comparaÇÃo da previsÃo do comportamento...
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COMPARAO DA PREVISO DO COMPORTAMENTO DE
RESERVATRIOS DE LEO PRODUZINDO SOB INFLUXO DE
GUA UTILIZANDO A EQUAO DO BALANO DE
MATERIAIS E SIMULAO NUMRICA
Ivan Landim Frota Leito Junior
Projeto de Graduao apresentado ao Curso de
Engenharia de Petrleo da Escola Politcnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como
parte dos requisitos necessrios obteno do
ttulo de Engenheiro.
Orientadores: Paulo Couto
Abelardo de S Neto
RIO DE JANEIRO, RJ BRASIL
FEVEREIRO, 2010
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ii
COMPARAO DA PREVISO DO COMPORTAMENTO DE
RESERVATRIOS DE LEO PRODUZINDO SOB INFLUXO DE
GUA UTILIZANDO A EQUAO DO BALANO DE
MATERIAIS E SIMULAO NUMRICA
Ivan Landim Frota Leito Junior
PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE
ENGENHARIA DO PETRLEO DA ESCOLA POLITCNICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE
INTEGRANTE DOS REQUISITOS NECESSRIOS PARA A OBTENO DO
GRAU DE ENGENHEIRO DO PETRLEO.
Aprovado por:
__________________________________________
Prof. Paulo Couto, Dr. Eng. (Orientador)
__________________________________________ Prof. Abelardo de S Neto, Ph.D.
(Co-orientador)
__________________________________________ Prof. Armando Celestino Gonalves Neto, D. Sc.
RIO DE JANEIRO, RJ BRASIL
FEVEREIRO, 2010
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Leito Junior, Ivan Landim Frota
Comparao da Previso do Comportamento de
Reservatrios de leo Produzindo Sob Influxo de gua
Utilizando a Equao do Balano de Materiais e Simulao
Numrica / Ivan Landim Frota Leito Junior. Rio de
Janeiro: UFRJ/ Escola Politcnica, 2010.
XIII, 39p.: il.; 29,7 cm.
Orientadores: Paulo Couto, Abelardo de S Neto
Projeto de Graduao UFRJ/ Escola Politcnica/
Curso de Engenharia do Petrleo, 2010.
Referencias Bibliogrficas: p. 39.
1. Modelagem de Reservatrios. 2. Reservatrio com Influxo de gua. 3. Comparao com Modelagem computacional. I. Couto, Paulo et al. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politcnica, Curso de Engenharia do Petrleo. III. Titulo.
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iv
Agradecimentos
minha famlia, por acreditar em mim todo o momento e sempre me apoiar,
mesmo quando discordavam da deciso.
Computer Modeling Group (CMG Canad), pelo suporte dado a este
trabalho atravs da cesso da sute de softwares de simulao de reservatrios.
Aos professores Paulo Couto e Abelardo S, por estarem sempre a disposio,
terem pacincia e confiana em mim e por todos os ensinamentos que me foram
passados.
todos da turma de Engenharia de Petrleo, por terem feito os cinco anos da
faculdade serem inesquecveis, por tudo que me ensinaram, no s sobre engenharia, e
ainda vo ensinar.
todos que participaram do CR, por tudo que estudamos, decoramos e
esquecemos juntos, por me tornarem a pessoa que sou hoje e por me ensinarem o
companheirismo.
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v
Resumo do Projeto de Graduao apresentado Escola Politcnica/ UFRJ como parte
dos requisitos necessrios para a obteno do grau de Engenheiro de Petrleo.
Comparao da Previso do Comportamento de Reservatrios de leo Produzindo Sob
Influxo de gua Utilizando a Equao do Balano de Materiais e Simulao Numrica
Ivan Landim Frota Leito Junior
Fevereiro/2010
Orientadores: Paulo Couto
Abelardo de S Neto
Curso: Engenharia do Petrleo
No Brasil a quantidade de reservatrios que produzem sob influxo de gua grande.
funo do engenheiro de reservatrios realizar a anlise dos mesmos para previso do
comportamento. Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo analisar as equaes de
previso de produo para um reservatrio com mecanismo de influxo de gua,
verificando sua consistncia entre elas e em comparao com um caso prximo ao real.
Para criao desse caso foi utilizado o simulador comercial IMEX da CMG (Computer
Modeling Group Canada). A verso utilizada a 2008.10. Os resultados encontrados
so debatidos de maneira a analisar as limitaes do modelo de clculo.
Palavras-chave: Equao do Balano de Materiais, Influxo de gua, Previso da
Produo, Simulao numrica.
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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
Comparison of Production Forecast of a Oil Reservoir Producing by Water Influx
Using Material Balance Equation and Numerical Simulation
Ivan Landim Frota Leito Junior
February/2010
Advisor: Paulo Couto
Abelardo de S Neto
Course: Petroleum Engineering
In Brazil there is a large number of reservoirs producing by water influx. The reservoir
engineer is the responsible for production forecast. This work has the objective to
analyze the equations of production forecast for water influx reservoir, verifying there
consistency with themselves and with a case near to real. For this case it was used the
IMEX of CMG (Computer Modeling Group Canada). The version used is the 2008.10.
The results are discussed analyzing the limitations of the math model.
Keywords: Material Balance Equation, Water Influx, Production Forecast, Numeric
Simulation.
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Sumrio
Lista de Figuras.......................................................................................................... ix
Lista de Tabelas ......................................................................................................... xi
Nomenclatura ............................................................................................................ xii
1. Introduo ........................................................................................................... 1
1.1. Relevncia do tema........................................................................................ 1
1.2. Objetivos e metodologia ................................................................................ 1
1.3. Estrutura ........................................................................................................ 2
2. Engenharia de Reservatrios .............................................................................. 3
2.1. Mecanismos de Produo de Reservatrios .................................................... 3
2.1.1. Mecanismo de Influxo de gua ............................................................. 3
2.2. Equao de Balano de Materiais .................................................................. 5
2.3. Clculo do Influxo de gua ........................................................................... 6
2.3.1. Modelo de van Everdingen & Hurst ....................................................... 6
2.3.1.1. Equao da Difusividade Hidrulica .................................................. 7
2.3.1.2. Influxo de gua ............................................................................... 10
2.3.1.3. Superposio de Efeitos ................................................................... 11
2.3.2. Modelo de Carter-Tracy ....................................................................... 12
2.3.3. Comparao entre Modelos .................................................................. 12
2.3.4. Previso da Diferena de Presso no Contato ....................................... 15
3. Simulao Numrica no IMEX ......................................................................... 17
3.1. Simulador .................................................................................................... 17
3.2. Builder ........................................................................................................ 17
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viii
3.2.1. Reservatrio......................................................................................... 17
3.2.2. Componentes ....................................................................................... 19
3.2.3. Interao Rocha-Fluido ........................................................................ 21
3.2.4. Condies Iniciais ................................................................................ 23
3.2.5. Poos e Recorrentes ............................................................................. 23
3.3. IMEX .......................................................................................................... 23
3.4. Results......................................................................................................... 23
4. Comparao Entre a EBM e a Simulao Numrica ....................................... 26
4.1. Dados de Entrada......................................................................................... 26
4.2. Clculos da EBM do Reservatrio ............................................................... 29
4.3. Simulao do Reservatrio .......................................................................... 32
4.4. Comparao ................................................................................................ 35
5. Concluses ......................................................................................................... 37
6. Referncias Bibliogrficas................................................................................. 39
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ix
Lista de Figuras
Figura 2.1 - Reservatrio com Mecanismo de Influxo de gua (Rosa et al., 2006) ........ 4
Figura 2.2 - Modelo de Aqfero Radial (Rosa et al., 2006) .......................................... 7
Figura 2.3 - Grfico da presso adimensional em funo do raio e do tempo
adimensionais. ( 10eDr = ) ....................................................................................... 9
Figura 2.4 - Grfico do influxo adimensional em funo do tempo adimensional para
diferentes raios do aqfero. ................................................................................ 11
Figura 2.5 - Comparao entre os modelos de Everdingen & Hurst e Carter-Tracy para
21,91Dt = . ........................................................................................................ 13
Figura 2.6 - Comparao entre os modelos de Everdingen & Hurst e Carter-Tracy para
4,382Dt = . ....................................................................................................... 14
Figura 2.7 - Comparao entre os modelos de Everdingen & Hurst e Carter-Tracy para
1,0955Dt = . ...................................................................................................... 14
Figura 2.8 - Comparao entre os modelos de Everdingen & Hurst e Carter-Tracy para
0, 4382Dt = . ..................................................................................................... 15
Figura 3.1 Vista superior de um reservatrio com Grid Top ..................................... 18
Figura 3.2 Vista tridimensional de um reservatrio com Grid Top ............................ 18
Figura 3.3 Grfico da razo de solubilidade (sR ) e do fator volume-formao do leo (
oB ) em funo da presso ( p ) ............................................................................ 19
Figura 3.4 Grfico do fator de expanso do gs (g
E ) em funo da presso ( p ) ...... 20
Figura 3.5 Grfico das viscosidades do leo e do gs (o e g ) em funo da presso
( p ) ..................................................................................................................... 20
Figura 3.6 Grfico da permeabilidade relativa da gua (rwk ) e do leo em relao
gua (rowk ) em funo da saturao de gua ( wS ) ................................................ 21
Figura 3.7 Grfico da permeabilidade relativa do gs (rg
k ) e do leo em relao ao gs
(rog
k ) em funo da saturao de lquido ( lS )...................................................... 22
-
x
Figura 3.8 Grfico de 3 fases com a permeabilidade relativa do leo (rok ) em funo
das saturaes (wS , gS e oS ) ............................................................................... 22
Figura 3.9 Exemplo de grfico do Results Graph ...................................................... 24
Figura 3.10 Exemplo de grfico do Results 3D ......................................................... 25
Figura 4.1 Vista superior do modelo de comparao com Grid Top .......................... 27
Figura 4.2 Vista tridimensional do modelo de comparao com Grid Top ................ 27
Figura 4.3 Grfico da vazo obtida pelo mtodo de clculo ...................................... 32
Figura 4.4 Grfico da vazo obtida pelo IMEX ........................................................ 35
Figura 4.5 Grfico de vazes para comparao entre mtodos .................................. 36
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xi
Lista de Tabelas
Tabela 2-1 Variao da presso com o tempo ........................................................... 13
Tabela 4-1 Dados utilizados na soluo da EBM ...................................................... 28
Tabela 4-2 Tabela PVT ............................................................................................ 29
Tabela 4-3 Resultados da EBM ................................................................................ 31
Tabela 4-4 Resultados da simulao numrica .......................................................... 34
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xii
Nomenclatura
B Fator volume-formao ..............................................................................[]
c Compressibilidade .................................................................... [(kgf/cm2)-1]
dg Densidade do gs .......................................................................................[]
E Expanso em soluo .................................................................................[]
F Total de fluidos produzidos e injetados ................................................. [m3]
G Volume de gs ...................................................................................... [m3]
h Espessura ................................................................................................ [m]
IPinicial ndice de produtividade inicial .............................................................. [mD]
k Permeabilidade .................................................................................... [mD]
kr Permeabilidade relativa ..............................................................................[]
m Quociente entre volume original da capa de gs e de leo ..........................[]
N Volume de leo total ............................................................................. [m3]
p Presso ......................................................................................... [kgf/cm2]
pb Presso de bolha ............................................................................ [kgf/cm2]
pb Presso mnima do poo ................................................................ [kgf/cm2]
q Vazo ............................................................................................. [m3/dia]
R Razo de solubilidade ................................................................................[]
r Coordenada radial ................................................................................... [m]
W Volume de gua .................................................................................... [m3]
We Volume do influxo de gua ................................................................... [m3]
S Saturao ................................................................................................ [m]
T Temperatura ........................................................................................... [K]
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xiii
t Tempo .................................................................................................. [dia]
U Constante de influxo de gua do aqfero ............................... [m3/(kgf/cm2)]
Smbolos Gregos:
Diferena ............................................................................................... [psi]
Porosidade .................................................................................................[]
Viscosidade ........................................................................................... [cp]
Massa especfica .................................................................................. [ppg]
Subscritos:
( )D Adimensional
( )e Aqufero
( )i Condies Iniciais
( )w Fase gua
( )g Fase gs
( ) o Fase leo
( ) f Fase formao
( )inj Injetado
( )p Produzido
( )t Total
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1
1. Introduo
1.1. Relevncia do tema
Atualmente, o mundo se encontra em uma grande dependncia das energias
fsseis, principalmente o petrleo. Para melhorar obter essa energia e possibilitar o
desenvolvimento necessrio o estudo aprofundado de suas formas de produo para
prev-las e otimiz-las.
No setor de E&P existe uma grande incerteza sobre a produo total dos poos.
Sendo assim de grande importncia qualquer informao que possibilite a obteno de
parmetros nos reservatrios de leo. No Brasil um grande nmero de reservatrios tem
como mecanismo o influxo de gua, tornando-se essencial seu estudo. O
desenvolvimento destas tcnicas pode trazer desenvolvimento para a rea e um aumento
na produo de poos desse tipo.
Uma das funes do engenheiro de petrleo a engenharia de reservatrios, que
tem como objetivo a previso do comportamento do reservatrio, principalmente prever
a produo do mesmo, e a otimizao desta. Devido s diferenas entre os vrios tipos
de reservatrios, esse estudo focar nos reservatrios com influxo de gua, principal
ocorrncia na Bacia de Campos.
Com as vrias equaes, que se encontram nos livros, e softwares, que se esto
no mercado, a verificao destes essencial antes da utilizao. de extrema
importncia que se confie nas equaes e softwares utilizados. No caso de um erro na
sada desses dados milhes de dlares podem ser perdidos devido uma previso mal
realizada.
1.2. Objetivos e metodologia
O principal objetivo do estudo a checagem das equaes do balano de materiais
mais utilizadas para previso do comportamento de reservatrios com influxo de gua.
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2
Uma comparao entre equaes tambm realizada. Para isso, o software Wolfram
Mathematica, verso 7.0, utilizado.
Para a comparao com o caso que se aproxime do real utilizado um simulador
comercial para gerar dados sintticos de produo. utilizado o software IMEX da
CMG (Computer Modeling Group Canada). A verso utilizada a 2008.10.
Obtendo-se os resultados tanto para a Equao do Balano de Materiais e a
Simulao Numrica sero comparadas os dados de sada para verificar essa previso, e
verificar a confiabilidade dos clculos com um caso mais prximo do real possvel.
As diferenas de resultados sero discutidas buscando-se encontrar o motivo para
essa limitao. Esse motivo pode ser tanto uma incerteza devido limitao de dados de
entrada, como algo que no estava previsto no modelo.
1.3. Estrutura
A estrutura utilizada para organizao do trabalho feita seguindo a diviso de
captulos, que sero detalhados abaixo.
O Captulo 2 apresenta e explica todos os modelos e equaes que sero utilizadas
para os clculos. Nele tambm sero comparados diferentes mtodos de soluo entre si,
para verificar-se a preciso dos mtodos.
O Captulo 3 resume a metodologia adotada para a implementao do modelo e
mostra os dados de entrada que so necessrios, permitindo notar a preciso do mesmo
em relao ao modelo de clculo. Desta forma, os resultados da simulao tambm so
apresentados, mostrando assim a estrutura que se utiliza.
O Captulo 4 mostra uma comparao entre os modelos. Uma situao prtica
apresentada e ambos os modelos so utilizados para obteno de resultados. Esses
resultados so comparados e justificativas so apresentadas.
O Captulo 5 expe as concluses encontradas em todo o trabalho, fechando assim
a discusso.
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3
2. Engenharia de Reservatrios
2.1. Mecanismos de Produo de Reservatrios
Um reservatrio de petrleo, normalmente, possui um mecanismo primrio de
produo. Esses mecanismos so naturais e so resultantes de todas as circunstncias
pelas quais a jazida passou.
Os cinco mecanismos primrios de produo, como explicado em Rosa et al.,
2006, so:
I. Mecanismo de Gs em Soluo;
II. Mecanismo de Capa de Gs;
III. Mecanismo de Influxo de gua;
IV. Mecanismo Combinado;
V. Mecanismo de Segregao Gravitacional.
Neste trabalho somente ser descrito o mecanismo de influxo de gua.
2.1.1. Mecanismo de Influxo de gua
Para que este tipo de mecanismo ocorra necessrio que a formao que contem
o leo esteja ligada a uma grande acumulao de gua.
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4
Figura 2.1 - Reservatrio com Mecanismo de Influxo de gua (Rosa et al., 2006)
A influncia do aqfero no reservatrio se d com a queda de presso do
mesmo. Quando isso ocorre, a gua sofre uma expanso tomando parte do espao que
antes era ocupado pelo leo.
Vale ressaltar que a compressibilidade da gua muito pequena e a influncia
do aqfero s relevante quando esse de grandes propores.
O aqfero pode ser classificado de diferentes maneiras dependendo do seu
tamanho e da sua interao com o exterior.
I. Aqfero Infinito: quando a proporo do aqfero muito maior que a do
reservatrio de leo.
II. Aqfero Finito Selado: quando o aqfero proporcional ao reservatrio.
Como mostrado na Figura 2.1.
III. Aqfero Finito Realimentado: quando o aqfero proporcional ao
reservatrio, porm existe uma entrada externa de gua que o alimenta
quando sua presso cai.
O aqfero aqui citado ser o finito selado, por ser mais freqente e, alm disso,
poder ser facilmente extrapolado para o aqfero infinito.
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5
2.2. Equao de Balano de Materiais
Como explicado em Rosa et al., 2006, uma das equaes mais importantes para
previso do comportamento de um reservatrio a Equao de Balano de Materiais
(EBM). Dela pode-se obter o volume total de leo tendo conhecimento das principais
propriedades do reservatrio e do fluido, alm de seu histrico de produo e de
presso.
,( )o g f w eF N E mE E W= + + + (1)
Sabemos que
[ ( ) ]p t p si g p w inj winj inj ginj
F N B R R B W B W B G B= + + (2)
onde, N o volume de leo total, oE a expanso do leo e do gs em soluo, m o
quociente entre o volume original da capa de gs e o volume de leo, g
E a expanso
do gs na capa, ,f wE a expanso da formao e da gua conata e eW o influxo de
gua. F a representao dos fluidos produzidos e injetados no reservatrio.
pN o volume de leo produzida, tB o fator volume-formao total do leo,
pR razo gs/leo acumulado, siR a razo gs/leo de soluo inicial, gB o fator
volume-formao do gs, pW o volume de gua produzido, wB o fator volume-
formao da gua, inj
W o volume de gua injetado, winj
B o fator volume-formao da
gua injetada, inj
G o volume de gs injetado e ginj
B o fator volume-formao do gs
injetado.
No caso estudado pode-se simplificar a equao removendo a existncia de capa
de gs ( 0m = ) e desconsiderando a compressibilidade da formao e da gua conata
( , 0f wE ).
eo o
WFN
E E= + (3)
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6
Considerando que no poo no temos nenhuma espcie de injeo ( 0inj
W = e
0inj
G = ) e o gs em soluo irrelevante em considerao ao influxo e se mantm
constante durante toda a produo (si s p
R R R= = ). Alm disso, o fator volume de
formao total pode ser escrito da forma:
( )t o si s g
B B R R B= + (4)
onde oB o fator volume-formao do leo. Ento, pode-se dizer que:
t oB B= (5)
O que define o sistema de fluidos do reservatrio de forma:
p o p w
F N B W B= + (6)
Juntando as equaes (3) e (6) tem-se:
p o p w e
o o
N B W B WN
E E
+= + (7)
2.3. Clculo do Influxo de gua
Vale lembrar que todos os modelos apresentados adiante so uma forma de
soluo para a EBM, eles so fontes de estudos e testes que possuem validaes que
podem ser checadas em suas referncias.
2.3.1. Modelo de van Everdingen & Hurst
O modelo de van Everdingen & Hurst, foi criado pelos prprios em van
Everdingen & Hurst, 1949 e considerado o mais preciso para o clculo do influxo de
gua. Para sua soluo utiliza-se a Equao da Difusividade Hidrulica prevendo assim
a queda de presso e conseqente movimentao dos fluidos no interior no reservatrio
de petrleo.
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2.3.1.1. Equao da Difusividade Hidrulica
A Equao da Difusividade Hidrulica uma Equao Diferencial Parcial
(E.D.P.) que prev a alterao da presso em funo do raio e do tempo. Para
simplificao ser utilizado a equao com as variveis adimensionais.
O modelo adimensional modelo gerado por algumas operaes matemticas de
maneira que simplifique e generalize a Equao da Difusividade Hidrulica. Dessa
forma, ela fica s em funo da presso adimensional (Dp ), do raio adimensional ( Dr ) e
do tempo adimensional (Dt ).
Figura 2.2 - Modelo de Aqfero Radial (Rosa et al., 2006)
iD
o
p pp
p
=
(8)
D
o
rr
r= (9)
2D
t o
ktt
c r= (10)
onde, ip a presso inicial no reservatrio, op a queda de presso no contato leo-
gua e p a varivel da presso. or o raio do reservatrio de leo e r a varivel
-
8
radial. k a permeabilidade, a porosidade da formao, a viscosidade do leo,
tc a compressibilidade total ( t w fc c c= + , soma da compressibilidade da gua e da
formao) e t a varivel do tempo.
A Equao da Difusividade Hidrulica fica:
2
2
1D D D
D D D D
p p p
r r r t
+ =
(11)
Para solucionar a E.D.P. utiliza-se a Condio Inicial, que impem no incio
( 0t = ) a presso no reservatrio sendo a inicial (ip p= ), a Condio de Contorno
Interna, que assume a diferena de presso no contato igual queda de presso no
contato ( ( )i o op p r p = ).
( ; 0) 0D D Dp r t = = (12)
( 1; ) 1D D Dp r t= = (13)
Alm dessas condies utilize-se a Condio de Contorno Externa, essa varia
nos trs diferentes tipos de aqferos. No caso utilizaremos a condio para aqfero
finito selado, que impem a inexistncia de fluxo no limite externo do reservatrio.
1e
Do
D
rD rr
p
r=
=
(14)
Para resolver a E.D.P. foi utilizado a mtodo de Laplace em relao ao tempo
adimensional, deixando a equao da forma:
2
2
1D DD
D D D
ps pss ps
r r r
+ =
(15)
sendo Dps a presso transformada e sendo funo somente do raio adimensional ( Dr )
e s a varivel de Laplace. A Equao (15) conhecida como Equao Modificada de
Bessel e sua soluo no domnio de frequncias conhecida na literatura (Ozisik, 1968):
( ) 1 2, (0, ) (0, )D D D Dps r s BesselI r s C BesselK r s C= + (16)
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9
onde 1C e 2C so constantes obtidas pela aplicao das condio de contorno.
Para inverso de Laplace utiliza-se o mtodo de Stehfest, como pode ser visto
em Stehfest, 1970. A soluo da forma:
( ) ( )1
(2) (2), , ,
Ni
D D D D D
iD D
Ln Lnp r t V i Ni ps r i
t t=
=
(17)
onde
( ) ( )( )
( ) ( )
, 12 2
2
21int
2
2 !, 1
! ! ( )! 2 !2
Ni NiMin i
Nii
ik
k kV i Ni
Nik i k k i
k
+
+
+ =
=
(18)
onde k e i so simplesmente contadores e Ni uma constante entre 8 e 16, no caso foi
utilizada como 8.
Desta soluo obteve-se o grfico da presso adimensional em funo do raio e
do tempo adimensionais, como na Figura 2.3. Esse grfico diferente para cada raio
adimensional do aqfero (eDr ).
Figura 2.3 - Grfico da presso adimensional em funo do raio e do tempo
adimensionais. ( 10eDr = )
-
10
2.3.1.2. Influxo de gua
O influxo de gua fica dependente de sua forma adimensional, da queda no
contato leo-gua e da constante de influxo de gua do aqfero (U ).
( )e o D DW U p W t= (19)
22t o
U c hr= (20)
0
1
D
D
tD
D D D
D r
pW r dt
r=
=
(21)
Para soluo da equao (21) necessrio resolver da mesma maneira que a
presso, utilizando a Transformada de Laplace a transformada do influxo fica da forma:
( ) 1, D
D
D r
D D
ps
rWs r s
s
=
= (22)
onde DWs a transformada do influxo.
O mtodo de Stehfest tambm utilizado para a inverso da Transformada de
Laplace.
( ) ( )1
(2) (2), , ,
Ni
D D D D D
iD D
Ln LnW r t V i Ni Ws r i
t t=
=
(23)
onde
( ) ( )( )
( ) ( )
, 12 2
2
21int
2
2 !, 1
! ! ( )! 2 !2
Ni NiMin i
Nii
ik
k kV i Ni
Nik i k k i
k
+
+
+ =
=
(24)
Pode-se analisar o comportamento do influxo adimensional em funo do tempo
para diferentes raios adimensionais do aqfero. Como se pode observar na Figura 2.4.
-
11
Figura 2.4 - Grfico do influxo adimensional em funo do tempo adimensional para
diferentes raios do aqfero.
Com isso pode-se calcular o influxo do aqfero, contudo, a considerao
utilizada de que a queda de presso no contato leo gua no pode ser feita, sendo assim
ser corrigida pelo princpio da superposio.
2.3.1.3. Superposio de Efeitos
O Princpio da Superposio de Efeitos realiza a soma dos diferentes influxos
para cada tempo. Isso ocorre devido alterao da presso no contato.
0
( ) ( )Dt
e D D D D DW U W t p d = (25)
Temos que DW a vazo adimensional (a derivada do influxo adimensional) e
( ) ( )ip t p p t = a variao entre a presso inicial e a presso do contato no tempo t .
-
12
2.3.2. Modelo de Carter-Tracy
O modelo de Carter-Tracy, como apresentado em Carter & Tracy, 1960,
derivado do modelo de van Everdingen & Hurst, j considerando a superposio de
efeito. Porm, devido suas aproximaes a forma de clculo extremamente mais
simples e rpida.
Esse modelo no se restringe a uma geometria especfica de reservatrio, sendo
somente necessrio saber o comportamento da presso adimensional em funo do
tempo, o que varia com o tipo de fluxo e geometria. Essas equaes da presso
adimensional podem ser encontradas como soluo da Equao de Difusividade
Hidrulica.
O clculo do influxo de gua no modelo de Carter-Tracy da forma
11 11
( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )
( ) ( )Dj e Dj D Dj
e Dj e Dj Dj Dj
D Dj Dj D Dj
U p t W t p tW t W t t t
p t t p t
= +
(26)
Precisa-se, contudo, determinar o melhor time step (Dt ) a ser usado, pois isso
afetar a preciso do modelo. Para a comparao sero utilizados diferentes tempos
adimensionais.
2.3.3. Comparao entre Modelos
Os dois modelos apresentados sero comparados na resoluo de um caso
especfico, no modelo de Carter-Tracy sero checados diferentes time steps.
Os dados foram tirados de Rosa et al., 2006 e so:
6096er m=
762or m=
18,3h m=
0, 22 =
-
13
100k md=
0,30cp =
( )16 299,6 10 /tc kgf cm
=
Tabela 2-1 Variao da presso com o tempo
( )t d 0 100 200 300 400 500
( )2/p kgf cm 246,13 245,43 244,44 243,18 242,19 240,51
Figura 2.5 - Comparao entre os modelos de Everdingen & Hurst e Carter-Tracy para
21,91Dt = .
-
14
Figura 2.6 - Comparao entre os modelos de Everdingen & Hurst e Carter-Tracy para
4,382Dt = .
Figura 2.7 - Comparao entre os modelos de Everdingen & Hurst e Carter-Tracy para
1,0955Dt = .
-
15
Figura 2.8 - Comparao entre os modelos de Everdingen & Hurst e Carter-Tracy para
0, 4382Dt = .
A instabilidade existente nos grficos para tempos muito pequenos gerada pelo
modelo de Everdingen & Hurst. Essa instabilidade devido ao mtodo de Stehfest
utilizado, que para tempos muito pequenos gera problemas com o somatrio presente
neste.
Pode-se notar uma grande diferena entre os dois modelos para 21,91Dt = ,
contudo ela diminui com a diminuio de Dt , sendo mnima j em 1,0955Dt = .
Contudo, nota-se pouca diferena, quando se compara 4,382Dt = e 1,0955Dt = .
Sendo assim utilizou-se, no mnimo, 4,382Dt = para as anlises seguintes.
2.3.4. Previso da Diferena de Presso no Contato
O modelo de Carter-Tracy, assim como os outros, possui uma maneira de prever
a diferena de presso no contato leo/gua (op ) em funo do tempo. Isso
importante, pois permite que se obtenha o influxo (eW ) e a presso ( p ) tendo como
entrada a produo de leo, pN .
-
16
1
1
1
1
( ) ( )( ) ( ) ( )
( ) ( )( )
( )( ) ( )
D Dj Dj D Dj
p Dj oi p Dj e Dj
D Dj Dj D Dj
Dj
Dj Dj
oi eo p Dj o
D Dj Dj D Dj
p t t p tN t B W t W t
p t t p tp t
t tB Nc N t c U
p t t p t
+
=
+
(27)
onde oiB o fator volume de formao inicial, eoc a compressibilidade efetiva do leo
e dada pela equao:
1
o o w w f
eo
w
c S c S cc
S
+ +=
(28)
onde oS a saturao de leo, wS a saturao de gua, oc a compressibilidade do
leo e wc a compressibilidade da gua.
-
17
3. Simulao Numrica no IMEX
Para realizao da simulao numrica utilizaremos o software IMEX da CMG
(Computer Modeling Group Canada) verso 2008.10. Para isso ser necessrio a
preparao do modelo anteriormente discutido no software.
3.1. Simulador
O software da CMG possui trs simuladores nele:
IMEX;
GEM;
STARS.
Como a produo ser realizada devido ao influxo de gua, o simulador
utilizado ser o IMEX. Os outros simuladores servem para mtodos de recuperao
especiais, como injeo de vapor ou surfactantes.
3.2. Builder
Para rodar o simulador da CMG necessrio preparar o reservatrio em um
software chamado de Builder. Nesse software damos entrada a todas as propriedades e
configurao do reservatrio.
3.2.1. Reservatrio
O formato do reservatrio e as subdivises utilizadas (grid) o primeiro dado de
entrada pedido pelo Builder. Os dados de permeabilidade e porosidade entram na etapa
de determinao do reservatrio, assim como o tipo de aqfero simulado.
-
18
Figura 3.1 Vista superior de um reservatrio com Grid Top
Figura 3.2 Vista tridimensional de um reservatrio com Grid Top
-
19
3.2.2. Componentes
Para definir os componentes utilizados precisa-se escolher o modelo que ser
utilizado para os clculos. No caso o modelo o Black Oil, j que simula-se um
reservatrio de leo, com o influxo de gua. A outra opo seria Gas/Water, caso fosse
um reservatrio de gs.
Nesse ponto necessrio entrar com propriedades dos fluidos envolvidos, leo,
gs e gua. Como o modelo Black Oil est sendo utilizado, as propriedades requeridas
no so as composies, mas densidades e temperatura, por exemplo.
Dos dados de entrada o prprio programa imprime a tabela PVT do leo e do
gs. Disponibilizando a razo de solubilidade (sR ), o fator volume-formao do leo (
oB ), o fator de expanso do gs ( gE ), as viscosidades do leo e do gs ( o e g ) e a
compressibilidade do leo (oc ) para diferentes valores de presso ( p ).
Abaixo seguem alguns exemplos dos grficos gerados pelo Builder.
Figura 3.3 Grfico da razo de solubilidade (sR ) e do fator volume-formao do leo (
oB ) em funo da presso ( p )
-
20
Figura 3.4 Grfico do fator de expanso do gs (gE ) em funo da presso ( p )
Figura 3.5 Grfico das viscosidades do leo e do gs (o e g ) em funo da presso
( p )
-
21
3.2.3. Interao Rocha-Fluido
Nesta etapa os dados de saturao e permeabilidades relativas so acrescentados
a simulao. comum, nesta etapa, a entrada de dados para alimentar correlaes que
fornecem as permeabilidades relativas em funo das saturaes.
Figura 3.6 Grfico da permeabilidade relativa da gua (rwk ) e do leo em relao
gua (rowk ) em funo da saturao de gua ( wS )
-
22
Figura 3.7 Grfico da permeabilidade relativa do gs ( rgk ) e do leo em relao ao gs
(rogk ) em funo da saturao de lquido ( lS )
Figura 3.8 Grfico de 3 fases com a permeabilidade relativa do leo (rok ) em funo
das saturaes (wS , gS e oS )
-
23
3.2.4. Condies Iniciais
As condies iniciais so estabelecidas de acordo com os fluidos no reservatrio,
no caso, somente leo e gua. Os dados de entrada so a presso original do
reservatrio, a profundidade e a profundidade do contato leo/gua, alm de definir o
ponto de bolha.
3.2.5. Poos e Recorrentes
Nesta fase so definidas as posies dos poos, que no caso somente um, e as
datas onde ocorrem eventos, por exemplo, abertura ou fechamento de um determinado
poo. Nesse momento se definem em quais camadas o poo vai produzir, sua vazo
mxima e presso mnima.
3.3. IMEX
Aps a construo do modelo no Builder, gerando um arquivo com extenso dat,
se passa o arquivo para o IMEX e esse ser simulado. A simulao realizada vai at a
ltima data definida na parte de Poos e Recorrentes, sendo assim importante defini-la
com ateno.
O IMEX libera trs arquivos de sada, com as extenses irf, mrf e out. O arquivo
com extenso irf utilizado para ver os grficos desejados e o out para verificao de
dados especficos de cada perodo.
O arquivo de extenso out pode ser visualizado pelo bloco de notas do
Windows, no possuindo nenhuma dificuldade. O arquivo irf precisa ser aberto em um
programa do CMG chamado Results.
3.4. Results
-
24
Existem dois tipos de arquivos para a leitura dos dados com extenso irf, seus
nomes so Results Graph e Results 3D. O Results Graph apresenta os grficos do
reservatrio possuindo, por exemplo, vazo e produo acumulada. O Results 3D
permite a visualizao do reservatrio em 3D e a alterao dos parmetros com o
tempo, por exemplo, saturao dos fluidos e presso em cada regio.
Figura 3.9 Exemplo de grfico do Results Graph
-
25
Figura 3.10 Exemplo de grfico do Results 3D
-
26
4. Comparao Entre a EBM e a Simulao Numrica
Para realizao da comparao, ser utilizado um modelo simples. Esse modelo
foi escolhido por permitir uma melhor comparao com a equao dado que a mesma
regida para tal tipo de interao. Como a inteno estudar de maneira mais exata
possvel a frmula de Carter-Tracy no se utilizou mais de um poo, que ampliaria os
erros e incertezas na anlise.
4.1. Dados de Entrada
O caso utilizado foi gerado no IMEX e preparado para clculo na EBM. Os
dados utilizados para o modelo esto apresentados a seguir.
A Figura 4.1 mostra o reservatrio em vista superior, vale ressaltar que o IMEX
no representa o aqfero, ficando assim s com a zona de leo. A Figura 4.2 uma
representao tridimensional do reservatrio. Ambas as figuras so de Grid Top, que a
profundidade onde se encontra a parte superior do grid.
-
27
Figura 4.1 Vista superior do modelo de comparao com Grid Top
Figura 4.2 Vista tridimensional do modelo de comparao com Grid Top
-
28
Tabela 4-1 Dados utilizados na soluo da EBM
er 6092m
or 750m
h
8,0m
0,22
k
100md
w 0,75cp
fc ( )16 248,3 10 /kgf cm
wc ( )16 242, 45 10 /kgf cm
( 0)p t =
2246,13 /kgf cm
o 3813 /kg m
w 31097 /kg m
gd 0,834
wB 1,01
bp 2101,97 /kgf cm
min pp 22,039 /kgf cm
IPinicial
3 20,2( / ( ( / ))m d kgf cm
-
29
Tabela 4-2 Tabela PVT
P (kPa) P (kgf/cm2) Bo o (cp)
10000 101,97 1,25 0,649
11000 112,16 1,27 0,614
12000 122,36 1,28 0,579
13000 132,56 1,31 0,517
14000 142,76 1,32 0,506333
15000 152,95 1,33 0,495667
16000 163,15 1,34 0,485
17000 173,35 1,35 0,474333
18000 183,54 1,36 0,463667
19000 193,74 1,37 0,453
20000 203,94 1,38 0,442333
25000 254,92 1,43 0,389
27500 280,41 1,46 0,362333
30000 305,90 1,48 0,335667
35000 356,89 1,53 0,2823333
No foi utilizada uma vazo de produo mxima devido ao ndice de
Produtividade ( IPinicial ) muito pequeno e porque a inteno dessa anlise puramente
terica.
O modelo apresentado ser rodado por 30 anos. Sendo os dados obtidos anuais,
para ambos os mtodos, tanto pelo clculo quanto pelo simulador.
A produo acumulada de gua ( pW ) ser desconsiderada por ser insignificante
em um modelo de tal simplicidade.
4.2. Clculos da EBM do Reservatrio
Para realizao dos clculos do reservatrio sero realizadas algumas iteraes
da seguinte maneira.
-
30
Primeiro ser calculado o p , usando como entrada a pN do tempo anterior.
Com isso, se calcula ep para o clculo da q , pela equao de Darcy. Com a vazo
calcula-se pN ( pN qdt= ). Isso se repete at a variao de p ser suficientemente
pequena. Aps encontrar p , acha-se eW e o ltimo pN . Esses clculos sero
realizados para cada tempo, que no caso anual.
Os resultados das contas se encontram a seguir:
-
31
Tabela 4-3 Resultados da EBM
Ano Vazo de leo
(m3/d) Np (m3) Delta P (kgf/cm2) P (kgf/cm2) We (m3)
1 48,36 17651 1,559 244,570 23800
2 48,27 35272 1,846 244,28 48616
3 48,23 52878 1,987 244,14 73530
4 48,20 70474 2,084 244,04 98466
5 48,18 88061 2,158 243,97 123410
6 48,16 105642 2,219 243,91 148356
7 48,15 123218 2,270 243,86 173303
8 48,14 140789 2,314 243,81 198249
9 48,12 158356 2,352 243,77 223193
10 48,11 175920 2,387 243,74 248136
11 48,10 193480 2,418 243,71 273077
12 48,10 211037 2,446 243,68 298016
13 48,09 228591 2,473 243,65 322953
14 48,08 246142 2,497 243,63 347888
15 48,08 263692 2,519 243,61 372821
16 48,07 281239 2,540 243,58 397752
17 48,06 298783 2,560 243,56 422682
18 48,06 316326 2,579 243,55 447609
19 48,05 333867 2,596 243,53 472535
20 48,05 351407 2,613 243,51 497459
21 48,04 368944 2,629 243,50 522381
22 48,04 386480 2,644 243,48 547303
23 48,03 404014 2,660 243,46 572230
24 48,03 421547 2,677 243,45 597192
25 48,02 439077 2,696 243,43 622205
26 48,02 456606 2,712 243,41 647254
27 48,01 474133 2,728 243,40 672334
28 48,01 491658 2,745 243,38 697466
29 48,01 509182 2,758 243,37 722615
30 48,01 526705 2,768 243,36 747754
-
32
O grfico da vazo ser utilizado para comparaes por ser o mais preciso. Sabe-
se que o mais importante saber a produo acumulada, porm a produo ter uma
discrepncia cada vez maior, devido s vazes diferentes. Como essa diferena s
gerada pela vazo ser utilizado esse grfico.
Figura 4.3 Grfico da vazo obtida pelo mtodo de clculo
Pode-se notar uma queda muito sutil na vazo e de maneira continua, no
apresentando distores.
4.3. Simulao do Reservatrio
Poucos dados foram inseridos no simulador, usando-se o modelo simples para a
comparao. A nica diferena a unidade de presso que o simulador utiliza como
kPa. A converso utilizada foi 21 / 98,07kgf cm kPa= .
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0 5 10 15 20 25 30 35
Va
zo
(m
3/d
)
Tempo (anos)
Vazo pela EBM
-
33
Os resultados encontrados se apresentam na tabela abaixo. O foco foi dado na
vazo e na produo acumulada.
-
34
Tabela 4-4 Resultados da simulao numrica
Ano Vazo de leo (m3/d) Np (m3)
1 45,91 16765
2 45,90 33520
3 45,89 50272
4 45,88 67067
5 45,88 83813
6 45,87 100558
7 45,87 117301
8 45,87 134089
9 45,86 150829
10 45,86 167569
11 45,86 184307
12 45,86 201091
13 45,85 217827
14 45,85 234563
15 45,85 251298
16 45,85 268078
17 45,84 284812
18 45,84 301545
19 45,84 318278
20 45,84 335056
21 45,84 351788
22 45,84 368519
23 45,84 385249
24 45,84 402025
25 45,83 418755
26 45,83 435484
27 45,83 452213
28 45,83 468987
29 45,83 485715
30 45,83 502443
-
35
J se pode notar a diferena entre as vazes dos dois modelos.
Figura 4.4 Grfico da vazo obtida pelo IMEX
4.4. Comparao
Antes de qualquer comentrio importante a visualizao das duas vazes em
um mesmo grfico, de maneira que se facilite a comparao.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0 5 10 15 20 25 30 35
Va
zo
(m
3/d
)
Tempo (anos)
Vazo pelo Simulador
-
36
Figura 4.5 Grfico de vazes para comparao entre mtodos
Pode-se perceber que o mtodo de clculo funcionou praticamente como o
esperado. A diferena que se apresenta no to grande se compararmos a capacidade
de resoluo de variveis que o simulador tem em comparao com os clculos simples
apresentados no outro mtodo. Essa diferena produto de uma melhor preciso que o
simulador possui por receber mais variveis.
Nota-se que a queda na vazo praticamente a mesma, o que s demonstra a
capacidade de resoluo do problema.
Dessa forma checou-se a preciso do mtodo existente em comparao com o
simulador que j consagrado na indstria.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0 5 10 15 20 25 30 35
Va
zo
(m
3/d
)
Tempo (anos)
Vazes Comparadas
Vazo dada pelo simulador numrico Vazo dada pela EBM
-
37
5. Concluses
Para escolha de modelos para influxo de gua o modelo de Carter-Tracy se
mostrou bastante preciso comparando-se com o modelo de Everdingen & Hurst. Os
clculos realizados posteriormente fazendo parte do modelo criavam a possibilidade de
uma iterao para obteno dos dados desejados. Utilizando um nmero razovel de
perodos de tempo os clculos pelo modelo tornavam-se quase to exatos quanto o mais
preciso.
Comparando-se os resultados encontrados nos clculos e no simulador pode-se
notar que o modelo de Carter-Tracy cumpre perfeitamente seu objetivo, dando de
maneira aproximada o que se propem a prever.
possvel se utilizar o Carter-Tracy, sem nenhuma dvida, mas necessrio
saber as limitaes do modelo e utilizar outro modelo caso seja necessrio. Um estudo
prvio, verificando essas limitaes necessrio para todas as simulaes que forem
feitas.
O simulador apresentou os dados com preciso, mostrando ser condizente com o
esperado e com as equaes consagradas. Assim a confiabilidade do simulador
manteve-se em alta.
Por no possuir dados reais no se pde checar o simulador, porm seus
resultados atuaram de maneira esperada, dando assim credibilidade ao mesmo. A
quantidade de dados de entrada mostra a preciso com que os clculos devem estar
sendo feitos.
possvel prosseguir com esses estudos analisando todos os parmetros por
algumas vises diferentes e principalmente de maneira mais prtica. Verificando no s
o estudo at o momento, como ampliando os horizontes do mesmo.
A possibilidade de anlise para mais poo uma maneira interessante de
verificar o comportamento do Mtodo de Carter-Tracy, sofrendo interferncia dos poos
prximos.
-
38
Verificar como Carter-Tracy se comporta em modelos de diferentes formatos
pode ser uma opo para o estudo, verificando o quanto confivel o mesmo. Pode-se
tambm alterar o tipo de aqfero, para infinito e para realimentado, verificando as
limitaes.
Esse mesmo estudo poderia ser feito para os diferentes mtodos existentes, j
que se sabe que o mtodo de van Everdingen & Hurst e o Carter-Tracy no so os
nicos utilizados.
Uma anlise de um reservatrio real comparando-se ambos os modelos seria
uma oportunidade para chegar no s como Carter-Tracy segue a EBM, como tambm
de verificar a simulao do IMEX. Certamente teria que ser um poo bem conhecido,
para garantir que nenhum dado de entrada estivesse errado, mesmo assim essa
experincia daria credibilidade aos resultados.
Por ltimo, seria de grande importncia um mtodo que utiliza-se as equaes
apresentadas para realizar uma regresso, obtendo-se os parmetros de entrada.
comum, para licitao de poos marginais que a empresa s possua os dados de
produo, isso permitiria que pela regresso esta obtivesse dados que de maneira
contrria precisaria de testes de formao que custariam muito mais, alm de diminuir o
risco j que esses dados podem ser obtidos antes de ser feito o leilo para concesso do
bloco.
-
39
6. Referncias Bibliogrficas
CARTER, R. D. & TRACY, G. W. An Improved Method for Calculating Water
Influx. J. Pet. Tech., 1960.
OZISIK, N. M. Boundary Value Problems of Heat Conduction. Dover Phoenix
Editions, International Textbook Co., 1968.
ROSA, A. J., CARVALHO, R. S., XAVIER, J. A. D. Engenharia de Reservatrios de
Petrleo. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Intercincia, 2006.
STEHFEST, H. Algorithm 386, Numerical Inversion of Laplace Transforms D5.
Communications of the ACM, 1970.
THOMAS, J. E. (org.) Fundamentos de Engenharia de Petrleo. 2. ed. Rio de
Janeiro: Editora Intercincia, 2004.
VAN EVERDINGEN, A. F. & HURST, W. The Application of the Laplace
Transformation to Flow Problems in Reservoirs. Trans. AIME, 1949.
-
ANEXO 1
-
In[1]:= Off@General::spellDOff@General::spell1D
In[3]:= SetDirectory@"C:\\Users\\Owner\\Desktop\\Faculdade\\Projeto Final\\Aquiferos\\Comparao Everdingen
Carter"DOut[3]= C:\Users\Owner\Desktop\Faculdade\Projeto Final\Aquiferos\Comparao Everdingen Carter
Definio do problema
Considerando que rE e rO so constantes. Preferi defin-los agora.
In[4]:= EDP = rD,rDPD@rD, tDD +1
rD rDPD@rD, tDD tDPD@rD, tDD;
In[5]:= CI = PD@rD, tDD 0 . tD 0;
In[6]:= CCI = PD@rD, tDD 1 . rD 1;
In[7]:= CCE = rDPD@rD, tDD 0 . rD reD;
Vamos aplicar Laplace.
In[8]:= LaplaceTransform@EDP, tD, sD
Out[8]=
LaplaceTransformAPDH1,0L@rD, tDD, tD, sErD
+ LaplaceTransformAPDH2,0L@rD, tDD, tD, sE
s LaplaceTransform@PD@rD, tDD, tD, sD PD@rD, 0D
In[9]:= Unprotect@LaplaceTransformD;LaplaceTransform@PD@rD_, tD_D, tD_, sD := PS@rDDLaplaceTransform@Derivative@n_, 0D@PDD@rD_, tD_D, tD_, sD := Derivative@nD@PSD@rDD;Protect@LaplaceTransformD;
In[13]:= EDPs = LaplaceTransform@EDP, tD, sD . ToRules@CID;
In[14]:= EDP
Out[14]=
PDH1,0L@rD, tDDrD
+ PDH2,0L@rD, tDD PDH0,1L@rD, tDD
In[15]:= EDPs
Out[15]=
PS@rDDrD
+ PS@rDD s PS@rDD
In[16]:= CCIs = LaplaceTransform@CCI, tD, sDCCEs = LaplaceTransform@CCE, tD, sD
Out[16]= PS@1D 1
s
Out[17]= PS@reDD 0
In[18]:= DSolve@EDPs, PS@rDD, rDD FullSimplify
Out[18]= ::PS@rDD BesselIB0, rD s F C@1D + BesselYB0, rD s F C@2D>>
-
In[19]:= Unprotect@BesselYD;BesselYBn_, rD_ s_ F := BesselKBn, rD s F;Protect@BesselYD;
In[22]:= Sol = DSolve@EDPs, PS@rDD, rDD FullSimplify Flatten
Out[22]= :PS@rDD BesselIB0, rD s F C@1D + BesselKB0, rD s F C@2D>
In[23]:= PS1@rD_D = PS@rDD . Sol
Out[23]= BesselIB0, rD s F C@1D + BesselKB0, rD s F C@2D
In[24]:= PS1@1D
Out[24]= BesselIB0, s F C@1D + BesselKB0, s F C@2D
In[25]:= Plot@BesselI@0, xD, 8x, 0, 10
-
Mtodo Stehfest
In[29]:= Ni = 8;
In[30]:= V@i_, NN_D =
H1Li+NN2 k=Floor@Hi+1L2D
Min@i,NN2DIk1+NN2 H2 kL!M IHNN 2 kL! Hk!L2 Hi kL! H2 k iL!M;
In[31]:= PD@rD_, reD_, tD_D = Log@2D tD i=1
Ni
V@i, NiD PSf@rD, reD, HLog@2D tDL iD;
In[32]:= PDrDtD = Plot3D@PD@rD, 10, tDD, 8rD, 1, 10
-
In[43]:= P1 = LogLinearPlot@WD@t, 1.5D, 8t, 0.1, 100
-
In[53]:= Pa = Interpolation@DadosPD;
In[54]:= P2 = Plot@Pa@txD, 8tx, 0, 550
-
In[81]:= PEverdingen = Plot@We@t 0.2191, reDD, 8t, 0, 500
-
In[188]:= PCarter = Plot@WeaCT@jD, 8j, 0, Jmax tCT
-
ANEXO 2
-
Off@General::spellDOff@General::spell1D
SetDirectory@"C:\\Users\\Ivan\\Desktop\\Outro PC\\Faculdade\\Projeto Final\\Parte Escrita"D
C:\Users\Ivan\Desktop\Outro PC\Faculdade\Projeto Final\Parte Escrita
Pini = 246.13;
API = 60;
Nori = 3.1953 106;
Tres = 70;
= 0.22;
Sw = 0.2;
k = 100;
IPini = 0.2;
Pwfmin = 2.039;
Bo = [email protected], 1.53
-
Plot@Bo@PD, 8P, 61.93, 356.89
-
U = 2 h ct ro2
564.497
tD@t_D :=0.0003484 k t H365 24L
@P@tDD ct ro2
pD@tDv_D =1
2 HLog@tDvD + 0.80907L
1
2H0.80907 + Log@tDvDL
tDv pD@tDvD
1
2 tDv
t = 1;
ttotal = 30;
We@0D = 0;Np@0D = 0;p@0D = 0;
Wp = InterpolationA980, 0
-
Tabela = TableForm@Table@8cont, qw@cont tD, Np@cont tD,Wp@cont tD, p@contD, P@cont tD, We@contD