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Ciência & Saúde cia editora novos rumos ANO 18 Nº 203 MAIO 2015 www.novosrumosnews.com.br PRESSÃO ALTA ATINGE 25% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, SEGUNDO PESQUISA SABORES, DISSABORES E SABERES DA VIDA DRA ISABEL A. MARTINS FOME NOTURNA DRA SANDRA Q. MARENCO COMIDA TRAZ FELICIDADE? SAIBA COMO ALIMENTOS INFLUENCIAM NOSSO HUMOR Nutrientes afetam nosso ânimo e podem potencializar nossa disposição e bom humor; entenda como determinados alimentos podem proporcionar mais alegria e prazer do que outros

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Page 1: COMIDA TRAZ FELICIDADE? · Redação: (51) 3501.2047 Colaboradores: Dr. Roberto B. Quadros Dra. Sandra de Q. Marenco - Dra. Dora Lorch Dra. Isabel Amaral Martins Dra. Rita Maria Chaves

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ANO 18 Nº 203 MAIO 2015www.novosrumosnews.com.br

PRESSÃO ALTA ATINGE 25% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, SEGUNDO PESQUISA

SABORES, DISSABORES E SABERES DA VIDADRA ISABEL A. MARTINS

FOME NOTURNADRA SANDRA Q. MARENCO

COMIDA TRAZ FELICIDADE? SAIBA COMO ALIMENTOS

INFLUENCIAM NOSSO HUMORNutrientes afetam nosso ânimo e podem potencializar

nossa disposição e bom humor; entenda como determinados alimentos podem proporcionar mais alegria e prazer do que outros

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ÍNDICE

Vilson TeixeiraJornalista/Editor - Reg. 11795

Presidente da Editora Novos Rumos Ltda

Editoração/Artes: WDNRRedação: (51) 3501.2047

Colaboradores:Dr. Roberto B. Quadros

Dra. Sandra de Q. Marenco - Dra. Dora LorchDra. Isabel Amaral Martins

Dra. Rita Maria Chaves de CórdovaCEO Mirian M. Coden

A revista é publicada mensalmente pela Editora Novos Rumos Ltda, e não se

responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados.

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Assinatura Digital Semestral R$ 20,00Anual R$ 35,00

Download Semestral R$ 32,00Anual R$ 52,00

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05 MINISTÉRIO DA SAÚDE CONFIRMA 16 CASOS DO VÍRUS ZIKA NO BRASIL

06 PREVENÇÃO NA SAÚDE

08 FOME NOTURNA

10 GOVERNO ESTÁ À MERCÊ DA PRESSÃO DE INDÚSTRIA DE TRANSGÊNICOS, DIZ ENGENHEIRO FLORESTAL

14 COMIDA TRAZ FELICIDADE? SAIBA COMO ALIMENTOS INFLUENCIAM NOSSO HUMOR

18 COMO A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA PREJUDICA A SUA VIDA

20 SUS VAI DISTRIBUIR GRATUITAMENTE REMÉDIOS FABRICADOS POR LABORATÓRIO RUSSO

22 CIENTISTA IRANIANO DESCOBRE UM GENE QUE PROTEGE CONTRA DIABETES TIPO 2

23 OMS ALERTA PARA CRISE DE OBESIDADE NA EUROPA

24 POR QUE AS CRIANÇAS FRANCESAS NÃO TÊM DÉFICIT DE ATENÇÃO?

26 ANVISA DIVULGA REGRAS PARA IMPORTAÇÃO DE MEDICAMENTOS DERIVADOS DA MACONHA

27 PRESSÃO ALTA ATINGE 25% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, SEGUNDO PESQUISA

28 ACORDO RETIRA MAIS DE SETE MIL TONELADAS DE SÓDIO EM ALIMENTOS

30 CHRIS GRAHAM CONTA COMO É ESTAR COM ALZHEIMER AOS 39 ANOS

32 MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA CAMPANHA PARA INCENTIVAR DOAÇÃO DE LEITE AOS PREMATUROS

35 DICA DO MÊS - CACAU x ALFARROBA

36 A IMPORTÂNCIA DA CONSTÂNCIA

38 SABORES, DISSABORES E SABERES DA VIDA

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MINISTÉRIO DA SAÚDE CONFIRMA 16 CASOS DO VÍRUS ZIKA NO BRASIL

O Ministério da Saúde confir-mou um total de 16 casos de zika vírus no país, oito

na Bahia e oito no Rio Grande do Nor-te. A doença é transmitida por meio da picada do Aedes aegypti, mesmo mosquito transmissor da dengue.

As amostras foram encaminhadas

aos laboratórios de referência do Ins-tituto Evandro Chagas e ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos para avaliação. Aná-lises feitas pelo Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia já haviam indicado resultado preliminar para a presença do vírus.

O zika vírus foi isolado pela primei-

ra vez em 1947, a partir de amostras de macacos usados como sentinelas para a detecção da febre amarela, na Floresta Zika, em Uganda. Ele é consi-

derado endêmico no leste e oeste do continente africano e há registro de circulação esporádica também na Ásia e na Oceania.

Nas Américas, ele já havia sido

identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile no Oceano Pacífico, em 2014. Casos importados foram descritos no Canadá, na Alemanha, na Itália, no Ja-pão, nos Estados Unidos e na Austrália.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro,

disse que o governo brasileiro já traba-lhava com a possibilidade de entrada do vírus no país em razão do alto fluxo de turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo, no ano passado.

Segundo o ministério, o zika vírus

tem evolução benigna, caracterizada por febre baixa, olhos vermelhos sem secreção e sem coceira, dores nas

articulações e erupção cutânea com pontos brancos e vermelhos, além de dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.

Ainda de acordo com a pasta, a

doença tem um período de incubação de cerca de quatro dias e os sinais e sintomas podem durar até sete dias. A maior parte dos casos não apresenta sintomas e não há registro de morte associada.

O tratamento é sintomático com

uso de paracetamol para febre e dor, conforme orientação médica. Não está indicado o uso de ácido acetilsalicílico e de drogas anti-inflamatórias por conta do risco aumentado de complicações hemorrágicas, como também ocorre com a dengue.

Fonte: Correio do Brasil

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PREVENÇÃO NA SAÚDE

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Doenças graves que levam à incapacidade física ou ao óbito surgem, muitas

vezes, inesperadamente. Isso não deveria acontecer com os avanços e conhecimentos acumulados na Me-dicina e Ciências correlatas e com os métodos de diagnóstico por análises bioquímicas de sangue, que sinalizam aspectos patológicos ou prenunciam possibilidades do seu surgimento. Tam-bém a obtenção gráfica por aparelhos, tais como o eletrocardiograma (ECG), o Teste Ergométrico (TE), o Holter escalo-nam os problemas cardiovasculares e o eletroencefalograma a atividade do cérebro. Exames de imagem Rx tórax, Ecografia, Ressonância Magnética, a Densitometria óssea tornam possíveis a prevenção na saúde.

Muitas patologias podem ser evi-tadas ou amenizadas. Os recursos cita-dos, mais a Terapêutica Farmacológica avançada, tornam possível a prevenção ou o controle das patologias.

Diante do exposto acima é reco-mendada a avaliação periódica da saúde. Não estamos nos referindo a um “check-up” genérico de exames de sangue anualmente por exemplo. A Prevenção Periódica de Saúde deve ser obtida levando em conta, em primeiro lugar, a idade na qual se manifestam, de modo geral, as doenças, e analisando por esse foco o histórico individual do consultante, o sexo, a raça, os fatores de risco, o habitat, os hábitos, os vícios: tabagismo (uso abusivo do cigarro), o alcoolismo (uso abusivo do álcool), os antecedentes de risco por parte gené-

tica (doenças dos antepassados – pais, avós, tios, etc) com o grau possível de transmissão.

A Prevenção Periódica pode ser Primária, aplicada a indivíduos não portadores de doenças, ou Secundária, quando já existe o curso de alguma patologia sofrida, por exemplo, infarto do Miocárdio (IM), Acidente Vascular Cerebral (AVC). Tanto para a prevenção primária como secundária há necessi-dade de combater o Estresse (presente atualmente em qualquer indivíduo), o tabagismo (o vício de fumar com-plica praticamente qualquer tipo de patologia), o sedentarismo (a inércia é inimiga da saúde). A saúde do corpo exige movimentação, exercícios. Para o indivíduo sadio, a simples caminhada de 50 minutos três vezes na semana é ótimo. Para o portador de patologia, os exercícios devem ser recomendados pelo médico assistente, tendo em vista as condições de cada indivíduo.

As doenças cardiovasculares já ins-taladas, tais como Hipertensão Arterial, Angina, Infarto prévio ou AVC prévio, requerem uma prevenção secundária usando os itens da Prevenção Primária (citados acima) e combatendo a obe-sidade, controlando o Diabete Melito existente, com grande rigor, cuidando das taxas de colesterol (mau colesterol), dos triglicerídeos, glicemia, controle rigoroso da alimentação, evitando o uso abusivo de carnes, recomenda-ção de alimentação à base de frutas e verduras. Na existência de doença cardiovascular, como em todas as patologias, a prescrição médica deve

ser respeitada (é comum o hipertenso, quando obtém níveis controlados da Tensão Arterial, diminuir o número das doses prescritas). O pensamento mágico funciona da seguinte maneira: “agora já estou bem, não necessito tomar tanto medicamento”.

As doenças do Fígado – hepato-patias: Cirrose, por exemplo, como prevenção primária, evitar o álcool e como prevenção secundária (das com-plicações) – nunca mais usá-lo.

As Doenças Pulmonares são evi-tadas primariamente não sendo ta-bagista (viciado no fumo) e evitando ambientes poluídos por usuários do fumo e ambientes poluídos por mi-nérios. Uma vez instalada a Doença Pulmonar, a abstenção do Tabagismo é condição obrigatória. Todo fumante deseja “largar” o cigarro; é importante o apoio médico.

As Doenças Ósseas – “Osteoporose” – foram objeto de nosso artigo “Novos rumos – nº 199 – Janeiro 2015.

O objetivo deste artigo é chamar a atenção para a Prevenção das Pa-tologias e ressaltar a necessidade da prevenção periódica da saúde nos moldes que definimos.

Dr. Roberto B. de QuadrosMedicina Interna - Cardiologia

Consultório: Av. Flores da Cunha, 1953 - Sala 93 Ed. Palace CenterCachoeirinha/RSFone: (51) 9977.3653 www.novosrumosnews.com.br

Dr. Roberto B. de Quadros Cardiologia - Medicina Interna

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Sandra de Quadros Marenco Pós Graduação em Nutrição Clínica - CRN2-0540

Consultório: Rua Dr. Timóteo, 371 Sala 302 - Porto Alegre/RS

Fone: (51) 9971.6217 [email protected] www.novosrumosnews.com.br

FOME NOTURNA

A fome noturna caracteriza-se por um apetite exacerbado em um período que inicia à

tardinha ou à noite, podendo muitas vezes prolongar-se até a madrugada. Algumas pessoas relatam inapetência durante o dia, consumindo pequenas porções ou até suprimindo refeições, sem sentirem-se incomodados com isso. Mas ao cair da noite acabam consumindo refeições extremamente calóricas, principalmente ricas em açúcares, frituras e gorduras.

Quando essa “fome” é muito com-pulsiva e incontrolável, com um consu-mo calórico extremamente exagerado e contínuo em apenas algumas horas, podemos classificar como um trans-torno alimentar - que deve ser tratado através de profissionais como psicólo-go e nutricionista, entre outros.

Se os sintomas forem mais leves, diversos podem ser os motivos dos exageros noturnos. As causas mais comuns são os hábitos inadequados no decorrer do dia como dietas muito restritivas (consegue cumprir somente até determinado período do dia), jejuns prolongados (com a realização de apenas uma ou duas refeições ao dia); supressão do desjejum (sendo a pri-meira refeição do dia apenas o almoço).

O grau de ansiedade também pode interferir nos hábitos alimentares, fa-

Dra. Sandra de Q. Marenco Nutricionista Clínica

zendo com que o horário do jantar (ou o período em que chega em casa após um dia de trabalho acelerado) seja um momento de relaxamento e prazer. E deste período até o horário de dormir os excessos alimentares ocorrem com mais frequência.

Observa-se que os alimentos es-colhidos pelos “comedores noturnos” geralmente são mais ricos em açúcares, gorduras e frituras. Esses indivíduos relatam que outros alimentos (fibras e produtos mais saudáveis) não saciam a fome.

Os resultados desses maus hábitos alimentares costumam ser bem dano-sos ao organismo, pois propiciam um aumento do peso corporal – com maior incidência de gordura abdominal e consequente obesidade - podendo desencadear Hipertensão Arterial, Dia-betes, alterações de colesterol, entre outras patologias.

Os excessos alimentares noturnos também podem provocar insônia (por indisposição digestiva, por exemplo). E o ato contínuo de comer excessiva-mente à noite associado a um sono não reparador também conduz à obesida-de ou sobrepeso.

A fome noturna pode ser comba-tida (ou amenizada) através de um programa de reeducação alimentar,

em que deverá ocorrer um replaneja-mento de horários de refeições, com uma equilibrada distribuição calórica e de nutrientes ao longo do dia, com inclusão de carboidratos de menor índice glicêmico (ricos em fibras/ não refinados). Fatores (ou desculpas) como a falta de tempo para efetuar a refeição ou para realizar as compras da semana, falta de apetite no decorrer do dia, entre outros, devem ser analisados em busca de uma solução. A falta de apeti-te matinal, por exemplo, pode ser um reflexo de excesso alimentar à noite; à medida que as calorias e nutrientes forem ajustados na última refeição do dia, o desjejum será mais prazeroso (e mais saudável certamente!).

A atividade física contínua e de baixa intensidade também pode ser uma aliada no controle da compulsão alimentar, inclusive se for realizada nos horários de “pico de fome”. A serotonina liberada durante o exercício provoca sensação de saciedade e relaxamento, conduzindo ao longo do tempo a uma redução da ansiedade e compulsão.

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OProfessor da USP comenta processos que levam à aprovação de organismos geneticamente modificados no Brasil e

impacto ambiental e social deste tipo de cultivo: ‘aumentou resistência a herbicidas e produtividade não é maior’

GOVERNO ESTÁ À MERCÊ DA PRESSÃO DE INDÚSTRIA

DE TRANSGÊNICOS, DIZ ENGENHEIRO FLORESTAL

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A aprovação do plantio de eucalipto transgênico, deci-dida em abril em audiência

na Coordenação-Geral da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, teve uma repercussão interna-cional que pode ser contabilizada em mais de 100 mil assinaturas contrárias à aprovação, informa João Dagoberto dos Santos, doutor em Recursos Flo-restais pela USP e professor na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Esalq/USP.

Como reação às manifestações,

afirma o professor, o Ministério das Relações Exteriores votou contra a aprovação do eucalipto transgêni-co, enquanto o “Ministério do Meio Ambiente não esteve presente e não votou”.

Na avaliação do engenheiro flores-

tal, os experimentos realizados para a aprovação do eucalipto transgênico foram “insuficientes, porque seguiram o procedimento de espécie de ciclo curto”, como a soja e o milho, e porque, “em campo, não ofereceram subsídios para as conclusões de que os eucalip-tos não irão gerar impactos”.

Segundo ele, nos últimos anos tem aumentado o número de pesqui-sas que analisam as consequências ambientais do uso combinado de agrotóxicos e transgênicos na agri-cultura. Por conta disso, “as empresas juntaram seus pesquisadores para acelerar alguns processos para poder ganhar tempo e aprovar a maior parte de processos e projetos possíveis”. No Brasil, frisa, “empresas estão querendo mudar as regras da CTNBio para agilizar os processos; argumentam que o pro-cesso atual de avaliação da liberação dos transgênicos toma muito tempo e, por isso, estão propondo a criação de comitês ad hoc externos para acelerar os processos de aprovação”.

Leia trechos da entrevista com João Dagoberto dos Santos a seguir A discussão sobre a aprovação

de um organismo transgênico é feita em outra instância, além da CTNBio?

A aprovação de um organismo

transgênico não existe em nenhuma instância superior à CTNBio. A única possibilidade de barrar a aprovação de um organismo transgênico, depois de aprovado pela CTNBio, é através da convocação do Conselho de Minis-tros, algo previsto no regulamento da Comissão. Esta é a única instância que pode revogar essa decisão, mas isso nunca aconteceu. Como essa é uma política de Estado, o Estado assume que não vai rever e que não vai redis-cutir a aprovação de um organismo transgênico, porque terá que admitir as falhas, que são inúmeras.

Tudo que nós prevíamos como

grupo crítico contra os procedimen-tos, e não contra a tecnologia, está se comprovando: aumentou a resistência dos organismos geneticamente mo-dificados aos herbicidas e aos insetos, portanto a tecnologia não está funcio-nando. A produtividade também não é maior nos organismos transgênicos. A CTNBio atribui essas responsabilidades à empresa, mas isso é um absurdo, por-que a empresa é responsável por fazer os estudos e ela mesma é responsável por monitorar as culturas transgênicas; trata-se de algo surreal.

O Estado assina embaixo; é par-

ceiro e sócio das empresas na prática porque as próprias empresas fazem e monitoram todo o processo de desenvolvimento de um produto transgênico. Se precisar identificar uma falha, as empresas é que deverão fazer isso, mas elas não vão fazer isso, como não estão fazendo. A única exceção é a própria Embrapa, que declarou que forçou um processo por uma contin-gência política, referindo-se ao feijão

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11transgênico. Depois da aprovação do feijão, a Embrapa verificou que ele tem problemas, e não está liberando essa cultura transgênica, porque está admi-tindo que o que prevíamos na época da aprovação, em 2011, está acontecendo.

Como se dá a fiscalização dos im-

pactos e das implicações dos cultivos transgênicos?

O Ministério do Meio Ambiente

(MMA) é o responsável legal, ou deveria ser, mas se omite e nem participa das reuniões referentes ao tema. O MMA tem um assento dentro da CTNBio, mas nas últimas duas reuniões nem se fez presente. O responsável legal, que pode ser ele ou o Ministério Público, se omite e não se manifesta sobre a aprovação de transgênicos.

Como as discussões são feitas

antes de uma proposta transgênica ser apresentada à CTNBio? São feitas apresentações ao MMA?

Não existem apresentações ou

debates prévios, porque todos os pro-cessos são conduzidos como segredo industrial, com causas de confiden-cialidade. Quando os projetos são submetidos à CTNBio, os membros têm que assinar um termo de confiden-cialidade, segundo o qual não podem emitir informações sobre o assunto e tampouco informar que um novo organismo está sendo usado para criar um novo evento, seja lá qual for. Só os membros da CTNBio têm acesso a essas informações, mas eles nem aparecem nos processos, porque trata-se de segredos industriais. É uma situação muito orquestrada politicamente.

Aldo Rebelo, quando era deputado,

fez uma coalizão e consultou a cúpula do governo para saber a posição sobre os transgênicos. No mês passado, antes da aprovação do eucalipto transgênico, Rebelo se reuniu com os membros da CTNBio e com a cúpula do Ministério da

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Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI, e declarou publicamente: “pesquisa-dores e cientistas que têm algum tipo de relação com movimentos sociais e ONGs são ignorantes e obscurantistas, portanto não é possível que pesquisa-dores sejam contra esta tecnologia”. Então, estamos em uma situação complicada, na qual a CTNBio e parte do governo estão capituladas.

Quem votou contra a aprovação do

eucalipto transgênico foi o Ministério das Relações Exteriores, porque está vendo a repercussão desse caso no mundo inteiro: chegaram quase 100 mil assinaturas de instituições, indiví-duos, embaixadas do mundo inteiro repudiando a aprovação. O Ministério do Meio Ambiente não esteve presente e não votou, e os outros representantes da agricultura familiar foram contra. Os 13 representantes do MCTI sempre votam a favor, nunca votam contra nada, votam em bloco, fazem parece-res de forma homogênea. Parece uma receita de bolo: eles olham, avaliam, seguem um script, e nunca perderam uma votação.

Quais argumentos importantes foram desconsiderados pela CTNBio na ocasião do eucalipto transgêni-co? Que aspectos deveriam ser con-siderados antes da sua aprovação?

Um dos argumentos foi o de que o

eucalipto seguiu o mesmo protocolo de outras espécies, o que é um absur-do, porque ele é uma árvore. O outro argumento é de que os experimentos realizados são insuficientes, primeiro porque seguiram o procedimento de espécie de ciclo curto; segundo, porque os experimentos foram desca-racterizados por vários motivos, e ex-perimentos em campo não ofereceram subsídios para as conclusões de que os eucaliptos não vão gerar impactos. O tempo de experimentação é insufi-ciente, porque nós estamos falando de uma árvore de ciclo longo, perene, e as empresas estão considerando ciclos

curtos. Os testes feitos com relação aos derivados, seja do eucalipto em si, seja do seu impacto ou das externalidades, que nós chamamos da relação do pólen e da contaminação, foram insu-ficientes e não conclusivos. Contudo, o argumento da empresa é de que isso não é importante, que eles vão plantar eucalipto transgênico, monitorar as plantações e, se houver algum impac-to, irão reverter a situação.

Só que eucalipto não é soja e milho,

que têm ciclo curto e que você pode passar um trator em cima e destruir a plantação. O setor florestal e a empresa — no caso, a proponente — têm mais de um milhão de hectares plantados no Brasil. Quando a empresa fala que só irá plantar uma pequena porcentagem de 2% a 3% de eucalipto transgênico, nós estamos falando de 20 a 30 mil hectares. Eles nem calcularam nem dimensionaram o impacto, porque fizeram o experimento em um hectare. Avaliaram um ciclo de polinização ape-nas, em que as colmeias entraram em colapso. Ou seja, todos os indicadores que podiam dar segurança à sociedade não foram respeitados, foram negli-genciados ou feitos de forma artificial. Os próprios experimentos e as pessoas que eles contrataram, que têm relação com a empresa, admitiram que houve cortes de recursos, que não houve tempo de realizar as pesquisas e que o ideal seria prorrogar a decisão.

Entre as questões que para nós são

significativas, uma delas é a do mel — da contaminação que o pólen pode ocasionar — e também a do consumo de água. O eucalipto transgênico não vai ter esse rendimento de 20% que estão prevendo, mas, supondo-se que terá este rendimento, irá criar um impacto gigantesco tanto no consumo de água quanto no uso de insumos alo-químicos, porque vai se cortar o ciclo na época em que a floresta plantada está chegando ao nível de estabilidade, momento em que se pode controlar um pouco a quantidade de agrotóxicos

que é utilizada. Além disso, todos os estudos admi-

tem que o ganho sugerido pelo euca-lipto transgênico não é real e não está comprovado. Além disso, os métodos atuais de melhoramento tradicional, de multiclones ou mesmo melhorias nas empresas, dentro da fábrica, no processo industrial, dão um ganho tão grande ou maior do que este que está sendo prometido.

Como a lei de biossegurança é

interpretada em casos de aprovação de transgênicos?

As empresas seguem a lei de

biossegurança, portanto, se isentam dizendo que só tratam da questão da biossegurança, ou seja, se a tecnologia está dentro dos parâmetros conside-rados aceitáveis. Então, as empresas usam as brechas da lei para tirar de si essa obrigação de avaliar os impactos dos transgênicos com profundidade. É uma lei “legal e imoral”, porque ela tem mecanismos que dão segurança às empresas no sentido de que as dúvidas e incertezas não atrapalhem os processos de aprovação dos trans-gênicos. Ou seja, as próprias empresas contribuíram para a construção da lei, e se acobertaram e se blindaram de uma forma muito eficiente. Dessa forma, quando há algum problema, é acionada a consultoria jurídica do Mi-nistério, porque a CTNBio é um órgão do governo a serviço de uma pretensa evolução tecnológica do país, a serviço de empresas que só têm objetivo de lucro.

É possível estimar em que re-

giões do país serão plantados os eucaliptos transgênicos?

Sim, porque a dona da tecnolo-

gia, a Suzano, via FuturaGene, que é a empresa de tecnologia, tem áreas plantadas em São Paulo, na Bahia, em Minas Gerais e, mais recentemente, no Piauí e no Maranhão. Eles irão plantar

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Fonte: Ópera Mundi

nas áreas deles. Os argumentos que usam é de que os primeiros clientes aos quais irão oferecer as mudas trans-gênicas são os agricultores familiares e fomentados, que são os mais possivel-mente impactados pela contaminação do pólen.

Nós que somos contra o eucalipto

transgênico — engenheiros flores-tais, professores de universidades, instituições —, não somos contra a tecnologia, porque seria um sonho ter um evento desse nível que realmente trouxesse o que se está prometendo, mas não é essa a questão. Os plantios de eucalipto estão seguindo a mesma rota das culturas dos monocultivos agrícolas, estão sofrendo um sério ataque de pragas e doenças.

Que outras culturas estão na pau-

ta de aprovação da CTNBio? Os maiores pedidos de aprovação

são em relação ao milho, mas algo mui-to preocupante é a tentativa de aprovar o milheto transgênico. A previsão é de que se tente aprovar a cana-de-açúcar, com a mesma lógica de piramidados, ou seja, das tecnologias associadas onde os impactos são gigantescos principalmente por causa da insta-bilidade genética. O herbicida 2,4-D é o exemplo mais claro do absurdo, porque estão revendo uma molécula que tem uma lógica baseada no agente laranja em substituição ao Roundup, que teve sua patente caída e que já não funciona mais para a maior parte das culturas do pacote tecnológico dos transgênicos. Quando foi interrompida a votação do eucalipto, dois minutos antes foi aprovado o 2,4-D, o que no nosso entendimento é tão pior ou mais grave do que a aprovação do eucalipto.

Tudo isso está casado com a apro-

vação na Câmara dos Deputados da retirada da identificação “T” das emba-lagens dos produtos transgênicos. As empresas são muito eficientes e estão

agindo em todas as frentes: na frente da comunicação, na frente parlamen-tar e política, na frente da cooptação.

A Monsanto, em especial, achou

que não haveria resistência a transgê-nicos no Brasil, como não está tendo na África. Então eles avaliaram que foi um erro de estratégia achar que não haveria resistência, e agora estão tentando recuperar o tempo perdido. O pessoal da tecnologia do eucalipto disse o seguinte para os membros da CTNBio: “fiquem tranquilos, nós não somos a Monsanto, nós não estamos cometendo o mesmo tipo de erro que a Monsanto, estamos tentando fazer ‘direitinho’”. Essas empresas têm um time hegemônico de assessores e con-sultores, mas nós que somos contra não temos essa equipe; temos que ler todos os processos e tentar fazer pare-ceres para deixar um registro histórico para que a sociedade tenha onde se referendar, pois, do contrário, nem isso aconteceria, porque vamos para as audiências da CTNBio sabendo que não ganharemos nenhuma votação.

Qual a situação de outras cultu-

ras transgênicas já cultivadas? Os casos que chamam muito a

atenção são o milho e a soja, que são nossos principais carros-chefes. Uma praga em algumas áreas de zona de plantio de soja, atualmente, é o milho, que está resistente ao processo e está se reproduzindo espontaneamente no meio das plantações de soja. Então, o milho está com vários problemas, porque inclusive a produção não está aumentando. Em relação à soja, a pro-dutividade estacionou, cada vez mais existem ervas daninhas resistentes aos herbicidas, tanto que aprovaram o 2,4-D, porque todo o pacote anterior do Roundup se mostrou insuficiente.

Vários dados começam a aparecer

em pesquisas no mundo inteiro mos-trando os resultados desse pacote de

transgênico com agrotóxico. As empre-sas perceberam isso e juntaram seus pesquisadores para acelerar alguns processos para poder ganhar tempo e aprovar a maior parte de processos e projetos possíveis. As empresas estão querendo mudar as regras da CTNBio para agilizar os processos; argumentam que o processo atual de avaliação da liberação dos transgênicos toma muito tempo e, por isso, estão propondo a criação de comitês ad hoc externos para acelerar os processos de aprovação. Se hoje os processos já são ruins, imagina com processos acelerados. O governo está totalmente à mercê da pressão das indústrias.

Qual a receptividade dessas cul-

turas transgênicas exportadas no exterior?

O mundo inteiro está resistindo.

Hoje a produção que mais cresce nos Estados Unidos é a produção de não transgênicos. O problema é que as em-presas têm um lobby muito forte. Agora as empresas estão querendo romper barreiras, e a sociedade nunca resistiu tanto — se fizermos um levantamento, nunca houve tanta informação e tanta resistência. O que eles estão fazendo? O modelo do agronegócio está indo para a África e parte da Ásia, onde não há resistência, ao contrário; os governos e as instituições democráticas, quando existem, são muito frágeis. A nova fron-teira é a África, onde o agronegócio está chegando com um pacote deletério. Tudo que tem de ruim não aprovado e não liberado no resto do mundo está indo para lá.

Entrevista original publicada no site do

Insituto Humanitas Unisinos.

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COMIDA TRAZ FELICIDADE? SAIBA COMO ALIMENTOS

INFLUENCIAM NOSSO HUMORNutrientes afetam nosso ânimo e podem potencializar

nossa disposição e bom humor; entenda como determinados alimentos podem proporcionar mais alegria e prazer do que outros

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Nem todos os pratos de comida que experimentar-mos vão nos proporcionar

o mesmo grau de bem-estar, indepen-dentemente do sabor ou de quão bem preparados estiverem. Já na década de 1980, o Instituto Tecnológico de Mas-sachusetts (MIT) informou ao público que determinados nutrientes afetam diretamente o processo de pensar e sentir. Ou seja, que há alimentos que estimulam mais determinados neuro-transmissores do que outros.

Por exemplo, existem compo-nentes em carnes, laticínios, frutas e verduras que estimulam a produção de serotonina e endorfinas, segundo pesquisa de Peter J. Rogers, do depar-tamento de Psicologia Experimental da Universidade de Bristol, no Reino Unido. Por outro lado, de acordo com pesquisadores da Universidade de Warwick e a Faculdade Dartmouth, é importante consumir porções peque-nas de frutas e verduras ao longo do dia para manter o bem-estar físico e mental.

Comer não consiste apenas em se

alimentar ou obter prazer imediato; também significa “hackear” convenien-temente nosso cérebro. Os alimentos, afinal, atuam em parte como as drogas em nosso corpo, e seu uso e abuso

podem ter efeitos semelhantes. As batatas fritas, por exemplo, foram comparadas à maconha por seu poder de dependência, segundo um estudo realizado por pesquisadores do Insti-tuto Italiano de Tecnologia de Gênova, em colaboração com a Universidade da Califórnia, nos EUA. E uma equipe de pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Duke e da Univer-sidade de Melbourne descobriu que as drogas que causam dependência, como a cocaína ou a heroína, ativam as mesmas células nervosas e conexões cerebrais que o sal que usamos para cozinhar.

Não à toa, Hipócrates, o pai da medicina moderna, uma vez declarou: “Que teu alimento seja tua medicina e tua medicina seja teu alimento”. De fato, muitos alimentos que consumi-mos hoje foram, um dia, utilizados como medicamentos. A Coca-Cola, por exemplo, foi criada no fim do século 19 por um farmacêutico para tratar dor de cabeça, impotência e dispepsia. O re-

Pêssegos grelhados: frutas e verduras ajudam a manter o bem-estar físico e mental

Pesquisadores compararam batatas fritas à maconha: ingestão de alimentos gordurosos faz corpo produzir substâncias similares aos encontrados na erva

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frigerante 7-UP, de limão, era usado no início do século 20 como soda para aliviar a ressaca. O criador da Pepsi, Caleb Bradham, também acre-ditava que sua bebida melhoraria a digestão porque continha pepsina, uma enzima digestiva. O quinino, ingrediente usado na água tônica, era usado no Reino Unido contra a malária; acrescentavam gim para que o sabor ficasse mais agradável, e assim nasceu a gin-tônica.

Há alimentos que podem pro-vocar efeitos nada desprezíveis em nosso humor. Segundo o pes-quisador espanhol Miguel Ángel Almodóvar, autor do livro “Mood Food”, a forma mais efetiva de afastar a negatividade é com uma banana e um punhado de amên-doas. Também o abacate, o grão de bico ou as sardinhas contribuem

para melhorar nosso humor.

Estes alimentos da alegria são os que contêm triptofano, teobromina (presente apenas no chocolate amargo e no guaraná), fenilalanina, tirosina, vitaminas do grupo B, vitamina C, car-boidratos ou ácidos graxos ômega-3.

Os ácidos graxos ômega-3 são nu-trientes essenciais para os neurônios. Estão presentes no salmão e também em alguns legumes, nas nozes e nos kiwis. Seu consumo ajuda a melhorar a memória e o processo de aprendi-zagem e potencializa a capacidade cerebral. O cérebro representa entre 2% e 3% do peso corporal e exige os nutrientes de 20% dos alimentos que ingerimos, segundo explica o psiquia-tra e professor da Universidade de Columbia (EUA), Drew Ramsey, no seu livro “A dieta da felicidade”.

Ao ingerir alimentos apimentados, as endorfinas são liberadas devido à ação da capsaicina. Experimenta-se mais prazer e desinibição com o consumo de alimentos ricos em iodo, como mariscos, bacalhau, sardinha, alho, farelo de aveia, avelãs ou morangos. O espinafre e o abacaxi tam-bém estimulam este estado de ânimo.

No Japão, foi lançado em 2005 o primeiro produto vendido como “mood food” [“alimento para o ânimo”, em tra-dução livre], um chocolate enriquecido com ácido gama-aminobutírico (GABA), um aminoácido que funciona como neurotransmissor e promete reduzir a an-siedade. O chocolate por si só já contém flavonoides, que são os responsáveis por favorecer a regulação da pressão arterial.

Já uma dieta com déficit de vitamina B (cítricos, verduras, cereais) pode acarretar um estado de ânimo menos enérgico.

Torta alemã de chocolate: felicidade

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Fonte: Ópera Mundi

Baixos níveis de zinco também estão relacionados a transtornos no estado de ânimo, portanto também são reco-mendáveis alimentos ricos em zinco, como o leite ou as nozes.

Apesar de serem conhecidos os be-nefícios de determinados alimentos no nosso estado de ânimo, esta não é uma disciplina rigorosa. A relação entre os alimentos e o estado de ânimo nos indivíduos é complexa e depende “da hora do dia, da composição e dos tipos de macronutrientes dos alimentos, a quantidade de comida consumida e a idade e a história dietética da pessoa em questão”, assinala um estudo sobre o tema.

Um bom exemplo da ambivalência de alguns efeitos da comida pode ser observado em um estudo publicado no Periódico de Pesquisa Psiquiátri-ca. Nele, 184 adultos consumiram alimentos ricos em proteínas ou em carboidratos. Depois de duas horas, foram avaliados o estado de ânimo e o rendimento de cada participante. Os efeitos foram diferentes para as mulheres e para os homens, e entre os participantes mais jovens e mais velhos. Por exemplo, as mulheres rela-taram mais sonolência depois de inge-rir carboidratos enquanto os homens relataram mais tranquilidade. Além disso, os participantes acima de 40 anos mostraram deficiências em uma prova de atenção seletiva realizada depois de um almoço de carboidratos.

Em outros casos, alguns alimentos possuem baixas concentrações das substâncias que influenciam nosso estado de ânimo. É o caso do choco-late, o mais repetido nos meios de comunicação: ele contém substân-cias que melhoram o humor, mas em concentrações mínimas. Para detectar clinicamente um efeito antidepressivo, é preciso consumir de 2 a 3 gramas de feniletilamina, porém uma barra de chocolate de 50 gramas contém

apenas um terço de miligrama – e não é uma boa ideia do ponto de vista nutricional ingerir tanto choco-late para atingir os níveis mínimos de feniletilamina.

E por mais que os alimentos pos-sam afetar nosso estado de ânimo, nosso estado de ânimo também pode afetar nossa seleção de alimentos. O exemplo mais óbvio é que as pessoas comem alimentos menos saudáveis quando estão tristes, segundo um estudo realizado nos EUA em 2007.

Finalmente, o contexto em que se consome a comida e nossa experiência passada com determinados alimentos também afeta nossa resposta emo-cional. Por exemplo, uma pessoa que pensa que beber uma xícara de café aumentará o estado de alerta pode

sentir-se mais alerta, inclusive depois de tomar café sem cafeína. O poder do placebo também pode propiciar que o chocolate nos faça sentir mais felizes, ainda que na realidade não estejamos ingerindo as substâncias que produ-zem esses efeitos.

Podemos seguir dietas em função de como elas atuam em nosso estado de ânimo. Podemos ler livros sobre “mood food”. No entanto, mesmo que ainda não dominamos completamente seus efeitos, devemos ter em mente que o poder dos alimentos é incomen-surável. E se isso parece desencora-jador, você sempre pode comer uma barra de chocolate.

Tradução: Mari-Jô ZilvetiMatéria original publicada no site Yorokobu.

Bolo de morango: fruta é rica em iodo, que dá disposição e ajuda a acelerar o metabolismo

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Muito antes da internet e da pu-blicidade direta ao consumidor, a profissão médica tentava tranquilizar as pessoas sobre suas preocupações de saúde. Claro, fadiga e dores de cabeça poderiam ser sintoma de um tumor cerebral; certo, tosse poderia ser um sintoma de câncer de pulmão. Mas a maioria dos médicos tentava atenuar o medo – ao invés de semeá-lo. Lembra do “tome duas aspirinas e me ligue pela manhã?”

Projetemos isso para os “guias de sintomas” online de hoje, testes para ver se você tem uma determinada doença e exortações para que vá a seu médico, mesmo que se sinta bem. Desde que a indústria farmacêutica descobriu que medo de doenças e até a hipocondria vendem drogas, as novas doenças, sintomas e riscos com que as pessoas precisam se preocupar parecem não ter fim.

Vender sintomas para pessoas

COMO A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA PREJUDICA A SUA VIDA

sugestionáveis tem sido uma mina de ouro para as grandes transnacionais farmacêuticas desde que começaram a fazer propaganda diretamente ao consumidor, no final dos anos 1990. Graças a tal marketing, que na ver-dade “vende” doenças para construir a demanda, milhões de pessoas que já estiveram muito bem têm agora alergias de estação, Gerd (Doença do refluxo gastroesofágico), distúrbio de atenção, distúrbio de dor e outras “doenças”.

Não se trata de ignorar sofrimento legítimo. Mas para muita gente, a rela-ção com os medicamentos prescritos é melhor expressa na camiseta que diz “Tomo aspirina para a dor de cabeça causada pelo Zyrtec, que uso contra a rinite alérgica que adquiri com o Relenza para a dor de estômago da Ritalina que eu tomo para o déficit de atenção causado pelo Scopoderm, que uso para o enjôo que me dá o Lomotil, que tomo para a diarréia causada pelo

Xenical que tomo para perder o peso ganho com o Paxil que tomo para a ansiedade que me dá o Zocor, que uso para o colesterol alto, porque pra-ticar exercício, boa dieta e tratamento quiroprático regularmente dão muito trabalho” (uma camiseta que nem pode ser vestida por gente que usa números pequenos…)

Eis algumas das estratégias que a indústria farmacêutica usa para manter o público comprando drogas:

1. Medo de envelhecer e perder o apetite sexual

As terapias de de reposição hormo-nal (TRH), que milhões de mulheres fi-zeram até cerca de dez anos atrás, eram oficialmente vendidas para acabar com as ondas de calor e manter os ossos fortes. Mas, extraoficialmente, era di-fundidas como um modo de manter-se jovem e sexy. Anúncios publicitários de terapia de reposição hormonal precoce diziam às mulheres que elas tinham “sobrevivido aos seus ovários” e não se mantinham à altura de seus maridos, que queriam mulheres com aparência mais jovem. Quando descobriu-se que TRH aumentava o risco de ataque do coração e câncer (“sentimos muito por isso”), as drogas para fortalecer os os-sos assumiram o papel de portadoras mensagem da indústria farmacêutica (“não fique velha!”) para as mulheres. Agora a indústria está dizendo aos homens que eles também necessitam de terapia de reposição hormonal para sua “baixa testosterona” e para manter sua potência sexual. A TRH masculina não parece mais segura que a feminina.

2. Medo de sintomas que pare-cem benignos

Antigamente, pessoas com azia to-mavam Eno, Alka Seltzer ou Sonrisal e juravam não comer muito. Não se pre-ocupavam se tinham refluxo gastroe-sofágico (Gerd), estavam a caminho de um câncer do esôfago; nem tomavam inibidores de bomba de prótons para o resto de suas vidas. Da mesma forma, embora a depressão possa causar um sofrimento inimaginável, é também verdade que a tristeza ocasional – a dor

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Fonte: Pragmatismo Político

causada por problemas no casamento, na família, no trabalho, pela situação financeira ou mesmo a perda de al-guém amado – faz parte da vida. Mas o marketing das grandes farmacêuticas sugerem que você deveria ir correndo ao médico, no instante que sentir-se mal; e se pendurar em “pílulas da feli-cidade” por uma década ou mais. Claro que o grande sucesso da indústria ao produzir medo em torno de sintomas benignos está convencendo pais e professores de que crianças saudáveis e muito ativas estão sofrendo de ADHD (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).

3. Medo de novas doenças

Quem se lembra da Síndrome do Atraso das Fases do Sono, ou da Síndro-me das 24 Horas em dormir, diagnosti-cadas para pessoas que provavelmente não dormiam suficientemente? Doen-ças obscuras sobre as quais a indústria farmacêutica “aumenta o alerta” não são inventadas – mas elas são tão raras que não seriam jamais tratadas em publicidade, a menos que a indústria estivesse tentando criar “demanda” para medicamentos caros – inclusive porque não há exame de sangue ou de laboratório confirmando um diagnósti-co. Há pouco, a AbbVie, uma empresa farmacêutica norte-americana, lançou duas campanhas, promovendo drogas de alto custo, para convencer pessoas com dor nas costas que eles tinham espondilite anquilosante; as pessoas com diarreia de que tinham insufici-ência pancreática exócrina., replete de sites ajudando-as a discernir que têm a doença por seus sintomas. Será que as pessoas com sintomas ou doenças realmente precisam que a indústria farmacêutica lhes diga quando ir ao médico e o que elas têm?

4. Medo de que seus filhos não sejam normais

O ADHD (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) não é a única receita da indústria farmacêutica para medicalizar e monetizar a infância. As birras são agora chamadas “Trans-tornos de Humor”. Graças à “psicofar-macologia pediátrica”, as crianças estão

cada vez mais diagnosticadas com transtorno desafiador opositivo (DDO), manias mistas, fobias sociais, distúrbios bipolares, transtornos de conduta, depressão e transtornos do “espectro”. Por que a indústria gosta de crianças? Crianças são pacientes submissos que farão o que seus pais, professores e médicos mandarem, diz o ex-promotor de vendas da indústria farmacêutica Gwen Olsen, autor de Confessions of an Rx Drug Pusher [Confissões de um Vendedor de Drogas]. Eles são os “tipos de paciente ideal porque representam prescrição contínua, obediente e lon-geva”. Em outras palavras, eles vão ser pacientes ao longo da vida e renovar o estoque de clientes para a indústria. Não é exagero. Além disso, além de consumirem drogas pesadas e desne-cessárias, muita crianças apresentarão reações que exigirão mais drogas, para tratar dos efeitos colaterais.

5. Medo de que sua droga deixe de produzir efeitos

Desde que as grandes indústrias farmacêuticas descobriram que era fácil acrescentar mais drogas a uma droga original — seja para crianças ou pessoas com doenças mentais –, começou a era das drogas “agrega-das” e das condições “resistentes a tratamento”. Seu remédio pode não funcionar, dizem novas campanhas do Alility ou Seroquel, porque você preci-sa de uma segunda droga para ativar a primeira e torná-la mais efetiva. A redefinição da depressão, para vender medicamentos, foi particularmente furtiva. Médicos financiados pela in-dústria reclassificaram a doença como uma condição para a vida toda, que requer uso permanente de drogas. E há mais! Quase sem evidência médica alguma, a depressão foi considerada “progressiva” — o que, é claro, ampliou seu potencial de produzir medo. “À medida em que o número de grandes episódios depressivos aumento, o risco de episódios subsequentes é previsí-vel”, alertava um artigo denominado Neurobiology of Depression: Major Depressive Disorder as a Progressive Illness [Neurobiologia da Depressão: o Grande Distúrbio Depressivo como Doença Progressiva], publicado no

site médico Medscape, e ladeado por anúncios do antidepressivo Pristiq.

6. Medo de doenças silenciosas

E se você não apresentar sintomas e estiver se sentindo bem? Isso não sig-nifica que você não sofre de condições silenciosas, que podem estar amea-çando sua saída sem que você saiba. Nenhuma pílula, na história, foi tão bem sucedida como a estatina Lipitor, com sua campanha de TV “Know Your Numbers” [Conheça seus Números] e o medo crescente de ataques cardíacos relacionados ao colesterol. Milhões de pessoas usam estatinas para proteger contra o medo de doenças cardíacas silenciosas, embora recentemente, em alguns estudos, o colesterol tenha sido excluído, como risco central de doença cardíaca (ainda bem que a patente do Lipitor expirou…). Também as cam-panhas da indústria farmacêutica que amedrontam as mulheres sobre perda silenciosa de ossos venderam drogas anti-oesteosporose como Fosamax, Boniva e Prolia, ao convencerem mu-lheres que algum dia, sem nenhum aviso, seus ossos em processo de en-fraquecimento irão se partir. A previsão era verdadeira, com um pequeno deta-lhe: algumas das mulheres cujos ossos estalaram estavam usando drogas anti-osteosporose, cujos efeitos cola-terais passaram a incluir fraturas!que controla os movimentos em geral e, em particular, os faciais.

As quatro mães fumantes consu-miam uma média de 14 cigarros por dia. As outras 16 mulheres não fuma-vam. Todos os fetos foram avaliados cli-nicamente e eram saudáveis ao nascer.

Assim como em outros estudos, a pesquisa também mostrou que es-tresse e depressão materna também impactam sobre os movimentos fetais. Mas houve aumento dos movimentos da boca e das mãos em bebês cujas mães fumaram.

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Até 2018, o laboratório russo de biotecnologia Biocad, através de sua subsidiária Biocad Brazil, vai disponibilizar em parceria

com o TECPAR – Laboratório Técnico do Paraná e o Governo Federal três novos medicamentos de combate ao câncer

e outros remédios, que serão oferecidos gratuitamente à população pelo SUS – Sistema Único de Saúde.

SUS VAI DISTRIBUIR GRATUITAMENTE REMÉDIOS

FABRICADOS POR LABORATÓRIO RUSSO

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Fonte: Sputniknews

Os remédios vão ser usados no tratamento de câncer de pulmão, de mama, e de

colo retal, e também no tratamento das doenças imunológicas e reumáticas. A liberação dos produtos acontecerá logo após os estudos clínicos no Brasil, que visam a comprovar a segurança e sua eficácia.

A empresa de tecnologia Biocad há quase três anos se estabeleceu no Brasil, e vai instalar a primeira unidade produtiva fora da Rússia na cidade de Maringá, no Paraná. O presidente da Biocad Brazil, o médico David Zylber-geld Neto, explica que aquela região é uma das mais avançadas no Brasil em pesquisa e desenvolvimento tecno-lógico, por ter muitas universidades, baixos índices de violência e população jovem.

“O Paraná, hoje um dos Estados

brasileiros efetivamente mais avança-dos em termos de ciência, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, está no mesmo patamar que o Estado de São Paulo. O nosso parceiro, o laboratório público chamado TECPAR – Labora-tório Técnico do Paraná, tem tradição na pesquisa e no desenvolvimento e já produz uma série de produtos biológicos – vacinas e soros –, estando plenamente apto a receber o conheci-mento e a tecnologia que nós vamos transferir para ele.”

David Zylbergeld Neto conta que, além da parceria pública com o TE-CPAR, a Biocad Brazil também fechou uma parceria privada com uma empre-sa 100% brasileira, que é o Laboratório Daudt Farmacêutico, localizado no Rio de Janeiro, o mais antigo do país, com 134 anos de existência. “Ao nos juntar-mos nessa parceria com o Laboratório Daudt, nós criamos um consórcio denominado Biocad Monoclonal, que tem uma única função, que é a de criar negócios com o Governo brasileiro, através das parcerias da Política para o Desenvolvimento Produtivo.”

Ainda segundo o presidente da Bio-cad Brazil, a preocupação do Governo brasileiro é a necessidade do país de baratear os medicamentos, especial-mente os de uso contínuo no trata-mento de doenças mais complexas, e a parceria com o laboratório russo vai trazer para o Brasil o conhecimento e o desenvolvimento de medicamentos de ponta. “O objetivo é transferir todo o nosso conhecimento e tecnologia para este laboratório público e con-sequentemente isso chegar ao SUS – Sistema Único de Saúde, para que nós possamos entregar ao Brasil o que há de mais moderno em termos de biotecnologia na produção de medicamentos e produtos farmacêu-

ticos humanos, e a população vai ser atendida gratuitamente pelo SUS com medicamentos de ponta, modernos e assim sucessivamente para várias patologias.”

Apesar da atual crise política e eco-nômica no Brasil, com a implantação do ajuste fiscal pelo Governo Federal, David Zylbergeld Neto acredita que a situação em nada vai afetar o proces-so de implantação da Biocad no país. “Absolutamente, não afeta em nada. É claro que sempre há um respingo quando a política está em altos e bai-xos, mas isso todos nós sabemos que é sazonal. O Brasil é autossuficiente em muitas coisas, e tenho certeza de que este é um momento cíclico.”

O presidente da Biocad Brazil res-salta que internalizar o conhecimento e a tecnologia no país é mais do que uma vontade, é uma política de Estado, onde o laboratório russo está convicto de que o apoio que tem recebido do Governo brasileiro é suficiente para continuar entusiasmado com a parce-ria entre os dois países.

David Zylbergeld Neto explica ainda que, além de trazer a autossufici-ência na fabricação de medicamentos, o projeto visa também à formação de mão de obra brasileira. “O Brasil está no caminho certo em buscar a autossufici-ência na produção de medicamentos, a fim de cortar o gasto que sem-fim na balança comercial com a importa-ção de produtos de alta tecnologia, e para isso nós vamos transferir mão de obra. Nós já temos acordo com universidades para gerar mão de obra em biotecnologia ainda não existente no país, que vai desde a pesquisa e desenvolvimento até o produto final.”

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CIENTISTA IRANIANO DESCOBRE UM GENE QUE PROTEGE CONTRA DIABETES TIPO 2

Um grupo internacional de pesquisadores encabeça-do pelo cientista iraniano,

Omid Gudarzi, tem identificado uma nova mutação genética que protege às pessoas de desenvolver diabetes tipo 2.

“Temos uma maravilhosa oportu-nidade de personalizar o tratamento e prevenção desta doença crônica”, disse o doutor Gudarzi, diretor da Divisão de Endocrinología, Diabetes e Metabolis-mo no Hospital de Cedars-Sinai, em Los Angeles (EUA).

“A identificação de genes que influem no risco da diabetes vai abrir novas fronteiras no desenvolvimento

de medicamentos da diabetes”, agre-gou o cientista persa.

No estudo liderado por Gudarzi, analisaram os genes de 81.000 pessoas estadounidenses que não têm diabe-tes tipo 2 e depois se comparou sua informação genética com a de 16.000 diabéticos. Deste modo descobriram que uma mutação genética em um gene em particular -GLP1R- apareceu para diminuir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em um 14 %.

Eles também tentaram determinar--se as taxas de mutação genética tam-bém estavam presentes nos afetados de obesidad, considerado um fator de risco para desenvolver diabetes.

“A mutação que descobrimos pode impedir que certas pessoas desenvol-vam diabetes, mas não parece afetar o índice de massa corporal nem o risco de converter-se em obesos”, recalcó Gudarzi.

A diabetes de tipo 2 afeta à pro-dução de insulina, o hormônio vital regulador de glucosa, e sua capacidade de controlar o metabolismo. A incapaci-dade do corpo para controlar o açúcar no sangue pode causar ataques ao coração e outros problemas de saúde graves, como a doença renal, cegueira e infecções que podem resultar na amputação de extremidades.

Fonte: Irãnews

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Fonte: Correio do Brasil

OMS ALERTA PARA CRISE DE OBESIDADE NA EUROPA

A Europa vai enfrentar uma “crise de obesidade de enor-mes proporções” dentro de

15 anos, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2030, a maioria dos 53 países analisados pelo órgão vai registrar um aumento na proporção de pessoas obesas e com sobrepeso entre a população adulta.

A situação é particularmente alar-mante na Irlanda, onde a OMS prevê que 89% dos homens estarão acima do peso e 48% obesos. Entre as mulheres irlandesas, 85% devem estar acima do peso e 57% obesas em 2030.

Até mesmo em países onde tradi-cionalmente há menos obesos, como a Suécia, há uma previsão de aumento acentuado, diz um comunicado divul-gado pelos organizadores do Congres-so Europeu sobre Obesidade, em Praga, onde a OMS fez suas projeções. Mais de um quarto dos suecos e 22% das suecas estarão obesos em 2030. Também em

Grécia, Espanha, Áustria e República Tcheca, o índice de obesidade deve aumentar.

As pessoas são consideradas acima do peso quando têm um Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 25 e obesas quando o índice é maior que 30. A obesidade é causada sobretudo por fatores do estilo de vida, como a ingestão de fast-food e o sedentaris-mo , e afeta a saúde de cada vez mais pessoas mundo afora.

De acordo com a OMS, o número de obesos mais que dobrou desde 1980, chegando a 600 milhões de adultos em 2014. Já as pessoas com sobrepeso somam 1,9 bilhão, 39% da população mundial adulta. Hoje a maioria das pessoas vive em países em que o sobrepeso e a obesidade matam mais que a fome.

Indivíduos com excesso de peso são mais propensos a desenvolver

doenças cardiovasculares, câncer, dia-betes, artrose e doença renal, além de serem alvo de preconceito, segundo estudos. Estima-se que o sobrepeso tenha sido a causa de 3,4 milhões de mortes em 2010.

João Breda, do escritório regional europeu da OMS, destaca que “medi-das tomadas podem impedir que as previsões se tornem realidade” e que alguns países já mostram uma tendên-cia de redução.

Um exemplo é a Holanda, cuja população é uma das mais magras da Europa. A previsão é de que o número de homens holandeses com sobrepe-so caia de 54%, em 2010, para 49%, em 2030, e de mulheres, de 44% para 43%. Quanto à obesidade, a queda deve ser de 10% para 8% entre os homens e de 13% para 9% entre as mulheres.

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Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram

diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperati-vidade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percen-tagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente esta-belecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?

TDAH é um transtorno biológico--neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende do fato de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento de escolha também é biológico – me-dicamentos estimulantes psíquicos, tais como Ritalina e Adderall.

Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o

problema subjacente que está cau-sando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coi-sas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.

Os psiquiatras infantis franceses não usam o mesmo sistema de classifi-cação de problemas emocionais infan-tis utilizado pelos psiquiatras america-nos. Eles não usam o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM. De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualiza-do em 1988 e 2000. O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sinto-mas das crianças, e não em encontrar os melhores bandaids farmacológicos para mascarar os sintomas.

POR QUE AS CRIANÇAS FRANCESAS NÃO TÊM DÉFICIT DE ATENÇÃO?Como é que a epidemia do Déficit de Atenção, que tornou-se firmemente estabelecida em vários países do mundo, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?

Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em en-contrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no siste-ma americano, que na minha opinião, tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.

A abordagem psico-social holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH, especificamente o fato de o comportamento de algumas crianças se agravar após a ingestão de alimen-tos com corantes, certos conservantes, e / ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com proble-mas, para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH, estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos Estados Unidos, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a

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Fonte: Pragmatismo PolÍtico

ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.

E depois, claro, há muitas dife-rentes filosofias de educação infantil nos Estados Unidos e na França. Estas filosofias divergentes poderiam expli-car por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Drucker-man destaca os estilos parentais diver-gentes em seu recente livro, Bringing up Bébé. Acredito que suas idéias são relevantes para a discussão, por que o número de crianças francesas diagnos-ticadas com TDAH, em nada parecem com os números que estamos vendo nos Estados Unidos.

A partir do momento que seus filhos nascem, os pais franceses ofe-recem um firme cadre – que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permi-tido, por exemplo, que as crianças

tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer sal-gadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se ade-quam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.

Os pais franceses, destaca Drucker-man, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria

experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é conside-rada abuso na França.

Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para con-trolar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes o inverso.

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Fonte: Rede Brasil Atual

ANVISA DIVULGA REGRAS PARA IMPORTAÇÃO DE MEDICAMENTOS DERIVADOS DA MACONHASubstâncias são utilizadas no tratamento de casos de epilepsia. Em janeiro deste ano, Anvisa redefiniu o canabidiol como medicamento de uso controlado e não mais como proibido

A Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial

da União, as regras para importação de medicamentos à base de canabidiol, inclusive em associação com tetrai-drocanabinol (THC). Antes de solicitar a importação, será preciso realizar um cadastramento no site da Anvisa, ou por meio de formulário entregue na sede do órgão, que dependerá de aprovação da agência. O cadastro terá validade de um ano e possibilitará a compra individual ou coletiva dos medicamentos.

Grupos de pacientes poderão for-mar associações para reduzir o custo

de aquisição dos medicamentos, mas a compra ficará restrita a pacientes cadastrados na Anvisa e submetida às mesmas regras. A compra dos medica-mentos também poderá ser interme-diada por entidade hospitalar, unidade governamental ligada à área da saúde ou operadora de plano de saúde.

A norma veda a importação da planta cannabis in natura para uso me-dicinal, bem como de quaisquer outros derivados vegetais: como extratos, óleo fixo e volátil ou cera.

Para realizar o cadastro, a pessoa terá de apresentar o Formulário para Importação e Uso de Produto à Base

de Canabidiol, um laudo profissional contendo a descrição do caso e o Có-digo Internacional de Doenças (CID) e a justificativa para a utilização de produto não registrado no Brasil.

Também será preciso apresentar a prescrição do medicamento, contendo o nome do paciente e do produto, posologia, quantidade necessária, tempo de tratamento, data, assinatura e número do registro do profissional, além de Declaração de Responsabilida-de e Esclarecimento para a utilização excepcional do canabidiol.

O canabidiol é utilizado no trata-mento de casos de epilepsia. Desde janeiro deste ano a Anvisa redefiniu a substância como medicamento de uso controlado e não mais como proibido. No entanto, ele só pode ser utilizado em casos em que outras substâncias e terapias se mostraram ineficazes.

No final do ano passado, o Con-selho Federal de Medicina aprovou a Resolução 2.113, de 2014, que detalha os critérios para emprego do canabi-diol com fins terapêuticos no país. A entidade considerou, no entanto, que ainda não há evidências científicas de que os canabinóides sejam totalmente seguros e eficazes no tratamento de casos de epilepsia.

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PRESSÃO ALTA ATINGE 25% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, SEGUNDO PESQUISA

Dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Prote-ção para Doenças Crônicas

por Inquérito Telefônico (Vigitel) indi-cam que 24,8% da população brasileira adulta têm pressão alta. Os números mostram que as mulheres são maioria nesse cenário. Elas respondem por 26,8% dos casos, enquanto os homens são 22,5% dos registros. A pesquisa mostra que a quantidade de hiperten-sos aumenta com o avanço da idade e com a diminuição da escolaridade.

Entre as capitais, Palmas apresenta o menor número de hipertensos no país, 15,2%. Porto Alegre responde pela maior taxa, com 29,2% das pes-soas adultas com hipertensão.

O estudo revela ainda que a po-pulação brasileira apresenta baixa percepção sobre o consumo de sal em excesso, já que 47,9% dos entre-vistados consideram o seu consumo adequado. Apenas 2,3% admitem ter consumo muito alto. Para 13,2%, o consumo é alto.

A diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde, Deborah Malta, lembrou que doenças crônicas como a hipertensão respon-dem por 72% das causas de morte na população brasileira.

Segundo ela, os fatores de risco incluem o uso de tabaco, o consumo

de álcool e a alimentação inadequada, com ingestão de comidas com muito sal, carnes com gordura e de açúcar em excesso.

– Mais da metade da população de idosos brasileiros têm pressão arterial elevada. A retirada do sal dos alimentos terá impacto fundamental – afirmou Deborah Malta.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, reforçou a recomendação para que o brasileiro evite o consumo de alimen-tos processados, priorize o consumo de alimentos in natura e fique atento no preparo das refeições. “É fundamental que se tire o saleiro da mesa, seja ela de casa ou do restaurante”, acrescentou o ministro.

Fonte: Correio do Brasil

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ACORDO RETIRA MAIS DE SETE MIL TONELADAS DE SÓDIO EM ALIMENTOS

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De 2011a 2014, 7.652 to-neladas de sódio foram retiradas de produtos ali-

mentícios no Brasil por meio de com-promisso firmado pelo Ministério da Saúde e Associação das Indústrias da Alimentação (Abia). Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela pas-ta. A meta do governo é que, até 2020, o setor promova a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal do mercado brasileiro.

Na segunda etapa do Plano Nacio-nal de Redução de Sódio em Alimentos Processados, foram analisados bolos,

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snacks (batata palha e salgadinhos de milho), maioneses e biscoitos. Os pro-dutos somam 69 indústrias e sofreram uma redução de 5.793 toneladas de sódio em suas fórmulas desde 2013. Na primeira etapa, em 2011, que envolveu macarrão instantâneo, pão de forma e bisnaguinha, 1.859 toneladas de sódio saíram do mercado.

A maior redução, segundo o minis-tério, foi observada na categoria dos rocamboles, com queda de 21,11% no teor de sódio, seguida pela mistura para bolo aerado (16,6%) e pela maio-nese (16,23%). As demais categorias, de acordo com os dados, também registraram queda: bolos prontos sem recheio (15,8%), bolos prontos com recheio (15%), batata frita e batata palha (13,71%), biscoito doce (11,41%), salgadinho de milho (9,4%), biscoito recheado (6,48%), mistura para bolo cremoso (5,9%) e biscoito salgado (5,8%).

Os números mostram ainda que, em 2013, das 69 indústrias analisadas, 95% dos produtos conseguiram reduzir o teor máximo de sódio da composi-ção. Grande parte dos participantes também conseguiu antecipar as me-tas estabelecidas para 2014: 83% dos bolos prontos com recheio, 96,2% das misturas para bolo aerado, 89,7% dos salgadinhos de milho, 68% da batata palha e batata frita e 77,8% dos biscoi-tos doces recheados.

As indústrias que não alcançaram o resultado esperado de redução foram

notificadas pelo ministério e devem apresentar à pasta uma justificativa, além de uma nova estratégia para diminuir a quantidade de sal nos ali-mentos.

O ministro da Saúde, Arthur Chio-ro, avaliou os resultados da segunda etapa de monitoramento como ex-tremamente positivos e impactantes. “Mas não adianta comemorarmos essa retirada de mais de 5 mil toneladas de sódio se não tivermos capacidade de trabalhar na alimentação, na merenda escolar, nos hábitos alimentares e na retirada do saleiro da mesa.”

O presidente da Abia, Edmundo Klotz, garantiu que a indústria também está engajada na estratégia de criar alternativas para o consumo domésti-co do sal. “A primeira fase é a retirada do sódio e a segunda, a substituição. Buscamos produtos que substituam o sal ou alternativas de sal com redução de sódio”, explicou.

O acordo entre o governo e o setor de indústrias da alimentação conta ainda com outras duas etapas, a se-rem divulgadas até 2016 e que devem incluir alimentos como margarina, hambúrguer, empanados e salsichas. O cumprimento das metas, que en-volvem os produtos mais consumidos pela população, vai contribuir para a re-dução no consumo de sódio diário no país para menos de 2 miligramas (mg) por pessoa (cerca de 5 quilos de sal).

Fonte: Correio do Brasil

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CHRIS GRAHAM CONTA COMO É ESTAR COM ALZHEIMER AOS 39 ANOS‘Tenho 39 anos e estou com Alzheimer’. Chris Graham, ex-militar e pai de três filhos revela sua luta para mudar a percepção que as pessoas têm da doença e conta como está resistindo

A maioria de nós pensa no mal de Alzheimer como sendo uma doença de idosos, mas

ela às vezes atinge pessoas muito mais jovens.

O ex-militar Chris Graham sabe disso bem demais. Ele recebeu o diagnóstico de Alzheimer precoce em 2010, quando tinha apenas 34 anos.

Tragicamente, ele descobriu que tem o mesmo gene defeituoso que matou seu pai, uma tia, um primo e seu avô, todos na casa dos 40 anos. Essa forma congênita rara, dita “familiar”, da

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Fonte: Pragmatismo Político

doença deixou seu irmão Tony, 43 anos, preso a uma cama, num lar de idosos, sendo alimentado por uma sonda.

“O Alzheimer foi cruel com minha família”, diz Graham. “Meu pai morreu aos 42 anos. Ele passou tanto tempo no hospital que nem me lembro bem dele. Eu tinha só 6 ou 7 anos na época.”

“Tenho três irmãos, e todos tínha-mos 50% de chances de herdar o gene de nosso pai. Minhas duas irmãs o evitaram, mas Tony e eu ficamos com o gene. Tony está com 43 anos; ele recebeu o diagnóstico em 2006. Ele vive num lar de idosos, não consegue se mexer e tem que ser alimentado por sonda. Ele não consegue falar, mas dá um sorriso de vez em quando.”

Mas, em vez de se deixar deprimir pela condição, Graham está numa missão para mudar a percepção que as pessoas têm da demência e, ao mesmo tempo, levantar fundos para a organização Alzheimer’s Research UK.

Dispensado do Exército por mo-tivos médicos em janeiro, depois de 23 anos de serviço militar, Chris disse: “Meus amigos não acreditaram quan-do contei que estou com Alzheimer. Tenho 39 anos. As pessoas ainda não conseguem entender. Estou super em forma, como posso ter uma doença assim? Ainda enxergamos o mal de Alzheimer como apenas um pouco de esquecimento na velhice.”

Em abril Chris vai partir para uma maratona de bicicleta de 26 mil qui-lômetros, dando a volta do Canadá e dos Estados Unidos. O desafio, previsto para durar um ano, lhe valeu o apoio do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que elogiou sua “garra e determinação fora do comum”.

Chris possui uma versão defeituosa do gene PSEN-1, que afeta cerca de 400 famílias no mundo. Ele está par-ticipando de pesquisas no Instituto de Neurologia do University College London para ajudar cientistas a enten-der os primeiros sinais de Alzheimer, visando reforçar a busca por novos tratamentos. Pai de três filhos e resi-dente em Carterton, no condado de Oxfordshire, ele está sentindo proble-mas leves de memória, mas sabe que não é questão de “se” a demência vai avançar, e sim de “quando”.

Chris está compartilhando sua his-tória com o público na mesma semana em que uma pesquisa YouGov enco-mendada pela Alzheimer’s Research UK revelou que, quando perguntados o que acham que é a demência e quem ela afeta, apenas 23% dos adultos britânicos citaram especificamente uma doença ou degeneração cerebral, apesar de pesquisas anteriores da entidade terem mostrado que mais de uma pessoa em cada três conhece um amigo ou parente próximo com demência.

Embora Chris seja jovem, o avan-ço da doença vai afetá-lo do mesmo modo como afeta as estimadas 500 mil pessoas com Alzheimer no Reino Unido. O mal de Alzheimer é a forma mais comum de demência e é res-ponsável por matar células cerebrais e fazer o cérebro encolher 400% mais rapidamente que no ritmo normal do envelhecimento.

“Apesar de saber o que vai acon-tecer comigo nos próximos anos, eu agora tenho um objetivo na vida”, disse Chris. “Quero fazer alguma coisa para combater esta doença. Quero fazer o máximo que eu puder, enquanto puder. Para mim, é simples: é preciso

atacar o inimigo diretamente. Por isso encarei o desafio de ajudar a apoiar as pesquisas. Estou participando de estudos.”

Hilary Evans, diretora da Alzheimer’s Research UK, a maior entidade britâni-ca sem fins lucrativos que pesquisa a demência, comentou: “Chris encarna tudo que contraria o estereótipo da demência: ele é jovem, está em ótima forma física e sua garra para viver, enfrentando as adversidades, é uma verdadeira inspiração. Embora o tipo de Alzheimer que ele tem seja raro, as consequências trágicas que já teve para seus familiares encontrarão eco entre milhares de famílias do país que já tiveram experiência em primeira mão do mal de Alzheimer.”

“A situação de Chris mostra como pode ser profundo o impacto do Al-zheimer. Isto não é mero esquecimento que afeta idosos. Esta doença é um processo destrutivo que cobra um preço altíssimo.”

Para saber mais sobre Chris Graham, o desafio que ele encarou, a história de sua família, a doença de Alzheimer congênita e realizar uma doação, cli-que aqui.

The Huffington Post UK, Tradução Brogan Driscol

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Como parte das ações em comemoração ao Dia Mun-dial de Doação de Leite

Humano, o Ministério da Saúde lançou, em Brasília, campanha nacional para incentivar o ato da doação. A campa-nha deste ano, que tem como tema “Seja doadora de leite materno e faça a diferença na vida de muitas crianças”, é direcionada aos bebês prematuros. Além da ministra interina da Saúde, Ana Paula Soter, o evento contou com a presença da atriz e apresentadora Maria Paula, que recebeu em 2012 o tí-tulo de Embaixadora da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, devido ao seu envolvimento e dedicação à causa.

Durante o evento, a ministra in-

terina destacou a importância dos bancos de leite para salvar a vida dos bebês prematuros e de baixo peso, que estão internados nas UTIs neona-tais. “A nossa rede de banco é a maior e mais completa do mundo. Temos hoje 215 bancos de leite espalhados por todo o Brasil e cada estado tem, pelo menos, uma unidade, além dos postos de coleta”, explicou. A secretária ressaltou que a meta do Ministério da Saúde é aumentar em 15% o volume do leite coletado. “Amamentar o pró-prio filho é um ato de amor, mas doar leite e ajudar a alimentar outros bebês é um ato de amor ainda maior. Esse gesto de solidariedade salva vidas e

forma o futuro de muitas crianças”, observou. A ministra interina também destacou a importância de se fazer a coleta adequada. “Se você quer doar e tem dúvida, procure o banco de leite mais próximo ou ligue para o Disque--Saúde”, ressaltou Ana Paula.

A campanha, organizada pelo

Ministério da Saúde em parceria com a Rede BLH, tem como objetivo aumentar o número de novas doa-doras voluntárias e o volume de leite materno coletado e distribuído para os recém-nascidos, especialmente os prematuros de baixo peso internados no nas unidades de saúde. Atualmente, o volume de leite materno coletado representa de 55% a 60% da real de-manda no País. De janeiro a dezembro de 2014, foram coletados, em todo o país, 184 mil litros de leite materno, be-neficiando a 178 mil recém-nascidos. Ao todo, 164 mil mulheres doaram neste período. De 2008 até 2014 foi registrado aumento de 11% no volume de coletas de leite no Brasil.

“Amamentar é uma função social, um vínculo afetivo muito grande. Doar leite é que nem amor: quanto mais se dá, mais ele jorra dentro de você”, frisou a Embaixadora da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Maria Paula, durante a cerimônia de lançamento da campanha.

Este ano, as ações marcam a co-memoração dos 30 anos de Políticas Públicas dos Bancos de Leite Humano em defesa do bebê prematuro, que será o protagonista da campanha publicitária. Com duração de um ano, a campanha terá mensagens enfatizan-do que o leite doado serve para salvar a vida destes bebês, que não podem ser amamentados pelas próprias mães. Serão 1,2 milhão de folders e 20 mil car-tazes distribuídos aos bancos de leite humano de todos os estados. Das 2,9 milhões de crianças nascidas em 2013, 11,9% foram prematuras.

O coordenador da Saúde da Criança

e do Aleitamento Materno, do Ministé-rio da Saúde, Paulo Bonilha, lembrou que a doação de leite e o aleitamento materno contribuíram para a redução da mortalidade infantil no Brasil, sendo fundamental na diminuição de doen-ças infecciosas e alérgicas que afligem os bebês recém-nascidos prematuros de baixo peso. “Esta redução se deve, em muito, ao aumento da taxa de doação de leite humano”, reafirmou o coordenador.

“Estamos aqui para celebrar 30 anos

de êxito em políticas públicas e sociais voltadas para o aleitamento materno e doação de leite. Nós trabalhamos, com honra, em prol do verdadeiro milagre da vida, que são os recém-nascidos

MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA CAMPANHA PARA INCENTIVAR DOAÇÃO DE LEITE AOS PREMATUROS

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prematuros e de baixo peso que não podem ser amamentados pelas mães. Esse é o Sistema Único de Saúde (SUS) que dá certo e que permite ao Brasil contar com 11 milhões de mulheres doadoras”, declarou o coordenador da rede brasileira de banco de leite humano, João Aprígio.

BENEFÍCIOS - Com o leite humano,

o bebê fica protegido de infecções, diarreias e alergias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido, além de ficar menos tempo internado. O aleitamento materno também diminuiu o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade e colesterol. A amamenta-ção também reduz o peso da mãe mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia após o parto. As chances de se adquirir diabetes ou desenvolver câncer de mama e de ovário também diminuem significativamente.

Uma série de evidências científicas

mostra que o leite materno é capaz de reduzir em 13% as mortes por causas

evitáveis em crianças menores de cinco anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a OMS e a UNICEF, cerca de seis milhões de crianças são salvas por ano devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva. Além disso, o leite materno tem tudo o que a criança precisa até os seis meses, inclusive água.

PESQUISA - Em março, foi divulga-

do um estudo, realizado por pesquisa-dores da Universidade de Pelotas, que acompanhou 3,5 mil recém-nascidos durante mais de três décadas. A pes-quisa, feita a partir de 1982, comprova que, quanto mais duradouro o período de amamentação na infância, maiores os níveis de inteligência e renda média na vida adulta até os 30 anos. Foi o primeiro estudo no Brasil a mostrar o impacto no QI e o primeiro interna-cionalmente a verificar a influência na renda. O estudo foi divulgado pela The Lancet, uma das publicações científicas mais importantes do mundo.

BANCO DE LEITE - O Brasil possui a

maior e mais complexa rede de bancos de leite do mundo. Atualmente, conta

com 215 bancos de leite e 98 postos de coleta distribuídos em todos os estados. Nos últimos quatro anos, o Mi-nistério da Saúde já repassou R$ 3,2 mi-lhões para custeio do serviço no país. O modelo do Banco de Leite Humano Brasileiro é referência internacional e, desde 2005, o país exporta técnicas de baixo custo para implementar bancos de leite materno em 25 países da Amé-rica Latina, Caribe Hispânico, África Portuguesa e Península Ibérica. Uru-guai, Venezuela e Equador receberam as primeiras tecnologias transferidas e Portugal e Espanha receberam os primeiros bancos no modelo brasileiro.

SERVIÇO - Toda mulher que ama-

menta é uma possível doadora de leite humano, basta estar saudável e não estar tomando nenhum medicamento que interfira na amamentação. Por isso, se você está amamentado e quer doar, procure o banco de leite humano mais próximo ou ligue para o Disque Saúde, no número 136. Seu gesto significa a vida para uma criança.

Antes da coleta, é aconselhável que

a doadora faça uma higiene pessoal, cobrindo os cabelos com lenço ou touca, usando pano ou máscara sobre o nariz e a boca, lavando bem as mãos e os braços, até o cotovelo, com bastante água e sabão. As mamas devem ser la-vadas apenas com água e, em seguida, secadas com toalha limpa. O leite deve ser coletado em local limpo e tranquilo. O leite humano extraído para doação pode ficar no freezer ou no congelador da geladeira por até 10 dias. Nesse período, deverá ser transportado ao banco de leite humano mais próximo da sua casa.

Fonte: Gustavo Frasão/Agência Saúde/ Blog da Saúde

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SOBRE O CACAU

1. Principal matéria prima do chocolate (que é obtido a partir da moagem de suas amêndoas);2. Possui altos níveis de antioxi-dantes (flavonoides); com ação anti--inflamatória; previne aparecimento de coágulos sanguíneos;3. Rico em magnésio - reduz riscos de doenças cardiovasculares; 4. Estimula a liberação de endor-finas (melhora humor, reduz depres-são, aumenta disposição mental);5. Reduz pressão arterial;6. Equilibra níveis de colesterol aumentando o HDL (bom) e redu-zindo o LDL (mau);7. Ajuda o organismo a metabo-lizar o açúcar – reduzindo a resistên-cia à insulina;8. Promove aumento da energia na atividade física;9. Do seu fruto podem ser apro-veitadas as sementes (para o cho-colate) e a polpa (para sucos, doces, geleias).

DICA – ao comprar chocolates dar preferência ao orgânico, amargo ou escuro (sempre com maiores teores de cacau - meio amargo ou 70% cacau). É saudável consu-mir entre 20 a 30 g de chocolate amargo/dia.

SOBRE ALFARROBA

1. Vagem comestível – seme-lhante ao feijão, cor marrom escu-ro, sabor adocicado;2. A farinha proveniente da vagem torrada e moída é utilizada para substituir o cacau;3. Rica em fibras que beneficiam a flora intestinal, protegendo a mucosa, reduzindo diarreias (se consumir em excesso pode provo-car prisão de ventre);4. Possui baixo índice glicêmico;5. Tem elevado poder antioxi-dante (rica em polifenóis);6. Rica em ácidos graxos essen-ciais ômega 3 e ômega 6;7. Ajuda a reduzir níveis de co-

DICA DO MÊSCACAU x ALFARROBA

lesterol;8. Rica em minerais importantes como cálcio, potássio, fósforo – além de vitaminas do complexo B e vitamina A;9. Pode ser utilizada em qual-quer preparo em substituição ao cacau (bolos, doces, barras, cho-colates).

DICA – em comparação ao cacau: a alfarroba não é tão amarga; não contém os estimulantes encon-trados no cacau (cafeína e teo-bromina); possui 7% de gorduras ocasionando um valor calórico mais reduzido (o cacau possui 23% de gordura); possui maiores teores de açúcares naturais (sacarose, glicose, frutose) o que lhe confere sabor mais adocicado.

Sandra de Quadros Marenco Nutricionista Clínica – CRN2 0540www.novosrumosnews.com.br

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O que você lembra da sua infância? De um dia es-pecial ou do dia-a-dia, o

A IMPORTÂNCIA DA CONSTÂNCIA

aroma do café andando pela casa, do pão quentinho com manteiga, dos seus pais na mesa conversan-

do, ou brigando ou lendo o jornal? Da correria para ninguém perder a hora…

Dra. Dora LorchPsicóloga - Escritora

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Dora Lorch - psicóloga, mestre em psicologia e autora do livro “Como educar sem usar a violência” www.novosrumosnews.com.br

Do que você lembra da casa onde foi criado? Lembra de uma situação especial ou das coisas que aconteciam todos os dias?

Posso dizer, sem medo de errar, que as pessoas lembram de cenas corriqueiras, daquilo que se repetia, e por isso mesmo davam a sensação de conhecido, do acolhimento. Por isso ficamos tão saudosos de certos pratos que comíamos quando peque-nos: aquele cheiro, aquele sabor, vem associado com sentimentos familiares, de segurança, de confiança.

Todos nós reclamamos da rotina, daquelas coisas que sempre acon-tecem igual. Reclamamos que que-remos que a mãe da gente faça um prato diferente, que o natal seja de outro jeito, que todo fim de semana vamos encontrar as mesmas pessoas, familiares ou amigos. Mas ao longo dos anos é esta rotina que nos ensina quem somos, de onde viemos, e tecem o pertencimento.

É nesta repetição que o caráter e a têmpera das pessoas é forjada: em casas onde todos trabalham, onde é reconhecido o esforço, todos apren-dem a lutar; nas famílias onde o que prepondera é levar vantagem em cima dos outros, os filhos aprendem a colar, a conseguir as coisas através de conhecidos ou da ameaça.

Juvenal, era um menino legal, apesar de um pouco folgado. Na sua casa os pais valorizavam estudar, se esforçar. E Juvenal foi assim até a ado-lescência, aí… bem, aí ele começou a perceber que tinha um monte de menina bonitinha, que o achavam simpático, que queriam saber o que ele pensava.

Juvenal foi deixando a escola de lado, os compromissos de lado, e quando a mãe dele se deu conta, Juvenal estava a deriva, sem rumo ne-nhum. Aí os pais desesperados foram em busca de ajuda.

Na verdade os pais hoje em dia tem pouco tempo de convivência com os filhos, em vez de sentarem junto para jantar e conversar, as refeições são desencontradas, ou os filhos comem mais cedo porque os pais chegam muito tarde, ou as refeições se dão em volta da televisão e do último capítulo da novela. O problema não é a novela, mas a falta de diálogo, a falta de comunicação entre o que os pais estão vendo e pensando, e o que as crianças estão vendo e pensando. Entre o que aconteceu no dia de cada um e de como lidar com os problemas que aparecem.

Então, o Juvenal coitado, foi fi-cando largado, largado. Mas os pais não percebiam isso. Achavam que a convivência mesmo que sem palavras ajudava. Na verdade, ajudar ajuda, mas se conversasse seria bem melhor.

E aí entramos nós do Florescer di-zendo que precisávamos ajudar o me-nino, mas que isso levaria um tempo.

E não é que os pais ficavam bravos querendo que a coisa se resolvesse rápido?!

A postura dos pais é essencial neste resgate.

Se os pais forem muito rígidos, se falar a verdade ou mentir resultarem no mesmo castigo, então os filhos tenderão a mentir ( porque não vale a pena contar a verdade). Se os pais

não colocarem limites, os filhos não conseguirão crescer porque não sa-berão o que conseguem e o que não conseguem fazer.

Se os pais forem flexíveis podem pecar por mudarem as punições a tal ponto que os filhos não saberão o que esperar. Acho que esta é a falha mais comum na educação dos filhos: a inconstância. E por causa disso, e da aflição dos pais que não aguentam esperar os resultados, muitos filhos acabam abandonados a sua sorte. Isso mesmo, quando os pais acham que não aguentam mais, o resultado são filhos abandonados. E acreditem crianças e adolescentes não sabem o que fazer, e precisam de parâmetros seguros.

Educação exige constância, firme-za, valores que não mudam nem se curvam.

Educação exige esforço.

Educação normal e formal ( aquela que nós aprendemos na escola) é uma construção diária. Os filhos não sabem disso. Nós precisamos ensinar, e ensinamos não desistindo, ajudando e confiando que aquela criança vai ser cada dia melhor. Ensinamos fazendo tudo igual todos os dias até que nossos filhos acordem. Nestes casos a cons-tância é fundamental.

E vale a pena.

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SABORES, DISSABORES E SABERES DA VIDA

Dra. Isabel Amaral MartinsBióloga, Mestre e Doutora em Neurociências

Todos nós experimentamos os diversos sabores da vida. Desde que estamos sendo

gerados no útero, já podemos des-cobrir um pequeno tanto do que nos espera, através de nossas mães. Mesmo sem que nós mesmos possamos esco-lher, a vida já nos prepara com aquilo que os que vieram antes de nós trazem e traduzem.

Nem sempre apreciamos todas as “iguarias” oferecidas pelas experiên-cias, mas sem sombra de dúvida, tudo é útil e importante quando sabemos bem aproveitar, tanto a descoberta como a aprendizagem. Ninguém passa pela vida sem ter algum prazer, mas não passa também incólume a todas as dores. Tornar-se imune às sensações é como perder-se dos princípios que nos mantem vivos, da nossa conexão com o todo. Manter-se ser sensível, ainda que se protegendo para não sofrer tanto, é vital.

Sim, nem sempre os sabores são tão prazerosos, alguns são mesmo bem mais “dissabores”... As surpresas da vida, que algumas vezes talvez nem sejam tão surpresas assim, nos levam além do que planejamos previamente, ou do que esperamos colher, principal-mente quando não prestamos atenção ao que plantamos.

Isabel Amaral Martins -Bióloga, Mestre e Doutora em Neurociências Formação Complementar em Música, Teatro e Yoga www.bioconexoes.blogspot.comwww.novosrumosnews.com.br

Mas se somos sinceros conosco, seremos também com os outros. Para que haja verdade pura na aceitação do outro, precisamos da aceitação de nós mesmos, o acolhimento pleno de quem somos. Sim, receber, aceitar e acolher o que se é parece o primeiro passo para transcender e tornar-se cada vez melhor. E muito mais feliz.

Aprender a aceitar as coisas não tão boas, e a lidar com elas, assim como com as coisas boas, sem romper o pró-prio centro vital, é uma das habilidades mais importantes para uma vida mais plena. E o segredo de se experienciar tanto uma quanto a outra condição, com sensibilidade e maturidade su-ficientes para manter-se conectado e integrado de modo fluido com a vida, parece a chave mais cara para abrir de vez os portões que encarceram nossas potencialidades.

Para aqueles que se reconhecem e que realmente compar ti lham consigo mesmos e, assim com os outros, experiências dolorosas têm uma “tradução” e duração diferen-tes. A intensidade das experiências depende muito mais do modo como reconhecemos e reagimos aos seus sinais e estímulos, do que com as coisas que as geram, ou a situação em que acontecem.

Experiências maravilhosas são todas aquelas que promoveram sa-tisfação, prazer, felicidade, paz... seja desde antes ou mesmo somente depois de vividas, quando vivemos e compreendemos algo que só teria sido entendido de verdade se aquilo tudo tivesse acontecido. Sejamos gra-tos. Tudo tem razão de ser. Sejamos dispostos, porque as oportunidades estão aí disponíveis para quem real-mente quiser aproveitar. E sejamos acima de tudo leais, conosco e com a vida. Ninguém mais pode viver nossa vida por nós.

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Dora Lorch - psicóloga, mestre em psicologia e autora do livro “Como educar sem usar a violência” www.doralorch.hpnr.com.br

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