvio em relação à
identidade a si de uma suposta experiência original. [...] A tradução, portanto, não é
um processo como outros: ela é o princípio ou a regra originária da articulação do
saber" (SISCAR, 2000, p. 61). Portanto, essa regra originária a partir dos PI poderá
articular o saber.
Os PE possuem as ações necessárias para as aulas durante o semestre
letivo, construídas pelo docente responsável pela unidade curricular, considerando a
carga horária definida no PPC. Como também, as competências que o docente
traduz do PPC e DCN. O PE é finalizado com a assinatura do docente responsável
pela unidade curricular. A formação educacional com alcance por meio de
competências ocorre tendo como meta as competências definidas e descritas pelo
docente no PE e seu alcance ocorre como o planejamento aula a aula, onde o PE
demonstra as metodologias adotadas para a aula, com o percentual de aula
teórica/conceitual e, prática detalhadas em: o saber fazer e o saber agir. O
formulário desenhado para o PE possui campos específicos para os desmembramen
53
-tos. Portanto, é certo entender que o PE diz o que o docente aula a aula deve fazer
por meio de metodologias, a parte teórica/conceitual e prática com objetivo a ser
alcançado, bem como o alcance das competências definidas.
54
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observou-se por meio da pesquisa que os documentos que regem o Curso de
Graduação em Administração na IES pesquisada, em sua composição, descrevem
as necessidades da observância das 8 (oito) competências exigidas nas DCN,
porém na prática não se limitam a essas, pois ainda existem outras 15 (quinze)
competências que o curso estipula para compor o perfil do egresso, com intuito que
esses estejam aptos a iniciar no mercado de trabalho, bem como em viver em
sociedade de forma ética e responsável socialmente, pois: “Os Projetos
Pedagógicos de Curso são estruturados a partir de valores formativos compatíveis
com a realidade do setor produtivo regional e os currículos são mobilizados por
metodologias ativas, cujo enfoque é o de aprender a aprender” 32.
A pesquisa realizada no Curso de Graduação em Administração revelou a
preocupação em cumprir as exigências, tanto das competências e habilidades
definidas nas DCN, incorporadas ao PPC, como também nas 15 (quinze) previstas
neste documento, que contemplam as intenções formativas, tendo em vista buscar
uma formação em sintonia com o mundo do trabalho e o viver em sociedade.
Entretanto cabe salientar que o aprofundamento da pesquisa em consonância com o
problema da pesquisa, concentrou-se nas competências das DCN, que é a
delimitação adotada.
Nessa perspectiva, é importante que tais competências estejam presentes no
perfil do egresso, em formação para o exercício profissional do administrador que
deve ingressar no mundo do trabalho, servindo de base para que ocorra a
incorporação de novas competências necessárias para a permanência nos diversos
ambientes organizacionais, ao longo do tempo, em um mundo turbulento com
grandes transformações, que impactam no trabalho.
A pesquisa verificou como essas competências, são traduzidas para os PE,
bem como ocorre o ensino e a aprendizagem, por meio desse documento, que é
uma tradução do docente advinda do PPC, cuja elaboração é feita pelo responsável
de cada unidade curricular, a partir de modelo disponibilizado pelo NDE, que verifica
e valida se as competências a serem estudadas estão condizentes com o conteúdo
que será ministrado semestralmente.
32
PPC, (p. 47)
55
Foi tal contexto que gerou o problema da pesquisa: as competências
definidas nas DCN, contempladas no PPC e formuladas nos PE – de cada
componente curricular de um Curso de Graduação em Administração – estão de
fato, tendo efetividade instrumental sobre a formação dos profissionais
administradores?
Entretanto, o problema definido, a despeito da prática adotada pelo curso
enfatizando competências, não foi respondido totalmente, pois se partiu do
entendimento de que a interpretação do conhecimento nunca está terminada, “não
há um fim da interpretação, nem um telos ou terminus no qual adormeceríamos
rapidamente [...]. Pelo contrário, o segredo é a multiplicação das interpretações, o
interpretarem sem um fim, de forma que o final é sem fim” (DUQUE-ESTRADA,
2002, p. 45), concluindo-se, então, que os discentes poderão dar continuidade ao
conhecimento absorvido por meio dos PE elaborados pelos docentes, tornando-se
assim também autores de novos textos, construindo novos conhecimentos, novas
competências. Assim o processo envolvendo as competências não é finito no âmbito
de um PPC, sofrem transformações nas traduções dos docentes, amplitudes nos
espaços de aprendizagem envolvendo os discentes e, na influência do mundo do
trabalho em cenários de inovações e transformações.
Em face da não existência de um conceito único de competência, o Curso de
Graduação em Administração pesquisado, por meio do seu NDE usou o conceito de
competência adotado por Fleury e Fleury (2001), para evitar eventuais confusões na
adoção do conceito de competência, contemplando de forma objetiva as mesmas no
seu PPC e, consequentemente, nos seus PE. Assim sendo, o conceito de
competência adotado para o estabelecimento de avaliação é unificado no curso.
Para efeito operacional do Curso de Administração, a expressão usada na DCN
competências e habilidades, foram unificadas como competência, uma vez que o
conceito de competência pelo curso incorpora a habilidade.
As competências são traduzidas pelos docentes do curso, em cada unidade
curricular da estrutura do mesmo por meio dos PE, que definem as metodologias
que serão usadas, bem como os instrumentos de avaliação, o que pelas diferentes
formações acadêmicas, experiências na docência e paradigmas acaba perdendo a
uniformidade.
56
Para que a pesquisa fosse concluída, de maneira a atingir o seu objetivo, na
abrangência da pesquisa documental, foram feitas leituras e análises de todos os
documentos que envolvem o curso, a constar: PPC, PDI, PPI, DCN, Resoluções do
CONSEPE, portarias institucionais, requisitos legais e normativos obrigatórios pelo
MEC e, PE, a vivência da pesquisadora como docente e integrante do NDE no
período que abrange os anos de 2014 e 2015, bem como a escuta dos docentes e
dos demais membros do NDE. Assim, é certo afirmar que o objetivo geral que
consiste em entender como as competências definidas nas DCN, contempladas no
PPC e tradizidas nos PE do componente curricular, bem como se a avaliação e
certificação dessas competências são possíveis para que se tenha a formação
profissional do administrador desejada, foi alcançado.
A vivência da pesquisadora no curso durante o período pesquisado foi de
grande contribuição para a pesquisa, por ter sido nesse período a implementação
dos Projetos Integradores (PI), com a concretização de processo avaliativo, mesmo
que de forma sucinta, uma vez que essa ocorre como posto por alguns autores, no
dia a dia do ambiente de trabalho, do atendimento ou não das competências
ministradas em sala de aula, em decorrência da forma que são avaliados, ao final de
cada semestre letivo. Tais condições observadas na vivência da prática, no âmbito
da aprendizagem baseadas em projetos, que representa o redimensionar dos
eventos do projeto, entre eles a necessidade constante do redesenho do
instrumento de avaliações e certificações das competências, que garanta métrica
eficaz para o alcance do perfil do egresso.
Para maior abrangência das unidades curriculares ministradas no curso
objeto da pesquisa, foram pesquisados os PI, que devem contemplar todas as
disciplinas referentes ao semestre, tal condição proporcionou observação quanto ao
processo pedagógico, por meio das metodologias ativas, que possibilita a integração
da teoria com a prática.
Ao estudar o motivo da implementação desses projetos, que ocorrem do
primeiro ao sexto semestre do curso de Administração, em suporte de uma leitura
mais minuciosa dos documentos balizadores desse curso, se pode entender que
esses surgem em decorrência da necessidade de práticas pedagógicas que
abordem as metodologias ativas, visto que essas estão sempre sendo citadas nos
documentos – e abordadas em tópico nesse trabalho – de forma que proporcionam
57
fazer uma avaliação ao final de cada semestre letivo, quanto ao que se ministra em
sala de aula e se tal conteúdo condiz com as competências para a formação
esperada, já que PI são apresentados em bancas públicas, por meio de trabalhos
escritos e apresentações orais, em que os discentes expõem seus trabalhos com
uma proposta prévia de temática que, propositadamente, deverá demonstrar as
competências exigidas para o semestre, uma vez que todas as unidades curriculares
estudadas até a data deverão compor o mesmo.
Trabalhar com competências no ensino de Administração revela ser uma
tarefa complexa, pois tais competências envolvem entendimento conceitual, usos de
práticas de ensino como as metodologias ativas, que propiciem o equacionamento
de teoria com a prática, docentes com experiência e capacitação, bem como
aplicação de instrumentos de avaliação com eficácia para a certificação de
competência, isto é, a garantia do seu alcance pelo discente.
No entanto, é necessário entender, também, a curta história do ensino de
administração no Brasil, que a despeito do pouco tempo, obriga-se a preparar
administradores para complexos cenários econômicos, incertos, em que se exigem
competências específicas e, muitas vezes, sofisticadas, levando ao surgimento de
dúvidas quanto à formação, pelos diversos cursos de graduação em Administração,
tendo enfoque de que há uma percepção sobre a falta de qualidade de ensino.
Ficou patente a atenção com o tema competência, no planejamento das ações
do Curso de Graduação em Administração pesquisado, e a despeito do problema de
pesquisa não ter sido respondido em sua totalidade, revelou a necessidade de
avanços que ainda deverão ser observados no âmbito das competências a serem
alcançadas no curso, com especial destaque na qualificação docente. Entretanto,
cabe ressaltar que no período da pesquisa, observou-se preocupação institucional
focada na capacitação docente, implementando programa envolvendo
principalmente, metodologias ativas e ensino por competências.
Mas, é no PE que o tema competência merece atenção especial, conforme
constatado nas pesquisas feitas, uma vez que a escolha e tradução das
competências constantes do PPC e DCN são feitas pelo docente da unidade
curricular e transportadas para o PE, onde define a metodologia para o alcance das
competências estabelecidas, desmembradas em conteúdo de uma aula, em saber
58
conceitualmente (qualificação) – conhecimento; saber fazer (experiência
funcional) – habilidade; saber agir (capacidade de obter resultados) – atitude33.
A pesquisa não esgota as questões sobre as competências, em especial, sobre
as emanadas das DCN, quanto à avaliação. É, portanto, um estudo que possui
limitações, por tratar-se de um estudo de caso, recomendando-se assim, aos novos
pesquisadores, novos estudos com outras amplitudes, que envolvam os docentes e
discentes dos cursos, e análise dos instrumentos de avaliação das competências, de
forma que se possa ter como fruto de novos estudos, a convicção do entendimento
das eventuais dificuldades na avaliação e certificação de competências na prática
em sala de aula e/ou no espaço de aprendizagem.
33
Competência – Fleury e Fleury (2001).
59
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2001.
66
PLANO DE ENSINO – ANO/SEMESTRE
Nome do Componente Curricular: é a designação da unidade curricular retirada
do PPC.
Professor (a): docente responsável em ministrar a unidade curricular no semestre
letivo, integrante do quadro de docentes17 do curso de Administração.
Carga Horária: é o total de horas da unidade curricular (30h ou 60h).
Grade: ano e semestre, em que a grade foi aprovada pelo CONSEPE, a informação
consta do PPC.
Período: descreve quando a unidade curricular será ofertada, podendo ocorrer no
matutino e/ou noturno.
Semestre Letivo: período em que a unidade curricular está sendo ofertada.
Ementa: descrição discursiva que resume o conteúdo conceitual da unidade
curricular que será ministrada pelo docente, definida no PPC.
Objetivos: Geral e Específicos – é o que se pretende alcançar com a unidade
curricular no âmbito do PPC.
Temas transversais: são constituídos com intuito de compreensão e de construção
da realidade social e dos direitos e deveres no âmbito da cidadania, também
envolvem alguns requisitos legais exigidos pelo MEC.
Competências: O conceito adotado pelo NDE para o Curso de Administração, que
engloba: o saber conceitual (qualificação) – conhecimento; o saber fazer
(experiência funcional) – habilidade; Saber agir (capacidade de obter resultados) –
Atitudes.
Competências segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Administração: o docente identifica qual (is) competência(s) que o
67
conteúdo a ser ministrado irá abordar, podendo abranger uma ou mais dentre as oito
propostas nas DCN.
Competências segundo o PPC: o docente identifica qual(is) competência(s) que o
conteúdo a ser ministrado irá abordar, podendo abranger uma ou mais dentre as
propostas no PPC.
Conteúdo Programático: definição aula a aula dos conteúdos a serem ministrados.
Aula: identificada numericamente a aula que será ministrada, a partir da 1ª. O total
de aulas compreende ao período definido em calendário acadêmico institucional em
consonância com a LDB19.
Data: determina o dia da aula, das provas bimestrais, bem como datas das
avaliações parciais, e estes registros servem para acompanhamento do docente e
dos discentes.
Tópico do conteúdo programático (com referência bibliográfica): assunto que
será abordado com a identificação da fonte bibliográfica (básica ou complementar).
O conteúdo é dividido em: Saber conceitualmente (conhecimento); Saber fazer
(habilidade)
Teoria e Prática: Para cada divisão, é definido pelo docente, qual será o percentual
de teoria e, os percentuais para a prática, em suporte no âmbito das competências.
Competências: O conceito adotado pelo NDE para o Curso de Administração, que
engloba: o saber conceitual (qualificação) – conhecimento; o saber fazer
(experiência funcional) – habilidade; Saber agir (capacidade de obter resultados) –
Atitudes.
Competências segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Administração: o docente identifica qual (is) competência(s) que o
conteúdo a ser ministrado irá abordar, podendo abranger uma ou mais dentre as oito
propostas nas DCN.
Competências segundo o PPC: o docente identifica qual(is) competência(s) que o
conteúdo a ser ministrado irá abordar, podendo abranger uma ou mais dentre as
propostas no PPC.
68
Conteúdo Programático: definição aula a aula dos conteúdos a serem ministrados.
Aula: identificada numericamente a aula que será ministrada, a partir da 1ª. O total
de aulas compreende ao período definido em calendário acadêmico institucional em
consonância com a LDB.
Data: determina o dia da aula, das provas bimestrais, bem como datas das
avaliações parciais, e estes registros servem para acompanhamento do docente e
dos discentes.
Tópico do conteúdo programático (com referência bibliográfica): assunto que
será abordado com a identificação da fonte bibliográfica (básica ou complementar).
O conteúdo é dividido em: Saber conceitualmente (conhecimento); Saber fazer
(habilidade) e, Saber agir (atitude), de forma a facilitar as avaliações das
competências definidas pelo docente para a unidade curricular.
Teoria e Prática: Para cada divisão, é definido pelo docente, qual será o percentual
de teoria e, os percentuais para a prática, em suporte ao âmbito das competências.
Objetivo (que será alcançado com o conteúdo): O docente deverá definir o
objetivo que espera alcançar com as ações educacionais.
Metodologia aplicada / recursos previstos: O docente definirá a metodologia
aplicada e os recursos que serão necessários.
Avaliação da aprendizagem: é um texto elaborado pelo NDE e define que as
avaliações serão em consonância com a Resolução n° 18/2013 – CONSEPE e
também, exigência mínimas de avaliações adotadas pelo curso pesquisado.
Aprendizagem: indica as metodologias ativas que deverão ser aplicadas.
Instrumento de avaliação de aprendizagem/Data prevista para
aplicação/Critério de avaliação: excetuando as duas provas bimestrais (1º e 2º
bimestre), previstas em calendário acadêmico de acordo com a Resolução n°
18/2013 – CONSEPE, as demais são de responsabilidade do docente, no âmbito do
previsto em “Avaliação de aprendizagem”, que deverão ser identificados os
instrumentos, as datas e os critérios de avaliação.
69
Bibliografias: Básica e complementar.
Pré - requisitos: deverá ser identificado se existe pré-requisito para unidade
curricular.
Assinatura do Professor/Data: finalizado o PE, o docente responsável pela
disciplina, assina e data o documento.
Validação do Núcleo Docente Estruturante/Data: O PE deverá ter a assinatura do
integrante do NDE responsável pela unidade curricular e data no documento pelo
NDE, validando-o.
Assinatura do coordenador/Data: assinatura e data no documento pelo
coordenador do curso, após validação do NDE.
70
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Plano de Ensino
Nome do Componente Curricular
Professor (a):
Carga Horária: Grade: Período:
Ementa
Objetivos:
Geral
Específicos
Temas transversais:.
71 Competências:
Saber conceitualmente (qualificação) – Conhecimento
Saber fazer (experiência funcional) – Habilidade
Saber agir (capacidade de obter resultados) – Atitude
7Competências: Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado
Competências: PPC – Projeto Pedagógico de Curso, grade: 2012
Conteúdo programático:
Aula Data Tópico do Conteúdo Programático
(com referência bibliográfica)
Teoria
%
Práti
ca
%
Objetivo que será
alcançado com o
conteúdo
Metodologia aplicada /
Recursos previstos
1º
2º
3º
4º
5º
6º 72
7º
8º
9º
10º
11º
12º
13º
Avaliação da aprendizagem
Aprendizagem
Instrumento de avaliação da aprendizagem / Data prevista para aplicação / Critério de avaliação
73
Bibliografias
Bibliografia Básica:
Bibliografia Complementar:
Pré - requisitos:
Assinatura do Professor /Data Validação do NDE – Núcleo Docente Estruturante / Data
Assinatura do Coordenador / Data
75
Intenções Formativas
Competências
Disciplina C.H.
1º A
no
1º S
em
est
re
Em
pre
en
de
do
ris
mo
e
Co
ns
ciê
nc
ia S
oc
ioe
co
nô
mic
a
e A
mb
ien
tal
1, 2, 3, 4,5
Contabilidade 60
Produção e Leitura de Texto 30
Direito 30
Teoria Geral da Administração I 60
Economia I 30
Ciências Sociais Aplicadas 30
Cultura Empreendedora 30
Projeto Integrador I 30 Subtotal 300
2º S
em
est
re
Psicologia 30
Economia II 30
Matemática 60
Investigação Científica 30
Teoria Geral da Administração II 60
Direito Empresarial 60
Projeto Integrador II 30
Subtotal 300
76 Intenções
Formativas Competências
Disciplina C.H.
2º
An
o
3º
Se
me
str
e
Ge
stã
o d
o
Ca
pit
al H
um
an
o
e
Re
laç
õe
s c
om
o
Merc
ad
o
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,9
Recursos Humanos I 60
Marketing I 60
Estatística 60
Organização e Métodos 60
Estratégias de Negociação 30
77
Projeto Integrador III 30 Ética e Responsabilidade Socioambiental
(EaD) 30
4º
Se
me
str
e
Subtotal 330
Recursos Humanos II 60 Marketing II 60
Matemática Financeira 60
Legislação Social e Trabalhista 30
Cultura Organizacional 30 Introdução ao Planejamento 30
Projeto Integrador: IV 30
Comunicação Empresarial (EaD) 30 Subtotal 330
Legislação Tributária 30
Sistemas de Informação 30
Gestão de Riscos 30
Projeto Integrador: VI 30
Gestão do Conhecimento (EaD) 30
Subtotal 330
78
Intenções Formativas Competências Disciplina C.H.
3º
5º
Se
me
str
e
Em
pre
en
ded
ori
sm
o O
pe
raçõ
es e
Fin
an
ça
s
2, 3, 11, 12,13
Contabilidade Gerencial 60
Administração de Materiais 60
Custos e Orçamento Empresarial 60
Mercado de Capitais 30
Inovação e Competitividade 30
Empreendedorismo e Oportunidades 30
Projeto Integrador: V 30
Gestão da Qualidade (EaD) 30
Subtotal 330
6º
Se
me
str
e
Administração Financeira 60
Administração da Produção I 60
Logística 60
Intenções Formativas
Competências
Disciplina
C.H.
4º
An
o
7º
Se
me
str
e
Es
tra
tég
ia e
Su
ste
nta
bilid
ad
e
2, 3, 5, 7, 14,15
Administração da Produção II 60
Elaboração, Avaliação e Gerenciamento de Projetos (PMI)
60
Gestão Estratégica 60
Modelos Aplicados a Tomada de Decisão
60
Tópicos Emergentes em Administração
30
Trabalho de Conclusão de Curso I 30
Agronegócio (EaD) 30
Estágio Supervisionado I 150
8º
Se
me
str
e
Subtotal 480
Negócios Internacionais 60
Governança Corporativa e Gestão Socioambiental
60
Jogos de Empresas 60
Princípios da Administração Pública
30
Gestão de Serviços 30
Gestão de Micros e Pequenas Empresas
30
Eletiva 30
Trabalho de Conclusão de Curso II 30
Estágio Supervisionado II 150
Subtotal 480
Atividades Complementares 120
79
PLANILHA DE AVALIAÇÃO (INCLUSO AS COMPETÊNCIAS) – PROJETO INTEGRADOR I
Professora (r) Orientadora (r):____________________________________________Data:________________________
Trabalho:______________________________________________Turma_________________Matutino ( ) Noturno ( )
ITENS AVALIADOS PESO QUESITOS NOTA DO
PROFESSOR
TRABALHO FINAL
PARTE ESCRITA 6,0
Embasamento teórico
Coerência e coesão textual e citação das fontes pesquisadas
Formatação ABNT
Qualidade da pesquisa / diagnóstico
Contribuição da proposta para o mundo do trabalho
APRESENTAÇÃO 4,0
Uso adequado da linguagem
Comunicação e uso do tempo
Citação das fontes pesquisadas
Criatividade e atitude
TOTAL 1) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 3) Nota final do componente do grupo___________
81 _____________________________________________________________________________________________________________________________
4) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________
5) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 1) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 3) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 4) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 5) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ Observações:
__________________________________________________________________________________________________________________________________ Data:______________________
Avaliações das competências – Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado (DCN)
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
II - Desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e
nas comunicações interpessoais ou intergrupais;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
82
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
V - Ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e
consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional; Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
VI - Desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do
seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável.
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
83
PLANILHA DE AVALIAÇÃO (INCLUSO AS COMPETÊNCIAS) – PROJETO INTEGRADOR II
Professora (r) Orientadora (r):____________________________________________Data:________________________
Trabalho:______________________________________________Turma_________________Matutino ( ) Noturno ( )
ITENS AVALIADOS PESO QUESITOS NOTA DO
PROFESSOR
TRABALHO FINAL
PARTE ESCRITA 6,0
Embasamento teórico
Coerência e coesão textual e citação das fontes pesquisadas
Formatação ABNT
Qualidade da pesquisa / diagnóstico
Contribuição da proposta para o mundo do trabalho
APRESENTAÇÃO 4,0
Uso adequado da linguagem
Comunicação e uso do tempo
Citação das fontes pesquisadas
Criatividade e atitude
TOTAL 6) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 7) Nota final do componente do grupo___________
84
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 8) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 9) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 10) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 6) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 7) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 8) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 9) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 10) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ Observações:
__________________________________________________________________________________________________________________________________Data:______________________
Avaliações das competências – Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado (DCN) II - Desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e
nas comunicações interpessoais ou intergrupais;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
85
IV - Desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
V - Ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e
consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
VI - Desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do
seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável.
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
86 PLANILHA DE AVALIAÇÃO (INCLUSO AS COMPETÊNCIAS) – PROJETO INTEGRADOR III
Professora (r) Orientadora (r):____________________________________________Data:________________________
Trabalho:______________________________________________Turma_________________Matutino ( ) Noturno ( )
ITENS AVALIADOS PESO QUESITO NOTA DO
PROFESSOR
TRABALHO FINAL
PARTE ESCRITA 6,0
Embasamento teórico
Coerência e coesão textual e citação das fontes pesquisadas
Formatação ABNT
Qualidade da pesquisa / diagnóstico
Contribuição da proposta para o mundo do trabalho
APRESENTAÇÃO 4,0
Uso adequado da linguagem
Comunicação e uso do tempo
Citação das fontes pesquisadas
Criatividade e atitude
TOTAL 11) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 12) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 13) Nota final do componente do grupo___________
87
________________________________________________________________________________________________________________________ 14) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 15) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 11) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 12) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 13) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 14) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 15) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ Observações:
__________________________________________________________________________________________________________________________________Data:______________________
Avaliações das competências – Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado (DCN) II - Desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e
nas comunicações interpessoais ou intergrupais;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
88 IV - Desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações
formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
V - Ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e
consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
VI - Desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do
seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável.
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
89
PLANILHA DE AVALIAÇÃO (INCLUSO AS COMPETÊNCIAS) – PROJETO INTEGRADOR IV
Professora (r) Orientadora (r):____________________________________________Data:________________________
Trabalho:______________________________________________Turma_________________Matutino ( ) Noturno ( )
ITENS AVALIADOS PESO QUESITO NOTA DO
PROFESSOR
TRABALHO FINAL
PARTE ESCRITA 6,0
Embasamento teórico
Coerência e coesão textual e citação das fontes pesquisadas
Formatação ABNT
Qualidade da pesquisa / diagnóstico
Contribuição da proposta para o mundo do trabalho
APRESENTAÇÃO 4,0
Uso adequado da linguagem
Comunicação e uso do tempo
Citação das fontes pesquisadas
Criatividade e atitude
TOTAL 16) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 17) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 18) Nota final do componente do grupo___________
90
_____________________________________________________________________________________________________________________________
19) Nota final do componente do grupo___________
___________________________________________________________________________________________________________________________ 20) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 16) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 17) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 18) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 19) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 20) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ Observações:
__________________________________________________________________________________________________________________________________Data:______________________
Avaliações das competências – Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado (DCN) I - Reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo
produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
II - Desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e
nas comunicações interpessoais ou intergrupais;
91
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
IV - Desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações
formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
VI - Desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do
seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável.
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
92
PLANILHA DE AVALIAÇÃO (INCLUSO AS COMPETÊNCIAS) – PROJETO INTEGRADOR V
Professora (r) Orientadora (r):____________________________________________Data:________________________
Trabalho:______________________________________________Turma_________________Matutino ( ) Noturno ( )
ITENS AVALIADOS PESO QUESITO NOTA DO
PROFESSOR
TRABALHO FINAL
PARTE ESCRITA 6,0
Embasamento teórico
Coerência e coesão textual e citação das fontes pesquisadas
Formatação ABNT
Qualidade da pesquisa / diagnóstico
Contribuição da proposta para o mundo do trabalho
APRESENTAÇÃO 4,0
Uso adequado da linguagem
Comunicação e uso do tempo
Citação das fontes pesquisadas
Criatividade e atitude
TOTAL 21) Nota final do componente do grupo___________
93
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 22) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 23) Nota final do componente do grupo___________
__________________________________________________________________________________________________________________________ 24) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 25) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 21) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 22) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 23) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 24) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 25) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ Observações:
__________________________________________________________________________________________________________________________________Data:______________________
Avaliações das competências – Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado (DCN) I - Reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo
produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
94
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
II - Desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e
nas comunicações interpessoais ou intergrupais;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
III - Refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob
seu controle e gerenciamento;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
IV - Desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações
formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
V - Ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e
consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
VI - Desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do
seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável.
95
Foi constatado o seguinte nível para a competência:Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito
Desenvolvida ( ).
96
PLANILHA DE AVALIAÇÃO (INCLUSO AS COMPETÊNCIAS) – PROJETO INTEGRADOR VI
Professora (r) Orientadora (r):____________________________________________Data:________________________
Trabalho:______________________________________________Turma_________________Matutino ( ) Noturno ( )
ITENS AVALIADOS PESO QUESITO NOTA DO
PROFESSOR
TRABALHO FINAL
PARTE ESCRITA 6,0
Embasamento teórico
Coerência e coesão textual e citação das fontes pesquisadas
Formatação ABNT
Qualidade da pesquisa / diagnóstico
Contribuição da proposta para o mundo do trabalho
APRESENTAÇÃO 4,0
Uso adequado da linguagem
Comunicação e uso do tempo
Citação das fontes pesquisadas
Criatividade e atitude
TOTAL 26) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 27) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 28) Nota final do componente do grupo___________
97
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 29) Nota final do componente do grupo___________
__________________________________________________________________________________________________________________________ 30) Nota final do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 26) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 27) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 28) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 29) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ 30) Nota condicionada do componente do grupo___________
_____________________________________________________________________________________________________________________________ Observações:
__________________________________________________________________________________________________________________________________Data:______________________
Avaliações das competências – Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado (DCN) I - Reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo
produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
II - Desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e
nas comunicações interpessoais ou intergrupais;
98
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
III - Refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob
seu controle e gerenciamento;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
IV - Desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações
formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
V - Ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e
consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional;
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).
VI - Desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do
seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável.
Foi constatado o seguinte nível para a competência:
Nível 1 = Não Desenvolvida ( ); Nível 2 = Pouco desenvolvida ( ); Nível 3 = Desenvolvida ( ) ; Nível 4 = Muito Desenvolvida ( ).