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COMPARTILHANDODECISÕES E RESULTADOS

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3programa CRESCER

SUMÁRIO

© Fundação Sicredi 5ª edição, 2014

Coleção Crescer Programa de Formação Cooperativa

A presente obra foi desenvolvida pela Fundação Sicredi, em representação às entidades integradas ao Sistema de Crédito Cooperativo (Cooperativas Singulares, Centrais, Confederação e Banco Cooperativo), e em parceria com Cenpec e Instituto Criar Ltda.

Realização Fundação de Desenvolvimento Educacional e Cultural do Sistema de Crédito Cooperativo – Fundação Sicredi.

Programa de Formação Cooperativa Crescer: cooperativismo de crédito: contribuindo para o crescimento coletivo / Fundação Sicredi (coord.) - Porto Alegre,2014.

xxp.: il.- (Programa Crescer)

1. Formação cooperativa. 2. Programa Crescer. 3. Associar-se. Planejar.

5. Acompanhar. 6. Deliberar. Título. II. Fundação Sicredi.

CDU 37:334.732.2

Copyright by Fundação Sicredi

APRESENTAÇÃO 06

ROTA MOBILIZAR 08Mobilização para o Cooperativismo 11Diálogo - Parte 1 13Saiba Mais 17 • Cooperativismo 17 • Cooperativismo de Crédito 18 • Origem Sicredi 20 • Mapa Histórico do Sicredi 21 • Organização Sicredi 22 • Sistema de Representação do Cooperativismo 25 • Sistema Financeiro Nacional 26Atividades 29Saiba mais: A base legal do Cooperativismo 31 • Lei do Cooperativismo 31 • Constituição Federal de 1988 32 • Lei Complementar nº 130 32 • Resolução nº 3.859 33Atividades 35

Estratégias de mobilização da Cooperativa 36Vídeo: Incentivando a Participação 36 Diálogo - Parte 2 37Saiba Mais 40 • Estatuto Social das Cooperativas Filiadas ao Sicredi 40 • Autogestão das Cooperativas 40

Desenvolvimento de Metodologia e Textos Daniela Haetinger e Max Günther Haetinger – Instituto Criar Ltda.

Projeto Gráfico e Diagramação Circo Cia. de Marketing

Desenho de Personagens Amello

Revisão de Textos Eveli Seganfredo

Produção de Vídeos Terradorada

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4 5programa CRESCERprograma CRESCER

SUMÁRIOSUMÁRIO

• Programa Pertencer e Organização do Quadro Social em Núcleos 41 • Assuntos de Debate em Reunião de Núcleo 42 • Como Acontecem as Reuniões de Núcleo 42 • Memória Sicredi 42Atividades 43Gabarito 44

ROTA COORDENAR 46A COORDENAÇÃO DE NÚCLEO 49Diálogo 50 Saiba Mais 54 • Reuniões com Coordenadores de Núcleo 54 • Assembleia de Núcleo 55 • Como e Quando Acontece a Assembleia de Núcleo 55 • Registros Obrigatórios nos Eventos da Cooperativa 56 • Calendário Anual de Encontros 57 Atividades 58 O COORDENADOR COMO LÍDER E MEDIADOR DO SEU NÚCLEO 60Vídeo: Liderança na Organização dos Associados 60 Saiba Mais 61 • Habilidades de Convivência e Liderança 61 • Atribuições do Coordenador de Núcleo 61 • Princípios Facilitadores de Reuniões e Eventos 62 Atividades 64Gabarito 65

ROTA REPRESENTAR 66O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOS 69Diálogo 70 Saiba Mais 75 • Instâncias de Representação na Cooperativa 75 • Comissão Eleitoral 75 • Condições para Candidatos à Coordenação de Núcleo 76 • Sobre a Eleição dos Coordenadores de Núcleo 77 • Mandato dos Coordenadores 78 Atividades 78

REPRESENTAÇÃO DO VOTO DOS ASSOCIADOS 80Vídeo: Desejos coletivos acima de interesses individuais 80 Saiba Mais 81 • Assuntos de Deliberação em Assembleia Geral Ordinária 81 • Assuntos de Deliberação em Assembleia Geral Extraordinária 81 • Sobre os Editais de Convocação 81 • Sobre o Quórum das Assembleias 82 • Sobre a Votação em Assembleias 82Atividades 83Gabarito 84

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6 7programa CRESCERprograma CRESCER

APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO

Colega Associado(a),

Seja muito bem-vindo à segunda etapa do Programa Crescer! Você que já realizou o Percurso 1 agora poderá aprofundar os seus conhecimentos sobre o funcionamento da sua Cooperativa de Crédito e o seu papel de associado(a) desse empreendimento coletivo.

O Percurso 2 propõe conceitos e práticas relacionadas a três eixos temáticos: Mobilizar, Coordenar e Representar. Essas ações são fundamentais à participação dos associados, especialmente ao preparo de futuras lideranças e coordenadores de núcleo das Cooperativas Sicredi.

O Crescer disponibiliza uma coleção de materiais combinando texto, som e imagem. Os principais conceitos destacam-se em conversas de personagens que reproduzem as práticas e o cotidiano dos associados das Cooperativas de Crédito Sicredi. Os vídeos tornam as temáticas ainda mais interessantes e trazem depoimentos e histórias reais de cooperação e de crescimento coletivo.

Como cursar

Você poderá cursar o Programa utilizando o caderno didático impresso ou pela internet, no site sicredi.com.br. Escolha a modalidade que mais se adapta ao seu perfil antes de iniciar os estudos. Os conteúdos são os mesmos, mudam apenas os meios. Basta seguir as instruções e atividades propostas, e aproveitar ao máximo essa oportunidade para aprender, Crescer e compartilhar decisões e resultados da sua Cooperativa.

Cadernos Coleção Crescer

Cada Percurso tem um caderno, incluindo textos, personagens e atividades. O DVD encartado traz vídeos de histórias reais dos associados. Informe-se em sua Cooperativa.

Os seus estudos serão apoiados por exercícios e avaliações, momentos de você reconhecer o quanto está aprendendo. Você também contará com a colaboração de outros colegas nos encontros presenciais promovidos pela sua Cooperativa. Lembramos que, para habilitação e futura candidatura à Coordenação de Núcleo, você precisará de 70% de aproveitamento no Percurso 2. com isso, poderá candidatar-se à função.

Programa Crescer

• Livro com textos, personagens, atividades e vídeos;

• Curso a distância no endereço www.crescer.sicredi.com.br com o mesmo conteúdo do livro;

• Diálogos dos personagens gravados em áudio que podem ser baixados no site do Crescer.

Crescer Percurso 1

Contribuindo para o Crescimento Coletivo

Destinado a todos os associados.

Temas

Associar-se

Acompanhar

Planejar

Deliberar

Crescer Percurso 2

Compartilhando Decisões e Resultados

Para futuros candidatos à Coordenação de Núcleo, e associados que desejem saber ainda mais sobre a sua Cooperativa.

Temas

Mobilizar

Coordenar

Representar

Para facilitar seus estudos, o Crescer disponibiliza uma coleção de materiais combinando texto, som e imagem. Os principais conceitos destacam-se em conversas de personagens que reproduzem o cotidiano de associados das Cooperativas de Crédito Sicredi. Os vídeos tornam as temáticas ainda mais interessantes e trazem depoimentos e histórias reais de cooperação e de crescimento coletivo.

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programa CRESCER

MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMO

ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVA

MOBILIZAR

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MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMO MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMOMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

Nessa rota MOBILIZAR, nossos personagens são:

PatríciaCoordenadora de núcleo. trabalha em um escritório de arquitetura.

RicardoConselheiro fiscal da cooperativa e advogado.

Mobilização para o Cooperativismo O que é mobilizar?

Desde o século XIX, o movimento cooperativista nos mostra que as pessoas podem potencializar as suas atividades socioeconômicas e os seus sonhos quando reúnem suas economias ou forças de trabalho. Ainda hoje, as cooperativas nascem da união voluntária de pessoas mobilizadas em torno de valores, princípios e práticas de crescimento em cooperação e parceria, com uns ajudando os outros a realizarem objetivos comuns e a alcançarem os próprios sonhos, por meio de conquistas e de resultados partilhados.

Diferente das sociedades mercantis, as cooperativas não visam ao lucro, mas sim atender às necessidades dos seus sócios e prestar serviços a eles. O mais importante são as pessoas e é por isso que as cooperativas do mundo inteiro seguem os mesmos valores e princípios do cooperativismo, voltados ao desenvolvimento sustentável e à gestão democrática, todos os sócios com igualdade de direitos, deveres e responsabilidades de participação nas decisões.

Transcendendo diferentes épocas, ramos de atividade ou área e abrangência de atuação, o cooperativismo sempre orientou a formação e o funcionamento de empreendimentos que associam desenvolvimento econômico ao bem-estar social. O mesmo acontece na nossa Cooperativa, daí a importância de você conhecer melhor a causa que nos une e que nos permite seguir crescendo coletivamente.

Mobilizar é colocar os outros e a si mesmo em movimento, em ação para realizar objetivos reconhecidos como comuns. É convocar, fazer despertar e incentivar a vontade que cada um tem de participar, de pertencer e de agir com entusiasmo em prol da mesma causa, dos mesmos objetivos e propósitos.

Nossos objetivos e propósitos comuns estão definidos no Estatuto Social da Cooperativa, e as estratégias para alcançá-los são estabelecidas coletivamente nas práticas de gestão participativa das Cooperativas de Crédito Sicredi. A atuação diária de cada associado faz a diferença no alcance dos resultados a que nos propomos realizar juntos.

O desafio da mobilização está presente no cotidiano das cooperativas, principalmente dos associados que exercem funções estatutárias, como o presidente, o vice-presidente, os conselheiros e os coordenadores de núcleo. Cabe especialmente a eles mobilizar os associados, promovendo o encontro, o relacionamento e a participação do maior número possível de integrantes do quadro social em eventos, debates e decisões da Cooperativa.

Todos os associados também exercem o papel de mobilizadores incentivando os seus colegas e outras pessoas da comunidade a aprenderem mais sobre o cooperativismo, o Sistema de Crédito Cooperativo e o funcionamento da sua Cooperativa de Crédito.

A mobilização de não associados é igualmente

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MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMO MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMOMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

importante na promoção da sustentabilidade econômica e social da sua Cooperativa e do Sicredi. Quando convencemos mais e mais pessoas a agir em prol da mesma causa e dos mesmos objetivos, mais próximo estaremos da realização das nossas metas comuns e dos nossos sonhos.

A mobilização ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade ou uma sociedade decide e age com um objetivo comum, buscando, quotidianamente, resultados decididos e desejados por todos.

Bernardo Toro

CONVERSA ENTRE

PATRÍCIA E RICARDOPARTE 1

– Oi, Ricardo!

– Oi, Patrícia, o que você faz tão cedo por aqui?

– Vim cedinho para aproveitar a manhã, hoje posso chegar mais tarde lá no escritório. Estou revendo alguns pontos da legislação e dos princípios do cooperativismo, aplicados ao nosso Estatuto Social. Isso estará nos debates da próxima reunião de núcleo.

– Sim, precisamos trabalhar esses temas com os associados, principalmente com os novos, tivemos muitas adesões nos últimos tempos. O pessoal ainda não compreende claramente que a nossa causa

cooperativista e as regras do nosso empreendimento são bem diferentes das empresas comerciais.

– É, temos continuamente o desafio de mobilizar os associados e ampliar a participação no planejamento e nas decisões que ajudam a nossa Cooperativa a crescer ainda mais. Cada um participando por vontade própria, uma participação consciente, de quem conhece o assunto, com propriedade para a tomada de decisões que interferem no presente e no futuro da Cooperativa.

– Veja, Patrícia, o primeiro princípio do cooperativismo, da adesão livre e voluntária, está também no processo de gestão das cooperativas: a ideia é que os associados participem dos debates e das decisões por escolha própria; não por se sentirem obrigados, mas por entenderem as suas reponsabilidades e a sua importância como donos de um empreendimento coletivo.

– Por isso dizemos “mobilizar o quadro social”: fomentamos o relacionamento contínuo com os associados e convocamos as vontades de participação na nossa Cooperativa.

– E precisamos que todos conheçam a nossa história como modelo de organização cooperativa, as regras da nossa sociedade, como as coisas funcionam em uma Cooperativa. Mobilizar a si mesmo e aos outros depende de informação e conhecimento. É preciso estar informado sobre todos os assuntos de interesse da sua Cooperativa; conhecer a causa do cooperativismo, que nos une e orienta as nossas ações na busca de objetivos comuns; saber das leis que regem as nossas práticas. Você faz muito bem em rever esses temas antes da reunião.

– Não é por acaso que o cooperativismo tem o princípio da educação, formação e informação... Conhecimento é fundamental para promover a mobilização e participação dos associados na Cooperativa.

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MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMO MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMOMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

– É essencial ter desejo de aprender sempre mais para atuar a cada dia com mais propriedade e conhecimento de causa na Cooperativa... Quem tem vontade de agir por uma causa que nem conhece direito?

– Fica difícil! E nem sempre é fácil o pessoal entender que os valores e os princípios do cooperativismo estão presentes no nosso dia a dia, no nosso Estatuto Social e nas práticas de gestão participativa: nas reuniões e assembleias de núcleo, nas assembleias gerais e nos demais eventos da Cooperativa.

– É bom lembrar que os valores são as nossas crenças, as diretrizes morais que orientam as nossas condutas como sócios de um empreendimento coletivo, e eles dificilmente mudam. Os princípios são os valores colocados em prática no funcionamento e nas atividades da nossa Cooperativa.

– É no que a gente acredita e o que a gente realiza em sociedade! As cooperativas do mundo inteiro se baseiam nos princípios dos antigos pioneiros da Inglaterra, né?

– Sim, com algumas atualizações, como em 1937 e 1966. Afinal, o cooperativismo nasceu em um contexto muito específico, em 1874, na época da Revolução Industrial inglesa. Os pioneiros fundaram um pequeno armazém que vendia produtos de primeira necessidade de qualidade e a preço justo aos associados. Essa era a necessidade deles...

– Temos de considerar o contexto. Naquele tempo o movimento ainda não se preocupava diretamente com o desenvolvimento da comunidade onde a cooperativa atuava, nem com o meio ambiente. Hoje, essas questões são superimportantes para a sustentabilidade do nosso empreendimento.

– Mas a essência dos princípios cooperativistas permanece, independente da época. A satisfação das necessidades econômicas, sociais e culturais dos

associados é a maior preocupação de uma Cooperativa e o que move as suas propostas e ações.

– Falando em princípios, eu estava vendo aqui uma coisa muito interessante: o sétimo princípio cooperativista foi estabelecido somente em 1995, num congresso mundial de cooperativismo.

– O princípio do interesse pela comunidade surgiu por último, justamente num momento histórico em que todo mundo reconhece a importância do desenvolvimento local, da preservação do meio ambiente e da inclusão social como fatores de promoção da sustentabilidade.

– Como sociedades de pessoas, sem fins lucrativos e voltadas aos interesses coletivos dos sócios, as cooperativas têm um diferencial em relação às empresas mercantis na promoção de uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável, em que todos os parceiros crescem juntos.

– Claro! O desenvolvimento da sociedade depende de cooperação, ajuda mútua e parceria, não somente entre os associados, mas em relação a tudo e todos que se relacionam com as cooperativas.

– Sei, Ricardo. Por seus princípios, as cooperativas Sicredi estão comprometidas em promover o desenvolvimento econômico aliado ao bem-estar social e ao cuidado com o meio ambiente na sua área de atuação.

– E você sabe que a cooperação existe muito antes das cooperativas...

– Como assim?

– Diz-se cooperação quando um grupo trabalha em conjunto, buscando realizar um objetivo comum, seja qual for o objetivo. Cooperar pressupõe relações recíprocas, complementares e democráticas. Não é um fazendo ou decidindo por todos, ou só alguns

colaborando e os outros indo no embalo, mas todos decidindo e realizando juntos, articulando as suas opiniões, habilidades e ações. Somos corresponsáveis tanto pelo sucesso quanto pelas dificuldades a serem enfrentadas durante a execução de seu projeto comum.

– Ah, sim, isso acontece em tantos grupos e atividades, não precisa ser necessariamente associadas ao cooperativismo. Um time de futebol atua em cooperação, uma equipe de trabalho, até o meu filho pequeno já faz projetos em cooperação na escola, com seus coleguinhas e a professora.

– Exatamente, o ser humano sempre atuou em cooperação com objetivos econômicos comuns, em diferentes contextos e situações da vida, em atividades, projetos ou instituições formais ou informais.

– Entendi o recado: a cooperação existe muito antes do cooperativismo e é independente dele, mas nenhuma cooperativa se mantem sem a cooperação entre seus associados.

– As cooperativas diferem de um simples grupo de trabalho cooperativo porque são sociedades legalmente organizadas, todas têm como objetivo principal a prestação de serviços aos associados, seus objetivos sociais estão muito bem definidos no Estatuto de cada uma delas.

– Ricardo, queria mesmo tirar uma dúvida sobre a legislação que rege o cooperativismo no Brasil. Além de conselheiro, você é advogado, certamente sabe tudo do assunto.

– Mais a experiência de tantos anos aqui na Cooperativa, digamos que entendo bem... Sabe que eu praticamente cresci aprendendo sobre cooperativismo. O meu avô participou da fundação da primeira cooperativa de crédito rural aqui da região.

Ela começou pequena, reunindo os agricultores da vizinhança, mas cresceu, superou as dificuldades que vieram com a reforma bancária nos anos de 1960, e esteve entre as pioneiras que formaram a Cocecrer...

– Eu conheço um pouco dessa história. A Cocecrer/RS foi a Cooperativa Central de Crédito do Rio Grande do Sul, fundada em 1980. Uma década depois surgiu o nome Sicredi. Um sonho coletivo tornou-se realidade pela mobilização social em torno do cooperativismo. Eu conheci os detalhes dessa história na coleção de fascículos e vídeos A Trajetória Sicredi e recomendo a todos os associados do meu núcleo.

– Então você sabe que a Cocrecer existiu também em outros estados. A união em centrais por estado fortaleceu o desenvolvimento das cooperativas de crédito, e elas acabaram se reunindo e ficando ainda mais fortes sob a mesma marca Sicredi.

– As cooperativas singulares de crédito começaram a se unir em centrais de cooperativas, atuando de modo interdependente, como forma de centralizar procedimentos comuns, reduzir custos para os associados e obter ganhos de escala.

– ...Até chegarmos à atual organização do Sicredi, com cooperativas de primeiro, segundo e terceiro graus integradas, seguindo o sistema de representação do cooperativismo. Além disso, tem o Banco Cooperativo Sicredi e as empresas corporativas que prestam serviços a todas as filiadas. Isso se tornou possível também pela mobilização em torno do cooperativismo de crédito, que acabou influenciando na atualização de leis e normativas do setor.

– Mobilização gera transformação e novas conquistas!

– Sem dúvida, Patrícia!

– As cooperativas de crédito brasileiras de hoje seguem as principais leis e normativas do setor:

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programa CRESCERprograma CRESCER

a Lei do Cooperativismo nº 5764, de 1971; a Lei Complementar nº 130, de 2009; e a Resolução nº 3.859, de 2010, do Banco Central do Brasil. Minha dúvida é a seguinte: depois de tantas mudanças, como ainda vale essa lei de quatro décadas atrás?

– A Lei nº 5764, de 1971, ainda é a lei fundamental do cooperativismo, não só o de crédito, porque a natureza e os princípios das sociedades cooperativas seguem os mesmos. Também as cooperativas continuam sendo classificadas em singulares, centrais e confederações; o Estatuto Social segue como regra máxima dentro de uma cooperativa, e reflexo das disposições legais aplicadas na prática do empreendimento; o capital social é subdividido em quotas-partes, e tantas outras definições permanecem como aspectos de base da formação e do funcionamento das cooperativas.

– Mas tem tantas coisas que mudaram em mais de 40 anos, mudanças tecnológicas, econômicas e sociais, a globalização, a abertura política, as cooperativas de crédito crescendo como instituições financeiras. A administração do empreendimento tornou-se mais complexa, os tempos são outros...

– Ao longo das últimas décadas, tivemos atualizações feitas por meio de leis complementares e resoluções do Banco Central. Vale a Lei do Cooperativismo (nº 5764) de 1971, mas novos dispositivos revogam e alteram determinados aspectos dessa lei. Dão conta de mudanças específicas, como a questão da livre admissão de associados, e a definição de um modelo de governança mais eficaz, por exemplo.

– Como coordenadora, mesmo não tendo a sua experiência de advogado e conselheiro, tenho de acompanhar atentamente essas mudanças, para saber informar os associados do meu núcleo. E eu me sinto muito mais segura porque sei que tenho sempre o apoio da nossa administração e de colegas como você.

– Ora, Patrícia, estamos todos aqui para nos ajudar mutuamente e crescer juntos.

COOPERATIVISMO

O cooperativismo surgiu no século XIX, na segunda fase da Revolução Industrial, em Rochdale-Manchester (Inglaterra). A classe operária local vivia tempos de crise com o avanço do capitalismo e do desemprego, as longas jornadas de trabalho, os salários baixos e o poder de consumo também reduzido pela atitude de comerciantes que, visando somente o lucro, vendiam produtos de má qualidade ou adulterados a preços altos.

Nesse contexto, 28 operários mobilizaram-se em torno de ideais que respeitavam seus costumes, sua tradição e seus interesses comuns, e organizaram-se em cooperação para satisfazer as suas necessidades de consumo de alimentos. O grupo pioneiro acumulou durante um ano o capital de 28 libras, o que lhes permitiu fundar em 1844 a Sociedade dos Probos de Rochdale, um pequeno armazém cooperativo.

A primeira cooperativa da história moderna deixou um legado de valores e princípios seguidos até hoje em todo o mundo. No estatuto da antiga Sociedade de Rochdale, já constavam como princípios a livre adesão dos sócios; a gestão democrática; o retorno proporcional às operações; os juros limitados ao capital integralizado por cada sócio e a educação dos associados.

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Enquanto na Inglaterra o cooperativismo nascia com ênfase em necessidades de consumo, a Alemanha tornava-se o berço do cooperativismo de crédito. Friedrich Wilhelm Raiffeisen, líder e formador de associações baseadas na ajuda mútua, desde meados dos anos de 1840, fundou a primeira cooperativa de crédito rural do mundo, em 1864: a Heddesdorfer Darlehnskassenveirein (Associação de Caixas de Empréstimo de Heddesdorf).

O modelo Raiffeisen multiplicou-se na região e influenciou cooperativas de diversos países, tendo como principais características a responsabilidade ilimitada e solidária, a não obrigatoriedade de subscrição e integralização de capital por parte dos sócios, a gestão democrática, a área de atuação restrita e a indivisibilidade do fundo de reserva.

COOPERATIVISMO DE CRÉDITO

Friedrich Wilhelm Raiffeisen

Na metade do século XIX, a Alemanha também foi o cenário do surgimento do cooperativismo de crédito urbano, idealizado por Herman Schulze, dando origem aos bancos populares.

O modelo Schulze-Delitzsch difere do tipo Raiffeisen basicamente pela área de atuação não restrita, o retorno das sobras proporcionais ao capital investido por cada associado e a remuneração dos dirigentes do negócio.

Franz Hermann Schulze-Delitzsch

Entre os percursores da Europa, figura o italiano Luigi Luzzatti, criador do Banco Popular em Milão, no ano de 1864.

No modelo Luzzatti, cada associado subscreve um pequeno capital ao se associar à cooperativa, não há exigência de vínculo específico para associação nem de garantias para empréstimos de pequenos valores, a responsabilidade limita-se ao valor do capital subscrito por cada sócio, e os dirigentes da cooperativa não recebem remuneração.

Luigi Luzatti

Conhecedor do cooperativismo de crédito europeu, o padre jesuíta Theodor Amstad marcou a história do movimento ao fundar em 1902 a primeira cooperativa de crédito do Brasil e da América Latina, na comunidade de Linha Imperial, em Nova Petrópolis/RS. Seguindo o modelo Raiffeisen, incentivou a associação de produtores de pequenas propriedades rurais em diversas cidades da região sul, e mostrou como a força da união poderia ajudá-los a superar as dificuldades impostas pela distância dos grandes centros urbanos e financeiros da época.

A Sparkasse Amstad (Caixa de Economia e Empréstimos), semente da atual Sicredi Pioneira, tinha apenas 20 associados quando foi fundada pelo Pe. Theodor e um grupo de imigrantes alemães. O empreendimento coletivo prosperou e inspirou a criação e a integração de outras Caixas Rurais no estado do Rio Grande do Sul, ainda nas primeiras décadas do século XX, e, posteriormente, em todo o país.

Sparkasse Amstad

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MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMO MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMOMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

Em 1925, o Pe. Theodor Amistad organizou a Central das Caixas Rurais da União Popular do Estado do Rio Grande do Sul, reunindo inicialmente 18 cooperativas singulares. Eram 66 Caixas Populares Raiffeisen integradas em 1964, com expressiva atuação no Sistema Financeiro do RS. Em 1967, a antiga Central foi transformada na singular Cooperativa de Crédito Sul Rio-Grandense, atual Sicredi União Metropolitana.

Entre 1964 e 1980, a reforma bancária (Lei 4.595/64), a institucionalização do crédito rural (Lei 4.829/65), as restrições normativas e a consequente perda de competitividade limitaram a atuação das cooperativas de crédito brasileiras. Elas não podiam praticar operações bancárias, nem ter atividades fora da sua sede ou formar centrais, e estavam

ORIGEM SICREDI MAPA HISTÓRICO DO SICREDI

Padre Theodor Amstad

autorizadas a funcionar apenas em duas modalidades: rural ou de crédito mútuo, esta com quadro social formado exclusivamente por empregados de uma empresa, entidade pública ou privada. As dificuldades refletiram-se também no Rio Grande do Sul, onde mais de 50 cooperativas de crédito viram-se obrigadas a encerrar suas atividades, principalmente entre 1970 e 1980.

Com a inflação em alta e a escassez de crédito para o agronegócio, a Federação das Cooperativas de Trigo e Soja (Fecotrigo) liderou a mobilização social para a reestruturação das cooperativas de crédito e a formação de uma estrutura privada que financiasse a produção rural. O movimento resultou na Cooperativa Central de Crédito do Rio Grande do Sul (Cocecrer/RS), integrando nove Cooperativas de Crédito Rural remanescentes do sistema Raiffeisen: a pioneira de Nova Petrópolis e as precursoras de Agudo, Cerro Largo, Crissiumal, Guarani das Missões, Horizontina, Panambi, Rolante e Taquara.

A Cocecrer/RS teve seu estatuto aprovado pelo Banco Central em 1981. Persistindo a meta de expandir o cooperativismo de crédito, em 1983 reunia 40 cooperativas, e cresceu ainda mais nos anos seguintes. O exemplo estendeu-se, na mesma década, à formação da Cocecrer no Paraná, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul.

A iniciativa de integração de entidades de 1° grau (cooperativas singulares) e de 2° grau (centrais), como modo de se centralizar procedimentos comuns, reduzir custos para os associados e fortalecer as cooperativas de crédito, acabou dando origem à marca e à formação do Sicredi, na década de 1990.

1902Primeira cooperativa de crédito da América Latina, em Linha Imperial, Nova Petrópolis, hoje Sicredi Pioneira RS.

1925Primeira Central de Caixas Rurais, denominada União Popular do Rio Grande do Sul.

1980Formação da Cocecrer – RS, hoje Central Sicredi Sul.

1985Constituição da Cocecrer – PR, atual Central Sicredi PR/SP.

1989Constituição da Cocecrer – MT, atual Central Sicredi MT/ PA/RO, e a Cocecrer – MS, atual Sicredi Brasil Central.

1992A marca Sicredi passa a ser adotada por todas as cooperativas integrantes do Sistema.

1995Implantado o Programa A União Faz a Vida, principal iniciativa de responsabilidade social.

Fundado o Banco Cooperativo Sicredi S.A., primeiro banco cooperativo privado brasileiro.

1998Constituída a Alcred Central – SP, que deu origem à Central Sicredi SP, incorporada pela Central Sicredi.

1999O Banco Cooperativo Sicredi é autorizado a realizar operações de crédito rural com encargos equalizados pelo Tesouro Nacional.

2000Fundação da Confederação Sicredi e da Corretora de Seguros Sicredi Ltda.

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MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMO MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMOMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

2001Concretizada a participação do Banco Cooperativo Sicredi na BC Card – Administradora de Cartões dos Bancos Cooperativos Ltda.

2003Entrada do Sicredi em Santa Catarina.Aprovada a Resolução 3.106/03, autorizando a livre admissão de associados.

2004Criada a Administradora de Bens Sicredi Ltda.

2005Iniciada a atuação do Sicredi em Goiás, Tocantins, Pará e Rondônia.

Constituídas a Fundação Sicredi e a Administradora de Consórcios Sicredi Ltda.

2006O Banco Cooperativo Sicredi assume 100% da BC Card, que passa a se chamar Administradora de Cartões Sicredi Ltda.

2008Instituída a Sicredi Participações S.A.

2009Concedido o título de Capital Nacional do Cooperativismo a Nova Petrópolis-RS, onde foi constituída a primeira cooperativa de crédito da América Latina;

Constituída a Sicredi Fundos Garantidores.

O Sicredi desenvolveu-se como organização sistêmica para melhor atender as necessidades dos associados. É representado pelo conjunto de cooperativas de crédito singulares e suas respectivas centrais, que integram o quadro de acionistas da Sicredi Participações S/A, e a Confederação. Fazem parte também o Banco Cooperativo Sicredi S/A, as empresas por este controladas, a Fundação Sicredi e a Sicredi Fundos Garantidores.

ASSOCIADOS

COOPERATIVAS

CentralBRC

CentralPR/SP/RJ

CentralSul

CentralMT/PA/RO

SFG Confederação Sicredi

Fundação Sicredi

Banco Cooperativo

Sicredi

Admin. de Bens

Admin. deCartões

Corretora de Seguros

Admin. de Consórcios

SicrediPar S.A.

Diretoria Executiva

ConselhoFiscal

AuditoriaInterna

Membros do Conselho(SicrediPar)

Empresas Controladas

2010Firmada parceria com o grupo holandês Rabobank, para intercâmbio de informações.

2011Assinado o contrato com a International Finance Corporation (IFC), braço do Grupo Banco Mundial que investe no setor privado dos países em desenvolvimento.

2012Proclamado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas.

Implantada a Política de Sustentabilidade Sicredi; o Banco Cooperativo Sicredi é autorizado operar com a carteira de crédito imobiliário.

2013Lançado o primeiro balanço combinado.

Ampliado o acordo com a IFC.

A organização sistêmica, com integração horizontal e vertical das entidades, assegura uma marca corporativa forte e ganhos de escala em todos os níveis, determina o crescimento sustentável e a perpetuação do empreendimento. As cooperativas singulares formam uma única rede de atendimento, suportada pelas entidades e empresas de segundo e terceiro graus, que oferecem apoio técnico, maior especialização ao negócio e produtos e serviços de qualidade. A interdependência e a responsabilidade solidária entre as filiadas reduzem riscos em caso de dificuldades econômicas ou financeiras, traduzindo-se em maior segurança aos associados.

O balanço combinado de todas as entidades integrantes do Sicredi reúne os resultados obtidos anualmente, demonstra ao mercado o efetivo porte do Sistema e qualifica a corporação para ampliar o acesso a financiamentos internacionais e obter a classificação de riscos exigida pelo mercado financeiro.

ORGANIZAÇÃO SICREDI

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MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMO MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMOMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

As Cooperativas Singulares de Crédito formam o primeiro nível do Sistema, e reúnem-se em quatro Centrais regionais (segundo nível).

As Centrais de Cooperativas difundem o cooperativismo de crédito e coordenam a atuação das cooperativas filiadas, apoiando-as nas atividades de desenvolvimento e expansão.

A Confederação Sicredi está no terceiro nível, e provê serviços às suas associadas e demais entidades integrantes do Sicredi, nos segmentos de informática e administrativo, especialmente nas áreas tributária, contábil e de folha de pagamento.

A Fundação Sicredi estrutura, desenvolve e coordena programas de educação que promovam o cooperativismo de crédito e a formação de associados, como o Programa Crescer de educação cooperativa, o Programa de gestão participativa Pertencer, o Programa A União Faz a Vida (iniciativa de responsabilidade social e educação para a cooperação e cidadania), e o Centro de Informação e Memória Sicredi.

O Banco Cooperativo Sicredi S.A., fundado em 1995 como o primeiro banco cooperativo privado do Brasil, oferece uma grande variedade de soluções financeiras aos associados e entidades filiadas ao Sistema, incluindo os produtos e serviços de suas controladas – empresas administradoras de consórcios, de cartões de crédito e de bens, respectivamente, e a corretora de seguros.

A Sicredi Participações S.A. propicia a participação direta e formal das cooperativas de crédito na gestão corporativa e, ao mesmo tempo, dar maior transparência na estrutura de governança do Sistema. A empresa controla o Banco Cooperativo Sicredi S.A., a Confederação e a Fundação Sicredi; coordena a definição dos objetivos estratégicos e econômicos-financeiros do Sicredi e delibera sobre as políticas que

asseguram o cumprimento de normas reguladoras do setor.

A Sicredi Fundos Garantidores (SFG) proporciona maior credibilidade ao Sistema. Tem como principal objetivo prestar a garantia de depósitos às suas associadas, em casos muito específicos, como de intervenção, liquidação extrajudicial, insolvência ou falência. Também poderá destinar recursos à cobertura de fraudes eletrônicas, a eventuais falhas em processos centralizados, ou outras ações que visem o saneamento, a solidez patrimonial ou o desenvolvimento das entidades associadas e do Sicredi.

É o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para sua durabilidade.

Fonte: Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, IBGC, 4ª ed., 2009.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

– Veja a explicação aqui no quadro, Patrícia, para não ter dúvida sobre o que é a governança corporativa.

Cooperativas singulares são constituídas por, no mínimo, 20 pessoas físicas. Caracterizam-se pela prestação direta de serviços aos associados.

Cooperativas centrais ou federações podem ser constituídas por três cooperativas singulares, no mínimo, para organizar, integrar e facilitar os serviços econômicos e assistenciais de interesse das suas filiadas.

Confederações de cooperativas são constituídas de, pelo menos, três federações ou centrais de cooperativas. Orientam e coordenam as atividades das suas filiadas, nos casos em que o vulto dos empreendimentos transcender o âmbito de capacidade ou conveniência de atuação das centrais e federações.

Cada estado brasileiro tem uma Organização das Cooperativas do Estado (OCE), que congrega e representa todos os ramos do cooperativismo em nível regional, prestando serviço às suas filiadas conforme seus interesses e necessidades. A OCE de cada estado têm direito ao voto na eleição da Diretoria e do Conselho Fiscal da Organização das Cooperativas Brasileiras.

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), órgão técnico-consultivo criado no ano de 1969, passou a representar juridicamente o sistema cooperativista nacional com a Lei nº 5.764, de 1971. A OCB estabeleceu as 13 denominações atuais dos ramos do cooperativismo em 1993. Dedica-se à promoção, fomento, defesa e aprimoramento do sistema cooperativista. Está sediada em Brasília.

A Organização das Cooperativas da América (OCA) foi fundada em 1963, em Montevidéu, como órgão de representação, integração e difusão do cooperativismo na América Latina. Atualmente reúne 20 países e mantem relações com movimentos cooperativistas e com organizações internacionais, governamentais e não-governamentais. Sediada em Bogotá, na Colômbia.

A Aliança Cooperativa Internacional (ACI), fundada em Londres, no ano de 1895, é formada pelos órgãos de representação do sistema cooperativista de cada país membro. Atualmente são 75 países filiados e sua sede localiza-se em Genebra, na Suíça.

SISTEMA DE REPRESENTAÇÃO DO COOPERATIVISMO

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MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMO MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMOMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

O Conselho Monetário Nacional tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do País. Sua composição atual é: Ministro da Fazenda, como Presidente do Conselho; Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão; Presidente do Banco Central do Brasil. As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções, normativo de caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da União e na página de normativos do Banco Central do Brasil (fonte: bcb.gov.br).

O Banco Central é o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; estimular a formação de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro (fonte: bcb.gov.br).

A Comissão de Valores Imobiliários está vinculada ao Ministério da Fazenda. Ocupa-se da normatização e fiscalização do mercado de valores imobiliários, o que envolve, por exemplo, a organização, o funcionamento

O esquema abaixo sintetiza o atual Sistema Financeiro Nacional, as entidades participantes e os órgãos normativos.

e as operações das bolsas de valores, do mercado de balcão e das bolsas de mercadorias e futuros (fonte: cvm.gov.br).

A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966 (fonte: susep.gov.br).

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma autarquia do Ministério da Previdência Social, responsável por fiscalizar e supervisionar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão), e pela execução das políticas operada por essas entidades, observando, inclusive, as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (fonte: previdenciasocial.gov.br).

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL

• Banco Central• Comissão de Valores Mobiliários• SUSEP• PREVIC

Instituições Monetárias

Instituições Não Monetárias

Agentes Especiais:• Banco do Brasil• BNDES• CAIXA Federal

DemaisInstituições Financeiras

Sistema dePrevidência e

Seguros

Administradoras de Recursos de Terceirios

Bancos ComerciaisBancos Múltiplos

CAIXA FederalCooperativas de Crédito

SubsistemaNormativo

SubsistemaOperacional

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

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MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMO MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMOMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), empresa pública federal, é hoje o principal instrumento de financiamento de longo prazo para a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental (fonte: bndes.gov.br).

A Caixa Econômica Federal, criada em 1861 por Dom Pedro II, é hoje a instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico. Empresa 100% pública e sem ações em bolsas de valores. Além de atividades comuns aos bancos comerciais, atende aos trabalhadores formais (por meio do pagamento do FGTS, PIS e seguro-desemprego), aos beneficiários de programas sociais e apostadores das Loterias (fonte: portaldoinvestidor.gov.br).

As Instituições Financeiras Monetárias são aquelas autorizadas a captar depósitos à vista do público. Atualmente, apenas os Bancos Comerciais, os Bancos Múltiplos com carteira comercial, a Caixa Econômica Federal e as Cooperativas de Crédito possuem essa autorização (fonte: portaldoinvestidor.gov.br).

As demais instituições financeiras são aquelas não autorizadas a receber depósitos à vista, por exemplo: Agências de Fomento, Associações de Poupança e Empréstimo, Bancos de Câmbio, Bancos de Desenvolvimento, Bancos de Investimento, Companhias Hipotecárias, Cooperativas Centrais de Crédito, Sociedades Crédito, Financiamento e

Investimento, Sociedades de Crédito Imobiliário, Sociedades de Crédito ao Microempreendedor (fonte: portaldoinvestidor.gov.br).

Os administradores de recursos financeiros são outros intermediários do Sistema Financeiro Nacional, por exemplo: administradoras de consórcio; sociedades de arrendamento mercantil; sociedades corretoras de câmbio; sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários (fonte: portaldoinvestidor.gov.br).

O Sistema de Previdência e Seguros engloba a previdência social pública e oficial, operada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); os Institutos de Previdência ou Fundos Previdenciários e de filiação obrigatória aos servidores públicos com cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e a previdência complementar de regime privado e facultativo, cuja finalidade é proporcionar renda adicional ao trabalhador, que complemente a sua previdência oficial (fonte: bb.com.br).

1. É um diferencial das cooperativas em relação às empresas mercantis:

a) promover o acúmulo de bens e renda dos associados.

b) promover o desenvolvimento econômico aliado ao bem-estar social.

c) ampliar a produtividade e a lucratividade dos associados.

d) promover a inclusão social das pessoas de baixa renda.

2. A organização sistêmica e a união em Centrais fortalecem as cooperativas de crédito singulares porque

a) elas centralizam procedimentos comuns, reduzem custos e obtêm ganhos de escala.

b) elas reduzem custos comuns e aplicam conjuntamente as suas sobras na bolsa de valores.

c) elas se tornam interdependentes e administram em conjunto os lucros obtidos.

d) elas centralizam as quotas de novos associados e os investimentos a longo prazo.

Responda às questões a seguir, escolhendo apenas uma alternativa correta para cada uma delas.

ATIVIDADES

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MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMO MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMOMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

3. Por que as boas práticas de governança agregam valor às cooperativas de crédito?

a) Definem condições ideais mas nem sempre aplicáveis à operação das cooperativas.

b) Permitem a livre associação de pessoas que somam as suas economias para lucrarem juntas.

c) Contribuem com a sustentabilidade e longevidade das cooperativas.

d) Aproximam as cooperativas de crédito brasileiras dos grandes investidores internacionais.

4. No Brasil, qual a entidade de maior representatividade do cooperativismo?

a) As Centrais do Sicredi.

b) A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

c) As Confederações de Cooperativas.

d) A Organização das Cooperativas das Américas (OCA).

LEI DO COOPERATIVISMO – LEI Nº 5.764, DE 1971

Define a Política Nacional de Cooperativismo e estabelece o atual regime jurídico das sociedades cooperativas, entre outras providências.

Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características:

I. Adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo impossibilidade técnica de prestação de serviços;

II. Variabilidade do capital social representado por quotas-partes;

III. Limitação do número de quotas-partes do capital para cada associado, facultado, porém, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade, se assim for mais adequado para o cumprimento

dos objetivos sociais;

IV. Inacessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros, estranhos à sociedade;

V. Singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações e confederações de cooperativas, com exceção das que exerçam atividade de crédito, optar pelo critério da proporcionalidade;

VI. Quórum para o funcionamento e deliberação da Assembleia Geral baseado no número de associados e não no capital;

VII. Retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às operações realizadas pelo associado, salvo deliberação em contrário da Assembleia Geral;

VIII. Indivisibilidade dos Fundos de Reserva e de Assistência Técnica Educacional e Social;

IX. Neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social;

X. Prestação de assistência aos associados, e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa;

XI. Área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de serviços.

Art. 41. Nas Assembleias Gerais das cooperativas centrais, federações e confederações de cooperativas, a representação será feita por delegados indicados na forma dos seus estatutos e credenciados pela diretoria das respectivas filiadas.

5. Que órgão regula a operação e o funcionamento das cooperativas de crédito brasileiras?

a) Organização das Cooperativas do Brasil.

b) Superintendência de Seguros Privados.

c) Caixa Econômica Federal.

d) Banco Central do Brasil.

ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVA

A base legal do Cooperativismo

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MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMO MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMOMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

Parágrafo único. Os grupos de associados individuais das cooperativas centrais e federações de cooperativas serão representados por 1 (um) delegado, escolhido entre seus membros e credenciado pela respectiva administração.

O artigo 42 da Lei 5.764/71 foi alterado pela Lei 6.981, de 1982, uma mudança significativa e válida ainda hoje, em relação ao processo deliberativo nas cooperativas. Antes da nova redação (veja abaixo), mandatários podiam votar diretamente por outros associados em Assembleias Gerais, e delegados dispunham de tantos votos quanto fossem necessários para o grupo seccional que o elegeu.

Art. 42 Nas cooperativas singulares, cada associado presente não terá direito a mais de 1 (um) voto, qualquer que seja o número de suas quotas-partes.

§ 1° Não será permitida a representação por meio de mandatário.

§ 2° Quando o número de associados, nas cooperativas singulares, exceder a 3.000 (três mil), pode o estatuto estabelecer que os mesmos sejam representados nas Assembleias Gerais por delegados que tenham a qualidade de associados no gozo de seus direitos sociais e não exerçam cargos eletivos na sociedade.

§ 3° O estatuto determinará o número de delegados, a época e forma de sua escolha por grupos seccionais de associados de igual número e o tempo de duração da delegação.

§ 4º Admitir-se-á, também, a delegação definida no parágrafo anterior nas cooperativas singulares cujo número de associados seja inferior a 3.000 (três mil), desde que haja filiados residindo a mais de 50 km (cinquenta quilômetros) da sede.

§ 5° Os associados, integrantes de grupos

seccionais, que não sejam delegados, poderão comparecer às Assembleias Gerais, privados, contudo, de voz e voto.

§ 6° As Assembleias Gerais compostas por delegados decidem sobre todas as matérias que, nos termos da lei ou dos estatutos, constituem objeto de decisão da Assembleia Geral dos associados.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Influenciou na retomada do desenvolvimento do cooperativismo no Brasil, e na autogestão das cooperativas, porque abriu espaços jurídicos às revisões legais e normativas das últimas décadas. O artigo 5 (§ 17º e 18º) definiu a plena liberdade de associação para fins ilícitos e a não interferência do Estado na criação e no funcionamento das cooperativas. O artigo 174 (§ 2º) indicou que a lei deveria apoiar e estimular o cooperativismo e outras formas de associativismo. Do artigo 192 veio o amparo legal para as cooperativas de crédito operarem como instituições financeiras.

As inovações da Constituição de 1988, entre outras específicas para o cooperativismo de crédito, foram regulamentadas e incorporaram-se às práticas das cooperativas do setor progressivamente, por meio de leis complementares e resoluções do Banco Central do Brasil, das quais se destacam ainda em vigor a Lei Complementar Nº 130/2009 e a Resolução Nº 3.859/2010.

LEI COMPLEMENTAR Nº 130, DE 2009

Revogou dispositivos das Leis nos 4.595/1964 e 5.764/1971, e instituiu e regulamentou o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, dando maior

segurança jurídica às cooperativas do setor. São aspectos de destaque da Lei no 130:

• integração das cooperativas de crédito ao Sistema Financeiro Nacional, com acesso aos instrumentos do mercado financeiro, e igualdade de condições operacionais com o sistema financeiro tradicional;

• competência do Banco Central do Brasil para fiscalizar as cooperativas de crédito, podendo este inclusive “convocar assembleia geral extraordinária da instituição supervisionada, à qual poderão enviar representantes com direito a voz”;

• composição do quadro social definida por assembleia geral da cooperativa e prevista em seu estatuto social, sendo permitida a livre admissão e a associação de pessoas jurídicas às cooperativas de crédito;

• inovação do modelo de governança, por exemplo, quanto à reeleição dos membros do conselho fiscal a cada eleição, e à possibilidade de contratação de uma diretoria executiva (composta por associados ou não associados) subordinada ao conselho de administração;

• decisão competente à assembleia geral das cooperativas sobre a fórmula de distribuição de sobras e o rateio de perdas ao final do exercício, respeitando-se a proporcionalidade das operações de cada associado.

RESOLUÇÃO Nº 3.859, DE 2010, DO BANCO CENTRAL DO BRASIL

Altera e consolida as normas relativas à constituição, autorização para funcionamento e alterações estatuárias das cooperativas de crédito, destacando-se, por exemplo, as condições de admissão de associados e a aplicação de políticas de boa

governança.

Art.12. A cooperativa singular de crédito deve estabelecer, em seu estatuto, condições de admissão de associados em observância ao estabelecido neste artigo.

§ 1º As condições de admissão de pessoas físicas devem ser definidas de acordo com os seguintes critérios:

I - empregados, servidores e pessoas físicas prestadoras de serviço em caráter não eventual, de uma ou mais pessoas jurídicas, públicas ou privadas, definidas no estatuto, cujas atividades sejam afins, complementares ou correlatas, ou pertencentes a um mesmo conglomerado econômico;

II - profissionais e trabalhadores dedicados a uma ou mais profissões e atividades, definidas no estatuto, cujos objetos sejam afins, complementares ou correlatos;

III - pessoas que desenvolvam, na área de atuação da cooperativa, de forma efetiva e predominante, atividades agrícolas, pecuárias ou extrativistas, ou se dediquem a operações de captura e transformação do pescado;

IV - pequenos empresários, microempresários ou microempreendedores, responsáveis por negócios de natureza industrial, comercial ou de prestação de serviços, incluídas as atividades da área rural objeto do inciso III, cuja receita bruta anual, por ocasião da associação, seja igual ou inferior ao limite máximo estabelecido pelo art. 3º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e alterações posteriores;

V - empresários participantes de empresas vinculadas direta ou indiretamente a sindicatos patronais ou a associações patronais, de qualquer

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MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMO MOBILIZAÇÃO PARA O COOPERATIVISMOMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

nível, em funcionamento, no mínimo, há três anos, quando da constituição da cooperativa; e

VI - livre admissão de associados.

§ 2º A admissão de pessoas jurídicas deve restringir-se, exceto nas cooperativas de livre admissão de associados, às sem fins lucrativos, às que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas dos associados pessoas físicas e às controladas por esses associados.

Art. 18. As cooperativas singulares de livre admissão, de empresários, de pequenos empresários, microempresários e microempreendedores e as constituídas ao amparo do inciso I do § 3º do art. 12 devem adotar estrutura administrativa integrada por conselho de administração e por diretoria executiva a ele subordinada, cujos membros sejam eleitos pelo referido conselho entre pessoas físicas associadas ou não associadas, nos termos do art. 5º da Lei Complementar nº 130, de 2009, admitida a acumulação de cargos entre os dois órgãos para, no máximo, um dos membros do conselho, e vedada a acumulação das presidências.

§ 1º As cooperativas referidas no caput deste artigo, em funcionamento ou cujo pedido de autorização ou de transformação nas referidas modalidades tenha sido protocolizado até a data de publicação desta resolução, devem adotar a estrutura e observar as condições nele indicadas, a partir da primeira eleição de administradores realizada de 2012 em diante, ou antes, a critério da assembleia.

§ 2º O Banco Central do Brasil poderá determinar, para conjuntos definidos de cooperativas de crédito, a adoção da estrutura administrativa referida no caput deste artigo, bem como a segregação completa entre conselho e diretoria

executiva, levando em conta fatores de natureza prudencial que demandem a adoção de práticas de governança diferenciadas, decorrentes de características institucionais e operacionais das cooperativas envolvidas, tais como o exercício de funções estratégicas de gestão e controle de sistemas cooperativos, porte econômico-financeiro, complexidade operacional, extensão territorial, tamanho e dispersão social do respectivo quadro de associados.

– Aproveite para dar uma olhada nessas leis e normativas na íntegra, Patrícia. Aqui estão destacados apenas alguns pontos, para entendermos as mudanças que comentamos.

Responda às questões a seguir, escolhendo apenas uma alternativa correta para cada uma delas.

– Já conheço bem a Lei do Cooperativismo. Falta ainda eu acessar o site do Banco Central do Brasil e ler a Resolução completa de 2010.

6. Segundo a Lei do Cooperativismo, nas assembleias gerais de cooperativas singulares com mais de três mil associados, eles podem ser representados:

a) por qualquer colega associado.

b) por diretores executivos não associados da cooperativa.

c) por delegados em gozo de seus direitos de associados.

d) por conselheiros fiscais e administrativos da cooperativa.

ATIVIDADES

7. A regulamentação brasileira define que as cooperativas singulares de crédito de livre admissão tenham estrutura administrativa integrada por:

a) diretoria executiva e conselho fiscal, formados e eleitos pelos associados.

b) conselho de administração, com uma diretoria executiva subordinada e por ele eleita.

c) somente um conselho de administração e um conselho fiscal.

d) apenas uma diretoria executiva, formada por não associados.

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ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVA ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVAMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

Incentivando a participação

Coordenadores de núcleo relatam as estratégias utilizadas na mobilização dos associados e revelam os desafios e as superações que fazem parte do relacionamento com as pessoas que formam a Cooperativa. Exemplificam atitudes e vivências que estimulam a participação dos associados.

Divulgação, intercâmbio e debate de informações são ações fundamentais para a mobilização dos associados e o exercício do princípio cooperativista da gestão democrática. Nas Cooperativas de Crédito integradas ao Sicredi, a mobilização do quadro social acontece através do relacionamento e da comunicação entre os associados, dirigentes, conselheiros, coordenadores de núcleo e colaboradores da Unidade de Atendimento.

Veja o exemplo da nossa Cooperativa: promovemos reuniões de núcleo e debates sempre buscando informar, mobilizar e envolver o maior número de associados na formulação, execução e avaliação do nosso plano de trabalho. Outras estratégias de mobilização são as conversas informais, os encontros e eventos temáticos, as campanhas de esclarecimento e a criação de novos canais informativos.

Mobilizar implica no envolvimento e na participação ativa em ações concretas. O coordenador de núcleo destaca-se como uma figura-chave nesse processo, por ser o representante dos associados e um canal direto de comunicação entre os membros do seu núcleo e a administração da cooperativa.

Convidamos você a assistir a um vídeo, com depoimentos e histórias reais, sobre a importância das estratégias de mobilização dos associados, antes de seguir acompanhando a conversa entre os personagens Ricardo e Patrícia.

CONVERSA ENTRE

PATRÍCIA E RICARDOPARTE 2

– Sabe, Ricardo, como coordenadora de núcleo amplio a cada dia a minha visão sobre a aplicação prática dos princípios e das leis do cooperativismo na nossa Cooperativa. E entendo melhor a importância de estarmos organizados em núcleos...

– Quanto mais a gente participa, mais claro fica o funcionamento do nosso empreendimento coletivo! O Programa Pertencer foi criado para aprimorar o processo de gestão e desenvolvimento das cooperativas Sicredi, seguindo os ideais, as leis e as normativas do cooperativismo. E essa organização do quadro social em núcleos contribui em muito para a mobilização, a participação dos associados e a autogestão das cooperativas.

– Sim, imagine: a nossa Cooperativa tem cerca de 20 mil associados. Se não existisse o agrupamento em

núcleos menores, como faríamos um debate mais amplo dos assuntos de interesse do quadro social? Seria impossível todo esse povo dar a sua opinião em uma única reunião ou assembleia.

– O Pertencer orienta o agrupamento dos associados em núcleos, por área geográfica, e a eleição de um coordenador por núcleo. Os associados têm mais espaço de participação e voz nas reuniões e assembleias de núcleo e maior representatividade nas decisões tomadas em Assembleia Geral.

– É, conseguimos trabalhar melhor todos os assuntos. Depois de tudo bem esclarecido na reunião e da tomada decisão do meu núcleo sobre cada tema em pauta na assembleia de núcleo, eu me sinto preparada para representá-lo na assembleia geral da Cooperativa.

– Veja, Patrícia, o Pertencer define a organização dos núcleos, mas a prática da gestão participativa no dia a dia depende muito da atuação dos coordenadores. Uma das funções do coordenador é garantir a compreensão dos assuntos tratados nas reuniões de núcleo, que serão decididos na assembleia do seu núcleo.

– E, se quero ser eficaz na comunicação, preciso conhecer e considerar o meu público-alvo, sua faixa etária, seu contexto social, suas crenças, suas necessidades, suas atividades, a linguagem utilizada... Cada núcleo tem o seu perfil, o seu jeito, as suas potencialidades...

– Faz muita diferença o coordenador conhecer os associados e manter o constante relacionamento com eles, para a escolha e uso das estratégias de mobilização e comunicação mais adequadas ao seu núcleo.

– Você aprendeu como isso é importante. Não é por acaso que você é uma coordenadora de núcleo. Os associados sabem escolher as suas lideranças...

ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVA

Vamos assistir a um vídeo?

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ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVA ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVAMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

– Eu cultivo e mantenho um bom relacionamento com o meu núcleo, conheço cada associado pelo nome, tenho a lista dos contatos pessoais, estou sempre incentivando todo mundo a ficar por dentro dos assuntos e a propor sugestões. Mesmo fora dos eventos da Cooperativa, eu converso com o pessoal pelo bairro, demonstro minha disponibilidade e interesse pelas suas opiniões, deixo claro que estamos juntos na realização dos objetivos da nossa sociedade.

– Sim, também utilizo essa estratégia. Como lhe falei, na próxima reunião de núcleo vamos debater sobre a aplicação dos princípios e leis cooperativistas no nosso Estatuto. Isso foi levantado pelos próprios associados, pelas dúvidas apresentadas nas conversas informais do dia a dia. Então eu falei com o gerente da Unidade de Atendimento e o Presidente da Cooperativa. Ficou decidido reservarmos 40 minutos da reunião para esse tema. Claro que, antes, vamos trabalhar os assuntos da pauta da assembleia.

– Que ótima estratégia!

– Sei que cabe ao coordenador se fazer conhecer pelos associados do seu núcleo e conviver com essa comunidade, observando as curiosidades e as particularidades do seu grupo.

– Quando eu era coordenador de núcleo, antes de ser conselheiro, eu procurava sempre levantar as curiosidades e dúvidas dos associados, e levar possíveis respostas nas reuniões do núcleo. Certa vez convidamos um especialista em educação ambiental da comunidade, porque esse tema motivava muito o pessoal naquela época. O núcleo pertencia a um bairro que tinha sérios problemas com o destino correto do lixo.

– Esse tipo de questão não está diretamente relacionado à gestão da Cooperativa, mas se torna um assunto importante pelo interesse coletivo do núcleo. Além de mobilizar os associados, o tema é pertinente ao princípio do interesse pela comunidade, e reforça o nosso compromisso com a responsabilidade ambiental.

– Com certeza! Precisamos estar sempre atentos aos diversos interesses e expectativas de cada núcleo de associados.

– Outro exemplo de estratégia de mobilização adaptada à realidade local foi quando observamos

que poucas mulheres participavam das reuniões e assembleias, porque não tinham com quem deixar as crianças. Então passamos a organizar eventos recreativos aqui na Cooperativa, no mesmo horário de encontro dos núcleos. Assim, as mães trazem os seus filhos, que ficam brincando enquanto elas participam das atividades do seu núcleo. Essa prática permanece...

– Ah, isso sim. Lidamos com muitas variáveis de contexto e público que determinam a escolha das estratégias.

– Patrícia, e me diga uma coisa: quais as preferências do seu núcleo, em relação aos canais de serviço e de comunicação?

– Quanto aos serviços, o pessoal prefere as operações pelo site do Sicredi e no aplicativo para smartfone e tablet. Eles têm pouco tempo para ir pessoalmente à Unidade de Atendimento, e ajudou bastante a mobilização feita nas reuniões do ano passado. Quanto aos comunicados e convites para eventos da Cooperativa, orientamos os associados a acompanharem a agenda e os assuntos no site do Pertencer; convocamos e pedimos que confirmem a participação por e-mail; temos também uma lista de quem prefere ser lembrado de datas e horários via mensagens de celular.

– Hoje em dia estão muito populares os meios digitais, e todo mundo tem celular...

– E, claro, não podemos nos esquecer dos canais convencionais de convocação para reuniões e assembleias de núcleo: convites impressos entregues a domicílio; cartazes fixados nos locais de circulação de associados; divulgação nas rádios e na imprensa local; convites boca a boca, feitos por colaboradores da Unidade de Atendimento e os colegas coordenadores de núcleo.

– Conhecendo bem os associados, além do debate prévio dos assuntos em pauta de assembleia geral, podemos tratar outros temas de interesse coletivo nas reuniões do núcleo, como forma de mobilizá-lo e de incentivar ainda mais a participação dos associados na gestão, temas que sejam importantes para o seu grupo...

– E percebemos os bons resultados! No planejamento das ações de mobilização, consideramos cada núcleo em específico, suas características, interesses e possibilidades de participação, e levamos também em conta as potencialidades e necessidades locais.

– Todos os meios são válidos e contribuem para o envolvimento do maior número de associados. Sabe como é, Patrícia: as informações têm de correr rápido...

– Dependendo de mim, elas voam; todo o pessoal do núcleo fica sabendo rapidinho! (risos)

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ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVA ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVAMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

O Sicredi propõe um modelo corporativo de Estatuto Social às Cooperativas Singulares de Crédito integradas ao Sistema. No Estatuto estão definidas todas as regras comuns entre as filiadas, no que se refere especificamente:

• à constituição e composição das Cooperativas de Crédito integrantes do Sistema;

• à filiação e desfiliação ao Sicredi;

• aos objetivos sociais das Cooperativas;

• às condições de admissão e às formas de desligamento dos associados, bem como seus direitos, deveres e responsabilidades;

• à formação e às condições de retirada do capital social da Cooperativa;

• aos processos deliberativo e eleitoral democráticos;

• aos órgãos de administração e controle da Cooperativa – Conselho de Administração, com Diretoria Executiva subordinada, e Conselho Fiscal;

• ao exercício social, balanço e distribuição de resultados proporcionais às operações dos associados da Cooperativa;

• aos percentuais destinados aos fundos sociais obrigatórios – Fundo de Reserva (mínimo de 10% das sobras líquidas do exercício) e Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social/Fates (mínimo de 5% das sobras líquidas do exercício);

• à dissolução e liquidação das Cooperativas.

É um dos principais aspectos que as diferenciam de empresas mercantis. Independente do setor econômico de atuação e/ou dos objetivos sociais, as cooperativas existem pela união voluntária de pessoas e concentram-se na satisfação das necessidades do quadro social, na gestão democrática e no desenvolvimento sustentável.

Ao ingressarem na cooperativa, os associados assumem responsabilidades pertinentes ao alcance dos objetivos estabelecidos como comuns, tanto na condição de donos do empreendimento coletivo como na de usuários dos serviços e/ou produtos que a sua cooperativa oferece.

O sucesso de uma cooperativa depende da sua capacidade de organização da participação do quadro social e de administração autogerida, o que exige qualificação técnica e profissional das equipes diretivas, dos colaboradores e dos associados.

Em sintonia com a lei do cooperativismo, o Programa Pertencer estabelece e orienta o agrupamento dos associados em núcleos, conforme a proximidade geográfica, com o objetivo de aprimorar o processo de gestão e desenvolvimento das cooperativas de crédito. Por meio desse modelo de gestão participativa, os associados têm maior representatividade e mais espaço para exercer o direito e o dever de planejar, acompanhar e decidir sobre os assuntos de interesse e os rumos da sua Cooperativa, o que se efetiva na prática em reuniões e em assembleias de núcleo.

ESTATUTO SOCIAL DAS COOPERATIVAS FILIADAS AO SICREDI

PROGRAMA PERTENCER E ORGANIZAÇÃO DO QUADRO SOCIAL EM NÚCLEOS

AUTOGESTÃO DAS COOPERATIVAS

O núcleo elege o seu representante, chamado de coordenador de núcleo ou delegado, figura-chave na mobilização e no relacionamento contínuo com os associados. Cada coordenador de núcleo tem voto representativo e é o responsável por levar as decisões dos associados, tomadas em Assembleia de Núcleo para a Assembleia Geral da Cooperativa.

O Regulamento do Pertencer define que as filiadas formem núcleos entre 150 e 950 associados, de acordo com o tamanho da Cooperativa, fixando o número de núcleos e delegados no Estatuto Social. Cada Unidade de Atendimento deve ter, pelo menos, um núcleo de associados; e cada cooperativa, 20 núcleos, no mínimo.

Visite o site pertencer.sicredi.com.br e conheça todas as informações e atividades relacionadas, inclusive o Regulamento do Programa. Você também pode solicitar uma cópia impressa na sua Unidade de Atendimento.

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ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVA ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVAMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

Considera-se Reunião de Núcleo o encontro realizado com os associados, com o intuito de debater, sem caráter deliberativo, os assuntos relacionados à gestão e ao desenvolvimento da Cooperativa, tais como elencados a seguir.

I – Operações e serviços, para que os associados possam reconhecê-los e tirar as suas dúvidas em relação às operações, principalmente tratando-se de novas soluções Sicredi, e de produtos e serviços a serem melhor trabalhados junto ao quadro social ou a determinados núcleos.

II – Planejamento Estratégico;

III – Plano de metas, para que os associados possam contribuir com a construção do plano de metas da sua Unidade de Atendimento;

IV – Prestação de contas semestral;

V – Outros assuntos de interesse específico do quadro social ou do núcleo, conforme a necessidade e proposição dos associados, inclusive voltados ao desenvolvimento do núcleo, da comunidade ou de um segmento específico (produtores rurais, empresários, microempresários).

VI – Outros assuntos de interesse dos associados ou da administração da Cooperativa. Neste item entram os assuntos de interesse coletivo, pontos polêmicos ou que gerem dúvidas ou insatisfação por parte dos associados. É um espaço democrático de debate para aprofundar o conhecimento sobre o funcionamento da instituição.

As reuniões de núcleo são convocadas pelo Presidente do Conselho de Administração, ou pelo Coordenador de Núcleo, em conjunto com o Presidente, mediante convite afixado nas dependências da Unidade de Atendimento, com antecedência mínima de 10 (dez) dias. Além desta forma de convocação, cada Cooperativa pode ainda adotar estratégias complementares para os seus núcleos, buscando ampliar a participação nas reuniões.

Além de conhecer o funcionamento da Cooperativa de Crédito, é importante que os associados, especialmente os coordenadores de núcleo saibam um pouco mais da história do Sicredi. Recomendamos a coletânea Trajetória do Sicredi, que conta a história de um dos principais sistemas de cooperativas de crédito do país e da América Latina.

A coletânea serve de fonte de consulta e destaca mais de 40 depoimentos de associados, colaboradores e demais pessoas que participaram do sucesso do nosso sistema. Pode ser acessada no site do Centro de Informação & Memória Sicredi, pelo site memoria.sicredi.com.br.

Responda às questões a seguir, escolhendo apenas uma alternativa correta para cada uma delas.

8. A organização dos associados em núcleos qualifica a gestão participativa das cooperativas porque

a) amplia os espaços de participação dos associados e a representatividade nas decisões.

b) amplia a participação e a lucratividade dos associados.

c) incentiva a participação direta dos novos associados nas assembleias gerais.

d) resgata a história da cooperativa e a representatividade dos associados.

ATIVIDADES

9. Como o Sicredi organiza a nucleação de seus associados?

a) O Programa A União Faz a Vida orienta o agrupamento dos associados e a atuação dos coordenadores de núcleo.

b) O Programa Crescer organiza a nucleação, a formação dos colaboradores Sicredi e a eleição dos coordenadores de núcleo.

c) O Programa Pertencer define quantos núcleos podem existir por Cooperativa e os recursos que são destinados anualmente para cada ação social Sicredi.

d) O Programa Pertencer orienta o agrupamento em núcleos, por proximidade geográfica, e a eleição de um coordenador por núcleo.

10. É a regra máxima da Cooperativa e determina as formas e prazos de candidaturas de delegados e funções estatuárias:

a) Estatuto Social.

b) Contrato Social.

c) Contrato de Capitalização.

d) Estatuto do Banco Central.

ASSUNTOS DE DEBATE EM REUNIÕES DE NÚCLEO COMO ACONTECEM AS REUNIÕES DE NÚCLEO

MEMÓRIA SICREDI

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ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVA ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO DA COOPERATIVAMOBILIZAR MOBILIZAR

programa CRESCERprograma CRESCER

Use o gabarito para corrigir as atividades realizadas até o momento.

Essa autoavaliação ajuda você a crescer e a aprender ainda mais, ao identificar o que já aprendeu e os conceitos que ainda precisam ser revistos.

GABARITO RESPOSTAS

1. Resposta: B.

2. Resposta: A.

3. Resposta: C.

4. Resposta: B.

5. Resposta: D.

6. Resposta: C.

7. Resposta: B.

8. Resposta: A.

9. Resposta: D.

10. Resposta: A.

ANOTAÇÕES

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programa CRESCER

A COORDENAÇÃO DE NÚCLEO

O COORDENADOR COMO LÍDER E MEDIADOR DO SEU NÚCLEO

COORDENAR

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A COORDENAÇÃO DE NÚCLEO A COORDENAÇÃO DE NÚCLEOCOORDENAR COORDENAR

programa CRESCERprograma CRESCER

Nessa rota COORDENAR, nossos personagens são:

LucianaCoordenadora de núcleo e vendedora em uma loja de eletrônicos.

PauloÉ coordenador de núcleo e estudante de comunicação social.

Coordenar um grupo significa organizar, reunir e articular as diferentes opiniões, habilidades e expectativas. É propor caminhos que valorizem as potencialidades das pessoas e possibilitem os consensos na busca de objetivos comuns.

Os coordenadores de núcleo relacionam-se continuamente com o seu grupo de associados, conhecem de perto as pessoas, seus interesses e necessidades. Esse conhecimento lhes permite saber como mobilizar e facilitar a participação ativa e organizada do quadro social nos debates e decisões sobre a gestão e o desenvolvimento da Cooperativa de Crédito.

O coordenador é eleito pelos associados do seu núcleo, para representá-los nas assembleias gerais da Cooperativa, uma função de muita responsabilidade, de liderança e visibilidade. Mas isso não lhe confere qualquer tipo de privilégio ou regalia na sociedade. Seus direitos e deveres são iguais aos de qualquer outro associado.

Além de atuar no dia a dia do relacionamento com os associados, o coordenador participa do preparo das assembleias do seu núcleo e do diálogo sobre os assuntos da Unidade de Atendimento, o Planejamento Estratégico, o Plano de Trabalho, a prestação de contas do primeiro semestre, entre outros relativos à administração da Cooperativa. Está presente nos seguintes eventos anuais:

• reunião preparatória para assembleia de núcleo;

• assembleia de núcleo;

• assembleia geral da Cooperativa;

• reunião de coordenadores de núcleo da Cooperativa;

• reunião de coordenadores de núcleo da Unidade de Atendimento.

A COORDENAÇÃO DE NÚCLEO

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A COORDENAÇÃO DE NÚCLEO A COORDENAÇÃO DE NÚCLEOCOORDENAR COORDENAR

programa CRESCERprograma CRESCER

CONVERSA ENTRE

LUCIANA E PAULO

– Luciana, temos 20 minutos de intervalo da reunião. Vamos tomar um café e conversar um pouco?

– Claro, Paulo, vamos! Quero saber o que você está achando dos trabalhos!

– Está sendo uma ótima experiência essa minha primeira reunião preparatória com os colegas coordenadores!

– Fico feliz em saber que você esteja aproveitando esse encontro tão importante que antecede as assembleias de núcleo.

– Sim, e como! Eu não saberia por onde começar se não conversássemos com antecedência sobre os assuntos da assembleia de núcleo, as informações a serem repassadas aos associados, as estratégias que adotaremos...

– Ah, sim, junto com os dirigentes da Cooperativa e os colaboradores da Unidade de Atendimento, pensamos em tudo na organização de uma assembleia de núcleo: a discussão prévia dos assuntos em pauta; os meios e prazos de convocação; as estratégias de comunicação; a infraestrutura e os materiais; os registros obrigatórios e a ata.

– As assembleias são os espaços máximos de decisão dos associados, tudo tem que funcionar muito bem, como prevê o Estatuto.

– Com certeza, amiga! Gosto da forma como o Presidente conduz os trabalhos na reunião, ele nos dá um bom exemplo de como devemos proceder nos encontros dos núcleos: dá espaço pra gente opinar, sabe escutar as sugestões e reivindicações que trazemos dos núcleos e esclarece as dúvidas.

– Ele é um grande líder na nossa Cooperativa, e com seu apoio constante, aprendemos sempre mais sobre como exercer o nosso papel de

coordenadores.

– Fala sério, Luciana, você é coordenadora faz tempo, já sabe tudo!

– Posso ser um pouco mais experiente que você, mas ainda tenho o que aprender. No exercício da liderança, mais importante que saber tudo é escutar as pessoas, estar disponível e aberto para aprender com elas e em todas as situações.

– Informações técnicas, podemos consultar, podemos

tirar dúvidas e pedir ajuda aos dirigentes e aos colaboradores da Unidade de Atendimento... Mas atitude, responsabilidade, compromisso, respeito, lidar com a diversidade de opiniões e expectativas, isso ninguém pode fazer por nós!

– Sem falar na nossa capacidade de estabelecer e manter contatos, escutar os outros, observar o contexto, encorajar os mais tímidos, organizar as opiniões, harmonizar divergências e aproximar interesses. Somos craques do meio de campo!

– O coordenador tem um papel de destaque na criação de um clima de cooperação entre os associados. A familiaridade com o seu núcleo facilita a manifestação de todos e a expressão de ideias com naturalidade... O coordenador é um mediador do relacionamento e da comunicação entre os associados e a administração da Cooperativa. Sabe potencializar a participação, ponderar as diferenças e tornar objetivo o debate dos temas de interesse coletivo.

– Como mostra essa figura aqui do material da reunião, veja só, Luciana: somos o canal direto de comunicação entre a Cooperativa e o associado, fazemos circular as informações, ampliamos as vozes e aprofundamos o diálogo.

– Isso não é só nas assembleias, né, Paulo? Todos os eventos da Cooperativa exigem planejamento: temos de definir a agenda, providenciar os convites; ter bem claros os objetivos do encontro; garantir a infraestrutura adequada e um ambiente acolhedor; adequar a linguagem para que os temas

sejam compreensíveis aos participantes...

– Concordo! As habilidades comportamentais, comunicativas e de convivência com os associados contam mais que o conhecimento técnico para o coordenador de núcleo. Claro que precisamos acompanhar os assuntos da Cooperativa, entender a causa cooperativista, a organização do Sicredi, o planejamento estratégico, mas não precisamos ser necessariamente especialistas nisso.

Cooperativa/UA

Associado

Coordenadorde Núcleo

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A COORDENAÇÃO DE NÚCLEO A COORDENAÇÃO DE NÚCLEOCOORDENAR COORDENAR

programa CRESCERprograma CRESCER

– É, colega, o nosso plano de trabalho não se concretiza se não promovermos essa rede de comunicação entre os associados e a Cooperativa. Essa é a nossa grande missão como coordenadores.

– E cabe lembrar que existem várias maneiras de repassarmos as informações de interesse dos associados, depende de o que funciona melhor no seu núcleo. Você viu que o Presidente pediu a opinião de todos os coordenadores sobre as estratégias mais eficazes em cada grupo.

– Cada lugar e cada grupo têm as suas necessidades! No núcleo que eu coordeno, por exemplo, nas últimas reuniões percebemos que muitos associados só conheciam a poupança e as linhas de crédito da Cooperativa. Agora estamos empenhados em divulgar outros produtos e serviços, incentivar o uso dos cartões de crédito, de seguros, consórcios e previdência privada...

– Como sou novato, tenho me preocupado em aprimorar a identificação das necessidades específicas do meu núcleo e em como posso trabalhar melhor com ele. Sabe que os registros me ajudam muito nessa tarefa. O site do Pertencer tem todas as atas de reuniões e assembleias passadas, as fotos e as avaliações dos eventos do núcleo...

– Conhecendo as pessoas e o histórico do seu núcleo, o coordenador tem condições de planejar e encontrar os melhores caminhos para contribuir para o alcance dos objetivos e metas da Cooperativa. E, claro, ele não está sozinho nessa missão: conta com o gerente da Unidade de Atendimento, os conselheiros e a administração. Isso é uma constante, vale para você e para coordenadores mais antigos, como eu.

– Parece que os núcleos são tão dinâmicos quanto as pessoas, estão sempre evoluindo... Descobrimos novas necessidades que surgem, procurando equilibrá-las com os propósitos da Cooperativa. Percebi isso também pelos depoimentos dos outros colegas na reunião.

– Somos mesmo uma equipe forte e cooperativa, sempre atenta aos interesses dos associados!

Fazemos tudo o que está ao nosso alcance para garantir maior participação e representatividade na gestão do nosso empreendimento coletivo.

– Olha, Luciana, o pessoal está se movimentando para retornar à reunião.

– Vamos lá, Paulo! O Presidente já está entrando. Depois a gente continua o nosso bate-papo...

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A COORDENAÇÃO DE NÚCLEO A COORDENAÇÃO DE NÚCLEOCOORDENAR COORDENAR

programa CRESCERprograma CRESCER

As Assembleias de Núcleo são dirigidas pelo Presidente da Cooperativa, auxiliado pelo Vice-presidente ou por um conselheiro de administração, que secretariará os trabalhos. Na ausência do Presidente, assume o seu Vice, e este convida um conselheiro de administração para secretariar as atividades.

Durante a Assembleia de Núcleo, se houver empate na votação, sugere-se que um sócio a favor e outro contrário apresentem argumentos para defender os seus pontos de vista, e refaz-se a votação logo a seguir. Uma nova assembleia pode ser convocada para votação apenas dos itens de empate.

Temos dois tipos de registros fundamentais em reuniões e assembleias de núcleo, reuniões de coordenadores de núcleos e nas assembleias gerais da nossa Cooperativa:

Nas reuniões de núcleo e no dia a dia da Cooperativa, os coordenadores identificam possíveis melhorias para o crescimento da sociedade, levam as sugestões do seu núcleo para a reunião preparatória da assembleia de núcleo e, juntamente com o Conselho de Administração, definem se algumas delas entrarão na pauta da assembleia.

Trata-se do encontro realizado com os associados, tendo como objetivo deliberar (decidir) sobre:

• a eleição e a destituição do Coordenador de Núcleo/Delegado, efetivo e suplente;

• todos os assuntos previstos para a Assembleia Geral da Cooperativa, nos termos do § 4º do art.16 do Estatuto Social, definindo-se o voto do Coordenador de Núcleo/Delegado na condição de representante dos associados.

A Assembleia de Núcleo nesse caso poderá reunir mais de um núcleo, sugerindo-se o agrupamento dos núcleos por Unidade de Atendimento ou município. Acontece entre os meses de janeiro e abril, para deliberar sobre os assuntos de Assembleia Geral Ordinária. Fora desse prazo, pode ser realizada para promover a eleição do coordenador de núcleo ou para tratar de assuntos de Assembleia Geral Extraordinária.

O Programa Pertencer recomenda pelo menos duas reuniões anuais com os coordenadores de núcleo: uma preparatória à prestação de contas do primeiro semestre, e a outra preparatória às assembleias de núcleo. Esta última tem o objetivo de apresentar aos coordenadores a proposta de pauta da Assembleia, elaborada pelo Conselho de Administração.

REUNIÕES COM COORDENADORES DE NÚCLEO

COMO E QUANDO ACONTECE A ASSEMBLEIA DE NÚCLEO

ASSEMBLEIA DE NÚCLEO

REGISTROS OBRIGATÓRIOS NOS EVENTOS DA COOPERATIVA

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A COORDENAÇÃO DE NÚCLEO A COORDENAÇÃO DE NÚCLEOCOORDENAR COORDENAR

programa CRESCERprograma CRESCER

• o registro da presença dos associados, que deve ser feito em todos os eventos da cooperativa, escrito em lista ou livro de presença, ou por meio da biometria;

• a ata de reuniões e assembleias, que é o documento que registra por escrito os debates realizados e/ou as decisões tomadas.

Especificamente em Assembleia Geral, a ata é obrigatória e apresenta de forma clara e sucinta as informações sobre todo o processo deliberativo, deve ser lavrada em três vias e arquivada com o Estatuto da Cooperativa na Junta Comercial do Estado.

A elaboração da ata de Assembleias e eventos é de responsabilidade dos colaboradores das Unidades de Atendimento (UA). A ata de cada evento deve ser publicada no site pertencer.sicredi.com.br – assim, todos os associados cadastrados no site podem acompanhar, a qualquer momento, o que foi discutido em determinada reunião ou votado em assembleia. Consulte na sua UA como cadastrar-se no site do Programa Pertencer.

É uma técnica de identificação baseada no cadastro das impressões digitais de cada pessoa, o que permite registrar de forma precisa, segura e automática a presença dos associados em todos os eventos da Cooperativa. Isso garante que nenhum associado possa se fazer passar por outro ou votar em nome dele, pois cada pessoa tem uma impressão digital única e permanente.

Os associados devem cadastrar as suas digitais na Unidade de Atendimento. Nesse procedimento, um dispositivo eletrônico captura a imagem dos traços digitais, essa impressão fica registrada em banco de dados, e será reconhecida por meio de um programa de computador, na ocasião do registro de presença em um evento da Cooperativa.

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Encontro 5Reunião preparatória para prestação de contas do primeiro semestre

Encontro 7Reunião de planejamento

ConfraternizaçõesEncontro 4Encontro com Coordenadores de Núcleo

Encontro 6Prestação de contas do primeiro semestre

Encontro 1Reunião preparatória com Coordenadores de Núcleo

Encontro 2

Assembleia de Núcleo

Encontro 3

Assembleia Geral Ordinária

CALENDÁRIO ANUAL DE ENCONTROSBiometria

O esquema a seguir sugere o calendário de encontros a serem organizados e promovidos pelas Cooperativas Singulares de Crédito filiadas ao Sicredi, ao longo do ano, e que sugere a presença dos coordenadores de núcleo.

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A COORDENAÇÃO DE NÚCLEO A COORDENAÇÃO DE NÚCLEOCOORDENAR COORDENAR

programa CRESCERprograma CRESCER

Responda às questões a seguir, escolhendo apenas uma alternativa correta para cada uma delas.

11. Além de coordenar as reuniões e contribuir com as assembleias do seu núcleo, o coordenador participa dos seguintes eventos anuais em sua cooperativa:

a) Reunião preparatória, assembleia geral e reuniões com coordenadores de núcleo.

b) Reunião com os conselheiros e diretores da cooperativa.

c) Reuniões com as Centrais Sicredi e eleição dos delegados da Federação Sicredi.

d) Reunião de coordenadores e eleição da diretoria executiva da Cooperativa.

ATIVIDADES

12. São assuntos comuns na pauta das reuniões de núcleo e das reuniões com coordenadores de núcleo:

a) Eleição anual de conselheiros e diretores executivos da Cooperativa.

b) Criação e negociação de novas linhas de financiamento de crédito rural.

c) Planejamento estratégico, plano de metas e prestação de contas do primeiro semestre.

d) Plano de trabalho e metas e a continuidade do Programa A União Faz a Vida.

13. Cabe a quem dirigir ou indicar alguma pessoa para dirigir as assembleias de núcleo da cooperativa?

a) Coordenador de núcleo.

b) Presidente.

c) Conselheiro fiscal.

d) Gerente da Unidade de Atendimento.

14. O que é biometria?

a) Técnica de identificação dos votos em cada núcleo.

b) Técnica de gestão de eventos de cooperados.

c) Técnica de identificação de pessoas.

d) Técnica de eleição e votação em assembleias.

ANOTAÇÕES

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O COORDENADOR COMO LÍDER E MEDIADOR DO SEU NÚCLEO COORDENAR

programa CRESCER60

O COORDENADOR COMO LÍDER E MEDIADOR DO SEU NÚCLEOCOORDENAR

programa CRESCER

Liderança na organização dos associados

Apresenta uma reflexão a respeito da liderança exercida pelos coordenadores de núcleo e seu desempenho na organização e coordenação dos associados. Além do perfil de líder, a função de coordenador de núcleo exige preparo, dedicação e disponibilidade para se envolver com a Cooperativa e o quadro social.

Agora você observará na prática como o coordenador exerce o papel de líder e mediador do seu núcleo.

Convidamos você a assistir um vídeo com depoimentos reais desses agentes multiplicadores da participação nas Cooperativas de Crédito Sicredi.

A atuação do coordenador de núcleo, como líder e articulador do núcleo de associados, exige que ele saiba conviver e promover a convivência com a diversidade de perfis, ideias e opiniões presentes no grupo. Nesse sentido, são habilidades a serem desenvolvidas:

• aproximar-se dos outros, utilizando hábitos de saudação, linguagem apropriada e regras de conduta da cultura local;

• ouvir os demais, compreendendo a visão de mundo e as razões que fundamentam o jeito de ser de cada um. O desafio é aprender a colocar-se no lugar do outro, o que também propicia o respeito, a solidariedade e a capacidade de convívio com as diferenças;

• propor sem se impor, tratando todos de igual para igual e explicitando claramente as razões de determinada proposta ou ação;

• lidar com as diferenças, percebendo que é possível conviver com opiniões divergentes, promover o consenso e acordos para resolver impasses e conflitos, sem se sentir desconsiderado ou perdedor;

• compreender que os conflitos são inerentes ao processo democrático e que, se bem administrados, podem fortalecer princípios e concretizar avanços importantes;

• roveitar o conhecimento, as opiniões e as potencialidades de cada participante do grupo, observando que a diversidade amplia a troca de experiência e o encontro de novas soluções: “o outro, por ser diferente, pode me complementar, ao mesmo tempo em que eu tenho a mesma oportunidade em relação a ele, o que resulta em maior enriquecimento para os dois”.

Fonte: adaptado de CENPEC. ONG parceira da Escola. São Paulo: Unicef/Cenpec/Fundação Itaú Social, 2003, p. 26.

• Mobilizar, coordenar e representar os associados do seu núcleo.

• Convocar e coordenar reuniões do núcleo, sempre em conjunto com o Presidente ou Vice-presidente, ou um Conselheiro de Administração da Cooperativa.

• Participar de reuniões da Unidade de Atendimento a qual está vinculado.

• Participar de reuniões de Coordenadores de Núcleo e preparatórias para assembleias.

• Participar das Assembleias de Núcleo.

O COORDENADOR COMO LÍDER E MEDIADOR DO SEU NÚCLEO

HABILIDADES DE CONVIVÊNCIA E LIDERANÇA

ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR DE NÚCLEO

Vamos assistir a um vídeo?

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O COORDENADOR COMO LÍDER E MEDIADOR DO SEU NÚCLEO COORDENAR

programa CRESCER62

O COORDENADOR COMO LÍDER E MEDIADOR DO SEU NÚCLEOCOORDENAR

programa CRESCER

• Participar de Assembleias Gerais, discutindo e votando os assuntos em pauta, conforme as decisões tomadas pelos associados do seu núcleo, respeitadas as demais disposições legais e do Estatuto da Cooperativa.

• Participar de outros eventos de interesse da Cooperativa, quando solicitado pelo Presidente ou Conselheiro de Administração.

– Esse quadro a seguir ilustra os princípios que levamos em conta para coordenar os encontros com os associados.

PRINCÍPIOS APLICAÇÃO PRÁTICA

• Fortalecimento das relações

• Respeito à diversidade.

• Valorização do trabalho em grupo.

• Compromisso.

• Acolhimento.

• Valorização das potencialidades.

• Flexibilidade e dinamismo.

• Interação, troca de experiências, diálogo permanente, mediação de conflitos, construção coletiva e democrática.

• Respeito às diferenças, valorização da diversidade e sua incorporação aos temas e conteúdos trabalhados em reuniões.

• Discussão contextualizada e coletiva, valorizando-se os exemplos práticos, a troca de experiências e os assuntos de interesse coletivo.

• Compreensão e prática dos princípios e valores cooperativistas.

• Escuta e atenção a todos os associados, tomando o cuidado de, por exemplo, saber os nomes, conhecer as suas histórias e seus interesses específicos.

• Confiança nas possibilidades de construção de novas soluções, consenso e criação de alternativas para as questões ou impasses que se apresentem.

• Estado permanente de abertura, inventividade e aceitação das singularidades, sabendo aceitar as diferenças e aproveitá-las na construção da identidade do grupo e no andamento dos trabalhos.

– São princípios importantes na liderança de qualquer grupo que pretende se fortalecer como coletividade e realizar objetivos comuns.

PRINCÍPIOS FACILITADORES DE REUNIÕES E EVENTOS

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O COORDENADOR COMO LÍDER E MEDIADOR DO SEU NÚCLEO COORDENAR

programa CRESCER64

O COORDENADOR COMO LÍDER E MEDIADOR DO SEU NÚCLEOCOORDENAR

programa CRESCER

Responda às questões a seguir, escolhendo apenas uma alternativa correta para cada uma delas.

15. Quais as principais atribuições do coordenador de núcleo nos eventos da sua Cooperativa?

a) Convocação das assembleias gerais e representação do Presidente da Cooperativa.

b) Representação dos membros do conselho fiscal nas prestações de conta da Cooperativa.

c) Coordenação de eventos, organização da ata das assembleias gerais e registro da mesma na junta.

d) Coordenação das reuniões do núcleo e representação dos associados nas assembleias gerais.

ATIVIDADES

16. São práticas de liderança exercidas pelos coordenadores de núcleo:

a) saber ouvir os associados, respeitar as diferenças e promover o consenso.

b) impor a sua opinião e autoridade na mediação dos conflitos entre associados.

c) influenciar no voto dos associados nas assembleias gerais.

d) considerar apenas as opiniões dos associados mais participativos.

17. Que aspectos facilitam o encontro e as relações entre os associados?

a) O voto direto e aberto dos associados nas assembleias gerais.

b) A troca de experiências do coordenador de núcleo com os governantes da sua região.

c) A interação, o diálogo e a mediação de conflitos entre os associados.

d) A autoridade, o conhecimento e a pontualidade do coordenador de núcleo.

Use o gabarito para corrigir as atividades realizadas sobre os assuntos de coordenação de núcleo.

Essa autoavaliação ajuda você a crescer e a aprender ainda mais, ao identificar o que já aprendeu e os conceitos que ainda precisam ser revistos.

GABARITO

RESPOSTAS

11. Resposta: A.

12. Resposta: C.

13. Resposta: B.

14. Resposta: C.

15. Resposta: D.

16. Resposta: A.

17. Resposta: C.

ANOTAÇÕES

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programa CRESCER

O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOS

REPRESENTAÇÃO DO VOTO DOS ASSOCIADOS

REPRESENTAR

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O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOS REPRESENTAR

programa CRESCER68

O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOSREPRESENTAR

programa CRESCER

Nessa rota REPRESENTAR, nossos personagens são:

SandraContadora e conselheira de administração da Cooperativa.

MarceloRepresentante de comercial de máquinas agrícolas e associado do Sicredi.

Eleito pelos demais associados do núcleo, o coordenador representa os interesses e o voto dos associados nas decisões sobre a gestão da Cooperativa de Crédito. Uma liderança que se relaciona diretamente com os membros dos Conselhos e os colaboradores da Unidade de Atendimento, e conduz as sugestões do núcleo a outras instâncias de representação.

As decisões dos associados em Assembleia de Núcleo chegam à Assembleia Geral da Cooperativa pelo seu coordenador. Como representante de uma coletividade, ele defenderá as opiniões do seu núcleo mesmo quando discorde delas. Vale o princípio da gestão democrática e voto decidido pela maioria.

A Lei do Cooperativismo orienta a representação do voto dos associados por delegados (coordenadores de núcleo) em todas as cooperativas com mais de três mil associados, principalmente as de livre admissão.

O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOS

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O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOS REPRESENTAR

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O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOSREPRESENTAR

programa CRESCER

CONVERSA ENTRE

SANDRA E MARCELO

– Oi, Marcelo, tudo bem?

– Oi Sandra, tudo certo!

– Que bom! Veio mais cedo para a Assembleia de Núcleo?

– É que eu saí faz pouco da revenda e vim direto. Nessa hora de trânsito, acabaria me atrasando se eu fosse até em casa, decidi esperar por aqui mesmo...

– E me conte, você está preparado para eleger o novo coordenador do seu núcleo? Temos três candidatos fortes nessa eleição...

– Sim, eu estou levando fé na minha amiga Ana! Ela sempre foi um exemplo de associada participativa nos debates do núcleo. Tem atitude, é supercomunicativa, puxa assunto com todo mundo, escuta a opinião dos colegas, incentiva o pessoal e traz boas ideias... E isso não é de hoje, ela tem aquele jeito de líder desde o tempo do colégio. Nós estudamos juntos, sabe...

– Já percebi em assembleias anteriores que ela tem muita inciativa e qualidades importantes, mas existem outras condições para alguém assumir a grande responsabilidade como representante mais direto dos associados.

– Mais direto, como?

– Você sabe, Marcelo, existem as instâncias de representação: o Conselho Fiscal, o Conselho de Administração e a Central a que pertence a nossa Cooperativa. Todos são representantes dos nossos interesses como sociedade.

– Ah, sim! Nesse sentido dos demais níveis de representação...

– Isso! Ele está no primeiro nível de representação do quadro social, porque o coordenador representa o seu núcleo, levando as decisões registradas na ata da Assembleia de Núcleo para a Assembleia Geral da Cooperativa. Sua obrigação é defender a opinião da maioria dos associados do seu núcleo em todas as instâncias de representação, mesmo quando ele não concordar com elas. Isso é representar!

– Estou sabendo... E nas assembleias de núcleo votamos os mesmos assuntos do edital de convocação da assembleia geral. Exceto se houver eleição ou posse de um novo coordenador, isso compete exclusivamente à Assembleia de Núcleo.

– Exato. Mas é bom lembrar também que, antes de uma assembleia, os coordenadores de núcleo reúnem-se com o presidente e conselheiros da Cooperativa, e os colaboradores das Unidades de Atendimento. Juntos, eles planejam o evento, consideram as opiniões e necessidades dos núcleos, discutem os temas que estarão na pauta, resolvem a convocação e os demais detalhes das assembleias.

– Imagino que os coordenadores façam a diferença

nessas reuniões preparatórias, porque cada um deles conhece de perto o seu núcleo de associados.

– Eles têm a maior importância também quando promovem a discussão e o esclarecimento prévio dos assuntos com os associados, nas reuniões de núcleo.

– É, a gente não pode votar os assuntos sem saber direito, nem de última hora. Só o que estiver previsto no edital de convocação.

– Mas podemos propor o debate. Ali no edital de hoje, diz: “outros assuntos de interesse do quadro social”. Neste espaço discutimos outras questões relevantes aos núcleos de associados, além daquelas previstas para votação nas assembleias.

– Agora, Sandra, voltando às condições para ser coordenador de núcleo... Você é integrante da comissão eleitoral e sabe de todos os detalhes. Além de responsabilidade, habilidades comunicativas e liderança, o que mais é necessário?

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O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOSREPRESENTAR

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– Em primeiro lugar, conhecimento! O candidato à coordenação de núcleo precisa estar habilitado nos Percursos 1 e 2 do Programa Crescer, com 70% de aproveitamento no Percurso 2 e fazer uso regular das soluções financeiras que a sua Cooperativa oferece. Assim ele poderá falar com mais propriedade sobre o funcionamento da sociedade e os produtos e serviços disponíveis aos associados.

– Isso a Ana tem, sem dúvida...

– Também o coordenador não pode exercer um cargo político-partidário nem ter pendências que comprometam a sua imparcialidade, integridade ou honestidade como cidadão e representante dos associados. Na prática, isso significa não ter cargos públicos ou dívidas na praça, nem estar a serviço de quaisquer interesses que não sejam os da sua Cooperativa.

– Entendo. Assim se evita que ele seja tendencioso ou busque privilégios pessoais pelo seu papel de liderança na Cooperativa. Ele deve estar a serviço da coletividade do seu núcleo acima de quaisquer interesses individuais ou partidários... A prioridade é a proposta cooperativista e a gestão democrática do nosso empreendimento. Bota responsabilidade nisso, hein, Sandra!

– Pois é, Marcelo, o coordenador de núcleo é uma referência e um bom exemplo para o seu núcleo e para a comunidade. Consideramos as diversas condições que interferem nisso, todas estão bem definidas no Regulamento do Programa Pertencer. Quer ver outro exemplo?

– Diga, Sandra.

– Quem tem um emprego na Cooperativa ou quem exerce funções estatuárias, e seus parentes em primeiro grau, não poderão se candidatar à coordenação de núcleo.

– Em todas as suas atribuições, o compromisso com os associados vem em primeiro lugar sempre, também quando se trata do planejamento do nosso negócio. O coordenador participa do plano de ação da Unidade de Atendimento. Ele contribui com o diagnóstico da sua região e das necessidades do seu núcleo, além de incentivar os associados a atuarem em prol do plano de trabalho.

NÚCLEO

UNIDADE DE ATENDIMENTO

COOPERATIVA

SISTEMA

CENTRAL

Planejamento Sistêmico

Planejamento por Estados

Planejamento por Cooperativa

Planejamento / Plano de Açãopor Unidade de Atendimento

Participação na construção doPlanejamento da Cooperativa ePlano de Ação da Un. Atendimento

– Faz todo o sentido para os coordenadores manterem a imparcialidade como representantes dos associados.

Níveis de planejamento no Sicredi

– Estou lembrado! No ano passado, o coordenador do meu núcleo propôs a nossa participação no alcance dessa meta. Cada associado se comprometeu em convidar ao menos um novo associado, a utilizar um novo serviço. Alguns passaram as contas do mês para débito em conta, outros aderiram à previdência privada, teve quem optou pelos seguros, cada um cooperando com o que estava ao seu alcance...

– Veja que o plano de trabalho coloca em prática o planejamento da Cooperativa, que, por sua vez, é feito com base no planejamento estratégico e nas características locais das suas filiadas.

– É mesmo, eu aprendi isso quando fiz o Percurso 1 do Programa Crescer: o planejamento estratégico do Sicredi propõe as diretrizes gerais, e cada cooperativa avalia e conduz a parte que lhe cabe realizar. A Unidade de Atendimento, os coordenadores de núcleo e os associados também contribuem com o planejamento.

– Trabalhamos em permanente cooperação, pois estamos integrados em um único Sistema. O planejamento da Cooperativa é conduzido por seus técnicos. Os gerentes das Unidades de Atendimento são os colaboradores responsáveis pelo assunto.

– E com a ajuda dos coordenadores de núcleo eles avaliam a realidade local e estabelecem metas e ações concretas, que respondam às demandas do quadro social e da comunidade.

– Os diferentes níveis de planejamento do Sicredi contribuem para o crescimento sustentável da nossa Cooperativa, das suas coirmãs e de todo o Sistema ao qual pertencemos.

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O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOS REPRESENTAR

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O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOSREPRESENTAR

programa CRESCER

– É, Sandra, tudo acompanha a organização sistêmica e os princípios do cooperativismo: a integração das entidades Sicredi, as instâncias de representação, o planejamento, a gestão, o processo deliberativo... Eu realmente acredito nesse modelo de sociedade!

– Por acreditar de verdade e perceber os resultados positivos da ajuda mútua, a gente acaba sentindo mais e mais vontade de participar! Eu fui progressivamente conhecendo a Cooperativa, passei a acreditar nisso e atuar cada vez mais. O envolvimento e a dedicação chegaram ao ponto de eu me tornar conselheira. Sinto muito orgulho de ter crescido com o nosso empreendimento. E, você, Marcelo, sempre tão atuante como associado, nunca pensou em se candidatar a coordenador de núcleo?

– Olhe, Sandra, eu me envolvo bastante mesmo, mas, por outro lado, não tenho tempo para ser coordenador de núcleo, uma função que exige disponibilidade... Não por enquanto, né! Mas confesso que talvez daqui a alguns anos, quem sabe quando eu tiver com a vida feita, as crianças maiores...

– Pense nisso, Marcelo, você tem futuro como liderança!

– Puxa, Sandra, ouvir isso de uma conselheira, estou bem na foto, hein, obrigado! Falando na Ana, olha ela e o Jorge na área. Nossa Cooperativa está bem de candidatos à coordenação, não é mesmo?

– Sem dúvida! Esse é o resultado do nosso investimento na formação do quadro social e de novas lideranças. Esperamos seguir contando com associados como você, conscientes do seu papel na gestão da Cooperativa...

INSTÂNCIAS DE REPRESENTAÇÃO NA COOPERATIVA

O coordenador de núcleo é o representante direto de um grupo de associados, mas temos instâncias mais amplas de representação do voto do quadro social nas Cooperativas Sicredi. São elas:

a) Conselho de Administração

Como definido pela Lei n° 5.764/71, é eleito em Assembleia Geral Ordinária, composto por um presidente, um vice-presidente, no mínimo três e no máximo dez conselheiros vogais com suplentes em igual número. O mandato é de, no máximo, quatro anos, com renovação de no mínimo 1/3 dos seus integrantes ao final do período. Os eleitos permanecerão em exercício até a posse dos seus sucessores.

b) Conselho Fiscal

Sua competência é fiscalizar assídua e minuciosamente a administração do patrimônio

e das operações da Cooperativa. É composto por três membros efetivos e três suplentes, eleitos em Assembleia Geral Ordinária, para mandato de um ano. A cada eleição é obrigatória a renovação de dois membros, sendo no mínimo um efetivo e um suplente.

c) Cooperativas Centrais

Suas atribuições estão definidas na Resolução n° 3.859/10, do Banco Central. São funções específicas da relação com as cooperativas singulares, dispostas no Capítulo V:

I. supervisionar o funcionamento, verificando o cumprimento da legislação e regulamentação em vigor e das normas próprias do sistema cooperativo;

II. adotar medidas para assegurar o cumprimento das normas em vigor referentes à implementação de sistemas de controles internos e à certificação de empregados;

III. promover a formação e a capacitação permanente dos membros de órgãos estatutários, gerentes e associados, bem como dos integrantes da equipe técnica da cooperativa central e da confederação; e

IV. recomendar e adotar medidas visando ao restabelecimento da normalidade do funcionamento, em face de situações de inobservância da regulamentação aplicável ou que acarretem risco imediato ou futuro.

INSTÂNCIAS DE REPRESENTAÇÃO NA COOPERATIVA

ANOTAÇÕES

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O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOS REPRESENTAR

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O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOSREPRESENTAR

programa CRESCER

da Diretoria Executiva ou do Conselho Fiscal.

• Não ser empregado da Cooperativa, de membros do Conselho de Administração ou Fiscal, ou da Diretoria Executiva.

• Não se ter valido de sucessivas recomposições de dívidas em quaisquer filiadas Sicredi, ou figurar, no momento da eleição ou durante mandato, em registro de desabono em órgãos cadastrais regulares, na própria Cooperativa ou em outra instituição financeira que integre o Sicredi, principalmente quanto à emissão de cheque sem provisão de fundos e responsabilidade por empréstimo levado a crédito em liquidação, ou que seja ou tenha sido objeto de embate judicial.

É responsável pelo processo de candidatura e votação de associados para os cargos de representação e eletivos da cooperativa: membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, e Coordenadores de Núcleo.

Cabe à comissão verificar o atendimento de requisitos legais, estatutários e regimentais necessários às candidaturas. Também define e controla os procedimentos relativos à manifestação dos candidatos, os aspectos operacionais da eleição, da votação e da apuração dos votos, além de resolver quaisquer problemas ou casos omissos relacionados ao processo eleitoral na cooperativa.

• Ter participado do Programa de Formação Cooperativa Sicredi Crescer, Percursos 1 e 2, com 70% de aproveitamento no Percurso 2.

• Ser associado como pessoa física da Cooperativa, no momento da sua candidatura.

• Fazer uso de operações e serviços da Cooperativa com regularidade.

• Não exercer cargo ou função político-partidária quando de sua eleição, ou durante o exercício do mandato. O Estatuto Social da Cooperativa e o Regimento Eleitoral do Sicredi (RES) especificam a definição de cargo político-partidário.

• Não estar impedido por lei especial, nem condenado por crime falimentar, de sonegação fiscal, de prevaricação, de corrupção ativa ou passiva, de concussão, de peculato, contra a economia popular, a fé pública, a propriedade, ou condenado a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos.

• Não responder, como pessoa física, nem como qualquer empresa da qual seja controlador ou administrador, por pendências relativas a protesto de títulos, cobranças judiciais, emissão de cheques sem fundos, inadimplemento de obrigações e outras ocorrências ou circunstâncias semelhantes.

• Não estar declarado falido ou insolvente, nem ter participado da administração ou ter controlado firma ou sociedade concordatária ou insolvente.

• Não ser parente de primeiro grau, em linha reta ou colateral, de integrantes do Conselho de Administração,

• Ocorrerá em Assembleia de Núcleo, em até dez dias antes da Assembleia Geral da Cooperativa.

• O prazo do mandato é indicado no Estatuto Social da Cooperativa.

• A eleição será preferencialmente realizada por votação aberta, podendo ser de forma secreta se definida pelos associados do núcleo. Para votação secreta, o órgão de administração da Cooperativa definirá os devidos procedimentos, podendo a Comissão Eleitoral assumir esse papel quando solicitado pela administração da cooperativa.

• Será eleito Coordenador de Núcleo Efetivo o associado mais votado, e Coordenador de Núcleo Suplente o segundo mais votado. Se houver empate, será eleito o associado mais antigo na Cooperativa.

• Haverá eleição somente após a Cooperativa ter três associados habilitados por cada núcleo, para o exercício dessa função.

• A posse dos Coordenadores de Núcleo ocorrerá na Assembleia de Núcleo, para um mandato de, no máximo, quatro anos.

• Ocorrendo a vacância do Coordenador de Núcleo Efetivo, assumirá o seu Suplente.

• Se não houver Suplente para assumir, os associados do núcleo elegerão um novo Coordenador em Assembleia de Núcleo, no prazo de 30 dias, para cumprir o restante do mandato.

– Vamos conferir os requisitos para coordenadores de núcleo...

– Vejamos agora como acontece o processo de eleição dos nossos coordenadores.

COMISSÃO ELEITORAL CONDIÇÕES PARA CANDIDATOS À COORDENAÇÃO DE NÚCLEO

SOBRE A ELEIÇÃO DOS COORDENADORES DE NÚCLEO

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O COORDENADOR COMO REPRESENTANTE DOS INTERESSES COLETIVOSREPRESENTAR

programa CRESCER

O mandato dos coordenadores de núcleo segue o mesmo prazo de mandato do Conselho de Administração, que pode chegar a quatro anos como prevê a Lei do Cooperativismo. Os eleitos permanecerão em exercício de suas funções até a posse de seus sucessores.

A vacância do cargo de coordenador acontecerá em caso de morte, renúncia, perda da qualidade de associado ou por:

1) não comparecimento a duas Reuniões de Núcleo consecutivas, sem justificação prévia ao Conselho de Administração, no curso de cada ano de mandato;

2) não comparecimento, sem justificativa prévia ao Conselho de Administração, à Assembleia de Núcleo ou à Assembleia Geral da Cooperativa;

3) destituição do cargo, promovida pelos associados reunidos em Assembleia de Núcleo;

4) patrocínio, como parte ou procurador, de medida judicial contra a própria Cooperativa, salvo aquelas que visem ao exercício do próprio mandato;

5) tornar-se detentor inelegível ou não mais reunir as condições para a função de Coordenador de Núcleo;

6) ser eleito membro do Conselho de Administração ou Conselho Fiscal da Cooperativa.

Responda às questões a seguir, escolhendo apenas uma alternativa correta para cada uma delas.

18. Qual o assunto exclusivo da assembleia de núcleo?

a) Eleição ou posse do presidente da cooperativa.

b) Prestação de contas do primeiro semestre.

c) Eleição ou posse do coordenador de núcleo.

d) Planejamento estratégico e plano de ação.

ATIVIDADES

19. São condições para se candidatar à coordenação de núcleo:

a) exercer atividades partidárias e ter experiência em administração;

b) integralizar mais quotas-partes que os demais associados;

c) fazer operações de crédito apenas com a sua cooperativa;

d) ser idôneo e fazer uso regular de produtos e serviços da cooperativa.

20. Qual o tempo máximo de mandato dos coordenadores de núcleo?

a) Dois anos.

b) Quatro anos.

c) Cinco anos.

d) Dez anos.

21. Nas cooperativas Sicredi, quem participa da construção do plano de ação?

a) Gerentes das Unidades de Atendimento, coordenadores de núcleo e associados.

b) Presidente em colaboração com as Centrais e os Conselheiros.

c) Associados mais antigos da Cooperativa e os assessores de programas sociais.

d) Apenas os coordenadores de núcleo e os associados.

22. Estão entre as atribuições das Cooperativas Centrais:

a) aprovar o fechamento das contas e do exercício anual de cada uma das Cooperativas filiadas.

b) promover a capacitação de dirigentes e do quadro social das Cooperativas filiadas, e da equipe técnica da Central e da Confederação.

c) promover assembleias gerais cuja pauta seja o plano de ação e metas das Unidades de Atendimento.

d) recomendar e aprovar os candidatos à coordenação de núcleo, ao conselho fiscal e conselho administrativo das Cooperativas filiadas.

MANDATO DOS COORDENADORES

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programa CRESCER

Desejos coletivos acima de interesses

individuais

Salienta o comprometimento do coordenador de núcleo com a vontade coletiva, representando o grupo nas decisões da Cooperativa. Compartilha histórias de pessoas que se mantêm fieis aos interesses dos associados, desde as reuniões de núcleo até as assembleias gerais.estimulam a participação dos associados.

O diálogo dos nossos personagens destacou as responsabilidades do coordenador de núcleo como porta-voz dos interesses da coletividade que ele representa. Agora convidamos você a ver na prática, através de depoimentos reais em vídeo, como as decisões a serem defendidas por ele independem da sua escolha particular, garantindo maior representatividade no processo decisório da Cooperativa.

I. Prestação de contas dos órgãos de administração, acompanhada de parecer do Conselho Fiscal, compreendendo:

a. relatório da gestão;

b. balanço;

c. demonstrativo das sobras apuradas ou das perdas decorrentes da insuficiência das contribuições para cobertura das despesas da cooperativa e o parecer do Conselho Fiscal.

II. Destinação das sobras apuradas ou rateio das perdas.

III. Eleição dos componentes do Conselho de Administração ou Diretoria e do Conselho Fiscal e de outros, quando for o caso.

IV. Quaisquer outros assuntos de interesse social, que não sejam de competência exclusiva da Assembleia Geral Extraordinária.

Pode ser deliberado qualquer assunto de interesse da sociedade, desde que mencionado no edital de convocação, sendo de sua competência exclusiva (art. 46 da lei 5.764/71):

a. reforma do estatuto social;

b. fusão, incorporação ou desmembramento;

c. mudança do objetivo da Cooperativa;

d. dissolução voluntária da Cooperativa e nomeação de liquidante;

e. contas do liquidante.

SOBRE OS EDITAIS DE CONVOCAÇÃO

Para a Assembleia de Núcleo, é facultada a publicação do Edital de Convocação em jornal de grande circulação local, e obrigatória sua afixação em local visível na Unidade de Atendimento. A convocação é feita pelo Presidente do Conselho de Administração, com antecedência mínima de dez dias.

As Assembleias Gerais da Cooperativa podem ser convocadas pelo Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa, por qualquer dos órgãos de administração, pelo Conselho Fiscal, ou, após solicitação não atendida, por 1/5 dos associados

REPRESENTAÇÃO DO VOTO DOS ASSOCIADOS

Vamos assistir a um vídeo?

MANDATO DOS COORDENADORES

ASSUNTOS DE DELIBERAÇÃO EM ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA (AGO)

ASSUNTOS DE DELIBERAÇÃO EM ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA (AGE)

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em pleno gozo dos seus direitos. A convocação deve ser feita com antecedência mínima de 10 dias, em primeira convocação, através de editais afixados em locais de visibilidade para os associados, nas dependências da Cooperativa, e por meio de publicação em jornal e por meio de circulares para os sócios.

As Assembleias de Núcleo e as Assembleias Gerais da Cooperativa só acontecem se houver o seguinte quórum:

• dois terços de associados, em primeira convocação;

• metade dos associados mais um, em segunda convocação;

• mínimo de dez associados na terceira convocação.

A segunda e terceira convocações só ocorrerão se estiverem previstas no Estatuto da Cooperativa e no edital de convocação da assembleia, sendo observado o intervalo mínimo de uma hora entre a realização de uma e outra.

Quando mais de um núcleo ou núcleos agrupados estiverem reunidos em uma mesma Assembleia de Núcleo, cada um deve ter separadamente o mínimo de dez associados. Se um dos núcleos não reunir esse quórum mínimo, somente esse núcleo fará a convocação de nova assembleia, incluindo a publicação de edital.

Na Assembleia de Núcleo, cada associado, seja pessoa física ou jurídica, tem direito a apenas um voto na decisão dos assuntos de deliberação. Se o associado for menor de idade, votará em seu lugar quem assinou como o seu responsável quando ele ingressou na Cooperativa. Caso o responsável seja também associado, então terá direito a dois votos: o seu e um como representante do seu filho. Os maiores de 16 anos têm direito a votar na assembleia.

Na Assembleia Geral Ordinária ou Extraordinária, o coordenador de núcleo tem direito a um voto como representante do seu núcleo. Se o coordenador ou o seu suplente não estiver presente, então o voto do seu núcleo será desconsiderado nas decisões. Em caso de empate na votação dos núcleos, a Cooperativa deverá repetir o Processo Assemblear, convocando todos os núcleos novamente e refazendo a votação.

Responda às questões a seguir, escolhendo apenas uma alternativa correta para cada uma delas.

23. Como representante do voto dos associados, o coordenador de núcleo assume o compromisso de representar:

a) os interesses da cooperativa.

b) os interesses da maioria dos coordenadores.

c) os interesses dos gerentes das Unidades de Atendimento.

d) os interesses dos associados do seu núcleo.

ATIVIDADES

24. Qual o prazo de convocação e o quórum mínimo para uma assembleia?

a) Depende de o que estiver definido no Estatuto Social da cada Cooperativa.

b) Convocação extraordinária a qualquer momento, e quórum de 1/3 dos associados na primeira chamada.

c) Convocação em até dez dias de antecedência, e quórum de 2/3 dos associados na primeira chamada.

d) Convocação por email, com dez dias de antecedência, e quórum de ½ dos associados.

SOBRE O QUÓRUM DE ASSEMBLEIAS

SOBRE A VOTAÇÃO EM ASSEMBLEIAS

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Use o gabarito para corrigir as atividades realizadas sobre a representação das decisões e do voto dos associados nas instâncias de representação da sua Cooperativa. Essa autoavaliação ajuda você a crescer e a aprender ainda mais, ao identificar o que já aprendeu e os conceitos que ainda precisam ser revistos.

GABARITO

RESPOSTAS

18. Resposta: C.

19. Resposta: D.

20. Resposta: B.

21. Resposta: A.

22. Resposta: B.

23. Resposta: D.

24. Resposta: C.

PARABÉNS!

Você está quase concluindo mais uma etapa de formação do Programa Crescer!

O próximo passo é aguardar a chamada para os Encontros de Coletivização do Percurso 2 e a sua avaliação final. Esperamos que você seja habilitado para se candidatar à Coordenação de Núcleo e se tornar um líder em sua Cooperativa de Crédito. Procure a Unidade de Atendimento ou o Coordenador do seu núcleo para mais informações.

Continue firme na participação e siga a sua caminhada de crescimento com o Sicredi!

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