como ocorreu a conquista do meio terrestre
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Resumo de botanicaTRANSCRIPT
COLEGIADO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA: BOTÂNICA APLICADA À FARMÁCIA
3º SEMESTRE-VESPERTINO
Resumo: Como ocorreu a conquista do meio terrestre
O processo que levou as plantas a conquistarem o ambiente terrestre levou milhões de
anos, e diferentes organismos surgiram e extinguiram-se até que a total conquista
acontecesse. Todavia, sem essa conquista, seria impossível a sobrevivência de diversas
espécies na Terra, inclusive a sobrevivência humana.
Acredita-se que as primeiras plantas terrestres tinham como ancestral um grupo de algas
verdes. No grupo das algas verdes, destacam-se as clorófitas como o grupo mais
próximo das plantas terrestres. Assim como os animais, as plantas também tiveram
dificuldades para se fixar em terra firme. Os desafios eram muitos e as plantas
precisavam enfrentar problemas, tais como: dessecação, trocas gasosas na atmosfera,
sustentar-se fora da água e reprodução. Esses problemas foram os mesmos enfrentados
pelos animais ao tentarem conquistar esse novo ambiente.
Para evitar a dessecação, o surgimento da cutícula foi essencial. A cutícula, que é
encontrada recobrindo a epiderme das plantas, é formada por substâncias lipofílicas e
tem por função diminuir a transpiração.
Para a realização de trocas gasosas, o aparecimento de estômatos foi de fundamental
importância. Os estômatos são constituídos por duas células-guarda e um orifício
denominado ostíolo. Algumas plantas possuem, ainda, células circundando as células-
guarda denominadas de células subsidiárias. Os estômatos são estruturas que estão
relacionados à respiração, transpiração e fotossíntese.
O problema da sustentação foi resolvido com o surgimento de duas estruturas: raízes e
tecidos vasculares. As raízes estão relacionadas à fixação da planta ao substrato e à
absorção de nutrientes e água do solo. Os tecidos vasculares estão relacionados
principalmente com o transporte de seiva bruta e seiva elaborada, entretanto, as células
do xilema, por apresentarem paredes lignificadas, conferem também à planta certa
sustentação.
O problema da reprodução foi solucionado com o surgimento de esporos, que são
considerados uma grande adaptação ao meio terrestre. Essas estruturas reprodutivas,
muito resistentes, são levadas pelo vento e pela água. Além disso, outra adaptação
relacionada à reprodução é a capacidade do zigoto de permanecer retido por algum
tempo no gametófito, o que confere proteção ao embrião.
Diante dessa transição surgiram as briófitas, pteridófitas, gimnospermas e as
angiospermas. Briófitas ainda são completamente dependentes de um habitat úmido
para sobrevivência do gametófito (que é sua fase dominante) e fertilização eficiente
(esporos transportados pelo vento). Nas pteridófitas o gametófito fotossintetizante
passou a ser independente do esporófito mas ainda dependem da água (na Selaginella a
germinação e desenvolvimento do gametófito feminino dentro do megásporo com
alimento evidencia uma forma de proteção). As gimnospermas aumentam o volume de
xilema, não precisam de umidade, o núcleo do anterozóide é levado até a oosfera pela
formação do tudo polínico, o gametófito feminino fica retido no esporófito que o
produziu, a oosfera fertilizada conta com maior proteção em seus estádios iniciais de
desenvolvimento, o embrião fica protegido pela formação da semente. As angiospermas
são o grupo mais evoluído e em maior diversidade, visto os inúmeros ambientes em que
são encontradas. Aqui a semente fica protegida pelo fruto, que também serve muitas
vezes como agente dispersor ou facilitador da dispersão pela sua forma ou por atrair
outros agentes.
REFERÊNCIAS
[1]0SSE,A.C. A conquista do meio terrestre. Disponível em: <
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u6014.shtml>. Acesso em: 15 de
fevereiro de 2015.
[2]SANTOS,V.S. Plantas e o meio terrestre. Disponível em:
<http://www.mundoeducacao.com/biologia/plantas-meio-terrestre.htm>. Acesso em: 15
de fevereiro de 2015.