como declarar bitcoin no imposto de renda, um parecer jurídico – marco gomes
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Marco Gomes Minha história no livro da Sarah Lacy Eu na imprensa In english Contato
Fundador da boo-box; Co-fundador do
Mova+ e Consigliere do Jovem Nerd.
Empreendedor dedicado, cristão
aprendiz, ciclista cotidiano e nerd.
Como declarar Bitcoin no Imposto deRenda, um parecer jurídico
Publicado em 2013-12-17
Após minha participação no NerdCast 393, Ouro,
Diamantes e Bitcoins, o advogado Silvio Vinhal, da
Sousa Neto Advogados, me enviou proativamente um
parecer jurídico sobre a declaração do investimento
em Bitcoins para o IRPF. Segue abaixo o documento
que recebi.
Caro Sr. Marco, boa tarde!
Considerando que seu intuito é redigir um post
relacionado com a tributação do ganho de capital de
alienação do ativo “bitcoin”, decidi me dedicar a fazer
um estudo mais aprofundado sobre a matéria com
certa justificação.
PROCEDIMENTOS
O primeiro passo foi buscar o que a jurisprudência (decisões dos órgãos julgadores) fala
sobre o caso. Seja nos Tribunais como STF, STJ ou os estaduais não foi possível
encontrar um único julgado acerca da matéria.
Da mesma forma procedi a pesquisa no tribunal administrativo da Receita Federal o qual
pela experiência vemos decisões muito mais atualizadas acerca das matérias de
tributação. (processos judiciais normalmente demoram alguns anos para absorver as
demandas surgidas e apresentar seus posicionamentos). O tribunal administrativo neste
ponto é muito mais dinâmico sendo a primeira barreira de resposta estatal à uma situação
surgida.
A conclusão destas pesquisas é que o resultado financeiro da movimentação de Bitcoins
ainda não refletiu de forma considerável para os órgãos responsáveis pela tributação.
APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
Irei então me basear nas informações fornecidas no Podcast (NC 393), para apresentação
de meu parecer. Segundo afirmado:
1. Você realizou a compra de um montante de Bitcoins efetuando uma transferência
bancária para um “cara no brasil”, complementando com a informação de uma
Empresa de Trade, portanto, Pessoa Jurídica Brasileira.
2. Como a operação foi realizada a título de experiência o montante foi definido como
mínimo/insignificante. Desta forma, a operação se deu em “frações de bitcoin” ou
seja valor inferior a R$ 700,00, considerando a afirmação do programa;
3. Toda a operação se deu dentro de dois meses (novembro e dezembro de 2013),
considerando aquisição, valorização e venda do bem;
4. Toda operação se deu por meio de sua pessoa física “foi da minha conta para a
dele”;
Proposto o problema irei apresentar os instrumentos que utilizaremos para chegar às
conclusões:
Se a operação se deu por sua Pessoa Física, e o questionamento se trata da tributação
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de pessoas por mês no Brasil; e sou co-
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e uma das 2 empresas mais inovadoras
do Brasil segundo a Forbes. Temos
investimentos da Monashees Capital e
Intel Capital.
Minha história abre o livro sobre
deste acréscimo financeiro no território brasileiro devemos utilizar a Legislação do Imposto
de Renda das Pessoas físicas como base. O Regulamento do Imposto de Renda é
disponibilizado no site da Receita Federal.
DESENVOLVIMENTO E CONSIDERAÇÕES
Como vimos, não existe um posicionamento consolidado seja dos tribunais seja do
Conselho de Contribuintes de como proceder a tributação de bitcoins, então peço
desculpas por desenrolar todo o raciocínio, excluindo as possibilidades que não se
encaixam até chegarmos à uma resposta razoável.
Antes de mais nada estipula o Artigo 37 do Rir. 99:
“Art. 37. Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, dotrabalho ou da combinação de ambos, os alimentos e pensões percebidos emdinheiro, os proventos de qualquer natureza, assim também entendidos osacréscimos patrimoniais não correspondentes aos rendimentos declarados(Lei n º 5.172, de 1966, art. 43, incisos I e II, e Lei n º 7.713, de 1988, art. 3º , § 1 º ).”
Então me desculpe o Jovemnerd e o Azaghal que no programa afirmam que é a Receita
ou o Contador necessitam ter conhecimento acerca de Bitcoins ou qualquer outro meio de
rendimento para avaliar a tributação, uma vez que isto não altera o resultado. A legislação
é pensada para incluir toda e qualquer forma de acréscimos patrimoniais sendo esta a
variável a ser considerada. Como afirma o artigo 48 do mesmo diploma:
“Art. 38. A tributação independe da denominação dos rendimentos, títulosou direitos, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, daorigem dos bens produtores da renda e da forma de percepção das rendasou proventos, bastando, para a incidência do imposto, o benefício docontribuinte por qualquer forma e a qualquer título (Lei n º 7.713, de 1988,art. 3 º , § 4 º ).”
Sendo assim temos nossa primeira premissa. Se há variação patrimonial positiva, logo há
a necessidade de tributação. Mas como a Receita vai aferir este fato na realidade?
Simples: Por movimentação financeira em conta corrente. A instrução sobre
movimentação financeira pode ser lida no site da Receita.
Em termos claros, todos os bancos informam as movimentações econômicas de seus
usuários à RFB que fica responsável por cruzar as informações e lavrar as devidas
infrações caso não sejam declaradas as operações pessoais obrigadas em lei.
“Movimentou e não declarou = malha fina e lançamento de imposto”
O estado brasileiro chega ao ponto de tributar inclusive os rendimentos advindos de
atividades ilícitas conforme artigo 55. Pecunia Non olet. (o tributo não tem cheiro)
Seção V
Outros Rendimentos
“Art. 55. São também tributáveis (Lei n º 4.506, de 1964, art. 26, Lei n º7.713, de 1988, art. 3 º , § 4 º , e Lei n º 9.430, de 1996, arts. 24, § 2 º ,inciso IV, e 70, § 3 º , inciso I):
X – os rendimentos derivados de atividades ou transações ilícitas oupercebidos com infração à lei, independentemente das sanções quecouberem;”
Tudo que for passível de apuração será tributado. Evidentemente existem critérios de
verificação que levam em conta uma melhor eficiência dos recursos de fiscalização (a
Receita irá atrás dos maiores sonegadores para obter um maior retorno de autuação dos
recursos empregados).
Ultrapassado este ponto devemos seguir. Apresentarei alguns artigos que observei na
internet vários artigos fundamentando a tributação e que eu não os considero como
adequados para tanto, e farei breves comentários justificando minha posição.
Começaremos pela tributação do trabalho assalariado prevista no art. 43:
empreendedorismo Brilliant, Crazy,
Cocky: How the Top 1% of
Entrepreneurs Profit from Global Chaos
de Sarah Lacy, jornalista do Vale do
Silício. Você pode ler em português o
trecho sobre mim clicando aqui.
Sou palestrante em eventos como o
ECOSOC, da ONU em Nova York,
sobre Economia Criativa, tecnologia e
mídias sociais, The Economist –
Content Disruptors, Campus Party, FISL
e Red Innova. Recebi o prêmio Jovem
Empreendedor de Sucesso da revista
Pequenas Empresas & Grandes
Negócios.
Trabalho com internet desde 1998,
antes de criar minha empresa participei
de projetos da Coca-Cola, Caixa,
Presidência da República, Brasil
Telecom, Embratur, entre outros.
Nasci em 1986 em Brasília, cresci no
Gama, DF. Em maio de 2007 saí do
curso de Computação na UnB e me
mudei para São Paulo para criar minha
empresa. Em outubro de 2011 me casei
com a paulistana Talita Ribeiro.
Faço parte da revolução digital e crio
produtos para a Web.
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Capítulo III
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS
Seção I
Rendimentos do Trabalho Assalariado e Assemelhados Rendimentos doTrabalho Assalariado, de Dirigentes e Conselheiros de Empresas, dePensões, de Proventos e de Benefícios da Previdência Privada
Art. 43. São tributáveis os rendimentos provenientes do trabalhoassalariado, as remunerações por trabalho prestado no exercício deempregos, cargos e funções, e quaisquer proventos ou vantagenspercebidos, tais como (Lei n º 4.506, de 1964, art. 16, Lei n º 7.713, de 1988,art. 3 º , § 4 º , Lei n º 8.383, de 1991, art. 74, e Lei n º 9.317, de 1996, art.25, e Medida Provisória n º 1.769-55, de 11 de março de 1999, arts. 1 º e 2 º):
IV – gratificações, participações, interesses, percentagens, prêmios equotas-partes de multas ou receitas;
Os rendimentos previstos neste artigo 43 falam de trabalho assalariado resultando em
acréscimo patrimonial, o que por si só excluem a previsão de compra e venda de ativos
(bitcoins). Desta forma, não concordo com os defensores da tributação conforme este
artigo. Poderíamos talvez considerar esta estipulação se estivéssemos falando da
“mineração” dos bitcoins e posterior venda baseando-se em atividade remunerada por um
contratante, o que apresentadas as premissas (no programa NC 393) não é o caso. No
mesmo sentido o artigo 45:
Seção II
Rendimentos do Trabalho Não-assalariado e Assemelhados
Rendimentos Diversos
Art. 45. São tributáveis os rendimentos do trabalho não-assalariado, taiscomo (Lei n º 7.713, de 1988, art. 3 º , § 4 º ):
II – remuneração proveniente de profissões, ocupações e prestação deserviços não-comerciais;
Da mesma forma como no item acima, mesmo que não estejamos falando de trabalho
assalariado, ainda assim não houve a essência do trabalho humano por sua pessoa, ou
seja, da prestação de serviços ou equiparado tratando-se simplesmente de compra,
valorização e venda de um bem (ativo) existente, razão pela qual o artigo não deve ser
aplicado.
A meu ver, o item que mais equipara a possibilidade de tributação conforme apresentada
é o seguinte. (inclusive conforme afirmado no programa seu estudo prévio que afirma a
necessidade de recolhimento por DARF sinaliza neste sentido). Artigo 117 e seguintes:
GANHOS DE CAPITAL NA ALIENAÇÃO DE BENS OU DIREITOS
Seção I
Incidência
Art. 117. Está sujeita ao pagamento do imposto de que trata este Título apessoa física que auferir ganhos de capital na alienação de bens ou direitosde qualquer natureza (Lei n º 7.713, de 1988, arts. 2 º e 3 º , § 2 º , e Lei n º8.981, de 1995, art. 21).
§ 1 º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, ao ganho de capitalauferido em operações com ouro não considerado ativo financeiro (Lei n º7.766, de 1989, art. 13, parágrafo único).
§ 2 º Os ganhos serão apurados no mês em que forem auferidos etributados em separado, não integrando a base de cálculo do imposto nadeclaração de rendimentos, e o valor do imposto pago não poderá serdeduzido do devido na declaração (Lei n º 8.134, de 1990, art. 18, § 2 º , e
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Lei n º 8.981, de 1995, art. 21, § 2 º ).
§ 3 º O ganho de capital auferido por residente ou domiciliado no exteriorserá apurado e tributado de acordo com as regras aplicáveis aos residentesno País (Lei n º 9.249, de 1995, art. 18).
§ 4 º Na apuração do ganho de capital serão consideradas as operações queimportem alienação, a qualquer título, de bens ou direitos ou cessão oupromessa de cessão de direitos à sua aquisição, tais como as realizadas porcompra e venda, permuta, adjudicação, desapropriação, dação empagamento, doação, procuração em causa própria, promessa de compra evenda, cessão de direitos ou promessa de cessão de direitos e contratosafins (Lei n º 7.713, de 1988, art. 3 º , § 3 º ).
§ 5 º A tributação independe da localização dos bens ou direitos, observadoo disposto no art. 997.
Vejamos:
Bitcoin é um bem imaterial (intangível), que se aproxima de commodities, sendo passível
de comercialização, mas que não se encontra vinculado necessariamente à um título, pois
não se encontra registrado em um documento reconhecido pelo Estado Brasileiro. Não
deve ser considerado, portanto, como uma “ação” de mercado de valores (deveria ser
reconhecido pela CVM).
Apesar disso possui valoração econômica reconhecida no mercado de forma atualmente
não regulamentada. Desta forma, utilizaremos a definição do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (órgão responsável pela unificação das regras contábeis brasileiras com as
regras internacionais) para mensuração deste ativo:
Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo “o estudo, o preparo e
a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a
divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela
entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo
de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos
padrões internacionais”.
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC-04 ATIVOS INTANGÍVEIS
ITEM – 12. Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos dedefinição de um ativo intangível, quando:
(a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido,transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto comum contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de usopela entidade; ou
(b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais,independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis daentidade ou de outros direitos e obrigações
A concepção se adequa a meu ver com perfeição.
Sendo assim devemos aferir o ganho de capital advindo da compra e venda do ativo
intangível.
1. Ganhos de capital = Variação econômica entre o valor de compra e de venda de um
bem (no caso a bitcoin).
2. O ganho de capital deve ser apurado quando da alienação de bens ou direitos de
qualquer natureza (momento da realização da venda do ativo intangível – bitcoin).
3. Os ganhos serão apurados no mês em que forem auferidos e tributados em
separado ao IRPF advindos do trabalho assalariado. Pelo que foi passado, a
operação de venda do bem intangível se deu no mês de dezembro de 2013 (Data
da entrada da importância financeira em sua conta bancária), sendo este o mês de
apuração de seu imposto.
Esta apuração se dá com o programa fornecido pela Receita Federal.
O endereço é “http://www.receita.fazenda.gov.br”. A cada ano, a Secretaria
da Receita Federal do Brasil (RFB) coloca à disposição do contribuinte oprograma Ganhos de Capital, oferecendo as seguintes vantagens:
apuração do imposto devido, dos rendimentos sujeitos à tributaçãoexclusiva e da parcela isenta, se for o caso;impressão do Darf para pagamento do imposto;exportação/importação pelo programa IRPF2014.
Para preencher o Demonstrativo de Ganhos de Capital na declaração doimposto de renda 2014/ano base 2013, o contribuinte deve:
preencher o Demonstrativo de Ganhos de Capital por meio doprograma GCAP2013;gravar os dados do Demonstrativo em disquete, no disco removível ouno disco rígido, utilizando a opção “Exportar para o IRPF2014″ dacaixa Ferramentas do programa GCAP2013;após a liberação do programa IRPF2014 (final de fevereiro de 2014)importar os dados do Demonstrativo de Ganhos de Capital por meiodo Programa IRPF2014.
Ocorre que no caso apresentado o valor da operação, ou seja do ganho de capital a ser
apurado foi inferior à margem de isenção da Receita conforme artigo 122:
Art. 122. Está isento do imposto o ganho de capital auferido na alienação(Lei n º 7.713, de 1988, art. 22, incisos I e IV, Lei n º 8.134, de 1990, art. 30,Lei n º 8.218, de 1991, art. 21, e Lei n º 9.250, de 1995, arts. 22 e 23):
I – de bens e direitos de pequeno valor, cujo preço unitário de alienação, nomês em que esta se realizar, seja igual ou inferior a vinte mil reais;
§ 2 º O limite a que se refere o inciso I será considerado em relação:
I – ao bem ou ao valor do conjunto dos bens ou direitos da mesmanatureza, alienados em um mesmo mês;
II – à parte de cada condômino, no caso de bens em condomínio;
III – a cada um dos bens ou direitos possuídos em comunhão e ao valor doconjunto dos bens ou direitos da mesma natureza, alienados em um mesmomês, no caso de sociedade conjugal.
Como observamos a operação realizada foi inferior a R$ 2.000,00 sendo portanto,
rendimento isento de recolhimento do imposto de renda.
CONCLUSÃO E EXPOSIÇÕES FINAIS
Então a realidade é esta: A operação em tese é tributada devendo se apurar o ganho de
capital advindo da valorização do bem intangível vendido, aplicando-se a alíquota prevista
na legislação de 15% (quinze por cento) sobre a base de cálculo (valorização).
Apesar disso, transações mensais inferiores ao previsto no artigo 122 não deverão
recolher o imposto, razão pela qual a operação descrita no problema apresentado está
isenta de recolhimento.
Art. 122. Está isento do imposto o ganho de capital auferido na alienação(Lei n º 7.713, de 1988, art. 22, incisos I e IV, Lei n º 8.134, de 1990, art. 30,Lei n º 8.218, de 1991, art. 21, e Lei n º 9.250, de 1995, arts. 22 e 23):
I – de bens e direitos de pequeno valor, cujo preço unitário de alienação, nomês em que esta se realizar, seja igual ou inferior a vinte mil reais;
A fim de fundamentar o parecer apresentamos as perguntas e respostas sobre ganho de
capital fornecidas pela própria RFB.
619 – O que se considera bem de pequeno valor para fins de exclusão doganho de capital?1 – Alienação realizada até 15 de junho de 2005:
1.1 – Para esse efeito, considera-se bem de pequeno valor aqueledecorrente da alienação de bens ou direitos
cujo preço unitário de alienação ou cessão, no mês de sua efetivação, sejaigual ou inferior a R$ 20.000,00, exceto no caso de alienação de moedaestrangeira mantida em espécie.
2 – Alienação realizada a partir de 16 de junho de 2005:
2.1 – Para as alienações efetuadas a partir de 16 de junho de 2005, os bense direitos de pequeno valor passaram a ter os seguintes limites:
I – R$ 20.000,00, no caso de alienação de ações negociadas no mercado debalcão;
II – R$ 35.000,00, nos demais casos.
2.2 – Para se determinar o valor do mês de junho de 2005, deve serobservado que o valor da alienação efetuada até o dia 15 não podeultrapassar o limite de R$ 20.000,00.
Atenção:
Na determinação do limite deve ser observado que:
1. no caso de alienação de diversos bens ou direitos da mesma natureza,deve ser considerado o valor do conjunto dos bens ou direitosalienados em um mesmo mês, tais como automóveis e motocicletas,imóvel urbano e terra nua, quadros e esculturas. Sendo ultrapassadoesse limite, o ganho de capital deve ser apurado em relação a cada umdos bens;
2. no caso da sociedade conjugal ou união estável (salvo contrato escritoentre os companheiros), o limite de isenção aplica-se em relação aovalor de cada um dos bens ou direitos possuídos em comunhão e aovalor do conjunto dos bens ou direitos da mesma natureza, alienadosem um mesmo mês;
3. na alienação de bens ou direitos em condomínio, o limite aplica-se emrelação à parte de cada condômino ou coproprietário;
4. quando se tratar de permuta com recebimento de torna em dinheirodeve ser considerado o valor total da alienação e não apenas o valorda torna;
5. O limite de R$ 35.000,00 aplica-se à de alienação de ações em bolsano exterior, por residente no Brasil sujeita a apuração de Ganho deCapital em Moeda Estrangeira.
(Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, artigo 1.725; Lei nº 11.196, de 21de novembro de 2005, art. 38; Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 dedezembro de 2005, art. 1º)
Consulte as perguntas 534, 562, 591, 605, 612, 620 e 621
Importante salientar que para um parecer perfeito deveríamos possuir dados
complementares e que as soluções tomadas foram baseadas meramente nos dados
informados. Várias situações inclusive poderiam se alterar tanto com o acontecimento
fático, quanto com o momento da ocorrência. Imagine, por exemplo, se considerarmos o
bitcoin como moeda estrangeira reconhecida pelo estado brasileiro (o que ainda não
ocorreu), o correto seria:
Alienação De Moeda Estrangeira Mantida Em Espécie591 – Qual é o tratamento tributário da alienação de moeda estrangeiramantida em espécie?Os ganhos em reais obtidos na alienação de moeda estrangeira mantida emespécie estão sujeitos à tributação definitiva, à alíquota de 15%, sob aforma de ganho de capital, apurado da seguinte forma:
1. o ganho de capital correspondente a cada alienação é a diferençapositiva, em reais, entre o valor de alienação e o respectivo custo deaquisição;
2. o valor de alienação, quando expresso em moeda estrangeira, éconvertido em dólares dos Estados Unidos da América, na data daalienação, e, em seguida, em reais, pela cotação média mensal do
dólar, para compra, divulgada pela Secretaria da Receita Federal doBrasil (RFB);
3. a conversão de moeda estrangeira para dólares dos Estados Unidosda América é feita pelo valor fixado pela autoridade monetária do paísemissor da moeda, para a data do pagamento, na aquisição, e para adata do recebimento, na alienação, liquidação ou resgate;
4. o custo de aquisição de moeda estrangeira em poder do contribuinteem 31/12/1999 é o resultado da multiplicação da quantidade emestoque pela cotação fixada, para venda, pelo Banco Central doBrasil, para esta data;
5. para moeda estrangeira adquirida a partir de 01/01/2000, a cadaaquisição, o custo em reais é o resultado da multiplicação daquantidade de moeda estrangeira adquirida, convertida em dólaresdos Estados Unidos da América, na data da aquisição, pela cotaçãomédia mensal do dólar, para venda, divulgada pela Secretaria daReceita Federal do Brasil (RFB);
6. quando da alienação, o custo de aquisição da quantidade de moedaestrangeira alienada é o resultado da multiplicação do custo médioponderado do estoque existente na data de cada alienação pelaquantidade alienada;
7. o custo médio ponderado do estoque é o resultado da divisão do valortotal das aquisições em reais pela quantidade de moeda estrangeiraexistente;
8. a cada aquisição ou alienação, são ajustados os saldos em reais e aquantidade de moeda estrangeira remanescente, para efeito decálculos posteriores do custo médio ponderado;
9. o ganho de capital total é a soma dos ganhos apurados em cadaalienação;
10. o imposto incide sobre o ganho de capital total e é apuradoanualmente à alíquota de 15%, devendo ser informado na Declaraçãode Ajuste Anual e recolhido, em quota única, até a data prevista para aentrega da declaração.
Atenção:
A isenção dos ganhos de capital decorrentes da alienação de bens depequeno valor (alienação de bens de mesma natureza cujo conjunto dasoperações resulta em valor igual ou inferior a R$ 35.000,00) não se aplica àalienação de moeda estrangeira mantida em espécie Não incide o impostosobre a renda sobre o ganho de capital auferido na alienação de moedaestrangeira mantida em espécie, cujo total de alienações, no ano-calendário,seja igual ou inferior ao equivalente a cinco mil dólares dos Estados Unidosda América.
O dispêndio, a qualquer título, de moeda estrangeira, em espécie ourepresentada por cheques de viagem, inclusive para o pagamento dedespesas de viagem ao exterior, é considerado como alienação, e sujeita-seà apuração de ganho de capital.
O ingresso no Brasil e a saída do Brasil, de reais e moeda estrangeira, sãoprocessados exclusivamente através de transferência bancária, cabendo aoestabelecimento bancário a perfeita identificação do cliente ou dobeneficiário, à exceção do porte, em espécie, dos valores:
1. quando em reais, até R$ 10.000,00;2. quando em moeda estrangeira, o equivalente a R$ 10.000,00;3. quando comprovada a sua entrada no Brasil ou sua saída do Brasil, na
forma prevista na regulamentação pertinente.
(Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995, art. 65; Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 24; Instrução Normativa SRF nº 118, de 27de dezembro de 2000, arts. 7º, 9º, 10, 14, inciso III, e 18, inciso II)
Consulte a pergunta 534
Desta forma espero ter acrescentado à discussão e me ressalvo no direito de alterar meu
Divulgue este postpara seus amigos!
posicionamento caso algum estudioso apresente forma de justificação teória que me
venha a convencer de tal decisão, o que é fundamental a todo estudioso apresentado a
um problema.
Registro aqui minhas melhores estimas.
Uberlândia, 14/12/2013.
Silvio Vinhal Barbosa.
Imagem: Close-up shot of roaring lion, Shutterstock.
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29 comentários
1. Ana Malagueta comentou:
2013-Dec-17 at 14:52
Apenas para constar : Atualmente para variação patrimonial negativa temos um
algo livre de imposto : bolsa família.
Responder este comentário
Silvio Vinhal comentou:
2014-Jan-02 at 17:36
Twitter 51 Facebook 277 Google Email
Sempre lembrar da faixa isenta de impostos relativa a pessoas de
baixa renda. Um abraço!
Responder este comentário
2. Ricardo comentou:
2013-Dec-17 at 22:17
Marco e Silvio, primeiramente meus sinceros parabéns pelo post. Extremamente
elucidativo.
Me restou apenas uma dúvida: Devo declarar se movimentei mais de 20 mil
(independentemente do lucro), ou devo declarar apenas se eu tive mais de 20 mil
de lucro?
Responder este comentário
Silvio comentou:
2013-Dec-18 at 19:35
Olá Ricardo. deverá declarar o valor completo do ganho e não
apenas o que ultrapassar os 20 mil. Abraço!
Responder este comentário
Silvio comentou:
2013-Dec-18 at 20:08
Agora que reli seu comentário vi que a pergunta era outra. rsrs
Art. 122. Está isento do imposto o ganho de capital auferido na
alienação (Lei n º 7.713, de 1988, art. 22, incisos I e IV, Lei n º
8.134, de 1990, art. 30, Lei n º 8.218, de 1991, art. 21, e Lei n º
9.250, de 1995, arts. 22 e 23):
I – de bens e direitos de pequeno valor, cujo preço unitário de
alienação, no mês em que esta se realizar, seja igual ou inferior a
vinte mil reais;
§ 2 º O limite a que se refere o inciso I será considerado em
relação:
I – ao bem ou ao valor do conjunto dos bens ou direitos da mesma
natureza, alienados em um mesmo mês;
OS 20 mil reais são considerados em relação ao bem vendido e
não ao ganho de capital em si. E o pagamento é calculado sobre a
diferença integral (não só sobre o que exceder 20 mil reais.
abraço.
Responder este comentário
3. Rogerio comentou:
2013-Dec-18 at 02:51
Muito bom!
Meu raciocínio não estava errado.
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Silvio Vinhal comentou:
2014-Jan-02 at 17:21
Ótimo!!
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4. sergio comentou:
2013-Dec-18 at 15:55
Como um “tantinho” antigo, adorei o “pecunia non olet”… Se bem que se a
Receita cobrar de verdade os “ilícitos” dos últimos 30 anos (né, Maluf et
caterva), creio que nossos impostos (de simples assalariados) poderão ser
zebrados por uns 10 anos!
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Silvio Vinhal comentou:
2014-Jan-02 at 17:22
Lembrar sempre a prescrição e a decadência em Matéria tributária
que tem a regra geral de 5 anos. (claro que varia um pouco para
cada tipo de lançamento). Abraço!
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5. Antônio comentou:
2013-Dec-20 at 15:56
Olá, parabéns pelo artigo. Fiquei com uma dúvida: eu invisto em Bitcoins através
do Mercado Bitcoin, eu devo declarar e pagar o IR só quando eu transfiro o valor
ganho ou parte dele para minha conta corrente, ou seja, se eu deixar o valor
ganho num determinado mês na minha conta do Mercado Bitcoin, para transferir
futuramente ou reinvestir em Bitcoins, eu preciso declarar e pagar o IR no mês
que eu ganhei?
Obrigado.
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Silvio Vinhal comentou:
2014-Jan-02 at 17:25
Olá Antônio.
Com relação a sua dúvida funciona o seguinte. Toda vez que o
dinheiro movimentar na sua conta bancária você deve fazer a
avaliação entre o que comprou e o que vendeu. Caso tenha
apenas comprado créditos e recomprado os bitcoins sem o
dinheiro retornar para sua conta então dificilmente a receita irá
visualizar esta operação (isto pode mudar no futuro). Atualmente o
que ela irá observar é a movimentação bancária. Abraço!
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6. Jacy comentou:
2013-Dec-20 at 18:46
O cara enrolou enrolou enrolou pra no final a regra ser praticamente a mesma
que a do mercado de ações, excluindo-se as retenções na fonte e aplicando
alíquota única de 15%.
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Silvio Vinhal comentou:
2014-Jan-02 at 17:30
Esta é a importância de um estudo acadêmico. Demonstrar o
raciocínio lógico entre a dúvida e o resultado.
O que diferencia o profissional de um amador (deixo claro o
amador em termos de relação com o objeto, ou seja, não se trata
de falta de conhecimento e sim de atuação de trabalho) é que o
profissional sabe o porquê deve ser assim. (o raciocínio por trás do
resultado).
O amador pode sugerir e acertar ou errar. O profissional tem o
dever de conhecer o objeto de estudo como um todo, dominando
todos os aspectos. Não pode sugerir um resultado sem a devida
justicficação.
Um abraço!
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7. Jean comentou:
2013-Dec-26 at 01:51
Caro Silvio,
Quando da compra das bitcoins como fica a questão do IOF-Câmbio?
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Silvio Vinhal comentou:
2014-Jan-02 at 17:32
Jean, o IOF depende tanto que fica complicado responder aqui. É
pessoa física? Jurídica? No Brasil? No exterior? Com quem é feita
a relação? Por depósito, transferência? cartão? infelizmente
infinitas variáveis…
Irei escrever sobre o IFO e enviar para o Marco. Assim que der te
passo o link. Abraço.
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8. Guedes comentou:
2013-Dec-31 at 16:33
Excelente artigo, muito elucidativo.
Só fiquei ainda com dúvida em relação à mineração. Recaímos no mesmo
cenário de “Ganhos de capital”? Minha dúvida está no problema de não haver
uma operação de compra envolvida no processo de mineração, apenas a venda
e, ao mesmo tempo, não caracteriza trabalho. No meu entender do artigo, valeria
a mesma incidência de 15% de imposto sobre o retorno proveniente de
mineração, tão logo convertido em reais. Está correta essa minha interpretação?
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Silvio Vinhal comentou:
2014-Jan-02 at 17:34
Não sei se foi o Sr. que me enviou um e-mail. Irei colar aqui a
resposta, qualquer dúvida fique à vontade para perguntar.
Infelizmente depende muito da forma de operação como se dará a
mineração de bitcoins. Pode ser por pessoa física, por pessoa
jurídica, etc.
O fundamental a se considerar é como a Receita irá vislumbrar tal
ato.
Acredito que a maior possibilidade é de ela observar a entrada de
valores não tributados pela movimentação em conta bancária.
Neste sentido, podemos avaliar corretamente da forma como o
Senhor apresentou: “dinheiro recebido por PF vindo do exterior”.
(observar se a transferência virá realmente do exterior, pois no
caso o Marco Gomes ele fez a troca de dinheiro por crédito com
empresa dentro do território brasileiro, o que exclui esta hipótese).
A tributação, se ocorrer por meio de pessoa física iria somar aos
demais rendimentos tributáveis, adequando-se às diversas
alíquotas até o limite de 27,5% (lembrando-se que depende muito
da forma de operação).
Caso o Senhor não desenvolva grande transferência, eu não vejo
problema.
Agora, se falarmos de um grande volume de mineração e
transferência de rendimentos, eu sugeriria criar uma Pessoa
Jurídica com este fim pois a margem de tributação é bem menor
que a relativa à pessoa física.
Espero ter esclarecido um pouco e fico à disposição para
eventuais dúvidas que venham a surgir.
Atenciosamente;
Silvio Vinhal Barbosa.
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9. Franklin Maia comentou:
2014-Jan-02 at 01:41
Muito interessante, contudo as operacoes de compra e venda de bitcoin nunca
me causaram duvidas em relacao a tributacao ,visto que são muito semelhante a
comodities e acoes.Agora, no caso da mineiração, como proceder?Na pratica vc
se asemelha muito a uma fabrica, voce investe em computadores que passam a
produzir um produto que é vendido por dinheiro.Apurar a tributacao por ganho de
capital não faz sentido para mim, pois fere a essencia do que seria considerado
ganho de capital.
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Silvio Vinhal comentou:
2014-Jan-02 at 17:35
Agora vi e reconheci o nome. Já respondi seu e-mail. (qualquer
coisa colei logo acima).
Qualquer dúvida basta perguntar.
Abraço!
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10. Marcio Silva comentou:
2014-Jan-07 at 13:13
O Bitcoin não é considerado moeda pelo governo, talvez como Debentures, mas
todos sabemos que o bitcoin não é um título e não funciona assim. Portanto os
ganhos com bitcoins e que permanecerem como bitcoins não serão taxados até
que tributaristas inventem uma outra categoria que “enquadre” os bitcoins e os
disponibilize para a sanha arrecadadora do governo. Mas se isso ocorresse ,
seria como se o governo considerasse o bitcoin uma moeda concorrente do seu
papel pintado, mas fora do seu sistema bancário e financeiro.
Sabemos que a receita-federal emprega os maiores técnicos e as maiores
mentes tributaristas do mundo, então poderemos esperar por soluções geniais e
mirabolantes para que o estado pratique o confisco também de bitcoins, e com a
inermidade e complacência do brasileiro que até achará bom ser confiscado e os
preços dos bitcoins irão disparar.
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11. Jõao comentou:
2014-Jan-14 at 02:56
Acabei de descobrir uma coisa…
Eu realmente não quero estudar Direito.
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12. JOAO FERNANDES comentou:
2014-Jan-14 at 03:10
Muito interessante, parabéns pela iniciativa. Eu pretendo investir algum dinheiro
em equipamentos para minerar Bitcoins. Gostaria de saber como deveria
declarar os meus ganhos, pois terei custos para manter os equipamentos. E o
dinheiro obtido com a mineração não é 100% lucro. Pretendo vender os Bitcoins
em um trade e fazer depósitos regulares na minha conta, como seria tributado
sendo pesso física e como seria seria para pessoa jurídica. Lembrando que os
bitcoins serão obtidos a partir os “esforços” dos meus equipamentos e recursos.
Obrigado !!!
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13. Bruno Baruffi comentou:
2014-Jan-14 at 12:09
Silvio, Seu post esta excelente e muito esclarecedor. Porem gostaria de tentar
elucidar-me com uns exemplos, por favor me corrija se eu estiver errado.
Suponhamos que eu entre com o valor de R$50.000,00 na bolsa de bitcoin, esse
dinheiro foi conseguido de forma legal vindo direto do salario, portanto já pago
por algum imposto de anos anteriores.
Suponhamos que tenhamos 20% de lucro na bolsa no momento que retirei o
dinheiro. logo retirei R$75,000,00.
O imposto será aplicado sobre a diferença entre o que entrou e o que
saiu(Baseado na CPC-04).
Sendo assim, teríamos R$75.000,00 – R$50.000,00 = R$25.000,00.
Sendo assim o imposto sera cobrado pois o valor do ganho neste mês excede
R$2.000,00. Sendo o imposto de 15% aplicado sobre o GANHO de R$25.000,00
logo teremos R$3.750,00
O dinheiro inicial foi colocado no mês 03 e retirado no mês 06. Logo o imposto
será cobrado e deve ser declarado no mês 06.
Esta correto?
Neste momento apareceu uma duvida, se eu obtive este lucro e ao invés de
sacar ele todo de uma vez, eu dividi-lo entre os messes para valores menores
que 2.000,00, escaparia do imposto?
Espero estar certo! =)
Obrigado
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14. Tiago Struck comentou:
2014-Jan-15 at 15:50
Muito bom o artigo.
Porem, me resta uma duvida:
- No Brasil esta crescendo cada vez mais o numero dos chamados “mineradores”
de moeda digital. Onde por intermédio de um computador super potente os
“mineiros” ganham essas moedas digitais (Bitcoin ou Litecoin)e efetuam a troca
por moeda corrente.
Neste caso nao ha uma compra e venda da moeda digital, somente a venda.
Neste caso como declarar da onde isso veio?
Parabéns pelo estudo profundo nesse mercado que esta crescendo cada vez
mais.
Abraços
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15. Onofre Caxias comentou:
2014-Jan-21 at 16:21
Silvio,
Essa lei 9250 já foi atualizada em 2005, veja o texto definitivo em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9250compilado.htm
Segundo o artigo 22, há isenção do IR para bens que NÃO sejam “ações
negociadas no mercado de balcão” (e as bitcoins de fato não são) quando a
alienação mensal for inferior a R$35.000.
Favor corrija o artigo para não confundir as pessoas.
No mais, ainda fica a dúvida de se uma venda de R$25 mil em bitcoins e outra de
R$ 25 mil em litecoins, ambas no mesmo mês, ultrapassam ou não o limite de
isenção. Será que todas as moedas virtuais seriam bens de mesma natureza?
(Na minha opinião, não.)
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16. nerdnerd comentou:
2014-Mar-09 at 08:12
Boa tarde, venho fazendo diversos investimentos em mineração de bitcoin desde
o inicio da moeda, a ponto de hoje eu ter 250 maquinas minerando fora do pais,
cada uma faz 0.3 bit por dia hoje, sendo que a 4 meses atras faziam 1 bit por dia.
como declaro meus ganhos sobre mineração de bitcoins? sendo que todo o
investimento que fiz foram pagos em bitcoins, ganhos de outras minerações
anteriores. resumindo cada maquina custou 5 mil dolares, comprei 250 em
bitcoins, e estao minerando. tenho ganhos vendo moedas no mercado mas nao
estou recebendo em minhas contas vendo moedas apenas em especie, no qual
nao tenho patrimonio que vieram de venda de bitcoins.
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17. marcio comentou:
2014-Mar-14 at 20:39
puxa vida, escrevem uma bíblia, não poderiam dar um resumo para leigos??
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Visual baseado no tema Old Popular Yolk feito por Joshua Goodwin e profundamente modificado por Marco Gomes.
O conteúdo produzido por Marco Gomes e publicado no Blog do Marco Gomes foi licenciado com Creative
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