como a corrupção prospera e funciona

7/25/2019 Como a Corrupção Prospera e Funciona

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Estudos revelam como a corrupção

prospera e funciona

ERICA FRAGAilustraçãoALEKSANDRA WALISZEWSKAuol.com.br | 22!"2!#$

RESUMO Texto apresenta resultados de diversos estudos sobre corrupçãorealizados no Brasil e no exterior. No caso brasileiro, al! da a!bival"nciaentre discurso e pr#tica dos cidadãos, observa$se %ue a conver&"nciaideol'&ica tende a au!entar a toler(ncia dos eleitores para co! pol)ticos ecandidatos %ue pratica! desvios.

*le+sandra alisze-s+a

ara oito e! cada dez brasileiros, aceitar propina no trabal/o nunca 0usti1c#vel. Na Sucia, seis e! cada dez cidadãos pensa! o !es!o. Osdados, da es%uisa Mundial de 2alores 3u!a rede internacional de cientistassociais, 2S na si&la e! in&l"s4, parece! contradizer os diversos ran+in&sde corrupção e! %ue a posição do Brasil se!pre be! pior %ue a do pa)seuropeu.

Se nossa sociedade repudia co! vee!"ncia pr#ticas ile&ais, a !alversaçãode recursos p5blicos e privados no Brasil deveria ser baixa, certo6 *1nal,se&undo a literatura acad"!ica, a corrupção resultado de nor!as evalores de cada sociedade e, de acordo co! a 2S, o brasileiro !aiscr)tico %ue a !dia dos 78 pa)ses pes%uisados e! relação a outros atosdesonestos, co!o sone&ação de i!postos e &ozo de bene9)cios indevidos.

Essa linearidade de racioc)nio, contudo, não explica o intrincado 9en:!enoda corrupção, te!a %ue te! !obilizado atenção de pes%uisadores e %ue, naesteira da Operação ;ava <ato, est# no centro do debate pol)tico no Brasil.

Medir o ta!an/o da corrupção =de1nida co!o desvio de recursos p5blicospara &an/os privados= i!poss)vel por u! !otivo si!ples> os casos %uev"! ? tona são os %ue dera! errado@ os be!$sucedidos per!anece!esca!oteados.

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2016/05/1773117-estudos-revelam-como-a-corrupcao-prospera-e-funciona.shtml?cmpid=facefolha

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Aiversos ran+in&s internacionais tenta!, portanto, 9azer a9eriçes relativas,dando u!a indicação do %uão corrupto deter!inado pa)s e! relação aoutros.

O Bar:!etro das *!ricas, 9eito pelo ;apop 3instituto li&ado ? Universidade2anderbilt, nos Estados Unidos4 apresenta a cidadãos co!uns per&untassobre sua exposição direta a atos corruptos, co!o cobranças de propina por9uncion#rios p5blicos.

Os resultados do Brasil são !el/ores do %ue os da !dia da re&ião, lon&edos )ndices alar!antes do Caiti, !as piores do %ue os de vizin/os co!oD/ile e Uru&uai.

Os resultados 9aze! sentido se considerar!os o n)vel de desenvolvi!entodos di9erentes pa)ses da re&ião. 2a!os pior do %ue os pa)ses %ue t"!instituiçes !ais s'lidas %ue as nossas, diz o pes%uisador Fuil/er!e Russo,da Universidade 2anderbilt.

U! dos ran+in&s !ais con/ecidos o da ONF Transpar"ncia Gnternacional,%ue cobre u! &rande n5!ero de pa)ses e !ede a corrupção no setorp5blico a partir da percepção de a&entes %ue lida! co! o &overno. Na5lti!a lista, divul&ada e! 0aneiro, o Brasil caiu sete de&raus, para o H7I

lu&ar, distante da J7HK posição ocupada pela Doreia do Norte, a !aiscorrupta das naçes pes%uisadas, !as %uase i&ual!ente lon&e daAina!arca, a !ais correta.

Dr)ticos da !etodolo&ia da ONF ressalta! %ue o proble!a da percepçãoco!o !edida %ue ela pode ser inLuenciada por !aior exposição de casosde desvio de din/eiro pela !)dia.

Mas u! &rupo de pes%uisadores !ostrou co! u! experi!ento si!ples %ueos ran+in&s parece! reLetir razoavel!ente a realidade. *t nove!bro de88, diplo!atas estran&eiros era! isentos do pa&a!ento de !ultas porestacionar e! lu&ar proibido e! Nova or+, !as recebia! as noti1caçes%uando violava! a lei.

Os econo!istas Ra!ond Pis!an e Ed-ard Mi&uel analisara! oco!porta!ento dos diplo!atas de JQ7 pa)ses entre J7 e 88.Aescobrira! %ue os %ue acu!ulara! !ais !ultas são os de pa)sesnor!al!ente apontados pela Transpar"ncia Gnternacional co!o os !ais

corruptos, e vice$versa.



En%uanto pa)ses co!o Sucia e Norue&a não contabilizara! nen/u!a!ulta e! todo o per)odo, outros, co!o -ait e E&ito, ocupara! o topo dalista co!, respectiva!ente, Q7 e JQ8 in9raçes por diplo!ata a cada ano.

<# o Brasil 1cou e! lu&ar, co! u!a !dia de 8 !ultas anuais pordiplo!ata.

Se a corrupção no Brasil !ais arrai&ada do %ue na Sucia e e! outrospa)ses desenvolvidos, o %ue explicaria o discurso 9or!al de !aiorintoler(ncia e! relação a atos desonestos6

* resposta de pes%uisadores %ue, no caso brasileiro, parece /aver u!aa!bival"ncia &rande entre as crenças declaradas pela sociedade e a 9or!aco!o ela a&e e tolera pr#ticas corruptas.

Os cidadãos aspira! a %ue os pol)ticos se0a! /onestos, !as se! ol/ar suapr'pria condição caso estivesse! envolvidos e! u!a oportunidade de secorro!per, diz o cientista pol)tico Pernando Fonti0o Pil&ueiras, da UPMF ediretor de co!unicação e pes%uisa da Escola Nacional de *d!inistração5blica.

RG2G;VFGOS

E! u! arti&o sobre o te!a, Pil&ueiras cita dados de u!a pes%uisa, 9eita e!88W pelo Dentro de Re9er"ncia do Gnteresse 5blico e pelo 2ox opuli, %ueilustra! essa a!bival"ncia.

Os entrevistados declarara! considerar atos !uito corruptos pr#ticas talco!o o recebi!ento de din/eiro por pol)ticos para 9avorecer e!presas e!licitaçes. Mas %uase !etade a1r!ou acreditar %ue o conceito de/onestidade relativo, depende da situação.

V por essa brec/a na leitura da !oralidade %ue entra! pe%uenascontravençes do dia a dia do brasileiro, co!o a 9alsi1cação da carteira deestudante, o pulo na catraca e o recurso ao despac/ante para se livrar de!ultas de tr(nsito.

Se&undo o econo!ista Marcos ;isboa, presidente do Gnsper, a raiz dodesrespeito ?s nor!as estabelecidas est# na proli9eração de privil&ios&ozados por diversos &rupos %ue 9aze! do Brasil o pa)s da !eia$entrada,

ter!o cun/ado por ele e pela econo!ista Xeina ;ati9.



E! u!a sociedade e! %ue o privil&io discricion#rio aceit#vel, o desvio ea corrupção são conse%u"ncias naturais. Todos %uere! conse&uir seupr'prio privil&io, diz ;isboa. * situação a&ravada pelo 9ato de %ue o &raude con1ança entre as pessoas no Brasil !uito baixo, u! prov#vel e9eito daelevada desi&ualdade de renda, %ue resultou e! u!a sociedade alta!ente/ierar%uizada.

N's não nos considera!os co!o i&uais, então não con1a!os uns nosoutros. Gsso leva ao auto$ interesse ili!itado, diz o econo!ista MarcosPernandes Fonçalves da Silva, da PF2$S.

Se&undo a 2S, apenas HY dos brasileiros dize! %ue a !aioria das

pessoas di&na de con1ança 3o e%uivalente a u! terço da !dia dos 78pa)ses pes%uisados4.

<# a 9atia dos %ue acredita! %ue outros vão tentar tirar vanta&e! de voc"se pudere! de QY, contra Z,QY nos Estados Unidos, ,Y e! Din&apurae ,QY na Sucia.

* con1ança nos outros o alicerce da cooperação e! prol do be! co!u!,u!a espcie de ativo %ue a sociolo&ia c/a!a de capital social, e aecono!ia, !ais recente!ente, de capital c)vico.

* descon1ança &eneralizada 9acilita o descu!pri!ento de nor!asestabelecidas por%ue a percepção de %ue os de!ais são desonestos e a lei leniente induz a u! co!porta!ento se!el/ante ao i!a&inado.

V o %ue !ostra! os estudos de Aan *riel, pes%uisador da UniversidadeAu+e especializado e! econo!ia do co!porta!ento.

Experi"ncias 9eitas co! diversos &rupos de pessoas pelo acad"!icorevela! %ue a desonestidade desa1a a si!ples l'&ica de pesar o custo3poss)vel punição4 e o bene9)cio da in9ração 3lucro ou vanta&e!4.

O %ue !ais conta no !o!ento de trans&redir as re&ras a racionalização%ue as pessoas 9aze! de sua pr'pria i!a&e!. Elas %uere! !anter aapar"ncia de /onestidade. Se pe%uenas in9raçes 9ore! co!uns no &rupo

social ao %ual pertence!os, pratic#$las não nos tornaria, na nossa pr'priaautoavaliação, tão i!orais.



U! dos estudos 9eitos por *riel !ostra %ue a si!ples exposição de u!indiv)duo a u! pedido de propina, !es!o %ue ele ten/a se recusado apa&#$la, o torna !ais propenso a a&ir de 9or!a desonesta. Esses resultadosleva! ? conclusão de %ue o potencial de cont#&io da desonestidade elevado. E pior> %ue pode au!entar a toler(ncia ? &rande corrupção. Vco!o se as pr#ticas ile&ais se re9orçasse! !utua!ente.

* per&unta %ue *riel e !uitos outros pes%uisadores tenta! responder o%ue pode ser 9eito para 9rear essa tend"ncia. Ela seria irrevers)vel e!sociedades co! baixo capital social6

U!a das /ip'teses %ue t"! sido testadas a de %ue a divul&ação de

in9or!açes sobre corrupção a9etaria as escol/as dos eleitores. *spes%uisas indica! %ue a in9or!ação pode au!entar, si!, a intoler(ncia ?corrupção, !as %ue isso ne! se!pre ocorre.

Estudo indito dos pes%uisadores da PF2$Rio Darlos ereira, ;ucia Barros eRa9ael Foldsz!idt, 9eito entre o pri!eiro e o se&undo turno da eleiçãopresidencial de 8JQ no Brasil, conclui, por exe!plo, %ue a ideolo&ia podeter u! peso na decisão de %ue! vota, !es!o %uando suspeitas de!alversação de recursos p5blicos são ventiladas.

Os acad"!icos 1zera! u! experi!ento na rede social Paceboo+ e! %ue osparticipantes recebia! in9or!açes sobre dois candidatos 1ct)cios ?presid"ncia e! u! se&undo turno eleitoral. Do! base e! in9or!açespreli!inares !uito concisas, a vasta !aioria escol/eu o pol)tico !aisexperiente e !ais be! avaliado.

Mais tarde era! avisados de %ue esse candidato /avia sido acusado denepotis!o co! pre0u)zo aos co9res p5blicos. Recebia! ainda in9or!açes

adicionais sobre a ideolo&ia do candidato, !as %ue, nesse caso, variava!de u! &rupo para outro.

ara al&uns, o pol)tico era de1nido co!o econo!ica!ente liberal, paraoutros co!o de9ensor de intervenção estatal na econo!ia. ara uns, eradescrito co!o 9avor#vel a causas co!o descri!inalização da !acon/a, paraoutros co!o contr#rio. Aepois disso, os entrevistados poderia! !udar ou!anter sua decisão.



Os pes%uisadores notara! %ue a tend"ncia ? punição ao pol)tico suspeito decorrupção s' ocorreu %uando os valores %uanto ? econo!ia e aspectossociais de eleitores e candidato era! diver&entes.

[uanto !aior a conver&"ncia ideol'&ica, !aior a propensão ? !anutençãodo voto. E!bora esse e9eito ten/a sido si&ni1cativo e! todos oscruza!entos, u!a nuance interessante a de %ue ele 9oi !ais intenso entreeleitores co! pensa!ento econ:!ico liberal.

O %ue conclu)!os co! esse estudo %ue a ideolo&ia pode ce&ar aspessoas a ponto de elas aceitare! a corrupção, diz ereira.

*o 0usti1car o voto no pol)tico desonesto, !uitos entrevistadossi!ples!ente relativizara! a &ravidade da suspeita, !ecanis!o parecidoao identi1cado por *riel. [uando recon/ecera! a seriedade do deslizeco!etido pelo candidato, os participantes apelara! para outro !ecanis!o>o ar&u!ento de %ue o bene9)cio da suposta e1ci"ncia do candidatosuperava o custo da corrupção.

ROUB*, M*S P*X

E!bora o estudo dos pes%uisadores da PF2$Rio indi%ue %ue a ideolo&iainLuencia a toler(ncia ? corrupção, resta! d5vidas sobre esse processo.Outra pes%uisa, 9eita e! 8J, indica al&u!as delas.

Do! o ob0etivo de a9erir o i!pacto da in9or!ação sobre a toler(ncia ?corrupção, os acad"!icos Mi&uel Pi&ueiredo, P. Aaniel Cidal&o e uriasa/ara aproveitara! a divul&ação de u!a lista su0a de pol)ticos pela*ssociação dos Ma&istrados Brasileiros para 9azer u! estudo de ca!po.

Escol/era! a cidade de São aulo, onde os dois concorrentes ? re9eitura =Filberto assab 3na poca no AEM4 e Marta Suplic 3então do T4=aparecia! na lista de pol)ticos %ue respondia! a açes penais, dei!probidade ad!inistrativa ou eleitoral.

O experi!ento envolveu enviar as in9or!açes sobre as den5ncias contraassab a u! &rupo de eleitores, e as de Marta, a outro &rupo. U! terceirocon0unto de do!ic)lios não recebeu nada.



* conclusão 9oi a de %ue Marta perdeu votos por causa das suspeitas, !asassab não, e!bora os eleitores de a!bos ten/a! 0ul&ado as acusaçesco!o srias.

No experi!ento dos pes%uisadores da PF2$Rio, a toler(ncia ? den5ncia decorrupção ta!b! 9oi !aior entre eleitores liberais do %ue nos de es%uerda,e!bora ten/a sido percebida nos dois extratos ideol'&icos.

or %ue a in9or!ação sobre poss)vel !alversação de din/eiro p5blico teriai!pacto di9erente e! dois &rupos de eleitores distintos6

Os acad"!icos respons#veis pelo estudo de São aulo levantara! u!a/ip'tese> %ue o cultivo /ist'rico de u!a i!a&e! de !oralidade pelo Tpode 9azer co! %ue seus eleitores ten/a! desenvolvido expectativas !aisaltas e! relação ? /onestidade dos representantes do partido.

Se eles estivere! certos, ser# interessante observar co!o oco!porta!ento dos eleitores do partido !udar# ap's a Operação ;ava <atoter apontado envolvi!ento de v#rios pol)ticos do T =assi! co!o de outrospartidos= co! volu!osos desvios de recursos.

Mas e os eleitores !ais tolerantes ? corrupção6 O %ue estaria por tr#s dessainclinação6 ara Pi&ueiredo, Cidal&o e asa/ara, talvez eleitores de partidosco! u!a i!a&e! associada a rouba, !as 9az ten/a!, real!ente,expectativas !ais baixas e! relação ? /onestidade.

* %uestão =relevante para o desen/o de pol)ticas de co!bate ? corrupção= tentar entender !el/or e! %ue contexto o !aior acesso ? in9or!ação9unciona.

U! estudo pioneiro nessa #rea no Brasil, 9eito pelos econo!istas DlaudioPerraz 3UD$Rio4 e Prederico Pinan 3Universidade da Dali9'rnia e! Ber+ele4,indicou %ue eleitores be! in9or!ados tende! a punir pol)ticos corruptos,principal!ente e! !unic)pios co! presença de ve)culos de !)diaindependentes.

* pes%uisa analisou os resultados eleitorais e! !unic)pios brasileiros %uetin/a! sido selecionados aleatoria!ente pela DFU 3Dontroladoria Feral daUnião4 para tere! seus &astos 9eitos a partir de recursos trans9eridos pelo

&overno 9ederal auditados.



Perraz e Pinan co!parara! o dese!pen/o e! urnas de pol)ticos %uetivera! proble!as identi1cados e! suas contas antes da eleição co! oda%ueles %ue ta!b! apresentara! irre&ularidades, !as cu0os &astos9ora! investi&ados apenas ap's o pleito.

Donclu)ra! %ue o )ndice de reeleição do pri!eiro &rupo, e! casos nos %uaispelo !enos duas violaçes li&adas ? corrupção 9ora! encontradas, 1couJHY abaixo %ue a do se&undo, e! situação i&ual. Os pes%uisadoresta!b! identi1cara! %ue a presença de r#dios locais %ue noticiara! asinvesti&açes au!entava a c/ance de punição dos pol)ticos corruptos.

* contribuição dessa pes%uisa ao debate 9oi considerada relevante por%ue,

ao co!parar situaçes e! %ue a 5nica di9erença era o !o!ento dadivul&ação das irre&ularidades =antes e depois das eleiçes=, os acad"!icosconse&uira! isolar outros poss)veis e9eitos %ue poderia! inLuenciar adecisão dos eleitores.

No entanto, u! estudo 9eito posterior!ente, co! estrat&ia parecida ?e!pre&ada por Perraz e Pinan, indica resultados di9erentes para !unic)piosbrasileiros %ue recebe! volu!e de trans9er"ncias do &overno 9ederal !uito!ais elevado. Nesses casos, o excesso de &astos p5blicos parececontrabalançar o e9eito ne&ativo das den5ncias.

Os pes%uisadores Pernanda Brollo, To!!aso Nannicini, Roberto erotti eFuido Tabellini !ostra! %ue trans9er"ncias 9ederais J8Y !aioresau!enta! os casos &raves de corrupção e! J7Y e as c/ances de reeleiçãodos pre9eitos e! 7Y.

Essa conclusão parece indicar %ue, e! casos de bonança de recursosp5blicos, a corrupção pode ser !ais 9acil!ente aceita.

Não interpreto isso co!o \rouba, !as 9az\. Gnterpreto co!o \!aior &astoconse&ue en&anar o eleitor\, diz Perraz, da UD$Rio.

Ao ponto de vista de pol)ticas p5blicas de co!bate ? corrupção, essecon0unto de pes%uisas e!p)ricas 9eitas nos 5lti!os anos aponta! poss)veisca!in/os.



E!bora o !aior acesso ? in9or!ação ne! se!pre torne os eleitores !aisintolerantes a pr#ticas desonestas, /# al&u!as situaçes e! %ue parececontribuir para isso.

O est)!ulo ? presença de ve)culos de !)dia criveis e! locais onde &rupospol)ticos tradicionais !onopoliza! a divul&ação de in9or!ação pode a0udarnesse processo.

Perraz acredita %ue a propa&ação de not)cias de ve)culos tradicionaisrespeitados pelas redes sociais ta!b! u!a tend"ncia positiva edese0#vel.

Se&undo ereira, da PF2$Rio, co!o não d# para depender apenas dapunição via voto =%ue ne! se!pre ocorre e! casos de !aior in9or!ação=, 9unda!ental 9ortalecer os 'r&ãos de controle.

*c/o %ue, nesse sentido, o Brasil te! ido na direção certa, a1r!a opes%uisador.

U! terceiro ca!in/o o 9ortaleci!ento do capital social. *riel, daUniversidade Au+e, diz %ue a si!ples estrat&ia de rele!brar as pessoas

sobre nor!as vi&entes e, principal!ente, !ostrar %ue /# %ue! as cu!praa0uda a co!bater as pe%uenas desonestidades presentes no cotidiano.

Do!o a aceitação dessas contravençes re9orça a toler(ncia ? &randecorrupção, essas !edidas teria! e9eito dupla!ente positivo.

U! n5cleo de econo!ia co!porta!ental li&ado ao atual &overno brit(nicote! 9eito v#rios experi!entos be!$sucedidos nesse sentido. E! u! deles,

enviou cartas para contribuintes %ue estava! co! seus i!postos atrasados.E! u!a versão, apenas ressaltava a i!port(ncia de cu!prir suasobri&açes 1scais. E! outra, acrescentava %ue nove e! cada dezbrit(nicos pa&a! seus tributos e! dia. * correspond"ncia %ue en9atizava oco!porta!ento ade%uado dos outros surtiu e9eito JZY !aior do %ue aoutra.

Re9orçar a exist"ncia das nor!as e re&ras 9unda!ental. Mes!o e!sociedades e! %ue prevalece o autointeresse ili!itado, /# %ue! cu!pra alei, conclui Marcos Pernandes Fonçalves da Silva, da PF2$S.

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