comentario ao texto a web2.0 e a be 2.0 teresa goncalves

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Tarefa 3 – Comentário ao texto A Web 2.0 e a BE 2.0 Com a Web, a publicação e o acesso à informação tornaram-se ações relativamente fáceis para qualquer indivíduo. As pessoas em todo o mundo passaram a ter a possibilidade de participar ativamente nestes processos. Desde a sua criação a Web tem evoluído substancialmente com a adição de novos serviços e potencialidades. O termo Web 2.0 que surgiu numa conferência da empresa norte- americana O’Reilly Media, aponta para uma cultura Web participativa e interativa, onde o utilizador pode colaborar para a qualidade do conteúdo disponível, produzindo, classificando e reformulando o que já existe. Neste sentido, assistimos a uma cultura participativa que nos coloca a nós no centro deste universo. Também, e segundo Tim O’Reilly, esta expressão Web 2.0 não tem fronteiras bem definidas mas existem nela dois conceitos que se destacam: a Web como plataforma e a inteligência coletiva. Na Web como plataforma é possível distinguir uma Web 1.0, a qual servia apenas como mais um espaço de leitura em que os conteúdos disponibilizados eram pouco interativos e o utilizador se colocava no papel de mero espetador, de uma Web 2.0 onde é possível criar uma conexão por meio das comunidades de utilizadores com interesses em comum, ou seja, cada pessoa pode produzir conteúdos e/ou alterar serviços, ao mesmo tempo que cada utilizador consome o conteúdo feito por outros utilizadores como ele. Utilizadores produzem e consomem conteúdos entre si, numa verdadeira comunidade. A inteligência coletiva está na base desta Web 2.0. A Web aprende com os seus utilizadores, as aplicações tornam-se cada vez melhores conforme mais e mais gente as utiliza, acrescentando-lhe valor. Assim, à medida que este valor é acrescentado a Web vai-se transformando num cérebro global. Parece então que este conceito está mais relacionado com uma mudança de atitude, deixando esta rede de ser uma rede que liga máquinas para passar a ser uma rede que une pessoas num projeto global e aproveitando a ideia de que melhores decisões são tomadas coletivamente do que individualmente. A rede, digamos assim, democratizou-se.

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Tarefa 3 – Comentário ao texto A Web 2.0 e a BE 2.0

Com a Web, a publicação e o acesso à informação tornaram-se ações relativamente fáceis para qualquer indivíduo. As pessoas em todo o mundo passaram a ter a possibilidade de participar ativamente nestes processos. Desde a sua criação a Web tem evoluído substancialmente com a adição de novos serviços e potencialidades.

O termo Web 2.0 que surgiu numa conferência da empresa norte-americana O’Reilly Media, aponta para uma cultura Web participativa e interativa, onde o utilizador pode colaborar para a qualidade do conteúdo disponível, produzindo, classificando e reformulando o que já existe. Neste sentido, assistimos a uma cultura participativa que nos coloca a nós no centro deste universo.

Também, e segundo Tim O’Reilly, esta expressão Web 2.0 não tem fronteiras bem definidas mas existem nela dois conceitos que se destacam: a Web como plataforma e a inteligência coletiva. Na Web como plataforma é possível distinguir uma Web 1.0, a qual servia apenas como mais um espaço de leitura em que os conteúdos disponibilizados eram pouco interativos e o utilizador se colocava no papel de mero espetador, de uma Web 2.0 onde é possível criar uma conexão por meio das comunidades de utilizadores com interesses em comum, ou seja, cada pessoa pode produzir conteúdos e/ou alterar serviços, ao mesmo tempo que cada utilizador consome o conteúdo feito por outros utilizadores como ele. Utilizadores produzem e consomem conteúdos entre si, numa verdadeira comunidade.

A inteligência coletiva está na base desta Web 2.0. A Web aprende com os seus utilizadores, as aplicações tornam-se cada vez melhores conforme mais e mais gente as utiliza, acrescentando-lhe valor. Assim, à medida que este valor é acrescentado a Web vai-se transformando num cérebro global. Parece então que este conceito está mais relacionado com uma mudança de atitude, deixando esta rede de ser uma rede que liga máquinas para passar a ser uma rede que une pessoas num projeto global e aproveitando a ideia de que melhores decisões são tomadas coletivamente do que individualmente. A rede, digamos assim, democratizou-se.

Chegámos então a uma altura em que estas novas potencialidades oferecidos pela Web devem ser utilizadas pelos profissionais da informação, pois estas estão a cada dia, mais presentes na vida dos utilizadores. Segundo Cunha e Figueiredo (2012)

A geração nascida no final do século XX cresce inserida num contexto tecnológico sem precedentes, onde a informação surge em diferentes formatos e o seu acesso nunca foi tão facilitado. Se estas crianças e jovens crescem num ambiente tecnológico completamente diferente das gerações passadas, naturalmente assumem aptidões e competências distintas, nomeadamente no que diz respeito às tecnologias de informação e comunicação (TIC).

Não há como fugir, parece inevitável que a escola terá de acompanhar esta evolução natural dos tempos. Assim as bibliotecas, como núcleos centrais das escolas, devem trazer a Web para o centro das suas vidas e devem procurar conhecer e dominar as diferentes tecnologias usadas para construir e disponibilizar a informação. Para nós, profissionais, o desafio é criar espaços criativos, flexíveis, dinâmicos e participativos, valorizando esta inteligência coletiva, a sabedoria que vem da net. Podemos de certa

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forma dizer que esta visão se insere na mudança de paradigma que temos vindo a efetuar, pretendendo tornar a escola num espaço de construção do conhecimento contrariando a tendência de um mero espaço de receção do mesmo. Um espaço em que os próprios alunos são participantes ativos na sua aprendizagem.Se pensarmos no desenvolvimento da biblioteca ao longo dos séculos, promovendo a organização, recuperação e disseminação da informação, veremos que, ao longo dos anos, foram sendo desenvolvidas novas formas de tratamento e disponibilização da informação de acordo com o desenvolvimento da sociedade. Penso que já de uma forma ou de outra, as bibliotecas escolares vão dando os primeiros passos nesta infinidade de recursos ao nosso dispor, a cada minuto, procurando criar oportunidades para conquistar novos utilizadores e adquirindo visibilidade e espaço nesta Sociedade da Informação. Assim, e segundo o texto A Web 2.0 e a BE 2.0 as bibliotecas do século XXI deverão considerar os seguintes objetivos:

Melhorar os serviços actuais para que respondam às autênticas necessidades dos utilizadores;

Oferecer novos serviços que dêem suporte em larga escala, aos novos utilizadores;

Implicar o utilizador; Envolver-se com a comunidade; Introdução de áudio e vídeo na página Web;

O professor bibliotecário poderá, desta forma e sendo agente de mudança, favorecer a aproximação entre Nativos e Imigrantes Digitais (Cunha e Figueiredo, 2012), com vista à mudança necessária no processo ensino/aprendizagem.