como incentivar o prazer da leitura no quinto … · incentiv ou e me fez acreditar que o sonho...

62
CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM CURSO DE PEDAGOGIA ANGELITA GALDINO RIBEIRO CAMPEIRO LUCIANA NOGUEIRA COMO INCENTIVAR O PRAZER DA LEITURA NO QUINTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL LINS 2010

Upload: phungkhuong

Post on 10-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM

CURSO DE PEDAGOGIA

ANGELITA GALDINO RIBEIRO CAMPEIRO

LUCIANA NOGUEIRA

COMO INCENTIVAR O PRAZER DA LEITURA NO QUINTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

LINS 2010

1

CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM

CURSO DE PEDAGOGIA

ANGELITA GALDINO RIBEIRO CAMPEIRO

LUCIANA NOGUEIRA

COMO INCENTIVAR O PRAZER DA LEITURA NO QUINTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como pré-requisito para Conclusão de Curso de Pedagogia do Centro Universitário Salesiano Auxilium de Lins, tendo como orientador o Prof. Ms. José Médice e a Profª Ms Fátima Eliana Frigatto Bozzo

LINS 2010

2

ANGELITA GALDINO RIBEIRO CAMPEIRO

LUCIANA NOGUEIRA

COMO INCENTIVAR O PRAZER DA LEITURA NO QUINTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de graduação do curso de Pedagogia.

Aprovado_____/_____/______.

Banca Examinadora:

Orientador: Prof. Ms. José Médice

Assinatura: _____________________

Profª. Dnª. Adriana Monteiro Piromali Guarizo

Assinatura: _____________________

Profª. Ms. Elaine Cristina Moreira da Silva

Assinatura: ____________________

3

DEDICATÓRIA

EDICO ESTE TRABALHO PRIMEIRAMENTE À MINHA

FAMÍLIA, QUE ME APOIOU E ME DEU FORÇAS DURANTE

ESTES QUATRO ANOS, QUE OROU POR MIM, ME

INCENTIVOU E ME FEZ ACREDITAR QUE O SONHO SERIA

POSSÍVEL DE SE REALIZAR.

ANGELITAANGELITAANGELITAANGELITA

D

4

edico à minha mãe Luzia (meu anjo da guarda na terra).

Para a senhora não basta dedicar somente esta vitória, pois é

responsável por cada conquista em minha vida. Além de me dar a

vida, ensinou-me a vivê-la com dignidade, fé e perseverança,

sempre confiou em mim, acreditou e acredita que meus objetivos

podem ser alcançados, esforçou-se para que mais essa etapa da

minha vida fosse concluída. Sempre me deu força, carinho, amor,

segurança e compreendeu todas as vezes que eu ficava triste,

preocupada e desesperada, por achar que não conseguiria chegar

ao fim dessa jornada. Hoje vejo o quanto torce e me apoia nas

horas que mais preciso do teu colo de mãe. Não tenho palavras

para lhe agradecer por tudo que fizeste por mim ao longo desses

quatro anos e de minha vida. Mãe é o bem mais precioso que tenho,

obrigada por estar sempre comigo.

Amo-a incondicionalmente!

Luciana

edico ao meu irmão Edemilson (amigo confidente e porto seguro).

Sei que de alguma forma sempre esteve presente em meus caminhos,

nas derrotas e nas vitórias, preocupando-se e dando conselhos e,

muitas vezes, puxões de orelhas. Não precisava nem perguntar e você

todo o tempo sabia o que se passava comigo, e assim, de alguma

forma, procurava me ajudar, conversar e me confortar, e nas horas em

que mais precisei, sempre esteve presente. Mesmo distante, nunca

deixou de torcer e vibrar pelas minhas conquistas. Obrigada por ser esse

irmão maravilho.

Amo-o muito.

Luciana

5

AAAAGRADECIMGRADECIMGRADECIMGRADECIMENTOENTOENTOENTO

GRADEÇO PRIMEIRAMENTE A DEUS,DEUS,DEUS,DEUS, POIS SEM A MISERICÓRDIA

DELE NADA SERIA POSSÍVEL.

A MINHA FAMÍLIAFAMÍLIAFAMÍLIAFAMÍLIA, PELO ESFORÇO, DEDICAÇÃO E COMPREENSÃO, EM TODOS

OS MOMENTOS DESTA E DE OUTRAS CAMINHADAS.

AOS MEUS COLEGASCOLEGASCOLEGASCOLEGAS DE CURSO, EM ESPECIAL À MINHA COMPANHEIRA E

AMIGA LUCIANALUCIANALUCIANALUCIANA, PELO COMPANHEIRISMO, AMIZADE SINCERA QUE LEVAREI

POR TODA A MINHA VIDA.

SABEMOS QUE AS DIFICULDADES E OS DESAFIOS FORAM MUITOS.

MUITAS VEZES, O DESÂNIMO QUIS NOS CONTAGIAR, MAS NOSSA FORÇA FOI

MAIOR, SOBREPONDO ESSE SENTIMENTO, FAZENDO-NOS SEGUIR A

CAMINHADA.

NESTE MOMENTO, OLHAMOS PARA TRAS E TEMOS A SENSAÇÃO DO DEVER

CUMPRIDO. SOMOS SOBREVIVENTES DE UMA LONGA BATALHA, PELA QUAL

SAÍMOS MUITO MAIS FORTES.

“FOI O TEMPO QUE PERDESTE COM A TUA “FOI O TEMPO QUE PERDESTE COM A TUA “FOI O TEMPO QUE PERDESTE COM A TUA “FOI O TEMPO QUE PERDESTE COM A TUA

ROSA, QUE FEZ A TUA ROSA TÃO ROSA, QUE FEZ A TUA ROSA TÃO ROSA, QUE FEZ A TUA ROSA TÃO ROSA, QUE FEZ A TUA ROSA TÃO

IMPORTANTE.”IMPORTANTE.”IMPORTANTE.”IMPORTANTE.”

ANTOINE SAINT EXUPÈRY

A TODOS MUITO OBRIGADA!A TODOS MUITO OBRIGADA!A TODOS MUITO OBRIGADA!A TODOS MUITO OBRIGADA!

ANANANANGELITAGELITAGELITAGELITA

A

6

DeusDeusDeusDeus

Obrigada, Pai, por estar sempre iluminando meu caminho,

pois quando tudo parecia perdido, olhava as suas obras (natureza), e

sentia uma enorme força que me impulsionava para frente, por isso,

não desistia dessa caminhada, graças a Você, uma dessas

caminhadas chegou ao fim.

o meu marido SidneySidneySidneySidney

Agradeço por estar sempre do meu lado, por seu companheirismo,

seu apoio e compreensão. Nas horas de desespero e tristeza,

aconselhando-me muitas vezes a ser paciente e nunca desistir dos

meus objetivos. Amo-o muito!

minha parceira e amiga AngelitaAngelitaAngelitaAngelita

Ufa! Ainda bem que essa loucura de TCC chegou ao fim, mas

nunca chegará ao fim o que você representou nesses quatro anos e

sempre representará.

Obrigada Amiga, por estar ao meu lado nessa

vitória.

LucianaLucianaLucianaLuciana

7

Nossos agradecimentosNossos agradecimentosNossos agradecimentosNossos agradecimentos

Ao orientador professor José MédiceJosé MédiceJosé MédiceJosé Médice

É difícil dizer o quanto nos representou ter

conhecido um professor como o senhor, obrigada

por ser uma pessoa maravilhosa e especial, e ter

aguentado os nossos pitis e as nossas

inseguranças. Consideramos-o um professor

exemplo. Nunca o esqueceremos.

Às professoras Adriana, Denise, Elaine, Fátima e Adriana, Denise, Elaine, Fátima e Adriana, Denise, Elaine, Fátima e Adriana, Denise, Elaine, Fátima e

Maria de Fátima.Maria de Fátima.Maria de Fátima.Maria de Fátima.

Obrigada por serem minhas professoras

modelos, por ensinarem e dar exemplos de

educadoras e profissionais da educação.

Angelita e LucianaAngelita e LucianaAngelita e LucianaAngelita e Luciana

8

Educar é viajar no mundo do outro, sem nunca penetrar nele. É usar o que pensamos para nos transformar no que somos.

O melhor educador não é que controla, mas o que liberta. Não é o que aponta erros, mas o que os previne. Não é o que corrige comportamentos, mas o que ensina a refletir. Não é o que enxerga apenas o tangível aos olhos, mas o que vê o invisível. Não é o que desiste facilmente, mas o que estimula sempre a começar de novo.

O excelente educador abraça quando todos rejeitam; anima quando todos condenam; aplaude os que jamais subiram no pódio, vibra com a coragem de disputar dos que ficaram nos últimos lugares. Não procura o seu próprio brilho, mas se faz pequeno para tornar seus filhos, alunos e colegas de trabalho grandes.

O excelente mestre não é o que mais sabe, mas o que mais tem consciência do quanto não sabe. Não é o viciado em ensinar, mas o mais ávido em aprender. Não é o que declara os seus acertos, mas o que reconhece suas próprias falhas. Não é o que deposita informações na memória, mas o que expande a maneira de ver, de reagir e de ser.

AUGUSTO CURY (2007 p.7- 8)

9

RESUMO

A presente pesquisa teve como objetivo verificar os métodos utilizados pelos professores do quinto ano do ensino fundamental, da escola pública, para o incentivo da leitura prazerosa. As crianças do quinto ano estão na idade das letras, por isso deve-se incentivar o prazer da leitura em sala de aula. O papel do educador é criar condições significativas, que dêem suporte aos educandos de se apossarem de uma experiência ou de uma prática, através da leitura, devendo ser o mediador desta e intérprete de um mundo repleto de aventuras, no qual os alunos passam a experimentar alegria, tristeza, medo, angústia e encantamento. A leitura, quando estimulada e praticada com maior intensidade pelos professores, interfere em todos os campos: intelectuais, emocionais e psicológicos do educando, refletindo na manifestação escrita e oral, isto é, na associação de sua expressão e de seu raciocínio. Os objetivos específicos propostos foram identificar como a leitura pode contribuir para socialização do educando do quinto ano do ensino fundamental e analisar as formas de leitura prazerosa para a produção de textos destes alunos. A sociedade deve valorizar a leitura e não banalizá-la, caracterizando-a como uma simples forma de ensino, fazendo da mesma um ato mecanizado, sem atribuir significados, não a reconhecendo como um meio de conhecimento de mundo, de cultura e de novas formas de saber. A aprendizagem da leitura é essencial para a adaptação do sujeito com o seu contexto cultural, social e econômico. Quanto aos procedimentos, foi bibliográfica, caracterizando-se pela interrogação direta, por levantamento e análise dos dados, referentes ao incentivo da leitura em sala de aula, conhecendo o problema estudado para, em seguida, mediante análise qualitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados. Constatou-se, pela análise qualitativa, que o professor do quinto ano do ensino fundamental trabalha o incentivo da leitura utilizando variados métodos, tais como: leitura diária, projetos, roda de leitores, e outros. Os alunos do quinto ano do ensino fundamental consideram a leitura importantíssima para seu desenvolvimento intelectual e para sua aprendizagem.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino Fundamental. Educandos. Leitura Prazerosa. Métodos.

10

ABSTRATC

This study aimed to verify the methods used by teachers of the fifth year of primary education of public school for the encouragement of reading pleasure. The children are the fifth year at the age of letters, so you should encourage the enjoyment of reading in the classroom. The educator's role is to create conditions that provide significant segment of learners take possession of an experience or a practice by reading and be the mediator of this reading and interpreting a world filled with adventure, where students begin to experience joy, sadness, fear, anguish and delight. Reading when stimulated with greater intensity and practiced by teachers interferes in all areas: intellectual, emotional and psychological aspects of the student, reflecting on the written and oral, that is, the association of its expression and its reasoning. The specific objectives were to identify how the proposed reading can contribute to the socialization of the student's fifth year of elementary school and consider ways of reading pleasure for the formation of texts of fifth graders of elementary school. Society should value reading, do not trivialize it and characterizing it as a simple way of teaching, doing the same act a mechanized, without assigning meanings, not recognizing it as a means of world knowledge, culture and new forms to know. Learning to read is essential to adapt the subject with their cultural, social and economic development. As to literature procedures were characterized by direct questioning by survey and analysis of data concerning the encouragement of reading in the classroom, knowing the trouble to study, then, upon qualitative analysis to obtain the conclusions corresponding to the data collected. It was found by qualitative analysis that the teacher of the fifth year of elementary school reading incentive works using various methods, such as daily reading, projects, Wheel of readers, and others. The fifth graders of elementary school reading to consider critical to their intellectual development and learning.

KEY WORDS: Fundamental Education. Pupils. Pleasure Reading. Methods.

[Digite uma

citação do

documento

11

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Resposta da Pergunta nº. 1 dos professores....................................38 Gráfico 2: Resposta da Pergunta nº. 2 dos professores....................................39 Gráfico 3: Resposta da Pergunta nº. 3 dos professores....................................39 Gráfico 4: Resposta da Pergunta nº. 4 dos professores....................................39 Gráfico 5: Resposta da Pergunta nº. 5 dos professores....................................40 Gráfico 6: Resposta da Pergunta nº. 6 dos professores....................................40 Gráfico 7: Resposta da Pergunta nº. 7 dos professores....................................41 Gráfico 8: Resposta da Pergunta nº. 8 dos professores....................................41 Gráfico 9: Resposta da Pergunta nº. 9 dos professores....................................41 Gráfico 10: Resposta da Pergunta nº. 10 dos professores................................42 Gráfico 11: Resposta da Pergunta nº. 1 dos alunos..........................................42 Gráfico 12: Resposta da Pergunta nº. 2 dos alunos..........................................43 Gráfico 13: Resposta da Pergunta nº. 3 dos alunos..........................................43 Gráfico 14: Resposta da Pergunta nº. 4 dos alunos..........................................44 Gráfico 15: Resposta da Pergunta nº. 5 dos alunos..........................................44 Gráfico 16: Resposta da Pergunta nº. 6 dos alunos..........................................44 Gráfico 17: Resposta da Pergunta nº. 7 dos alunos..........................................45 Gráfico 18: Resposta da Pergunta nº. 8 dos alunos..........................................45 Gráfico 19: Resposta da Pergunta nº. 9 dos alunos..........................................46 Gráfico 20: Resposta da Pergunta nº. 10 dos alunos........................................46

12

LISTA DE TABELAS

TABELA-A

Tabela 1: Resposta da Pergunta nº. 1 dos professores....................................54 Tabela 2: Resposta da Pergunta nº. 2 dos professores....................................54 Tabela 3: Resposta da Pergunta nº. 3 dos professores....................................54 Tabela 4: Resposta da Pergunta nº. 4 dos professores....................................55 Tabela 5: Resposta da Pergunta nº. 5 dos professores....................................55 Tabela 6: Resposta da Pergunta nº. 6 dos professores....................................55 Tabela 7: Resposta da Pergunta nº. 7 dos professores....................................55 Tabela 8: Resposta da Pergunta nº. 8 dos professores....................................55 Tabela 9: Resposta da Pergunta nº. 9 dos professores....................................56 Tabela 10: Resposta da Pergunta nº. 10 dos professores................................56

TABELA-B Tabela 1: Resposta da Pergunta nº. 1 dos alunos............................................59 Tabela 2: Resposta da Pergunta nº. 2 dos alunos............................................59 Tabela 3: Resposta da Pergunta nº. 3 dos alunos............................................60 Tabela 4: Resposta da Pergunta nº. 4 dos alunos............................................60 Tabela 5: Resposta da Pergunta nº. 5 dos alunos............................................60 Tabela 6: Resposta da Pergunta nº. 6 dos alunos............................................60 Tabela 7: Resposta da Pergunta nº. 7 dos alunos............................................61 Tabela 8: Resposta da Pergunta nº. 8 dos alunos............................................61 Tabela 9: Resposta da Pergunta nº. 9 dos alunos............................................61 Tabela 10: Resposta da Pergunta nº. 10 dos alunos........................................61

13

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................14

CAPÍTULO I-A MISSÃO DO PROFESSOR ..................................................... 17 1.1.Leitura prazerosa ........................................................................................ 24

CAPÍTULO II- APRENDIZAGEM POR MEIO DA LEITURA ............................ 27

2.1. Leitura como meio de socialização ............................................................ 30

CAPÍTULO III-AMBIENTE ESTIMULADOR PARA UMA LEITURA PRAZEROSA ................................................................................................... 33

CAPÍTULO IV- PESQUISA DE CAMPO COM ANÁLISE QUALITATIVA ....... 38

CONCLUSÃO ................................................................................................... 47

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 49

APÊNDICE ....................................................................................................... 51

14

INTRODUÇÃO

A proposta deste tema é verificar os métodos utilizados pelos

professores para incentivar a uma leitura prazerosa os alunos do quinto ano do

ensino fundamental e como este procedimento faz a diferença, na vida do

aluno.

Para tanto, faz-se necessário verificar os métodos utilizados pelos

professores, quanto ao incentivo à leitura, identificar como a leitura pode

contribuir para a sociabilização do educando, analisar tanto os recursos que

possam contribuir para uma leitura prazerosa quanto as formas de leitura

prazerosa, para a produção de textos.

A leitura é considerada, por muitos educadores, desnecessária, em sala

de aula. Por isso, como utilizar métodos diferenciados, em sala de aula, para o

incentivo ao prazer da leitura?

O professor pode utilizar métodos estimuladores, associando a leitura ao

prazer, incentivando esta com música, teatro, poesias, fábulas, histórias em

quadrinhos, panfletos, noticiário de rádio ou televisão, roda de leitura,

questionários, propaganda, desenho, discussão e parlendas.

Este trabalho, quanto aos procedimentos, será bibliográfico, visto que é

desenvolvido a partir de material já elaborado, constituído, principalmente, de

livros e artigos científicos, pois se caracteriza pela interrogação direta das

pessoas, cujo comportamento se deseja conhecer. Procede-se a solicitação de

informação a um grupo significativo de pessoas, acerca de problema estudado

para, em seguida, mediante análise quantitativa, obter-se as conclusões

correspondentes aos dados coletados.

As técnicas utilizadas para coleta de dados serão realizadas com

questionários, entrevistas e pesquisa de campo.

O tratamento dos dados será estatístico, com análise quantitativa e

qualitativa.

O Capítulo I, “A missão do professor”: Discutirá o papel do educador é o

de criar condições significativas que dêem suporte aos educandos para se

apossarem de uma experiência ou de uma prática, através da leitura, devendo

15

ser o mediador dessa leitura e intérprete de um mundo repleto de aventuras, no

qual os alunos experimentam alegria, tristeza, medo, angústia e encantamento.

Subtítulo 1.1 – Leitura Prazerosa: Ensinar a gostar de ler necessita mais

do que inspiração, precisa transmitir a paixão e o amor pela leitura. Para isso, o

professor precisa utilizar métodos estimuladores, associando a leitura ao

prazer, incentivando-a com música, teatro, poesias, fábulas, histórias em

quadrinhos, panfletos, noticiário de rádio e televisão, roda de leitura,

questionários, propagandas, desenho, discussão e parlendas.

O Capítulo II, “A leitura como meio de aprendizagem”: Reflete sobre o

fato muitos educadores não trabalham a leitura, de forma que o aluno leia o

texto na íntegra. E ainda, quando o faz, é simplesmente para abrir o livro em

uma determinada página e responder o que está sendo pedido no exercício,

sem ter feito uma leitura mais profunda do texto, ficando sem um fundamento

educativo.

Para que isso aconteça, o professor precisa reservar um tempo somente

para a leitura, no qual os alunos possam debater e discutir sobre os temas

lidos, desenvolvendo no educando a capacidade de compreender e analisar os

textos, buscando informações implícitas para a solução de problemas.

Subtítulo 2.1, “Leitura como meio de socialização”: Trata da necessidade

de a sociedade valorizar a leitura e não banalizá-la, caracterizando-a como

uma simples forma de ensino, fazendo desta um ato mecanizador, sem atribuir

acepções, não a reconhecendo como um meio de conhecimento de mundo, de

cultura e de novas formas de saber. A aprendizagem da leitura é essencial

para a adaptação do sujeito ao seu contexto cultural, social e econômico.

O Capítulo III, “Ambiente estimulador para uma leitura prazerosa”:

Aponta para um fato, que a criança que não possui exemplos de leitores em

casa, na escola ou em qualquer outro lugar, terá dificuldade de gostar de ler,

podendo assim perder um dos meios mais importantes do processo ensino-

aprendizagem.

Ao final desse trabalho espera-se que, por meio da pesquisa, tenhamos

as conclusões correspondentes aos dados coletados.

16

Para a concretização do hábito de leitura, seria preciso uma união entre

a escola e a família, para que a criança esteja constantemente em contato com

o livro, desenvolvendo, assim, o prazer de ler.

17

CAPÍTULO I

A MISSÃO DO PROFESSOR

As crianças do quinto ano estão na idade das letras, por isso, faz-se

necessário incentivar o prazer da leitura em sala de aula.

Para isso, a missão do professor é fundamental; é inegável a

importância e a necessidade da leitura para formação de bons leitores, para

que os alunos sejam capazes de escrever com eficácia, orientando as crianças

sem restrições aos livros, podendo ser de literatura, história em quadrinhos,

contos de fadas, jornais, revistas, panfletos, noticiários de rádio e TV, entre

outros, ensinando-os a manusear os livros com cuidado e respeito.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2001, p. 53-54),

O trabalho com a leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referências modelizadoras. A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita. Não se trata simplesmente de extrair informação da escrita, decodificando-a letra por letra, palavra por palavra [...].

O papel do educador é criar condições significativas, que dêem suportes

aos educandos de se apossarem de uma experiência ou de uma prática,

através da leitura, devendo ser o mediador dessa leitura e intérprete de um

mundo repleto de aventuras, no qual os alunos passam a experimentar alegria,

tristeza, medo, angústia e encantamento.

Tratando-se de uma atividade rotineira, são necessários métodos

variados, observando as condições afetivas, o interesse e a motivação, por

parte de cada aluno.

Ler é uma das atividades mais importantes que o professor deve ensinar

ao educando. Devido à sua complexidade, não deve trabalhar simplesmente

textos didáticos e literários, mas diversificar, despertando a curiosidade e a

18

fantasia da criança, em relação a outros tipos de livros, não encerrando nele

mesmo, mas oferecendo aos alunos outros títulos e outros tipos de informação.

A leitura tem um papel importante para o indivíduo, pois conduz os

leitores ao mundo da fantasia, da imaginação e do conhecimento,

desenvolvendo a competência para decifrar variados textos. Aprender a ler não

é somente decodificar palavras, frases ou símbolos, mas sim, analisar,

interpretar e assimilar o texto lido, é apaixonar-se pelo livro, fazendo dele um

companheiro de caminhada.

Despertar o gosto pela leitura não é limitar-se a uma prática cansativa de

analisar textos ou de obras completas, mas sim, o de associar a leitura com o

dia a dia da criança, e o de proporcionar a reflexão de como essa leitura trará

novas experiências e conhecimentos para sua vida.

Para incentivar a leitura é preciso contar histórias com paixão, e é

através dessa paixão que as crianças poderão viajar e descobrir o mundo.

A escola deveria ter como objetivo formar pessoas capazes de

compreender os diferentes textos e é preciso que se empenhe para que os

educandos tenham acesso a vários tipos de informação escrita e não escrita,

tais como: jornais, revistas, histórias em quadrinhos, contos, poesias, infanto-

juvenis, literatura, músicas, peças de teatro, filmes, exposições de artes.

Todos são responsáveis pelo incentivo ao prazer da leitura: escolas,

pais e sociedade. Essa não é uma responsabilidade exclusiva do professor,

pois todos podem e devem contribuir para demonstrar que a leitura tem um

significado muito grande na vida particular, social e cultural dos educandos.

Incentivar a leitura contribui para o desenvolvimento do ser de forma intelectual

e espiritual, levando-o a progredir em sociedade.

A leitura favorece oportunidades para que o indivíduo progrida para uma

linguagem crítica e reflexiva, que possibilita escolhas de maneira autônoma,

desenvolvendo a sua maneira de ser, pensar e agir.

Nesse processo o professor precisa ser também um leitor assíduo,

atuando como modelo para que os alunos, ao vê-lo no papel de leitor,

adquiram o hábito e o gosto pela leitura. Sob esse ponto de vista, a leitura

diária, em sala de aula é essencial, pois essa é uma atividade capaz de

despertar, no aluno, o prazer pela leitura. Além de oportunizar esta atividade, a

19

leitura significativa também deve ser introduzida em sala de aula, para que o

educando adquira o gosto pelo ato de ler, possibilitando um conhecimento real

do que esta sendo lido.

O hábito de leitura deveria começar em casa, pois os pais têm grande

influência no desenvolvimento deste hábito, que seria aperfeiçoado na escola,

através do incentivo que o professor proporciona ao aluno.Entretanto, essa

situação é ideal e não real para que esse aperfeiçoamento aconteça, o papel

da escola é fundamental, e para despertar esse prazer não há ninguém melhor

que o professor, que necessita para tanto, ter acesso a recursos e saber utilizá-

los, em favor do prazer da leitura.

A função do professor é orientar o educando, promovendo a leitura em

sala de aula, mostrando a importância do prazer da leitura, na construção de

ideias e pensamentos, buscando a compreensão do que está sendo lido.

Bamberger (2002 p. 11) descreve:

A leitura favorece a remoção das barreiras educacionais que tanto se fala, concedendo oportunidades mais justas de educação principalmente através da promoção do desenvolvimento da linguagem e do exercício intelectual, e aumenta a possibilidade de normalização da situação pessoal de um indivíduo.

Deve ser vista, ainda, como um estímulo à aprendizagem, à pesquisa,

ao conhecimento e à sociabilidade. Por isso, o currículo deve contemplar a

diversidade de gêneros, desde os livros literários, revistas em quadrinhos,

poesias, parlendas, músicas, à bulas de remédio, receita culinária e médicas,

entre outros, a fim de proporcionar situações de leitura que extrapolem o ato de

ler um livro apenas

O ato de ler distingue toda relação entre indivíduo e o mundo que o

rodeia, caracterizando a experiência com a realidade, essa leitura sendo

mediadora entre o leitor e seu presente, podendo demonstrar a diferença entre

a fantasia e a realidade que o cerca.

Para que a leitura tenha um significado, é preciso que se adquira sua

função básica, que é despertar o prazer pelo ato de ler. Para que isso ocorra,

as atividades que o professor promove entre os seus alunos, devem ampliar os

limites de cada um, fazendo com que a ação do professor desenvolva no

educando pensamentos críticos e reflexivos.

20

Os professores não devem trabalhar somente a leitura do texto didático,

mas todos os tipos de textos apresentados no cotidiano da criança, como:

panfletos, lista de compras, bula de remédio, receita de culinária e médica

entre outros gêneros. Talvez esta não seja uma tarefa fácil, mas pode ser

gratificante quando um educando adquire o prazer pela leitura, tendo o

professor como estimulador desse hábito.

Para que tal estímulo aconteça, a escola deve implantar métodos

diversificados de incentivo a uma leitura prazerosa, não somente para

trabalhos escolares ou provas, pois, com esses estímulos, formará bons

leitores, muito diferentes daqueles que somente leem uma vez ou outra.

Sem esse incentivo os educandos não conseguem evidenciar a

aprendizagem em qualquer situação solicitada, mesmo tendo estudado toda a

disciplina, pois não foram capazes de entender o que foi lido, não conseguindo

interpretar o enunciado do texto dado.

De acordo com Solé (1998 p.72), “o ensino de estratégias de

compreensão contribui para dotar os alunos dos recursos necessários para

aprender a aprender”.

Quando o educador realiza uma leitura em voz alta, o aluno aprende que

ouvir uma leitura não é algo passivo, mas sim participativo, pois nesse

processo o professor transforma essa leitura em algo dinâmico, que possibilita

às crianças entrarem no mundo imaginário do livro.

O professor deve fazer com que os alunos participem da leitura, através

das imagens contidas no texto, podendo transformar essa leitura em uma

representação da história, o que pode levar as crianças a relacionarem a leitura

com a escrita.

O professor precisa incentivar os educandos a adquirirem o gosto pela

leitura, não somente o ato de ler e decodificar palavras, mas possibilitar o

entendimento de textos mais complexos, durante o processo ensino-

aprendizagem. Esse incentivo é muito importante para que cada educando

interprete e reescreva o que foi lido, podendo levar o leitor a uma atitude

reflexiva e consciente, perante a realidade social em que vive.

Devendo ser mais que um simples professor, deve agir como um

educador, para poder conduzir o educando a uma leitura prazerosa, na qual o

21

mesmo irá se transformar não somente em um leitor, mas, em um ser pensante

e participativo na sociedade.

É possível que existam professores que obriguem alunos a lerem livros

por ele indicados, porém esta prática é desaconselhável, pois pode acontecer

de o educando adquirir uma verdadeira aversão à leitura. O que se espera é

que se coloque em prática situações que levem os alunos a construir,

aprofundar e ampliar seus conhecimentos, pois o professor pode inspirar nos

alunos o desejo por uma leitura.

O fato de as crianças estarem na faixa etária entre nove e dez anos não

as impede de ler livros mais complexos, como o do escritor Oswald de

Andrade, que escreve com flashs cinematográficos, dificultando uma leitura

mais aprimorada. Tal fato não impede que um aluno do quinto ano do ensino

fundamental possa entendê-la.

Por isso, os professores precisam estimular uma leitura prazerosa, para

que esses alunos queiram ler cada vez mais livros, os quais podem servir de

sustentáculo, na hora da escrita e da fala.

A leitura deve ser vista como uma prioridade nas escolas. Para que os

educadores levem a sério o incentivo, podem utilizar-se de variadas formas,

como: montar peças de teatro, apresentações com fantoches, escolher uma

música para ser interpretada, não somente na disciplina de Língua Portuguesa,

mas em todas as outras, priorizando, dessa forma, a interdisciplinaridade.

A leitura não pode ser um segmento automático de decifração, mas uma

organização ativa do pensamento em busca de entendimento do texto lido e

que leva o indivíduo a ser mais crítico sobre o que é visto nas televisões, não

aceitando tudo o que é passado, permitindo-lhe posicionar-se criticamente

perante a realidade.

Com explica Freire (1997 p. 11):

...A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquela. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre texto e o contexto...

Para fomentar a curiosidade na criança e transformá-la em uma futura

leitora, é preciso que o professor estimule o gosto pela leitura e objetive torná-

22

la capaz de ler nas entrelinhas, conseguindo não somente decodificar frases,

mas sim interpretar o que está escrito.

A preocupação quanto ao incentivo à leitura deve ir muito além de

proporcionar atividades que propiciem uma leitura condicionante para os

educandos. Toda leitura deve ser uma busca por conhecimentos, informações

e tornar os alunos capazes de entender o texto lido, não através de uma

simples memorização das palavras, mas, proporcionando uma leitura

prazerosa e agradável, que deve ser a prioridade desse professor.

Trabalhar dessa forma é contribuir para transformar a leitura em um

passaporte para a vida cidadã, mostrando ao aluno a importância da leitura

para novos conhecimentos, e para seu futuro como indivíduo atuante na

sociedade, na qual possa estar inteirado sobre o desenvolvimento de seu país,

sabendo seus direitos e deveres como cidadão.

Para formar cidadãos entendedores das palavras é preciso que escola,

professores e pais estimulem o prazer pela leitura, usando todos e variados

métodos, para que os alunos e filhos possam usar essa leitura no seu dia a dia.

Para que isso aconteça, é preciso criar um ambiente favorável nas escolas, de

forma a incentivar o prazer pela leitura, podendo assim ser levado para casa

esse prazer e ser transmitido a outras pessoas.

O objetivo principal do incentivo a leitura é desenvolver no educando o

comportamento de leitor, para que se tornem autônomos e recorram a variados

tipos de livros, para que possam viajar em suas páginas, indo ao mundo da

fantasia.

Os incentivos adequados pela leitura fazem com que os educandos se

interessem por ler, escolhendo livros divertidos e que lhe despertem a

curiosidade, e que tenha algum significado para seu mundo.

Cada criança possui conhecimentos trazidos de sua aprendizagem

social e cultural. Com base nesse pressuposto, pode-se afirmar que o papel do

professor é o de despertar o interesse pela leitura, respeitando seus níveis de

conhecimento, buscando compreender que muitos não leem por não

conseguirem compreender o que está escrito, por acharem a leitura difícil ou

por não terem acesso aos livros. Diante disso, o professor tem de achar meios

que incentivem o prazer pela leitura nas crianças.

23

Através dessa viagem, os educandos podem aprender a respeitar a vida,

a natureza, outras pessoas, modificando o seu modo de pensar e agir na

sociedade em que vivem, podendo, desse modo, transmitir a sua

aprendizagem pelo prazer da leitura a todos a sua volta, mostrando que é

através da leitura que se aprende a decifrar a vida.

A escola tem como missão formar bons leitores, em uma sociedade na

qual a educação ficou em segundo plano, e que se tem a sua volta milhares de

informações e entretenimento, através de internet, televisão, rádios, jogos

eletrônicos e brinquedos de última geração.

O educador deve incentivar os alunos a aprenderem a ler e não ler

somente para aprender, valorizar sempre o que está sendo lido, explorar o que

o livro tem a dar de melhor, podendo, muitas vezes, tratar de assuntos que

podem ser trazidos para o seu cotidiano.

A leitura, quando estimulada e praticada com maior intensidade pelos

professores, interfere em todos os campos: intelectuais, emocionais e

psicológicos do educando, refletindo na manifestação escrita e oral, isto é, na

associação de sua expressão e de seu raciocínio.

Sabendo que os educandos não se interessam pelos livros, os

educadores e a escola devem promover formas prazerosas e estimulantes para

o seu próprio crescimento. Com esse trabalho, formará cidadãos críticos,

reflexivos, entendedores de palavras escritas e faladas, para a formação de um

individuo autônomo, analítico, prudente, ponderado e sensato nas suas

decisões, em relação à sua vida emocional, pessoal e profissional.

O incentivo à leitura desenvolve nas crianças um interesse apurado para

a literatura;a descoberta do novo o incentivará a uma leitura prazerosa ou a

uma criação literária de acordo com seu entendimento, para a transformação

do seu modo de pensar e agir.

O indivíduo que lê está cooperando para o seu desenvolvimento

pessoal, intelectual e emocional e para a sua percepção do mundo, junto com o

crescimento econômico, social e educacional de seu país, no qual será mais do

que um simples homem, será um cidadão atuante na sociedade, como

indivíduo transformador do mundo.

24

1.1. Leitura prazerosa

O prazer pela leitura deve ser estimulado desde as séries iniciais do

ensino fundamental, por um professor que atue como facilitador do acesso aos

livros, para que o prazer pela leitura seja transformada em um hábito para a

vida toda.

A leitura deveria ser mais estimulada, em sala de aula, para despertar na

criança uma leitura prazerosa e não obrigatória.

Com o estímulo à leitura prazerosa, obtêm-se leitores não somente para

livros simples e fáceis de entender, mas auto-suficientes, em relação à escolha

de livros.

Muitos alunos não leem, só o fazem por causa da prova que será

aplicada, em relação ao livro lido.

Quando o gosto pela leitura é despertado, o indivíduo se torna um leitor

interativo, que faz parte da leitura, e essa leitura faz parte dele, podendo

construir novas aprendizagens e adquirindo novos conhecimentos.

Cria-se, por outro lado, um clima de desconforto e obrigação, quando o

aluno não consegue associar o prazer à leitura, tendo em mente a avaliação.

Perde-se o verdadeiro sentido da leitura e da literatura quando há a obrigação

ao invés do prazer.

Através do incentivo à leitura é que o indivíduo desenvolve a capacidade

de perceber o quanto um bom livro pode fazer a diferença na compreensão de

ler o mundo a sua volta, mostrando-lhe uma das mais ricas experiências da

vida de um leitor assíduo, que é o prazer e o gosto pelo ato de ler.

Uma boa alternativa para estimular o prazer pela leitura é deixar que as

crianças levem os livros para casa e leiam junto com a família. Os alunos

podem desenvolver uma ligação prazerosa com a leitura. Fazendo isso, as

crianças compartilham suas descobertas com seus familiares, o que é um fator

positivo da aprendizagem, permitindo-lhe, dessa forma, ampliar o sentido da

leitura.

Despertar o prazer nos educandos pela leitura significa abrir caminhos

para que possam melhorar suas habilidades, seus conhecimentos, fazendo

25

com que a criança desperte a sua curiosidade em aprender, buscando livros de

diferentes gêneros.

Sem o gostar de ler, o aluno se transforma em um leitor condicionado,

que lê puramente por ler e não absorve o que o livro tem a dar, simplesmente

desenvolve um ato mecânico e robotizado, decodificando as palavras lidas.

É através do incentivo ao prazer de ler que o aluno vai adquirir uma

segurança para escolher seus próprios títulos literários, mostrando a

importância de uma boa leitura.

A leitura torna-se prazerosa quando a criança se identifica com o que

está sendo lido, entrando na fantasia, nos sonhos e ilusões dos livros. O

professor deve oferecer aos educandos textos de sua realidade, nos quais

cada um possa comparar o que vê em sua volta e o que está nos livros,

proporcionando aos mesmos formas de prazer e não de obrigação, em relação

ao que está sendo aprendido.

Para inspirar nos alunos uma leitura prazerosa, o professor precisa usar

técnicas diferentes, como explica Bamberger (2002 p. 80):

1- Leitura em voz alta e relatos de histórias; a leitura em voz alta e o relato de histórias que ofereçam vigorosa motivação para a leitura pessoal são empreendidos com facilidade na escola, nas bibliotecas, nas creches e nos jardins de infância. Ler em voz alta uma história até chegar a um trecho emocionante, de modo que a expectativa da criança seja de tal forma despertada que ela queira continuar lendo por conta própria, é um método que tem tido muito êxito.

2- Mostras de livros com discussões. Na Casa de Livros Infantis de Moscou realizam-se mostras regulares de livros, em que o bibliotecário apresenta diversos livros interessantes ao mesmo tempo [...].

O educador deve estar sempre preocupado com a formação de leitores,

em sua sala de aula, pois é através dessa formação que terá pessoas mais

humanas e sensíveis. É, portanto, com o incentivo à leitura que o professor

proporcionará ao indivíduo uma mente seletiva, que lhe permitirá saber

escolher e separar o que lhe é útil e interessante.

O desafio do professor é fazer com que o aluno queira abrir um livro por

vontade própria, mostrando que a leitura é uma forma de fortalecimento

individual, podendo progredir intelectualmente e moralmente.

26

Não se forma bons leitores e indivíduos críticos através de leitura

obrigatória, como tarefa escolar ou notas de provas, mas sim despertando o

aluno a uma leitura prazerosa, para que possa refletir sobre situações em que

sejam necessárias resoluções de problemas.

Ensinar a gostar de ler necessita mais do que inspiração; é necessário

transmitir a paixão e o amor pela leitura. Para isso, o professor precisa utilizar

métodos estimuladores, associando a leitura ao prazer, incentivando com

música, teatro, poesias, fábulas, histórias em quadrinhos, panfletos, noticiário

de rádio e televisão, roda de leitura, questionários, propaganda, desenho,

discussão e parlendas.

A leitura não deve ser vista como simples obrigação, uma atividade

mecânica que determine uma atitude passiva, mas sim, que leve à reflexão, à

curiosidade e à criticidade do que está sendo lido. Essa mesma leitura não

acontece somente com a escrita, mas também no mundo a sua volta, relações

de pessoas, ambientes e situações.

É de suma importância, para a constituição da criança, o conhecimento

de vários textos, para que seu desenvolvimento seja facilitado na hora da

aprendizagem. Assim, será um exímio leitor, fazendo dele conhecedor de

mundos.

Bamberger (2002, p.23.), descreve:

O ensino da leitura deveria corresponder à percepção que conseguimos da natureza leitora. Processo complexo, a leitura compreende várias fases de desenvolvimento. Antes de mais nada, é um processo perceptivo durante o qual se conhecem símbolos. Em seguida, ocorre a transferência para conceitos intelectuais...

Por meio da leitura são desenvolvidos os conhecimentos e a capacidade

de o homem interagir, neste mundo transformador. Ela permite que cada um

adquira habilidades para exercer suas experiências, na sociedade em que vive,

mostrando como é importante o seu incentivo, desde os primeiros anos de

vida, a fim de que contribua para a formação de um indivíduo conhecedor das

palavras faladas e escritas.

27

CAPÍTULO II

APRENDIZAGEM POR MEIO DA LEITURA

Muitos educadores não trabalham a leitura de forma que o aluno leia o

texto na íntegra. Quando o lê, é simplesmente para abrir o livro em uma

determinada página e responder o que está sendo pedido no exercício, sem ter

feito uma leitura mais profunda do texto, ficando sem um fundamento

educativo.

As crianças, no quinto ano do ensino fundamental, estão na idade dos

contos de fadas e das histórias de aventuras e o professor deve apresentar

livros com essas características, para que os alunos sintam motivação pelo ato

de ler.

É através da leitura que a cultura de um povo é resgatada, sendo uma

função primordial desenvolver nos educandos o interesse pela história.

Segundo Silva (1987, p.43-44):

...ao experimentar a leitura, o leitor executa um ato de compreender o mundo. De fato, o propósito básico de qualquer leitura é a apreensão dos significados mediatizados ou fixados pelo discurso escrito, ou seja, a compreensão dos horizontes inscritos por um determinado autor, numa determinada obra. O ’’compreender’’ deve ser visto como uma forma de ser, emergindo através das atitudes do leitor diante do texto como percepção ou panorama dentro do qual os significados são atribuídos. Nesse sentido, não basta decodificar as representações indiciadas por sinais ou signos; o leitor (que assume o modo da compreensão) porta-se diante do texto, transformando-o e transformando-se...

É essencial que os alunos do quinto ano do ensino fundamental tenham,

em sala de aula, acesso a livros de literatura, não somente a livros infanto-

juvenis, mas livros que despertem a reflexão. Também é essencial que, tanto o

aluno quanto o professor, percebam que tais livros podem ser usados nas

aulas de Língua Portuguesa, como produção, interpretação de texto e na

gramática. Nas quais poderá ser usado de maneira mais eficaz, em todas as

matérias dentro e fora da escola.

Para que isso ocorra, o professor precisa reservar um tempo somente

para a leitura, no qual os alunos possam debater e discutir sobre os temas

28

lidos, desenvolvendo no educando a capacidade de compreender e analisar os

textos, buscando informações implícitas para a solução de problemas.

As histórias de Monteiro Lobato nos mostram fantasias, sonhos e

ilusões, por isso é importante estimular os educandos a lerem livros da nossa

cultura, como Reinações de Narizinho, Sitio do Pica-Pau Amarelo, para que

essas crianças aprendam a relacionar a fantasia com a realidade.

A escola deve ter também, como objetivo, formar pessoas capazes de

compreender os diferentes textos e é preciso que se empenhe para que os

educandos tenham acesso a vários tipos de informação escrita e não–escrita,

como: jornais, revistas, histórias em quadrinhos, contos, poesias, infanto-

juvenil, literatura, músicas, peças de teatro, filmes, exposições de artes. Sem

essa preocupação com a diversidade textual, todo esse trabalho pode até

ensinar a ler, mas não despertará o prazer pela leitura.

O avanço da leitura na escola só terá resultado quando se voltar para a

realidade como ela é, e levar em conta o que é essencial para as crianças.

Só apresentando aos alunos uma variedade de livros, para que eles

optem pelo tema que mais lhe seja proveitoso, quando os educandos estiverem

interessando-se por uma leitura prazerosa, é que o professor terá atingido seus

objetivos educacionais da leitura e da literatura, estimulando a procura do

saber e do aprendizado.

A linguagem oral possibilita a troca de ideias, pensamentos e propósitos

de várias naturezas; esse aprendizado ocorre dentro de um contexto social e,

para que as crianças despertem o gosto pela leitura, é preciso que o professor

estimule e se aproprie dessa vontade, para estimular os alunos a uma leitura

prazerosa.

O indivíduo que lê coopera para seu próprio crescimento intelectual e

para a compreensão do mundo a sua volta, enriquecendo a cultura, valorizando

o despertar da cidadania e o respeito pelo próximo.

O ensino diversificado e caracterizador da leitura precisa levar em conta

não somente os níveis de rendimento de cada aluno, mas também os variados

interesses. Dessa forma, os alunos não se sentem discriminados, embora o

professor possa observar os vários níveis de compreensão, na escolha do

material de leitura que os próprios alunos fazem.

29

O livro e a leitura têm hoje uma nova acepção, um novo sentido, pois já

não é suficiente um indivíduo completar a sua educação escolar. Há a

necessidade de bem mais que isso, uma educação permanente, ou seja, a

autoeducação, podendo fazer isso através dos livros e de uma leitura contínua

e proveitosa capaz de desenvolver nos alunos uma relação com a linguagem

escrita, através de variados textos que façam com que gostem e percebam a

importância da leitura para a vida.

Como explica Márcia Nabeiro (2004, p. 13).

Uma sociedade que tem como metas o progresso e a modernidade deve incluir no seu plano de desenvolvimento sócio-econômico a questão cultural, pois esta dará suporte para o desenvolvimento global do indivíduo. Para que haja esse crescimento cultural é de extrema importância que a sociedade como um todo repense a questão do livro e da leitura. Apesar de todo desenvolvimento tecnológico, o livro continua sendo um grande meio de transmissão do conhecimento. E a leitura é ferramenta fundamental para vivermos numa sociedade moderna em constante evolução.

Essa leitura deve ter um propósito, não somente ler por ler. Isso implica

professores que devem dar um sentido social a essa aprendizagem, utilizando

vários modelos de leitura, como exemplos: reportagens de revistas e jornais

escritos e falados, para que o aluno possa associá-los a sua realidade.

O livro se torna atrativo para as crianças quando o educador organiza

um ambiente aconchegante, com variados tipos de livros, revistas, gibis, entre

outros, onde as crianças possam manuseá-los e lê-los sem medo, em

momentos organizados e livremente, para uma leitura prazerosa.

O professor é um dos maiores responsáveis do incentivo à leitura,

transformando-a em uma aquisição de experiência e cultura. Para que essa

aquisição tenha um significado importante, é preciso que o educando seja

estimulado desde a educação infantil.

Muitos fazem uma leitura para a decodificação de palavras, não tendo a

menor preocupação em entender ou assimilar o texto lido. Por isso, é preciso

que escola, professores e pais estejam voltados para o incentivo a uma leitura

prazerosa, na qual o educando irá analisar, interpretar e entender o texto.

A experiência obtida através da leitura é riquíssima, é uma grande fonte

de descoberta, além de ser um meio de lazer e diversão. Para que essa fonte

seja ampliada, é preciso que ocorram formas variadas de leitura, nas quais

30

esta se torne instigadora e estimulante, para que o indivíduo queira cada vez

mais viajar nas páginas de um livro.

O gosto pela leitura não depende da inteligência de cada um, mas sim

do incentivo que o educando tem, em sala de aula e em casa. Esse fato pode

ser comprovado, pois muitas crianças portadoras de deficiências cerebrais

conseguem praticar uma leitura de modo eficiente.

Como demonstra Silva (2005, p.45)

(...) Ler é, em última instância, não só uma ponte para tomada de consciência, mas também um modo de exigir no qual o indivíduo compreende e interpreta a expressão registrada pela escrita e passa a compreender-se no mundo.

Fazer com que as crianças abram um livro por vontade própria é um

desafio que aumenta com o passar do tempo, pois temos a tecnologia para

competir com os livros. Livros virtuais são mais fáceis e mais divertidos, por

isso, os professores precisam desenvolver métodos de estímulos para uma

leitura prazerosa, através das quais as crianças verão que ler um bom livro é

mais gostoso e mais prazeroso do que ficar de frente a uma televisão ou a um

computador. As práticas de leitura em sala de aula mostram efeitos sobre o

desenvolvimento do educando, pois é por meio da leitura que se amplia o

vocabulário, podendo ter maior proveito na escrita, o indivíduo que quase não

lê, tem muita dificuldade em fazer essa acepção entre a leitura e a escrita.

O avanço da leitura na escola só terá resultado quando se voltar para a

realidade como ela é e levar em conta o que é essencial para as crianças. Só

apresentando aos alunos uma variedade de livros, para que eles optem pelo o

tema que mais lhes seja proveitoso, quando os educandos estiverem

interessando-se por uma leitura prazerosa é que o professor terá atingido seus

objetivos educacionais da leitura e da literatura, estimulando a procura do

saber e do aprendizado.

2.1. Leitura como meio de socialização

A sociedade deve valorizar a leitura e não banalizá-la, caracterizando-a

como uma simples forma de ensino, fazendo da mesma um ato mecanizador,

sem atribuir significados, não a reconhecendo como um meio de conhecimento

31

de mundo, de cultura e de novas formas de saber. A aprendizagem da leitura é

essencial para a adaptação do sujeito ao seu contexto cultural, social e

econômico.

Existem crianças que não têm em casa um ambiente estimulador, por

isso, a escola é responsável por criar um ambiente favorável a uma leitura

prazerosa, no qual a criança possa achar segurança e conforto ao pegar um

livro para ler ou somente para olhar.

Não basta querer que os alunos leiam, é preciso oferecer oportunidades

para que eles possam descobrir o gosto pela leitura, devendo ser um estimulo

diário e não somente para matar o tempo. É preciso que seja uma proposta

inovadora, através da qual os alunos tenham um crescimento intelectual e

cultural, não devendo deixar a formação de leitores para segundo plano, sendo

de responsabilidade e dever de toda a sociedade a formação de leitores.

O educando precisa ser incentivado a uma leitura prazerosa, para que

possa utilizar essa leitura em todos os momentos de sua vida, podendo fazer

uso do conhecimento, adquirido por meio desta, em uma sociedade em

constantes transformações, identificando-se com a sua realidade, podendo se

redescobrir como indivíduo atuante e crítico.

Como demonstra Barros (2006 p.127)

A leitura compreensiva – crítica tem como elemento básico a consciência do leitor que, em estágios evolutivos, sofreu maturação em função do conhecimento de mundo, desenvolveu-se facilitando a leitura da palavra e foi determinante na construção da própria história da leitura.

A leitura é complexa, abrange vários problemas de semântica, cultura,

ideologia, entre outros. A escola é responsável, através da leitura, pelo

desenvolvimento cognitivo no educando. Por isso, deve-se mostrar que o livro

(leitura) é um instrumento muito importante para a aprendizagem, para a

formação de leitores críticos e coerentes, que saibam trabalhar em sociedade.

O prazer da leitura é um ato cultural e social. Se as crianças

descobrirem na leitura o prazer para sua vida, procurará por ela

impulsivamente. Esse procedimento desenvolverá seu potencial racional e

reflexivo.

32

O educando que possui o hábito de ler tem mais facilidade em fazer

amigos e se socializa com mais facilidade no meio em que vive. Por meio da

leitura, o educando tem a possibilidade de melhores condições de vida:

socioeconômica, política, emocional, religiosa, entre outras, podendo ler nas

entrelinhas, o que o permite refletir e tirar suas próprias conclusões daquilo que

está a sua volta.

A leitura aponta caminhos diferentes e satisfaz as necessidades do

indivíduo em relação à sua vida, pois favorece a aquisição de informações sob

qualquer contexto e, principalmente, pode se tornar uma forma de

entretenimento.

O indivíduo que não sabe ler vive de alguma maneira na escuridão, pois

é através da leitura que o ser humano se orienta Para que a socialização do

individuo seja completa é importante que o professor desperte no educando o

gosto pelo ato de ler, pois, por meio deste, a criança se humaniza e

compartilha o que foi adquirido com a leitura.

Segundo demonstra Barros (2006, p. 128), “melhor educação, melhores

condições sociais, econômicas, política, etc., são geradas também por meio de

leitura crítica, criativa, contestatória”.

Em época que a TV, a internet, o computador, os games estão cativando

as crianças e adolescentes e a leitura perdendo o valor social, podemos

constatar que a falta do hábito de ler demonstra que as crianças estão com

problemas em organizar os seus pensamentos, podendo, inclusive, criar um

sério problema na hora de uma ação crítica e reflexiva, prejudicando-os na

hora da escrita e nas interpretações de textos.

33

CAPÍTULO III

AMBIENTE ESTIMULADOR PARA UMA LEITURA PRAZEROSA

A criança que não possui exemplos de leitores, em casa, na escola ou

em qualquer outro lugar terá dificuldade em gostar de ler, podendo assim

perder um dos meios mais importantes do processo ensino-aprendizagem.

A leitura deve ser um exercício amplo, treinando o intelecto não somente

para um aprendizado mecânico e sim para a vida.

Ao aprender a ler, o indivíduo terá acesso a um mundo diferente daquele

em que a exposição oral se estabelece e se constitui.

O ato de ler é uma necessidade determinada para se obter significados

de experiência no mundo onde a escrita está presente.

A leitura tem inicialização quando uma pessoa, através de sua

compreensão, adquire conhecimento da existência da forma escrita, passando

assim a interpretá-la e a compreendê-la.

A leitura, além de ser uma fonte de conhecimento, também é uma forma

de entendimento entre o homem e sua realidade sócio-cultural. Assim, o

homem estará conhecendo e compreendendo as realizações humanas, por

meio de expressões escritas.

Geralmente, a criança passa a frequentar a escola aos seis anos de

idade. Antes disso, a responsabilidade de promover o acesso ao livro é dos

pais. O domínio da leitura será desenvolvido na escola, mas o seu interesse

pela mesma deve ser iniciado desde muito cedo.

As crianças veem no adulto esse exemplo, pois quanto mais ela

presenciar um adulto lendo, mais terá curiosidade para a leitura e entenderá

como essa atividade é importante fonte de prazer, como lazer e como meio de

procurar respostas a suas próprias perguntas.

Recomenda-se que os pais levem seus filhos a bibliotecas e livrarias,

onde poderão fazer suas próprias escolhas.

34

Um livro deve chamar a atenção da criança, tendo as características

infantis, com histórias movimentadas, ilustrações coloridas e atraentes. De

início, as histórias devem ser curtas, com linguagem simples, facilitando a

compreensão. Para crianças que ainda não aprenderam a ler, é necessária a

participação de um adulto. Sempre que possível, os pais devem separar um

tempo para realizar uma leitura para seus filhos, levando a criança a imaginar,

a viajar no mundo do faz-de-conta.

A criança precisa ter contato com documentos escritos. Para isso, seria

necessário que cada criança tivesse uma biblioteca particular em sua casa.

Este trabalho, que começa desde cedo, será complementado na escola.

É sempre vantajoso que, quando a criança chega à escola, já conheça

vários títulos da literatura, pois permite que o professor parta para novos textos.

A leitura é uma prática básica e não uma obrigação, um castigo. Ela

deve ser agradável, prazerosa e tornar-se um hábito.

Quem descobre o prazer numa obra literária, nunca mais para de ler. E o

papel da escola é fundamental, nesse processo.

Em todos os níveis escolares, a leitura é uma atividade importante e

permanente. Começando no período da alfabetização, em que a criança passa

a entender a mensagem, através da escrita e continua por toda a sua vida.

A criança, desde muito cedo, em casa, já precisa valorizar a leitura de

histórias, criando o hábito de ouvir, percebendo o livro como fonte de

conhecimento; esses são hábitos fundamentais para a formação de bons

leitores.

No ambiente escolar, o professor é o responsável pela atividade da

leitura. A escrita de histórias, na escola, oportuniza momentos prazerosos,

enriquecendo o vocabulário e familiarizando a criança com a leitura.

A importância da escola, nesse processo, se dá no sentido do

compromisso de despertar o gosto de ler e o hábito da leitura.

Ao aluno é indispensável à convivência diária com livros, revistas,

dicionário, jornais. Para isso, seria necessário que cada sala de aula

dispusesse de um acervo infantil, para que as crianças pudessem manuseá-

los, folheá-los e lê-los.

De acordo com Lajolo (2002, p.108):

35

A discussão sobre leitura, principalmente sobre leitura numa sociedade que pretende democratizar-se, começa dizendo que os profissionais mais diretamente responsáveis pela iniciação na leitura devem ser bons leitores. Um professor precisa ler muito, precisa envolver-se com o que lê.

Um professor deve transmitir a paixão pela leitura aos seus alunos.

Trabalhando com leitura compartilhada, roda de leitores e outros métodos

estimulantes.

O aluno tem de ler pelo simples prazer que essa atividade lhe

proporciona e não pela obrigação e prestação de conta pelo que foi lido ao

professor. Neste sentido, a criança necessita de uma liberdade de escolha de

livros, sem sofrer qualquer pressão, pois isto o transformará em um bibliófobo.

A biblioteca escolar é bem de todos os integrantes da escola, sua função

é oferecer a cada aluno o conhecimento histórico, diversão e cultura.

Este espaço escolar não deve ser visto ou entendido como um lugar de

castigo, mas um lugar de prazer, conhecimento e respeito.

Uma biblioteca tem de ter a qualidade de um acervo que atende às

necessidades de leitura de seus usuários

Segundo Aguiar (1982, p.144-145):

As escolas devem promover atividades de promoção ao hábito da leitura: 1- Campanha de doações: muitas famílias guardam livros em casa

apenas como “ornamentos”, quando eles poderiam circular entre os alunos de uma escola e enriquecer o acervo da biblioteca [...].

2- Banca de trocas de livros: depois de adquirida e lida, a obra literária geralmente perde o seu poder de circulação e “morre” na estante de uma biblioteca familiar [...] a banca de trocas funciona como um ponto de encontro onde os leitores entram em contato com diferentes tipos de literatura [...].

3- Campanha para assinaturas: [...] muitas escolas brasileiras já estão utilizando o jornal da sala de aula, como uma atividade regular de ensino e aprendizagem.

Como instituição democrática de ensino, a escola tem a obrigação de

mostrar ao aluno os diversos tipos de leitura e não apenas o livro didático.

Um simples ato de ler fará com que o indivíduo analise e compreenda a

própria existência, ampliando a sua visão do mundo como um todo,

percebendo que a mensagem vai além do texto escrito. Ao ler nas entrelinhas,

a criança estabelecerá relações e terá uma postura crítica, diante dos textos.

36

A leitura faz parte do aprendizado de valores como: solidariedade,

respeito, afetividade e companheirismo. Ela estimula o pensamento hipotético e

dedutivo e a capacidade de abstração.

A leitura, além de ser uma fonte de prazer, proporciona aos alunos o

conhecimento de mundo, um aumento de conteúdo, que poderá ser explorado

mais à frente, em suas relações sociais, contribuindo na formação de cidadãos

cultos, mais críticos e cientes de seu papel na sociedade.

O contato com várias obras desperta o interesse pela leitura,

proporcionando a oportunidade de entrar no universo do escritor. A

familiaridade com diferentes gêneros literários favorece a capacidade de

produzir textos.

O professor deve realizar, durante todo o ano letivo, projetos para

trabalhar o incentivo à leitura. Ao serem incentivados a buscar conhecimentos

necessários para a formação de leitores e cidadãos críticos, os alunos

aprimoram a criatividade e a curiosidade de querer saber mais sobre os

acontecimentos históricos e culturais. Por meio de uma leitura prazerosa, o

indivíduo terá o início de sua capacidade crítica, aumentando sua percepção de

mundo e confrontando ideias.

A leitura tem de ser trabalhada de modo lúdico e interdisciplinar,

oportunizando aos alunos aprenderem mais e em todas as áreas do

conhecimento. A criança deve entender o livro como um brinquedo e não uma

obrigação ou um castigo.

A leitura deve fazer parte da rotina de ensino, pois o livro amplia a

capacidade crítica e as visões sobre o mundo. Os livros proporcionam uma

viagem por mundos desconhecidos reais ou imaginários, abrindo horizontes e

aumentando os níveis de conhecimentos e cultura.

A leitura é muito mais do que um instrumento escolar, ela transporta o

indivíduo para o mundo da escrita.

Uma criança que lê diversos livros e gêneros literários é um indivíduo

cheio de ideias, crítico, que futuramente será um cidadão culto e buscará

soluções para os problemas da sociedade.

A leitura é um instrumento essencial na vida do educando, pois ela o

ajudará a desenvolver suas competências e habilidades.

37

Uma criança que tem o contato com livros desde muito cedo terá maior

chance de se tornar um leitor que compreende o contexto do livro lido.

O livro deve fazer parte do cotidiano das crianças. Em muitas escolas,

as bibliotecas ficam com suas portas fechadas, as crianças tem de esperar o

dia agendado pelo professor para poder ter um livro em suas mãos. Isso é um

descaso com a criança, que deveria ter o direito de ir até a biblioteca e fazer o

empréstimo de um livro que deseja ler, no momento em que precisar e não

somente quando o professor obrigar.

A biblioteca escolar deve ser um ambiente aconchegante, decorado com

almofadas e tapetes, onde os alunos tenham à sua disposição desde gibis e

revistas até os clássicos da literatura.

A biblioteca é um espaço de livre acesso para seus usuários. Para tanto,

deve fazer parte do cotidiano dos educandos, proporcionando-lhes o prazer de

conhecer, folhear e ler seus diferentes gêneros literários.

Para a concretização do hábito de leitura, seria preciso uma união entre

a escola e a família, para que a criança esteja constantemente em contato com

o livro, desenvolvendo assim o prazer de ler.

38

CAPÍTULO lV

PESQUISA DE CAMPO COM ANÁLISE QUALITATIVA

O objetivo desta pesquisa de campo é o de evidenciar se o incentivo a

leitura é feito em sala de aula, para constatar os vários métodos utilizados

pelos professores. Foram elaboradas dez dissertativas, que serão

demonstradas abaixo por meio de gráficos.

Perguntado para os professores do quinto ano do ensino fundamental

por que a maioria das crianças tem aversão à leitura, os professores

responderam que os seus alunos não tiveram incentivos dos pais e nem dos

professores das séries iniciais, que algumas crianças têm a leitura como

obrigação e que não conhecem sua função social, como demonstra o gráfico

abaixo:

40%

30%10%

20%

Por não ter incentivo dos pais

Por não ter incentivo nas sériesiniciaisPor ter a leitura como obrigação

Por não conhecer sua funçãosocial

Fonte:Questionário-professores

Gráfico 1: Resposta .1-professores

Perguntado quais as estratégias ou métodos que o professor utiliza em

sala de aula para incentivar uma leitura prazerosa, os professores

responderam que utilizam livros de fácil entendimento, textos variados, livros

ilustrados e roda de histórias, como demonstra o gráfico abaixo:

39

60%

10%30% Livros de fácil entendimento, atuais e da

faixa etária de cada aluno.

Textos variados, livros ilustrados e rodade história

Não incentiva o prazer pela leitura

Fonte: Questionário-professores

Gráfico 2: Resposta .2-professores

Perguntado se a leitura pode auxiliar aos alunos a desenvolverem uma

boa escrita e boa conversação, todos os professores responderam que sim,

como demonstra o gráfico abaixo:

100%

Sim Não Não sei

Fonte: Questionário-professores

Gráfico 3: Resposta .3-professores

Perguntado como o professor trabalha o incentivo a uma leitura

prazerosa, obteve-se como resposta que trabalham com leitura diária sem

obrigação e com projetos, como demonstra o gráfico abaixo:

70%

30% Proposta de leitura diária semobrigação.

Projetos de teatro, utilização degibis, revistas e jornais.

Fonte: Questionário-professores

Gráfico 4: Resposta .4-professores

40

Perguntado aos professores quais os tipos de leitura que mais chamam

a atenção dos alunos, os professores responderam que os alunos preferem ler

gibis, contos, fábulas, livros de ação, aventura, curiosidades e informação,

como demonstra o gráfico abaixo:

60%

40% Gibis, revista, contos efábulas.

Ação, aventura,curiosidades e informação.

Fonte:Questionário-professores

Gráfico 5: Resposta .5-professores

Perguntado se o trabalho do professor em sala de aula é estimulante

para que o aluno se interesse pela leitura, a maioria dos professores respondeu

que sim, como demonstra o gráfico abaixo:

40%

60%

Sim Não

Fonte:Questionário-professores

Gráfico 6: Resposta .6-professores

Perguntado quais os tipos de trabalho que o professor desenvolve

através da leitura prazerosa, obteve-se como resposta produção de livros,

reescrita de pequenos textos, dramatização, roda de leitura e pesquisas, como

demonstra o gráfico abaixo:

41

20%

30%

50%

Produção de livros, letras demúsicas e reescrita de textospequenos.Dramatização, fantoches e roda deleitura.

Pesquisas em grupos e individualsobre assuntos atuais.

Fonte:Questionário-professores

Gráfico 7: Resposta .7-professores

Perguntado aos professores se o estímulo à leitura também é feito em

casa, a maioria dos professores respondeu que não, como demonstra o gráfico

abaixo:

70%

30%

Sim Não

Fonte:Questionário-professores

Gráfico 8: Resposta .8-professores

Perguntado aos professores quantas vezes eles levam os seus alunos à

biblioteca, obteve-se como resposta que a maioria dos professores não leva

seus alunos à biblioteca, porque muitos tem um acervo na sala de aula, como

demonstra o gráfico abaixo:

70%

20%

10%Uma vez por semana

Uma vez por mês.

Não vão a biblioteca.

Fonte:Questionário-professores

Gráfico 9: Resposta .9-professores

42

Perguntado aos professores como a leitura prazerosa pode contribuir

para a socialização dos educandos, os professores responderam que a leitura

facilita a interpretação de textos, desenvolve a habilidade lingüística e contribui

para a aprendizagem, como demonstra o gráfico abaixo:

30%

40%30% Facilidade de interpretação de

textos.

Desenvolvimrnto da habilidadelinguística.

Aumento da aprendizagem.

Fonte:Questionário-professores

Gráfico 10: Resposta .10-professores

Foi realizado, também com alunos da escola estadual, uma pesquisa

para verificar a opinião deles sobre a leitura, que depois de tabuladas as

respostas, será demonstradas abaixo a análise qualitativa das mesmas.

Para saber se as crianças gostam ou não da leitura, foram feitas dez

perguntas em escola pública, que será demonstrada aqui, por meio de gráficos.

Perguntado aos alunos se eles gostam de ler, a maioria respondeu que

sim, porque há muitas histórias interessantes, porque a leitura traz sabedoria,

como demonstra o gráfico abaixo:

30%

40%

10%

20% Sim, por quê tem muitas históriasinteressantes

Sim por quê traz sabedoria eaprendo.

Não, por quê é chato.

Às vezes, por que fico entediado.

Fonte:Questionário-alunos

Gráfico 11: Resposta .1-alunos

43

Perguntado aos alunos se são eles mesmos quem escolhem os livros para

ler, a maioria respondeu que sim, como demonstra o gráfico abaixo:

20%

50%

20%

10%

Sim, por que os livros que minha mãecompra são diferentes do que gosto.

Sim, por que escolho na biblioteca daescola.

Não, por que não gosto de ler.

Não, é minha mãe ou a professoraquem esolhe o livro.

Fonte:Questionário-alunos

Gráfico 12: Resposta .2-alunos

Perguntado aos alunos quais os tipos de livros que eles gostam de ler, os alunos responderam que gostam de gibi, porque é engraçado; contos de fada, porque falam de amor; e terror e ação, porque é divertido, como demonstra o gráfico abaixo:

40%

20%

10%

30%

Gibi, por quê é engraçado

Contos de fada, por quê fala deamorTerror e ação, por quê édivertidoNenhum, não gosta de ler

Fonte:Questionário-alunos

Gráfico 13: Resposta .3-alunos

Perguntado aos alunos se eles acham a leitura importante, todos os

alunos responderam que sim, porque, por meio da leitura, aprendem novas

palavras e a escrever melhor, como demonstra o gráfico abaixo:

44

30%

70%

Sim, por que ajuda namemória e na educação.

Sim, por que aprendemosnovas palavras e aescrever melhor.

Fonte:Questionário-alunos

Gráfico 14: Resposta .4-alunos

Perguntado para os alunos se o professor lê em sala de aula e quais

tipos de livros, os alunos responderam que os professores leem crônicas,

textos do livro didático e livros infantis, como demonstra o gráfico abaixo:

50%

30%

20% Sim, crônicas.

Sim, livro didático

Livros infantis.

Fonte:Questionários-aluno

Gráfico 15: Resposta .5-alunos

Perguntado aos alunos quantas vezes o seu professor lê por semana na

sala de aula, a maioria respondeu que seu professor lê todos os dias em sala

de aula, como demonstra o gráfico abaixo:

20%

40%

40%

Todos os dias.Três vezes por semana.Cinco vezes por semana

Fonte:Questionário-alunos

Gráfico 16: Resposta .6-alunos

45

Perguntado para os alunos se os seus pais leem para eles em casa, as

respostas foram divididas, metade disse que sim, que seus pais leem uma vez

por semana e a outra metade disse que não, que seus pais não leem para eles

porque já sabem ler sozinhos, como demonstra o gráfico abaixo:.

50%

50%

Sim, uma vez por semana

Não, por que já sei ler.

Fonte:Questionário-alunos

Gráfico17: Resposta .7-alunos

Perguntado aos alunos quais tipos de livros eles têm em casa,

responderam que têm em casa jornais, revistas, gibis e livros escolares, como

demonstra o gráfico abaixo:

30%

10%10%

50%Jornais e revistas.

Gibis

Livros escolares

Não tenho livros em casa.

Fonte:Questionários-aluno

Gráfico 18: Resposta .8-alunos

Perguntado para os alunos quem escolhe o livro para ler, na hora da

leitura em sala de aula, a maioria dos alunos respondeu que é o professor

quem escolhe o livro, como demonstra o gráfico abaixo:

46

60%

40%

O professor quem escolhe

O aluno quem escolhe.

Fonte:Questionário-alunos

Gráfico 19: Resposta. 9-alunos

Perguntado aos alunos se o professor trabalha outras formas de leitura,

sem ser o livro didático, a maioria dos alunos respondeu que os professores

trabalham com revistas, jornais e variados textos, como demonstra o gráfico

abaixo:

30%

70%

Sim, revistas, jornais etextos variados.

Não, só o livro didático.

Fonte: Questionários-alunos

Gráfico 20: Resposta. 10-alunos

47

CONCLUSÃO

O trabalho desenvolvido demonstra diversos conceitos sobre a

importância do incentivo a uma leitura prazerosa.

Analisando a teoria de vários autores, constatamos que as crianças do

quinto ano estão na idade das letras, por isso deve-se incentivar o prazer da

leitura, em sala de aula. O professor é o principal responsável por esse

incentivo.

Verificou-se que as crianças, no quinto ano do ensino fundamental,

estão na idade dos contos de fadas e das histórias de aventuras e o professor

deve apresentar livros com essas características, para que os alunos sintam

motivação pelo ato de ler.

Para conseguir atingir esse objetivo, o professor utiliza diversos métodos

estimulantes, que despertem o interesse de seu aluno, para a leitura de vários

textos e livros.

A leitura conduz os leitores para uma viagem ao mundo da fantasia e

imaginação, desenvolvendo suas habilidades e competências, ampliando seus

conhecimentos.

A leitura não deve ser vista como forma de castigo ou punição, ela deve

ser estimulada desde cedo, mostrando à criança como é prazeroso ler. Este

incentivo deve partir, primeiramente, por meio dos pais, lendo para seus filhos

e apresentando diversos tipos de materiais, para se realizar uma leitura.

Não é somente o professor que é o responsável por esse incentivo, mas

todos: a escola, os pais e a sociedade, mostrando que leitura tem um

significado muito grande na nossa vida particular, social e cultural.

O indivíduo deve compreender que existem vários tipos de leitura: leitura

para se informar, para fazer uma prova na escola, para adquirir novos

conhecimentos históricos e culturais, ou como uma simples forma de lazer.

Com esta pesquisa, pode-se perceber que a leitura se torna prazerosa

quando a criança se identifica com o que está sendo lido, entrando na fantasia,

nos sonhos e no mundo do faz de conta. O professor deve oferecer aos alunos

textos que mostram sua realidade, nos quais cada um possa comparar o que

48

vê em sua volta e o que está nos livros, proporcionando aos mesmos formas

de prazer e não de obrigação, em relação ao que está sendo aprendido.

Cada sala de aula deve ter um espaço reservado para a leitura, ou seja,

um cantinho apropriado para essa realização, com um acervo de livros infantis

de diferentes gêneros, revistas, dicionários, jornais, para que o aluno possa

manuseá-los, folheá-los e lê-los, quando tiver vontade.

A criança tem de encontrar um ambiente estimulador tanto na escola

quanto em sua própria casa.

Por meio deste trabalho, foi concluído que a biblioteca deve fazer parte

do cotidiano da criança, que deve poder frequentá-la todos os dias, sem que

haja hora marcada, podendo escolher o livro de sua preferência e não o livro

que o professor quer que ele leia.

O aluno deve compreender que a leitura o ajudará a entender melhor o

mundo em que vive, sabendo exercer seu papel na sociedade, contribuindo de

forma crítica para um mundo melhor.

Para que isso ocorra com os alunos, é muito importante que os

educadores compreendam a fundamental importância de seu papel para

atingirem esse objetivo, pesquisando sobre os interesses de leitura de seus

alunos, buscando novos métodos para despertarem esse interesse e

trabalharem de forma lúdica e dinâmica.

Por meio da pesquisa de campo, verificamos que todos os professores

reconhecem a importância do incentivo a uma leitura prazerosa, mesmo assim

acabam por não darem a devida importância deste ato no ensino-

aprendizagem. Muitos docentes não freqüentam a biblioteca da escola, por

terem um acervo na própria sala de aula, ficando assim, um acesso restrito a

pequena quantidade de livros.

Os alunos gostam de ler diferenciados livros, muitos ainda estão a

critério do seu professor, eles não tem acesso ao acervo de livros da biblioteca

de sua escola.

A leitura deve ser trabalhada de forma contínua, respeitando o ritmo de

cada aluno, mostrando-o como é prazeroso ler, viajando no mundo da

imaginação e da fantasia.

49

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Vera Teixeira de. et al. (Org.) ZIBERMAN, Regina. Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982. 164p. BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 2002. 109p. BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e leitura. São Paulo, Cortez, 1994, 159p. BARROS, Maria Helena Toledo Costa de, SILVA, Rovilson José da, BORTOLIN, Sueli, Leitura: mediação e mediador. São Paulo, FA, 2006, 160p. BENCINI, Roberta. Todas as leituras, Nova Escola, n. 194, p.31-37, agosto, 2006. BRASIL Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais Língua Portuguesa, 3ª. ed., v.2, Brasília: MEC/SEF, 2001. 144p. CURY, Augusto, Maria, a maior educadora da história: os dez princípios que Maria utilizou para educar o Menino Jesus. São Paulo, Planta do Brasil, 2007, 186p. EDNIR, Beatriz Cardoso Madza, Ler e escrever, muito prazer! 2ª. ed., São Paulo, Ática, 2002, 142p. FOUCAMBERT, Jean, A leitura em questão; (Trad.) Magne, Bruno Charles, Porto Alegre, Artmed, 1994, 157p. FREGONEZI, Durvali Emilio, O professor, a escola e a leitura, Londrina, Humanidades, 2003, 130p. FREIRE, Paulo, A importância do ato de ler: em três artigos que se completam, São Paulo: Cortez, 1997, 87p.

50

LAJOLO, Marisa, Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo, Ática, 2002, 6ª. ed. 112p. LINARD, Fred. O X da questão, Nova Escola, n. 18, p. 7-9, abril, 2008. Edição Especial: Leitura. MENEZES, Débora: A idade das letras, Nova Escola, São Paulo, n. 18, p. 31-38, abril, 2008, Edição Especial: Leitura. MOÇO, Anderson: A Prova Brasil em detalhes, Nova Escola, n. 222, p. 52-56, maio, 2009. NABEIRO, Márcia. Uma viagem pela leitura: a descoberta do prazer. Bauru, SP: Sena, 2004, 92p. NERI, Anita Liberalesso, et al MACHADO, Vera Lúcia Sobral, SANTIAGO, Neide Varella. Aprendizagem da leitura: pesquisa e ensino. São Paulo, Símbolo, 1978, 216p. SILVA, Emanuel Cardoso. Leitura: sentido e intertextualidade. São Paulo, Unimarco, 1997, 119 p. SILVA, Ezequiel Teodoro da. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. São Paulo. Cortez, 2005, 4ª. ed., 104p. SOLÉ, Isabel; Estratégias de leitura. (Trad.) SCHILLING, Cláudia, 6ª. ed., Porto Alegre; Artmed, 1998, 194p. TEBEROSKY, Ana; COLOMER, Teresa. (Trad.) MACHADO, Ana Maria Neto. Aprender a ler e escrever: uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2003, 191p. ZIBERMAN, Regina (Coord.); BORDINI, Maria da Glória (Coord). Guia de leitura para alunos de 1º e 2º graus. São Paulo, Cortez, 1989, 291p.

51

APÊNDICE

52

APENDICE A

Questionário de Sondagem para os Professores do Quinto Ano do Ensino

Fundamental

Nós, Angelita Galdino Ribeiro Campeiro, RG 32.587.379-3 e Luciana Nogueira,

RG 26.454.659-3, alunas do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

do curso de Pedagogia, solicitamos que participe da nossa pesquisa intitulada

“Como incentivar o prazer da leitura no quinto ano do ensino

fundamental” como parte do nosso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Assim, contamos com você professor (a) para responder as questões abaixo,

pois elas são importantes para o esclarecimento da pesquisa. Este questionário

será de grande contribuição para o desenvolvimento da pesquisa.

1. Porque a maioria das crianças tem aversão à leitura?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

2 Quais estratégias ou métodos que você professor usa em sala de aula para

incentivar uma leitura prazerosa?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

3. A leitura pode ajudar aos alunos a desenvolver uma boa escrita e boa

conversação?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

4. Como você professor trabalha o incentivo a uma leitura prazerosa?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

53

5. Quais são os tipos de leitura que chamam mais atenção dos alunos?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

6. O seu trabalho em sala de aula é estimulante, para que o aluno se interesse

pela leitura?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

7. Quais tipos de trabalhos que você professor desenvolve através da leitura

prazerosa?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

8. Você acha que o estímulo à leitura também é feito em casa?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

9. Quantas vezes por semana você professor leva seus os alunos á biblioteca?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

10. Como a leitura prazerosa pode contribuir para a socialização dos

educandos?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

54

APENDICE-B

ESTUDO DOS DADOS E ANÁLISE QUALITATIVA

TABELA A

LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES AOS MÉTODOS

APLICADOS EM SALA DE AULA PELOS DOCENTES

Com o objetivo de evidenciar se o incentivo a leitura é feito em sala de

aula, para constatar os vários métodos utilizados pelos professores. Por isso,

foram elaboradas dez perguntas, que serão demonstradas abaixo por meio de

tabelas.

Tabela 1. Pergunta nº. 1. Porque a maioria das crianças tem aversão à leitura?

Por não ter incentivo dos pais.

Por não ter incentivo nas séries

iniciais

Por ter a leitura como obrigação

Não conhecer sua função social

3 4 2 1

Tabela 2. Pergunta nº. 2 Quais estratégias ou métodos que você, professor, usa em sala de aula para incentivar uma leitura prazerosa?

Livro de fácil entendimento, atuais e na faixa etária de cada aluno.

Roda de texto, textos variados e livros

ilustrados.

O professor não incentiva o prazer da leitura.

3

6

1

Tabela 3. Pergunta nº. 3 A leitura pode ajudar aos alunos a desenvolver uma boa escrita e boa conversação?

Sim Não Não sei

10

0

0

55

Tabela 4. Pergunta nº. 4 Como você, professor, trabalha o incentivo a uma leitura prazerosa?

Proposta de leitura diária sem obrigação.

Projetos de teatro, utilização de gibis,fantoches, revistas e jornais.

7 3

Tabela 5. Pergunta nº. 5. Quais são os tipos de leitura que chamam mais atenção dos alunos?

Gibis, revistas, contos e fábulas. Ação, aventura, curiosidades e informação.

4 6

Tabela 6. Pergunta nº. 6. O seu trabalho em sala de aula é estimulante, para que o aluno se interesse pela leitura?

Sim Não

6 4

Tabela 7. Pergunta nº. 7. Quais tipos de trabalhos que você, professor, desenvolve através da leitura prazerosa?

Produção de livros, letras de músicas e reescrita de textos pequenos.

Dramatização, fantoches e rodas de leitura.

Pesquisas em grupo e individual, sobre assuntos atuais.

3 2 5

Tabela 8. Pergunta nº. 8. Você acha que o estímulo à leitura também é feito em casa?

56

Tabela 9. Pergunta nº. 9. Quantas vezes por semana você professor leva seus os alunos à biblioteca?

Uma vez por semana. Uma vez por mês. Não vão à biblioteca.

2 1 7

Tabela 10. Pergunta nº. 10. Como a leitura prazerosa pode contribuir para a socialização dos educandos?

Facilidade de interpretação de textos.

Desenvolvimento da habilidade lingüística.

Aumento da aprendizagem

4 3 3

Sim Não

3 7

57

APENDICE-C

Questionário de Sondagem para os Alunos do Quinto Ano do Ensino

Fundamental

Nós, Angelita Galdino Ribeiro Campeiro, RG 32.587.379-3 e Luciana Nogueira,

RG 26.454.659-3, alunas do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

do curso de Pedagogia, solicitamos que participe da nossa pesquisa intitulada

“Como incentivar o prazer da leitura no quinto ano do ensino

fundamental” como parte do nosso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Assim, contamos com você aluno (a) para responder as questões abaixo, pois

elas são importantes para o esclarecimento da pesquisa. Este questionário

será de grande contribuição para o desenvolvimento da pesquisa.

1. Você gosta de ler? Por quê?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

2 Você mesmo (a) escolhe os livros que vai ler?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

3 Quais tipos de livros você gosta de ler? Por quê?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

4 Você acha a leitura importante? Por quê?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

58

5. Seu professor lê na sala de aula? Quais tipos de livros?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

6. Quantas vezes seu professor lê por semana?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

7. Seus pais lêem para você em casa? Quantas vezes por semana?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

8. Quais tipos de livros você tem em casa?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

9. Em sala de aula, na hora da leitura, o professor que escolhe o livro ou ele

pede aos alunos para escolher?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

10. O professor trabalha outras formas de leitura sem ser o livro didático?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

59

APENDICE-D

ESTUDO DOS DADOS E ANÁLISE QUALITATIVA

TABELA B

LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES AO

INCENTIVO PELO PRAZER DA LEITURA EM SALA DE AULA DA ESCOLA

PÚBLICA E EM CASA.

A leitura deve ser um ato prazeroso a todos os indivíduos, por isso,

deve-se resgatar esse prazer em todas as fases da escolaridade da criança,

com isso adquirindo conhecimentos. Para saber se as crianças gostam ou não

da leitura, foram feitas dez perguntas que serão demonstradas aqui, que foram

feitas em escola pública.

Tabela 1. Pergunta n.1 feita aos alunos.

Você gosta de ler? Por quê?

Sim, porque tem

muitas histórias

interessantes.

Sim, porque traz

sabedoria e

aprendo.

Não, porque é

muito chato.

Às vezes, porque

fico entediado.

3 4 1 2

Tabela 2. Pergunta n.2 feita aos alunos.

Você mesmo(a) escolhe os livros que vai ler?

Sim, porque os

livros que minha

mãe compra são

diferentes dos que

eu gosto.

Sim, porque

escolho na

biblioteca.

Não, porque não

gosto de ler.

Não, ou é a minha

mãe ou a

professora que

escolhe.

2 5 1 2

60

Tabela 3 Pergunta n.3 feita aos alunos.

Quais tipos de livros você gosta de ler? Por quê?

Gibi, porque é

engraçado.

Gibi, porque é

engraçado.

Terror e ação,

porque é divertido.

Nenhum, não gosta

de ler.

4 2 3 1

Tabela 4. Pergunta n.4 feita aos alunos.

Você acha a leitura importante? Por quê?

Sim, é importante para o meu aprendizado.

Não, porque é cansativo. Sim, porque aprendo a escrever melhor.

7 1

2

Tabela 5. Pergunta n.5 feita aos alunos.

Seu professor lê na sala de aula? Quais tipos de livros?

Sim, contos de fadas.

Sim, todos os tipos

de histórias.

Não, ela pede que

os alunos leem.

Ás vezes ela le os

textos.

4 4 1 1

Tabela 6. Pergunta n.6 feita aos alunos.

Quantas vezes seu professor lê por semana?

Todos os dias Três vezes. Duas vezes. Uma vez.

3 2 1 4

61

Tabela 7. Pergunta n.7 feita aos alunos.

Seus pais leem para você em casa? Quantas vezes por semana?

Sim, todos os dias Meus pais não

leem em casa.

Sim, duas vezes. Sim, cinco vezes.

3 5 1 1

Tabela 8. Pergunta n.8 feita aos alunos.

Quais tipos de livros você tem em casa?

Jornais e revistas. Gibis Livros didáticos. Não tenho livros,

jornais e revistas.

3 2 2 3

Tabela 9. Pergunta n.9 feita aos alunos.

Em sala de aula, na hora da leitura, o professor que escolhe o livro ou ele pede aos alunos para escolher?

O professor escolhe Os alunos escolhem

4 6

Tabela 10. Pergunta n.10 feita aos alunos.

O professor trabalha outras formas de leitura, sem ser o livro didático?

Sim, trabalha com jornais e revistas.

Sim, histórias em quadrinhos e romances.

Não, só o livro didático

3 2

5