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RELACIONAR COMO SE PESSOAS COM COM DEFICIÊNCIA

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RELACIONARCOMO SE

PE SSOAS COM

COM

DEFICIÊNCIA

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A educação constitui direito da pessoa com

deficiência, assegurada pelo sistema educacional

inclusivo em todos os níveis de aprendizado ao longo

de toda a vida. Objetiva-se que o aluno alcance o

máximo desenvolvimento possível de seus talentos

e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e

sociais, segundo suas características, interesses e

necessidades de aprendizagem.

No Brasil, desde 2015, a partir da promulgação do

Estatuto da Pessoa com Deficiência, criar uma cultura

de inclusão e derrubar barreiras que ainda existem

são responsabilidades de todas as instituições em

DIRETORACADÊMICO

PALAVRA D O

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todos os níveis de ensino. Na formação profissional,

a responsabilidade social é conteúdo trabalhado nas

habilidades e competências gerais que envolvem o

entendimento da sociedade, do respeito à diversidade,

à cidadania, à inclusão social e educacional.

A Faculdade Unimed tem o compromisso de

garantir o acesso de todos à educação e, por isso,

tem como premissa a efetivação de uma política

fundamentada no reconhecimento e na valorização da

diversidade, de acordo com sua missão institucional,

sua política inclusiva e seu plano de acessibilidade

e do atendimento do núcleo de acessibilidade.

A cartilha “Como se Relacionar com Pessoas com

Deficiência” apresenta referencial para auxiliar

os profissionais que compõem o quadro de

colaboradores, docentes e alunos da instituição

a compreenderem o conjunto de necessidades e

características dos cidadãos. É fundamental que haja

conscientização que resulte em mudanças de ideias

e práticas para a construção de uma sociedade, cada

vez mais, igualitária e inclusiva.

Devemos respeitar as pessoas exatamente como

elas são. Nossas atitudes denotam nosso respeito e

compromisso conosco e com o outro. Essa cartilha

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contém orientações e esclarecimentos que promoverá

a reflexão sobre a maneira de nos relacionarmos

com pessoas com deficiência, demonstrando a

acessibilidade atitudinal.

A Faculdade Unimed apoia a implementação de uma

nova conduta social, que viabilize que instituições de

ensino possam atender e garantir a participação de

todos. A inclusão é tão agregadora que seus benefícios

vão além das instalações físicas, e se estendem por

todos os ambientes em que estamos inseridos.

Vale a pena conferir. Boa leitura!

Ary Célio de OliveiraDiretor Acadêmico da Faculdade Unimed

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OBJETIVOSPRINCIPAIS

A cartilha “Como se Relacionar com Pessoas com

Deficiência” foi desenvolvida com o objetivo de

orientar, facilitar e estimular o convívio entre

colaboradores, professores e alunos sobre a forma

de se comportarem no dia a dia com pessoas com

deficiência, principalmente no ambiente escolar.

Propomos nesse material informações significativas

para melhor compreensão sobre a pessoa com

deficiência e orientações relacionadas ao tratamento

estendido a essas pessoas, de forma a respeitar suas

condições e limitações. Compreender as necessidades

específicas de cada indivíduo é fundamental para

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o início de um relacionamento harmonioso entre

pessoas com diferentes hábitos, comportamentos

e necessidades. Independentemente da deficiência,

trata-se de uma relação com um ser humano, que

merece nosso respeito e compreensão, e tem os

mesmos direitos que qualquer outro cidadão, sem

distinção. É preciso ter em mente de que não é a

diferença que determina a competência das pessoas.

Considerando este ponto como princípio, as outras

dificuldades serão superadas com naturalidade.

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PESSOAS COMDEFICIÊNCIA

RE LACIONAND O-SE COM

Quando nos relacionamos diretamente, obviamente

devemos chamar a pessoa pelo nome! Ao nos

referirmos a ela, quando necessário, o termo

adequado é “pessoa com deficiência.”

A escolha desse termo tem como objetivo valorizar

o substantivo “pessoa”, em detrimento do adjetivo

“deficiência”. No entanto, o ideal é sempre chamar

a todos pelo nome, pois para alguns, a palavra

“deficiente” é pejorativa e discriminatória.

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Devemos tratar as pessoas com deficiência com

naturalidade, pois apesar da condição física

ou mental, elas podem tomar decisões, ser

responsáveis por seus atos e contribuir muito com

ideias. Bom senso e naturalidade são essenciais no

relacionamento. Trate-as conforme a sua idade. Se

for uma criança, trate-a como uma criança; ser for

um adulto, trate-a como um adulto. O atendimento

a uma pessoa com deficiência deve ser realizado

levando em consideração o tipo de deficiência que

ela apresenta. No entanto, é muito importante que o

tratamento oferecido não subestime ou discrimine

a competência dela.

Uma pessoa com deficiência não é uma pessoa doente!

A deficiência somente impõe, em casos específicos,

a necessidade de adaptações. A deficiência existe

e não podemos ignorá-la, mas é preciso cuidado

para que não façamos dela um motivo para duvidar

da capacidade dos indivíduos com deficiência.

É preciso tratá-los com igualdade, respeitando as

suas limitações, mas acreditando em seu potencial.

Precisamos ser cuidadosos ao nos portar diante

de uma pessoa com deficiência. Tudo começa

com o nosso empenho em considerar a pessoa e

saber ouvi-la para estabelecer um bom diálogo.

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É importante ter cuidado para não incapacitá-la, ou

seja, oferecer recursos necessários à sua autonomia

em algo que ela realmente seja capaz de fazer. Saber

lidar com a diferença na exata medida da diferença.

Tratá-los com piedade só vai aumentar o sentimento

de discriminação.

Em sinal de respeito, devemos oferecer atendimento

preferencial às pessoas com deficiência, por se

tratarem de necessidades especiais atípicas, como

uma espera prolongada por exemplo. Isso pode gerar

mais dificuldades e implicações para a sua saúde

do que para os demais. O atendimento deve ser

atencioso, digno e personalizado, ou seja, o mesmo

dispensado às demais pessoas. A diferença, no entanto,

consiste no fato de o atendente levar em conta as

peculiaridades da deficiência, para que se estabeleça

comunicação positiva e proveitosa. É necessário

tomar cuidado para que essa personalização não

superestime ou desconsidere a capacidade do

indivíduo com deficiência.

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PESSOAS COMDEFICIÊNCIAFÍSICA

RE LACIONAND O-SE COM

A pessoa com deficiência física engloba vários tipos

de limitações motoras, como paraplegia, tetraplegia,

paralisia cerebral e amputação. Muitas pessoas sem

deficiências ficam confusas quando encontram uma

pessoa que possui deficiência. Isso é natural, porque

todos nós podemos nos sentir desconfortáveis diante

daquilo que é “diferente”, e esse desconforto diminui

e pode até mesmo desaparecer quando existem

muitas oportunidades de convivência entre pessoas

com e sem deficiência.

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Nunca se esqueça de perguntar a essas pessoas se elas

querem a sua ajuda, e de que forma você pode auxiliá-

las. Suas maiores dificuldades, geralmente, são em

relação à locomoção. Algumas dicas para comportar-

se perante uma pessoa com essa deficiência:

• A cadeira de rodas, muleta e bengala são para essas

pessoas como extensão de seu corpo. Portanto, não

se apoie nesses objetos;

• Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes

pedir permissão à pessoa;

• Para auxiliá-la a descer uma rampa ou degraus,

sempre vire a cadeira de rodas e desça de marcha à

ré. Nunca desça de frente. Para subir degraus, incline

a cadeira para trás, de forma a levantar as rodinhas

dianteiras e apoiá-las sobre a elevação;

• Sempre que for conversar por um período maior com

uma pessoa que está na cadeira de rodas, lembre-

se de sentar para que ela não fique muito tempo

olhando para cima;

• Sempre que estiver acompanhando uma pessoa com

deficiência que ande devagar, procure acompanhar

o ritmo dela;

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• Se você presenciar um tombo de uma pessoa com

deficiência, ofereça-se imediatamente para auxiliá-

la. Mas nunca aja sem antes perguntar como deve

ajudá-la;

• Como as pessoas com deficiência física costumam

desenvolver técnicas próprias para alguns

movimentos como, por exemplo, um cadeirante

subir escadas. Uma tentativa de ajuda inadequada

pode atrapalhar;

• Caso você pare para conversar com alguém ao

conduzir uma pessoa na cadeira de rodas, lembre-se

de incluí-la, posicionando favoravelmente a cadeira;

• Fale de frente para a pessoa, não ao lado ou atrás

dela, para que a sua boca fique visível e ela possa

fazer leitura labial. Fique atento: ficar contra a luz

pode atrapalhar;

• Não se acanhe em usar termos como “andar” e

“correr”. As pessoas com deficiência física usam

naturalmente essas palavras;

• Se a deficiência da pessoa decorre de paralisia

cerebral, ela pode ter dificuldades, tais como andar,

fazer movimentos involuntários com pernas e braços,

não ter algum movimento facial e, por isso, não

conseguir exprimir seus sentimentos com a face.

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Esteja atento ao que ela busca comunicar e respeite-a

em suas limitações: em geral, ela tem ritmo e fala

lentos. Há quem precipitadamente confunda essas

limitações com deficiência intelectual.

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PESSOAS COMDEFICIÊNCIA

VISUAL

RE LACIONAND O-SE COM

Nem sempre as pessoas cegas ou com deficiência

visual precisam de ajuda. Contudo, se encontrar

alguma que pareça estar com dificuldades, identifique-

se, faça-a perceber que você está falando com ela e

ofereça seu auxílio. Nunca ajude sem antes perguntar

como deve fazê-lo, pois as pessoas com deficiência

visual apresentam dificuldades maiores em relação

à orientação.

Devemos evitar termos como “ceguinho”, pois são

ofensivos e desqualificam a pessoa. Chame-a sempre

pelo nome, e, ao se referir à pessoa com deficiência,

o certo é utilizar pessoa com deficiência visual.

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Algumas dicas para comportar-se perante uma

pessoa com essa deficiência:

• Nunca puxe-a pelo braço, ofereça sempre o seu

para que ela se segure;

• Informe-a sempre que sair de perto dela, mesmo

que seja por um período de tempo curto;

• Seja o mais claro possível ao explicar um caminho,

fale sobre os obstáculos que ela vai encontrar e a

distância que vai percorrer. Use os termos “direita”

ou “esquerda”, “em frente” ou “atrás”. Nunca utilize

os termos como: “ali”, “lá”;

• Caso vá apresentá-la a alguém, é importante que

ela fique sempre de frente para a pessoa apresentada

para não acontecer de estender a mão, por exemplo,

para o lado contrário em que se encontra essa pessoa;

• Não tenha receio em avisá-la, discretamente, caso ela

tenha cometido algum engano em relação ao vestuário

(meias trocadas, roupas pelo avesso, zíper aberto);

• Não converse com ela a partir de gestos, mas

também não aumente a voz. Utilize um tom normal

que ela consiga entender;

• Fique à vontade para usar palavras como “veja” e

“olhe”. As pessoas cegas as usam com naturalidade.

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Quando for embora, avise sempre ao deficiente visual,

pois ele pode não perceber a sua saída e continuar

falando contigo;

• Ao explicar direções para um deficiente visual, seja o

mais claro e específico possível e, de preferência, indique

as distâncias em passos (“três passos à sua frente”);

• Para ajudá-la a assentar-se, você deve colocar a

mão dela sobre o encosto da cadeira, informando se

esta tem braço ou não. Deixe que a pessoa assente-

se sozinha;

• Com a pessoa segurando o seu braço, conduza-a ao

atravessar a rua e/ou utilizar um meio de transporte.

A maioria lhe agradecerá;

• Procure atravessar a rua em linha reta, pois do

contrário ela pode perder a orientação. Caso você

esteja oferecendo a sua ajuda como guia também

em outros ambientes, e essa oferta seja aceita;

• Coloque a mão da pessoa no seu cotovelo dobrado,

para que ela possa acompanhar o movimento do seu

corpo enquanto você anda;

• Durante o trajeto, avise, antecipadamente, sobre a

existência de degraus, pisos escorregadios, buracos

e obstáculos;

• Em um corredor estreito, por onde só é possível

passar uma pessoa, coloque o seu braço para trás,

de modo que ela possa continuar seguindo você.

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PESSOAS COMDEFICIÊNCIAAUDITIVA

RE LACIONAND O-SE COM

A maioria das pessoas surdas não são mudas!

Com o auxílio de fonoaudiólogo, muitas vezes elas

conseguem desenvolver a linguagem oral. Ao interagir

com uma pessoa com deficiência auditiva, evite

usar denominações pejorativas como, por exemplo,

“mudinhos”. Palavras desse gênero são ofensivas e

carregadas de preconceito. Não é correto dizer que

alguém é surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não

falam porque não aprenderam a falar. Para o surdo,

a visão é o sentido primordial da comunicação e,

portanto, é bastante desenvolvido, visto que a maior

dificuldade para essas pessoas é a comunicação.

Compreender o outro e se fazer entender são os

maiores desafios para elas.

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Algumas dicas para comportar-se perante uma

pessoa com essa deficiência:

• Para falar com essa pessoa, acene ou toque em seu

braço levemente;

• Enquanto estiver conversando, não precisa gritar;

fale sempre com calma e mantenha o contato

visual. Desviando o olhar, a pessoa pode achar que

a conversa finalizou;

• Sempre que for comunicar-se, você deve deixar a sua

boca e expressões faciais visíveis para a pessoa com

deficiência auditiva, pois são essas características

que ela vai observar durante a conversa;

• Se tiver dificuldade para compreender o que a

pessoa com deficiência auditiva está dizendo, peça

a ela para repetir. Caso seja necessário, comunique-

se por meio da escrita;

• É importante que o uso do aparelho para pessoas

com deficiência auditiva seja visto com a mesma

naturalidade com que são os óculos;

• Quando o surdo estiver acompanhado de intérprete,

fale diretamente com a pessoa surda, não com o

intérprete;

• Se você souber alguma linguagem de sinais, tente

usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em

entender, avisará. De modo geral, suas tentativas

serão apreciadas e estimuladas.

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PESSOAS COMDEFICIÊNCIA

MENTAL

RE LACIONAND O-SE COM

É comum haver associação entre a deficiência

auditiva e a deficiência mental, por causa da grande

movimentação corporal que os surdos desenvolvem

para se comunicar. Muitas vezes essas pessoas

balançam as mãos, usam gestos fortes e mexem

o corpo. Mas essas ações são necessárias para se

comunicar e não comprometem, em hipótese alguma,

sua capacidade intelectual.

O deficiente mental tem o funcionamento intelectual

significativamente inferior à média, com manifestação

antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas

ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:

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1. comunicação;

2. cuidado pessoal;

3. habilidades sociais;

4. utilização dos recursos da comunidade;

5. saúde e segurança;

6. habilidades acadêmicas;

7. lazer;

8. trabalho.

De um modo geral, as pessoas com deficiência mental

são bem comunicativas e carinhosas. Diante disso,

cumprimente-as normalmente, dando atenção e

conversando com elas. Essa deficiência nem sempre

torna o indivíduo incapaz, portanto não o subestime.

Ajude somente quando houver necessidade ou lhe

for solicitado.

Algumas dicas para comportar-se perante uma pessoa

com essa deficiência:

• Respeite o ritmo de fala, de trabalhos e de

aprendizagem dessa pessoa. Ela gasta mais tempo

para aprender e compreender informações;

• Deve-se falar com ritmo adequado (nem muito

rápido e nem muito lento). Não use palavras no

diminutivo para que a fala não seja infantilizada;

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• Dê-lhe mais tempo para responder as perguntas

que você fizer e faça uma de cada vez, utilizando

instruções claras e simples;

• Qualquer conduta inadequada praticada pela

pessoa com essa deficiência deve ser notificada,

e orientações devem ser dadas de imediato, com

postura firme e clara;

• Ao determinar como adequar o seu vocabulário

à idade da pessoa, lembre-se que você deve saber

a “idade mental” do seu ouvinte, e não a sua “idade

biológica”;

• Não imite o modo de falar da pessoa com transtorno

mental. Ela o entenderá melhor ao se comunicar

em seu tom natural de fala. Caso contrário, você

irá confundir o seu ouvinte e pode transmitir a

impressão errada de seus sentimentos em relação

à deficiência.

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PESSOAS COMTRANSTORNODO ESPECTROAUTISTA

RE LACIONAND O-SE COM

A palavra autismo é derivada do grego “autos” que

significa “voltar-se para si mesmo”. Transtorno do

Espectro Autista (TEA) está inserido em um grupo

diagnóstico denominado como Transtornos Globais

do Desenvolvimento (TGDs) e engloba transtornos

antes chamados de Autismo Infantil Precoce,

Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de

Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Síndrome

de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância e

Síndrome de Asperger.

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O espectro é quatro vezes mais presente no sexo

masculino que no feminino. Por esse motivo, a cor

que simboliza a síndrome é azul. Contudo, ainda

não se sabe a causa dessa diferença. As pessoas

com o espectro apresentam séria dificuldade na

socialização e diversos níveis de gravidade. Há

indivíduos com problemas mais severos que se

isolam em um mundo praticamente impenetrável.

Outros não querem se relacionar com ninguém e

há aqueles que apresentam dificuldades quase que

imperceptíveis, até mesmo para os profissionais que

os avaliam e, por esse motivo, são confundidos com

pessoas muito tímidas e/ou antissociais.

O Transtorno do Espectro Autista é o nome dado a um

grupo de desordens complexas do desenvolvimento

do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento.

Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na

comunicação social e comportamentos repetitivos.

Algumas dicas para comportar-se perante uma

pessoa com essa deficiência:

• Para interagir melhor com essas pessoas, é

fundamental que seja estabelecido um bom vínculo

afetivo. É preciso buscar e manter contato visual

para estimular a comunicação;

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• Seja paciente com essas pessoas, pois, muitas

vezes, elas têm dificuldade de aprendizagem, até

mesmo as atividades rotineiras;

• Respeite o espaço dessas pessoas. Algumas

vezes, elas preferem ficar isoladas e fazer os seus

trabalhos sozinhas;

• Elas possuem, também, uma hipersensibilidade

a sons. Fogos, música alta, batidas constantes são

quase insuportáveis;

• Além da dificuldade de contato físico, elas também

possuem grande dificuldade de contato visual. Olhar

nos olhos do outro causa-lhes um enorme desconforto.

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CONCLUSÃO

A acessibilidade na educação superior é garantida

por uma vasta legislação, que determina que toda

instituição que tenha alunos com deficiência deve

adaptar-se para assim recebê-los da melhor maneira

possível, garantindo a inclusão educacional.

A instituição de educação superior tem a função social

de transformar o cidadão a fim de torná-lo participativo

socialmente, crítico e preparado para a convivência

em harmonia e paz na sociedade a qual está inserido,

garantindo a inclusão social desse deficiente.

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A Faculdade Unimed promove a participação

e o aprendizado por meio do seu Núcleo de

Acessibilidade, reconhecendo as habilidades e

dificuldades específicas de cada aluno. A partir

desse reconhecimento é possível identificar as

necessidades quanto aos recursos pedagógicos e

de acessibilidade.

Saber como se comportar perante uma pessoa

com deficiência é fundamental em nosso dia

a dia. Respeitar as limitações e reconhecer as

potencialidades é o caminho para contribuirmos

com a inclusão educacional e social. O grande desafio

a ser enfrentado é o do respeito à diferença, do

compromisso com a mediação da aprendizagem e

com a promoção dos direitos humanos.

A inclusão na educação superior não se dá apenas

com o acesso do sujeito na faculdade, mas com a

adaptação do espaço da instituição, dos recursos

pedagógicos e dos currículos, tornando-a realmente

aberta para todos.

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