como lidar com este inevitável desafio da manufatura

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PUBLICAçãO DA SANDVIK COROMANT DO BRASIL ISSN 1518-6091 RG BN 217-147 INCLUSãO Exemplos de superação e valorização da vida METAL DURO Benefícios que extrapolam o campo da usinagem 62 CORTES INTERROMPIDOS Como lidar com este inevitável desafio da manufatura 62

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Publicação da Sandvik coromant do braSil iSSn 1518-6091 rg bn 217-147

incluSãoExemplos de superação e valorização da vida

mEtal durobenefícios que extrapolam o campo da usinagem

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Para comEçar...

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Não corra que você vai acabar caindo.Olhe por onde pisa.Arrume seu quarto.Não deixe suas roupas no chão do banheiro.Não tome gelado.Coma tudo pra ficar forte.Cuide de sua irmãzinha.Cuidado com suas amizades.Não saia sem documentos e avise se for chegar tarde.Leve os estudos a sério.Tenha uma profissão digna.Seja dedicado e trabalhe duro.Adquira experiência trabalhando com especialistas.Se com tudo isso não obtiver êxito: vá um dia à faculdade só de cuecas!

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Publicação da Sandvik coromant do braSil iSSn 1518-6091 rg bn 217-147

incluSãoExemplos de superação e valorização da vida

mEtal durobenefícios que extrapolam o campo da usinagem

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cortES intErromPidoScomo lidar com este inevitável desafio da manufatura

62ÍndicE 62Edição 08 / 2009

03paracomeçar...04ÍNDIce/expeDIeNte06DesafIosDausINagem:astécNIcasquegaraNtemaDurabIlIDaDeDoferrameNtalemcoNDIçõescrÍtIcas

12maNufatura:coNheçaasoutrasaplIcaçõesDometalDuro18tecNologIa:sIstemamappsIVotImIzaprocessosemusINageNscomplexas22emo2009:maNferrostaalapreseNtateNDêNcIasemfeIraDemIlão24perspectIVa:abtcpapoNtaoportuNIDaDesparaosetormetalmecâNIco26eVeNto:semINárIocolocaempautaNoVosprocessosDemaNufatura28susteNtabIlIDaDe:troféuDogpbrasIlDef1éusINaDoDuraNteacorrIDa30superaçãoecompetêNcIa:INclusãosocIalquefaztoDaaDIfereNça40NossaparcelaDerespoNsabIlIDaDe42aNuNcIaNtes/DIstrIbuIDores/falecomeles

Publicação da Sandvik Coromant do BrasilISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

Foto de Capa:Arquivo AB Sandvik Coromant

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e-mail: [email protected] ligue: 0800 770 5700

EXPEDIENTE O MUNDO DA USINAGEM éumapublicaçãodasandvikcoromantdobrasil,

comcirculaçãodedozeediçõesaoanoedistribuiçãogratuitapara20.000leitoresqualificados.av. das nações unidas, 21.732 - Sto. amaro - cEP 04795-914 - São Paulo - SP. conselho editorial: aldecisantos,ancelmoDiniz,aryoldomachado,edsontruzsco,

edsonbernini,eduardoDebone,fernandodeoliveira,franciscomarcondes,heloisagiraldes,Nivaldobraz,Nivaldocoppini,NixonmalveiraeVeraNatale.

Editor-chefe: franciscomarcondes coordenação editorial, edição de arte, revisão e produção gráfica: housepresspropaganda

Jornalista responsável: franciscomarcondes-mtb56.136/spPropaganda: gerentedecontas-thaísViceconti/tel:(11)2335-7558cel:(11)9909-8808

Projeto gráfico:aaDesigngráfica: rush

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DESAfIOS DA USINAGEM

conheça as técnicas que

permitem prolongar a vida útil

das ferramentas que operam em

condições críticas

cuidado com

os cortes interrompidosDurante um processo de usina-

gem, vários fatores influen-ciam o comportamento das

ferramentas. Essa influência pode ser considerável principalmente no que tange à produtividade. Caso não seja feita uma análise adequada e medidas corretivas não sejam to-madas a tempo sempre que necessá-rio, os custos de fabricação poderão aumentar. Entre estes fatores, um dos principais vilões na redução da vida útil das ferramentas são os cortes interrompidos.

Geralmente causados por ir-regularidades superficiais do ma-terial bruto ou pela geometria assimétrica de componentes que ostentam furos, chavetas, ressaltos, depressões ou canais, os cortes interrompidos são responsáveis pelo desempenho precário das fer-ramentas de corte em muitas ope-rações de usinagem. É importante

lembrar que nos casos que envol-vem materiais fundidos somam-se ainda a dureza e a abrasividade das carepas superficiais (superfícies ásperas deixadas pela operação de fundição), que aceleram os desgas-tes na aresta de corte.

Peças forjadas costumam apre-sentar saliências e alterações di-mensionais que podem provocar intermitência e variações contínuas de profundidade de corte durante o primeiro passo em uma operação de desbaste. Esta ocorrência de intermitências e variações também são comuns no torneamento de rotores para bombas de sucção, faceamento de engrenagens auto-motivas e operações de fresamento em geral, entre outras.

No fresamento de carcaças fundidas, blocos de motores e cabeçotes de válvulas, as pastilhas sofrem choques mecânicos sub-

sequentes e estão quase sempre fadadas ao fim de sua vida útil por conta de uma avaria qualquer. Estas avarias podem ser causadas por microlascamentos, trincas térmicas e quebras das arestas de corte – que de modo geral acabam comprome-tendo também os calços e corpos de fixação, gerando custos maiores com o ferramental em função da necessidade de substituição de acessórios e componentes, quando não de toda a ferramenta.

Por estas razões, o conheci-mento das técnicas que permitem prolongar a vida útil de ferramentas que trabalham em condições crí-ticas seguramente irá auxiliá-lo a obter melhores resultados em suas operações de usinagem.

ClASSES E CObErTUrASObserve previamente as in-

formações sobre as características

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da peça a ser usinada. Um ponto muito importante é a classe do metal duro. Classes que apre-sentam substratos mais ricos em cobalto proporcionam maior tenacidade e, consequentemente, maior resistência aos impactos gerados em operações de cortes interrompidos.

O revestimento da pastilha também influi no rendimento da peça. Os processos de revestimen-to mais recentes – MTCVD (Me-dium Temperatures – Chemical Vapour Deposition, em português Temperaturas Médias – Deposição Química de Vapor), MTCVD com jateamento posterior e PVD (Phisical Vapour Deposition, em português Deposição Física de Vapor) – conferem baixas tensões residuais à superfície da pastilha. Por decorrência, isto melhora significativamente sua resistência à fratura, ao lascamento e à esca-mação – avarias recorrentes nos cortes interrompidos.

No caso das pastilhas reves-tidas pelo método MTCVD, as temperaturas de deposição das

camadas (ao redor de 850ºC) são mais baixas que as utilizadas no processo CVD tradicional. Esta redução nas temperaturas dimi-nui a possibilidade de surgirem microtrincas na superfície de saí-da da ferramenta. Os coeficientes de expansão e contração térmicas também se adaptam melhor a este processo e favorecem a tenacidade da aresta de corte.

Além disso, na nova geração de pastilhas de metal duro, logo após a fase de revestimento, as peças são jateadas para a eliminação completa das trincas superficiais. Por conta deste processo, as pas-tilhas apresentam dupla coloração (preta e amarela).

ClASSES PVDJá no caso das pastilhas re-

vestidas pelo processo PVD, a deposição das camadas ocorre a temperaturas ainda mais baixas (em torno de 500ºC), o que incor-re em menores tensões residuais e, consequentemente, melhor resis-tência a impactos.

Embora tanto as classes PVD

com relação à geometria dos quebra-cavacos, ferramentas com menores ângulos de saída apresentam melhor rendimento

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DESAfIOS DA USINAGEM

quanto as MTCVD com jatea-mento posterior pareçam concorrer para os mesmos tipos de aplicação, as em PVD são mais adequadas à usinagem de materiais mais dúcteis, em operações onde se tenha maio-res pressões de corte e não se possa utilizar muita velocidade de corte – como nas operações de rosquea-mento e em aplicações voltadas a cortes e ranhuras.

INflUêNCIAS DOS fOrMATOS E âNGUlOS

Além das classes, a escolha dos ângulos e formatos das ferramen-tas é fundamental. Os diferentes ângulos de folga, ponta, ataque, saída e posição, somados à forma da pastilha, influenciam sobre-maneira a vida do fio de corte.

A forma ajuda a determinar a área da ponta, sendo que, quan-to maior for a área, maior será a resistência ao choque mecânico. Pastilhas triangulares, por exem-plo, apresentam ângulos de ponta de 60º, enquanto as quadradas apresentam 90º; ou seja, as qua-dradas são mais reforçadas que as

triangulares. No fresamento, o uso de fresas com pastilhas redondas pode ser uma solução para cortes intermitentes no faceamento em desbaste, já que este formato é o que oferece maior robustez.

O ângulo de cunha das ferra-mentas também tem valiosa impor-tância quando o foco é resistência ao impacto. Quanto maiores forem os ângulos de saída e folga, menor será o ângulo de cunha e quanto menor o ângulo de cunha, menor a resistência aos impactos prove-nientes dos cortes interrompidos. Por isso, pastilhas positivas são mais frágeis que as negativas.

GEOMETrIA DOS qUEbrA-CAVACOS

Com relação à geometria dos quebra-cavacos, ferramentas com menores ângulos de saída apresentam melhor rendimento em operações intermitentes. Em contrapartida, poderão ampliar o esforço de corte e o consumo de potência.

Na maioria das vezes, geome-trias dedicadas a cortes pesados e

dicas de aplicação para condições serveras de corte Prefira máquinas estáveis Selecione as ferramentas mais curtas possíveis aplique fixações rígidas e seguras Escolha classes tenazes com coberturas de baixa tensão opte por pastilhas com maiores ângulos de ponta use ângulos de posição menores utilize refrigeração abundante ou evite-a por completo trabalhe com raios de ponta maiores adote pastilhas negativas ao invés de positivas

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em condições desfavoráveis apre-sentam ângulos de saída menores com compensações angulares na geometria dos quebra-cavacos e reforços do fio de corte. Tais reforços são usualmente obtidos por intermédio do tratamento ER (Edge Rounding – Arredon-damento da Aresta) aplicado à aresta cortante. Isso tudo com o objetivo de encontrar o melhor balanço entre maior resistência a quebras e menor consumo de potência. Existem ainda situações onde a melhor opção é a execução de chanfros retificados para que a pastilha resista aos impactos em operações mais extremas.

De forma geral, o chanfra-mento é mais utilizado em fer-

ramentas para fresamento e também em pastilhas de mate-riais avançados, como cerâmicas e CBNs, tanto nas operações de torneamento quanto fresa-mento. Já o arredondamento da aresta de corte é mais comum em pastilhas para tornear.

SOlUçõES POSSíVEISPara que a durabilidade das

pastilhas atinja rendimentos mais satisfatórios, algumas ações anteriores à usinagem principal poderão ser efetuadas. Um bom exemplo é o chanframento da superfície de entrada da fer-ramenta na peça. Isto propor-cionará penetração mais suave e progressiva até que toda a pro-

fundidade de corte seja atingida, livrando a aresta de um primeiro impacto extremo logo no primei-ro contato de corte.

Os dentes arredondados de uma engrenagem, por exemplo, também são menos danosos às pastilhas que rasgos de chaveta, que possuem cantos vivos.

Estabilidade é outra variável que contribui para a obtenção de maior produtividade. Máqui-nas mais rígidas, ferramentas de hastes mais curtas e peças muito bem fixadas resultarão em maior rendimento do ferramental.

Carlos Ancelmoespecialistaemusinagemda

sandvikcoromantdobrasil

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MANUfATUrA

liga especial pode ser utilizada com êxito em aplicações diversas à usinagem

operações que imponham altos níveis de exigência da ferramenta conformadora.

Na indústria, são muitas as empresas que enfrentam o pro-blema do desgaste em seu ferra-mental convencional, produzido com ligas de aço temperado de alta dureza ou mesmo com aço rápido; nestes casos, o metal duro pode representar uma substitui-ção inteligente para tais ferra-mentas, já que este é um material extremamente resistente.

muito além das ferramentas de cortemetal duro

como garantir a durabilidade de ferramentas que realizam a conformação metálica de

peças de forte resistência mecâni-ca? Como realizar a conformação de vergalhões em aço sem que haja alterações de medidas nos rolos de laminação? E como cortar com alta velocidade materiais al-tamente abrasivos como as fibras de papel? Em muitos casos, estas questões podem ser resolvidas da mesma forma: com o emprego do metal duro, composto metálico

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produzido à base de cobalto ligado a carbonetos de tungstênio, tân-talo e nióbio, que pode ainda ser revestido com finíssimas camadas de óxido de alumínio, nitretos ou carbonitretos de titânio.

No setor metalmecânico, o metal duro já tem desempenho bastante conhecido e comprova-do na composição de ferramentas para usinagem, mas as proprieda-des deste material também per-mitem que ele seja uma solução eficaz em diversos outros tipos de

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Sua composição de grãos metálicos faz com que seu desgaste se dê de forma diferenciada dos demais materiais pois, com o tempo, os grãos vão se desprendendo da superfície das ferramentas ou dos componentes fabricados com metal duro, pro-movendo um desgaste mais uniforme.

CONfOrMAçãO DE METAISExemplos de aplicações industriais que depen-

dem de produtos altamente resistentes ao desgaste são as operações de trefilação, laminação e extrusão – nestes casos é importante que as ferramentas envolvidas sejam capazes de suportar o constante atrito com metais de alta resistência.

Fábio Plensack, gerente de Vendas da área de produtos Hard Materials da Sandvik Tooling – área que comercializa tanto blanks de metal duro (taru-gos ou peças semi-acabadas) quanto as ferramentas de corte já finalizadas neste material –, assegura que este composto pode aumentar significativamente a

produtividade das indústrias do setor de conforma-ção. “Fabricadas com o metal duro, as ferramentas de conformação mantém suas medidas inalteradas por muito mais tempo, o que assegura dimensionais corretos para o produto final em toda uma ordem de produção”, explica Plensack. “Por ter vida útil mais longa, as ferramentas compostas por metal duro reduzem o tempo de máquinas paradas ocasionado pela troca de ferramentas”, acrescenta.

Outra aplicação industrial em que o metal duro pode ser a solução mais adequada e rentável é a fabricação de vergalhões para construção ou grades de aço. Rolos de laminação fabricados com este composto não perderão sua forma e suportarão por mais tempo o atrito constante com as barras de aço. Os canais de conformação resistem aos desgastes e não perdem seu formato original com o uso. Para continuar operando dentro das medidas ideais, os canais de conformação precisam ser reconstruídos periodicamente, e isso, nos rolos de laminação co-mum, quase sempre é feito com aplicações de solda, recurso que normalmente não permite a recupera-ção das dimensões iniciais da peça.

Ainda neste setor, outro processo com presença significativa do metal duro é a conformação de latas metálicas. Velocidade e precisão são fatores impor-tantes neste tipo de serviço, por isso o metal duro é preferido na fabricação das peças que irão compor os

conformação de latas de alumínio depende do uso de punções e matrizes de metal duro

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chamados bodymakers – máquinas que dão forma ao corpo da lata. As ferramentas feitas de metal duro têm excelente desempenho nestas aplicações justamente por man-terem a precisão da conformação mesmo sob elevados índices de repetibilidade que são caracterís-ticos destes processos.

OUTrOS hOrIzONTESMuito mais do que servir

como matéria-prima ideal para ferramentas que vão usinar me-tais de alta resistência, o metal duro também pode compor peças capazes de cumprir muitas outras finalidades. Entre elas destacam-se os cortantes rotati-vos empregados na produção de artigos de higiene como fraldas, absorventes higiênicos, filtros de café e esponjas de cozinha.

Geralmente feitos de plástico, fibras de poliéster, fibras de não-

tecido ou papel, estes produtos são compostos por materiais pouco resistentes, mas por isso mesmo muito difíceis de cortar. “Os equipamentos onde estes produtos são fabricados podem cortar milhares de unidades por minuto e nesse contexto é fun-damental dispor de ferramentas eficientes que reduzam o tempo de máquina parada”, aponta o ge-rente. Este é outro problema que pode ser solucionado com a utili-zação do metal duro. “Enquanto um cortante de aço comum pode processar em média dez milhões de cortes entre suas afiações, a mesma peça feita com metal duro é capaz de superar os cem milhões de cortes”, compara Plensack.

UTIlIzAçãO ADEqUADADe forma geral, em todas as

aplicações que sofrem com o desgaste precoce de ferramentas

como adquirir uma solução resistentea área de produtos Hard Materials da Sandvik tooling detém todo o pro-cesso de fabricação do metal duro, desde a extração do minério até o fornecimento e aplicação das peças fabricadas com este composto, além dos ensaios de qualidade atribuídos a estes componentes. Para garantir que todas essas etapas e processos sejam cumpridos com excelência, a Sandvik tooling mantém fábricas na austrália, Estados uni-dos, Espanha, França, inglaterra, méxico, Suécia e taiwan. Estas unida-des desenvolvem ferramentas e outros componentes de metal duro para os mais diversos segmentos e aplicações. outra operação importante atendida pela Hard Materials é o fornecimen-to de botões de metal duro incorporados às cabeças das brocas empre-gadas nos setores de mineração e exploração de petróleo. Para conhecer todas as soluções em metal duro fornecidas por essa área de produtos, acesse o site www.hardmaterials.sandvik.com ou entre em contato pelo telefone (11) 5696-5490.

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MANUfATUrA

é possível que o metal duro seja a alternativa ideal e definitiva para a resolução do problema. Mas como descobrir se este material pode ser uma solução para o seu caso? Não há fórmula exata para a utilização do metal duro, pois ele oferece ampla gama de possibilidades. Por-tanto, para não errar é interessante que a empresa procure um especialista para verificar a viabilidade de utilização do metal duro em uma determina-da operação. Este profissional poderá inclusive identificar gar-galos da produção e indicar o tipo de metal duro mais adequado para cada caso.

Além disso, depois que ferra-mentas de metal duro são ado-tadas, algumas medidas devem ser tomadas para que o fluxo produtivo chegue ao máximo de suas potencialidades. Se uma

peça de aço, por exemplo, é substituída por outra de metal duro, é importante que a empresa conscientize seus profissionais de que o método e a cultura de trabalho necessitará de algumas adaptações.

Finalmente, é importante notar que a aquisição

de ferramentas de conformação feitas de metal duro não

segue a mesma lógica da seleção válida para fer-

ramentas de corte, em que um catálogo pode reunir todas as orientações. Cada aplicação exige cuidados diferentes, e sempre que possível deve-se consultar um especialista. Acesse o site www.allaboutcementedcarbide.com para saber mais sobre as caracte-rísticas do metal duro.

Thaís TüchumantelJornalista

de onde vem? E para onde vai?o tungstênio (tung significa “pedra” e sten quer dizer “pesada” no idioma sueco) está entre os compostos do metal duro mais conhecidos. a subs-tância foi descoberta em 1923 por um grupo de estudos patrocinado pela osram, fabricante europeia de lâmpadas elétricas, que na época buscava desenvolver filamentos mais resistentes para seus produtos. depois que seu excelente desempenho como ferramenta de corte foi descoberto, o metal duro passou a ganhar espaço no ambiente industrial. desde pontas de tacos de golf até serras para o corte de madeira, o me-tal duro está presente também em muitas situações de nosso cotidiano que extrapolam os ambientes fabris. Este material pode ser encontrado tanto em operações gerais, que exigem compostos de alta resistência, quanto nas máquinas empregadas no recapeamento das estradas, bem como em objetos pequenos e compactos, como as esferas das canetas esferográficas.

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novo sistema operacional maPPS iv

otimiza processos e facilita operações

os sistemas voltados à in-dústria de manufatura e os processos produtivos de

empresas do setor metalmecâni-co estão se tornando a cada dia mais complexos e diversificados. Com isso, é crescente a demanda por métodos de usinagem de alta tecnologia que envolvam máqui-nas equipadas com sistemas de operação mais amigáveis.

Diante deste cenário, a Mori Seiki – fabricante japonesa de máquinas-ferramenta – percebeu a necessidade de lançar no mer-

tecnologia de ponta e avançado sistema de aplicação, possibilitan-do a redução do tempo de progra-mação do processo de usinagem. “Este novo painel incorpora funções que facilitam a operação, tornando possível programar a usinagem de peças complexas e de maior valor agregado”, afirma Ulisses Tsutsumi, engenheiro de Aplicação da Mori Seiki.

MAIS AGIlIDADEEm relação ao modelo anterior,

o novo sistema apresenta inova-

TECNOlOGIA

Quarta geração do painel de controle permite utilizar métodos iguais de operação em qualquer modelo de máquina

Excelência para

usinagens complexas

cado um sistema operacional com interface simples, que pudesse facilitar o processo de usinagem e proporcionar operações de alta performance. Surgiu então a quarta geração do painel de controle MAPPS – sistema que permite ao usuário a utilização de métodos iguais de operação em qualquer modelo de máquina.

Com novas funções e desen-volvido para atender máquinas de maior complexidade – com quatro ou mais eixos programá-veis –, o MAPPS IV combina

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maPPS iv combina tecnologia de ponta e avançado sistema

de aplicação, possibilitando a

redução do tempo de programação

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ções que tornam o processo de usinagem ainda mais otimizado. Equipado com hardware e in-terface aprimorados, o painel do MAPPS IV apresenta monitor com tela de 10.4” ou 19”. Além disso, também introduz teclas programáveis verticais que po-

dem ser utilizadas como botões para o acionamento de sistemas opcionais de máquinas, ou como atalho para a visualização rápida de informações desejadas pelo usuário. “A interface de operação simples e o novo hardware possi-bilitam tempos de resposta mais rápidos”, garante Tsutsumi.

Novas funções na tela do mo-nitor também ajudam a facilitar o trabalho do operador, como a memorização e visualização de procedimentos de preparação e da-dos de ferramentas, assim como o registro das telas de trabalho mais utilizadas. No novo programa ainda é permitido instalar câme-ras opcionais dentro ou fora da

máquina para que o profissional possa monitorar as operações e verificar o acúmulo de cavacos. O MAPPS IV também possui sistema de identificação de erros

que indica a solução adequada para cada

falha encontrada.

PrOGrAMAçãOOutra novidade incorpora-

da ao sistema MAPPS IV é o software ESPRIT CAM. Desen-volvido pela DP Technology, o programa já vem instalado como item standard em alguns modelos de máquinas e permite programar tornos, fresas, centros de usina-gem, centros de torneamento e máquinas de eletroerosão a fio.

Com o ESPRIT é possível programar a usinagem de peças complexas e de alto valor agre-gado na própria máquina, sem depender de estações CAM adi-cionais. Por utilizar este sistema, o software oferece um ambiente de simulação que permite a re-presentação real do processo de usinagem. “Com o sistema CAM o profissional consegue fazer uma análise detalhada de como produzir a peça, um recurso que ajuda a evitar colisões, reduzindo o tempo de corte”, aponta José Eduardo Escobar, Diretor de Aplicações da UVW Computa-ção Gráfica – uma das empresas responsáveis pela comercialização do ESPRIT CAM.

fernanda feresJornalista

maPPS iv possibilita reduzir o tempo de

programação do processo de usinagem

TECNOlOGIA

Software ESPrit cam permite simulações reais do processo de usinagem

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novo maPPS iv apresenta interface simples Software ESPrit com sistema cam Hardware que reduz tempos de respostas monitor com tela de 10.4” ou 19” Sistema de identificação de falhas Possibilidade de instalação de câmeras para monitoramento de operações internas e externas

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máquinas e ferramentas operando com precisão e qualidade, e profissionais

atuando com eficácia, de maneira segura e organizada, são algumas das características que garantem boa apresentação em uma feira industrial. Por outro lado, sempre que possível, nada melhor do que conhecer pessoalmente as instala-ções de um fornecedor para discu-tir dúvidas e avaliar o fornecimento de produtos e serviços. Contudo, a experiência tem mostrado que existem outras formas igualmente eficientes de se chegar a decisões tão importantes.

Para Edson S. Oliveira, geren-te geral de Vendas no Brasil da MAN Ferrostaal Equipamentos e Soluções – multinacional alemã que atua na divulgação, comercia-lização, financiamento e suporte

Durante todo o evento, a MAN Ferrostaal assessorou seus clientes do Brasil junto às suas dez empresas representadas, fabricantes de máquinas de origem europeia e asiática – todas líderes em seus segmentos de atuação.

DESTAqUE GlObAl “Ao longo de 2009, as empresas

brasileiras demonstraram que são capazes de administrar crises sem deixar de investir em novas má-quinas e processos de manufatura. Nossa indústria liderou a retomada do crescimento industrial mundial e está à frente de nações mais in-dustrializadas, como as da Europa, América e Ásia”. Com esta afirma-ção, Edson ressalta a relevância de as empresas atuantes no mercado brasileiro participarem de eventos internacionais. “Em feiras como a EMO, é possível acompanhar de perto os novos desenvolvimentos de abrangência mundial”, esclarece.

Segundo Edson, os destaques expostos pelas fabricantes parceiras da MAN Ferrostaal foram soluções que visaram a melhoria na quali-dade dos produtos e substancial redução dos custos de manufatura. Os equipamentos apresentados demonstraram a importância e as vantagens de se continuar investin-do em novas soluções tecnológicas, como a representada PRIMA, que apresentou tecnologias a laser por fibra óptica. Para mais informações, atualize-se com a MAN Ferrostaal pelo telefone (11) 5522-5999.

fabíola Perez Jornalista

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técnico de pós-venda de máquinas operatrizes –, a participação em feiras internacionais direcionadas ao setor industrial traz benefícios tanto para os expositores quanto para os visitantes interessados em bons negócios. “Em momentos como estes, os fabricantes têm a oportunidade de apresentar seus novos desenvolvimentos e tam-bém, muitas vezes, comprovar estas vantagens”, ressalta.

Com esta meta, a EMO 2009 – feira realizada em Milão, na Itália, entre os dias 05 e 10 de outubro – reuniu as principais empresas multi-nacionais do setor metalmecânico. Considerado um dos eventos mais importantes do setor no mundo, o encontro apresentou as inovações em máquinas de corte, conforma-ção, soldagem, softwares e hardwares de automação e montagem.

Fabricantes de sistemas para manufatura apresentaram tendências em feira internacional

man Ferrostaal marca presença em milão

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“a s empresas que integram a cadeia produtiva do setor de celulose e papel

acreditam que o mercado nunca esteve tão competitivo e que há significativas oportunidades para a expansão de negócios”. É com esta afirmação que Valdir Premero, diretor de Marketing e Exposição da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), apresenta o atual cenário econô-mico do setor papeleiro. De acordo com o relatório divulgado pela PricewaterhouseCoopers – empresa prestadora de serviços de auditoria –, o Brasil vem se fortalecendo como fornecedor de celulose no mercado mundial e conquistando posição de destaque frente aos demais países emergentes.

o aumento do interesse dos fabri-cantes de celulose e papel de todo o mundo em investir na América do Sul, o Brasil pode ocupar posição privilegiada na exportação destes produtos. Com isso, as condições econômicas se mostram favoráveis para o surgimento de novas opor-tunidades para o desenvolvimento de projetos em ambos os setores.

fOrTE rETOMADACom o início da crise econô-

mica mundial, os investimentos em máquinas e equipamentos sofreram gradativamente um en-fraquecimento em sua demanda. Contudo, o vice-presidente da ABIMAQ já observa algumas mudanças importantes neste cenário: “Com a possibilidade de retomada de vários projetos que haviam sido adiados, o setor metalmecânico pode voltar a con-siderar os níveis de faturamento anteriores à crise”. Neste contexto, a participação em eventos direcio-nados a setores econômicos que atuam em conjunto se apresenta estratégica para empresários que desejam alavancar negócios.

Uma destas oportunidades surgiu entre os dias 26 e 29 de outubro, com o ABTCP-PI 2009 – 42º Congresso e Exposição Internacional de Papel e Celulose, que contou com a parceria das instituições ABIMAQ e ABTCP, entre outras congêneres. Para conferir os próximos eventos deste setor, visite www.abtcp.org.br

fabíola Perez Jornalista

Diante deste panorama, em setembro de 2009 foi realizado um encontro para o debate das novas perspectivas da indústria de celu-lose e papel. Na sede da ABTCP, em São Paulo, além de Valdir Premero, também esteve presente Carlos Nogueira, vice-presidente da Associação Brasileira da Indús-tria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), que analisou as relações e influências econômicas entre o setor de celulose e papel e o segmento metalmecânico.

De acordo com Nogueira, má-quinas específicas são imprescin-díveis para a indústria de celulose e papel, e o setor metalmecânico é fornecedor de boa parte dos equi-pamentos empregados neste seg-mento. Premero explica que, com

tendências divulgadas pela abtcP revelam oportunidades para a expansão de negócios

Papel e celulose reaquece mercado de equipamentos

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uma performance de acro-batas durante a abertura do 14º Seminário Inter-

nacional de Alta Tecnologia surpreendeu os participantes do evento, realizado no dia 22 de outubro no auditório da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), pro-motora do encontro. Segundo Klaus Schützer, presidente do comitê organizador e do comitê científico do seminário, o show foi uma representação de como deve ser o desempenho de um profissional da indústria em meio a períodos de desacelera-ção econômica. “Em momentos de incerteza do mercado, os empresários devem estar muito bem preparados, ser extrema-mente flexíveis e criativos”, explica o presidente.

apontou o sucesso obtido com o aumento da exatidão volumétri-ca de máquinas-ferramenta por meio de funções com o sistema de compensação volumétrica em equipamentos CNC.

Outros quatro especialistas, docentes de universidades na-cionais e internacionais, apro-veitaram a oportunidade para divulgar resultados obtidos em projetos que estudam tendências em ferramentas e máquinas-ferramenta. Entre estes pales-trantes, a professora Christina Berger, da universidade de Tech-nische Universität Darmstadt, da Alemanha, apontou a necessida-de de se utilizar novos materiais na fabricação de ferramentas de conformação.

IMPOrTANDO CONhECIMENTOPara assegurar o alto nível

tecnológico das discussões pro-movidas no evento que ocorre anualmente, a Unimep mantém parcerias com duas universidades alemãs – Technische Universität Darmstadt, da cidade de Dar-mstadt, e Fraunhofer IPK, de Berlim.

Schützer acredita que, apre-sentando um rico panorama das tendências para o segmento, o seminário contribui fortemente para enriquecer o conhecimento dos participantes e suas empresas. Para saber mais sobre o even-to, acesse o site www.unimep.br/feau/scpm/seminario

Thaís Tüchumantel

Jornalista

O seminário, que teve como foco principal de estudos as ino-vações em processos e pesquisas no setor de máquinas-ferramen-ta, reuniu 200 participantes, sendo 95% do público formado por profissionais da indústria.

AVANçOS NA EfICIêNCIARepresentando fabricantes

nacionais e internacionais, cinco palestrantes mostraram as novi-dades do setor por meio de casos de sucesso. Alguns exemplos foram a palestra do engenheiro Jacek Kruszynski, da Boehlerit GmbH & Co KG, da Áustria, que apresentou a possibilidade de se alcançar bons resultados com diferentes revestimentos de ferramentas; e a palestra de Jochen Bretschneider, da Siemens AG, da Alemanha, que

com abordagens práticas, encontro propõe inovações para o setor metalmecânico

Seminário discute novos processos de manufatura

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foi em meio ao ronco dos motores do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 que

a empresa petroquímica Braskem aproveitou para colocar o tema da sustentabilidade em pauta. Entre os dias 16 e 18 de outubro, período em que foi realizada a corrida no autódromo de Interlagos (SP), o material reciclável descartado pelos espectadores – como caixas longa vida, embalagem de alumínio, papel e plástico – foi coletado das lixeiras do autódromo para atender a um objetivo diferenciado.

Entre as 29 toneladas de mate-rial recolhidas, as tampinhas das garrafas de água mineral foram separadas e tiveram um destino especial: dar origem aos troféus en-tregues aos vencedores da prova.

Contando com o apoio de em-

tanto o equipamento quanto os componentes que foram levados para a miniusina montada em Interlagos foram especialmente selecionados para atender as ne-cessidades da Braskem: cumprir o prazo de produção do troféu, que deveria ficar pronto ao final da corrida.

Outra condição importante foram as propriedades do plásti-co, que determinaram a escolha das máquinas e dos componentes empregados nesta tarefa. O equi-pamento escolhido foi o centro de Usinagem Vertical de Alta Perfor-mance Romi D800.

fErrAMENTA ADEqUADAA partir do projeto do troféu,

os profissionais da Romi desenvol-veram o programa de usinagem, selecionaram os dispositivos de fixação e, junto à Sandvik Coro-mant, selecionaram as ferramentas mais adequadas para a operação – fresas inteiriças de metal duro com corte positivo acompanhadas dos respectivos cones de fixação. Após todos os ajustes, a usinagem foi realizada com sucesso em pleno autódromo.

Diretor de Marketing da Braskem, Frank Alcântara jus-tifica a inusitada ação: “Espera-mos promover a coleta seletiva e incentivar o reaproveitamento de materiais como as tampinhas plásticas, que podem ser recicla-das até oito vezes”.

Thaís TüchumantelJornalista

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presas e entidades parceiras – For-tymil, Plastivida e a Cooperativa Seletiva da Capela do Socorro –, a Braskem organizou a coleta, triagem, extrusão, granulação e prensagem do plástico reciclado. Depois destes processos, as placas plásticas foram encaminhadas para a operação de usinagem, que ficou a cargo da Romi, fabricante de máquinas-ferramenta e máquinas para usinagem de plásticos. Três horas depois, os troféus tomaram a forma final com os traços con-cebidos pelo renomado arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer (veja foto acima).

TArEfA CUMPrIDAMário Hiroshi Assada, gerente

do departamento de Engenharia de Vendas da Romi, informa que

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troféu do gP brasil de Fórmula 1 é usinado no autódromo durante a prova

usinagem veloz

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Por meio de algumas boas lições de vida, acompanhe o que mudou e o que ainda pode melhorar no cotidiano das pessoas com deficiência física

SUPErAçãO E COMPETêNCIA

Histórias de quem não se entrega

aos desafios da vida

ao longo dos últimos anos, conceitos como acessibili-dade, adequação de infraes-

trutura e igualdade de condições profissionais se tornaram am-plamente difundidos no cenário brasileiro, ganhando relevância principalmente em ambientes empresariais. Com isso, a partir da implantação da Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência Física (nº 8.213/91), estas ques-tões passaram a fazer significativa diferença no mercado de trabalho em todo o País.

Um em cada oito brasileiros apresenta algum tipo de deficiên-cia ou mobilidade reduzida. Esta estatística foi levantada a partir de uma pesquisa realizada no perío-do de um ano (2008–2009) para

a produção do livro-reportagem Vai encarar? A nação (quase) in-visível de pessoas com deficiência, lançado em junho de 2009 por Cláudia Matarazzo, jornalista e chefe de Cerimonial do Governo do Estado de São Paulo. “A ques-tão da acessibilidade física para pessoas com deficiência vai muito além da adequação de banheiros e da construção de rampas”, enfa-tiza a autora. “Atualmente estas mudanças já não são consideradas tão complicadas quanto eram há vinte anos; são adaptações que proporcionam melhorias para toda a equipe de profissionais de uma empresa”, defende.

Gradativamente, as compa-nhias passaram a valorizar as dife-renças sociais, adotando políticas

de inclusão que, simultaneamen-te, eliminassem comportamentos de discriminação e introduzissem a filosofia de integração social. No entanto, para a implantação concreta de uma realidade in-clusiva em qualquer sociedade, um longo caminho teve de ser percorrido.

DESCONSTrUINDO bArrEIrAS

Oficialmente, a inclusão de pessoas com deficiência na so-ciedade em geral e sobretudo no mercado de trabalho é con-siderada um fato recente, que teve início com a aprovação do artigo 93 da Lei de Cotas – em vigor desde 1991. Esta lei prevê que as empresas devem cumprir

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determinada porcentagem como cota para a contratação de pessoas com deficiência, em relação ao número total de profissionais empregados.

Assim, muitas companhias perceberam que a inclusão de portadores de deficiência física ou mobilidade reduzida conferia à empresa, além da diversidade do potencial humano, uma presença com mais responsabilidade social no mercado.

Atualmente, 80 mil pesso-as com deficiência física estão empregadas sob o regime de contratação que exige carteira de trabalho assinada. Esta conquista se deve a um conjunto de mu-danças políticas que as empresas vêm adotando; entretanto, se deve principalmente à superação constante das pessoas com defi-ciência, que provam diariamente sua competência profissional. “É a superação da superação; ou seja, além de encarar o desafio de nos adaptar às nossas dificuldades, precisamos mostrar que somos igualmente competentes para atuar em qualquer segmento do mercado”, resume Kênia Pottes, portadora de nanismo.

PUrA ENErGIAA voz transmite segurança e

descontração, e os risos interca-lam quase todas as frases ditas por Giovanna Maira, bacharel em canto lírico pela Universidade de São Paulo. A cantora perdeu a visão com apenas um ano e dois meses, decorrente de um câncer que atingiu grau irreversível. Hoje com 23 anos, Giovanna ainda carrega na personalidade a espontaneidade e a leveza de algu-mas características de sua infân-cia. “Nunca tive problemas com a deficiência, não encarava isso como uma limitação”, recorda. “Gostava de brincar, jogar bola e

andar de bicicleta”, lembra. Com quatro anos, Giovanna

começou a estudar em uma escola regular para crianças, e sempre contou com o apoio e a dedica-ção da família para acompanhar normalmente as aulas. Também estudou braile no colégio pau-listano Laramara. “Fiz muitos cursos para saber administrar melhor o equilíbrio corporal e orientar a mobilidade física”, explica a cantora.

Depois do ensino médio, o próximo desafio de Giovanna foi ingressar no curso de Música da Universidade de São Paulo. “Nesta época minha família teve papel fundamental para meu desenvolvimento profissional, porque não existiam livros de física, matemática e química em braile”, enfatiza.

Rodeada por amigos sem ne-nhum tipo de deficiência, Giovanna conta que em situações constrange-doras sempre adota uma postura descontraída. “Não acredito que exista preconceito em relação às

cláudio teixeira, deficiente visual, atua há 29 anos na

área de desenvolvimento de Sistemas do Serpro

de São Paulo

de 20 anos para cá, empresas passaram

a valorizar as diferenças sociais, adotando políticas

de inclusão

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pessoas com deficiência física, o que existe é um desconhecimento que só poderá ser sanado com a convivência”, explica.

Como uma de suas maiores dificuldades foi aprender a grafar músicas em braile, ainda na facul-dade a estudante procurou uma aula de Musicografia Braile, disci-plina pouco comum no País.

Além de trabalhar com música, Giovanna também produz eventos. Segundo ela, o trabalho é capaz de oferecer uma sensação exclusiva de dignidade. “Quando fecho os olhos e sinto a vibração positiva do público fico emocionada; neste momento considero-me uma pro-fissional realizada”, reflete.

INDEPENDêNCIAAos 61 anos, Cláudio Teixeira

trabalha como técnico de in-formática do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Considerada uma das maiores organizações do setor em toda a América Latina, o Serpro desenvolve projetos e programas relacionados a questões como acessibilidade e inclusão social.

Teixeira perdeu a visão com

sete anos, em decorrência de uma queimadura com cal. Em razão do acidente, ele só pôde retornar à escola regular aos 11 anos e, paralelamente, aprendeu braile em aulas particulares proporcio-nadas por órgão do governo.

Segundo ele, naquela época as escolas não estavam habituadas com o tema inclusão e não conta-vam com infraestrutura adequada para atender às necessidades de pessoas com deficiência. Mesmo assim, seguiu com os estudos e foi aprovado em Direito pela Univer-sidade de São Paulo. “Considero o curso de graduação e o emprego em uma empresa de grande repre-sentatividade como o Serpro mi-nhas maiores conquistas”, revela.

Há 29 anos atuando na área de Desenvolvimento de Siste-mas, Teixeira lista algumas de suas responsabilidades profis-sionais: “No Serpro desenvolvo programas e os codifico para a linguagem de computador; todas as adaptações necessárias foram

implantadas para que eu pudesse realizar meu trabalho”.

De acordo com Odúlia Maria Munhoz, chefe do Departamen-to de Pessoas da Regional de São Paulo do Serpro, a política de inclusão social da empresa começou muito antes do surgi-mento da Lei de Cotas no Brasil. “Quando um portador de defici-ência física é contratado, durante a avaliação médica ele é acompa-nhado por um assistente social; assim podemos diagnosticar quais as adequações necessárias à sua rotina de trabalho”, explica.

Também músico profissio-nal, Teixeira estudou flauta e música clássica na Escola Municipal de Música de São Paulo. Seguindo hoje mais o estilo popular, ele integra uma banda formada por outros três deficientes visuais. Outra con-quista de Teixeira foi em 1979, quando ajudou na fundação da Adeva – Associação de De-ficientes Visuais e Amigos. O

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“considero o curso de graduação em direito e o emprego no Serpro minhas maiores conquistas”(cláudio teixeira, deficiente visual)

Serpro desenvolve as adaptações necessárias para promover a inclusão social e o bem-estar dos colaboradores da organização

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técnico e músico também foi voluntário de outras institui-ções, como o Cadevi – Centro de Apoio ao Deficiente Visual.

ENTrE OS PAlCOS E O ESCrITórIO

A sala composta pela mesa de trabalho, computadores e telefo-nes alterna-se com o cenário de palcos, luzes e coreografias. Ba-sicamente, estes são os ambientes de trabalho de André Henrique Ferreira. Engenheiro elétrico graduado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP) e ator profissional, André tem rotina muito agitada e afirma que a cadeira de rodas que usa para sua locomoção não o impede de fazer o que deseja.

Aos 28 anos, André sofreu um acidente de moto que reduziu os movimentos de seus membros inferiores. Hoje com 35 anos, atua em uma empresa especiali-zada em softwares e se apresenta

formas de continuar vivendo bem”. Antes de sofrer o acidente, André era estagiário de engenha-ria elétrica em um laboratório de pesquisa na POLI-USP. Ao vol-tar a atrabalhar, após o período de recuperação, passou a atuar como consultor júnior de engenharia elétrica da Oracle – empresa em que trabalha até hoje.

O engenheiro acredita que pessoas portadoras de deficiência física ainda encontram muitas di-ficuldades em seu dia a dia. “Dizer que já podemos nos sentir cem por cento incluídos socialmente ainda não é possível, mas estamos neste processo”, observa. “A tendência é que cada vez mais as empresas valorizem a diversidade de estilos e invistam na competência de pesso-as com deficiência”, acredita.

qUAlIfICAçãO DIfErENCIADA Mais conhecido como Mari-

nho, Mário Pimentel, analista de microinformática da Sandvik

ainda, junto a outros portadores de deficiência física, em peças teatrais com o grupo Oficina dos Menestréis. “Ter que enfrentar adaptações é sempre um processo difícil; a realidade do corpo se altera completamente e surgem outras necessidades”, esclarece.

Segundo André, os cadei-rantes aprendem a ter um novo controle sobre o corpo. “Depois do acidente, comecei a praticar mais esportes, faço natação, atle-tismo e jogo tênis; aprendi que esta pode ser uma das melhores

“Quando fecho os olhos e sinto a vibração positiva do público, fico emocionada" (giovanna maira, deficiente visual)

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vale a pena conhecer instituto brasileiro de defesa dos direitos da Pessoa com deficiência lei de cotas para Pessoas com deficiência Física (nº 8.213) “mobilidade acessível na cidade de São Paulo”, disponível em:

www.prefeitura.sp.gov.br norma nbr 9050 p/ acessibilidade em Estabelecimentos, abnt 2004 Um outro olhar, documentário sobre nanismo, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=WNY-DWk60h8 Vai encarar? A nação (quase) invisível de pessoas com

deficiência, livro-reportagem de cláudia matarazzo. Editora melho-ramentos, SP, junho 2009

associação de deficientes visuais e amigos centro de apoio ao deficiente visual associação gente Pequena do brasil associação dos Surdos de São Paulo

SUPErAçãO E COMPETêNCIA

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as necessidades inerentes a esta deficiência. “Com a ajuda de um intérprete e um pouco de paciência durante as conversas, a integração acontece normal-mente”, comenta o analista.

No ambiente de trabalho, Mário conta que seus colegas mais próximos sempre o ajudam durante reuniões ou até mesmo eventos da empresa. “Os colegas que trabalham diretamente co-migo já estabeleceram uma forma fácil de comunicação”, ressalta ele. “Ficou muito feliz por trabalhar em uma empresa como a Sandvik, pois aqui tenho a oportunidade de me envolver em novos projetos e crescer”, conclui.

Coromant, leva uma vida bastan-te agitada. Gosta de viajar, peda-lar, praticar esportes aquáticos e andar de kart. O mesmo ritmo di-nâmico que o acompanha no lado pessoal também faz parte de seu cotidiano profissional. Formado em 2002 no curso de Tecnologia em Informática pela Faculdade Radial, hoje Mário está se for-mando no curso à distância de Letras/Libras (Língua Brasileira de Sinais), pela Universidade de São Paulo. Mário é portador de deficiência auditiva e, depois de tanto tempo acostumado a

conviver com pessoas ouvintes, desenvolveu uma habilidade sin-gular para a leitura labial.

O analista afirma que fez muita diferença ter pais também surdos e que graças à educação oralizada que recebeu durante a infância consegue se comunicar com muito mais pessoas do que se tivesse realizado apenas o curso de libras.

Embora tenha superado mui-tas dificuldades, Mário acredita que estar aberto às adaptações é fundamental para pessoas com qualquer tipo de deficiência. “Precisamos ter consciência de que o mundo não se adaptará plenamente aos portadores de deficiência; nós é que vamos nos adaptando a ele”, enfatiza.

Sua história profissional é marcada ainda por outras im-portantes passagens, entre elas, pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, como instrutor de informática para sur-dos; pela Associação dos Surdos de São Paulo, como conselheiro, vice-presidente e presidente, e ainda como um dos organizadores da Conferência dos Direitos Hu-manos e Cidadania dos Surdos do Estado de São Paulo, em 2001.

Mesmo acreditando que a de-ficiência auditiva requer poucas adaptações físicas, Mário alerta: como a surdez não é algo visível, muitas pessoas não reconhecem

mário Pimentel acredita que, com um pouco de paciência, a integração acontece normalmente entre ouvintes e não-ouvintes

andré Henrique Ferreira divide sua vida entre a Engenharia e os palcos do teatro

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“o mundo não se adaptará a nós; nós é que devemos nos

adaptar a ele" (mário Pimentel,

deficiente auditivo)

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SUPErAçãO à TODA PrOVAÁgil e pró-ativa, Kênia Maria

Pottes percorre diariamente os longos e largos corredores do hospital paulistano Beneficência Portuguesa. Com 1,23 metro de altura, a enfermeira de um dos mais importantes hospitais do País já se acostumou com a árdua rotina diária de trabalho. “A superação nada mais é do que aprender a lidar com as dificuldades, imprevistos e adaptações cotidianas”, acredita a enfermeira.

Kênia é a sexta filha de um casal de estatura alta e nenhum de seus irmãos possui nanismo. A enfer-meira é portadora de acondropla-sia, um dos tipos de nanismo ca-racterizado pelo encurtamento de membros, como pernas e braços.

Para a maior parte dos anões, as principais dificuldades chegam durante a adolescência. “Se não contarmos com uma base familiar

sólida, não estaremos preparados para enfrentar as dificuldades fu-turas”, adverte.

Com quase 30 anos de profis-são, Kênia acredita que alcançar um cargo renomado requer muita competência e dedicação. “Cos-tumo dizer que, além de mostrar que possuímos conhecimento para executar tarefas difíceis, pre-cisamos provar que podemos concorrer profissionalmente com pessoas sem deficiência física”, in-dica. “Lembro-me que, por muitas vezes, para realizar o atendimento ao paciente precisei subir na esca-

dinha ao lado da cama, porque os leitos são muito altos”.

Segundo ela, a princípio é comum notar algum tipo de preconceito. Mas, adotando uma postura profissional, os pacientes não demoram a depositar con-fiança na pessoa que há por traz da deficiência.

Kênia lembra que até 20 anos atrás as pessoas em sua condição eram desencorajadas de lutar pela inclusão no mercado de traba-lho, por isso não investiam em educação para conquistar boas colocações nas empresas. Nos dias atuais, a situação é outra. Pessoas com deficiência física e empresas estão cada vez mais empenhadas em buscar informações para o au-mento da qualidade profissional.

Kênia vive com seu marido, Hélio Pottes, e sua filha, Maria Rita Pottes, ambos anões. Juntos, reativaram a Associação Gente Pequena do Brasil com o objeti-vo de ampliar a troca de experiên-cias entre portadores de nanismo e para orientar pais que têm filhos anões. “Orientamos nossa filha da melhor maneira possível, estimu-lando valores como competência e igualdade; evitamos minimizar as dificuldades e esperamos que ela se torne uma profissional segura e confiante”, conclui Kênia.

fabíola PerezJornalista

SUPErAçãO E COMPETêNCIA

“Superação é aprender a lidar com as dificuldades e adaptações cotidianas"(kênia Pottes, anã)

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Enfermeira kênia Pottes (à esq.), seu marido Hélio e sua filha maria rita lutam pela igualdade dos anões na sociedade

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avida humana tem sido uma preparação con-tínua e sem retorno rumo ao futuro. Uma viagem sem fim em direção a algo melhor,

ou no mínimo similar ao que lograram nossos pais e outras pessoas que, por algum motivo, tor-naram-se nossas referências de êxito ou para quem nos tornamos promessas de superação.

Embora possamos ser tanta coisa à luz das comparações menores, quando nos vemos sob a perspectiva de nossas próprias ambições, na maio-ria das vezes, estamos sempre a dever. É comum pensarmos que somos menos do que poderíamos ser e, por razão disso, nos submetemos a um eterno por quê: Por que me tornei só o que sou se poderia ser tanto? O que fiz ou deixei de fazer para que me restasse ser apenas o que sou?

Ainda que tenhamos contabilizado tantas vitórias sob o julgamento de tantos, e mesmo que verdadeiras, tais vitórias pouco significam se não forem reconhecidas por aqueles a quem nos julgamos cativos, sejam estes amores ou pes-soas a quem devemos respeito e consideramos dignas de apreço.

Hoje, muitos de nós, paranóicos urbanos, à mercê de um trânsito enfadonho e infindo, nos perdemos em devaneios, sonhando e desejando ser tanta coisa, que às vezes nos custa saber qual seria nossa melhor opção de êxito. Ocorre que não nos damos conta de que, entre os milhões que ali se aglomeram, a sós em seus automóveis, são tantos os que pensam e desejam ser a mesma coisa, que não poderia haver lugar para tantos no mesmo pódio.

A grande verdade é que somos o que somos e não aquilo que pensamos ser, assim como também não somos o que tantos creem que

sejamos. Mas se nem nós e nem os outros po-demos definir exatamente o que somos, como consolidar todo o nosso potencial de realiza-ções, sem um entendimento concreto do que verdadeiramente podemos ser?

De tantas respostas possíveis, a que me pare-ce melhor é a renúncia do eu próprio, o desape-go ao que nos é pessoal em favor do que possa ser considerado justo ou belo. Quando uma pessoa deixa de existir para si e apaixona-se por uma causa justa ou bela à luz da razão, torna-se um instrumento de amor, não só porque será regido por decisões isentas de egocentrismos, mas também porque suas atitudes poderão ser suficientemente elevadas para que se sinta bem consigo mesma, revestindo-se assim de nobreza aos olhos de tantos.

Quando isto acontecer, já não terá tanta importância saber se somos isto ou aquilo, pois a felicidade habitará na consciência do quanto pudemos contribuir para que tantos que pensa-vam nada ser, pudessem alcançar a consciência do quanto são e o quanto podem fazer para que todos sejam, um dia, justos, belos e nobres.

Eng MsC francisco Marcondes

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o segredo das grandes realizações

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Publicação da Sandvik coromant do braSil iSSn 1518-6091 rg bn 217-147

incluSãoExemplos de superação e valorização da vida

mEtal durobenefícios que extrapolam o campo da usinagem

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ARWI Tel: 54 3026-8888Caxias do Sul - RS

ATALANTA TOOLS Tel: 11 3837 9106São Paulo - SP

COFAST Tel: 11 4997 1255Santo André - SP

COFECORT Tel: 16 3333 7700Araraquara - SP

COMED Tel: 11 2442 7780Guarulhos - SP

CONSULTEC Tel: 51 3343 6666Porto Alegre - RS

COROFERGS Tel: 51 33371515Porto Alegre - RS

CUTTING TOOLS Tel: 19 3243 0422Campinas – SP

DIRETHA Tel: 11 2063-0004São Paulo - SP

ESCÂNDIA Tel: 31 3295 7297Belo Horizonte - MG

FERRAMETAL Tel: 85 3226 5400Fortaleza - CE

GALE Tel: 41 3339 2831Curitiba - PR

GC Tel: 49 3522 0955Joaçaba - SC

HAILTOOLS Tel: 27 3320 6047Vila Velha - ES

JAFER Tel: 21 2270 4835Rio de Janeiro - RJ

KAYMÃ Tel: 67 3321 3593Campo Grande - MS

MACHFER Tel: 21 3882-9600Rio de Janeiro - RJ

MAXVALE Tel: 12 3941 2902São José dos Campos - SP

MSC Tel: 92 3613 9117Manaus - AM

NEOPAQ Tel: 51 3527 1111Novo Hamburgo - RS

PRODUS Tel: 15 3225 3496Sorocaba - SP

PS Tel: 14 3312-3312Bauru - SP

PS Tel: 44 3265 1600Maringá - PR

PÉRSICO Tel: 19 3421 2182 Piracicaba - SP

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fAlE COM ElESandré Ferreira: (11) 8618-6260

carlos ancelmo (Sandvik coromant): (11) 5696-6935

carlos nogueira (abimaQ): [email protected]

cláudia matarazzo: (11) 2193-8411

cláudio teixeira (Serpro): (11) 2173-1299

Edson de oliveira (man Ferrostaal): (11) 5522-5999

Fábio Plensack (Sandvik coromant): (11) 5696-5414

Frank alcântara (braskem): (11) 3567-9395

giovanna maira: (11) 3682-4077

José Eduardo Escobar (uvW): (19) 3236-1701

kênia Pottes: (11) 5044-9611

klaus Schützer (unimep): (19) 3124-1810

mário Hiroshi assada (romi): (19) 3455-9301

mário Pimentel (Sandvik coromant):

[email protected]

odúlia maria bogaz munhoz (Serpro): (11) 2173-1299

ulisses tsutsumi (mori Seiki): (11) 5533-2275

valdir Premero (abtcP): [email protected]

o leitor de O Mundo da Usinagem pode entrar em contato com os editores pelo e-mail:[email protected] ou ligue: 0800 770 5700

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