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COMPANHIA INDUSTRIAL DE RESINAS SINTÉTICAS, CIRES, S.A. Relatório Único de Gestão. Exercício de 2008 1 COMPANHIA INDUSTRIAL DE RESINAS SINTÉTICAS, CIRES, S.A. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2008 Sede e Fábrica: Apartado 20 Samouqueiro - Avanca 3864-752 ESTARREJA PORTUGAL Telefone: +351 234 811 200 Fax: +351 234 811 204 E-mail: [email protected] http://www.cires.pt Nº de matrícula na Conservatória de Estarreja e de Pessoa Colectiva 500 068 887 Capital Social Euro 15 000 000 (Sociedade Aberta)

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Relatório Único de Gestão. Exercício de 2008 1

COMPANHIA INDUSTRIAL DE RESINAS SINTÉTICAS, CIRES, S.A.

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

EXERCÍCIO DE 2008 Sede e Fábrica: Apartado 20 Samouqueiro - Avanca 3864-752 ESTARREJA PORTUGAL Telefone: +351 234 811 200 Fax: +351 234 811 204 E-mail: [email protected] http://www.cires.pt Nº de matrícula na Conservatória de Estarreja

e de Pessoa Colectiva 500 068 887 Capital Social Euro 15 000 000 (Sociedade Aberta)

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Índice Relatório Único de gestão..................................................................................................................................3 Relatório do Governo das Sociedades..............................................................................................................25 Informação referente aos artigos 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais e ao artigo 20º do Código de Valores Mobiliários............................................................................................43 Demonstrações Financeiras individuais……………………………………………………………………...45 Demonstrações Financeiras Consolidadas………………………………………………………..…………..77

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1. Mensagem do Presidente O exercício de 2008 foi muito marcado pela situação recessiva que se instalou a partir de meados do 3º trimestre provocando uma quebra significativa de actividade, em especial no sector da construção, que condicionou fortemente o desenvolvimento das vendas na Península Ibérica, sobretudo em Espanha, o principal mercado da empresa. A quebra de consumo na Ibéria, quase totalmente verificada no 2º semestre, foi superior a 100 mil toneladas, representando mais de 30% do consumo perspectivado para esse período. A Cires foi forçada a reduzir o nível de produção de resinas de suspensão para valores mínimos que não se verificavam desde que a presente configuração fabril foi implementada, no ano de 2001. O preço de venda desceu continuamente ao longo do 2º semestre, criando dificuldades acrescidas na gestão dos stocks de matérias primas e de produtos acabados. No desenvolvimento da actividade foi determinante a capacidade da empresa para estabelecer um quadro contratual para fornecimento da matéria-prima mais consentâneo com as condições de mercado, complementado com aquisições spot tornadas viáveis pela conjugação da taxa de câmbio favorável e disponibilidade de matéria-prima proveniente dos Estados Unidos. A contínua melhoria dos processos teve neste exercício um dos seus pontos mais salientes com o reconhecimento da conformidade das operações da Cires com o normativo OHSAS 180001, objectivo que exigiu continuado investimento e persistente determinação, obtendo a empresa em 2008 a certificação de segurança e saúde ocupacional nos termos daquela norma internacional. Este é um marco demonstrativo da excelência técnica e da capacidade conjunta de realização, que têm sido características marcantes no desenvolvimento da empresa. Com este exercício conclui-se o triénio para o qual este Conselho foi eleito. Impondo uma gestão atenta e rigorosa num contexto macro-económico e competitivo frequentemente adverso - com pronunciado aumento do custo das utilidades, retracção dos mercados na Ibéria, e crescente dificuldade de abastecimento de matéria-prima em condições de permitir a exportação para mercados alternativos - foi possível manter uma exploração equilibrada e reforçar o desempenho do grupo de empresas do universo Cires. Destaca-se neste triénio a restruturação do sector down-stream do Grupo associada ao desinvestimento no segmento das tubagens, e o desenvolvimento das empresas de compostos termoplásticos, a Previnil e, em especial, a Cygsa. O bom desempenho destas nossas empresas de compostos tem permitido gerar uma importante e regular contribuição para o resultado consolidado. A empresa continuou a reforçar alguns pontos fundamentais na sua competitividade, nomeadamente: recursos humanos altamente qualificados e motivados; capacidade própria de desenvolvimento tecnológico do processo e dos sistemas de controlo; presença comercial e técnico-comercial com uma quota de mercado da ordem dos 25% em Portugal e Espanha; capacidade de procurement global da matéria-prima; conformidade das instalações fabris e dos procedimentos com as Melhores Tecnologias Disponíveis e com as exigências da certificação internacional em termos de qualidade, ambiente, segurança e saúde ocupacional; forte sentido de responsabilidade social e ambiental. Contudo, a evolução estrutural da nossa indústria, quer a nível mundial quer europeu, com forte consolidação de toda a cadeia de valor em unidades empresariais integradas e de grande dimensão, impede a Cires de obter rentabilidades interessantes com uma capacidade média frequentemente só parcialmente utilizada numa só parcela da cadeia de valor. Neste contexto, e no quadro profundamente recessivo que se verificou, não foi possível evitar um resultado negativo no exercício de 2008.

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Está a iniciar-se agora um novo período de desenvolvimento da empresa, já no âmbito da estratégia da Shin-Etsu, o accionista fundador da Cires que, sendo a maior empresa mundial de PVC, decidiu integrar a Cires no seu universo empresarial, tendo lançado em Dezembro de 2008 uma Oferta Pública de Aquisição da totalidade do capital da empresa. Quase a completar 50 anos de actividade, a empresa está seguramente, neste novo enquadramento, mais bem preparada para enfrentar com êxito os desafios do futuro, de curto, médio e longo prazos. Estarreja, 22 de Abril de 2009 O Presidente do Conselho de Administração Ricardo Bayão Horta

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2. Governo da Sociedade A Cires atingiu um elevado grau de especialização e notoriedade no fabrico de resinas de PVC dos tipos suspensão e emulsão e, através das suas associadas, no fabrico de compostos termoplásticos para a indústria transformadora. As resinas de PVC, em especial as de suspensão, que constituem cerca de 90% do consumo, são commodities, cujo preço na Europa segue a tendência de desempenho da economia da zona euro. No contexto concorrencial inter-materiais termoplásticos, o PVC apresenta estruturalmente uma importante vantagem em termos de eco-sustentabilidade, por depender em apenas 43% de matérias-primas petroquímicas, o que lhe confere menor sensibilidade face às variações de preço do petróleo. Esta característica que lhe advém da natureza molecular estrutural, é também a razão da sua utilização num largo espectro de aplicações, estando presente em várias e diversificadas utilizações correntes, principalmente na indústria da construção, que absorve cerca de 65% das aplicações, mas igualmente na embalagem, indústria automóvel, etc. Assim, embora apresentando notória sensibilidade ao sector da construção, o negócio de PVC não está excessivamente dependente do desempenho de um único sector da actividade económica. Todavia a situação de recessão generalizada como a que se desenvolveu na Península Ibérica, em especial em Espanha, na segunda metade de 2008, impõe uma sensível contracção na actividade da empresa, só parcialmente compensada com o alargamento a mercados de menor proximidade, aumentando o risco do negócio. A Cires não produz a matéria-prima necessária aos seus fabricos, assegurando grande parte do aprovisionamento mediante a contratualização de fornecimentos numa base temporal estável, designadamente de fornecedores que fazem parte do seu quadro de accionistas de referência. Desta forma é suprido o risco de abastecimento para o essencial das suas necessidades e assegurada em termos pluri-anuais a disponibilidade da matéria-prima base, permitindo que a empresa disponha de condições estabilizadas adequadas ao seu desenvolvimento. Os objectivos estratégicos são estabelecidos ao nível do Conselho de Administração, num processo de decisão que se articula com as Direcções Gerais das empresas do Grupo. A Cires e as empresas associadas possuem um plano de coberturas do risco do negócio que contempla as áreas fundamentais de exploração: (i) Risco das Instalações – Estão implementadas apólices que garantem uma cobertura all risks, designadamente de incêndio e explosão, abrangendo o equipamento fabril pelo seu valor de reposição em novo; está também assegurada a cobertura de lucros cessantes em relação aos encargos permanentes e ao resultado corrente, bem como a responsabilidade civil da exploração e dos produtos; no caso da unidade de co-geração está implementada uma cobertura de quebra e avaria de máquinas (ii) Na área financeira, segue-se um princípio conservador tendendo à menor exposição possível aos riscos de taxa de câmbio, da taxa de juro e de incobráveis. Nesta vertente, e como tradicionalmente, todas as empresas do Grupo Cires vem desde há largos anos mantendo a sua carteira de clientes segura com um bom grau de cobertura, designadamente através de seguros de crédito; (iii) No que concerne à exploração corrente, comercial e industrial, a Cires mantém a conformidade com os padrões exigíveis no âmbito da certificação internacional nos termos da ISO 9001 e ISO 14001 reconhecida pela APCER- Associação Portuguesa de Certificação, e obteve em 2008 a certificação do sistema de segurança pela norma OHSAS 18001. A empresas de compostos do Grupo, Previnil e Cygsa, estão certificadas nos termos da ISO 9001. Em complemo estas orientações e práticas, a Cires recorre com regularidade a prestadores de serviço de auditoria em matéria de acompanhamento, controlo e supervisão, quer no domínio económico-financeiro quer ambiental e da segurança das instalações, obtendo assim uma visão exterior independente das operações correntes. Nos últimos exercícios a empresa teve uma política prudente de remuneração do capital accionista, atribuindo um dividendo em média no período de 3,50 cêntimos por acção, atendendo ao nível de resultados apurados face à situação condicionante do enquadramento macro-económico e sectorial em que tem decorrido a actividade da

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Cires, frequentemente limitando o pleno desenvolvimento do negócio. Os resultados líquidos e os dividendos pagos (valores em euros) constam do quadro seguinte: Ano Resultado líquido consolidado Dividendo ilíquido/acção

2005 957.714 0,035 2006 1.228.793 0,035 2007 1.288.952 0,035

A empresa instituiu regras definidas internamente no que respeita ao acesso de administradores a informação sensível da Cires, quando estes exercem por conta própria ou alheia actividade concorrente com a da sociedade. Foi deliberado na assembleia-geral de accionistas de 24 de Maio de 2007, sob proposta do órgão de administração, as condições de acesso a essa informação, fazendo-se designadamente depender de deliberação favorável do órgão de administração, em que não votará o administrador interessado, mediante pedido justificado e expressa garantia de confidencialidade. Foi ainda prevista na mesma deliberação que, no caso de vir a ser designada uma comissão executiva pelo Conselho de Administração da CIRES, a decisão será por ela tomada, precedendo parecer do Conselho Fiscal. Encontra-se igualmente caracterizada o que se entende por informação sensível, sendo aquela (i) relacionada com processos de fabrico que a CIRES esteja por motivos contratuais impedida de revelar a terceiros ou não o deva fazer por vantagem competitiva; (ii) a relacionada com a identificação dos clientes e fornecedores, preços de aquisição, designadamente de matérias-primas, quantidades adquiridas e vendidas; (iii) quando for de recear que o administrador possa utilizar a informação para fins estranhos à sociedade e com prejuízo desta ou de algum dos seus accionistas; (iv) quando ocasione a violação de segredo imposto por lei; (v) em geral, quando a informação seja susceptível de prejudicar a sociedade ou qualquer dos seus accionistas. Esta deliberação encontra-se acessível ao público no sítio da empresa, em www.cires.pt Posteriormente, em reunião do órgão de administração, datada de 17 de Julho de 2007, o Conselho propôs que o Presidente do Conselho Fiscal, que participa nas reuniões do Conselho de Administração, tivesse também a incumbência – que foi aceite - de assinalar eventuais situações que se enquadrem no âmbito de informação sensível, alertando o Conselho quando necessário para a necessidade de adoptar algum procedimento específico por forma a salvaguardar devidamente o disposto na lei sobre o assunto. Não estão formalmente instituídas nem uma comissão de ética nem uma comissão de avaliação da estrutura e governo societários. Todavia o Conselho de Administração instituiu em 2006 um Código de Ética, disponibilizado no sítio da empresa, cujas normas pretendem exactamente exprimir as regras que devem presidir à actuação da Cires, das outras empresas do Grupo e de todos os seus colaboradores, em quaisquer circunstancias: na definição das políticas empresariais, na condução dos negócios, nas relações entre e com os colaboradores, com os clientes, fornecedores, comunidade, accionistas e restantes interessados, de modo a que se mantenha a adequação dos comportamentos aos objectivos da empresa, que está na base do seu sucesso. Está também instituído um Regulamento de Detecção de Irregularidades, competindo ao Conselho Fiscal dar-lhe execução. Este regulamento, igualmente disponível no sítio da empresa, visa definir os procedimentos que devem ser adoptados quando sejam detectadas e reportadas irregularidades cometidas por qualquer representante ou trabalhador, nomeadamente de natureza financeira ou contabilística, práticas que ponham em perigo a segurança das pessoas, apresentem riscos para o ambiente ou para o público ou violem outras normas do Código de Ética. A Cires assegura a confidencialidade da autoria da participação, a inexistência de qualquer comportamento discriminatório por parte da sociedade em relação ao autor da denúncia, uma adequada averiguação dos factos participados e uma deliberação sobre eles. Embora não exista formalmente constituído na CIRES um Gabinete de Apoio ao Investidor, as funções que a este competiriam são desempenhadas pelo Gabinete da Administração da CIRES, sob a direcção e responsabilidade directas do Conselho de Administração. Este Gabinete, tem a missão de prestar informação e de publicitar junto do mercado todos os assuntos e factos relevantes no âmbito e no cumprimento das obrigações legais e regulamentares que decorrem da sua condição de empresa de capital aberto, designadamente “factos relevantes”, bem como a de preparação dos documentos de reporte trimestral, semestral

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e anual. Cabe também ao Gabinete da Administração receber e dar seguimento às solicitações de investidores e outros stakeholders em matéria de informação, promovendo a sua satisfação. Este Gabinete é responsável pela manutenção e gestão dos conteúdos do sítio da Cires, e em particular por aqueles que mais directamente dizem respeito à comunidade investidora, disponibilizando e complementando voluntariamente toda a informação a que se encontra obrigado pelos canais tradicionais, no sentido de encorajar uma participação mais activa por parte dos investidores na vida societária. 3. Responsabilidade social do Grupo Cires A Cires, directamente e através das suas associadas, tem a missão de assegurar a continuidade do negócio e o desenvolvimento harmonioso da fileira sectorial a jusante, satisfazendo as expectativas de accionistas, colaboradores e clientes, no respeito dos princípios de responsabilidade social e do desenvolvimento sustentável. O Conselho de Administração identificou os princípios fundamentais de referência na prossecução da actividade, num processo que envolveu a participação da totalidade dos quadros e a administração, estabelecendo os seguintes valores principais: (i) Profissionalismo – actuar sistematicamente com seriedade e rigor; (ii) Credibilidade – adoptar padrões ambientais, de segurança, de qualidade, e de responsabilidade social; (iii) Ética – assumir uma conduta de lealdade, integridade e honestidade, e de transparência dos processos e da organização. Neste contexto os principais vectores de referência estratégica que norteiam a missão da empresa e do Grupo, são os seguintes: (i) Conjugar o seu desenvolvimento com o cumprimento dos princípios de coesão social e de protecção ambiental; (ii) Adequar a empresa aos referenciais internacionais em todos os domínios da actividade, e às Melhores Tecnologias Disponíveis (MTDs) nos processos de fabrico, instituindo na sua avaliação o princípio da auditoria externa acreditada; (iii) Promover a integração da empresa na comunidade, no respeito pelas pessoas e pelos valores éticos de integridade, reputação e responsabilidade; (iv) Desenvolver a auto-estima dos seus trabalhadores visando elevada motivação, competência profissional e qualidade do trabalho; (v) Manter uma capacidade própria tecnológica e de gestão capaz de assegurar a focagem nos mercados alvo e necessidades dos clientes, e a redução dos custos dos fabricos. A Cires dedicou particular atenção às actividades do PACOPAR, Painel Consultivo Comunitário do programa de Actuação Responsável sedeado em Estarreja, o fórum adequado para divulgação e interacção com a comunidade local, que integra as principais instituições públicas da área urbana de Estarreja e Aveiro. No plano social externo, além das acções conjuntas com outras empresas no âmbito do Painel Comunitário, foram directamente promovidas acções visando em especial os jovens, como a Escola de Música e a Escola de Ténis, sedeadas em Estarreja. Na Cires, e nas suas associadas, é também tradicional o apoio prestado a instituições locais, de carácter desportivo, cultural ou de benemerência, empenhando-se a empresa em promover a integração de trabalhadores ou ex-trabalhadores seus no apoio às actividades destas instituições. Como habitualmente a intervenção social foi também novamente relevante no apoio à realização de estágios nas empresas do Grupo, em várias áreas temáticas e graus de ensino, constituindo em muitos casos a primeira experiência de integração de jovens em ambiente de empresa, e por vezes conferindo mesmo uma relevante habilitação em termos profissionais.

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4. Actividade da Cires 4.1 Enquadramento A crise financeira originada em 2007 no sector imobiliário dos Estados Unidos estendeu-se à Europa no decurso de 2008, desencadeando uma crise financeira à escala global que abalou todo o sistema bancário, e induziu a emergência de uma recessão económica na generalidade das economias ocidentais durante o 3º quadrimestre, que teve grande impacto no consumo de PVC. No 1º semestre de 2008 a continuidade do processo especulativo de subida dos preços do petróleo, em contraciclo com a evolução da actividade económica, determinou o aumento generalizado dos preços das matérias primas petroquímicas e da energia, afectando a rentabilidade das indústria de polímeros e indústrias transformadoras a jusante, impossibilitadas de repercutir cabalmente nos preços de venda os agravamentos de custo verificados.

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Petróleo $/ barril Nafta $/ t Etileno, contrato NWE $/ t

Petróleo, Nafta, Etileno

No 2º semestre o colapso verificado nos preços do petróleo em momento de stocks em geral elevados, originou um processo de rápida de-stocagem seguida de uma espiral deflacionária que se traduziu numa quebra acentuada da actividade industrial durante o 4º trimestre, penalizando fortemente, por esse duplo efeito, os resultados económicos e financeiros da indústria.

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petróleo, EUR/bbl petróleo, USD/bbl USD/EUR

Petróleo, USD e EUR

Na Europa, a produção de resinas de PVC que havia crescido 1.5% em 2007, teve uma quebra de 8% em 2008 decorrente do colapso no consumo verificado na Europa Ocidental no 4º trimestre, tendo para tal contribuído de

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forma relevante a crise nos sectores da construção civil no Reino Unido, Espanha, Itália e França, países em que a quebra média do consumo foi de 15% em relação a 2007. A manutenção de um bom nível de consumo nos países da Europa de Leste, e o aumento significativo das exportações para a Índia e Turquia foram, neste contexto, ajuda relevante no amortecimento da quebra.

Produção vs Vendas Europa Ocidental

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Produção Vendas Europa Ocidental

Os preços das resinas de PVC na Europa Ocidental apresentaram elevada estabilidade no decurso do 1º semestre, e boa competitividade em relação aos das poliolefinas, propiciando razoáveis condições de funcionamento da indústria transformadora nesse período. O forte aumento verificado no 3º trimestre, forçado pelo elevado preço de etileno na Europa, criou condições propicias, em conjuntura adversa, ao colapso que se verificou no 4º trimestre. O diferencial significativo dos preços em relação aos USA favoreceu importações regulares de PVC e VCM para a Europa durante a maior parte do ano.

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PVC & VCM, EUROPA vs. EUA2001 - 2008

O consumo de PVC na Península Ibérica, fortemente penalizado pela profunda crise no sector da construção civil em Espanha, teve uma quebra de 18% em relação a 2007. Em Portugal verificou-se uma quebra de 10%, essencialmente decorrente da retracção das vendas de compostos e de sistemas de tubagem para o mercado espanhol.

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4.2 Vendas O volume de vendas da empresa, que no final do 3º trimestre apresentava um crescimento de 1.5% em relação a 2007, encerrou o exercício com uma quebra de 8% essencialmente como consequência de forte retracção no mercado espanhol.

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2004 2005 2006 2007 2008

Vendas CIRES(em Valor - Base: 2004=100)

A melhoria de cerca de 2% conseguida nas margens unitárias de exploração, revelou-se insuficiente para compensar o efeito negativo nos resultados económicos decorrentes do baixo nível médio de actividade, que no exercício veio a situar-se em 80%. As vendas de resina de PVC suspensão no mercado português foram, no contexto macro-económico verificado, 2% inferiores às registadas no exercício anterior, tendo-se verificado todavia um importante acréscimo da quota da empresa no seu mercado mais importante. As vendas em Espanha, prejudicadas pela forte limitação ocorrida nos plafonds de crédito de clientes, tiveram uma quebra percentual ligeiramente superior à verificada no consumo no mercado. A disponibilidade de VCM no mercado de spot a preços competitivos na maior parte do ano permitiu o desenvolvimento das exportações, atenuando parcialmente a quebra nos mercados de proximidade, com um aumento superior a sete mil toneladas face ao exercício anterior. A empresa manteve a operação de processamento de PVC suspensão que, especialmente no 2º semestre, foi importante factor de compensação de baixa das vendas.

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2004 2005 2006 2007 2008

S-PVC(em Quantidade - Base: 2004=100)

Iberia Europa Outros

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No 1º trimestre, devido a dificuldades de fornecimento de VCM contratual, a empresa adquiriu cerca de 40% da sua matéria prima no mercado spot dos USA e da Europa a preços favoráveis. A boa margem unitária assim conseguida, associada ao razoável nível de actividade (90%), propiciou a obtenção de resultados de exploração aceitáveis. No 2º trimestre, mercê da estabilidade dos preços de mercado num contexto económico de especulação das matérias primas petrolíferas, os níveis de produção e vendas da empresa situaram-se próximos do seu nível máximo. Todavia, a margem unitária decorrente de um mix de compras de VCM muito concentrado na vertente de contrato, traduziu-se no abaixamento dos resultados operacionais em relação ao 1º trimestre.

Evolução do preçoPVC pipe/VCM

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Pipe Europa Pipe Espanha VCM Europa

O 3º trimestre iniciou-se com um bom nível de actividade e boa margem unitária decorrente do aumento dos preços de venda e da aquisição de um spot de VCM a preço muito favorável. Apesar da queda de vendas verificada no mês de Setembro, a prenunciar situação de catástrofe iminente, os resultados operacionais obtidos subiram significativamente em relação aos trimestres anteriores. No 4º trimestre a conjugação do muito baixo nível de actividade com as baixas margens resultantes do efeito do stock de VCM transitado em situação de rápida queda dos preços de venda das resinas, traduziu-se na obtenção de resultados negativos muito significativos que eliminaram os resultados positivos anteriormente conseguidos.

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oper.rate (100%=17kt) margin (100%=avg2007)

S-PVC , 2008

Também afectado pela situação macro-económica envolvente, o consumo de resinas de PVC emulsão no mercado europeu teve uma quebra de 10% em 2008, interrompendo 6 anos de consecutivo crescimento.

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Vendas Totais / Europa Ocidental / ProduçãoProdutores Europeus

200250300350400450500550600650700750800850900

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Quantid

ade (

KT

)

Vendas T o ta is Vendas Euro pa Ocidenta l P ro dução

As vendas de PVC emulsão da empresa no exercício mantiveram-se ao nível do ano anterior, registando-se um crescimento das vendas na Europa e uma redução equivalente no mercado de deep sea.

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Vendas E-PVC2003 = Base 100

Total P.Ibérica

Verificou-se uma melhoria progressiva das margens especialmente relevante no 4º trimestre, tendo este negócio dado contribuição positiva relevante para os resultados do exercício.

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4.3 Aprovisionamento e logística A situação de enquadramento descrita condicionou o aprovisionamento de VCM, tendo-se verificado no exercício dois períodos bem distintos no que se refere à regularidade, fontes de abastecimento e logística do transporte. Os primeiros dois terços do ano decorreram como havia sido antecipado, com a diversidade do abastecimento a contemplar a importação regular, europeia e extra-europeia, das necessidades complementares, tendo-se mantido a logística própria da empresa com o desejável nível máximo de ocupação. No último terço porém, conjugaram-se aos factores restritivos já previstos decorrerem de paragem programada do principal fornecedor do VCM, a súbita quebra do mercado, agravando as dificuldades de optimização da operação logística. As importações de deep-sea totalizaram cerca de 11% do consumo total, e as compras europeias com logística de terceiros cerca de 8%. Destaca-se no presente exercício o sucesso da negociação de um segundo contrato de fornecimento regular, de origem europeia, com adequada articulação com a logística de abastecimento própria da Cires, tendo já decorrido em período experimental o novo contrato que entra em vigor em 2009. A generalidade do aprovisionamento de outras matérias-primas e serviços foi marcada essencialmente pelo fortíssimo crescimento dos custos energéticos decorrentes do agravamento do preço do petróleo, e a sua queda acelerada no quarto trimestre. Esta evolução teve um relevante efeito no custo do fuel de cogeração, que revelou um rácio de 227% entre o preço máximo e o mínimo no ano, atingido precisamente na última quinzena, e nos custos dos bunkers do navio.

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4.4 Actividade fabril O ritmo de produção do S-PVC ao longo do ano de 2008 foi bastante variável, sendo mais elevado até Julho/Agosto e baixando significativamente após esta data. Em média no 2º semestre a quantidade produzida foi cerca de 30% inferior à do 1º semestre. A produção de E-PVC foi semelhante à de 2007 e regularmente distribuída ao longo do ano, com excepção de Dezembro devido a uma paragem imposta por trabalhos no pipe-line de tranporte do VCM. A produção total de resina foi cerca de 10% inferior à verificada no ano anterior. O significativo impacto causado no fabrico de S-PVC pelo agravamento do custo das utilidades, cerca de 20% no exercício, só parcialmente foi atenuado com a redução de outros factores do custo de produção, nomeadamente em agentes de fabrico. A irregularidade da actividade ao longo do período e o baixo nível verificado em boa parte do ano, também não propiciaram a obtenção de um bom nível de desempenho do custo variável de produção, que globalmente se agravou em cerca de 8% . No E-PVC, o agravamento do preço do gás natural e o aumento do seu consumo unitário, foram os principais responsáveis pelo aumento do custo de produção, da ordem dos 10% face ao exercício anterior. O abaixamento do ritmo de actividade no último quadrimestre foi aproveitado para efectuar algumas paragens da instalação, assim se antecipando trabalhos inevitáveis de manutenção e ensaios oficiais a equipamentos, bem como a execução de modificações diversas na instalação, nomeadamente as relacionadas com o investimento principal da empresa actualmente em curso, o projecto Inovicir, onde se destaca a implementação de um novo sistema de controlo na linha PS2. A instalação de produção de energia eléctrica esteve operacional em aproximadamente 91% do tempo disponível, um bom nível em geral, embora inferior ao do ano transacto, devido a uma paragem não programada para manutenção. O custo do fuel teve em média um agravamento superior a 38%, que só parcialmente pôde ser compensado com a venda de energia à rede. Concluindo o processo de melhoria ambiental neste domínio, foram reconvertidos para gás natural dois geradores de vapor convencionais permitindo uma diminuição muito significativa das emissões de CO2 e uma melhoria genérica da fiabilidade das instalações. Todavia, ainda assim, foi ultrapassado o limite atribuído de licenças de emissão, que sofreu substancial redução face ao atribuído no período anterior. Actualmente todas as caldeiras em operação se baseiam na queima do gás natural, mantendo-se a utilização de fuel apenas no motor de produção de energia eléctrica.

Evolução mensal do nível de produção em 2008

S-PVC

-15.000

-10.000

-5.000

0

5.000

Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08

Média

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4.5 Investimentos No início de 2008 foi iniciado um novo projecto de investimento plurianual tendo especialmente em vista o desenvolvimento da gama de resinas de suspensão em três principais vertentes: melhoria do desempenho técnico, redução do custo de produção e aumento da produtividade. O investimento associado a este projecto é da ordem dos 6 milhões de euros, decorrendo a sua implementação até ao final de 2010. Complementando os objectivos primordiais mencionados, o projecto engloba outras vertentes de grande relevância nas áreas de ambiente, segurança e saúde ocupacional nomeadamente a melhoria da eficiência energética dos fabricos e a redução da emissão de partículas nas operações de fabrico pós-polimerização. No âmbito do projecto foram já implementados em 2008 novos sistemas de controlo industrial, um nas linhas de transporte pneumático de S-PVC e outro nas instalações de recepção, armazenagem e tratamento de VCM em Estarreja. Foi também implementada a primeira fase do novo sistema de pressurização das salas de controlo e comando, que visa reforçar as condições de segurança das instalações produtivas. O investimento durante o ano de 2008 situou-se nos 1.62 milhões de euros, dos quais cerca de dois terços corresponderam a projectos nas áreas de automação e de ambiente e segurança.

2008 - Investimento Corpóreo por Natureza

23.8%

30.9%

36.6%

8.7%

Produção Automação Ambiente e Segurança Outros

Para 2009 está programada a implementação dos novos sistemas de controlo industrial dos reactores de grande capacidade e respectivos tanques de suspensão, e de utilidades. Serão ainda introduzidas outras importantes melhorias no processo de fabrico de S-PVC, designadamente no que respeita à optimização energética do circuito de arrefecimento dos reactores, reduzindo o consumo de água refrigerada de baixa temperatura. No âmbito da vertente de eficiência energética, serão instalados diversos variadores de frequência para controlo de motores de elevada capacidade, o que permitirá uma redução significativa do consumo de energia eléctrica.

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4.6 Investigação e Desenvolvimento Prosseguiram os desenvolvimentos associados aos planos de racionalização e redução de custos que abrangem os processos produtivos de S-PVC e E-PVC. No ano de 2008 foram mais relevantes os resultados dos estudos e das acções ao nível dos agentes químicos e matérias primas auxiliares. O projecto de Doutoramento em Empresa apoiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, mais incidente no processo de produção em emulsão, E-PVC pasta, encontra-se na sua fase final. Este Doutoramento desenrola-se também na Universidade de Coimbra, em colaboração com o Instituto Superior Técnico, da Universidade Técnica de Lisboa. Foi concluído o projecto de investigação INOVINIL, para exploração da tecnologia de Polimerização Radicalar Viva (Living Radical Polimerization), apoiado pela Agência de Inovação no âmbito do programa IDEIA, e realizado em colaboração com o Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, PIEP, e a PRODEQ, instituição ligada à Universidade de Coimbra. Na sequência dos progressos atingidos, foi preparada a candidatura ao programa QREN SI I&DT de um novo projecto a ser iniciado durante 2009, com o objectivo de aplicar esta tecnologia à produção de produtos flexíveis de base PVC sem recurso a aditivação específica. A empresa obteve a Acreditação do seu Laboratório Analítico e Tecnológico de acordo com a norma ISO/IEC 1025:2005, para a realização de análises de controlo da qualidade de resinas de PVC, na sequência da auditoria de concessão realizada pelo IPAC, Instituto Português de Acreditação, em Outubro de 2008. Recorde-se que em 1989, há 20 anos atrás, a Cires obteve pela primeira vez a acreditação do seu laboratório, então em conformidade com a Directiva CNQ 8/85, vindo a dispor de um dos primeiros laboratórios industriais acreditados no país. A exigente qualificação externa agora reconhecida ao laboratório da Cires, reflecte bem o nível de desempenho técnico alcançado e de competência dos seus recursos humanos. . Tendo em vista o cabal cumprimento em 2008 do objectivo expresso no Compromisso Voluntário - Vinyl 2010 – relativo à substituição dos sistemas de estabilização térmica baseados em composto de chumbo, a CIRES implementou muitas das alterações das resinas tendo em vista uma melhor adequação aos novos sistemas alternativos de estabilização térmica, disponibilizando o apoio necessário aos seus clientes por forma a promover a sua implementação sem perturbações significativas. Foram revistos os catálogos técnicos das resinas VICIR de suspensão face à implementação de novos métodos de caracterização ISO e procedeu-se igualmente à revisão dos catálogos de resinas de emulsão com a actualização das curvas reológicas típicas de cada resina de emulsão. Como habitualmente foi realizado o inquérito de avaliação da Satisfação do Serviço Técnico a Clientes que obteve um índice de satisfação de 95%. Relativamente ao exercício anterior destacam-se as melhorias no tempo de resposta e no reconhecimento relativo ao profissionalismo e capacidade técnica do serviço prestado.

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Evolução do Grau de Satisfação do Serviço Técnico a ClientesAssistência Técnica S-PVC e E-PVC

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

100

Facilidade de contacto

Tempo de resposta

Profissionalismo/Conhecimento técnico

Documentação

Qualidade/Adequação das sugestões

Globalmente, grau de satisfação

Gra

u d

e S

atis

façã

o (

%)

2007

2008

Figura 2 – Evolução dos parâmetros avaliados pelos clientes de PVC-S e PVC-E. 4.7 Recursos Humanos O número total de efectivos e contratados a termo manteve-se praticamente estabilizado ao longo do ano, terminando o período com um total de 120 trabalhadores (121 em 2007), dos quais 2 com contrato de trabalho a termo. A empresa mantém 3 contratados adicionais necessários no âmbito dos projectos de investimento e de desenvolvimento tecnológico em curso. O índice de absentismo efectivo, excluindo situações de trabalhadores em baixa prolongada que poderão culminar na reforma precoce, foi em 2008 de 4,8%, uma taxa superior à equivalente verificada no ano transacto (2,6%). O agravamento deste indicador é essencialmente resultante da ocorrência no período de 3 situações de maternidade. A percentagem de horas de trabalho suplementar face às horas de trabalho previstas excluindo as baixas prolongadas atrás referidas, foi de cerca de 4,0%, superior à de 2007 (3,0%). Espera-se inverter esta tendência de agravamento, sobretudo associada a operações na IPR, Instalações Portuárias de Recepção no Porto de Aveiro, relativas à descarga de navios, com apropriadas medidas, já adoptadas, de reforço da equipa de assistência. No exercício de 2008 procedeu-se a uma actualização salarial em todos os níveis de trabalhadores da empresa, limitada ao referencial da inflação verificada. Tendo em consideração a contenção salarial imposta neste exercício pela conjuntura desfavorável, a empresa decidiu no final do exercício atribuir uma componente variável de remuneração, em articulação com as políticas estabelecidas. No presente exercício a empresa manteve o nível de contribuições para o Plano de Contribuição Definida do Fundo de Pensões.

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A remuneração mínima mensal foi de 1.202 euros aplicável a trabalhadores do quadro em horário normal, e de 1.343 euros para horário de turno, ambos significativamente acima dos respectivos valores da contratação colectiva. A empresa continuou a dedicar particular atenção à formação dos seus colaboradores, tendo-se registado em 2008 um aumento do número de horas de formação. O projecto, anteriormente aprovado no âmbito da candidatura ao Eixo 2 do PRIME – Qualificação dos Recursos Humanos, foi devidamente concluído no presente exercício, tendo sido apresentadas duas novas candidaturas no âmbito da Tipologia 3.2 – Formação para a Inovação e Gestão do POPH – Programa Operacional do Potencial Humano. Em relação a uma destas candidaturas foi recebida a decisão favorável de aprovação por parte das entidades competentes. O Conselho de Administração manteve em todo o exercício, como é usual, um contacto regular com a Comissão de Trabalhadores, contribuindo para o desenvolvimento de um permanente clima de diálogo e progresso, e uma atitude de transparência, valores essenciais para manter os níveis de motivação e o empenho necessários para o desenvolvimento da empresa. 4.8 Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança Em 2008 prosseguiram os trabalhos para a consolidação da abordagem à gestão por processos e implementação do modelo de melhoria contínua, sendo mantido o estatuto de empresa certificada segundo a norma ISO 9001:2000, após a realização da auditoria de acompanhamento pela APCER, Associação Portuguesa de Certificação. Decorreram também normalmente os trabalhos conducentes à renovação da certificação ambiental da empresa segundo a norma ISO 14001, destacando-se o bom desempenho ambiental em termos gerais e de acordo com indicadores específicos constantes do relatório ambiental. O destaque principal neste exercício respeita à obtenção da certificação do sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho segundo a norma OHSAS 18001. Este processo teve o seu início em 2004 com a elaboração de uma auditoria inicial para verificação exaustiva de todos os requisitos aplicáveis à empresa no domínio da segurança e saúde ocupacional, e subsequente implementação, sob coordenação da Direcção de Segurança e Ambiente da Cires, do programa de acções de melhoria estabelecido. Entre 2005 e 2008 decorreram as acções que permitiram progressivamente adequar procedimentos e instalações aos requisitos normativos aplicáveis, e plasmar os princípios de actuação exigíveis na prática corrente da empresa. O investimento corpóreo realizado directamente associado a este projecto, foi da ordem dos 800 mil euros, estando ainda em curso investimentos complementares da mesma ordem de grandeza. Em Portugal poucas empresas industriais do sector estão certificadas nos termos desta norma, todavia a Cires, na prossecução dos princípios de Actuação Responsável e de Responsabilidade Social, considerou adequado adoptar – num domínio tão sensível como o da gestão do seu sistema de segurança e de saúde ocupacional - a prática da auditoria externa por entidade acreditada em conformidade com padrões de referência internacional.

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5. Empresas Associadas O bom desempenho das empresas associadas nas suas específicas vertentes de actuação é muito relevante para o Grupo: - no caso das empresas de compostos, Previnil e Cygsa - pela intervenção que têm no sector a jusante promovendo o seu desenvolvimento e pela contribuição que geram com a sua actividade comercial e - no caso da Bamiso - por se tratar de uma empresa instrumental que potencia a obtenção de poupanças significativas numa área tão importante actualmente, em termos do seu valor económico, como a da produção de utilidades industriais. No exercício de 2008 o negócio de compostos de PVC foi significativamente afectado pelo regressão do consumo no mercado espanhol, o principal mercado do Grupo, tendo as vendas globais apresentado uma quebra de 13% em relação ao exercício anterior. Os resultados de exploração gerados, reflectindo no presente exercício o impacto da situação recessiva de enquadramento, têm constituído um contributo significativo para os resultados consolidados da Cires. A Cygsa, localizada em Navarra, Espanha, produz compostos de PVC fundamentalmente dirigidos a utilização nas indústrias de construção e cabos e fios eléctricos no mercado espanhol. A quebra de vendas verificada no exercício, cerca de 12%, foi significativamente inferior à quebra de consumo verificada no mercado no exercício de 2008. A melhoria conseguida na margem bruta, associada à redução dos custos fixos, propiciou a obtenção de resultados económicos razoáveis e a manutenção de uma sólida situação financeira. A empresa prosseguiu o esforço de diversificação de produtos continuando a investir no desenvolvimento de compostos de PVC de maior valor acrescentado e de poliolefinas, participando em diversos projectos de investigação e desenvolvimento comparticipados pelos governos regional e central. Face à previsão do agravamento da situação económica, a empresa decidiu em Dezembro de 2008 solicitar, para o exercício de 2009, a aplicação do expediente de regulação temporária de emprego relativamente a 20% das horas laborais, com o objectivo de amortecer o impacto nos seus custos de uma provável redução na utilização da capacidade produtiva no decorrer de 2009. A empresa viu satisfeita esta sua pretensão cuja implementação se tornou premente face à intensidade da quebra do mercado. A Previnil, localizada em Alverca, produz compostos de PVC para as indústrias de embalagem, construção civil e cabos eléctricos, exportando cerca de 50% da sua produção maioritariamente para os mercados de Espanha, Angola e Turquia. As vendas da empresa no exercício tiveram um abaixamento de 17%, integralmente devido à quebra nas exportações. A melhoria conseguida nas margens no segmento de cablagens e sobretudo a significativa redução de 8% conseguida nos custos fixos, permitiram a obtenção de resultados económicos positivos, idênticos aos do exercício anterior.

Evolução das Vendas e Resultados

(Quantidade-Base:2004=100)

90

100

110

120

2004 2005 2006 2007 2008

0

400

800

1200

1600

2000

Res.

Líq

uid

o (

m€)

Quantidade R. Líquido

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A operação da Bamiso não foi tão compensadora como em anos transactos, face ao brutal acréscimo dos custos de energia, e a uma avaria intempestiva que limitou o período de funcionamento do motor, desempenhando todavia o seu papel de atenuação do impacto do aumento dos combustíveis nos custos de produção de vapor. A operação foi também afectada pelo baixo nível de actividade da Cires a partir de Agosto limitando a eficiência da instalação de cogeração. 6. Situação Económica e Financeira Consolidada Fortemente marcado pela situação económica e de mercado prevalecente, o volume de negócios consolidado registou em 2008 uma quebra de cerca de 7%, situando-se nos 163 milhões de euros. A margem bruta, reflectindo a redução do nível de actividade e as desfavoráveis condições de mercado evoluiu no mesmo sentido, registando uma quebra de cerca de 2,7 milhões de euros. Na situação recessiva de enquadramento que caracterizou o exercício, a empresa prestou a maior atenção à gestão do risco de crédito e deparou-se com dificuldades de venda associadas às limitações impostas na concessão de seguros de crédito. Foi igualmente objecto de atento seguimento a evolução cambial face ao dólar por forma a minimizar o risco das operações efectuadas. Verifica-se um agravamento dos custos financeiros em 314 mil euros, reflectindo a subida das taxas de juro e a necessidade de maior recurso ao financiamento de curto prazo. Face às condicionantes que predominaram no terceiro quadrimestre do ano não pôde ser evitado um prejuízo na exploração da Cires, pese embora o bom desempenho das empresas associadas, menos afectadas pela conjuntura neste exercício. Assim, o resultado corrente consolidado do exercício de 2008 foi negativo, no montante de 1.964.351, a que corresponde um resultado líquido negativo de 1.437.617 euros. A evolução dos principais indicadores financeiros ao longo do último triénio reflecte o agravamento da exploração verificado no exercício de 2008:

2006 2007 2008

Rendibilidade

Rend. Das Vendas [1] % 0,78 0,73 -0,88

Rend. Dos Cap Próprios [2] % 3,10 3,19 -3,35

Rend. Do Cap. Investido [3] % 3,81 3,39 -1,13

Liquidez

Geral [4] (-) 1,22 1,21 1,30

Reduzida [5] (-) 0,91 0,92 0,97

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2006 2007 2008

Funcionamento Prazo médio de recebimentos [6] (d) 57 70 54 Prazo médio de pagamentos [7] (d) 76 86 60 Rotação de matérias primas [8] (d) 13 15 17 Rotação de produtos acabados [9] (d) 15 15 11

Estrutura Financeira

Solvabilidade [10] (-) 0,76 0,73 0,84

Autonomia Financeira [11] % 43,28 42,06 45,56

[1]= Resultado Líquido:Volume de Negócios

[2] = Resultado Líquido:(Capitais Próprios (n-1)-Dividendos)

[3] = Resultados Operacionais * (100-Tx IRC): Imobilizado líquido (Corpóreo + Financeiro)

[4] = Activo Corrente : Passivo Corrente

[5] = (Activo Corrente - Existências):Passivo Corrente

[6] = Saldo de Clientes : Volume de Negócios * 365

[7] = Saldo de Fornecedores : Compras * 365 [8] = Stock de M.P. : Consumos M.P. [9] = Stock de P.A. : Vendas (a preço de custo) [10] = Capitais Próprios : Passivo [11] = Capital Próprio : Activo Líquido

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7. Perspectivas para 2009 A situação de crise económica que se atravessa continuará a condicionar fortemente o desenvolvimento da actividade da empresa. A integração da Cires no universo empresarial da Shin-Etsu virá certamente proporcionar condições reforçadas para resistir mais eficazmente aos seus efeitos, não sendo contudo neste novo contexto ainda possível adequadamente caracterizar a possível evolução da empresa durante o exercício de 2009. No início do ano verificou-se uma ligeira recuperação da procura associada a uma certa reposição de stocks, que haviam atingido em finais do exercício níveis mínimos. Todavia mantém-se um nível de actividade de cerca de 80%, que não é suficiente para assegurar uma exploração equilibrada. 8. Eventos subsequentes Não ocorreram desde o fecho do exercício eventos subsequentes que impliquem alterações às Demonstrações Financeiras apresentadas. 9. Referências Especiais No presente exercício a empresa beneficiou novamente da boa colaboração de um conjunto de entidades a quem reitera o seu reconhecimento, nomeadamente a Câmara Municipal de Estarreja, a Administração do Porto de Aveiro e a Capitania do Porto de Aveiro, bem como as Direcções Regionais do Ministério da Economia e do Ministério do Ambiente. Também da parte das entidades oficiais a quem as nossas empresas associadas Previnil e Cygsa reportam, temos recebido reiterado apoio que igualmente salientamos e agradecemos. Um destaque muito particular para os todos os nossos clientes, de resinas e compostos, pela continuada confiança que manifestaram, num exercício particularmente complicado face à dimensão da crise generalizada que se instalou a partir de meados do ano. Também aos nossos fornecedores, em especial os de VCM, é devida uma palavra de reconhecimento pela abertura e espírito de colaboração demonstrado na busca das melhores soluções logísticas, optimizando as condições de aprovisionamento. Como habitualmente cumpre relevar igualmente o apoio e a colaboração recebida dos nossos accionistas de referência e dos restantes Órgãos Sociais. E muito especialmente salientar a cooperação de todos os nossos trabalhadores, que demonstraram um elevado espírito de missão e empenho na superação das dificuldades do exercício.

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10. Aplicação de Resultados O Conselho de Administração propõe que o resultado líquido individual da Cires seja transferido para resultados transitados, e os resultados líquidos das participadas sejam levados a reservas nas respectivas empresas. 11. Declaração dos responsáveis da empresa, nos termos do artº 245º, nº1, alínea c) do Código de Valores Mobiliários.

Tanto quanto é do nosso conhecimento, o relatório de gestão, as contas anuais, a certificação legal das contas e demais documentos, foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e passivo, da situação financeira e dos resultados da CIRES e das empresas incluídas no perímetro de consolidação. O relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da CIRES e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se confrontam. Estarreja, 22 de Abril de 2009

O Conselho de Administração ______________________________ Ricardo Manuel Simões Bayão Horta ______________________________ Luís Alberto Moura de Sousa Montelobo ______________________________ Rogério Abrantes Batista Pratas ______________________________ Toshiaki Maruyama ______________________________ Christopher Edward Tane ______________________________ Robert Kantyka

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(Página em Branco)

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Relatório Único de Gestão. Exercício de 2008 25

Relatório do Governo da Sociedade O presente relatório tem em vista prestar informações sobre o governo da Companhia Industrial de Resinas Sintéticas CIRES, S.A., nos termos requeridos pelo Regulamento nº 1/2007 da CMVM com as alterações introduzidas pelo Regulamento nº5/2008da CMVM.

Capítulo 0

Declaração de cumprimento

0.1.O presente Relatório sobre o Governo da Sociedade encontra-se à disposição dos interessados nos sítios da CMVM, em www.cmvm.pt e da emitente, em www.cires.pt. 0.2. A Cires adopta o teor das Recomendações sobre o Governo das Sociedades emanadas da CMVM n.ºs I.1.; I.2.; I.4.; I.5.; I.6.; II.1.3.; II.1.4.; II.2.; II.3.;II.4. e III.1. A Cires não adopta total ou parcialmente o teor das recomendações nºs: I.3.; II.1.1.; II.1.2.; II.1.5. e II.5 0.3.Os estatutos da empresa foram actualizados em 24 de Maio de 2007, não incorporando ainda as alterações emanadas pela CMVM posteriores ao estabelecido no Regulamento 7/2001. Decorrente deste facto, a empresa passou a incumprir parcialmente relativamente à recomendação I.3. VOTO E EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO, mais precisamente no que concerne à alínea I.3.2., na medida em que – de acordo com os estatutos em vigor - o prazo de antecedência para recepção de declarações de voto por correspondência é de 5 dias (seguidos), e a nova recomendação estabelece agora um prazo não superior a 3 dias úteis, conforme alínea 1.3.2.. poder-se-ão verificar situações de inobservância daquele ponto da recomendação (apenas se e quando, em concreto, cinco dias seguidos forem superiores a 3 dias úteis. Igualmente no que respeita à alínea 1.3.3. a recomendação é a de que uma acção corresponda a um voto, enquanto nos estatutos da CIRES se estabelece que a cada 100 acções corresponde 1 voto, estando prevista a possibilidade de accionistas detentores de um número de acções inferiores a esse limite se poderem agrupar entre si por forma a satisfazer o número mínimo de acções requerido. A empresa cumpre parcialmente a recomendação II.1.1. ESTRUTURA E COMPETÊNCIA, uma vez que não satisfaz o requisito preceituado na alínea II.1.1.3., isto é, a CIRES não dispõe de regulamentos formalmente estabelecidos para o funcionamento dos órgãos de administração e de fiscalização estando, porém, instituidas regras relativas ao acesso dos administradores a informação sensível, nos termos referidos no ponto II.6 do presente Relatório. A empresa cumpre parcialmente com a recomendação II.1.2. INCOMPATIBILIDADES E INDEPENDÊNCIA, uma vez que não satisfaz o requisito preceituado na alínea II.1.2.2. não existindo, no Conselho de Administração, Administradores Independentes. A empresa cumpre parcialmente com a recomendação II.1.5. REMUNERAÇÃO, dado que a CIRES não divulga anualmente a remuneração individualizada dos membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, conforme preceitua a alínea II.1.5.5. do Código do Governo das Sociedades. A não adopção pela Cires do teor desta alínea, procedimento acompanhado por mais de 90% das sociedades cotadas em 2005, 2006 e 2007, resulta de se entender que para os stakeholders e para o público em geral é relevante a divulgação das verbas globalmente dispendidas pela sociedade com o seu órgão de gestão, e não a sua distribuição individual por cada um dos seus membros. Sobre este assunto e de acordo com o Relatório Anual sobre o Governo das Sociedades Cotadas em Portugal de 2008 e elaborado pela CMVM, das 47 empresas estudadas, apenas 2 cumpriam totalmente esta recomendação havendo 4 outras empresas que só revelavam a remuneração individualizada do Presidente do Conselho de Administração. A CIRES também adopta parcialmente a recomendação II.5. COMISSÕES ESPECIALIZADAS, em particular a alínea II.5.1, dado que a dimensão da empresa não justifica a existência de comissões especializadas para análise permanente da estrutura e da governação da sociedade, sendo a reflexão sobre essa matéria realizada no âmbito do Conselho de Administração.

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Capítulo I

Assembleia Geral

I.1.Identificação dos membros da mesa da assembleia-geral A Mesa da Assembleia-Geral de accionistas é composta pelo Presidente, Sr. Dr. Fernando Manuel Antunes Durão, Vice-Presidente, Sr. Dr. José Calheiros Rebelo Pereira. As funções de Secretária da Mesa da Assembleia Geral são exercidas, por inerência, pela Secretária e Secretária Suplente da sociedade, respectivamente Drªs. Sofia Baião Horta e Manuela Domingues. I.2. Indicação da data de início e termo dos respectivos mandatos. O presente mandato do Presidente e do Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral iniciou-se em 24 de Maio de 2007, na sequência da renúncia ao cargo apresentada pelo anterior Presidente da Mesa por carta datada de 13 de Março de 2007. Os elementos constitutivos da mesa da assembleia-geral de accionistas da CIRES cessarão o presente mandato no final do mandato dos actuais corpos gerentes, isto é, em 30 de Março de 2009. A empresa coloca à disposição do Presidente da Mesa da Assembleia Geral os meios humanos e materiais necessários para suporte à sua função, designadamente nos trabalhos preparatórios das Assembleias Gerais, durante a duração das mesmas e, posteriormente, no seguimento e conclusão dos actos societários decorrentes que lhe estão associados. I.3. Indicação da remuneração do Presidente da mesa da assembleia-geral O Presidente da mesa da assembleia-geral aufere uma remuneração fixa anual de 4.750 euros. I.4. Indicação da antecedência exigida para o depósito ou bloqueio das acções para a participação na assembleia-geral Preceitua o Artigo 11º, nº 1 dos estatutos da CIRES que a antecedência mínima exigida para o bloqueio das acções para participação em assembleia-geral é de 5 dias. I.5. Indicação das regras aplicáveis ao bloqueio das acções em caso de suspensão da reunião da assembleia-geral. Não estão previstas estatutariamente quaisquer regras aplicáveis ao bloqueio de acções em caso de suspensão da reunião da assembleia-geral, pelo que em caso de suspensão da reunião da assembleia geral voltará a vigorar a antecedência ordinária exigida para a primeira sessão. I.6. Número de acções a que corresponde um voto O número mínimo de acções que conferem direito a um voto é de 100. I.7. Existência de regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto, incluindo sobre quóruns constitutivos e deliberativos ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial. O exercício do direito de voto encontra-se regulado estatutariamente nos artigos 11º e 12º, os quais preceituam: (i) um número mínimo de 100 acções para conferir direito a um voto, contemplando todavia a possibilidade de, accionistas detentores de um número inferior a este, poderem agrupar-se até perfazerem o número mínimo de acções requerido e fazerem-se representar por um dos agrupados. (ii) Todas as representações devem ser comunicadas ao Presidente da Assembleia Geral com uma antecedência mínima de 5 dias úteis em relação à data da realização da assembleia, por escrito e devidamente assinadas pelos mandantes. (iii) O bloqueio das acções para efeitos de participação dos seus detentores na assembleia-geral deve ocorrer com uma antecedência mínima de cinco dias em relação à data da mesma.

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(iv) Os accionistas com direito a voto podem fazer-se representar na assembleia por qualquer outra pessoa singular capaz que, para o efeito, designem. A empresa disponibiliza no seu sítio, em www.cires.pt modelos de cartas de representação para maior comodidade dos seus accionistas, pessoas singulares ou colectivas, bastando o preenchimento destes modelos e o seu envio, por correio, ao cuidado do Presidente da mesa da assembleia-geral. (v) A assembleia-geral só poderá validamente reunir-se, em primeira convocação, quando estiverem presentes ou representados accionistas titulares de acções que representam, no mínimo, metade do capital social. (vi) Salvo nos casos em que a lei exige maioria qualificada, as deliberações são tomadas por maioria simples dos votos emitidos. Os estatutos da sociedade não prevêm quaisquer quóruns deliberativos ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial.

I.8. Existência de regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto por correspondência.

O exercício do direito de voto por correspondência encontra-se regulado estatutariamente nas alíneas 3., 4., 5. e 6. do artigo 12º . Assim, é reconhecido o direito ao voto por correspondência, devendo a declaração de voto emitida ser recebida na sociedade com a antecedência mínima de 5 dias em relação à data da assembleia. Os votos por correspondência contam para a formação do quorum constitutivo da assembleia-geral e valem como votos negativos em relação às propostas apresentadas após a emissão, cabendo ao Presidente da mesa certificar a sua autenticidade e assegurar a sua confidencialidade até ao momento da votação. Contudo, considera-se revogado o voto por correspondência se o accionista ou seu representante vierem a estar presentes na assembleia.

I.9. Disponibilização de um modelo para o exercício do direito de voto por correspondência A CIRES coloca à disposição dos interessados, no seu sítio na Internet, um modelo para o exercício do direito de voto por correspondência, no qual são dadas informações sobre o modo de proceder para que o accionista possa efectivar esse direito. Neste documento constam os assuntos sujeitos a sufrágio indicados na convocatória. O texto da Convocatória da assembleia-geral anual da CIRES informa designadamente que o direito de voto pode ser exercido por correspondência, através de declaração de voto enviada para a sede da sociedade, com a antecedência mínima de 5 dias em relação à data da assembleia-geral. Mais esclarece que as declarações de voto por correspondência devem especificar as matérias constantes da convocatória e ser assinadas pelo accionista. As declarações de voto devem constar de envelope fechado, inserido dentro de outro, dirigido, sob registo, ao Presidente da mesa da assembleia, com expressa indicação do fim a que se destina.

I.10. Exigência de prazo que medeie entre a recepção da declaração de voto por correspondência e a data da realização da assembleia-geral.

Tal como já referido em I.8. o prazo entre a recepção da declaração de voto por correspondência e a data da realização da assembleia-geral é de 5 dias.

I.11. Exercício do direito de voto por meios electrónicos. Não está prevista a efectivação do exercício do direito de voto por meios electrónicos, principalmente em virtude da limitada divulgação da assinatura digital certificada. I.12. Informação sobre a intervenção da assembleia-geral no que respeita à política de remuneração da sociedade e à avaliação do desempenho dos membros do órgão de administração. Cabe à assembleia-geral proceder à apreciação da administração, nos termos da alínea c) do nº 1 do artº 376º do Código das Sociedades Comerciais, sendo este o momento em que se avalia o desempenho dos membros do órgão de administração. Quanto ao papel reservado à assembleia-geral em matéria de política de remuneração da sociedade, a Comissão de Vencimentos submeteu a aprovação e viu aprovada por deliberação da Assembleia Geral de 30 de Março de 2006, os critérios de fixação das remunerações dos órgãos sociais da empresa a observar para o triénio de 2006/2008. Posteriormente,

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na assembleia-geral de 18 de Abril de 2008, a mesma Comissão submeteu nova proposta com vista à adequação da política de remunerações ao novo modelo de fiscalização da sociedade através da criação de um Conselho Fiscal e do Revisor Oficial de Contas. Foi ainda incluída nesta proposta uma declaração da Comissão de Vencimentos na qual atesta que a remuneração dos titulares dos órgãos de administração e de fiscalização da sociedade seguiu os critérios estabelecidos. I.13. Indicação das medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão grave no património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança de composição do órgão de administração. Não existem tais medidas I.14. Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade, bem como os efeitos respectivos, salvo se, pela sua natureza, a divulgação dos mesmos for seriamente prejudicial para a sociedade, excepto se a sociedade for especificamente obrigada a divulgar essas informações por força de outros imperativos legais. Não existem I.15. Acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na acepção do nº 3 do artigo 248-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade. As condições de reintegração ou cessação da relação de trabalho de administradores que tenham sido quadros da empresa, após a cessação de funções como administradores, estão contratualmente definidas. Não há outros acordos estabelecidos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes.

Capítulo II

Órgãos de Administração e Fiscalização II.1.Identificação e composição dos órgãos da sociedade: Mesa da Assembleia Geral Presidente: Sr. Dr. Fernando Durão Vice-Presidente: Sr. Dr. José Calheiros Rebelo Pereira Secretária, Srª. Drª. Sofia Baião Horta.

Comissão de Vencimentos

Presidente: Sr. Dr. Fernando Durão, conforme estabelecido estatutariamente, por ocupar o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Vogal: Sr. Engº Joaquim José Henriques Lopes de Carvalho Vogal: Companhia de Seguros Tranquilidade- Vida, S.A., representada pelo Sr. Eduardo Antunes Stock. Os membros da Comissão de Vencimentos são independentes em relação aos membros do órgão de administração.

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Conselho Fiscal

Presidente: Sr. Dr. Manuel Jorge Rocha Pedroso de Lima Vogal efectivo: Sr. General José Lemos Ferreira Vogal efectivo: Sr. Engº José Manuel Machado Suplente: Sr. Engº António José Guimarães Barral

Órgão de administração Administradores Executivos: Presidente: Professor Engº Ricardo Manuel Simões Bayão Horta, Vice-Presidente: Engº Luís Alberto Moura de Sousa Montelobo, Administrador: Engº Rogério Abrantes Batista Pratas. Administradores Não Executivos Não Independentes: Engº. Toshiaki Maruyama Dr. Christopher Edward Tane; Dr. Robert Kantyka;

Secretária da Sociedade

Dra. Sofia Baião Horta Dra. Manuela Domingues (suplente)

II.2. Identificação e composição de outras comissões constituídas com competências em matéria de administração ou fiscalização da sociedade. Não existem outras comissões constituídas com competências em matéria de administração ou fiscalização da sociedade.

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II.3. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da sociedade, incluindo informação sobre o âmbito das delegações de competências ou distribuição de pelouros entre os titulares dos órgãos de administração ou de fiscalização e lista das matérias indelegáveis.

Os objectivos estratégicos da Empresa são estabelecidos ao nível do Conselho de Administração, num processo de decisão que se articula com a Direcção Geral Industrial, responsável designadamente pela área de Planeamento e Investimento, e a Direcção Geral de Aprovisionamento e Logística, à qual compete a implementação das políticas de Aprovisionamento e Negociação da matéria-prima principal. A empresa não tem formalmente instituídas nem uma comissão de ética nem uma comissão de avaliação da estrutura e governo societários. O Conselho de Administração instituiu em 2006 um Código de Ética e um Regulamento de Detecção de Irregularidades competindo ao Conselho Fiscal dar execução a este último regulamento. II.4. Descrição dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade, designadamente, quanto ao processo de divulgação de informação financeira. A Cires atingiu um elevado grau de especialização e notoriedade no fabrico de resinas de PVC dos tipos suspensão e emulsão e, através das suas associadas, no fabrico de compostos termoplásticos para a indústria transformadora. As resinas de PVC, em especial as de suspensão, que constituem cerca de 90% do consumo, são commodities, cujo preço na Europa segue a tendência de desempenho da economia da zona euro. No contexto concorrencial inter-materiais termoplásticos, o PVC apresenta estruturalmente uma importante vantagem em termos de eco-sustentabilidade, por depender em apenas 43% de matérias-primas petroquímicas, o que lhe confere menor sensibilidade face às variações de preço do petróleo. Esta característica que lhe advém da natureza molecular estrutural, é também a razão da sua utilização num largo espectro de aplicações, estando presente em várias e diversificadas utilizações correntes, principalmente na indústria da construção, que absorve cerca de 65% das aplicações, mas igualmente na embalagem, indústria automóvel, etc. Assim, embora apresentando notória sensibilidade ao sector da construção, o negócio de PVC não está excessivamente dependente do desempenho de um único sector da actividade económica. Todavia a situação de recessão generalizada como a que se desenvolveu na Península

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DIRECTORDE DESENVOLVIMENTO

DIRECTOR GERALDE APROVISIONAMENTO E LOGÍSTICA

DIRECTORDA QUALIDADE

LEGENDA:

= Ligação hierárquica e funcional

= Ligação funcional

DIRECTOR GERALINDUSTRIAL

DIRECTORDE VENDAS DE ESPECIALIDADES

E EXPORTAÇÃO

DIRECTORDE PRODUÇÃO

DIRECTORDE AUTOMAÇÃO

E SISTEMAS

DIRECTORDE PLANEAMENTO E PROJECTOS

DIRECTORDE SEGURANÇA E AMBIENTE

DIRECTORDE RECURSOS HUMANOS

SECRETÁRIA DE DIRECÇÃO

DIRECTORDE MANUTENÇÃO

DIRECTOR ADMINISTRATIVO

E FINANCEIRO

DIRECTORDE VENDAS DO

MERCADO IBÉRICO

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Ibérica, em especial em Espanha, na segunda metade de 2008, impõe uma sensível contracção na actividade da empresa, só parcialmente compensada com o alargamento a mercados de menor proximidade, aumentando o risco do negócio.

A Cires não produz a matéria-prima necessária aos seus fabricos, assegurando grande parte do aprovisionamento mediante a contratualização de fornecimentos numa base temporal estável, designadamente de fornecedores que fazem parte do seu quadro de accionistas de referência. Desta forma é suprido o risco de abastecimento para o essencial das suas necessidades e assegurada em termos pluri-anuais a disponibilidade da matéria-prima base, permitindo que a empresa disponha de condições estabilizadas adequadas ao seu desenvolvimento. A empresa possui um plano de coberturas do risco do negócio que contempla as áreas fundamentais de exploração: (i) Risco das Instalações - A empresa contrata apólices que garantem uma cobertura all risks, designadamente de incêndio e explosão, abrangendo todo o equipamento da fábrica pelo seu valor de reposição em novo, assegurando igualmente a cobertura de quebra e avaria de máquinas no caso da unidade de co-geração, e de lucros cessantes em relação aos encargos permanentes e ao resultado corrente, bem como a responsabilidade civil da exploração e dos produtos; (ii) Na área financeira, a empresa segue um princípio conservador tendendo à menor exposição possível aos riscos de taxa de câmbio, da taxa de juro e de incobráveis. Neste aspecto, e como tradicionalmente, a CIRES vem desde há largos anos mantendo a sua carteira de clientes segura com um bom grau de cobertura, designadamente através de seguros de crédito; (iii) No que concerne à exploração corrente, comercial e industrial, a empresa mantém a conformidade com os padrões exigíveis no âmbito da certificação internacional nos termos da ISO 9001 e ISO 14001 reconhecida pela APCER- Associação Portuguesa de Certificação, e obteve em 2008 a certificação do sistema de segurança pela norma OHSAS 18001. Por outro lado, a CIRES recorre com regularidade a prestadores de serviço de auditoria em matéria de acompanhamento, controlo e supervisão, quer no domínio económico-financeiro quer no da segurança das instalações. II.5. Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento de capital São atribuídos estatutariamente ao órgão de administração os seguintes poderes: (i) deslocação da sede da sociedade dentro do território nacional (ii) criação, no país ou no estrangeiro, de sucursais, agências, delegações ou qualquer outra forma legal de representação. (iii) delegação da gestão corrente da sociedade num ou mais administradores ou, alternativamente, numa comissão executiva. (iv) decisão, por votação maioritária da totalidade dos seus membros, presentes ou ausentes, sobre o número, atribuições de funções dos administradores-delegados ou da comissão executiva, bem como sobre a sua estrutura interna. (v) competência para o exercício de todas as funções que lhe são conferidas por lei e pelos estatutos, pertencendo-lhe os poderes exclusivos de gerir e de representar a Sociedade em juízo e fora dele. (vi) para conferir procurações a pessoas alheias ao Conselho delegando-lhes os poderes que julgar convenientes (vii) submeter a assembleia-geral proposta de aplicação dos resultados. Não são admitidas deliberações sobre aumentos de capital pelo órgão de administração, dado inexistir previsão expressa sobre esta matéria nos estatutos da sociedade. II.6. Indicação sobre a existência de regulamentos de funcionamento dos órgãos da sociedade, ou outras regras relativas a incompatibilidades definidas internamente e a número máximo de cargos acumuláveis, e o local onde os mesmos podem ser consultados. Não existem instituídos regulamentos de funcionamento dos órgãos da sociedade, nem se encontra regulado o número máximo de cargos acumuláveis. No entanto, existem regras definidas internamente no que respeita ao acesso de administradores a informação sensível da CIRES, quando estes exercem por conta própria ou alheia actividade concorrente com a da sociedade. Foi deliberado na assembleia-geral de accionistas de 24 de Maio de 2007, sob proposta do órgão de administração, as condições de acesso a essa informação, fazendo-se designadamente depender de deliberação favorável do órgão de administração, em que não votará o administrador interessado, mediante pedido justificado e expressa garantia de confidencialidade. Foi ainda prevista na mesma deliberação que, no caso de vir a ser designada uma comissão executiva pelo Conselho de Administração da CIRES, a decisão será por ela tomada, precedendo parecer do Conselho Fiscal. Encontra-se igualmente caracterizada o que se entende por informação sensível, sendo aquela (i) relacionada com processos de fabrico que a CIRES esteja por motivos contratuais impedida de revelar a terceiros ou não o deva fazer por vantagem competitiva; (ii) a relacionada com a identificação dos clientes e fornecedores, preços de aquisição, designadamente de matérias-primas, quantidades adquiridas e vendidas; (iii) quando for de recear que o administrador possa utilizar a

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informação para fins estranhos à sociedade e com prejuízo desta ou de algum dos seus accionistas; (iv) quando ocasione a violação de segredo imposto por lei; (v) em geral, quando a informação seja susceptível de prejudicar a sociedade ou qualquer dos seus accionistas. Esta deliberação encontra-se acessível ao público no sítio da empresa. Posteriormente, em reunião do órgão de administração, datada de 17 de Julho de 2007, o Conselho propôs que o Presidente do Conselho Fiscal que participa nas reuniões do Conselho de Administração tivesse também a incumbência – que foi aceite - de assinalar eventuais situações que se enquadrem no âmbito de informação sensível, alertando o Conselho quando necessário para a necessidade de adoptar algum procedimento específico por forma a salvaguardar devidamente o disposto na lei sobre o assunto. II.7. Regras aplicáveis à designação e à substituição dos membros dos órgãos de administração e fiscalização.

Regras consagradas nos estatutos da sociedade aplicáveis à designação e à substituição dos membros do órgão de administração: O Conselho de Administração, eleito pela Assembleia Geral, que, também designará o Presidente, será composto por um número mínimo de 3 e o máximo de 7 membros. A Assembleia Geral pode, ainda, designar o Vice-Presidente do Conselho de Administração, que substituirá o Presidente na sua falta, ausência ou impedimento ou sempre que este expressamente o mandate para o exercício de determinado acto da sua competência própria. Nas ausências ou impedimentos do Vice-Presidente eleito pela Assembleia Geral nos termos do n.º 1, ou na sua falta, o Conselho de Administração pode designar um dos seus membros para o exercício do cargo. Se a falta, ausência ou impedimento do Vice-Presidente forem definitivos, ou a Assembleia Geral não proceder à sua eleição, a designação do Vice-Presidente, nos termos do n.º 3, deve ser deliberada por voto unânime dos membros do Conselho de Administração em efectividade de funções e ratificada pela primeira assembleia geral seguinte.

Os accionistas que tenham votado contra a proposta que fez vencimento na eleição do Conselho de Administração, desde que representem, pelo menos 10% do capital social, terão direito a eleger um administrador, que substituirá automaticamente a pessoa menos votada na lista vencedora ou, em caso de igualdade de votos, aquela que figurar em último lugar na mesma lista.

A propositura de nomes será, igualmente, feita por accionistas detentores de, pelo menos, 10% do capital social.

Sendo proposto mais de um nome, será eleito o que recolher maior número de votos.

No caso de ser eleita uma pessoa colectiva para o cargo de Administrador, tal entidade deverá comunicar ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral o nome da pessoa singular que irá exercer tais funções. A pessoa singular que exerça o cargo de Administrador, pode, em qualquer altura, ser substituída mediante comunicação da pessoa colectiva que a tiver designado, dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

Regras consagradas nos estatutos da sociedade aplicáveis à designação e à substituição dos membros do órgão de fiscalização: A fiscalização da sociedade compete a um Conselho Fiscal composto por 3 membros efectivos e um ou dois suplentes, eleitos pela Assembleia Geral que também designará o Presidente. II.8. Número de reuniões dos órgãos de administração e fiscalização e de outras comissões constituídas com competência em matéria de administração e fiscalização durante o exercício em causa O órgão de administração realizou em 2008, 6 reuniões. Estatutariamente está prevista no mínimo, uma reunião trimestral.O órgão de fiscalização realizou em 2008, 4 reuniões. Estatutariamente está prevista no mínimo, uma reunião trimestral. II.9 Identificação dos membros do conselho de administração e de outras comissões constituídas no seu seio, distinguindo-se os membros executivos dos não executivos e, de entre estes, discriminando os membros que cumprem as regras de incompatibilidade previstas no nº 1 do artigo 414º-A do Código das Sociedades Comerciais, com excepção da prevista na alínea b), e o critério de independência previsto no nº 5 do artigo 414º, ambos do Código das Sociedades Comerciais.

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Identificação dos membros do Conselho de Administração, sendo que todos cumprem as regras de incompatibilidade previstas no nº 1 do artigo 414º-A do Código das Sociedades Comerciais:

Administradores Executivos: Presidente: Professor Engº Ricardo Manuel Simões Bayão Horta, Vice-Presidente: Engº Luís Alberto Moura de Sousa Montelobo, Administrador: Engº Rogério Abrantes Batista Pratas. Administradores Não Executivos Não Independentes: Engª. Toshiaki Maruyama; Dr. Christopher Edward Tane; Dr. Robert Kantyka;

II.10 Qualificações profissionais dos membros do conselho de administração, a indicação das actividades profissionais por si exercidas, pelo menos, nos últimos cinco anos, o número de acções da sociedade de que são titulares, data da primeira designação e data do termo do mandato.

a) Qualificações profissionais:

Professor Engº Ricardo Manuel Simões Bayão Horta: Engº Químico Industrial- Instituto Superior Técnico (1959); Master of Science – Universidade de Birmingham (UK)- (1966) Philosophy Doctor- Universidade de Birmingham (UK) – (1968) Doutor em Engenharia – Instituto Superior Técnico (1973) Professor Extraordinário – Instituto Superior Técnico (1975) Professor Catedrático – Instituto Superior Técnico (1979)

Engº Luís Alberto Moura de Sousa Montelobo: Licenciado em Engenharia Química, AMP/INSEAD Engº Rogério Abrantes Batista Pratas: Licenciado em Engenharia Química, Engº Toshiaky Maruyama, Licenciado em Engenharia Química. Dr. Christopher Edward Tane, Licenciado em Línguas Francesa e Alemã Dr. Robert Kantyka, BSC (HONS), em Microbiologia, pela Universidade de Birmingham,

b) As actividades profissionais exercidas nos últimos cinco anos (2004/2008) pelos membros do órgão de administração, para além das funções que, actualmente exercem em outras sociedades, foram as seguintes:

Presidente, Professor Engº Ricardo Manuel Simões Bayão Horta: - Vice-Presidente do Conselho Geral e de Supervisão do Banco Comercial Português, S.A. até Outubro de 2007. Engº Luís Alberto Moura de Sousa Montelobo: Administrador da SOPLASNOR- Sociedade de Plásticos do Norte, S.A. (até Setembro de 2006); Engº Rogério Abrantes Batista Pratas: Administrador da BAMISO- Produção e Serviços Energéticos, S.A. (até 2004) Administrador da SOPLASNOR, Sociedade de Plásticos do Norte, S.A. (até Setembro de 2006). c) Todos os membros do Conselho de Administração informaram que não são detentores de acções da sociedade. d) Data da primeira designação e data do termo de mandato: Todos os membros do Conselho de Administração da CIRES foram reeleitos na assembleia geral anual realizada a 30 de Março de 2006, com excepção dos srs. Christopher Edward Tane que foi designado por cooptação na reunião do Conselho de Administração de 12 de Fevereiro de 2008 e Robert Kantyka que foi designado por cooptação na reunião do Conselho de

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Administração de 18 de Abril de 2008, cooptações posteriormente ratificadas na assembleia-geral de accionistas da CIRES de 18 de Abril de 2008. Foram designados pela primeira vez como administradores nas datas seguintes: - O Presidente, Professor Engº Ricardo Manuel Simões Bayão Horta, na Assembleia Geral da CIRES de 18 de Março de 1988. - O Administrador, Engº Luís Alberto Moura de Sousa Montelobo, na Assembleia Geral da CIRES de 26 de Março de 1999 e eleito Vice-Presidente em 30 de Março de 2006. - O Administrador, Engº Rogério Abrantes Batista Pratas, na Assembleia Geral da CIRES de 26 de Março de 1999. - O Administrador: Sr. Toshiaki Maruyama, na Assembleia Geral da CIRES de 3 de Abril de 2003. - O Administrador: Sr. Christopher Edward Tane, na Assembleia Geral da CIRES de 18 de Abril de 2008. - O Administrador; Sr. Robert Kantyka, na Assembleia Geral da CIRES de 18 de Abril de 2008. O termo dos respectivos mandatos de todos os administradores efectiva-se em 2009 quando da realização da assembleia-geral de accionistas para eleição dos novos corpos sociais..

II.11. Funções que os membros do órgão de administração exercem em outras sociedades, discriminando-se as exercidas em outras sociedades do mesmo grupo, conforme aplicável.

Presidente, Professor Engº Ricardo Manuel Simões Bayão Horta:

- Presidente do Conselho de Administração da Atlansider, SGPS, S.A. - Presidente do Conselho de Administração da CIMPOR, Cimentos de Portugal SGPS, S.A.

Vice-Presidente: Engº Luís Alberto Moura de Sousa Montelobo, - Presidente do Conselho de Administração da BAMISO- Produção e Serviços Energéticos, S.A. e do Conselho de Administração da PREVINIL- Empresa Preparadora de Compostos Vinílicos, S.A., Vice-Presidente da CYGSA- Compuestos Y Granzas, S.A., e Gerente da SOCIPREV- Mediação de Seguros, Lda., sendo todas estas empresas do Grupo CIRES. - Administrador do PIEP- Pólo de Inovação e Engenharia de Polímeros. - Director da APIP- Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos

Administrador: Engº Rogério Abrantes Batista Pratas, - Presidente do Conselho de Administração da CYGSA- Compuestos Y Granzas, S.A. e Administrador da PREVINIL- Empresa Preparadora de Compostos Vinílicos, S.A., sociedades que integram o Grupo CIRES.

Administrador: Dr. Robert Kantyka: - Não exerce funções em órgãos sociais de outras empresas.

Administrador: Engº. Toshiaki Maruyama: - Não exerce funções em órgãos sociais de outras empresas

Administrador: Dr. Christopher Edward Tane: - Administrador nas seguintes empresas do Grupo INEOS Capital Ltd.: Ineos Chlor Ltd., Ineos Procurement Ltd., Ineos Chlor Energy Ltd., Ineos Chlor Sales International Ltd., Ineos Chlor Newco 2 Ltd., Ineos Chlor Newco 3 Ltd., Ineos Industrial Investments Ltd., Ineos Vinyls Ltd., Ineos Vinyls UK Ltd., Hawklease Finance Company Ltd., Ineos Vinyls Holdings Ltd., Ineos Vinyls Investments Ltd., Ineos Vinyls (II) Ltd., Vinyls Italia Ltd., Vinyls Italia 2 Ltd., Ineos Vinyls Finance plc., Ineos Vinyls Holdings Italia Srl., Ineos Vinyls Belgium SA/NV., EVC Nederland BV., Kerling AS., Hydro Polymers Ltd., Hydro Polymers AB., Ineos Holdings Norge AS., Ineos Sales Norge AS, e Ineos Intermediate Holdings Norge AS.

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II.12. Identificação dos membros do conselho fiscal, discriminando-se os membros que cumprem as regras de incompatibilidade previstas no nº1 do artigo 414º-A e o critério de independência previsto no nº 5 do artigo 414º, ambos do Código das Sociedades Comerciais.

Todos os membros do Conselho Fiscal cumprem as regras de incompatibilidade previstas no nº 1 do artigo 414º-A do Código das Sociedades Comerciais e o critério de independência previsto no nº 5 do artigo 414º, ambos do Código das Sociedades Comerciais: Presidente: Dr. Manuel Jorge Rocha Pedroso de Lima, Vogal: General José Lemos Ferreira, Vogal: Engº José Manuel Machado, Vogal suplente: Engº António José Guimarães Barral.

II.13. Qualificações profissionais dos membros do conselho fiscal, a indicação das actividades profissionais por si exercidas, pelo menos, nos últimos 5 anos, o número de acções da sociedade de que são titulares, data da primeira designação e data do termo do mandato.

a) Qualificações profissionais: Dr. Manuel Jorge Rocha Pedroso de Lima: Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Coimbra Professor Adjunto na Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa General José Lemos Ferreira: Curso da Academia Militar, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas. Engº José Manuel Machado: Licenciado em Engenharia Mecânica, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Engº António José Guimarães Barral: Licenciado em Engenharia Química Industrial pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa

b) As actividades profissionais exercidas nos últimos cinco anos (2004/2008) pelos membros do Conselho Fiscal: Dr. Manuel Jorge Rocha Pedroso de Lima: Administrador da CIRES, S.A. Gerente da Publima – Publicidade, Lda Presidente da mesa da assembleia-geral da Camin, S.A. Presidente da mesa da assembleia-geral da SOLPASNOR- Sociedade de Plásticos do Norte, S.A. Presidente da mesa da assembleia-geral da PREVINIL- Empresa Preparadora de Compostos Vinílicos, S.A. Presidente da mesa da assembleia-geral da Porta Nova, S.A. Sócio-gerente da Pedroso de Lima & Associados.- Sociedade de Advogados. General José Lemos Ferreira: Nos últimos 5 anos não exerceu qualquer cargo Engº José Manuel Machado: Administrador da PLASTVAL- Valorização de Resíduos Plásticos, S.A. Coordenador da TEPFA Portugal, no âmbito da APIP- Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos.

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Engº António José Guimarães Barral: Administrador da CYGSA, S.A. Director-Geral e Executivo da EMPOPAR, SGPS, S.A. Presidente da Comissão Executiva da Sociedade Ponto Verde.

c) Lista de acções da CIRES, S.A detidas pelos membros do Conselho Fiscal: Dr. Manuel Jorge Rocha Pedroso de Lima: 1000 acções; General José Lemos Ferreira: 10 acções; Engº José Manuel Machado: 50 acções: Engº António José Guimarães Barral: 100 acções d) Data da primeira designação e data do termo de mandato: Todos os membros do Conselho Fiscal da CIRES foram eleitos pela primeira vez na assembleia geral anual realizada a 24 de Maio de 2007 e o termo dos respectivos mandatos efectiva-se em 2009 quando da realização da Assembleia Geral de accionistas para eleição do novo Conselho de Administração, por forma a coincidir com o dos actuais membros dos corpos gerentes. II.14. Funções que os membros do conselho fiscal exercem em outras actividades, discriminando-se as exercidas em outras sociedades do mesmo grupo.

Actualmente, o Presidente do Conselho Fiscal, Sr. Dr. Manuel Jorge Rocha Pedroso de Lima exerce advocacia e é Presidente das mesas das assembleias gerais das empresas do grupo: Bamiso- Produção e Serviços Energéticos, S.A. e Previnil- Empresa Preparadora de Compostos Vinílicos, S.A. Os restantes membros do Conselho Fiscal não exercem actividade em outras empresas do grupo Cires.

II.15. Identificação dos membros do conselho geral e de supervisão e de outras comissões constituídas no seu seio, discriminando-se, os membros que cumprem as regras de incompatibilidade previstas no nº1 do artigo 414º-A, incluindo a línea f), e o critério de independência previsto no nº 5 do artigo 414º, ambos do Código das Sociedades Comerciais.

Não se aplica.

II.16. Qualificações profissionais dos membros do conselho geral e de supervisão e de outras comissões constituídas no seu seio, a indicação das actividades profissionais por si exercidas, pelo menos, nos últimos cinco anos, o número de acções da sociedade de que são titulares, data da primeira designação e data do termo do mandato.

Não se aplica.

II.17. Funções que os membros do conselho geral e de supervisão e de outras comissões constituídas no seu seio exercem em outras sociedades discriminando-se as exercidas em outras sociedades do mesmo grupo. Não se aplica

II.18 Descrição da política de remuneração, incluindo, designadamente, os meios de alinhamento dos interesses dos administradores com o interesse da sociedade e a avaliação de desempenho, distinguindo os administradores executivos dos não executivos, e um resumo e explicação da política da sociedade relativamente aos termos de compensações negociadas contratualmente ou através de transacção em caso de destituição e outros pagamentos ligados à cessação antecipada dos contratos.

A CIRES pratica uma política de remuneração, em todos os níveis da organização, com uma componente variável função do desempenho da empresa. A remuneração do Órgão de Administração não está dependente da evolução da cotação das

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acções. Seguindo a política tradicionalmente adoptada pela CIRES, a Comissão de Vencimentos tem vindo a seguir os seguintes critérios na fixação das remunerações dos orgãos sociais:

a. atribuição de uma remuneração mensal fixa apenas nos casos em que as funções desempenhadas tenham características de regularidade e permanência. Estão incluídas nesta categoria os Administradores com funções executivas, os membros do Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas.

b. No caso dos Administradores com funções executivas, para além da sua remuneração mensal fixa, está estabelecido que recebam uma compensação, no caso de terem cumprido mais de três mandatos completos, nos termos das normas oportunamente aprovadas pela Assembleia Geral da empresa de 29 de Março de 2001, não tendo direito a qualquer participação nos resultados do exercício nem direito de atribuição ou de opção sobre acções da empresa.

c. Não existem quaisquer normas aplicáveis às indemnizações a conceder em caso de destituição ou cessação antecipada de contratos.

d. Aos administradores com funções executivas que exerçam cargos nos órgãos de administração ou desempenhem funções de acompanhamento da gestão de outra empresa do Grupo é-lhes, por esse facto, reconhecido o direito a auferirem uma retribuição complementar, regular e fixa.

e. Aos membros do CA tem sido concedida, quando os resultados o justificam, uma percentagem dos lucros do exercício. No entanto, essa atribuição tem resultado de deliberação específica da Assembleia Geral, sob proposta de accionistas, sem qualquer intervenção da Comissão de Vencimentos.

f. os restantes membros dos orgãos sociais, incluindo os Administradores não-executivos, são remunerados através de senhas de presença.

g. A Comissão de Vencimentos apresenta anualmente à Assembleia Geral declaração sobre a política de remuneração adoptada.

II.19. Indicação da composição da comissão de remunerações ou órgão equivalente, quando exista, identificando os respectivos membros que sejam também membros do órgão de administração, bem como os seus cônjuges, parentes e afins em linha recta até ao 3º grau, inclusivé.

Comissão de Vencimentos

Presidente: Sr. Dr. Fernando Durão por inerência de funções sendo o Presidente da Mesa da Assembleia Geral Vogal: Sr. Engº Joaquim José Henriques Lopes de Carvalho Vogal: Companhia de Seguros Tranquilidade- Vida, S.A., representada pelo Sr. Eduardo Antunes Stock. Os membros da Comissão de Vencimentos são independentes em relação aos membros do órgão de administração. II.20. Indicação da remuneração, individual ou colectiva, entendida em sentido amplo, de forma a incluir, designadamente, prémios de desempenho, auferida, no exercício em causa, pelos membros do órgão de administração. A remuneração total atribuída ao órgão de administração da CIRES incluindo os montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo, foi de 1.236.251,69 euros dos quais 101.501,69 euros de carácter variável. Não houve diferimento do pagamento da componente variável; No caso dos Administradores executivos, a componente fixa de remuneração foi de 1.101.000,00 euros e a variável de 95.501,69 euros, tendo sido atribuída aos Administradores não executivos uma remuneração, a título de senhas de presença, de 33.750,00 euros e uma remuneração variável de 6.000,00 euros. Aos Administradores foi atribuída uma participação nos lucros aprovada sob proposta dos accionistas na assembleia-geral da CIRES de 18 de Abril de 2008, num total de 53,250 euros Os Administradores não têm direito a qualquer participação nos resultados do exercício nem direito de atribuição ou de opção sobre acções da empresa. II.21. Indicação, em termos individuais, dos montantes cujo pagamento esteja previsto, independentemente da sua natureza, em caso de cessação de funções durante o mandato, quando excedam o dobro da remuneração mensal fixa. Não estão previstos pagamentos e quaisquer montantes em caso de cessação de funções durante o mandato.

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II.22. Informação sobre a política de comunicação de irregularidades adoptada na sociedade. A empresa dispõe e encontra-se formalmente instituído o Regulamento de Detecção de Irregularidades que está disponível no sítio da empresa na Internet. O regulamento visa definir os procedimentos que devem ser adoptados no âmbito interno da CIRES, quando sejam detectadas e reportadas irregularidades cometidas por qualquer representante ou trabalhador da empresa, nomeadamente de natureza financeira ou contabilística, práticas que ponham em perigo a segurança das pessoas, apresentem riscos para o ambiente ou para o público ou violem outras normas do Código de Ética da CIRES. A CIRES assegura a confidencialidade da autoria da participação, a inexistência de qualquer comportamento discriminatório, por parte da sociedade em relação ao autor da denúncia e uma adequada averiguação dos factos participados e uma deliberação sobre eles.

Capítulo III

Informação

III.1. Estrutura de capital, incluindo indicação das acções não admitidas à negociação, diferentes categorias de acções, direitos e deveres inerentes às mesmas e percentagem de capital que cada categoria representa. O capital da CIRES é constituído por 15.000.000 de acções ordinárias e escriturais que se encontram na sua totalidade admitidas à negociação em bolsa. III. 2. Participações qualificadas no capital social da emitente, calculadas nos termos do artigo 20º do Código de Valores Mobiliários. Accionistas detentores de participações qualificadas: - INEOS Chlor Vinyls Holdings B.V., 3.934.725 acções e de 26,23% dos direitos de voto, - Shin Etsu International Europe, B.V., 3.911.220 acções e de 26,07% dos direitos de voto; - Mitsui & Co. Europe, PLC, 2.535.260 acções;* - Mitsui & Co. Portugal, Lda., 1.219.545 acções;* - Mitsui & Co. Japan, Ltd. 156.420 acções;.* - Fundo de Pensões Grupo Banco Comercial Português, 1.448.366 acções e de 9,66% dos direitos de voto; * O grupo de empresas Mitsui detém, conjuntamente, 3.911.225 acções, correspondente a 26,07% dos direitos de voto; No seu total, as participações qualificadas somam 13.205.536 acções às quais correspondem 88,03% dos direitos de voto. A carteira de acções próprias da empresa, em 2008 ascendia a 272.755 acções, correspondente a 1,82% do capital social. III.3. Identificação de accionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos. Não existem accionistas titulares de direitos especiais. III.4. Eventuais restrições à transmissibilidade das acções, tais como cláusulas de consentimento para a alienação, ou limitações à titularidade de acções. Não existem restrições à transmissibilidade das acções da CIRES. III.5. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto.

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Não existem acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade. III.6. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade. Os estatutos da sociedade são alterados em sede de assembleia-geral , nos termos previstos nos nº 3. e 4 do artº 386º do Código das Sociedades Comerciais. III.7. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes. Não estão previstos mecanismos de controlo para um eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital da empresa. III.8. Descrição da evolução da cotação das acções do emitente. No decorrer do ano de 2008 registou-se um volume total de transacções de títulos da CIRES na Euronext - Lisboa de 266.930 acções versus 321.889 acções transaccionadas em 2007. O maior volume de transacções de títulos da CIRES registou-se no mês de Dezembro com 115.986 acções. O valor mais elevado da cotação foi atingido em 2 de Janeiro de 2008 (€1,75) e a cotação mais baixa verificou-se em 28de Novembro de 2008 (€1,25 ). A média das cotações fixou-se nos €1,55 e a última cotação de referência do ano de 2008 foi € 1,54 . Numa apreciação geral, a tendência verificada nas cotações dos títulos da CIRES foi de ligeira queda durante o ano de 2008 . Tendo como padrão o PSI20, verificamos que as cotações da CIRES tiveram um comportamento diferente ao verificado por este índice até Junho, passando a partir daí a acompanhar a evolução do PSI20 até Dezembro de 2008. Nessa altura, as acções da CIRES sofreram uma forte valorização na sequência do anúncio da OPA lançada pela Shin Etsu International Europe, B.V. afastando-se assim daquele referencial. Durante o ano fiscal de 2008 não foi criada qualquer categoria de títulos. Não foi perceptível qualquer alteração significativa na tendência das cotações dos títulos da CIRES resultante da publicação dos relatórios e contas trimestrais e semestrais de 2008. III.9. Descrição da política de distribuição de dividendos adoptada pela sociedade identificando, designadamente, o valor do dividendo por acção distribuído nos três últimos exercícios. Nestes últimos exercícios a CIRES teve uma política prudente de remuneração do capital accionista, atribuindo um dividendo em média no período de 3,50 cêntimos por acção, atendendo ao nível de resultados apurados, muito condicionados face à situação de enquadramento macroeconómico e sectorial em que tem decorrido a actividade da empresa, frequentemente limitando o pleno desenvolvimento do negócio. Nos últimos exercícios os resultados líquidos e os dividendos pagos (valores em euros) constam do quadro seguinte: Ano Resultado Líquido Dividendo ilíquido/acção* 2005 825.782 0,035 2006 1.162.498 0,035 2007 644.594 0,035 *Retenção à taxa de IRS/IRC de 20%, resultando um dividendo líquido de 0,0280 euros por acção, podendo contudo o dividendo líquido ser diverso deste, em função do enquadramento fiscal dos accionistas (Fundos de Pensões, accionistas estrangeiros que beneficiem de acordos fiscais de eliminação de dupla tributação, etc.). III.10. Descrição das principais características dos planos de atribuição de acções e dos planos de atribuição de opções de aquisição de acções adoptados ou vigentes no exercício em causa,designadamente justificação para a adopção do plano, categoria e número de destinatários do plano, condições de atribuição, cláusulas de inalienabilidade de acções, critérios relativos ao preço das acções e o preço de exercício das opções, período durante o qual as opções podem ser exercidas, característica das acções a atribuir, existência de incentivos para a aquisição de acções e ou exercício de opções e competência do órgão de administração para a execução e ou modificação do plano.

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Não se aplica. III.11. Descrição dos elementos principais dos negócios e operações realizados entre, de um lado, a sociedade e, de outro, os membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo, desde que sejam significativos em termos económicos para qualquer das partes envolvidas, excepto no que respeita aos negócios ou operações que, cumulativamente, sejam realizados em condições normais de mercado para operações similares e façam parte da actividade corrente da sociedade. A CIRES mantém, tradicionalmente, relações comerciais com os seus três accionistas de referência e com as empresas que integram o Grupo e que se encontram, perante a CIRES, numa relação de domínio total. Os negócios e operações enquadráveis no âmbito deste ponto foram realizados em condições normais de mercado para operações similares correntes da empresa, não se verificando nenhuma alteração conceptual relativamente a exercícios anteriores. A CIRES não realizou neste exercício quaisquer negócios ou operações comerciais com os membros dos órgãos de administração e fiscalização. III.12. Referência à existência de um Gabinete de Apoio ao Investidor ou a outro serviço similar. Embora não exista formalmente constituído na CIRES um Gabinete de Apoio ao Investidor, as funções que a este competiriam são desempenhadas pelo Gabinete da Administração da CIRES, sob a direcção e responsabilidade directas do Conselho de Administração e em articulação com o Representante para as Relações com o Mercado, o seu Administrador, Senhor Engº Rogério Abrantes Batista Pratas. Este Gabinete, tem a missão de prestar informação e de publicitar junto do mercado todos os assuntos e factos relevantes no âmbito e no cumprimento das obrigações legais e regulamentares que decorrem da sua condição de empresa de capital aberto, designadamente “factos relevantes”, bem como a de preparação dos documentos de reporte trimestral, semestral e anual. É também responsável pela preparação e divulgação de eventos societários, designadamente Assembleias Gerais. Cabe ainda ao Gabinete da Administração receber e dar seguimento às solicitações de investidores e outros stakeholders, em matéria de informação promovendo a sua satisfação. Neste contexto, é responsável pela manutenção e gestão dos conteúdos do sítio da CIRES, www.cires.pt e em particular por aqueles que mais directamente dizem respeito à comunidade investidora, disponibilizando e complementando voluntariamente toda a informação a que se encontra obrigado pelos canais tradicionais, no sentido de encorajar uma participação mais activa por parte dos investidores na vida societária. O Gabinete da Administração poderá ser contactado através do endereço [email protected] localizado na página de contactos deste sítio, pelo telefone 234 811 200, pelo fax 234 811 204, à atenção do Sr. Dr. Paulo Jorge Almeida, ou ainda através de carta para:

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Apartado 20 Lugar do Samouqueiro- Avanca

3864-752 ESTARREJA III.13. Indicação do montante da remuneração anual paga ao auditor e a outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede suportada pela sociedade e ou por pessoas colectivas em relação de domínio ou de grupo e, bem assim, discriminação da percentagem respeitante aos serviços de revisão legal de contas, outros serviços de garantia de fiabilidade, serviços de consultoria fiscal, outros serviços que não de revisão legal de contas. O montante da remuneração anual paga pela CIRES e empresas em relação de domínio ou de grupo ao Auditor Pricewaterhouse Coopers & Associados, SROC, por serviços de revisão legal de contas, ascendeu no ano de 2008 a 82.500 euros. A este valor deverá ainda ser adicionado o montante de 11.051 euros pagos pela associada espanhola CYGSA ao seu

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auditor, “Auditebro” pela prestação dos mesmos serviços, ascendendo assim a 93.551 euros o montante de remuneração anual paga a auditores. Foi ainda realizado um estudo enquadrável na alínea c) deste número pela Pricewaterhouse Coopers & Associados, SROC sobre análise de procedimentos da CIRES, no valor de 7.500 euros. Estes serviços são completamente laterais ao trabalho dos auditores e foram prestados por funcionários que não participaram em qualquer trabalho de auditoria do grupo, conforme consta de declaração de salvaguarda de independência do auditor.

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Informação referente aos artigos 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais e ao artigo 20º do Código de Valores Mobiliários Artigo 447º Não foi comunicada à Sociedade pelos membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, a titularidade, aquisições, onerações, cessações de titularidade ou contratos equiparados relativos a acções ou obrigações da mesma sociedade ou de sociedades com as quais esta esteja em relação de domínio ou de grupo, quer quanto aos citados membros, quer quanto às pessoas ou sociedades referidas no nº2 do artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais Artigo 448º Accionistas detentores de mais de 10% do capital social: INEOS ChlorVinyls Holdings B.V 3 934 725 acções Shin Etsu International Europe, B.V. 3 911 220 acções Mitsui & Co. Europe PLC. 2 535 260 acções Fundo de Pensões Grupo Banco Comercial Português. 1 448 366 acções Artigo 20º do Código de Valores Mobiliários: Dando cumprimento ao disposto no Código de Valores Mobiliários, em articulação com o regulamento da CMVM n.º 4/2004, com a redacção que lhe foi dada pelo regulamento da CMVM n.º 10/2005, informamos sobre os accionistas detentores de participações qualificadas, como se segue: INEOS ChlorVinyls Holdings B.V detentor de 3 934 725 acções e de 26,23% dos direitos de voto, Shin Etsu International Europe, B.V., detentora de 3 911 220 acções e de 26,07% dos direitos de voto; Mitsui & Co. Europe, PLC, detentor de 2 535 260 acções; Mitsui & Co. Portugal, Lda., detentor de 1 219 545 acções e Mitsui & Co. Japan, Ltd. detentor de 156 420 acções. O grupo de empresas Mitsui detém, conjuntamente, 3 911 225 acções, correspondente a 26,07% dos direitos de voto; Fundo de Pensões Grupo Banco Comercial Português, detentor de 1 448 366 acções e de 9,66% dos direitos de voto; No seu total, as participações qualificadas somam 13 205 536 acções às quais correspondem 88,03% dos direitos de voto. A carteira de acções próprias da empresa, no início do ano de 2008, apresentava um saldo de 272 755 acções. No período em análise, a CIRES não realizou qualquer operação com acções próprias, pelo que à data de 31 de Dezembro de 2008, a carteira de acções próprias da empresa se mantinha inalterada, correspondendo as acções próprias a 1,82% do capital social. A nível consolidado, a carteira de acções próprias do Grupo CIRES, ascendia à data de 31 de Dezembro de 2008, a 272 755 acções, correspondente a 1,82% do capital social.

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BALANÇO INDIVIDUAL

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

E

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

(Valores expressos em Euros)

2008

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Balanço em 31 de Dezembro de 2008 e 31 Dezembro de 2007

Notas 31/12/2008 31/12/2007

ACTIVO

Não corrente

Activos fixos tangíveis 2.4 , 6 41.131.763 41.913.324

Activos financeiros disponíveis para venda 2.7 ,7 12.704.077 12.704.077

Activos por impostos diferidos 9 2.901.315 2.438.789

Total dos activos não correntes 56.737.155 57.056.190

Corrente

Existências 2.9 e 10 6.323.799 8.307.267

Dividas comerciais a receber e outras 2.8 e 11 20.236.854 30.236.786

Outros activos correntes 12 804.841 121.991

Caixa e equivalentes de caixa 2.10 e 13 443.585 1.023.533

Total dos activos correntes 27.809.079 39.689.577

Total do activo 84.546.234 96.745.767

CAPITAL E PASSIVO

Capital 14 15.000.000 15.000.000

Reservas e resultados transitados 25.643.833 25.514.693

Resultados líquidos -1.745.398 644.594

Total do capital próprio 38.898.435 41.159.287

Passivo não corrente

Empréstimos bancários 15 14.000.000 13.000.000

Outras dividas a terceiros 16 1.427.540 1.294.492

Passivos por impostos diferidos 9 2.319.621 2.368.653

Provisões para outros riscos e encargos 2.12 , 17 575.386 399.886

Total dos passivos não correntes 18.322.547 17.063.031

Passivo corrente

Empréstimos bancários 15 3.335.179 0

Dividas comerciais a pagar e outras 2.15 e 18 21.981.034 34.390.421

Outros passivos correntes 19 2.009.039 4.133.028

Total dos passivos correntes 27.325.252 38.523.449

Total do passivo 45.647.799 55.586.480

Total do passivo e capital próprio 84.546.234 96.745.767

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Demonstração dos Resultados por Funções em 31 de Dezembro de 2008 e em 31 de Dezembro de 2007

Notas 31/12/2008 31/12/2007

Vendas e prestações de serviços 2.2,5 142.933.193 157.434.007

Custo das vendas e prestações de serviços -128.500.107 -140.416.338

Resultados brutos 14.433.086 17.017.669

Outros proveitos e ganhos operacionais 718.475 603.931

Custos de distribuição -8.827.077 -8.902.726

Custos administrativos -6.270.082 -6.185.967

Outros custos e perdas operacionias -1.175.519 -813.258

Resultados operacionais 22 -1.121.117 1.719.649

Custo líquido do financiamento 24 -1.123.910 -815.579

Ganhos (perdas) em filiais e associadas 0 0

Ganhos (perdas) em outros investimentos 0 0

Resultados não usuais ou não frequentes 0 0

Resultados correntes -2.245.027 904.070

Imposto sobre resultados correntes 2.16,9 499.629 -259.476

Resultados correntes após impostos -1.745.398 644.594

Resultados líquidos -1.745.398 644.594

Resultado por acção básico 20 -0,119 0,044

Resultado por acção diluído 20 -0,119 0,044

Nº de acções 15.000.000 15.000.000

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Demonstração das Alterações do Capital Próprio em 31 de Dezembro de 2008

Capital Reservas Resultados Resultados Total

Transitados Líquidos

Exercício de 2007

Saldo em 1 de Janeiro de 2007 15.000.000 30.173.783 -6.366.463 1.162.498 39.969.818

Aplicação de resultado de 2006 647.044 -647.044 0

Resultados líquidos do exercício 644.594 644.594

Dividendos -515.454 -515.454

Actual. do justo valor de terrenos e edifícios 1.060.329 1.060.329

Outros 0

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 15.000.000 31.234.112 -5.719.419 644.594 41.159.287

Exercício de 2008

Saldo em 1 de Janeiro de 2008 15.000.000 31.234.112 -5.719.419 644.594 41.159.287

Aplicação de resultado de 2007 129.140 0 -129.140 0

Resultados líquidos do exercício -1.745.398 -1.745.398

Dividendos -515.454 -515.454

Outros 0

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 15.000.000 31.363.252 -5.719.419 -1.745.398 38.898.435

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Demonstração dos Fluxos de Caixa Relativa ao exercício de 2008

2008 2007

Actividades operacionais Recebimentos de clientes 169 655 015 162 805 552 Pagamentos aos fornecedores -158 177 331 -142 485 985 Pagamentos ao pessoal -4 085 146 -3 766 610 Caixa gerada pelas operações 7 392 538 16 552 957 Imposto sobre o rendimento pago -131 634 -144 556 Outros recebimentos / pagamentos relativos a actividade operacional

-8 642 325 -13 289 114

Fluxos de caixa resultantes das actividades operacionais -1 381 421 3 119 287 Actividades de investimento Recebimentos provenientes de: Imobilizações corpóreas 132 367 45 103 Juros e proveitos similares 22 716 61 176 Dividendos Pagamentos respeitantes a: Aquisição de activos financeiros disponíveis para venda -175 000 Aquisição de imobilizações corpóreas -1 929 443 -2 842 286 Fluxos de caixa resultantes das actividades de investimento -1 774 360 -2 911 007 Actividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos 5 335 179 Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos -1 000 000 Juros e custos similares -1 243 991 -834 524 Dividendos -515 355 -515 355 Fluxos de caixa resultantes das actividades de financiamento 2 575 833 -1 349 879 Variação líquida de caixa e equivalentes de caixa -579 948 -1 141 599 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 1 023 533 2 165 132 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 443 585 1 023 533

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(Página em branco)

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NOTAS ANEXAS AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

(Valores expressos em Euros)

2008

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1. Informação geral

A Companhia Industrial de Resinas Sintéticas, S.A. é a empresa-mãe do Grupo CIRES e está sediada em Estarreja, Portugal.

A CIRES dedica-se fundamentalmente ao fabrico de resinas de PVC. A Sociedade foi admitida à cotação na Bolsa de Valores de Lisboa em 31 de Dezembro de 1986. Em 31 de Dezembro de 2008 a cotação de cada acção era de 1,54 euros.

2. Políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras são apresentadas na nota 2.1. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os exercícios apresentados. 2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras relativas ao ano de 2005 foram pela primeira vez preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptadas na União Europeia. Estas normas foram igualmente utilizadas na preparação das demonstrações financeiras do exercício de 2008.

As demonstrações financeiras foram preparadas tendo por base a convenção do custo histórico, excepto no que respeita aos terrenos, edifícios, activos financeiros disponíveis para venda e instrumentos derivados, os quais se encontram contabilizados pelo seu justo valor.

A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS requer o uso de algumas estimativas contabilísticas. Também requer que o órgão de gestão exerça julgamentos no processo de aplicação das políticas contabilísticas. Em 2004, as demonstrações financeiras da CIRES foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, as quais, para efeitos de IFRS, foram corrigidas de acordo com a IFRS -1 “Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro”, tendo sido tomadas as seguintes opções: Isenções facultativas na informação retrospectiva Justo valor Os terrenos e edifícios foram avaliados por entidades independentes. Os efeitos daí decorrentes constam da nota 6.5. Os restantes activos tangíveis foram registados ao custo. Os investimentos financeiros disponíveis para venda e os instrumentos financeiros derivados são registados ao justo valor sempre que não se qualifiquem como instrumentos de cobertura. Planos de benefícios de reforma De acordo com os PCGA anteriores, as responsabilidades por benefícios de reforma já se encontravam registadas nas demonstrações financeiras em conformidade com a IAS 19. Designação de instrumentos financeiros reconhecidos Atenta a irrelevância dos valores em causa, a CIRES optou por esta isenção de tratamento retroactivo. Comparativos para instrumentos financeiros A CIRES optou por não reexpressar os seus comparativos nos termos da IAS 32 e 39, pelo que, nos comparativos, a CIRES aplicou os PCGA’s anteriores aos instrumentos financeiros e transacções de cobertura. 2.2. Reconhecimento do rédito Vendas e prestação de serviços Os proveitos decorrentes das vendas são reconhecidos na demonstração dos resultados quando os riscos e vantagens inerentes à posse dos activos vendidos são transferidos para o comprador. Os proveitos associados com a prestação de serviços são reconhecidos na demonstração dos resultados quando prestados.

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O valor do rédito compreende o justo valor das vendas e prestações de serviços, líquido de impostos, descontos e abatimentos, de acordo com os seguintes critérios de reconhecimento: a) Venda de produtos O reconhecimento da venda de produtos ocorre aquando da aceitação dos mesmos pelo cliente e desde que a recuperação do crédito esteja naturalmente assegurada. b) Prestação de serviços As prestações de serviços são reconhecidas tendo por referência a relação entre o serviço prestado e o total do serviço a prestar. Subsídios Os subsídios só são reconhecidos quando recebidos ou após existir segurança de que a empresa cumprirá as condições a eles associadas. Os subsídios ao investimento são reconhecidos como passivo não corrente. O proveito subjacente é reconhecido ao longo da vida útil do activo através da transferência para resultados do valor proporcional às respectivas amortizações. Custos líquidos de financiamento Os custos líquidos de financiamento representam essencialmente juros de empréstimos obtidos, deduzidos de juros de aplicações financeiras e ganhos e perdas cambiais. Os custos financeiros líquidos são reconhecidos em resultados numa base de acréscimo durante o período a que dizem respeito. 2.3 Saldos em moeda estrangeira Os activos e passivos monetários expressos em moeda diferente do euro sempre que não existam operações de cobertura, são convertidos à taxa de câmbio em vigor à data do balanço, sendo as diferenças de câmbio daí resultantes reconhecidas nos resultados. Nos casos em que existam operações de cobertura a conversão é efectuada com base no contrato de fixação de câmbio. 2.4 Activos fixos tangíveis Os terrenos e edifícios estão registados ao justo valor pelo método do valor corrente de mercado. As restantes imobilizações são registadas ao custo de aquisição, líquido das respectivas amortizações acumuladas e de perdas de imparidade (ver nota 2.11 e nota 6). Os aumentos resultantes da avaliação dos terrenos e edifícios são creditados directamente ao capital próprio numa conta de reservas (excedente de revalorização). As diminuições de revalorização são debitadas directamente contra qualquer excedente de revalorização relatado, até ao ponto em que a diminuição não exceda a quantia escriturada nas reservas respeitantes ao mesmo activo. Todas as outras diminuições são reconhecidas como um gasto. Os custos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como activos separados, sempre que excedam o nível de desempenho originalmente avaliado do activo existente e for provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o custo do activo possa ser mensurado com fiabilidade. Todos os outros dispêndios subsequentes são reconhecidos como um gasto no período em que sejam incorridos. Amortizações As amortizações são calculadas, sobre os valores de aquisição ou justo valor, conforme o caso, pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal. As taxas anuais aplicadas reflectem satisfatoriamente a vida útil económica dos bens. As vidas úteis médias estimadas são as seguintes:

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Anos Edifícios e outras construções 25 Equipamento básico 14-20 Equipamento de transporte 8 Equipamento administrativo 8

Os ganhos ou perdas provenientes da alienação de um elemento do activo fixo tangível são determinados pela diferença entre os proveitos líquidos obtidos e a quantia escriturada do activo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados. Quando são alienados bens reavaliados, o montante incluído em outras reservas é transferido para resultados transitados.

2.5. Contratos de locação

Os contratos de locação relativamente aos quais a CIRES assume substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo locado são classificados como locações financeiras.

Os activos adquiridos em locação financeira são amortizados de acordo com a política estabelecida pela empresa para as imobilizações corpóreas. 2.6. Activos intangíveis Os activos intangíveis são registadas pelo custo de aquisição, deduzido de amortizações acumuladas e de perdas de imparidade (ver nota 2.11). Despesas de investigação e desenvolvimento

As despesas de investigação, efectuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento são capitalizadas, quando for demonstrável a exequibilidade técnica do produto ou processo em desenvolvimento e a empresa tiver intenção e capacidade de completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização ou uso. A totalidade dos custos relacionados com os diversos projectos de investigação e desenvolvimento em curso na empresa foram registados em custos correntes por se considerar não estarem cumpridos todos os requisitos previstos na IAS 38. 2.7. Investimentos financeiros Os investimentos financeiros são classificados em 4 categorias: activos financeiros ao justo valor, empréstimos concedidos, investimentos detidos até à maturidade e activos financeiros disponíveis para venda. a) Activos financeiros ao justo valor Um activo financeiro é classificado nesta categoria quando existe o propósito de venda no curto prazo. Os instrumentos financeiros derivados são também classificados nesta categoria quando detidos para “trading” e desde que não tenham sido designados de cobertura. b) Empréstimos concedidos Compreendem os activos financeiros não derivados que apresentam datas fixas ou determinados movimentos de fluxos que não estão cotados no mercado. c) Investimentos detidos até à maturidade Correspondem aos activos financeiros não derivados relativamente aos quais a gestão tem a intenção e a capacidade de os deter até à maturidade, os quais são valorizados ao justo valor. d) Activos financeiros disponíveis para venda

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Correspondem aos activos financeiros não derivados que não estão incluídos em nenhuma das categorias anteriores e são valorizados ao justo valor. A totalidade dos investimentos financeiros apresentados pela empresa encontram-se dentro desta categoria. 2.8. Dívidas comerciais a receber e outras Os saldos de clientes e devedores são reconhecidos inicialmente pelo seu valor nominal e subsequentemente mensurados ao seu custo amortizado, utilizando o método da taxa efectiva, deduzido de qualquer perda de imparidade (ver nota 11). As imparidades dos saldos dos clientes são analisadas quando existem valores em aberto face aos prazos de vencimento e ao plafond de crédito atribuído pela seguradora ou outras garantias. No apuramento das imparidades é tido em conta o montante do crédito vencido não coberto pelas garantias, o prazo em mora, a informação financeira reunida sobre o cliente e o seu histórico de crédito, sendo reconhecida uma perda de imparidade quando dessa exposição resulte uma probabilidade de incobrabilidade. 2.9. Existências As existências são valorizadas ao menor do custo ou do valor realizável líquido. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda deduzido dos custos de comercialização e venda. As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo de aquisição, acrescido de todos os outros custos e despesas até à sua entrada em armazém. O método de custeio das saídas de existências é o custo médio ponderado. 2.10. Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes inclui numerário, depósitos à ordem e aplicações de tesouraria, bem como investimentos de elevada liquidez e maturidades inferiores a 3 meses e descobertos bancários. Os descobertos bancários são apresentados em conjunto com os empréstimos obtidos de curto prazo. 2.11. Imparidade Os activos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a amortização, mas estão sujeitos a testes de imparidade anuais. Para aqueles que, tendo uma vida útil definida estão sujeitos a amortizações, realizam-se também testes de imparidade sempre que as circunstâncias se alteram e o valor pelo qual se encontram escriturados possa não ser recuperável. O valor da perda por imparidade corresponde ao valor pelo qual a quantia escriturada de um activo excede a sua quantia recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço de venda líquido de um activo (justo valor deduzido dos custos de venda) e o seu valor de uso. Para a realização de testes de imparidade, os activos são agrupados aos mais baixos níveis e identificados separadamente como unidades geradoras de fluxos de caixa (UGC). No caso dos activos tangíveis, cada fábrica foi identificada como sendo uma unidade geradora de caixa. Uma unidade geradora de caixa (UGC) é o grupo mais pequeno de activos que gera influxos de caixa provenientes do uso continuado e são, em larga medida, independentes dos influxos de caixa de outros activos ou grupos de activos. 2.12. Provisões São constituídas provisões no balanço sempre que ocorra uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado e sempre que seja provável que uma diminuição, razoavelmente estimável, de recursos incorporando benefícios económicos será exigido para liquidar essa obrigação. Uma provisão para restruturação e contratos onerosos é reconhecida quando:

a) Reestruturação

Uma provisão para reestruturação é relevada após aprovação formal de uma operação de restruturação, e esta tenha sido iniciada ou tornada pública. Os custos operacionais são considerados no valor da provisão.

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b) Contratos Onerosos Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios expectáveis da realização do contrato são inferiores aos custos decorrentes das obrigações impostas por este. 2.13. Benefícios dos empregados A empresa dispõe de dois planos de pensões, um plano de contribuição definida e um plano de benefícios definidos, ambos geridos por uma companhia de seguros. No caso do plano de benefícios definidos os pagamentos são efectuados de acordo com as necessidades do fundo determinadas por estudos actuariais. As contribuições para o plano de contribuição definida correspondem no mínimo a 1% da massa salarial (nota 21 e nota 23). É reconhecido um activo ou passivo pela diferença entre o valor das responsabilidades do plano de benefícios definidos e o valor do respectivo fundo. A empresa adoptou a política do “corridor” na contabilização do plano de benefícios definidos. 2.14. Especialização de exercícios Os rendimentos e os gastos são registados de acordo com o pressuposto do acréscimo, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas na medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas, são registadas no balanço da empresa nas rubricas outros activos correntes e outros passivos correntes, respectivamente. 2.15. Dívidas comerciais a pagar e outras Os saldos correntes de fornecedores e outros credores são registados pelo seu valor nominal. 2.16. Impostos sobre os lucros O imposto sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis do grupo consolidado fiscal e considera a tributação diferida, permanecendo os ganhos ou perdas decorrentes da tributação pelo grupo de sociedades na sociedade mãe. O imposto diferido é calculado, com base no método da responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a respectiva base tributável. A base tributável dos activos e passivos é determinada de forma a reflectir as consequências de tributação decorrentes da forma como a empresa espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus activos e passivos. Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa em vigor à data de balanço, ou a taxa que esteja já aprovada para utilização futura. São reconhecidos impostos diferidos activos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os activos poderão ser utilizados. Os impostos diferidos activos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados. 2.17. Relato por segmentos Segmento de negócio Constitui segmento de negócio, um grupo de activos e operações destinados ao fornecimento de produtos e serviços sujeitos aos mesmos riscos e retornos e que são distintos de outros. Um segmento geográfico é uma área individualizada da CIRES comprometida em prover produtos ou serviços dentro de um ambiente económico particular e que está sujeito a riscos e retornos diferentes de outras áreas que operam noutros ambientes económicos.

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2.18. Dividendos A distribuição dos dividendos aos accionistas é reconhecida como passivo no período em que a distribuição dos mesmos for aprovada. 2.19. Direitos de emissão A CIRES não faz parte do PNALE (plano nacional de alocação de licenças para emissão), pelo que não existem efeitos a reportar. 2.20. Novas normas, alterações e interpretações a normas existentes Existem novas normas, alterações e interpretações efectuadas a normas existentes que, apesar de já estarem publicadas, a sua aplicação apenas é obrigatória para períodos anuais que se iniciem a partir de 1 de Janeiro de 2009 ou em data posterior.

Novas normas em vigor Data de aplicação* IAS 1 – (revisão) – Apresentação das demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2009 Alterações à IFRS2 – Pagamentos baseados em acções 1 de Janeiro de 2009 Alterações à IFRS 5 – Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionias descontinuadas

1 de Janeiro de 2010

Alterações à IFRS 8 – Segmentos operacionais 1 de Janeiro de 2009 Alterações à IAS 23 – Custo de empréstimos obtidos 1 de Janeiro de 2009

* Exercício iniciados em ou após. A CIRES não espera que as alterações nestas normas venham a produzir efeitos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras. 3. Gestão de riscos A actividade da CIRES está exposta a diferentes factores de riscos financeiros: risco de mercado (inclui risco cambial, risco da taxa de juro), risco de crédito e risco de liquidez. 3.1. Factores de risco (i) Risco cambial

O risco cambial está presente em algumas compras e vendas em US dólares. A CIRES, sempre que possível, procura compensar os inflows e outflows denominados na mesma divisa. Em situações de risco cambial a CIRES recorre a instrumentos financeiros de cobertura, disponíveis no mercado, designadamente forwards (nota 8), não contratando derivados cambiais com propósito especulativo ou de trading.

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O quadro seguinte apresenta os activos e passivos de balanço em moeda estrangeira convertidas à taxa de câmbio de 31/12/2008. Face à exposição apresentada pode-se concluir que uma variação das taxas de câmbio não teriam impacto material no resultado, não considerando o efeito dos instrumentos financeiros em carteira (ver nota 8).

USD GBP JPY Total A 31 de Dezembro de 2008 Activos Caixa e equivalentes 37 081 31 882 129 730 198 694 Dividas a receber 250 631 250 631 Total de activos financeiros 287 712 31 882 129 730 449 325 Passivos Valores a pagar (450 345) (450 345) Total de passivos financeiros (450 345) 0 0 (450 345) Posição financeira liquída de balanço (162 633) 31 883 129 730 (1 021)

(ii) Risco da taxa de juro

O risco da taxa de juro decorre dos financiamentos de MLP a taxa variável. A exposição ao risco de taxa de juro está associado ao risco de variação da taxa de juro do euro, uma vez que a dívida está denominada em euros. A CIRES não adopta, como política geral, a cobertura do risco de variação de taxas de juro por recurso a instrumentos financeiros derivados, fazendo-o em situações que considere económica e financeiramente adequadas. A actividade da CIRES desenvolve-se maioritariamente na zona do euro, sendo os seu ciclos positivamente correlacionados com os ciclos da economia em geral, dada a natureza de commodity do PVC. Pelo seu lado, o risco de variação de taxa de juro do euro está intimamente associado aos níveis de actividade económica e da inflação, existindo uma correlação positiva entre os factores geradores de crescimento económico, indutores da subida da inflação e da taxa de juro do euro, e os que impulsionam o crescimento da actividade operacional da CIRES e induzem o aumento do cash flow operacional. Potência-se, assim, um efeito de compensação resultante do cash flow gerado, líquido de juros, que em conjuntura económica recessiva é expectável que igualmente se verifique, mas em sentido oposto.

(iii) Risco de crédito

O risco de crédito resulta essencialmente do crédito concedido a clientes relacionado com a actividade operacional. A gestão de risco de crédito tem por objectivo garantir a cobrança efectiva dos clientes conforme as condições negociadas. Os procedimentos em vigor asseguram a implementação de mecanismos de aprovação de crédito realizada por uma estrutura de colaboradores - na qual se inclui a comissão de crédito - dedicada à gestão do crédito e cobranças. Os limites de crédito são estabelecidos e monitorizados tendo por base os plafonds de seguro de crédito, recorrendo às informações de rating sempre que necessário.

São detidos igualmente activos financeiros sobre instituições financeiras, designadamente depósitos bancários, investimentos e derivados financeiros, que constituem exposição ao risco associada ao risco de incumprimento das Instituições Financeiras sendo, em geral, diversificada e limitada no tempo.

Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os saldos a receber de clientes apresentavam as seguintes maturidades:

2008 2007 Valores Não Vencidos 7 712 859 15 829 515 Valores Vencidos entre 1-30 dias 2 856 168 4 488 637 Valores Vencidos entre 30-60 dias 502 018 363 575 Valores Vencidos entre 60-120 dias 394 526 317 634 Valores Vencidos a mais de 120 dias 868 887 1 189 689 Sub-Total 12 334 458 22 189 689 Cobranças em Contencioso 820 697 820 697 Imparidades (820 697) (820 697) Total 11 513 761 21 368 352

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(iv) Risco de liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir as disponibilidades e o financiamento necessários à actividade operacional e ao cumprimento atempado das obrigações devidas. A gestão da liquidez é assegurada através do planeamento financeiro que compreende a contratação, atempada, de facilidades de crédito permanentes e com maturidades de curto, médio ou longo prazos, ajustadas à previsão de cash flow resultante das actividades de exploração e de investimento.

3.2. Derivados e instrumentos de cobertura O método de reconhecimento dos ganhos e perdas depende de se tratar ou não de derivados designados como instrumentos de cobertura e, nesse caso, da natureza dos activos correntes. Os justos valores dos instrumentos financeiros derivados considerados de cobertura são apresentados na nota 8. As variações no justo valor dos instrumentos de derivados que não se qualificam como de cobertura são reconhecidos directamente na demonstração dos resultados. A CIRES utiliza instrumentos financeiros derivados com o objectivo de gerir os riscos financeiros a que se encontra sujeita. Sempre que as expectativas de evolução de taxas de juro e de câmbio o justifiquem, a CIRES pode contratar operações de protecção contra movimentos adversos com efeitos nos activos, passivos ou compromissos financeiros assumidos, através de instrumentos derivados disponíveis no mercado. Na selecção de instrumentos financeiros derivados são essencialmente valorizados os aspectos económicos dos mesmos. As operações que qualifiquem como instrumentos de cobertura em relações de cobertura de fluxo de caixa são registadas no balanço pelo seu justo valor. Na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor são inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e posteriormente reclassificadas para a rubrica de custos. Desta forma e em termos líquidos, os custos associados aos itens cobertos são periodificados à taxa inerente à operação de cobertura contratada. Apesar de os derivados contratados pela CIRES corresponderem a instrumentos eficazes na cobertura económica de riscos podem, em determinadas circunstâncias, não qualificar como instrumento de cobertura contabilística de acordo com os requisitos do IAS 39. Neste caso, são registados no balanço pelo seu justo valor e as variações no mesmo são reconhecidas em resultados. Sempre que possível, o justo valor dos derivados é estimado com base em instrumentos cotados. Na ausência de preços de mercado, o justo valor dos derivados é estimado através do método dos fluxos de caixa descontados e modelos de valorização, de acordo com pressupostos geralmente utilizados no mercado. O justo valor dos instrumentos financeiros derivados encontra-se incluído nas rubricas de valores a receber correntes e de valores a pagar correntes.

4. Estimativas e julgamentos As estimativas e julgamentos são continuamente avaliadas e baseiam-se na experiência e outros factores, designadamente em eventos futuros em que se acredita ser expectável virem a ocorrer, de acordo com as circunstâncias actuais. Em concreto, as situações em causa relacionam-se com a determinação da imparidade de activos e investimentos financeiros descontinuados, constando nas notas 6 e 7 o respectivo detalhe. 5. Informação por segmentos A CIRES, S.A dedica-se à actividade de “Fabrico de produtos de polimerização e copolimerização (policloreto de vinílo), que por si só constitui um segmento de negócio único, razão pela qual se optou pela sua segmentação apenas ao nível da informação divulgada pelo grupo.

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No que respeita à segmentação geográfica destacam-se 2 segmentos: União Europeia e Outros Mercados, que apresentam os seguintes volumes de negócio:

31/12/2008 31/12/2007 Vendas e Prestações de Serviços

União Europeia

Outros Mercados Total

União Europeia

Outros Mercados Total

Vendas 126 315 267 12 959 813 139 257 080 145 862 054 7 775 856 153 637 910 Prestação de Serviços 3 658 113 0 3 658 113 3 796 097 0 3 796 097 Total 129 973 380 12 959 814 142 933 193 149 658 151 7 775 856 157 434 007

O mercado da Península Ibérica apresenta retornos e riscos comparáveis aos que predominam na União Europeia, pelo que se considera aquela área económica como um único segmento. 6. Activos fixos tangíveis 6.1. Movimentos ocorridos no exercício

Activos Fixos Tangíveis Saldo Inicial

Aquisições Alienações/

Abates Transf./ Ajust.

Saldo Final

Terrenos e recursos naturais 4 932 286 360 4 932 646 Edifícios e outras construções 13 551 040 177 362 75 175 13 803 576 Equipamento básico 94 795 668 344 874 247 311 95 387 853 Equipamento de transporte 1 532 975 513 885 583 027 1 463 833 Ferramentas e utensílios 61 297 13 272 74 569 Equipamento administrativo 1 096 901 72 063 2 229 1 171 193 Outras imobilizações corpóreas 962 264 2 396 1 941 966 601 Imobilizações em curso 1 248 743 1 577 539 (326 656) 2 499 626 Adiant. p/ conta imob. corpóreas 9 491 19 360 28 851

Total 118 190 665 2 721 110 583 027 0 120 328 748

Amortizações e Perdas por Imparidade Saldo Inicial

Aumentos Regularizações Saldo Final

Terrenos e recursos naturais 35 186 35 186 Edifícios e outras construções 3 977 373 441 053 4 418 426 Equipamento básico 70 084 749 2 632 733 72 717 482 Equipamento de transporte 943 951 142 089 (486 647) 599 393 Ferramentas e utensílios 33 828 6 016 39 844 Equipamento administrativo 612 535 94 688 707 223 Outras imobilizações corpóreas 589 719 89 713 679 432

Total 76 277 341 3 406 291 (486 647) 79 196 985

Activos Fixos Tangíveis 31/12/2008 31/12/2007 Activo bruto 120 328 748 118 190 665 Amortização acumulada 79 196 985 76 277 341 Valor líquido 41 131 763 41 913 324

À data de transição para IFRS e a 31 de Dezembro de 2004, foram identificados os activos tangíveis e intangíveis que se encontravam em imparidade, sendo relevados em conformidade. A essa data os equipamentos básicos, afectos ao E-PVC ascendiam ao valor bruto de 3 084 mil euros. A 31 de Dezembro de 2008 o valor liquído desses bens ascendeu a 2 299 mil euros, e estão considerados em imparidade. Não ocorreram alterações do desempenho desses activos, nem foram diagnosticados novas situações que justifiquem alterações no ano de 2008.

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O valor de uso da unidade do E-PVC foi determinado pelo método dos cash flow descontados tendo sido considerados os seguintes pressupostos: - período de avaliação: 5 anos, incluindo valor residual - taxa de inflação: 2% - taxa de actualização dos fluxos de caixa: 9,24% 6.2. Equipamento em regime de locação financeira

Os financiamentos contratados sob a forma de locação financeira foram aplicados na aquisição de equipamento de transporte e equipamento relacionado com o circuito fechado de Televisão. No final do contrato poderá ser exercida a opção de compra desse equipamento a um preço inferior ao valor de mercado. Os pagamentos de locação financeira não incluem qualquer valor referente a rendas contingentes. As responsabilidades ainda não liquidadas relativas a contratos de locação estão registadas em fornecedores de imobilizado (nota 18).

O valor líquido dos bens adquiridos em regime de locação financeira é a seguinte:

Locação Financeira 31/12/2008 31/12/2007 Equipamentos 752 684 273 491

6.3. Garantias Não existem activos dados em garantia de obrigações bancárias ou outras. 6.4. Imobilizado corpóreo em curso e adiantamentos por conta de imobilizado corpóreo A natureza dos projectos de investimento em curso discrimina-se do seguinte modo:

Imobilizações em Curso 31/12/2008 31/12/2007

Área industrial 2 110 495 1 024 333 Área da segurança 144 484 76 317 Outros 273 498 157 584 Total 2 528 477 1 258 234

6.5. Reavaliações Conforme se refere na nota 2.1, os terrenos e edifícios e outras construções, na data de transição para IFRS, foram reavaliados de forma a fazer reflectir o justo valor. Quadro de avaliações na data de transição:

Activos Fixos Tangíveis Valor Avaliação Efeito da Reserva

Terrenos 5 741 398 4 525 308 Edifícios e outras construções 7 418 224 3 737 499 Total 13 159 622 8 262 807

A avaliação de terrenos e edifícios foi efectuada por entidades independentes na base do valor real de mercado em uso continuado, tendo sido observados em termos comparativos, valores correntes do mercado em transacções efectuadas. Para efeitos contabilisticos foi utilizado o procedimento de substituir o valor bruto e amortizações acumuladas pelo valor de avaliação.

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Em 31/12/2007, dando conformidade aos requisitos dos normativos, foi efectuada por peritos independentes nova avaliação para a classe de terrenos, edifícios e outras construções por forma a reflectir o justo valor dos bens. Os efeitos foram os seguintes:

Activos Fixos Tangíveis Valor Avaliação Efeito na Reserva

no Exercício

Efeito na Reserva

Acumulado Terrenos 4 897 100 (620 560) 3 904 748 Edifícios e outras construções 9 573 667 1 680 890 5 418 389 Total 14 470 767 1 060 330 9 323 137

A esta data não foi feita nova avaliação por se considerar que não se verificaram flutuações importantes no seu valor.

7. Activos financeiros disponíveis para venda As partes de capital em empresas do grupo incluídas nesta categoria são as seguintes:

2008= 2007

Empresas do Grupo Sede % Capital

Previnil Empresa Preparadora de Compostos Vinílicos, S.A Vila Franca de Xira 100% CYGSA – Compuestos e Granzas, S.A Mendávia – Espanha 100% Bamiso – Produção e Serviços Energéticos, S.A Sociprev – Soc.de Mediação de Seguros, Lda

Estarreja Estarreja

100% 20%

As percentagens de participação nas sociedades referidas consubstanciam-se em idêntica percentagem de direitos de voto. Não se verificaram alterações durante o exercício.

Os valores dos capitais próprios e resultados líquidos são os seguintes:

2008

Empresas do Grupo Capitais Próprios R. Líquido

Previnil – Empresa Preparadora de Compostos Vinílicos, S.A 4 556 617 92 979CYGSA – Compuestos e Granzas, S.A 8 382 452 204 071Bamiso – Produção e Serviços Energéticos, S.A 116 669 2 461 Sociprev – Soc.de Mediação de Seguros, Lda 44 006 1 375

As partes de capital em empresas do grupo estão valorizadas ao justo valor, pelo método do cash-flow descontado, tendo sido considerados os seguintes pressupostos na determinação do valor em uso:

Taxa de inflação: 2%

Taxa de actualização: 9,23%

Período de avaliação: 5 anos incluindo valor residual (perpetuidade).

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Activos Financeiros Disponíveis para Venda 31/12/2008 31/12/2007

Partes de capital em empresas do grupo:

Previnil 4 521 330 4 521 330

Cygsa 7 711 620 7 711 620

Bamiso 463 365 463 365

Sociprev 1 000 1 000

Sub Total 12 697 315 12 697 315

Títulos e outras aplicações financeiras 6 762 6 762

Total 12 704 077 12 704 077

Os títulos e outras aplicações financeiras apresentam a seguinte decomposição:

Títulos e Outras Aplicações Financeiras 31/12/2008 31/12/2007

Partes de capital noutras empresas: Valor bruto 6 762 6 762 Perdas por imparidade 0 0 Total 6 762 6 762

8. Instrumentos financeiros e derivados

Decorrente da política de cobertura de risco cambial, a CIRES tinha em carteira a 31 de Dezembro de 2008 os seguintes instrumentos financeiros (valores em milhares de euros/ milhares de USD consoante indicado):

Designação Montante / Divisa

(milhares de USD) Contravalor ao

câmbio contratado (milhares de euros)

Contravalor ao câmbio em 31/12/2008

milhares euros)

Justo Valor ( milhares de

euros)

Fx Forward 175 125 126 1

9. Impostos sobre os lucros 9.1. Impostos diferidos activos e passivos reconhecidos Em 31 de Dezembro de 2008 as diferenças temporárias que se consubstanciaram em activos e passivos por impostos diferidos foram as seguintes:

I Diferenças temporárias que originaram activos por impostos diferidos

31/12/2008 31/12/2007

Provisões não aceites fiscalmente 942 548 483 895 Prejuízos fiscais 6 826 100 4 778 004 Crédito fiscal à investigação e desenvolvimento 1 119 690 1 208 962 Desreconhecimento de activos 262 140 448 194 Reconhecimento de imparidade de activos corpóreos 2 299 545 2 554 381 Total I 11 450 023 9 473 436

II Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos

Reavaliação de activos imobilizados (terrenos/edifícios) 8 753 295 8 938 310 Total II 8 753 295 8 938 310 Valores reflectidos no balanço: Activos por impostos diferidos 2 901 315 2 438 789 Passivos por impostos diferidos 2 319 621 2 368 653

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9.2. Reconhecimento do custo com imposto no exercício

31/12/2008 31/12/2007 I Imposto do exercício (499 629) 259 476 II Gastos (proveitos) de impostos do exercício reconhecidos como impostos diferidos proveniente de:

Provisões não aceites (121 543) (46 507) Prejuízos fiscais (512 024) 250 050 Desreconhecimento de activos 116 836 155 672 Crédito fiscal à investigação e desenvolvimento 23 657 (101 988) Efeitos da realização da reserva de reavaliação (49 029) (26 368) Total II (542 103) 230 857 III Gastos (proveitos) de impostos não reconhecidos anteriormente 0 0 IV Imposto diferido (II – III) (542 103) 230 857 V Imposto corrente (I – IV) 42 474 28 618

9.3 Reconciliação de imposto

31/12/2008

Resultados e outras variações patrimoniais antes de impostos (2 245 027) Taxa nominal de imposto 25,0% Imposto do exercício à taxa nominal (561 257) Tributação autónoma 42 474 Anulação do SIFIDE 23 657 Diversos (4 503) Imposto sobre o rendimento (499 629)

10. Existências A decomposição das existências é a seguinte:

Existências 31/12/2008 31/12/2007

Matérias primas e consumíveis 4 076 189 3 431 264 Produtos acabados 2 663 658 5 060 536

Sub-total 6 739 847 8 491 800 Imparidades em existências (416 048) (184 533)

Total 6 323 799 8 307 267

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11. Dívidas comerciais a receber e outras Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Dívidas Comerciais a Receber e Outras 31/12/2008 31/12/2007

Dívidas de clientes 12 334 458 22 189 049 Imparidade de contas a receber (945 396) (945 396)

Saldos com empresas do grupo (ver nota 28) 6 225 065 7 889 997 Dívidas do Estado 741 605 329 915 Adiantamentos ao pessoal 30 148 39 830 Outras dividas de terceiros 1 850 974 733 391

Total 20 236 854 30 236 786

12. Outros activos correntes Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Outros Activos Correntes 31/12/2008 31/12/2007 Acréscimos de proveitos 129 800 80 000 Custos diferidos 675 041 41 991 Total 804 841 121 991

13. Caixa e equivalentes de caixa Os saldos que compõem esta rubrica são os seguintes:

Caixa e Equivalentes de Caixa 31/12/2008 31/12/2007

Depósitos à ordem 436 044 1 014 813 Caixa 7 541 8 720

Total 443 585 1 023 533

14. Capital O capital social autorizado está representado por 15.000.000 de acções escriturais, com o valor nominal unitário de 1 euro, integralmente subscrito e realizado. A sociedade detém 272 755 acções próprias ao valor nominal de 272 755 euros, tendo sido adquiridas por 603 116 euros.

No final do exercício de 2008, as entidades que detinham mais de 20% do capital social da Empresa, eram as seguintes:

Accionistas Quantidade Valor Nominal % Capital INEOS Chlor Vinilys Holding B.V. Shin Etsu Int. (Europe) BV Mitsui & Co. Europe PLC * Mitsui & Co. Portugal, Lda * Mitsui & Co. Ltd (Japan) *

3 934 725 3 911 220 2 535 260 1 219 545

156 420

3 934 275 3 911 220 2 535 260 1 219 545

156 420

26,23% 26,07% 16,90%

8,13% 1,04%

* Estas empresas têm individualmente participações inferiores a 20%, mas integram o grupo Mitsui cuja participação global ascende a 26,07%.

Conforme anúncio tornado público em 9 de Dezembro de 2008, a Shin Estu International Europe B.V. celebrou um acordo de compra da totalidade das acções detidas pela INEOS Chlor Vinyls Holding B.V. anunciando, igualmente nessa data, uma oferta pública de aquisição tendente à compra da totalidade do capital da CIRES.

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15. Empréstimos bancários

Os empréstimos bancários são exigíveis como segue:

Empréstimos Bancários 31/12/2008 31/12/2007 Curto prazo 3 335 179 0 Médio e longo prazo 14 000 000 13 000 000

Total 17 335 179 13 000 000

A exigibilidade da dívida de curto, médio e longo prazo é a seguinte:

Anos 31/12/2008 31/12/2007

< 1 ano 3 335 179 0

>1 e < 2 anos 1 000 000 1 000 000 >2 e < 5 anos 13 000 000 12 000 000

Total 17 335 179 13 000 000 O montante de 14 milhões de euros diz respeito à emissão de um contrato programa de papel comercial celebrado em Dezembro de 2005, com garantia de subscrição, por um período de 7 anos, estando as actuais emissões sujeitas a uma taxa média de juro de 3,02%. 16. Outras dívidas a terceiros não correntes Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Outras Dívidas a Terceiros não Correntes 31/12/2008 31/12/2007

Proveitos diferidos - subsídios ao investimento 857 579 1 130 184

Fornecedores de Imobilizado 569 961 164 308

Total 1 427 540 1 294 492

A exibilidade da divida a médio e longo prazo aos fornecedores de imobilizado é a seguinte:

Anos 31/12/2008 31/12/2007

> 1 e < 2 anos 133 938 56 695

>2 e < 5 anos 391 002 101 316 >5 anos 45 021 6 297

Total 569 961 164 308 Conforme descrito na nota 2.2 o valor dos subsídios ao investimento encontra-se registado como passivo não corrente no montante aproximado de 857 mil euros.

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A empresa registou no decurso do exercício de 2008 em outros proveitos e ganhos operacionais o montante de 273 105 euros relativo à quota parte de subsídios atribuídos ao investimento. Os subsídios atribuídos e ainda não integrados em resultados são detalhados como se segue:

Designação Âmbito Montante Subsídios Transf. pª Resultados Saldo Grupo 2008 Investido Atribuídos Exercícios

Anteriores Período

Proveitos Diferidos

Pipeline PEDIP 4 670 609 2 568 834 2 568 834 0 0 Cogeração energia SIURE 865 324 80 825 38 392 2 021 40 412 Projecto MP 3 PEDIP 16 862 037 5 636 940 4 577 530 264 568 794 842 Util. racionalização energia DGE 206 976 86 017 57 675 6 516 21 826 Retex - Manutenção Condicion. DGI 231 746 109 634 109 634 0 0

Total 22 836 692 8 482 250 7 352 065 273 105 857 080

17. Provisões para outros riscos e encargos

Refere-se a provisões constituídas para riscos específicos identificados, sendo objecto de reapreciação anual.

Provisão Para Outros Riscos e Encargos

Saldo em 1 de Janeiro de 2008 399 886Provisões constituídas no exercício 175 500

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 575 386

O saldo acima inclui 526 500 que respeita aos benefícios complementares referidos na nota 23. 18. Dívidas a pagar comerciais e outras Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Dívidas Comerciais a Pagar e Outras 31/12/2008 31/12/2007

Fornecedores 16 764 462 29 818 030 Fornecedores – Empresas do grupo (nota 28) 707 995 1 883 696 Fornecedores de imobilizado 793 079 439 474 Adiantamentos de clientes - Empresas de grupo (nota 28) 1 250 000 700 000 Dívidas ao estado 552 038 520 811 Outras dívidas a terceiros 1 913 460 1 028 410

Total 21 981 034 34 390 421

19. Outros passivos correntes Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Outros Passivos Correntes 31/12/2008 31/12/2007

Encargos com remunerações 825 282 941 472 Estimativas para rappel 155 248 153 791 Royalties 125 235 288 545 Especialização (transportes, seguros, logística) 530 850 520 380 Outros 372 424 2 228 840 Total 2 009 039 4 133 028

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20. Resultado por acção O cálculo do resultado por acção baseia-se no resultado liquido atribuído aos accionistas e no número médio ponderado de acções no período. Devido ao facto de não existirem acções potenciais o resultado básico e diluído são iguais.

Resultado por Acção 31/12/2008 31/12/2007

Nº acções emitidas 15 000 000 15 000 000 Nº acções próprias 272 755 272 755 Nº acções com direito a dividendo 14 727 245 14 727 245 Resultado líquido (1 745 398) 644 594 Resultado líquido por acção (básico) (0,119) 0,044 Resultado líquido por acção (diluído) (0,119) 0,044

21. Benefícios de reforma Fundo de Pensões CIRES, S.A. O fundo abrange os trabalhadores e os administradores com salário pensionável. Financia um plano de contribuição definida (CD) cujo valor anual ascende a 3 221 241 euros – que engloba a maioria dos beneficiários – e um plano de benefícios definidos (BD) que abrange os trabalhadores com mais de 60 anos à data de 31 de Dezembro de 2002 que não optaram pelo plano de contribuição definida, e também as situações de reforma por invalidez (nota 2.13). O fundo de pensões nas condições previstas no contrato publicado na III série do DR nº 79 de 3 de Abril de 2003, assegura, em qualquer dos planos BD e CD, o pagamento de um complemento de reforma por invalidez aos participantes com um mínimo de 5 anos de serviço na empresa, determinado de acordo com a formula estabelecida no plano de BD para o cálculo da pensão de reforma por invalidez. No plano CD o valor acumulado no fundo e as futuras contribuições da empresa, são um direito adquirido do trabalhador desde que se verifiquem as condições de elegibilidade, nomeadamente ter 10 ou mais anos de tempo de serviço nos associados, transferível para a sua propriedade quando da reforma por idade, de acordo com o estabelecido na lei dos benefícios fiscais. Os estudos actuariais elaborados pela PensõesGere para o plano de benefícios definidos reportados a 31 de Dezembro de 2007 e a 31 de Dezembro de 2008 assentaram, nos seguintes pressupostos e bases técnicas: * Taxa de rendimento do fundo de 4.75% * Taxa esperada de crescimento salarial de 2.75% * Taxa de crescimento das pensões de 0% * Rendimento considerado nas rendas vitalícias imediatas de 4% * Tábua de mortalidade GKF 80 * Tábua de invalidez EKV 80

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Relativamente ao plano de benefício definido, segundo os estudos actuariais, os movimentos, situação do fundo e responsabilidades à data de 31/12/2007 e a 31/12/2008, resumem-se como se segue:

Fundo de Pensões 2008 2007

Valor presente da obrigação ben. definidos - início exercício (-) Benefícios pagos pelo fundo de pensões (+) Custo dos serviços correntes (+) Custo dos juros (+) Ganhos e perdas actuariais (+) Custo dos serviços passados - alteração do plano 1. Valor presente da obrigação ben. definidos destinados para o final do exercício

1 182 983 (128 160)

38 922 47 247 21 428

0

1 162 420

1 176 543 (113 975)

41 299 47 708 31 408

0

1 182 983 Valor do fundo no início do exercício (+) Adicional de rentabilidade (+) Contribuição efectuada do ano (-) Transferência (-) Benefícios pagos pelo fundo de pensões (+) Retorno real dos activos do plano (-) Afectação dos activos do fundo ao financ. plano CD 2. Valor do fundo estimado no final do exercício

1 213 546 0 0 0

128 160 47 105

0 1 132 491

1 129 570 0

153 404 0

113 975 44 547

0 1 213 546

Saldo Actuarial (2-1) 29 929 30 563

Durante o exercício de 2008 foi contabilizado em custos com o pessoal o montante de 215 575, da qual 126 944 respeita ao plano de contribuição definido, e 88 630 respeita ao plano de benefício definido.

22. Proveitos e despesas operacionais por natureza

O total dos proveitos e das despesas operacionais é o seguinte:

Proveitos e Resultados Operacionais 31/12/2008 31/12/2007 Vendas e prestações de serviços 142 933 193 157 434 007

Resultados operacionais 1 121 117 (1 719 649)

Total 144 054 310 155 714 358

Despesas e Perdas Operacionais 31/12/2008 31/12/2007

Amortizações do exercício (nota 6) 3 406 290 3 220 308

Despesas com o pessoal (nota 23) 7 469 696 7 406 742 Variação de produção 2 396 878 (503 959)

Custos das existências vendidas e m. primas consumidas 114 379 026 129 913 990 Transportes, comissões, seg.crédito e desc. p. pagamento 7 479 397 7 390 430 Electricidade 2 761 452 2 715 753

Manutenção, seguros industriais, segurança e ambiente 2 005 434 2 018 759 Outros 4 118 183 3 552 335

Total 144 054 310 155 714 358

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23. Custos com o pessoal

Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Os outros custos com o pessoal englobam seguros de acidentes de trabalho, seguros de doença e vida, acção social, formação e benefícios complementares a atribuir aos administradores da empresa. Os benefícios complementares a atribuir aos administradores da empresa foram aprovados na assembleia geral de 27 de Março de 1997 e reformulados na assembleia geral de 29 de Março de 2001. As normas aprovadas visam atribuir, sob certas condições, uma compensação aos administradores. Os movimentos da provisão existente para este efeito são:

Movimentos da Provisão 31/12/2008

Valor inicial da provisão 351 000 Reforço da provisão 175 500 Valor da provisão no final do período 526 500

O número médio de empregados durante o exercício de 2008 ascendeu a 123 (em 2007 eram 124).

24. Custo líquido de financiamento

Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Ganhos e Perdas Financeiras 31/12/2008 31/12/2007

Juros suportados

1 170 778

868 966

Juros obtidos (22 456) (61 176) Perdas/(Ganhos) de conversão cambial (32 850) 26 893 Outros 8 438 (19 104) Total 1 123 910 815 579

25. Compromissos de capital

Os compromissos assumidos pela CIRES em 31 de Dezembro de 2008 para aquisição de imobilizações corpóreas ascendem a 416 milhares de euros e relacionam-se com encomendas já colocadas. Não existem compromissos para a compra de participações financeiras.

26. Contingências

Foi questionado pela administração fiscal, no âmbito da inspecção tributária realizada aos exercícios de 2005 e 2006, o montante de 3 800 494 euros referente à menos-valia incluída na matéria colectável em 2006, relacionada com a venda da participação financeira da Soplasnor. Contudo, não se espera que venham a ocorrer responsabilidades para a empresa.

Não existem outros litígios em que a CIRES esteja envolvida à data de 31 de Dezembro de 2008.

Custos com Pessoal 31/12/2008 31/12/2007 Ordenados e salários 5 277 413 5 268 378 Segurança social 1 046 540 995 363 Fundo de pensões 215 575 288 921 Outros custos com o pessoal 930 168 854 080

Total 7 469 696 7 406 742

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27. Garantias prestadas Em 31 de Dezembro de 2008 a empresa mantinha garantias bancárias prestadas a favor das seguintes entidades:

Entidades 31/12/2008 31/12/2007

Alfândega 3 694 292 3 694 292 EDP 395 420 395 420 Outras a favor de diversos 18 710 49 760

28. Partes relacionadas

No período o a empresa teve as seguintes transacções com partes relacionadas que integram o consolidado:

Transacções com Filiais e Associadas Vendas Compras Prest.

Serviços Previnil 9 730 939 222 103 67 653 Cygsa 10 699 052 2 566 156 80 844 Bamiso 45 275 3 197 446 695 826

Saldos com empresas filiais e associadas:

Filiais e Associadas em 31/12/2008

Saldo a receber

Saldo a pagar

Previnil 2 091 863 200 166 Cygsa 1 554 804 1 757 829 Bamiso 2 578 398 0 Total 6 225 065 1 957 995

28.1. Controlo do grupo

Foram efectuadas, no período, as seguintes transações com empresas accionistas:

Transacções com Empresas Accionistas Valor

Compras 100 828 778 Vendas 6 205 715 Outros 1 028 823

28.2. Transacções com administradores

Não existem transacções com Administradores.

28.3. Remunerações dos órgãos sociais As remunerações dos administradores incluídas na rubrica custos com o pessoal e dos restantes elementos que compõem os órgãos sociais, ascendem no período a 1 100 802, apresentando a seguinte decomposição:

Remunerações dos Órgãos Sociais 31/12/2008 31/12/2007 Conselho administração 935 252 957 102 Conselho fiscal 84 000 50 807 ROC 58 800 46 500 Assembleia geral 4 750 4 750 Secretária da sociedade 18 000 18 000 Total 1 100 802 1 077 159

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29. Eventos subsequentes à data do balanço Não existem eventos subsequentes à data do balanço que possam ter impacto material nas demonstrações financeiras. 30. Informações exigidas por diplomas legais a) Na sequência da candidatura ao Sistemas de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial ( Lei

40/2005) foi dado diferimento pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior à constituição de um crédito fiscal de 96 513,2 € ao IRC de 2007. Em 2008 a empresa registou imposto diferido activo no montante de cerca de 100 000 relativo a crédito fiscal à Investigação e Desenvolvimento Empresarial para o exercício de 2008.

b) Informação sobre matérias ambientais A síntese de investimentos de carácter ambiental concluídos e/ou em curso, assim como os dispêndios ambientais de carácter corrente imputados a resultados, ambos durante o exercício de 2008, podem ser apresentados da seguinte forma:

Outras considerações: - Os critérios de mensuração utilizados foram o custo de aquisição; - Não foram atribuídos quaisquer incentivos públicos para os investimentos supra mencionados; - Não existem passivos de carácter ambiental que estejam incluídos nas demonstrações financeiras, assim como não são

conhecidos passivos contingentes associados; - Não ocorreram durante o período, não conformidades relevantes que tivessem origem em questões ambientais.

Natureza dos Dispêndios

Área

31/12/2008

31/12/2007

Redução de emissões atmosféricas 28 930 0 Investimento - adaptação de instalações Tecnologias integradas

Gestão de águas residuais 10 871 18 756

Sistema gestão ambiental–ISO 14001 48 517 26 030

Controlo de emissões atmosféricas 17 528 6 827 Gestão de águas residuais 381 769 397 243

Dispêndios ambientais correntes imputados a resultados

Gestão de resíduos, remoção e reciclagem

188 964 140 603

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BALANÇO CONSOLIDADO

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DO CAPITAL PRÓPRIO DO GRUPO E

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA

(Valores expressos em Euros)

2008

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Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2008 e em 31 de Dezembro de 2007

Notas 31/12/2008 31/12/2007

ACTIVO

Não corrente

Activos fixos tangíveis 2.5 , 6 50.108.380 51.172.325

Activos financeiros disponíveis para venda 2.8 11.948 11.948

Activos por impostos diferidos 9 3.018.043 2.566.842

Total dos activos não correntes 53.138.371 53.751.115

Corrente

Existências 2.10 e 10 9.629.872 11.890.900

Dividas comerciais a receber e outras 2.9 e 11 26.587.903 35.777.994

Outros activos correntes 12 906.802 128.566

Caixa e equivalentes de caixa 2.11 e 13 656.065 1.576.369

Total dos activos correntes 37.780.642 49.373.829

Total do activo 90.919.013 103.124.944

CAPITAL E PASSIVO

Capital 14 15.000.000 15.000.000

Reservas e resultados transitados 15 27.860.786 27.085.137

Resultados líquidos -1.437.618 1.288.952

Total do capital próprio 41.423.168 43.374.089

Passivo não corrente

Empréstimos bancários 16 15.058.530 13.868.809

Outras dividas a terceiros 17 1.882.256 1.696.485

Passivos por impostos diferidos 9 2.982.594 3.057.242

Provisões para outros riscos e encargos 2.13 e 18 575.386 399.886

Total dos passivos não correntes 20.498.766 19.022.422

Passivo corrente

Empréstimos bancários 16 3.873.236 871.119

Dividas comerciais a pagar e outras 2.18 e 19 22.904.963 35.396.080

Outros passivos correntes 20 2.218.880 4.461.234

Total dos passivos correntes 28.997.079 40.728.433

Total do passivo 49.495.845 59.750.855

Total do passivo e capital próprio 90.919.013 103.124.944

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Demonstração dos Resultados Consolidados por Funções em 31 de Dezembro de 2008 e em 31 de Dezembro de 2007

Notas 31/12/2008 31/12/2007

Vendas e prestações de serviços 2.3,5 163.208.721 176.194.808

Custo das vendas e prestações de serviços -145.730.966 -156.016.130

Resultados brutos 17.477.755 20.178.678

Outros proveitos e ganhos operacionais 1.032.502 1.281.425

Custos de distribuição -9.879.421 -9.748.839

Custos administrativos -8.146.813 -8.175.481

Outros custos e perdas operacionias -1.257.780 -1.173.149

Resultados operacionais 21 -773.757 2.362.634

Custo lìquido do financiamento 23 -1.190.595 -876.808

Ganhos (perdas) em filiais e associadas 0 0

Ganhos (perdas) em outros investimentos 0 0

Resultados não usuais ou não frequentes 0 0

Resultados correntes -1.964.352 1.485.826

Imposto sobre resultados correntes 2.16,9 526.734 -196.874

Resultados correntes após impostos -1.437.618 1.288.952

Resultados líquidos do exercício -1.437.618 1.288.952

Resultado por acção básico 24 -0,098 0,088

Resultado por acção diluído 24 -0,098 0,088

Nº de acções 15.000.000 15.000.000

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Demonstração das alterações do capital próprio do grupo em 31 Dezembro de 2008

Capital Reservas Resultados Resultados Total

Transitados Líquidos

Exercício de 2007

Saldo em 1 de Janeiro de 2007 15.000.000 29.019.241 -4.325.319 1.228.793 40.922.715

Aplicação de resultado de 2006 713.339 -713.339 0

Resultados liquidos do exercício 1.288.952 1.288.952

Dividendos -515.454 -515.454

Actual. do justo valor de terrenos e edifícios 1.678.033 1.678.033

Outros -157 -157

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 15.000.000 30.697.274 -3.612.137 1.288.952 43.374.089

Exercício de 2008

Saldo em 1 de Janeiro de 2008 15.000.000 30.697.274 -3.612.137 1.288.952 43.374.089

Aplicação de resultado de 2007 129.140 644.358 -773.498 0

Resultados liquidos do exercício -1.437.618 -1.437.618

Dividendos -515.454 -515.454

Outros 2.151 2.151

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 15.000.000 30.826.414 -2.965.628 -1.437.618 41.423.168

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Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa Relativa ao Exercício de 2008

2008 2007

Actividades operacionais Recebimentos de clientes 184 067 944 174 757 564 Pagamentos aos fornecedores -169 403 024 -152 412 207 Pagamentos ao pessoal -7 407 398 -7 148 831 Caixa gerada pelas operações 7 257 522 15 196 526 Imposto sobre o rendimento pago -130 366 -181 938 Outros recebimentos / pagamentos relativos a actividade operacional

-7 844 254 -10 682 954

Fluxos de caixa resultantes das actividades operacionais -717 098 4 331 634 Actividades de investimento Recebimentos provenientes de: Imobilizações corpóreas 132 367 45 103 Subsídios de investimento recebidos 71 833 196 128 Juros recebidos 141 199 153 989 Dividendos Pagamentos respeitantes a: Aquisição de empresas do grupo e associadas Aquisição de imobilizações corpóreas -2 701 687 -3 701 157 Fluxos de caixa resultantes das actividades de investimento -2 356 288 -3 305 937 Actividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos 5 776 139 Juros e Proveitos Similares Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos -1 773 582 -1 027 529 Juros e custos similares -1 334 120 -932 875 Dividendos -515 355 -515 355 Fluxos de caixa resultantes das actividades de financiamento 2 153 082 -2 475 759 Variação líquida de caixa e equivalentes de caixa -920 304 -1 450 062 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 1 576 369 3 026 431 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 656 065 1 576 369

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(Página em branco)

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GRUPO CIRES S.A.

NOTAS ANEXAS AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS

(Valores expressos em Euros)

2008

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1. Informação geral

A Companhia Industrial de Resinas Sintéticas, S.A. é a empresa-mãe do Grupo CIRES e está sediada em Estarreja, Portugal.

O Grupo CIRES dedica-se fundamentalmente ao fabrico de resinas de PVC, compostos vinílicos em Portugal e Espanha.

A Sociedade foi admitida à cotação na Bolsa de Valores de Lisboa em 31/12/1986. Em 31 de Dezembro de 2008 a cotação de cada acção era de 1,54 euros.

2. Políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais relevantes utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, são apresentadas na nota 2.1.

Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os exercícios apresentados.

2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptadas na União Europeia, tendo sido o exercício de 2005 o 1º exercício em que estas normas foram aplicadas. O mesmo referencial foi utilizado na preparação das demonstrações financeiras do exercício de 2008. A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS requer o uso de algumas estimativas contabilísticas. Também requer que o órgão de gestão exerça julgamentos no processo de aplicação das políticas contabilísticas. Em 2004, as demonstrações financeiras consolidadas da CIRES foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, tendo sido efectuado um balanço de abertura em 01/01/2004 nos termos das IFRS. Em consequência as contas de 2004 foram corrigidas de acordo com a IFRS -1 “Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro”, sendo as opções tomadas as seguintes: Isenções facultativas na informação retrospectiva Concentração das actividades empresariais e perímetro de consolidação O Grupo optou por não aplicar retrospectivamente a IFRS 3. A quantia escriturada de goodwill à data de transição após sujeição a testes de imparidade foi reduzida a zero, sendo reconhecidas perdas por imparidade, de acordo com a IAS 36, no momento da transição. Justo valor Os terrenos e edifícios foram avaliados por entidades independentes. Os efeitos daí decorrentes constam da nota 6.5. Os restantes activos tangíveis foram registados ao custo. Planos de benefícios de reforma De acordo com os PCGA anteriores, as responsabilidades por benefícios de reforma encontravam-se já registadas nas demonstrações financeiras em conformidade com a IAS 19, tendo sido adoptado o método do “corridor”. Designação de instrumentos financeiros reconhecidos Atenta a irrelevância dos valores em causa, a CIRES optou por esta isenção de tratamento retroactivo.

Comparativos para instrumentos financeiros A CIRES optou por não reexpressar os seus comparativos nos termos da IAS 32 e 39, pelo que, nos comparativos, a CIRES aplicou os PCGA’s anteriores aos instrumentos financeiros e transacções de cobertura.

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2.2. Bases de consolidação

Participações financeiras em empresas do grupo

Empresas do grupo são as empresas controladas pela CIRES. Existe controlo quando a CIRES tem o poder, directo ou indirecto, de dirigir as políticas financeiras e operacionais da empresa com o objectivo de influenciar benefícios resultantes da sua actividade. Presume-se que existe controlo quando a percentagem de participação é superior a 50%. As empresas do grupo são incluídas na consolidação pelo método da consolidação integral, desde a data em que o controlo é adquirido até à data em que o mesmo efectivamente termina. O custo de uma aquisição é medido ao justo valor dos bens, instrumentos de capital utilizados e riscos incorridos ou assumidos à data de aquisição, mais os custos directamente atribuíveis à aquisição. Bens identificáveis adquiridos e os riscos e contingências assumidos numa combinação de negócio são medidos inicialmente ao justo valor à data de aquisição, independentemente da extensão de algum interesse minoritário. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do grupo dos bens identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor do valor líquido dos bens da subsidiária adquirida, a diferença é registada directamente na demonstração dos resultados, após reconfirmação do seu cálculo. Saldos, transacções intra-grupo e ganhos não realizados em transacções intra-grupo são eliminados. Perdas não realizadas, são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um bem transferido. As políticas contabilísticas das subsidiárias são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo grupo. Participações financeiras em empresas associadas Empresas associadas são as empresas sobre as quais a CIRES exerce uma influência significativa na determinação das políticas operacionais e financeiras. Presume-se que existe influência significativa quando a percentagem de participação é superior a 20%. Estas participações financeiras são consolidadas pelo método da equivalência patrimonial, isto é, as demonstrações financeiras consolidadas incluem o interesse do grupo no total de ganhos e perdas reconhecidos da associada, desde a data em que a influência significativa começa até à data em que efectivamente termina. A participação do grupo relativo aos ganhos e perdas das suas associadas é reconhecida na demonstração dos resultados, e a sua parcela de movimentos de reservas pós-aquisição são reconhecidos em reservas. Os movimentos acumulados pós-aquisição são ajustados de acordo com os movimentos acumulados no investimento financeiro. Quando a participação do grupo nas perdas de uma associada iguala ou ultrapassa o seu investimento nessa associada, incluindo qualquer transacção de recebimentos não segura, o grupo deixa de reconhecer mais perdas, excepto se tiver incorrido em obrigações ou tiver efectuado pagamentos em nome da associada. Ganhos não realizados em transacções intra-grupo e suas associadas são eliminadas na extensão da participação do grupo nas associadas. Perdas não realizadas são também eliminadas excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um bem transferido. As políticas contabilísticas de associadas são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo grupo.

Outras participações

As participações relativamente às quais o grupo não assegura uma influência significativa sobre a sua actividade, são registadas ao justo valor.

2.3. Reconhecimento do rédito

Vendas e prestação de serviços

Os proveitos decorrentes das vendas são reconhecidos na demonstração dos resultados quando os riscos e vantagens inerentes à posse dos activos vendidos são transferidos para o comprador. Os proveitos associados com a prestação de serviços são reconhecidos na demonstração dos resultados quando prestados.

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O valor do rédito compreende o justo valor das vendas e prestações de serviços, liquido de impostos, descontos e abatimentos, de acordo com os seguintes critérios de reconhecimento: a)Venda de produtos O reconhecimento da venda de produtos ocorre aquando da aceitação dos mesmos pelo cliente e desde que a recuperação do crédito esteja naturalmente assegurada. b) Prestação de serviços As prestações de serviços são reconhecidas tendo por referência a relação entre o serviço prestado e o total do serviço a prestar.

Subsídios

Os subsídios só são reconhecidos quando recebidos ou após existir segurança de que a empresa cumprirá as condições a eles associadas. Os subsídios ao investimento são reconhecidos como passivo não corrente. O proveito subjacente é reconhecido ao longo da vida útil do activo através da transferência para resultados do valor proporcional às respectivas amortizações.

Custo líquido de financiamento

O custo líquido de financiamento representa essencialmente juros de empréstimos obtidos deduzidos de juros de aplicações financeiras e ganhos e perdas cambiais. Os custos líquidos de financiamento são reconhecidos em resultados numa base de acréscimo durante o período a que dizem respeito.

2.4. Saldos em moeda estrangeira Os activos e passivos monetários expressos em moeda diferente do euro e não cobertos, são convertidos à taxa de câmbio em vigor à data do balanço, sendo reconhecidas as diferenças de câmbio resultantes, como resultado do exercício. Relativamente aos activos cobertos ver nota 3.2. 2.5 Activos fixos tangíveis Os terrenos e edifícios estão registados ao justo valor pelo método do valor corrente de mercado. O valor bruto dos bens e as respectivas amortizações acumuladas são substituídos pelo seu justo valor. As restantes imobilizações são registadas ao custo de aquisição, líquido das respectivas amortizações acumuladas e de perdas de imparidade (ver nota 2.12). Os aumentos resultantes da avaliação dos terrenos e edifícios são creditados directamente ao capital próprio numa conta de reservas (excedente de revalorização). As diminuições de revalorização são debitadas directamente contra qualquer excedente de revalorização relatado até ao ponto em que a diminuição não exceda a quantia escriturada nas reservas respeitante ao mesmo activo. Todas as outras diminuições são reconhecidas como um gasto. Custos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como activos separados, quando for provável que benefícios económicos futuros, que excedam o nível de desempenho originalmente avaliado do activo existente, fluirão para a empresa e o custo do activo para a empresa possa ser mensurado com fiabilidade. Todos os outros dispêndios subsequentes são reconhecidos como um gasto no período em que sejam incorridos.

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Amortizações As amortizações são calculadas, sobre os valores de aquisição ou justo valor, conforme o caso, pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal. As taxas anuais aplicadas reflectem satisfatoriamente a vida útil económica dos bens. As vidas úteis médias estimadas são como segue:

Anos Edifícios e outras construções 25 Equipamento básico 14-20 Equipamento de transporte 8 Equipamento administrativo 8

Os ganhos ou perdas provenientes da retirada ou alienação de um elemento do activo fixo tangível são determinados pela diferença entre os proveitos líquidos estimados das alienações e a quantia escriturada do activo, e são reconhecidos na demonstração de resultados. Quando são alienados bens reavaliados, o montante incluído em outras reservas é transferido para resultados transitados.

2.6. Contratos de locação

Os contratos de locação relativamente aos quais o grupo assume substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo locado são classificados como locações financeiras.

Os activos adquiridos em locação financeira são amortizados de acordo com a política estabelecida pelo grupo para as imobilizações corpóreas.

2.7. Activos intangíveis Os activos intangíveis são registados pelo custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade (ver nota 2.12). Despesas de investigação e desenvolvimento

As despesas de investigação, efectuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento são capitalizadas quando for demonstrável a exequibilidade técnica do produto ou processo em desenvolvimento e o grupo tiver intenção e capacidade de completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização ou o seu uso.

Os diversos projectos de investigação e desenvolvimento em curso na empresa foram registados em custos correntes por se considerar não estarem cumpridos todos os quesitos previstos na IAS 38.

2.8. Investimentos Financeiros Os investimentos financeiros são classificados em 4 categorias: activos financeiros ao justo valor, empréstimos concedidos, investimentos detidos até à maturidade e activos financeiros detidos para venda.

a) Activos financeiros ao justo valor

Um activo financeiro é classificado nesta categoria quando adquirido com o propósito de venda no curto prazo. Os instrumentos financeiros derivados são também classificados nesta categoria quando detidos para “trading” e desde que não tenham sido designados de cobertura.

b) Empréstimos concedidos

Correspondem a activos financeiros não derivados que apresentam datas fixas ou determinados movimentos de fluxos que não estão cotados no mercado.

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c) Investimentos detidos até à maturidade Correspondem aos activos financeiros não derivados relativamente aos quais a gestão tem a intenção e a capacidade de os deter até à maturidade e são valorizados ao justo valor. d) Activos financeiros disponíveis para venda Correspondem aos activos financeiros não derivados que não estão incluídos em nenhuma das categorias anteriores e são valorizados ao justo valor.

2.9. Dívidas comerciais a receber e outras Os saldos de clientes e devedores são contabilizados pelo valor nominal, deduzido de qualquer perda de imparidade (ver nota 11). As imparidades dos saldos dos clientes são analisadas quando existem valores em aberto face aos prazos de vencimento e ao plafond de crédito atribuído pela seguradora ou outras garantias. No apuramento das imparidades é tido em conta o montante do crédito vencido não coberto pelas garantias, o prazo em mora, a informação financeira reunida sobre o cliente e o seu histórico de crédito, sendo reconhecida uma perda de imparidade quando dessa exposição resulte uma probabilidade de incobrabilidade.

2.10. Existências As existências são valorizadas ao menor do custo ou do valor realizável líquido. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda deduzido dos custos de comercialização e venda (nota 10). As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo, são valorizadas ao custo de aquisição, acrescido de todos os outros custos e despesas até à sua entrada em armazém. O método de custeio das saídas de existências é o custo médio ponderado. 2.11. Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes incluem numerário, depósitos à ordem e aplicações de tesouraria, bem como investimentos de elevada liquidez e maturidades inferiores a 3 meses. Os descobertos bancários são apresentados em conjunto com os empréstimos obtidos de curto prazo (nota 13).

2.12. Imparidade Os activos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a amortização, mas estão sujeitos a testes de imparidade anuais. Para aqueles que, tendo uma vida útil definida e estão sujeitos a amortizações, realizam-se também testes de imparidade sempre que as circunstâncias se alteram e o valor pelo qual se encontra escriturado possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é a quantia pelo qual o valor escriturado de um activo excede o seu valor recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço de venda líquido de um activo (justo valor deduzidos dos custos de venda) e o seu valor de uso. Para a realização de testes de imparidade, os activos são agrupados aos mais baixos níveis e identificados separadamente como unidades geradoras de fluxos de caixa (UGC). No caso dos activos tangíveis, cada fábrica foi identificada como sendo uma unidade geradora de caixa. Uma unidade geradora de caixa (UGC) é o grupo mais pequeno de activos que gera influxos de caixa provenientes do uso continuado, e são em larga medida independentes dos influxos de caixa de outros activos ou grupos de activos. À data de transição e até 31 de Dezembro de 2005, foram identificados os activos tangíveis, intangíveis e activos disponíveis para venda, que se encontravam em imparidade, sendo relevados em conformidade. As alterações ocorridas em 2008 são relatadas na nota 6.

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2.13. Provisões São constituídas provisões no balanço sempre que ocorra uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado e sempre que seja provável que uma diminuição, razoavelmente estimável, de recursos incorporando benefícios económicos será exigido para liquidar essa obrigação. a) Restruturação Uma provisão para restruturação é relevada após aprovação formal de uma operação de reestruturação e esta tenha sido iniciada ou tornada pública. Os custos operacionais são considerados no valor da provisão.

b) Contratos onerosos

Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios expectáveis da consecução do contrato são inferiores aos custos decorrentes da obrigação impostos por este.

2.14. Benefícios dos empregados O grupo dispõe de dois planos de pensões, um plano de contribuição definida e um plano de benefícios definidos, ambos geridos por uma companhia de seguros. No caso do plano de benefícios definidos os pagamentos são efectuados de acordo com as necessidades do fundo determinadas por estudos actuariais. As contribuições para o plano de contribuição definida correspondem no mínimo a 1% da massa salarial (nota 22 e nota 25). É reconhecido um activo ou passivo pela diferença entre o valor das responsabilidades do plano de benefícios definidos e o valor do respectivo fundo. A empresa adoptou a política de “corridor”, na contabilização do fundo de benefícios definidos.

2.15. Especialização de exercícios Os proveitos e os custos são registados de acordo com o pressuposto do acréscimo, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas na medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas, são registadas no balanço consolidado nas rubricas outros activos correntes e outros passivos correntes, respectivamente.

2.16. Impostos sobre os lucros

O imposto sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis do grupo consolidado fiscal e considera a tributação diferida. O imposto diferido é calculado, com base no método da responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a respectiva base de tributação. A base tributável dos activos e passivos é determinada de forma a reflectir as consequências de tributação decorrentes da forma como a empresa espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus activos e passivos. Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa em vigor à data de balanço, ou a taxa que esteja já aprovada para utilização futura. São reconhecidos impostos diferidos activos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os activos poderão ser utilizados. Os impostos diferidos activos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados (nota 9).

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2.17. Relato por segmentos Segmento de negócio ou segmento primário Constitui segmento de negócio o grupo de activos e operações destinadas ao fornecimento de produtos e serviços sujeitos aos mesmos riscos e retornos, que são distintos dos outros.

São autonomizados dois segmentos de negócios relatáveis, sendo eles: PVC (resinas e compostos) e Outros (nota 5).

Segmento geográfico ou segmento secundário

Segmento geográfico é uma área individualizada do grupo comprometida em prover produtos ou serviços dentro de um ambiente económico particular e que está sujeito a riscos e retornos que são diferentes de outras áreas que operam em outros ambientes económicos. São autonomizados 2 segmentos geográficos: união Europeia e Outros Mercados (nota 5).

2.18. Dividas comerciais a pagar e outras

Os saldos correntes de fornecedores e outros credores são registados pelo seu valor nominal.

2.19. Dividendos A distribuição dos dividendos aos accionistas é reconhecida como passivo no período em que a distribuição dos mesmos for aprovada. 2.20. Direitos de emissão

O grupo detém uma unidade de produção de energia abrangida pelo PNALE (plano nacional de alocação de licenças para emissão de co2). A informação referente aos direitos atribuídos e utilização de licenças consta da nota 31.

2.21. Novas normas, alterações e interpretações a normas existentes Existem novas normas, alterações e interpretações efectuadas a normas existentes que, apesar de já estarem publicadas, a sua aplicação apenas é obrigatória para períodos anuais que se iniciem a partir de 1 de Janeiro de 2009 ou em data posterior.

Novas normas em vigor Data de aplicação* IAS 1 – (revisão) – Apresentação das demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2009 Alterações à IFRS2 – Pagamentos baseados em acções 1 de Janeiro de 2009 Alterações à IFRS 5 – Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionias descontinuadas

1 de Janeiro de 2010

Alterações à IFRS 8 – Segmentos operacionais 1 de Janeiro de 2009 Alterações à IAS 23 – Custo de empréstimos obtidos 1 de Janeiro de 2009

* Exercício iniciados em ou após. O grupo CIRES não espera que as alterações nestas normas venham a produzir efeitos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras.

3. Gestão de Riscos

A actividade do Grupo CIRES está exposta a diferentes factores de riscos financeiros: risco de mercado (inclui risco cambial e risco da taxa de juro), risco de crédito e risco de liquidez.

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3.1. Factores de risco

(i) Risco cambial

O risco cambial está presente em algumas compras e vendas em US dólares. As empresas do Grupo, sempre que possível, procuram compensar os inflows e outflows denominados na mesma divisa. Em situações de risco cambial o Grupo recorre a instrumentos financeiros de cobertura, disponíveis no mercado, designadamente forwards (nota 8). Como regra geral, não são contratados derivados cambiais com propósito especulativo ou de trading. As empresas do Grupo usam o euro como moeda funcional nas suas demonstrações financeiras.

O quadro seguinte apresenta os activos e passivos do balanço em moeda estrangeira convertidas à taxa de câmbio de 31/12/2008. Face à exposição apresentada pode-se concluir que uma desvalorização do euro de 5% face às divisas em análise tem um impacto negativo no resultado do grupo de 7 355 euros, não considerando o efeito dos instrumentos financeiros em carteira (ver nota 8).

USD GBP JPY Total A 31 de Dezembro de 2008 Activos Caixa e equivalentes 37 081 31 882 129 730 198 694 Dividas a receber 250 631 250 631 Total de activos financeiros 287 712 31 882 129 730 449 325 Passivos Valores a pagar (450 345) (145 696) (596 042) Total de passivos financeiros (450 345) (145 696) (596 042) Posição financeira liquída de balanço (162 633) 31 883 (15 966) (146 717)

(ii) Risco de taxa de juro

O risco da taxa de juro decorre dos financiamentos de MLP a taxa variável. A exposição ao risco de taxa de juro está associado ao risco de variação da taxa de juro do euro, uma vez que a dívida está denominada em euros. As empresas do Grupo não adoptam, como política geral, a cobertura do risco de variação de taxas de juro por recurso a instrumentos financeiros derivados, fazendo-o em situações que considerem económica e financeiramente adequadas. A actividade do Grupo desenvolve-se maioritariamente na zona do euro, sendo os seu ciclos positivamente correlacionados com os ciclos da economia em geral, dada a natureza de commodity do PVC. Pelo seu lado, o risco de variação de taxa de juro do euro está intimamente associado aos níveis de actividade económica e da inflação, existindo uma correlação positiva entre os factores geradores de crescimento económico, indutores da subida da inflação e da taxa de juro do euro, e os que impulsionam o crescimento da actividade operacional da Grupo e induzem o aumento do cash flow operacional. Potência-se, assim, um efeito de compensação resultante do cash flow gerado, líquido de juros, que em conjuntura económica recessiva é expectável que igualmente se verifique, mas em sentido oposto.

(iii) Risco de crédito

O risco de crédito resulta essencialmente do crédito concedido a clientes relacionado com a actividade operacional. A gestão de risco de crédito tem por objectivo garantir a cobrança efectiva dos clientes conforme as condições negociadas. Os procedimentos em vigor asseguram a implementação de mecanismos de aprovação de crédito realizada por uma estrutura de colaboradores - na qual se inclui a comissão de crédito - dedicada à gestão do crédito e cobranças. Os limites de crédito são estabelecidos e monitorizados tendo por base os plafonds de seguro de crédito, recorrendo às informações de rating sempre que necessário.

São detidos igualmente activos financeiros sobre instituições financeiras, designadamente depósitos bancários, investimentos e derivados financeiros, que constituem exposição ao risco associada ao risco de incumprimento das Instituições Financeiras sendo, em geral, diversificada e limitada no tempo.

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Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os saldos a receber de clientes do grupo apresentavam a seguinte estrutura de maturidade:

2008 2007 Valores Não Vencidos 17 284 866 26 332 251 Valores Vencidos entre 1-30 dias 3 958 283 5 522 956 Valores Vencidos entre 30-60 dias 1 222 142 827 729 Valores Vencidos entre 60-120 dias 515 816 688 011 Valores Vencidos a mais de 120 dias 1 370 747 1 851 577 Sub-Total 24 351 854 35 222 524 Cobranças em Contencioso 1 273 392 1 367 187 Imparidades (1 311 127)) (1 399 613) Total 24 314 119 35 190 098

(iv) Risco de liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir as disponibilidades e o financiamento necessários à actividade operacional e ao cumprimento atempado das obrigações devidas. A gestão da liquidez é assegurada através do planeamento financeiro que compreende a contratação, atempada, de facilidades de crédito permanentes e com maturidades de curto, médio ou longo prazos, ajustadas à previsão de cash flow resultante das actividades de exploração e de investimento.

3.2. Derivados e instrumentos de cobertura O método de reconhecimento dos ganhos e perdas depende de se tratar ou não de derivados designados como instrumentos de cobertura e, nesse caso, da natureza dos activos correntes. Os justos valores dos instrumentos financeiros derivados considerados de cobertura são apresentados na nota 8. As variações no justo valor dos instrumentos de derivados que não se qualificam como de cobertura são reconhecidos directamente na demonstração dos resultados. O grupo utiliza instrumentos financeiros derivados com o objectivo de gerir os riscos financeiros a que se encontra sujeita. Sempre que as expectativas de evolução de taxas de juro e de câmbio o justifiquem, o grupo procura contratar operações de protecção contra movimentos adversos com efeitos nos activos, passivos ou compromissos financeiros assumidos, através de instrumentos derivados disponíveis no mercado. Na selecção de instrumentos financeiros derivados são essencialmente valorizados os aspectos económicos dos mesmos.

As operações que qualifiquem como instrumentos de cobertura em relações de cobertura de fluxo de caixa são registadas no balanço pelo seu justo valor. Na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor são inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e posteriormente reclassificadas para a rubrica de custos. Desta forma e em termos líquidos, os custos associados aos itens cobertos são periodificados à taxa inerente à operação de cobertura contratada. Apesar de os derivados contratados pelo grupo corresponderem a instrumentos eficazes na cobertura económica de riscos podem, em determinadas circunstâncias, não qualificar como instrumento de cobertura contabilística de acordo com os requisitos do IAS 39. Neste caso, são registados no balanço pelo seu justo valor e as variações no mesmo são reconhecidas em resultados.

Sempre que possível, o justo valor dos derivados é estimado com base em instrumentos cotados. Na ausência de preços de mercado, o justo valor dos derivados é estimado através do método dos fluxos de caixa descontados e modelos de valorização, de acordo com pressupostos geralmente utilizados no mercado.

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O justo valor dos instrumentos financeiros derivados encontra-se incluído nas rubricas de valores a receber correntes e de valores a pagar correntes. 4. Estimativas e julgamentos As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência e outros factores, designadamente, em eventos futuros em que se acredita ser expectável virem a ocorrer de acordo com as circunstâncias actuais. Em concreto as situações em apreço relacionam-se fundamentalmente com a determinação da imparidade dos activos tangíveis e intangíveis. 5. Informação por segmentos

A actividade de compostos das empresas do grupo cinge-se, quase em exclusivo, á produção e venda de compostos de PVC, cujo o negócio está intimamente ligado e segue as tendências de retorno e risco do mercado das resinas de PVC, sendo por isso incluídas no mesmo segmento.

Considera-se que o segmento primário é o segmento de negócio:

PVC

Outros

Total

Eliminações

Consolidado

Réditos

Vendas externas e prestações de serviços 158 426 392 4 782 329 163 208 721 Vendas inter-segmentais 25 904 552 3 184 310 29 088 862 29 088 862 Réditos totais 184 330 944 7 966 639 192 297 583 29 088 862 163 208 721 Resultados Resultados operacionais (820 895) 47 137 (773 757) (773 757) Custos/proveitos financeiros (1 164 192) (26 403) (1 190 595) (1 190 595) Imposto sobre lucros 531 690 (4 956) 526 734 526 734 Resultados de actividades ordinárias (1 453 397) 15 778 (1 437 618) (1 437 618)

Resultado líquido do exercício (1 453 397) 15 778 (1 437 618) (1 437 618) Outras informações

Activos do segmento 108 036 335 4 032 377 112 068 712 (21 149 699) 90 919 013 Investimentos em associadas (12 716 269) 0 (12 716 269) Activos não imputáveis (eliminação) (8 433 430) 0 (8 433 430) Activos totais consolidados 86 886 636 4 032 377 90 919 013 90 919 013

Passivos do segmento brutos 54 619 682 3 309 593 57 929 275 (8 433 430) 49 495 845 Passivos da emp. não imputáveis (eliminação) (5 855 032) (2 578 398) (8 433 430) Passivos totais consolidados 48 764 650 731 195 49 495 845 49 495 845 Dispêndios de capital fixo 144 813 205 7 042 367 151 855 572 151 855 572

Depreciações 97 005 380 4 741 812 101 747 192 101 747 192

Outros gastos não desembolsados 226 515 0 226 515 226 515

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As informações relativas ao segmento secundário são as seguintes:

Vendas e prestações de serviços

Segmento Secundário 31/12/2008 31/12/2007 União Europeia 147 877 238 166 515 780 Outros 15 331 483 9 679 028 Total 163 208 721 176 194 808

O mercado de PVC da Península Ibérica apresenta retornos e riscos comparáveis aos que predominam na UE, pelo que se considera aquela área económica como um único segmento geográfico.

A totalidade dos activos e investimentos efectuados situam-se na Península Ibérica.

6. Activos fixos tangíveis

6.1. Movimentos ocorridos no exercício

Activos Fixos Tangíveis

Saldo Inicial Aquisições

Alienações/

Abates

Transf./ Ajust.

Saldo Final

Terrenos e recursos naturais 6 439 902 360 0 0 6 440 262 Edif. e outras construções 22 175 295 228 740 0 75 175 22 479 211 Equipamento básico 114 652 790 701 399 48 755 272 011 115 577 445 Equipamento de transporte 2 021 100 632 416 740 721 0 1 912 794 Ferramentas e utensílios 134 318 17 062 0 0 151 380 Equipamento administrativo 1 458 752 75 250 0 2 229 1 536 231 Taras e vasilhame 10 675 0 0 0 10 675 Outras imob. corpóreas 994 107 7 045 0 1 941 1 003 093 Imobilizações em curso 1 273 444 1 793 542 0 (351 356) 2 715 630 Adiant.p/conta imob.corpóreas 9 491 19 360 0 0 28 851

Total 149 169 874 3 475 174 789 476 0 151 855 572

.

Activos Fixos Tangíveis 31/12/2008 31/12/2007 Activo bruto 151 855 572 149 169 874 Amortização acumulada 101 747 192 97 997 549 Valor líquido 50 108 380 51 172 325

Amortizações e Perdas por Imparidade

Saldo Inicial

Aumentos

Regularizações

Saldo Final

Terrenos e recursos naturais 35 186 0 0 35 186 Edifícios e outras construções 9 913 671 636 895 0 10 553 566 Equipamento básico 85 017 996 3 376 510 (30 284) 88 364 222 Equipamento de transporte 1 356 488 199 618 (644 341) 911 765 Ferramentas e utensílios 97 839 8 353 0 106 192 Equipamento administrativo 946 813 103 783 0 1 050 596 Taras e vasilhame 10 675 0 0 10 675 Outras imobilizações corpóreas 618 881 91 899 4 210 714 990

Total 97 997 549 4 420 058 (670 415) 101 747 192

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À data de transição para IFRS e a 31 de Dezembro de 2004, foram identificados os activos tangíveis e intangíveis que se encontravam em imparidade, sendo relevados em conformidade. Os equipamentos básicos, afectos ao E-PVC no valor bruto de 3 084 mil euros (valor liquido de 2 299 mil euros) estão considerados em imparidade. Não ocorreram alterações do desempenho desses activos, nem foram diagnosticadas novas situações que justifiquem alterações no final do exercício de 2008. O valor de uso da unidade do E-PVC foi determinado pelo método dos cash flow descontado tendo sido considerados os seguintes pressupostos: - período de avaliação: 5 anos, incluindo valor residual - taxa de inflação: 2% - taxa de actualização dos fluxos de caixa: 9,24% 6.2. Equipamento em regime de locação financeira

O grupo detém diverso equipamento de transporte e equipamento básico sob o regime de locação financeira. No final do contrato, o grupo poderá exercer a opção de compra desse equipamento a um preço inferior ao valor de mercado. Os pagamentos de locação financeira não incluem qualquer valor referente a rendas contingentes. As responsabilidades ainda não liquidadas relativas a contratos de locação estão registadas em fornecedores de imobilizado.

O valor líquido, dos bens adquiridos em regime de locação financeira, é a seguinte:

Locação Financeira 31/12/2008 31/12/2007 Equipamentos 752 684 273 491

6.3. Garantias Não existem activos dados em garantia de obrigações bancárias ou outras.

6.4. Imobilizado corpóreo em curso, incluindo adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas:

No quadro seguinte apresentam-se os projectos de investimento em curso, classificados quanto á sua natureza:

Imobilizações em Curso 31/12/2008 31/12/2007

Área industrial 2 326 500 1 049 034 Área da segurança 144 484 76 317 Outros 273 498 157 584 Total 2 744 481 1 282 935

6.5. Reavaliações

Conforme se refere na nota 2.1, os terrenos e edifícios e outras construções, na data de transição para IFRS, foram reavaliados de forma a fazer reflectir o justo valor, sendo de seguida apresentados os respectivos efeitos históricos (valores antes de impostos diferidos)

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Quadro de avaliação na data de transição:

Activos Fixos

Tangíveis Valor

Avaliação

Efeito da Reserva

Terrenos

6 659 087 4 272 624

Edifícios e outras construções 9 820 387 4 291 196 Total 16 479 474 8 563 820

Em 31/12/2007, dando conformidade aos requisitos dos normativos, foi efectuada por peritos independentes nova avaliação para a classe de terrenos, edifícios e outras construções por forma a reflectir o justo valor dos bens. Os efeitos no grupo são os seguintes:

Activos Fixos Tangíveis

Valor Avaliação

Efeito da Reserva no Exercício

Efeito da Reserva

Acumulada

Terrenos

6 404 716 (186 964) 4 085 660

Edifícios e outras construções 12 261 624 1 864 998 6 156 194 Total 18 666 340 1 678 034 10 241 854

A esta data não foi feita nova avaliação por se considerar que não se verificaram flutuações importantes no seu valor.

7. Empresas do grupo incluídas na consolidação

Em 31 de Dezembro de 2008 as empresas do grupo são as seguintes:

2008 = 2007 Empresas do Grupo Sede

% Capital Previnil – Empresa Preparadora de Compostos Vinílicos, S.A Vila Franca de Xira 100% CYGSA – Compuestos e Granzas, S.A Mendávia – Espanha 100%

Bamiso – Produção e Serviços Energéticos, S.A Estarreja 100%

Sociprev – Soc. de Mediação de Seguros, Lda Estarreja 100%

As percentagens de participação nas sociedades referidas consubstanciam-se em idêntica percentagem de direitos de voto.

Todas as sociedades foram incluídas pelo método de consolidação integral, excepto a Sociprev (que foi excluída por imaterialidade).

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8. Instrumentos financeiros e derivados

Decorrente da política de cobertura de risco cambial a CIRES tinha em carteira a 31 de Dezembro de 2008 os seguintes instrumentos financeiros (valores em milhares de euros/ milhares de US dólares consoante indicado):

Designação Montante/ Divisa

(milhares de USD)

Contravalor ao câmbio

contratado ( milhares euros)

Contravalor ao Câmbio em 31/12/2007

(milhares euros)

Justo Valor (milhares de

euros)

Fx Forward 175 125 126 1

9. Impostos sobre os lucros

9.1. Impostos diferidos activos e passivos reconhecidos

As diferenças temporárias que se consubstanciam em activos e passivos por impostos diferidos são as seguintes:

I Diferenças temporárias que originaram activos por impostos diferidos 31/12/2008 31/12/2007 Provisões não aceites fiscalmente

942 548

483 895

Prejuízos fiscais 6 826 100 4 778 004 Crédito fiscal à investigação e desenvolvimento 1 119 690 1 208 962 Desreconhecimento de activos 797 532 974 196 Reconhecimento de imparidade de activos corpóreos 2 299 545 2 554 381 Total I 11 985 415 9 999 438

II Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos

Avaliação de activos imobilizados - terrenos/edifícios 11 228 291 11 509 292 Total II 11 228 291 11 509 292 Activos por impostos diferidos 3 018 043 2 566 842 Passivos por impostos diferidos 2 982 594 3 057 242

De acordo com os planos existentes para os próximos anos, os impostos diferidos activos serão recuperados dentro do período de report fiscal.

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9.2. Reconhecimento do custo com o imposto do exercício

31/12/2008 31/12/2007 I Imposto do exercício (526 734) 196 874 II Gastos (proveitos) de impostos do exercício reconhecidos como impostos diferidos proveniente de:

Provisões não aceites (121 543) (46 507) Prejuízos fiscais do exercício (512 024) 250 050 Crédito fiscal à I&D 23 657 (101 988) Redução de activos por impostos diferidos 114 348 144 247 Efeitos da realização da reserva de reavaliação (74 648) (274 459) Efeito relativo à tributação do Estado de Navarra (filial CYGSA) 0 (41 651) Total II (570 210) (161 918) III Gastos (proveitos) de impostos não reconhecidos anteriormente 0 0 IV Imposto diferido (II – III) (570 210) (161 918) V Imposto corrente (I – IV) 43 476 34 956

9.3. Reconciliação do imposto

31/12/2008 Resultados e outras variações patrimoniais antes de impostos (1 964 352) Taxa nominal de imposto 25,0% Imposto do exercício à taxa nominal (491 088) Tributações autónomas 43 473 Outros (79 119) Imposto sobre o rendimento (526 734)

10. Existências

A decomposição das existências é a seguinte:

Existências 31/12/2008 31/12/2007 Matérias primas 5 719 389 5 690 021 Produtos acabados 4 352 325 6 415 103 Sub Total 10 071 714 12 105 124 Imparidades em existências (441 842) (214 224) Total 9 629 872 11 890 900

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11. Dívidas comerciais a receber e outras

Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

12. Outros activos correntes

Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Outros Activos Correntes 31/12/2008 31/12/2007 Acréscimos de proveitos

130 260

80 460

Custos diferidos 776 542 48 106 Total 906 802 128 566

13. Caixa e equivalentes de caixa

Os saldos que compõem esta rubrica são os seguintes:

Caixa e equivalentes de caixa 31/12/2008 31/12/2007

Outras aplicações de tesouraria 0 162 000 Depósitos à ordem 646 898 1 405 212 Caixa 9 167 9 157 Total 656 065 1 576 369

14. Capital

O Capital autorizado está representado por 15.000.000 de acções escriturais, com o valor nominal unitário de 1 euro e está integralmente subscrito e realizado.

No final do exercício de 2008, eram as seguintes as entidades que detinham mais de 20% do capital social da Empresa:

Accionistas Quantidade Valor Nominal % Capital INEOS Chlor Vinilys Holding B.V. Shin Etsu Int. (Europe) BV Mitsui & Co. Europe PLC * Mitsui & Co. Portugal, Lda * Mitsui & Co. Ltd (Japan) *

3 934 725 3 911 220 2 535 260 1 219 545

156 420

3 934 725 3 911 220 2 535 260 1 219 545

156 420

26,23% 26,07% 16,90%

8,13% 1,04%

* As empresas referidas têm individualmente participação inferior a 20%, mas integram o grupo Mitsui cuja participação ascende a 26,07%.

Conforme anuncio tornado público em 9 de Dezembro de 2008, a Shin Estu International Europe B.V., celebrou um acordo de compra da totalidade das acções detidas pela INEOS Chlor Vinyls Holding B.V. anunciando, igualmente nessa data, uma oferta pública de aquisição tendente à compra da totalidade do capital da CIRES.

Dívidas Comerciais a Receber e Outras 31/12/2008 31/12/2007 Dívidas de clientes

24 351 854

35 222 523

Provisão para imparidade de contas a receber (1 431 173) (1 524 312) Dívidas ao estado 1 762 679 1 229 506 Outras dividas de terceiros 1 904 543 850 277 Total 26 587 903 35 777 994

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15. Reservas e Resultados Transitados

Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

16. Empréstimos bancários

Os empréstimos bancários são exigíveis como segue:

Empréstimos Bancários 31/12/2008 31/12/2007

Curto prazo

3 873 236

871 119

Médio e longo prazo 15 058 530 13 868 809

Total 18 931 766 14 739 928

A exigibilidade da dívida de curto, médio e longo prazo é a seguinte:

Anos 31/12/2008 31/12/2007

< 1 ano 3 873 236 871 119 >1 e < 2 anos 1 115 168 1 356 151 >2 e < 5 anos 13 726 403 12 157 211 > 5 anos 216 959 355 447

Total 18 931 766 14 739 928

Os empréstimos bancários estão, na sua totalidade, denominados em euros e vencem juros às taxas de mercado. O montante de 15 058 530 acima inclui 14 milhões de euros que dizem respeito à emissão de um contrato programa de papel comercial, com garantia de subscrição assinado em Dezembro de 2005, por um período de 7 anos, estando as actuais emissões sujeitas a uma taxa média de juro de 3,02%.

Rubricas Saldo em

01/01/2007

Aplicação de

Resultados

Outras variações Dividendos

Saldo em 31/12/2008

Acções próprias (603 116) (603 116) Prémio emissão Acções 10 398 789 10 398 789

Reservas legais 1 856 870 32 230 1 889 100

Reservas reavaliação 16 001 530 16 001 530

Reservas acções próprias 603 116 603 116

Outras reservas 2 440 085 96 913 2 536 998

Resultados transitados (3 612 137) 1 159 812 2 151 (515 454) (2 965 628)

Total 27 085 137 1 288 955 2 151 (515 454) 27 860 786

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17. Outras dívidas a terceiros não correntes

Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Outras Dívidas a Terceiros Não Correntes 31/12/2008 31/12/2007 Proveitos diferidos - subsídios ao investimento 962 187 1 246 419 Proveitos diferidos – outros 350 108 285 758 Fornecedores de imobilizado 569 961 164 308 Total 1 882 256 1 696 485

A exigibilidade das dívidas a médio e longo prazo aos fornecedores de imobilizado é a seguinte:

Anos 31/12/2008 31/12/2007

> 1 e <2 anos 133 938 56 695 >2 e < 5 anos 391 002 101 316 >5 anos 45 021 6 297

Total 569 961 164 308 Conforme descrito na nota 2.3 o valor dos subsídios ao investimento no montante de cerca de 962 mil euros, encontra-se registado como passivo não corrente. O grupo registou no exercício de 2008 em outros proveitos e ganhos operacionais o montante de 284 233 euros relativo à quota-parte de subsídios atribuídos ao investimento. Os subsídios atribuídos e ainda não integrados em resultados são detalhados como se segue:

Designação Âmbito Montante Subsídios Transf. pª Resultados Saldo Investido Atribuídos Exercícios

Anteriores Exercício

Proveitos Diferidos

Pipeline PEDIP 4 670 609 2 568 834 2 568 834 0 0 Cogeração Energia SIURE 865 324 80 825 38 392 2 021 40 412 Projecto MP 3 PEDIP II 16 862 037 5 636 940 4 577 530 264 568 794 842 Util. Racional Energia . DGE 206 976 86 017 57 675 6 516 21 826 Retex - Man. Condicionada DGI 231 746 109 634 109 634 0 0 Cogeração Energia SIURE 3 902 040 430 957 314 722 11 128 105 107

Total 26 738 732 8 913 207 7 666 787 284 233 962 187

18. Provisões para outros riscos e encargos Refere-se a provisões constituídas para riscos específicos identificados, sendo objecto de reapreciação anual. Inclui, essencialmente, a provisão para fazer face aos benefícios complementares a atribuir aos administradores da empresa, aprovados na assembleia geral de 27 de Março de 1997 e reformulados na assembleia geral de 29 de Março de 2001. As normas aprovadas visam atribuir, sob certas condições, uma compensação aos administradores decorrente da limitação legal nos descontos para a segurança social no exercício das respectivas funções. Os movimentos nesta rubrica foram os seguintes:

Movimentos da Provisão 31/12/2008 31/12/2007 Valor inicial da provisão 399 886 224 386 Provisão - beneficio complementares aos administradores 175 500 175 500 Saldos no final do período 575 386 399 886

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19. Dívidas comerciais a pagar e outras

Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Dívidas Comerciais a Pagar e Outras 31/12/2008 31/12/2007 Fornecedores

19 195 285

33 494 847

Fornecedores imobilizado 813 347 455 659 Dividas ao estado 723 331 619 669 Outras dívidas a terceiros 2 172 999 825 905 Total 22 904 963 35 396 080

20. Outros passivos correntes

Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Outros Passivos Correntes 31/12/2008 31/12/2007 Encargos com remunerações

1 010 073

1 462 357

Estimativas para rappel 155 248 153 791 Especialização (transportes, seguros, logística) 545 346 548 864 Outros 508 213 2 296 222 Total 2 218 880 4 461 234

21. Proveitos e despesas operacionais por natureza

O total dos proveitos e das despesas operacionais é o seguinte:

Proveitos e Resultados Operacionais 31/12/2008 31/12/2007 Vendas e prestações de serviços 163 208 721 176 194 808 Resultados operacionais 773 757 (2 362 634) Total 163 982 478 173 832 174

Despesas e Perdas Operacionais 31/12/2008 31/12/2007 Amortizações do período (nota 6)

4 420 057

4 147 688

Custos com o pessoal (nota 22) 10 932 857 11 081 811 Variação de produção 2 061 482 (549 228) Custos existências vendidas e mat. consumidas 124 905 899 141 357 362 Transportes, comissões seg. crédito e descontos pronto pagamento 8 504 237 8 417 881 Electricidade 3 414 363 3 430 929 Manutenção, seguros industriais, segurança e ambiente 2 928 608 2 738 877 Outros (deduzido de outros proveitos e ganhos operacionais) 6 814 975 3 206 854 Total 163 982 478 173 832 174

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22. Custos com o pessoal

Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Os outros custos com o pessoal englobam seguros de acidentes de trabalho, seguros de doença e vida, acção social, formação e benefícios complementares a atribuir aos administradores da empresa (nota 18). O número médio de empregados no grupo durante o exercício de 2008 ascendeu a 206. Em 31/12/2007 foi de 213 o número de funcionários no grupo.

23. Custos liquido de financiamento

Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Ganhos e Perdas Financeiras 31/12/2008 31/12/2007 Juros suportados Juros obtidos

1 248 024

(70 830)

953 578 (72 719)

Perdas/(Ganhos) conversão cambial 20 013 27 323 Outros (6 612) (31 374) Total 1 190 595 876 808

24. Resultado por acção O cálculo do resultado por acção baseia-se no resultado líquido atribuído aos accionistas e no número médio ponderado de acções em circulação no período. Devido à inexistência de acções potenciais os resultados por acção básico e diluído são iguais.

Resultado por Acção 31/12/2008 31/12/2007

Nº acções 15 000 000 15 000 000 Nº acções próprias ( detidas pela CIRES ) 272 755 272 755 Nº acções com direito a dividendo 14 727 245 14 727 245 Resultado líquido (1 437 618) 1 288 952 Resultado líquido por acção (básico) (0,098) 0.088 Resultado líquido por acção (diluído) (0,098) 0.088

25. Benefícios de Reforma Fundo de pensões Grupo CIRES, S.A. O fundo abrange os trabalhadores e os administradores com salário pensionável. Financia um plano de contribuição definida (CD) cujo valor no fim do período ascende a 4 147 462– que engloba a maioria dos beneficiários – e um plano

Custos com Pessoal 31/12/2008 31/12/2007

Ordenados e salários

8 050 112

8 102 548

Segurança social 1 612 849 1 594 741

Fundo de Pensões 243 712 390 134

Outros 1 026 184 994 388

Total 10 932 857 11 081 811

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de benefícios definidos (BD) que abrange os trabalhadores com mais de 60 anos à data de 31 de Dezembro de 2002 que não optaram pelo plano de contribuição definida, e também as situações de reforma por invalidez (nota 2.14). O fundo de pensões nas condições prevista no contrato constitutivo publicado na III série do DR nº 79 de 3 de Abril de 2003, assegura, em qualquer dos planos BD e CD, o pagamento de um complemento de reforma por invalidez aos participantes com um mínimo de 5 anos de serviço na empresa, determinado de acordo com a formula estabelecida no plano de BD para o cálculo da pensão de reforma por invalidez. No plano CD o valor acumulado no fundo e as futuras contribuições da empresa, são um direito adquirido do trabalhador desde que se verifiquem as condições de elegibilidade, nomeadamente ter 10 ou mais anos de tempo de serviço nos associados, transferível para a sua propriedade quando da reforma por idade, de acordo com o estabelecido na lei dos benefícios fiscais. Os estudos actuariais elaborados pela PensõesGere reportados a 31 de Dezembro de 2007 e a 31 de Dezembro de 2008 assentaram, nos seguintes pressupostos e bases técnicas: * Taxa de rendimento do fundo de 4.75% * Taxa esperada de crescimento Salarial de 2.75% * Taxa de crescimento das pensões de 0% * Rendimento considerado nas rendas vitalícias imediatas de 4% * Tábua de mortalidade GKF 80 * Tábua de invalidez EKV 80 Relativamente ao plano de BD, segundo os estudos actuariais, os movimentos, situação do fundo e responsabilidades à data de 31 de Dezembro de 2008, resumem-se como se segue:

Fundo de Pensões Cires Previnil Bamiso Total Valor presente da obrigação ben. definidos - início exercício (-) Benefícios pagos pelo fundo de pensões (+) Custo dos serviços correntes (+) Custo dos juros (+) Ganhos e perdas actuariais (+) Custo dos serviços passados - alteração do plano 1. Valor presente da obrigação ben. definidos estimados para o fim do exercício de 2008

1 182 983 (128 160)

38 922 47 247 21 428

0

1 162 420

136 097 (11 881)

13 227 5 837

(18 026) 0

125 254

0 0

3 732 174

(3 906) 0

0

1 319 080 (140 041)

55 881 53 258

(504) 0

1 287 674

Valor do fundo no início do exercício (+) Adicional de rentabilidade (+) Contribuição efectuada do ano (-) Transferência (-) Benefícios pagos pelo fundo de pensões (+) Retorno real dos activos do plano (-) Afectação dos activos do fundo ao financ. plano CD 2. Valor do fundo no final do exercício estimado

1 213 546 0 0 0

128 160 47 105

0 1 132 491

114 749 0

36 217 0

(11 881) 5 996

0 145 081

412 0 0 0

18 0 0

430

1 328 707 0

36 217 0

116 297 53 101

0 1 278 002

Saldo Actuarial (2-1) 29 929 19 827 430 50 186

Durante o exercício de 2008 foi contabilizado em custos com o pessoal – fundo de pensões, no montante de 243 712, do qual 85 848 respeita ao plano de benefício definido.

26. Compromissos de capital

Os compromissos assumidos pelo grupo em 31 de Dezembro de 2008 para aquisição de imobilizações corpóreas ascendem a 1 016 milhares de euros. Não existem compromissos para a compra de participações financeiras.

27. Contingências

Foi questionado pela administração fiscal, no âmbito da inspecção tributária realizada aos exercícios de 2005 e 2006, o montante de 3 800 494 euros referente à menos-valia incluída na matéria colectável em 2006, relacionada com a venda da participação financeira da Soplasnor. Contudo, não se espera que venham a ocorrer responsabilidades para a empresa.

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Não existem outros litígios em que o grupo CIRES esteja envolvido à data de 31 de Dezembro de 2008. 28. Garantias prestadas Em 31 de Dezembro de 2008 existiam garantias bancárias prestadas por conta da empresa a favor das seguintes entidades:

Entidades 31/12/2008 31/12/2007

Alfândega 3 744 172 3 744 172 EDP 396 018 396 018 Outras a favor de diversos Ministério do trabalho

18 710 6 395

49 512 6 395

29. Partes relacionadas

29.1. Controlo do grupo

As transações efectuadas com accionistas durante o período foram as seguintes:

Transacções com Empresas Accionistas 31/12/2008 31/12/2007

Compras 100 828 778 89 643 350 Vendas 6 205 715 4 052 133 Outros 1 028 823 854 968

29.2. Transacções com administradores

Não existem transacções com administradores.

29.3. Remunerações dos administradores No grupo de empresas da CIRES assumem funções de administração, além dos administradores da CIRES, outros trabalhadores do grupo. As remunerações globalmente atribuídas a todos os administradores e aos restantes elementos que compõem os órgãos sociais foram as seguintes:

Remunerações dos Órgãos Sociais 31/12/2008 31/12/2007 Conselho de administração 1 364 481 1 263 102 Conselho fiscal 84 000 50 807 ROC 93 200 80 607 Assembleia geral 4 750 4 750 Secretário sociedade 18 000 18 000 Total 1 564 431 1 417 266

30. Eventos subsequentes à data do balanço Não existem eventos subsequentes à data do balanço que possam ter impacto material nas demonstrações financeiras. Sendo de referir, no entanto, que em 2009 a participada CYGSA adaptou o seu regime de laboração nos termos do quadro do expediente de regulação do emprego vigente em Espanha.

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31. Informações exigidas por diplomas legais a) Na sequência da candidatura ao Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (Lei 40/2005) foi dado diferimento pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior à constituição de um crédito fiscal de 96 513,20 ao IRC de 2007. Para o exercício de 2008 a empresa registou nas suas demonstrações financeiras imposto diferido activo no montante de cerca de 100 000 relativo ao previsível crédito fiscal à Investigação e Desenvolvimento Empresarial. b) Informação sobre matérias ambientais A síntese de investimentos de carácter ambiental concluídos e/ou em curso, assim como os dispêndios ambientais de carácter corrente imputados a resultados, ambos durante o exercício de 2008, podem ser apresentados da seguinte forma:

Natureza dos Dispêndios

Área

31/12/2008

31/12/2007

Redução de emissões atmosféricas 28 930 0 Investimento - adaptação de instalações tecnologias integradas

Gestão de águas residuais 10 871 18 756

Sistema gestão ambiental -ISO 14001 48 517 26 030

Controlo de emissões atmosféricas 17 528 6 827 Gestão de águas residuais 381 769 397 243

Dispêndios ambientais correntes imputados a resultados

Gestão de resíduos, remoção e reciclagem

194 246 163 419

Outras considerações: - Os critérios de mensuração utilizados foram o custo de aquisição; - Não foram atribuídos quaisquer incentivos públicos para os investimentos supra mencionados;

- Não existem passivos de carácter ambiental que não estejam incluídos nas demonstrações financeiras, assim como não são conhecidos passivos contingentes associados; - Não ocorreram durante o período, não conformidades relevantes que tivessem origens em questões ambientais.

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c) Informação sobre direitos de emissão de gases com efeito de estufa CO2

Foram atribuídas nos termos do despacho nº 2836/2008 à subsidiária Bamiso - Produção e Serviços Energéticos, S.A, cuja principal actividade se centra na cogeração de energia eléctrica, licenças de emissão de gases com efeito de estufa (CO2) para o período de 2008 a 2012. As licenças de emissão de CO2 utilizadas no exercício de 2008 correspondem a 54 107 ton , não resultando contudo efeito no resultado do grupo. Os direitos atribuídos e a movimentação das licenças de CO2, encontram-se apresentadas no quadro seguinte:

Movimento das licenças de CO2 Quantidades (ton de CO2)

Valor (€) (Cotação CO2 em

Dez.2008) Licenças atribuídas para o período de 2008 - 2012 53 613/ano Licenças utilizadas em 2008 e a entregar em 2009 54 107 Licenças de CO2 em carteira em 31/12/2008 53 613 820 279

Estarreja, 22 de Abril de 2009

O Conselho de Administração ______________________________ Ricardo Manuel Simões Bayão Horta ______________________________ Luís Alberto Moura de Sousa Montelobo ______________________________ Rogério Abrantes Batista Pratas ______________________________ Toshiaki Maruyama ______________________________ Christopher Edward Tane ______________________________ Robert Kantyka

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